Consulta Jurídica - Revisão Geral Anual

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Resposta da Assessoria Jurídica do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários - SindPFA e Consulta realizada acerca da Revisão Geral Anual do funcionalismo público.

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  • 1Alino da Costa Monteiro (in memoriam) Roberto de Figueiredo Caldas Mauro Menezes Claudio SantosGustavo Ramos Marcelise Azevedo Ranieri Resende Monya Tavares Raquel Rieger Rodrigo TorellyLuciana Martins Denise Arantes Andra Magnani Dervana Coimbra Las Pinto Paulo LemgruberRafaela Carvalho Rodrigo Castro Renata Fleury Cntia Roberta Fernandes Moacir MartinsVernica Amaral Raquel Perrota Leandro Madureira Adovaldo Medeiros Filho Thiago Henrique SidrimRafaela Possera Hebe S Pedro Mahin Mara Cruz Nathlia Monici Milena Pinheiro Raissa RoussenqRafael Rodrigues Pedro Felizola Bruno Vial Rachel Dovera Desire Timo Trcio Mouro Marcelo VieiraJuliana Bomfim Rubstnia Silva Hugo Moraes Carolina vila Rayanne Neves Martha OliveiraRicardo Azevedo Lusa Anabuki Anbal Barros Natlia Medina Vincius Fox Trindade Joo Gabriel Lopes Francisco Harada Catarina Lopes Jssica Costa

    Braslia(DF), 06 de setembro de 2013.

    Ilustrssimo Senhor RICARDO DE ARAJO PEREIRA,

    Dignssimo Diretor Presidente do SINDICATO NACIONAL DOS PERITOSFEDERAIS AGRRIOS SINDPFA.

    REF.: CONSULTA. REVISO GERAL ANUAL. ART.

    37, X, CF/88. POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTODE AO.

    _________________________________

    Prezado Ricardo,

    1. Em atendimento demanda apresentada por esse Sindicato, por

    meio do Of. SindPFA n 313 / 13 DP, vimos tecer as seguintes consideraessobre a possibilidade de ajuizar ao que trate da reviso geral anual prevista

    no art. 37, X, da Constituio Federal de 1988.

    2. A reviso geral anual uma garantia asseguradaconstitucionalmente, que, para ser efetivada, exige que seja editada lei

    especfica. A ausncia da norma lesa os servidores pblicos, deixando-os sem areviso de sua remunerao.

    3. Diante da constatao de leso pela ausncia da normativa,

    intenta-se a tese de que a demora do Poder Executivo em ter a iniciativa decriao da norma geraria aos administrados o direito reparao por danos

    morais e materiais. Esse o objeto do Recurso Extraordinrio 565.089, nele o

  • 2Alino da Costa Monteiro (in memoriam) Roberto de Figueiredo Caldas Mauro Menezes Claudio SantosGustavo Ramos Marcelise Azevedo Ranieri Resende Monya Tavares Raquel Rieger Rodrigo TorellyLuciana Martins Denise Arantes Andra Magnani Dervana Coimbra Las Pinto Paulo LemgruberRafaela Carvalho Rodrigo Castro Renata Fleury Cntia Roberta Fernandes Moacir MartinsVernica Amaral Raquel Perrota Leandro Madureira Adovaldo Medeiros Filho Thiago Henrique SidrimRafaela Possera Hebe S Pedro Mahin Mara Cruz Nathlia Monici Milena Pinheiro Raissa RoussenqRafael Rodrigues Pedro Felizola Bruno Vial Rachel Dovera Desire Timo Trcio Mouro Marcelo VieiraJuliana Bomfim Rubstnia Silva Hugo Moraes Carolina vila Rayanne Neves Martha OliveiraRicardo Azevedo Lusa Anabuki Anbal Barros Natlia Medina Vincius Fox Trindade Joo Gabriel Lopes Francisco Harada Catarina Lopes Jssica Costa

    que se pugna a condenao do Estado em indenizao aos servidores pelademora em criar a lei especfica que regule a reviso geral.

    4. A construo jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, no

    entanto, mostra-se resistente a essa tese, afirma-se nas decises que, mesmoque seja reconhecida a mora, no surge para as partes o direito indenizao

    por perdas e danos, nesse sentido:

    EMENTA: SERVIDOR PBLICO. REVISO GERAL DE

    VENCIMENTO. COMPORTAMENTO OMISSIVO DO CHEFE

    DO EXECUTIVO. DIREITO INDENIZAO POR PERDAS

    E DANOS. IMPOSSIBILIDADE. Esta Corte firmou o

    entendimento de que, embora reconhecida a mora

    legislativa, no pode o Judicirio deflagrar o processo

    legislativo, nem fixar prazo para que o chefe do Poder

    Executivo o faa. Alm disso, esta Turma entendeu

    que o comportamento omissivo do chefe do Poder

    Executivo no gera direito indenizao por

    perdas e danos. Recurso extraordinrio desprovido.

    (RE 424584, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO,

    Relator(a) p/ Acrdo: Min. JOAQUIM BARBOSA,

    Segunda Turma, julgado em 17/11/2009, DJe-081

    DIVULG 06-05-2010 PUBLIC 07-05-2010 EMENT VOL-

    02400-05 PP-01040)

    5. Nessa mesma esteira, decide o Superior Tribunal de Justia, in

    verbis:

    CIVIL. DANOS MORAIS. MORA LEGISLATIVA. AUSNCIA

    DE DANO. RESPONSABILIDADE CIVIL NO

    CARACTERIZADA. RECURSO DA AUTORA DESPROVIDO.

    1. A responsabilidade civil do Estado em razo de ato

    legislativo, seja na forma comissiva ou omissiva, d-se

  • 3Alino da Costa Monteiro (in memoriam) Roberto de Figueiredo Caldas Mauro Menezes Claudio SantosGustavo Ramos Marcelise Azevedo Ranieri Resende Monya Tavares Raquel Rieger Rodrigo TorellyLuciana Martins Denise Arantes Andra Magnani Dervana Coimbra Las Pinto Paulo LemgruberRafaela Carvalho Rodrigo Castro Renata Fleury Cntia Roberta Fernandes Moacir MartinsVernica Amaral Raquel Perrota Leandro Madureira Adovaldo Medeiros Filho Thiago Henrique SidrimRafaela Possera Hebe S Pedro Mahin Mara Cruz Nathlia Monici Milena Pinheiro Raissa RoussenqRafael Rodrigues Pedro Felizola Bruno Vial Rachel Dovera Desire Timo Trcio Mouro Marcelo VieiraJuliana Bomfim Rubstnia Silva Hugo Moraes Carolina vila Rayanne Neves Martha OliveiraRicardo Azevedo Lusa Anabuki Anbal Barros Natlia Medina Vincius Fox Trindade Joo Gabriel Lopes Francisco Harada Catarina Lopes Jssica Costa

    de forma excepcional. 2. A demora do Poder

    Executivo Federal no envio de projeto de lei sobre

    reajuste salarial de seus servidores no gera

    indenizao por danos morais. 3. Recurso da parte

    autora desprovido.

    (Processo 00069462620064036315, JUIZ(A) FEDERAL

    KYU SOON LEE, TR5 - 5 Turma Recursal - SP, e-DJF3

    Judicial DATA: 15/02/2013.)

    6. H, portanto, um cenrio em que a jurisprudncia no parece

    receptvel tese. Apesar disso, mostra-se interessante o acompanhamento

    detido do REx de n 565.089 para, caso haja mudana de entendimento,

    possa-se intentar o ajuizamento de ao.

    7. Sendo o que tnhamos para o momento, subscrevemo-nos,

    colocando-nos disposio para os esclarecimentos que se fizeremnecessrios.

    Rodrigo Peres Torelly

    OAB/DF n. 12.557

    Lusa Nunes de Castro Anabuki

    OAB/DF n 39.958

    Assessoria Jurdica Nacional