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ano 17 • edição 84 • janeiro 2014 www.abiea.org.br informações sobre rótutos e equetas Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas Consumo fortalecido pode colocar setor de rótulos e equetas nos trilhos CRESCIMENTO DO MERCADO NA EUROPA TENDE A SER CONSTANTE NÍVEA RENOVA VISUAL COM RÓTULO TRANSPARENTE

Consumo fortalecido pode colocar setor de rótulos e etiquetas nos

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ano 17 • edição 84 • janeiro 2014www.abiea.org.br

informações sobre rótutos e eti quetas

Associação Brasileira dasIndústrias de Etiquetas Adesivas

Consumofortalecido pode colocar setor de

rótulos e eti quetasnos trilhos

CRESCIMENTO DO MERCADO NA EUROPA TENDE A SER CONSTANTE

NÍVEA RENOVA VISUAL COM RÓTULO TRANSPARENTE

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Sumários

Expediente

CONSELHO DIRETIVO (2012-2014)Presidente - Francisco Sanches N. Neto - Adesão Etiquetas Ltda1º Vice - Sérgio Botteselli - Vision� ex Soluções Grá� cas2º Vice - Sérgio Mesquita - Makton Ind. de Auto Colantes Ltda3º Vice - Marcos Dybas - Delta Etiquetas Ltda4º Vice - Lázaro Gouveia - Impress Soluções1º Secretário - Gelson Tomita - Contiplan Ind. Grá� ca Ltda2º Secretário - Luiz Coube Tiliform Ltda1º Tesoureiro - Vanderlei Scalli - CCD Etiquetas2º Tesoureiro - Denis Piedade - DXD Com de Rótulos e Cosméticos Ltda DIRETORES SUPLENTES Paulo Andrade - Grafcola Etiquetas Adesivas LtdaJosé Carlos Drager - Multilabel do Brasil S/AAntonio Carlos Costa - Tyrex Mercantil e Industrial LtdaLuciano Bezerra - Aaron Ind de Rótulos e Etqs Adesivas S/AAlexandre Lodi - Maxcor Indústria de EtiquetasFernando Martins - Premium Flex Papéis LtdaLaércio Warmeling - Flexoprint Etiquetas LtdaLuiz Mayer - Etima Etiquetas LtdaDionisio Marianelli - Scribo Formulários Ltda CONSELHO FISCALEduardo Chéde - Art Print Color Adesivos LtdaCarlos Signei Souza - Projetik Brasil Ind e Comércio LtdaMarco Cabrini - Saint Paul Ind. e Comércio Ltda SUPLENTES CONSELHO FISCALDerli Krassuski - Master Print Auto ColantesRoberto Jaeger - Automação Rótulos e EtiquetasSandro Santos - Cromia Rótulos e Etiquetas Ltda

EDITORALiliam Benzi (Mtb 19.352) • [email protected]

REPORTAGEMRicardo Torres (Mtb 47.681) • [email protected]

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOAlessandro Ziegler • [email protected]

COMERCIAL/TRÁFEGO PUBLICITÁRIOViviane Rafacho • [email protected]

IMPRESSÃO/TIRAGEMGrá� ca Vox Editora Ltda. - 5.000 exemplares

A revista O AutoAdesivo é uma publicação bimestral da ABIEA(Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas). A reprodução de qualquer matéria depende da aprovação prévia da entidade.

Rua Maestro Cardim, 377 – 11.° andar – conjuntos 114São Paulo – SP – CEP 01323-000Fone/Fax (11) 3288-0508 / (11) 3284-7247e-mail: [email protected]: www.abiea.org.br

Revista O AutoAdesivo • Ano 17 Edição 84 • Janeiro de 2014

06 EntrevistaMárcia Demarco, do Grupo Boticário, comenta a importância dos cosméticos

10 Por Dentro da Abiea

12 JurídicoMedidas judiciais coletivas serão ferramenta da ABIEA para defender associados

14 Associado em FocoCom crescimento em 2013, Arconvert prepara investimentos para o ano

18 CapaDepois de passar o ano ajustando os ponteiros, setor quer funcionar como relógio em 2014

24 RegionalArmor Brasil faz 7 anos e consolida atividades locais

26 CaseO rótulo transparente que a Nívea escolheu para renovar a marca

28 InternacionalRetomada da economia deve fazer demanda europeia crescer

30 Vitrine

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Francisco Sanches NetoPresidente (biênio 2012/2014)

2014: um ano de recuperação

N ormalmente inicio esta seção com palavras de otimismo. Este primeiro editorial do ano não será diferente. Só me permito, antes de falar de mercado ou setor, fazer uma pequena homenagem a um grande homem e pro� ssional. Fábio Bra-

ga nos deixou abruptamente no � nal de 2013. O choque pela sua perda permanece vivo não apenas na memória dos familiares e amigos, mas em nossa indústria.

Ele certamente deixou um vácuo em sua empresa – a Braga – e no setor como um todo. Que � que registrado que Fábio estará sempre vivo em nossa memória e seu lega-do de disposição e empenho será honrado e servirá de lição não apenas em sua empre-sa, mas certamente na Associação que represento e, espero, no setor de modo geral.

E agora se me perguntarem: como será 2014 para o setor de rótulos e etiquetas autoadesivas? Arrisco dizer que será um ano bom, de oportunidades e recuperação. Como indicam os estudos internacionais, o Brasil permanece como um mercado de oportunidades para os produtores de rótulos, fornecedores de materiais e todas as empresas envolvidas no setor.

Somos um dos mercados com maior expansão no mundo e, por isso mesmo con-tinuamos atraindo os olhares internacionais. Em 2012, dos 4,8 bilhões de metros qua-drados de rótulos produzidos na América do Sul, 26% foram autoadesivos, sendo que o Brasil tem uma participação de 51% no mercado total de rótulos da região e 5% no mercado global. Esta participação representa cerca de 2,450 bilhões de metros qua-drados, um crescimento de 4% em relação a 2011. Os autoadesivos têm uma partici-pação de 31% nesse total.

E as previsões são ainda melhores: os especialistas estimam que entre 2012 e 2017 o crescimento do mercado de autoadesivos superará 6%. Os rótulos para impressão de informações variáveis prometem continuar sendo o carro-chefe de nossa indústria. Hoje eles já representam 11% dos autoadesivos usados no Brasil, consumindo 280 milhões de metros quadrados.

Por tudo isso, reforço: as perspectivas para nossa indústria são bastante animado-ras. E para brindar a chegada de 2014, a ABIEA espera continuar oferecendo para seus associados dados e tendências que sirvam de referência para nosso setor. Os números expostos neste Editorial são um começo; esperamos, com isso, ajudar a nortear os pas-sos das empresas e monitorar os avanços da cadeia de valor. A proposta é a mesma: manter a ABIEA como uma referência e uma fonte de inspiração para o desenvolvi-mento de nossa indústria.

Um ótimo 2014 para os associados, convertedores e amigos da indústria de au-toadesivos.

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Por Ricardo Torres

Cosméticos: a flexibilidade dos rótulos

EntrevistaEntrevistaeD

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ÃO Em março deste ano, o Grupo Boticário deu uma amostra contundente de valorização da área de P&D. A empresa inaugurou

seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), depois de um aporte de R$ 37 milhões. São mais de 8 mil m² de área construída.

Pensar em inovação é fundamental para uma empresa que controla as marcas O Boticário, Eudora, quem disse, berenice? e The Beauty Box. Marcia Demarco, coordenadora de Embalagens do núcleo de Cremes e Loções do Grupo Boticário, é uma das especialistas responsáveis por buscar novidades em decoração para os fracos. É neste contexto que ela se posiciona como uma apreciadora dos rótulos autoadesivos, que conferem flexibilidade ao fluxo produtivo, conforme ela explica nesta entrevista a seguir.

Cremes, loções e shampoos são as aplicações preferidas pela equipe coordenada por Marcia Demarco, no Grupo Boticário

Procuramos usar materiais conhecidos e de fácil reciclagem, com fornecedores que tenham essa filosofia sustentável dentro de sua empresa.

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Que importância os rótulos têm na operação do Gru-po Boticário atualmente?

Flexibilidade de estoque de frasco sem decoração, o que possibilita que o rótulo seja aplicado somente no mo-mento do envase de um determinado item.

Em que tipos de embalagens vocês preferem usar ró-tulos autoadesivos? Por quê?

Em embalagens de cremes, loções e shampoos. Ou seja, em produtos nos quais podemos utilizar máquinas para rotulagem automática após o envase, seja uma um frasco plano ou cilíndrico.

Quais os principais benefícios que o uso de rótulos autoadesivos gera aos produtos do Grupo Boticário?

Hoje em dia podemos ter uma abertura maior na cria-tividade de um layout, sabendo que poderá ser impresso em um rótulo e não somente direto no frasco, pois o mes-mo nos dá ampla opção de acabamentos.

Como se dá o processo de elaboração do rótulo den-tro da empresa?

Não temos uma área de criação dentro da empresa e sim várias agências de publicidade que são parceiras das nossas criações. Internamente, temos uma área de desig-ners que finaliza as artes recebidas das agências e um de-partamento de Desenvolvimento de Embalagens que dá toda assistência no que diz respeito ao tamanho do fras-co a ser rotulado, área de rotulagem, curvatura das faces, quantidade de cores desejadas etc.

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Loções com rótulos transparentes: em cosméticos, elegância na rotulagem é fundamental

EntrevistaEntrevistae

O Grupo Boticário é uma empresa com clara preocu-pação com a sustentabilidade. De que modo isso infl uen-cia na escolha de fornecedores de rótulos autoadesivos?

Procuramos usar materiais conhecidos e de fácil recicla-gem, com fornecedores que tenham essa fi losofi a sustentá-vel dentro de sua empresa.

Que casos você citaria de produtos do Grupo Boticário que sofreram impacto positivo do uso de rótulos, como au-mento de vendas, ganho de imagem etc?

Temos o caso das nossas Loções da Linha Cuide-se Bem (O Boticário) e da linha Afl orá (Eudora) onde pudemos explo-

rar melhor o layout. Isto não poderia ser feito se tivéssemos usados a impressão direta - serigrafi a - por exemplo.

O Grupo Boticário considera que é bem atendido pe-los fornecedores de rótulos autoadesivos brasileiros? Como a indústria pode aprimorar as soluções que oferece à empresa?

Sim, temos parceiros excelentes nesse ramo de atividade. Fornecedores exemplares em parceria, dedicação e aprendi-zado conjunto. Hoje como aprimoramento já fazemos anu-almente um workshop de inovações com esses parceiros, com o convite vindo deles ou partindo de nós.

Qual é o volume de rótulos consumidos anualmente pela empresa? Esse número cresceu ao longo dos últimos anos ou caiu? Quanto?

Sinceramente, esse é um número que oscila, principal-mente porque já compramos nossos frascos rotulados dos fornecedores de embalagens ou do terceiro que envasa al-guns de nossos produtos. Com certeza esse número vem crescendo a cada ano com o lançamento de produtos de uma mesma linha, por exemplo.

O Grupo Boticário é uma empresa com atuação inter-nacional. Os rótulos dos produtos exportados são todos impressos aqui ou também são produzidos no exterior? Por quê?

São todos impressos aqui. Mandamos o produto pron-to para nossos pontos de venda no exterior. É uma logística melhor para o grupo que controla internamente todos os textos a serem aplicados no produto em diversos idiomas.

O que o Grupo Boticário espera receber em termos de inovações em rótulos autoadesivos?

Estamos sempre querendo inovar. Ultimamente, nossos fornecedores têm trazido muitas ideias nessa área, como ró-tulos com decorações diferentes, acabamentos superfi ciais como relevos, brilhos, tintas que mudam de cor com a mu-dança de temperatura, fragrâncias na decoração etc. O gru-po sempre espera ter esse tipo de embalagem com deco-rações que impressionam, resistam ao ataque químico dos produtos e ao atrito gerado pelos diversos tipos de trans-portes devido aos vários canais de venda: loja física, web ou porta a porta.

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Por dentro da

Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas (ABIEA)

Rua Maestro Cardim, 377 - 11.º Andar - Cj. 114CEP 01323-000 – Paraíso – São Paulo (SP)

Telefax: (11) 3288-0508/3284-7247

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XVI Prêmio AutomaçãoO presidente da ABIEA, empresário Fran-

cisco Sanches Neto (Adesão), participou da cerimônia de entrega do XVI Prêmio Automa-ção, organizado pela GS1-Brasil. Também es-tiveram presentes na celebração, realizada no final de 2013 em São Paulo, o vice presidente da ABIEA, empresário Sérgio Botteselli (Visio-nflex), e a gerente executiva da entidade, Carla Araújo. O evento serviu para estreitar a parceria da ABIEA com a GS1-Brasil, que prevê a partici-pação em eventos de conteúdo sobre rastrea-bilidade e codificação e a troca permanente de informações sobre os dois mercados.

Campanha de conscientização do uso do papel imune A ABIEA apoia sua parceira, a Abigraf Nacional, que é uma das organizações que protagonizam a Campanha de

Conscientização do Papel Imune. A entidade anunciou que está revendo e atualizando a publicação Manual de Uso do Papel Imune, que reúne toda legislação, jurisprudência e súmulas sobre o assunto, consolidando um conteúdo que orienta não apenas os gráficos e demais componentes da cadeia do papel, como também a fiscalização.

Certificação sobre Objetivos do MilênioA ABIEA parabeniza a Baumgarten Gráfica pela

conquista da Certificação ODM 2013, emitida pelo MNPSC (Movimento Nós Podemos Santa Catarina), que reconhece a atuação da empresa em três frentes prin-cipais: transformação da realidade social; desenvolvi-mento do ser humano em sua plenitude; e melhoria da qualidade de vida, saúde e segurança no trabalho. Para concretizar esses objetivos, em 2012 a Baumgar-ten aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento do Milê-nio por meio do apoio e atuação no MNPSC.

Nota de falecimentoÉ com grande pesar que comunicamos o

falecimentos de Fabio Luiz Braga, ocorrido em 9 de dezembro de 2013. Fabio era diretor presidente da Braga Produtos Adesivos e ad-ministrava a empresa juntamente com seu pai, Sr Laércio Braga, fundador da mesma. Sendo reconhecido no mercado pela expe-riência e dedicação no ramo, Fabio, com 37 anos, deixa um grande legado pessoal e pro-fissional, marcados pelo carisma e atenção dispensados a cada colaborador, cliente, for-necedor e amigo.

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Consultoria jurídica na ABIEAO especialista jurídico do setor e

consultor da ABIEA, Marcelo Fonseca Boaventura, do escritório Fonseca & Boaventura, passa a atender aos asso-ciados, uma vez por mês, na sede da entidade. As reuniões devem ser pré-agendadas; as datas de atendimento serão comunicadas, eletronicamente, para todos os associados.

Para o presidente da ABIEA, Fran-cisco Sanches Neto, “este é mais um serviço para os associados que nasceu de uma necessidade latente do se-tor: suporte jurídico para lidar com as

questões do dia a dia de nossa indús-tria”. Ele explica ainda que o serviço sempre existiu via telefone ou e-mail. “Contudo, entendemos que o conta-to pessoal, em alguns casos, pode ser mais valioso e elucidativo”. Agenda-mentos pelo fone (11) 3288-0508 ou pelo e-mail [email protected].

Tyrex conquista Grandes Cases de EmbalagemUm parabéns especial ao associa-

do da ABIEA Tyrex pela conquista do Prêmio Grandes Cases de Embalagem com o rótulo Escargots, produzido para a Helix Escargots. O prêmio avalia os

benefícios da embalagem/rótulo para a indústria usuária, fornecedores, consu-midores fi nais e o meio ambiente, com base em redução de materiais, produ-tividade em linha, redução de custos, inovação, agregação de valor, design, impacto ambiental, desempenho no ponto de venda, conveniência.

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JurídicojPor Marcelo Fonseca Boaventura*

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ABIEA inicia projeto focado na busca dos direitos adormecidos de seus associados

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*Marcelo Fonseca Boaventura é mestre em Direito pela PUC/SP, conselheiro julgador do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo, professor

universitário, advogado sócio do Boaventura & Takata Advogados e consultor jurídico da ABIEA.

Nesse novo tempo de discus-sões coletivas, a Associação se prepara para iniciar medi-

das judiciais coletivas com o objetivo de defender os direitos adormecidos de seus associados. A propositura de ações judiciais coletivas, bem como sua participação em Ações Diretas de Inconstitucionalidade, são medidas que poderão beneficiar a todos.

A propositura de ação coletiva pela Associação tem várias vanta-gens, com destaque para evitar o custo financeiro e de tempo na pro-positura de centenas de ações de idêntica natureza por parte de cada um de seus Associados. Do mesmo modo, a ação coletiva não impede que os direitos sejam pleiteados indi-vidualmente por cada empresa asso-ciada. Contudo, exclui sua necessida-de, pois caso exista decisão favorável na ação coletiva proposta, todos se beneficiarão. Importante destacar que a referida ação não prejudica o direito de cada empresa, pois caso a decisão seja contrária não afetará o direito individual que poderá ser pleiteado em juízo.

Após vários estudos concluiu-se que a primeira ação coletiva a ser pro-posta em benefício dos associados da ABIEA refere-se à incidência indevida de INSS sobre verbas indenizatórias que acarreta onerosidade excessiva sobre as empresas do setor.

Segundo entendimento do Poder Judiciário as verbas previdenciárias somente incidem sobre as verbas salariais, excluindo-se sua incidên-cia sobre as verbas indenizatórias. Seriam excluídas da incidência das

verbas previdenciárias, o aviso prévio indenizado, o terço constitucional de férias, o pagamento feito pela em-presa nos primeiros quinze dias do auxílio-doença, dentre outras.

Apesar das decisões judiciais so-bre a não incidência das verbas pre-videnciárias sobre alguns títulos do salário do empregado, a previdência social não reconhece administrativa-mente essas decisões. As empresas, para se beneficiarem do entendi-mento do judiciário, necessitariam propor ações com o objetivo de im-pedir a incidência de referida verba, bem como restituir valores indevida-mente já quitados.

Para evitar dispêndio financeiro e de tempo decorrentes da propositu-ra de centenas de ações judiciais por seus associados, a ABIEA promoverá ação coletiva cujo resultado favorá-vel beneficiará todas as empresas associadas.

Outro serviço que será disponi-bilizado é o acompanhamento e a manifestação em Ações Diretas de Inconstitucionalidade que tramitam no Supremo Tribunal Federal. A As-sociação integrará referidas ações como amicuscuriae – do latim “ami-go da corte”. Espécie de intervenção em processos, onde uma entidade com profundo interesse em uma questão jurídica levada à discussão junto ao Poder Judiciário, intervém na qualidade de terceiro interessa-do na causa, para servir como fonte de conhecimento. A principal função do amicuscuriae é chamar a atenção da corte para fatos ou circunstâncias que poderiam não ser notados.

Neste aspecto, duas ações de extrema importância ao setor te-rão a participação da Associação. A Ação Direta de Inconstitucionalida-de 4413 onde se discute o conflito de competência para cobrança de tributo municipal (ISS) ou estadual (ICMS) no setor de rótulos e etique-tas. Referida ação foi proposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), visando pacificar o entendi-mento de qual tributo o setor deve recolher: ISS ou ICMS.

A Associação também participará da Ação Direta de Inconstitucionali-dade que tramita junto ao STF para excluir a multa de 10% do FGTS, paga pelas empresas. Referida contribui-ção foi criada em 2001 com a finalida-de única de reequilibrar as contas do FGTS, ameaçadas por um rombo esti-mado em R$ 42 bilhões.Na ação ajui-zada no STF, a CNI defende o fim da cobrança da multa uma vez que seu objetivo original já fora cumprido.

Assim, nesse ano que se inicia um novo tempo começa nos serviços ju-rídicos da ABIEA. Seus associados se-rão beneficiados não apenas de for-ma individual com solução de seus problemas, mas também de forma coletiva, com a busca de eventuais direitos adormecidos.

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Associado em FocoaPor Ricardo Torres

Na crista da ondaArconvert fecha 2013 com crescimento de 20% em vendas e já prepara investimento milionário para 2014

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Talzi, da Arconvert, acredita que a empresa já chegou ao Brasil com perfi l de classe mundial

A história da Arconvert começa na fusão de operações entre o grupo brasileiro Gafor e o italia-

no Fedrigoni, que atua no mercado de papeis desde 1717. É no Brasil, porém, que a empresa registra um dos mel-hores desempenhos entre os grandes fornecedores de autoadesivos. Criada em novembro de 2009 já para ser uma líder global, a subsidiária brasileira con-seguiu alcançar resultados expressivos em 2013, no momento em que isso não é tão comum no segmento (Veja matéria de Capa).

“Tivemos um 2013 repleto de con-quistas”, conta Roque Fernando Talzi, gerente Comercial da Arconvert. “Um crescimento acima de 20%, num merca-do que passou por severos ajustes, pare-ce-nos um resultado bastante positivo e

atende àquilo que havíamos planejado para este ano.” O executivo sabe que o bom desempenho em um ano como 2013 gera altas expectativas para 2014, que será marcado por grandes eventos – e grandes demandas advindas deles. “Isso nos traz a responsabilidade de ter-mos um 2014 ainda melhor”, diz.

A empresa prepara o terreno para um incremento importante na deman-da por autoadesivos, confi ando no potencial de expansão do setor. Para 2014, programou um investimento de R$ 6 milhões. “Vamos investir em tec-nologia de processos e equipamentos para o desenvolvimento de novas so-luções em fi lmes autoadesivos. Com certeza, em 2014, estaremos em um outro patamar também neste nicho de mercado”, conta Talzi.

O aporte vai modernizar a já recente unidade fabril da empresa, instalada em Jundiaí (SP) em uma área de 35 mil m². O espaço permite que a Arconvert do-bre a capacidade operacional atual de 120.000.000 m² de papéis e fi lmes auto-adesivos em folhas ou bobinas. “Temos uma estrutura dimensionada para con-ciliar o atendimento aos mais elevados graus de exigência operacional com os mais modernos critérios de competitivi-dade, com um time de 83 pessoas foca-

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Esta empresa apoia a

das 100% em atender às demandas do mercado”, explica Talzi. Toda a produção é certificada com ISO 9001 e FSC (Forest Stewardship Council).

É um padrão internacional, descri-to por Talzi, como próprio de empre-sas “World Class Company” (de classe mundial). Não à toa, a empresa se pre-parou como um player internacional. O comércio exterior está entre seus trunfos. A Arconvert está presente na Europa e em mais de 50 países em cin-co continentes. “Esta cobertura global assegura a qualidade de nossos produ-tos e serviços, além de ser uma fonte inesgotável de ideias e oportunidades

para o desenvolvimento de novas solu-ções para nossos clientes.”

A empresa ocupa hoje, segundo o executivo, uma posição intermediária entre os dois principais players dos mer-cados brasileiro e sul-americano no seg-mento de autoadesivos. “Desde 2009, a Arconvert vem, de maneira consistente, aportando capital e tecnologia no mer-cado brasileiro”, relata o gerente comer-cial. O “know-how europeu” serve como uma luva para introduzir novos produ-tos e tecnologias no mercado brasileiro. Além disso, a localização da planta bra-sileira também favorece a produção e a exportação para o mercado sul-ameri-

cano. “Trata-se de uma importante pla-taforma produtiva e logística para este mercado. Neste sentido, temos uma forte atuação no segmento de folhas e produtos para rótulos de vinhos, além é claro de todos os demais produtos de nosso portfólio.”

A oferta inclui autoadesivos nos formatos de folhas e rolos para diver-sas aplicações, destinados a rótulos e etiquetas de embalagens de produtos farmacêuticos, químicos, cosméticos, de higiene, bebidas, alimentícios, in-dústria em geral, entre outros. Os rolos possuem cortes nas dimensões deman-dadas pelos clientes, seguindo conjuga-

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Associado em Focoa

ções como 1.000 mm ou 1.500 mm de largura. Os produtos são distribuídos em paletes envolvidos com fi lme ou em barricas identifi cadas. As folhas – vendi-das no formato padrão de 66 x 96 cm e 70 x 100 cm ou em formatos especiais – são embaladas com um fi lme e acon-dicionadas em caixas de papel cartão e, segundo a empresa, podem também ser fornecidas em “skids” paletizados, envolvidos por fi lme.

História, presente e futuroOs crescimentos anuais da Arconvert,

desde a instalação da fábrica em novem-bro de 2009, são relevantes. “Têm sido da ordem de dois dígitos”, diz Talzi. A empresa espera fechar 2013 acima dos 23%. “Para 2014, temos como objetivo manter a nos-sa taxa de crescimento em patamares ain-da bastante elevados, pois viemos para o Brasil para sermos um dos dois mais im-portantes fornecedores deste mercado e isso só ocorrerá se continuarmos focados e crescendo com qualidade, de forma contínua e sólida”, opina o executivo.

O ano de 2013 é considerado pela Arconvert como um período de ajus-tes, que contrasta com as perspectivas favoráveis para um ano de Copa do Mundo no Brasil e eleições gerais. “Esta-mos num momento de transição entre um 2013 de muitos ajustes e um 2014 que, por conta de uma série de eventos que acontecerão, traz muitas expectati-vas favoráveis. Contudo, sabemos que todo este potencial somente poderá ser aproveitado por empresas que tenham 100% do seu foco em ouvir, compreen-der e propor soluções adequadas a um mercado cada vez mais exigente.”

A Arconvert no Brasil é fruto do tra-balho conjunto de dois importantes grupos empresariais: o brasileiro Gafor e o italiano Fedrigoni. A Gafor atua em diversos setores com uma história de mais de 60 anos de sucesso. A Fedrigoni é um grupo italiano que atua no mer-cado de papeis desde 1717, e seu prin-cipal negócio está no setor de papeis especiais, de segurança e papéis de alto valor agregado.

No início dos anos 90, a Fedrigoni criou sua divisão de conversão de pa-péis em autoadesivos, a Arconvert. Após quatro anos, a Fedrigoni completou a aquisição da Manter, entre os maiores produtores mundiais de materiais para o segmento de enológicos (vinhos e bebidas em geral).“Este know-how tor-nou a unidade brasileira da Arconvert, inaugurada em Novembro de 2009, um player que adentrou o mercado brasi-leiro de forma madura e relevante, ofe-recendo produtos e serviços de padrão internacional”, diz Talzi.

Desde então, a Arconvert tem certe-za de que obteve êxito e renova a dis-posição para ganhar uma fatia maior de mercado. “Continuamos com o mesmo ímpeto dos primeiros dias, a luta inces-sante para obtermos a fatia do mercado que entendemos sermos merecedores e sabemos que somente com muito empenho, seriedade e principalmente estando ao lado do nosso cliente, é que conseguiremos atingir este objetivo”, conclui o executivo.

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Capac

Acertando a máquinaEmpresas tiram 2013 para se ajustar, mas ambiente de consumo de rótulos e etiquetas ainda fortalecido pode recolocar setor nos trilhos

Na boca pequena e na boca gran-de, na rádio peão ou na rádio patrão. Seja qual foi o caminho,

a mensagem foi a mesma: 2013 foi um ano de ajustes. Do chão de fábrica à ge-rência, os convertedores transformaram este ano que passou em um período de 365 dias de “acerto de máquina”. E isso foi fundamental, na medida em que o crescimento industrial como um todo teve desempenho muito aquém de suas possibilidades.

No momento de fechamento desta revista, os analistas entravam em cena para traçar prognósticos pessimistas para o fechamento do ano e já para 2014. A pesquisa Focus, do Banco Central, re-úne a avaliação dos principais econo-mistas do mercado fi nanceiro, que dão suas previsões sobre o comportamento da economia. A última versão, de 23 de dezembro de 2013, dava conta de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerraria o ano com 2,30%, mas com viés de baixa para 2014: os analistas es-peram um crescimento de 2% para o ano que vem.

Outra perspectiva que pode afetar o ânimo do setor é a previsão de infl ação. O boletim Focus estimou que, nos pró-

Por Ricardo Torres

ximos 12 meses, a infl ação deverá ser de 6,05%. A alta deve forçar a manutenção da política monetária do governo federal, com viés de alta na taxa básica de juros. Os dois fatores, acrescidos de um real mais fraco, encarecem o preço de matérias-primas e tornam os fi nanciamentos mais pesados para o bolso das empresas.

Diante de um cenário como esses, é compreensível desanimar e esperar que a gestão compense as difi culdades. “Existe sim o componente da gestão do empresário, mas penso que o momento delicado se deva mais a fatores macro-econômicos e ao momento que o País como um todo atravessa”, diz Ricardo Ribeiro, da Asterisco Consultoria. “Isso não se limita ao mercado gráfi co mas às empresas em geral. O Brasil não é um país que prima por produtividade e investimentos. Em todas as cadeias.” De fato, todas as cadeias são afetadas, mas o mercado gráfi co se ressente mais que outros setores por fatores que extrapo-lam a macroeconomia e políticas de Es-tado. O setor editorial, principalmente, sofre com concorrência de importados e outras mídias. Tal dinâmica colaborou para que o desempenho do segmento no terceiro trimestre fosse um recuo de

5,4% em relação ao período anterior, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfi ca. É o oitavo trimestre consecutivo de resultado negativo na comparação destes intervalos.

A saturação do mercado é evidente, conforme avalia o novo diretor comercial para os negócios Colacril (Laminação), RR Etiquetas (Conversão), Identify Brasil (RFID) e bobinas de PDV da CCRR Parti-cipações, Dirceu Varejão. O executivo já passou pela Vitopel, HB Fuller, Votocel (Grupo Votorantim) e Fitesa (Grupo Pe-tropar). Ou seja, já esteve do “lado de lá”, como fornecedor, e agora enxerga o seg-mento sob o prisma da conversão. “Esta-mos vivendo um momento onde a capa-cidade instalada chega a ser duas vezes maior que a demanda. Isto caracteriza ociosidade e consequente foco em volu-me”, explica. Na visão dele, este caminho levará a uma piora das margens.

Outro fator adverso é a falta de ra-cionalidade nas variações de preços das matérias-primas. “Estes picos e va-les atrapalham o setor, que na grande maioria das vezes não possui poder de reação na mesma velocidade. Ainda temos muitas distorções de preços no mercado local vs importados. Isto não

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faz sentido”, relata Varejão. “Nenhuma empresa gosta de importar os seus principais insumos, mas quando esta diferença pode comprometer o negó-cio não resta outra saída”, avalia.

Empresas internacionais com forte atuação no segmento, como a Avery Dennison, conhecem o cenário. Ronaldo Mello, vice-presidente da empresa para a América do Sul, também enxerga mui-ta concorrência em alguns segmentos. “Tem muito mercado disponível, mas os convertedores precisam trabalhar de maneira integrada para o mercado cres-cer. Alguns mercados estão saturados, precisa-se abrir outros”, avalia. Ele dá o exemplo do que ocorreu recentemente na Rússia. “No ano passado, todo o mer-cado de vodca na Rússia migrou para au-toadesivo. Quando acontece isso, você cria mercado. Tem segmentos no merca-do brasileiro que têm muito para crescer, sem que haja tanta briga por preço.”

Os especialistas avaliam que o setor se preparou, por meio da aquisição de máquinas e equipamentos de ponta, para um crescimento que não veio. “O modelo baseado no consumo domésti-co, que manteve a economia aquecida após a crise global de 2008, não mais se reflete desde então. Isso tem impactos significativos em todos os segmentos”, avalia Ribeiro, da Asterisco.

Isso gera um certo clima de apre-ensão sobre o futuro do segmento, como captou o próprio Ribeiro com seus clientes. “Algumas empresas estão investindo, outras diminuindo o ritmo. Na média, o mercado acaba tendo um crescimento pequeno ou fica estag-nado”, analisa. O “derrame “ recente de novas máquinas e equipamentos, como caracteriza o especialista, pode ter con-tribuído ainda para uma certa ociosida-de que faz com que as margens dimi-nuam. “Também há uma sobre oferta

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Dirceu Varejão, novo diretor comercial para o setor dentro da CCRR, acredita que a capacidade instalada atual chega a ser duas vezes maior que a demanda

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Ronaldo Mello, da Avery: convertedores precisam trabalhar de maneira integrada para o mercado crescer

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Um especialista do setor fez o diagnóstico da atividade em 2013 e suas perspectivas para 2014. Boa parte realmente se com-prova no dia a dia das empresas, como se nota pelos tópicos abai-xo, mas é preciso esclarecer algo: o autor do diagnóstico é Harve-er Sahni, diretor da Weldon Celloplast, e ele se refere ao mercado indiano. Diferentemente do que os brasileiros poderiam supor, o que acontece lá em Nova Déli bem poderia ser o que os empre-sários nacionais enfrentam aqui todos os dias. Veja alguns pontos do seu artigo, publicado originalmente em seu blog http://harve-ersahni.blogspot.in/ e se surpreenda com as similaridades.

2013• Os rótulos sleeve, ou manga, continuaram a tomar um espaço sig-nifi cativo do mercado de rotulagem;• Com a impressão comercial enfrentando difi culdades por conta do impacto da internet e publicações eletrônicas, impressores off set estão entrando em etiquetas e embalagens, criando mais competição;• As preocupações ambientais realçaram o impacto adverso do des-carte de liner e resíduos de autoadesivo foram parar em aterros sani-

Brasíndia tários. Alternativas, como o linerless, estão se tornando evidentes;• As taxas de crescimento, embora ainda positivas, diminuíram;• Os preços de matéria-prima cresceram enquanto as vendas não vi-ram nenhuma melhora;

2014• Os convertedores começam a entender a necessidade de expandir o alcance do seu portfólio com investimento em maquinário versátil, além de ter uma base de clientes mais ampla;• Os convertedores já começaram a considerar equipamentos de alto padrão, com menor geração de resíduos, produção mais rápida para economia de escala e funcionalidades que deem mais inovação;• Embora tenham sido negligenciadas, as alternativas amigáveis ao meio ambiente estão sendo olhadas com seriedade. A tendência continuará em 2014.• A sensação geral no país é que a economia vai voltar a crescer de-pois das eleições gerais;• Não vejo nenhuma redução de preços de matérias-primas em 2014 e nem uma escalada de preços de vendas. Os convertedores terão apertar os cintos, aumentar a produtividade, reduzir desperdício e, acima de tudo, de inovar!

de materiais, nacionais ou importados, novamente trazendo a curva para uma ‘guerra de preços’, que prejudica o se-tor como um todo.” Ao mesmo tempo, outros players desembarcaram no seg-mento e se depararam com um cenário congestionado. “Penso que o mercado gráfi co em geral se assemelha muito ao que chama-se em economia de mer-cado de concorrência perfeita (muitos compradores e muitos vendedores, produto homogêneo, sem barreiras de entrada nem de saída, completo acesso à informação), o que faz com que hajam novos entrantes vindos de outros seg-mentos (bobinas térmicas, formulário contínuo, embalagens de papel cartão etc)”, descreve Ribeiro. “A concorrência aumenta mas o mercado não cresce na mesma proporção”, completa.

O comportamento acima não é ex-clusivo do segmento, como explica Dir-ceu Varejão. “Investimentos em capa-cidade sem um real entendimento do comportamento da demanda têm sido

críticos neste e em diversos setores da nossa economia”, diz. “As margens caí-ram em razão do não crescimento pre-visto dos últimos 4 anos e os custos têm crescido, assim como a carga tributária cresce tirando parte da competitivida-de do setor.”

Outro ponto crítico continua a ser a disponibilidade de mão de obra. É comum ouvir como diagnóstico de empresários do setor que existe uma carência crônica. Mas há quem vá além: falta “tutano” no País. “Não creio em ca-rência de mão de obra específi ca do se-tor gráfi co. O Brasil como um todo tem carência de mão de obra. Mas eu usaria o termo ‘cérebro de obra’”, diz Ribeiro. “Faltam profi ssionais capacitados, cria-tivos, empenhados em fazer diferente, em ser melhor, em elevar a produtivi-dade. Repito, no Brasil, não no mercado gráfi co apenas.”

Embora não seja exclusividade do setor gráfi co, a falta de “cérebro de obra” se evidencia em setores com alta

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gens é o único que vai muito bem”. E não só aqui no Brasil. Dados auditados pela consultoria Mintel e divulgados pela Associação Brasileira das Embala-gens (ABRE) mostram que entre janeiro e o início de dezembro de 2013 foram lançadas 304.755 embalagens no mun-do. Enquanto o Brasil é o oitavo player mais importante em lançamentos de embalagens, com 12.599, os Estados Unidos lideram o ranking.

Voltando ao Brasil, a categoria de maquiagens teve o maior número de lançamentos de produtos no período. Produtos para cabelo, padaria, molhos e temperos, laticínios, produtos para pele,

demanda técnica, como avalia Varejão. “Quanto mais técnico for o segmento mais crítico [o problema de mão de obra] se torna. O setor de autoadesivos é téc-nico e requer profi ssionais qualifi cados para fazer a diferença. O impacto no custo do produto fi nal é baixo, mas se o autoadesivo não for indicado correta-mente pode proporcionar grandes pre-juízos à indústria. O setor deve se mobi-lizar para evitar este apagão”, constata.

Os caminhosHá luz no fi m do túnel, porém. Se-

gundo o próprio Fabio Mortara, presi-dente da Abigraf, “o setor de embala-

snacks, chocolates, sabonetes e produ-tos para banho, e sobremesas e sorve-tes. Com poucas exceções, são todos produtos de consumo que demandam importante quantidade de rótulos e eti-quetas autoadesivas (Leia mais sobre a importância dos cosméticos no segmen-to na seção Entrevista desta edição).

Ronaldo Mello se diz “otimista por natureza”, mas os negócios da Avery mostram que as categorias acima – com lançamentos a todo o vapor – são bons indicativos de um cenário melhor em 2014. “Os segmentos com os quais tra-balhamos, como shampoo, desodoran-te, produtos alimentícios e informação

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Capac

variável, só crescem. Quanto mais se vende pela internet e mais se compra pelo computador, mais há embalagens que necessitam de decoração e infor-mações variáveis”, diz. E ainda há muito por crescer, avalia o especialista. “São muitos os segmentos que ainda não têm autoadesivos e ainda podem ter: água mineral, bebidas em geral (vodka, pinga, licores), potes de condimentos, vidro etc. Ainda se vê muito papel com cola, enquanto lá fora é quase tudo au-toadesivo”. A Avery mantém as estima-tivas de que, no Brasil, consome-se em torno de 2 m² de autoadesivo per capi-ta/ano, enquanto em países de consu-

mo maduro, como os Estados Unidos e parte da Europa, esse número varia en-tre 10 m² e 12 m² per capita/ano.

Apesar da disparidade, existem muitas semelhanças entre os mercados, segundo ele. “Minha leitura não é diferente do que aconteceu em regiões de consumo mais maduro. Tem alguns paradigmas que va-mos conseguindo mostrar aos poucos, mas a questão custo ainda é importante”, diz. O ponto crucial aqui é a decisão de investimento dos clientes no autoadesi-vo: “quem muda de papel com cola para autoadesivo tem que entender que muda o produto e isso tem um custo, que aqui nós chamamos de custo total aplicado”.

É certo que a crise econômica, da qual o mundo ainda se recupera, ini-be um pouco esses investimentos. “O dinheiro é curto, o crédito é pequeno. Não é um período em que as empresas estão dispostas a fazer grandes investi-mentos”, avalia Mello. “Ainda assim, acho que vai acabar acontecendo aqui o que já aconteceu na Europa e nos Estados Unidos. Não tenho dúvida disso.”

São muitos os caminhos para o Brasil chegar lá. Dirceu Varejão aponta alguns: “É preciso ter cautela e foco em serviços, diferenciação de produtos e desenvol-ver aplicações com maior valor agrega-do”, avalia, ressalvando que isto só será

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possível se houver inteligência de mer-cado muito apurada e foco. “Este setor investiu e investe em muita tecnologia com equipamentos de última geração, o que se traduz em competitividade, mas é preciso ter uma política de precifica-ção adequada e atrelada à variação dos custos das principais matérias-primas.”

Apesar dos percalços, Varejão consi-dera que o setor não passa por um mau momento. “Acho que é um bom momen-to, principalmente porque o mercado de produto final é um mercado crescente, que vai exigir inovação e novas tecnolo-gias no mercado. O aumento da formali-zação do setor via NFe chegando ao con-

sumidor deve ajudar a ajustar a base de competição e, assim, melhorar o setor.”

O executivo também vê na consoli-dação de empresas uma possibilidade de parte do segmento “ajustar sua máquina”. “A consolidação é importante no momen-to em que escala de produção é relevante para diluir gastos e também maior poder de negociação junto aos grandes forne-cedores que já fizeram a lição de casa da consolidação”, observa Varejão. “Acredito que este movimento deve ser cada vez mais intenso nos próximo anos, mas con-solidar apenas não resolverá”. Segundo ele, é preciso fazer este movimento com empresas que tenham sinergia operacio-

nal e capacidade de desenvolvimento de produtos com tecnologia.

De acordo com Ribeiro, da Asterisco, a consolidação pode ajudar o setor, mas está demorando a acontecer. “As fusões e aquisições mudam o panorama da indústria. Tanto na oferta de matéria-prima como na demanda e nos usuá-rios finais, o convertedor está cada vez mais ‘ensanduichado’ entre empresas gigantes, perdendo poder de compra e de venda, sendo espremido nesse pro-cesso. Sem empresas fortes no meio, a cadeia toda se prejudica”, avalia. 2014 pode ser o ano de fortalecer o recheio, para não desmantelar o sanduíche.

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Por Liliam Benzi

Líder mundial em transferência térmica se consolida no Brasil

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A Armor destaca-se globalmente pelo fornecimento de consumíveis de impressão, inclusive sem solvente

C om sede na França e operações na Europa, Américas e Ásia Pa-cífi co, a Armor chegou ao Bra-

sil em 2007 e se consolidou, em 2013, com a inauguração de uma planta em Manaus (AM), suportada pelo escritório de vendas em São Paulo. A nova fábri-ca, com 3 mil m² de área construída, ampliou a capacidade de produção da empresa no Brasil. “Ela conta com uma estrutura moderna e efi ciente, baseada nos conceitos atuais de produção enxu-ta (lean manufacturing) e de consumo consciente de recursos, como energia elétrica. Um exemplo é a iluminação 100% em LED”, explica Marc Flo, gerente Nacional de Vendas da Armor Brasil.

A proposta, como explica o executi-vo, é trazer para o mercado local inova-ção em ribbons de transferência térmi-ca, implementando a política global da empresa de trabalhar exclusivamente

pelo canal de distribuição. “Como não vendemos diretamente para o usuá-rio fi nal, procuramos sempre construir parcerias de longo prazo com nossas revendas”, completa.

O sistema de transferência térmica é hoje bastante difundido na impres-são de códigos de barras, logotipos, datas de validade e número de lotes em etiquetas ou diretamente em em-balagens fl exíveis. “A diferença de nos-sos produtos é que a inovação está no DNA da empresa”, explica Flo.

A Armor investe, anualmente, 4% de sua receita em Pesquisa & Desen-volvimento com o objetivo de anteci-par-se às necessidades do mercado. “E a inovação não se limita ao produto. Oferecemos para nossos clientes uma equipe especializada de engenheiros que busca otimizar ao máximo as apli-cações a fi m de garantir qualidade e

produtividade ao sistema de impres-são.” Nos últimos 20 anos, a empresa investiu cerca de €120 milhões em ampliações e tecnologias de produ-ção. Recentemente foram gastos €12 milhões na aquisição de uma máqui-na de alta performance para o revesti-mento de ribbons. “Este comprometi-mento com a qualidade de produtos e serviços garantiu à Armor importantes certifi cações de qualidade, segurança e meio ambiente: ISO 9001 (qualida-de); OHSAS 18001 (saúde e seguran-ça); ISO 14001 (meio ambiente) e ISO 50001 (energia).” Na unidade Brasil, a certifi cação pela norma ISO 9001 já é uma realidade.

Por um processo mais “verde” A Armor também entende que o

desenvolvimento sustentável seja parte de seu papel no mercado. A em-

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presa já utiliza o processo SolFree®, o primeiro que não utiliza solvente na produção de ribbons de transferência térmica.

Segundo Marc Flo, trata-se de uma tecnologia revolucionária que garan-te um atributo extra aos usuários do produto: o SolFree® reduz a pegada de carbono das empresas. “Uma bobina de AWR470 SolFree® emite 365 gramas menos CO2 que uma bobina produzida com cera a partir de processos conven-cionais. Isto tendo por base um ribbon de dimensão média.”

Flo explica que a empresa está comprometida agora em aplicar o processo SolFree® a outros ribbons do portifólio, começando pelos líderes de venda. “Deste modo, maximiza-remos o número de bobinas, contri-buindo para a conservação do meio ambiente”, pondera.

Ainda como parte da proposta de participar e contribuir para o desen-volvimento sustentável, a Armor apoia o Global Compact (pacto da ONU que convida as empresas a adotar, apoiar e aplicar normas laborais e ambientais e o combate à corrupção);

Responsible Care (iniciativa da in-dústria química para melhoria con-tínua do desempenho nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente); e Decaplan (plano de ação interno para melhorar as condições sociais e de tra-balho e/ou a proteção ambiental).

A Armor oferece ao mercado bra-sileiro uma gama completa de rib-bons composta por produtos à base de cera (linhas AWR® e AWX®), cera/resina (linhas APR® e APX®) e resina (li-nha AXR®). “Todos os produtos contam com certificações para o contato com alimentos, análise de metais pesados,

resistência à água e isenção de subs-tâncias químicas nocivas”, completa o executivo.

Os clientes Armor contam ainda com uma ferramenta on-line, o 2go2. Trata-se de um banco de dados que contém informações sobre o relaciona-mento da empresa com a Armor, desde preços, condições e serviços, passando pelas estatísticas de compras mensais, auxiliares de venda e certificações. Ou-tra importante ferramenta multimídia da empresa é o site - www.armor-tt.com - disponível em Português.

Toda esta atenção dedicada ao Bra-sil e região tem uma justificativa: as expectativas de crescimento global da Armor para os próximos anos passam pela expansão em mercados emergen-tes como o Brasil. “Portanto, estamos investindo de forma pesada nestes mercados”, reforça Flo.

A nova planta brasileira tem uma área construída de 3 mil m² em Manaus (AM)

Marc Flo, executivo da Armor no Brasil, considera o mercado estratégico para a operação global

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Por Liliam Benzi

Nívea adota rótulo transparente para renovar a marca

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O material do rótulo precisava acompanhar a modernidade e exclusividade do novo formato da embalagem

Um dos segmentos mais competitivos no PDV é, sem dúvida, o de produtos de higiene e cui-dados pessoais. As marcas que atuam nesta

categoria precisam se reinventar permanentemente e criar visuais que garantam a batalha na gôndola, atraindo o consumidor nos poucos segundos da de-cisão de compra.

Como estratégia para manter-se competitiva e na liderança, a tradicional marca Nívea, da alemã Beier-sdorf AG, renova suas embalagens regularmente, es-pecialmente as de produtos para o cuidado da pele. Uma das mais recentes mudanças foi feita no forma-to da embalagem – um frasco exclusivo – decorado com um rótulo no label look. O objetivo era atualizar a linha Nívea Leite para o Corpo a partir de uma em-balagem única.

O material de rótulo escolhido foi o Global MDO, da Avery Dennison, indicado para rotular embala-gens semi flexíveis (semi squeezable) ou flexíveis

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Nívea adota rótulo transparente para renovar a marca

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O material do rótulo precisava acompanhar a modernidade e exclusividade do novo formato da embalagem

Um dos segmentos mais competitivos no PDV é, sem dúvida, o de produtos de higiene e cui-dados pessoais. As marcas que atuam nesta

categoria precisam se reinventar permanentemente e criar visuais que garantam a batalha na gôndola, atraindo o consumidor nos poucos segundos da de-cisão de compra.

Como estratégia para manter-se competitiva e na liderança, a tradicional marca Nívea, da alemã Beier-sdorf AG, renova suas embalagens regularmente, es-pecialmente as de produtos para o cuidado da pele. Uma das mais recentes mudanças foi feita no forma-to da embalagem – um frasco exclusivo – decorado com um rótulo no label looka linha Nívea Leite para o Corpo a partir de uma em-balagem única.

O material de rótulo escolhido foi o Global MDO, da Avery Dennison, indicado para rotular embala-gens semi flexíveis (semi squeezable) ou flexíveis

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Se você, convertedor ou fornecedor de matéria-prima, tem um case de sucesso para contar para o mercado, envie sua sugestão para a redação

da Revista O AutoAdesivo pelo e-mail [email protected],

aos cuidados de Liliam Benzi. Avaliaremos a adequação à

publicação e pautaremos o case para as próximas edições.

material e o tempo de parada de máquina. A redução significativa do sangramento do adesivo (em até 70%) impacta na redução da neces-sidade de limpeza da linha. Contu-do, essa redução não compromete sua adesão, cura e transparência, grandes atributos dos rótulos auto-adesivos em comparação a outros materiais do mercado. Esta redução elimina ainda a necessidade de pro-cessos de limpeza auxiliares, que utilizam sprays de silicone caros ou outros materiais de limpeza que po-dem comprometer o desempenho do adesivo e prejudicar o processo de impressão.

Fabiana Wu lembra ainda que o visual no label look abriu novas possibilidades para a marca Nívea explorar o shape diferenciado da embalagem e criou oportunidades para maximizar o impacto das cores e curvas do novo projeto.

(squeezable) por garantir a confor-mabilidade necessária. Como expli-ca Fabiana Wu, gerente de Novos Negócios para o segmento de Hi-giene Pessoal e Limpeza da empre-sa, até então estas embalagens só contavam com rótulos de BOPP (po-lipropileno biorientado), um filme mais rígido, ou de PE (polietileno), um material com um custo unitário mais elevado.

O novo material atende a outra preocupação do cliente: uma emba-lagem com características ambien-talmente positivas. Estudos mostram que o Global MDO gera 40% menos resíduos sólidos e necessita de 37% menos energia para ser fabricado em relação ao polietileno metalizado. Também é possível aumentar a efici-ência operacional devido à redução do tempo ocioso, das trocas e dos es-toques. O material é ainda bem mais fino que um filme de PE convencio-nal – 50 micra contra 85 micra - e sua pegada de carbono é menor, por uti-lizar menos matéria-prima e permitir mais rótulos por bobina.

Para fechar o ciclo da eficiência e da durabilidade da marca – o rótulo se mantém intacto durante o uso do produto, mesmo em ambientes úmi-dos – a solução de rotulagem contou ainda com o uso do adesivo de alta performance S7000 e do liner PET de 23 micra, que garantem excelente transparência e alta produtividade na conversão e no dispensamento do rótulo (propriedades de release equilibradas). O rotulo garante ain-da um posicionamento Premium a produtos e marcas destinados ao mercado de massa.

Além de oferecer maior produ-tividade de conversão e rotulagem, o adesivo S7000 reduz as perdas de

Loja Nivea Haus em Hamburgo: marca é uma das que mais investe

em tecnologia de rotulagem

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Europa deverá manter ritmo de crescimento em 2014A região tende a registrar alta no consumo de autoadesivos em ritmo mais modesto, mas constante

C onsiderado um mercado maduro para os rótulos autoadesivos, a Europa con-tinua a mostrar sinais de crescimento.

Em 2012, de acordo com dados divulgados pela Finat, associação local, foram consumidos 5,78 bilhões de metros quadrados de material. “Passada a crise de 2009, época na qual regis-tramos perdas superiores a 10%, tivemos um pico de crescimento em 2010 – alta de mais de 20% - e entre 2012 e 2013 um crescimento próximo de 4%”, analisa Kurt Walker, presiden-te da entidade europeia.

Por Liliam BenziInternacional

lPapel em bobina lNão papel em bobina pTotal

25%

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Demanda de autoadesivo, a longo prazo, ano a ano

nPapel em bobina nNão papel em bobina nPapel em folha nNão papel em folha

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1996 97 98 99 2000 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 2012

X milh

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Demanda de rótulos na Europa – 1996 a 2012Consumo total 2012 5,78 bilhões de m2

-10%

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2004q1 04q3 05q1 05q3 06q1 06q3 07q1 07q3 08q1 08q3 09q1 09q3 10q1 10q3 11q1 11q3 12q1 12q3 13q1 13q3

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AÇÃO

de 1,7%, computadas a queda no Rei-no Unido & Irlanda de 2,2%.

Os números são coroados pelos re-sultados de um a pesquisa de percepção feita pela Finat junto a convertedores, usuários de rótulos e fornecedores de equipamentos. Os convertedores mos-traram-se relativamente otimistas em relação a possíveis negócios nos últimos meses de 2013, juntamente com os for-necedores de equipamentos. “O proble-ma está no ‘desânimo’ das indústrias de

bens de consumo”, explica Kurt Walker. De qualquer forma, o presidente da

Finat aposta nas novas tecnologias e ma-teriais como uma ferramenta para ala-vancar os negócios em 2014. “O mercado de bens de consumo deverá reagir e pre-cisará de embalagens/rótulos inovado-res e mais sustentáveis para suportar os lançamentos, as campanhas promocio-nais ou mesmo o redesenho de itens de linha. E a indústria de rótulos está pronta para dar o apoio necessário.”

Kurt Walker (em primeiro plano, no centro), presidente da Finat, também presidiu a reunião do L9, onde apresentou as estatísticas europeias.

A evolução na linha de rótulos de papel se deu apenas em duas regiões: Europa Oriental (+11%) e Reino Unido e Irlanda (+1,6%). Contudo, foi registra-do avanço em rótulos base não papel em todas as regiões cobertas pela Fi-nat: Europa Oriental (+15,5%), Europa do Sul (+3,3%), Europa Central (+0,2%), Reino Unido & Irlanda (+1,7%) e Europa do Norte (+2%). Em 2012 o consumo de rótulos base papel nestas regiões foi de 4,34 bilhões de metros quadra-dos e o de materiais base não papel, 1,38 bilhão de metros quadrados.

“Já no primeiro semestre de 2013, se considerarmos o setor como um todo – papel e não papel – a região que con-tinuou puxando o crescimento foi a Eu-ropa Oriental, com alta de 8%, seguida por Europa do Norte, 3,1% e Europa do Sul, 1%. O crescimento da Europa Cen-tral foi pífio: 0,1%”, completa Walker. Nesse período, a Europa registrou alta de consumo de material autoadesivo

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VitrineVitrinev

A Flint Group (www.� intgrp.com) lançou a linha de tintas � exo UV Fle-xocure Ancora, com baixa migração, especí� ca para rótulos de alimentos. Suas propriedades de cura também são muito boas, assegurando melho-ria na produtividade.

A Adecol (www.adecol.com.br) lançou os adesivos sintéticos C-1014 e C-1015, elaborados especialmente para operar em equipamentos industriais de rotu-lagem de alta velocidade – os primei-ros desenvolvidos para o clima brasi-leiro. Outras vantagens são a relação custo-benefício e a menor in� uência da variação cambial no preço, por se tratar de uma empresa 100% brasileira.

Associada

www.� intgrp.com) lançou a linha de tintas � exo UV Fle-xocure Ancora, com baixa migração, especí� ca para rótulos de alimentos. Suas propriedades de cura também são muito boas, assegurando melho-

A Baumgarten (www.baumgarten.com.br) desenvolveu um rótulo que pode entrar em contato com umidade, água, resfriamento e congelamento, sem sofrer qualquer interferência na adesão. Produzido com adesivo es-pecial hotmelt RH 15 Freezer Grade, da UPM Ra� atac (www.upmra� atac.com), o material tem alta aderência ini-cial “tack” e adesão duradoura; os rótu-los podem ser totalmente submersos em água durante o processo de rotu-lagem sem alteração da aderência e da permanência à superfície rotulada.

A Iimak (www.iimak.com.br) apresenta sua nova formulação de ribbon para impressão por transferência térmica com a super resina SP575. A formulação foi de-senvolvida para aplicações críticas na área automotiva e industrial, nas quais as etiquetas são expos-tas a solventes agressivos, como gasolinas e � uido de freio. A tinta permaneceu legível após 100 ci-clos no teste com Taber com peso de 500 gramas. Também é livre de halogênio, o que a torna ideal para impressão de etiquetas para aplicação em eletrônicos.

A Nilpeter (www.nilpeter.com) apresentou a impressora flexo-gráfica FA4, com largura de 420 mm e velocidade de 175 m/min, ideal para rótulos ou embalagens flexíveis. A impressora flexo FB-3 também é ideal para pequenas e grandes tiragens de rótulos au-toadesivos; sua velocidade atin-ge 228 m/min. Ambos os equi-pamentos incluem o sistema de controle da Nilpeter.

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