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A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR EXPOSTO
Conceituação
Número de consultas odontológicas iniciais para cada exposto da operadora em
determinado período.
Este procedimento se refere ao atendimento odontológico no qual se dá início a
um determinado plano preventivo-terapêutico, em que devem ser consideradas
todas as necessidades odontológicas do paciente, podendo acontecer mais de
uma vez ao ano.
Método de cálculo
Nº de consultas odontológicas iniciais
Total de expostos
Definição de termos utilizados no indicador
Consulta odontológica inicial: consultas destinadas ao exame e diagnóstico
para a elaboração do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento
de ficha clínica odontolegal, diagnóstico das doenças e anomalias bucais do
paciente e prognóstico. Excetuam-se as consultas de caráter emergencial e
pericial .
Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob
responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em
questão (consulta odontológica inicial), no período considerado.
Interpretação do indicador
É um indicador operacional que avalia indiretamente a cobertura e o acesso da
população exposta, aos serviços de saúde bucal. Este indicador mede a tendência
de cobertura de tratamentos odontológicos a partir da realização da primeira
consulta com exame clínico, visando à elaboração de um plano de tratamento.
A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 2 de 2
Usos
Possibilita análises sobre a cobertura dos beneficiários com primeira consulta
odontológica, podendo indicar tendências do perfil do atendimento em saúde
bucal a toda a carteira de beneficiários ou a grupos específicos de beneficiários
que possuem planos de assistência odontológica.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
Até 2004, na saúde suplementar, a Consulta Odontológica Inicial era registrada e
informada pelas operadoras ao SIP de forma agregada, onde os atendimentos de
urgências e emergências, bem como as perícias, inicial e final (procedimentos
esses caracterizados por não implicarem continuidade necessária de tratamento
odontológico) encontram-se informados dentro do item Consulta Odontológica
Inicial.
Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos
(SIP/ANS). Dentre as alterações ocorridas, o dado de Consulta Odontológica
Inicial passa a ser informado separado dos demais itens e estes são informados
no item Outros Procedimentos Odontológicos. Com isso, passou a ser possível
analisar o acesso dos beneficiários de planos odontológicos à assistência
odontológica contratada.
Meta
A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária à assistência
odontológica, realizando no mínimo 1 consulta odontológica inicial por
exposto/ano.
N 0 N 1 N 2 N 3 META
A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 3 de 3
Pontuação
Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com
base numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
N0
0
sem informação OU valor < 0,20
N1
0.5
valor >= 0,20 E valor < 0,60
N2
1
valor >= 0,60 E valor < 1,00
N3
2
Valor >= 1,00
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Adotar estratégia de busca ativa de beneficiários que tenham aderido ao plano
odontológico e que nunca tenham passado por consulta odontológica.
Limitações e vieses
É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de
consultas odontológicas iniciais em relação ao número de pessoas que poderiam
realizar este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o
receberam e algumas pessoas o realizaram mais de uma vez no período
considerado.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em
25/08/2004.
A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 4 de 4
BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de
dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto
SBBrasil 2003". Disponível na Internet em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília,
2002d. Disponível em http: http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/sia/cnmap.htm.
Acesso em set 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Disponível
em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de
2006.
IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em
http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.
A.S_Exodontias por expostos_21.06.doc.doc Versao 2 Página 1 de 1
EXODONTIAS POR EXPOSTOS
Conceituação
Número de exodontias realizadas em cada 10 expostos da operadora em
determinado período.
Método de cálculo
Nº de exodontias
Total de Expostos x 10
Definição de termos utilizados no indicador
Exodontia: para esse indicador, serão consideradas apenas as extrações simples
de dentes permanentes, excluindo-se os sisos inclusos e semi-inclusos e
extrações com indicação ortodôntica.
Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob
responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em
questão (procedimentos de exodontia), no período considerado.
Interpretação do indicador
Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos propostos para a
assistência odontológica, visto que mostra a dimensão da quantidade de
procedimentos mutiladores na população.
Usos
Avaliar a magnitude das perdas dentárias na população-alvo da operadora. Ao
longo do tempo, por meio de série histórica, será possível analisar a efetividade
das ações implementadas para evitar as perdas dentárias.
A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
Foram analisadas as informações da base de dados da pesquisa epidemiológica
SB_Brasil, para estimar a necessidade de procedimentos de exodontia por
pessoa/ano, no Brasil. O SB_Brasil é um amplo levantamento das condições de
saúde bucal da população brasileira, realizado pelo Ministério da Saúde, entre os
anos de 2000/2003 para todas as regiões geográficas.
Esta pesquisa envolveu a participação de várias instituições e entidades
odontológicas – Conselho Federal e Regionais de Odontologia, Associação
Brasileira de Odontologia e suas seções regionais, faculdades de Odontologia,
com o suporte das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Para compatibilizar a informação de exodontia do SB_Brasil com a do SIP/ANS,
foi considerada a variável “4(E) - Dente Perdido Devido à Cárie”, assim definida:
“Um dente permanente ou decíduo foi extraído por causa de cárie e não por
outras razões. Essa condição é registrada na casela correspondente à coroa.
Dentes decíduos: aplicar apenas quando o indivíduo está numa faixa etária na
qual a esfoliação normal não constitui justificativa suficiente para a ausência.”
Não foi utilizada a variável “6.Extração”, pois esta contempla informações que
diferem da coleta dos dados pelo SIP por incluir as exodontias realizadas por
indicação protética e ortodôntica.
Segue abaixo o quadro com as informações de dentes perdidos por 10
pessoas/ano. A partir da informação por distribuição regional geográfica do Brasil
foi feita uma consolidação dos dados da média de dentes perdidos para todo o
País. Do cálculo das médias das idades da população amostral, foi possível
chegar à média de dentes perdidos por ano, resultado da divisão da média de
dentes perdidos pela média das idades (Quadro 1).
Quadro 1: Média de dentes perdidos por 100 pessoas / ano Região Nº dentes perdidos por 10
Pessoas Centro Oeste 1,79 Nordeste 2,17 Norte 2,00 Sudeste 1,64 Sul 1,92 Brasil 1,92
A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Assim, de acordo com os dados colhidos do SB_Brasil, a média brasileira de
dentes perdidos por ano é de 1,92 dente por cada 10 pessoas, o que é
considerado uma condição epidemiológica muito ruim.
Em relação ao setor suplementar as informações sobre as exodontias, colhidas
através do SIP/ANS, eram agrupadas no item procedimentos de cirurgia
odontológica ambulatorial. Em 2003 estas informações eram exigidas apenas
das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de 20.000 beneficiários,
a partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que também prestam
assistência odontológica passam a fornecer esta informação para a composição
dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de endodontia
restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com mais de
20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000
beneficiários.
Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos
(SIP/ANS). Dentre as alterações houve o desmembramento do procedimento de
exodontia do grupo de procedimentos de cirurgia odontológica ambulatorial e a
exigência de que todas as operadoras que comercializam a assistência
odontológica, independente do número de beneficiários, forneça a informação
sobre os procedimentos de exodontia.
Com isso, passou a ser possível analisar o acesso dos beneficiários aos
procedimentos de exodontia nos planos com assistência odontológica contratada.
A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
Meta
Visando estimular que a assistência à saúde bucal seja voltada para a prevenção,
a meta é diminuir os valores encontrados em relação à média nacional, dos
dados do SB_Brasil. Vale ressaltar que esta média nacional inclui os dentes
decíduos perdidos por cárie. Se fosse calculada como está sendo proposto neste
indicador, apenas contando a perda dos dentes permanentes, certamente seria
encontrado um valor menor.
N 3 N 2 N 1 N 0
Pontuação
Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com
base numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
N0 0 sem informação OU valor >= 1,40
N1 0.75 valor >= 1,00 E valor < 1,40
N2 1.5 valor >= 0,60 E valor < 1,00
N3 3 valor < 0,60
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Desenvolver programas de promoção e prevenção em saúde bucal.
Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários e compatibilizar a rede
assistencial para a prestação dos serviços voltados para a prevenção. A
realização sistemática de procedimentos odontológicos preventivos reduz o nível
de gravidade do processo de desenvolvimento da cárie e de doenças
META
A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
periodontais, que gerariam procedimentos curativos evitáveis por meio de
medidas preventivas periódicas, evitando assim as exodontias desnecessárias.
Limitações e vieses
É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de
exodontias em relação ao número de pessoas que poderiam realizar este
procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o receberam e algumas
pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso
em 25/08/2004.
BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de
dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto
SBBrasil 2003". Disponível na Internet em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo
de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília,
2002d. Disponível http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10
de abril de 2006.
IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em
http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.
A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROCEDIMENTOS DE PERIODONTIA POR EXPOSTO
Conceituação
Número de Procedimentos de Periodontia para cada exposto da operadora em
determinado período.
Método de Cálculo
N.º de procedimentos de periodontia
Total de Expostos
Definição de termos utilizados no Indicador
Total de procedimentos periodontais: conjunto dos procedimentos de
periodontia, listados no Rol Odontológico da ANS (como raspagem supragengival,
alisamento e polimento coronário; raspagem subgengival alisamento e polimento
radicular; curetagem de bolsa periodontal; imobilização dentária), ocorridos em
caráter eletivo, de urgência ou emergência.
Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob
responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em
questão (procedimentos periodontais), no período considerado.
Interpretação do Indicador
Este indicador possibilita analisar a quantidade de procedimentos periodontais
prestados, bem como esboçar um perfil da cobertura da população que procura
cuidados odontológicos, quanto à prevalência de doença periodontal.
Usos
Avaliar a magnitude das necessidades de tratamento periodontal na população-alvo
da operadora e, ao longo do tempo, por meio de série histórica, a efetividade das
ações preventivas e educativas implementadas.
A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-
se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de
20.000 beneficiários. A partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que
também prestam assistência odontológica passam a fornecer esta informação para
a composição dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de
periodontia restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com
mais de 20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000
beneficiários.
Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos
(SIP/ANS), que passa a exigir de todas as operadoras que comercializam a
assistência odontológica, independente do número de beneficiários, que forneça a
informação sobre os procedimentos de periodontia.
Com isso, passou a ser possível analisar a utilização de serviços de periodontia
pelos beneficiários de planos odontológicos.
Meta
A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária aos procedimentos de
periodontia, realizando no mínimo 4 procedimentos de periodontia por exposto/ano.
Para os dados do ano-base 2005 estarão sendo pontuadas com nota máxima as
operadoras que realizarem 2 ou mais procedimentos de periodontia para cada
exposto/ano, tendo em vista que a média do setor suplementar não chega a 1
procedimento de periodontia a cada expostos/ano.
A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Pontuação
Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com base
numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:
Ações esperadas para causar impacto no Indicador
Através da formulação de programas preventivos, monitorar a real necessidade das
indicações para a realização dos procedimentos de periodontia. Permite avaliar se o
modelo de assistência prestado pela operadora está voltado para a prevenção dos
problemas bucais evitáveis através de uma boa orientação e tratamentos menos
destrutivos. Enfatizar a realização dos procedimentos de periodontia, em especial
nas populações com doenças sistêmicas, que são as mais suscetíveis a estas
doenças.
Limitações e Vieses
A principal limitação se refere à atual forma de coleta do dado, que não discrimina
cada procedimento mas toma um grupo de procedimentos contidos no Rol de
Procedimentos Odontológicos vigente.
É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de
procedimentos de periodontia em relação ao número de pessoas que poderiam
receber este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o realizaram
e algumas pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.
Nível
Pontuação
Valores obtidos pela operadora
N0 0
sem informação OU valor < 0,30
N1 0.75
valor >= 0,30 E valor < 1,00
N2 1.5
valor >= 1,00 E valor < 2,00
N3 3
valor >= 2,00
A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
A prevalência de doença periodontal é maior em indivíduos de faixa etária mais
elevada, de tal forma que esse indicador deveria ser avaliado em função da faixa
etária da população beneficiária da operadora.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em
25/08/2004.
BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de
dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto
SBBrasil 2003". Disponível na Internet em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de
regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de
Informações de Produtos. Brasil. 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília, 2002d.
Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de
abril de 2006.
IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em
http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.
A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROCEDIMENTOS DE ENDODONTIA POR EXPOSTOS
Conceituação
Número de procedimentos de endodontia, por unidade dentária, em cada 10
expostos da operadora em determinado período.
Método de Cálculo
N.º de procedimentos endodônticos
Total de expostos x 10
Definição de termos utilizados no Indicador
Procedimentos endodônticos: conjunto dos procedimentos endodônticos, por
unidade dentária, listados no Rol Odontológico da ANS como: pulpotomia, remoção
de obturação radicular, remoção de núcleo intrarradicular, tratamento e
retratamento endodôntico em dentes permanentes independente do número de
condutos radiculares, tratamento endodôntico de dentes decíduos, ocorridos em
caráter eletivo, de urgência ou emergência.
Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob
responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em
questão (procedimentos endodônticos), no período considerado.
Interpretação do Indicador
Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos assistenciais propostos
pelas operadoras à sua rede prestadora, para a cobertura odontológica.
Usos
Avaliar a magnitude das necessidades endodônticas na população-alvo da
operadora e, ao longo do tempo, por meio de série histórica, a efetividade das
ações preventivas e educativas implementadas.
A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
Foram analisadas as informações da base de dados da pesquisa epidemiológica
SB_Brasil, para estimar a necessidade de procedimentos endodônticos por
pessoa/ano, no Brasil. O SB_Brasil é um amplo levantamento das condições de
saúde bucal da população brasileira, realizado pelo Ministério da Saúde, entre os
anos de 2000/2003 para todas as regiões geográficas.
Esta pesquisa envolveu a participação de várias instituições e entidades
odontológicas – Conselho Federal e Regionais de Odontologia, Associação Brasileira
de Odontologia e suas seções regionais, faculdades de Odontologia, com o suporte
das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Para compatibilizar a informação de endodontia do SB_Brasil com a do SIP/ANS, foi
considerada a variável “5 - Tratamento Pulpar e Restauração”, da base de dados do
SB_Brasil, assim definida: “O dente necessita tratamento endodôntico previamente
à colocação da restauração ou coroa, devido à cárie profunda e extensa, ou
mutilação ou trauma”.
De acordo com esta definição, que aponta a necessidade de tratamento
endodôntico na população brasileira, conseguimos fazer correspondência com os
tratamentos endodônticos executados na assistência à saúde suplementar,
considerando a forma como o dado de endodontia foi colhido pelo SIP
possibilitando, assim, a análise.
Segue abaixo o quadro com as informações que foram criadas com os dados
coletados da base de dados do SB_Brasil.
Quadro: Necessidades de Tratamento Pulpar e Restauração
Região Nº Tratamentos por 10 Pessoas
Centro-Oeste 1,39 Nordeste 1,74 Norte 1,13 Sudeste 1,10 Sul 1,02 Total 1,27
A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
O programa SB_Brasil mostrou que a necessidade de tratamento endodôntico na
população brasileira está em torno de 1,27 endodontias por 10 pessoas/ano.
Objetivamos evitar que esta demanda, na saúde suplementar, não sofra por
dificuldade/cerceamento de acesso.
No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-
se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de
20.000 beneficiários. A partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que
também prestam assistência odontológica passam a fornecer esta informação para
a composição dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de
endodontia restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com
mais de 20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000
beneficiários.
Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos
(SIP/ANS), que passa a exigir de todas as operadoras que comercializam a
assistência odontológica, independente do número de beneficiários, que forneça a
informação sobre os procedimentos de endodontia.
Com isso, passou a ser possível analisar o acesso dos beneficiários aos
procedimentos de endodontia nos planos com assistência odontológica contratada.
Meta
A meta é a redução de procedimentos de endodontia até um limite que não
comprometa o acesso mínimo necessário. Para o cálculo desse limite mínimo foi
usada a estimativa de necessidade de tratamento endodôntico na população
brasileira que é de 1,27 endodontias por 10 pessoas/ano calculada pelos dos dados
do SB_Brasil.
N 3 N 2 N 1 N 0
META
N 0
A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
Pontuação
Pela análise dos dados do SB_Brasil, os valores para pontuação da operadora neste
indicador podem ser observados no quadro abaixo. Foram definidos com base numa
graduação da meta, sendo que está sendo considerado como mais bem pontuada a
operadora que apresentar valores ao redor da média de necessidade nacional e
com pontuação zero aquelas que apresentarem valores maiores que 6,00 por 10
ou menores que 0,80 por 10.
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
N0 0 sem informação OU valor < 0,80 OU valor > 6,00
N1 0.5 valor > 2,50 E valor <= 6,00
N2 1 valor > 1,40 E valor <= 2,50
N3 2 valor >= 0,80 E valor <= 1,40
Ações esperadas para causar impacto no Indicador
Através da formulação de programas preventivos, monitorar a real necessidade das
indicações para tratamento endodôntico. Permite avaliar se o modelo de assistência
prestado pela operadora está voltado para a prevenção dos problemas dentários
evitáveis através de uma boa orientação e tratamentos curativos menos
destrutivos. Muitos tratamentos endodônticos provocados por cárie profunda,
seriam perfeitamente evitáveis se a intervenção fosse feita no início do processo
destrutivo da cárie, antes que a destruição do elemento dentário comprometesse
sua polpa.
Porém, devemos nos atentar que alguns tratamentos endodônticos são executados
por causas não evitáveis com ações preventivas, trata-se de causas como trauma
no elemento dentário (ex. queda do paciente) ou por indicação protética.
A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
Limitações e Vieses
A principal limitação se refere à forma de coleta do dado, em que estão agrupados
vários procedimentos seguindo a composição do Rol de Procedimentos
Odontológicos vigente, podendo conter no grupo procedimentos realizados por
causas evitáveis e/ou procedimentos realizados por causas não evitáveis.
É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de
procedimentos endodônticos em relação ao número de pessoas que poderiam
realizar este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o realizaram
e algumas pessoas o reaceberam mais de uma vez no período considerado.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em
25/08/2004.
BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de
dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto
SB_Brasil 2003". Disponível na Internet em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de
regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de
Informações de Produtos. Brasil. 2004.
A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 6 de 6
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília,
2002d. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em
10 de abril de 2006.
IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em
http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.
A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS PREVENTIVOS POR EXPOSTO
Conceituação
Número de Procedimentos Odontológicos Preventivos para cada exposto da
operadora em determinado período.
Método de Cálculo
N.º de procedimentos odontológicos preventivos
Total de Expostos
Definição de termos utilizados no Indicador
Procedimentos odontológicos preventivos: número de ações odontológicas
preventivas listadas no rol de procedimentos odontológicos estabelecido pela ANS
(como orientações de higiene bucal, evidenciação de placa bacteriana, aplicação
tópica profissional de flúor, aplicação de selante, profilaxia – polimento coronário)
ocorridos em caráter eletivo de urgência ou emergência.
Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob
responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em
questão (procedimentos odontológicos preventivos), no período considerado.
Interpretação do Indicador
Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos propostos para a
assistência odontológica, visto que mostra a quantidade dos procedimentos
odontológicos preventivos realizados no total de expostos que poderiam receber
estes procedimentos. Devem, preferencialmente a partir do modelo proposto,
A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
caminhar no sentido de serem maiores que os procedimentos curativos e
mutiladores.
Usos
Avaliar a ênfase dada pelas operadoras às ações preventivas e à cobertura da
população beneficiária, a partir da realização dos procedimentos preventivos
implantados.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-
se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas. A partir de
2004 as operadoras médico-hospitalares que também prestam assistência
odontológica passam a fornecer esta informação para a composição dos indicadores
odontológicos. Com isso, passou a ser possível analisar a utilização das ações
odontológicas preventivas pelos beneficiários de planos odontológicos.
Meta
A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária às ações preventivas,
realizando no mínimo 3 procedimentos odontológicos preventivos por exposto/ano.
A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Pontuação
Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com base
numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
N0 0 sem informação OU valor < 0,50
N1 0.75 valor >= 0,50 E valor < 1,50
N2 1.5 valor >= 1,50 E valor < 3,00
N3 3 valor >= 3,00
Ações esperadas para causar impacto no Indicador
Desenvolver programas de promoção e prevenção em saúde bucal.
Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários e compatibilizar a rede
assistencial para a prestação dos serviços voltados para a prevenção. A realização
sistemática de procedimentos odontológicos preventivos reduz o nível de gravidade
do processo de desenvolvimento da cárie e de doenças periodontais, que gerariam
procedimentos curativos evitáveis através de medidas preventivas periódicas.
Limitações e Vieses
A principal limitação diz respeito ao que é considerado como ação preventiva. O
procedimento “Orientação de Higiene Bucal” que é um dos itens listados como
prevenção no rol estabelecido pela ANS, muitas vezes se apresenta com valor
inflado e de qualidade pouco mensurável, devido à dificuldade de verificação, pelas
operadoras, da sua realização com a qualidade esperada.
O foco dos procedimentos preventivos deve ser voltado para orientações de dieta e
higiene bucal considerando os métodos de higienização, doença periodontal, câncer
bucal e manutenção de próteses. Principalmente em indivíduos com alta ingestão
A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
de açúcar e má higiene bucal, a prevenção deve se basear na importância da
apreensão e habilidade de execução de uma efetiva higiene bucal.
É importante atentar para o fato de que este indicador é um conjunto de
procedimentos considerados como preventivos e que se refere ao número de
procedimentos em relação ao número de pessoas que poderiam realizá-los,
podendo acontecer que nem todas as pessoas expostas o receberam e que algumas
pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em
25/08/2004.
BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de
dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto
SB_Brasil 2003". Disponível na Internet em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de
regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de
Informações de Produtos. Brasil. 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Disponível em
http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.
A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em
http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.
A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR GRAVIDEZ TERMINADA EM ABORTO
Conceituação
Número de internações determinadas por gravidez terminada em aborto em
relação ao total de internações por gravidez terminada em aborto somado ao
total de partos, da operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações determinada por gravidez terminada em aborto
Total de internações por gravidezes terminadas em aborto + Total de partos (normais + cesáreos)
x 100
Definição de termos utilizados no indicador
• Aborto: É a interrupção da gravidez, espontânea ou induzida, pela
morte do produto da concepção, junto com os anexos ovulares, com
menos de 22 semanas de gestação ou quando a idade gestacional é
desconhecida, com produto da concepção pesando menos que 500
gramas ou medindo menos que 16 cm.
• As internações determinadas por gravidez terminada em aborto estão
definidas nos itens O00-O08 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério,
da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde - Décima Revisão – CID-10, conforme relacionado
abaixo:
O00-O08 Gravidez que termina em aborto
• O00 - Gravidez ectópica • O01 - Mola hidatiforme • O02 - Outros produtos anormais da concepção • O03 - Aborto espontâneo • O04 - Aborto por razões médicas e legais • O05 - Outros tipos de aborto • O06 - Aborto não especificado • O07 - Falha de tentativa de aborto • O08 - Complicações conseqüentes a aborto e gravidez ectópica ou molar
A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
• Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via
vaginal, com ou sem a utilização de instrumental.
• Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração
fetal do útero materno por via abdominal.
Interpretação do indicador
• Avalia o risco de uma mulher grávida ser internada por motivo de
abortamento, independendo se o aborto é espontâneo, provocado, por
razões médicas e legais ou outros.
• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e a efetividade de
ações de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde,
promoção e prevenção, planejamento familiar, diagnóstico precoce e
tratamento) para saúde materno-infantil.
Usos
• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal
e do planejamento familiar, supondo que uma boa assistência diminua o
número de abortamentos por causas evitáveis, e, conseqüentemente,
valor do indicador.
• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora,
identificando tendências e situações de desigualdade que possam
demandar a realização de estudos especiais.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• A taxa média de internação por gravidez terminada em aborto, nas
diferentes regiões do Brasil, no período de 2000 a 2005 (SIH, 2006),
considerando as causas definidas como aborto espontâneo, abortos por
razões médicas e legais, e outras, variou entre 9,07 a 10,07 internações
em relação ao total de 100 internações por gravidez terminada em
aborto somadas ao total de partos (normal e cesáreo), respectivamente,
com importante variação regional.
A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Taxa de internações por gravidez terminada em aborto (percentual)
Brasil e regiões – 2000 / 2005
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Norte 7,28 7,56 7,19 7,50 8,39 9,27 Nordeste 8,91 9,55 9,66 9,60 10,18 9,99 Sudeste 10,49 10,65 10,98 11,13 11,37 11,15 Sul 6,76 7,09 7,35 8,01 8,18 7,89 C.Oeste 8,28 9,07 8,92 9,16 9,56 12,18
Total 9,07 9,48 9,61 9,77 10,20 10,07 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:
1. Total de internações por gravidez terminada em aborto – internações ocorridas pelas causas definidas no Capítulo XV do Código Internacional de Doenças – CID –10, da lista de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” - “Morbidade Hospitalar por local de internação” (SIH/SUS) definidas como: Aborto espontâneo, Aborto por razões médicas, e outras gravidezes que terminam em aborto
2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares” - “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este
indicador, considerando a base de dados de 2005, utilizada nesta fase de
avaliação.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à
média encontrada.
Os valores encontrados, calculado em termos percentuais em relação ao valor
da média, receberão pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média,
receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior definido a partir da média
receberão pontuação máxima.
Os valores encontrados considerados como dados inconsistentes receberão
pontuação zero.
A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
Nível Pontuação Critérios
Nível 0 0
Sem informação OU valor maior que (M*1,95) internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.
Nível 1 0,5
Valor maior que a (M*1,50) e menor ou igual a (M*1,95) internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.
Nível 2 1
Valor maior ou igual à Média e menor ou igual a (M*1,50) internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.
Nível 3 2 Valor menor que Média de internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de planejamento familiar, pré-
natal e parto.
• Aprimorar, em todos os níveis, e garantir a qualidade dos serviços que
atendem à mulher durante o planejamento familiar e o processo
gravidez – parto – puerpério, na intenção de aumentar a detecção
precoce dos casos de abortamento por causas evitáveis.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros)
da população beneficiária.
• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da
prevenção e qualificação da assistência.
Pontuação máxima
Pontuação mínima
Pontuação média Zero pts
Média do setorL I LS
A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
Limitações e vieses
• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja,
mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem
sempre equivale à sua data de ocorrência.
• Os abortos espontâneos ocorridos até a 12ª semana de gestação são em
sua maioria (80% dos casos) decorrentes de uma ovopatia ou
cromossomopatia e, portanto, inevitáveis. Nestes casos a interferência
da assistência ao pré-natal pouco contribui para evitar que o aborto
ocorra.
• A qualidade da assistência ao pré-natal também tem pouco impacto nos
casos de “gravidez ectópica”, “mola hidatiforme” e “outros produtos
anormais da concepção”, classificados no CID-10 dentro dos itens O00,
O01 e O02 respectivamente, causas de aborto inevitável e consideradas
dentro do numerador deste indicador.
• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de
mulheres no período gestacional.
• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de
municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de
determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador
podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar
problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em
série de anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se
aplica também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.
• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de
operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um
limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada
e receba pontuação relativa ao referido indicador.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro
Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.
DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.
A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6
• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em
set 2004.
• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.
Systematic review on the incidence and prevalence of severe
maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em
http://medicina.kmu.lt
• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde
suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação
(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública,
Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO
CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em
Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro de 2004.
• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH
ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity
and mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near
miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em
http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e
Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI
JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of
severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ
2001 May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pub
medid=11337
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS HEMORRÁGICOS DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO OU PUERPÉRIO
Conceituação
Número de internações determinadas por transtornos hemorrágicos ocorridos
durante gravidez, parto ou puerpério, excluídas aquelas terminadas em aborto,
em relação ao total de partos, da operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por transtornos maternos hemorrágicos na gravidez, parto ou puerpério
Nº de partos (normais + cesáreos)
x 1.000
Definição de termos utilizados no indicador
Transtornos hemorrágicos durante gravidez, parto ou puerpério: são as
internações ocorridas em decorrência de causas definidas nos itens O20, O44 a
O46, O67 e O72 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima
Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:
• O20 - Hemorragia do início da gravidez – excluídas as hemorragias
terminadas em aborto;
• O44 - Placenta prévia;
• O45 - Descolamento prematuro da placenta [abruptio placentae];
• O46 - Hemorragia anteparto não classificada em outra parte;
• O67 - Trabalho de parto e parto, complicados por hemorragia intraparto
não classificados em outra parte e;
• O72 - Hemorragia pós-parto.
Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com
ou sem a utilização de instrumental.
Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do
útero materno por via abdominal.
Gravidez Terminada em Aborto: É a interrupção da gravidez, espontânea ou
induzida, pela morte do produto da concepção, junto com os anexos ovulares,
com menos de 22 semanas de gestação ou, quando a idade gestacional é
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 2 de 2
desconhecida, com produto da concepção pesando menos que 500 gramas ou
medindo menos que 16 cm.
Interpretação do indicador
• Avalia o risco de uma mulher ser internada por processos hemorrágicos
relacionadas à gravidez, parto e puerpério.
• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e eficácia de ações de
saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e
prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.
Usos
• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência ao pré-
natal, parto e puerpério.
• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando
tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização
de estudos especiais.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• A taxa média de internações por transtornos maternos hemorrágicos
durante a gravidez, parto e puerpério, nas diferentes regiões do Brasil, no
período de 2000 a 2005 (SIH, 2006), variou entre 313,44 e 261,92
internações por transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez,
parto ou puerpério por 1.000 partos, com importante variação regional.
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 3 de 3
Taxa de internações por transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez , parto e puerpério por 1.000 partos
Brasil e regiões – 2000 / 2005
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Norte 231,48 230,67 219,09 234,31 212,60 217,58 Nordeste 233,08 238,15 209,85 233,19 183,19 191,75 Sudeste 406,27 414,39 377,16 382,22 319,19 326,09 Sul 333,78 354,54 355,25 347,50 299,93 298,78 C.Oeste 325,33 338,36 315,80 323,56 284,17 385,24
Total 313,44 320,94 294,45 305,37 255,44 261,92 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:
1. Total de internações por transtornos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O20, O44 a O46, O67 e O72 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - tabela de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” -“Morbidade Hospitalar por local de internação” - (SIH/SUS).
2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares “- “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este
indicador, considerando a base de dados de 2005, utilizada nessa fase de
avaliação do indicador.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à
média encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo em torno da média receberão pontuação
média.
Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da média
receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da média,
mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação máxima.
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 4 de 4
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal e parto.
• Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao
recém-nascido, principalmente nas maternidades, durante todo o processo
de gestação, parto e puerpério.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
Nível Pontuação Critérios
Nível 0 0
Sem informação OU valor maior que (M*1,95) internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.
Nível 1 0,5
Valor maior que a [M*1,25] e menor ou igual a [M*1,95] internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.
Nível 2 1
Valor maior ou igual à [M*0,75] e menor ou igual a [M*1,25] internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.
Nível 3 2 Valor menor que [M *0,75] de internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.
Pontuação média Pontuação
mínimaPontuação máxima
Média do setor
Zero pts
LSL I
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 5 de 5
• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da
prevenção e qualificação da assistência.
Limitações e vieses
• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês
e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem
sempre equivale à sua data de ocorrência.
• O total de partos e abortos é adotado como uma aproximação do total de
mulheres no período gestacional.
• O número de internações, em geral, não é muito específico na medida em
que uma mulher poder ter mais de uma internação no período da
gestação.
• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de
municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de
determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador
podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas
desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de
anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se aplica
também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.
• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de
operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um
limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e
receba pontuação relativa ao referido indicador.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro
Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.
DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.
• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 6 de 6
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set
2004.
• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.
Systematic review on the incidence and prevalence of severe
maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em
http://medicina.kmu.lt
• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde
suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação
(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação
Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO
CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em
Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro de 2004.
• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH
ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity and
mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near
miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em
http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores
de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases
da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of
severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ 2001
May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubm
edid=11337
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS HIPERTENSIVOS NO PERÍODO GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO
Conceituação
Número de internações determinadas por transtornos maternos
hipertensivos no período de gravidez, parto e puerpério, ou seja, que se
extende desde a concepção até o final do puerpério, excluídas aquelas
terminadas em aborto, em relação ao total de partos da operadora no ano
considerado.
Método de cálculo
Nº internações por transtornos maternos hipertensivos na gravidez, parto e puerpério
Total de partos (normais + cesáreos)
x 1.000
Definição de termos utilizados no indicador:
Transtornos hipertensivos relacionados à gravidez, parto e
puerpério: São definidos como as intercorrências hipertensivas maternas
que ocorram durante o período da gravidez, parto e puerpério. A doença
hipertensiva pode preceder ou seguir a concepção, e pode, ou não, ter um
efeito deletério na mulher grávida ou no feto (OPAS, 2004). Estão
contempladas neste item todas as internações definidas nos códigos O10 a
O16 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima
Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:
O10-O16 Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, no parto e no puerpério
• O10 - Hipertensão pré-existente complicando a gravidez, o parto e o puerpério • O11 - Distúrbio hipertensivo pré-existente com proteinúria superposta • O12 - Edema e proteinúria gestacionais [induzidos pela gravidez], sem hipertensão • O13 - Hipertensão gestacional [induzida pela gravidez] sem proteinúria significativa
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
• O14 - Hipertensão gestacional [induzida pela gravidez] com proteinúria significativa • O15 - Eclâmpsia • O16 - Hipertensão materna não especificada
Parto normal: É aquele procedimento no qual o concepto nasce por via
vaginal, com ou sem a utilização de instrumental.
Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração
fetal do útero materno por via abdominal.
Puerpério: Período que se inicia imediatamente após a eliminação da
placenta, se estendendo até o 42º dia após o término da gravidez, e o
retorno dos órgãos reprodutivos a seu estado morfológico normal não
grávido (OPAS, 2004).
Interpretação do indicador
• Avalia o risco de uma mulher ser internada por intercorrências
hipertensivas relacionadas à gravidez, ao parto e ao puerpério.
• Considerando que os transtornos hipertensivos são intercorrências
mais comuns a partir do 2º trimestre gestacional, que em sua grande
maioria não levam à interrupção da gravidez, conceitualmente é mais
correto considerar apenas como denominador para este indicador o
total de partos, já que a maioria das gestações que apresentam
transtornos hipertensivos terminam em partos e não em abortos.
• Segundo literatura específica 15% de todas as gravidezes são
gestações de alto risco e, dentre essas, 50% são consideradas
gestações de alto risco em decorrência de transtornos hipertensivos
maternos, e destas cerca de 50% correspondem a distúrbios
hipertensivos graves que, habitualmente resultam em internações.
• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e efetividade de
ações de saúde em todos os níveis de atenção: educação e saúde,
promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, para saúde
materno-infantil.
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Usos
• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência ao pré-
natal, parto e puerpério.
• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora,
identificando tendências e situações de desigualdade que possam
demandar a realização de estudos especiais.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• A taxa média de internação por transtornos maternos hipertensivos
durante a gravidez, parto e puerpério, nas diferentes regiões do
Brasil, no período de 2000 a 2005 (SIH, 2006), variou entre 16,81 e
33,83 internações por 1.000 partos, respectivamente, com
importante variação regional.
Taxa de internações por transtornos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério por 1.000 partos
Brasil e regiões – 2000/ 2005
2000 2001 2002 2003 2004 2005
Norte 6,90 8,76 12,18 14,34 14,07 13,54 Nordeste 18,32 22,13 32,76 39,59 39,16 42,21 Sudeste 20,95 25,11 32,86 35,87 34,59 35,49 Sul 10,34 11,59 25,39 33,93 32,29 30,31
C.Oeste 14,68 23,58 26,87 25,05 24,17 27,26
Total 16,81 20,49 29,25 33,71 32,89 33,83 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:
1. Total de internações por transtornos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O10 – O16 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - tabela de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” - “Morbidade Hospitalar por local de internação” - (SIH/SUS).
2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares” - “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).
• Considerando-se a existência de características específicas
determinantes de diferenças entre o protocolo para o
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
acompanhamento e tratamento adotado para esses distúrbios no SUS
e na saúde suplementar, como por exemplo, a existência de
programas de prevenção e controle ambulatorial da hipertensão
arterial gestacional no SUS, podendo protocolos diferentes ser
adotados na saúde suplementar, optou-se por considerar também os
valores encontrados no SUS para este indicador na construção dos
parâmetros de pontuação para este indicador.
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este
indicador de forma que o valor do indicador se aproxime do valor da média
do SUS para este indicador, que é de 33,8 internações por transtornos
hipertensivos na gravidez, parto e puerpério por 1.000 partos.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores informados em
relação a um intervalo formado pela metade da diferença entre a média
SUS e o valor médio do setor de saúde suplementar.
Os valores encontrados dentro deste intervalo (para mais ou para menos),
receberão pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média
do SUS mais um intervalo, receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior definido a partir da média
do SUS e menos um intervalo receberão pontuação máxima.
Pontuação média Pontuação
mínimaPontuação máxima
Média do setor LSL I
Zero pts
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal, parto e
puerpério;
• Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher
durante todo o processo de gravidez, parto e puerpério, garantindo
assim a redução da incidência dessas intercorrências e seus efeitos
deletérios sobre a saúde da mulher e da criança.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre
outros) da população beneficiária.
• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto
aos prestadores de serviço.
• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da
prevenção e qualificação da assistência.
Limitações e vieses
• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja,
mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que
nem sempre equivale à sua data de ocorrência.
Nível Pontuação Critérios
Nível 0 0
Sem informação OU valor maior que M+((M-33,8)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.
Nível 1 0,5
Valor maior que a M-((M-33,8)/2) e menor ou igual a M+((M-33,8)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.
Nível 2 1
Valor maior ou igual à 33,8 e menor ou igual a M-((M-33,8)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.
Nível 3 2 Valor menor que 33,8 de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6
• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de
mulheres no período gestacional.
• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de
municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de
determinado município for muito pequena, os resultados de um
indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para
evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos
dados, em série de anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de
análise se aplica também a populações cobertas por operadoras de
pequeno porte.
• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise
de operadoras com população muito pequena de beneficiários foi
definido um limite mínimo de eventos necessários para que a
operadora seja avaliada e receba pontuação relativa ao referido
indicador.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro
Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.
DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set
2004.
• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso
em set 2004.
• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.
Systematic review on the incidence and prevalence of severe
maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em
http://medicina.kmu.lt
A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 7 de 7
• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde
suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação
(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública,
Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E
DO CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca
Virtual em Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro
de 2004.
• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH
ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal
morbidity and mortality: the prevalence of severe maternal
morbidity (near miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível
em http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e
Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI
JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors
of severe maternal obstetric morbidity: case-control study –
BMJ 2001 May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&
pubmedid=11337
A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROPORÇÃO DE PARTO CESÁREO
Conceituação
É a relação entre o número total de partos cesáreos e o total de partos (normais e
cesáreos) realizados por uma operadora no ano considerado.
Método de Cálculo
Nº de partos cesáreos x 100
Total de partos (normais + cesáreos)
Definição de termos utilizados no Indicador
Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do
útero materno por via abdominal.
Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com ou
sem a utilização de instrumental.
Interpretação do Indicador
Este indicador avalia o grau de ocorrência de partos cesáreos em relação ao total
de partos realizados em uma determinada operadora no período considerado.
Este indicador permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma vez que o
aumento excessivo de partos cesáreos, acima do padrão definido pela OMS, pode
estar refletindo um acompanhamento pré-natal inadequado e/ou indicações
equivocadas do parto cirúrgico em detrimento do parto normal.
Usos
Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao parto,
supondo que uma boa assistência diminua o valor do indicador.
Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e
situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.
• As variações geográficas desse indicador só se aplicam para o SUS onde é
possível relacionar o tipo de parto ao local de residência da parturiente.
A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 2 de 2
Subsidiar a elaboração e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a
atenção materno-infantil e a assistência médico-hospitalar prestada aos
beneficiários de planos de saúde.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o total de partos cesáreos
em relação ao número total de partos realizados em um serviço de saúde seja de
até 15%. Esta determinação está fundamentada no conhecimento empírico de que
apenas 15% do total de partos apresentam indicação precisa de cesariana, ou seja,
existe uma situação real onde é fundamental para preservação da saúde materna
e/ou fetal que aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e não por via
natural (OMS, 1996).
Uma das principais causas de morbimortalidade perinatal é a síndrome da angústia
respiratória do recém-nascido. Fetos com 37 a 38 semanas de gestação, quando
comparados a fetos de 39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de
necessitarem suporte ventilatório. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve
ser realizado somente por fortes razões médicas (Martins-Costa et al, 2002).
As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a realização
de partos cesáreos, bem como critérios progressivos para o alcance do valor
máximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Técnica/GM no. 466 de
14 de maio de 2000).
Percentuais elevados podem significar, entre outros fatores, a concentração de
partos considerados de alto risco, em municípios onde existem unidades de
referência para a assistência ao parto.
A Proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS passou de 30,99 em 1992 para
26,39, em 2003.
A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 3 de 3
Proporção (%) de partos cesáreos pagos pelo SUS (Brasil – 1992 a 2003)
Ano Indicador
1992 30,99
1993 31,37
1994 32,40
1995 32,45
1996 32,25
1997 31,97
1998 28,41
1999 24,89
2000 23,92
2001 25,06
2002 25,19
2003 26,41
2004 27,53
2005 28,61
Fonte:SINASC/DATASUS
Pelas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar ao
SIP, a média deste setor para 2003 foi 81,69; e para 2004 foi de 82,41.
Meta
Diminuir em 15%, num período de 3 anos, a proporção de partos cesáreos da
operadora em relação ao ano de referência de 2003 (nível 3). Reduzir em 5% no
período de 2004 com relação ao ano de 2003, reduzir em 10% no período de 2005
em relação ao ano de 2003, e reduzir em 15% no período de 2006 em relação a
2003.
A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 4 de 4
Pontuação
Para pontuação será considerada a proporção de partos cesáreos dos anos de 2004
e 2005 e a redução entre estas duas proporções.
Para o ano de 2004 são usadas três faixas (<65%, >= 65% e >=75%) e para o
ano de 2005 são usadas quatro faixas (<40%, >=40% e <50%, >=50% e <65% e
>=65%). Segue abaixo o quadro com os critérios de pontuação:
Nível Pontuação Faixa percentual do ano anterior
Faixa percentual do ano avaliado
Nível 1 0,75 >= 75 >= 65 *
Nível 0 0 >= 65 ou desconhecida >= 65
Nível 1 0,75 >= 65 ou desconhecida >= 50 e < 65
Nível 2 1,5 >= 65 ou desconhecida >= 40 e < 50
Nível 3 3 >= 65 ou desconhecida < 40
Nível 0 0 < 65 ou desconhecida >= 65
Nível 1 0,75 < 65 ou desconhecida >= 50 e < 65
Nível 2 1,5 < 65 ou desconhecida >= 40 e < 50
Nível 3 3 < 65 ou desconhecida < 40 * Pontuação válida para as Operadoras. que estavam na faixa >= 75, mantiveram-
se nesta faixa, mas reduziram 10% ou mais.
Ações esperadas para causar impacto no Indicador
Incentivar o acompanhamento ao pré-natal a fim de reduzir as indicações de
cirurgia decorrentes de condições clínicas, de forma que o parto cirúrgico seja
realizado somente sob indicações precisas.
Incentivar a disseminação de informações a respeito das vantagens do parto
normal em comparação com o parto cesáreo e dos riscos da realização do parto
cesáreo na ausência de indicações precisas.
Implantar um sistema de informações sobre indicações de cesáreas a fim de
supervisionar a adequabilidade das indicações.
A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 5 de 5
Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
qualificação da assistência materno neonatal.
Criar campanhas de informação sobre os tipos de parto, seus benefícios e riscos,
procurando motivar a realização do parto normal sempre que indicado.
Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
Limitações e Vieses
Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano
em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à
data de sua ocorrência.
A cesárea é um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a
vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a gravidez ou
parto. Este é, portanto, um recurso utilizável em situações pré-estabelecidas, ou
emergenciais, durante a evolução da gravidez ou parto, onde existe algum tipo de
risco de vida para a mãe, o bebê ou para ambos.
Destaca-se que a assistência ao pré-natal apresenta diferenças importantes na
distribuição da oferta de serviços. Contudo, mesmo considerando-se tais
diferenças, a meta de 15% de partos cesáreos deve ser perseguida, uma vez que
segue orientação nacional (MS) e internacional (OMS) de saúde.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de
regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Indicadores e Dados Básicos - Brasil –
2004 (IDB 2004) – Brasília: 2004
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. Disponível em http://
tabnet.datasus.gov.Br/cgi/sih/mrmap.htm. Dados coletados no site em junho de
2005.
A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 6 de 6
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
análise de situação de saúde. Saúde Brasil 2004: Uma análise da situação de
saúde. Brasília: 2004.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm . Brasil. Acesso em junho de
2005.
MARTINS-COSTA S H (org.). Projeto diretrizes. Federação Brasileira das
Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em
http://www.cfm.org.br/Projeto Diretrizes. 2002.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra: 1996.
A.S_Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS INFECCIOSOS DURANTE O PUERPÉRIO
Conceituação
Número de internações determinadas por transtornos maternos infecciosos,
ocorridos durante o período do puerpério, em relação ao total de partos da
operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por transtornos infecciosos no puerpério
Nº de partos (normais + cesáreos) x 1.000
Definição de termos utilizados no indicador:
Transtornos infecciosos no puerpério: são as internações cujos
procedimentos realizados foram em decorrência de causas definidas nos itens
O85, O86 e O91 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima
Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:
• O85: Infecção puerperal;
• O86: Outras infecções puerperais e;
• O91: Infecções mamárias associadas ao parto.
O item O98 foi excluído em função de estarem incluídos no mesmo os processos
infecciosos que ocorrem durante todo o ciclo gravídico – puerperal e não somente
aqueles contidos durante o puerpério.
Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com
ou sem a utilização de instrumental.
Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do
útero materno por via abdominal.
Puerpério: Período que se inicia imediatamente após a eliminação da placenta,
se estendendo até o 42º dia após o término da gravidez, e o retorno dos órgãos
reprodutivos a seu estado morfológico normal não grávido (OPAS, 2004).
Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
Interpretação do indicador
• Avalia o risco de uma mulher ser internada por intercorrências infecciosas
relacionadas ao puerpério.
• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e efetividade de ações
de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e
prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.
Usos
• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal, ao
parto e puerpério, considerando que uma boa assistência diminua o valor
do indicador.
• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando
tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização
de estudos especiais.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• A taxa média de internações por transtornos maternos infecciosos durante
o puerpério, no Brasil, no período de 2000 a 2005 (SIH, 2006), variou
entre 4,50 e 6,94 internações por transtornos maternos infecciosos
durante o puerpério em relação ao total de 1.000 partos, com importante
variação regional.
Taxa de internações por transtornos maternos infecciosos no puerpério por 1.000 partos
Brasil e regiões – 2000 / 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Norte 6,36 7,08 7,01 7,43 7,90 8,67 Nordeste 3,48 4,14 5,43 5,84 7,22 6,69 Sudeste 4,75 5,14 5,60 6,12 7,21 7,12 Sul 5,08 5,01 5,48 5,24 5,47 5,18 C.Oeste 4,88 5,78 6,40 6,32 7,59 9,57
Total 4,50 4,99 5,73 6,08 7,11 6,95 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:
1. Total de internações por transtornos infecciosos durante o puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O85, O86 e 091 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - (SIH/SUS).
Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares”- “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este
indicador.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação à
média encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo em torno da média receberão pontuação
média.
Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da média
receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da média,
mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação máxima.
Os valores encontrados que sugiram diminuição de acesso ou dados
inconsistentes receberão pontuação zero.
Pontuação média Pontuação
mínimaPontuação máxima
Média do setor
Zero pts
LSL I
Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
Nível Pontuação Critérios
Nível 0 0 Sem informação OU valor maior que 16,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos o puerpério.
Nível 1 0,5
Valor maior que a 7,50 e menor ou igual a 16,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério.
Nível 2 1
Valor maior ou igual a 3,00 e menor ou igual a 7,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério
Nível 3 2 Valor menor que 3,00 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal e parto.
• Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao
recém-nascido, principalmente nas maternidades, durante todo o processo
de gestação, parto e puerpério.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da
prevenção e qualificação da assistência.
Limitações e vieses
• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês
e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem
sempre equivale à sua data de ocorrência.
Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de mulheres
no período gestacional.
• O número de internações, em geral, não é muito específico na medida em
que uma mesma mulher pode ter mais de uma internação no período de
gestação.
• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de
municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de
determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador
podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas
desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de
anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se aplica
também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.
• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de
operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um
limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e
receba pontuação relativa ao referido indicador.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro
Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.
DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.
• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set
2004.
• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.
Systematic review on the incidence and prevalence of severe
maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em
http://medicina.kmu.lt
Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6
• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde
suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação
(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação
Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO
CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em
Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro de 2004.
• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH
ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity and
mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near
miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em
http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores
de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases
da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of
severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ 2001
May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubm
edid=11337
A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE CITOLOGIA ONCÓTICA DE COLO DE ÚTERO
Conceituação
Número de exames citopatológicos de colo de útero realizados pela primeira vez
em beneficiárias expostas da operadora, na faixa etária de 25 a 59 anos, no ano
considerado.
Método de cálculo
Nº de exames citopatológicos de 1ª vez expostas de 25 a 59 anos
Nº de expostas de 25 a 59 anos x 100
Definição de termos utilizados no indicador
Exame citopatológico de colo do útero – exame de esfregaço de material do
colo uterino para identificação de células atípicas.
Exame de primeira vez – primeiro exame da mulher no período analisado,
desconsiderando-se os exames repetidos para a mesma beneficiária no mesmo
período.
Exposta – É definida como a beneficiária que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no procedimento em questão no período considerado.
Interpretação do indicador
• É um indicador de captação anual que permite a obtenção de cobertura do
exame Papanicolaou, ou seja, estima a freqüência relativa da população
beneficiária que está realizando o exame em relação ao total que deveria
realizá-lo anualmente.
• O indicador permite avaliar o alcance da mobilização da população beneficiária
em relação ao rastreamento citopatológico num determinado período de tempo.
• Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização para o
rastreamento do câncer de colo de útero por parte da operadora sobre
profissionais de saúde e beneficiárias, ou por dificuldades de acesso ao serviço.
A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 2 de 2
Usos
• Estimar a cobertura deste procedimento para detecção precoce do câncer de
colo de útero.
• Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando
tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de
estudos especiais.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• Segundo o Consenso do Seminário Interno de Prevenção e Controle do Câncer
- INCA (MS), publicado nas Normas e Recomendações do INCA baseado nas
recomendações do National Cancer Institute (www.cancer.gov), Canadian
Task Force, U.S. Task Force e American Cancer Society o exame deve ser
oferecido para mulheres com atividade sexual (MS, 2002). Entretanto, para
garantir comparação com outros dados obtidos do programa nacional,
utilizaremos a faixa etária de 25 a 59 anos.
• Programas de rastreamento, realizados com 1 exame citopatológico a cada 3
anos entre mulheres de 30 a 50 anos e a cada 6 anos entre 30 e 72 anos,
apresentaram redução de 1/3 na taxa de mortalidade por câncer de colo de
útero (MS, 2000).
• Considera-se grupo de risco todas as mulheres com vida sexual, na faixa
etária de 25 a 59 anos.
• Mulheres em grupo de alto risco em função de serem HIV positivas ou
imunodeprimidas devem realizar o rastreamento anualmente (MS, 2002).
• A periodicidade de rastreamento recomendada é um exame citopatológico a cada
3 anos, após 2 exames negativos em dois anos consecutivos, a partir do primeiro
exame, para 80% das mulheres sob risco e o rastreamento anual (01 exame
citopatológico) para 100% das beneficiárias dos grupos de alto risco (MS, 2002).
• Segundo a Organização Mundial de Saúde, os níveis de cobertura adequados
para controle do câncer do colo de útero devem ser superiores a 80% na
população alvo, em um determinado período de tempo (OMS, 2002).
• A faixa etária de 25 a 59 anos é definida como prioritária para programas de
rastreamento populacional. A definição de faixa etária de risco não impede a
realização de exame citopatológico do colo do útero fora da faixa etária
estabelecida pelo indicador.
A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 3 de 3
Meta
Realização de exame de citologia oncótica em 80% das mulheres na faixa etária
de 25 a 59 anos, no período de 3 anos. A expectativa anual é de 28% de exames
de primeira vez nas mulheres nessa faixa etária.
Pontuação
Os valores para pontuação estabelecidos para esse indicador foram obtidos a partir das diretrizes da Política Nacional de Controle de Câncer. Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0
S/ Informação ou valor = 0
Nível 1 0,75 VALOR >0 e valor< 12%
Nível 2 1,5 valor >= 12% e valor < 28%
Nível 3 3 valor >= 28%
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Capacitar os profissionais de saúde no sentido de assegurar o exame
citológico (Papanicolaou) durante a consulta ginecológica, seguindo protocolo
previamente definido pelo Ministério da Saúde.
• Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de colo uterino e
sua ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina, dos fatores de
risco - como a infecção por HPV -, garantindo orientação adequada quanto à
forma de prevenção desta doença às mulheres atendidas nos serviços de saúde.
• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
prevenção e qualificação da assistência.
• Construir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 4 de 4
• Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de
acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que
organizem o seu sistema de informação.
Limitações e vieses
• O número de expostas, no período sob análise, pode ser influenciado pelo
tempo de “exposição”, ou seja, do período de tempo em que aquela
beneficiária tem o direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora
em questão, considerando a possibilidade da influência de outros fatores
sobre o tempo de exposição.
• A utilização do número de procedimentos de 1ª vez como numerador no
cálculo deste indicador, em lugar de utilizar o número de expostas que
realizaram o exame, visa reduzir a possibilidade de superestimação do
mesmo, o que ocorreria com a inclusão de beneficiárias que realizaram mais
de um exame num mesmo período.
• A utilização do número de procedimentos de primeira vez como numerador na
fórmula deste indicador permite identificar a quantidade de mulheres,
conferindo maior fidedignidade aos resultados.
• Considerando as informações mencionadas anteriormente acerca do uso deste
indicador e que este serve para estimar a freqüência de utilização deste
procedimento, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento de
avaliação da qualidade da assistência prestada por uma determinada
operadora.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e
Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de
Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional
de Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de colo de útero. 2000.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa
Nacional de Controle do Câncer do Colo de Útero – Viva Mulher.
A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 5 de 5
• IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de
Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.
• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde
no Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informações para
a Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.
A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÕES POR AMPUTAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES
POR DIABETES MELLITUS
Conceituação
Número de internações por amputação de membros inferiores por Diabetes
Mellitus em relação ao total de expostos para internação da operadora no ano
considerado.
Método de cálculo
Nº de internações por amputação de membros inferiores por Diabetes Mellitus
Total de expostos para internação
x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Amputação de membros inferiores por Diabetes Mellitus: é a amputação,
em qualquer nível, de membros inferiores, como complicação do Diabetes
Mellitus, classificado como E 10 a E 14, do Capítulo IV da CID-10 (OMS1, 1997).
Exposto: É definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no procedimento em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
Mede a participação relativa das internações por amputação de membros
inferiores por Diabetes Mellitus em relação à população exposta para internação
da operadora no ano considerado.
É uma medida de morbidade hospitalar, por complicações do Diabetes Mellitus,
no âmbito da operadora que reflete conceitos mais distais da atenção.
Usos
Pode contribuir para inferências a respeito da qualidade da assistência prestada
pela operadora ao beneficiário com Diabetes Mellitus, desde que este esteja sob
os cuidados daquela operadora há um determinado tempo.
Indicador objetiva avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde) das
doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.
A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
O Diabetes Mellitus é a principal causa de amputação de membros inferiores
(Mendonça, 2003).
Em 2003, a prevalência global de Diabetes Mellitus era estimada em 194
milhões. Este cenário está previsto para alcançar os 333 milhões até 2025, como
conseqüência da expectativa de vida mais longa, estilo de vida sedentário e
mudanças nos padrões de dietas. Entretanto, muitas complicações sérias, como
alterações nos rins ou cegueira, podem afetar indivíduos com Diabetes Mellitus, e
a complicação dos pés é a que recebe a maior atenção. De todas as amputações
de membros inferiores, 40-70% são relacionadas a Diabetes Mellitus. Na maioria
dos estudos, a incidência de amputação é estimada em 5-25/100.000
habitantes/ano: entre os indivíduos com Diabetes Mellitus o cenário é de 6-
8/1.000 (OMS & IDF2 2005).
O pé diabético é um problema econômico significante, particularmente se as
amputações resultam em hospitalizações prolongadas, reabilitação e um
aumento por cuidados em casa e serviços sociais. Aproximadamente, 3-4% de
toda a população com Diabetes têm problema no pé e usam 15-25% do
orçamento destinados a esta doença (OMS3, 2005).
Amputações e úlceras de membros inferiores são as conseqüências mais comuns
da neuropatia diabética e estão associadas a significativa morbidade e
incapacidade. O reconhecimento precoce de fatores de risco pode prevenir e
retardar conseqüências graves (MS1, 2006).
Abaixo, relação do número de amputações de membros inferiores por Diabetes
Mellitus:
A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Taxa de internação por amputação de membros inferiores por Diabetes Mellitus por 10.000 expostos
Brasil e regiões – 1998 / 2005
Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 0,34 0,42 0,44 0,39 0,40 0,38 0,40 0,36
Região Nordeste 0,56 0,68 0,75 0,76 0,77 0,74 0,63 0,63
Região Sudeste 0,78 0,86 0,85 0,81 0,86 0,88 0,93 0,85
Região Sul 0,82 0,82 0,86 0,85 0,89 0,82 0,71 0,68
Região Centro-Oeste 0,44 0,43 0,47 0,48 0,46 0,49 0,48 0,47
Total 0,67 0,74 0,76 0,75 0,78 0,77 0,74 0,70 Fonte de dados: SIH/DATASUS2; IBGE
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução de 50% das internações por amputação de
membros inferiores por Diabetes Mellitus. Segundo a Organização Mundial de
Saúde e a Federação Internacional de Diabetes2 (2005), 50% das amputações
por Diabetes Mellitus poderiam ser prevenidas.
Pontuação
A pontuação será dada a partir da redução de 50% dos valores de incidência
referidos pela Organização Mundial de Saúde e pela Federação Internacional de
Diabetes2 (2005), os quais consideram 5-25 amputações por 100.000
habitantes/ano (0,5-2,5/10.000).
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > 5
Nível 1 0,5 VALOR < 5 e VALOR > 1,25
Nível 2 1 VALOR < 1,25 e VALOR > 0,25
Nível 3 2 VALOR < 0,25
Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)
A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Captar e tratar precocemente os casos de Diabetes Mellitus.
Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de controlar
a doença.
Implementar ações educativas para profissionais, para os diabéticos e seus
familiares, no sentido de remover fatores de risco para o agravamento do quadro
de Diabetes Mellitus.
Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e
qualificação da assistência.
Limitações e vieses
�O indicador pode ser influenciado pela contagem cumulativa de internações de
um mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
�O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação da causa de morbidade informada.
Esse indicador não deve ser usado para medir desempenho de prestadores
individualmente, uma vez que representa o produto final de diversos momentos
do processo de adoecimento de um indivíduo acompanhados por diferentes
profissionais (Greenfield et al., 2004).
Por se tratar de complicação grave de uma doença crônica, deve-se esperar que
este indicador seja avaliado após um período mínimo de permanência do
beneficiário na operadora. No caso, nesse indicador deverão ser utilizados os
beneficiários expostos, isto é, aqueles que já foram liberados de seus períodos de
carência em função de doença ou lesão preexistente (no caso, o Diabetes
Mellitus).
Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios,
Soares et al (2001) explica que quando a população de determinado município
for muito pequena, os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na
A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise
conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. No caso da saúde
suplementar, este dado se aplica à população coberta por operadoras de pequeno
porte.
Referências 1BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Hipertensão e Diabete. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Diabete Melito – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 2BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/sih/mrmap.htm. Acesso em março de 2006. GREENFIELD, S; NICOLUCCI, A & MATTKE, S. Selecting indicators for the quality of diabetes care at the health systems level in OECD (Organizational for Economic Co-operation and Development) countries. OECD Health Technical Papers, V.15. 18 pp. França. 2004. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. MENDONÇA A A. Cuidados clínicos com pacientes diabéticos l. In: PITTA G B B, CASTRO A A, BURIHAN E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA, 2003. Disponível em URL: http://www.lava.med.br/livro. 1ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. 2ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE & INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. WORLD DIABETES DAY 2005: Diabetes and Foot Care. http://www.who.int/diabetes/actionnow/wdd2005/en/index.html
www.worlddiabetesday.org.
3ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - Health Topics/Diabetes Mellitus, 2005. www.who.int/topics/diabetes_mellitus/en/.
A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 6 de 6
SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS
Conceituação
Número de internações por Diabetes Mellitus em relação ao total de expostos
para internação da operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº de internações por Diabetes Mellitus
Total de expostos para internação x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Internações por Diabetes Mellitus: são internações hospitalares decorrentes
de Diabetes Mellitus, classificadas como E 10 a E 14, do Capítulo IV da CID-10
(OMS, 1997).
Exposto: é definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no procedimento em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
É uma medida de morbidade hospitalar por Diabetes Mellitus, no âmbito da
operadora.
Mede a participação relativa das internações por Diabetes Mellitus em relação à
população exposta para internação delineada da operadora no ano considerado.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)
da Diabetes Mellitus.
Usos
Identificar, na população em geral, pessoas com fatores de risco para Diabetes,
principalmente o tipo 2, que é mais prevalente: idade igual ou superior a 40
anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão, mulheres que tiveram filhos com
mais de 4 quilos ao nascer e pessoas que têm ou tiveram pais, irmãos e/ou
outros parentes diretos com diabetes.
A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
Avaliar indiretamente o atendimento, bem como o monitoramento dos pacientes
com Diabetes Mellitus.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
A classificação etiológica do Diabetes Mellitus inclui dezenas de tipos da doença,
relacionados a problemas auto-imunes, de secreção ou ação periférica da
insulina, defeitos genéticos da função das células beta, defeitos genéticos da
ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, efeito colateral
de medicamentos, infecções e outras síndromes genéticas associadas ao
Diabetes Mellitus. A maioria dos casos de Diabetes Mellitus se resume em duas
amplas categorias etiopatogênicas: o Diabetes tipo 1 (Diabetes Mellitus-1),
anteriormente conhecido como Diabetes juvenil; e o Diabetes tipo 2 (Diabetes
Mellitus-2), também conhecido como Diabetes do adulto. Na prática clínica, cerca
de 90% dos casos são de Diabetes Mellitus-2, enquanto que os restantes 10%
são de Diabetes Mellitus-1 (MS1, 2006).
A incidência de Diabetes Mellitus tipo 2 (Diabetes Mellitus 2) na atualidade atinge
proporções epidêmicas, demandando um alto custo tanto econômico quanto
social. Nesse sentido, atenção tem sido dispensada aos diferentes níveis
preventivos da doença. A prevenção terciária, em que complicações já
ocorreram, é, ainda hoje, a que consome a maior parte dos investimentos. A
prevenção secundária tem merecido discussões desde os resultados dos grandes
ensaios, mostrando a importância do tratamento adequado do diabético sem
complicações. A prevenção primária, de interesse mais recente e enfoque dessas
diretrizes, tem como finalidade impedir o aparecimento da doença. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) cita ainda um último nível de prevenção, o
primordial, o qual objetiva evitar o surgimento de fatores de risco para Diabetes
Mellitus 2 (SDB, 2006).
Diabetes Mellitus, como o diagnóstico primário de internação hospitalar, aparece
como a sexta causa freqüente e contribui de forma significativa (30% a 50%)
para outras causas, como cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca,
colecistopatias, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial (Mendonça,
2003).
A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Os objetivos clínicos e laboratoriais para o tratamento adequado do Diabetes
Mellitus 2 e de doenças associadas busca evitar internações desnecessárias. Os
parâmentros preconizados pelo Ministério da Saúde1 (2006) são os seguintes:
PARÂMETRO OBJETIVO
Hemoglobina glicada <7%
Glicemia pré-prandial 90-130 mg/dL
Glicemia pós-prandial <180 mg/dL
Pressão arterial <130/80 mmHg
Colesterol LDL <100 mg/dL
Colesterol HDL >40 mg/dL
Triglicérides <150 mg/dL
Proporção de diabéticos com peso adequado ou que obtiveram redução do mesmo
Peso adequado ou redução do mesmo se sobrepeso/obesidade
Proporção de diabéticos em atividade física Prática regular de atividade física aeróbica e exercicícios de resistência
Proporção de diabéticos fumantes Abandono do hábito de fumar
Cobertura de vacinação para influenza
Fonte de dados: Ministério da Saúde, 2006
Vacinação anual de diabéticos
A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
Abaixo estão descritos os dados disponíveis no Sistema de Informações
Hospitalares/Datasus2 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:
Taxa de internações por Diabetes Mellitus por 10.000 habitantes Brasil e regiões – 1998 / 2005
Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 3,78 4,46 4,45 5,11 4,46 4,13 4,28 4,47
Região Nordeste 5,35 5,83 6,11 6,49 5,91 5,27 5,46 5,41
Região Sudeste 7,57 8,22 8,05 7,83 7,49 7,03 6,78 6,67
Região Sul 6,22 7,40 9,33 9,64 9,62 8,38 8,35 8,59
Região Centro-Oeste 5,95 7,48 7,97 8,33 7,80 8,50 8,96 9,37
Total 6,44 7,09 7,42 7,55 7,15 6,61 6,60 6,62 Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este
indicador.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação
à médiana encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão
pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da
mediana receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da
mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação
máxima.
Os valores encontrados, que sugiram diminuição de acesso ou dados
inconsistentes, receberão pontuação zero.
A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)
Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]
Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]
Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]
Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Captar e tratar precocemente os casos de Diabetes Mellitus.
Acompanhar de forma sistemática os casos identificados.
Implementar ações educativas para profissionais, para os diabéticos e familiares, no
sentido de manter o tratamento da doença.
Limitações e vieses
O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um mesmo
paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na classificação
da causa de morbidade informada.
Sugere-se a avaliação desse indicador por faixa etária em função dos diferentes
perfis de morbidade por Diabetes Mellitus (tipos I e II).
Pontuação média Pontuação
mínima Pontuação máxima
Mediana do setor
A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 6 de 6
A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua
avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a
população de determinado município for muito pequena, os resultados do indicador
podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse
tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de
municípios. No caso da saúde suplementar, este dado se aplica à população coberta
por operadoras de pequeno porte.
Referências 1BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Hipertensão e Diabete. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Diabete Melito – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão. 2BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em março de 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. MENDONÇA A A. Cuidados clínicos com pacientes diabéticos l. In: PITTA G B B, CASTRO A A, BURIHAN E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA, 2003. Disponível em URL: http://www.lava.med.br/livro. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Atualização Brasileira sobre Diabetes, 2006. www.diabetes.org.br.
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÕES POR DOENÇAS CEREBROVASCULARES
Conceituação
Número de internações por doenças cerebrovasculares em relação ao total de
expostos para internação da operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por doenças cerebrovasculares
Total de expostos para internação x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Internações por doenças cerebrovasculares: são aqueles casos que
demandam internação hospitalar, classificados entre I 60 a I 69 do Capítulo IX
da CID-10 (OMS, 1997).
Exposto: definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a assistência
à saúde no item de despesa assistencial em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
Mede a participação relativa das internações por doenças cerebrovasculares em
relação à população exposta para internação da operadora no ano considerado.
A distribuição das causas de internação – no caso as doenças cerebrovasculares
– reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada
pela oferta de serviços pela operadora.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)
das doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.
Usos
Identificar e monitorar, na população da operadora, pessoas com fatores de risco
para doenças cerebrovasculares, considerando principalmente beneficiários com
idade igual ou superior a 40 anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão,
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
colesterol elevado, Diabetes Mellitus e aqueles com histórico familiar destas
doenças.
Analisar as variações temporais, para a operadora, na distribuição relativa das
internações hospitalares de doenças cerebrovasculares, identificando situações
de desequilíbrio que possam merecer atenção especial.
Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de
recursos médico-hospitalares, disponíveis para tratamento das doenças
cerebrovasculares para a população beneficiária da operadora.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
As doenças circulatórias são responsáveis por um impacto expressivo na
mortalidade da população brasileira, correspondendo a 32% dos óbitos em 2002,
o equivalente a 267.496 mortes. As doenças do aparelho circulatório
compreendem um espectro amplo de síndromes clínicas, mas têm nas doenças
relacionadas à arterioesclerose a sua principal contribuição, manifesta por
doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e de vasos periféricos,
incluindo patologias da aorta, dos rins e de membros, com expressiva morbidade
e impacto na qualidade de vida e produtividade da população adulta (MS1, 2006).
Entre os principais fatores de risco, a hipertensão arterial sistêmica e o Diabetes
Mellitus são críticos do ponto de vista de saúde pública. No Brasil, dados do Plano
de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus2 de
2001, apontaram para uma prevalência destes fatores na população brasileira
acima de 40 anos de idade de 36% e 10%, respectivamente (MS3, 2006).
Os profissionais e gestores de saúde têm importância primordial nas estratégias
de controle dos fatores de risco, quer na definição do diagnóstico clínico e da
conduta terapêutica, quer nos esforços e estratégias requeridos para educar os
pacientes a fazê-lo (MS3, 2006).
Abaixo estão descritos os dados disponíveis no Sistema de Informações
Hospitalares/Datasus4 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Taxa de internação por doenças cerebrovasculares por 10.000 habitantes Brasil e regiões – 1998 / 2005
Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 3,94 3,86 3,53 3,52 6,00 6,45 6,48 6,82
Região Nordeste 7,79 8,89 8,46 9,05 10,80 10,74 10,00 9,44
Região Sudeste 11,38 11,39 10,94 10,89 12,18 12,11 11,81 11,42
Região Sul 8,42 8,97 8,20 8,13 15,54 15,74 15,30 13,97
Região Centro-Oeste 7,93 8,78 8,43 8,47 11,55 11,86 11,28 11,12
Total 9,14 9,59 9,10 9,24 11,77 11,80 11,36 10,86
Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este
indicador.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação
à mediana encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão
pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da
mediana receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da
mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação
máxima.
Os valores encontrados, que sugiram diminuição de acesso ou dados
inconsistentes, receberão pontuação zero.
Pontuação média Pontuação
mínima Pontuação máxima
Mediana do setor
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)
Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]
Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]
Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]
Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Constituir sistemas de informações que permitam a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e
qualificação da assistência.
Maximizar benefícios e minimizar riscos e custos, através de estratégias
específicas para diferentes perfis de risco.
Implementar linhas de ação efetivas para reduzir as doenças através de medidas
preventivas. Sugere-se a organização de ações para a adoção de hábitos
alimentares adequados e saudáveis, cessação do tabagismo, prática de atividade
física regular, controle da pressão arterial, manejo das dislipidemias e manejo do
Diabetes Mellitus com controle da glicemia.
Limitações e vieses
O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um
mesmo paciente, pela mesma causa, no período analisado.
O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação de morbidade informada.
Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios, Soares
et al (2001) explica que quando a população de determinado município for muito
pequena, os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na sua
interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta
dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. No caso da saúde
A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
suplementar, este dado se aplica à população coberta por operadoras de pequeno
porte.
Referências 1BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Prevenção Clínica de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal. Manual Prático para os Profissionais do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Estimativa de Risco Global e Prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 2BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus: hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 102 p.: il. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios; n. 59). 3BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Alta Complexidade. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 4BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso em março de 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Conceituação
Número de internações por infarto agudo do miocárdio em relação ao total de
expostos para internação da operadora no ano considerado.
Método de cálculo
Nº de internações por infarto agudo do miocárdio
Total de expostos para internação x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Internações por Infarto Agudo do Miocárdio: São aqueles casos que
demandam internação hospitalar, classificados entre os códigos I 21 a I 23, do
Capítulo IX, da CID-10 (OMS, 1997).
Exposto: É definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no item de despesa assistencial em questão, no período
considerado.
Interpretação do indicador
Mede a participação relativa das internações por infarto agudo do miocárdio em
relação à população exposta para internação da operadora no ano considerado.
A distribuição das causas de internação – no caso, o infarto agudo do miocárdio
- reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada
pela oferta de serviços pela operadora.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)
das doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.
Usos
Identificar e monitorar, na população da operadora, pessoas com fatores de risco
para infarto agudo do miocárdio, considerando principalmente beneficiários com
idade igual ou superior a 40 anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão,
A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
colesterol elevado, Diabetes Mellitus e aqueles com histórico familiar destas
doenças.
Analisar as variações temporais, para a operadora, na distribuição relativa das
internações hospitalares por infarto agudo do miocárdio, identificando situações
de desequilíbrio que possam merecer atenção especial.
Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de
recursos médico-hospitalares, disponíveis para tratamento do infarto agudo do
miocárdio, para a população beneficiária da operadora.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
As doenças circulatórias são responsáveis por um impacto expressivo na
mortalidade da população brasileira, correspondendo a 32% dos óbitos em 2002,
o equivalente a 267.496 mortes. As doenças do aparelho circulatório
compreendem um espectro amplo de síndromes clínicas, mas têm nas doenças
relacionadas à arterioesclerose a sua principal contribuição, manifesta por
doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e de vasos periféricos,
incluindo patologias da aorta, dos rins e de membros, com expressiva morbidade
e impacto na qualidade de vida e produtividade da população adulta (MS1, 2006).
Entre os principais fatores de risco, a hipertensão arterial sistêmica e o Diabetes
Mellitus são críticos do ponto de vista de saúde pública. No Brasil, dados do Plano
de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus2 de
2001, apontaram para uma prevalência destes fatores na população brasileira
acima de 40 anos de idade de 36% e 10%, respectivamente (MS3, 2006).
Os profissionais e gestores de saúde têm importância primordial nas estratégias
de controle dos fatores de risco, quer na definição do diagnóstico clínico e da
conduta terapêutica, quer nos esforços e estratégias requeridos para educar os
pacientes a fazê-lo (MS3, 2006).
Abaixo estão descritos os dados disponíveis no Sistema de Informações
Hospitalares/Datasus4 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:
A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Taxa de internação por infarto agudo do miocárdio por 10.000 habitantes Brasil e regiões – 1998 / 2005
Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 0,72 0,77 0,90 0,94 0,93 1,02 1,13 1,19
Região Nordeste 1,10 1,22 1,27 1,39 1,62 1,72 1,86 1,78
Região Sudeste 2,78 3,04 3,14 3,15 3,42 3,76 3,87 3,96
Região Sul 3,09 3,32 3,30 3,38 3,70 3,87 4,20 4,27
Região Centro-Oeste 1,43 1,59 1,64 1,70 1,96 2,23 2,24 2,28
Total 2,11 2,30 2,36 2,42 2,66 2,89 3,03 3,06 Fonte de dados: SIH/DATASUS1; IBGE
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este
indicador.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação
à mediana encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão
pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da
mediana receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da
mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação
máxima.
Os valores encontrados que sugiram diminuição de acesso ou dados
inconsistentes receberão pontuação zero.
Pontuação média Pontuação
mínima Pontuação máxima
Mediana do setor
A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
Pontuação
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)
Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]
Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]
Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]
Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)
Ações esperadas para causar impacto no indicador
Constituir sistemas de informações que permitam a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e
qualificação da assistência.
Maximizar benefícios e minimizar riscos e custos, através de estratégias
específicas para diferentes perfis de risco.
Implementar linhas de ação efetivas para reduzir as doenças através de medidas
preventivas. Sugere-se a organização de ações para a adoção de hábitos
alimentares adequados e saudáveis, cessação do tabagismo, prática de atividade
física regular, controle da pressão arterial, manejo das dislipidemias e manejo do
Diabetes Mellitus com controle da glicemia.
Limitações e vieses
O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um
mesmo paciente, pela mesma causa, no período analisado.
O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação de morbidade informada.
A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua
avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a
população de determinado município for muito pequena, os resultados do
A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar
problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de
anos ou grupo de municípios. No caso da saúde suplementar, este dado se aplica à
população coberta por operadoras de pequeno porte.
Referências
1BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Prevenção Clínica de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal. Manual Prático para os Profissionais do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Estimativa de Risco Global e Prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 2BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus: hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 102 p.: il. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios; n. 59).
3BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Alta Complexidade. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 4BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em março de 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE NATIMORTALIDADE
Conceituação
Número de nascidos mortos, por 1.000 nascimentos (vivos e mortos), para a
operadora no período considerado.
Método de Cálculo
Nº nascidos mortos
Número de nascidos (vivos + mortos) x 1.000
Definição de termos utilizados no Indicador
Nascido vivo: Produto da concepção, independentemente do tempo de gestação,
que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respire ou
apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações
do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária,
estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a
placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera
como uma criança viva.
Nascido morto: É a perda fetal tardia, ou seja, “a morte de um produto da
concepção, antes da expulsão ou de sua extração completa do corpo materno, a
partir do início da 22ª semana de gestação”; indica o óbito do feto que, depois da
separação do corpo materno, não respira nem apresenta nenhum outro sinal de
vida, como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos
efetivos dos músculos de contração voluntária.
Uma vez que esta informação é obtida pelo SIP, deverá ser considerada a definição
da normatização vigente no período de análise:
até 2004 o conceito de nascido morto segue a definição da RN nº 61. Produto da
concepção, depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, não
A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 2 de 2
manifesta qualquer sinal vital, tendo o óbito ocorrido a partir da 28ª semana de
gestação.
A partir de 2005 o conceito de nascido morto segue a definição da RN nº 96.
Produto da concepção com 22ª semana ou mais de gestação, ou pelo menos 500
gramas de peso, que depois da expulsão ou extração completa do corpo da mãe,
não manifesta qualquer sinal de vida.
Interpretação do Indicador
Considera-se que quanto menor a taxa de natimortalidade, melhor o desempenho
da operadora nos quesitos de assistência pré-natal e ao parto.
Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em todos os
níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e
tratamento) para saúde materno-infantil.
Usos
Avaliar indiretamente o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao
parto.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
A taxa de natimortalidade foi de 12,6 natimortos por 1.000 nascidos para o ano
de 1998 no Brasil (Coelho, 2004), para o ano de 2001 foi de 12,7 natimortos
por 1.000 nascidos e para o ano de 2003 foi de 12,1 natimortos por 1.000
nascidos (SIM; SINASC, 2004).
A mediana mais atual da Taxa de natimortalidade do SUS é referente ao ano de
2002, que foi 12,02. Este cálculo foi feito a partir das informações das taxas de
cada UF do Brasil (SIH, 2004). O valor máximo encontrado no SUS para este
indicador foi 17,80.
Com base nas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde
suplementar ao SIP, a média do setor para 2003 foi 5,61, e 6,42 para 2004. A
mediana desse indicador para o setor de saúde suplementar em 2003 foi de
9,30 e, para 2004, de 8,93.
A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 3 de 3
Tendo em vista que parte dos óbitos fetais tardios decorre de doenças
congênitas e/ou maternas, que por sua vez sofrem pouca, ou nenhuma,
influência da melhoria da assistência à gestação e ao parto, as literaturas
internacionais e especialistas no assunto indicam como aceitável uma taxa de
natimortalidade entre 1 a 2%, ou seja, 10 a 20 nascidos mortos para cada
1.000 nascidos vivos.
Meta
A meta da operadora deve ser menor que 4 natimortos para cada 1.000 nascidos,
que representa 1/3 da média da taxa nacional para este indicador.
Pontuação
Nível Pontuação Critérios
Nível 0 0 Sem informação OU valor maior ou igual a 14,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos
Nível 1 0,25 Valor maior ou igual a 10,00 e menor que 14,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos
Nível 2 0,5 Valor maior ou igual a 4,00 e menor ou igual a 10,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos
Nível 3 1 Valor menor que 4,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos
A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 4 de 4
Ações esperadas para causar impacto no Indicador
Garantir o acesso e melhorar a qualidade da assistência ao pré-natal e parto.
Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico
(demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.
Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e
qualificação da assistência.
Limitações e Vieses
No número de nascidos vivos não é considerada a viabilidade do concepto em
relação à sua idade gestacional ou peso ao nascer.
Limitações na captação dos dados: há diversos problemas a serem considerados, como
locais onde o registro de mortalidade não tem total cobertura e subinformação das
mortes fetais e declaração inexata da causa nos atestados de óbito. No caso brasileiro,
tem se verificado que a cobertura é boa em capitais e cidades de médio e grande porte,
porém nas áreas menos populosas, como nas regiões Norte e Nordeste, os dados
podem não corresponder à realidade. O MS estima que a subenumeração de óbitos não
exceda 20%.
É importante lembrar que muitos óbitos neonatais, ou seja, recém-natos que morrem
após terem permanecido vivos por minutos ou horas, são computados como óbitos
fetais, no intuito de evitar a necessidade de emissão da Declaração de Nascido Vivo –
DNV, inflando o indicador. Por outro lado, pode também haver a evasão da informação
para o aborto, se a idade gestacional for computada erradamente com vistas a tornar
desnecessária a Declaração de Nascido Morto/ Atestado de Óbito.
No caso do indicador em populações muito pequenas, como por exemplo no caso
de pequenos municípios ou operadoras com pequeno número de beneficiários,
Soares et al (2001) explicam que os resultados do indicador podem apresentar
dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, sugerem
A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 5 de 5
realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios, ou
operadoras quando na saúde suplementar. Esse mesmo tipo de análise se aplica
também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no
processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia. Sistema de Informações de Mortalidade. DATASUS.
Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sim/obtmap.htm.
Acesso em set 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
DATASUS. Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sinasc/
snmap.htm. Acesso em set 2004.
• COELHO, K S C. Indicadores materno-neonatais na saúde
suplementar: uma análise do Sistema de Informações de Produtos.
2004. 113 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Medicina
Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.
A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE PREMATURIDADE
Conceituação
Percentual de nascidos vivos prematuros em relação ao total de nascidos vivos da
operadora no período considerado.
Método de Cálculo
Nº nascidos vivos prematuros
Número de nascidos vivos x 100
Definição de termos utilizados no Indicador
Nascido vivo: Produto da concepção, independentemente do tempo de gestação,
que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respire ou
apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações
do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária,
estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a
placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera
como uma criança viva.
Nascido vivo prematuro: produto da concepção, com idade gestacional menor
que 37 semanas, que depois da expulsão ou da extração completa do corpo
materno, respira ou dá qualquer outro sinal de vida.
Interpretação do Indicador
• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em
todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção,
diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-neonatal.
A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
Usos
• Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e
situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos
especiais.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• A taxa de prematuridade no Brasil para o ano de 1998 foi de 4,8 nascidos
prematuros por 100 nascidos vivos (Coelho, 2004) e para o ano de 2001 foi
de 5,9 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos(SIM; SINASC, 2004).
Para os anos de 2003 e 2004 a taxa de prematuridade no Brasil foi de 6,26 e
6,30 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos, respectivamente.
• Segundo Silva et al. (2001), entre 1997 e 1998, a taxa de prematuridade
calculada para a cidade de São Luís (MA) foi de 13,9%, utilizando dados de
hospitais públicos e privados.
• Segundo Costa et al. (1987), a taxa de prematuridade no Hospital Mater Dei,
foi de 4,9% entre 1986 e 1987.
• No ano de 2003 a maior taxa de prematuridade no Brasil foi observada na
Região Sul, onde o valor foi de 7,20 nascidos prematuros por 100 nascidos
vivos.
• Pelas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar
ao SIP, a mediana deste setor para 2003 foi 4,77, e para 2004 foi de 5,26.
• Considerando que a taxa de prematuridade é influenciada pela realização de
partos cesáreos sem indicação precisa, na medida em que a proporção
desses partos se reduza na saúde suplementar, espera-se uma redução
subseqüente também da taxa de prematuridade.
A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Meta
A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não
comprometa a qualidade da assistência.
A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este indicador,
considerando a base de dados de 2005, utilizada nesta fase de avaliação.
Pontuação
A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à
média encontrada.
Os valores encontrados em um intervalo, calculado em termos percentuais em
relação ao valor da média, receberão pontuação média.
Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média,
receberão pontuação mínima.
Os valores encontrados abaixo do limite inferior, definido a partir da média,
receberão pontuação máxima.
Os valores encontrados considerados como dados inconsistentes receberão
pontuação zero.
Pontuação média Pontuação
mínimaPontuação máxima
Média do setor LSL I
Zero pts
A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
Nível Pontuação Critérios
Nível 0 0 Sem informação OU valor maior que (M*1,95) prematuros para cada 100 nascidos vivos.
Nível 1 0,5 Valor maior que a (M*1,25) e menor ou igual a (M*1,95) prematuros para cada 100 nascidos vivos.
Nível 2 1 Valor maior ou igual a (M*0,75) e menor ou igual a (M*1,25) prematuros para cada 100 nascidos vivos.
Nível 3 2 Valor menor que (M*0,75) prematuros para cada 100 nascidos vivos.
Ações esperadas para causar impacto no Indicador
• Ampliar e garantir o acesso e a qualidade dos serviços de pré-natal.
• Ampliar as ações de planejamento familiar.
• Aprimorar a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao recém-
nascido, principalmente das maternidades.
• Efetivar o monitoramento do pré-natal e trabalho de parto com vistas à
detecção precoce de anormalidades e adequado encaminhamento.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção
e qualificação da assistência.
Limitações e Vieses
• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e
ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre
A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
equivale à sua data de ocorrência, podendo haver concentração em função
do fluxo.
• No caso do indicador em populações muito pequenas, como por exemplo no
caso de pequenos municípios ou operadoras com pequeno número de
beneficiários, Soares et al (2001) explicam que os resultados do indicador
podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas
desse tipo, sugerem realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos
ou grupo de municípios, ou operadoras quando na saúde suplementar. Esse
mesmo tipo de análise se aplica também a populações cobertas por
operadoras de pequeno porte.
• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de
operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um
limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e
receba pontuação relativa ao referido indicador.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de
regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia. Sistema de Informações de Mortalidade. DATASUS.
Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sim/obtmap.htm.
Acesso em set 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. DATASUS.
Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sinasc/ snmap.htm.
Acesso em set 2004.
• COELHO, K S C. Indicadores materno-neonatais na saúde suplementar: uma
análise do Sistema de Informações de Produtos. 2004. 113 f. Tese
A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6
(Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Medicina Social, Universidade
do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.
• COSTA, J O da; TRINDADE FILHO, O; BARBOSA, R; SILVA, H M S.
Prematuridade no Hospital Mater Dei / Prematurity at Hospital Mater Dei.
1987. Jornal Brasileiro de Ginecologia, V. 97, n. 11/12, pp. 605 -10.
• SILVA, A A M da; COIMBRA, L C; SILVA, R A da; ALVES, M T S S de B; LAMY
FILHO, F; LAMY, Z C; MOCHEL, E G de; ARAGÄO, V M de F; RIBEIRO, V S;
TONIAL, S R; BARBIERI, M A. Perinatal health and mother-child health care
in the municipality of Säo Luís, Maranhäo State, Brazil. Cadernos de Saúde
Pública, V. 17, n. 6, pp. 1413 - 23. Rio de Janeiro. 2001.
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de
Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da
Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE CÓLON E RETO
Conceituação
Número de internações por neoplasia maligna de cólon e reto, entre homens e
mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, em relação ao total de expostos da
operadora nesta faixa etária, no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por neoplasia maligna de cólon e reto, homens e mulheres, de 50 a 69anos
Total de expostos de 50 a 69 anos
x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Neoplasia maligna de cólon e reto: alteração das células do tecido do colón e
reto, identificada através de exame histológico como lesão maligna, em qualquer
fase de estadiamento, (C 18 a C 20 da CID-10) (OMS, 1997).
Expostos: beneficiários que têm o direito de usufruir da assistência à saúde no
procedimento em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna
de cólon e reto em relação à população exposta da operadora, no ano
considerado.
• A distribuição das causas de internação, no caso por neoplasia maligna de
cólon e reto, é condicionada à oferta desses serviços pela operadora.
Usos
• Avaliação da capacidade da rede de absorver para tratamento os casos
diagnosticados de neoplasia maligna de cólon e reto na população-alvo em
determinado período de tempo.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• As neoplasias corresponderam a 4% de todas as causas de internações
hospitalares na população em geral no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). As
neoplasias malignas de cólon, reto e ânus corresponderam à oitava causa de
internação (4%) por neoplasia na população em geral no mesmo período (SIH,
2004).
• A incidência estimada de neoplasia de cólon e reto para o Brasil em 2003 foi de
10,96/100.000 homens e 11,73/100.000 mulheres (BRASIL, 2003).
• Conforme descrito no WHO-National Cancer Control Programs – Policies and
managerial guidelines (OMS, 2002) espera-se que:
• Dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de cólon e reto mais de 70%
recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional estabelecido
para a doença.
• Dos expostos com diagnóstico de neoplasia maligna de cólon e reto, mais de
20% recebam tratamento curativo adequado para a doença de acordo com o
estadiamento definido pela biópsia.
• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de cólon, reto e ânus,
no Brasil, no SUS, no período entre 2000 e 2005, variou de 0,79 a 1,81 por
10.000 habitantes.
Taxa de internação por neoplasia maligna de cólon, reto e ânus por 10.000
habitantes no SUS Brasil e regiões – 2000 / 2005
Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 0,32 0,37 0,54 0,87 1,33 1,29
Região Nordeste 0,35 0,37 0,76 0,92 0,94 0,96
Região Sudeste 1,01 0,99 1,50 1,73 1,75 1,97
Região Sul 1,32 1,34 2,63 3,18 3,38 3,37
Região Centro-Oeste 0,65 0,72 1,16 1,46 1,47 1,59
Total 0,79 0,80 1,36 1,63 1,71 1,81
Fonte: SIH/DATASUS; IBGE
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Meta
A meta inicial é o aumento das internações a partir da média do setor
suplementar.
Espera-se que aumente o número de internações na faixa etária de 50 a 69 anos,
a partir da adesão crescente aos programas de promoção e prevenção para
diagnóstico e detecção precoce da doença.
Pontuação
Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da
incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta
incidência foi calculada a partir do números de casos esperados para a população
brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0
S/ Informação ou valor < 0,68
Nível 1 0,5
valor =>0,68 e valor < 15,96
Nível 2 1
valor => 15,96 e valor <= 46,52
Nível 3 2
valor > 46,52
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Captar precocemente os casos de neoplasia maligna de cólon, reto e ânus.
• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de
controle da doença e aumento da sobrevida do(a) beneficiário(a).
• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
prevenção e qualificação da assistência.
• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
Limitações e vieses
• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação da causa de morbidade informada, ou seja, a causa da
internação nem sempre é corretamente especificada, fazendo com que a
informação sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de
outras co-morbidades.
• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária e gênero da
população.
• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua
avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explicam que quando a
população de determinado município for muito pequena, os resultados do
indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar
problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série
de anos ou grupo de municípios.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,
2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso
em set 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de
incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional
de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:
Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set
2004.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a
edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para
classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.
• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no
Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a
Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de
Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da
Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA FEMININA
Conceituação
Número de internações por neoplasia maligna de mama feminina em mulheres
expostas, na faixa etária de 50 a 69 anos, em relação ao total de expostas nesta
mesma faixa, no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por neoplasia maligna de mama feminina em expostas de 50 a 69 anos
Total de expostas de 50 a 69 anos
x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Neoplasia maligna de mama – lesões identificadas em exame histológico,
como neoplasia maligna de mama (C 50 da CID-10), em qualquer fase de
estadiamento da doença (OMS, 1997).
Expostas: É definida como a beneficiária que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no procedimento em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna
de mama em relação à população exposta da operadora no ano considerado.
• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a
saúde) de neoplasia maligna de mama.
• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de
mama – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é
condicionada pela oferta de serviços da operadora.
Usos
• Identificar os casos de câncer de mama na população beneficiária e orientar a
adoção de medidas de controle.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
• Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia
maligna de mama, identificando situações de desequilíbrio que possam
merecer atenção especial.
• Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de
recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia
maligna de mama, para a população beneficiária da operadora.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares
na população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A neoplasia
maligna de mama correspondeu à terceira causa de internação (10%) por
neoplasia na população feminina, no mesmo período (SIH, 2004).
• A estimativa de incidência da neoplasia maligna de mama no Brasil, em 2003,
foi de 46,35/100.000 mulheres (INCA, 2003).
• Conforme descrito no National Cancer Control Programs: Policies and
managerial guidelines (OMS, 2002) espera-se que:
• Das beneficiárias (população feminina da operadora) com suspeita de doença
de mama, mais de 70% recebam tratamento adequado de acordo com o
protocolo nacional e/ou internacional estabelecido para a doença.
• Das beneficiárias (população feminina da operadora) com diagnóstico de
câncer de mama, mais de 20% recebam tratamento adequado para a doença
de acordo com o estadiamento definido pelo exame histopatológico.
• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de mama, no Brasil, no
SUS, no período de 2000 a 2005, variou de 2,71 a 3,95 por 10.000 mulheres.
Taxa de internação por neoplasia maligna de mama por 10.000 mulheres no SUS Brasil e regiões – 2000 / 2005
Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 1,13 1,19 1,91 1,78 1,73 1,51
Região Nordeste 1,37 1,44 2,65 2,94 2,91 2,82
Região Sudeste 3,66 3,63 4,72 4,50 4,56 4,91
Região Sul 3,38 3,59 5,20 5,06 5,09 4,84
Região Centro-Oeste 2,58 2,54 3,27 3,54 3,50 3,44
Total 2,71 2,75 3,90 3,87 3,89 3,95
Fonte: SIH/DATASUS; IBGE
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Meta
A meta inicial é a aumento das internações a partir da média do setor
suplementar.
Espera-se que com a realização de mamografia, na faixa etária de 50 a 69 anos,
aumente o número de casos diagnosticados, e também a necessidade de
intervenção.
Pontuação
Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da
incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta
incidência foi calculada a partir do números de casos esperados para a população
brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0
S/ Informação ou valor < 2,58
Nível 1 0,5 VALOR => 2,58 e valor < 23,79
Nível 2 1
valor => 23,79 e valor <= 66,21
Nível 3 2
valor > 66,21
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Captar precocemente os casos de neoplasia maligna de mama.
• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de
controle da doença e aumento da sobrevida da beneficiária.
• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
prevenção e qualificação da assistência.
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade e de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
Limitações e vieses
• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação da causa de morbidade informada, isto é, a causa da internação
nem sempre é corretamente especificada, fazendo com que a informação
sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de outras co-
morbidades.
• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população.
• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua
avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explicam que quando a
população de determinado município for muito pequena, os resultados do
indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar
problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série
de anos ou grupo de municípios.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de
Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,
2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso
em set 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de
incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional
de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:
Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o
Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.
A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a
edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para
classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.
• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no
Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a
Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de
Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da
Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE PRÓSTATA
Conceituação
Número de internações por neoplasia maligna de próstata em homens expostos,
na faixa etária de 50 a 69 anos, em relação ao total de expostos da operadora na
mesma faixa etária no ano considerado.
Método de cálculo
Nº internações por neoplasia maligna de próstata em expostos entre 50 a 69 anos
Nº de expostos entre 50 e 69 anos
x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Neoplasia maligna de próstata: alteração das células do tecido da próstata,
obtido por biópsia, identificada por exame histopatológico como lesão maligna (C
61 da CID-10), em qualquer fase de estadiamento (OMS, 1997).
Expostos: beneficiários que têm o direito de usufruir a assistência à saúde no
procedimento em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna de
próstata em relação à população exposta da operadora no ano considerado.
• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a
saúde) de neoplasia maligna de próstata.
• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de
próstata – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é
condicionada pela oferta de serviços pela operadora.
Usos
• Identificar casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas de
controle.
• Analisar a evolução por operadora das internações hospitalares de neoplasia
maligna de próstata, identificando situações de desequilíbrio que possam
merecer atenção especial.
A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
• Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de
recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia
maligna de próstata, para a população beneficiária da operadora.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares
na população masculina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A
neoplasia maligna de próstata correspondeu à quinta causa de internação
(5%) por neoplasia na população masculina, no mesmo período (SIH, 2004).
• A incidência estimada de neoplasia maligna de próstata para 2003 no Brasil
foi de 40,5 /100.000 homens (INCA, 2003).
• Conforme descrito no National Cancer Control Programs – Policies and
managerial guidelines – (OMS, 2002), espera-se que:
• Dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de próstata, mais de 70%
recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional estabelecido
para a doença.
• Dos expostos com diagnóstico de neoplasia maligna de próstata, mais de 20%
recebam tratamento curativo adequado para a doença de acordo com o
estadiamento definido pela biópsia.
• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de próstata, no Brasil,
no SUS, no período entre 2000 e 2005 variou de 0,74 a 1,57 por 10.000
homens.
Taxa de internação por neoplasia maligna de próstata por 10.000 homens no SUS
Brasil e regiões – 2000 / 2005
Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 0,22 0,21 0,32 0,43 0,50 0,44
Região Nordeste 0,33 0,36 0,67 0,90 0,88 0,94
Região Sudeste 1,09 1,08 1,40 1,63 1,86 2,04
Região Sul 0,87 0,84 1,89 2,49 2,09 2,06
Região Centro-
Oeste 0,51 0,59 1,09 2,21
1,94
1,58
Total 0,74 0,74 1,16 1,50 1,52 1,57
Fonte: SIH/DATASUS; IBGE
A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Meta
A meta inicial é o aumento das internações a partir da média do setor
suplementar.
Espera-se que aumente o número de internações na faixa etária de 50 a 69 anos,
a partir da adesão crescente aos programas de promoção e prevenção para
diagnóstico e detecção precoce da doença.
Pontuação
Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da
incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta
incidência foi calculada a partir do números de casos esperados para a população
brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).
Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0
S/ Informação ou valor < 2,57
Nível 1 0,5
valor => 2,57 e valor < 18,20
Nível 2 1
valor => 18,20 e valor <=49,45
Nível 3 2
valor > 49,45
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de
controle da doença e aumento da sobrevida dos beneficiários.
• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
prevenção e qualificação da assistência.
• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
Limitações e vieses
• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação da causa de morbidade informada, ou seja, a causa da
internação nem sempre é corretamente especificada, fazendo com que a
informação sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de
outras co-morbidades.
• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população.
• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua
avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explicam que quando a
população de determinado município for muito pequena, os resultados do
indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar
problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série
de anos ou grupo de municípios.
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS.
Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/
mrmap.htm. Acesso em set 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o
Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de
incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.
A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional
de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:
Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a
edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para
classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.
• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no
Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde
- Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de
Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da
Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE COLO DE ÚTERO
Conceituação
Número de internações por neoplasia maligna de colo de útero em mulheres
expostas, na faixa etária de 25 a 59 anos, em relação ao total de expostas nesta
mesma faixa no ano considerado.
Método de cálculo
Nº de internações por neoplasia maligna de colo de útero em
expostas de 25 a 59 anos
Total de expostas de 25 a 59 anos
x 10.000
Definição de termos utilizados no indicador
Neoplasia maligna de colo de útero: lesões identificadas em exame
histopatológico, como neoplasia maligna de colo de útero (C 53 da CID-10), em
qualquer fase de estadiamento desta doença (OMS, 1997).
Expostas: beneficiárias que têm o direito de usufruir a assistência à saúde no
procedimento em questão, no período considerado.
Interpretação do indicador
• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna
de colo de útero em relação à população exposta da operadora no ano
considerado.
• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de
prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a
saúde) de neoplasia maligna de colo de útero.
• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de colo
de útero – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é
condicionada pela oferta de serviços pela operadora.
A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 2 de 2
Usos
• Identificar os casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas
de controle.
• Avaliar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes com neoplasia
maligna de colo de útero.
• Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia
maligna de colo de útero, identificando situações de desequilíbrio que possam
merecer atenção especial (OPAS, 2002)
• Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de
recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia
maligna de colo de útero, para a população beneficiária da operadora.
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares
na população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A neoplasia
maligna de colo de útero correspondeu à quarta causa de internação (9%) por
neoplasia na população feminina, no mesmo período (SIH, 2004).
• A estimativa de incidência de neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil,
em 2003, foi de 18,32/100.000 mulheres (INCA, 2003).
• Conforme descrito no National Cancer Control Programmes – Policies and
managerial guidelines – (OMS,2002) espera-se que:
• Das beneficiárias (população feminina) com suspeita de doença de
colo de útero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo
nacional e/ou internacional estabelecido para a doença.
• Das beneficiárias (população feminina) com diagnóstico de neoplasia de colo
de útero, mais de 20% recebam tratamento para a doença de acordo com o
estadiamento.
• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de colo de útero, no
Brasil, no SUS, no período entre 2000 e 2005, variou de 2,67 e 3,06 por
10.000 mulheres.
A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 3 de 3
Taxa de internação por neoplasia maligna de colo de útero por 10.000 mulheres, no SUS
Brasil e regiões – 2000 / 2005
Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Região Norte 1,33 1,40 1,62 1,83 2,10 1,95
Região Nordeste 2,19 1,94 2,66 3,41 2,98 2,52
Região Sudeste 2,73 2,76 3,01 2,91 2,61 2,63
Região Sul 3,73 3,37 5,90 6,12 5,99 6,16
Região Centro-Oeste 3,48 3,48 2,71 3,01 2,75 2,60
Total 2,67 2,56 3,21 3,45 3,18 3,06
Fonte: SIH/DATASUS; IBGE
Meta
A meta é a redução das internações a partir da média do setor suplementar.
Espera-se que com a realização de exame preventivo, na faixa etária de 25 a 59
anos, aumente o número de casos diagnosticados e tratados com doença em fase
pré-maligna e em que há possibilidade de tratamento ambulatorial efetiva,
reduzindo dessa forma a necessidade de internações por essa patologia.
Pontuação
Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta incidência foi calculada a partir dos números de casos esperados para a população brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006). Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0
S/ Informação ou valor >10,75
Nível 1 0,5 VALOR <= 10,75 e valor > 4,25
Nível 2 1,0 valor <= 4,25 e valor >=1
Nível 3 2 valor < 1
A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 4 de 4
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Identificar e captar precocemente os casos de neoplasia maligna de colo de útero.
• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de
controle da doença e aumento da sobrevida da beneficiária.
• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
prevenção e qualificação da assistência
• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
Limitações e vieses
• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na
classificação da causa de morbidade informada, isto é, a causa da internação
nem sempre é corretamente especificada fazendo com que a informação
sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de outras co-
morbidades.
• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um
mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população feminina.
• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua
avaliação. No caso de municípios, Soares et al. (2001) explicam que quando a
população de determinado município for muito pequena, os resultados do
indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar
problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série
de anos ou grupo de municípios.
A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 5 de 5
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional
de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS.
Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/
mrmap.htm. Acesso em set 2004.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:
Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de
incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional
de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:
Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e
Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de
Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional
de Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de intestino, 2003. 36 pp.
• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São
Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de
Doenças em Português. EDUSP. 1997.
• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,
Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.
• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no
Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde -
Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.
A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 6 de 6
• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de
Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da
Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.
A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1
TAXA DE MAMOGRAFIA
Conceituação
Número de beneficiárias expostas na operadora na faixa etária de 50 a 69 anos,
que realizaram exames de mamografia no ano considerado.
Método de cálculo
Nº de mulheres expostas entre 50 a 69 anos que realizaram exames de mamografia
Nº de expostas de 50 a 69 anos
x 100
Definição de termos utilizados no indicador
Mamografia – exame radiológico para detecção de alterações do tecido
mamário, utilizado para rastreamento do câncer de mama.
Exposta – é definida como a beneficiária que tem o direito de usufruir a
assistência à saúde no procedimento em questão no período considerado.
Interpretação do indicador
• É um indicador de cobertura que estima a proporção de mulheres que
realizaram exame mamográfico na população beneficiária.
• O indicador permite avaliar indiretamente o alcance da mobilização da
população beneficiária em relação ao rastreamento da doença num
determinado período de tempo.
• Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização e captação da
população beneficiária para o rastreamento de câncer de mama ou
dificuldades de acesso ao serviço.
Usos
• Avaliar a cobertura deste procedimento para detecção do câncer de mama.
• Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando
tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de
estudos especiais.
A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2
Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações
• A sensibilidade da mamografia para detecção do câncer de mama varia entre
46% e 88% e é dependente dos seguintes fatores: tamanho e localização da
lesão, densidade do tecido mamário, idade da paciente, qualidade do exame e
habilidade de interpretação do radiologista (MS, 2002)
• Mulheres de alto risco para câncer de mama são aquelas que:
- têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de
mama antes de 50 anos;
- têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã, ou filha) com câncer de
mama bilateral ou câncer de ovário;
- apresentam história familiar de câncer de mama masculina;
- apresentam lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia.
• Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem ser submetidas à
mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade (MS, 2004).
• Recomenda-se realizar uma mamografia, pelo menos a cada 2 anos, em
mulheres de 50 a 69 anos de idade (MS, 2004).
• Ensaios clínicos sugerem redução de 15% na mortalidade por câncer de
mama em mulheres de 50 a 69 anos, rastreada pela mamografia combinada
com exame clínico (MS, 2002).
• A faixa etária de 50 a 69 anos é definida como prioritária para programas
organizados de rastreamento populacional, para esse exame. A definição de
faixa etária de risco não impede a realização de mamografia fora da faixa
etária estabelecida pelo indicador.
Meta
Realização de exame mamográfico em 80% das mulheres na faixa etária de 50 a
69 anos.
A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3
Pontuação
Os valores para pontuação estabelecidos para esse indicador foram obtidos a partir das diretrizes da Política Nacional de Controle de Câncer. Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora
Nível 0 0
S/ Informação ou valor = 0
Nível 1 0,75 VALOR >0 e valor< 30%
Nível 2 1,5 valor >= 30% e valor < 60%
Nível 3 3 valor >= 60%
Ações esperadas para causar impacto no indicador
• Incentivar o exame mamográfico para rastreamento do câncer de mama em
mulheres de 50 a 69 anos e na população de risco elevado.
• Incentivar o exame clínico de mamas em todas as consultas ginecológicas,
pelo menos uma vez ao ano, em especial na população nas faixas etárias de
risco para a doença.
• Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de mama e sua
ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina dos fatores de
risco – história familiar, obesidade, fumo, exposição à radiação ionizante,
nuliparidade, etc. - garantindo às mulheres atendidas uma orientação
adequada quanto à forma de prevenção desta doença.
• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de
prevenção e qualificação da assistência.
• Construir sistema de informações que permita a definição do perfil
epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da
população beneficiária.
• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos
prestadores de serviço.
A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4
• Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de
acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que
organizem o seu sistema de informação.
Limitações e vieses
• O número de expostas, no período sob análise, pode ser influenciado pelo
tempo de “exposição”, ou seja, do período de tempo que aquela beneficiária
tem o direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questão,
considerando a possibilidade da influência de outros fatores sobre o tempo de
exposição.
• A utilização do número de expostas que realizaram o exame em lugar de
utilizar o número procedimentos como numerador no cálculo deste indicador
visa conferir maior fidedignidade ao resultado. Ou seja, é uma medida de
avaliação da freqüência relativa da população beneficiária que está realizando
o exame. Destarte, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento
de avaliação da qualidade da assistência prestada por uma determinada
operadora.
Referências
• ALBERTA MEDICAL ASSOCIATION – Canadian Guideline for The Early
Detection of Breast Cancer. Reviewed, 2002.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o
Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e
Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de
Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.
• FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; SOCIEDADE
BRASILEIRA DE MASTOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA;
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA. Projeto Diretrizes. 2002.
• IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de
Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005.