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1 Boletim 865/2015 – Ano VII – 03/11/2015 Construção civil deve perder 556 mil postos de trabalho em 2015, diz SindusCon-SP e confirmado, o resultado corresponderá a uma queda de 16,8% em relação ao ano passado SÃO PAULO - O setor de construção civil do Brasil deve perder 556 mil postos de trabalho em 2015, de acordo com estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon- SP). Se confirmado, o resultado no número de empregos deve corresponder a uma queda de 16,8% em relação a 2014. Com isso, o estoque atual de trabalhadores do setor deve terminar o ano abaixo de três milhões. No acumulado de 2015 até setembro, a construção civil já perdeu 248,224 mil postos de trabalho e encontrava- se no mês passado com um estoque de 3,070 milhões de trabalhadores, informou o Sindicato, com base nos números do Ministério do Trabalho e do Emprego. Para a entidade, a falta de perspectiva de retomada no cenário macroeconômico deve afetar a atividade em 2016. "Nunca tivemos um ano como este em que a indústria da construção realiza um volume tão grande de demissões nos primeiros nove meses, período em que normalmente o setor contrata", afirmou presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. "A falta de confiança dos investidores e das famílias, a escassez de lançamentos imobiliários e a ausência de licitações para novas obras de habitação social e infraestrutura sinalizam que a recessão se prolongará no ano que vem", acrescentou o executivo. Nos 12 meses até setembro, o setor registrou perda de 13,78% no número de empregos, isto é, houve uma redução de 490,690 mil postos de trabalho. Na comparação mensal, a baixa foi de 1,76% ou 53,922 mil empregos, desconsiderando os fatores sazonais, o que marcou a 19ª queda consecutiva do indicador. O segmento imobiliário foi o que teve a maior retração (-2,35%) em setembro, em comparação a agosto, seguido pelo segmento de preparação de terrenos (-2,04%). No acumulado do ano, o segmento de infraestrutura apresenta a maior queda (-13,95%), seguido pelo segmento imobiliário (-11,92%). Já em 12 meses até setembro, o imobiliário registrou baixa de 16,88% e infraestrutura teve redução de 15,88%, as duas maiores variações negativas nessa base. Estado de São Paulo No Estado de São Paulo, o emprego caiu 1,26% em setembro, ante agosto, já descontada a sazonalidade. No acumulado ano, a redução do número de empregados no estado foi de 7,23% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que também a área de infraestrutura respondeu pelo pior desempenho (-9,85%). Em 12 meses, a perda foi de 9,52%. O estoque se encontrava em setembro em 799,671 mil. Estadão Conteúdo (Fonte: DCI dia 03-11-2015).

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Boletim 865/2015 – Ano VII – 03/11/2015

Construção civil deve perder 556 mil postos de trab alho em 2015, diz SindusCon-SP e confirmado, o resultado corresponderá a uma queda de 16,8% em relação ao ano passado SÃO PAULO - O setor de construção civil do Brasil deve perder 556 mil postos de trabalho em 2015, de acordo com estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Se confirmado, o resultado no número de empregos deve corresponder a uma queda de 16,8% em relação a 2014. Com isso, o estoque atual de trabalhadores do setor deve terminar o ano abaixo de três milhões. No acumulado de 2015 até setembro, a construção civil já perdeu 248,224 mil postos de trabalho e encontrava-se no mês passado com um estoque de 3,070 milhões de trabalhadores, informou o Sindicato, com base nos números do Ministério do Trabalho e do Emprego. Para a entidade, a falta de perspectiva de retomada no cenário macroeconômico deve afetar a atividade em 2016. "Nunca tivemos um ano como este em que a indústria da construção realiza um volume tão grande de demissões nos primeiros nove meses, período em que normalmente o setor contrata", afirmou presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. "A falta de confiança dos investidores e das famílias, a escassez de lançamentos imobiliários e a ausência de licitações para novas obras de habitação social e infraestrutura sinalizam que a recessão se prolongará no ano que vem", acrescentou o executivo. Nos 12 meses até setembro, o setor registrou perda de 13,78% no número de empregos, isto é, houve uma redução de 490,690 mil postos de trabalho. Na comparação mensal, a baixa foi de 1,76% ou 53,922 mil empregos, desconsiderando os fatores sazonais, o que marcou a 19ª queda consecutiva do indicador. O segmento imobiliário foi o que teve a maior retração (-2,35%) em setembro, em comparação a agosto, seguido pelo segmento de preparação de terrenos (-2,04%). No acumulado do ano, o segmento de infraestrutura apresenta a maior queda (-13,95%), seguido pelo segmento imobiliário (-11,92%). Já em 12 meses até setembro, o imobiliário registrou baixa de 16,88% e infraestrutura teve redução de 15,88%, as duas maiores variações negativas nessa base. Estado de São Paulo No Estado de São Paulo, o emprego caiu 1,26% em setembro, ante agosto, já descontada a sazonalidade. No acumulado ano, a redução do número de empregados no estado foi de 7,23% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que também a área de infraestrutura respondeu pelo pior desempenho (-9,85%). Em 12 meses, a perda foi de 9,52%. O estoque se encontrava em setembro em 799,671 mil. Estadão Conteúdo (Fonte: DCI dia 03-11-2015).

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Sistema trava ao gerar boleto para domésticas Empregadores se queixam que não conseguem gerar no site eSocial a guia de pagamentos do FGTS e INSS; problema é conexão, diz Receita

Reprodução de página do eSocial

BRASÍLIA - A quatro dias do fim do prazo, o pagamento do primeiro mês de impostos para os

empregados domésticos pelo sistema oficial do governo não está fácil. Centenas de mensagens

deixadas por empregadores nas páginas em redes sociais do sistema eSocial, do governo, dão

conta de um problema: após o cadastro, os empregadores simplesmente não conseguem gerar o

boleto para o recolhimento dos tributos, como FGTS e INSS.

O engenheiro civil Valdemar Salamondac, de São Paulo, é um deles. Depois de realizar o cadastro

no sistema no dia 31, ele ele tentou ao menos 6 vezes, em diversos horários, desde domingo,

gerar o boleto, mas não conseguiu. “Uma senha foi criada no cadastro, mas na hora de gerar o

boleto, essa mesma senha não funciona. O site não reconhece. Em apenas uma das tentativas

consegui avançar com a senha do cadastro, mas em seguida o serviço travou. É impossível”,

disse. Os empregadores correm contra o tempo para evitar a cobrança de multa. O boleto precisa

ser gerado e pago até sexta-feira, dia 6, para que a situação fiscal do trabalhador doméstico fique

regular.

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'É difícil você querer pagar o tributo, preencher o cadastro e simplesmente não conseguir

terminar o processo' - Valdemar Salamondac, engenhe iro civil

Caso isso não ocorra, o empregador terá uma multa de 0,33% por dia de atraso, até o limite de

20% dos tributos devidos. Há uma alíquota de 8% do FGTS e outros 3,2% do salário do

empregado para cobrir a multa de 40% sobre o saldo do FGTS a ser pago em caso de demissão

sem justa causa. Ao INSS, a alíquota é de 8%, e há ainda 0,8% para cobrir o seguro por acidente

de trabalho. “Vou tentar até sexta-feira, mas se não conseguir gerar o boleto, vou pensar em

alternativas. É difícil você querer pagar o tributo, preencher o cadastro e simplesmente não

conseguir terminar o processo”, afirmou Salamondac.

Problemas técnicos. A Receita Federal, responsável pelo eSocial, reconheceu em nota que

houve problemas técnicos no sistema ao longo do sábado, mas afirmou que todos os problemas

foram solucionados na noite do mesmo dia. Para a Receita, as dificuldades enfrentadas pelos

empregadores são relacionadas à conexão com os servidores de internet, e não mais com o

sistema do governo.

Os relatos de empregadores com dificuldades para gerar o boleto, chamado de Guia de

Arrecadação do eSocial, continuavam nas redes sociais até a noite de ontem, no entanto. O

engenheiro Salamondac fez tentativas na tarde de ontem e também não conseguiu.

Segundo a Receita, até a manhã de sábado eram pouco mais de 1 milhão de empregadores

cadastrados no sistema. A expectativa do governo é que o universo total atingirá 1,2 milhão de

empregadores. São esses que precisam, até sexta-feira, gerar o boleto de pagamento.

(Fonte: Estado de SP dia 03-11-2015).

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