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Consolidado de respostas aos questionamentos recebidos pela COFID em 2014 Coordenação de Fitoterápicos, Dinamizados e Notificados (COFID) Gerência Geral de Medicamentos (GGMED) Superintendência de Medicamentos e Produtos Biológicos (SUMED) Brasília, 23 de janeiro de 2015

Consolidado respostas 2014 COFID

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Consolidado respostas 2014 Comissão fitoterápicos.

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  • Consolidado de respostas

    aos questionamentos

    recebidos pela COFID em

    2014

    Coordenao de Fitoterpicos, Dinamizados e Notificados (COFID)

    Gerncia Geral de Medicamentos (GGMED)

    Superintendncia de Medicamentos e Produtos Biolgicos (SUMED)

    Braslia, 23 de janeiro de 2015

  • Copyright 2014. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria.

    permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

    Diretor-Presidente substituto

    Jaime Cesar de Moura Oliveira

    Diretores

    Renato Alencar Porto

    Ivo Bucaresky

    Jos Carlos Magalhes Moutinho

    Superintendncia de Medicamentos e Produtos Biolgicos (SUMED)

    Meiruze Sousa Freitas

    Gerncia Geral de Medicamentos

    Ricardo Ferreira Borges

    Coordenao de Medicamentos Fitoterpicos e Dinamizados

    Ana Ceclia Bezerra Carvalho

    Equipe tcnica

    Ana Ceclia Bezerra Carvalho

    Camila Miranda Moura

    Evelin Elfriede Balbino

    Fernanda Horne da Cruz

    Klia Xavier Resende Vasconcelos

    Lisana Reginini Sirtori

    Milena Cassolatti de Barros

    Stephanie Ramos Franca

    Tlio Nader Lana

  • A Coordenao de medicamentos fitoterpicos e dinamizados (COFID)

    apresenta neste documento as principais respostas dadas, no ano de 2014, por meio do

    Servio de Atendimento ao Cliente da Anvisa, como tambm aos questionamentos

    recebidos das associaes do setor regulado de fitoterpicos, no intuito de dirimir

    dvidas como tambm de harmonizar entendimentos sobre a regulao de

    medicamentos fitoterpicos e dinamizados (homeopticos, antroposficos e anti-

    homotxicos).

    Algumas respostas dadas anteriormente precisaram ser modificadas para se

    ajustarem ao cenrio regulatrio atual ou mudanas ocorridas durante o ano, mas a

    pergunta foi mantida por ser considerada de interesse geral. As perguntas presentes

    neste compilado foram transcritas da mesma forma como foram recebidas pela COFID,

    podendo conter algumas mudanas para melhor compreenso de seu contedo ou para

    no divulgar caractersticas de determinados produtos.

    No perodo de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2014, a COFID respondeu a

    um total de 1293 questionamentos, apenas por meio do Servio de Atendimento da

    Anvisa, sobre os mais diversos assuntos relacionados a sua rea de atuao. Alm disso,

    a rea teve diversas reunies com empresas e associaes do setor regulado, como

    tambm participou de eventos cientficos nacionais e internacionais relacionados

    regulao de seus produtos. Este documento traz um compilado das principais respostas

    dadas neste perodo.

    A COFID esclarece, conforme determinado na IN 04/14, que sempre que for

    citado neste documento o termo fitoterpico, estar se referindo tanto a medicamentos

    fitoterpicos, quanto a produtos tradicionais fitoterpicos.

    As respostas refletem o cenrio regulatrio atual e as informaes recebidas no

    questionamento, no podendo ser aplicadas a situaes diferentes da prevista no

    questionamento.

  • SUMRIO

    Medicamento fitoterpico clone .............................................................. 5

    Bulas......................................................................................................... 5

    Cancelamento............................................................................................ 9

    Controle da qualidade de fitoterpicos...................................................... 10

    Denominao Comum Brasileira DCB.................................................. 24

    Dvidas de usurios.................................................................................. 25

    Orientaes sobre produtos especficos................................................... 31

    Enquadramento ........................................................................................ 42

    Segurana e eficcia ................................................................................. 70

    Estudos de estabilidade ............................................................................ 73

    Medicamentos dinamizados....................................................................... 75

    Formulrios de petio............................................................................... 75

    Lote piloto.................................................................................................. 76

    Notificao ................................................................................................ 76

    Processo produtivo .................................................................................... 77

    Ps-registro................................................................................................. 78

    Outros......................................................................................................... 88

  • MEDICAMENTO FITOTERPICO CLONE

    1. Gostaria de saber se possvel a mesma empresa ter um medicamento

    fitoterpico matriz e um medicamento fitoterpico clone do mesmo, diferindo apenas na

    rotulagem, nome de medicamento e aos dizeres legais em bula.

    Resposta COFID: No possvel que uma mesma empresa tenha um

    medicamento fitoterpico matriz e seu clone. O nome do medicamento constitui um dos

    elementos identificadores do produto, de forma que medicamentos idnticos, com

    mesmas frmulas, apresentao, indicao teraputica e mesmo fabricante, no podem

    possuir registros com nomes diferentes, sob pena de induzir o consumidor a erro, ao

    crer que adquire medicamento diferenciado que, na verdade, no o , em ntida ofensa

    ao fundamento legal do nome comercial, segundo o qual a designao do produto

    distingue-o dos demais, ainda que sejam da mesma espcie, qualidade ou natureza e do

    mesmo fabricante. Portanto, verifica-se que no se admite a simultnea titularidade de

    registro de medicamentos a uma mesma empresa com a adoo de nomes diferentes

    para produtos farmacuticos idnticos. Resposta baseada nos dispositivos legais: Lei n

    6.360/1976, Lei n 9.279/96, Notas Tcnicas COMED n 32/2004; 45/2011 e RDC

    59/2014.

    BULAS

    1. O que a Anvisa ir considerar, como indicao a ser seguida, quando a

    indicao presente na Lista Simplificada de Registro (IN 02 de 2014) no for

    exatamente a mesma que aquela presente na Bula Padro publicada no stio eletrnico

    da Anvisa. Temos esta situao para o fitoterpico Senna alexandrina. Neste caso, qual

    dever ser a indicao considerada correta pela Anvisa?

    Resposta COFID: Toda a normatizao relacionada a fitoterpicos passou por

    recente modificao, com a publicao da RDC n 26/2014, da RDC n 38/2014, da IN

    02/2014 e da IN 04/2014, o que culminou na necessidade de atualizar as bulas padro.

    Devido s diversas atividades a serem realizadas, as bulas padro s puderam ser

    atualizadas e publicadas posteriormente s normas anteriormente citadas, estando hoje

    todas disponibilizadas no site da Anvisa, na rea referente a medicamentos Bulas e

  • rtulos de medicamentos Bulas Bulas padro de medicamentos fitoterpicos,

    podendo ser acessadas tambm por meio do link:

    http://portal.Anvisa.gov.br/wps/portal/Anvisa/Anvisa/home/medicamentos/!ut/p/c5/rY_LkqJAEEW_xQ9oKwu6imJZ

    8kYoHjI2sCEQDUEGdXzw-voxYtZjb_qeZWbkyYty9OJc9s2xfDSXc_kbpSinhWZx-

    1PxAICuNHAsIiiJArBijL5QCp_F5jRdnbmd4xOMnp9U4HvO4Oum2Mw-From-QabH-0w-

    wkf7r8mSejOBEzFWzMyuGHdU-EvXq6MFvCfcPj2k_zNBgTSv_mb-

    xnKlWJrScxeWxgsV1mBYyS2GYApEyyh5Ae7vnfhH3W5KG923XKouiUsKaWqrDJQKBAVU_S1zaZRPzq1YcR

    FvXlK4a6UnoWzNqAP9aOJDYm7T3Yj6rh-

    KIK05CLvlTCPbtGeD0JRElGxA6P8AMTkVn_iq6YKznKqBQ0ptfGPh4sM5zRljTuSeyzSyGNxpeFWq6zQz7n8T

    Gvm1bvYpXri1J2dUs_pzSKTaBuurum0C7O9-

    9Hpg35L18YCCfvSHdC16z0aM_xCPvLF4i_TU_fT/?1dmy&urile=wcm%3apath%3a/Anvisa+portal/Anvisa/inicio/

    medicamentos/publicacao+medicamentos/bulas+padrao+de+medicamentos+fitoterapicos

    Essas bulas e folhetos padro esto adequados ao disposto na IN 02/2014,

    permitindo, portanto, que no existam divergncias entre as informaes constantes

    nesses documentos.

    Ser publicado em breve, pela CBREM (Coordenao de Bula e Rotulagem), um

    guia sobre o peticionamento de bulas e folhetos informativos de fitoterpicos,

    orientando sobre como deve ser feito todo o procedimento em relao a bulas e folhetos

    informativos de fitoterpicos.

    Quanto adequao das bulas e folhetos dos produtos atualmente registrados, a

    COFID orienta que dever ocorrer apenas no momento da renovao dos produtos. A

    empresa apresentar as propostas de bula ou folheto na petio de renovao, sem ser

    necessrio o peticionamento de outros assuntos nesse momento. Aps anlise da

    COFID e deferimento dos textos apresentados que ser solicitado o peticionamento do

    assunto relacionado mudana aprovada.

    Desde a publicao da reestruturao da Anvisa em 2014, os assuntos de bula e

    rotulagem de medicamentos esto sob a responsabilidade da CBREM, ficando sob

    anlise da COFID apenas as peties de alteraes de bula e folheto informativo. Esse

    fluxo ainda no est completamente implementado, mas ser concludo em breve. A

    COFID atuar nas peties referentes a esse assunto apenas na primeira renovao de

    registro dos fitoterpicos aps a publicao da RDC 26/2014, j que ser o momento de

    adequao dos fitoterpicos conforme a nova norma.

    A COFID publicou, juntamente CBREM, no site da Anvisa, a orientao sobre

    a data de atualizao das bulas padro, conforme disponvel no link:

    http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home/medicamentos/!ut/p/c5/rY_LkqJAEEW_xQ9oKwu6imJZ8

    kYoHjI2sCEQDUEGdXzw-voxYtZjb_qeZWbkyYty9OJc9s2xfDSXc_kbpSinhWZx-

    1PxAICuNHAsIiiJArBijL5QCp_F5jRdnbmd4xOMnp9U4HvO4Oum2Mw-From-QabH-0w-

  • wkf7r8mSejOBEzFWzMyuGHdU-EvXq6MFvCfcPj2k_zNBgTSv_mb-

    xnKlWJrScxeWxgsV1mBYyS2GYApEyyh5Ae7vnfhH3W5KG923XKouiUsKaWqrDJQKBAVU_S1zaZRPzq1YcR

    FvXlK4a6UnoWzNqAP9aOJDYm7T3Yj6rh-

    KIK05CLvlTCPbtGeD0JRElGxA6P8AMTkVn_iq6YKznKqBQ0ptfGPh4sM5zRljTuSeyzSyGNxpeFWq6zQz7n8T

    Gvm1bvYpXri1J2dUs_pzSKTaBuurum0C7O9-

    9Hpg35L18YCCfvSHdC16z0aM_xCPvLF4i_TU_fT/?1dmy&urile=wcm%3apath%3a/anvisa+portal/anvisa/inicio/m

    edicamentos/publicacao+medicamentos/orientacao+quanto+a+data+de+aprovacao+atualizacao+da+bula+padrao

    Orientao quanto data de aprovao/atualizao da bula padro

    A RDC 47/09 solicita que seja informada a data de aprovao da Bula Padro

    com a qual a bula foi harmonizada e/ou atualizada, assim, nesses casos, a COFID e a

    CBREM informam que devem ser inseridas as seguintes datas:

    Para as bulas padro de fitoterpicos: 24/09/2014

    Para os folhetos padro de fitoterpicos: 09/10/2014

    Bulas que foram anudas e que no seguem Bula Padro devem informar como

    data de aprovao pela Anvisa a data de protocolo da petio de alterao de texto de

    bula na Anvisa.

    2. Gostaramos de esclarecimentos respeito da bula padro do medicamento

    fitoterpico XXX, pois ao realizar a adequao da nossa bula, nos deparamos com a

    faixa de restrio de uso, que em 2009 e 2010 constava como "USO ADULTO E

    PEDITRICO ACIMA DE 12 ANOS", e que a partir de 2011 passou a constar como

    "USO ADULTO ACIMA DE 12 ANOS". As embalagens de todos os produtos que

    constam no mercado possuem a faixa de restrio de uso como "USO ADULTO E

    PEDITRICO ACIMA DE 12 ANOS", por isso gostaramos de esclarecimentos se

    devemos manter USO ADULTO E PEDITRICO ACIMA DE 12 ANOS ou se

    devemos adequar conforme bula disponibilizada USO ADULTO ACIMA DE 12

    ANOS.

  • Resposta COFID: Para harmonizar o assunto, foi elaborado o seguinte texto:

    Tendo como embasamento legal a lei n 8.069 de 1990, que dispe sobre o

    Estatuto da Criana e do Adolescente e d outras providncias. Em seu artigo 2o: "Art.

    2 Considera-se criana, para os efeitos desta Lei, a pessoa at doze anos de idade

    incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. " (Brasil, 1990).

    Considerando o inciso VIII do artigo 5o da RDC 71/2009: "VIII - a restrio de uso por

    faixa etria, na face principal, incluindo a frase, em caixa alta, "USO ADULTO", "USO

    ADULTO E PEDITRICO ACIMA DE___", "USO PEDITRICO ACIMA DE ____",

    indicando a idade mnima, em meses ou anos, para qual foi aprovada no registro o uso

    do medicamento, ou "USO ADULTO e PEDITRICO", no caso de medicamentos sem

    restrio de uso por idade, conforme aprovado no registro;" (Brasil, 2009). Assim

    sendo, adulto a pessoa com 18 anos ou mais. Nesse caso, a embalagem primria,

    secundria e a bula do medicamento encontram-se em desacordo ao especificar: "uso

    adulto acima de 12 anos", pois no existem adultos de 12, 13, 14, 15, 16 e 17 anos;

    sendo estes considerados adolescentes pela Lei 8.069/90 e como pacientes peditricos,

    uma vez que a Pediatria uma especialidade mdica dedicada assistncia de crianas e

    adolescentes. Ante o exposto, padronizamos as informaes a serem inseridas em

    embalagens, bulas e folhetos informativos como:

    Onde se l: "USO ADULTO ACIMA DE 12 ANOS", dever ser reescrito como:

    "USO ADULTO E PEDITRICO ACIMA DE 12 ANOS".

    3. A empresa informa que est adequando a bula do produto XX RDC 47 e no

    item que se refere a COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO nos surgiu uma

    dvida. Na bula padro publicada pela ANVISA a informao se encontra da seguinte

    forma: USO ORAL/USO INTERNO. Ingerir XXX (inserir o nome da forma

    farmacutica), 2 vezes ao dia, obedecendo o intervalo de 12 horas entre as doses. (A

    dose diria deve estar entre 50-120 mg de isoflavonas).

    A dvida da empresa se devemos escrever igual ao que est na bula padro, ou

    seja, ingerir 2x ao dia, de 12/12h, ou podemos trabalhar com dose diria inicial de 1 x

  • ao dia e 2x ao dia a critrio mdico, sempre respeitando o range de 50-120mg de

    isoflavona ao dia?

    Resposta COFID: A bula padro deve ser seguida integralmente, assim, a

    orientao de ingesto 2 vezes ao dia, obedecendo o intervalo de 12 horas entre as doses

    deve ser seguida.

    CANCELAMENTO

    1. A empresa esclarece que possui registro para apresentaes com embalagem

    frasco de vidro e embalagens com frasco plstico. No entanto a empresa no possui

    interesse na manuteno das apresentaes com frasco plstico, e as mesmas nunca

    foram comercializadas.

    Para medicamentos sintticos, o 2 do ART 202 da RDC 48/09, diz que

    Cancelamentos em que as apresentaes nunca foram comercializadas, podero ser

    solicitados sem suspenso temporria de fabricao, conforme segue:

    Captulo XXIV - DO CANCELAMENTO DO REGISTRO Art. 201. Refere-se ao cancelamento do

    registro de determinadas apresentaes do medicamento. Art. 202. O cancelamento da apresentao do

    medicamento s poder ser implementado aps anlise e concluso favorvel da Anvisa, observadas

    outras regras especficas para esta petio. O cancelamento s poder ser solicitado aps a aprovao

    da Suspenso Temporria de Fabricao nos termos do Capitulo XXII, exceto para as seguintes

    situaes: 1 Cancelamentos em que a empresa manter registro de produto na mesma forma

    farmacutica e concentrao; 2 Cancelamentos em que as apresentaes no foram comercializadas.

    Desta forma a empresa gostaria de uma orientao de como proceder com o

    cancelamento de registro de apresentaes que nunca foram comercializadas. A

    Empresa pode proceder da mesma forma que a RDC 48/09, isto , j solicitar o

    cancelamento destas apresentaes que nunca foram comercializadas?

    Resposta COFID: Em 04/04/2014, foi publicada a RDC n 18 que Dispe sobre a

    comunicao Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA dos casos de descontinuao

    temporria e definitiva de fabricao ou importao de medicamentos, reativao de fabricao ou

    importao de medicamentos, e d outras providncias.

  • Essa norma vlida para todos os medicamentos, incluindo os

    fitoterpicos e dinamizados. Portanto, essa norma a que define os procedimentos

    relacionados descontinuao de fabricao, tornando-se invlidos os procedimentos

    sobre esse assunto presentes na RDC 38/14.

    CONTROLE DA QUALIDADE DE FITOTERPICOS

    a) Extratos secos

    1. Vimos, atravs deste, questionar se so obrigatrios para extrato seco, apenas

    os testes exigidos pela RDC 26/2014 - artigo 15 - item V - letra b (abaixo) ou se so

    exigidos todos os testes presentes no Quadro 11 do Guia (IN 04/2014) Artigo 15 - item

    V - letra b - pgina 56 para extratos secos: determinao de gua, solubilidade e

    densidade aparente. Segundo o rodap da tabela, informado que outros testes podem

    ser adicionados ou substitudos de acordo com a monografia farmacopeica especfica.

    Dvida: no caso de um derivado da droga vegetal que no apresente monografia

    farmacopeica, dever a empresa fabricante do medicamento fitoterpico apresentar

    laudo contemplando apenas as anlises do artigo 15 - item V - letra B, ou estas anlises

    e aquelas presentes no quadro 11 da pgina 56 do GUIA (IN 04/2014)?

    Resposta COFID: O inciso V do art. 15 da RDC n 26/2014 traz os testes

    mnimos para a caracterizao fsico-qumica do derivado vegetal, de acordo com o tipo

    de derivado a ser utilizado.

    importante ressaltar que a caracterizao fsico-qumica do derivado vegetal

    apenas parte do seu controle de qualidade, que, para estar completo, requer a verificao

    de outros aspectos, a exemplo daqueles descritos nos demais incisos do art. 15 e de

    outros determinados em monografia farmacopeica especfica ou documentao tcnico-

    cientfica reconhecida.

  • A IN n 4/2014 traz o Guia de orientao para registro de Medicamento

    Fitoterpico e registro e notificao de Produto Tradicional Fitoterpico, documento

    que tem por finalidade auxiliar na aplicao das normas de registro e notificao de

    fitoterpicos. Nesse sentido, o referido quadro 11 apresenta uma lista no exaustiva de

    testes de controle de qualidade aplicveis aos diferentes tipos de derivados vegetais,

    testes esses que, de acordo com a nota de rodap do prprio quadro, podem ser

    substitudos por outros, adicionados de outros ou, at mesmo, no serem realizados,

    desde que exista justificativa tcnica adequada para tanto.

    Assim, a empresa interessada no registro de um determinado fitoterpico dever

    apresentar todos os testes de controle de qualidade necessrios para a completa

    comprovao de qualidade do derivado vegetal utilizado, conforme preconizado no art.

    15 da RDC n 26/2014 e IN n 4/2014, observando-se as particularidades e excees

    normativas aplicveis a cada caso, que devero ser tecnicamente justificadas pela

    empresa.

    2. Temos dvida na IN n 2/2014 - Lista de Produtos Tradicionais Fitoterpicos.

    Nome Popular: Garra do Diabo

    No derivado vegetal est estabelecido extrato aquoso ou hidroetanlico. Para fabricao

    da forma farmacutica comprimido revestido, o mais indicado o extrato seco que no

    est previsto na IN. Como devemos proceder?

    Resposta COFID: Quando a IN n 2/2014 estabelece que o derivado vegetal o

    extrato aquoso ou extrato hidroetanlico, a norma se refere ao tipo de lquido extrator a

    ser utilizado para a obteno do extrato. Aps a extrao, possvel que o extrato obtido

    com esses solventes seja processado e transformado em extrato seco, se essa for a

    melhor opo para desenvolvimento da forma farmacutica desejada.

    b) Marcadores

    1. Realizaremos o registro de um PRODUTO TRADICONAL

    FITOTERPICO a base da planta XXX. O laudo do fornecedor do derivado vegetal

    (extrato seco) utiliza como marcadores as seguintes substncias: YYY totais (Ya, Yb e

    Yc) e Z. O fornecedor traz especificaes para cada substncia (incluindo

    especificaes de teor para Ya, Yb e Yc). Nossa dvida se refere no que diz respeito ao

  • produto acabado. Considerando que so apenas marcadores analticos, no controle de

    qualidade do produto acabado poder ser utilizada apenas a especificao para XXX

    totais e Z (sem especificaes para Ya, Yb e Yc), e utilizarmos a especificao de XXX

    totais, especificando a Ya, Yb e Yc apenas como controle de qualidade do extrato,

    conforme consta no laudo do fornecedor do extrato?

    Resposta da COFID: A justificativa para a classificao dos marcadores como

    analticos ser avaliada no momento da avaliao geral do dossi de registro. Enquanto

    no houver bula padro para a espcie XXX a empresa pode selecionar o marcador para

    o produto final, de acordo com os estudos clnicos ou uso tradicional apresentado no

    dossi de registro. Lembramos que o perfil cromatogrfico deve permitir a identificao

    da espcie vegetal ativa do medicamento.

    Todos os PTF registrados de acordo com monografia da EMA devem atender

    Farmacopeia Europeia. Informamos que, para responder a esse questionamento com

    mais segurana, seriam necessrios dados mais detalhados sobre todos os mtodos de

    controle de qualidade utilizados na matria-prima e no produto terminado. Em geral, so

    aceitos: demonstrao de que o extrato atende aos requisitos farmacopeicos e que o

    produto terminado apresente um teor reprodutvel e estvel de marcadores analticos e

    um perfil cromatogrfico.

    2. No caso de um medicamento fitoterpico, onde o marcador analtico, faz-se

    necessrio informar no FP1 (campo 16), a correspondncia em marcador e ou princpio

    ativo do extrato? No caso de um extrato que apresenta 10 a 14% de um determinado

    marcador analtico, e a concentrao de extrato no produto acabado 7,5 mg/ml, a

    informao no campo 16 dever ocorrer conforme abaixo?

    Extrato seco de ........... (nome do fitoterpico contendo gnero e espcie) a 10 a

    14% de um determinado marcador (equivalente a 0,9 mg/ml de um determinado

    marcador 16,66%)

    Observao: adotamos 16,66% de variao sobre a mdia dos 10 a 14%, pelo

    fato da variao de 16,66% gerar uma concentrao de ativo/ml que corresponda s

    faixas mnimas e mximas de 10 e 14%.

    Resposta COFID: Sim, faz-se necessrio informar no FP1 (campo 16) de um

    fitoterpico, cujo marcador analtico, a correspondncia em marcadores no extrato.

  • No caso de um extrato que apresenta 10 a 14% de um determinado marcador

    analtico, deve-se informar o valor mdio (100%) no FP1, nesse caso seria 12%.

    Extrato seco de ........... (nome do fitoterpico contendo gnero e espcie) a 12 %

    de um determinado marcador. Em outros campos, informa-se que sero usados 7,5 mg

    do extrato para 1 mL da forma farmacutica.

    No produto final, a variao de marcadores deve levar em conta as variaes do

    processo produtivo, do mtodo analtico, etc, o que no informado no FP. Esses dados

    constaro no relatrio de controle de qualidade e na especificao tcnica do produto

    acabado.

    Como pode ser observado no quadro 4 da IN n 04/2014, copiado abaixo, a

    variao permitida no teor do marcador analtico, no produto final, de 20% na

    liberao do lote.

    Quadro 4 - Limite de

    variao da

    especificao do teor

    Quando for marcador

    ativo

    Quando for marcador

    analtico

    Na liberao do lote 15% 20%

    No estudo de

    estabilidade

    10% 10%

    Variao total

    permitida

    25% 30%

    Esse quadro deve ser entendido da seguinte maneira, considerando outros

    questionamentos recebidos sobre o tema:

    Conforme consta na IN 04/14, ao final do estudo de estabilidade, a variao

    mxima permitida ser de 10% do valor de liberao do lote. Se determinada empresa,

    por estudo do seu histrico de lotes, verificar que consegue estabelecer uma variao

    lote a lote menor do que a permitida na IN 04/14, ou seja, 15% ou 20% respectivamente

    para marcadores ativos ou analticos, ela poder aumentar a faixa de variao do teor, de

    forma permanente e informada no processo, para at 15% at o final do estudo de

    estabilidade, desde que nunca a soma ultrapasse 25% ou 30% respectivamente e que os

    valores de especificao obtidos no fiquem fora da faixa teraputica quando

    estabelecida para os marcadores.

    Ao formular novos fitoterpicos, as empresas devem lembrar, para o registro

    simplificado, que o valor do teor nas formulaes no deve ficar no limite mnimo nem

  • no limite mximo. Por exemplo: se os limites so de 200 mcg a 400 mcg, e a empresa

    resolver formular o produto em 200 mcg, ser necessrio provar, por meio de

    documentao tcnico-cientfica, que a dose de 180 mcg funciona sob pena de no

    poder ter as perdas maiores previstas na IN n 04/14. Assim, necessrio formular

    produtos que, mesmo com a variao lote a lote somada variao permitida no estudo

    de estabilidade, conforme descrito acima, no ultrapassem os valores mnimo e mximo

    estabelecidos no registro simplificado.

    Para produtos que hoje j estejam registrados com a variao anterior definida

    na IN n 04/14, e que pretendem alterar sua variao conforme previsto nessa norma, a

    COFID sugere que, caso sejam extrapolados os limites mnimo e mximo do registro

    simplificado, a empresa considere a possibilidade de adequao a esses limites, e, caso

    ache necessrio, agende reunio para discusso com a COFID antes da renovao.

    3. Gostaria de esclarecimento sobre Marcador Ativo e Marcador Analtico,

    porque este assunto tem gerado muitas dvidas pelas empresas. Sobre Hedera helix, o

    Hederacosideo C a principal saponina e uma das responsveis pelo efeito do

    medicamento. correto considerar o Hederacosideo C como Marcador ativo?

    Resposta COFID: Quando esto disponveis informaes sobre a relao do

    marcador com a atividade teraputica, ele classificado como ativo. Se o

    Hederacosideo C um dos responsveis pelo efeito do medicamento com Hedera helix,

    correto considerar o Hederacosideo C como marcador ativo, porm, deve-se

    considerar se ele sozinho poderia reproduzir a propriedade teraputica do extrato.

    A classificao de um determinado marcador como ativo ou analtico j foi

    determinada, pela Comunidade Europeia, para diversas plantas. A COFID, como est

    em processo de discusso e harmonizao internacional de suas normas, seguir a

    padronizao que j tiver sido feita para as plantas naquele bloco. Sero entendidos no

    Brasil como possuindo marcadores ativos os extratos que na EMA sejam enquadrados

    como padronizados ou quantificados, enquanto como possuindo marcadores analticos

    os extratos que na EMA so classificados como outros.

    O marcador a substncia ou classe de substncias (ex: alcaloides, flavonoides,

    cidos graxos, etc.), utilizada como referncia no controle da qualidade da matria-

    prima vegetal e dos fitoterpicos, preferencialmente tendo correlao com o efeito

    teraputico.

  • O marcador pode ser classificado quanto a sua relao com o efeito teraputico

    como:

    - marcador ativo: quando o constituinte ou grupo(s) de constituintes tem relao

    com o efeito teraputico;

    - marcador analtico: quando ainda no foi demonstrada a relao do constituinte

    ou grupo(s) de constituintes com a atividade teraputica do fitocomplexo.

    A seleo de marcador entre ativo e analtico sempre deve ser justificada

    tecnicamente Anvisa, quer seja por testes desenvolvidos pela empresa ou coletados em

    documentao tcnico-cientfica. Caso no seja possvel justificar a seleo entre

    marcador analtico e ativo, o solicitante de registro deve seguir as especificaes

    estabelecidas para marcadores ativos, que so mais restritivas.

    A variao permitida de teor de marcador no produto acabado no pode ser

    maior que 15%, quando se tem o marcador ativo, ou 20%, quando se tem o marcador

    analtico. Para atingir a especificao das faixas de variaes para cada tipo de

    marcador, a empresa pode utilizar misturas de lotes de matrias-primas e/ou fazer

    adio de excipientes.

    Informaes mais detalhadas podem ser obtidas no Guia de orientao de

    fitoterpicos: INSTRUO NORMATIVA N 4, DE 18 DE JUNHO DE 2014.

    c) Testes gerais de controle de qualidade

    1. possvel deixar de apresentar alguns testes no derivado vegetal, uma vez

    que, a droga vegetal atende as especificaes da Farmacopeia Europeia (item Tests da

    monografia geral de extratos pagina 745)?:

    Where applicable, as a result of analysis of the herbal drug used for

    production and in view of the production process, tests for microbiological quality

    (5.1.4), heavy metals, aflatoxins and pesticide residues (2.8.13) in the extracts may be

    necessary.

    Conforme descrito acima, a investigao no derivado vegetal (extrato)

    aplicvel, caso as drogas vegetais apresentem-se com teores acima dos limites

    permitidos ou se h riscos de um processo produtivo levar ao enriquecimento destes

    contaminantes.

  • No caso de pesticidas, h tambm determinao dos limites para a droga vegetal

    e no caso do extrato estes pesticidas so calculados com base no DER (ratio), conforme

    item 2.8.13 da Farmacopeia Europeia.

    Desta forma a possibilidade de aumento dos teores destes contaminantes no

    extrato respeitada. A Farmacopeia Europia traz uma frmula para calcular estes

    nveis. Se a droga vegetal conhecida como crtica para algum contaminante, o

    derivado passa tambm por este controle. Diante do exposto, gostaramos de saber desta

    coordenao se a empresa fabricante do derivado vegetal, bem como a fabricante do

    medicamento, pode utilizar a Farmacopeia Europeia para iseno dos testes descritos

    acima para os casos em que os limites estejam dentro do aceitvel pela monografia.

    Resposta COFID: Os artigos 13 a 16 da RDC n 26/2014 estabelecem os

    requisitos mnimos para avaliao da qualidade da droga vegetal, do derivado vegetal e

    do produto acabado; a princpio, portanto, todos os ensaios indicados na norma devem

    ser realizados.

    No entanto, a empresa poder apresentar justificativa tcnica para a no

    realizao de um ou mais dos ensaios elencados na norma para a droga vegetal, o

    derivado ou o produto acabado, justificativa essa que ser avaliada por esta

    Coordenao, caso a caso, podendo ser acatada ou no, dependendo de sua qualidade

    tcnica.

    Muitas vezes a COFID recebe relatrios de controle de qualidade mal

    organizados, ou sem justificativas de dados faltantes considerados importantes na

    anlise. Assim, esclarecemos que a lista de testes descrita na RDC n 26/14 e na IN n

    04/14 abrangente porque precisa compreender qualquer tipo de produto a ser

    registrado, podendo no ser necessrios todos os testes listados em todos os casos.

    Porm, para os casos em que as empresas julgarem que determinado teste no

    necessrio, a empresa deve justificar detalhadamente o porqu da no necessidade do

    teste, apresentando a literatura tcnico-cientfica que embase sua deciso.

    Um relatrio bem organizado e detalhado reduzir questionamentos em

    exigncias e tornar mais gil a anlise tcnica.

    2. A empresa solicita esclarecimentos sobre como realizar o ensaio de

    uniformidade de dose unitria para formas farmacuticas lquidas considerando um

    frasco de mltiplas doses, como um xarope de XXX, incluindo orientaes sobre a

  • tomada de ensaio. Foi verificado que o "Guia de orientao para registro de

    Medicamento Fitoterpico e registro e notificao de Produto Tradicional Fitoterpico"

    traz a necessidade da realizao do ensaio de uniformidade de dose unitria para formas

    farmacuticas lquidas e a Farmacopeia Brasileira 5 edio no deixa claro o

    procedimento e a tomada de ensaio que devem ser realizados para formas farmacuticas

    lquidas em frasco de mltiplas doses.

    Quanto anlise de contedo de acares o "Guia supracitado para registro de

    medicamento fitoterpico e registro e notificao de produto tradicional fitoterpico"

    descreve que o ensaio deve ser realizado quando aplicvel. Assim, a empresa solicita

    esclarecimentos se o ensaio aplicvel a um xarope de XXX, bem como orientaes

    sobre como proceder para realizar esta anlise neste produto.

    Resposta COFID: As informaes sobre o ensaio de dose unitria para formas

    lquidas esto descritas na pgina 61, no item 5.1.2 da Farmacopeia Brasileira, que trata

    da Determinao de volume.

    O ensaio de determinao de acares aplicvel ao produto questionado,

    podendo ser realizados ensaios indiretos como:

    a) Ensaios polarmetros para determinao do acar invertido, formao de

    glicose e frutose pelo aquecimento indevido, na preparao do xarope, j que se entende

    que parte da sacarose adicionada foi consumida pela reao de formao do acar

    invertido (no desejvel).

    b) Determinao da densidade, j que o alto contedo de sacarose na formulao

    altera o valor para cerca de 1,32 g/mL. Caso a densidade encontrada seja prximo de

    1,00, isso significa que h pouca sacarose.

    c) Determinao da viscosidade j que o xarope simples apresenta

    comportamento reolgico Newtoniano, enquanto que os xaropes isentos de acar (com

    espessantes celulsicos) apresentam comportamentos reolgicos distintos.

    Os dois primeiros ensaios so facilmente encontrados nas farmacopeias

    aceitas pela ANVISA. A empresa pode utilizar outros mtodos desde que tecnicamente

    justificveis.

    3. De acordo com a IN n 4 de 2014, um dos ensaios constantes na Lista no

    exaustiva de testes para o controle de qualidade de formas farmacuticas (Quadro 12),

    a Uniformidade de Doses Unitrias. Este teste se remete a Metodologia da Farmacopeia

  • Brasileira V edio, pgina 73-75, onde consta a Tabela 1 para aplicao do mtodo.

    Nossa dvida referente a dose e proporo do frmaco, no caso de medicamentos

    fitoterpicos ou produtos tradicionais fitoterpicos, a faixa especificada est se referindo

    ao derivado vegetal (massa seca da planta) ou ao marcador ativo/analtico?

    Resposta COFID: Para fitoterpicos, a quantidade do componente ativo do

    medicamento avaliada indiretamente por meio do teor de

    marcador(es)ativos/analticos. No entanto, a atividade decorrente da quantidade de

    droga ou derivado vegetal (IFAV) na forma farmacutica. Assim sendo, a dose e

    proporo do frmaco, no caso de medicamentos fitoterpicos ou produtos tradicionais

    fitoterpicos, refere-se proporo de droga ou ao derivado vegetal na forma

    farmacutica. o que consta na IN n 04/2014: Para Uniformidade de doses unitrias,

    observar a aplicao do mtodo de Uniformidade de Contedo (UC) ou de Variao de

    peso (VP) de acordo com a forma farmacutica, dose e proporo do derivado vegetal

    ou IFAV na FB 5, pginas 73-75.

    4. As minhas dvidas so sobre Validao de Mtodo. Por exemplo, Teor de

    Glicerol em Glicerina, estou seguindo o mtodo da Farmacopeia Brasileira (2010),

    mesmo sendo um mtodo normalizado, quero testar a viabilidade com algumas

    alteraes. Pelo que entendi, teria que fazer no mnimo em seis replicatas, anlise em

    triplicata, com 2 analistas diferentes, incluir ensaio em branco e com reagente analtico

    (Glicerina P.A.), equipamentos calibrados. Correto? Essas so as exigncias mnimas?

    Porque gastaria muito os reagentes para esta validao, visto que seriam 4 testes (com

    pequenas alteraes entre um e outro). E posteriormente, como se trata de um mtodo

    titulomtrico, aplicar a estatstica com os parmetros obrigatrios para teste

    quantitativo.

    Resposta COFID: Conforme determina a RE 899, de 2003, "no caso de

    metodologia analtica descrita em farmacopeias ou formulrios oficiais, devidamente

    reconhecidos pela ANVISA, a metodologia ser considerada vlida" e, "no caso de

    metodologia analtica no descrita em farmacopeias ou formulrios oficiais,

    devidamente reconhecidos pela ANVISA, a metodologia ser considerada validada,

    desde que sejam avaliados os parmetros relacionados a seguir, conforme especificado

  • nas Tabelas 1 e 2". Quando so feitas alteraes em um mtodo farmacopeico, o mtodo

    deixa de ser reconhecido como vlido, e, desse modo, necessrio proceder validao

    completa (no caso de ensaios de teor, a validao deve contemplar os testes de

    especificidade, linearidade, intervalo, preciso - repetibilidade e preciso intermediria,

    exatido e robustez, conforme descrito na RE 899 de 2003). Vale lembrar que a

    validao deve ser realizada aps o desenvolvimento do mtodo e a determinao das

    condies mais adequadas de anlises, que sero as utilizadas na rotina, o que significa

    dizer que somente aquela condio eleita como a mais adequada e que, de fato, ser

    utilizada na prtica, precisar ser validada.

    5. necessrio fazer avaliao de agrotxicos tanto na droga vegetal x no

    derivado vegetal?

    Resposta COFID: Poder ser aceita a avaliao apenas na droga vegetal caso a

    empresa comprove que no ocorre a concentrao do agrotxico para o seu derivado

    vegetal durante seu processo de fabricao. Alguns dados sobre o assunto j constam

    em literatura, no entanto, a orientao inicial que se anlise agrotxicos tanto na droga

    vegetal quanto no derivado vegetal.

    6. Seria possvel estabelecer uma lista de contaminantes a serem investigados

    como agrotxicos uma vez que a contaminao no intencional?

    Resposta COFID: J constam metodologias em farmacopeias internacionais

    para anlise de agrotxicos, que tambm sero, em breve, includas na Farmacopeia

    Mercosul. A COFID orienta que podero ser utilizadas as metodologias/especificaes

    padronizadas na Farmacopeia Mercosul, a qual dever ser publicada em at dois anos.

    7. Que informaes devem ser consideradas para considerar um extrato

    semelhante a outro?

    Resposta COFID: A COFID pretende discutir em conjunto com o setor

    regulado a publicao de um guia de equivalncia de extratos, nos moldes do publicado

  • pela Agncia Australiana. As associaes de setor regulado j apresentaram uma

    proposta inicial, que ser discutida em breve.

    Antes que ocorra a publicao dessa orientao, podem ser seguidas as

    orientaes da EMA e da Agncia Australiana. Os principais pontos a serem

    considerados so: o tipo de extrato, lquidos extratores, mtodo de extrao, relao

    droga-derivado, teor do marcador e perfil cromatogrfico. Quanto mais parecidas forem

    essas informaes entre os extratos analisados, mais fcil ser a comprovao da

    semelhana de extratos, sendo necessria a avaliao em alguns lotes, j que a anlise

    feita em apenas um pode no ser comprovadamente reprodutvel.

    Quando a empresa tiver inteno de incluir um novo fornecedor para um extrato

    j registrado sob determinadas condies no processo, necessrio que o novo

    fornecedor tenha um extrato com as condies mais parecidas possvel. J quando se

    trata de comparao de um novo produto com dados de literatura, uma variao maior

    nessas condies poder ser aceita, j que os estudos so publicados com tipos de

    extratos muitas vezes bastante diferentes.

    Na incluso de um novo fornecedor, se houver qualquer alterao significativa

    no extrato, necessrio que a empresa peticione alterao de especificao de matria-

    prima vegetal. Formas farmacuticas diferentes, dependendo de suas caractersticas,

    podero ter especificaes diferentes.

    8. Para a soja, a parte utilizada referenciada sementes. Caso o fornecedor tenha

    em seu laudo a informaes da parte utilizada como sendo "gros", ser aceito? Qual a

    referncia utilizada para avaliarmos esta definio?

    Resposta COFID: Os nomes de partes de plantas medicinais no so

    padronizados, podendo causar confuso como acima descrito. A COFID orienta que,

    sempre que possvel, a empresa entre em contato com o seu fornecedor e solicite a

    possibilidade de inserir no laudo exatamente a informao como est descrita na

    literatura usada para comprovar segurana e eficcia a fim de evitar esse tipo de

    problema.

    9. Como comprovar a ausncia das micotoxinas no IFAV em documentao

    tcnico-cientfica?

  • Resposta COFID: A empresa deve fazer uma busca na literatura tcnico-

    cientfica sobre seu produto. Orientamos que, sempre que uma empresa decidir registrar

    um fitoterpico, necessrio buscar na literatura o que j existe publicado sobre aquela

    espcie, pois, em alguns casos, isso no feito e a empresa acaba tendo problemas.

    A empresa pode buscar em farmacopeias reconhecidas ou artigos cientficos

    casos de contaminaes do IFAV ou metodologias para aquele IFAV. Caso no seja

    encontrado material algum, a empresa deve justificar isso no processo, mostrando suas

    estratgias de busca. Por exemplo: 1 Para o Ginseng, j existe documento na OMS

    tratando sobre o assunto; 2 Todas as matrias-primas que so razes e, portanto, esto

    em contato direto com o solo, normalmente possuem risco de contaminao por

    aflatoxinas. 3 - Folhas e partes areas normalmente no apresentam contaminao.

    10. Em relao ao Anexo A da IN 04/14 Ficha agronmica: considerando um

    projeto que est em vias de submisso e que o fornecedor tenha apresentado empresa

    as informaes agronmicas que estavam disponveis no momento e no continham

    todas aquelas consideradas como obrigatrias como, por exemplo, data ou local

    detalhado da coleta. Gostaramos de solicitar um prazo para adequao destas

    informaes, considerando que os fornecedores j tm as fichas agronmicas prvias a

    esta norma para os seus lotes produzidos.

    Resposta COFID: As informaes consideradas essenciais e obrigatrias esto

    destacadas na IN n 04/14, as demais so opcionais. importante que as empresas

    enviem o mximo de informaes, incluindo todas as obrigatrias e o mximo de

    opcionais possvel. Considerando que so dados novos a serem solicitados, caso um

    projeto em andamento ainda no possua essas informaes, o fato deve ser tecnicamente

    justificado.

    11. Quanto a frase: Art. 12. Quando terceirizados, os testes referentes ao controle da

    qualidade do fitoterpico devero ser executados em laboratrios habilitados na Rede Brasileira de

    Laboratrios Analticos em Sade (REBLAS) ou por empresas fabricantes que tenham CBPFC para

    fabricar medicamentos. Ser possvel terceirizar os testes referentes ao controle da

    qualidade de IFAV?

  • Resposta COFID: Foram realizadas muitas discusses a esse respeito durante o

    fechamento da norma, mas, considerando que o tema terceirizao encontrava-se em

    consulta pblica, o mesmo no pde ser concludo, sendo orientado que os assuntos de

    terceirizao fossem tratados na norma especfica de terceirizao, que est sob

    responsabilidade da Gerncia Geral de Inspeo (GGINP).

    12. Quanto ao previsto na IN 04/14: Nos casos de mtodos farmacopeicos que

    preconizem a utilizao de absorbncia especfica, a leitura dos padres no ser exigida, desde que a

    empresa apresente comprovao de qualificao do equipamento e equivalncia entre absorbncia

    especfica e absorbncia da substncia qumica de referncia realizada a validao do produto e dos

    IFAV. No caso de qualquer dvida tcnica, podero ser exigidas informaes complementares, inclusive

    a comparao com o padro. Entendemos que a frase acima em destaque seja referente aos

    casos onde a metodologia para o IFAV farmacopeica, mas a do produto no (ou vice-

    versa) e, portanto, deveria ser enviada a equivalncia. No caso em que a metodologia do

    IFAV e produto so farmacopeicas no precisaria ser enviada a equivalncia. Se fizer a

    adequabilidade o suficiente?

    Resposta COFID: Legalmente, a apresentao dos dados com o padro no

    seria obrigatria, mas tecnicamente corresponde situao ideal. Assim, se a empresa

    puder apresentar os dados com o padro, seria o melhor caso. Nos casos em que isso

    no for possvel, enquanto existir mtodo que preveja em farmacopeia oficial a

    utilizao de absorbncia especfica, a empresa poder receber exigncia, e poder

    justificar a no realizao. Quando a empresa faz a adequabilidade de sistema e existe

    uma validao anterior, esses dados seriam suficientes.

    13. O termo validao parcial citado no Guia (pginas 38 e 64). Como a

    COFID est tratando essa questo em relao RDC 31/10 e a reviso da RE 899/03,

    sendo que no h harmonizao nos testes solicitados nessas resolues?

    Resposta COFID: A COFID no est participando da discusso da RDC 31/10,

    pois os assuntos no nos so pertinentes. Com relao RE 899/03, a COFID faz parte

    do Grupo de Trabalho (GT) de republicao da norma, que dever ser tecnicamente

    concluda no primeiro semestre de 2015.

  • 14. Referente aos testes de linearidade da IN 04/14 (pgina 66), gostaramos que

    fosse esclarecido a alterao do critrio mnimo aceitvel do coeficiente de correlao,

    quando a curva de calibrao for elaborada com padro (r).

    Resposta COFID: A mudana do critrio mnimo de aceitao do coeficiente de

    correlao ocorreu aps discusso com o setor regulado, apoiado por participantes das

    empresas nas reunies, considerando que o valor de 0,98 no seria adequado se a

    validao fosse feita apenas com a SQR, uma substncia isolada. Esse valor seria

    aplicvel quando fosse avaliado o extrato.

    15. Conforme RDC 26/14: Art. 15. O laudo analtico de controle de qualidade, quando

    solicitado, dever conter mtodo, especificao e resultados da anlise. 1 Os resultados devero vir

    acompanhados do valor das tomadas de amostra e os resultados da leitura obtida com a amostra e o

    padro de referncia preparados nas mesmas datas e nas mesmas condies analticas; cpias de

    cromatogramas, quando cabvel; e os clculos realizados para se chegar ao valor de teor (ou

    concentrao) de marcador. Esse artigo abrange todos os relatrios das matrias primas,

    produtos acabados e excipientes?

    Resposta COFID: A RDC n 26/14, na maioria dos assuntos, informa se o

    solicitado referente ao IFAV e/ou ao produto acabado. Quando a norma no define em

    que caso deve ser aplicvel, ela est se referindo a todas as etapas de controle.

    16. Nos estudos de estabilidade, para registro, deve-se enviar os dados brutos de

    estabilidade dos trs lotes ou de 1 s?

    Resposta COFID: A empresa deve enviar os dados brutos de um lote e

    armazenar todos os dados dos outros lotes, considerando que seriam muitas informaes

    a serem enviadas para os trs lotes. Na exigncia, a ser exarada pela COFID, na anlise

    da petio, podero ser solicitadas determinadas informaes de lotes especficos.

    17. O Art. 27, V da RDC 38/14 pede que seja enviado relatrio de estudo de

    estabilidade de longa durao referente a 3 lotes para ser includo no HMP. Ser

    necessrio fazer mais 3 lotes alm daquele apresentado na petio? Ou podemos fazer o

  • estudo de mais 2 lotes e complementar com os dados j apresentados conforme o item

    IV?

    Resposta COFID: No necessrio fazer o estudo de mais trs lotes, apenas

    mais dois, pois considera-se o que j foi enviado e mais 2. Deve-se seguir a mesma

    regra de medicamentos sintticos, a diferena que no so pedidos testes de

    bioequivalncia.

    DENOMINAO COMUM BRASILEIRA DCB

    a) Incluso de plantas medicinais na DCB

    1. Segundo RDC 26/2014, Cap. 2, Seo I, Art. 4. Qual o procedimento para

    incluso dos constituintes do fitoterpico na DCB? A incluso pode ser solicitada pelo

    importador ou somente pelo fabricante do produto final?

    Resposta COFID: Para a incluso de constituintes do fitoterpico na DCB,

    dever ser seguida a Instruo Normativa n 5/2012, que dispe sobre os procedimentos

    para solicitar a incluso, alterao ou excluso de Denominaes Comuns Brasileiras.

    No Anexo I dessa Instruo, encontra-se um formulrio especfico para ser preenchido

    com sua proposta de incluso de DCB e no Anexo II esto descritas todas as instrues

    necessrias para seu correto preenchimento. O interessado dever enviar um email para

    [email protected], anexando o formulrio mensagem e identificando no campo

    assunto Nova DCB. Deve-se utilizar uma mensagem eletrnica para cada substncia a

    ser avaliada. Se precisar de informaes adicionais, enviar email para

    [email protected].

    Novas dvidas a respeito de DCB devem ser encaminhadas COFAR, rea

    responsvel pelo assunto.

    b) Como as empresas devem agir quanto s alteraes na DCB da

    Cimicifuga e Rhamus?

  • Resposta COFID: Para esses dois casos, a alterao de bula e rotulagem j deve

    ser feita, seguindo o procedimento comum para alterao de DCB..

    DVIDAS DE USURIOS

    a) Lista de plantas medicinais

    1. Vi na televiso que a Anvisa publicou uma lista de Plantas Medicinais

    com os dados sobre uso, posologia e reaes adversas. Procurei no site, mas no

    encontrei. Vocs poderiam me indicar onde est esta informao?

    Resposta COFID: Esclarecemos que esta Agncia no publicou uma lista de

    Plantas Medicinais com os dados sobre uso, posologia e reaes adversas, mas, sim,

    uma atualizao das normas relacionadas ao registro de medicamentos e produtos

    tradicionais fitoterpicos em 2014.

    A Anvisa no disponibiliza esse tipo de lista citada no questionamento, nem uma

    lista de fitoterpicos registrados, considerando que os produtos regularizados mudam

    constantemente, dependendo dos deferimentos ou indeferimentos concedidos

    diariamente.

    No Brasil, os fitoterpicos, atualmente, podem ser classificados como

    Medicamentos Fitoterpicos (MF), que so aqueles que comprovam segurana e

    eficcia por meio da apresentao de estudos no-clnicos e clnicos, ou Produtos

    Tradicionais Fitoterpicos (PTF), que so aqueles que apresentam a comprovao de

    segurana e efetividade baseado no longo tempo de uso.

    Alguns MF e PTF, que constam na lista de Registro Simplificado, tm bulas ou

    folheto padro, documento no qual podem ser encontradas as principais informaes

    relativas s indicaes, contraindicaes, advertncias, efeitos adversos, posologia,

    entre outras. As bulas e folheto padro esto disponveis no site da Anvisa, na rea de

    medicamento bulas.

    A lista de plantas medicinais que podem ser registradas como MF ou PTF por

    meio de registro simplificado, bem como as condies que devem ser atendidas para

  • esse tipo de registro, se encontra na Instruo Normativa IN n 2/2014 da Anvisa, que

    pode ser pesquisada por meio do Sistema de Legislao em Sade do Ministrio da

    Sade (link:

    http://portal2.saude.gov.br/saudelegis/LEG_NORMA_PESQ_CONSULTA.CFM),

    usando-se os seguintes critrios de busca:

    Tipo da Norma: INT Instruo Normativa; Nmero: 02; Ano de assinatura:

    2014; Origem: ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria.

    2. Gostaria de saber como tem acesso a lista de todos os medicamentos

    fitoterpicos registrados na Anvisa.

    Resposta COFID: Tendo em vista a dinmica dos processos de registro de

    medicamentos, no existe uma lista atualizada que contemple todos os fitoterpicos

    registrados na Anvisa. No entanto, possvel realizar consulta dos fitoterpicos

    registrados, utilizando a ferramenta disponvel no stio eletrnico da Anvisa, que

    permite a pesquisa usando filtros diversos, como CNPJ, nome comercial do produto e

    nome do princpio ativo.

    Para consultar a regularidade de produtos, deve-se acessar o stio eletrnico da

    Anvisa, clicar em Consulta de Produtos (link no alto da tela, identificado pelo

    smbolo de uma lupa), clicar em Consulta a Banco de Dados, aps em Medicamentos,

    ento em Consulta com dados atualizados aps 25/3/2002. Ser aberta a tela da

    ferramenta de consulta, que permitir ao usurio utilizar os filtros anteriormente

    mencionados. A ferramenta pode ser acessada diretamente por meio do link:

    http://www7.Anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_medicamento.asp.

    3. Trabalho na Prefeitura XXX. Estamos pesquisando algumas ervas e plantas

    que ocorrem neste municpio e procuramos dados para melhorar e embasar a pesquisa.

    Em alguns sites encontrei uma lista de ervas e plantas consideradas medicinais pela

    ANVISA, porm no site da prpria Agncia, no encontro esta lista. Precisamos de uma

    lista oficial, da Anvisa, que demonstre as ervas e plantas consideradas como medicinais

    pela Agncia.

    Resposta COFID: A Anvisa no disponibiliza esse tipo de lista. A Anvisa

    avalia os dados apresentados pelas empresas farmacuticas para registro de

  • fitoterpicos, podendo ser solicitado registro para qualquer planta medicinal, desde que

    seja comprovada sua segurana, eficcia e qualidade. Caso seja de interesse saber se

    determinada planta tem registro como fitoterpico, essa informao pode ser consultada

    por meio do portal da Anvisa, na rea Consulta de Produtos, medicamentos consulta

    aps 2002.

    c) Venda de ervas medicinais

    1. O usurio deseja esclarecimentos, pois alega que foram liberadas pela Anvisa,

    a venda de ervas medicinais em farmcias, porm essas ervas tem nomes indgenas.

    Deseja saber, se caso algum ndio, seja pego vendendo essas mesmas ervas, ir ser

    prejudicado de alguma forma.

    Resposta COFID: A Anvisa no publicou nenhuma norma recentemente sobre

    venda de ervas medicinais em farmcias.

    A dispensao de plantas medicinais prevista desde 1973, de acordo com o art.

    7 da Lei 5991, que Dispe sobre o controle sanitrio do comrcio de drogas,

    medicamentos, insumos farmacuticos e correlatos e cita: Art. 7 - A dispensao de plantas

    medicinais privativa das farmcias e ervanarias, observados o acondicionamento adequado e a

    classificao botnica. Essa Lei autoriza a dispensao de plantas medicinais somente em

    farmcias e ervanarias. Como esse artigo da Lei ainda no foi regulamentado, no est

    definido quem pode produzir as plantas medicinais a serem comercializadas em

    farmcias e ervanarias.

    Para que seja feito esse comrcio, as plantas devem ser acondicionadas em local

    adequado e conter a classificao botnica (gnero + epteto especfico) para sua

    identificao. Como no so enquadradas como medicamentos, no podem ter

    alegaes teraputicas, as quais so permitidas apenas para produtos registrados como

    medicamentos.

    Quanto ao uso individualizado de plantas por comunidades indgenas, a Anvisa

    no exige o registro dos fitoterpicos, seja de comunidades indgenas, ou de outras

    comunidades tradicionais. A RDC n 26/2014 prev no seu Art. 20 9: No so objeto

    de registro ou notificao as preparaes elaboradas pelos povos e comunidades

    tradicionais do pas sem fins lucrativos e no industrializadas.

  • Caso haja comrcio com fim lucrativo e de forma industrializada, necessria a

    regularizao dos produtos.

    2. Usurio deseja saber se a farmcia de manipulao pode dispensar Ephedra e

    Ma Huang nomes populares para Ephedra sinica.

    Resposta COFID: Como a Ephedra sinica no consta da LISTA DE PLANTAS

    QUE PODEM ORIGINAR SUBSTNCIAS ENTORPECENTES E/OU

    PSICOTRPICAS, para as quais a manipulao e o uso so proibidos, conforme RDC

    n 32/2014, o produto poderia ser disponibilizado para manipulao magistral em

    farmcias de manipulao autorizadas, por meio de prescrio de profissional

    habilitado, com reteno de cpia da receita. Assim sendo, o medicamento pode ser

    dispensado sob prescrio de profissional habilitado, com reteno de receita.

    No fica a cargo da Anvisa e nem do Ministrio da Sade regular as classes de

    medicamentos que cada profissional poder prescrever, pois essa uma atribuio de

    cada conselho de classe profissional, que, por meio do seu Conselho Federal, publica

    resolues no mbito de atuao de seus profissionais. Atualmente, do que conhecemos,

    os profissionais que estariam habilitados, por meio de seus Conselhos, a prescrever

    fitoterpicos seriam:

    - mdico, odontlogo o odontlogo para fins de tratamento bucal;

    - veterinrio fitoterpicos para utilizao em animais;

    - farmacutico e nutricionista apenas fitoterpicos isentos de prescrio; e

    - biomdico fitoterpicos para fins estticos.

    Porm, como fitoterpicos so regulados como medicamentos no Brasil, no h

    fitoterpicos registrados com funes estticas, mas apenas medicametosas.

    3. A usuria deseja saber informao sobre o Conselho XXX. Deseja saber qual

    o papel do conselho e sua regulamentao. Pois o presidente do conselho informou que

    somente quem tem registro no conselho pode prescrever e comercializar fitoterpicos.

    Algumas farmcias foram alvo de denncias por estarem comercializando fitoterpicos,

    ento ela deseja saber se isso tem algum fundamento e como fazer a regulamentao.

  • Resposta COFID: Como j informado anteriormente, a Anvisa no regula o

    papel profissional. Recomendamos que entre em contato diretamente com os conselhos

    profissionais para obter informaes relacionadas ao seu papel e a sua regulamentao.

    Em relao prescrio de fitoterpicos, ressaltamos que todo fitoterpico

    medicamento e, portanto, sua prescrio segue as regras aplicveis a medicamentos de

    forma geral, existindo tanto fitoterpicos de venda sob prescrio mdica, quanto

    fitoterpicos de venda sem exigncia de prescrio mdica, o que pode ser facilmente

    identificado pela rotulagem.

    Quanto dispensao, a Lei n 5991/1973 estabelece que a dispensao de

    medicamentos privativa de farmcia, drogaria, posto de medicamento, unidade volante

    e dispensrio de medicamentos. A mesma Lei determina que a dispensao de plantas

    medicinais privativa de farmcias e ervanarias.

    d) Diferenas de indicao quanto a espcies

    1. Qual a diferena entre a sucupira e a sucupira branca que usada como um

    anti-inflamatrio, sendo que as duas so manipuladas. Usuria deseja saber uma

    informao geral a respeito.

    Resposta COFID: Para que o questionamento possa ser respondido,

    necessrio que seja informado o nome cientfico (gnero e espcie) das plantas

    medicinais de interesse. Esclarecemos que, como os nomes populares variam muito em

    cada regio do Brasil, somente com o nome cientfico possvel assegurar a identidade

    da planta medicinal e prestar informaes adequadas. Assim, a COFID solicita que,

    sempre que possvel, sejam encaminhados questionamentos contendo o nome cientfico

    da planta medicinal.

    e) Registro de medicamentos

    1. Gostaria de saber da Anvisa se o registro sob o n 6.XXX.00XX

    referente ao remdio XXX .

  • Resposta COFID: Os medicamentos so registrados com um nmero contendo

    13 dgitos, sempre iniciado pelo algarismo 1. Produtos com nmero de registro

    comeados com o dgito 6 seriam enquadrados como alimentos, no como

    medicamentos.

    Para consultar se determinado produto possui registro como medicamento,

    proceder conforme a busca j detalhada acima, lembrando sempre que apenas produtos

    regularizados como medicamentos podem apresentar indicaes teraputicas.

    f) Medicamentos sem registro

    A COFID diariamente recebe questionamentos sobre a existncia de registro

    para determinados fitoterpicos. Muitos dos fitoterpicos questionados no o tm, o

    que informado ao usurio, como tambm lhe fornecido o link do portal da Anvisa

    para verificar registro de medicamentos. Sempre salientamos e orientamos sobre a

    importncia de utilizar fitoterpicos registrados. Nos casos de produtos sem registro,

    faz-se o encaminhamento para a rea de inspeo da Anvisa, de modo que esta tome as

    medidas necessrias.

    Conforme estabelece a Lei que trata da Vigilncia Sanitria no Brasil, Lei n

    6.360/1976, nenhum dos produtos de que trata essa Lei, incluindo os medicamentos,

    inclusive os importados, poder ser industrializado, exposto venda ou entregue ao

    consumo antes de registrado no Ministrio da Sade. Assim sendo, todo medicamento

    industrializado deve ser registrado na ANVISA para que sua qualidade, eficcia e

    segurana sejam avaliadas antes de se disponibilizar para comercializao/dispensao.

    Apenas medicamentos registrados no Ministrio da Sade podem ter indicaes

    teraputicas, e no rtulo do medicamento deve constar o n de registro do medicamento,

    formado pela sigla MS, seguido de um nmero composto por 13 dgitos, sempre

    iniciado pelo algarismo 1.

    Existem tambm alguns medicamentos considerados de baixo risco, que so

    notificados. Esses produtos no tm nmero de registro, mas a informao de que so

    notificados conforme a norma especfica, no caso de fitoterpicos, a RDC n 26/14, e de

    dinamizados, a RDC n 26/07.

    Os consumidores devem ficar atentos e apenas adquirir medicamentos em

    farmcias e drogarias. Na embalagem do medicamento deve constar o n de registro,

  • alm do selo de qualidade e, tambm, deve ser observado se a embalagem encontra-se

    lacrada e dentro do prazo de validade.

    Consta no Art. 273 do Cdigo Penal de 1940 a tipificao como crime hediondo:

    falsificar, corromper, adulterar ou alterar, importar, vender, expor venda, ter em

    depsito para vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar a consumo produto

    destinado a fins teraputicos ou medicinais:

    I - sem registro, quando exigvel, no rgo de vigilncia sanitria;

    VI - adquiridos de estabelecimento sem licena da autoridade sanitria;

    Mesmo os produtos que apresentem as informaes corretas de registro na

    embalagem, podem ter sido falsificados, assim, importante, sempre que possvel,

    conferir a informao no site da Anvisa, conforme j anteriormente explicado.

    Qualquer pessoa que encontre medicamentos sendo comercializados sem

    registro, deve fazer uma denncia Vigilncia Sanitria Municipal ou Estadual, ou por

    meio do NOTIVISA, disponvel no portal da Anvisa por meio do link:

    http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/formularios.htm

    Deve ser informado o local em que o produto foi adquirido, para auxiliar a ao

    desse rgo, uma vez que o endereo do fabricante informado na embalagem muitas

    vezes fictcio.

    S se pode fazer publicidade de medicamentos regularizados, e seguindo as

    normas de publicidade, em que est estabelecido que medicamentos de venda sob

    prescrio mdica s podem ser divulgados para os profissionais habilitados para sua

    prescrio.

    ORIENTAES SOBRE PRODUTOS ESPECFICOS

    1. Hedera helix

    A COFID publicou no portal da Anvisa o texto: Orientao sobre produtos que

    contenham como ativo Hedera helix para uso em menores de dois anos de idade,

    disponvel por meio do link:

    http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/d37e2180474580a88c98dc3fbc4c6735/Not

    a+t%C3%A9cnica+n%C2%BA+1+do+CNPMF_06+10+2010.pdf?MOD=AJPERES

  • Essa ao foi necessria devido publicao da RDC n 26/2014, que instituiu a

    possibilidade de utilizao, no caso do registro simplificado no Brasil, das monografias

    publicadas pelo HMPC, dentre elas, a da Hedera helix. Essa monografia contraindica o

    uso de Hedera helix em crianas menores de dois anos devido ao risco de agravar os

    sintomas respiratrios: Contraindication: Children under 2 years of age because of the risk of

    aggravation of respiratory symptoms. The use in children under 2 years of age is contraindicated.

    (monografia disponvel em:

    http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Herbal_-

    _Community_herbal_monograph/2011/04/WC500105313.pdf).

    Os estudos existentes sobre a planta para utilizao nessa faixa etria no so

    claros em diversos pontos, como, por exemplo, em quantas crianas menores de dois

    anos o produto foi testado ou a porcentagem de reaes adversas ocorridas nessa faixa

    etria.

    Alm disso, o item 13 da RDC n 137/2003, dispe que: Os produtos contendo

    Sedativos da tosse e Expectorantes em suas formulaes, apresentar na bula e

    rotulagem das embalagens secundrias a advertncia: Este medicamento no deve ser

    utilizado em crianas menores de 2 anos de idade.

    De modo a harmonizar as bulas de medicamentos a base de H. helix disponveis

    no mercado, alm de publicarmos a nota no portal da Anvisa, foram enviados

    comunicados s empresas detentoras de registro, solicitando que incluam a informao

    nas bulas dos produtos. Assim, at o final de maro de 2015, todas as bulas de

    fitoterpicos registrados a base de Hedera j devero conter essa restrio.

    As empresas devem lembrar que a informao sobre restrio de uso por faixa

    etria deve constar tambm na embalagem dos medicamentos, devendo as empresas

    peticionar eletronicamente a alterao de rotulagem para incluir a restrio.

    2. Kava Kava

    1. Usuria deseja saber se o medicamento fitoterpico Kawa Kawa precisa

    de receita e da sua reteno. Relata que verificou a informao que conforme a RE N

    356/2002 este fitoterpico precisa ter receita para a sua venda e manipulao. Usuria

    afirma que no encontrou a resoluo que contenha essa informao. Solicitante deseja

    uma resoluo, portaria ou norma que tenha as informaes referentes ao medicamento

  • Kawa kawa e tambm de forma geral, em relao a todos os fitoterpicos, se

    necessrio a receita e a sua reteno.

    Resposta COFID: O medicamento fitoterpico obtido da planta Piper

    methysticum G. Forst. (nome popular Kava-kava) de venda sob prescrio mdica, no

    sujeita reteno de receita, conforme Resoluo n 356/2002 e IN n 2/2014, instruo

    normativa onde podem ser encontradas as informaes para o registro simplificado de

    vrias plantas medicinais, incluindo a Kava-kava.

    A restrio de venda de um medicamento definida considerando os dados

    disponveis de segurana do seu uso, suas indicaes teraputicas e a necessidade de

    acompanhamento mdico, entre outros fatores, no existindo uma nica norma que

    contemple todos os casos.

    Como exemplo de normas que tratam do assunto, destacamos a RDC n

    138/2003, que estabelece uma lista de grupos e indicaes teraputicas consideradas de

    venda sem prescrio mdica; a Portaria n 344/1998, que trata das substncias sujeitas

    a controle especial; e a prpria IN n 2/2014, anteriormente citada. Alm dessas,

    especificamente relacionada necessidade de venda sob prescrio mdica de

    medicamentos contendo Kava-kava, citamos a Resoluo n 356/2002.

    Destacamos que, para os fitoterpicos registrados conforme o registro

    simplificado, a restrio ser aquela descrita na IN n 02/14. J para os medicamentos

    fitoterpicos no presentes nessa lista, caso a indicao teraputica se encontre na RDC

    n 138/13, estes sero isentos de prescrio mdica. Caso a indicao no esteja descrita

    nessa norma, o medicamento fitoterpico ser de venda sob prescrio mdica. J os

    produtos tradicionais fitoterpicos sero todos isentos de prescrio mdica, uma vez

    que so aprovados para doenas que podem ser tratadas sem acompanhamento mdico.

    3) Echinacea purpurea

    Conforme a IN n 02/2014, Echinacea purpurea apresenta a restrio de uso

    venda sob prescrio mdica e indicaes Preventivo e coadjuvante na terapia de

    resfriados e infeces do trato respiratrio e urinrio. Se verificarmos a GITE (RDC n

    138/2003), indicaes como sintomas da gripe e de resfriados esto previstos, bem

    como disria, dor/ardor/desconforto para urinar (antisspticos urinrios). Gostaramos

    de saber por qual motivo este fitoterpico deve ser comercializado no Brasil somente

  • sob prescrio mdica, j que em vrios pases da Europa, onde amplamente utilizado

    pela populao, tem venda livre inclusive sob a forma de suplementos alimentares e

    produtos peditricos.

    Resposta COFID: Infeces do trato respiratrio e urinrio exigem

    acompanhamento mdico tanto para o diagnstico quanto para o tratamento, por isso o

    medicamento de venda sob prescrio mdica. Os sintomas de gripe e resfriados,

    assim como disria, dor/ardor/desconforto para urinar, nem sempre so devidos a uma

    infeco. A Echinacea purpurea age como imunomodulador, aumentando a defesa do

    organismo a infeces. Esse modo de ao complexo e diverge do grupo teraputico

    de analgsicos antitrmicos ou antipirticos ou dos antisspticos urinrios.

    4. Ibogana

    1. O usurio informa que entrou em contato outras vezes com a ANVISA, e j

    solicitou que o estudo da substncia Ibogana fosse mais detalhado, pois a mesma j

    proibida nos EUA e aqui no Brasil ainda no , mas os efeitos colaterais da substncia

    so terrveis. O usurio deseja saber qual a posio da ANVISA referente ao assunto, e

    a proibio desta substncia no Brasil.

    Resposta COFID: Informamos que no h, atualmente, restries legais

    ibogana no Brasil, conforme atualizaes da Portaria n 344/98, mas seu uso como

    medicamento no est regulamentado, uma vez que a Anvisa no recebeu nenhum

    pedido de registro para essa substncia. Dessa forma, o nico modo legal de utilizar a

    substncia no pas por meio da manipulao em farmcias autorizadas, a partir da

    prescrio de profissional habilitado.

    Pelo fato de, at o momento atual, no existir produto registrado na Anvisa com

    ibogana, no nos foram apresentados dados de publicaes tcnico-cientficas ou

    estudos no-clnicos e clnicos que suportem a segurana e eficcia dessa substncia ou

    do derivado vegetal de iboga, portanto, no conhecemos quais os benefcios da

    utilizao nem quais os efeitos colaterais que pode causar. Orientamos que eventos

    adversos devido ao uso do produto sejam relatados por meio do Notivisa, conforme link

    j disponibilizado anteriormente.

  • 2. Prezados, meu nome XXX e fiz uso de ch da raiz da Iboga em algumas

    pessoas, para tratamento religioso, ocorre que algumas pessoas so contra e chegaram a

    mencionar que seria ilegal e eu poderia ter complicaes, pois no posso dar ch para

    ningum... pergunto, como posso praticar minha crena de forma legal? Concordando

    ou no, a lei para ser cumprida, por isso peo auxlio dos senhores.

    Resposta COFID: A Anvisa regulamenta o uso de plantas medicinais

    empregadas com finalidade teraputica, comercializadas sob a forma de medicamentos.

    No Brasil, os medicamentos podem ser industrializados por indstrias farmacuticas ou

    manipulados em farmcias, sendo essa atividade, em qualquer caso, regulada pela

    Anvisa.

    Assim, qualquer medicamento industrializado a base de plantas medicinais deve

    ser registrado perante esta Agncia e s pode ser produzido por empresa devidamente

    autorizada, ou seja, que possui autorizao de funcionamento expedida pela Anvisa. No

    mesmo sentido, medicamentos contendo plantas medicinais s podem ser manipulados

    por farmcias devidamente autorizadas pela Anvisa.

    O uso no medicinal das plantas no objeto de regulamentao por parte desta

    Agncia.

    5. Ginkgo biloba

    1. Buscando um melhor entendimento da RDC 26/14 e IN 02/14, gostaramos de

    alguns esclarecimentos em relao ao Teste de Marcador negativo para cidos

    ginclicos para Ginkgo biloba.

    Atualmente a empresa XXX adquire de uma empresa alem o extrato

    padronizado de Ginkgo biloba e realiza o controle de qualidade desse material baseado

    na monografia da Farmacopia Americana (USP). Na referida monografia existem

    testes que controlam a quantidade dos principais constituintes ativos que devem estar

    presentes no extrato, como por exemplo as triterpeno lactonas (ginkgolides e bilobalide

    -cerca de 6%) e glicosdeos flavonides (cerca de 24%). Adicionalmente realizado um

    teste de limite de cidos ginclicos (alquilfenis).

    Conforme descrito em literatura, a presena desses compostos (alquilfenis)

    indesejvel no extrato. Os cidos ginclicos esto presentes nas folhas de G. Biloba e

  • so removidos durante a produo dos extratos juntamente com outros componentes

    lipossolveis. Por isso, todos os fabricantes que desejam vender extratos padronizados

    reduzem a concentrao destes compostos para um limite de at 5 ppm.

    Durante uma vasta pesquisa na literatura com intuito de avaliar a necessidade de

    realizao do teste de cidos ginclicos no produto acabado, verificou-se que no h

    nenhum relato bibliogrfico de controle desses componentes no produto acabado, tanto

    em anlises de liberao quanto em anlises de estabilidade (foram apresentadas

    diversas referncias pela empresa).

    Observando a estrutura dos principais componentes do extrato de G. biloba

    (triterpeno lactonas e glicosdeos flavonoides) possvel concluir que os cidos

    ginclicos no possuem qualquer relao estrutural com os mesmos, ou seja no so

    produtos de degradao oriundos dos componentes ativos do extrato. sabido que sua

    presena nas folhas da planta uma ocorrncia natural e uma vez que removido e

    controlado no extrato, no h a necessidade de quantific-los no produto acabado.

    Por fim, entendemos que havendo o teste de limite de cidos ginclicos no

    controle de qualidade do extrato, no h necessidade de testes adicionais a serem

    realizados no produto acabado pela impossibilidade de que esses compostos sejam

    gerados durante a fabricao e/ou validade do produto.

    Resposta COFID: possvel a no apresentao do teste para limite de cido

    ginclico no produto final, desde que a empresa apresente os resultados para o derivado

    vegetal, juntamente com a justificativa e literatura que a embasem a deciso, conforme

    apresentado neste e-mail. No momento da anlise tcnica, a COFID avaliar os pontos

    apresentados, e, caso julgue necessrio, solicitar mais informaes empresa.

    2. Conforme 3 do Art. 15 da subseo II do derivado vegetal, da seo

    V Relatrio de produo e controle de qualidade do captulo II do Registro de

    Medicamentos Fitoterpicos e Produtos Tradicionais Fitoterpicos, a empresa produtora

    do medicamento fitoterpico pode apresentar laudo de anlise do derivado vegetal

    contemplando somente os itens III, V, VI e VII e laudo de anlise do fabricante do

    derivado vegetal contemplando todos os itens do Art. 15? O item b do item III deve ser

    feito em todas as etapas do processo (produtor da droga vegetal, produtor do extrato

    vegetal e produtor do medicamento fitoterpico)?A empresa produtora do medicamento

    fitoterpico pode apresentar laudo de anlise do derivado vegetal contemplando

  • somente os itens III, V, VI e VII e laudo de anlise do fabricante do derivado vegetal,

    sendo necessrio enviar laudo de fornecedor, contendo as informaes constantes do art.

    8, inciso I, e art. 15, incisos I, II e IV. A determinao de resduos de agrotxicos em

    matrias-primas vegetais dever constar obrigatoriamente no registro ou na notificao

    dos fitoterpicos. A empresa possui uma dvida em relao ao emprego de

    metodologias e especificaes para o derivado vegetal da espcie Ginkgo biloba.

    Conforme demonstrado abaixo, h diferenas que tangem a forma de padronizao e

    faixa para os marcadores terpenolactonas, verificadas entre a Instruo Normativa (IN)

    n 2 de 13/05/2014 e a monografia Ginkgo Dry Extract, Refined and Quantified da

    Farmacopia Europia 8.0:

    Instruo Normativa 2/14: GLICOSDEOS FLAVONOIDES: 22% - 27%;

    TERPENOLACTONAS: 5% - 7%; CIDOS GINKGLICOS: mx. 5 g/g;

    Farmacopia Europia 8.0: GLICOSDEOS FLAVONOIDES: 22% - 27%;

    TERPENOLACTONAS (BILOBALDEO): 2,6% - 3,2%; TERPENOLACTONAS

    (GINKGOLDEOS A, B e C): 2,8% - 3,4%; CIDOS GINKGLICOS: mx. 5 g/g.

    A empresa gostaria de saber se, no controle de qualidade do extrato seco de

    Ginkgo biloba, poderia empregar a monografia oficial em questo da Farmacopia

    Europia 8.0 como referncia para os mtodos analticos, porm considerando a forma

    de padronizao e a faixa preconizada pela legislao vigente (somatrio dos teores de

    ginkgoldeos A, B, C e bilobaldeo = 5% a 7%)?

    Resposta COFID: A Instruo Normativa n 2/14 considera as

    TERPENOLACTONAS como a soma de ginkgoldeos A, B, C e bilobaldeo, e

    especifica a faixa de 5% - 7%, enquanto que a Farmacopeia Europeia 8.0 considera

    separadamente TERPENOLACTONAS (BILOBALDEO): 2,6% - 3,2% e

    TERPENOLACTONAS (GINKGOLDEOS A, B e C): 2,8% - 3,4%. Ao somar

    bilobaldeo e ginkgoldeos A, B e C, obtidos de acordo com a Farmacopeia Europeia,

    teremos 5,4% - 6,6%, portanto, uma faixa mais estreita que a da n IN 02/14. Sendo

    assim, a empresa pode, no controle de qualidade do extrato seco de Ginkgo biloba,

    empregar a monografia oficial em questo (Farmacopeia Europeia 8.0) como referncia

    para os mtodos analticos e considerar a forma de padronizao e a faixa preconizada

  • pela legislao vigente (somatrio dos teores de ginkgoldeos A, B, C e bilobaldeo =

    5% a 7%).

    6. Panax ginseng

    Necessitamos de orientaes no que tange renovao de registro de um

    medicamento fitoterpico XXX e necessita providenciar sua renovao ainda neste ms.

    Ocorre que o registro deste medicamento fora concedido atravs de pontuao, sendo

    apresentadas referncias bibliogrficas para a comprovao de sua eficcia e segurana.

    Neste contexto, todas as questes relacionadas ao controle de qualidade, bem como a

    prpria posologia, foram estabelecidas de acordo com as referncias apresentadas na

    ocasio da solicitao de registro. O controle de qualidade utiliza como marcador

    ginsenosdios totais calculados como Rg1 e o mtodo adotado consiste em

    espectrofotometria. Diante das alteraes promovidas pela IN 02/2014 no que tange a

    registro simplificado de Panax ginseng, a empresa deseja adequar-se a esta categoria de

    medicamento fitoterpico e, para tanto, solicita orientaes para a conduo. A empresa

    j iniciou as aes necessrias para as adequaes no controle de qualidade, de forma a

    atender aos requisitos da IN 02/2014, entretanto teme por no concluir a tempo do

    protocolo da renovao de registro. Neste contexto, lembramos que a RDC 26/2014

    menciona no Art. 72: "Art. 72. Quando da atualizao das listas de registro simplificado de

    medicamentos fitoterpicos e produtos tradicionais fitoterpicos, empresas que possuam fitoterpicos

    registrados contendo espcies que sofreram modificaes que impliquem necessidade de novo

    desenvolvimento de produto e/ou nova metodologia analtica e/ou nova validao e/ou novo estudo de

    estabilidade tero um prazo de at trs anos para adequao, prazo esse contado a partir da data de

    publicao da alterao dessas listas, nas seguintes condies:

    I - para as peties j protocoladas na Anvisa ou que venham a ser protocoladas em at um ano

    da publicao das listas de registro simplificado; II - para produtos j registrados que venham a ter

    renovaes a ser peticionadas em at trs anos de publicao das listas de registro simplificado, nos

    termos do Pargrafo 2 do art. 8 do Decreto n 8.077/2013; 1o - As demais peties no citadas nos

    Incisos I e II devem ser protocoladas adequadas ao disposto nas listas de registro simplificado de

    medicamentos fitoterpicos e produtos tradicionais fitoterpicos atualizadas. 2o Ao fim do perodo

    descrito nos Incisos I e II, caso a alterao no tenha sido implementada, ser publicado o indeferimento

    do registro do produto. 3o A adequao prevista nos Incisos I e II pode ocorrer antes desse prazo a

    critrio da empresa. 4o Nos casos particulares em que for detectado risco sanitrio os prazos podero

    ser alterados por deciso da Anvisa."

  • Exposto isto, entendemos pela viabilidade de usufruir dos prazos estabelecidos

    pelo Art. 72 para a adequao do medicamento categoria de medicamento fitoterpico

    de registro simplificado. Caso nosso entendimento no esteja correto, gostaramos de

    receber orientaes sobre como proceder.

    Resposta COFID: Caso a empresa j tenha apresentado dados de segurana e

    eficcia para registro por pontuao, que embasaram a posologia e controle de

    qualidade, ou seja, que referenciavam o marcador ginsenosdeos totais calculados como

    Rg1, ento a empresa j deve possuir dados clnicos sobre o produto, considerando que

    a pontuao, na norma anterior, exigia a apresentao de pelo menos um estudo com

    dados de utilizao em seres humanos. Assim, a empresa pode optar por continuar o

    controle com esse marcador e reenviar os dados escolhidos e estudos citados.

    Caso a empresa julgue que dentre esses dados pr-apresentados no exista um

    bom estudo clnico para enquadramento como medicamento fitoterpico, a empresa

    pode adicionar dados de estudo clnico que cite o marcador referenciado no momento da

    renovao,.

    O Art. 72 da RDC n 26/14 se aplica aos fitoterpicos j registrados pelo

    registro simplificado e quando a lista de registro simplificado de fitoterpicos

    alterada. Assim, a empresa j seguia uma norma padro da Anvisa de registro

    simplificado, o que no corresponde ao caso apresentado, em que a comprovao de

    segurana e eficcia foi feita por pontuao. Nesse caso, pelo informado no e-mail,

    percebe-se que a empresa tambm no seguia a padronizao do registro simplificado

    anterior (IN n 05/08), que era:

    Nomenclatura botnica: Panax ginseng C. A. Mey.

    Nome popular : Ginseng

    Parte usada: Raiz

    Padronizao/Marcador: Ginsenosdeos totais (Rb1, Rg1)

    Derivado de droga vegetal: Extratos, tintura

    Indicaes/Aes teraputicas: Estado de fadiga fsica e mental, adaptgeno

    Dose Diria: 5 a 30 mg de ginsenosdeos totais (Rb1, Rg1)

    Existem muitas documentaes tcnico-cientficas disponveis para o Ginseng,

    portanto, sugerimos que a empresa apresente estudos que referenciem o produto como

  • est atualmente registrado, podendo fazer a alterao do controle de qualidade

    posteriormente.

    Em qualquer das decises tomadas, a empresa pode solicitar reunio com a

    COFID para discusso das estratgias a serem apresentadas.

    7. Passiflora incarnata x Passiflora edulis

    1. Pretendemos solicitar registro da Passiflora incarnata L., porm na IN 02/14

    somente consta a Passiflora edulis Sims. Recebemos um retorno do fabricante que por

    sua vez recebeu um retorno da ANVISA via sindicato das indstrias e gostaramos de

    confirmar se o entendimento permanece o mesmo para prosseguirmos com o registro do

    produto conforme a IN 02/14.

    Com a publicao da IN 02/2014 verificamos que houve somente a incluso da

    Passiflora edulis lista de Produtos Tradicionais Fitoterpicos. Como ficam os

    produtos que esto sendo desenvolvidos a partir da Passiflora incarnata? Haver uma

    republicao desta IN com a incluso da Passiflora incarnata?

    Resposta COFID: No houve a incluso de uma nova espcie no registro

    simplificado, mas alterao do nome conforme padronizado na lista de DCB

    republicada em 2014, baseado nos principais sites de informaes botnicas (The Plant

    List, Tropicos).

    Segundo essas informaes, as duas espcies seriam consideradas sinonmias e o

    nome que foi adotado pela Comisso de DCB da Farmacopeia Brasileira foi Passiflora

    edulis. Assim, a lista do registro simplificado foi atualizada para que ficasse com a DCB

    correta.

    Aps receber diversos questionamentos sobre o assunto, a COFID questionou a

    Farmacopeia Brasileira, que orientou, por meio do seu CTT de Farmacognosia, que as

    duas espcies no devem ser consideradas sinonmias, e assim, foram republicados os

    dados da passiflora no registro simplificado, por meio da IN n 10/2014, que corrigiu a

    informao do nome cientfico para o maracuj a ser adotado no registro simplificado

    brasileiro.

    importante que as empresas observem que, nesta mudana da DCB publicada

    pela RDC n 2/2014, o cdigo de DCB que era da P. incarnata passou a P. edulis -

  • 10735, enquanto um novo cdigo foi designado para a P. incarnata - 10879. Esse novo

    cdigo DCB que deve ser utilizado para os fitoterpicos obtidos de P. incarnata.

    No mesmo dia da publicao da IN n 10/14, em 27/11/2014, foi publicada a

    RDC n 66/14, que incluiu os dizeres legais a serem inseridos no folheto informativo

    dos PTF. A RDC n 66/14 pode ser obtida por meio do link:

    http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/7ad7ec00465bd263a976bd99223cd76e/R

    DC+66-2014.pdf?MOD=AJPERES

    8) Alcachofra

    Gostaria de uma informao referente ao doseamento de derivados de cido

    cafeoilqunico expressos em cido clorognico no extrato seco de alcachofra, ao testar

    algumas metodologias, observa-se variao na quantidade de picos de derivados de

    cido cafeoilqunico que aparecem no cromatograma. Sabe-se que devemos somar todos

    os picos que aparecem e relacionar com o padro de cido clorognico, contudo,

    gostaria de saber qual a quantidade de picos de derivados de cido cafeoilqunico que

    Anvisa exige que seja determinado em um doseamento de extrato de Alcachofra? Ou

    seja, se apresentarmos um cromatograma com mtodo validado onde aparecem 4 picos

    de derivados de cido cafeoilqunico mais 1 pico de cido clorognico, este nosso

    mtodo ser aceito pela Anvisa caso a empresa queira solicitar um registro novo de

    Alcachofra?

    Resposta COFID: Devem ser avaliadas vrias amostras do extrato para definir

    quais so os picos caractersticos (espectro de absoro semelhante e presentes em todos

    os lotes) e se o teor da soma dos componentes reprodutvel lote a lote. J h

    publicaes tcnico-cientficas referindo-se a mtodos por cromatografia lquida e

    citando alguns picos caractersticos. Aps escolher os picos que se repetem em vrios

    lotes de matria-prima, a quantificao se d pela somatria da rea dos picos e

    comparao com a concentrao e rea do padro de referncia cido clorognico.

    Posteriormente a COFID recebeu outros questionamentos relacionados ao

    doseamento de alcachofra e publicou no portal da Anvisa (na rea de medicamentos

    fitoterpicos) orientao especfica sobre o assunto: Seleo e determinao do teor de

    marcadores em extratos de Cynara scolymus;.

  • 9) Uncaria tomentosa

    Sobre a incluso da Uncaria na IN 02/14 uma vez que: a Uncaria tomentosa no

    foi objeto de discusso na CP 14/13; a dose ali prevista fixa "por forma farmacutica"

    e no posologia diria, o que gera confuso; prev os alcaloides oxindlidos

    tetracclicos como marcador negativo em divergncia com a monografia USP para o

    extrato de Uncaria, a qual prev limite mximo para este marcador.

    Resposta COFID: O registro simplificado uma alternativa, no sendo

    obrigatrio segui-lo. Por outro lado, importante que algumas informaes sejam

    avaliadas em todos os produtos,