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A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1 CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR EXPOSTO Conceituação Número de consultas odontológicas iniciais para cada exposto da operadora em determinado período. Este procedimento se refere ao atendimento odontológico no qual se dá início a um determinado plano preventivo-terapêutico, em que devem ser consideradas todas as necessidades odontológicas do paciente, podendo acontecer mais de uma vez ao ano. Método de cálculo Nº de consultas odontológicas iniciais Total de expostos Definição de termos utilizados no indicador Consulta odontológica inicial: consultas destinadas ao exame e diagnóstico para a elaboração do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento de ficha clínica odontolegal, diagnóstico das doenças e anomalias bucais do paciente e prognóstico. Excetuam-se as consultas de caráter emergencial e pericial . Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em questão (consulta odontológica inicial), no período considerado. Interpretação do indicador É um indicador operacional que avalia indiretamente a cobertura e o acesso da população exposta, aos serviços de saúde bucal. Este indicador mede a tendência de cobertura de tratamentos odontológicos a partir da realização da primeira consulta com exame clínico, visando à elaboração de um plano de tratamento.

CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR EXPOSTO€¦ · consulta com exame clínico, visando à elaboração de um plano de tratamento. A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc

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A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR EXPOSTO

Conceituação

Número de consultas odontológicas iniciais para cada exposto da operadora em

determinado período.

Este procedimento se refere ao atendimento odontológico no qual se dá início a

um determinado plano preventivo-terapêutico, em que devem ser consideradas

todas as necessidades odontológicas do paciente, podendo acontecer mais de

uma vez ao ano.

Método de cálculo

Nº de consultas odontológicas iniciais

Total de expostos

Definição de termos utilizados no indicador

Consulta odontológica inicial: consultas destinadas ao exame e diagnóstico

para a elaboração do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento

de ficha clínica odontolegal, diagnóstico das doenças e anomalias bucais do

paciente e prognóstico. Excetuam-se as consultas de caráter emergencial e

pericial .

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em

questão (consulta odontológica inicial), no período considerado.

Interpretação do indicador

É um indicador operacional que avalia indiretamente a cobertura e o acesso da

população exposta, aos serviços de saúde bucal. Este indicador mede a tendência

de cobertura de tratamentos odontológicos a partir da realização da primeira

consulta com exame clínico, visando à elaboração de um plano de tratamento.

A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 2 de 2

Usos

Possibilita análises sobre a cobertura dos beneficiários com primeira consulta

odontológica, podendo indicar tendências do perfil do atendimento em saúde

bucal a toda a carteira de beneficiários ou a grupos específicos de beneficiários

que possuem planos de assistência odontológica.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Até 2004, na saúde suplementar, a Consulta Odontológica Inicial era registrada e

informada pelas operadoras ao SIP de forma agregada, onde os atendimentos de

urgências e emergências, bem como as perícias, inicial e final (procedimentos

esses caracterizados por não implicarem continuidade necessária de tratamento

odontológico) encontram-se informados dentro do item Consulta Odontológica

Inicial.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos

(SIP/ANS). Dentre as alterações ocorridas, o dado de Consulta Odontológica

Inicial passa a ser informado separado dos demais itens e estes são informados

no item Outros Procedimentos Odontológicos. Com isso, passou a ser possível

analisar o acesso dos beneficiários de planos odontológicos à assistência

odontológica contratada.

Meta

A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária à assistência

odontológica, realizando no mínimo 1 consulta odontológica inicial por

exposto/ano.

N 0 N 1 N 2 N 3 META

A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 3 de 3

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com

base numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0

0

sem informação OU valor < 0,20

N1

0.5

valor >= 0,20 E valor < 0,60

N2

1

valor >= 0,60 E valor < 1,00

N3

2

Valor >= 1,00

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Adotar estratégia de busca ativa de beneficiários que tenham aderido ao plano

odontológico e que nunca tenham passado por consulta odontológica.

Limitações e vieses

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de

consultas odontológicas iniciais em relação ao número de pessoas que poderiam

realizar este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o

receberam e algumas pessoas o realizaram mais de uma vez no período

considerado.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em

25/08/2004.

A.S_Consultas Odontológicas Iniciais por exposto_21.06.doc Versao 1 Página 4 de 4

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de

dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto

SBBrasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http: http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/sia/cnmap.htm.

Acesso em set 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Disponível

em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de

2006.

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Exodontias por expostos_21.06.doc.doc Versao 2 Página 1 de 1

EXODONTIAS POR EXPOSTOS

Conceituação

Número de exodontias realizadas em cada 10 expostos da operadora em

determinado período.

Método de cálculo

Nº de exodontias

Total de Expostos x 10

Definição de termos utilizados no indicador

Exodontia: para esse indicador, serão consideradas apenas as extrações simples

de dentes permanentes, excluindo-se os sisos inclusos e semi-inclusos e

extrações com indicação ortodôntica.

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em

questão (procedimentos de exodontia), no período considerado.

Interpretação do indicador

Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos propostos para a

assistência odontológica, visto que mostra a dimensão da quantidade de

procedimentos mutiladores na população.

Usos

Avaliar a magnitude das perdas dentárias na população-alvo da operadora. Ao

longo do tempo, por meio de série histórica, será possível analisar a efetividade

das ações implementadas para evitar as perdas dentárias.

A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Foram analisadas as informações da base de dados da pesquisa epidemiológica

SB_Brasil, para estimar a necessidade de procedimentos de exodontia por

pessoa/ano, no Brasil. O SB_Brasil é um amplo levantamento das condições de

saúde bucal da população brasileira, realizado pelo Ministério da Saúde, entre os

anos de 2000/2003 para todas as regiões geográficas.

Esta pesquisa envolveu a participação de várias instituições e entidades

odontológicas – Conselho Federal e Regionais de Odontologia, Associação

Brasileira de Odontologia e suas seções regionais, faculdades de Odontologia,

com o suporte das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

Para compatibilizar a informação de exodontia do SB_Brasil com a do SIP/ANS,

foi considerada a variável “4(E) - Dente Perdido Devido à Cárie”, assim definida:

“Um dente permanente ou decíduo foi extraído por causa de cárie e não por

outras razões. Essa condição é registrada na casela correspondente à coroa.

Dentes decíduos: aplicar apenas quando o indivíduo está numa faixa etária na

qual a esfoliação normal não constitui justificativa suficiente para a ausência.”

Não foi utilizada a variável “6.Extração”, pois esta contempla informações que

diferem da coleta dos dados pelo SIP por incluir as exodontias realizadas por

indicação protética e ortodôntica.

Segue abaixo o quadro com as informações de dentes perdidos por 10

pessoas/ano. A partir da informação por distribuição regional geográfica do Brasil

foi feita uma consolidação dos dados da média de dentes perdidos para todo o

País. Do cálculo das médias das idades da população amostral, foi possível

chegar à média de dentes perdidos por ano, resultado da divisão da média de

dentes perdidos pela média das idades (Quadro 1).

Quadro 1: Média de dentes perdidos por 100 pessoas / ano Região Nº dentes perdidos por 10

Pessoas Centro Oeste 1,79 Nordeste 2,17 Norte 2,00 Sudeste 1,64 Sul 1,92 Brasil 1,92

A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Assim, de acordo com os dados colhidos do SB_Brasil, a média brasileira de

dentes perdidos por ano é de 1,92 dente por cada 10 pessoas, o que é

considerado uma condição epidemiológica muito ruim.

Em relação ao setor suplementar as informações sobre as exodontias, colhidas

através do SIP/ANS, eram agrupadas no item procedimentos de cirurgia

odontológica ambulatorial. Em 2003 estas informações eram exigidas apenas

das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de 20.000 beneficiários,

a partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que também prestam

assistência odontológica passam a fornecer esta informação para a composição

dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de endodontia

restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com mais de

20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000

beneficiários.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos

(SIP/ANS). Dentre as alterações houve o desmembramento do procedimento de

exodontia do grupo de procedimentos de cirurgia odontológica ambulatorial e a

exigência de que todas as operadoras que comercializam a assistência

odontológica, independente do número de beneficiários, forneça a informação

sobre os procedimentos de exodontia.

Com isso, passou a ser possível analisar o acesso dos beneficiários aos

procedimentos de exodontia nos planos com assistência odontológica contratada.

A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

Meta

Visando estimular que a assistência à saúde bucal seja voltada para a prevenção,

a meta é diminuir os valores encontrados em relação à média nacional, dos

dados do SB_Brasil. Vale ressaltar que esta média nacional inclui os dentes

decíduos perdidos por cárie. Se fosse calculada como está sendo proposto neste

indicador, apenas contando a perda dos dentes permanentes, certamente seria

encontrado um valor menor.

N 3 N 2 N 1 N 0

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com

base numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0 0 sem informação OU valor >= 1,40

N1 0.75 valor >= 1,00 E valor < 1,40

N2 1.5 valor >= 0,60 E valor < 1,00

N3 3 valor < 0,60

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Desenvolver programas de promoção e prevenção em saúde bucal.

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários e compatibilizar a rede

assistencial para a prestação dos serviços voltados para a prevenção. A

realização sistemática de procedimentos odontológicos preventivos reduz o nível

de gravidade do processo de desenvolvimento da cárie e de doenças

META

A.S_Número de Exodontias_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

periodontais, que gerariam procedimentos curativos evitáveis por meio de

medidas preventivas periódicas, evitando assim as exodontias desnecessárias.

Limitações e vieses

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de

exodontias em relação ao número de pessoas que poderiam realizar este

procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o receberam e algumas

pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso

em 25/08/2004.

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de

dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto

SBBrasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo

de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10

de abril de 2006.

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROCEDIMENTOS DE PERIODONTIA POR EXPOSTO

Conceituação

Número de Procedimentos de Periodontia para cada exposto da operadora em

determinado período.

Método de Cálculo

N.º de procedimentos de periodontia

Total de Expostos

Definição de termos utilizados no Indicador

Total de procedimentos periodontais: conjunto dos procedimentos de

periodontia, listados no Rol Odontológico da ANS (como raspagem supragengival,

alisamento e polimento coronário; raspagem subgengival alisamento e polimento

radicular; curetagem de bolsa periodontal; imobilização dentária), ocorridos em

caráter eletivo, de urgência ou emergência.

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em

questão (procedimentos periodontais), no período considerado.

Interpretação do Indicador

Este indicador possibilita analisar a quantidade de procedimentos periodontais

prestados, bem como esboçar um perfil da cobertura da população que procura

cuidados odontológicos, quanto à prevalência de doença periodontal.

Usos

Avaliar a magnitude das necessidades de tratamento periodontal na população-alvo

da operadora e, ao longo do tempo, por meio de série histórica, a efetividade das

ações preventivas e educativas implementadas.

A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-

se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de

20.000 beneficiários. A partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que

também prestam assistência odontológica passam a fornecer esta informação para

a composição dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de

periodontia restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com

mais de 20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000

beneficiários.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos

(SIP/ANS), que passa a exigir de todas as operadoras que comercializam a

assistência odontológica, independente do número de beneficiários, que forneça a

informação sobre os procedimentos de periodontia.

Com isso, passou a ser possível analisar a utilização de serviços de periodontia

pelos beneficiários de planos odontológicos.

Meta

A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária aos procedimentos de

periodontia, realizando no mínimo 4 procedimentos de periodontia por exposto/ano.

Para os dados do ano-base 2005 estarão sendo pontuadas com nota máxima as

operadoras que realizarem 2 ou mais procedimentos de periodontia para cada

exposto/ano, tendo em vista que a média do setor suplementar não chega a 1

procedimento de periodontia a cada expostos/ano.

A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com base

numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Através da formulação de programas preventivos, monitorar a real necessidade das

indicações para a realização dos procedimentos de periodontia. Permite avaliar se o

modelo de assistência prestado pela operadora está voltado para a prevenção dos

problemas bucais evitáveis através de uma boa orientação e tratamentos menos

destrutivos. Enfatizar a realização dos procedimentos de periodontia, em especial

nas populações com doenças sistêmicas, que são as mais suscetíveis a estas

doenças.

Limitações e Vieses

A principal limitação se refere à atual forma de coleta do dado, que não discrimina

cada procedimento mas toma um grupo de procedimentos contidos no Rol de

Procedimentos Odontológicos vigente.

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de

procedimentos de periodontia em relação ao número de pessoas que poderiam

receber este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o realizaram

e algumas pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.

Nível

Pontuação

Valores obtidos pela operadora

N0 0

sem informação OU valor < 0,30

N1 0.75

valor >= 0,30 E valor < 1,00

N2 1.5

valor >= 1,00 E valor < 2,00

N3 3

valor >= 2,00

A.S_Procedimentos de periodontia por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

A prevalência de doença periodontal é maior em indivíduos de faixa etária mais

elevada, de tal forma que esse indicador deveria ser avaliado em função da faixa

etária da população beneficiária da operadora.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em

25/08/2004.

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de

dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto

SBBrasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de

Informações de Produtos. Brasil. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília, 2002d.

Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de

abril de 2006.

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROCEDIMENTOS DE ENDODONTIA POR EXPOSTOS

Conceituação

Número de procedimentos de endodontia, por unidade dentária, em cada 10

expostos da operadora em determinado período.

Método de Cálculo

N.º de procedimentos endodônticos

Total de expostos x 10

Definição de termos utilizados no Indicador

Procedimentos endodônticos: conjunto dos procedimentos endodônticos, por

unidade dentária, listados no Rol Odontológico da ANS como: pulpotomia, remoção

de obturação radicular, remoção de núcleo intrarradicular, tratamento e

retratamento endodôntico em dentes permanentes independente do número de

condutos radiculares, tratamento endodôntico de dentes decíduos, ocorridos em

caráter eletivo, de urgência ou emergência.

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em

questão (procedimentos endodônticos), no período considerado.

Interpretação do Indicador

Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos assistenciais propostos

pelas operadoras à sua rede prestadora, para a cobertura odontológica.

Usos

Avaliar a magnitude das necessidades endodônticas na população-alvo da

operadora e, ao longo do tempo, por meio de série histórica, a efetividade das

ações preventivas e educativas implementadas.

A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Foram analisadas as informações da base de dados da pesquisa epidemiológica

SB_Brasil, para estimar a necessidade de procedimentos endodônticos por

pessoa/ano, no Brasil. O SB_Brasil é um amplo levantamento das condições de

saúde bucal da população brasileira, realizado pelo Ministério da Saúde, entre os

anos de 2000/2003 para todas as regiões geográficas.

Esta pesquisa envolveu a participação de várias instituições e entidades

odontológicas – Conselho Federal e Regionais de Odontologia, Associação Brasileira

de Odontologia e suas seções regionais, faculdades de Odontologia, com o suporte

das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

Para compatibilizar a informação de endodontia do SB_Brasil com a do SIP/ANS, foi

considerada a variável “5 - Tratamento Pulpar e Restauração”, da base de dados do

SB_Brasil, assim definida: “O dente necessita tratamento endodôntico previamente

à colocação da restauração ou coroa, devido à cárie profunda e extensa, ou

mutilação ou trauma”.

De acordo com esta definição, que aponta a necessidade de tratamento

endodôntico na população brasileira, conseguimos fazer correspondência com os

tratamentos endodônticos executados na assistência à saúde suplementar,

considerando a forma como o dado de endodontia foi colhido pelo SIP

possibilitando, assim, a análise.

Segue abaixo o quadro com as informações que foram criadas com os dados

coletados da base de dados do SB_Brasil.

Quadro: Necessidades de Tratamento Pulpar e Restauração

Região Nº Tratamentos por 10 Pessoas

Centro-Oeste 1,39 Nordeste 1,74 Norte 1,13 Sudeste 1,10 Sul 1,02 Total 1,27

A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

O programa SB_Brasil mostrou que a necessidade de tratamento endodôntico na

população brasileira está em torno de 1,27 endodontias por 10 pessoas/ano.

Objetivamos evitar que esta demanda, na saúde suplementar, não sofra por

dificuldade/cerceamento de acesso.

No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-

se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas com mais de

20.000 beneficiários. A partir de 2004 as operadoras médico-hospitalares que

também prestam assistência odontológica passam a fornecer esta informação para

a composição dos indicadores odontológicos, sendo que o envio das informações de

endodontia restringia-se, para as operadoras exclusivamente odontológicas com

mais de 20.000 beneficiários e para as médico-hospitalares com mais de 100.000

beneficiários.

Com a RN nº 96, houve reformulação do Sistema de Informações dos Produtos

(SIP/ANS), que passa a exigir de todas as operadoras que comercializam a

assistência odontológica, independente do número de beneficiários, que forneça a

informação sobre os procedimentos de endodontia.

Com isso, passou a ser possível analisar o acesso dos beneficiários aos

procedimentos de endodontia nos planos com assistência odontológica contratada.

Meta

A meta é a redução de procedimentos de endodontia até um limite que não

comprometa o acesso mínimo necessário. Para o cálculo desse limite mínimo foi

usada a estimativa de necessidade de tratamento endodôntico na população

brasileira que é de 1,27 endodontias por 10 pessoas/ano calculada pelos dos dados

do SB_Brasil.

N 3 N 2 N 1 N 0

META

N 0

A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

Pontuação

Pela análise dos dados do SB_Brasil, os valores para pontuação da operadora neste

indicador podem ser observados no quadro abaixo. Foram definidos com base numa

graduação da meta, sendo que está sendo considerado como mais bem pontuada a

operadora que apresentar valores ao redor da média de necessidade nacional e

com pontuação zero aquelas que apresentarem valores maiores que 6,00 por 10

ou menores que 0,80 por 10.

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0 0 sem informação OU valor < 0,80 OU valor > 6,00

N1 0.5 valor > 2,50 E valor <= 6,00

N2 1 valor > 1,40 E valor <= 2,50

N3 2 valor >= 0,80 E valor <= 1,40

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Através da formulação de programas preventivos, monitorar a real necessidade das

indicações para tratamento endodôntico. Permite avaliar se o modelo de assistência

prestado pela operadora está voltado para a prevenção dos problemas dentários

evitáveis através de uma boa orientação e tratamentos curativos menos

destrutivos. Muitos tratamentos endodônticos provocados por cárie profunda,

seriam perfeitamente evitáveis se a intervenção fosse feita no início do processo

destrutivo da cárie, antes que a destruição do elemento dentário comprometesse

sua polpa.

Porém, devemos nos atentar que alguns tratamentos endodônticos são executados

por causas não evitáveis com ações preventivas, trata-se de causas como trauma

no elemento dentário (ex. queda do paciente) ou por indicação protética.

A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

Limitações e Vieses

A principal limitação se refere à forma de coleta do dado, em que estão agrupados

vários procedimentos seguindo a composição do Rol de Procedimentos

Odontológicos vigente, podendo conter no grupo procedimentos realizados por

causas evitáveis e/ou procedimentos realizados por causas não evitáveis.

É importante atentar para o fato de que este indicador se refere ao número de

procedimentos endodônticos em relação ao número de pessoas que poderiam

realizar este procedimento, sendo que nem todas as pessoas expostas o realizaram

e algumas pessoas o reaceberam mais de uma vez no período considerado.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em

25/08/2004.

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de

dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto

SB_Brasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de

Informações de Produtos. Brasil. 2004.

A.S_Procedimentos endodonticos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 6 de 6

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em

10 de abril de 2006.

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS PREVENTIVOS POR EXPOSTO

Conceituação

Número de Procedimentos Odontológicos Preventivos para cada exposto da

operadora em determinado período.

Método de Cálculo

N.º de procedimentos odontológicos preventivos

Total de Expostos

Definição de termos utilizados no Indicador

Procedimentos odontológicos preventivos: número de ações odontológicas

preventivas listadas no rol de procedimentos odontológicos estabelecido pela ANS

(como orientações de higiene bucal, evidenciação de placa bacteriana, aplicação

tópica profissional de flúor, aplicação de selante, profilaxia – polimento coronário)

ocorridos em caráter eletivo de urgência ou emergência.

Total de Expostos: beneficiários expostos e expostos não beneficiários sob

responsabilidade da operadora, que estão fora do período de carência no item em

questão (procedimentos odontológicos preventivos), no período considerado.

Interpretação do Indicador

Este indicador possibilita analisar a orientação dos modelos propostos para a

assistência odontológica, visto que mostra a quantidade dos procedimentos

odontológicos preventivos realizados no total de expostos que poderiam receber

estes procedimentos. Devem, preferencialmente a partir do modelo proposto,

A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

caminhar no sentido de serem maiores que os procedimentos curativos e

mutiladores.

Usos

Avaliar a ênfase dada pelas operadoras às ações preventivas e à cobertura da

população beneficiária, a partir da realização dos procedimentos preventivos

implantados.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

No setor suplementar, em 2003 as informações odontológicas no SIP/ANS referiam-

se apenas aos eventos das operadoras exclusivamente odontológicas. A partir de

2004 as operadoras médico-hospitalares que também prestam assistência

odontológica passam a fornecer esta informação para a composição dos indicadores

odontológicos. Com isso, passou a ser possível analisar a utilização das ações

odontológicas preventivas pelos beneficiários de planos odontológicos.

Meta

A meta é aumentar a cobertura da população beneficiária às ações preventivas,

realizando no mínimo 3 procedimentos odontológicos preventivos por exposto/ano.

A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Pontuação

Os valores para pontuação da operadora neste indicador foram definidos com base

numa graduação da meta, de acordo com o quadro abaixo:

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

N0 0 sem informação OU valor < 0,50

N1 0.75 valor >= 0,50 E valor < 1,50

N2 1.5 valor >= 1,50 E valor < 3,00

N3 3 valor >= 3,00

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Desenvolver programas de promoção e prevenção em saúde bucal.

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários e compatibilizar a rede

assistencial para a prestação dos serviços voltados para a prevenção. A realização

sistemática de procedimentos odontológicos preventivos reduz o nível de gravidade

do processo de desenvolvimento da cárie e de doenças periodontais, que gerariam

procedimentos curativos evitáveis através de medidas preventivas periódicas.

Limitações e Vieses

A principal limitação diz respeito ao que é considerado como ação preventiva. O

procedimento “Orientação de Higiene Bucal” que é um dos itens listados como

prevenção no rol estabelecido pela ANS, muitas vezes se apresenta com valor

inflado e de qualidade pouco mensurável, devido à dificuldade de verificação, pelas

operadoras, da sua realização com a qualidade esperada.

O foco dos procedimentos preventivos deve ser voltado para orientações de dieta e

higiene bucal considerando os métodos de higienização, doença periodontal, câncer

bucal e manutenção de próteses. Principalmente em indivíduos com alta ingestão

A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

de açúcar e má higiene bucal, a prevenção deve se basear na importância da

apreensão e habilidade de execução de uma efetiva higiene bucal.

É importante atentar para o fato de que este indicador é um conjunto de

procedimentos considerados como preventivos e que se refere ao número de

procedimentos em relação ao número de pessoas que poderiam realizá-los,

podendo acontecer que nem todas as pessoas expostas o receberam e que algumas

pessoas o realizaram mais de uma vez no período considerado.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto de Atenção Básica.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2004/portaria2394.pdf. Acesso em

25/08/2004.

BRASIL, Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Banco de

dados da pesquisa "Condições de Saúde Bucal da População Brasileira - Projeto

SB_Brasil 2003". Disponível na Internet em

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saudebucal/vigilancia.php

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Sistema de

Informações de Produtos. Brasil. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Ambulatoriais. DATASUS. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Procedimentos odontologicos preventivos por exposto_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

IBGE. Projeção intercensitária da População residente. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php. Acessado em 10 de abril de 2006.

A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR GRAVIDEZ TERMINADA EM ABORTO

Conceituação

Número de internações determinadas por gravidez terminada em aborto em

relação ao total de internações por gravidez terminada em aborto somado ao

total de partos, da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações determinada por gravidez terminada em aborto

Total de internações por gravidezes terminadas em aborto + Total de partos (normais + cesáreos)

x 100

Definição de termos utilizados no indicador

• Aborto: É a interrupção da gravidez, espontânea ou induzida, pela

morte do produto da concepção, junto com os anexos ovulares, com

menos de 22 semanas de gestação ou quando a idade gestacional é

desconhecida, com produto da concepção pesando menos que 500

gramas ou medindo menos que 16 cm.

• As internações determinadas por gravidez terminada em aborto estão

definidas nos itens O00-O08 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério,

da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde - Décima Revisão – CID-10, conforme relacionado

abaixo:

O00-O08 Gravidez que termina em aborto

• O00 - Gravidez ectópica • O01 - Mola hidatiforme • O02 - Outros produtos anormais da concepção • O03 - Aborto espontâneo • O04 - Aborto por razões médicas e legais • O05 - Outros tipos de aborto • O06 - Aborto não especificado • O07 - Falha de tentativa de aborto • O08 - Complicações conseqüentes a aborto e gravidez ectópica ou molar

A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

• Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via

vaginal, com ou sem a utilização de instrumental.

• Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração

fetal do útero materno por via abdominal.

Interpretação do indicador

• Avalia o risco de uma mulher grávida ser internada por motivo de

abortamento, independendo se o aborto é espontâneo, provocado, por

razões médicas e legais ou outros.

• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e a efetividade de

ações de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde,

promoção e prevenção, planejamento familiar, diagnóstico precoce e

tratamento) para saúde materno-infantil.

Usos

• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal

e do planejamento familiar, supondo que uma boa assistência diminua o

número de abortamentos por causas evitáveis, e, conseqüentemente,

valor do indicador.

• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora,

identificando tendências e situações de desigualdade que possam

demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• A taxa média de internação por gravidez terminada em aborto, nas

diferentes regiões do Brasil, no período de 2000 a 2005 (SIH, 2006),

considerando as causas definidas como aborto espontâneo, abortos por

razões médicas e legais, e outras, variou entre 9,07 a 10,07 internações

em relação ao total de 100 internações por gravidez terminada em

aborto somadas ao total de partos (normal e cesáreo), respectivamente,

com importante variação regional.

A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Taxa de internações por gravidez terminada em aborto (percentual)

Brasil e regiões – 2000 / 2005

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Norte 7,28 7,56 7,19 7,50 8,39 9,27 Nordeste 8,91 9,55 9,66 9,60 10,18 9,99 Sudeste 10,49 10,65 10,98 11,13 11,37 11,15 Sul 6,76 7,09 7,35 8,01 8,18 7,89 C.Oeste 8,28 9,07 8,92 9,16 9,56 12,18

Total 9,07 9,48 9,61 9,77 10,20 10,07 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:

1. Total de internações por gravidez terminada em aborto – internações ocorridas pelas causas definidas no Capítulo XV do Código Internacional de Doenças – CID –10, da lista de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” - “Morbidade Hospitalar por local de internação” (SIH/SUS) definidas como: Aborto espontâneo, Aborto por razões médicas, e outras gravidezes que terminam em aborto

2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares” - “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este

indicador, considerando a base de dados de 2005, utilizada nesta fase de

avaliação.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à

média encontrada.

Os valores encontrados, calculado em termos percentuais em relação ao valor

da média, receberão pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média,

receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior definido a partir da média

receberão pontuação máxima.

Os valores encontrados considerados como dados inconsistentes receberão

pontuação zero.

A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0

Sem informação OU valor maior que (M*1,95) internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.

Nível 1 0,5

Valor maior que a (M*1,50) e menor ou igual a (M*1,95) internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.

Nível 2 1

Valor maior ou igual à Média e menor ou igual a (M*1,50) internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.

Nível 3 2 Valor menor que Média de internações por gravidez terminada em aborto em cada 100 partos.

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de planejamento familiar, pré-

natal e parto.

• Aprimorar, em todos os níveis, e garantir a qualidade dos serviços que

atendem à mulher durante o planejamento familiar e o processo

gravidez – parto – puerpério, na intenção de aumentar a detecção

precoce dos casos de abortamento por causas evitáveis.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros)

da população beneficiária.

• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da

prevenção e qualificação da assistência.

Pontuação máxima

Pontuação mínima

Pontuação média Zero pts

Média do setorL I LS

A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

Limitações e vieses

• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja,

mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem

sempre equivale à sua data de ocorrência.

• Os abortos espontâneos ocorridos até a 12ª semana de gestação são em

sua maioria (80% dos casos) decorrentes de uma ovopatia ou

cromossomopatia e, portanto, inevitáveis. Nestes casos a interferência

da assistência ao pré-natal pouco contribui para evitar que o aborto

ocorra.

• A qualidade da assistência ao pré-natal também tem pouco impacto nos

casos de “gravidez ectópica”, “mola hidatiforme” e “outros produtos

anormais da concepção”, classificados no CID-10 dentro dos itens O00,

O01 e O02 respectivamente, causas de aborto inevitável e consideradas

dentro do numerador deste indicador.

• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de

mulheres no período gestacional.

• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de

municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de

determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador

podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar

problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em

série de anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se

aplica também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de

operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um

limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada

e receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro

Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.

DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.

A.S_Proporção de Internações Gravidez Terminada Aborto_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6

• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em

set 2004.

• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.

Systematic review on the incidence and prevalence of severe

maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em

http://medicina.kmu.lt

• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde

suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação

(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública,

Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO

CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em

Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro de 2004.

• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH

ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity

and mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near

miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em

http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e

Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI

JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of

severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ

2001 May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pub

medid=11337

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS HEMORRÁGICOS DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO OU PUERPÉRIO

Conceituação

Número de internações determinadas por transtornos hemorrágicos ocorridos

durante gravidez, parto ou puerpério, excluídas aquelas terminadas em aborto,

em relação ao total de partos, da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por transtornos maternos hemorrágicos na gravidez, parto ou puerpério

Nº de partos (normais + cesáreos)

x 1.000

Definição de termos utilizados no indicador

Transtornos hemorrágicos durante gravidez, parto ou puerpério: são as

internações ocorridas em decorrência de causas definidas nos itens O20, O44 a

O46, O67 e O72 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação

Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima

Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:

• O20 - Hemorragia do início da gravidez – excluídas as hemorragias

terminadas em aborto;

• O44 - Placenta prévia;

• O45 - Descolamento prematuro da placenta [abruptio placentae];

• O46 - Hemorragia anteparto não classificada em outra parte;

• O67 - Trabalho de parto e parto, complicados por hemorragia intraparto

não classificados em outra parte e;

• O72 - Hemorragia pós-parto.

Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com

ou sem a utilização de instrumental.

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do

útero materno por via abdominal.

Gravidez Terminada em Aborto: É a interrupção da gravidez, espontânea ou

induzida, pela morte do produto da concepção, junto com os anexos ovulares,

com menos de 22 semanas de gestação ou, quando a idade gestacional é

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 2 de 2

desconhecida, com produto da concepção pesando menos que 500 gramas ou

medindo menos que 16 cm.

Interpretação do indicador

• Avalia o risco de uma mulher ser internada por processos hemorrágicos

relacionadas à gravidez, parto e puerpério.

• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e eficácia de ações de

saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e

prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.

Usos

• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência ao pré-

natal, parto e puerpério.

• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando

tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização

de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• A taxa média de internações por transtornos maternos hemorrágicos

durante a gravidez, parto e puerpério, nas diferentes regiões do Brasil, no

período de 2000 a 2005 (SIH, 2006), variou entre 313,44 e 261,92

internações por transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez,

parto ou puerpério por 1.000 partos, com importante variação regional.

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 3 de 3

Taxa de internações por transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez , parto e puerpério por 1.000 partos

Brasil e regiões – 2000 / 2005

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Norte 231,48 230,67 219,09 234,31 212,60 217,58 Nordeste 233,08 238,15 209,85 233,19 183,19 191,75 Sudeste 406,27 414,39 377,16 382,22 319,19 326,09 Sul 333,78 354,54 355,25 347,50 299,93 298,78 C.Oeste 325,33 338,36 315,80 323,56 284,17 385,24

Total 313,44 320,94 294,45 305,37 255,44 261,92 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:

1. Total de internações por transtornos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O20, O44 a O46, O67 e O72 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - tabela de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” -“Morbidade Hospitalar por local de internação” - (SIH/SUS).

2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares “- “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este

indicador, considerando a base de dados de 2005, utilizada nessa fase de

avaliação do indicador.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à

média encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo em torno da média receberão pontuação

média.

Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da média

receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da média,

mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação máxima.

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 4 de 4

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal e parto.

• Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao

recém-nascido, principalmente nas maternidades, durante todo o processo

de gestação, parto e puerpério.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0

Sem informação OU valor maior que (M*1,95) internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 1 0,5

Valor maior que a [M*1,25] e menor ou igual a [M*1,95] internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 2 1

Valor maior ou igual à [M*0,75] e menor ou igual a [M*1,25] internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 3 2 Valor menor que [M *0,75] de internações por 1.000 transtornos maternos hemorrágicos durante a gravidez, parto e puerpério.

Pontuação média Pontuação

mínimaPontuação máxima

Média do setor

Zero pts

LSL I

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 5 de 5

• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da

prevenção e qualificação da assistência.

Limitações e vieses

• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês

e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem

sempre equivale à sua data de ocorrência.

• O total de partos e abortos é adotado como uma aproximação do total de

mulheres no período gestacional.

• O número de internações, em geral, não é muito específico na medida em

que uma mulher poder ter mais de uma internação no período da

gestação.

• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de

municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de

determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador

podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas

desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de

anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se aplica

também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de

operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um

limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e

receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro

Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.

DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.

• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hemorrágicos_27.06.doc Versão 2 Página 6 de 6

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set

2004.

• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.

Systematic review on the incidence and prevalence of severe

maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em

http://medicina.kmu.lt

• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde

suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação

(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação

Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO

CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em

Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro de 2004.

• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH

ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity and

mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near

miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em

http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores

de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases

da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of

severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ 2001

May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubm

edid=11337

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS HIPERTENSIVOS NO PERÍODO GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO

Conceituação

Número de internações determinadas por transtornos maternos

hipertensivos no período de gravidez, parto e puerpério, ou seja, que se

extende desde a concepção até o final do puerpério, excluídas aquelas

terminadas em aborto, em relação ao total de partos da operadora no ano

considerado.

Método de cálculo

Nº internações por transtornos maternos hipertensivos na gravidez, parto e puerpério

Total de partos (normais + cesáreos)

x 1.000

Definição de termos utilizados no indicador:

Transtornos hipertensivos relacionados à gravidez, parto e

puerpério: São definidos como as intercorrências hipertensivas maternas

que ocorram durante o período da gravidez, parto e puerpério. A doença

hipertensiva pode preceder ou seguir a concepção, e pode, ou não, ter um

efeito deletério na mulher grávida ou no feto (OPAS, 2004). Estão

contempladas neste item todas as internações definidas nos códigos O10 a

O16 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima

Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:

O10-O16 Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, no parto e no puerpério

• O10 - Hipertensão pré-existente complicando a gravidez, o parto e o puerpério • O11 - Distúrbio hipertensivo pré-existente com proteinúria superposta • O12 - Edema e proteinúria gestacionais [induzidos pela gravidez], sem hipertensão • O13 - Hipertensão gestacional [induzida pela gravidez] sem proteinúria significativa

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

• O14 - Hipertensão gestacional [induzida pela gravidez] com proteinúria significativa • O15 - Eclâmpsia • O16 - Hipertensão materna não especificada

Parto normal: É aquele procedimento no qual o concepto nasce por via

vaginal, com ou sem a utilização de instrumental.

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração

fetal do útero materno por via abdominal.

Puerpério: Período que se inicia imediatamente após a eliminação da

placenta, se estendendo até o 42º dia após o término da gravidez, e o

retorno dos órgãos reprodutivos a seu estado morfológico normal não

grávido (OPAS, 2004).

Interpretação do indicador

• Avalia o risco de uma mulher ser internada por intercorrências

hipertensivas relacionadas à gravidez, ao parto e ao puerpério.

• Considerando que os transtornos hipertensivos são intercorrências

mais comuns a partir do 2º trimestre gestacional, que em sua grande

maioria não levam à interrupção da gravidez, conceitualmente é mais

correto considerar apenas como denominador para este indicador o

total de partos, já que a maioria das gestações que apresentam

transtornos hipertensivos terminam em partos e não em abortos.

• Segundo literatura específica 15% de todas as gravidezes são

gestações de alto risco e, dentre essas, 50% são consideradas

gestações de alto risco em decorrência de transtornos hipertensivos

maternos, e destas cerca de 50% correspondem a distúrbios

hipertensivos graves que, habitualmente resultam em internações.

• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e efetividade de

ações de saúde em todos os níveis de atenção: educação e saúde,

promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, para saúde

materno-infantil.

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Usos

• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência ao pré-

natal, parto e puerpério.

• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora,

identificando tendências e situações de desigualdade que possam

demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• A taxa média de internação por transtornos maternos hipertensivos

durante a gravidez, parto e puerpério, nas diferentes regiões do

Brasil, no período de 2000 a 2005 (SIH, 2006), variou entre 16,81 e

33,83 internações por 1.000 partos, respectivamente, com

importante variação regional.

Taxa de internações por transtornos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério por 1.000 partos

Brasil e regiões – 2000/ 2005

2000 2001 2002 2003 2004 2005

Norte 6,90 8,76 12,18 14,34 14,07 13,54 Nordeste 18,32 22,13 32,76 39,59 39,16 42,21 Sudeste 20,95 25,11 32,86 35,87 34,59 35,49 Sul 10,34 11,59 25,39 33,93 32,29 30,31

C.Oeste 14,68 23,58 26,87 25,05 24,17 27,26

Total 16,81 20,49 29,25 33,71 32,89 33,83 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:

1. Total de internações por transtornos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O10 – O16 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - tabela de “Morbidade e Informações Epidemiológicas” - “Morbidade Hospitalar por local de internação” - (SIH/SUS).

2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares” - “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).

• Considerando-se a existência de características específicas

determinantes de diferenças entre o protocolo para o

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

acompanhamento e tratamento adotado para esses distúrbios no SUS

e na saúde suplementar, como por exemplo, a existência de

programas de prevenção e controle ambulatorial da hipertensão

arterial gestacional no SUS, podendo protocolos diferentes ser

adotados na saúde suplementar, optou-se por considerar também os

valores encontrados no SUS para este indicador na construção dos

parâmetros de pontuação para este indicador.

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este

indicador de forma que o valor do indicador se aproxime do valor da média

do SUS para este indicador, que é de 33,8 internações por transtornos

hipertensivos na gravidez, parto e puerpério por 1.000 partos.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores informados em

relação a um intervalo formado pela metade da diferença entre a média

SUS e o valor médio do setor de saúde suplementar.

Os valores encontrados dentro deste intervalo (para mais ou para menos),

receberão pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média

do SUS mais um intervalo, receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior definido a partir da média

do SUS e menos um intervalo receberão pontuação máxima.

Pontuação média Pontuação

mínimaPontuação máxima

Média do setor LSL I

Zero pts

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal, parto e

puerpério;

• Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher

durante todo o processo de gravidez, parto e puerpério, garantindo

assim a redução da incidência dessas intercorrências e seus efeitos

deletérios sobre a saúde da mulher e da criança.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre

outros) da população beneficiária.

• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto

aos prestadores de serviço.

• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da

prevenção e qualificação da assistência.

Limitações e vieses

• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja,

mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que

nem sempre equivale à sua data de ocorrência.

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0

Sem informação OU valor maior que M+((M-33,8)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 1 0,5

Valor maior que a M-((M-33,8)/2) e menor ou igual a M+((M-33,8)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 2 1

Valor maior ou igual à 33,8 e menor ou igual a M-((M-33,8)/2) de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

Nível 3 2 Valor menor que 33,8 de internações por 1.000 transtornos maternos hipertensivos durante a gravidez, parto e puerpério.

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6

• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de

mulheres no período gestacional.

• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de

municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de

determinado município for muito pequena, os resultados de um

indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para

evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos

dados, em série de anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de

análise se aplica também a populações cobertas por operadoras de

pequeno porte.

• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise

de operadoras com população muito pequena de beneficiários foi

definido um limite mínimo de eventos necessários para que a

operadora seja avaliada e receba pontuação relativa ao referido

indicador.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro

Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.

DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set

2004.

• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso

em set 2004.

• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.

Systematic review on the incidence and prevalence of severe

maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em

http://medicina.kmu.lt

A.S_Proporção de Internações Transtornos Maternos Hipertensivos_22.05.doc Versao 2 Página 7 de 7

• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde

suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação

(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública,

Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E

DO CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca

Virtual em Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro

de 2004.

• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH

ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal

morbidity and mortality: the prevalence of severe maternal

morbidity (near miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível

em http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e

Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI

JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors

of severe maternal obstetric morbidity: case-control study –

BMJ 2001 May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&

pubmedid=11337

A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROPORÇÃO DE PARTO CESÁREO

Conceituação

É a relação entre o número total de partos cesáreos e o total de partos (normais e

cesáreos) realizados por uma operadora no ano considerado.

Método de Cálculo

Nº de partos cesáreos x 100

Total de partos (normais + cesáreos)

Definição de termos utilizados no Indicador

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do

útero materno por via abdominal.

Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com ou

sem a utilização de instrumental.

Interpretação do Indicador

Este indicador avalia o grau de ocorrência de partos cesáreos em relação ao total

de partos realizados em uma determinada operadora no período considerado.

Este indicador permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma vez que o

aumento excessivo de partos cesáreos, acima do padrão definido pela OMS, pode

estar refletindo um acompanhamento pré-natal inadequado e/ou indicações

equivocadas do parto cirúrgico em detrimento do parto normal.

Usos

Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao parto,

supondo que uma boa assistência diminua o valor do indicador.

Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e

situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

• As variações geográficas desse indicador só se aplicam para o SUS onde é

possível relacionar o tipo de parto ao local de residência da parturiente.

A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 2 de 2

Subsidiar a elaboração e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a

atenção materno-infantil e a assistência médico-hospitalar prestada aos

beneficiários de planos de saúde.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o total de partos cesáreos

em relação ao número total de partos realizados em um serviço de saúde seja de

até 15%. Esta determinação está fundamentada no conhecimento empírico de que

apenas 15% do total de partos apresentam indicação precisa de cesariana, ou seja,

existe uma situação real onde é fundamental para preservação da saúde materna

e/ou fetal que aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e não por via

natural (OMS, 1996).

Uma das principais causas de morbimortalidade perinatal é a síndrome da angústia

respiratória do recém-nascido. Fetos com 37 a 38 semanas de gestação, quando

comparados a fetos de 39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de

necessitarem suporte ventilatório. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve

ser realizado somente por fortes razões médicas (Martins-Costa et al, 2002).

As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a realização

de partos cesáreos, bem como critérios progressivos para o alcance do valor

máximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Técnica/GM no. 466 de

14 de maio de 2000).

Percentuais elevados podem significar, entre outros fatores, a concentração de

partos considerados de alto risco, em municípios onde existem unidades de

referência para a assistência ao parto.

A Proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS passou de 30,99 em 1992 para

26,39, em 2003.

A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 3 de 3

Proporção (%) de partos cesáreos pagos pelo SUS (Brasil – 1992 a 2003)

Ano Indicador

1992 30,99

1993 31,37

1994 32,40

1995 32,45

1996 32,25

1997 31,97

1998 28,41

1999 24,89

2000 23,92

2001 25,06

2002 25,19

2003 26,41

2004 27,53

2005 28,61

Fonte:SINASC/DATASUS

Pelas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar ao

SIP, a média deste setor para 2003 foi 81,69; e para 2004 foi de 82,41.

Meta

Diminuir em 15%, num período de 3 anos, a proporção de partos cesáreos da

operadora em relação ao ano de referência de 2003 (nível 3). Reduzir em 5% no

período de 2004 com relação ao ano de 2003, reduzir em 10% no período de 2005

em relação ao ano de 2003, e reduzir em 15% no período de 2006 em relação a

2003.

A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 4 de 4

Pontuação

Para pontuação será considerada a proporção de partos cesáreos dos anos de 2004

e 2005 e a redução entre estas duas proporções.

Para o ano de 2004 são usadas três faixas (<65%, >= 65% e >=75%) e para o

ano de 2005 são usadas quatro faixas (<40%, >=40% e <50%, >=50% e <65% e

>=65%). Segue abaixo o quadro com os critérios de pontuação:

Nível Pontuação Faixa percentual do ano anterior

Faixa percentual do ano avaliado

Nível 1 0,75 >= 75 >= 65 *

Nível 0 0 >= 65 ou desconhecida >= 65

Nível 1 0,75 >= 65 ou desconhecida >= 50 e < 65

Nível 2 1,5 >= 65 ou desconhecida >= 40 e < 50

Nível 3 3 >= 65 ou desconhecida < 40

Nível 0 0 < 65 ou desconhecida >= 65

Nível 1 0,75 < 65 ou desconhecida >= 50 e < 65

Nível 2 1,5 < 65 ou desconhecida >= 40 e < 50

Nível 3 3 < 65 ou desconhecida < 40 * Pontuação válida para as Operadoras. que estavam na faixa >= 75, mantiveram-

se nesta faixa, mas reduziram 10% ou mais.

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Incentivar o acompanhamento ao pré-natal a fim de reduzir as indicações de

cirurgia decorrentes de condições clínicas, de forma que o parto cirúrgico seja

realizado somente sob indicações precisas.

Incentivar a disseminação de informações a respeito das vantagens do parto

normal em comparação com o parto cesáreo e dos riscos da realização do parto

cesáreo na ausência de indicações precisas.

Implantar um sistema de informações sobre indicações de cesáreas a fim de

supervisionar a adequabilidade das indicações.

A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 5 de 5

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

qualificação da assistência materno neonatal.

Criar campanhas de informação sobre os tipos de parto, seus benefícios e riscos,

procurando motivar a realização do parto normal sempre que indicado.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Limitações e Vieses

Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano

em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à

data de sua ocorrência.

A cesárea é um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a

vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a gravidez ou

parto. Este é, portanto, um recurso utilizável em situações pré-estabelecidas, ou

emergenciais, durante a evolução da gravidez ou parto, onde existe algum tipo de

risco de vida para a mãe, o bebê ou para ambos.

Destaca-se que a assistência ao pré-natal apresenta diferenças importantes na

distribuição da oferta de serviços. Contudo, mesmo considerando-se tais

diferenças, a meta de 15% de partos cesáreos deve ser perseguida, uma vez que

segue orientação nacional (MS) e internacional (OMS) de saúde.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Indicadores e Dados Básicos - Brasil –

2004 (IDB 2004) – Brasília: 2004

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. Disponível em http://

tabnet.datasus.gov.Br/cgi/sih/mrmap.htm. Dados coletados no site em junho de

2005.

A.S_Proporcao de parto cesareo_07.07.doc Versao 2 Página 6 de 6

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

análise de situação de saúde. Saúde Brasil 2004: Uma análise da situação de

saúde. Brasília: 2004.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm . Brasil. Acesso em junho de

2005.

MARTINS-COSTA S H (org.). Projeto diretrizes. Federação Brasileira das

Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em

http://www.cfm.org.br/Projeto Diretrizes. 2002.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra: 1996.

A.S_Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MATERNOS INFECCIOSOS DURANTE O PUERPÉRIO

Conceituação

Número de internações determinadas por transtornos maternos infecciosos,

ocorridos durante o período do puerpério, em relação ao total de partos da

operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por transtornos infecciosos no puerpério

Nº de partos (normais + cesáreos) x 1.000

Definição de termos utilizados no indicador:

Transtornos infecciosos no puerpério: são as internações cujos

procedimentos realizados foram em decorrência de causas definidas nos itens

O85, O86 e O91 do Capítulo XV - Gravidez, Parto e Puerpério, da Classificação

Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima

Revisão – CID-10, conforme relacionado abaixo:

• O85: Infecção puerperal;

• O86: Outras infecções puerperais e;

• O91: Infecções mamárias associadas ao parto.

O item O98 foi excluído em função de estarem incluídos no mesmo os processos

infecciosos que ocorrem durante todo o ciclo gravídico – puerperal e não somente

aqueles contidos durante o puerpério.

Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal, com

ou sem a utilização de instrumental.

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico no qual se pratica a extração fetal do

útero materno por via abdominal.

Puerpério: Período que se inicia imediatamente após a eliminação da placenta,

se estendendo até o 42º dia após o término da gravidez, e o retorno dos órgãos

reprodutivos a seu estado morfológico normal não grávido (OPAS, 2004).

Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

Interpretação do indicador

• Avalia o risco de uma mulher ser internada por intercorrências infecciosas

relacionadas ao puerpério.

• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade e efetividade de ações

de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e

prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.

Usos

• Analisar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal, ao

parto e puerpério, considerando que uma boa assistência diminua o valor

do indicador.

• Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando

tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização

de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• A taxa média de internações por transtornos maternos infecciosos durante

o puerpério, no Brasil, no período de 2000 a 2005 (SIH, 2006), variou

entre 4,50 e 6,94 internações por transtornos maternos infecciosos

durante o puerpério em relação ao total de 1.000 partos, com importante

variação regional.

Taxa de internações por transtornos maternos infecciosos no puerpério por 1.000 partos

Brasil e regiões – 2000 / 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Norte 6,36 7,08 7,01 7,43 7,90 8,67 Nordeste 3,48 4,14 5,43 5,84 7,22 6,69 Sudeste 4,75 5,14 5,60 6,12 7,21 7,12 Sul 5,08 5,01 5,48 5,24 5,47 5,18 C.Oeste 4,88 5,78 6,40 6,32 7,59 9,57

Total 4,50 4,99 5,73 6,08 7,11 6,95 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Nota:

1. Total de internações por transtornos infecciosos durante o puerpério – internações ocorridas pelas causas definidas nos itens O85, O86 e 091 do Capt. XV do Código Internacional de Doenças – CID –10 - (SIH/SUS).

Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

2. Total de partos - total de partos normais e cesareanas obtidos a partir dos dados da “Assistência à Saúde” – “Internações Hospitalares”- “Internações por especialidade e local de internação” - (SIH/SUS).

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este

indicador.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação à

média encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo em torno da média receberão pontuação

média.

Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da média

receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da média,

mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação máxima.

Os valores encontrados que sugiram diminuição de acesso ou dados

inconsistentes receberão pontuação zero.

Pontuação média Pontuação

mínimaPontuação máxima

Média do setor

Zero pts

LSL I

Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0 Sem informação OU valor maior que 16,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos o puerpério.

Nível 1 0,5

Valor maior que a 7,50 e menor ou igual a 16,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério.

Nível 2 1

Valor maior ou igual a 3,00 e menor ou igual a 7,50 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério

Nível 3 2 Valor menor que 3,00 internações por 1.000 transtornos maternos infecciosos durante o puerpério

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Ampliar e garantir o acesso aos serviços de pré-natal e parto.

• Aprimorar e garantir a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao

recém-nascido, principalmente nas maternidades, durante todo o processo

de gestação, parto e puerpério.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da

prevenção e qualificação da assistência.

Limitações e vieses

• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês

e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem

sempre equivale à sua data de ocorrência.

Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de mulheres

no período gestacional.

• O número de internações, em geral, não é muito específico na medida em

que uma mesma mulher pode ter mais de uma internação no período de

gestação.

• Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de

municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de

determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador

podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas

desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de

anos ou grupo de municípios. Esse mesmo tipo de análise se aplica

também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de

operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um

limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e

receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro

Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares.

DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em set 2004.

• Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas

Relacionados à Saúde - Décima Revisão - Volume I – CID 10.

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set

2004.

• MINKAUSKIENÈ M; NADISAUSKIENÈ R; PADAIGA Z; MAKARI S.

Systematic review on the incidence and prevalence of severe

maternal morbidity. MEDICINA 2004 Vol.40, No.4 - Disponível em

http://medicina.kmu.lt

Proporção Internações Transtornos Maternos Infecciosos_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6

• MOREIRA, M L. Cobertura e utilização de serviços de saúde

suplementar no estado de São Paulo. 2004. 128 f. Dissertação

(Mestrado em Saúde Pública). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação

Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CENTRO LATINO-AMERICANO E DO

CARIBE DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em

Saúde. http://decs.bvs.br/cgi-bin. Acessado em outubro de 2004.

• SAY L; PATTINSON R C; GÜLMEZOGLU A M. WORLD HEALTH

ORGANIZATION-WHO systematic review of maternal morbidity and

mortality: the prevalence of severe maternal morbidity (near

miss). Reproductive Health 2004, 1:3. Disponível em

http://www.reproductive-health-journal.com/content/1/1/3

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores

de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases

da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

• WATERSTONE M; BEWLEY S; WOLFE C. Incidence and predictors of

severe maternal obstetric morbidity: case-control study – BMJ 2001

May5; 322(7294): 1089-1094. Disponível em

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubm

edid=11337

A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE CITOLOGIA ONCÓTICA DE COLO DE ÚTERO

Conceituação

Número de exames citopatológicos de colo de útero realizados pela primeira vez

em beneficiárias expostas da operadora, na faixa etária de 25 a 59 anos, no ano

considerado.

Método de cálculo

Nº de exames citopatológicos de 1ª vez expostas de 25 a 59 anos

Nº de expostas de 25 a 59 anos x 100

Definição de termos utilizados no indicador

Exame citopatológico de colo do útero – exame de esfregaço de material do

colo uterino para identificação de células atípicas.

Exame de primeira vez – primeiro exame da mulher no período analisado,

desconsiderando-se os exames repetidos para a mesma beneficiária no mesmo

período.

Exposta – É definida como a beneficiária que tem o direito de usufruir a

assistência à saúde no procedimento em questão no período considerado.

Interpretação do indicador

• É um indicador de captação anual que permite a obtenção de cobertura do

exame Papanicolaou, ou seja, estima a freqüência relativa da população

beneficiária que está realizando o exame em relação ao total que deveria

realizá-lo anualmente.

• O indicador permite avaliar o alcance da mobilização da população beneficiária

em relação ao rastreamento citopatológico num determinado período de tempo.

• Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização para o

rastreamento do câncer de colo de útero por parte da operadora sobre

profissionais de saúde e beneficiárias, ou por dificuldades de acesso ao serviço.

A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 2 de 2

Usos

• Estimar a cobertura deste procedimento para detecção precoce do câncer de

colo de útero.

• Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando

tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de

estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• Segundo o Consenso do Seminário Interno de Prevenção e Controle do Câncer

- INCA (MS), publicado nas Normas e Recomendações do INCA baseado nas

recomendações do National Cancer Institute (www.cancer.gov), Canadian

Task Force, U.S. Task Force e American Cancer Society o exame deve ser

oferecido para mulheres com atividade sexual (MS, 2002). Entretanto, para

garantir comparação com outros dados obtidos do programa nacional,

utilizaremos a faixa etária de 25 a 59 anos.

• Programas de rastreamento, realizados com 1 exame citopatológico a cada 3

anos entre mulheres de 30 a 50 anos e a cada 6 anos entre 30 e 72 anos,

apresentaram redução de 1/3 na taxa de mortalidade por câncer de colo de

útero (MS, 2000).

• Considera-se grupo de risco todas as mulheres com vida sexual, na faixa

etária de 25 a 59 anos.

• Mulheres em grupo de alto risco em função de serem HIV positivas ou

imunodeprimidas devem realizar o rastreamento anualmente (MS, 2002).

• A periodicidade de rastreamento recomendada é um exame citopatológico a cada

3 anos, após 2 exames negativos em dois anos consecutivos, a partir do primeiro

exame, para 80% das mulheres sob risco e o rastreamento anual (01 exame

citopatológico) para 100% das beneficiárias dos grupos de alto risco (MS, 2002).

• Segundo a Organização Mundial de Saúde, os níveis de cobertura adequados

para controle do câncer do colo de útero devem ser superiores a 80% na

população alvo, em um determinado período de tempo (OMS, 2002).

• A faixa etária de 25 a 59 anos é definida como prioritária para programas de

rastreamento populacional. A definição de faixa etária de risco não impede a

realização de exame citopatológico do colo do útero fora da faixa etária

estabelecida pelo indicador.

A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 3 de 3

Meta

Realização de exame de citologia oncótica em 80% das mulheres na faixa etária

de 25 a 59 anos, no período de 3 anos. A expectativa anual é de 28% de exames

de primeira vez nas mulheres nessa faixa etária.

Pontuação

Os valores para pontuação estabelecidos para esse indicador foram obtidos a partir das diretrizes da Política Nacional de Controle de Câncer. Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0

S/ Informação ou valor = 0

Nível 1 0,75 VALOR >0 e valor< 12%

Nível 2 1,5 valor >= 12% e valor < 28%

Nível 3 3 valor >= 28%

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Capacitar os profissionais de saúde no sentido de assegurar o exame

citológico (Papanicolaou) durante a consulta ginecológica, seguindo protocolo

previamente definido pelo Ministério da Saúde.

• Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de colo uterino e

sua ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina, dos fatores de

risco - como a infecção por HPV -, garantindo orientação adequada quanto à

forma de prevenção desta doença às mulheres atendidas nos serviços de saúde.

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

• Construir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 4 de 4

• Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de

acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que

organizem o seu sistema de informação.

Limitações e vieses

• O número de expostas, no período sob análise, pode ser influenciado pelo

tempo de “exposição”, ou seja, do período de tempo em que aquela

beneficiária tem o direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora

em questão, considerando a possibilidade da influência de outros fatores

sobre o tempo de exposição.

• A utilização do número de procedimentos de 1ª vez como numerador no

cálculo deste indicador, em lugar de utilizar o número de expostas que

realizaram o exame, visa reduzir a possibilidade de superestimação do

mesmo, o que ocorreria com a inclusão de beneficiárias que realizaram mais

de um exame num mesmo período.

• A utilização do número de procedimentos de primeira vez como numerador na

fórmula deste indicador permite identificar a quantidade de mulheres,

conferindo maior fidedignidade aos resultados.

• Considerando as informações mencionadas anteriormente acerca do uso deste

indicador e que este serve para estimar a freqüência de utilização deste

procedimento, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento de

avaliação da qualidade da assistência prestada por uma determinada

operadora.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e

Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional

de Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de colo de útero. 2000.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa

Nacional de Controle do Câncer do Colo de Útero – Viva Mulher.

A.S_Taxa Citologia Oncótica de Utero_03.07.doc Versao 2 Página 5 de 5

• IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de

Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde

no Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informações para

a Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÕES POR AMPUTAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES

POR DIABETES MELLITUS

Conceituação

Número de internações por amputação de membros inferiores por Diabetes

Mellitus em relação ao total de expostos para internação da operadora no ano

considerado.

Método de cálculo

Nº de internações por amputação de membros inferiores por Diabetes Mellitus

Total de expostos para internação

x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Amputação de membros inferiores por Diabetes Mellitus: é a amputação,

em qualquer nível, de membros inferiores, como complicação do Diabetes

Mellitus, classificado como E 10 a E 14, do Capítulo IV da CID-10 (OMS1, 1997).

Exposto: É definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a

assistência à saúde no procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

Mede a participação relativa das internações por amputação de membros

inferiores por Diabetes Mellitus em relação à população exposta para internação

da operadora no ano considerado.

É uma medida de morbidade hospitalar, por complicações do Diabetes Mellitus,

no âmbito da operadora que reflete conceitos mais distais da atenção.

Usos

Pode contribuir para inferências a respeito da qualidade da assistência prestada

pela operadora ao beneficiário com Diabetes Mellitus, desde que este esteja sob

os cuidados daquela operadora há um determinado tempo.

Indicador objetiva avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde) das

doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.

A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O Diabetes Mellitus é a principal causa de amputação de membros inferiores

(Mendonça, 2003).

Em 2003, a prevalência global de Diabetes Mellitus era estimada em 194

milhões. Este cenário está previsto para alcançar os 333 milhões até 2025, como

conseqüência da expectativa de vida mais longa, estilo de vida sedentário e

mudanças nos padrões de dietas. Entretanto, muitas complicações sérias, como

alterações nos rins ou cegueira, podem afetar indivíduos com Diabetes Mellitus, e

a complicação dos pés é a que recebe a maior atenção. De todas as amputações

de membros inferiores, 40-70% são relacionadas a Diabetes Mellitus. Na maioria

dos estudos, a incidência de amputação é estimada em 5-25/100.000

habitantes/ano: entre os indivíduos com Diabetes Mellitus o cenário é de 6-

8/1.000 (OMS & IDF2 2005).

O pé diabético é um problema econômico significante, particularmente se as

amputações resultam em hospitalizações prolongadas, reabilitação e um

aumento por cuidados em casa e serviços sociais. Aproximadamente, 3-4% de

toda a população com Diabetes têm problema no pé e usam 15-25% do

orçamento destinados a esta doença (OMS3, 2005).

Amputações e úlceras de membros inferiores são as conseqüências mais comuns

da neuropatia diabética e estão associadas a significativa morbidade e

incapacidade. O reconhecimento precoce de fatores de risco pode prevenir e

retardar conseqüências graves (MS1, 2006).

Abaixo, relação do número de amputações de membros inferiores por Diabetes

Mellitus:

A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Taxa de internação por amputação de membros inferiores por Diabetes Mellitus por 10.000 expostos

Brasil e regiões – 1998 / 2005

Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 0,34 0,42 0,44 0,39 0,40 0,38 0,40 0,36

Região Nordeste 0,56 0,68 0,75 0,76 0,77 0,74 0,63 0,63

Região Sudeste 0,78 0,86 0,85 0,81 0,86 0,88 0,93 0,85

Região Sul 0,82 0,82 0,86 0,85 0,89 0,82 0,71 0,68

Região Centro-Oeste 0,44 0,43 0,47 0,48 0,46 0,49 0,48 0,47

Total 0,67 0,74 0,76 0,75 0,78 0,77 0,74 0,70 Fonte de dados: SIH/DATASUS2; IBGE

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução de 50% das internações por amputação de

membros inferiores por Diabetes Mellitus. Segundo a Organização Mundial de

Saúde e a Federação Internacional de Diabetes2 (2005), 50% das amputações

por Diabetes Mellitus poderiam ser prevenidas.

Pontuação

A pontuação será dada a partir da redução de 50% dos valores de incidência

referidos pela Organização Mundial de Saúde e pela Federação Internacional de

Diabetes2 (2005), os quais consideram 5-25 amputações por 100.000

habitantes/ano (0,5-2,5/10.000).

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > 5

Nível 1 0,5 VALOR < 5 e VALOR > 1,25

Nível 2 1 VALOR < 1,25 e VALOR > 0,25

Nível 3 2 VALOR < 0,25

Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Captar e tratar precocemente os casos de Diabetes Mellitus.

Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de controlar

a doença.

Implementar ações educativas para profissionais, para os diabéticos e seus

familiares, no sentido de remover fatores de risco para o agravamento do quadro

de Diabetes Mellitus.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e

qualificação da assistência.

Limitações e vieses

�O indicador pode ser influenciado pela contagem cumulativa de internações de

um mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

�O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação da causa de morbidade informada.

Esse indicador não deve ser usado para medir desempenho de prestadores

individualmente, uma vez que representa o produto final de diversos momentos

do processo de adoecimento de um indivíduo acompanhados por diferentes

profissionais (Greenfield et al., 2004).

Por se tratar de complicação grave de uma doença crônica, deve-se esperar que

este indicador seja avaliado após um período mínimo de permanência do

beneficiário na operadora. No caso, nesse indicador deverão ser utilizados os

beneficiários expostos, isto é, aqueles que já foram liberados de seus períodos de

carência em função de doença ou lesão preexistente (no caso, o Diabetes

Mellitus).

Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios,

Soares et al (2001) explica que quando a população de determinado município

for muito pequena, os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na

A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise

conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. No caso da saúde

suplementar, este dado se aplica à população coberta por operadoras de pequeno

porte.

Referências 1BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Hipertensão e Diabete. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Diabete Melito – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 2BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/sih/mrmap.htm. Acesso em março de 2006. GREENFIELD, S; NICOLUCCI, A & MATTKE, S. Selecting indicators for the quality of diabetes care at the health systems level in OECD (Organizational for Economic Co-operation and Development) countries. OECD Health Technical Papers, V.15. 18 pp. França. 2004. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. MENDONÇA A A. Cuidados clínicos com pacientes diabéticos l. In: PITTA G B B, CASTRO A A, BURIHAN E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA, 2003. Disponível em URL: http://www.lava.med.br/livro. 1ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. 2ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE & INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. WORLD DIABETES DAY 2005: Diabetes and Foot Care. http://www.who.int/diabetes/actionnow/wdd2005/en/index.html

www.worlddiabetesday.org.

3ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - Health Topics/Diabetes Mellitus, 2005. www.who.int/topics/diabetes_mellitus/en/.

A.S_Taxa de intern por amp membros inferiores_21.06.doc Versao 2 Página 6 de 6

SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS

Conceituação

Número de internações por Diabetes Mellitus em relação ao total de expostos

para internação da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº de internações por Diabetes Mellitus

Total de expostos para internação x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Internações por Diabetes Mellitus: são internações hospitalares decorrentes

de Diabetes Mellitus, classificadas como E 10 a E 14, do Capítulo IV da CID-10

(OMS, 1997).

Exposto: é definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a

assistência à saúde no procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

É uma medida de morbidade hospitalar por Diabetes Mellitus, no âmbito da

operadora.

Mede a participação relativa das internações por Diabetes Mellitus em relação à

população exposta para internação delineada da operadora no ano considerado.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)

da Diabetes Mellitus.

Usos

Identificar, na população em geral, pessoas com fatores de risco para Diabetes,

principalmente o tipo 2, que é mais prevalente: idade igual ou superior a 40

anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão, mulheres que tiveram filhos com

mais de 4 quilos ao nascer e pessoas que têm ou tiveram pais, irmãos e/ou

outros parentes diretos com diabetes.

A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

Avaliar indiretamente o atendimento, bem como o monitoramento dos pacientes

com Diabetes Mellitus.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A classificação etiológica do Diabetes Mellitus inclui dezenas de tipos da doença,

relacionados a problemas auto-imunes, de secreção ou ação periférica da

insulina, defeitos genéticos da função das células beta, defeitos genéticos da

ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino, endocrinopatias, efeito colateral

de medicamentos, infecções e outras síndromes genéticas associadas ao

Diabetes Mellitus. A maioria dos casos de Diabetes Mellitus se resume em duas

amplas categorias etiopatogênicas: o Diabetes tipo 1 (Diabetes Mellitus-1),

anteriormente conhecido como Diabetes juvenil; e o Diabetes tipo 2 (Diabetes

Mellitus-2), também conhecido como Diabetes do adulto. Na prática clínica, cerca

de 90% dos casos são de Diabetes Mellitus-2, enquanto que os restantes 10%

são de Diabetes Mellitus-1 (MS1, 2006).

A incidência de Diabetes Mellitus tipo 2 (Diabetes Mellitus 2) na atualidade atinge

proporções epidêmicas, demandando um alto custo tanto econômico quanto

social. Nesse sentido, atenção tem sido dispensada aos diferentes níveis

preventivos da doença. A prevenção terciária, em que complicações já

ocorreram, é, ainda hoje, a que consome a maior parte dos investimentos. A

prevenção secundária tem merecido discussões desde os resultados dos grandes

ensaios, mostrando a importância do tratamento adequado do diabético sem

complicações. A prevenção primária, de interesse mais recente e enfoque dessas

diretrizes, tem como finalidade impedir o aparecimento da doença. A

Organização Mundial da Saúde (OMS) cita ainda um último nível de prevenção, o

primordial, o qual objetiva evitar o surgimento de fatores de risco para Diabetes

Mellitus 2 (SDB, 2006).

Diabetes Mellitus, como o diagnóstico primário de internação hospitalar, aparece

como a sexta causa freqüente e contribui de forma significativa (30% a 50%)

para outras causas, como cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca,

colecistopatias, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial (Mendonça,

2003).

A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Os objetivos clínicos e laboratoriais para o tratamento adequado do Diabetes

Mellitus 2 e de doenças associadas busca evitar internações desnecessárias. Os

parâmentros preconizados pelo Ministério da Saúde1 (2006) são os seguintes:

PARÂMETRO OBJETIVO

Hemoglobina glicada <7%

Glicemia pré-prandial 90-130 mg/dL

Glicemia pós-prandial <180 mg/dL

Pressão arterial <130/80 mmHg

Colesterol LDL <100 mg/dL

Colesterol HDL >40 mg/dL

Triglicérides <150 mg/dL

Proporção de diabéticos com peso adequado ou que obtiveram redução do mesmo

Peso adequado ou redução do mesmo se sobrepeso/obesidade

Proporção de diabéticos em atividade física Prática regular de atividade física aeróbica e exercicícios de resistência

Proporção de diabéticos fumantes Abandono do hábito de fumar

Cobertura de vacinação para influenza

Fonte de dados: Ministério da Saúde, 2006

Vacinação anual de diabéticos

A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

Abaixo estão descritos os dados disponíveis no Sistema de Informações

Hospitalares/Datasus2 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:

Taxa de internações por Diabetes Mellitus por 10.000 habitantes Brasil e regiões – 1998 / 2005

Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 3,78 4,46 4,45 5,11 4,46 4,13 4,28 4,47

Região Nordeste 5,35 5,83 6,11 6,49 5,91 5,27 5,46 5,41

Região Sudeste 7,57 8,22 8,05 7,83 7,49 7,03 6,78 6,67

Região Sul 6,22 7,40 9,33 9,64 9,62 8,38 8,35 8,59

Região Centro-Oeste 5,95 7,48 7,97 8,33 7,80 8,50 8,96 9,37

Total 6,44 7,09 7,42 7,55 7,15 6,61 6,60 6,62 Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este

indicador.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação

à médiana encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão

pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da

mediana receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da

mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação

máxima.

Os valores encontrados, que sugiram diminuição de acesso ou dados

inconsistentes, receberão pontuação zero.

A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)

Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]

Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]

Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]

Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Captar e tratar precocemente os casos de Diabetes Mellitus.

Acompanhar de forma sistemática os casos identificados.

Implementar ações educativas para profissionais, para os diabéticos e familiares, no

sentido de manter o tratamento da doença.

Limitações e vieses

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um mesmo

paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na classificação

da causa de morbidade informada.

Sugere-se a avaliação desse indicador por faixa etária em função dos diferentes

perfis de morbidade por Diabetes Mellitus (tipos I e II).

Pontuação média Pontuação

mínima Pontuação máxima

Mediana do setor

A.S_Taxa de intern por diabetes mellitus_21.06.doc Versao 2 Página 6 de 6

A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a

população de determinado município for muito pequena, os resultados do indicador

podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse

tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de

municípios. No caso da saúde suplementar, este dado se aplica à população coberta

por operadoras de pequeno porte.

Referências 1BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Hipertensão e Diabete. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Diabete Melito – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão. 2BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em março de 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. MENDONÇA A A. Cuidados clínicos com pacientes diabéticos l. In: PITTA G B B, CASTRO A A, BURIHAN E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA, 2003. Disponível em URL: http://www.lava.med.br/livro. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Atualização Brasileira sobre Diabetes, 2006. www.diabetes.org.br.

A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÕES POR DOENÇAS CEREBROVASCULARES

Conceituação

Número de internações por doenças cerebrovasculares em relação ao total de

expostos para internação da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por doenças cerebrovasculares

Total de expostos para internação x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Internações por doenças cerebrovasculares: são aqueles casos que

demandam internação hospitalar, classificados entre I 60 a I 69 do Capítulo IX

da CID-10 (OMS, 1997).

Exposto: definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a assistência

à saúde no item de despesa assistencial em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

Mede a participação relativa das internações por doenças cerebrovasculares em

relação à população exposta para internação da operadora no ano considerado.

A distribuição das causas de internação – no caso as doenças cerebrovasculares

– reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada

pela oferta de serviços pela operadora.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)

das doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.

Usos

Identificar e monitorar, na população da operadora, pessoas com fatores de risco

para doenças cerebrovasculares, considerando principalmente beneficiários com

idade igual ou superior a 40 anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão,

A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

colesterol elevado, Diabetes Mellitus e aqueles com histórico familiar destas

doenças.

Analisar as variações temporais, para a operadora, na distribuição relativa das

internações hospitalares de doenças cerebrovasculares, identificando situações

de desequilíbrio que possam merecer atenção especial.

Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares, disponíveis para tratamento das doenças

cerebrovasculares para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As doenças circulatórias são responsáveis por um impacto expressivo na

mortalidade da população brasileira, correspondendo a 32% dos óbitos em 2002,

o equivalente a 267.496 mortes. As doenças do aparelho circulatório

compreendem um espectro amplo de síndromes clínicas, mas têm nas doenças

relacionadas à arterioesclerose a sua principal contribuição, manifesta por

doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e de vasos periféricos,

incluindo patologias da aorta, dos rins e de membros, com expressiva morbidade

e impacto na qualidade de vida e produtividade da população adulta (MS1, 2006).

Entre os principais fatores de risco, a hipertensão arterial sistêmica e o Diabetes

Mellitus são críticos do ponto de vista de saúde pública. No Brasil, dados do Plano

de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus2 de

2001, apontaram para uma prevalência destes fatores na população brasileira

acima de 40 anos de idade de 36% e 10%, respectivamente (MS3, 2006).

Os profissionais e gestores de saúde têm importância primordial nas estratégias

de controle dos fatores de risco, quer na definição do diagnóstico clínico e da

conduta terapêutica, quer nos esforços e estratégias requeridos para educar os

pacientes a fazê-lo (MS3, 2006).

Abaixo estão descritos os dados disponíveis no Sistema de Informações

Hospitalares/Datasus4 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:

A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Taxa de internação por doenças cerebrovasculares por 10.000 habitantes Brasil e regiões – 1998 / 2005

Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 3,94 3,86 3,53 3,52 6,00 6,45 6,48 6,82

Região Nordeste 7,79 8,89 8,46 9,05 10,80 10,74 10,00 9,44

Região Sudeste 11,38 11,39 10,94 10,89 12,18 12,11 11,81 11,42

Região Sul 8,42 8,97 8,20 8,13 15,54 15,74 15,30 13,97

Região Centro-Oeste 7,93 8,78 8,43 8,47 11,55 11,86 11,28 11,12

Total 9,14 9,59 9,10 9,24 11,77 11,80 11,36 10,86

Fonte de dados: SIH/DATASUS; IBGE

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este

indicador.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação

à mediana encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão

pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da

mediana receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da

mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação

máxima.

Os valores encontrados, que sugiram diminuição de acesso ou dados

inconsistentes, receberão pontuação zero.

Pontuação média Pontuação

mínima Pontuação máxima

Mediana do setor

A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)

Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]

Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]

Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]

Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Constituir sistemas de informações que permitam a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e

qualificação da assistência.

Maximizar benefícios e minimizar riscos e custos, através de estratégias

específicas para diferentes perfis de risco.

Implementar linhas de ação efetivas para reduzir as doenças através de medidas

preventivas. Sugere-se a organização de ações para a adoção de hábitos

alimentares adequados e saudáveis, cessação do tabagismo, prática de atividade

física regular, controle da pressão arterial, manejo das dislipidemias e manejo do

Diabetes Mellitus com controle da glicemia.

Limitações e vieses

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, no período analisado.

O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação de morbidade informada.

Análise do indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios, Soares

et al (2001) explica que quando a população de determinado município for muito

pequena, os resultados do indicador podem apresentar dificuldades na sua

interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta

dos dados, em série de anos ou grupo de municípios. No caso da saúde

A.S_Taxa de intern por doenças cerebrovasculares_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

suplementar, este dado se aplica à população coberta por operadoras de pequeno

porte.

Referências 1BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Prevenção Clínica de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal. Manual Prático para os Profissionais do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Estimativa de Risco Global e Prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 2BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus: hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 102 p.: il. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios; n. 59). 3BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Alta Complexidade. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 4BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso em março de 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Conceituação

Número de internações por infarto agudo do miocárdio em relação ao total de

expostos para internação da operadora no ano considerado.

Método de cálculo

Nº de internações por infarto agudo do miocárdio

Total de expostos para internação x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Internações por Infarto Agudo do Miocárdio: São aqueles casos que

demandam internação hospitalar, classificados entre os códigos I 21 a I 23, do

Capítulo IX, da CID-10 (OMS, 1997).

Exposto: É definido como o beneficiário que tem o direito de usufruir a

assistência à saúde no item de despesa assistencial em questão, no período

considerado.

Interpretação do indicador

Mede a participação relativa das internações por infarto agudo do miocárdio em

relação à população exposta para internação da operadora no ano considerado.

A distribuição das causas de internação – no caso, o infarto agudo do miocárdio

- reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é condicionada

pela oferta de serviços pela operadora.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde)

das doenças crônico-degenerativas não transmissíveis.

Usos

Identificar e monitorar, na população da operadora, pessoas com fatores de risco

para infarto agudo do miocárdio, considerando principalmente beneficiários com

idade igual ou superior a 40 anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão,

A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

colesterol elevado, Diabetes Mellitus e aqueles com histórico familiar destas

doenças.

Analisar as variações temporais, para a operadora, na distribuição relativa das

internações hospitalares por infarto agudo do miocárdio, identificando situações

de desequilíbrio que possam merecer atenção especial.

Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares, disponíveis para tratamento do infarto agudo do

miocárdio, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

As doenças circulatórias são responsáveis por um impacto expressivo na

mortalidade da população brasileira, correspondendo a 32% dos óbitos em 2002,

o equivalente a 267.496 mortes. As doenças do aparelho circulatório

compreendem um espectro amplo de síndromes clínicas, mas têm nas doenças

relacionadas à arterioesclerose a sua principal contribuição, manifesta por

doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e de vasos periféricos,

incluindo patologias da aorta, dos rins e de membros, com expressiva morbidade

e impacto na qualidade de vida e produtividade da população adulta (MS1, 2006).

Entre os principais fatores de risco, a hipertensão arterial sistêmica e o Diabetes

Mellitus são críticos do ponto de vista de saúde pública. No Brasil, dados do Plano

de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus2 de

2001, apontaram para uma prevalência destes fatores na população brasileira

acima de 40 anos de idade de 36% e 10%, respectivamente (MS3, 2006).

Os profissionais e gestores de saúde têm importância primordial nas estratégias

de controle dos fatores de risco, quer na definição do diagnóstico clínico e da

conduta terapêutica, quer nos esforços e estratégias requeridos para educar os

pacientes a fazê-lo (MS3, 2006).

Abaixo estão descritos os dados disponíveis no Sistema de Informações

Hospitalares/Datasus4 e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística:

A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Taxa de internação por infarto agudo do miocárdio por 10.000 habitantes Brasil e regiões – 1998 / 2005

Região 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 0,72 0,77 0,90 0,94 0,93 1,02 1,13 1,19

Região Nordeste 1,10 1,22 1,27 1,39 1,62 1,72 1,86 1,78

Região Sudeste 2,78 3,04 3,14 3,15 3,42 3,76 3,87 3,96

Região Sul 3,09 3,32 3,30 3,38 3,70 3,87 4,20 4,27

Região Centro-Oeste 1,43 1,59 1,64 1,70 1,96 2,23 2,24 2,28

Total 2,11 2,30 2,36 2,42 2,66 2,89 3,03 3,06 Fonte de dados: SIH/DATASUS1; IBGE

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa o acesso oportuno e a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da mediana encontrada no setor para este

indicador.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores encontrados em relação

à mediana encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo em torno da mediana receberão

pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior do intervalo em torno da

mediana receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior do intervalo em torno da

mediana, mas maiores que o limite mínimo aceitável, receberão pontuação

máxima.

Os valores encontrados que sugiram diminuição de acesso ou dados

inconsistentes receberão pontuação zero.

Pontuação média Pontuação

mínima Pontuação máxima

Mediana do setor

A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

Pontuação

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0 S/ informação ou VALOR > (Mediana*3)

Nível 1 0,5 VALOR < [Mediana*3] e VALOR > [Mediana*1,5]

Nível 2 1 VALOR < [Mediana*1,5] e VALOR > [Mediana*0,5]

Nível 3 2 VALOR < [Mediana*0,5]

Fonte de dados: MS/ANS – Sistema de Informações de Produtos (SIP)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Constituir sistemas de informações que permitam a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e

qualificação da assistência.

Maximizar benefícios e minimizar riscos e custos, através de estratégias

específicas para diferentes perfis de risco.

Implementar linhas de ação efetivas para reduzir as doenças através de medidas

preventivas. Sugere-se a organização de ações para a adoção de hábitos

alimentares adequados e saudáveis, cessação do tabagismo, prática de atividade

física regular, controle da pressão arterial, manejo das dislipidemias e manejo do

Diabetes Mellitus com controle da glicemia.

Limitações e vieses

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, no período analisado.

O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação de morbidade informada.

A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a

população de determinado município for muito pequena, os resultados do

A_S.Taxa de intern por infarto agudo do miocardio_21.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar

problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de

anos ou grupo de municípios. No caso da saúde suplementar, este dado se aplica à

população coberta por operadoras de pequeno porte.

Referências

1BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Prevenção Clínica de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal. Manual Prático para os Profissionais do Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Estimativa de Risco Global e Prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 2BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao Diabetes Mellitus: hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 102 p.: il. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios; n. 59).

3BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Alta Complexidade. Programa de Prevenção de Doenças Cardiovascular, Cerebrovascular e Renal no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica – Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. – em revisão 4BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ mrmap.htm. Acesso em março de 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em março de 2006. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997. SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE NATIMORTALIDADE

Conceituação

Número de nascidos mortos, por 1.000 nascimentos (vivos e mortos), para a

operadora no período considerado.

Método de Cálculo

Nº nascidos mortos

Número de nascidos (vivos + mortos) x 1.000

Definição de termos utilizados no Indicador

Nascido vivo: Produto da concepção, independentemente do tempo de gestação,

que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respire ou

apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações

do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária,

estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a

placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera

como uma criança viva.

Nascido morto: É a perda fetal tardia, ou seja, “a morte de um produto da

concepção, antes da expulsão ou de sua extração completa do corpo materno, a

partir do início da 22ª semana de gestação”; indica o óbito do feto que, depois da

separação do corpo materno, não respira nem apresenta nenhum outro sinal de

vida, como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos

efetivos dos músculos de contração voluntária.

Uma vez que esta informação é obtida pelo SIP, deverá ser considerada a definição

da normatização vigente no período de análise:

até 2004 o conceito de nascido morto segue a definição da RN nº 61. Produto da

concepção, depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, não

A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 2 de 2

manifesta qualquer sinal vital, tendo o óbito ocorrido a partir da 28ª semana de

gestação.

A partir de 2005 o conceito de nascido morto segue a definição da RN nº 96.

Produto da concepção com 22ª semana ou mais de gestação, ou pelo menos 500

gramas de peso, que depois da expulsão ou extração completa do corpo da mãe,

não manifesta qualquer sinal de vida.

Interpretação do Indicador

Considera-se que quanto menor a taxa de natimortalidade, melhor o desempenho

da operadora nos quesitos de assistência pré-natal e ao parto.

Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em todos os

níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e

tratamento) para saúde materno-infantil.

Usos

Avaliar indiretamente o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao

parto.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A taxa de natimortalidade foi de 12,6 natimortos por 1.000 nascidos para o ano

de 1998 no Brasil (Coelho, 2004), para o ano de 2001 foi de 12,7 natimortos

por 1.000 nascidos e para o ano de 2003 foi de 12,1 natimortos por 1.000

nascidos (SIM; SINASC, 2004).

A mediana mais atual da Taxa de natimortalidade do SUS é referente ao ano de

2002, que foi 12,02. Este cálculo foi feito a partir das informações das taxas de

cada UF do Brasil (SIH, 2004). O valor máximo encontrado no SUS para este

indicador foi 17,80.

Com base nas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde

suplementar ao SIP, a média do setor para 2003 foi 5,61, e 6,42 para 2004. A

mediana desse indicador para o setor de saúde suplementar em 2003 foi de

9,30 e, para 2004, de 8,93.

A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 3 de 3

Tendo em vista que parte dos óbitos fetais tardios decorre de doenças

congênitas e/ou maternas, que por sua vez sofrem pouca, ou nenhuma,

influência da melhoria da assistência à gestação e ao parto, as literaturas

internacionais e especialistas no assunto indicam como aceitável uma taxa de

natimortalidade entre 1 a 2%, ou seja, 10 a 20 nascidos mortos para cada

1.000 nascidos vivos.

Meta

A meta da operadora deve ser menor que 4 natimortos para cada 1.000 nascidos,

que representa 1/3 da média da taxa nacional para este indicador.

Pontuação

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0 Sem informação OU valor maior ou igual a 14,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Nível 1 0,25 Valor maior ou igual a 10,00 e menor que 14,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Nível 2 0,5 Valor maior ou igual a 4,00 e menor ou igual a 10,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

Nível 3 1 Valor menor que 4,00 nascidos mortos para 1.000 nascidos vivos

A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 4 de 4

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Garantir o acesso e melhorar a qualidade da assistência ao pré-natal e parto.

Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico

(demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e

qualificação da assistência.

Limitações e Vieses

No número de nascidos vivos não é considerada a viabilidade do concepto em

relação à sua idade gestacional ou peso ao nascer.

Limitações na captação dos dados: há diversos problemas a serem considerados, como

locais onde o registro de mortalidade não tem total cobertura e subinformação das

mortes fetais e declaração inexata da causa nos atestados de óbito. No caso brasileiro,

tem se verificado que a cobertura é boa em capitais e cidades de médio e grande porte,

porém nas áreas menos populosas, como nas regiões Norte e Nordeste, os dados

podem não corresponder à realidade. O MS estima que a subenumeração de óbitos não

exceda 20%.

É importante lembrar que muitos óbitos neonatais, ou seja, recém-natos que morrem

após terem permanecido vivos por minutos ou horas, são computados como óbitos

fetais, no intuito de evitar a necessidade de emissão da Declaração de Nascido Vivo –

DNV, inflando o indicador. Por outro lado, pode também haver a evasão da informação

para o aborto, se a idade gestacional for computada erradamente com vistas a tornar

desnecessária a Declaração de Nascido Morto/ Atestado de Óbito.

No caso do indicador em populações muito pequenas, como por exemplo no caso

de pequenos municípios ou operadoras com pequeno número de beneficiários,

Soares et al (2001) explicam que os resultados do indicador podem apresentar

dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, sugerem

A.S_Taxa de natimortalidade_27.06.doc Versao 2 Página 5 de 5

realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios, ou

operadoras quando na saúde suplementar. Esse mesmo tipo de análise se aplica

também a populações cobertas por operadoras de pequeno porte.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no

processo de regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Sistema de Informações de Mortalidade. DATASUS.

Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sim/obtmap.htm.

Acesso em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.

DATASUS. Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sinasc/

snmap.htm. Acesso em set 2004.

• COELHO, K S C. Indicadores materno-neonatais na saúde

suplementar: uma análise do Sistema de Informações de Produtos.

2004. 113 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Medicina

Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE PREMATURIDADE

Conceituação

Percentual de nascidos vivos prematuros em relação ao total de nascidos vivos da

operadora no período considerado.

Método de Cálculo

Nº nascidos vivos prematuros

Número de nascidos vivos x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Nascido vivo: Produto da concepção, independentemente do tempo de gestação,

que depois da expulsão ou da extração completa do corpo materno, respire ou

apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações

do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária,

estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a

placenta. Cada produto de um nascimento que reúna essas condições se considera

como uma criança viva.

Nascido vivo prematuro: produto da concepção, com idade gestacional menor

que 37 semanas, que depois da expulsão ou da extração completa do corpo

materno, respira ou dá qualquer outro sinal de vida.

Interpretação do Indicador

• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em

todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção,

diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-neonatal.

A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

Usos

• Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e

situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos

especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• A taxa de prematuridade no Brasil para o ano de 1998 foi de 4,8 nascidos

prematuros por 100 nascidos vivos (Coelho, 2004) e para o ano de 2001 foi

de 5,9 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos(SIM; SINASC, 2004).

Para os anos de 2003 e 2004 a taxa de prematuridade no Brasil foi de 6,26 e

6,30 nascidos prematuros por 100 nascidos vivos, respectivamente.

• Segundo Silva et al. (2001), entre 1997 e 1998, a taxa de prematuridade

calculada para a cidade de São Luís (MA) foi de 13,9%, utilizando dados de

hospitais públicos e privados.

• Segundo Costa et al. (1987), a taxa de prematuridade no Hospital Mater Dei,

foi de 4,9% entre 1986 e 1987.

• No ano de 2003 a maior taxa de prematuridade no Brasil foi observada na

Região Sul, onde o valor foi de 7,20 nascidos prematuros por 100 nascidos

vivos.

• Pelas informações enviadas pelas operadoras do setor de saúde suplementar

ao SIP, a mediana deste setor para 2003 foi 4,77, e para 2004 foi de 5,26.

• Considerando que a taxa de prematuridade é influenciada pela realização de

partos cesáreos sem indicação precisa, na medida em que a proporção

desses partos se reduza na saúde suplementar, espera-se uma redução

subseqüente também da taxa de prematuridade.

A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Meta

A meta é diminuir os valores encontrados até um limite inferior que não

comprometa a qualidade da assistência.

A tendência deve ser de redução da média encontrada no setor para este indicador,

considerando a base de dados de 2005, utilizada nesta fase de avaliação.

Pontuação

A pontuação será dada segundo a distância dos valores calculados em relação à

média encontrada.

Os valores encontrados em um intervalo, calculado em termos percentuais em

relação ao valor da média, receberão pontuação média.

Os valores encontrados acima do limite superior, definido a partir da média,

receberão pontuação mínima.

Os valores encontrados abaixo do limite inferior, definido a partir da média,

receberão pontuação máxima.

Os valores encontrados considerados como dados inconsistentes receberão

pontuação zero.

Pontuação média Pontuação

mínimaPontuação máxima

Média do setor LSL I

Zero pts

A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

Nível Pontuação Critérios

Nível 0 0 Sem informação OU valor maior que (M*1,95) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Nível 1 0,5 Valor maior que a (M*1,25) e menor ou igual a (M*1,95) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Nível 2 1 Valor maior ou igual a (M*0,75) e menor ou igual a (M*1,25) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Nível 3 2 Valor menor que (M*0,75) prematuros para cada 100 nascidos vivos.

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

• Ampliar e garantir o acesso e a qualidade dos serviços de pré-natal.

• Ampliar as ações de planejamento familiar.

• Aprimorar a qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao recém-

nascido, principalmente das maternidades.

• Efetivar o monitoramento do pré-natal e trabalho de parto com vistas à

detecção precoce de anormalidades e adequado encaminhamento.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção

e qualificação da assistência.

Limitações e Vieses

• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e

ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre

A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

equivale à sua data de ocorrência, podendo haver concentração em função

do fluxo.

• No caso do indicador em populações muito pequenas, como por exemplo no

caso de pequenos municípios ou operadoras com pequeno número de

beneficiários, Soares et al (2001) explicam que os resultados do indicador

podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas

desse tipo, sugerem realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos

ou grupo de municípios, ou operadoras quando na saúde suplementar. Esse

mesmo tipo de análise se aplica também a populações cobertas por

operadoras de pequeno porte.

• Visando reduzir as possíveis distorções criadas em função da análise de

operadoras com população muito pequena de beneficiários foi definido um

limite mínimo de eventos necessários para que a operadora seja avaliada e

receba pontuação relativa ao referido indicador.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Qualificação da Saúde Suplementar: uma nova perspectiva no processo de

regulação. Rio de Janeiro: ANS, 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Sistema de Informações de Mortalidade. DATASUS.

Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sim/obtmap.htm.

Acesso em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. DATASUS.

Brasília. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sinasc/ snmap.htm.

Acesso em set 2004.

• COELHO, K S C. Indicadores materno-neonatais na saúde suplementar: uma

análise do Sistema de Informações de Produtos. 2004. 113 f. Tese

A.S_Taxa de prematuridade_22.05.doc Versao 2 Página 6 de 6

(Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Medicina Social, Universidade

do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

• COSTA, J O da; TRINDADE FILHO, O; BARBOSA, R; SILVA, H M S.

Prematuridade no Hospital Mater Dei / Prematurity at Hospital Mater Dei.

1987. Jornal Brasileiro de Ginecologia, V. 97, n. 11/12, pp. 605 -10.

• SILVA, A A M da; COIMBRA, L C; SILVA, R A da; ALVES, M T S S de B; LAMY

FILHO, F; LAMY, Z C; MOCHEL, E G de; ARAGÄO, V M de F; RIBEIRO, V S;

TONIAL, S R; BARBIERI, M A. Perinatal health and mother-child health care

in the municipality of Säo Luís, Maranhäo State, Brazil. Cadernos de Saúde

Pública, V. 17, n. 6, pp. 1413 - 23. Rio de Janeiro. 2001.

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de

Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da

Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE CÓLON E RETO

Conceituação

Número de internações por neoplasia maligna de cólon e reto, entre homens e

mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, em relação ao total de expostos da

operadora nesta faixa etária, no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por neoplasia maligna de cólon e reto, homens e mulheres, de 50 a 69anos

Total de expostos de 50 a 69 anos

x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Neoplasia maligna de cólon e reto: alteração das células do tecido do colón e

reto, identificada através de exame histológico como lesão maligna, em qualquer

fase de estadiamento, (C 18 a C 20 da CID-10) (OMS, 1997).

Expostos: beneficiários que têm o direito de usufruir da assistência à saúde no

procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna

de cólon e reto em relação à população exposta da operadora, no ano

considerado.

• A distribuição das causas de internação, no caso por neoplasia maligna de

cólon e reto, é condicionada à oferta desses serviços pela operadora.

Usos

• Avaliação da capacidade da rede de absorver para tratamento os casos

diagnosticados de neoplasia maligna de cólon e reto na população-alvo em

determinado período de tempo.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• As neoplasias corresponderam a 4% de todas as causas de internações

hospitalares na população em geral no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). As

neoplasias malignas de cólon, reto e ânus corresponderam à oitava causa de

internação (4%) por neoplasia na população em geral no mesmo período (SIH,

2004).

• A incidência estimada de neoplasia de cólon e reto para o Brasil em 2003 foi de

10,96/100.000 homens e 11,73/100.000 mulheres (BRASIL, 2003).

• Conforme descrito no WHO-National Cancer Control Programs – Policies and

managerial guidelines (OMS, 2002) espera-se que:

• Dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de cólon e reto mais de 70%

recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional estabelecido

para a doença.

• Dos expostos com diagnóstico de neoplasia maligna de cólon e reto, mais de

20% recebam tratamento curativo adequado para a doença de acordo com o

estadiamento definido pela biópsia.

• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de cólon, reto e ânus,

no Brasil, no SUS, no período entre 2000 e 2005, variou de 0,79 a 1,81 por

10.000 habitantes.

Taxa de internação por neoplasia maligna de cólon, reto e ânus por 10.000

habitantes no SUS Brasil e regiões – 2000 / 2005

Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 0,32 0,37 0,54 0,87 1,33 1,29

Região Nordeste 0,35 0,37 0,76 0,92 0,94 0,96

Região Sudeste 1,01 0,99 1,50 1,73 1,75 1,97

Região Sul 1,32 1,34 2,63 3,18 3,38 3,37

Região Centro-Oeste 0,65 0,72 1,16 1,46 1,47 1,59

Total 0,79 0,80 1,36 1,63 1,71 1,81

Fonte: SIH/DATASUS; IBGE

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Meta

A meta inicial é o aumento das internações a partir da média do setor

suplementar.

Espera-se que aumente o número de internações na faixa etária de 50 a 69 anos,

a partir da adesão crescente aos programas de promoção e prevenção para

diagnóstico e detecção precoce da doença.

Pontuação

Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da

incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta

incidência foi calculada a partir do números de casos esperados para a população

brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0

S/ Informação ou valor < 0,68

Nível 1 0,5

valor =>0,68 e valor < 15,96

Nível 2 1

valor => 15,96 e valor <= 46,52

Nível 3 2

valor > 46,52

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Captar precocemente os casos de neoplasia maligna de cólon, reto e ânus.

• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de

controle da doença e aumento da sobrevida do(a) beneficiário(a).

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

Limitações e vieses

• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação da causa de morbidade informada, ou seja, a causa da

internação nem sempre é corretamente especificada, fazendo com que a

informação sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de

outras co-morbidades.

• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária e gênero da

população.

• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explicam que quando a

população de determinado município for muito pequena, os resultados do

indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar

problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série

de anos ou grupo de municípios.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso

em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional

de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:

Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set

2004.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Cólon e Reto_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a

edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a

Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de

Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da

Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE MAMA FEMININA

Conceituação

Número de internações por neoplasia maligna de mama feminina em mulheres

expostas, na faixa etária de 50 a 69 anos, em relação ao total de expostas nesta

mesma faixa, no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por neoplasia maligna de mama feminina em expostas de 50 a 69 anos

Total de expostas de 50 a 69 anos

x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Neoplasia maligna de mama – lesões identificadas em exame histológico,

como neoplasia maligna de mama (C 50 da CID-10), em qualquer fase de

estadiamento da doença (OMS, 1997).

Expostas: É definida como a beneficiária que tem o direito de usufruir a

assistência à saúde no procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna

de mama em relação à população exposta da operadora no ano considerado.

• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a

saúde) de neoplasia maligna de mama.

• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de

mama – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é

condicionada pela oferta de serviços da operadora.

Usos

• Identificar os casos de câncer de mama na população beneficiária e orientar a

adoção de medidas de controle.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

• Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia

maligna de mama, identificando situações de desequilíbrio que possam

merecer atenção especial.

• Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia

maligna de mama, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares

na população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A neoplasia

maligna de mama correspondeu à terceira causa de internação (10%) por

neoplasia na população feminina, no mesmo período (SIH, 2004).

• A estimativa de incidência da neoplasia maligna de mama no Brasil, em 2003,

foi de 46,35/100.000 mulheres (INCA, 2003).

• Conforme descrito no National Cancer Control Programs: Policies and

managerial guidelines (OMS, 2002) espera-se que:

• Das beneficiárias (população feminina da operadora) com suspeita de doença

de mama, mais de 70% recebam tratamento adequado de acordo com o

protocolo nacional e/ou internacional estabelecido para a doença.

• Das beneficiárias (população feminina da operadora) com diagnóstico de

câncer de mama, mais de 20% recebam tratamento adequado para a doença

de acordo com o estadiamento definido pelo exame histopatológico.

• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de mama, no Brasil, no

SUS, no período de 2000 a 2005, variou de 2,71 a 3,95 por 10.000 mulheres.

Taxa de internação por neoplasia maligna de mama por 10.000 mulheres no SUS Brasil e regiões – 2000 / 2005

Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 1,13 1,19 1,91 1,78 1,73 1,51

Região Nordeste 1,37 1,44 2,65 2,94 2,91 2,82

Região Sudeste 3,66 3,63 4,72 4,50 4,56 4,91

Região Sul 3,38 3,59 5,20 5,06 5,09 4,84

Região Centro-Oeste 2,58 2,54 3,27 3,54 3,50 3,44

Total 2,71 2,75 3,90 3,87 3,89 3,95

Fonte: SIH/DATASUS; IBGE

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Meta

A meta inicial é a aumento das internações a partir da média do setor

suplementar.

Espera-se que com a realização de mamografia, na faixa etária de 50 a 69 anos,

aumente o número de casos diagnosticados, e também a necessidade de

intervenção.

Pontuação

Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da

incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta

incidência foi calculada a partir do números de casos esperados para a população

brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0

S/ Informação ou valor < 2,58

Nível 1 0,5 VALOR => 2,58 e valor < 23,79

Nível 2 1

valor => 23,79 e valor <= 66,21

Nível 3 2

valor > 66,21

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Captar precocemente os casos de neoplasia maligna de mama.

• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de

controle da doença e aumento da sobrevida da beneficiária.

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade e de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Limitações e vieses

• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação da causa de morbidade informada, isto é, a causa da internação

nem sempre é corretamente especificada, fazendo com que a informação

sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de outras co-

morbidades.

• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população.

• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explicam que quando a

população de determinado município for muito pequena, os resultados do

indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar

problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série

de anos ou grupo de municípios.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de

Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS. Brasília,

2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/mrmap.htm. Acesso

em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional

de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:

Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o

Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.

A.S_Taxa Intern Neoplasia Maligna Mama Feminina_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a

edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a

Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de

Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da

Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE PRÓSTATA

Conceituação

Número de internações por neoplasia maligna de próstata em homens expostos,

na faixa etária de 50 a 69 anos, em relação ao total de expostos da operadora na

mesma faixa etária no ano considerado.

Método de cálculo

Nº internações por neoplasia maligna de próstata em expostos entre 50 a 69 anos

Nº de expostos entre 50 e 69 anos

x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Neoplasia maligna de próstata: alteração das células do tecido da próstata,

obtido por biópsia, identificada por exame histopatológico como lesão maligna (C

61 da CID-10), em qualquer fase de estadiamento (OMS, 1997).

Expostos: beneficiários que têm o direito de usufruir a assistência à saúde no

procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna de

próstata em relação à população exposta da operadora no ano considerado.

• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a

saúde) de neoplasia maligna de próstata.

• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de

próstata – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é

condicionada pela oferta de serviços pela operadora.

Usos

• Identificar casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas de

controle.

• Analisar a evolução por operadora das internações hospitalares de neoplasia

maligna de próstata, identificando situações de desequilíbrio que possam

merecer atenção especial.

A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

• Contribuir para a realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia

maligna de próstata, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares

na população masculina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A

neoplasia maligna de próstata correspondeu à quinta causa de internação

(5%) por neoplasia na população masculina, no mesmo período (SIH, 2004).

• A incidência estimada de neoplasia maligna de próstata para 2003 no Brasil

foi de 40,5 /100.000 homens (INCA, 2003).

• Conforme descrito no National Cancer Control Programs – Policies and

managerial guidelines – (OMS, 2002), espera-se que:

• Dos expostos com suspeita de neoplasia maligna de próstata, mais de 70%

recebam tratamento adequado de acordo com protocolo nacional estabelecido

para a doença.

• Dos expostos com diagnóstico de neoplasia maligna de próstata, mais de 20%

recebam tratamento curativo adequado para a doença de acordo com o

estadiamento definido pela biópsia.

• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de próstata, no Brasil,

no SUS, no período entre 2000 e 2005 variou de 0,74 a 1,57 por 10.000

homens.

Taxa de internação por neoplasia maligna de próstata por 10.000 homens no SUS

Brasil e regiões – 2000 / 2005

Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 0,22 0,21 0,32 0,43 0,50 0,44

Região Nordeste 0,33 0,36 0,67 0,90 0,88 0,94

Região Sudeste 1,09 1,08 1,40 1,63 1,86 2,04

Região Sul 0,87 0,84 1,89 2,49 2,09 2,06

Região Centro-

Oeste 0,51 0,59 1,09 2,21

1,94

1,58

Total 0,74 0,74 1,16 1,50 1,52 1,57

Fonte: SIH/DATASUS; IBGE

A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Meta

A meta inicial é o aumento das internações a partir da média do setor

suplementar.

Espera-se que aumente o número de internações na faixa etária de 50 a 69 anos,

a partir da adesão crescente aos programas de promoção e prevenção para

diagnóstico e detecção precoce da doença.

Pontuação

Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da

incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta

incidência foi calculada a partir do números de casos esperados para a população

brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006).

Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0

S/ Informação ou valor < 2,57

Nível 1 0,5

valor => 2,57 e valor < 18,20

Nível 2 1

valor => 18,20 e valor <=49,45

Nível 3 2

valor > 49,45

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de

controle da doença e aumento da sobrevida dos beneficiários.

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

Limitações e vieses

• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação da causa de morbidade informada, ou seja, a causa da

internação nem sempre é corretamente especificada, fazendo com que a

informação sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de

outras co-morbidades.

• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população.

• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al (2001) explicam que quando a

população de determinado município for muito pequena, os resultados do

indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar

problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série

de anos ou grupo de municípios.

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS.

Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/

mrmap.htm. Acesso em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o

Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

A.S_Taxa intern Neoplasia maligna Próstata_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional

de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:

Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a

edição. São Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para

classificação de Doenças em Português. EDUSP. 1997.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde

- Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de

Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da

Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE INTERNAÇÃO POR NEOPLASIA MALIGNA DE COLO DE ÚTERO

Conceituação

Número de internações por neoplasia maligna de colo de útero em mulheres

expostas, na faixa etária de 25 a 59 anos, em relação ao total de expostas nesta

mesma faixa no ano considerado.

Método de cálculo

Nº de internações por neoplasia maligna de colo de útero em

expostas de 25 a 59 anos

Total de expostas de 25 a 59 anos

x 10.000

Definição de termos utilizados no indicador

Neoplasia maligna de colo de útero: lesões identificadas em exame

histopatológico, como neoplasia maligna de colo de útero (C 53 da CID-10), em

qualquer fase de estadiamento desta doença (OMS, 1997).

Expostas: beneficiárias que têm o direito de usufruir a assistência à saúde no

procedimento em questão, no período considerado.

Interpretação do indicador

• Permite medir a participação relativa das internações por neoplasia maligna

de colo de útero em relação à população exposta da operadora no ano

considerado.

• Esse indicador avalia, de forma indireta, a disponibilidade de ações básicas de

prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e educação para a

saúde) de neoplasia maligna de colo de útero.

• A distribuição das causas de internação – no caso, a neoplasia maligna de colo

de útero – reflete a demanda ambulatorial e hospitalar que, por sua vez, é

condicionada pela oferta de serviços pela operadora.

A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 2 de 2

Usos

• Identificar os casos na população beneficiária e orientar a adoção de medidas

de controle.

• Avaliar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes com neoplasia

maligna de colo de útero.

• Analisar a evolução, por operadora, das internações hospitalares de neoplasia

maligna de colo de útero, identificando situações de desequilíbrio que possam

merecer atenção especial (OPAS, 2002)

• Contribuir na realização de análises comparativas da concentração de

recursos médico-hospitalares disponíveis para tratamento da neoplasia

maligna de colo de útero, para a população beneficiária da operadora.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• As neoplasias corresponderam a 4% das causas de internações hospitalares

na população feminina no Brasil, entre 1998 e 2003 (SIH, 2004). A neoplasia

maligna de colo de útero correspondeu à quarta causa de internação (9%) por

neoplasia na população feminina, no mesmo período (SIH, 2004).

• A estimativa de incidência de neoplasia maligna de colo de útero, no Brasil,

em 2003, foi de 18,32/100.000 mulheres (INCA, 2003).

• Conforme descrito no National Cancer Control Programmes – Policies and

managerial guidelines – (OMS,2002) espera-se que:

• Das beneficiárias (população feminina) com suspeita de doença de

colo de útero, mais de 70% recebam tratamento de acordo com protocolo

nacional e/ou internacional estabelecido para a doença.

• Das beneficiárias (população feminina) com diagnóstico de neoplasia de colo

de útero, mais de 20% recebam tratamento para a doença de acordo com o

estadiamento.

• A taxa de internação hospitalar por neoplasia maligna de colo de útero, no

Brasil, no SUS, no período entre 2000 e 2005, variou de 2,67 e 3,06 por

10.000 mulheres.

A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 3 de 3

Taxa de internação por neoplasia maligna de colo de útero por 10.000 mulheres, no SUS

Brasil e regiões – 2000 / 2005

Região 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Região Norte 1,33 1,40 1,62 1,83 2,10 1,95

Região Nordeste 2,19 1,94 2,66 3,41 2,98 2,52

Região Sudeste 2,73 2,76 3,01 2,91 2,61 2,63

Região Sul 3,73 3,37 5,90 6,12 5,99 6,16

Região Centro-Oeste 3,48 3,48 2,71 3,01 2,75 2,60

Total 2,67 2,56 3,21 3,45 3,18 3,06

Fonte: SIH/DATASUS; IBGE

Meta

A meta é a redução das internações a partir da média do setor suplementar.

Espera-se que com a realização de exame preventivo, na faixa etária de 25 a 59

anos, aumente o número de casos diagnosticados e tratados com doença em fase

pré-maligna e em que há possibilidade de tratamento ambulatorial efetiva,

reduzindo dessa forma a necessidade de internações por essa patologia.

Pontuação

Para pontuação utilizou-se, como parâmetro mínimo, internações de 50% da incidência estimada de casos da patologia, na população beneficiária. Esta incidência foi calculada a partir dos números de casos esperados para a população brasileira, para o ano de 2006, do Instituto Nacional de Câncer (Brasil, 2006). Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0

S/ Informação ou valor >10,75

Nível 1 0,5 VALOR <= 10,75 e valor > 4,25

Nível 2 1,0 valor <= 4,25 e valor >=1

Nível 3 2 valor < 1

A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 4 de 4

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Identificar e captar precocemente os casos de neoplasia maligna de colo de útero.

• Acompanhar de forma sistemática os casos identificados, no sentido de

controle da doença e aumento da sobrevida da beneficiária.

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

Limitações e vieses

• O sistema de informação utilizado pode não detectar inconsistências na

classificação da causa de morbidade informada, isto é, a causa da internação

nem sempre é corretamente especificada fazendo com que a informação

sobre a mesma possa estar sendo mascarada pela presença de outras co-

morbidades.

• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de um

mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.

• O indicador deve ser analisado em função da faixa etária da população feminina.

• A análise do indicador em populações muito pequenas pode prejudicar sua

avaliação. No caso de municípios, Soares et al. (2001) explicam que quando a

população de determinado município for muito pequena, os resultados do

indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar

problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série

de anos ou grupo de municípios.

A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 5 de 5

Referências

• BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional

de Epidemiologia. Sistema de Informações Hospitalares. DATASUS.

Brasília, 2002d. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/

mrmap.htm. Acesso em set 2004.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer no Brasil:

Dados dos Registros de Base Populacional. V. III. 2003.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativas de

incidência e mortalidade de câncer no Brasil. 2003.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional

de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2006:

Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2005.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e

Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional

de Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de intestino, 2003. 36 pp.

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE.

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/popmap.htm. Brasil. Acesso em set 2004.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 2a edição. São

Paulo: Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para classificação de

Doenças em Português. EDUSP. 1997.

• ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs,

Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a Saúde -

Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

A.S_Taxa Intern Neoplsia Maligna Colo de Útero_03.07.doc Versao 2 Página 6 de 6

• SOARES, D A; ANDRADE S M; CAMPOS J J B. Epidemiologia e Indicadores de

Saúde. In: ANDRADE, S M; SOARES D A; CORDONI JUNIOR, L. Bases da

Saúde Coletiva. Londrina: Editora UEL, 2001.

A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 1 de 1

TAXA DE MAMOGRAFIA

Conceituação

Número de beneficiárias expostas na operadora na faixa etária de 50 a 69 anos,

que realizaram exames de mamografia no ano considerado.

Método de cálculo

Nº de mulheres expostas entre 50 a 69 anos que realizaram exames de mamografia

Nº de expostas de 50 a 69 anos

x 100

Definição de termos utilizados no indicador

Mamografia – exame radiológico para detecção de alterações do tecido

mamário, utilizado para rastreamento do câncer de mama.

Exposta – é definida como a beneficiária que tem o direito de usufruir a

assistência à saúde no procedimento em questão no período considerado.

Interpretação do indicador

• É um indicador de cobertura que estima a proporção de mulheres que

realizaram exame mamográfico na população beneficiária.

• O indicador permite avaliar indiretamente o alcance da mobilização da

população beneficiária em relação ao rastreamento da doença num

determinado período de tempo.

• Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização e captação da

população beneficiária para o rastreamento de câncer de mama ou

dificuldades de acesso ao serviço.

Usos

• Avaliar a cobertura deste procedimento para detecção do câncer de mama.

• Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando

tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de

estudos especiais.

A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 2 de 2

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

• A sensibilidade da mamografia para detecção do câncer de mama varia entre

46% e 88% e é dependente dos seguintes fatores: tamanho e localização da

lesão, densidade do tecido mamário, idade da paciente, qualidade do exame e

habilidade de interpretação do radiologista (MS, 2002)

• Mulheres de alto risco para câncer de mama são aquelas que:

- têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de

mama antes de 50 anos;

- têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã, ou filha) com câncer de

mama bilateral ou câncer de ovário;

- apresentam história familiar de câncer de mama masculina;

- apresentam lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia.

• Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem ser submetidas à

mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade (MS, 2004).

• Recomenda-se realizar uma mamografia, pelo menos a cada 2 anos, em

mulheres de 50 a 69 anos de idade (MS, 2004).

• Ensaios clínicos sugerem redução de 15% na mortalidade por câncer de

mama em mulheres de 50 a 69 anos, rastreada pela mamografia combinada

com exame clínico (MS, 2002).

• A faixa etária de 50 a 69 anos é definida como prioritária para programas

organizados de rastreamento populacional, para esse exame. A definição de

faixa etária de risco não impede a realização de mamografia fora da faixa

etária estabelecida pelo indicador.

Meta

Realização de exame mamográfico em 80% das mulheres na faixa etária de 50 a

69 anos.

A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 3 de 3

Pontuação

Os valores para pontuação estabelecidos para esse indicador foram obtidos a partir das diretrizes da Política Nacional de Controle de Câncer. Nível Pontuação Valores obtidos pela operadora

Nível 0 0

S/ Informação ou valor = 0

Nível 1 0,75 VALOR >0 e valor< 30%

Nível 2 1,5 valor >= 30% e valor < 60%

Nível 3 3 valor >= 60%

Ações esperadas para causar impacto no indicador

• Incentivar o exame mamográfico para rastreamento do câncer de mama em

mulheres de 50 a 69 anos e na população de risco elevado.

• Incentivar o exame clínico de mamas em todas as consultas ginecológicas,

pelo menos uma vez ao ano, em especial na população nas faixas etárias de

risco para a doença.

• Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de mama e sua

ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina dos fatores de

risco – história familiar, obesidade, fumo, exposição à radiação ionizante,

nuliparidade, etc. - garantindo às mulheres atendidas uma orientação

adequada quanto à forma de prevenção desta doença.

• Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de

prevenção e qualificação da assistência.

• Construir sistema de informações que permita a definição do perfil

epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da

população beneficiária.

• Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos

prestadores de serviço.

A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 4 de 4

• Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de

acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que

organizem o seu sistema de informação.

Limitações e vieses

• O número de expostas, no período sob análise, pode ser influenciado pelo

tempo de “exposição”, ou seja, do período de tempo que aquela beneficiária

tem o direito de usufruir aquele procedimento naquela operadora em questão,

considerando a possibilidade da influência de outros fatores sobre o tempo de

exposição.

• A utilização do número de expostas que realizaram o exame em lugar de

utilizar o número procedimentos como numerador no cálculo deste indicador

visa conferir maior fidedignidade ao resultado. Ou seja, é uma medida de

avaliação da freqüência relativa da população beneficiária que está realizando

o exame. Destarte, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento

de avaliação da qualidade da assistência prestada por uma determinada

operadora.

Referências

• ALBERTA MEDICAL ASSOCIATION – Canadian Guideline for The Early

Detection of Breast Cancer. Reviewed, 2002.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o

Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e

Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de

Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

• FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; SOCIEDADE

BRASILEIRA DE MASTOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA. Projeto Diretrizes. 2002.

• IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de

Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005.

A.S_Taxa Mamografia_22.05.doc Versao 2 Página 5 de 5

• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no

Brasil: conceitos e aplicações/Rede Interagencial de Informações para a

Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.