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Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

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Page 1: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia
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Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Page 3: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Índice Knewin Monitoring

9

Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

MÔNICA BERGAMOIlustrada - 18/03/2021

1111

Folha de São Paulo - Impresso Flip Pressreader | NacionalCNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, Judiciário - Coronavírus /

Gilmar Mendes dá aval para soltar Fabrício Queiroz após STJ revogar prisão domiciliarNoticias - 18/03/2021

13

O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

COTA DE TELA É CONSTITUCIONAL, DECIDE STFEspecial - 18/03/2021

1414

O Globo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, Judiciário - Audiência de Custódia /

Câmara vota para proibir utilização de gravações ambientais em acusaçõesPaís - 18/03/2021

1616

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

STF mantém cota míinima <br> <br> de exibição de filmes nacionais nos cinemasPaís - 18/03/2021

17

Diário de Pernambuco | PernambucoCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Em defesa dos processos judiciais eletrônicosNoticias - 17/03/2021

1919

A Gazeta Online ES | Espírito SantoCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Coronavírus /

Gilmar Mendes dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliarNoticias - 17/03/2021

21

Diário do Comércio MG | Minas GeraisCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - PJE /

Advogado vê problemas técnicos no PJeNoticias - 18/03/2021

23

Folha de Boa Vista | RoraimaCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Serviços da Vara da Infância são disponibilizados de forma onlineNoticias - 17/03/2021

2424

Folha de Pernambuco | PernambucoCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Coronavírus /

Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliarNoticias - 17/03/2021

G1.Globo | Nacional

Page 4: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

2626

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

'Sinal Vermelho': estabelecimentos do DF podem se cadastrar para servir como ponto dedenúncia para mulheres vítimas de violênciaDistrito Federal - 18/03/2021

28

Meio Norte | PiauíCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

TIMON: Justiça manda soltar presos por causa do novo coronavírusNoticias - 17/03/2021

29

O Antagonista | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Bandeira ainda dá as cartasNoticias - 17/03/2021

3030

O Estado de S. Paulo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Presidente do CNJ /

CNJ aprova cota de 20% para negros nos concursos para ingresso em cartóriosNoticias - 17/03/2021

3131

Valor Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Coronavírus /

Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliarPolítica - 17/03/2021

3333

Consultor Jurídico | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

O paradoxo do novo normal: correndo com os lobos ou guerreando contra a pesteopinião - 17/03/2021

36

CNJ - Corregedoria Nacional de Justiça, CNJ - Maria Thereza de Assis Moura /

Tabelião de Caldas Novas (GO) tem novo pedido de afastamento no CNJNoticias - 17/03/2021

37

Jornal do Comércio - RS | Rio Grande do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Presos, Judiciário - Sistema Prisional, Judiciário - Socioeducativo,Judiciário - Covid-19, Judiciário - Audiência de Custódia /

CNJ faz novas recomendações para conter Covid-19 em presídiosNoticias - 17/03/2021

38

O Progresso | Mato Grosso do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Assinado acordo para oferecer identidade digital a todos os brasileirosNoticias - 17/03/2021

40

Jota | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Judiciário, violência institucional e devido processo legalNoticias - 17/03/2021

Page 5: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

46

TV Justiça | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ /

Número de denúncias na ouvidoria do CNJ cresce mais de 7% em 2020Jornal da Justiça 2ª Ediçao - 17/03/2021

4747

CNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ /

CNJ publica glossário das metas nacionais do Poder Judiciário para o ano de 2021Jornal da Justiça 2ª Ediçao - 17/03/2021

48

Correio Braziliense | NacionalJudiciário - STF /

AGU nega desinformação de BolsonaroBrasil - 18/03/2021

50

Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /

Juiz da Lava Jato no PR mantém bloqueados os bens de petistaPoder - 18/03/2021

5252

Judiciário - Judiciário /

Parecer do TJ-SP diz que despesa oculta com lanche de magistrados é irregularPoder - 18/03/2021

55

O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /

Lockdown já evitou colapso no exteriorMetrópole - 18/03/2021

57

Judiciário - Judiciário /

Sonhar e construir um novo BrasilEspaço Aberto - 18/03/2021

59

Judiciário - STF /

Bolsonaro é alvo de recorde de pedidos de investigaçãoPolítica - 18/03/2021

61

Judiciário - STF /

Governo da aval a pena maior por injuriaPolítica - 18/03/2021

63

O Globo | NacionalJudiciário - STF /

MERVAL PEREIRA - Rejeição em altaOpinião - 18/03/2021

65

Judiciário - Judiciário /

OCDE cria grupo para monitorar combate à corrupção no BrasilPaís - 18/03/2021

67

Judiciário - Judiciário /

Justiça autoriza O governo a celebrar golpe militar de 1964

Page 6: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

País - 18/03/2021

68

Judiciário - Judiciário /

Queiroz e Márcia são liberados de prisão domiciliarPaís - 18/03/2021

69

Judiciário - STF /

Supremo deve julgar recurso sobre Lula antes da suspeição de MoroPaís - 18/03/2021

71

Valor Econômico | NacionalJudiciário - STF /

Para professora da FGV, Supremo precisa ‘arrumar ’ a casaPolítica - 18/03/2021

7373

Judiciário - STF /

Pedro Cavalcanti e Renato Fragelli - Corrupção, impunidade e estagnaçãoOpinião - 18/03/2021

7575

A Crítica de Campo Grande | Mato Grosso do SulJudiciário - Covid-19 /

Em campanha contra a violência doméstica, presidente da Amamsul visita TRE-MSNoticias - 17/03/2021

7676

Folha de Londrina Online | ParanáJudiciário - Coronavírus /

Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliarNoticias - 17/03/2021

7878

G1.Globo | NacionalJudiciário - Audiência de Custódia /

Saiba o que pode e o que não pode funcionar durante a quarentena em PernambucoPernambuco - 17/03/2021

8282

Jornal do Senado | NacionalJudiciário - Audiência de Custódia /

Congresso Nacional votou 29 vetos do presidente da República - Senado NotíciasNoticias - 17/03/2021

8484

O Antagonista | NacionalJudiciário - Audiência de Custódia /

Senado adia para a próxima semana análise de vetos a trechos do pacote anticrimeNoticias - 17/03/2021

85

O Dia RJ Online | Rio de JaneiroJudiciário - Audiência de Custódia /

Brasil: a luta contra a covid-19Noticias - 18/03/2021

O Tempo online | Minas Gerais

Page 7: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

87

Judiciário - Coronavírus /

STF dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliarNoticias - 17/03/2021

8989

Valor Online | NacionalJudiciário - Audiência de Custódia /

Após um ano de espera, deputados derrubam parte dos vetos do pacote anticrimePolítica - 17/03/2021

9090

CNN Online (Brasil) | NacionalJudiciário - Audiência de Custódia /

Congresso retoma indenização para profissionais da saúde vítimas da Covid-19Noticias - 17/03/2021

91

Consultor Jurídico | NacionalJudiciário - Justiça em Números, Judiciário - Conciliação, Judiciário - Covid-19 /

Ebook aborda alternativas de resolução de conflitos consumeristasNoticias - 17/03/2021

9393

Judiciário - PJE /

TRF-3 institui peticionamento por formulário eletrônico em processos físicosNoticias - 17/03/2021

94

Diario de Pernambuco - Online | PernambucoJudiciário - PJE, Judiciário - Sistema eletrônico de execução unificado, Judiciário - SEEU /

TJPE prorroga suspensão do expediente presencial até 4 de abrilVida Urbana - 17/03/2021

95

Estado de Minas online | Minas GeraisJudiciário - Covid-19 /

Pandemia faz Minas bater recorde histórico de mortes em um anoNoticias - 17/03/2021

9797

MídiaMax | Mato Grosso do SulJudiciário - PJE, Judiciário - Coronavírus /

TRE-MS cria 'Balcão Virtual' para atendimento por videoconferência durante o expedienteNoticias - 17/03/2021

9999

O Imparcial do Maranhão | MaranhãoJudiciário - Covid-19 /

Trabalho remoto na pandemia gera conflito entre OAB-MA e Associação dos MagistradasNoticias - 17/03/2021

101101

TV Justiça | Rio de JaneiroJudiciário - STF /

Ministro nega pedido de Eduardo Cunha para ter acesso a informações da Operação SpoofingJornal da Justiça - 17/03/2021

102102

Judiciário - STF /

Moraes nega devolução de celulares e computador ao deputado Daniel Silveira

Page 8: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Jornal da Justiça - 17/03/2021

103

Judiciário - STF /

Plenário decide que é constitucional a chamada Cota de TelaJornal da Justiça 2ª Ediçao - 17/03/2021

104104

Judiciário - STF /

Presidente do STF homenageia Ricardo Lewandowski pelos 15 anos na CorteJornal da Justiça 2ª Ediçao - 17/03/2021

105

Bandeirantes (São Paulo) | São PauloJudiciário - Presos, Judiciário - Sistema Prisional, Judiciário - Covid-19 /

CNJ faz novas recomendações para conter a Covid-19 em presídiosBandeirantes a Caminho do Sol - 17/03/2021

Page 9: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

MÔNICA BERGAMO

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: MÔNICA BERGAMO com Bruno B. Soraggi,

Bianka Vieira e Victoria Azevedo

PALAVRA FINAL

O voto que o ministro do STF (Supremo Tribunal

Federal) Kássio Nunes dará na suspeição de Sérgio

Moro, decisivo para o veredicto sobre o tema, é

aguardado com ansiedade não apenas pela defesa de

Lula, que entrou com a ação - mas também por

ministros do governo de Jair Bolsonaro e por políticos

de sua base.

Palavra 2

A absolvição de Moro pode abrir a possibilidade de Lula

ser novamente impedido, pela via judicial, de concorrer

à Presidência em 2022 - o que, acreditam, beneficiaria

Jair Bolsonaro.

Bumerangue

Por outro lado, o posicionamento de Kássio poderia

atingir em cheio, no futuro, o senador Flávio Bolsonaro

(Republicanos-RJ) em julgamentos no STF.

Bumerangue 2

A absolvição de Moro agora seria uma derrota para

ministros garantistas - e não apenas para os da 2ª

Turma, que o julgará.

Voto vencido

O impacto poderia ser tão violento que dificultaria tanto

magistrados co mo defensores que militam pelo

garantismo de seguirem na defesa enfática de suas

teses - conformando-se, portanto, com a jurisprudência

lava j atis ta que prevaleceria no tribunal.

Cristal

Bolsonaro tem dito a interlocutores que não se

envolverá na discussão. Na terça (16) , porém, ele

declarou a um fã que o ex-presidente "não vai ficar

elegível, não" em 2022.

CEP

A carta em que advogados, políticos e artistas pedem

que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue a

suspeição de Sérgio Moro foi entregue na quarta (17) ao

ministro Luís Roberto Barroso. Um dia antes, ela foi

recebida pelo presidente do tribunal, Luiz Fux.

Eu apoio

O texto já foi assinado por artistas como Chico Buarque,

Gilberto Gil, Zeca Pagodinho, Elza Soares, Emicida,

Caetano Veloso e Paulo Miklos. Teve apoio de oito ex-

ministros da Justiça e de políticos como Ciro Gomes,

Rodrigo Maia e José Sarney.

Data venia

Barroso recebeu a carta em uma videoconferência da

qual participaram o ex-ministro José Eduardo Cardozo e9

Page 10: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

advogados como Marco Aurélio de Carvalho, Lenio

Streck, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Antonio

Carlos de Almeida Castro, Fábio Tofic, Gabriela Araujo,

Juliano Breda e Alberto Toron.

Trilho

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos de SP

conseguiu aval do Tribunal de Contas do Estado para

seguir com o leilão das linhas 8-Diamante e 9-

Esmeralda da CPTM. Ele deve ocorrer em abril.

Cigarra

Sensibilizada pelas mais de 280 mil mortes causadas

pela Covid-19 no Brasil, a cantora Simone, 71 anos,

decidiu fazer uma nova live no do mingo (21) para trazer

alento ao seu público. "O propósito é agradecer quem

me faz cantar", afirma ela, que completa 48 anos de

carreira neste fim de semana. Essa será a 36ª live de

Simone desde que a epidemia do coronavírus começou.

A apresentação ocorre às 18h nas mídias sociais da

cantora.

Freio de mão

Mais de 1.200 projetos buscando recursos da Lei

Rouanet estão parados aguardando liberação da

Secretaria Especial da Cultura. Até quarta (17), segundo

o Salicnet, site do governo que monitora a lei, eram

1.216 projetos que totalizam R$ 311 milhões.

Freio 2

Eles esperam por validação para serem analisados pela

Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, para depois

serem homologados pela pasta e, assim, terem a

captação de recursos autorizada. A secretaria não

respondeu.

Checagem

O PSOL quer reverter a decisão do Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade que obriga

seus pesquisadores a submeterem sua produção

científica para aprovação prévia de uma diretoria do

órgão chefiada por um oficial da PM de São Paulo,

tenente-coronel da reserva Marcos Aurélio Venancio.

Veto

O partido protocolou projeto na Câmara para sustar os

efeitos da portaria que criou a norma. "E inaceitável a

instrumentalização de órgãos públicos para a censura

contra servidores", afirma a legenda.

Todos

A Prefeitura de SP diz que vai garantir mecanismos

para a participação de interessados no debate da

revisão do Plano Diretor. Mais de 100 entidades

manifestaram ao governo preocupação com a chance

de a epidemia da Covid-19 afaste cidadãos da

discussão da lei.

QUARENTENA

"O sorriso de quem já recebeu a primeira dose da

vacina e não virou jacaré!" escreveu a cantora Gal

Costa (1).

A cantora Anitta (2) posou para um retrato.

A atriz Zezé Motta (3) postou uma foto. "Sem fé é

impossível seguir neste mundo tão perverso" disse

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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Page 11: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Gilmar Mendes dá aval para soltar Fabrício Queiroz após STJ revogar

prisão domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Folha de São Paulo - Impresso Flip Pressreader/Nacional- Noticias

quinta-feira, 18 de março de 2021CNJ - CNJ

Clique aqui para abrir a imagem

brasília O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo

Tribunal Federal), manteve a decisão do STJ (Superior

Tribunal de Justiça) de revogar a prisão domiciliar de

Fabrício Queiroz, ex-assessor acusado de operar o

esquema da 'rachadinha' que teria como chefe o

senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O magistrado havia concedido a prisão domiciliar a

Queiroz em agosto de 2020, mas na terça-feira (16) a

Quinta Turma do STJ decidiu liberá-lo.

Nesta quarta (17), Gilmar afirmou que, como a decisão

de terça foi mais benéfica ao investigado, ela deve

prevalecer. O despacho também é válido para Márcia

Aguiar, a mulher do policial militar aposentado.

Gilmar disse que o habeas corpus dos dois em curso

Ele avalia sua dieta, examina seu histórico familiar e

aponta seu risco de ter um infarto.

no Supremo perdeu o objeto, uma vez que eles pediam

para ser dispensados da prisão e isso já foi feito pelo

STJ.

Assim, ele determinou o arquivamento do processo e

deu aval ao entendimento do STJ.

'A decisão colegiada da 5ª Turma do Superior Tribunal

de Justiça, que julgou o mérito do HC lá impetrado, ao

relaxar a prisão cautelar dos pacientes por excesso de

cassou expressamente o ato coator deste writ', afirmou

Gilmar.

Por 4 votos a 1, a turma considerou no julgamento de

terça que estava caracterizado o excesso de prazo na

ordem de prisão da Justiça do Rio contra Queiroz e sua

mulher.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado

em Atibaia, no interior de São Paulo, no âmbito da

investigação sobre o esquema de 'rachadinhas' na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Apontado como operador do esquema ilícito no antigo

gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz foi localizado

pela polícia na casa pertencente ao advogado Frederick

Wassef, criminalista que atua na defesa do senador.

Em julho, durante o recesso do Judiciário, a defesa

recorreu ao STJ e o então presidente do tribunal, João

Otávio de Noronha, transferiu Queiroz para prisão

domiciliar.

O ministro afirmou que, consideradas as condições de

saúde de Queiroz -ele tratava um câncer-, o caso se

enquadrava em recomendação do CNJ (Conselho

Nacional de

Justiça), que sugeria o não recolhimento a presídio em

face da pandemia do coronavírus.

Em agosto, após o término do recesso, a decisão foi

11

Page 12: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Folha de São Paulo - Impresso Flip Pressreader/Nacional- Noticias

quinta-feira, 18 de março de 2021CNJ - CNJ

derrubada pelo Felix Fischer, relator dos recursos da

investigação das 'rachadinhas' no STJ, que mandou o

ex-PM de volta à prisão.

Depois, Gilmar revogou a decisão de Fischer,

restabelecendo a domiciliar.

Queiroz foi assessor de Flávio e é amigo do presidente

Jair Bolsonaro desde 1984. O chefe do Executivo

chegou a chamar a prisão de Queiroz, a quem conhece

desde 1984, de 'espetaculosa'.

Chegou o a ferramenta gratuita da Folha que avalia

seus hábitos, sua história e características pessoais

para que você descubra se está se alimentando bem, se

tem feito exercícios suficientes, como se prevenir de

doenças do coração e de câncer e muito mais.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - CNJ, Judiciário -

Judiciário, Judiciário - STF, Judiciário - Coronavírus

12

Page 13: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

COTA DE TELA É CONSTITUCIONAL, DECIDE STF

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Especial

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: André Cáceres

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta

quarta-feira, 17, que a chamada 'cota de tela para filmes

nacionais nos cinemas é constitucional.

O julgamento foi motivado por um recurso extraordinário

ajuizado pelo Sindicato das Empresas Exibidoras

Cinematográficas do Rio Grande do Sul contra a

Agência Nacional do Cinema (Ancine). O sindicato

questionava a obrigatoriedade de exibição de filmes

nacionais e a aplicação de multas em caso de

descumprimento dessa norma.

Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro

(sem partido) em 24 de dezembro de 2019 impôs uma

quantidade mínima de exibição de filmes produzidos no

Brasil aos exibidores para o ano seguinte.

Um cinema com uma única sa- la seria obrigada a exibir

filmes nacionais ao menos em 27 dias ao longo do ano,

e exibindo pelo menos três títulos diferentes. Cinemas

com mais salas teriam exigências mais rígidas.

Complexos com 101 a 200 telas, por exemplo, seriam

obrigados a exibir conteúdo brasileiro em 54 dias e, no

mínimo, 24 títulos.

O relator do processo foi o ministro Dias Toffoli, que

votou de modo a considerar "constitucionais a cota de

tela e as sanções administrativas decorrentes de sua

não observância". Toffoli ainda lembrou das premiações

angariadas pelo filme sul-coreano Parasita, dirigido por

Bong Joon-ho, eleito melhor filme no Oscar 2020. De

acordo com o ministro, o sucesso do longa não foi

apenas fruto de criatividade individual, mas de uma

política de Estado da Coreia do Sul.

O presidente do STF, Luiz Fux, acompanhou o relator,

argumentando a respeito da relevância do fomento à

produção e difusão da cultura brasileira e lembrando

ainda que a cota de "5% é uma reserva quantitativa

mais do que razoável". A maioria do plenário se formou

após a fala do ministro Ricardo Lewandowski, que

completou 15 anos na corte e foi o sétimo a proferir seu

voto.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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Page 14: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Câmara vota para proibir utilização de gravações ambientais em

acusações

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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Autor: PAULO CAPPELLI cappelli&bsb. oglobo. com. br

BRASÍLIA

A Câmara dos Deputados votou ontem para proibir que

gravações ambientais realizadas por pessoas físicas

possam ser usadas para formulações de denúncias,

caso não tenham acontecido com 'prévio conhecimento'

da autoridade policial ou do Ministério Público.

A proposta foi incluída pelo Congresso em 2019 no

pacote anticrime, mas vetada pelo presidente Jair

Bolsonaro, atendendo à recomendação do seu ainda

ministro da Justiça, Sergio Moro. Ontem, por 313 votos

a 99, com uma abstenção, a Câmara votou pela

derrubada do veto. O Senado, por sua vez, adiou a

votação para uma próxima sessão.

O trecho em debate afirma que essas escutas

ambientais só poderão ser usadas para formulação de

defesa. Houve críticas ao texto em plenário feitas por

parlamentares que entendem que a decisão enfraquece

um instrumento de investigação de crimes.

- Caso a medida já estivesse em vigor, não teria se

tornado público o diálogo entre o empresário Joesley

Batista e Michel Temer. Quem votou a favor da

derrubada do veto, votou contra o combate à corrupção

- disse o deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ).

O deputado Alex Manente (Cidadania-SP) também

defendeu o uso das gravações ambientais: - Entendo

que o dispositivo limita o uso da captação ambiental

apenas para defesa, em divergência com o que dizem

os tribunais superiores, que pacificaram que a gravação

ambiental feita por um dos interlocutores é válida como

prova no processo penal, independente da prévia

autorização judicial.

Já Talíria Petrone (PSOL-RJ) argumentou a favor da

derrubada do veto.

-A derrubada do veto é importante porque proíbe

gravações sem autorização judicial, com a falsa ideia de

que vai se combater a corrupção. Trata-se de uma

invasão clandestina da esfera individual.

Os deputados votaram também pela retomada do

agravante de crime qualificado para o homicídio

praticado com arma de fogo de uso restrito ou proibido,

como fuzis. Além disso, foi triplicada a pena para crimes

de calúnia, injúria e difamação nas redes sociais.

Quanto à audiência de custódia de pessoas presas

provisoriamente ou em flagrante, os deputados

derrubaram o veto e determinaram que a audiência

ocorra presencialmente, proibindo a realização por

videoconferência.

Todos esses pontos, porém, ainda precisam ser

analisados pelo Senado. Somente se esta Casa

confirmar a derrubada haverá a promulgação e esses

trechos passarão a valer como lei. Os vetos foram

derrubados em uma votação em globo, por acordo entre

14

Page 15: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

os líderes, incluindo o governo.

PACOTE ANTICRIME

Apresentado por Moro no início da sua gestão no

Ministério da Justiça, o pacote anticrime passou por

várias mudanças no Congresso. Uma aliança entre o

Centrão e a oposição derrubou algumas das propostas

enviadas pelo governo e incluiu outros temas que

faziam parte dos debates na Casa.

A principal delas foi a criação do juiz de garantias. Pelo

texto, haveria um magistrado apenas para analisar a

fase de investigação, o juiz de garantias, e outro ficaria

responsável pela sentença. Contrariando Moro,

Bolsonaro sancionou essa parte do projeto. Uma

decisão liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo

Tribunal Federal (STF), porém, adiou a entrada em

vigor da mudança.

A sanção de trechos do projeto modificados pela

Câmara foi um dos elementos do desgaste na relação

entre Moro e Bolsonaro. Em abril do ano passado, o

ministro pediu demissão acusando o presidente de

tentar interferir de forma indevida na Polícia Federal, o

que motivou a abertura de um inquérito no STF, ainda

em aberto.

GRAVAÇÕES QUE JÁ MOTIVARAM PROCESSOS

Joesley/ Temer

Joesley Batista, um dos donos da JBS, gravou o então

presidente Michel Temer em uma reunião no Palácio do

Jaburu. Na conversa, o empresário dizia a Temer que

vinha fazendo pagamentos ao ex-presidente da

Câmara, Eduardo Cunha, para que ele não fizesse

delação. Temer respondeu: 'Tem que manter isso aí'.

Durval/ Arruda

O ex-secretário Durval Barbosa gravou políticos do

Distrito Federal recebendo dinheiro desviado de

contratos no governo local. Um dos alvos da gravação

foi José Roberto Arruda, que era governador pelo DEM

quando o vídeo veio à tona. Arruda chegou a ser preso

acusado de tentar corromper uma testemunha.

Cerveró/ Delcídio

"Uma gravação feita por Bernardo Cerveró, filho 2 do

ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, levou à prisão o

então líder do governo Dilma Rousseff no Senado,

Delcídio Amaral. Na conversa, eles discutiam um plano

de fuga para o ex-diretor, e o senador dizia buscar votos

no STF por sua liberdade. Cerveró, porém, fez delação.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, Judiciário - Audiência de Custódia

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Page 16: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

STF mantém cota míinima <br> <br> de exibição de filmes nacionais

nos cinemas

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Clique aqui para abrir a imagem

Por dez votos a um, o Supremo Tribunal Federal

(STF) considerou constitucional a chamada cota de tela,

a norma que fixa quantidade mínima para exibição de

filmes nacionais nas salas de cinema de todo o país. Os

ministros também aprovaram a cota mínima para

emissoras de rádio transmitirem conteúdo local de

caráter artístico, cultural e jornalístico.

Relator do processo sobre filmes nacionais, Dias Toffoli

apresentou dados do Sebrae segundo o qual o setor

audiovisual movimenta mais de R$ 400 bilhões por ano

e concentra a produção em três regiões: Estados

Unidos, Japão e Europa. Segundo o ministro, isso

mostra a grande barreira à produção audiovisual

brasileira. Luiz Fux, presidente do STF e relator do

outro processo, também votou a favor das cotas.

Apenas Marco Aurélio Mello foi contrário. Para ele, a

norma em questão é uma forma de o Estado intervir no

mercado, que deveria ser livre.

O processo sobre cota de tela no cinema foi ajuizado

pelo Sindicato das Empresas Exibidoras

Cinematográficas do Estado do Rio Grande do Sul. A

entidade argumentou que são inconstitucionais os

artigos da medida provisória de 2001 que fixou a cota,

com sanções administrativas para quem descumprir,

pois violaria a livre iniciativa e ingerência do Estado. A

tese, entretanto, não foi acolhida pela Corte, que

manteve a vigência da legislação. (Carolina Brígido)

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

16

Page 17: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Em defesa dos processos judiciais eletrônicos

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário de Pernambuco/Pernambuco - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: HENRIQUE SOUZA

O desembargador Eurico de Barros foi empossado

ontem como vice-presidente do Tribunal de Justiça de

Pernambuco (TJPE). O magistrado foi eleito após

disputa com outros três nomes. Eurico de Barros iniciou

sua trajetória no campo forense em 1970 como escrivão

titular do Cartório de Assistência Judiciária da Capital,

após aprovação por concurso. Em entrevista ao Diário,

o magistrado falou do sentimento de ter sido escolhido e

a responsabilidade de ocupar um dos postos mais

importantes da casa. Ele também reiterou o desejo de

agilizar os trâmites do TJPE.

Entrevista

ATRIBUIÇÕES

Hoje o vice-presidente tem poder judicional. Ele tem a

competência para organizar, fiscalizar e monitorar. Ele

tem competência para decidir recursos sobre apelações

e sobre recursos e processos criminais. Não é um cargo

só administrativo, substituir o presidente, ele decide a

admissibilidade de recursos. Ele não deixa de ser um

“julgador”.

PLANOS

Agilizar. Agilizar as admissibilidades recursais, reduzir o

número de recursos que se encontram na primeira vice-

presidência, que é um número realmente expressivo. Eu

tenho a incumbência de decidir no menor tempo

possível. Aperfeiçoar e agilizar a distribuição dos

processos físicos. Eletronicamente não tem problema.

Espero me sair bem e me desincumbir bem dessas

atribuições.

ATUAÇÃO NA PANDEMIA

Agora houve uma suspensão dos prazos, mas

principalmente para os processos físicos. Os processos

antigos eu realmente me penalizo das partes. Por volta

de 2016 foi implantado o PJe (Processo Judicial

Eletrônico). Antes disso eram processos físicos e esses

processos têm os prazos suspensos conforme a

pandemia. Vai crescendo e ocorrem determinações do

governo, que são acompanhadas pelo Judiciário, por

ordem até do CNJ, de suspender a atuação. Isso

prejudica muito os processos físicos. No PJe há uma

interrupção do prazo mas, na verdade, o PJe está

funcionando. É a grande salvação da Justiça. É o futuro

que chegou. Eu poderia dizer que chegou um pouco

antes do tempo. Ia ser paulatinamente, mas chegou pra

ficar.

PROJETOS

Quando normalizarem as coisas, o tribunal pretende

digitalizar o máximo possível de processos físicos para

que eles caminhem normalmente. No processo17

Page 18: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário de Pernambuco/Pernambuco - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

eletrônico, o magistrado trabalha sábado, domingo, não

tem horário para trabalhar, tem que produzir. 0

advogado vai distribuir facilmente, as partes vão propor

ação mais facilmente. É uma via de mão dupla, ao

mesmo tempo em que é fácil os processos serem mais

ágeis, também disponibiliza uma condição de

propositura de ação mais facilmente. Você não vai ao

fórum, os advogados propõem as ações do escritório.

Isso resulta no aumento do acervo processual.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

18

Page 19: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Gilmar Mendes dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão

domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJA Gazeta Online ES/Espírito Santo - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal

Federal (STF), manteve a decisão do STJ (Superior

Tribunal de Justiça) de revogar a prisão domiciliar de

Fabrício Queiroz, ex-assessor acusado de operar o

esquema da "rachadinha" que teria como chefe o

senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O magistrado havia concedido a prisão domiciliar a

Queiroz em agosto de 2020, mas nesta terça-feira (16)

a Quinta Turma do STJ decidiu liberá-lo.

Nesta quarta (17), Gilmar afirmou que, como a decisão

de terça foi mais benéfica ao investigado, ela deve

prevalecer. O despacho também é válido para Márcia

Aguiar, esposa do policial militar aposentado.

Gilmar disse que o habeas corpus dos dois em curso no

Supremo perdeu o objeto, uma vez que eles pediam

para serem dispensados da prisão e isso já foi feito pelo

STJ.

Assim, ele determinou o arquivamento do processo e

deu aval ao entendimento do STJ.

"A decisão colegiada da Quinta Turma do Superior

Tribunal de Justiça, que julgou o mérito do HC lá

impetrado, ao relaxar a prisão cautelar dos pacientes

por excesso de cassou expressamente o ato coator

deste writ", afirmou Gilmar.

VOTAÇÃO

Por 4 votos a 1, a turma considerou no julgamento de

terça que estava caracterizado o excesso de prazo na

ordem de prisão da Justiça do Rio contra Queiroz e sua

mulher.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado

em Atibaia, no interior de São Paulo, no âmbito da

investigação sobre o esquema de "rachadinhas" na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Apontado como operador do esquema ilícito no antigo

gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz foi localizado

pela polícia na casa pertencente ao advogado Frederick

Wassef, criminalista que atua na defesa do senador.

Em julho, durante o recesso do Judiciário, a defesa

recorreu ao STJ e o então presidente do tribunal, João

Otávio de Noronha, transferiu Queiroz para prisão

domiciliar.

O ministro afirmou que, consideradas as condições de

saúde de Queiroz -ele tratava um câncer-, o caso se

enquadrava em recomendação do CNJ (Conselho

Nacional de Justiça), que sugeria o não recolhimento a

presídio em face da pandemia do coronavírus.

Em agosto, após o término do recesso, a decisão foi

derrubada pelo Felix Fischer, relator dos recursos da

investigação das "rachadinhas" no STJ, que mandou o

ex-PM de volta à prisão.

19

Page 20: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJA Gazeta Online ES/Espírito Santo - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Depois, Gilmar revogou a decisão de Fischer,

restabelecendo a domiciliar.

FAMÍLIA BOLSONARO

Queiroz foi assessor de Flávio e é amigo do presidente

Jair Bolsonaro desde 1984. O chefe do Executivo

chegou a chamar a prisão de Queiroz de

"espetaculosa".

A apuração sobre "rachadinha" relacionada ao hoje

senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do

presidente, começou após relatório do antigo Coaf

(órgão de inteligência financeira) indicar movimentação

financeira atípica de Queiroz.

Além do volume movimentado, de R$ 1,2 milhão em um

ano, chamou a atenção a forma com que as operações

se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em

datas próximas do pagamento de servidores da

Assembleia.

Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos

salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava

esse dinheiro para remunerar assessores informais de

Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual.

A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários

finais dos valores.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Coronavírus

20

Page 21: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Advogado vê problemas técnicos no PJe

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Comércio MG/Minas Gerais - Noticias

quinta-feira, 18 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Por Diário do Comércio

Em 18 de março de 2021 às 00:15

O Diário do Judiciário eletrônico (DJe), que substituiu o

jornal em papel, é o meio utilizado para publicação de

todos os atos oficiais, judiciais e administrativos do

Poder Judiciário de Minas Gerais. As publicações do

Diário do Judiciário Eletrônico são realizadas

diariamente, nos dias úteis, em que funciona o Poder

Judiciário. Os atos processuais judiciais ou

administrativos deveriam ser considerados publicados

no Diário do Judiciário eletrônico (DJe) no dia útil

seguinte à sua disponibilização no Portal/lnternet do

tribunal, e a contagem dos prazos processuais tem

início no primeiro dia útil subsequente a essa

publicação. O que, na prática, não está acontecendo.

Essa foi a resposta apresentada pelo Tribunal de

Justiça de Minas Gerais (TJMG) a uma consulta

realizada pelo advogado Felipe C.S. Lopes, do LAA -

Lopes Advogados Associados, após constatar que,

desde o dia 3 de fevereiro de 2021, não estavam mais

sendo publicados os atos processuais de primeira

instância.PUBLICIDADE

Não obstante a resposta que admite erro de sistema, o

TJMG encerrou o chamado feito pelo advogado

recomendando "que os processos sejam consultados

pelo próprio sistema do PJe, uma vez que a ausência

de publicações no DJe não prejudica o andamento dos

prazos processuais do PJe."

De acordo com Felipe Lopes, existe uma evidente

inconstitucionalidade no trecho do caput do artigo 5° da

Lei 11.419/06 (dispõe sobre a informatização do

processo judicial) que dispensa a publicação da

intimação. Ele ressalta que a publicação do ato

processual deverá ocorrer em obediência ao disposto

no ao inciso LX, do artigo 5° da Constituição Federal do

Brasil, ainda que com caráter meramente informativo.

Não bastasse a previsão na Constituição Federal de

não restrição à publicidade dos atos processuais, para

viabilizar a implantação do processo eletrônico no

Brasil, diante do problema causado pelo artigo. 5° da lei

11.419/06, destaca o advogado, o Conselho Nacional

de Justiça (CNJ) criou uma norma administrativa que

obriga os tribunais a publicarem os atos processuais no

Diário do Judiciário eletrônico (DJe). Trata-se do artigo.

14 da Resolução 234/16 do CNJ, que institui o Diário de

Justiça Eletrônico Nacional-DJEN), segundo o qual, até

que seja implantado o DJEN, as intimações dos atos

processuais serão realizadas via Diário de Justiça

Eletrônico (DJe) do próprio órgão.

O novo Código do Processo Civil (CPC), aprovado em

16 de março de 2015, também determina que os

despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das

sentenças e a ementa dos acórdãos sejam publicados

no Diário de Justiça eletrônico (artigo205, § 3)

Transparência - Diante da situação de alta relevância,

considerando o risco de perda generalizada de prazos

por advogados, o LAA encaminhou o caso à Secretaria

Geral da Ordem dos Advogados de Minas Gerais -

seção Minas Gerais (OAB/MG) para que dele tome

conhecimento formalmente e se posicione diante do

Tribunal de Justiça em defesa dos advogados para

cobrar postura de maior transparência do TJMG e para

que tomem medidas para evitar o prejuízo aos

jurisdicionados.

O escritório aguarda, portanto, manifestação da

OAB/MG, que sempre se mostrou na história ávida pela21

Page 22: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Comércio MG/Minas Gerais - Noticias

quinta-feira, 18 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

defesa dos interesses dos advogados, para que cobre

dos responsáveis medidas urgentes para reparar o erro

de sistema que impede o envio dos atos processuais

para DJE.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - PJE

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Page 23: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Serviços da Vara da Infância são disponibilizados de forma online

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de Boa Vista/Roraima - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Tribunal

de Justiça de Roraima (TJRR) adotou o sistema de

trabalho e atendimento remoto. E para ampliar as

formas de atendimento aos cidadãos e advogados a

Vara da Infância e Juventude implantou o sistema

Balcão Virtual, com atendimentos online.

De acordo com o juiz coordenador da Secretaria

Unificada da Vara da Infância e da Juventude, Marcelo

Oliveira, o Balcão Virtual consiste em prestar

atendimento virtual e satisfatório aos usuários.

'É uma determinação do Conselho Nacional de

Justiça adotar novos canais de atendimento ao

cidadão, aos advogados, enquanto estamos em

atendimento remoto por conta da pandemia. Somos a

primeira Vara de Roraima a adotar esse sistema',

informou o magistrado.

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'O balcão se soma a aplicativos como Whatsapp, ao

nosso sistema de videoconferência própria, ao Scriba,

ligação telefônica, são vários instrumentos que

colocamos a disposição do cidadão e dos advogados. O

diferencial é que o atendimento não será só por

mensagem, mas sim pelo endereço eletrônico. Então

qualquer serviço poderá ser feito pelo balcão virtual',

acrescentou Oliveira.

O Balcão Virtual pode ser acessado pelo endereço

eletrônico: https://meet.google.com/bjz-yzyz-psn, das 8h

às 18h.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Page 24: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar

prisão domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de Pernambuco/Pernambuco - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Folhapress

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal

Federal), manteve a decisão do STJ (Superior Tribunal

de Justiça) de revogar a prisão domiciliar de Fabrício

Queiroz, ex-assessor acusado de operar o esquema da

"rachadinha" que teria como chefe o senador Flávio

Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O magistrado havia concedido a prisão domiciliar a

Queiroz em agosto de 2020, mas nesta terça-feira (16)

a Quinta Turma do STJ decidiu liberá-lo.

Nesta quarta (17), Gilmar afirmou que, como a decisão

de terça foi mais benéfica ao investigado, ela deve

prevalecer. O despacho também é válido para Márcia

Aguiar, esposa do policial militar aposentado.

Gilmar disse que o habeas corpus dos dois em curso no

Supremo perdeu o objeto, uma vez que eles pediam

para serem dispensados da prisão e isso já foi feito pelo

STJ.

Assim, ele determinou o arquivamento do processo e

deu aval ao entendimento do STJ.

"A decisão colegiada da Quinta Turma do Superior

Tribunal de Justiça, que julgou o mérito do HC lá

impetrado, ao relaxar a prisão cautelar dos pacientes

por excesso de cassou expressamente o ato coator

deste writ", afirmou Gilmar.

Por 4 votos a 1, a turma considerou no julgamento de

terça que estava caracterizado o excesso de prazo na

ordem de prisão da Justiça do Rio contra Queiroz e sua

mulher.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado

em Atibaia, no interior de São Paulo, no âmbito da

investigação sobre o esquema de "rachadinhas" na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Apontado como operador do esquema ilícito no antigo

gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz foi localizado

pela polícia na casa pertencente ao advogado Frederick

Wassef, criminalista que atua na defesa do senador.

Em julho, durante o recesso do Judiciário, a defesa

recorreu ao STJ e o então presidente do tribunal, João

Otávio de Noronha, transferiu Queiroz para prisão

domiciliar.

O ministro afirmou que, consideradas as condições de

saúde de Queiroz -ele tratava um câncer-, o caso se

enquadrava em recomendação do CNJ (Conselho

Nacional de Justiça), que sugeria o não recolhimento a

presídio em face da pandemia do coronavírus.

Em agosto, após o término do recesso, a decisão foi

derrubada pelo Felix Fischer, relator dos recursos da

investigação das "rachadinhas" no STJ, que mandou o

ex-PM de volta à prisão.

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Page 25: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de Pernambuco/Pernambuco - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Depois, Gilmar revogou a decisão de Fischer,

restabelecendo a domiciliar.

Queiroz foi assessor de Flávio e é amigo do presidente

Jair Bolsonaro desde 1984. O chefe do Exetuvio chegou

a chamar a prisão de Queiroz, a quem conhece desde

1984, de "espetaculosa".

A apuração sobre "rachadinha" relacionada ao hoje

senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do

presidente, começou após relatório do antigo Coaf

(órgão de inteligência financeira) indicar movimentação

financeira atípica de Queiroz.

Além do volume movimentado, de R$ 1,2 milhão em um

ano, chamou a atenção a forma com que as operações

se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em

datas próximas do pagamento de servidores da

Assembleia.

Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos

salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava

esse dinheiro para remunerar assessores informais de

Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual.

A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários

finais dos valores.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Coronavírus

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Page 26: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

'Sinal Vermelho': estabelecimentos do DF podem se cadastrar para servir

como ponto de denúncia para mulheres vítimas de violência

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Distrito Federal

quinta-feira, 18 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

O governo do Distrito Federal começou a cadastrar,

nesta semana, estabelecimentos que poderão ser

usados como pontos de denúncia para mulheres vítimas

de violência. Nos locais, a pessoa poderá pedir ajuda

mostrando o desenho de um "X" na palma da mão.

A ação faz parte da campanha "Sinal Vermelho",

lançada última terça-feira (16). Hotéis, farmácias,

mercados e condomínios são alguns dos espaços que

podem fazer parte da iniciativa.

Para participar, é preciso que os donos dos locais, ou

entidades representativas, enviem o pedido para o e-

mail: [email protected]. Após o cadastro,

os funcionários dos estabelecimentos serão capacitados

sobre como agir caso uma mulher peça ajuda (saiba

mais abaixo).

"É importante que os estabelecimentos comerciais se

engajem e participem, visto que essa campanha faz

parte de uma luta da sociedade", diz a secretária da

Mulher, Ericka Filippelli.

"É importante que os estabelecimentos comerciais se

engajem e participem, visto que essa campanha faz

parte de uma luta da sociedade", diz a secretária da

Mulher, Ericka Filippelli.

'X' na mão

Em novembro de 2020, o governo do Distrito Federal

institui, com a Lei nº 6.713, o desenho do 'X' na mão

como marca para que mulheres vítimas de violência

doméstica ou familiar possam pedir socorro, de modo

discreto, em órgãos públicos e comércios de Brasília.

Antes, o código era usado apenas em farmácias

cadastradas na campanha "Sinal Vermelho" - uma ação

criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e

pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em

junho de 2020.

Com a nova lei, o DF passou a contar com o programa

Cooperação e Código Sinal Vermelho. A norma prevê

que atendentes dos estabelecimentos coletem o nome e

o endereço da vítima, prestem apoio e entrem em

contato com as autoridades policiais.

"A campanha busca alcançar as mulheres que não

conseguem chegar até as delegacias ou fazer o registro

on-line para denunciar que estão em uma situação de

vulnerabilidade extrema", diz Adriana Romana,

delegada-chefe da Delegacia Especializada no

Atendimento à Mulher (DEAM).

"A campanha busca alcançar as mulheres que não

conseguem chegar até as delegacias ou fazer o registro

on-line para denunciar que estão em uma situação de

vulnerabilidade extrema", diz Adriana Romana,

delegada-chefe da Delegacia Especializada no

Atendimento à Mulher (DEAM).

VÍDEO: ' 'Ele tá aí fora', escreveu vítima de violência em

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Page 27: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Distrito Federal

quinta-feira, 18 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

bilhete para caixa de banco no DF

Como participar da campanha

De acordo com a Associação dos Magistrados

Brasileiros (AMB), a Polícia Militar, a Polícia Civil, e as

secretárias da Mulher e de Segurança Pública - que

fazem parte da campanha - após o cadastro, os

funcionários dos locais voluntários serão capacitados

por meio de vídeos e de cartilha. "Eles serão orientados

a acolher as mulheres de forma sigilosa", dizem os

responsáveis pelo programa.

"Quem receber a denúncia precisa manter a calma para

evitar chamar a atenção do suspeito de agressão caso

ele esteja no local", dizem os organizadores da

capacitação.

"Quem receber a denúncia precisa manter a calma para

evitar chamar a atenção do suspeito de agressão caso

ele esteja no local", dizem os organizadores da

capacitação.

As pessoas serão orientadas também para que anotem

todos os dados da vítima. "Se ela [vítima] precisar sair

do local, é necessário ligar, imediatamente, para um dos

telefones vinculados ao programa e informar a

situação".

Os telefones são os seguintes:

Feminicídio

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do

DF, 94% das vítimas de feminicídio não realizaram

boletim de ocorrência ou deixaram de fazer alguma

denúncia antes de serem assassinadas, no ano

passado.

Para a pasta, esse dado confirma que a maioria dessas

mulheres não percebeu que estava dentro do contexto

de violência doméstica, ou não teve chances de fazer as

denúncias.

"Quanto mais oportunidades trouxermos para as vítimas

dessa violência, que muitas vezes não têm forças, não

têm outros caminhos, mais chances de saírem dessa

situação estaremos oferecendo para essas mulheres",

disse o secretário de Segurança Pública, Anderson

Torres.

Outros canais para denúncia

O Distrito Federal tem duas Delegacias Especializadas

de Atendimento à Mulher (Deam), uma na Asa Sul, e

outra em Ceilândia. "Os casos, no entanto, podem ser

denunciados em qualquer unidade", diz a SSP.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

(MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os

inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida

protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o

socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

(MPDFT)

Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da

Polícia Militar

Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal

VÍDEO: violência contra mulheres

Leia outras notícias da região no G1 DF.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

27

Page 28: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

TIMON: Justiça manda soltar presos por causa do novo coronavírus

Conselho Nacional de Justiça - CNJMeio Norte/Piauí - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Vários policiais militares de Timon que trabalham na

linha de frente com o combate a criminalidade na cidade

com as rondas ostensivas, manifestaram ao jornalista

Elias Lacerda preocupação com a mais nova

determinação do judiciário. Portaria do Tribunal de

Justiça do Maranhão baseada numa recomendação do

Conselho Nacional de Justiça foi enviada ao judiciário

timonense determinando que sejam colocados em

liberdade e mandados para cumpri pena em casa

(prisão domiciliar) todos os presos do regime

semiaberto ou com doenças crônicas em Timon.

Os presos vão ficar nessa condição de prisão domiciliar

até o dia 31 de maio próximo.

O presídio Jorge Viera e a Vara das Execuções Penais

trabalham no levantamento para ver quantos presos

serão beneficiados com a determinação do TJ.

A portaria usa como argumentos para tais medidas

preceitos constitucionais de preservação da saúde dos

presos no momento de pandemia com o avanço da

Covid-19 em Timon e região.

Promotor Francisco Fernando: 'Situação preocupa'

'No ano passado houve muitas regressões de presos

que não estavam cumprindo a determinação da justiça

para ficar em casa como estabelece a lei. A portaria do

TJ tem por objetivo reduzir os riscos de contaminação

em massa dos presos e assim evitar que eles precisem

de atendimento médico em lugar do cidadão livre, que

não deve nada a justiça. Entretanto é preocupante na

medida de que teremos que reforçar nossa força tarefa

para fiscalizar esses presos que estão recebendo esse

benefício da justiça', disse o promotor criminal Francisco

Fernando ao jornalista Elias Lacerda.

Ele informou ainda que a execução penal deve pedir

nos próximos dias monitoramento eletrônico

(tornozeleiras eletrônicas) ao estado para que possa

melhor acompanhar os apenados.

Entre os policiais militares e civis a situação preocupa,

pois é entendimento deles que essa portaria vai

provocar um aumento da criminalidade em Timon com

assaltos, roubos e até homicídios.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

28

Page 29: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Bandeira ainda dá as cartas

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Antagonista/Nacional - Noticiasquarta-feira, 17 de março de 2021

CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Rodrigo Pacheco ainda não oficializou o sucessor de

Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho na Secretaria-

Geral da Mesa Diretora do Senado.

Bandeira já fez discurso de despedida no fim de

fevereiro, mas continua dando as cartas. Ontem,

apareceu na sessão remota do Senado e O Antagonista

apurou que, nos grupos de mensagens da Secretaria-

Geral, ele ainda é consultado e orienta os demais

diretores.

Interinamente, está no cargo Sabrina Nascimento, a

adjunta de Bandeira, homem de confiança de Renan

Calheiros que chegou ao cargo em 2014 e foi sendo

reconduzido desde então. Também é conselheiro do

CNMP, ele assumirá, por dois anos, uma cadeira no

Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

29

Page 30: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

CNJ aprova cota de 20% para negros nos concursos para ingresso em

cartórios

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Sonia Racy

O Conselho Nacional de Justiça aprovou a inclusão

de cotas de 20% para negros nos concursos para

ingresso em todos os cartórios do País. A resolução

partiu de um projeto do reitor José Vicente e do Frei

Davi dos Santos. Os dois reivindicaram a cota, em

agosto, ao então presidente do CNJ, o Ministro Dias

Tofolli.

Para José Vicente a aprovação é 'importantíssima para

inclusão, participação e empoderamento de jovens

negros, social e economicamente. No Brasil, temos

cerca de 13.627 cartórios, com 20 funcionários em

média, podendo assim, a medida, resultar na

disponibilização de 50 mil postos para negros', diz.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - Presidente do CNJ

30

Page 31: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar

prisão domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Online/Nacional - Política

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Autor: Folhapress

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal

Federal), manteve a decisão do STJ (Superior Tribunal

de Justiça) de revogar a prisão domiciliar de Fabrício

Queiroz, ex-assessor acusado de operar o esquema da

"rachadinha" que teria como chefe o senador Flávio

Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O magistrado havia concedido a prisão domiciliar a

Queiroz em agosto de 2020, mas nesta terça-feira (16)

a Quinta Turma do STJ decidiu liberá-lo.

Nesta quarta (17), Gilmar afirmou que, como a decisão

de terça foi mais benéfica ao investigado, ela deve

prevalecer. O despacho também é válido para Márcia

Aguiar, esposa do policial militar aposentado.

Gilmar disse que o habeas corpus dos dois em curso no

Supremo perdeu o objeto, uma vez que eles pediam

para serem dispensados da prisão e isso já foi feito pelo

STJ.

Assim, ele determinou o arquivamento do processo e

deu aval ao entendimento do STJ.

"A decisão colegiada da Quinta Turma do Superior

Tribunal de Justiça, que julgou o mérito do HC lá

impetrado, ao relaxar a prisão cautelar dos pacientes

por excesso de cassou expressamente o ato coator

deste writ", afirmou Gilmar.

Por 4 votos a 1, a turma considerou no julgamento de

terça que estava caracterizado o excesso de prazo na

ordem de prisão da Justiça do Rio contra Queiroz e sua

mulher.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado

em Atibaia, no interior de São Paulo, no âmbito da

investigação sobre o esquema de "rachadinhas" na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Apontado como operador do esquema ilícito no antigo

gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz foi localizado

pela polícia na casa pertencente ao advogado Frederick

Wassef, criminalista que atua na defesa do senador.

Em julho, durante o recesso do Judiciário, a defesa

recorreu ao STJ e o então presidente do tribunal, João

Otávio de Noronha, transferiu Queiroz para prisão

domiciliar.

O ministro afirmou que, consideradas as condições de

saúde de Queiroz -ele tratava um câncer-, o caso se

enquadrava em recomendação do CNJ (Conselho

Nacional de Justiça), que sugeria o não recolhimento a

presídio em face da pandemia do coronavírus.

Em agosto, após o término do recesso, a decisão foi

derrubada pelo Felix Fischer, relator dos recursos da

investigação das "rachadinhas" no STJ, que mandou o

ex-PM de volta à prisão.

Depois, Gilmar revogou a decisão de Fischer,

restabelecendo a domiciliar.

Queiroz foi assessor de Flávio e é amigo do presidente

Jair Bolsonaro desde 1984. O chefe do Executivo

chegou a chamar a prisão de Queiroz, a quem conhece

desde 1984, de "espetaculosa".

A apuração sobre "rachadinha" relacionada ao hoje

senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do

presidente, começou após relatório do antigo Coaf

(órgão de inteligência financeira) indicar movimentação

financeira atípica de Queiroz.

Além do volume movimentado, de R$ 1,2 milhão em um

ano, chamou a atenção a forma com que as operações

se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em

datas próximas do pagamento de servidores da

Assembleia.

31

Page 32: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Online/Nacional - Política

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos

salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava

esse dinheiro para remunerar assessores informais de

Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual.

A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários

finais dos valores.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Coronavírus

32

Page 33: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

O paradoxo do novo normal: correndo com os lobos ou guerreando

contra a peste

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - opinião

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Roberta Ferme Sivolella

A analista jungiana Camila Estés resumiu, com

maestria, o olhar excludente da sociedade em relação à

mulher ao longo dos séculos. Em sua obra "Mulheres

que correm com lobos", confirmou que fomos

observadores históricos da pilhagem, da redução do

espaço e do esmagamento da mulher.

Em um ano como 2020, no qual a generalização das

vulnerabilidades e o regime de excepcionalidade das

relações foram a tônica, não surpreende que a obra em

questão tenha obtido o segundo lugar na lista dos sete

livros mais vendidos em uma das maiores empresas de

vendas de obras literárias online da atualidade [1].

O distanciamento social nos proporcionou, sem dúvidas,

um dos grandes paradoxos do cenário pandêmico: num

contexto de dilemas sanitários, econômicos e sociais, o

novo normal imposto aproximou as vulnerabilidades,

esfregou na cara da sociedade dita cool e tecnológica

do século 21 suas maiores mazelas e tornou

insustentável a manutenção da banalização da exclusão

e da desigualdade.

A desigualdade de gênero, fatalmente, se insere nesse

contexto. No último dia 8, o Dia Internacional da Mulher

foi comemorado, em quase sua integralidade, na

modalidade telepresencial, e, fazendo jus ao novo

normal incorporado em nossas rotinas, os dizeres de

Jorge Amado do início do século 20 ecoam: "Peste,

fome e guerra, morte e amor, a vida de Tereza Batista é

uma história de cordel" [2]. Tal e qual a epígrafe do

romance de Jorge Amado já anuncia, a mulher

representada pela personagem é uma guerreira. Há

várias Terezas em nossa sociedade.

Assim como a heroína baiana, nossas heroínas veladas

lutam contra a peste viral silenciosa, cujos efeitos se

espraiam para além dos prejuízos biológicos, e à mulher

mais uma missão multifacetada. As Terezas desses

tempos de novo normal ganham mais um pesado fardo:

o de se adaptar a uma rotina sem intervalos ou empatia,

coadunar o seu trabalho com a agenda sem férias ou

respiros da promoção da harmonia familiar que lhe é

imposta como papel, e, ainda, vencer a missão

impossível de travar suas lutas cotidianas sem fazer

alarde. As reivindicações daqueles longínquos

movimentos operários que estimularam a criação do Dia

Internacional da Mulher ainda permanecem vívidas, por

meio de tripla ou até quadrupla jornada exigida em meio

ao home office e ao fechamento de escolas e serviços,

necessários ao combate do vírus.

O protagonismo e a liderança dessas mulheres não

pode ser esquecido. Afinal, como dizia a juíza da

Suprema Corte americana falecida ao final de 2020, não

por acaso carinhosamente conhecida como Notorious

RBG, "as mulheres pertencem a todos os lugares onde

as decisões são tomadas" [3].

A pesquisa "Diagnóstico de Participação Feminina no

Poder Judiciário" revela que a Justiça do Trabalho é a

33

Page 34: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - opinião

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

única que se destaca por ter apresentado nos últimos

dez anos os maiores percentuais de magistradas em

todos os cargos [4]. No ramo da Justiça que prima

justamente por guarnecer os direitos sociais e a

igualdade como pilar do valor fundamental da dignidade

da pessoa humana, nos últimos dois anos as mulheres

representaram 49,4% dos juízes em atividade e, em

2018, esse percentual atingiu a maioria do quadro, com

50,5%, quando avaliados somente os magistrados

ativos. Por outro lado, a composição de 41,25% de

presidentes do sexo feminino nos Tribunais Regionais

do Trabalho também revela grande avanço em relação

aos outros ramos do Judiciário, em dados que foram

ressaltados num dos diversos discursos realizados na

posse da primeira presidente do sexo feminino na

história do Tribunal Superior do Trabalho, ministra Maria

Cristina Peduzzi, no dia 19 de fevereiro de 2020.

Seguindo essa tônica, e sob a premissa de que uma

sociedade realmente democrática inclui a participação

das mulheres em todas as áreas, inclusive na política, o

Tribunal Superior Eleitoral deu seguimento, agora sob a

liderança do Luís Roberto Barroso, ao relevante projeto

"#participa mulher", promovendo diversos debates

multisetoriais, em atenção ao lugar de fala da mulher e

ao seu papel necessário no cenário político nacional.

Contudo, as Terezas de nossos tempos, como lobas

solitárias que são, ainda fogem da violência diária, do

alijamento profissional e social, e do preconceito

estrutural. São várias Vivianes, Elianes e Angelas

alvejadas diuturnamente sob o manto de uma arcaica

defesa da honra - como se desonroso fosse o "ser

mulher".

O aumento dos casos registrados de violência contra a

mulher durante a quarentena cresceu em índices

alarmantes, observando-se o dobro de feminicídios em

comparação a 2019, segundo os dados divulgados pelo

Conselho Nacional de Justiça [5], havendo aumento

de índices de violência contra a mulher que atingiu o

patamar assustador 300% em um dos Estados da

federação. Para toda sombra, contudo, há uma luz.

A criação de grupo de trabalho para elaborar estudos e

ações emergenciais voltados a ajudar as vítimas de

violência doméstica durante a fase do isolamento social,

pela Portaria nº 70/2020 do Conselho Nacional de

Justiça, tem proporcionado inciativas pioneiras como a

Campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica,

mediante protocolo simples de denúncia e ajuda às

vítimas, com o apoio da Associação de Magistrados

Brasileiros.

Em mais um feliz resultado de 2020, o Tribunal de

Contas da União aprovou no final de outubro a proposta

do ministro Bruno Dantas para realização de uma

auditoria nos mecanismos criados para prevenir e

combater o assédio sexual nos órgãos públicos

federais. Sob a constatação de que os sistemas de

combate ao assédio sexual no setor público e privado

brasileiros são incipientes, ressaltou-se a conclusão de

que esse tipo de violência traz prejuízos não só para as

vítimas, mas também para toda a sociedade, por meio

de queda na produtividade e alta rotatividade de

trabalhadores nas instituições [6]. A medida se mostra

não só oportuna, mas também reveladora de uma

situação de ausência de voz às vítimas já conhecida, há

muito.

No mês de março de 2021, as comemorações em

lembrança ao Dia Internacional da Mulher devem

sinalizar o início (feliz) de um longo caminho a percorrer,

na luta pela minoração da desigualdade de gênero.

Entre máscaras e o respeito às regras de

distanciamento social, um certo "senso de

solidariedade", como dizia Michael Sanders [7], mostra-

se essencial para a tentativa de sobrevivência, com

dignidade, nesses tempos em que o estranhamento e a

falta de empatia não cabem mais na caixa.

Correndo entre lobos ou lutando contra a peste, nossas

Terezas ainda brigam por seu lugar ao sol.

[1] Cf.

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/09/12

/procurando-o-que-ler-conheca os-7-livros-mais-

vendidos-da-amazon.htm. Acesso em 07 de março de

2021.34

Page 35: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - opinião

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

[2] Idem.

[3] Disponível em

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-

54221595, acesso em 05 de março de 2021.

[4] Disponível em https://www.cnj.jus.br/pesquisas-

judiciarias/. Acesso em 10/02/21

[5] Idem.

[6] LIS, Lais. 'TCU vai fiscalizar mecanismos de

combate ao assédio sexual em órgãos federais:

Auditorias em outros países apontam prejuízo

econômico do assédio no ambiente profissional, diz

ministro Bruno Dantas, autor da proposta'. G1, Brasília,

28 de outubro de 2020. Disponível em

https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/10/28/tcu-

vai-fiscalizar-mecanismos-de combate-ao-assedio-

sexual-em-orgaos-federais.ghtml. Acesso em 03/03/21.

[7] SANDERS, Michael. Entrevista concedida ao Jornal

Estado de São Paulo ('Precisamos repensar nossa

sociedade para reconstruir um senso de solidariedade:

Filósofo americano defende que a pandemia oferece a

chance para se planejar um acesso social igualitário'),

caderno Cultura, São Paulo, 26 de abril de 2020.

Disponível em

https://www.estadao.com.br/infograficos/cultura,precisa

mos-repensar-nossa-sociedade-para reconstruir-um-

senso-de-solidariedade. Acesso em 07/03/21.

Roberta Ferme Sivolella é juíza auxiliar da Vice-

Presidência do TST, juíza titular da 2ª Vara do Trabalho

do Rio de Janeiro e professora de Direito Processual e

Material do Trabalho.

Revista Consultor Jurídico, 17 de março de 2021, 10h37

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Page 36: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Tabelião de Caldas Novas (GO) tem novo pedido de afastamento no CNJ

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Corregedoria Nacional de Justiça

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Autor: Rafa Santos

Um engenheiro e uma aposentada de Caldas Novas

(GO) pediram à corregedora nacional de Justiça,

ministra Maria Thereza de Assis Moura, o afastamento

provisório do tabelião titular do Cartório de Registro de

Imóveis e 1º Tabelionato de Notas da cidade, Leandro

Felix de Souza, e a nomeação de um interventor.

Moradores de Caldas Novas pedem o afastamento do

tabelião da cidade a Corregedoria Nacional de Justiça

Prefeitura Municipal

No pedido de providências com tutela de urgência, os

autores sustentam que, por intermédio da construtora

Casa da Madeira Empreendimentos Imobiliários, ele

teria alterado e substituído documentos registrados no

cartório de maneira ilegal.

Os reclamantes apresentam na inicial uma série de

provas documentais sobre a ilegalidade nas averbações

e registros. Uma delas seria o registro fraudulento da 2ª

Convenção Condominial do Condomínio Gran Reserva

Casa da Madeira Home Service.

"A participação do tabelião sr. Leandro Felix seria em

fase conclusiva ao receber requerimentos da empresa

construtora para registros de projetos e, descumprindo

previsão legal para liberar a construtora de novos

impostos, substituir, então, documentos públicos já

registrados, como a incorporação imobiliária de 2010,

visando favorecer o grupo empresarial de construção

civil, afrontando boa-fé objetiva e o exercício da

probidade, lealdade e honestidade que deveriam estar

presentes no exercício público", diz trecho da inicial.

Em março de 2019, a ConJur noticiou que o ministro

Aloysio Corrêa da Veiga, no exercício de corregedor

nacional de Justiça, determinou que a Corregedoria-

Geral da Justiça do Estado de Goiás investigue

irregularidades no Cartório de Registro de Imóveis e 1º

Tabelionato de Notas de Caldas Novas.

Na época, a decisão foi tomada em pedido de

providência que também visava o afastamento do

tabelião, sob justificativa de favorecimento de grupos

empresariais do ramo da construção civil, abuso de

poder econômico, corrupção, enriquecimento ilícito,

lavagem de dinheiro e alteração de documento público,

em relação à incorporação imobiliária de um condomínio

residencial.

Clique aqui para ler o pedido de providências

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Corregedoria

Nacional de Justiça, CNJ - Maria Thereza de Assis

Moura

36

Page 37: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

CNJ faz novas recomendações para conter Covid-19 em presídios

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Comércio - RS/Rio Grande do Sul - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O ministro Luiz Fux, presidente do Conselho Nacional

de Justiça (CNJ), assinou uma nova resolução com

orientações adicionais aos juízes sobre como conter a

disseminação da Covid-19 no sistema prisional.

Baixada no dia 15 de março, a nova determinação prevê

medidas adicionais a serem observadas pelos

magistrados, além das que já haviam sido adotadas em

resolução de março do ano passado, quando o CNJ

recomendou, por exemplo, a revisão de todas as

prisões provisórias no país. A nova resolução (91/2021)

e a antiga (62/2020) seguirão em vigência até dezembro

de 2021.

Entre as novas recomendações está a de que o

Judiciário participe da elaboração de planos e promova

campanhas para a vacinação dos presos. Outra

orientação é que os recursos arrecadados com multas

judiciais sejam investidos na compra de medicamentos

e materiais de limpeza.

O documento reforça ainda a necessidade de garantir o

acesso de órgãos como o Ministério Público e a

Defensoria Pública para inspeções em unidades

prisionais. A norma também mantém orientação para o

monitoramento de casos e a testagem em massa, e

orienta o Judiciário a realizar campanhas e ações de

cuidado da saúde, incluindo a saúde mental.

Prisões em flagrante

As resoluções do CNJ também preveem a análise

rigorosa da necessidade de prisões em flagrante e a

suspensão das audiências de custódia presenciais.

Outra medida recomendada é a restrição no acesso a

presídios, com a adoção de rodízio na visitação por

familiares e adoção de meios eletrônicos para o contato.

Todas as recomendações valem também para o

sistema socioeducativo, que abriga menores

infratores. As determinações já estão em vigor, mas

ainda devem ser referendadas neste mês pelo plenário

do CNJ.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Presos, Judiciário - Sistema

Prisional, Judiciário - Socioeducativo, Judiciário - Covid-

19, Judiciário - Audiência de Custódia

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Page 38: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Assinado acordo para oferecer identidade digital a todos os brasileiros

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Progresso/Mato Grosso do Sul - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),

ministro Luís Roberto Barroso, o ministro da Secretaria-

Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, e o

ministro da Economia, Paulo Guedes, assinaram, na

segunda-feira (15), Acordo de Cooperação Técnica para

implementar a Identificação Civil Nacional (ICN). Com

isso, será possível fortalecer o sistema nacional

integrado de identificação do cidadão e finalmente

disponibilizar a identidade digital a todos os brasileiros.

O acordo demonstra que o Executivo Federal e o

Judiciário estão trabalhando juntos pelo cidadão,

segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes.

'Estamos juntos nesse trabalho; de um lado, com essa

base de dados biométrica riquíssima e, do outro, a

digitalização dos serviços. Isso é fundamental para a

segurança das transações financeiras que vêm pela

frente. O Pix, o open banking, todos os serviços que a

economia está querendo aprimorar em eficiência e

planejamento, são, na verdade, vias digitais para que

todas essas transações sejam feitas com segurança,

qualidade de políticas públicas e focalização dessas

políticas.'

Criada pela Lei nº 13.444/2017, a Identificação Civil

Nacional tem o objetivo de cadastrar os brasileiros para

que sejam identificados com segurança e facilidade nas

relações públicas e particulares. A gestão da ICN é

responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral.

Na prática, a ação facilitará a vida do cidadão em

diferentes esferas, uma vez que servirá de base para

comprovação de identidade em diversas ocasiões,

como o embarque em viagens nacionais utilizando a

validação biométrica e a prova de vida para

beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social

(INSS). Além disso, será possível a criação do

Documento Nacional de Identificação (DNI).

A identidade digital terá a segurança como principal

característica, uma vez que garantirá que ninguém tente

se passar por outra pessoa na hora da identificação.

Isso só será possível porque utilizará dados biométricos,

que são únicos em cada indivíduo. Os dados são os

mesmos coletados pela Justiça Eleitoral quando o

cidadão se cadastra como eleitor. Até o momento, 120

milhões de pessoas já possuem cadastro biométrico em

todo o país.

Acordo de Cooperação Técnica

Pelo acordo assinado, o TSE, a Secretaria-Geral da

Presidência da República e o Ministério da Economia

deverão especificar e implementar a prestação do

serviço de conferência da Base de Dados da

Identificação Civil Nacional (BDICN) junto à plataforma

gov.br. Devem ainda estabelecer processo de

acompanhamento e gestão da prestação de serviços

que observe a capacidade operacional de conferência

de dados da BDICN e a demanda desses serviços por

entidades públicas ou privadas. Além disso, no

processo de gestão, deverão ser estabelecidas

franquias que respeitem o equilíbrio entre a prioridade

38

Page 39: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Progresso/Mato Grosso do Sul - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

de atendimento a órgãos públicos e a sustentabilidade

financeira da ICN.

O acordo prevê também a gestão sobre investimentos

de recursos do Fundo da Identificação Civil Nacional

(FICN) em consonância com as diretrizes editadas pelo

Comitê Gestor da Identificação Civil Nacional (CGICN),

entre outros. O Comitê é composto por representantes

do Poder Executivo Federal, do TSE, do Senado

Federal, da Câmara dos Deputados e do Conselho

Nacional de Justiça (CNJ).

Duas aplicações resultantes dessa parceria já estão em

uso pelos brasileiros. A prova de vida digital do INSS -

que envolve 7 milhões de beneficiários de todo o país -

permite que o cidadão faça o procedimento anual sem

sair de casa, validando a biometria facial na ICN. O

Embarque Seguro - em piloto nos aeroportos de

Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro (RJ) -

oferece uma nova experiência de voar, validando os

dados do passageiro na Identificação Civil Nacional sem

a necessidade de contato ou de apresentação de

documentos durante o check-in e o embarque na

aeronave.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Page 40: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Judiciário, violência institucional e devido processo legal

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Lia Carolina Batista Cintra

Recentemente, foi noticiado pela mídia que o Tribunal

Regional Federal da 3ª Região (TRF3) havia

transformado vítima da ditadura em criminoso[1]. A

reportagem dizia respeito ao julgamento da apelação

cível nº 5000493-21.2020.4.03.6126, relatada pelo juiz

federal[2] Johonsom di Salvo.

Além dos pontos problemáticos relativos ao mérito já

destacados pela reportagem da Carta Capital acima

referida e também em publicação do Conjur,[3] os quais

não serão objeto de exame detido aqui, alguns aspectos

processuais chamam a atenção nesse caso e merecem

ser destacados, pois representam, no meu modo de ver,

inaceitável violação do devido processo legal que

acentua os problemas identificados no mérito da

decisão.

Antonio Torini foi perseguido pela ditadura militar

brasileira, tendo sido preso e torturado no DOPS, além

de condenado a dois anos de reclusão, em um dos

casos em que houve auxílio da Volkswagen ao governo

para perseguição de opositores ao regime. Antonio

Torini era empregado da Volkswagen, onde exercia a

função de ferramenteiro.

Em razão desses fatos, sua mulher, agora viúva e na

condição de herdeira, Livonete Aparecida Torini, ajuizou

demanda indenizatória contra a União Federal,

pleiteando sua condenação ao pagamento de

indenização por danos morais no valor de R$

300.000,00 (trezentos mil reais).

A sentença de primeiro grau, proferida pelo juiz José

Denilson Branco, da 3ª Vara Federal de Santo André,

condenou a União ao pagamento de R$ 150.000,00

(cento e cinquenta mil reais), corrigidos monetariamente

e acrescidos de juros de mora a partir da data da

sentença.

Como se sabe, um processo judicial pode passar por

muitas etapas, nosso sistema recursal é pródigo, e o

valor a ser efetivamente pago não pode ser um valor

congelado na data da sentença. Esses acréscimos são

comuns, existem em todas as condenações (variando o

termo inicial da correção e dos juros a depender do tipo

de indenização) e bastam meros e simples cálculos

aritméticos para chegar ao valor final no momento em

que finalmente ocorrer o pagamento.

A sentença também condenou a União ao pagamento

de honorários advocatícios em valor correspondente a

10% da condenação, o mínimo legal em casos de

condenação líquida (art. 85, §2º, do Código de Processo

Civil).

Segundo consta do acórdão, a União não teria recorrido

da sentença. A autora da demanda, contudo,

apresentou apelação pleiteando majoração da

indenização para R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

Em primeiro lugar, destaque-se que a sentença foi

proferida em 4 de novembro de 2020. Após interposição

da apelação e apresentação de contrarrazões, o

processo foi remetido ao Tribunal Regional Federal da

3ª Região, ali foi distribuído por sorteio em 17 de40

Page 41: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

dezembro de 2020 e remetido ao gabinete do relator em

8 de janeiro de 2021.

Menos de 3 meses após a distribuição e menos de 2

meses após a remessa ao relator, a apelação foi julgada

em sessão ocorrida em 5 de março de 2021. Oxalá esse

seja o ritmo de andamento de todos os processos no

Poder Judiciário, embora o último relatório 'Justiça em

números' do Conselho Nacional de Justiça indique

que o tempo médio para tramitação naquele Tribunal é

de 3 anos.[4]

Espera-se apenas que o tempo demasiadamente

expedito de tramitação dos processos não provoque

julgamentos como o verificado nesse caso. Como dito,

consta do acórdão a existência de recurso apenas da

autora. É o que se extrai de seu relatório interpretado

em conjunto com o início do voto do relator, cuja

primeira frase é 'dou por interposta a remessa oficial'.

Aqui são necessários parênteses para explicar do que

se trata: a remessa necessária ou reexame necessário

é um controverso instituto disciplinado no art. 496 do

Código de Processo Civil que representa um dentre os

tantos privilégios da Fazenda Pública em juízo.

Segundo esse dispositivo, 'está sujeita ao duplo grau de

jurisdição, não produzindo efeito senão depois de

confirmada pelo tribunal', tanto a sentença 'proferida

contra a União, os estados, o Distrito Federal, os

municípios e suas respectivas autarquias e fundações

de direito público' como aquela 'que julgar procedentes,

no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal'.

Ou seja, a Fazenda Pública nem sempre tem o ônus de

recorrer de uma decisão desfavorável para que ela seja

reapreciada.

É sabido que a despeito da conhecida afirmação

segundo a qual o processo é um 'método de trabalho', a

técnica processual não é e nunca foi neutra e mesmo

quando não há direcionamento explícito na própria lei

como nesse caso, por vezes o labor jurisdicional cuida

da manutenção da 'ordem' vigente.[5]

Ocorre que em se tratando da União Federal, dispõe o

inc. I do §3º do mencionado art. 496 uma limitação a

esse privilégio da Fazenda, de modo que não haverá

reexame necessário 'quando a condenação ou o

proveito econômico obtido na causa for de valor certo e

líquido inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos'.

Não é necessário fazer uma conta muito complexa para

perceber que o valor de R$ 150.000,00 (cento e

cinquenta mil reais) é muito inferior a 1.000 (mil)

salários-mínimos. Ainda assim, para que não restem

dúvidas, hoje o valor de 1.000 (mil) salários-mínimos

corresponde a R$ 1.100.000,00 (um milhão e cem mil

reais).[6]

Para justificar a possibilidade do reexame necessário -

cuja necessidade, inclusive, havia sido expressamente

afastada pela sentença - o relator, cujo voto foi

infelizmente acatado por toda a turma julgadora, afirmou

que 'não é caso de aplicação do parágrafo 3º do art. 496

do CPC porque a condenação/proveito econômico não

são líquidos e certos, em valor inferior a 1.000 salários-

mínimos. Deveras, caso mantida a sentença o montante

a ser adimplido pela União deverá ser submetido a

rigorosa liquidação, de modo que incide a Súmula 490

do STJ, que se acha em pleno vigor mesmo sob a égide

do novo código de processo civil. Ademais, o da

sentença não se contém e nem se esgota mérito em

qualquer das previsões do parágrafo 4º eis que

depende de análise de prova'.

Referido enunciado sumular se limita a dizer que a

dispensa de reexame necessário não se aplica a

decisões ilíquidas.

A sentença, contudo, é absolutamente líquida! Como já

dito, houve condenação ao pagamento de R$

150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) acrescidos de

correção monetária e juros. Nada mais há para ser

apurado.

Em qualquer bom livro - e mesmo nos assim não tão

bons - de direito processual se encontra a afirmação

peremptória de que a necessidade de meros cálculos

aritméticos não demanda a realização de liquidação.[7]41

Page 42: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

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quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Essa afirmação também é encontrada aos montes em

variadas decisões judiciais.

E para não restar qualquer dúvida a própria lei agora

positivou isso: 'Quando a apuração do valor depender

apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover,

desde logo, o cumprimento da sentença' (art. 509, §2º,

do Código de Processo Civil). Particularmente, nunca vi

controvérsia séria a esse respeito.

Ademais, as exceções previstas no §4º do art. 496 do

Código de Processo Civil não se prestam a flexibilizar

os limites do §3º. Na verdade, é justamente o contrário:

ainda que o valor da condenação líquida seja superior a

1.000 (mil) salários-mínimos, não haverá remessa ou

reexame necessário se verificada alguma das hipóteses

descritas nos quatro incisos do §4º.

Ou seja, o reexame necessário nesse caso

definitivamente não se aplica. E diante de apelação

exclusivamente da autora, jamais poderia ter havido a

chamada reformatio in pejus.

Em outras palavras, a parte que tenha recorrido

sozinha[8] não tem garantia de vitória e sempre poderá

ter seu recurso não conhecido, parcialmente provido ou

improvido, mas nunca poderá sair do Tribunal com uma

decisão pior do que aquela da qual recorreu.

Traduzindo essa ideia para o caso ora comentado: a

autora havia obtido indenização de R$ 150.000,00

(cento e cinquenta mil reais) e pleiteava sua majoração

para R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

Poderia:

i) não ter seu recurso conhecido por algum vício formal,

caso em que continuaria beneficiária da indenização de

R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);

ii) ter seu recurso parcialmente provido, ocasião em que

o Tribunal poderia conceder-lhe indenização maior que

R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) mas inferior

a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);

iii) ter seu recurso totalmente improvido, caso em que

também continuaria beneficiária da indenização de R$

150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); e

iv) ter seu recurso integralmente provido, passando a

ser beneficiária de indenização de R$ 300.000,00

(trezentos mil reais).

Mas tendo recorrido sozinha, sem recurso da parte

contrária, não poderia sair do Tribunal com nada menos

do que R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).

Tudo isso já seria suficientemente complexo não fosse

um fato não constante do acórdão, mas facilmente

aferível a partir de um singelo exame de poucos minutos

da cópia integral dos autos: a União Federal interpôs

apelação (apesar de a autora não ter sido intimada para

apresentar contrarrazões ao recurso, em violação ao

contraditório), o que não foi percebido pelo relator

tampouco pelos demais integrantes da turma julgadora,

não obstante o processo seja eletrônico e de livre

acesso a todos.

Isso deixa evidente uma triste constatação daquilo que

no dia a dia é verificado na maioria dos julgamentos

feitos pelos Tribunais: o julgamento colegiado não

passa de uma ficção.

O caminho natural desse processo deveria ser a

anulação do acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª

Região, diante da clara violação a normas processuais.

Não parece possível considerar que não teria havido

prejuízo em razão da efetiva existência de recurso de

apelação da União (para o qual, frise-se, não houve

oportunidade de apresentação de contrarrazões), a

despeito de isso não ter sido percebido pela turma

julgadora, tampouco que o processo retorne ao mesmo

órgão julgador para continuidade do julgamento.

Todo o esforço feito - a despeito da literalidade da lei -

para julgamento em favor da União ainda que o recurso

de apelação parecesse inexistente à turma julgadora

pode ser enquadrado na hipótese de suspeição

disciplinada pelo art. 145, inc. IV, do Código de

Processo Civil.[9]42

Page 43: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Afinal, a fórmula aberta usada pelo Código segundo a

qual há suspeição sempre que o juiz for 'interessado no

julgamento do processo em favor de qualquer das

partes' pode abranger inclusive eventual interesse

ideológico.

Ainda que seja inexigível a neutralidade do juiz como

conteúdo da garantia de imparcialidade, a criação de

uma hipótese de reexame necessário absolutamente

fora das hipóteses legais parece ir além de uma mera

falta de neutralidade.

Essa hipótese de suspeição seria análoga àquela que a

melhor doutrina vem defendendo existir em alguns

casos de decisão-surpresa,[10] quando a anulação da

decisão deveria ser acompanhada da remessa do

processo a outro julgador.[11]

Em futuro novo julgamento de mérito do processo por

outra turma do Tribunal, espera-se ainda que haja

aplicação adequada do entendimento a respeito do

ônus da prova em casos de indenização por tortura no

período da ditadura militar.

Consta do acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª

Região que 'no direito processual civil, é ônus do autor

provar o fato constitutivo do seu direito; se a viúva e os

filhos de Antonio Torini desejam ser indenizados porque

há mais de quarenta anos o marido e pai foi torturado,

deveriam apresentar um mínimo de prova a, não

bastando juntar enxurrada de documentos que

demonstram respeito somente que o mesmo foi

processo (sic) e preso porque conspirava contra a

ordem jurídica vigente, intentando implantar o

comunismo no Brasil'.

Ocorre que o próprio Tribunal Regional Federal da 3ª

Região tem precedentes em sentindo diametralmente

oposto, em que há aplicação correta da regra do ônus

da prova nesse contexto:

'Apesar de não haver prova da tortura, é notório o

tratamento violento, humilhante e degradante que era

oferecido pelo DEOPS aos presos durante o regime

militar implantado no país em 1964. Muitos estudiosos

do tema chegam a afirmar que a tortura foi política de

Estado, utilizada contra aqueles cidadãos que eram

considerados 'inimigos' da nação. No caso, impõe-se a

inversão do ônus da prova em relação à demonstração

da prática de tortura, à vista de que, obviamente, não foi

realizada perícia à época dos fatos e inexistem

testemunhas oculares. Fere a razoabilidade a exigência

de prova pericial dos atos de violência praticados contra

o autor na prisão, assim como viola o direito de acesso

ao Judiciário, na medida em que se trata de prova

impossível de ser produzida pelo autor' (TRF3,

Apelação nº 0023018-88.2005.4.03.6100/SP, rel. p/

acórdão juíza federal Marli Ferreira, DJe 17.10.2014, v.

u.)

'7. Inversão do ônus da prova, em beneplácito da

autora, quanto à alegação das práticas de tortura física,

tendo em conta a óbvia ausência de testemunha dos

alegados atos. 8. Exigir do demandante a indicação de

cabal prova material da tortura experimentada pelo

demandante, inclusive testemunhal de sua prática, seria

militar contra a razoabilidade, que é um princípio

constitucional aplicável também à atividade judicante,

mormente no trabalho exegético da norma, que há de

ser temperado pelo sopesamento dos valores

envolvidos em cada caso, inclusive no propósito de se

garantir máxima efetividade aos direitos fundamentais,

franqueando-se o acesso à justiça em seu sentido

substancial. 9. Há tempos que o magistrado distancia-se

do papel de mero aplicador mecanicista da norma, para

que, com sensatez e sensibilidade e atento aos fatos

notórios e históricos, possa melhor inserir-se na

realidade, muitas vezes dramática, que ecoa dos autos.

Bem por isto vem-se preconizando a obediência ao

devido processo legal não só em sua acepção

meramente material, mas também substancial. 10. Não

se descure que os fatos imputados ao Estado - as

torturas e toda sorte de malferimentos impingidos aos

presos políticos no transcurso dessas prisões ilegais

típicas do período ditatorial - são públicos e notórios, a

dispensarem superiores compleições probatórias. 11. O

testemunho da história sobre o ciclo do Regime Militar

não deixa dúvidas de que tais abusividades eram

amiúde cometidas, em ordem a presumir-se que43

Page 44: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

também o foram em relação ao requerente. 12. Fácil,

nessa conjuntura, depreender-se o sofrimento

emocional e físico por que devem ter passado o autor e

seus companheiros' (TRF3, Apelação nº 0019156-

07.2008.4.03.6100, rel. juiz federal Márcio Moraes, DJe

14.2.2014).

Já não é simples conviver com os vieses cognitivos

relativos ao mérito dos processos presentes em tantos

julgamentos. Até quando aceitaremos as sucessivas

violações ao devido processo legal que temos

presenciado em todos os níveis do Poder Judiciário?

O episódio 52 do podcast Sem Precedentes discute os

bastidores e as desconfianças envolvendo o caso Lula

no Supremo Tribunal Federal. Ouça:

[1] Disponível em:

https://www.cartacapital.com.br/politica/juiz-transforma-

vitima-da-ditadura-em-criminoso/> .

[2] A despeito de ser juiz de segunda instância, a

designação correta é juiz federal e não desembargador,

como estranhamente consta de todos os documentos

oficiais do Tribunal Regional Federal da 3ª Região

quando se trata de juízes atuantes na segunda

instância. O nome 'desembargador' aplica-se apenas à

justiça estadual. Apesar de essa ser uma questiúncula,

sem a menor importância jurídica, a questão já foi

decidida pelo Conselho Nacional de Justiça

(disponível em: ) e tem grande interesse sociológico.

[3] Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-mar-

13/quem-combateu-ditadura-assumiu-risco-perseguido>

.

[4] Ver 'Justiça em números 2020', p. 188. Disponível

em: .

[5] Acredito que sendo o acesso à justiça um direito

social não universalizável, as escolhas deveriam

caminhar justamente no sentido oposto ao do status

quo. Ver, nesse sentido, Daniela Monteiro Gabbay,

Maria Cecília Asperti e Susana Henriques da Costa,

Acesso à justiça no brasil: reflexões sobre escolhas

políticas e a necessidade de construção de uma nova

agenda de pesquisa. Revista Brasileira de Sociologia do

Direito, v. 6, p. 152-181, 2019.

[6] A Medida Provisória nº 1.021/20, de 30 de dezembro

de 2020, reajustou o valor do salário-mínimo para R$

1.100,00 a partir de 1º de janeiro de 2021.

[7] Dentre os bons livros, v., por todos, Cândido Rangel

Dinamarco: 'Fazer contas não é liquidar, porque uma

obrigação determinável por simples conta já é líquida,

não ilíquida' (cf. Instituições de direito processual civil, v.

IV, 4ª ed., São Paulo, Malheiros, 2019, p. 698, destaque

no original).

[8] Se há recurso de ambas as partes, evidente que a

ideia não se aplica, pois a piora na situação de um

decorre do julgamento do recurso interposto pelo outro.

[9] Segundo afirma José Roberto dos Santos Bedaque,

ao comentar o dispositivo em questão, ele 'abrange

qualquer hipótese em que o julgador manifeste

tendência em favorecer um dos litigantes. Sempre que

algum elemento revelar mera possibilidade de quebra

da imparcialidade, o reconhecimento da suspeição é a

solução mais adequada' (cf. Comentários ao Código de

Processo Civil, v. III, São Paulo, Saraiva, 2019, p. 238).

[10] Essa é a expressão que vem sendo utilizada pela

doutrina para designar casos de decisões proferidas em

violação ao art. 10 do Código de Processo Civil, ou seja,

sem o necessário e prévio contraditório, com

oportunidade adequada para as partes se manifestarem

a respeito do tema que será decidido.

[11] Nesse sentido é a lição de Camilo Zufelato: 'Para

situações mais drásticas, v. g., de reiterado e

sistemático proferimento de decisões-surpresa, ou dolo

na conduta, outras medidas sancionatórias mais

rigorosas poderão ser ventiladas pelo órgão disciplinar.

Para esses casos, e considerando que a anulação da

decisão-surpresa poderá acarretar novo julgamento pelo

mesmo magistrado, pode ser recomendável a

designação de outro julgador, visto que o primeiro

poderá ter perdido a imparcialidade, atributo principal do44

Page 45: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

juiz natural, o que justificaria a alteração da

competência mesmo já perpetuada' (cf. Contraditório e

vedação às decisões-surpresa no processo civil

brasileiro, Belo Horizonte, Editora D'Plácido, 2019, p.

183).

Lia Carolina Batista Cintra - Mestre e doutora em Direito

Processual Civil pela Universidade de São Paulo.

Professora de Direito Processual Civil na Universidade

Federal de São Paulo (Unifesp).

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

45

Page 46: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Número de denúncias na ouvidoria do CNJ cresce mais de 7% em 2020

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Número de denúncias na ouvidoria do Conselho

Nacional de Justiça cresce mais de 7% em 2020, em

relação ao ano anterior, mesmo num ano atípico, com a

pandemia da Covid-19.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - CNJ

46

Page 47: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

CNJ publica glossário das metas nacionais do Poder Judiciário para o

ano de 2021

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

quarta-feira, 17 de março de 2021CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Conselho Nacional de Justiça publica glossário das

metas nacionais do Poder Judiciário para o ano de

2021. Os documentos são específicos para cada

segmento: estadual, federal, eleitoral, trabalhista, militar

e tribunais superiores. E têm a finalidade de orientar os

órgãos para o acompanhamento, monitoramento e

execução das metas.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - CNJ

47

Page 48: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

AGU nega desinformação de Bolsonaro

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Brasil

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Clique aqui para abrir a imagem

A Advocacia-Geral da União (AGU) negou perante o

Supremo Tribunal Federal (STF) que o governo

Bolsonaro tenha compartilhado uma peça de

desinformação (fake news) ao difundir valores

repassados aos estados no final de fevereiro. As

publicações feitas pela Secretaria de Comunicação

Social (Secom), e difundidas pelo presidente, foram alvo

de uma ação movida pelos estados do Maranhão e da

Bahia, que alegam suposto uso de perfis institucionais

para a difusão de informações enganosas.

A tabela foi divulgada pela Secom e compartilhada por

Bolsonaro em 28 de fevereiro, na esteira das ações do

governo federal para atribuir aos governadores a

responsabilidade pela evolução crítica da pandemia de

covid-19. No dia seguinte, 18 chefes de Poder Executivo

estadual afirmaram que a União produziu uma

informação distorcida para "gerar interpretações

equivocadas e atacar governos locais".

Os procuradores-gerais do Maranhão e da Bahia

acionaram o Supremo cobrando a remoção das

publicações e uma correção pela Secom e por

Bolsonaro. Segundo os estados, a União inseriu na

tabela valores que são de repasses obrigatórios

previstos pela Constituição -- ou seja, pagamentos que

o governo federal deve realizar de qualquer jeito. No

entanto, os procuradores-gerais apontam que a

publicação omitiu esse fato com o objetivo de apontar

suposta "caridade" do governo federal aos estados e

colocar nas costas dos governadores a culpa de

suposto mal uso da verba pública.

Para a AGU, tal interpretação é um "ressentimento

político" e a Secom não ocultou informações, pois o post

apontou que a tabela tratava do "valor total de repasses

federais aos estados". "Não são consistentes, portanto,

as alegações autorais de que haveria distorção ('fake

news') nas informações divulgadas pela Secom",

afirmou o advogado-geral José Levi Mello Júnior. "O

fato de as informações não estarem detalhadas ou

dispostas da maneira que mais convém aos estados

autores não é fundamento para que elas sejam

submetidas a juízo censor dessa Suprema Corte e/ou

sejam reputadas como distorcidas, muito menos como

falsa", salientou.

A AGU também falou que, em relação às contas de

Bolsonaro, o presidente atuou como um "cidadão" e não

como chefe de Estado. Por isso, não seria possível

imputá-lo a argumentação de que estaria usando a

comunicação oficial do governo para "difundir

informação distorcida". "O presidente da República,

utilizando seu perfil privado, apenas replicou notícia

publicizada (porque já era informação pública do Portal

da Transparência) pela Secom, e não o contrário".

A divulgação da tabela no final de fevereiro levou as

redes bolsonaristas a espalharem a narrativa do

governo, afirmando que R$ 837,4 bilhões haviam sido

enviados pela União aos estados -- ou seja, estariam

com dinheiro sobrando para combater o vírus. A

tentativa de repassar responsabilidade causou

desconforto até em governadores aliados do Planalto,

como Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Júnior (PR) e

Claudio Castro (RJ), que subscreveram a nota crítica ao

governo federal no último dia 1º.48

Page 49: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Brasil

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Page 50: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Juiz da Lava Jato no PR mantém bloqueados os bens de petista

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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O juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Luiz

Antonio Bonat, enviou os processos do ex-presidente

Luiz Inácio Lula da Silva à Justiça Federal do Distrito

Federal, como determinou o STF, mas manteve o

bloqueio de bens do petista nas ações sobre supostas

irregularidades na compra do terreno para a construção

do Instituto Lula.

Segundo Bonat, que substituiu Moro na vara federal em

2018, o juiz que assumir o caso no Distrito Federal

poderá decidir sobre o patrimônio do ex-presidente.

O envio dos processos de Curitiba para o DF cumpre a

decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo

Tribunal Federal), no início deste mês, na qual ele

anulou todas as condenações do ex-presidente pela

Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava

Jato.

Fachin argumentou que os delitos imputados ao ex-

presidente não correspondem a atos que envolveram

diretamente a Petrobras e, por isso, a Justiça Federal

de Curitiba não deveria ser a responsável pelo caso.

A Folha apurou que, internamente, a avaliação no STF

é que Fachin não deve revogar o despacho de Bonat.

Isso porque a decisão tem respaldo em jurisprudência

do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e de outros

tribunais do país.

O Supremo nunca discutiu o tema de maneira

aprofundada, mas há uma corrente da magistratura que

tem defendido a manutenção de medidas cautelares

mesmo quando há declaração de incompetência. A tese

é que cabe ao novo juiz do processo decidir sobre

essas medidas, como fez Bonat neste caso.

O ex-presidente tinha sido condenado em duas ações

penais, por corrupção e lavagem de dinheiro, nos casos

do tríplex de Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP).

Fachin entendeu que as decisões não poderiam ter sido

tomadas pela vara responsável pela operação e

determinou que os casos sejam reiniciados pela Justiça

Federal do Distrito Federal.

Assim, as condenações que retiravam os direitos

políticos de Lula não têm mais efeito e ele pode se

candidatar nas próximas eleições, em 2022. Lula estava

enquadrado na Lei da Ficha Limpa, já que ambas as

condenações pela Lava Jato haviam sido confirmadas

em segunda instância.

Sobre a decisão de manter o bloqueio de bens de Lula,

Bonat justifica que "ao manifestar-se sobre os efeitos da

incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba", Fachin

declarou que a nulidade das acusações "limitaria-se aos

atos praticados no bojo das ações penais, inclusive as

decisões de recebimento das denúncias".

Segundo o juiz, "as decisões nas quais, a pedido do

MPF, foram determinados bloqueios de bens de

investigados não foram proferidos nas ações penais,

mas em feitos cautelares, instrumentais às respectivas

ações penais".

"Tendo por base os estritos limites da decisão do Exmo.50

Page 51: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Ministro Edson Fachin, manterei os bloqueios durante a

declinação, ficando o Juízo declinado responsável pela

análise acerca da convalidação das decisões que

autorizaram as constrições cautelares."

Na mesma decisão, o juiz federal listou os 36 processos

relacionados às supostas irregularidades investigadas

na compra do terreno para a construção do Instituto

Lula que serão enviadas ao DF. Em outro despacho,

Bonat decidiu enviar também a ação que apura

ilegalidades em doações ao instituto.

Outras 35 ações seguirão na capital paranaense pois

"destinam-se à instrução de diversos outros feitos que

ainda tramitam perante a 13ª Vara Federal de Curitiba".

Pela decisão de Fachin, a Justiça Federal do DF

receberá quatro processos (tríplex em Guarujá, sítio de

Atibaia, doações ao Instituto Lula e construção da sede

do instituto) envolvendo Lula.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

51

Page 52: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Parecer do TJ-SP diz que despesa oculta com lanche de magistrados é

irregular

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: José Marques

Um parecer prévio elaborado pela área técnica do

Tribunal de Justiça de São Paulo vê irregularidade no

fornecimento cotidiano de lanches aos magistrados,

sobretudo quando comprados com uma verba oculta ao

público, que deveria ser usada para situações

emergenciais.

O documento, obtido pela Folha e assinado por quatro

servidores da DAI (Diretoria de Auditoria Interna), é a

favor da interrupção de uma prática que acontece ao

menos desde 2016 na corte.

O TJ diz que o documento não é conclusivo, está sob

análise e só depois será enviado para aval do

presidente da corte, desembargador Geraldo Pinheiro

Franco.

Como revelado pelo jornal no ano passado, o TJ

paulista se vale da chamada "verba de adiantamento"

para fazer compras para consumo de

desembargadores.

Só em 2019 foram gastos R$ 304 mil com lanches de

desembargadores, sem licitação e com o uso dessa

verba, cuja finalidade é ser utilizada para "despesas

efetivamente extraordinárias, urgentes, não previsíveis

ou de pequeno vulto, cuja realização não permita

delongas ou que tenham de ser efetuadas em lugar

distante da repartição pagadora".

Não tinham direito a solicitar esses lanches os juízes de

primeira instância, que são os magistrados estaduais

que não foram promovidos a desembargadores ou não

trabalham como substitutos de desembargadores. O TJ-

SP tem 360 desembargadores.

No início de 2020, os gastos com lanches incluíram

produtos como queijo maasdam holandês (R$ 67,90 o

quilo) e salame hamburguês Di Callani (R$ 60,25 o

quilo), além de frutas como kiwi gold (R$ 59,99 o quilo).

Em janeiro do ano passado foram gastos R$ 2.154

somente com carne moída.

Com o avanço da pandemia da Covid-19 em 2020, o

fornecimento regular de alimentos com verba de

adiantamento foi suspenso.

Esse tipo de compra faz com que o tribunal evite que

esses gastos sejam divulgados de forma pública e

depois questionados pela população. Isso acontece

porque os dados são fechados, ao contrário de

aquisições feitas por meio de processos públicos.

Os gastos com lanches por meio de verba de

adiantamento têm sido questionados pelo TCE (Tribunal

de Contas do Estado) ao menos desde 2017. Agora, o

parecer da DAI contrário a essas despesas tem o

objetivo de consolidar a orientação técnica do Tribunal

de Justiça de São Paulo, que deve ou não ser avalizada

pelo presidente Pinheiro Franco.

52

Page 53: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

A DAI opina, no parecer, pela "ilegitimidade e

irregularidade do custeio de fornecimento regular e

cotidiano de lanches aos magistrados durante o

exercício normal de suas atividades". Segundo a

diretoria, não há respaldo nesse fornecimento na

legislação vigente.

Também diz que as compras de lanches não têm

relação com os objetivos finalísticos do TJ, que elas são

contrárias ao interesse público e que há duplicidade no

benefício â?"já que magistrados na ativa têm direito a

auxílio-alimentação.

Além disso, aponta haver "inadequação do uso da verba

de adiantamento para aquisição de gêneros alimentícios

para este fim". O motivo é que não se trata de situação

emergencial, mas sim de um gasto regular e cotidiano, e

nem é "despesa miúda, visto que o total da verba

utilizada monta em R$ 304.276,75 anuais (apenas no

Palácio da Justiça)".

Há, sim, possibilidade de comprar comida com essa

verba, diz o parecer. Mas apenas em "situações

extraordinárias, vinculadas às atividades finalísticas do

órgão e com moderação de recursos ('pequenos

lanches')".

Existe, inclusive, "previsão expressa para o custeio de

despesa miúda com lanches e café".

Em um relatório de fiscalização concluído em março do

ano passado, o órgão de contas questionou os gastos

com os lanches.

"A nosso ver, essas despesas não possuem caráter

excepcional, emergencial e muito menos são despesas

miúdas, podendo subordinar-se ao processo normal de

realização, fato que não ocorreu, devido à atuação não

planejada da administração", afirmaram os técnicos do

TCE no relatório.

No relatório, foi citado ainda que, após uma alteração de

fornecedor em maio de 2019, os valores mensais dos

produtos tiveram um aumento de 17%.

"Ficam prejudicados os princípios da competitividade e

da vantajosidade da contratação, eis que, a nosso ver,

haveria a possibilidade de uma licitação e não foi dada

aos possíveis proponentes a oportunidade de

demonstrar a melhor oferta", disseram os fiscais.

Em 2021, segundo pauta de reunião do TCE com o TJ

em março, a equipe de fiscalização do órgão de contas

voltou a questionar o Judiciário sobre os gastos de

lanches com verbas de adiantamento e cobrou

providências para que isso seja evitado.

A intenção inicial do TJ era a de manter a compra de

lanches ao menos para os desembargadores do

Conselho Superior de Magistratura, que apesar do

isolamento social ainda têm que comparecer aos seus

gabinetes.

Procurado, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirma

que o parecer ainda está em análise da DAI para

"elaboração de parecer conclusivo e, por essa razão,

ainda não foi encaminhado à presidência".

O TJ afirma que "não há utilização de verba dessa

natureza desde março de 2020, quando foram

suspensas as sessões de julgamento presenciais".

Documentos apontam, no entanto, uso da verba de

adiantamento para gastos menores com lanches em

novembro do ano passado e em fevereiro deste ano.

"É necessário destacar que a presidência busca sempre

o aprimoramento dos gastos do Tribunal de Justiça

fundamentada nas análises e nas proposituras da DAI,

que atua justamente no constante aperfeiçoamento dos

processos de trabalho para se manter em conformidade

com as normas aplicáveis ao setor público", diz nota do

Tribunal de Justiça.

"A nosso ver, essas despesas não possuem caráter

excepcional, emergencial e muito menos são despesas

miúdas, podendo subordinar-se ao processo normal de

realização, fato que não ocorreu, devido à atuação não

planejada da administração"

trecho do parecer técnico sobre fornecimento de lanche53

Page 54: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

a desembargadores com verba para situações

emergenciais

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

54

Page 55: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Lockdown já evitou colapso no exterior

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Metrópole

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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Autor: João Prata

O lockdown já ajudou outros países a evitar o colapso

de seus sistemas de saúde e também a controlar as

taxas de contágio do novo coronavírus. Um dos mais

emblemáticos foi o do Reino Unido, iniciado em janeiro.

A medida foi adotada quando se espalhava uma

variante mais transmissível do vírus, mas também

começava a vacinação em massa. Fechamentos

amplos em França, Portugal, Nova Zelândia e Israel

também são apontados por especialistas como

exemplos de sucesso dessa estratégia. Entre as

estratégias bem-sucedidas delockdown, monitoramento

de infecções para definir a hora certa do fechamento da

economia e ajuda financeira foram importantes. A

criação de uma lista mais restrita de atividades

essenciais também é importante. Em alguns países,

como a Itália, houve intensa aplicação de multas para

quem descumpria as regras e controle rígido de acesso

a mercados.

Após seis semanas do lockdown britânico, houve queda

de 78% nos casos de covid. Foi o terceiro bloqueio do

tipo desde o início da pandemia, em 2020. Além de

proibir setores como academias, salões de belezas,

lojas e até escolas, em algumas regiões só uma pessoa

por residência tinha permissão para visitar outra pessoa

de domicílio diferente, e em local público.

Na reabertura, iniciada na semana passada, a

prioridade é para creches, escolas e universidades.

Especialistas têm defendido o foco na educação no

relaxamento da quarentena, como forma de reduzir os

prejuízos de aprendizagem e socioemocionais do longo

período de afastamento das aulas presenciais.

A Nova Zelândia adotou lockdown de três dias, em

fevereiro, após a descoberta de apenas três novos

casos em Auckland. Cerca de 1, 7 milhão de pessoas

permaneceu em suas casas, autorizadas a sair só para

comprar comida ou ir ao médico. O país da Oceania

teve 26 mortes desde o início da crise sanitária.

'Enquanto aqui estamos sentados em cima de um

colapso histórico sem tomar nenhuma atitude',

dizocientista Miguel Nicolelis, lembrando de recentes

balanços diários perto de 3 mil mortos no Brasil. 'O que

precisa mais?', indaga ele.

'No Vietnã a população recebeu auxílio significativo para

ficar em casa. O Exército distribuiu comida para a

população e fez testagem na casa das pessoas', afirma

Nicolelis. A nação asiática, que fica perto da China,

primeiro epicentro da pandemia, registrou 35 óbitos.

Propostas. 'Não dá para cada região fazer de um jeito.

Não adianta todo o Nordeste fazer lockdown e o

Sudeste não. Vai ter gente que viajará de uma região

para outra e manterá a transmissão', diz. A falta de

coordenação nacional da gestão Jair Bolsonaro tem

sido alvo de críticas.

A comissão proposta envolveria Congresso, Supremo

Tribunal Federal, comunidade científicae sociedade

civil. 'A comissão teria tutela judicial para implementar

lockdown, com fechamento do espaço aéreo, controle

do fluxo da malha viária', afirma ele, que já considera

inevitável um colapso sanitário e defende lockdown de55

Page 56: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Metrópole

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

um mês.

Para a epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade

Federal do Espírito Santo, o principal problema hoje

está na definição de atividades essenciais. 'Todas as

indústrias estão funcionando. Não tem sentido a

indústria de calçados estar funcionando. Essencial é a

indústria ligada à cadeia alimentícia, ao complexo da

saúde, água e luz. E mesmo estas podem ter

departamentos que trabalhem só de maneira remota',

sugere.

Ela acha que uma ajuda para conter a pandemia seria

distribuir máscaras pelo SUS, especialmente para

trabalhadores de atividades essenciais. 'Quem precisar

sair que use as máscaras filtrantes, a PFF2 ou Nos.

Sabemos que com as novas variantes as máscaras de

tecido não funcionam em locais com aglomeração. ' E,

segundo ela, com base nas experiências da Europa,

lockdowns que melhor funcionaram duraram em torno

de 30 a 35 dias.

O infectologista Renato Grinbaum acredita que, sem

fechar atividades não essenciais, o País não conseguirá

controlar o vírus e prejudicará ainda mais a economia.

'O lockdown é temporário. Sem ele ficaremos neste

abre-e-fecha por tempo mais longo, com consequências

mais deletérias. Se feito intensamente, de forma

organizada e com adesão, poderemos sair do estado de

calamidade e falta de capacidade de atenção digna

maisrapidamente', explica. 'AÍ precisaremos de vacina

em massa para evitar nova piora. '

Atividades essenciais

'Todas as indústrias estão funcionando. Não tem sentido

a indústria de calçados estar funcionando. Essencial é a

indústria ligada à cadeia alimentícia, ao complexo da

saúde, fornecimento de água e luz' Ethel Maciel

EPIDEMIOLOGISTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DO ESPÍRITO SANTO

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Sonhar e construir um novo Brasil

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Espaço Aberto

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

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Autor: Nicolau da Rocha Cavalcanti

E fácil criticar os tempos atuais. São muitas as

injustiças, as desigualdades e as violações de direitos

fundamentais. Especialmente fácil é a crítica ao Estado,

seja por sua ineficiência no atendimento do interesse

público, seja por sua aptidão para criar novas e mais

profundas distorções. Executivo, Legislativo e

Judiciário são encarados como os grandes vilões

nacionais.

Nesse cenário de muitas críticas, o difícil é apresentar

soluções, especialmente soluções coordenadas, que

não apenas resolvam questões pontuais, mas

enfrentem de forma consistente as causas dos muitos e

variados problemas do País. Por isso é extremamente

bem-vindo o novo livro do professor e advogado

Modesto Carvalhosa, Uma Nova Constituição para o

Brasil: de um país de privilégios para uma nação de

oportunidades (LVM Editora, 2021), que oferece para

discussão uma proposta de "solução estrutural para os

problemas que permanentemente nos afligem".

Segundo o diagnóstico do professor Carvalhosa, "no

Brasil o Estado é hegemônico, não restando à cidadania

nenhum papel em nossa construção civilizatória. A

sociedade civil é dominada por um Estado que se

estruturou para preencher todos os espaços. Essa

dominação é fundada numa oligarquia que tem como

instrumento a Constituição de 1988, que outorga

privilégios institucionais à classe política e ao estamento

burocrático, em detrimento daqueles que trabalham e

empreendem no setor privado".

Modesto Carvalhosa defende uma nova ordem

constitucional, com mudanças estruturais no plano

político, institucional e orçamentário. "No Brasil não

existe uma classe econômica dominante, mas, sim, uma

classe política dominante. (...) As instituições políticas

(governo e Congresso, assembleias, câmara de

vereadores) são ocupadas pelo esta- mento oligárquico,

que se autogera, que se reproduz incestuosamente, e

que se vende, a preço de ouro, caso a caso, para os

grupos de interesses na formulação de leis e de

políticas que nem de longe atendem ao interesse

público".

O livro traz uma proposta de anteprojeto de nova

Constituição, fundamentando e explicando o porquê de

cada um dos seus 134 artigos. Em contraste com o

modelo analítico adotado pelo Constituinte de 1988,

Modesto Carvalhosa propõe uma Constituição

principiológica, preservando, assim, o status

constitucional apenas para algumas normas

fundamentais.

Composto de sete pontos, o Preâmbulo já delineia o

novo equilíbrio proposto pelo professor Carvalhosa. "A

Nação brasileira se funda no prima- do da lei, nas

liberdades individuais e coletivas asseguradas pelo

Estado Democrático de Direito, na plena

responsabilidade das instituições políticas e

administrativas perante todas as pessoas físicas e

jurídicas que compõem a sociedade civil, sem

discriminação ou privilégios de qualquer espécie ou

natureza", lê-se no segundo ponto do Preâmbulo.

57

Page 58: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Espaço Aberto

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

Para corrigir as distorções dos valores fundamentais da

democracia, que restringem o acesso dos cidadãos à

vida pública, Modesto Carvalhosa propõe extinguir o

"profissionalismo político", a partir de um tripé que

considera fundamental: não reeleição, voto distrital puro

e candidaturas independentes.

No plano político, o professor Carvalhosa propõe, entre

outros pontos, acabar com o voto proporcional,

assegurar o caráter facultativo do voto, eliminar os

fundos públicos para partidos, instituir o recall (perda de

mandato de deputa- dos, prefeitos e vereadores por

iniciativa dos eleitores) e proibir as emendas

parlamentares ao Orçamento.

Na nova ordem constitucional proposta, todos os

recursos orçamentários devem ser discricionários,

vedadas as despesas obrigatórias, vinculadas ou

impositivas. Além disso, as despesas com folha de

pagamento dos servidores ativos e inativos não podem

ultrapassar o teto de um quarto das receitas

orçamentárias.

São muitas as mudanças relativas ao Poder Judiciário:

mandato de oito anos para os magistrados dos tribunais

superiores; o Supremo torna-se apenas Corte

constitucional, composto pelos magistrados mais

antigos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), cujos

cargos, por sua vez, são preenchidos pelos

desembargadores mais antigos dos tribunais federais

regionais. O critério de antiguidade também é adotado

para as chefias dos ministérios públicos, polícias

judiciárias e tribunais de contas.

Como reconhece o professor Carvalhosa, trata-se de

uma proposta para ampla discussão. Além de uma

vigorosa reflexão pessoal sobre as estruturas do poder,

o texto expressa a convicção de que é possível realizar

mudanças profundas. "Temos no Brasil todas as

condições para que se possa levar avante uma

mudança cultural consistente capaz de alterar as

estruturas do nosso Estado atrasado, hegemônico e

opressor", afirma.

Ainda que não se furte a fazer críticas contundentes, o

livro de Modesto Carvalhosa nunca flerta com o

conformismo ou o desencanto. É antes a profissão de fé

de quem nunca desistiu do Brasil, do seu povo e das

oportunidades que nascem do exercício livre e

responsável da cidadania. Trata-se de um oportuno e

necessário convite para sonhar e construir um novo

Brasil.

Modesto Carvalhosa defende nova ordem

constitucional, com mudanças estruturais ADVOGADO

E JORNALISTA

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

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Page 59: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Bolsonaro é alvo de recorde de pedidos de investigação

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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Autor: Thiago Faria

Os pedidos para a Procuradoria-Geral da República

(PGR) investigar presidentes bateram recorde na gestão

de Jair Bolsonaro. Foram 93 representações registradas

desde a posse, em 2019, segundo dados obtidos pelo

Estadão por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

O número supera a soma do que foi apresentado contra

a petista Dilma Rousseff (36) na reta final de seu

governo e toda a gestão do emedebista Michel Temer

(53). Em comum está o fato de a maior parte das

apurações ter parado no arquivo antes de se tornar um

inquérito.

Embora apenas três representações contra Bolsonaro

não estejam em sigilo, é possível associar a alta com a

escalada da pandemia de covid-19 no País, quando a

gestão do governo federal no enfrentamento da doença

passou a ser contestada. De cada três pedidos de

investigação, dois foram apresentados a partir de março

do ano passado. O número de pedidos de impeachment

do presidente também cresceu no período - até agora,

são 74 no total.

Parlamentares de partidos de oposição, como PSOL e

PT, assinam algumas destas representações em que

cobram a atuação do procurador-geral da República,

Augusto Aras, responsável por investigar o presidente

da República. Nelas, acusam o chefe do Executivo de

infrações a medidas sanitárias por não usar máscara,

crime de responsabilidade e até genocídio. Essas

denúncias são autuadas pelo Ministério Público Federal

como notícia de fato, nomenclatura usada para registrar

qualquer demanda apresentada contra autoridades.

As apurações preliminares instauradas por Aras são

uma espécie de "pré-inquérito", que, mais à frente, pode

levar à abertura de uma investigação propriamente dita -

ou ser arquivada. E foi justamente o arquivo o destino

de 82% das representações contra Bolsonaro até aqui,

o que tem motivado críticas ao atual chefe do Ministério

Público Federal.

"Há uma grande leniência do Aras em relação à conduta

de Bolsonaro na pandemia e nos ataques à

democracia", afirmou ao Estadão o ex-procurador-geral

da República Cláudio Fonteles, que chefiou o órgão de

2003 a 2005, no início do governo de Luiz Inácio Lula da

Silva. Ele mesmo assina um dos pedidos de

investigação em que acusa o presidente de cometer

crimes sanitários previstos no Código Penal.

"Ao Parlamento cabe a análise do crime de

responsabilidade, que pode resultar em impeachment.

Agora, isso não desobriga o procurador-geral da

República a atuar também. É ele quem tem a atribuição

de analisar eventos delituosos daqueles que gozam de

foro por prerrogativa de função, como é o caso do

presidente", disse Fonteles.

Aras afirmou que todas as demandas que chegam ao

órgão são analisadas, mas nem sempre são

fundamentadas. "As representações chegam a 300 por

mês, contra autoridades, não apenas contra o

presidente. A mera autuação não significa que haja ali

indício de crime", disse o procurador-geral, por meio de

sua assessoria, ressaltando que qualquer cidadão pode59

Page 60: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

apresentar um pedido de investigação contra o

presidente ( mais informações nesta página) .

Considerado um aliado por integrantes do governo

Bolsonaro, principalmente por ter sido indicado ao cargo

sem aval interno da categoria, Aras tem sofrido

pressões internas e externas para investigar mais a

fundo a responsabilidade de autoridades do governo

federal durante a pandemia, que já matou mais de 280

mil pessoas no Brasil. Em documento enviado ao

Supremo Tribunal Federal no mês passado, o

procurador-geral afirmou que tem sido "zeloso" e

enumerou uma série de apurações em curso.

Até agora, porém, o único inquérito aberto no Supremo

sobre o tema apura se houve omissão do então ministro

da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise que levou ao

colapso do sistema de saúde de Manaus (AM) no início

do ano, quando pacientes morreram sufocados por falta

de oxigênio. O presidente não é alvo desta investigação.

Com a demissão de Pazuello do cargo, o caso deve ser

transferido para a primeira instância.

Motivações. As representações contra Bolsonaro não se

limitam à pandemia. Em julho de 2019, o senador

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu para a então

procuradora-geral, Raquel Dodge, investigar

irregularidades no uso de avião da Força Aérea

Brasileira (FAB) para levar familiares do presidente ao

casamento do filho de Bolsonaro, deputado Eduardo

Bolsonaro (PSL-RJ), no Rio. O caso segue em análise

pela equipe de Aras.

A título de comparação, nas duas gestões de Rodrigo

Janot, que ocupou o posto nos governos Dilma e

Temer, foram analisadas 77 notícias de fato

relacionadas a presidentes. Todas foram arquivadas.

Com Raquel, foram mais 28, e apenas uma ainda em

análise, sobre o uso da aeronave da FAB.

Mesmo tendo arquivado todas as representações que

chegaram à PGR, Janot não deixou de investigar

Temer. Com base na delação do empresário Joesley

Batista, da JBS, ele denunciou o então presidente por

corrupção e obstrução da Justiça. O emedebista foi

absolvido em um dos casos no ano passado. Raquel

também apresentou uma denúncia contra o antecessor

de Bolsonaro, relacionada a desvios no Porto de

Santos.

Já Aras determinou a abertura de inquérito para apurar

se o presidente interferiu indevidamente na Polícia

Federal. A investigação teve como origem acusação

feita pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

FONTE: DADOS DO MINISTÉRIO DO PÚBLICO

FEDERAL OBTIDOS POR MEIO DE LEI DE ACESSO

À INFORMAÇÃO (LAI)

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Page 61: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Governo da aval a pena maior por injuria

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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Autor: Daniel Weterman Anne Warth

O presidente Jair Bolsonaro fez acordo com o

Congresso para derrubar seus próprios vetos ao pacote

anticrime, aprovado em 2019. Agora, uma das

propostas resgatadas aumenta a pena para crimes

contra a honra, como injúria e difamação, quando

cometidos pela internet. A articulação ocorre no

momento em que Bolsonaro é alvo de críticas nas redes

sociais pela condução da crise da covid-19.

Os deputados rejeitaram ontem 15 vetos do presidente

ao pacote anticrime, como ficou conhecido o projeto de

lei apresentado pelo então ministro da Justiça, Sérgio

Moro. A análise dos vetos, porém, ainda precisa passar

pelo Senado, que adiou a votação para a próxima

semana.

A proposta de Moro acabou desfigurada pelo Congresso

em 2019, no primeiro ano do governo. Em dezembro

daquele ano, Bolsonaro sancionou medidas com as

quais Moro discordava, como a criação do juiz de

garantias e mudanças nas regras de delação premiada

e prisão preventiva, pilares da Lava Jato.

Agora, na prática, o presidente deu aval para a

retomada de medidas anteriormente aprovadas no

Congresso, que ele próprio havia barrado. Uma delas

triplica a pena para crimes contra a honra cometidos

pela internet.

Na segunda-feira, o influenciador digital Felipe Neto foi

intimado a depor, com base na Lei de Segurança

Nacional e no Código Penal, por ter usado o termo

"genocida" ao falar sobre a maneira como Bolsonaro

enfrenta a pandemia do novo coronavírus. Depois disso,

Neto voltou a defender o uso da palavra para se referir

ao presidente.

O Código Penal prevê pena de detenção, de seis meses

a dois anos, além de multa, para quem "caluniar

alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como

crime". Com a derru- bada do veto de Bolsonaro, a pena

para esse tipo de conduta aumenta para até seis anos

quando cometida pelas redes sociais.

A pena maior também pode se voltar contra aliados de

Bolsonaro. Durante a votação do projeto, em 2019, a

punição foi incluída na proposta como ameaça ao

"gabinete do ódio".

A existência desse núcleo de assessores do Palácio do

Planalto que alimenta a militância digital bolsonarista,

adotando um estilo beligerante nas redes sociais, foi

revelada pelo Estadão.

Escutas. A Câmara também resgatou uma medida

determinando que o preso em flagrante, como o

deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que

atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), ou mesmo

o detido provisoriamente seja encaminhado à presença

de um juiz no prazo de 24 horas. Nesse momento deve

ser realizada audiência com a presença do Ministério

Público e do advogado, e não por videoconferência.

Foi liberada, ainda, a instalação de escutas sem

conhecimento prévio da polícia ou do MP. O material61

Page 62: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

poderá ser usado na defesa do acusado.

O capítulo das escutas foi votado separadamente na

Câmara, por ser polêmico e dividir parlamentares. "Isso

representa invasão clandestina da esfera individual",

afirmou a líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria

Petrone (RJ). Mas, para o líder do Cidadania, Alex

Manente (SP), "a gravação por um dos interlocutores é

válida como prova em diversos lugares do mundo,

inclusive sem autorização judicial."

Orçamento

O Planalto cedeu à pressão do Congresso e concordou

em repassar o controle de uma fatia maior do

Orçamento aos parlamentares. A proposta passaria,

ainda ontem, pelo Senado.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

62

Page 63: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

MERVAL PEREIRA - Rejeição em alta

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Opinião

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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Autor: MERVAL PEREIRA

Todas pesquisas recentes revelam queda na

popularidade do presidente Bolsonaro, que mantém

ainda cerca de 25% a 30% de apoio, mas seu núcleo

duro gira em torno dos 15%, segundo revela a mais

recente pesquisa do Datafolha. São esses seguidores

fanáticos, que o apoiam, faça o que fizer, que garantem

um patamar mínimo para a manutenção de sua

popularidade em níveis competitivos.

Esse grupo seria a base barulhenta que sustentou a

candidatura de Bolsonaro em 2018 e ainda hoje é

arregimentada para trabalhos sujos, como os ataques

contra a médica Ludhmila Hajjar comandados pelos

integrantes do gabinete do ódio de dentro do Palácio do

Planalto. Os ataques diretos ao Congresso e ao

Supremo Tribunal Federal (STF) foram controlados

pela reação rápida e até mesmo temerária do STF, que

abriu inquéritos para investigar as ações desses grupos

nas redes sociais.

Classifico de temerária porque o Supremo é

investigador e juiz de casos de fake news que

configuram ataques contra a própria instituição, sem a

interferência do Ministério Público. Essa anomalia, no

entanto, foi superada pelos fatos subsequentes, quando

ataques à própria democracia foram realizados, com o

apoio tácito do presidente Bolsonaro.

O Ministério Público pediu a abertura de inquérito, que

também está sob o comando do ministro do Supremo

Alexandre de Moraes, e a vinculação entre as duas

investigações ficou evidente, revelando uma

organização criminosa com financiamento até mesmo

do exterior.

A prisão do deputado Daniel Silveira foi exemplar no

sentido de tentar erradicar esses abusos da liberdade

de expressão. Vários artigos da Constituição foram

afrontados pelo deputado, como propagar ideias

contrárias à ordem constitucional e ao estado de direito,

além de crimes contra a honrados ministros do STF,

segundo a Lei de Segurança Nacional.

O uso abusivo desse entulho da ditadura militar pelo

ministro da Justiça, André Mendonça, que aciona a

Polícia Federal para perseguir qualquer pessoa que

critique o presidente Bolsonaro, cria um ambiente de

intimidação incompatível com a democracia. São

perseguidos especialmente jornalistas e artistas, como o

comediante Danilo Gentili, que, a pedido do Congresso,

está sendo processado por ter dito que gostaria de dar

um soco em deputados federais, apesar de ter se

desculpado. Também o youtuber Felipe Neto, por ter

chamado Bolsonaro de 'genocida', quando existem

processos, já sendo analisados no Tribunal Penal

Internacional de Haia, devido a acusações de grupos de

defesa dos direitos humanos, como a Comissão Arns,

que o acusam de 'incitar o genocídio'.

Até mesmo um advogado, Marcelo Feller, foi

enquadrado na LSN por ter criticado o presidente

Bolsonaro durante o combate à pandemia da Covid-19.

Também professores da Universidade Federal de

Pelotas foram obrigados pela Controladoria-Geral da

União a assinar um termo de ajustamento de conduta63

Page 64: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Opinião

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

por ter criticado o presidente. A reação foi tão grande

que o governo desistiu da sandice. A Faculdade de

Direito da UNB soltou uma nota em que informa 'à

sociedade brasileira e em especial a todos os

professores e alunos brasileiros que seguirá respeitando

e garantindo a liberdade de ensino, sem ceder um único

milímetro a quaisquer pressões de natureza despótica e

inconstitucional'.

O caso mais ridículo é o de cartazes com críticas a

Bolsonaro, considerados 'crime contra a honra', em

Palmas (TO). Um diz que Bolsonaro 'vale menos que

um pequi roído', gíria local para pessoas que não valem

nada. O outro, que o presidente 'mente'. Essas reações,

além do espírito autoritário do governo, mostram como a

imagem do presidente está desgastada. ,

O último Datafolha revela clara rejeição ao governo. É

uma tendência inexorável, que não dá para recuperar, a

não ser que faça mea culpa e mude de atitude. Caso

contrário, Bolsonaro sairá da pandemia muito mais

desgastado, e o país mais tarde do que poderia.

Bolsonaro fez uma jogada política arriscada, pensando

na reeleição. O governo deveria ter dado o auxílio

emergencial mais rapidamente, mas não teve visão

imediata dos problemas sociais que poderiam

acontecer. Tentou minimizar a gravidade da crise

sanitária e perdeu, fazendo com que perdêssemos

todos.

"É uma tendência inexorável, que não dá para recuperar

a não ser que Bolsonaro faça mea culpa e mude de

atitude"

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

64

Page 65: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

OCDE cria grupo para monitorar combate à corrupção no Brasil

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE) criou um grupo permanente de

monitoramento sobre o combate à corrupção no Brasil.

A decisão, revelada pela 'BBC Brasil', foi tomada no fim

do ano passado diante do que a entidade sediada em

Paris viu como um recuo no combate à corrupção no

país.

Segundo informações do jornal 'Valor Econômico', o

grupo de monitoramento do combate à corrupção no

Brasil é formado por Estados Unidos, Itália e Noruega e

teve sua primeira reunião na semana passada, em

Paris. De acordo com declarações à imprensa do chefe

do Grupo de Trabalho sobre Suborno (WGB, em inglês)

da OCDE, Drago Kos, é a primeira vez que a

organização cria um grupo específico para monitorar um

país.

Entre os motivos que levaram o Brasil a entrar no radar

da OCDE estão o desgaste e o encerramento das

forças-tarefa da Lava-Jato, que foram incorporadas ao

Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime

Organizado (Gaeco).

Outro motivo é a lei contra abuso de autoridade,

aprovada pelo Congresso em 2019 e sancionada pelo

presidente Jair Bolsonaro, contra a vontade do então

ministro da Justiça Sergio Moro. Criticada por

associações de juízes, procuradores e delegados, a

lei prevê punições a servidores públicos dos três

Poderes e inclui entre as ações criminalizadas, por

exemplo, 'abrir investigação sem indícios de crime'

e'determinar prisão que não esteja em acordo com

situações previstas em lei'.

Desde 2019, o país é alvo de alertas públicos do grupo

de trabalho, que chegou a enviar missão de alto nível

para encontros com autoridades brasileiras. Em

novembro daquele ano, após a visita, a entidade

declarou que, apesar de o Brasil ter sido reconhecido

por seus significativos esforços no combate à corrupção

após sua avaliação anterior, em 2014, 'há agora

preocupações de que o

Brasil, devido às recentes ações tomadas pelos

Poderes Legislativo e Judiciário, corra o risco de

retroceder nos progressos feitos'.

POLÍTICA EXTERNA

A entrada do Brasil na OCDE é uma das principais

bandeiras do governo Bolsonaro na política externa. Em

nota enviada à 'BBC Brasil', o Itamaraty afirmou que

'desde 2019, nunca houve por parte da OCDE qualquer

manifestação oficial ao Governo Brasileiro sobre

suposto retrocesso do país no combate à Corrupção' e

que a criação do grupo de monitoramento não é

iniciativa inédita, mas uma 'prática' da entidade.

A OCDE, no entanto, reafirmou que é a primeira vez

que um grupo de monitoramento de um país é criado.

Os alertas públicos do Grupo de Trabalho sobre

Suborno sobre o Brasil estão disponíveis em seu portal.

O Itamaraty também afirmou que 'o Governo Brasileiro

está comprometido como processo de acessão à OCDE'65

Page 66: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

e que 'é o país não-membro mais aderente aos

instrumentos da Organização, sendo 99 de 245

instrumentos, um crescimento de 50% nos dois

primeiros anos de governo'.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

66

Page 67: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Justiça autoriza O governo a celebrar golpe militar de 1964

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

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O Tribunal Regional Federal da 5´ªRegião (TRF-5)

derrubou uma decisão que impedia o governo federal de

celebrar o golpe militar de 1964. Por quatro votos a um,

os desembargadores da Terceira Turma cassaram

liminar que havia determinado a retirada de uma nota do

site do Ministério da Defesa comemorando a data e

vetado qualquer iniciativa semelhante 'em rádio,

televisão, ou qualquer meio de comunicação escrita

e/ou falada'.

A decisão em primeira instância havia sido tomada em

abril do ano passado, mas o governo federal recorreu e,

ontem, o colegiado acolheu os argumentos da

Advocacia-Geral da Uniçao (AGU).

Segundo o relator, desembargador federal Rogério

Fialho Moreira, 'a Ordem do Dia (a nota), na forma como

formulada, não ofende os postulados do Estado

Democrático de Direito nem os valores constitucionais

da separação dos Poderes ou da liberdade, de modo a

ensejar a interferência do Judiciário em sede de ação

popular'.

A nota do dia 31 de março de 2020, assinada pelo

ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva,

e pelos três chefes das Forças Armadas, classificava o

golpe que deu início ao regime militar como um 'marco

da democracia brasileira' e diz que 'o Brasil reagiu com

determinação às ameaças que se formavam àquela

época'.

Após a manifestação do Ministério da Defesa, a

deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) ingressou

com uma ação como argumento de que o uso do

aparato público para tentar legitimar o golpe vai contra a

Constituição. (Filipe Vidon)

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

67

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Queiroz e Márcia são liberados de prisão domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Judiciário

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Autor: AGUIRRE TALENTO atalento&edglobo. com. br

BRASÍLIA

O desembargador Milton Fernandes de Souza, do

Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), expediu na tarde de

ontem os alvarás de soltura para o ex-assessor Fabrício

Queiroz e sua mulher Márcia Aguiar, investigados no

suposto esquema das 'rachadinhas' no gabinete do ex-

deputado estadual Flávio Bolsonaro (RJ), hoje senador

e filiado ao Republicanos. Eles estavam em prisão

domiciliar.

A decisão do TJ do Rio foi - " consequência do

julgamento de anteontem da Quinta Turma do Superior

Tribunal de Justiça (STJ), que entendeu haver excesso

de prazo na prisão de Queiroz e da mulher.

'Cumpra-se a decisão do E. STJ e expeçam-se os

alvarás de soltura de Fabrício José Carlos de Queiroz e

Márcia de Olvieira Aguiar', escreveu o desembargador,

em decisão proferida às 16h27.

Depois da soltura, o desembargador vai avaliar se

aplica medidas cautelares a eles, como a

obrigatoriedade de comparecer periodicamente à

Justiça.

A revogação da prisão domiciliar foi decidida por quatro

votos a um na Quinta Turmado STJ. Os dois foram

presos preventivamente em junho do ano passado, por

ordem do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, acusados te

tentar atrapalhar as investigações do caso das

'rachadinhas'.

Os ministros entenderam que o decreto de prisão de

Queiroz já tem mais de nove meses sem ter sido

ratificado, o que descumpre a atual exigência

estabelecida na Lei Anticrime, que estabelece revisão

de prisões preventivas a cada 90 dias.

O relator do caso, o ministro Félix Fischer, votou pela

manutenção da prisão de Queiroz. Mas o ministro João

Otávio Noronha abriu divergência e apontou excesso de

prazo no decreto de prisão preventiva, atualmente

cumprido em regime domiciliar. O voto de Noronha foi

seguido pelos demais integrantes da Quinta , que inclui

ainda os ministros Reynaldo Soares da Fonseca,

Ribeiro Dantas e Joel Irlan Paciornik.

Noronha afirmou que a demora em revisar a prisão de

Queiroz 'caracteriza uma omissão grave do Poder

Judiciário' e seria 'ensejadora de ilegalidade, que por si

só já exige a concessão de ordem de ofício'. Reynaldo

Soares da Fonseca votou no mesmo sentido.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

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Page 69: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Supremo deve julgar recurso sobre Lula antes da suspeição de Moro

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

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Autor: CAROLINA BRÍGIDO E DIMITRIUS DANTAS

opais&bsb. oglobo. com. br BRASÍLIA E SÃO PAULO

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo

Tribunal Federal (STF), quer que o plenário julgue

primeiro a decisão de Edson Fachin que anulou as

condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da

Silva, para só depois devolver para a Segunda Turma o

processo sobre a imparcialidade do ex-juiz Sergio Moro.

Nunes Marques pediu vista do recurso de Lula contra

Moro e só deve dar seu voto depois da decisão do

plenário.

Foi acertado entre ministros do Supremo que o

julgamento do plenário deve anteceder o da turma.

Embora ainda não exista data marcada, a expectativa é

que o futuro de Lula seja selado ou no fim deste mês,

ou no início de abril.

A decisão de Fachin guarda uma particularidade: ele

declarou que a Segunda Turma não deveria julgar a

suspeição de Moro na condução de processos contra

Lula, já que a decisão dele anulava todos os atos do ex-

juiz em causas sobre o petista. Se o plenário confirmar

essa parte, a Segunda Turma não precisará concluir o

julgamento sobre Moro -e, por consequência, Nunes

Marques não precisará votar.

Até agora, dois ministros votaram contra Moro e dois, a

favor. Caberá a ele desempatar, embora os demais

integrantes da turma possam ainda alterar seus votos.

Se Nunes Marques opinar a favor de Moro, se indispõe

com o presidente Jair Bolsonaro, que o escolheu para o

Supremo. Se resolver a pendenga a favor de Lula, fica

mal com parte da opinião pública.

A data do julgamento em plenário está sendo costurada

nos bastidores, com conversas frequentes entre os

ministros. Fux não quer ter sozinho o ônus de escolher

um dia - e, por isso, tem consultado os colegas. Como a

decisão mais polêmica já foi tomada, a de anular de

condenações contra Lula, não há pressa para definir os

próximos passos. Ministros aproveitam esse respiro

para traçar uma estratégia interna.

'NÃO VOU NEGAR' CANDIDATURA

Em entrevista que vai ao ar hoje na CNN americana,

Lula foi além do discurso que fez semana passada,

após ter os diretos políticos restabelecidos, e disse que,

se estiver bem de saúde e com apoio do PT e de

aliados, será candidato à Presidência em 2022.

'Quando chegar o momento de concorrer às eleições, e

se meu partido e os demais partidos aliados

entenderem que eu posso ser o candidato, e se eu

estiver bem de saúde, coma energia e o poder que

tenho hoje, não vou negar esse convite. Mas não quero

falar sobre isso. Essa não é a minha principal

prioridade. A minha principal prioridade agora é salvar

este país', disse o ex-presidente numa referência à

pandemia de Covid-19.

Cumprindo a decisão de Fachin, o juiz Luiz Antonio

Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde correm os

processos da Lava-Jato, determinou o envio para a

Justiça Federal do Distrito Federal (JF-DF) dos69

Page 70: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

processos relacionados ao ex-presidente Lula.

O juiz, porém, decidiu manter o bloqueio de bens do

petista, o que inclui R$ 7 milhões de um plano de

previdência empresarial e R$ 600 mil em contas

bancárias.

Os advogados de Lula informaram à colunista Bela

Megale que vão recorrer da decisão. Para a defesa do

ex-presidente, o bloqueio de bens é uma afronta do juiz

à decisão de Fachin.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Page 71: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Para professora da FGV, Supremo precisa ‘arrumar ’ a casa

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Política

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Autor: Bárbara Pombo De São Paulo

É pouco provável que o julgamento de Luiz Inácio Lula

da Silva pela Justiça Federal do Distrito Federal seja

feita a tempo para tirar o ex-presidente da corrida

presidencial de 2022. A avaliação é da professora da

FGV Direito SP Eloísa Machado, que analisa a

condução do Supremo Tribunal Federal (STF) na

Operação Lava-Jato desde 2014.

“Seria pouco comum uma condenação em tempo,

especialmente se provas forem anuladas. Seria um

julgamento célere demais. Mas processos do ex-

presidente Lula são recheados de movimentos

inusuais”, afirmou, lembrando que é necessário

condenação por decisão colegiada — em segunda

instância, portanto —, para o réu se tornar inelegível

pela Lei da Ficha Limpa.

Coordenadora do centro de pesquisa “Supremo em

Pauta” na FGV Direito SP, Eloísa Machado participou

ontem da “live” do Valor, sobre o impacto do STF na

Operação Lava-Jato. A entrevista foi conduzida pelos

jornalistas Laura Ignacio, editora-assistente de

Legislação & Tributos, e Cristian Klein, repórter de

Política, no Rio.

Antes de traçar os movimentos da Justiça de Brasilia, a

professora afirmou que o STF precisará fazer uma

espécie de arrumação da casa. Deve colocar pontos

finais nas discussões sobre a competência da 13ª Vara

Federal de Curitiba nos quatro processos contra Lula e

sobre a suspeição do juiz Sergio Moro, no caso do

tríplex do Guarujá.

Inclusive porque os efeitos das duas declarações são

diferentes. No reconhecimento da incompetência, as

decisões do juiz são anuladas enquanto que, se a

suspeição de Moro for declarada, todos os atos —

inclusive as provas colhidas, como depoimentos e

perícias — são apagadas. Ou seja, nesse último

cenário, o processo do tríplex volta à estaca zero.

O plenário do STF deve analisar qual o foro competente

para analisar as ações penais contra Lula — a Justiça

Federal de Curitiba ou a de Brasília. De acordo com

Eloísa, ao jogar a decisão para o plenário do STF e não

para a 2ª Turma, o ministro Edson Fachin busca apoio

de um colegiado maior. “A manipulação de quóruns [de

votação] e de instâncias [de julgamento] são muito

constantes por ministros que ficam vencidos, mas acaba

por enfraquecer a reputação do STF”, disse.

Muito da atuação do STF na Lava-Jato, afirmou a

professora, é “politicamente calculado e não

juridicamente orientada”. Ela disse que “o direito não

explica” o motivo pelo qual o ministro Edson Fachin,

relator da Lava-Jato, decidiu acatar apenas no dia 8 de

março o argumento da defesa de Lula sobre a

incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba. O

ministro informou que só recebeu o pedido dos

advogados do ex-presidente em novembro.

Desde 2017, a 2ª Turma do STF possui entendimento

favorável para retirar de Curitiba processos contra réus

que não tenham relação direta com contratos com a

Petrobras. Fachin ficava vencido nesses casos. “O

argumento é antigo, mas por que ele se rende à maioria

agora? O timing político contribuiu”, disse a professora,

acrescentando que no caso da suspeição os ministros

também houve manejo do tempo. O ministro Gilmar

Mendes havia pedido vista do caso em 2018 e o liberou

para julgamento apenas no dia 9.

De acordo com Eloísa, eventuais desfechos favoráveis

a Lula no STF, para retirar suas ações de Curitiba e

declarar o ex-juiz Sergio Moro imparcial, não são

automáticos para outros réus da Lava-Jato.

“O ministro Fachin certamente tem mais informações

que eu, mas os efeitos da suspeição não são

automaticamente contamináveis. Talvez o ministro

tenha informações de que isso pode acontecer”, afirmou

ela, referindo-se à entrevista exclusiva ao jornal “O

Globo” em que Fachin afirma que a declaração de

suspeição de Moro pode ter “efeitos gigantescos” e

causar a anulação da Lava-Jato.

Apesar de não vislumbrar esse potencial, a professora

Eloísa Machado disse que se houver problemas a

Operação Lava-Jato deve ser anulada. “Não apenas

pelo impacto na vida dos réus, mas por manipulação de

eleições e por forçar acordos de leniência”, afirmou.

“Que fique de aprendizado. Não é possível combater a

corrupção sem as ferramentas que garantam o devido

processo legal. Se a Lava-Jato acabar será por seus71

Page 72: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Política

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

próprios deméritos.”

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Page 73: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Pedro Cavalcanti e Renato Fragelli - Corrupção, impunidade e

estagnação

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Opinião

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

Autor: Pedro Cavalcanti e Renato Fragelli

Um investidor estrangeiro que considere a possibilidade

de instalar — ou mesmo manter — uma filial de sua

empresa no Brasil tem motivos de sobra para pensar

duas vezes. Entre avanços e retrocessos, ao sabor de

mudanças frequentes das regras do jogo, a terceira

década perdida em meio século vai se tornando

inexorável.

O pano de fundo é a corrupção endêmica. Um país

presidencialista com três dezenas de partidos

representados no Congresso, além de um Estado

gigantesco e uma economia fechada para padrões

internacionais, apresenta condições ideais para a

corrupção prosperar. Com tantos partidos, o presidente

tem dificuldade para formar uma coalizão de governo

capaz de aprovar sua agenda no Congresso. Mas ele

dispõe de inúmeros cargos na imensa máquina estatal,

bem como em várias empresas públicas, que podem ser

distribuídos para comprar apoio parlamentar. Seus

ocupantes promovem investimentos superfaturados, a

fim de financiar campanhas eleitorais milionárias e

ampliar seus patrimônios individuais. A ausência de

concorrência de empresas estrangeiras facilita a ação

entre amigos.

Reduzir o número de partidos - além de diminuir o

tamanho do Estado e abrir a economia — constitui uma

precondição para se conter a corrupção e melhorar a

eficiência da administração pública. Esse diagnóstico

levou o Congresso, em 1995, a aprovar a Cláusula de

Barreira, que criava várias dificuldades para partidos

que não alcançassem 5% dos votos. A fim de dar tempo

aos partidos pequenos para se adaptarem à nova regra,

esta só entraria em vigor dez anos depois. Após as

eleições de 2006, entretanto, os pequenos partidos que

não atingiram aquele patamar mínimo de votos

convenceram o STF a derrubar a Cláusula de Barreira.

O resultado foi a explosão do número de partidos. Seria

coincidência que o maior escândalo de corrupção da

história do país, alcunhado de Petrolão, tenha ocorrido

justamente após essa fatídica decisão?

Em 2014, um pequeno grupo de procuradores de

Curitiba lançou-se numa cruzada anticorrupção que

desvendou o saque sistemático da maior empresa

nacional. A Lava-Jato, temendo represálias que

poderiam transformá-la em pizza, divulgou amplamente

suas descobertas na imprensa, a fim de manter a

opinião pública mobilizada. O resultado foi a prisão,

talvez pela primeira vez, de poderosos empresários,

tecnocratas e políticos. Bilhões foram recuperados pela

Petrobras e o fisco. Cidadãos e investidores tiveram a

esperança de que a impunidade estaria perto do fim.

Em 2015, a inflação e o desemprego provocados por

más políticas econômicas, e a percepção de ampla

corrupção, gerou o ambiente político propício ao

processo de impeachment. Em abril de 2016, após o

afastamento de Dilma, o governo Temer, assentado em

forte base parlamentar, conseguiu implantar importantes

agendas. Na economia, a reforma trabalhista, a

eliminação da TJLP, o Teto de Gastos, a Lei das

Estatais foram grandes avanços. Na política, aprovou-se

a reforma que restabeleceu uma Cláusula de Barreira

crescente e deu fim às coligações em eleições para

deputados e vereadores. Quando cidadãos e

investidores começavam a se animar, a divulgação da

gravação de Joesley, em maio de 2017, sustou outras

reformas programadas. Teriam que aguardar o próximo

governo.

Em abril de 2018, Lula foi preso pelo Lava-Jato.

Naquele ano eleitoral, com o ex-presidente fora do

páreo devido à Lei da Ficha Limpa, um candidato

azarão, radical e destemperado, beneficiado por uma

esquerda incapaz de reconhecer seus erros, um centro

dividido em torno de quatro candidatos, e uma facada

que justificou sua ausência em debates, chegou ao

poder. Para decepção de muitos, Moro, o principal juiz

da Lava-Jato, aceitou um ministério no novo governo,

dando ainda mais munição àqueles que o acusavam de

parcialidade e de agir segundo uma agenda política.

Em junho de 2019, o Intercept divulgou conversas em

que Moro orientava os procuradores da Lava-Jato sobre

como formular as acusações. Nenhum dos crimes

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Page 74: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Econômico/Nacional - Opinião

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - STF

identificados deixou de existir, mas a isenção do

processo foi posta em dúvida. A liberação da gravação

entre Dilma e Lula já tinha sido outro erro grave de

Moro. Em abril de 2020, o ex-juiz que aceitara o cargo

de ministro, talvez acreditando poder promover

mudanças na legislação destinadas a combater a

corrupção, deixou o governo denunciando tentativas do

presidente de intervir na Polícia Federal, a fim de

proteger seus filhos de graves acusações. Mais uma

vez, a corrupção mostrava ter poderosos aliados.

As peripécias resumidas acima foram afetadas por

muitas decisões do STF. Em 2009, o STF suspendeu a

prisão após julgamento em 2ª instância. Em 2016, novo

entendimento do STF restabeleceu a prisão em 2ª

instância, o que permitiu a prisão de Lula em 2018. Em

2019 o STF voltou atrás novamente, proibindo a prisão

após o julgamento em 2ª instância, o que justificou a

libertação do ex-presidente. Mas Lula permanecia

inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

Agora em 2021, o STF voltou a surpreender o país

quando um único de seus membros anulou a

condenação de Lula, pois se convenceu de que o ex-

presidente não poderia sequer ter sido julgado em

Curitiba, o que o recolocou no páreo eleitoral de 2022.

Se os próprios brasileiros ficam atordoados diante de

tantas novidades, imagine potenciais investidores que

poderiam gerar aqui empregos e receitas tributárias!

Enquanto a vacinação avança a passos de cágado, as

atenções se voltam para a eleição de 2022. Em sua

primeira entrevista como candidato, Lula, embora tenha

usado um tom moderado e acenado ao centro, repetiu

velhos bordões da esquerda, criticando a independência

do Banco Central e as (poucas) privatizações ocorridas

em filiais da Petrobras. Não mencionou nem se

penitenciou dos escândalos dos governos petistas.

Do outro lado, um presidente negacionista insiste em

sua versão estapafúrdia sobre como lidar com a

pandemia, enquanto avança no controle das

investigações sobre sua família. Na Câmara, já se

costura a destruição da excelente reforma política de

2016. Nesse ambiente de imensa incerteza e

impunidade, investimentos são cancelados, transferidos

a outro país, ou adiados para o próximo governo. Mais

uma vez.

"Reduzir o número de partidos, reduzir o Estado e abrir

a economia são precondições para eficiência

administrativa"

Pedro Cavalcanti Ferreira é professor da EPGE-FGV e

diretor da FGV Crescimento e Desenvolvimento

Renato Fragelli Cardoso é professor da EPGE-FGV

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Page 75: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Em campanha contra a violência doméstica, presidente da Amamsul

visita TRE-MS

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

A Crítica de Campo Grande/Mato Grosso do Sul -Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Covid-19

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Na tarde da última segunda-feira (15), o desembargador

Paschoal Carmello Leandro, Presidente do Tribunal

Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS),

recebeu, no gabinete da Presidência, a visita do Juiz

Giuliano Máximo Martins, presidente da Associação de

Magistrados de Mato Grosso Sul (Amamsul). No

encontro também esteve presente o Juiz Auxiliar da

Presidência, Fernando Cury.

A visita teve por objetivo difundir a campanha Sinal

Vermelho contra a Violência Doméstica, idealizada pela

Associação de Magistrados do Brasil (AMB) e pelo

Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que, por meio

de apoio e parceria do TRE-MS, seja estudada a

possibilidade de estabelecer convênio com a

Coordenadoria Estadual da Mulher para a distribuição

da mensagem também por meio dos cartórios eleitorais

do Estado.

Em Mato Grosso do Sul a campanha está sendo

desenvolvida Coordenadoria da Mulher em Situação de

Violência Doméstica e Familiar do TJMS, de

responsabilidade da juíza Helena Alice Machado

Coelho.

Os objetivos da campanha vão além da compreensão

do fenômeno da violência doméstica e familiar, mas

também do enfrentamento e mitigação desse problema

social que continua a oprimir mulheres em todo o Brasil.

O Desembargador Paschoal Carmello destacou ser de

suma importância a parceria da Justiça Eleitoral com a

Justiça Comum Estadual no enfrentamento da violência

contra a mulher.

Campanha Sinal Vermelho - A campanha 'Sinal

Vermelho contra a Violência Doméstica' foi criada em

junho de 2020, em razão da crescente curva dos casos

de violência doméstica, após o isolamento social exigido

como forma de conter a pandemia da Covid-19.

O objeto é incentivar que as mulheres vítimas de

violência doméstica procurem ajuda por meio de um

sinal específico: com um 'x' vermelho desenhado nas

mãos ou em um pedaço de papel, mulheres vitimadas

pela violência doméstica podem denunciar o crime nas

mais de 10.000 (dez mil) farmácias, conveniadas pelo

país, que de imediato devem acionar a Polícia Militar

para o atendimento adequado das vítimas.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Covid-19

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Page 76: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Gilmar Mendes, do STF, dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar

prisão domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de Londrina Online/Paraná - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Coronavírus

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Gilmar

Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve

a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de

revogar a prisão domiciliar de Fabrício Queiroz, ex-

assessor acusado de operar o esquema da

"rachadinha" que teria como chefe o senador Flávio

Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O magistrado havia concedido a prisão domiciliar a

Queiroz em agosto de 2020, mas nesta terça-feira (16)

a Quinta Turma do STJ decidiu liberá-lo.

Nesta quarta (17), Gilmar afirmou que, como a decisão

de terça foi mais benéfica ao investigado, ela deve

prevalecer. O despacho também é válido para Márcia

Aguiar, esposa do policial militar aposentado.

Gilmar disse que o habeas corpus dos dois em curso no

Supremo perdeu o objeto, uma vez que eles pediam

para serem dispensados da prisão e isso já foi feito pelo

STJ.

Assim, ele determinou o arquivamento do processo e

deu aval ao entendimento do STJ.

"A decisão colegiada da Quinta Turma do Superior

Tribunal de Justiça, que julgou o mérito do HC lá

impetrado, ao relaxar a prisão cautelar dos pacientes

por excesso de cassou expressamente o ato coator

deste writ", afirmou Gilmar.

Por 4 votos a 1, a turma considerou no julgamento de

terça que estava caracterizado o excesso de prazo na

ordem de prisão da Justiça do Rio contra Queiroz e sua

mulher.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado

em Atibaia, no interior de São Paulo, no âmbito da

investigação sobre o esquema de "rachadinhas" na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Apontado como operador do esquema ilícito no antigo

gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz foi localizado

pela polícia na casa pertencente ao advogado Frederick

Wassef, criminalista que atua na defesa do senador.

Em julho, durante o recesso do Judiciário, a defesa

recorreu ao STJ e o então presidente do tribunal, João

Otávio de Noronha, transferiu Queiroz para prisão

domiciliar.

O ministro afirmou que, consideradas as condições de

saúde de Queiroz -ele tratava um câncer-, o caso se

enquadrava em recomendação do CNJ (Conselho

Nacional de Justiça), que sugeria o não recolhimento a

presídio em face da pandemia do coronavírus.

Em agosto, após o término do recesso, a decisão foi

derrubada pelo Felix Fischer, relator dos recursos da

investigação das "rachadinhas" no STJ, que mandou o

ex-PM de volta à prisão.

Depois, Gilmar revogou a decisão de Fischer,

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Page 77: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de Londrina Online/Paraná - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Coronavírus

restabelecendo a domiciliar.

Queiroz foi assessor de Flávio e é amigo do presidente

Jair Bolsonaro desde 1984. O chefe do Exetuvio chegou

a chamar a prisão de Queiroz, a quem conhece desde

1984, de "espetaculosa".

A apuração sobre "rachadinha" relacionada ao hoje

senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do

presidente, começou após relatório do antigo Coaf

(órgão de inteligência financeira) indicar movimentação

financeira atípica de Queiroz.

Além do volume movimentado, de R$ 1,2 milhão em um

ano, chamou a atenção a forma com que as operações

se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em

datas próximas do pagamento de servidores da

Assembleia.

Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos

salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava

esse dinheiro para remunerar assessores informais de

Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual.

A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários

finais dos valores.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Coronavírus

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Page 78: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Saiba o que pode e o que não pode funcionar durante a quarentena em

Pernambuco

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Pernambucoquarta-feira, 17 de março de 2021

Judiciário - Audiência de Custódia

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A partir de quinta-feira (18) até o dia 28 de março,

Pernambuco fica em quarentena para conter a

disseminação da Covid-19. Com o decreto, diversas

atividades recebem restrições mais rígidas e devem

funcionar de maneira reduzida ou permanecer fechadas

(veja vídeo acima).

A quarentena é válida para todos os municípios do

estado, mas não inclui o distrito de Fernando de

Noronha. O G1 listou, a seguir, o que pode e o que não

pode funcionar em Pernambuco durante esse período

da quarentena:

Vacinação e testagem da Covid-19

A campanha de vacinação contra o novo coronavírus e

os centros de testagens dos municípios não foram

afetados pela quarentena. Cada uma das cidades segue

o plano de vacinação e os critérios de testagem

estabelecidos de acordo com a gestão municipal.

Prefeitura do Recife

Na sede da prefeitura da capital pernambucana,

localizada na Avenida Cais do Apolo, no Bairro do

Recife, foi feito um rodízio de trabalho para os

servidores. O público em geral só pode transitar pela

sede mediante autorização.

Todos os serviços ficam suspensos, exceto na Central

de Atendimento ao Contribuinte e na Ouvidoria, porque

são resguardados por decreto municipal. Entretanto, é

necessário agendar o atendimento pelo site, com

horários disponíveis entre as 7h45 e 14h.

Transporte coletivo

O Grande Recife Consórcio de Transporte, responsável

pelo gerenciamento dos ônibus na Região

Metropolitana, informou que, a princípio, não há

mudanças na quantidade de veículos disponíveis nem

no número de viagens. O consórcio deve "acompanhar

o movimento nos primeiros dias, para fazer as

adequações que forem necessárias". Até então, a

operação está com 80% da frota pré-pandemia.

Praias, parques e praças

Fica proibida qualquer atividade esportiva, profissional,

de lazer ou quaisquer outras nesses espaços durante o

período de vigência do decreto.

Bares e restaurantes

Esses espaços não podem receber clientes, mas estão

autorizados a funcionar no esquema de delivery ou

retirada.

Shoppings no Grande Recife

De acordo com o decreto, os shoppings não podem

funcionar nem receber clientes. No entanto, ficou

autorizada aos centros de compras a adoção de

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Page 79: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Pernambucoquarta-feira, 17 de março de 2021

Judiciário - Audiência de Custódia

serviços de delivery de produtos e drive-thru, quando

não é necessário sair do carro para receber a

encomenda.

Os serviços essenciais como bancos, lotéricas e

supermercados que funcionam dentro dos shoppings

podem funcionar, desde que tenham um acesso

exclusivo e independente.

Shopping Patteo Olinda

Apenas agências bancárias e lotéricas podem funcionar

das 8h às 20h. As lojas permanecem fechadas ao

público, com funcionamento por delivery e drive-thru,

das 10h às 22h.

Shopping Guararapes

O local funciona com delivery de segunda a sábado, das

9h às 22h, e das 12h às 21h, aos domingos.

Também é possível retirar o produto pelo drive-thru no

ponto de coleta localizado no piso térreo, com acesso

pela Avenida Ayrton Senna. Farmácia, supermercado e

autoatendimento da Caixa Econômica Federal

funcionam de segunda a sábado, das 7h às 22h, e no

domingo, das 8h às 21h.

Lotérica atende de segunda a sábado, das 9h às 18h, e

o Banco do Brasil e o Itaú de segunda a sexta, das 10h

às 15h.

Plaza Shopping

As lojas funcionam com o esquema de delivery e drive-

thru. No caso das retiradas com o carro, o

funcionamento é de segunda a domingo, das 12h às

20h, no piso E1, do edifício-garagem. A Caixa

Econômica Federal abre de segunda a sexta, das 8h às

13h, já a lotérica funciona de segunda a sábado, das

10h às 19h.

Shopping Riomar

O centro de compras funciona no esquema de delivery e

drive-thru, com entregas feitas no estacionamento

coberto, próximo à agência dos Correios. O horário de

funcionamento das entregas é das 9h às 22h, de

segunda a sábado, e das 12h às 21h, aos domingos.

As operações de saúde permanecem funcionando. A

Diagmax abre de segunda a sexta, das 6h30 às 21h;

aos sábados, das 6h30 às 17h; e aos domingos, das

7h30 às 13h. Já a Clínica Sim, funciona de segunda a

sextas, das 7h às 20h, e aos sábados, das 7h às 15h.

Shopping Tacaruna

As lojas funcionam no esquema via delivery e drive-thru

pelo estacionamento E1, próximo à portaria da lotérica,

de segunda a domingo, das 12h às 20h.

O supermercado localizado no shopping funciona de

segunda a sábado, das às 22h, e domingo, das 8h às

21h. De acordo com o shopping, as agências bancárias

e a lotérica funcionam em seus respectivos horários

bancários.

Lojas de conveniência

Localizadas em postos de combustíveis, elas podem

funcionar das 6h às 20h, com proibição do consumo na

parte interna do estabelecimento. Segundo a portaria da

Secretaria de Saúde, também fica proibida a utilização

de mesas e cadeiras dentro ou fora do estabelecimento.

Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação

O atendimento agendado para as Agências do Trabalho

durante o período da quarentena é remanejado

automaticamente para o fim do mês, com início previsto

para 29 de março.

Para o serviço de seguro-desemprego, é preciso dar

entrada no benefício pelo aplicativo da Carteira de

Trabalho Digital. A secretaria disponibilizou telefones e

e-mails para o atendimento remoto, listados no site.

O atendimento nas seis unidades do Expresso

Empreendedor localizadas no Recife e em Ipojuca,79

Page 80: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Pernambucoquarta-feira, 17 de março de 2021

Judiciário - Audiência de Custódia

Caruaru, Petrolina, Salgueiro e Cabo de Santo

Agostinho deve ser realizado por meio do Whatsapp

(confira lista abaixo). O horário de funcionamento é das

8h às 13h.

Hospital Veterinário do Recife

O Hospital Veterinário do Recife suspendeu a realização

de consultas e procedimentos cirúrgicos eletivos como

castração. Apenas atendimentos de cirurgias de

urgência e emergência devem ser realizados.

Os animais que chegarem ao hospital devem passar por

uma triagem para verificar a situação e a necessidade

de um procedimento emergencial. Cirurgias de

castração foram suspensas.

Serviços de saúde

Cirurgias eletivas que demandem internação hospitalar

nas unidades da rede assistencial pública e privada

seguem suspensas desde o dia 3 de março.

Atendimentos clínicos ou cirúrgicos nas redes pública e

privada podem acontecer (veja vídeo acima).

Procedimentos e exames nos serviços de urgência e

emergência, consultas e procedimentos ambulatoriais

considerados inadiáveis ou de acompanhamento

assistencial não passível de interrupção também foram

autorizados durante a quarentena. São eles: oncologia,

hemodiálise, pré-natal, doenças infectocontagiosas e

retorno pós-operatório.

A recomendação é que sejam remarcados

procedimentos diagnósticos, terapêuticos e

ambulatoriais, desde que esse adiamento não coloque

em risco a vida dos pacientes nem provoque danos à

saúde.

TJPE

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)

suspendeu as atividades presenciais até o dia 4 de abril.

A medida atingiu as áreas administrativas e judiciárias

de 1º e 2º graus. Segundo o tribunal, a decisão afeta as

unidades de jurisdição cível, fazendária, de família e

sucessões e de acidentes de trabalho.

Também seguem em trabalho remoto os juizados

especiais, turmas recursais, Central de Queixas Orais,

Varas de Execução Penal e Centros Judiciários de

Solução de Conflitos (Cejusc).

Justiça Federal de Pernambuco

A Justiça Federal de Pernambuco suspendeu a

realização de audiências presenciais e atividades

internas nas dependências dos prédios que compõem a

Seção Judiciária de Pernambuco. Ficam autorizadas a

marcação e realização de audiências de custódia,

processos de réus presos e outras situações urgentes.

Seguem suspensas a execução de diligências

presenciais no caso de mandados não urgentes, que

devem ser realizados por meios eletrônicos. Segundo a

Justiça, a suspensão não abrange as teleaudiências e

sessões telepresenciais das Turmas Recursais.

As perícias já agendadas e atividades de segurança e

transporte permanecem mantidas. Os atendimentos a

advogados públicos e privados, defensores públicos e

integrantes do Ministério Público Federal devem ser

realizados remotamente.

MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE)

suspendeu atividades presenciais até o dia 4 de abril

em todas as unidades da instituição. Todas as unidades

administrativas e órgãos de execução, de 1º e 2º graus

do MPPE, na capital, na Região Metropolitana e no

interior permanecem fechadas ao público.

De acordo com o MPPE, são priorizados o atendimento

virtual, a recepção em meio eletrônico e a tramitação

eletrônica de documentos. O atendimento presencial só

acontece mediante agendamento prévio e

impossibilidade de adiamento.

Em caso de autorização de atividade presencial, devem80

Page 81: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Pernambucoquarta-feira, 17 de março de 2021

Judiciário - Audiência de Custódia

ser observados o limite de quatro horas diárias, das 9h

às 13h, e o percentual de até 30% do total de

componentes da unidade.

Academias

As academias devem permanecer fechadas durante o

período da quarentena. Também não é permitida a

realização de atividades físicas em parques, praças ou

praias de Pernambuco.

Em relação aos contratos firmados entre as academias

e os alunos, o Procon esclareceu que o contratante tem

a opção de rescindir o contrato, no entanto a orientação

é que se busque um acordo com a instituição. As

academias, no entanto, não devem cobrar multas

rescisórias, segundo o Procon.

Escolas, faculdades e universidades

Aulas presenciais em escolas, faculdades e

universidades ficam proibidas durante o período da

quarentena no estado. O Procon esclareceu que não

existe a obrigatoriedade da instituição dar descontos na

mensalidade devido à mudança da aula presencial para

a remota.

O indicado pelo órgão é um acordo. As atividades

devem ser reguladas conforme a instituição de ensino.

Em relação ao transporte escolar, o Procon também

indica um acordo com o serviço contratado, não

havendo obrigatoriedade de descontos ou multas.

Serviços proibidos

Durante a quarentena, ficam proibidos de funcionar:

Podem funcionar

Serviços essenciais podem funcionar de forma

presencial durante a quarentena, conforme o decreto

estadual. São eles:

Vídeos de PE mais vistos nos últimos 7 dias

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

81

Page 82: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Congresso Nacional votou 29 vetos do presidente da República - Senado

Notícias

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

Clique aqui para abrir a imagem

Nesta quarta-feira (17), o Congresso Nacional votou 29

vetos presidenciais, 15 deles foram totalmente

mantidos. Houve também vetos derrubados na íntegra e

outros com parte dos dispositivos rejeitada e outra parte

mantida. Houve ainda vetos cujas votações foram

adiadas.

Foram derrubados vetos polêmicos, entre eles parte do

Veto 48/2020, que abre caminho para o perdão de

dívidas de entidades religiosas. Outro derrubado foi o

veto do presidente da República (VET 36/2020) ao

projeto que concede indenização aos profissionais da

linha de frente de combate à covid-19 (PL 1.826/2020).

O texto resgatado pelos parlamentares prevê

indenização de R$ 50 mil para os profissionais que

ficaram permanentemente incapacitados após a

infecção.

Segundo o projeto, terão direito profissionais como

médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes

sociais, agentes comunitários, técnicos de laboratório e

outros que atuam na área. A proposta também concede

o benefício aos familiares de profissionais de saúde que

atuaram no combate à pandemia provocada pelo novo

coronavírus e morreram em decorrência da covid-19.

O Congresso também rejeitou o veto presidencial

(59/2020) a trechos da parte principal da Lei de

Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor. Houve acordo

entre líderes e governo. 'Os itens [derrubados] ampliam

prerrogativas do Congresso sobre o Orçamento de

maneira indistinta, para todos os partidos e para cada

parlamentar', disse o vice-líder do governo no

Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Com os trechos recuperados, caem restrições para

municípios com até 50 mil habitantes hoje

inadimplentes. Serão possíveis ainda repasses para

construção, ampliação ou conclusão de obras por

entidades do setor privado.

Foi derrubado também o veto do presidente Jair

Bolsonaro (VET 56/2020) ao novo marco regulatório do

Fundo de Universalização dos Serviços de

Telecomunicações (Fust), instituído pela Lei 14.109, de

2020. A lei deriva do PL 172/2020, aprovado pelo

Senado em novembro do ano passado. O principal

trecho recuperado agora é o que destina recursos do

Fust para levar acesso a serviços de telecomunicações

a regiões de zona rural ou urbana que tenham baixo

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e população

potencialmente beneficiada.

O Congresso aprovou também o PLN 1/2021, que

amplia a execução orçamentária provisória para o ano

de 2021 para incluir financiamento de políticas públicas

e salários de servidores, e o PRN 1/2021, que aumenta

de 3 para 18 o número de vice-líderes do governo no

Congresso.

Vetos mantidos

Foram totalmente mantidos pelo Congresso os vetos 30,

82

Page 83: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 45, 46, 49, 51, 53, 54, 55 e

58, todos de 2020.

O Veto 30/2020, por exemplo, atingiu o novo marco

legal do saneamento básico (Lei 14.026, de 2020). Já o

Veto 37/2020 atingiu o PLV 23/2020. Oriundo da MP

925/2020, o projeto de lei de conversão deu origem à

Lei 14.034, de 2020, que estabeleceu medidas para

ajudar o setor aeronáutico e aeroportuário a enfrentar os

efeitos da pandemia de covid-19.

Também mantido, o VET 54/2020 foi aposto ao projeto

que originou a Lei 14.073, de 2020, para auxiliar o setor

esportivo durante a pandemia de covid-19. Entre os 35

dispositivos vetados, estão os que previam socorro

financeiro a clubes, atletas e federações e o auxílio

emergencial de R$ 600 por três meses, específico para

atletas, técnicos, árbitros e outros profissionais do

esporte.

Retirados da pauta

Um acordo durante a sessão levou ao adiamento da

análise de alguns dos vetos que estavam na pauta,

entre eles o VET 35/2020, que dá prioridade para

acesso ao auxílio emergencial à mulher provedora de

família monoparental.

Também foram retirados da pauta os vetos (VET

1/2021) ao projeto (PL 1.013/2020) que suspendia o

pagamento de dívidas de clubes inscritos no Programa

de Modernização da Gestão e de Responsabilidade

Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) e ao VET 50/2020,

aplicado à Medida Provisória 983/2020, editada para

desburocratizar as assinaturas eletrônicas de

documentos para ampliar o acesso a serviços públicos

digitais.

O Veto 56/2019, do pacote anticrime, também teve

votação adiada, para melhor discussão sobre a

realização de videoconferências em audiências de

custódia. Pontos desse veto foram totalmente mantidos

e outros rejeitados pelos deputados, ficando pendente a

conclusão da votação.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

83

Page 84: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Senado adia para a próxima semana análise de vetos a trechos do pacote

anticrime

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Antagonista/Nacional - Noticiasquarta-feira, 17 de março de 2021

Judiciário - Audiência de Custódia

Clique aqui para abrir a imagem

O Senado adiou, para a próxima semana, a análise de

vetos do presidente Jair Bolsonaro a trechos do pacote

anticrime.

Entre os itens do texto original que foram recuperados

pelos deputados, durante sessão do Congresso

Nacional, estão a proibição de videoconferência para as

audiências de custódia, após prisão em flagrante ou

execução de mandado de prisão provisória e a

possibilidade de uso da escuta ambiental não

autorizada em benefício de investigados.

Como os deputados derrubaram os vetos presidenciais,

a decisão da Câmara precisa ser ratificada pelos

senadores.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

84

Page 85: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Brasil: a luta contra a covid-19

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Dia RJ Online/Rio de Janeiro - Noticias

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Por Nuno Vasconcellos

Publicado 18/03/2021 05:00

O reconhecimento do Governo Federal de que precisa

mudar a condução do Ministério da Saúde poderia ser a

certeza de uma reorientação de rumo, mas de acordo

com as primeiras avaliações não se tem certeza se isto

irá mesmo acontecer. A respeitada organização global

Médicos Sem Fronteiras preparou um relatório de forte

impacto internacional em que diz que o Brasil é hoje o

epicentro da pandemia da covid-19 no mundo, com o

maior número de mortes diárias. "Enquanto somos

cerca de 3% da população mundial, atualmente

respondemos por 15% dos novos casos. É óbvio que

isso não é uma fatalidade. Centenas de trabalhadores

humanitários de nossa organização têm atuado na

resposta à covid no Brasil. Muitos deles são brasileiros,

uma parte com grande experiência internacional em

projetos de MSF, tendo a responsabilidade de trabalhar

pela primeira vez em seu próprio país. Outros vieram de

diversos países e já trouxeram a experiência de ter

enfrentado antes o novo coronavírus em lugares como

Europa, EUA ou Iêmen", diz o documento.

GRAVIDADE DA SITUAÇÃO

A instituição Médicos Sem Fronteiras fez circular um

relato que explica sua perplexidade. "Começamos o

nosso trabalho com pessoas em situação de rua em

São Paulo e logo depois no Rio de Janeiro. Atendemos

a populações migrantes, indígenas e pessoas privadas

de liberdade. Estivemos presentes também nos estados

de Roraima, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato

Grosso e Goiás e neste ano continuamos a atuar no

Amazonas e em Roraima para mitigar os impactos da

doença sobre os sistemas de saúde locais".

Transportes por aplicativo no Rio

Indicadas para você

Secretário de Fazenda, Pedro Paulo fala sobre

regulamentação de transportes por app: "Agora será

obrigatório que as plataformas paguem à Prefeitura uma

taxa de utilização da via pública, de 1,5% sobre o valor

total cobrado dos passageiros no mês anterior, e que os

motoristas contratem seguros contra acidentes. O valor

pago será revertido para a manutenção das ruas".

Sintonia fina

Para evitar ação de prefeituras que não têm vacinas

disponíveis, mas mesmo assim convocam o cidadão a

comparecer aos postos de saúde, a presidente da

Comissão de Saúde do Conselho Nacional do Ministério

Público (CNMP), conselheira Sandra Krieger, sugeriu ao

Ministério da Saúde a elaboração de uma nota técnica

para esclarecer as questões que ainda geram dúvida

sobre a política de imunização contra a covid-19 no

Brasil.

Encarceramento feminino

Relatório da Defensoria Pública mostra que,

considerando os casos das mulheres que no momento

da audiência de custódia atendiam aos critérios85

Page 86: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Dia RJ Online/Rio de Janeiro - Noticias

quinta-feira, 18 de março de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

objetivos para prisão domiciliar, é possível observar que

25% delas, apesar de cumprir os requisitos legais,

permaneceram presas preventivamente. Além disso,

17,5% das entrevistadas disseram que foram agredidas

fisicamente no momento da prisão em flagrante.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

86

Page 87: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

STF dá aval para soltar Queiroz após STJ revogar prisão domiciliar

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Tempo online/Minas Gerais - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Coronavírus

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: FOLHAPRESS

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal

Federal), manteve a decisão do STJ (Superior Tribunal

de Justiça) de revogar a prisão domiciliar de Fabrício

Queiroz, ex-assessor acusado de operar o esquema da

"rachadinha" que teria como chefe o senador Flávio

Bolsonaro (Republicanos-RJ).

O magistrado havia concedido a prisão domiciliar a

Queiroz em agosto de 2020, mas nesta terça-feira (16)

a Quinta Turma do STJ decidiu liberá-lo.

Nesta quarta (17), Gilmar afirmou que, como a decisão

de terça foi mais benéfica ao investigado, ela deve

prevalecer. O despacho também é válido para Márcia

Aguiar, esposa do policial militar aposentado.

Gilmar disse que o habeas corpus dos dois em curso no

Supremo perdeu o objeto, uma vez que eles pediam

para serem dispensados da prisão e isso já foi feito pelo

STJ.

Assim, ele determinou o arquivamento do processo e

deu aval ao entendimento do STJ.

"A decisão colegiada da Quinta Turma do Superior

Tribunal de Justiça, que julgou o mérito do HC lá

impetrado, ao relaxar a prisão cautelar dos pacientes

por excesso de cassou expressamente o ato coator

deste writ", afirmou Gilmar.

Por 4 votos a 1, a turma considerou no julgamento de

terça que estava caracterizado o excesso de prazo na

ordem de prisão da Justiça do Rio contra Queiroz e sua

mulher.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado

em Atibaia, no interior de São Paulo, no âmbito da

investigação sobre o esquema de "rachadinhas" na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Apontado como operador do esquema ilícito no antigo

gabinete de Flávio na Assembleia, Queiroz foi localizado

pela polícia na casa pertencente ao advogado Frederick

Wassef, criminalista que atua na defesa do senador.

Em julho, durante o recesso do Judiciário, a defesa

recorreu ao STJ e o então presidente do tribunal, João

Otávio de Noronha, transferiu Queiroz para prisão

domiciliar.

O ministro afirmou que, consideradas as condições de

saúde de Queiroz -ele tratava um câncer-, o caso se

enquadrava em recomendação do CNJ (Conselho

Nacional de Justiça), que sugeria o não recolhimento a

presídio em face da pandemia do coronavírus.

Em agosto, após o término do recesso, a decisão foi

derrubada pelo Felix Fischer, relator dos recursos da

investigação das "rachadinhas" no STJ, que mandou o

ex-PM de volta à prisão.

Depois, Gilmar revogou a decisão de Fischer,

restabelecendo a domiciliar.

Queiroz foi assessor de Flávio e é amigo do presidente87

Page 88: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Tempo online/Minas Gerais - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Coronavírus

Jair Bolsonaro desde 1984. O chefe do Exetuvio chegou

a chamar a prisão de Queiroz, a quem conhece desde

1984, de "espetaculosa".

A apuração sobre "rachadinha" relacionada ao hoje

senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do

presidente, começou após relatório do antigo Coaf

(órgão de inteligência financeira) indicar movimentação

financeira atípica de Queiroz.

Além do volume movimentado, de R$ 1,2 milhão em um

ano, chamou a atenção a forma com que as operações

se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em

datas próximas do pagamento de servidores da

Assembleia.

Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos

salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava

esse dinheiro para remunerar assessores informais de

Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual.

A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários

finais dos valores.

---

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Coronavírus

88

Page 89: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Após um ano de espera, deputados derrubam parte dos vetos do pacote

anticrime

Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Online/Nacional - Política

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

Autor: Renan Truffi, Marcelo Ribeiro e Vandson Lima

O plenário da Câmara derrubou nesta quarta-feira,

durante sessão deliberativa do Congresso, uma série de

vetos presidenciais que haviam sido feitos ao pacote

anticrime, projeto que recebeu o patrocínio do ex-

ministro Sergio Moro. Os vetos foram feitos, na época,

por orientação do ex-juiz da Operação Lava-Jato, que

acusava o Legislativo de ter desfigurado a proposta

durante sua tramitação. Isso significa uma vitória para

os partidos do Centrão, que articulavam contra essas

medidas desde o ano passado. A decisão dos

deputados, no entanto, precisa ser confirmada pelo

Senado, em sessão que está prevista para acontecer

ainda nesta quarta.

Um dos vetos que entrou na lista de atingidos pela

decisão da Câmara está o que revogava um artigo

sobre "bom comportamento" de criminosos. O

dispositivo permite que o preso que obtiver bom

comportamento e cometer alguma falta, após um ano de

sua ocorrência, pode readquirir o requisito para a sua

progressão de regime. Na avaliação da equipe de Moro,

isso "faria com que presos que cometessem faltas

pudessem ser beneficiados com a progressão". Os

deputados, no entanto, decidiram derrubar esse

entendimento, em acordo com o governo, e mantiveram

o benefício ao preso.

Além disso, os deputados barraram o veto ao artigo que

tratava de crimes contra a honra. Pelo texto proposto,

esses crimes terão sua pena triplicada quando

cometidos ou divulgados na internet. Quando revogou

esse trecho, o governo justificou que o artigo violava o

"princípio da proporcionalidade", "além da medida

propiciar a superlotação das delegacias, visto que a

pena passaria ser superior a dois anos, o que obrigaria

a abertura de inquérito e não permitiria lavratura de

termo cinscunstanciado". Ainda assim, a base aliada de

Bolsonaro optou por derrubar o veto e manter a medida

na legislação.

Outro veto derrubado foi o que barrava uma regra sobre

a realização de videoconferência ou não nas audiência

de custódia, após prisão em flagrante ou por prisão

provisória. Na avaliação inicial do governo, ao proibir a

realização de videoconferências, isso poderia "arrastar e

dificultar o processo". Os parlamentares, entretanto,

contrariaram esse entendimento e optaram pelo texto

original da proposta.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

89

Page 90: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Congresso retoma indenização para profissionais da saúde vítimas da

Covid-19

Conselho Nacional de Justiça - CNJCNN Online (Brasil)/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Audiência de Custódia

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Nohlan Hubertus, da CNN, em Brasília

O Congresso analisou, nesta quarta-feira (17), um total

de 26 de 32 vetos do presidente Jair Bolsonaro em

projetos aprovados pelos parlamentares. Em uma

dessas votações, os parlamentares derrubaram o veto à

indenização de profissionais de saúde incapacitados

pela Covid-19.

Os deputados e senadores restabeleceram a previsão

de pagamento de uma indenização de R$ 50 mil em

caso de morte e invalidez paga pelo governo federal ao

dependente legal ou herdeiro. A medida abrange

profissionais de saúde e auxiliares, como de limpeza, da

segurança e motorista de ambulância.

O perdão de dívidas das igrejas, vetado por Bolsonaro,

foi restabelecido. Um veto às audiências de custódia

digitais do pacote anticrime ficou fora de discussão por

não haver consenso. Por conta da pandemia, a sessão

foi separada entre análise da Câmara e do Senado.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Audiência de

Custódia

90

Page 91: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Ebook aborda alternativas de resolução de conflitos consumeristas

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Justiça em Números

Clique aqui para abrir a imagem

Embora o tema da corrupção movimente paixões no

Judiciário brasileiro, a maioria dos recursos que

abarrota os tribunais têm motivações mais concreta:

problemas de prestação de serviços.

Conforme o último relatório Justiça em Números, do

CNJ, as Justiças estaduais são as mais demandadas do

país; dentro delas, os assuntos mais discutidos são

Direito Civil e Direito do Consumidor. São mais de 1,5

milhão de processos por ano com o mesmo tema.

É dentro desse contexto que, nesta semana, o escritório

Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA) lança o ebook

"Consumidor.Gov", que detalha o funcionamento da

plataforma digital de atendimento para resolução de

conflitos entre consumidores e empresas. A banca

também promove, nesta quinta-feira (17/3), um webinar

sobre o site e meios alternativos de solução de conflitos

consumeristas.

A obra é organizada pelos sócios Solano de Camargo,

Jayme Barbosa Lima Netto e Fernando de Paula Torre.

O prefácio é de José Roberto Neves Amorim,

desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de

São Paulo, consultor da LBCA e pioneiro na

implantação da mediação e conciliação no Judiciário

nacional.

"Com a pandemia da Covid-19, a plataforma se tornou

uma ferramenta ainda mais imprescindível para

solucionar conflitos consumeristas de forma digital,

sendo que empresas de transporte de passageiros, de

entrega de alimentos, promoção ou venda de produtos

próprios ou de terceiros passaram a ter cadastro

obrigatório na plataforma, segundo Portaria 15/2020 da

Secretaria Nacional do Consumidor", aponta Camargo.

Para Torre, a plataforma ainda não é utilizada em todo o

seu potencial, já que milhões de processos

consumeristas tramitam no Judiciário. "O prazo médio

de respostas da Consumidor.Gov é de apenas 6,5 dias,

sendo que as ações no Judiciário podem levar anos. O

percentual de reclamações respondidas da plataforma

também é alto - 99,3%, confirmando sua eficiência",

ressalta.

Em 2019, o site registrou quase 800 mil reclamações

finalizadas. Jayme indica que os segmentos mais

reclamados na plataforma foram transporte aéreo,

banco de dados, comércio eletrônico, bancos e

financeiras e operadoras de telefonia. Para ele, a

ferramenta vem se tornando a cada dia mais

fundamental para os objetivos do Código de Defesa do

Consumidor e da política nacional de relações de

consumo.

Dados do Procon-SP mostram que o setor com mais

queixas no órgão de defesa do consumidor em 2020 foi

o de energia elétrica, com 93,4 mil demandas. Em

seguida, vieram empresas de telecomunicações (74,9

mil) e instituições financeiras (62,3 mil). Em 2019, esses

dois setores haviam liderado o ranking, com 53,9 mil e

38,2 mil demandas, respectivamente.

Consumidor.Gov

Organizadores: Solano de Camargo, Jayme Barbosa91

Page 92: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Justiça em Números

Lima Netto e Fernando de Paula Torre

Editora: Lee, Brock, Camargo Advogados

Gênero: Consumerista

Páginas: 17

Preço: gratuito

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Justiça em

Números, Judiciário - Conciliação, Judiciário - Covid-19

92

Page 93: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

TRF-3 institui peticionamento por formulário eletrônico em processos

físicos

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - PJE

Clique aqui para abrir a imagem

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3)

instituiu o peticionamento por formulário eletrônico em

processos que tramitam em suporte físico. A corte

oficiou nesta segunda-feira (15/3) a Ordem dos

Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB-SP) para

comunicar a mudança.

No mesmo documento, o TRF-3 também informou que

foi revogado provimento que dispõe sobre a instalação

de unidade do Protocolo Integrado da Justiça Federal

de 1º e 2º Graus em edifício da OAB-SP.

O desembargador federal e presidente do TRF3, Mairan

Gonçalves Maia Júnior, considerou que tem sido exitosa

a experiência do trabalho remoto em razão da pandemia

causada pelo novo coronavírus, com pequeno trânsito

de partes e advocacia nos fóruns e no tribunal.

Dessa forma, o peticionamento em processos que ainda

tramitem em suporte físico, e que não tenham sido

convertidos para o PJe, poderá ser realizado por meio

de formulário eletrônico disponível nas páginas de

internet da Justiça Federal da 3ª Região.

Segundo ele, o preenchimento do formulário gerará e-

mail enviado automaticamente ao endereço eletrônico

da unidade processante, que deverá providenciar sua

anexação ao processo em até 48 horas do recebimento;

se ocorrerem impedimentos ao peticionamento pelo

formulário, o protocolo deverá ocorrer fisicamente; e,

para efeitos da contagem de prazo, será considerado a

data do preenchimento e envio do formulário eletrônico,

acompanhado dos respectivos documentos. A

Resolução entrará em vigor no dia 26 de março. Com

informações da assessoria de imprensa da OAB-SP.

Clique aqui para ler a resolução

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE

93

Page 94: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

TJPE prorroga suspensão do expediente presencial até 4 de abril

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Diario de Pernambuco - Online/Pernambuco - VidaUrbana

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - PJE

Clique aqui para abrir a imagem

Foto: TJPE/Divulgação

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) prorrogou

a suspensão do expediente presencial nas unidades

administrativas e judiciárias de 1º e 2º graus de

jurisdição cível, fazendária, de família e sucessões,

acidentes de trabalho, juizados especiais, Turmas

Recursais, Central de Queixas Orais, Varas de

Execução Penal e Centros Judiciários de Solução de

Conflitos (Cejusc). De acordo com o órgão, a medida

visa resguardar a saúde de de todos os colaboradores e

usuários dos serviços prestados pela instituição "No

momento em que a taxa de ocupação de leitos de UTI

nas redes pública e particular de Pernambuco encontra-

se elevada". Os prazos dos processos administrativos e

judiciais que tramitam em meio físico se mantêm

suspensos até 4 de abril de 2021.

As unidades administrativas e judiciárias continuam

funcionando em regime de trabalho remoto no horário

do expediente forense. A realização de audiências e

sessões presencias estão proibidas, além do acesso às

instalações a essas unidades para atendimento

presencial relativo a processos eletrônicos. Os setores

administrativos de protocolo e distribuição também

funcionam em regime remoto.

Ainda segundo o Tribunal de Justiça, as Varas de

Execução Penal permanecem trabalhando em regime

remoto por meio do Sistema Eletrônico de Execução

Unificado (SEEU), sendo autorizado aos servidores do

Fórum Rodolfo Aureliano comparecerem à sua unidade

judiciária para baixar o arquivo digitalizado do processo

não criminal no Sarq-TJPE para promover a migração

do mesmo para o PJe. O comparecimento mensal dos

apenados em regime aberto e livramento condicional foi

prorrogado até o dia 31 de julho de 2021.

Também estão suspensos os prazos dos processos

criminais, infracionais e de violência doméstica que

tramitam em meio físico relativos a réu solto. Já o curso

dos processos físicos dessas naturezas relativos a réu

preso e adolescente em conflito com a lei internado

continuam mantidos.

Os prazos processuais referentes às Medidas Protetivas

de Urgência, no âmbito da Violência Doméstica e

Familiar contra a mulher, criança, adolescente, pessoas

idosas e pessoas com deficiência também estão

mantidos e, de acordo com o TJPE, devem ter seus

atos praticados, preferencialmente, por meio eletrônico.

A atividade presencial nas unidades administrativas e

judiciais destinam-se exclusivamente ao cumprimento

de atos e demandas urgentes e inadiáveis. O gestor ou

magistrado deve respeitar o limite de até 30% de

pessoas lotadas no setor, ficando a seu critério a

redução do percentual e a realização de rodízio, de

acordo com a necessidade. Para mais informações, os

interessados devem consultar o site do Tribunal de

Justiça de Perbambuco.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE,

Judiciário - Sistema eletrônico de execução unificado,

Judiciário - SEEU

94

Page 95: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Pandemia faz Minas bater recorde histórico de mortes em um ano

Conselho Nacional de Justiça - CNJEstado de Minas online/Minas Gerais - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Covid-19

Clique aqui para abrir a imagem

Número de mortes em Minas Gerais bateu recorde no

ano da pandemia

O agravamento da pandemia fez de fevereiro de 2021 o

mês mais mortal no estado, com um total de 12.115

óbitos registrados pelos cartórios em Minas. Foram

3.091 mil mortes a mais do que a média para o período.

O número foi ainda 25,1% maior do que a média

histórica para fevereiro desde 2003, sendo 24,4 pontos

percentuais a mais em relação à média para o período.

Na comparação com mesmo mês no ano passado, o

crescimento foi de 25,8%.

O número de óbitos registrados em Cartórios no 'ano da

pandemia', considerado o período de março de 2020 a

fevereiro de 2021, totalizou 153.226 mortes, 29.978

falecimentos a mais do que a média dos mesmos

períodos desde 2003.

Em termos percentuais, significa um crescimento de

24,3% de óbitos em relação à média histórica, que

sempre esteve na casa de 1,4%, totalizando 22,9

pontos percentuais a mais no período. Na comparação

ao ano anterior à pandemia, março de 2019 a fevereiro

de 2020, o aumento foi de 9% no número de

falecimentos.

O número de óbitos registrados nos primeiros meses

deste ano ainda podem aumentar, assim como a

variação da média anual e do período, uma vez que os

prazos para registros chegam a prever um intervalo de

até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do

registro no Portal da Transparência.

Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o

prazo legal para comunicação de registros em razão da

situação de emergência causada pela COVID-19.

Com a crise de saúde pública instalada em razão da

COVID-19, rede hospitalar à beira do colapso, aumento

no número de mortes em domicílios em razão da falta

de leitos ou do medo da ida aos hospitais, reflexos no

crescimento dos falecimentos por doenças respiratórias

e cardíacas aceleradas pelo vírus, o Estado de Minas

Gerais completou o 'ano da pandemia' com um total de

mais de 153 mil mortos, número recorde desde o início

da série histórica 'Estatísticas do Registro Civil' em

2003.

Os dados do 'ano da pandemia' constam no Portal da

Transparência do Registro Civil

(https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de

dados abastecida em tempo real pelos atos de

nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos

Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela

Associação Nacional dos Registradores de Pessoas

Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados

históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil,

promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios

cartórios brasileiros.

Mortes em casa aumentaram

Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen-BR

95

Page 96: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJEstado de Minas online/Minas Gerais - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Covid-19

O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Fiscarelli, explica

que, a partir da pandemia, após um requerimento do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o portal criou um

painel COVID-19 para registro de causas da morte

também por síndromes respiratórias, cardíacas etc.

De acordo com o presidente da entidade, "nunca se

enveredou para o lado de trazer as causas dos óbitos",

mas que seria "razoável" afirmar que o aumento

significativo tenha a ver com a pandemia. "Agora nessa

onda ainda mais forte, os registros indicam, em

números absolutos, aumento significativo de mortes em

domícilio, em consequência da falta de leitos."

Os números divulgados podem ser ainda maiores

porque entre o dia do óbito, o registro em cartório e a

compilação dos dados no órgão central, pode-se levar

até 15 dias.

"Legalmente, o registro do óbito tem que ser executado

em 24h , mas o prazo pode se estender até 15 dias,

sem necessidade de autorização judicial. Mas, via de

regra, esse prazo não ultrapassa, em média, cinco

dias", explica Fiscarelli. Porém os dados migram para a

central do portal, o que pode levar mais 10 dias.

'Os Cartórios de Registro Civil são a base primária de

dados da nação, seus dados são enviados a mais de 14

órgãos do Poder Público, desde o Ministério da Saúde

até o IBGE, para que o país possa planejar suas

políticas sociais, de saúde, educação, habitação,

segurança, entre outras', explica o presidente da Arpen-

Brasil.

'Poder disponibilizar em tempo real estas estatísticas,

em um momento tão delicado, para que a sociedade

possa se informar tem sido um trabalho diferenciado',

completou.

Números do Brasil

O Brasil fechou o 'ano da pandemia' com um total de

quase 1,5 milhão de mortos, número recorde desde o

início da série histórica. No país, o período de março de

2020 a fevereiro de 2021 totalizou 1.498.910 mortes, um

total de 355.455 falecimentos a mais do que a média

dos mesmos períodos desde 2003.

Em termos percentuais, significa um crescimento de

31% de óbitos em relação à média histórica, que

sempre esteve na casa de 1,7%, totalizando 29,3

pontos percentuais a mais no período. Na comparação

em relação ao ano anterior da pandemia, março de

2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 13,7% no

número de falecimentos.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Covid-19

96

Page 97: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

TRE-MS cria 'Balcão Virtual' para atendimento por videoconferência

durante o expediente

Conselho Nacional de Justiça - CNJMídiaMax/Mato Grosso do Sul - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - PJE

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Humberto Marques

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso

do Sul) criou um 'balcão virtual' para prestar

atendimento ao público externo, durante o horário de

expediente, por meio de videoconferência. O sistema,

que deve funcionar a partir do WhatsApp, é previsto em

resolução assinada pelo presidente do tribunal, o

desembargador Paschoal Carmello Leandro.

A resolução 725, de 15 de março de 2021, segue

previsões do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para

instituição da plataforma 'Balcão Virtual' durante o

expediente. Além disso, considera as medidas para

enfrentamento da pandemia de coronavírus e a

manutenção, por tempo indeterminado, do regime de

teletrabalho no TRE-MS.

A intenção é viabilizar um canal de atendimento aos

advogados e outros integrantes do sistema judiciário em

relação aos processos em andamento na Justiça

Eleitoral.

Conforme a portaria, o Balcão Virtual atenderá apenas

matérias do público externo -advogados, partes,

membros do Ministério Público, Defensoria Pública e

autoridades policiais que atuam nos processos nos

cartórios eleitorais e na Secretaria do Tribunal.

O sistema terá como objetivo o atendimento a

demandas, não sendo possível o utilizar para protocolar

petições -o que deve ser feito pelo PJe (Sistema de

Processo Judicial Eletrônico) ou outros canais, em caso

de processos físicos. O Balcão Virtual também não se

aplicará aos gabinetes de juízes-membros do TRE-MS.

Sem agendamento prévio para o Balcão Virtual

O atendimento no Balcão Virtual não dependerá de

agendamento prévio e será similar ao serviço prestado

no balcão de atendimento dos cartórios. Processos sob

sigilo ou segredo de Justiça exigirão dos advogados e

partes a apresentação de documento com foto. O

público externo deve observar as condições técnicas

para a transmissão audiovisual do atendimento.

Em comarcas do interior nas quais houver deficiência

tecnológica que inviabilize o atendimento por

videoconferência, poderá ser adotada a 'comunicação

assíncrona', como o chat do WhatsApp, e-mail, telefone

ou aplicação semelhante com resposta em prazo não

superior a 2 dias.

A resolução também estabelece questões visuais a

serem atendidas pelo Balcão Virtual: o servidor deverá

usar 'vestimenta adequada ao atendimento forense' e o

ambiente ao fundo do funcionário deverá ser neutro 'e

compatível com a apresentação da respectiva unidade

judiciária, na hipótese de atendimento em trabalho

remoto ou teletrabalho'.

A rotina de atendimento também exigirá identificação do

servidor e da unidade judiciária à qual está vinculado,

97

Page 98: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJMídiaMax/Mato Grosso do Sul - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - PJE

'devendo sempre encerrar o atendimento com as

saudações de estilo'.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE,

Judiciário - Coronavírus

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Page 99: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Trabalho remoto na pandemia gera conflito entre OAB-MA e Associação

dos Magistradas

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Imparcial do Maranhão/Maranhão - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Covid-19

Clique aqui para abrir a imagem

TRABALHO REMOTO Portaria que amplia o prazo de

suspensão do trabalho presencial nas unidades judiciais

em todo o estado até 15 de abril causa animosidade

entre OAB/MA e AMMA

Em virtude da pandemia, o Tribunal de Justiça do

Maranhão amplia o prazo de suspensão do trabalho

presencial nas unidades judiciais em todo o estado até o

dia 15 de abril com a manutenção do trabalho remoto e

das atividades essenciais. A Portaria-GP - 223/2021,

que altera o artigo 1º da Portaria-GP 195/2021, havia

estabelecido prazo de suspensão entre os dias 8 e 17

de março.

A exemplo do que ocorreu na medida tomada

anteriormente, o desembargador considerou a elevação

de casos de Covid-19 e a alta ocupação de leitos de UTI

no Estado do Maranhão, de acordo com informes

epidemiológicos divulgados pelas autoridades estaduais

de Saúde, assim como a necessidade de resguardar a

saúde de todos os magistrados, servidores, estagiários,

colaboradores e demais usuários dos serviços

judiciários, na atual conjuntura epidemiológica causada

pela Covid-19.

A decisão judicial do presidente do Tribunal de Justiça

do Maranhão, desembargador Lourival Serejo,

publicada na última segunda-feira (15), provocou um

'estremecimento judicial' entre seccional maranhense da

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA), que

posicionou-se publicamente contra a Portaria do TJMA.

O fato fez com que a Associação dos Magistrados do

Maranhão (AMMA), publicasse uma nota de repudio à

OAB/MA.

A entidade lamentou que 'ao ignorar o quadro trágico

vivenciado por mais de 250 mil famílias brasileiras, a

OAB/MA lance dúvidas sobre a eficiência do trabalho da

Magistratura Estadual e empenhe-se por medidas que

colocarão em risco uma grande parcela da sociedade

maranhense'. No documento, a AMMA assegura que o

Judiciário maranhense, mesmo com as medidas de

contingenciamento para a Covid-19, que se tornaram

uma realidade em todo o sistema de Justiça brasileiro e

demais órgãos públicos, vem mantendo o nível de

produtividade muito superior a anos anteriores.

A nota da AMMA, ressalta ainda que 'dados extraídos

dos sistemas de controle processual utilizados pela

Justiça estadual demonstram que foram produzidos, de

11 de março de 2020 a 11 de março de 2021, o total de

15,9 milhões de atos judiciais e processuais na Justiça

de 1° Grau do Maranhão. Uma clara demonstração de

que, mesmo na pandemia, a Magistratura maranhense

não para', diz o documento.

ENTENDA O CASO

A OAB/MA adotou posicionamento contrário ao TJ/MA

desde quando, a maior instituição jurídica do estado

editou no final do mês passado, a Portaria-GP 148, que

restringiu o atendimento presencial no Fórum

Desembargador Sarney Costa ao horário das 8h às 13h.

99

Page 100: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Imparcial do Maranhão/Maranhão - Noticias

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Covid-19

E que para ter acesso ao atendimento presencial, é

necessário um agendamento prévio junto à respectiva

unidade judiciária ou administrativa, por e-mail ou

telefone informados no sítio do Tribunal de Justiça do

Maranhão.

A OAB Maranhão recebeu diversas reclamações de

advogados em virtude da exigência do pre?vio cadastro

para ingressar nas depende?ncias do Fo?rum Estadual

de São Luís. O presidente da seccional, Thiago Diaz

oficiou e contactou o Corregedor do TJMA, Des. Paulo

Velten, para que tal exigência deixasse de ser feita, na

medida em que violava as prerrogativas da Advocacia,

em especial o disposto no Artigo 7º, inciso VI, alínea 'c',

da Lei Federal nº 8906/94.

BALCÃO VIRTUAL

Ainda na ocasião, a Comissão de Assistência, Defesa e

Prerrogativas da Advocacia da Ordem também foi

acionada, e se dirigiu de imediato ao Fórum Estadual,

ocasião em que foi prontamente recebida pela Diretora

do Fórum, Juíza Andrea Perlmutter Lago, a qual após

conversar com a comissão informou que não haverá

qualquer exigência ou questionamento para ingresso

dos advogados no Fórum Estadual. Na ocasião a

diretora do Fórum comunicou a comissão, ainda, que já

estão sendo tomadas as providências necessárias para

cumprir a Resolução nº 372, de 12 de fevereiro de 2021,

do CNJ, que trata da implantação do 'Balcão Virtual' no

Fórum Estadual, ferramenta esta que auxiliará a

advocacia nos atendimentos junto às unidades judiciais.

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Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Covid-19

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Page 101: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Ministro nega pedido de Eduardo Cunha para ter acesso a informações

da Operação Spoofing

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - STF

Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal

Federal, nega pedido do ex-deputado Eduardo Cunha

para ter acesso às informações obtidas na Operação

Spoofing. A operação investigou o vazamento de

mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e

procuradores da Operação Lava Jato.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

101

Page 102: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Moraes nega devolução de celulares e computador ao deputado Daniel

Silveira

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - STF

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal

Federal, nega pedido feito pelo deputado Daniel Silveira

de devolução de celulares e computador apreendidos

com o parlamentar quando ele foi preso, em fevereiro.

Desde o último domingo, Silveira cumpre prisão

domiciliar, também por decisão do Supremo.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

102

Page 103: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Plenário decide que é constitucional a chamada Cota de Tela

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - STF

Por maioria de votos, o Plenário do STF julga

constitucional a imposição de percentuais mínimos para

transmissão de programas culturais, artísticos e

jornalísticos locais pelas emissoras de rádio e TV. O

Plenário também decidiu que é constitucional a

chamada Cota de Tela, que obriga cinemas brasileiros a

exibir filmes nacionais por determinados períodos.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

103

Page 104: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Presidente do STF homenageia Ricardo Lewandowski pelos 15 anos na

Corte

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - STF

Presidente do STF homenageia ministro Ricardo

Lewandowski durante a Sessão Plenária. Ele

completou, nesta terça-feira, 15 anos como membro da

Corte.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

104

Page 105: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

CNJ faz novas recomendações para conter a Covid-19 em presídios

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Bandeirantes (São Paulo)/São Paulo - Bandeirantes aCaminho do Sol

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Presos

A maior erro da lei de estar de volta aqui no

bandeirantes a caminho do sol dessa vez pra falar de

presos.

Tem relação com a pandemia mas não com a situação

do sistema público de saúde.

Tem a ver com as cadeias.

Os presídios do estado de São Paulo mas não conta pra

gente exatamente o pato a gente tem os dados de um

ano de pandemia sete mil e novecentos e doze presos

quase oito mil detentos foram liberados aqui no estado

de São Paulo por causa da convide dezenove esses

dados são da secretaria de administração penitenciária

esse número representa.

Quatro por cento da população carcerária do estado de

São Paulo que hoje somam duzentos e doze mil

detentos a gente lembra o nosso ouvinte que há um

ano.

Exatamente há um ano ou de dezessete de março de

dois mil e vinte o conselho nacional de justiça

recomendou né juízes e tribunais medidas para conter o

avanço da doença.

No sistema prisional então entre essas medidas está

ali a reavaliação da prisão provisória da necessidade de

prisão preventiva como também a possibilidade de

antecipar a progressão de regime.

Para grupo de risco então essa resolução que

terminaria na última segunda feira teve esse prazo

estendido até o fim do ano e pra evitar a gente lembra

que para evitar a saída de presos das unidades as

audiências criminais passaram a ser virtuais logo no

início dessa crise sanitária a gente tem a palavra do

secretário de administração penitenciária Nivaldo

respectivo e ele disse que esse sistema de

videoconferência.

Economizou treze milhões de reais e será permanente

aqui no estado de São Paulo evita deslocamento de

presos aumenta a segurança do lado da rua que não

tenho o prazer é todo preso.

Mantém o policiamento nas cidades do interior e que

não há necessidade da polícia militar fazem a escolta.

Sem dizer que o ano passado nós conseguimos

economizar três milhões de reais só com escolta do

preso em esse recurso pode ser direcionado pelo

governo do estado a outras áreas é um número bem

alto.

É uma ajuda quase oito mil presos que foram liberados.

Queria a opinião do nosso ouvinte também sobre esse

assunto manda sua mensagem pro nosso a sap que

está sempre de braços abertos pra sua participação.

Pelo onze nove nove nove zero quatro oito sete cinco

meia alguns desses presos não deveriam causaram

bastante polêmica no ano passado não essa não foi a

única medida.

Que foi aconselhado pelo CNJ mas várias ocorrências

várias.

Vários episódios quem te trouxe no microfone da rádio

bandeirantes de presos que pode poderiam até trazer

risco à sociedade.

E que foram soltos com essa recomendação pois a em

setembro logo após o ministro Luiz Fux assumir a

presidência do conselho nacional de justiça ele

restringiu.

Essa possibilidade de liberação dos presos então

aqueles que cometeram crimes graves como violência

doméstica corrupção lavagem de dinheiro é foram

impedidos então de participar dessa recomendação do

CNJ.

Dessa liberação não é por causa da cor vídeo dezenove105

Page 106: Conselho Nacional de Justiça - CNJ Na Mídia

Conselho Nacional de Justiça - CNJ

Bandeirantes (São Paulo)/São Paulo - Bandeirantes aCaminho do Sol

quarta-feira, 17 de março de 2021Judiciário - Presos

e nesta semana mais medidas então foram

recomendadas né o presidente do conselho nacional de

justiça Luiz Fux então é assinou essa determinação

essa resolução.

Na segunda feira ele orienta a promoção de campanhas

de vacinação que o judiciário né.

Participe ali de da elaboração de campanha promova

essa vacinação pros presidiários e também que que o

dinheiro de multas judiciais seja investido em compra de

medicamentos.

E materiais de limpeza e essa nova recomendação

também incentiva a substituição de privação de

liberdade além de gestantes mães pais e responsáveis

por crianças e pessoas com deficiência.

Por prisão domiciliar essa recomendação também já

está em vigor aí desde o início no dia dezessete de

março de dois mil e vinte.

Pra finalizar o pato desde o início da pandemia estamos

aqui no estado de São Paulo dois mil e seiscentos

presos testaram positivo pra com o vídeo dezenove e

trinta e oito morreram já entre os servidores dois mil

novecentos e dezesseis foram feitos.

Dados com cinquenta e uma mortes no pato valeu major

obrigado até mais obrigada a viradinha do relógio três e

vinte dois.

Aqui na rádio bandeirantes nossos noticiários sempre

casos como esse as pessoas não deveriam estar nas

ruas.

Acabaram sendo liberadas por uma orientação do

conselho nacional de justiça o que vocês acham disso.

Anda aqui por nosso whatsapp a mensagem por que

mas eu disse quase oito mil pessoas.

Saíram da cadeia durante a pandemia no fim do ano

feriado tem saidinha dos presos.

Durante a pandemia teve eu estava apresentando aqui

um repórter bandeirantes o plantão de Natal.

Fiz as contas com Michel Lopes.

Que estava na mesa de som.

Nossa folga de ano novo era menor do que a saidinha

de quem cometeu um crime está preso.

São algumas coisas que não dá pra entender.

Principalmente se são pessoas que podem trazer riscos

à nossa sociedade.

Quero a opinião de você ouvinte eu sei que vocês

gostam de opinar sobre esse assunto.

Sempre participam com a gente manda sua mensagem

onze nove nove nove zero quatro oito sete cinco meia

vai de novo faz tempo que a gente não repete onze

nove nove nove zero quatro oito sete cinco meia.

Mande aqui que daqui a pouco ela vai começar a

mandar sobre esse assunto antes vamos lendo aqui o

que vocês mandaram antes.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Presos,

Judiciário - Sistema Prisional, Judiciário - Covid-19

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