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3 ANA CLÁUDIA MELO COSTA RA:2208202973 CLÁUDIO DA SILVA COSTA RA:2208200149 HIGOR BERLINI FERNANDES RA:2209201260 JOSIAS GARCIA DE FARIAS RA:2208203162 E.P.M. - 3ºA - noite -sala 115 - CONSTRUÇÃO DE BOMBA EÓLICA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO SÃO PAULO – 2009/2º semestre

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ANA CLÁUDIA MELO COSTA RA:2208202973

CLÁUDIO DA SILVA COSTA RA:2208200149

HIGOR BERLINI FERNANDES RA:2209201260

JOSIAS GARCIA DE FARIAS RA:2208203162

E.P.M. - 3ºA - noite -sala 115 -

CONSTRUÇÃO DE BOMBA EÓLICA

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

SÃO PAULO – 2009/2º semestre

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ANA CLÁUDIA MELO COSTA RA:2208202973

CLÁUDIO DA SILVA COSTA RA:2208200149

HIGOR BERLINI FERNANDES RA:2209201260

JOSIAS GARCIA DE FARIAS RA:2208203162

E.P.M. - 3ºA - noite -sala 115 - S.AM

CONSTRUÇÃO DE BOMBA EÓLICA

Trabalho de conclusão do projeto integrador realizado na

disciplina de Física Geral e Experimental III, apresentado

como exigência parcial para avaliação nesta disciplina do

curso de Engenharia com habilitação em Produção

Mecânica, da Universidade Nove de Julho.

Orientador: Profº Wagner Marcelo Pommer.

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

SÃO PAULO – 2009/2º semestre

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SUMÁRIO

1 Referencial teórico........................................................................p.03

1.1 Energia eólica..............................................................................p.05

1.2 A fonte eólica...............................................................................p.05

1.3 Tipos de turbina eólicas..............................................................p.05

1.4 Circulação global do vento ........................................................p.07

1.5 Relação entre velocidade do vento e altura..............................p.08

1.6 Componentes de um sistema eólico.........................................p.08

1.7 Regra gerais energia eólica.......................................................p.11

2 Concepção do projeto integrador................................................p.16

3 Características do projeto............................................................p.16

4 Material utilizado.............................................................................p 16

5 Memorial descritivo........................................................................p.17

6 Cálculos descritivos.......................................................................p.20

6.1 Legenda........................................................................................p.20

6.2 Dimensional.................................................................................p.21

6.3 Memorial de cálculos..................................................................p.22

7 Resultados e Discussões..............................................................p 23

8 Conclusão.......................................................................................p.24

9 Bibliografia ....................................................................................p.24

10 Anexos ..........................................................................................p.24

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1- REFERENCIAL TÉORICO:

1.1- Energia Eólica:

Energia eólica precisa ser armazenada para utilização quando a

intensidade dos ventos não for suficiente para atender a demanda e,

também, para aproveitar o excedente produzido quando a produção supera

a demanda. Mas, também sabemos que a energia cinética dos ventos não

pode ser armazenada, então deve ser feita sua conversão para outro tipo

de energia armazenável. Assim, podemos dividir as formas de

armazenamento indireto da energia eólica em dois grupos: as formas que

armazenam a energia eólica convertida em energia mecânica e as formas

que armazenam a energia eólica convertida em energia elétrica. A

diferença entre as formas de armazenamento da energia eólica, mecânicos

ou elétricos, é que na primeira (mecânico) são utilizados mecanismos que

usam forças de natureza mecânica para realizar o armazenamento e, na

segunda (elétrica), são usados o excedente da eletricidade gerada pela

turbina para acionar os mecanismos de armazenamento. Os principais

métodos de armazenamento indireto da energia eólica convertida em

energia mecânica são:

Bomba (hidráulica): este sistema de armazenamento da energia

eólica é composto por uma bomba conectada ao eixo de saída da turbina.

Quando a turbina atinge determinada velocidade de rotação aciona o

mecanismo da bomba que eleva determinada quantidade de água para um

reservatório situado a uma altura específica, armazenando assim, a

energia eólica – mecânica sob a forma de energia potencial da massa de

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água. Quando necessário, a água é escoada e aciona uma turbina

hidráulica para que a energia acumulada possa ser usada. Nesses casos,

a turbina costuma ser instalada logo acima da fonte de captação de água

(que pode ser um poço) e a água pode também, ser armazenada para

simples consumo ao invés de gerar eletricidade.

Compressor (mecânica): este tipo de armazenamento se refere à

conversão da energia eólica – mecânica em energia potencial armazenada

sob a forma de ar comprimido (50-100 atmosferas). A compressão é feita

por um mecanismo que utiliza o movimento de rotação das pás da turbina

para comprimir o ar. Após comprimido o ar pode ser armazenado em

recipientes próprios ou mesmo em estruturas geológicas que se encontram

vazias após terem seu gás natural exaurido (empresas americanas

estudam a possibilidade de armazenar o ar comprimido na camada de

arenito – a 1000 m de profundidade – que é extremamente poroso). O ar

armazenado, então, pode ser utilizado para a geração de energia mecânica

ou elétrica através de expansores.

Calor (efeito joule): o armazenamento da energia eólica sob a forma

de calor se dá pelo aquecimento mecânico da água através do movimento

de “pás” dentro do recipiente de armazenamento (que é isolado

termicamente). A resistência da água ao atrito ocasionado pelas pás em

movimento faz com que ela se aqueça, transformando a energia eólica em

energia térmica. O armazenamento da água é feito em recipiente térmico

próprio e pode ser feito com a água na forma líquida (água quente) ou na

forma gasosa (vapor).

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Volante (mecânica): também chamado de “Flywheell”, ou ainda

“volante mecânico”, seu funcionamento baseia-se na conversão da energia

eólica em energia cinética do movimento de rotação do volante que poderá

ser convertida, posteriormente, em qualquer outra forma de energia.

As turbinas são, em princípio, instrumentos razoavelmente simples. O

gerador é ligado através de um conjunto acionador a um rotor constituído

de um cubo e duas ou três pás. O vento aciona o rotor que faz girar o

gerador e produz eletricidade.

1.2- A fonte eólica:

A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as

estações e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também

têm grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência de

velocidade do vento em um local. Além disso, a quantidade de energia

eólica extraível numa região depende das características de desempenho,

altura de operação e espaçamento horizontal dos sistemas de conversão

de energia eólica instalados.

1.3- Tipos de turbinas eólicas:

Turbinas eólicas de eixo horizontal: podem ser de uma, duas, três,

quatro pás ou multipás. A de uma pá requer um contrapeso para eliminar a

vibração. As de duas pás são mais usadas por serem fortes, simples e

mais baratas do que as de três pás. As de três pás, no entanto, distribui as

tensões melhor quando a máquina gira durante as mudanças de direção do

vento. As multipás não são muito usadas, pois são menos eficientes.

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Figura1- Tipos de turbina eólica do eixo horizontal.

Turbinas eólicas do eixo vertical: não são muito usadas, pois o

aproveitamento do vento é menor.

As mais comuns são três: SAVONIUS, DARRIEUS E MOLINETE.

Figura 2- Tipos de turbina eólica do eixo vertical.

A potência máxima extraída de uma turbina eólica é:

Pmax. = 16/27. 1/2 . P.A.V. < 0,593

No qual temos que:

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P = densidade do ar (tabelado).

A = área correspondente ao diâmetro da área varrida pelas pás

V = velocidade do vento

A potência máxima não ultrapassa 59,3% de eficiência. Este valor é

também chamado de limite de BETZ e já foi provado cientificamente.

1.4- Circulação global do vento:

Energia eólica é uma forma de energia solar. Os ventos aliviam a

temperatura atmosférica e as diferenças de pressão causadas pelo

aquecimento irregular da superfície da Terra. Enquanto o sol aquece o ar,

água e terra de um lado da Terra, o outro lado é resfriado por radiação

térmica para o espaço. Diariamente a rotação da Terra espalha esse ciclo

de aquecimento e resfriamento sobre sua superfície. Mas, nem toda

superfície da Terra responde ao aquecimento da mesma forma. Por

exemplo, um oceano se aquecerá mais lentamente que as terras

adjacentes porque água tem uma capacidade maior de "estocar" calor.

Dessa diferente taxa de aquecimento e resfriamento são criadas

enormes massas de ar com temperatura, mistura e características de

massas de ar oceânicas ou terrestres, ou quentes e frias. A colisão destas

duas massas de ar, quente e fria, geram os ventos da Terra.

1.5- Relação entre velocidade do vento e altura:

A velocidade do vento em um determinado local aumenta

drasticamente com a altura. A extensão pela qual a velocidade do vento

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aumenta com a altura é governada por um fenômeno chamado "wind

shear". Fricção entre ar mais lentos e mais rápidos conduz ao

aquecimento, velocidade do vento mais baixa e muito menos energia de

vento disponível perto do solo.

Apresentamos abaixo uma figura que ilustra as diferentes áreas

(urbana, subúrbios, ou ao nível do mar) e a relação entre suas alturas e

velocidades de ventos.

Figura 3- Relação entre diferentes áreas e velocidades do vento.

1.6- Componentes de um Sistema Eólico:

Um sistema eólico é constituído por vários componentes que devem

trabalhar em harmonia de forma a propiciar um maior rendimento final.

Para efeito de estudo global da conversão eólica devem ser considerados

os seguintes componentes:

Vento: Disponibilidade energética do local destinado à instalação do

sistema eólico.

Rotor: Responsável por transformar a energia cinética do vento em

energia mecânica de rotação.

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Transmissão e Caixa Multiplicadora: Responsável por transmitir a

energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até a carga. Alguns

geradores não utilizam este componente; neste caso, o eixo do rotor é

acoplado diretamente à carga.

Gerador Elétrico: Responsável pela conversão da energia mecânica em

energia elétrica.

Mecanismo de Controle: Responsável pela orientação do rotor, controle

de velocidade, controle da carga, etc.

Torre: Responsável por sustentar e posicionar o rotor na altura

conveniente.

Sistema de Armazenamento: Responsável por armazenar a energia para

produção de energia firme a partir de uma fonte intermitente.

Transformador: Responsável pelo acoplamento elétrico entre o

aerogerador e a rede elétrica.

Acessórios: São os componentes periféricos.

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Figura 4- Bomba eólica com acionamento hidráulico.

A energia eólica pode ser convertida em energia útil por dois tipos de

sistemas bem distintos, um de construção simples, o moinho de vento, que

a humanidade utiliza já há 3.000 anos para produzir energia mecânica, e o

outro, o aerogerador, que serve para produção de eletricidade e para o

qual a experiência atual é muito limitada, mas que, em contrapartida, atraí

muito interesse para o futuro. Até a década de 30, os cataventos eram

muito populares entre os agricultores norte-americanos, essencialmente

para o bombeamento de água.

O bombeamento d'água foi uma das primeiras aplicações da energia

eólica convertida. Basicamente, um sistema de bombeamento é

constituído por rotor eólico, bomba hidráulica, transmissão e dispositivo de

controle.

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Figura 5- Alavanca de Arquimedes.

Descreve-se a seguir o processo de determinação do potencial eólico

para bombeamento.

1.7- Regras gerais da energia eólica

Existe uma regra que dá a potência gerada pelos cata-ventos e

turbinas de vento. É importante ressaltar que esta regra é teórica e na

prática, não conseguimos converter toda essa potência (teórica) em

potência útil. A taxa de conversão é de aproximadamente de 59% , quando

o sistema funciona de maneira otimizada. Tentaremos apresentar de uma

forma sucinta a demonstração desta fórmula:

Potência é igual ao trabalho (Energia) dividido pelo tempo:

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O trabalho realizado pelo vento que neste caso é igual a sua energia

cinética é:

,então:

, mas como

, temos:

No qual é a densidade do ar, V é a velocidade do vento e A é a

área varrida pelas hélices do rotor. Talvez seja esta a fórmula mais

importante para se conhecer o aproveitamento da energia eólica.

Como exemplo: Um vento passa de 10km/hora para 11 km/hora (aumento

de 10% ) a potência se eleva em 33%, o que mostra como é importante a

escolha de um lugar com vento mais velozes para o melhor aproveitamento

da energia eólica. Outro exemplo é sobre a área varrida pelo rotor. Com

um hélice de 3 m de diâmetro e um vento de 32 km/hora teríamos uma

potência de 1000 W; se dobrarmos o diâmetro da hélice para 6 m e

mantivermos o vento em 32 km/hora a potência irá para 4000 W. Isto

ocorre pois a área varia com o quadrado do raio, ou seja, dobrando-se a

área do rotor aumentamos a potência em quatro vezes.

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Figura 6- Hélice de uma turbina de vento.

O potencial eólico "P" disponível do vento, é obtida pela equação (1):

P/A = Potencial eólico (W/m2);

k = Valor tabelado;

V = Velocidade do vento (m/s).

Onde "k" é um valor tabelado a ser empregado no cálculo do

potencial eólico para diferentes unidades de P, A e V.

A equação (1) fornece o potencial energético do vento. Porém,

apenas uma fração desse potencial poderá ser realmente convertido em

trabalho útil por um cata-vento por exemplo. Através de pesquisas

realizadas por Betz, chegou-se à conclusão que o catavento ideal

consegue captar apenas 59,3% da potência disponível do vento. Essa

porcentagem da potência do vento, que é possível ser captada por um

motor eólico, tem sido denominada de "coeficiente de potência máxima

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(Cp)". Segundo estudos desenvolvidos, o valor de 0,593 para "Cp" não

levam em conta as perdas aerodinâmicas no rotor, as variações da

velocidade nos vários pontos da área de captação, o tipo de rotor e outras

variáveis. Assim, na prática, o coeficiente "Cp" geralmente não ultrapassa

o valor 0,3. A avaliação das potencialidades para utilização de motores

eólicos, a partir dos dados dos ventos nos locais em estudo, pode ser

realizada através da equação (2):

A determinação do potencial eólico fornece informações necessárias

ao planejamento e utilização dessa fonte natural de energia de uma forma

racional. Deve-se saber o quanto de energia está disponível e até que

ponto pode ser convertido em energia mecânica ou elétrica.

A conversão subseqüente em potência de bombeamento resulta

numa redução de potência disponível que depende das eficiências da

transmissão e da bomba.

Numa primeira estimativa, para sistemas eólicos de bombeamento

d'água, esses efeitos levam à seguinte regra prática: a Potência Hidráulica

média de saída, num dado local com uma determinada velocidade média

do vento é calculado pela equação (3):

Phidr - Potência hidráulica (W);

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A - Área da pá (m2);

V - Velocidade eólica média (m/s).

Após a determinação da potência hidráulica verificou-se a vazão de

água bombeada, contra altura manométrica. Este cálculo é fundamental

para determinação do tipo e tamanho do sistema. É dado pela equação

(4):

Qm - Vazão (m3/h);

Phidr - Potência hidráulica (W);

a - Densidade da água (1000 kg/m3);

g - Aceleração da gravidade (9,8 m/s2);

Hm - Altura manométrica (m).

2- CONCEPÇÃO DO PROJETO INTEGRADOR:

Este trabalho objetiva a elaboração de um projeto envolvendo a

concepção e construção de uma bomba eólica.

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3- CARACTERÍSTICAS DO PROJETO:

O projeto consiste em transformar energia eólica, a partir de um

ventilador padrão que foi fornecido pela Instituição (UNINOVE), em energia

mecânica. O aparato deve elevar até uma altura (h), certa massa de água

contida em um recipiente retangular transparente.

4- MATERIAL UTILZADO:

01 Hélice;

01 Suporte plástico da hélice;

02 Base da haste (Alumínio);

01 Haste trefilado (aço);

01 Excêntrico (aço inox);

01 Bomba de ar;

01 Suporte da bomba;

01 Mangueira pneumática (8mm);

02 Conexões;

01 Válvula reguladora;

01 Recipiente com tampa (vidro e acrílico).

01 Tubo transparente (38,8mm).

5- MEMORIAL DESCRITIVO:

Colocamos em pratica nossa primeira idéia, pensamos em partir do

principio de que podíamos vencer a pressão atmosférica usando como

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referencia a pistola de pintura, que usa o ar em alta velocidade eliminando

o vácuo existente dentro do tubo fazendo com que suba o liquido existente

dentro do recipiente ,no dia 17/09/2009 fizemos um funil de cuprino que foi

acoplado na frente do ventilador captando o ar fornecido por ele ,porem

não obtivemos sucesso porque o ar não foi captado cem por cento pelo

funil perdemos o ar que passava pelas laterais das hélices e saia pela

parte traseira do ventilador .

Figura 7- Primeiro protótipo.

Em seguida 22/09/2009 usamos um dínamo, não dando certo

novamente por que este não satisfazia a nossa necessidade, a quantidade

de ar que mandava através das mangueiras era insuficiente para criar força

necessária para impulsionar o volume contido dentro do recipiente ,outro

fator negativo foram as hélices com poucas pás e muito pesadas portanto

outro insucesso. (sem figura).

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Em 20/11/2009 outra tentativa usamos um pistão pneumático

adaptado com excêntrico na extremidade da haste que por sua vez e

encaixado em uma engrenagem de menor diâmetro (10mm) que faz parte

com outro diâmetro (40mm), maior porem estas engrenagens deveriam

estar invertidas para que pudéssemos ganhar em velocidade de giro

tentamos inverte-las sem sucesso, o suporte não suportava o tamanho da

engrenagem maior, limamos para encaixá-la, o suporte ficou muito fraco

não resistindo e acabou quebrando.

Figura 8- Segundo protótipo. Figura 9- Segundo protótipo adaptado.

Finalmente conseguimos, fazer algumas adaptações importantes ao

projeto,trocamos o ´pistão pneumático pela bomba, aumentamos o

excêntrico,criamos uma válvula reguladora de pressão aumentamos o raio

das hélices que deu ganho de potencia pela captação de mais ar pelas

hélices, consequentemente tivemos ganho natural de volume na bomba

pneumática o suficiente para manter a força constante criando uma

pressão estável dentro do recipiente capaz de elevar a coluna de água

através de um tubo colocado dentro do recipiente sobre saindo alguns

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centímetros acima desta cuba, portanto em 24/11/2009 obtivemos sucesso

em nosso experimento.

Figura 9- Protótipo definitivo.

6- CÁLCULOS DESCRITIVOS:

6.1- Legenda:

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Ǿ = diâmetro

H e h = altura

l = comprimento e profundidade

b = base

V = volume

Hman = altura manométrica

Htubo = altura máxima

ρ = densidade

g = gravidade

v = velocidade

A = área

F = força

P = pressão

6.2- Dimensional:

Hélice

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Ǿ = 400 mm rH = 200 mm rH = 0,20 m

Tubo transparente - cilindro

Ǿ = 38,8 mm

Htubo = 700 mm Htubo = 0,70 m

Hman = 90 mm Hman = 0,09 m

Htubo-man = 0,61 m

A = 2 .π . r. h + π . r2 A = 87,68 . 10

-3 m

2

Bomba de Ar

Ǿ = 34 mm r = 17 mm

h = 49 mm

ǾEXC = 7 cm rv = 0,07 m

ρ ar = 1,2 kg/m3

g = 9,8 m2/s

v = 80 rpm v = 40 rps (rotações por segundo)

Recipiente de vidro

b = 304 mm

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h = 200 mm

l = 151 mm

ρH2O = 1,00 g/cm3 ρH2O = 997,0479 kg/m3

6.3- Memorial de cálculos (aplicação fórmulas físicas e matemáticas):

Bomba de Ar – cilindro

A = 2 .π . r. h + π . r2 A = 11,38 . 10

-3 m

2

V = π . r2. h V = 44,48 . 10

-6 m

3

Recipiente de vidro – retângulo

A = b .h A = 60,8 . 10 -3

m3

V = b .l. h V = 9,18 . 10 -3

m3

Equação de Bernoulli

P1 = Htubo-man . ρH2O . g + ρH2O . Hman. g

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P1 = 14,75 . 10 3 kg. m/ m

2.s

2 - P1 = 14,75 . 10

3 N/m

2

ou P1 = 14,75 . 10 3 Pa

F1 = P1 F1 = 0,17. 10 6 N

Acil

F1 . rv = F2 . rH

F2 = F1 . rv F2 = 0,43 . 10 6 N

Rh

Portanto F1 >F2

7- RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Com a análise dos cálculos foi possível determinar que a água subirá

pelo tubo cilindríco, pois a força exercida em F1 é menor que em F2 .

Nos ensaios realizados foi considerado a altura máxima de 0,70 m

em relação a velocidade de 40 rotações por segundo, isto significa que

houve a possibilidade de se elevar a água no tubo a um altura de 0,50 m.

8- CONCLUSÃO:

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A partir da combinação da força do vento acionando hélices, através

de uma combinação mecânica, concluímos que do principio da

transformação de energia eólica em energia mecânica fizemos elevar

uma coluna de água através de um tubo plástico satisfazendo em parte o

objetivo com estes resultados alcançados, também levamos em conta as

perdas durante o processo as quais influenciaram diretamente no

resultado final que ficou dentro do esperado.

9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

HALLIDAY, D. E.; RESNICK, R. Fundamentos de Física, 4. ed., v.2, .,

Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1991.

NETO, P. A. B. Energia Eólica. UFLA/FAEPE, Lavras. 2005.

SEARS, F. W. E; ZEMANSKY, M. W. Física, 2. ed., v.1, Brasilia:

Universidade de Brasília, 1973.

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10- ANEXOS: