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SANTA CRUZ DO SUL I ANO 70 I Nº 159 I R$ 2,50 I QUINTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2014 Regional deverá ter metade dos presos SANTA CRUZ Com transferências e uso de tornozeleiras eletrônicas, Superintendência dos Serviços Penitenciários quer retirar 263 apenados do local nos próximos meses. Página 12 O perigo dos bloqueios na 153 Novas faixas vão ser implantadas perto do pedágio SERVIÇO CONFLITO EM GAZA Em mais um dia de ofensiva, escola é atingida Entidade quer estreitar diálogo com ministérios AMPROTABACO Empresa AES Sul começa a trocar geladeiras hoje SANTA CRUZ Calote argentino é iminente, diz mediador do caso ECONOMIA Estrutura limitada em Venâncio Aires fez EGR anunciar medida. Página 4 Objetivo de programa é aumentar a economia de energia. Página 10 Ideia é assegurar posição favorável do Brasil na COP 6. Página 9 País não conseguiu acordo para pa- gamento de dívidas. Página 13 Faixa de Gaza já tem mais de 1,3 mil palestinos mortos. Página 14 Edson Iser colidiu veículo em uma das barreiras da 153 em razão da falta de sinalização. Ele estava com a família. Página 15 RODOVIA SEM CONDIÇÕES Suplemento Suplemento Guardiões da Galáxia é a estreia da semana no cinema www.gazetadosul.com.br O fascínio contemporâneo dos volumes e linhas retas Lula Helfer

Construção 50

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  • SANTA CRUZ DO SUL I ANO 70 I N 159 I R$ 2,50 I QUINTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2014

    Regional dever ter metade dos presos

    SANTA CRUZ Com transferncias e uso de tornozeleiras eletrnicas, Superintendncia dos Servios Penitencirios quer retirar 263 apenados do local nos prximos meses. Pgina 12

    O perigo dos bloqueios na 153

    Novas faixas vo ser implantadas perto do pedgio

    SERVIO

    CONFLITO EM GAZA

    Em mais um dia de ofensiva, escola atingida

    Entidade quer estreitar dilogo com ministrios

    AMPROTABACO

    Empresa AES Sul comea a trocar geladeiras hoje

    SANTA CRUZ

    Calote argentino iminente, diz mediador do caso

    ECONOMIA

    Estrutura limitada em Venncio Aires fez EGR anunciar medida. Pgina 4

    Objetivo de programa aumentar a economia de energia. Pgina 10

    Ideia assegurar posio favorvel do Brasil na COP 6. Pgina 9

    Pas no conseguiu acordo para pa-gamento de dvidas. Pgina 13

    Faixa de Gaza j tem mais de 1,3 mil palestinos mortos. Pgina 14

    Edson Iser colidiu veculo em uma das barreiras da 153 em razo da falta de sinalizao. Ele estava com a famlia. Pgina 15

    RODOVIA SEM CONDIES

    Suplemento Suplemento

    Guardies da Galxia a estreia da semana no cinema

    www.gazetadosul.com.br

    O fascnio contemporneo dos volumes e linhas retas

    Lula

    Hel

    fer

  • 2 e 3Gazeta do Sul [email protected]

    Esttua na rvore

    Durante um passeio dominical em Dona Josefa, Vera Cruz, uma imagem curiosa foi captada. E surpreendeu at mesmo o au-tor. O que era para ser apenas o retrato de uma paisagem se re-velou mais do que isso. Pode parecer somente uma rvore, mas um olhar atento capaz de identificar, pelo formato do tronco e dos galhos, a silhueta da Esttua da Liberdade, um dos princi-pais monumentos de Nova York, nos Estados Unidos. Vi s de-pois, diz o responsvel pela foto, Jeferson Azevedo, que traba-lha como carteiro e mora em Santa Cruz do Sul. A imagem foi captada pelo celular, no ltimo domingo. Conforme explica, tirar fotos uma prtica costumeira nas sadas pelo interior.

    DO LEITOR

    Corsan

    Uma vitria do saneamento pblico: Santa Cruz do Sul renova contrato com a Corsan. Esse foi o discurso usado pelo presidente da companhia, Arnaldo Dutra, que comemorou o rumo dado negociao referente ao contrato assinado com a Prefeitura por mais 40 anos. Essa vitria deve ser somente para a companhia porque para nos usurios resta lamentar pela falta de respeito com que somos tratados, pois falta gua quase diariamente. Mas a gota dgua foi no dia 24 de junho. Por volta das 15 horas mais uma vez ficamos sem abastecimento. Entrei em contato com o 0800 e fui informado que no constava nenhum problema no abastecimento, mas que uma equipe iria verificar a situao. At a noite nada foi resolvido. Contatei o 0800 mais uma vez e o discurso foi o mesmo. J na manh do dia 25 nada de gua e mais uma vez a informao era que no constava nada de irregular. Por volta das 16 horas mais uma ligao e solicitei um nmero da Corsan em Santa Cruz e a atendente informou que no existe tal contato e que eles cadastram no sistema as reclamaes e que deveria esperar pois tinham 24 horas pra resolver o problema. Foi a que informei que o prazo j tinha esgotado e a resposta foi que no tinha mais o que fazer. Realmente no temos mais o que fazer a no ser esperar por mais 40 anos de descaso e falta de respeito com quem paga pela ineficcia do saneamento pblico.

    Luis Carlos Kirst Auxiliar de Atendimento

    Descaso com as estradas do interior resposta

    Em resposta carta encaminhada a este espao e publicada no dia 15 de julho, pela senhora Maristela Reuter, quero esclarecer que, no decorrer da minha vida, nunca precisei utilizar de desculpas para obter sucesso em minhas atividades, e quem conhece um pouco da minha trajetria pblica sabe disso.

    Estamos sempre receptivos a crticas construtivas e sugestes de melhorias que envolvem toda a comunidade e procuramos atender todas as demandas que chegam a nossa pasta, incluindo-as no nosso cronograma de servios.

    Como a senhora supostamente deve saber, as enchentes que atingiram todo o Estado desabrigaram famlias e causaram inmeros prejuzos a diversos municpios, entre eles Santa Cruz, que tambm decretou situao de emergncia. No quero crer que a senhora possa imaginar que este drama seja culpa do poder pblico municipal. Por isso, como secretrio de Obras e Viao, humildemente me submeto a responder por qualquer problema relacionado a minha rea e, com muito respeito, buscar solues definitivas, pois dar desculpas sem agir no faz parte do perfil do governo Telmo Kirst.

    Andr Scheibler Secretrio Municipal de Obras e Viao

    QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    Joel Haas [email protected] Gehrke [email protected]

    Envie textos, com ou sem fotos, para o e-mail [email protected]. No sero aceitas cartas que no contenham nome completo, CPF, endereo residencial e telefone para contato. As cartas s sero publicadas aps confi rmao da autoria. A Gazeta do Sul se reserva o direito de realizar uma seleo prvia, resumir e/ou suprimir partes antes da publicao.

    LOCAO DE AUTOMVEIS

    Rua 28 de Setembro, 1.119Santa Cruz do Sul

    Telefones: 51 3056.4042 | 51 8475.9895

    Jeferson Azevedo/Divulgao/GS

    Passou na mdia

    O Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) emitiu ontem parecer favorvel aprovao das contas do exerccio de 2013 do governador Tarso Genro. O voto do relator do processo, conselheiro Pedro Figueiredo, foi seguido unanimidade pelos votantes. O conselho, entretanto, apresentou uma srie de recomendaes gesto, sobretudo nas reas da educao, sistema prisional e estradas. O relator exaltou ainda que houve no perodo o agravamento da situao financeira do Estado.

    Um dos pontos que mais chamou a ateno entre as recomendaes foi o pedido de aplicao de 80% da Receita Operacional Lquida (ROL) da Empresa Gacha de Rodovias (EGR) nas estradas comandadas pela autarquia. Em 2013 a EGR teve lucro lquido de R$ 30 milhes, mas somente R$ 10,5 milhes foram investidos em conservao dos cerca de mil quilmetros de rodovias sob sua responsabilidade. O parecer do TCE-RS segue para julgamento da Assembleia Legislativa.

    Intrprete

    Um projeto de lei de autoria do deputado Carlos Gomes (PRB) pretende instituir a obrigatoriedade da incluso de intrpretes de Lngua Brasileira de Sinais (Libras) em reparties pblicas do Estado. Segundo o parlamentar, a ideia garantir os direitos humanos e o reconhecimento da lngua de sinais. Alm disso, a presena do intrprete facilita a comunicao e o acesso s informaes por esse pblico.

  • Gazeta do Sul

    Enquanto degustava um chimarro

    cevado no capricho, pensei no futuro. No futuro do nosso Pas e da pobre trabalhadora

    Ao contrrio de milhes de bra-sileiros eu fui pesquisado. Aconte-ceu no sbado. Estava confortavel-mente sentado na Praa da Encol, ponto de encontro de atletas, ca-chorreiros e famlias. Gentilmente a moa se aproximou timidamente como se fosse pedir dinheiro em-pregado.

    Bom dia, por favor, o senhor po-deria responder a uma pesquisa? balbuciou olhando para o cho.

    Depois do meu sim fui submeti-do a uma bateria de perguntas que iam da validade dos gastos com a Copa do Mundo, prioridades para a cidade, o Estado e o Pas, prefern-cias eleitorais at curiosidade so-bre rejeio poltica. E, claro, a minha expectativa sobre possveis mudanas depois da eleio de ou-tubro.

    No final do in-terrogatrio foi a minha vez de ma-tar a curiosida-de em relao ao trabalho da pes-quisadora. A mo-a segredou que de cada 20 pes-soas indagadas no mximo duas se dispem a res-ponder o questionrio.

    Quando as pessoas descobrem que existem perguntas sobre pol-tica, imediatamente se retraem, in-ventam uma desculpa qualquer ou disparam: eu odeio poltica! re-velou com desnimo.

    A postura coerente com o cen-rio que se vislumbra no dia a dia. As crticas classe poltica so cons-tantes, contundentes. Isso quase sempre ofusca as aes construti-vas ou dignas de elogios.

    Com a cumplicidade da mdia que carrega nas tintas quando h denncias, escndalos e outras barbaridades, mas sem o merecido destaque s boas ideias a ojeriza

    atividade poltica consequncia normal. Poltico virou sinnimo de marginal. A conjuntura, alimentada diariamente com manchetes esta-pafrdias, alimenta esse universo e bota para correr qualquer aspiran-te a um cargo eletivo.

    Ih... no me diz que tu candi-dato? Tu louco ou ganhou dinhei-ro pra isso? foi uma pergunta que ouvi no Centro de Porto Alegre se-mana passada.

    Fiquei com pena do rapaz. De na-da adiantou explicar que no bas-ta esbravejar sem nada fazer. Em segundos uma rajada de improp-rios sepultou a disposio do jovem em expor os motivos da sua esco-lha. Episdio semelhante se verifi-ca na eleio para sndico ou para

    a escolha dos di-rigentes do sindi-cato profissional a que pertencemos.

    Voltando con-sulta que respondi no sbado, esprei-tei o comporta-mento da pesqui-sadora. As pessoas conversavam com ela amigavelmen-te. Mas de repente

    um enrgico maneio de cabea do tipo o qu? Nem pensar!, encerra-va a tentativa de aproximao pa-ra aplicar o questionrio.

    Enquanto degustava um chimar-ro cevado com capricho, pensei no futuro. No futuro do nosso Pas e da pobre trabalhadora que cami-nha quilmetros para garimpar elei-tores dispostos a reclamar, protes-tar e falar de suas esperanas. Mas a omisso inimiga ladina que ge-ra alienao.

    Abrao fraterno aos leitores Jus-sara, Mrio e Guilherme Jost, alm de Guido Warken, Hlio Lawal e Klaus Ulrich Werner.

    Omisso

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    que.

    MARECHAL FLORIANO, 258 51 3713.397575

    Assadores na ERS-400 A precariedade da ERS-400, que liga Candelria a Sobra-dinho, motivou a volta do grupo intitulado Assadores do As-falto. Trata-se de um movimento que comeou h cerca de seis anos justamente para chamar a ateno para o descaso da ro-dovia, sempre recheada de crateras. Como uma forma irnica de protesto, os integrantes utilizam os buracos para assar car-ne. Os assadores voltaram a se articular recentemente pelas redes sociais e, no prximo sbado, devem se reunir para um novo churrasco na altura do quilmetro 43, no incio da des-cida da serra para Sobradinho. O encontro vai comear por volta das 11 horas. Os pontos mais crticos da ERS-400 esto entre os quilmetros 41 e 45.

    Ideias ebate-papo

    Gilberto JasperJornalista

    [email protected]

    Ficou para outubro O Estudo de Viabilidade Tcnica, Econmica e Ambiental da Ferrovia Norte-Sul, segundo o coordenador da bancada gacha na Cmara, deputado Ronaldo Zulke (PT), foi adiado novamente, desta vez de setembro para outubro. Ontem, 19 empresas pediram ao governo para realizar os estudos de viabilidade para a construo de seis trechos de ferrovias no Pas, que somam 4,6 mil quilmetros. A to sonhada Ferrosul est nesta pauta. E as lideranas locais garantem que no desistiram de lutar para que o traado corte Santa Cruz do Sul ou, pelo menos, atravesse o Vale do Rio Pardo.

    Autorizados Mais dois postulantes a deputado estadual ligados ao Vale do Rio Pardo tiveram suas candidaturas autorizadas pela Justia Eleitoral ontem: Kelly Moraes (PTB) e Pai Antnio (PTdoB). De todos os mais de 20 polticos da regio indicados para concorrer, o nico que ainda aguarda julgamento do TRE-RS Rodrigo Moraes (PEN), que tambm pleiteia uma vaga na Assembleia Legislativa.

    Aviao

    O presidente da Avianca, Jos Efromovich, quarta maior empresa area do Pas, disse ontem que a empresa pretende entrar no programa de subsdios para a aviao regional, anunciado pelo governo. Pelo programa, empresas e passageiros vo deixar de pagar tarifas para usar aeroportos de at 800 mil passageiros por ano. E, alm disso, parte das passagens areas sero pagas pelo governo federal.

    Calote hermano A Argentina enfrenta uma batalha jurdica em torno dos pagamentos de suas dvidas, que pode levar o pas a dar um novo calote em seus credores. No fim de junho, o depsito de US$ 1 bilho feito pela Argentina a credores da dvida (que recebiam em parcelas) foi considerado ilegal e bloqueado pelo juiz Thomas Griesa, dos Estados Unidos. Os argentinos s poderiam pagar essa parcela, que venceu ontem, quando acertassem o pagamento a outros credores que ganharam na Justia o direito de receber o valor integral dos ttulos da dvida. Como isso no ocorreu, o calote foi confirmado.

    Setores da economia gacha acompanham com apreenso a situao. Segundo a Fiergs, os principais produtos gachos exportados para a Argentina so calados, mveis, alimentos e mquinas agrcolas. O pas vizinho o quarto principal mercado das vendas externas gachas, abaixo apenas de China, Panam e Holanda. No ano passado as exportaes do Estado para a Argentina somaram US$ 1,8 bilho, com alta de 23,15% em relao a 2012.

    Divulgao/GS

  • 4Gazeta do Sul

    GERALQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    PROGRAMAO DE CURSOS - SANTA CRUZ DO SUL

    INFORMAES E INSCRIESEEP SENAI Carlos Tannhauser - Av. Gaspar Bartholomay, 350 - Bairro SENAI - Santa Cruz do Sul - RS

    Fone/Fax: (51) 3711.2472 - E-mail: [email protected] outros cursos, acesse www.senairs.org.br

    SENAI CARLOS TANNHAUSERNR 10 - BSICO H -E4 s 3BADONR 11 - SEGURANA NA OPERAO DE EMPILHADEIRA H -E4 s 3BADONR 13 - SEGURANA NA OPERAO DE CALDEIRAS H -E4 s 3BADOAUXILIAR DE INSTALAES ELTRICAS H . s 3EGA3EXELETRICISTA INSTALADOR PREDIAL H . s 3EGA3EXELETRICISTA INSTALADOR INDUSTRIAL H . s 3EGA3EXELETRNICA BSICA H -E4 s 3BADOSOLDAGEM PROCESSOS MAG E ELETRODO REVESTIDO H -E4 s 3BADOSECRETARIADO EXECUTIVO H -E4 s 3BADOTECNOLOGIA EM MONTAGEM E CONFIGURAO DE MICROCOMPUTADORES H -E4 s 3BADO

    Banana PrataR$ 1,98

    TomateR$ 1,97

    Mamo FormosaR$ 2,37

    Abacaxi mdioR$ 1,99

    Ma GalaR$ 2,19

    Bergamota PokanR$ 0,89

    Laranja UmbigoR$ 1,37

    Batata brancaR$ 0,99

    Santa Cruz do Sul - Av. Independncia, 887 - Fone:3717-4769Encruzilhada do Sul - Av. Rio Branco, 143 - Fone: 9799-0822

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    Cada vez mais frequentes, as filas quilomtricas no pedgio de Venncio Aires foraram uma re-ao da Empresa Gacha de Ro-dovias (EGR). Segundo o presi-dente Luiz Carlos Bertotto, en-genheiros da empresa trabalham no projeto que prev a implanta-o de uma pista extra nos dois sentido da RSC-287. Os trajetos tero a extenso aproximada de 500 metros, vo ser construdos no espao do acostamento e de-vero facilitar a vida de quem usa o sistema de pagamento autom-tico, localizado no guich exter-no ( direita) dos dois sentidos.

    A partir dessa mudana, cuja obra est pre-vista para co-mear em um ms, a EGR es-pera aumentar o nmero de adeptos ao pa-gamento auto-mtico ao mes-mo tempo em que minimiza o congestiona-mento no local. A parcela atu-al de condutores que utiliza essa forma de pagamento ainda pe-quena. Em junho, somente 15% dos 290,3 mil pagantes utiliza-ram a via automtica em Venn-cio Aires. Nos meses de maio e abril, o percentual foi semelhan-te, proporcional quantidade de veculos. Na praa de Candelria, o percentual ainda menor, bei-rando os 13% para o fluxo men-sal de 192,5 mil pagantes, em ju-nho. Por l, embora tambm haja deficincias, no h previso de novas pistas neste primeiro mo-mento.

    De uma maneira geral, os con-dutores que utilizam RSC-287 esto insatisfeitos, pois alm de encarar as condies precrias da rodovia, precisam enfrentar uma longa espera no pedgio. Por isso, mesmo que a ideia ain-da no tenha sado do papel, a construo de pistas extras em Venncio Aires vista com cer-ta descrena como uma poss-vel soluo para os congestio-namentos na praa. Para o pre-sidente do Conselho Comuni-trio das Regies das Rodovias Pedagiadas (Corepe) do Trecho 8, Luciano Naue, o que poten-cializa o aumento nas filas so as prprias obras da EGR, que obstruem o fluxo de veculos e diminuem a velocidade do trfe-go at os guichs e a passagem

    dos veculos. Dessa forma, no h certeza de que as duas pistas extras de fato sero a so-luo. Ajuda, mas no resol-ve, resume.

    A estrutura dos pedgios est defasada.

    Bertotto admitiu ontem que a praa de Venncio Aires com-portaria o fluxo aproximado de 6 a 7 mil veculos por dia, mas j no suficiente para o trfego de 10 a 12 mil veculos, como ocor-re atualmente. Hoje, para resol-ver o problema, tem que ampliar a praa, informa Bertotto. A es-trutura foi construda h pouco mais de 15 anos. As obras de am-pliao sero combinadas ao pro-cesso de duplicao da RSC-287. Por enquanto, a EGR confirma que a praa de Venncio sofrer alteraes. A de Candelria ter de passar por avaliao.

    O projeto de construo de um viaduto no Trevo Fritz e Fri-da, em Santa Cruz do Sul, deve chegar s mos dos dirigentes da EGR at o dia 10 de agosto, en-quanto o que prev a duplicao de 4 quilmetros nas proximida-des tem prazo at o dia 15. Aps esse perodo, a empresa preten-de apresentar o documento co-munidade. O passo subsequente abrir a licitao para definir a em-presa responsvel pelo servio. As obras de construo do viadu-to e duplicao do trecho devem comear a ser executadas ainda este ano, e vo evoluir de forma concomitante. O valor total do investimento, conforme Bertot-

    to, vai ser conhecido quando os projetos chegarem EGR.

    Enquanto isso, os moradores de Linha Santa Cruz, que esto entre os principais beneficiados pelo projeto, prometem ficar de olho na iniciativa que deve mini-mizar os transtornos para quem usa a ERS-418 e precisa atraves-sar a RSC-287. Vamos ver se d para confiar no fio do bigode do governador (Tarso Genro). Ele nos fez a promessa pessoal-mente. Se no confirmar, vamos ter que tomar alguma providn-cia, diz o presidente da Asso-ciao dos Moradores de Linha Santa Cruz (Amorlisc), Ricardo Bringmann. Para ele, o viaduto

    uma soluo definitiva para evi-tar o confronto entre o fluxo das duas rodovias.

    Alm da iniciativa que pre-v os primeiros quilmetros de duplicao na altura do Trevo Fritz e Frida, existe outro proje-to que envolve a duplicao total da RSC-287. Duas empresas es-to trabalhando no levantamento: uma delas no trecho entre San-ta Cruz e Venncio, cujo projeto deve ser entregue at novembro, e a outra no trajeto entre Santa Cruz e Vila Paraso, cujo prazo de entrega maior. Os projetos de construo do viaduto e da du-plicao vo custar cerca de R$ 1 milho para a EGR.

    SERVIOS EGR vai construir duas pistas em Venncio Aires para facilitar o pagamento automtico, mas a medida vista com descrena

    Falta estrutura nas praas de pedgio

    Frequentes congestionamentos testam a pacincia dos condutores que transitam pela RSC-287

    Marlia Gehrke

    [email protected]

    Contagem regressiva para projeto do viaduto

    O presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, afirma que 27 dos 150 quilmetros sob res-ponsabilidade da empresa j foram restaurados. Atualmen-te, quatro equipes trabalham em diferentes trechos para fa-zer a manuteno da rodovia, que envolve servio de tapa-buracos e o recapeamento da RSC-287. Os servios pres-tados pela EGR tm sido al-vos frequentes de queixas dos motoristas. No fim de semana, condutores tiveram os pneus de seus veculos furados e outros problemas em razo do mau es-tado de conservao.

    Obras na estrada

    A praa de Venncio comportaria o fl uxo aproximado de 6 a 7 mil veculos por dia, mas j no sufi ciente para o trfego de 10 a 12 mil veculos

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  • 5Gazeta do Sul

    GERAL QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    A comisso organizadora da 10 edio da Semana do Empre-endedor de Santa Cruz do Sul ini-ciou em julho o planejamento do evento, que comemora dez anos em maio de 2015. O grupo com-posto por integrantes das entida-des que formam a Associao de Entidades Empresariais de San-ta Cruz do Sul (Assemp), alm de outras organizaes e volun-trios. A iniciativa, que aborda-r o tema Educao, vai aconte-

    cer de 11 a 14 de maio, numa re-alizao da Assemp e da Prefeitu-ra, com apoio da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

    O diretor de Micro e Pequenas Empresas da Associao Comer-cial e Industrial (ACI), Carlos Esau, por indicao da Assemp segue na coordenao da Sema-na do Empreendedor. Conforme ele, em razo do tema foi criado um grupo integrado por Angelo Hoff, Nestor Raschen, Anelise

    Winter, Guilherme Souza, Mar-cos Nobre, Eduardo Kroth e Vil-siane Leonardi.

    Para gerenciar melhor o plane-jamento, as reunies da coorde-nao sero realizadas uma vez por ms. Um dos patrocinado-res j confirmados do evento a Cooperativa de Crdito Sicredi Vale do Rio Pardo. Mais infor-maes por meio da fan page ht-tps://www.facebook.com/sema-nadoempreendedor.net.

    A partir da prxima segunda-feira, os medicamentos forneci-dos pelo Estado a usurios do Sistema nico de Sade (SUS), que at ento estavam sendo en-tregues no pavilho central do Parque da Oktoberfest, passaro a ser distribudos em um novo local. A Secretaria Municipal de Sade instalou o servio junto Central de Marcaes (Casa), com entrada pela Rua Ernesto Alves, 128.

    P a r a e v i -tar a formao de filas, a se-cretaria tam-bm ampliou os dias de dis-pensa dos me-dicamentos, estabelecendo da-tas fixas no calendrio. A en-trega ser feita sempre de 5 a 18 de cada ms, no horrio das 7h45 s 11h45 e das 13h30 s 17 horas. Excepcionalmente neste primeiro ms de mudana a en-trega ter incio um dia antes, j na segunda-feira, dia 4, em ra-zo de a data ter sido divulgada anteriormente.

    Segundo a coordenadora da

    Farmcia Municipal, Lidiane Henn, mais de 2 mil pessoas se deslocam todo ms para retirar os medicamentos de que neces-sitam para o tratamento de do-enas crnicas. Os remdios so fornecidos pelo Estado e a Pre-feitura atua apenas na entrega aos usurios, colocando funcio-nrios e estrutura disposio, conforme convnio firmado.

    A Farmcia do Estado fun-cionar todos os dias da se-mana, porm a dispensa de medicamentos ocorrer so-mente nos dias estabelecidos.

    Nos demais sero feitos enca-minhamentos de processos no-vos e reavaliaes.

    Lidiane refora que a altera-o de local refere-se somen-te aos medicamentos entregues pelo Estado. J os repassados pelo municpio permanecem sendo entregues na Farmcia Municipal, que desde o final de dezembro passou a funcionar na rua Ernesto Alves, 746.

    SANTA CRUZ

    Entrega de medicamentos do Estado ser feita na Casa

    Por ms, mais de 2 mil pessoas comparecem para retirar remdios usados contra doenas crnicas

    ORGANIZAO

    Semana do Empreendedor festeja dez anos

  • 6Gazeta do Sul

    GERALQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    A 13 Coordenadoria Regional de Sade (CRS), que tem sede em Santa Cruz do Sul, reuniu ontem pela manh representantes das secretarias municipais de Sade para expor detalhes sobre a Pol-tica Estadual de Cofinanciamen-to de Insumos Hospitalares para uso Domiciliar. O primeiro item a ser fornecido so fraldas para pacientes com incontinncia uri-nria ou fecal.

    C o n f o r m e a coordenado-ra regional de Sade, Eliana Giehl, a ofer-ta de fraldas era feita diretamen-te pelo Estado, para pessoas ca-dastradas. Com o novo programa, o governo vai repassar recursos aos municpios, para que esses faam a compra, a distribuio e o gerenciamento do cadastro. Se-ro R$ 180,00 por ms, por pa-ciente inscrito. Reunimos os re-presentantes das secretarias mu-nicipais para explicar o funcio-namento e como dever ser fei-

    ta a prestao de contas, salien-tou Eliana. Cada municpio de-ver definir o local e o calend-rio de entrega.

    Para se cadastrar no programa, a pessoa deve ter um laudo assi-nado por mdico do SUS, onde consta o diagnstico da doena, a identificao do usurio (adul-to ou criana) e o tamanho das fraldas. O programa disponibi-liza 180 unidades por ms (seis por dia). Eliana acredita que, com o repasse dos recursos para os municpios, haver mais agi-

    lidade na com-pra e na distri-buio para os usurios.

    S e g u n d o Gislaine Alves Carneiro, co-ordenadora do

    programa na regio, nos 13 mu-nicpios atendidos pela CRS exis-tem em torno de 500 pessoas re-cebendo fraldas. Dessas, 300 em Santa Cruz. Salienta que os n-meros so muito variveis. As-sim como h usurios saindo do programa, h outros sendo inclu-dos. Em breve, sero disponibi-lizados outros itens para uso em domiclio.

    A Assembleia Legislativa foi representada ontem pelo presi-dente Gilmar Sossella (PDT) na abertura oficial do 34 Congresso dos Municpios do Rio Grande do Sul, no Centro de Eventos do Plaza So Rafael, em Porto Ale-gre. O evento realizado pela Fe-derao das Associaes de Mu-nicpios do Rio Grande do Sul (Famurs) e pelo Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do Estado e tem como tema Para

    onde vamos? O futuro do RS e do Brasil em debate. A pauta muni-cipalista do congresso deste ano pela desonerao das compras efetuadas pelas prefeituras.

    Na exposio das aes do Parlamento, foram detalhados os temas em foco na assembleia, como a renegociao da dvida do Estado com a Unio, que hoje ultrapassa os R$ 50 bilhes. Se-gundo Sossella, necessrio mu-dar essa realidade com o apoio do

    Congresso Nacional. O assun-to est para ser votado no Sena-do, com alteraes na correo e nos juros praticados atualmen-te. Outra pauta em destaque so as estradas, com implementao de projetos relativos a ferrovias e hidrovias. A explorao do car-vo mineral como fonte de ener-gia e a distribuio dos royalties do petrleo e do pr-sal tambm esto entre os assuntos priorit-rios.

    MUNICPIOS

    Assembleia destaca aes durante congressoSADE

    Municpios vo assumir a distribuio de fraldas

    Reunio na Coordenadoria serviu para detalhar novo programa

    Jos Augusto Borowsky

    [email protected]

    Governo vai repassar recursos aos municpios, que faro a compra, a distribuio e o cadastro

    Lula

    Hel

    fer

  • 7Gazeta do Sul

    GERAL QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    A partir de amanh, o Escri-trio Municipal de Defesa do Consumidor (Edecon) far alte-rao no horrio de atendimen-to ao pblico o trabalho come-ar uma hora mais tarde. O ex-pediente externo ir das 9 horas s 11h30 e das 13h30 s 17 ho-ras. A cada ms, o escritrio re-aliza cerca de 300 atendimentos de pessoas que buscam solucio-nar questes referentes a con-flitos nas relaes de consumo. Segundo o coordenador, Marce-lo Portela Estula, a resolutivida-de alcana 80% dos casos. O en-dereo do servio Rua Coronel Oscar Jost, 1.551, sala 106. Os telefones para contato so o (51) 3711 4548 e o 3719 5478.

    GESTANTES Ser realizada nos prximos dias 11 e 13 mais uma edio do Encontro de Gestantes, promovido pelo Hospital Santa Cruz (HSC). As reunies so bimestrais e ocorrem na instituio com pales-tras para a sade e o bem-estar da gestao ao nascimento. As orienta-es so oferecidas por assistentes sociais, fi sioterapeutas, psiclogos, enfermeiros e nutricionistas. Podem participar as futuras mames e os acompanhantes, de todos os tipos de convnios, SUS e particular. A parti-cipao gratuita. Inscries pelo telefone (51) 3713 7410.

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  • Eleies e agricultura

    Apesar do aborrecimento pela propaganda gratuita no rdio e TV, uma eleio, com a possibilidade de mudana, traz esperana. Uma chance de trocar pessoas, pensamentos, objetivos, enfim, mudana de polticas pblicas. A agricultura brasileira precisa disso. E a urgncia vai muito alm do problema de logstica, j bem conhecido. A agricultura tem, de muito, sido a ncora econmica brasileira. Cresceu embalada por novas tecnologias, novos investimentos, por vezes com preos internacionais atrativos. Mas novos tempos se avizinham. Foi divulgado que os preos internacionais de commodities agrcolas devero cair nos dois prximos anos. At agora, crises de preos baixos foram vencidas com aumentos na produtividade, mas este elstico est quase no limite. No deve ser mais esperado crescimento significativo nas produtividades, pois nossa produtividade j alta, cada vez mais prxima do que o ambiente permite.

    Grosseiramente, pode se dividir os produtores rurais em trs tamanhos. Os pequenos (enquadrados normalmente como agricultores familiares), os mdios e os grandes. Os pequenos, bem ou mal, vm sendo assistidos, muitas vezes subsidiados por diversos programas governamentais especiais, dirigidos especialmente agricultura familiar. No quero aqui discutir o uso de recursos pblicos em assentamentos que, muitas vezes, se configuram como

    investimentos duvidosos. Os programas existem. Os grandes, por sua capacidade econmica e gerencial, mais sua escala de produo, tm conseguido produzir a custos muito competitivos. Existem problemas, mas as grandes empresas tm recursos para enfrent-los. E os mdios?

    Os agricultores mdios constituem uma vasta legio, responsveis por significativa parte da produo nacional. Os agricultores mdios vivem, trabalham, se divertem em sua cidade no interior. Compram na revenda da esquina, nas lojas de sua cidade, contratam os profissionais do interior. Muito diferente das grandes empresas agrcolas. Assim, em funo de sua escala de produo, seu produto mais caro. Sua competitividade menor no mercado. Por isso a agricultura de mdio porte vem diminuindo de tamanho no Brasil. Em algumas regies as cooperativas tm tido papel

    importantssimo na manuteno do mdio agricultor. Mas onde esto os programas de governo? Onde esto as polticas pblicas visando manuteno deste segmento fundamental de nossa sociedade? Por exemplo, o que acontecer no Estado de So Paulo com os mdios produtores de laranja expulsos da atividade pelo greening? desejvel que todos arrendem suas terras para usinas? Outro exemplo: os pequenos ficaram desobrigados da rea de reserva, no atual Cdigo Florestal, mas os mdios foram tratados como grandes, sem uma transio minimamente aceitvel.

    Nota-se um aumento no nmero de grandes grupos, inclusive com empresas de capital aberto, atuando na agricultura brasileira. Isso tem trazido competitividade. Enquanto os preos internacionais estiverem altos, h esperana para os mdios agricultores, mas isso deve mudar. Ento, o que ser daqueles que esto sendo expulsos da atividade? isso que queremos? De um lado grandes empresas agrcolas, muito eficientes e de outro o agricultor familiar muitas vezes subsidiado? No meio de um deserto? Qual a consequncia para a economia da maioria dos municpios?

    Eleies: tempo de discusso de ideias e de mudar polticas. Quem encampa a defesa do mdio produtor rural brasileiro?

    Ciro Antonio RosolemMembro do Conselho Cientfi co para a Agricultura Sustentvel (CCAS), professor

    Democracia

    Os agricultores mdios constituem uma vasta legio, responsveis por signifi cativa parte da produo nacional. Os agricultores mdios vivem, trabalham e se divertem em sua cidade

    Pela ordem: o tacape, o mito e o embuste. Fo-ram estes os trs instrumentos de que se va-leu o homem, sempre, at hoje, para assumir o poder sobre os da sua espcie. Tudo por culpa do instinto gregrio do animal: foi por causa dessa verdade natural que nasceu o poder. claro que o agrupamento de muitos animais da mesma espcie impe regras exigidas pela sobrevivncia, o instin-to maior dos indivduos. O poder se fez necessrio porque os primatas, atrelados fora gregria, se entregaram tanto quele ato gostoso da reprodu-o, se multiplicaram tanto e chegaram a um pon-to tal, que foi preciso organizar a baguna.

    Tudo comeou com o tacape para tirar da lia o adversrio que pretendesse o poder. Quer como instrumento perfurante ou contundente, quer na forma de humanos feitos senhores da vida e da morte pela fora dos exrcitos. Ao poder conquis-tado pelo tacape, seguiu-se o poder abocanhado pelo mito e pelo embuste.

    O mito aquela coisa que ningum explica: a herana do poder, os reis indicados ou escolhidos por Jav no antigo testamento, por exemplo. E no escapa dessa ideia de mito tambm o poder aristo-crtico e o das oligarquias, antecedentes do embus-te da democracia de Drcon, Pricles e Clstenes.

    Essa democracia nascida em Atenas no passou de empulhao. Ela s usou o nome do povo para esfarinhar o poder dos aristocratas, substituindo-os por outros privilegiados. O vulgo, que o demo, lhe empresta uma falsa etimologia. E dessa falcia a democracia nunca se livrou. O povo continua de fora. No ele que escolhe os pretendentes ao po-der. No ele que faz a triagem. So os partidos polticos e as leis criadas pelos prprios interessa-dos em se manter no poder. Algum do povo, ile-trado e pobre, que chegar ao poder por acaso, se transformar em palestrante internacional sbio e rico. E deixar de ser povo.

    Ento, democracia isso: o povo obrigado a escolher, entre meia dzia de gatos pingados que lhe empurram goela abaixo, quem vai ficar com o dinheiro (fruto do trabalho do povo), quem vai di-zer o que o povo pode ou no pode fazer.

    Essa a democracia, metfora cheia de nove-las e discursos, que se usa para designar o poder dos espertalhes. em nome dela que mofamos nas filas do SUS, nas filas dos bancos, nas filas das reparties pblicas, nas filas dos pedgios, nos engarrafamentos. em nome dela que so-mos malpagos, carregados como gado, apertados e bolinados no metr, nos trens, nos nibus, que somos obrigados a engolir sapos e a meter o rabo entre as pernas.

    o nosso dever escolher quem vai nos ferrar, quem vai lavar a gua a nossa custa, quem vai con-tinuar a nos deixar sem segurana, fazendo leis para proteger bandidos, sem educao, sem sade, sem emprego, sem moradia, sem comer bombom antes de dirigir, e sem o elementar direito de levar o tacape de fogo na cintura ou na bolsa. Negado para quem quer o direito vida, o tacape s per-mitido para quem quer se manter no poder.

    Joo Eichbaum Advogado e escritor

    Gazeta do Sul

    OPINIOQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

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  • 9Gazeta do Sul

    GERAL QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    Os prefeitos que integram a As-sociao dos Municpios Produ-tores de Tabaco (Amprotabaco) no querem ser pegos de surpre-sa durante a Conferncia das Par-tes (COP 6) da Conveno-Qua-dro para o Controle do Tabaco (CQCT), que vai ser realizada no ms de outubro, em Moscou. Para tanto, intensificam as atividades preparatrias no sentido de asse-gurar que a posio do Pas no ser de restries cadeia produ-tiva do tabaco, nela includa o cul-tivo da planta e o consumo de ci-garros. Entre as prximas aes esto visitas aos ministrios e a definio da co-mitiva que viaja Rssia.

    O presiden-te da Amprotabaco e prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst, garante que a associao estar re-presentada em Moscou por prefei-tos dos trs estados do Sul. Quem

    vai o de menos, o importante ter voz, ressaltou ontem aps a reunio entre representantes da Amprotabaco e de entidades que

    defendem a fu-micultura, rea-lizada em So Joo do Triunfo, no Paran. Na segunda quin-zena de agosto, a entidade ratifi-

    car a defesa da fumicultura jun-to aos ministrios, entre eles o da Sade, que possuem relao com a Comisso Nacional para Imple-mentao da Conveno-Quadro

    para o Controle do Tabaco (Co-nicq). O grupo subsidia a posio dos representantes brasileiros nas negociaes da COP 6.

    A pauta do evento ainda des-conhecida pelos prefeitos e por entidades que defendem a fumi-cultura, mas possvel que os ar-tigos j discutidos anteriormente, que abordam questes relaciona-das diversificao e proteo ao meio ambiente e sade das pessoas, sejam retomados. Outra questo que pode ser discutida sobre mudanas nas embalagens de cigarros, com prioridade para advertncias. Vamos aguardar

    TABACO Gestores dos municpios pretendem se certificar sobre a posio do Pas na COP 6. Comitiva a ser definida viajar para a Rssia

    Amprotabaco quer ser ouvida nos ministrios

    Telmo Kirst, lder da entidade, disse que o importante ter voz

    Marlia Gehrke

    [email protected]

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    A realidade da regio Sul do Pas e sua economia baseada na ca-deia produtiva do tabaco no devidamente conhecida e reconhe-cida na Capital Federal, segundo o prefeito de So Joo do Triun-fo e vice-presidente da Amprotabaco, Marcelo Hauagge Distfa-no. A gente v que em Braslia eles tm dados atrasados dos nos-sos municpios, comentou. Para ele, o governo federal deveria ser mais efetivo na fiscalizao do contrabando de cigarros, prtica que afeta negativamente a cadeia produtiva.

    J o prefeito de Santa Cruz e presidente da Amprotabaco, Tel-mo Kirst, reforou que contrrio a qualquer iniciativa que pos-sa colocar em risco as atividades da produo de tabaco. Todos os prefeitos se preocupam em diversificar a produo, mas quere-mos, primeiro, garantir o que j temos e o que tabaco nos propor-ciona. A nossa bandeira representa a defesa da economia dos nos-sos municpios e do emprego da nossa gente, disse.

    Reconhecimento e diversificao

    a publicao da OMS (Organi-zao Mundial da Sade) a par-tir do dia 17, comentou o presi-dente da Associao dos Fumi-cultores do Brasil (Afubra), Be-ncio Werner.

    O presidente do Sindicato Inte-restadual da Indstria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schnke, lem-bra que as definies para a COP 6 e o prprio evento costumam ser muito restritos. S que desta vez, ao contrrio dos anos anteriores,

    em que polticos e lderes de en-tidades foram proibidos de parti-cipar das discusses da COP 6 da CQCT, o objetivo participar di-retamente da atividade. A ideia que representantes da regio, en-tre polticos, lderes de entidades e fumicultores, possam participar. A Afubra e o Sinditabaco confir-maram que tero representantes na Rssia. possvel que os pr-prios presidentes das entidades viajem em outubro.

    A pauta ainda desconhecida pelos prefeitos e por entidades do setor fumageiro

  • 10Gazeta do Sul

    GERALQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    Homenagem pelo Aniversrio

    Na longa jornada da vida, muitos mestres encontramos, alguns seguimos, outros per-demos, dentre todos, um deles o que mais amamos. Seu nome simples e fcil de pro-nunciar, Pai, e, em nossos coraes, voc sempre ter um lar.

    Hoje seria o seu aniversrio e o nosso maior desejo era poder lhe abraar. Porm, nos contentamos em relembrar os momen-tos maravilhosos que tivemos ao seu lado.

    Jamais deixar de ser o nosso orgulho. Sentiremos saudades e o amaremos eternamente.

    Da esposa Irmgard, fi lha Marlene e esposo Lisandro, fi lho Carlos Alberto e esposa Eliete, netas Tatiana, Gabriela e Jssica.

    Guido Koehler

    Participao de Falecimento e Convite para Sepultamento

    Guido Frankeocorrido nessa quarta-feira, no Hospital Ana Nery, aos 77 anos.

    O corpo est sendo velado na Cmara de Vereadores de Vera Cruz, e a cerimnia de encomendao ser nes-ta quinta-feira, s 10 horas. Logo aps, o sepultamento ser no Cemitrio Evanglico de Vera Cruz.

    Esposa Norma Franke, fi lhos Anelise e Geraldo Back, Ricardo Franke (IM) e Dernise Franke, Clvis Frantz, netos Felipe Back e Deisiane de Cas-tro, Rafael Franke e Camila Capeletti, Rodrigo Franke e Bruna Brutscher, irmo Astor Franke e famlia, cunhado Almiro Wendland e famlia com profundo pesar, comunicam o falecimento do sempre lembrado esposo, pai, sogro, av, irmo, cunhado e tio

    Homenagem pelo 10 Ano de Falecimento e Aniversrio

    Me, faria 70 anos, a dor que deixou em nossos coraes transformou-se em saudade. Saudade do tempo em que mostrou para mim em conduta e exemplo como ser uma pessoa digna.

    A fortaleza que foi, fi cou evidente durante a sua enfermidade, quando jamais deixou trans-parecer o seu sofrimento!

    A sua presena, sua alegria, seu jeito Tuti de ser, continuam vivos entre seus familiares, amigos e jamais se apa-garo de nossos coraes.

    Filho Airton Roberto Freese e esposa Aline Luisa Mller, Armin-do Freese (IM), irms Ilse, Irac e demais familiares e amigos.

    31/7/2004

    Nomia Freese (Tuti)

    ocorrido nessa quarta-feira, no Hospital Santa Cruz, aos 84 anos.

    O corpo est sendo velado na Escola Cen-tenria de Rio Pardinho, e o sepultamento ser hoje, quinta-feira, s 10 horas, no cemitrio Centenrio de Rio Pardinho.

    Funerria Halmenschlager

    Participao de Falecimento e Convite para Sepultamento

    Vvo. Heino Ruben Froemming

    Almiro Ebert e famlia, irm Vva. Traudi Lessing e fi lhos, cunhados Vvo. Arlindo Reinke e famlia, Arnildo Reinke e famlia, Vvo. Eno Baier e famlia, sobrinha Marlise Diehl e demais familiares comunicam parentes e amigos o falecimento do sempre lembrado irmo, cunhado e tio

    Anncios Fnebres

    COQUETEL A diretoria do Clu-be Arte de Viver ir oferecer, no dia 6 de agosto, um coquetel na sala da Assemp, no Parque da Oktober-fest, para as debutantes da terceira idade e suas coordenadoras. O Bai-le dos Sonhos est marcado para o dia 15 de agosto, s 14 horas, no Complexo Gazeta Inside.

    Jairo da Silva foi condenado nesta semana pelo Tribunal do Jri de Santa Cruz do Sul por ter assassinado a mulher Lasa Mai-t do Nascimento no ano pas-sado. O ru foi condenado a 17 anos de recluso em regime fe-chado por homicdio qualificado por ter dificultado a defesa da v-

    tima, j que o crime foi cometido mediante surpresa, agravado por ele ser reincidente e por se tratar de crime contra a mulher. Silva no ter direito de recorrer em li-berdade. A defesa negou a auto-ria do crime. O jri, realizado na ltima tera-feira, foi coordenado pelo juiz Gerson Petry.

    A AES Sul antecipou para hoje o incio da troca de geladei-ras em Santa Cruz do Sul, que estava prevista para comear em 4 de agosto. A substituio de geladeiras faz parte do Progra-ma Transformando Consumido-res em Clientes. Em Santa Cruz sero trocadas 70 geladeiras, de um total de 320 que esto sen-do entregues a famlias do Vale do Rio Pardo.

    As geladeiras antigas, com

    alto consumo de energia eltri-ca, so trocadas por aparelhos novos, com Selo Procel e bai-xo consumo. Sero beneficiadas famlias que j tiveram suas ge-ladeiras antigas diagnosticadas por se tratar de aparelhos ine-ficientes que, alm do alto con-sumo, tm problemas de ferru-gem e de vedao nas portas e borrachas.

    O Programa de Eficincia Energtica Transformando Con-

    sumidores em Clientes um conjunto de iniciativas da AES Sul, que visam ao uso racional e seguro da energia eltrica, com a execuo de vrias melhorias nas instalaes dos clientes. No ciclo 20092012 a AES Sul in-vestiu R$ 20 milhes, benefi-ciando em torno de 250 mil pes-soas. Agora, com o novo ciclo, o investimento total ser de R$ 38 milhes, atingindo quase 500 mil pessoas.

    O Senac Santa Cruz do Sul in-forma s empresas que j est re-cebendo indicaes de alunos para participar do Programa Jo-vem Aprendiz. Ele ser ofereci-do no Cemuc de Venncio Aires a partir do dia 18 de agosto e na Unidade do Senac Santa Cruz do Sul a partir do dia 25. Os jovens podero se capacitar nos cursos de Aprendizagem Profissional Co-mercial em Servios de Vendas.

    As capacitaes do Progra-ma Jovem Aprendiz possibilitam que jovens de 14 a 24 anos incom-pletos, que estejam matriculados e frequentando, no mnimo, a 6

    srie do ensino fundamental, re-alizem de mil a 1,2 mil horas de aula, sendo parte tericas no Se-nac e parte em uma empresa, com prtica supervisionada. Os alunos so remunerados durante todo o curso e recebem diversos benef-cios como registro na carteira de trabalho e direitos trabalhistas e previdencirios.

    Os empresrios tambm tm vantagens. O Programa Jovem Aprendiz gratuito para empresas contribuintes do Senac, o recolhi-mento no FGTS de apenas 2,5% e as organizaes podem contar com jovens qualificados para atu-ar em suas organizaes.

    Mais informaes pelo tele-fone (51) 3711 6460 ou no site www.senacrs.com.br/santacru-zdosul.

    SANTA CRUZ

    AES Sul antecipa substituio de geladeirasCRIME

    Jurados condenam homem a 17 anos

    OPORTUNIDADE

    Senac Sta. Cruz inscreve para curso do Programa Jovem Aprendiz

    ocorrido nessa quarta-feira, no Hospital Santa Cruz, aos 71 anos. O corpo est sendo velado na Comunidade Imaculada Conceio, de Cerro Alegre Alto, onde haver missa de corpo presente nesta quin-ta-feira, s 15h30. O sepultamento ser logo aps no Cemitrio Ca-tlico de Cerro Alegre Alto.

    Participao de Falecimento e Convite para Sepultamento

    Esposa Erica Hiester, filhos Arnoldo Hies-ter e famlia, Marlene Rabuske e famlia, Paulo Hiester e famlia, Romeu Hiester e famlia, Jos Hiester e famlia, Lurdes Maria Vogt (j faleci-da) e famlia, e demais parentes e amigos, comu-nicam o falecimento do sempre lembrado esposo, pai, sogro, av, irmo, cunhado e tio

    Arnildo Pedro Hiester

    Funerria Halmenschlager

    O programa gratuito para empresas contribuintes do Senac e o recolhimento do FGTS de apenas 2,5%

  • 11Gazeta do Sul

    GERAL QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    SEXTA MALUCA NO ESPAO BAILANTA Imperdvel! Nesta sexta-feira, 1/8, no Espao Bailanta, uma superpromoo para voc. Elas no pagam ingresso at as 23 horas, eles at as 23 horas, R$ 10. Sorteio de R$ 200 em dinheiro durante o Baile. Na copa, 2 cervejas Kaiser por R$ 10 a noite toda (se beber, no dirija). No palco, Musical Encantus e Dj Carlo. Sexta da Bailanta, aqui s as melhores promoes.

    FESTA DA PADROEIRA SANTA CLARA Dia 3/8/14, no Corredor Zanette, Bairro Esmeralda. s 10 horas, missa; meio-dia, almoo com galinhada, cuca, linguia e diversas saladas. Antecipados R$ 11 na Confeitaria

    Bohnen, Lambert Bebidas e com a Diretoria. Animao: s 14 horas, Valdecir e Pedrinho e, 17 horas, Banda Scala.

    GIGANTHE Amanh, sexta-feira, 1/8, o Giganthe traz Banda Magia e Scala na Noite Delas do Giganthe. Ingresso R$ 5 para elas das 23 horas at meia-noite. BAILE QUINTA-FEIRA TARDE NO ESPAO BAILANTA Venha danar e se divertir nesta quinta-feira, 31/7, no Espao Bailanta. Incio 14 horas, ingressos R$ 5 at as 14 horas, aps R$ 8. Cerveja Kaiser R$ 5 a tarde toda (se beber, no dirija). Sorteio de brindes. Animao: Lito e Cia.

    Bailes e diverses

    O Programa de Mestrado e Doutorado em Direito da Uni-versidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) encerrou ontem um momento marcante em sua histria. De segunda a quarta-feira, foram realizadas as pri-meiras bancas de defesa de mestrado resultante do conv-nio de dupla titulao firmado entre a Unisc e a Universida-de do Minho (Uminho), insti-tuio pblica sediada em Bra-ga, no Norte de Portugal. Pelo acordo assinado entre as duas instituies, os alunos fize-ram, alm dos seus estudos na Unisc, parte das disciplinas dos mestrados em Autarquias Lo-cais e Direitos Humanos na ins-tituio portu-guesa. Segun-do a Unisc, um divisor de guas no que diz respeito impor tnc ia internacional da ps-gradu-ao.

    As dissertaes, com temas que sejam pertinentes aos cur-sos das duas instituies, foram orientadas por um professor da

    Nas defesas, foram emitidas sempre duas notas em cada ban-ca de 0 a 10 no Brasil e de 0 a 20 em Portugal. As duas ava-liaes para cada trabalho ocorrem em face dos dois diplomas emitidos para os novos mestres em Direito. Alm de diversos do-centes vindos de Portugal, a defesa contou com a participao de professores diretamente de Braga, por videoconferncia. No to-tal foram sete bancas. Em novembro, mais dez defesas esto pro-gramas, essas em Portugal. Para Clarid Taffarel, uma das mes-trandas aprovadas na segunda-feira, orientanda de Ricardo Her-many, a iniciativa pioneira da Unisc foi estimulante, pois alm do desafio pelo contato com uma nova cultura, a dissertao ga-nha muito em qualidade Amplia-se em muito o conjunto de au-tores pesquisados, avalia. Clarid versou sobre a problemtica da partilha dos royalties do pr-sal brasileiro.

    Mestrandos obtm dupla titulao na UniscENSINO SUPERIOR

    Bancas de defesa foram realizadas entre segunda-feira e ontem

    Unisc e outro da Uminho, o que permite que o mestrando re-

    ceba ao final dois ttulos de Mestre em Di-reito, um bra-sileiro e ou-tro portugus esse com va-lidade em toda a Unio Euro-peia.

    Esse processo refora a internacionalizao da nossa ps-graduao, sendo um dos fatores relevantes para a ava-

    Tratativas para tornar possvel o convnio foram conduzidas pelo chefe do Departamento de Direito, professor Ricardo Hermany

    liao do curso junto ao MEC/Capes, diz a coordenadora do Mestrado e Doutorado em Direito, professora Marli da Costa.

    As tratativas para a opera-cionalizao do convnio fo-ram conduzidas pelo profes-sor Ricardo Hermany, chefe do Departamento de Direito, durante seu ps-doutorado re-alizado em Portugal. a re-alizao de algo que foi tra-balhado e conduzido com es-foro e dedicao nos ltimos anos, avalia.

    Dupla avaliao

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  • 12Gazeta do Sul

    POLCIAQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    (51)2106.1555

    Nos prximos meses, a Supe-rintendncia de Servios Peniten-cirios (Susepe) pretende redu-zir pela metade o total de apena-dos no Presdio Regional de San-ta Cruz do Sul. Somente no regi-me fechado, 348 detentos cum-prem pena atualmente, sendo que a capacidade de 168. Ou-tros 138 esto no regime semia-berto. Com a reduo da popu-lao carcerria, o rgo preten-de realizar reformas e melhorias na casa prisional. Um dos obje-tivos utilizar a rea superior do albergue para a criao de um es-pao destinado s mulheres que esto presas.

    Para chegar a esse nmero, a Susepe possui uma estratgia que passa por dois pontos. A primei-ra a utilizao de tornozeleiras eletrnicas. Os equipamentos, que permitem o monitoramento dos presos fora das cadeias, se-ro utilizados nos apenados que esto atualmente no albergue. Eles podero dormir em casa, desocupando as vagas, desde que obedeam diversos crit-rios. Com isso, conforme o de-legado peniten-cirio regional, Anderson Lou-zado, ser pos-svel esvaziar essas celas. As tornozeleiras j foram adquiridas e devem passar a ser usadas at o final de agosto. Na segunda-fei-ra, os agentes penitencirios ini-ciam um treinamento para o uso dos equipamentos.

    Aliado a isso, a Susepe garante que a inaugurao de uma nova penitenciria em Venncio Aires permitir a retirada de mais 125 apenados que hoje esto em San-ta Cruz do Sul. Se essa mudana tivesse acontecido ontem, resta-riam 223 detentos do regime fe-

    chado na penitenciria, sendo 23 mulheres. No entanto, a popula-o carcerria flutua diariamen-te, o que no permite estabelecer o nmero de apenados que res-taro no Regional aps as trans-ferncias.

    A possibilidade de uma redu-o de mais de 50% do total de apenados vista como um avan-o pela Susepe. A cultura do aprisionamento, de que aque-le que est preso tem que pagar, o fator que gera essa nossa so-ciedade violenta, afirmou Lou-zado. O presidente da Comisso dos Direitos Humanos da Assem-bleia Legislativa, deputado Jefer-son Fernandes, que visitou on-tem as instalaes da penitenci-ria, considerou a iniciativa posi-tiva. Somos defensores de que a priso tem que ser a exceo. No Brasil isso ao contrrio, embora muitos pensem que no. Temos a 4 populao carcerria mundial. So 500 mil presos, 30 mil s no Rio Grande do Sul. Essas casas no foram feitas para isso.

    Com as mudanas, a Suse-pe pretende melhorar o atendi-mento tanto aos apenados como aos familiares. Hoje no Pres-

    dio Regional os detentos con-tam com aten-dimento odon-tolgico e am-bulatorial. Os apenados no precisam deixar a penitenciria para ter aces-

    so a esses servios. A penitenci-ria mantm ainda uma fbrica de pufes, onde so empregados detentos do regime semiaberto. Eu defendo que todo cumpri-mento de pena seja com ocupa-o, como essa. O Estado preci-sa dar condies para que essa pessoa mantenha os laos com a famlia, tenha uma ocupao e possa ser reintegrada, disse o deputado que visitou o espa-o onde atualmente trabalham 8 detentos.

    A 8 Delegacia Penitenciria Regional deu incio ontem em Santa Cruz a um debate sobre di-reitos humanos e o sistema car-cerrio. O secretrio de Seguran-a Pblica do Estado, Airton Mi-chels, manifestou sua preocupa-o com a situao do sistema no Brasil. Passados 30 anos (aps a criao da Lei de Execues Pe-nais) a realidade foi para um lado e a lei para outro, afirmou, des-tacando que de 1995 para 2010 a populao carcerria brasileira saltou de 148 mil para 400 mil.

    H uma carncia brutal de vagas no sistema prisional bra-sileiro. Ns temos que gerar va-gas. No adianta se querer fazer ressocializao ou mesmo man-ter algum preso em presdio su-perlotado. No possvel. Mi-chels levantou ainda debates so-bre outros temas como a polti-

    ca de combate s drogas. Pren-de-se cinco hoje e amanh tem outros cinco no lugar. O proble-ma agora que isso est beiran-do o ridculo. Eu sei que a dro-ga ruim, mas o que temos feito no tem feito bem para ningum. E falta droga em alguma esqui-na? No, no falta.

    O secretrio enfatizou ain-da que os estados encontram di-ficuldade para aplicar verbas destinadas construo de pre-sdios. Ningum quer cadeia perto. Mas precisamos de novas vagas porque vamos continuar prendendo.

    O primeiro palestrante foi o presidente da Comisso de Di-reitos Humanos da Assembleia Legislativa, Jeferson Fernandes. O seminrio segue durante o dia de hoje na sede do Sindicato dos Bancrios.

    Com a reduo do total de ape-nados, a Susepe projeta transfor-mar a ala superior do albergue, onde hoje esto os detentos do semiaberto, em uma rea femi-nina. Para isso, o espao passar por reformas. Atualmente, as 23 mulheres que cumprem pena no Presdio Regional esto alocadas em duas celas. O espao, confor-me a prpria Susepe, no o mais adequado para as detentas.

    A priso de mulheres vem crescendo, principalmente pelo trfico de drogas. A populao

    feminina uma das que mais so-fre na cadeia. Quando uma mu-lher presa toda uma famlia desestruturada. E elas normal-mente no recebem visitas, ao contrrio dos homens. Elas so esquecidas. Por isso importan-te iniciativas como essas, de criar um espao para elas, afirmou Je-ferson Fernandes. Em mdia ape-nas 5% das mulheres recebem vi-sitas, enquanto esse nmero en-tre homens de 85%, segundo a Secretaria de Segurana Pblica do Estado.

    SANTA CRUZ O Presdio Regional abriga atualmente 348 detentos no regime fechado, em espao onde a capacidade para apenas 168

    Susepe quer reduzir apenados pela metadeLetcia Mendes

    [email protected]

    Com diretor do Regional, Luis Fernando Ferreira (centro) e Louzado (direita), Fernandes visitou local

    Para chegar a esse nmero, a Susepe possui uma estratgia que passa por dois pontos. A primeira a utilizao de tornozeleiras

    O equipamento Feita em borracha, com fibra tica por dentro, mede 9 cm de largura e tem uma bateria acoplada. O prprio monitorado ter obrigao de recarreg-la na luz diariamente.

    O monitoramento O programa personalizado e vai delimitar a rota e o tempo necessrio para percorr-la, determinando horrios para chegar e sair do trabalho e de casa. As informaes do trajeto, localizao e velocidade so repassadas instantaneamente Susepe, 24 horas por dia. A Central de Monitoramento recebe alertas para desvio de rota, rompimento ou dano do equipamento e entrada em rea de excluso.

    O que muda Atualmente, o apenado do regime semiaberto pode passar o dia fora da cadeia, desde que comprove que esteja trabalhando. No turno da noite ele retorna para o albergue da casa prisional. Com a tornozeleira ele poder dormir em casa, sem precisar ocupar uma vaga.

    Quem descumprir regras Caso no haja o contato com o monitorado em alguma dessas situaes, o detento ser dado como foragido do sistema, podendo retornar ao regime fechado. Ainda, no caso de estragar a tornozeleira, responder por dano ao patrimnio pblico.

    A TORNOZELEIRA

    O presdio que ter capa-cidade para abrigar 529 de-tentos no regime fechado est sendo mobiliado. Essa etapa deve levar mais cerca de 15 dias, conforme a Suse-pe. Depois disso, a peniten-ciria ainda precisa de libe-rao ambiental para iniciar o funcionamento. A expec-tativa de que isso aconte-a entre agosto e setembro. Alm dos apenados que es-to em presdios da regio, a cadeia receber 300 detentos do Vale do Ri Pardo que atu-almente cumprem pena no superlotado Presdio Cen-tral, em Porto Alegre.

    Penitenciria de Venncio Aires

    Debate aborda direitos humanos e presdios

    Michels: carncia brutal

    Parte do albergue ser umnovo espao para detentas

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  • 13Gazeta do Sul

    ECONOMIA QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    Indicadores econmicosINCC-M597,251Variao0,80%UPMR$ 237,11

    UPF/RSR$ 14,5479

    Mercado agrcola

    Fonte: EMATER/RS-ASCARPreos mdios conforme levantamento da Emater/RS Ascar no Estado

    Mel: R$ 10,00 (Quilo) Fumo BO1: R$ 9,22 (Quilo) Fumo TO2: R$ 7,41 (Quilo)

    Produto un. R$ mn. R$ max.Arroz saco 50 kg 33,50 37, 50Feijo saco 60 kg 80,00 160,00Milho saco 60 kg 20,00 27,00Soja saco 60 kg 54,00 61,00Sorgo saco 60kg 17,60 20,00Trigo saco 60 kg 27,00 33,00Boi gordo kg vivo 4,10 4,50

    Produto un. R$ mn. R$ max.Vaca gorda kg vivo 3,70 4,10Suno kg vivo 2,85 3,50Cordeiro kg vivo 3,80 4,50Leite litro 0,50 1,07

    Salrio mnimo regional1 R$ 868,002 R$ 887,983 R$ 908,124 R$ 943,98

    Dlar* Euro*Comercial Paralelo Turismo 2,243 2,41 3,0030

    *valores na vendaPoupana (Depsitos at 3/5/2012)31/07 0,5536% 01/08 0,6059% 02/08 0,6198%

    Poupana Nova (Depsitos a partir de 4/5/2012)31/07 0,5536% 01/08 0,6059% 02/08 0,6198%

    TR 06/08 0,6137% IGP-M (junho) -0,74% CDI 10,80%

    Salrio mnimo nacional

    R$ 724,00

    5 R$ 1.100,00

    Nova York No dia em que vencia sua dvida com os credores, a Argentina no alcanou um acor-do com os fundos que entraram na Justia americana para receber o valor integral de sua dvida. O mi-nistro da Economia do pas, Axel Kicillof, no entanto, negou que o pas tenha dado um calote, que se-ria o segundo em 13 anos.

    Em comunicado, o mediador do caso, Daniel Pollack, disse que, como nenhum acordo foi alcan-ado entre as partes, a Argentina est iminentemente em default. O ministro respondeu, na coletiva, que estava surpreso com a declara-o de Pollack.

    Mais cedo, a agncia Standard & Poors, que analisa o risco de po-tenciais calotes de ttulos, rebaixou a nota da Argentina de CCC- para SD (default seletivo).

    No incio da noite, a imprensa argentina noticiava que um grupo de bancos privados argentinos e os fundos litigantes teriam chegado a um acordo para comprar 100% dos ttulos destes ltimos, o que evita-ria o calote.

    Em troca, os credores concor-dariam em interceder pela suspen-so da execuo da sentena ante a Justia americana. A associao de bancos privados do pas, no en-tanto, negou a informao. Porm, Kicillof no afastou a possibilidade de acerto entre partes privadas.

    Kicillof disse que, nos ltimos dois dias, apresentou uma propos-ta aos chamados fundos abutres (como a Argentina chama os cre-dores que disputam na Justia o di-reito de receber na ntegra o valor dos papis), mas que no envolvia a proposta dos bancos que seria algo entre instituies privadas, segundo ele.

    O governo argentino props uma troca de ttulos que daria um lucro de 300% aos fundos, que no

    foi aceita porque os fundos que-rem mais e querem agora, de acordo com o ministro.

    A Argentina queria a suspen-so da execuo da sentena, que a obrigava a pagar US$ 1,3 bilho aos credores litigantes, junto com o vencimento de mais uma parcela de sua dvida reestruturada, nessa quarta. O temor do governo Cris-tina Kirchner era de que os credo-res da dvida reestruturada acio-nassem uma clusula do contrato

    de reestruturao que impede que a Argentina oferea aos credores li-tigantes oferta melhor do que aos outros. A clusula vence em de-zembro, por isso o governo queria ganhar tempo. Os fundos abutres no esto dispostos a dar essa sus-penso. O que eles exigem, para nos dar a suspenso, que pags-semos mais a eles do que pagamos aos 92% dos credores que reestru-turaram a dvida em 2005 e 2010, disse Kicillof.

    Braslia Com a fraca ativida-de econmica, que vem afetando a arrecadao de impostos, o gover-no federal fez, no primeiro semes-tre, a menor economia para o pa-gamento de juros da dvida em 14 anos. De janeiro a junho, as recei-tas superaram em R$ 17,2 bilhes as despesas do governo federal com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos.

    O valor equivale a 0,69% do PIB (Produto Interno Bruto), me-nos da metade da economia fei-ta pelo governo federal no mes-mo perodo de 2013 (R$ 34,6 bi-lhes, ou 1,48% do PIB), e repre-senta apenas 21% da meta de su-peravit primrio para o ano. Em junho, houve um deficit primrio de R$ 1,9 bilho, o pior resulta-do para o ms da srie, que come-a em 1997.

    O Tesouro apontou efeito dos feriados da Copa do Mundo so-bre o desempenho do ms, alm do desaquecimento econmico. O resultado fiscal foi menos di-nmico, afirmou o secretrio do Tesouro, Arno Augustin, ao co-mentar os dados do ano.

    Segundo o secretrio, o Tesou-ro continua trabalhando com a meta e que confia em dois fen-menos no segundo semestre para que ela seja cumprida: mais cres-cimento econmico, com conse-quente alta de receita, e arrecada-o de parcelas do programa de parcelamento de dvidas tribut-rias, o Refis. (Folhapress)

    Braslia O ministro interi-no Mrcio Zimmermann (Mi-nas e Energia) informou nessa quarta-feira que o governo pre-tende repassar para o consumi-dor entre 2015 e 2017 os custos dos emprstimos feitos para o se-tor eltrico.

    O objetivo da captao foi so-correr as distribuidoras de ener-gia, empresas que atendem dire-tamente o consumidor e que no tm dinheiro em caixa para pa-gar pelos custos extras deste ano elevados por causa da forte seca que prejudicou o reabastecimen-to dos reservatrios das usinas hi-dreltricas e forou o uso intenso de usinas trmicas, mais caras.

    A declarao do ministro foi dada rdio CBN. Segundo Zimmermann, o governo espera um aumento de 2,6% nas tarifas dos consumidores em 2015, de 5% em 2016 e de 1,4% em 2017. Apesar dessa previso, a Aneel (Agncia Nacional de Energia Eltrica), responsvel pelo cl-culo e pela aplicao desses re-ajustes, informou na tera-feira que os emprstimos teriam um impacto de oito pontos percen-tuais nas tarifas de 2015 e nas de 2016. (Folhapress)

    MERCADO O principal ndice da Bolsa brasileira fechou em que-da pelo quarto dia nessa quarta-fei-ra. Os investidores aproveitaram o prego para vender aes e embol-sar lucros, enquanto digeriam dados da economia americana e aguarda-vam por nova pesquisa eleitoral no Brasil. A desvalorizao do Ibovespa foi de 0,42%, para 56.877 pontos. O volume fi nanceiro foi de R$ 5,219 bilhes em linha com a mdia diria do ms, de R$ 5,472 bilhes. O ndi-ce chegou a subir 0,56% no incio do dia, aps o PIB (Produto Interno Bru-to) dos EUA ter acelerado 4% no se-gundo trimestre deste ano, mas logo perdeu fora, pois o desempenho su-geriu que a economia americana j est em condies de caminhar com as prprias pernas, o que levantou cautela em relao ao futuro da po-ltica monetria nos EUA. A deciso do Fomc (comit de poltica monet-ria do Fed, banco central americano), no entanto, acalmou os investidores. Em linha com o esperado, a autorida-de reduziu seu estmulo econmico atravs de aquisies mensais de t-tulos pblicos. (Folhapress)

    PREOS Usado como referncia para a corre-o dos contratos de aluguel, o IGP-M (ndice Geral de Preos Mercado) caiu pelo terceiro ms conse-cutivo, segundo a Fundao Getulio Vargas (FGV). Em julho, o indicador teve deflao de 0,61%, aps queda de 0,74% em junho. Apesar do resultado de julho, o IGP-M acumula alta de 1,83% no ano e de

    5,32% em 12 meses. Em julho de 2013, o ndice havia subido 0,26%. O recuo do IGP-M foi puxa-do pelo ndice de Preos ao Produtor Amplo (IPA), que compe 60% do indicador e teve retrao de 1,11%, ante queda de 1,44% no ms passado. O re-sultado reflete o impacto dos produtos agropecu-rios. (Folhapress)

    NEGOCIAO DIFCIL Pas no alcanou um acordo com os fundos que entraram na Justia dos Estados Unidos para receber o valor integral de suas dvidas

    Mediador diz que calote da Argentina iminente

    ARRECADAO

    Governo registra o menor superavit em 14 anos

    CONSUMO

    Aumento na tarifa de energia ser diludo em 2 anos

  • 14Gazeta do Sul

    PAS/MUNDOQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    ACICaptao de Recursos para Investimentos

    04 de agosto, 18h30 s 20h30 ( inscrio 1kg de alimento no perecvel)

    Instrutor: Marlon Bentlin

    e-Social Teoria e Prtica da Obrigao Acessria (ABRH/RS)12 de agosto, das 18h s 22h - e 13 de agosto,

    das 08h s 12h e das 13h s 17h, na ACI.Instrutor: Carlos Antonio Souza Villela

    Cultura, Poder e Clima Organizacional (ABRH/RS)19 de agosto 18h30 s 22h30 e 20 de agosto

    das 8h s 18h, na ACI.Instrutor: rio Nascimento

    Um ataque israelense a uma escola da ONU na faixa de Gaza nessa quarta-feira provocou crti-cas dos Estados Unidos e das Na-es Unidas. Segundo as autori-dades de sade de Gaza, ao menos 15 pessoas morreram aps dispa-ros de tanques atingirem duas sa-las de aula da escola da UNRWA, a agncia da ONU para os refugia-dos palestinos, no campo de Jaba-liya, o maior de Gaza, onde cerca de 3.300 civis esto abrigados.

    A porta-voz da Casa Bran-ca, Bernadette Meehan, disse que os EUA esto extremamen-te preocupados com o fato de milhares de pa-lestinos no es-tarem seguros nos abrigos da ONU em Gaza. Meehan acres-centou que Wa-shington condena os respons-veis por esconder armas em ins-talaes da ONU, numa refern-cia ao grupo palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza.

    Um porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, disse BBC que Israel foi avisado 17 vezes da lo-calizao exata da escola e do fato de que ela abrigava refugiados. A ltima vez foi horas antes do ataque, afirmou ele. O Exrcito israelense alegou que radicais do

    Hamas lanaram bombas de um ponto prximo escola e que os militares atiraram de volta.

    Em visita Costa Rica, o se-cretrio-geral da Naes Unidas, Ban Ki-moon, classificou o ata-que como ultrajante e injustifi-cvel. responsabilidade do mundo nos dizer o que devemos fazer com mais de 200 mil pes-soas que esto dentro de nossas escolas pensando que a bandei-ra da ONU ir proteg-los, dis-se Abu Hasna, outro porta-voz da UNRWA. Este incidente de hoje (quarta-feira) prova que nenhum

    lugar seguro em Gaza.

    Desde o in-cio da opera-o israelense Margem Pro-tetora, no dia 8 de julho, mor-reram 1.346 pa-

    lestinos, a maioria civis, segundo as autoridades de sade de Gaza. Do lado israelense, so 56 solda-dos e trs civis mortos.

    A escola da ONU em Jabaliya a segunda atingida durante a atual ofensiva. No ltimo dia 24, um ataque a uma escola em Beit Hanun, norte de Gaza, matou 15 palestinos. O Exrcito israelense negou envolvimento. Israel acusa o Hamas de usar civis como es-cudo humano para proteger seus

    arsenais e centros operacionais instalados em igrejas, mesquitas e escolas.

    Em outro ataque nessa quarta, Israel bombardeou um movimen-tado mercado no bairro de Shu-jaya, na Cidade de Gaza, regio no includa na trgua de quatro horas proposta pelos israelenses por ser uma zona onde os solda-dos esto atualmente em ope-rao. Segundo as autoridades de sade palestinas, ao menos 17 pessoas morreram e 160 ficaram feridas na ao. (Folhapress)

    ORIENTE MDIO Desde o incio da operao, em 8 de julho, essa a segunda escola atingida durante os ataques israelenses. Mais de 1.400 pessoas j morreram

    Israel ataca outra escola da ONU em Gaza e mata 15

    Israel acusa o Hamas de usar civis como escudo humano para proteger seus arsenais e centros operacionais

    Londres O governo russo atacou nessa quarta-feira os Esta-dos Unidos e afirmou que as no-vas sanes impostas ao pas de-vem aumentar o custo da ener-gia na Europa. a primeira ma-nifestao oficial de Moscou so-bre as medidas anunciadas na ter-a-feira pelo governo americano e pela Unio Europeia para barrar o apoio russo aos separatistas do leste ucraniano.

    A Rssia fornece um tero do gs natural consumido pelos eu-ropeus. O setor foi includo no pa-cote de sanes, como a restrio de negociao de tecnologias com Moscou, por exemplo. A onda de sanes de Bruxelas tem cria-do barreiras para uma maior coo-perao com a Rssia numa esfe-ra to importante como a de ener-gia. um passo impensado e ir-responsvel que conduzir ine-vitavelmente a um aumento dos preos no mercado europeu, diz o governo russo.

    Dois comunicados foram di-vulgados pelo Ministrio de Re-laes Exteriores. Um deles, es-pecfico sobre os Estados Unidos, diz que possvel enxergar ele-mentos de comrcio sem escr-pulos e competio econmica nas aes do governo de Barack Obama. Diz, ainda, que a polti-ca americana mope e que as sanes so ilegtimas e des-trutivas.

    As novas medidas as mais du-ras contra a Rssia desde o fim da Guerra Fria, em 1991 buscam afetar as reas de energia, tecno-logia, finanas e defesa. A estrat-gia enfraquecer o apoio do pas aos rebeldes ucranianos.

    As potncias tambm acusam Moscou de no ter pressionado os separatistas a facilitar o aces-so ao local onde caram os destro-os do avio com 298 pessoas a bordo, provavelmente abatido por um mssil lanado pelos rebeldes. (Folhapress)

    SANES

    Rssia ameaa encarecer gs fornecido para os europeus

    Braslia A Vara de Execu-es do Distrito Federal reconhe-ceu nessa quarta-feira que o ex-deputado Jos Genoino tem direi-to a descontar 32 dias da prpria pena. Com essa reduo, ele po-deria ir para casa por ter cumpri-do um sexto da pena. A deciso de autorizar a progresso do re-gime semiaberto para o aberto, a ser cumprido em casa, caber ao Supremo Tribunal Federal.

    A juza Leila Cury escreveu numa deciso com data dessa quarta que, alm dos dias traba-lhados, os cursos de introdu-o informtica e internet e de Direito Constitucional fei-tos por Genoino na cadeia se en-quadram s exigncias para re-misso da pena.

    Segundo a deciso da juza, deliberaes sobre a mudana de regime para os condenados no mensalo esto sendo anali-sadas pelo Supremo. Por isso, ela remeteu a deciso ao novo rela-tor do caso, o ministro Lus Ro-berto Barroso.

    Na semana passada, a defesa de Genoino havia pedido a re-gresso do regime do semiaber-to para o aberto. Apesar de faltar um ms para o cumprimento de um sexto da pena, exigncia le-gal para a progresso de regime, os advogados de Genoino plei-teavam a remisso de 32 dias de trabalho e estudo dentro da peni-tenciria. Ele foi condenado a 4 anos e 8 meses por corrupo ati-va no regime semiaberto.

    Braslia O ex-presidente da Petrobras Amrica e primo de Jos Srgio Gabrielli, Jos Or-lando Melo de Azevedo, afirmou nessa quarta-feira, em depoimen-to CPI Mista da Petrobras, que no teve participao na disputa judicial envolvendo a refinaria de Pasadena (EUA), cuja aquisio deu prejuzo Petrobras.

    Azevedo afirmou que todas as decises relativas disputa com a Astra Oil, scia da Petrobras na refinaria de Pasadena, foram tomadas pela diretoria executi-va da estatal. Eu simplesmente atuava de forma a fazer cumprir as deliberaes da diretoria exe-cutiva da Petrobras, disse Aze-vedo, que ficou frente da Pe-trobras Amrica entre outubro

    de 2008 e janeiro de 2013. Eu cheguei em 2008, quando a refi-naria j tinha sido comprada e o processo na arbitragem j estava em andamento, afirmou.

    Seu depoimento irritou inte-grantes da oposio. O deputado Izalci Ferreira (PSDB-DF) che-gou a cham-lo de office-boy. mais ou menos como um offi-ce-boy? No tinha interferncia nenhuma?, questionou.

    Azevedo afirmou que foi con-duzido diretoria nos Estados Unidos pela sua atuao dentro da Petrobras, na qual ingressou em 1978, e no pelo parentesco com Gabrielli, que na poca pre-sidia a estatal. Em junho de 2014, Azevedo se aposentou pela Pe-trobras. (Folhapress)

    MENSALO

    PETROBRAS

    Os combates intensos entre o Exrcito da Ucrnia e separatis-tas pr-Rssia dessa quarta-feira impediram que inspetores inter-nacionais tivessem acesso ao lo-cal da queda do avio da Malay-sia Airlines, no leste do pas. A ae-ronave seguia de Amsterd para Kuala Lumpur e caiu na regio de Donetsk com 298 passageiros. A Ucrnia e pases ocidentais acu-sam separatistas pr-Rssia pela queda, no ltimo dia 17. Segundo o chefe da misso holandesa, Pieter-Jaap Aalbersberg, eles tentaram ir de Donetsk regio onde esto os destroos, mas voltaram atrs devi-do a um tiroteio. Infelizmente no esperamos que a situao melho-re nos prximos dias. O combate muito intenso e impede que nosso grupo viaje pela regio. Este o terceiro dia em que a misso tenta chegar ao local do acidente, onde pretende investigar as causas da tragdia e recuperar os corpos de mais de 90 passageiros.

    Genoino pode reduzir 32 dias de pena

    Primo de Gabrielli depe na Comisso

    UCRNIA

    Conflito dificulta acesso a local de queda de avio

  • 15Gazeta do Sul

    REGIONAL QUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    O segundo acidente na RSC-153, em Vale do Sol, foi registrado no limite do prazo que o Departamento Autno-mo de Estradas de Rodagem (Daer) estipulou em reunio com lderes do movimento re-gional na segunda-feira para o incio dos trabalhos no tre-cho. Na ocasio, o diretor-ge-ral da autarquia, Carlos Eduar-do Vieira, prometeu que a reti-rada do material formado por terra, rochas e rvores da pis-ta comearia pelos dois desli-zamentos de menores propor-es, localizados nos quilme-tros 300 e 311. Durante a tarde de ontem, equipes da empre-sa Conterra, contratada para o servio de conserva rotinei-ra, se encontravam no trecho aguardando a chegada das m-quinas para efetuar o servio que, segundo a autarquia, teve incio ainda ontem. A empresa tambm ser responsvel por reforar a sinalizao na rodo-via. O maior desmoronamen-to de terra fica localizado no quilmetro 307, aps o viadu-to Francisco Alves. No local, parte de um morro desabou no dia 28 de junho em funo das chuvas, bloqueando a pista nos dois sentidos.

    Lideranas do Vale do Rio Pardo estiveram outra vez reuni-das com os diretores do Depar-tamento Autnomo de Estradas de Rodagem (Daer) na manh de ontem para debater a situao da RSC-153, em Vale do Sol. O pre-feito do municpio, Clcio Hal-menschlager, que participou do encontro, conta que o diretor-ge-ral da autarquia, Carlos Eduardo Vieira, voltou a afirmar que a re-moo do material ser feita ain-da nesta semana. J o desvio pro-visrio deve comear a ser cons-trudo nos prximos dias. O or-

    amento da interveno foi con-cludo ontem.

    Com o processo finalizado, Vieira informou que a autarquia convidar imediatamente empre-sas interessadas em executar o projeto. A previso que a aber-tura das propostas ocorra at se-gunda-feira. O projeto do desvio foi mostrado em detalhes para a comitiva. A pista ter 250 metros de extenso e largura de 6 metros e receber revestimento primrio, em solo encascalhado. O trnsito ser em pista nica e controlado por dois semforos.

    E um descaso total. Podia ter ao menos

    placas sinalizando. No tem nada, nenhum galho de rvore

    Edson IserEmpresrio

    RSC-153 Dois motoristas colidiram na barreira de terra de menor porte, localizada na pista direita no sentido Herveiras-Santa Cruz

    Falta de sinalizao gera acidentes

    O passeio de sbado da fam-lia Iser regio serrana do Vale do Rio Pardo s no terminou em tragdia por sorte. No caminho de volta a Santa Cruz do Sul aps visita a parentes em Herveiras, o empresrio Edson foi surpreen-dido pela barreira de terra e pe-dras que cobre parte da pista da RSC-153, em Vale do Sol. No conseguiu evitar a coliso. Ape-sar de estar ciente do bloqueio, o motorista no identificou o ponto do deslizamento a tempo e jun-to com a esposa Vanessa e o fi-lho Mathias, de apenas trs me-ses, foi vtima da falta de sinali-zao e providncias que expe os usurios da rodovia a ris-cos h mais de um ms.

    um des-caso total. Po-dia ter ao me-nos placas si-nalizando. No tem nada, ne-nhum galho de rvore. Pare-ce que tem que morrer algum primeiro para que o governo entre em ao. Iser conta que tentou desviar do obs-tculo, mas que a vinda de outro veculo no sentido contrrio difi-cultou a manobra. Com o impac-to da coliso, a caminhonete fi-cou sobre duas rodas. Ningum ficou ferido. O empresrio, dono de uma marcenaria no Bairro Ar-roio Grande, afirma que preten-de comunicar o caso Justia. Relata que tanto ele quanto a es-posa ainda no conseguiram su-perar o trauma ao pensar no fim trgico que o acidente poderia ter causado e no risco que o pe-queno correu.

    Na manh de ontem, o mes-mo local foi palco de uma ca-potagem. O tcnico agrcola de

    No-Me-Toque, Heitor Kunz-ler, seguia pela RSC-153 em di-reo ao Uruguai a trabalho com um colega por volta das 6 horas quando colidiu o Vectra que diri-gia no desmoronamento e acabou perdendo o controle do veculo. Apesar de conhecer o trecho de longa data, ele no tinha conhe-cimento da situao e a falta de placas somada baixa visibilida-de e chuva no permitiram re-ao. difcil de acreditar no que aconteceu. Nunca tinha so-frido um acidente dessa magni-tude. Ele afirma que teria von-tade de recorrer Justia, mas que desanima ao pensar em um desgaste que pode no ter resul-tados. Nesse momento s penso que estamos vivos e bem.

    Alm da ausncia de sinaliza-o, Kunzler tambm chama a

    ateno para a dificuldade em se conseguir socorro, uma vez que o sinal de celular no trecho pre-crio. Explica que precisou pegar carona com veculos que cruzavam o trecho at

    Herveiras para conseguir avisar a Brigada Militar, que informou ser do Grupo Rodovirio da Bri-gada Militar (GRBM) a respon-sabilidade pelo caso. As equipes chegaram ao local somente por volta das 11 horas, onde foi re-gistrada a ocorrncia e efetuada a retirada do automvel.

    Em reunio com integrantes do movimento regional que visa pressionar o governo do Estado pela liberao da rodovia, na l-tima segunda-feira, na Cmara de Vereadores de Vale do Sol, o diretor-geral do Departamen-to Autnomo de Estradas de Ro-dagem (Daer), Carlos Eduardo Vieira, admitiu a precria sina-lizao do trecho e prometeu re-forar os avisos. Lideranas participam de

    nova reunio com o Daer

    Conterra j tem equipes junto adeslizamentos

    Iser voltava de passeio em Herveiras com a esposa e o filho

    Carro em que Kunzler e o colega, de No-Me-Toque, estavam atingiu o desmoronamento e capotou

    Diretores da autarquia apresentaram o projeto para o desvio

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    Juliana Spilimbergo

    [email protected]

  • 16Gazeta do Sul

    REGIONALQUINTA-FEIRA31 de julho de 2014

    A Champs Elyses , concessionria Peu-geot do Grupo P-gasus, comemora a conquista do seu sexto tro-fu Lion Dor. A distino, a classifica como Melhor Con-cessionria Peugeot do Bra-sil e destaca quatro conde-coraes de Qualidade, uma de Vendas e outra de Ps-venda.

    O Lion Dor da Qualida-de simboliza o comprome-timento e permanente aper-feioamento dos colabora-dores da concessionria, to-dos engajados na busca do atendimento das necessida-des e da satisfao de seus clientes.

    Atuando h 20 anos e lo-calizada estrategicamente nas cidades de Lajeado, San-ta Cruz do Sul, Santa Maria e Iju a Champs Elyses ofere-ce instalaes modernas em conformidade com os pa-dres de excelncia mun-dial da Peugeot.

    A recente premiao de-

    monstra uma das principais caractersticas da Champs Elyses. Com vocao para atender cada vez melhor, a equipe tem, em seu DNA, o esprito de elevar a satisfa-o e a emoo dos clien-tes em terem seu Peugeot. o que pode ser sintetizado pelo slogan: Champs Elyses valorizando voc.

    uma honra para a Champs Elyses, que com-pleta 20 anos de represen-tao da marca Peugeot este ano, receber o Champs Elyses Qualidade. O reco-nhecimento de melhor con-cessionria da categoria, a nvel Brasil, vem condeco-rar o engajamento de nos-sa equipe de trabalho, cons-tantemente atenta s ne-cessidades de nossos clien-tes. Somos muito gratos por essa distino e quere-mos expressar o nosso mui-to obrigado a todos os clien-tes e parceiros, completa o diretor da empresa Vander-ley Piacini.

    Trofu Lion Dor

    destaque nacional! Champs Elyses

    O Hospital Regional do Vale do Rio Pardo di-vulgou nota sobre o caso: O referido paciente che-gou ao hospital s 9 horas do dia 21 de julho, onde foi examinado e realizou exames, sendo diagnos-ticado com suspeita de leptospirose. Iniciou tra-tamento medicamentoso, apresentando piora no quadro, fato que indicou a necessidade de inter-

    nao em UTI. Foi cadastrado na Central de Re-gulao de Leitos do Estado e, s 15 horas do dia 22 de julho, foi disponibilizada uma vaga no Hos-pital Tramanda. O transporte em ambulncia UTI, que iniciou s 20 horas, foi providenciado pela re-gulao do Estado. Durante o trajeto, o paciente entrou em bito, s 21 horas.

    Familiares e amigos do ado-lescente Claiton Pereira da Silva, de 14 anos, que faleceu na tera-feira, dia 22, com suspeita de lep-tospirose em Rio Pardo, protesta-ram na tarde de ontem. Munidos de faixas, os integrantes do grupo percorreram as principais ruas da cidade em caminhada silenciosa. Eles passaram pela Prefeitura e o Hospital Re-gional do Vale do Rio Pardo, onde o menino chegou a rece-ber atendimen-to, para pedir Justia em re-lao ao caso que julgam ter sido negligncia mdica.

    A me de Claiton, Eliziane dos Santos Pereira, relata que levou o jovem at o hospital no dia 17 de julho pela primeira vez. Ele apresentava febre e fortes dores na cabea e nas costas. Segundo

    Grupo percorreu as principais ruas da cidade em silncio ontem

    Apesar de nada trazer ele de volta,

    queremos Justia

    Eliziane Pereiria dos SantosMe do menino

    RIO PARDO Parentes de jovem que faleceu com suspeita de leptospirose acreditam em negligncia por parte do hospital local

    Famlia protesta por morte de adolescenteela, aps o atendimento foram solicitados exames de raio X e de sangue, que foram marcados para o dia 21. Em casa, o meni-no apresentou piora do quadro e foi encaminhado novamente ao hospital no sbado, onde rece-beu soro. O retorno para casa foi tranquilo, mas a volta dos sinto-mas levou a famlia mais uma vez instituio.

    Na segunda, segundo Eliziane, os exames apontaram suspeita de leptospirose e Claiton permane-

    ceu no hospital at que um lei-to de UTI fos-se disponibili-zado. Ela con-ta que s sou-be do resulta-do por meio de um cunhado.

    Na tera, os mdicos disseram que um leito havia sido liberado em Vacaria, porm logo depois a informao no se confirmou. A me do adolescente conta que se disponibilizou a pagar caso fosse necessrio. A famlia estava em direo a Santa Cruz do Sul para

    providenciar uma vaga quando o Hospital Regional ligou avisan-do que havia sido liberado um lei-to em Tramanda, por volta das 15 horas.

    O transporte do paciente em uma ambulncia de UTI foi dis-ponibilizado s 20 horas pela re-gulao do Estado. Durante o tra-jeto, ele no resistiu e morreu. Foi tudo demorado. Se a gente tivesse conseguido levar ele para outro lugar, isso no teria acon-tecido. Ele voltou para casa v-rias vezes. Apesar de nada trazer ele de volta, queremos Justia, diz a me, que hoje far a entre-ga de documentos no Frum do municpio.

    Nota

    Dan

    iela

    Lem

    es/R

    dio

    Rio

    Par

    doJuliana Spilimbergo

    [email protected]

  • Uma pssima apresentao na noite de ontem determinou a pri-meira derrota do Internacional na nova era do Beira-Rio. Ontem, no primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil, o time do tc-nico Abel Braga foi ineficaz con-tra o Cear, que se aproveitou da situao, venceu por 2 a 1 e pode at perder por 1 a 0 no confron-to de volta em Fortaleza, dia 13 de agosto, para seguir s oitavas de final. O Colorado ter de ven-cer por dois ou mais gols de dife-rena ou por um a partir de 3 a 2. Caso devolva os 2 a 1 no Caste-lo, a vaga se definir nas cobran-as de pnaltis. Se for eliminado, o time gacho ser encaminhado para a Copa Sul-Americana ainda neste segundo semestre.

    A equipe visitante no deixou a da casa jogar e ainda arrumou uma penalidade aos 15 minutos. A zaga colorada se atrapalhou no corte e a bola sobrou para Ni-ko, que invadiu a rea e foi der-rubado por Fabrcio e Willians. Na cobrana do atacante Magno Alves, 38 anos, o goleiro Dida, 40, caiu no canto direito, se es-ticou todo e mandou a bola a es-

    canteio. Aos 25, de novo o Cear no contragolpe, agora com Bill, que chutou rasteiro e Dida segu-rou firme.

    A o Inter acordou. Alex apa-receu como centroavante no cru-zamento de Cludio Winck, aos 26, e cabeceou em cima do ar-queiro Tiago. Fabrcio teve duas chances, aos 30 e 32. Na primeira o cabeceio saiu esquerda da meta e na se-gunda, com o gol aberto, o lateral chutou a bola na arquibancada.

    Abel Braga no gostou da atu-ao colorada na primeira etapa, mas no alterou o time para o re-comeo do jogo, ficando s na bronca no vestirio. O Cear se assanhou no ataque nos primei-ros instantes e o Inter tentou re-tomar a presso, mas sem organi-zao. A, aos 10 minutos, o Co-lorado falhou num lance no meio do campo e Niko pegou a bola, envolveu o zagueiro Paulo e fu-zilou o gol 1 a 0.

    Abelo demorou outros 10 mi-nutos para mexer na equipe: reti-rou o lateral Gilberto e mandou o centroavante Wellington Paulista a campo, passando Cludio Win-ck do meio para a direita. Pouca mudana de panorama e a nica

    boa chance de gol foi na co-brana de fal-ta por Alex que Tiago se esti-cou para evitar o gol aos 22. O Inter at pas-sou a pressio-nar mais por-

    que a equipe cearense se conten-tava com a vitria parcial. O tc-nico colorado fez mais duas alte-raes aos 38: Fabrcio foi troca-do pelo tambm lateral-esquerdo Alan Ruschel e o meia Alan Pa-trick pelo atacante Martn Luque. Nada resolvia.

    Aos 46, o rbitro paranaense Fbio Filipus sonegou um pnal-ti de cada lado e Dida ainda fez um milagre ao defender firme o chute cruzado de Bill dentro da rea, aps falha de Willians. No minuto seguinte, Alan Ruschel

    pegou o rebote do goleiro Tia-go na meia-lua, matou a bola no peito e chutou no fundo da rede para empatar: 1 a 1. Na nova sa-da do meio do campo, a zaga colorada outra vez deu bobeira e Ricardinho apareceu na cara de Dida para fazer 2 a 1 para o Ce-ar. DAlessandro ainda tentou