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Contabilidade de Custos, 11a ed

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Autores: Edward VanDerbeck e Charles F. Nagy

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Page 1: Contabilidade de Custos, 11a ed

Contabilidade de Custos fornece uma compreensão completa dos conceitos de custos, comportamento de custos e técnicas de contabilidade de custos com relação a como se aplicam às empresas de manufatura e de serviços.

Os estudantes aprendem como determinar os custos de produtos e de serviços acuradamente; como usar o conhecimento dos custos de produtos e de serviços para estabelecer preços de venda, para dar lances em contratos e para analisar a rentabilidade relativa de vários produtos e serviços; como usar técnicas para medir o desempenho de gerentes e subunidades dentro de uma organização; como projetar um sistema de contabilidade que se acomode ao sistema de pro-dução e de distribuição de uma organização; e como usar o sistema de conta-bilidade como ferramenta para motivar gerentes a perseguirem os objetivos da organização.

Neste livro o estudante vai encontrar:

material para um curso sobre contabilidade de custos de um semestre, ou um ano;os princípios e os procedimentos do custeio por ordem de serviço, custeio de processo e custeio padrão, de forma lógica e concisa; e discussão sobre os relatórios de propósitos especiais e as técnicas ana-líticas da contabilidade gerencial.

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9 7 8 8 5 2 2 1 0 2 3 8 9

ISBN 85 - 221 - 0238 - 4

Para suas soluções de curso e aprendizado, visitewww.cengage.com.br

ISBN 13 978-85-221-0973-9ISBN 10 85-221-0973-7

9 7 8 8 5 2 2 1 0 9 7 3 9

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CONTABILIDADE

DE CUSTOS

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Bibliotecária Maria Fátima dos Santos CRB8-6818)

Índices para catálogo sistemático:

657.42 Contabilidade de custos

VanDerbeck, Edward J.Contabilidade de custos / Edward J.

VanDerbeck, Charles F. Nagy ; tradução Robert Brian Taylor ; revisão técnica EliasPereira. -- 11.ed. -- São Paulo : CengageLearning, 2001456 p.: graf., il., tab.

Título original: Principles of cost accouting,11.ed.

Inclui glossário e índice.

ISBN 85-221-0973-7 (livro eletrônico)ISBN 978-85-221-0973-9 (livro eletrônico)

1. Contabilidade de custos. 2. Tomada de decisão

(administração executiva). I. Nagy, Charles F.II. Taylor, Robert Brian, trad. III. Pereira,Elias, rev. IV. Título.

03-7022 CDD-531

Requisitos do sistema : Windows, Mac e Linux web browsers; JavaScript, cookies e pop-ups devem estar habilitados.Modo de acesso : Web

657.42V288c

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CONTABILIDADE

DE CUSTOS

11.ª Edição

Edward J. VanDerbeckProfessor de Contabilidade Xavier University

Cincinnati, Ohio

Charles F. NagyEmérito do Corpo Docente de ContabilidadeCleveland State University - Cleveland, Ohio

TraduçãoRobert Brian Taylor

Revisão TécnicaElias Pereira

Mestrando em Cências Contábeis e FinançasMestrado em Controladoria e Contabilidade, Administração, Finanças e Markenting

Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

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Contabilidade de Custos – 11ª edição

Edward J. VanDerbeck Charles F. Nagy

Diretor Editorial: José Martins Braga

Gerente de Produção: Maria Celina J. Moriya

Título Original: Principles of Cost Accounting, 11nd ed

Tradução: Robert Brian Taylor

Revisão Técnica: Elias Pereira

Revisão: Renato Nicolai e Lucia Scoss Nicolai

Editoração Eletrônica: Divina Rocha Corte Fukuko Saito

Capa: Marco Zero

© 1999 by South-Western College Publishing, parte da Cengage Learning

© 2001 Cengage Learning Edições Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro po-derá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

© 2001 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

ISBN-10: 85-221-0238-4,

Cengage LearningCondomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 04 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901SAC: 0800 11 19 39

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Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39

Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para [email protected]

Impresso no Brasil.Printed in Brazil.11 12 13 14 15 05 04 03 02 01

Page 7: Contabilidade de Custos, 11a ed

POR QUE ESTUDAR CONTABILIDADE DE CUSTOS?

A décima primeira edição de Contabilidade de Custos fornece uma compreensão comple-ta dos conceitos de custos, comportamento de custo e técnicas de contabilidade de custos comrelação a como se aplicam às empresas de manufatura e de serviços. Os estudantes aprendemcomo determinar os custos de produtos e de serviços acuradamente; como usar o conhecimen-to dos custos de produtos e de serviços para estabelecer preços de venda, para dar lances emcontratos, e para analisar a rentabilidade relativa de vários produtos e serviços; como usar técni-cas para medir o desempenho de gerentes e subunidades dentro de uma organização; comoprojetar um sistema de contabilidade que se adapte ao sistema de produção e de distribuição deuma organização; e como usar o sistema de contabilidade como ferramenta para motivar geren-tes a perseguirem os objetivos da organização.

FORMATO DA DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO

1. Oferece material para um curso sobre contabilidade de custos de um semestre, ou umano.

2. Apresenta os princípios e os procedimentos do custeio por ordem de serviço, custeiode processo, e custeio padrão, de forma lógica e concisa.

3. Discute os relatórios de propósitos especiais e as técnicas analíticas da contabilidadegerencial.

4. Mantém o formato de dez capítulos – uma característica do texto. Um capítulo sobrecusteio por ordem de serviço para uma empresa de serviços substitui o capítu-lo sobre uma aplicação abrangente de custeio por ordem de serviço.

5. A principal investida da revisão tem sido de produzir um livro relevante e de fácil leituraque cobre os pontos essenciais sobre a contabilidade de custos, que introduz exemplosdo mundo real, que reforça a discussão com problemas de demonstração, e que oferece

Prefácio

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aos estudantes prática em dominar os tópicos com perguntas, exercícios e problemasrelevantes no final dos capítulos. Alguns problemas estão adaptados para ser resolvidospor computador.

6. Integra os usos de informações sobre custos com uma discussão sobre sistemas e pro-cedimentos de acumulação de custos ao mesmo tempo que oferece material práticoque se aproxima muito da apresentação do mesmo material no capítulo.

CARACTERÍSTICAS DA DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO

A décima primeira edição inclui diversas características para facilitar o processo de apren-dizagem para o estudante e realça a capacidade de ensino do texto para o professor.

APÊNDICES

Um apêndice no final do Capítulo 2 ilustra os sistemas de estoque “just-in-time” (JIT). Umapêndice no final do Capítulo 9 ilustra os métodos de análise de três e de quatro variações.

PROBLEMAS DE DEMONSTRAÇÃO

Incluído no final de cada capítulo, há um problema de demonstração com explicação pas-so-a-passo sobre como resolvê-lo. O problema de demonstração é criado a partir de conceitosdifíceis no capítulo e reforça as técnicas e os procedimentos que foram discutidos nele. Em ca-da capítulo, um problema muito parecido ao problema de demonstração é identificado.

EXEMPLOS DO MUNDO REAL

Os exemplos do mundo real são predominantemente excertos de artigos de jornais e re-vistas que explicam o que há de mais moderno em técnicas de contabilidade de custos usadaspara uma adaptação às rápidas mudanças na tecnologia de manufatura. Alguns exemplos dostópicos incluem os sistemas “just-in-time”, de estoque, manufatura de classe mundial, sistemasaltamente automatizados de manufatura onde os custos de mão-de-obra direta são insignifi-cantes, e os métodos de alocação de custos que procuram determinar o custo “correto” de umproduto ou de um serviço.

OBJETIVOS INTEGRADOS DE APRENDIZAGEM

Os objetivos de aprendizagem iniciam cada capítulo. Cada objetivo de aprendizagem é in-dicado no texto onde é discutido pela primeira vez. Todos os exercícios e problemas de final decapítulo estão identificados pelos objetivos de aprendizagem.

TERMOS-CHAVE

Os termos-chave são realçados em negrito assim que são introduzidos. Eles são listados,com referência de página, no final de cada capítulo. Um glossário abrangente está incluído ao fi-nal do livro, fornecendo definições para todos os termos-chave.

6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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MATERIAIS DE FINAL DE CAPÍTULO

As questões, exercícios e problemas de final de capítulo foram cuidadosamente escritos erevisados para refletir uma cobertura dos assuntos como estes aparecem nos respectivos capítu-los. Houve um esforço concentrado para oferecer ao professor uma ampla escolha de assuntos ede grau de dificuldade ao designar materiais de final de capítulo. Além disso, alguns problemasespecíficos podem ser resolvidos com o uso de planilha eletrônica.

TAREFAS DIRIGIDAS

Em pontos específicos dentro de cada capítulo, os estudantes são orientados para tarefasapropriadas no final do capítulo. Isso permite aos estudantes trabalharem em itens práticos semcompletar o capítulo inteiro.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos os seguintes docentes que revisaram manuscritos para esta edição e queofereceram sugestões úteis:

Barry Buchoff Cynthia GreesonTowson State University Ivy Tech State College, Evansville

Margaret Combs Leann JohnsonUnion College Southeastern Illinois College

Sharon Johnson Ronald LoeselKansas City Kansas Great Lakes Junior CollegeCommunity College

Josephine MillerJudith Kizzie Mercer County CommunityClinton Community College College

Kenneth Leibham Joan RyanColumbia Gorge Clackamas Community CollegeCommunity College

PREFÁCIO • 7

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CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS

Usos dos Dados da Contabilidade de Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Determinando Custos e Preços de Produtos;Planejamento e Controle

O Relacionamento da Contabilidade de Custos com a ContabilidadeFinanceira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Custo de Produtos Vendidos; EstoquesElementos dos Custos de Manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Materiais Diretos; Mão-de-obra Direta; CustosIndiretos de Fabricação; Resumo dos Custos deManufatura; Fluxo de Custos

Ilustração da Contabilidade para Custos de Manufatura. . . . . . . . . . . . . . . 24Sistemas de Contabilidade de Custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Pedidos Especiais; Produção Contínua ou em Massa; Combinaçãode Sistemas; Custeio Padrão; Ilustração de um Sistema de Custo porOrdem; Conta de Controle de Produtos em Processo; Produtosem Processo na Demonstração de Manufatura.

CAPÍTULO 2 CONTABILIDADE PARA MATERIAIS

Controle de Materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Controle Físico de Materiais; Controlando oInvestimento em Materiais

Procedimentos de Controle de Materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65Pessoal de Controle de Materiais; ControleDurante a Obtenção; Controle Durante aEstocagem e Baixa de Estoque

Contabilidade de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Determinando o Custo de Materiais Baixados,Procedimentos Contábeis

Refugo, Produtos Danificados e Defeituosos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86Material Refugado; Produto Danificado ouDefeituoso

Apêndice: Controle de Materiais “Just-In-Time” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89JIT e Fluxos de Custo

Sumário

Page 12: Contabilidade de Custos, 11a ed

CAPÍTULO 3 CONTABILIDADE DE MÃO-DE-OBRA

Planos de Remuneração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109Planos de Taxa por hora; Plano de Taxa porPeça; Planos Salariais Modificados

Controlando Custos de Mão-de-Obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Cartão de Ponto e Registro de Tempo; Departamentoda Folha de Pagamento

Contabilizando Custos de Mão-de-Obra, Impostos e Encargos Sociaissobre Folha de Pagamento dos Empregadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

Encargos Sociais do Empregador; Ilustração daContabilidade de Custos de Mão-de-obra

Provisões sobre Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127Problemas Especiais de Custos de Mão-de-Obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

Prêmios sobre Turnos de Trabalho; Custos de Pensão dosEmpregados; Gratificação; Pagamento de Férias e Feriados;Contabilidade para Pagamento de Gratificações, Férias e Feriados

Anexo: Legislação Brasileira sobre Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

CAPÍTULO 4 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Identificando Padrões de Comportamento de Custo . . . . . . . . . . . . . . . . 154Analisando Custos Indiretos de Fabricação Semivariáveis . . . . . . . . . . . . 155

Método Observacional; Método Alto-Baixo;Método do Gráfico de Dispersão; Limitaçõesdos Métodos Alto-Baixo e Gráfico deDispersão Estatística

Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159Contabilidade de Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

Folhas de Análise de Custos Indiretos de Fabricação;Programação de Custos Fixos; Despesas Geraiscomo Custo Indiretos de Fabricação; Resumo dos CustoIndiretos de Fabricação

Distribuindo Despesas dos Departamentos de Serviços . . . . . . . . . . . . . 165Aplicação dos Custo Indiretos de Fabricação à Produção. . . . . . . . . . . . 171

Método de Custo de Mão-de-obra Direta;Método de Horas de Mão-de-obra Direta;Método de Horas – Máquina;Método de Custeio baseado em Atividade

Contabilidade dos Custo Indiretos de Fabricação Reais e Aplicados . . . 177

CAPÍTULO 5 CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS

Custeio por Ordem para o Setor de Serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211Folha de Custos por Ordem para um Setorde Serviços; Escolhendo a Base de Alocação de Custos;Rastreando o Curso dos Custos Diretos até a Ordem de Serviço;Relatório de Desempenho dos Custos

Orçamentos para Empresas de Serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215O Orçamento de Receita; O Orçamento de Mão-de-obra;O Orçamento de Custos Indiretos de Prestação de Serviços;

10 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 13: Contabilidade de Custos, 11a ed

O Orçamento para Outras Despesas; A Demonstraçãode Resultados Orçados

Custeio Baseado em Atividade em uma Empresa de Serviços . . . . . . . . . 219Convertendo Custos Indiretos em Custos Diretos; Grupos de CustosMúltiplos Indiretos; Folha de Custo por Ordem – Custeio Baseadoem Atividade

Alocações Usando Custeio Simplificado versus CusteioBaseado em Atividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221

CAPÍTULO 6 CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO– PROCEDIMENTOS GERAIS

Comparação de Sistemas de Custos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237Custos de Materiais e Mão-de-obra; Custos Indiretos de Fabricação

Custo do Produto em um Sistema de Custo por Processo. . . . . . . . . . . . 239Fábrica Não Departamentalizada; FábricaDepartamentalizada

Estoque de Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240Resumo do Custo de Produção – Um Departamentosem Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242Resumo do Custo de Produção – Um Departamentocom Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245Resumo do Custo de Produção – Múltiplos Departamentossem Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247Resumo do Custo de Produção – Múltiplos Departamentoscom Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257Mudanças nos Custos Unitários de Transferênciano Departamentos Anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265

CAPÍTULO 7 CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO– PROCEDIMENTOS ADICIONAIS

Produção Equivalente – Materiais Não Aplicados Uniformemente . . . . . 282Problema Ilustrativo n.º 1; ProblemaIlustrativo n.º 2; Problema Ilustrativo n.º 3

Unidades Perdidas na Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291Unidades Ganhas na Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293Produção Equivalente – Método PEPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295

Problema Ilustrativo n.º 1; Problema Ilustrativo n.º 2Produtos Conjuntos e Subprodutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303

Contabilizando Produtos Conjuntos;Contabilidade para Subprodutos

CAPÍTULO 8 CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO– MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

Tipos de Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327Procedimentos de Custo Padrão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328

Determinação dos Custos Padrão para Materiais e Mão-de-obra;Registrando Custos Padrão para Materiais e Mão-de-obra

Sumário • 11

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Determinação de Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329Contabilizando de Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333

Método Alternativo para Registrar Custos deMateriais; Disposição das Variações de Custo Padrão

Análise das Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335Características da Contabilidade de Custo Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . 340Ilustrações de Custo Padrão em uma Fábrica Departamentalizada . . . . 341

CAPÍTULO 9 ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTOPADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Princípios Orçamentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365Preparando e Usando Orçamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367

Previsão de Vendas; Planejamento de Estoque e Produção;Orçamentos para Custos de Manufatura e DespesasAdministrativas e de Vendas; Outros Orçamentos;Avaliando o Desempenho Orçamentário

Orçamentos Flexíveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372Preparando o Orçamento Flexível para Custos Indiretos deFabricação; Usando o Orçamento Flexível; Custos Semifixos eSemivariáveis; Orçamentos do Departamento de Serviçose Variações; Resumo do Processo Orçamentário

Análise das Variações do Custo Padrão para CustosIndiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377Método de Análise de Duas Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379Apêndice: Métodos de Análise de Quatro e Três Variações . . . . . . . . . . 384

CAPÍTULO 10 ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DEDECISÕES GERENCIAIS

Custeio Direto e Custeio por Absorção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 407Custos do Produto versus Custos do Período;Ilustração dos Métodos de Custeio Direto e por Absorção

Méritos e Limitações do Custeio Direto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 411Relatório por Segmentos para Análise de Rentabilidade . . . . . . . . . . . . 412Análises Custo-Volume-Lucro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 414

Análises do Ponto de Equilíbrio; Gráfico do Ponto de Equilíbrio;Análise do Ponto de Equilíbrio para Decisões Gerenciais

Índice de Margem de Contribuição e Margem de Segurança. . . . . . . . . 419Análise do Custo Diferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 420Custos de Distribuição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 422

GLOSSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 442

ÍNDICE ANALÍTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453

12 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 15: Contabilidade de Custos, 11a ed

A importância das informações contábeis para a operação bem-sucedida de uma empresa,incluindo dados sobre custos específicos, foi reconhecida há muito tempo. Entretanto,no atual ambiente da economia globalizada, essas informações são mais críticas do que

nunca. Automóveis da Alemanha, equipamento eletrônico do Japão, sapatos da Itália e roupas daTailândia são apenas alguns poucos exemplos de produtos feitos no exterior que ofereceramuma concorrência dura para fabricantes dos EUA, tanto interna quanto externamente. Como re-sultado dessas pressões, as empresas de hoje estão dando mais ênfase no controle de custos emuma tentativa de manter os seus produtos competitivos. A contabilidade de custos fornece osdados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejarpara o futuro. Como ilustra a Figura 1-1, a contabilidade de custos fornece as informações quepermitem à gerência alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis da operação.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você dever estar apto a:

� Explicar os usos dos dados da contabilidade de custos.� Descrever o relacionamento entre a contabilidade de custos e a contabilidade

financeira.� Identificar os três elementos básicos dos custos de manufatura.� Ilustrar os procedimentos básicos da contabilidade de custos.� Distinguir entre os dois tipos básicos de sistemas de contabilidade de custos.

Introdução à Contabilidade de Custos1

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Fonte: Lawrence J. Gitman e Carl McDaniel, The World of Business (Cincinnati, OH: South-Western Publishing Co., 1995).

Todos os tipos de entidades comerciais — empresas de manufatura, de comércio e de ser-viços — necessitam de sistemas de informação de contabilidade de custos para contabilizaremas suas atividades. Fabricantes convertem matérias-primas compradas em produtos acabadosao usarem mão-de-obra, tecnologia e instalações. Empresas de comércio compram produtosacabados para a revenda. Estes podem ser varejistas, que vendem produtos para indivíduosconsumirem, ou atacadistas, que compram bens de fabricantes e vendem para varejistas. Em-presas de serviços com fins lucrativos, como linhas aéreas, arquitetos e cabeleireiros, ven-dem serviços em vez de produtos. Agências de serviço sem fins lucrativos, como as institui-ções de caridade, agências governamentais e algumas instalações de assistência médica,oferecem serviços a pouco ou nenhum custo ao usuário.

A natureza do processo de manufatura exige que os sistemas de informações contá-beis dos fabricantes sejam projetados para acumular dados detalhados sobre custos relaciona-dos com o processo de produção. Assim, hoje em dia é comum para as empresas de manufaturade todos os tamanhos terem sistemas de contabilidade de custos que mostram os custos in-corridos, e onde e como estas despesas foram usadas. Enquanto os princípios e procedimentosda contabilidade de custos discutidos no livro enfatizam os fabricantes, muitos dos mesmos prin-cípios se aplicam às empresas de comércio e às de serviços. Hoje, a contabilidade de custos é re-conhecida como sendo essencial para uma operação eficiente de hospitais, agências de bem-es-tar social e muitas outras entidades. O Capítulo 5 ilustra os procedimentos da contabilidade decustos para empresas de serviço.

As atividades de uma organização de manufatura são parecidas, em muitas maneiras, àque-las de uma empresa de comércio. As duas compram, armazenam e vendem produtos; ambasprecisam ter uma gestão eficiente e fontes adequadas de capital; ambas podem empregar cente-nas ou milhares de trabalhadores. O processo de manufatura em si realça a distinção entre as

14 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 1-1 Processo de produção para bens de serviços

Entradas(Fatores de produção)

Recursosnaturais Saídas

BensProcesso deconversão

Recursoshumanos

Serviços

Capital

Page 17: Contabilidade de Custos, 11a ed

duas: empresas de comércio como a Circuit City compram equipamento eletrônico em formatonegociável para revendê-lo aos seus clientes; fabricantes, como a Magnavox, precisam fabricar osprodutos que vendem. Uma vez que a organização de comércio adquiriu produtos, ela pode rea-lizar a função demarketing. A compra de matérias-primas por um fabricante, no entanto, é ape-nas o começo de uma cadeia longa, e às vezes complexa, de eventos que resultam em um artigoacabado para a venda.

O processo de manufatura envolve a conversão de matérias-primas em produtos acaba-dos através do uso de mão-de-obra e vários outros recursos de fábrica. O fabricante precisa fazerum investimento grande em ativos físicos, como edifícios para a fábrica e tipos especializados demáquinas e equipamento. Para executar o processo de manufatura, o fabricante precisa comprarquantidades apropriadas de matéria-prima, suprimentos e peças, e criar uma força de trabalhopara converter estes recursos em produtos acabados.

Além do custo de materiais e mão-de-obra, o fabricante incorre em outras despesas noprocesso de produção. Muitos desses custos, como depreciação, impostos, seguros e utilidadespúblicas, são parecidos àqueles incorridos por uma empresa de comércio. Outros custos, comoa manutenção e reparos de máquinas, manuseio de materiais e preparação, programação e ins-peção para produção, são singulares aos fabricantes. Uma vez que os produtos tenham sido fa-bricados e estejam prontos para a venda, o fabricante realiza basicamente as mesmas funçõesque o comércio. Os métodos de contabilidade para vendas, custo de produtos vendidos, e des-pesas administrativas e de venda são similares àqueles dos comerciantes. Em comparação, em-presas de serviço não têm estoques porque o serviço é consumido no momento em que é for-necido. Empresas de serviço têm receitas e despesas operacionais, mas nenhum custo deprodutos vendidos.

USOS DOS DADOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Explicar os usos dos dados da contabilidade de custos.

Foram desenvolvidos princípios de contabilidade de custos que permitem ao fabricanteprocessar os muitos custos diferentes associados com a manufatura e a fornecer característicasde controle próprias. A informação produzida por um sistema de contabilidade de custos forne-ce uma base para determinar custos de produtos e preços de venda, e ajuda a gerência a plane-jar e controlar operações.

DETERMINANDO CUSTOS E PREÇOS DE PRODUTOS

Procedimentos de contabilidade de custos oferecem o meio de determinar custos de pro-dutos e, assim, de gerar demonstrações financeiras significativas e outros relatórios relevantespara a gestão. Procedimentos de custos devem ser projetados para permitir a determinação decustos unitários, assim como os custos totais do produto. Por exemplo, o fato de que um fabri-cante gastou US$ 10.000 de mão-de-obra em certo mês não é, em si, significativo; mas se essamão-de-obra produziu 5.000 unidades de produtos acabados, o fato de que o custo por mão-de-obra foi de US$ 2 por unidade é significativo. Essa cifra pode ser comparada ao custo de mão-de-obra por unidade de outros períodos e, até certo ponto, ao dos concorrentes.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 15

Page 18: Contabilidade de Custos, 11a ed

Informações sobre o custo por unidade também são úteis para tomar uma variedade de de-cisões importantes demarketing:

1. Determinando o preço de venda de um produto. Saber o custo de manufatura de umaunidade de produto ajuda a estabelecer o preço de venda. Esse preço deve ser alto o suficien-te para cobrir o custo de produção do item, incluindo as despesas administrativas e de mar-keting que são atribuíveis ao produto, e ainda oferecer lucro.

2. Enfrentando a concorrência. Se o produto está sendo vendido por um preço menor porum concorrente, informações detalhadas com relação aos custos por unidade podem ser usa-das para determinar se o problema pode ser resolvido ao reduzir o preço de venda, ao redu-zir os custos de manufatura, ou ao eliminar o produto.

3. Oferta de preços em contratos.Muitos fabricantes precisam fazer ofertas competitivas pa-ra obter contratos. Uma análise dos custos por unidade relacionados ao fabricante de um pro-duto em particular é de grande importância na determinação do preço a ofertar.

4. Analisando a rentabilidade. Informações sobre o custo por unidade permitem à adminis-tração determinar o montante de lucro que cada produto deve obter e possivelmente elimi-nar os produtos menos lucrativos, assim concentrando os seus esforços nos produtos maislucrativos. No entanto, não é incomum para algumas empresas manterem uma linha de pro-dutos que rendem um lucro muito baixo, ou até dão prejuízo, para poder manter a variedadede produtos que atrairá os clientes que também compram os itens mais lucrativos.

PLANEJAMENTO E CONTROLE

O valor final da contabilidade de custos repousa no uso dos dados acumulados e relatados.Uma das funções mais importantes da contabilidade de custos é de desenvolver informaçõesque a gestão pode usar para planejar e controlar operações.

Planejamento é o processo de estabelecer objetivos ou metas para a empresa e de de-terminar os meios pelos quais a empresa irá atingi-los. O planejamento eficaz é facilitado peloseguinte:

1. Objetivos claramente definidos da operação de manufatura. Estes objetivos podemser expressos no número de unidades a serem produzidas, na qualidade desejada, no custoestimado por unidade, ou no momento necessário para satisfazer a demanda do cliente semmanter estoques excessivos.

2. Um plano de produção que ajudará e guiará a empresa a atingir os seus objetivos.Este plano detalhado inclui a descrição das operações de manufatura necessárias que serãoexecutadas, uma projeção das necessidades de pessoal para o período, e a coordenação daaquisição oportuna de materiais e instalações.

A contabilidade de custos realça o processo de planejamento ao fornecer custos históricosque servem como base para projeções futuras. A gerência pode analisar os dados para estimarcustos futuros e resultados operacionais e para tomar decisões com relação à aquisição de insta-lações adicionais, às mudanças nas estratégias demarketing e à disponibilidade de capital.

A palavra “controle” é usada de muitas formas diferentes, mas do ponto de vista de umaempresa de manufatura, controle é o processo de monitorar as operações da companhia e de-terminar se os objetivos identificados no processo de planejamento estão sendo realizados. Ocontrole eficaz é obtido das seguintes maneiras:

16 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 19: Contabilidade de Custos, 11a ed

1. Designando responsabilidade.2. Medindo e comparando resultados periodicamente.3. Tomando a ação corretiva necessária.

Designando Responsabilidade. A responsabilidade deve ser designada para cada deta-lhe do plano de produção. Todos os gestores e supervisores devem saber precisamente quaissão as suas responsabilidades em termos de eficiência, operações, produção e custos. A chavepara se ter um controle apropriado envolve o uso de contabilidade por responsabilidade e cen-tros de custos.

A essência da contabilidade por responsabilidade está na designação de responsabilida-de por custos ou resultados de produção aos indivíduos que têmmais autoridade para influenciá-los. Envolve um sistema de informações que rastreia os dados até os gestores responsáveis.

Um centro de custos é uma unidade de atividade dentro da fábrica à qual os custos po-dem ser designados de forma prática e imparcial. Um centro de custos pode ser um departa-mento ou um grupo de empregados; pode representar um serviço, um processo ou uma máqui-na. Os critérios para um centro de custos são (1) uma base razoável sobre a qual os custos demanufatura podem ser alocados e (2) uma pessoa que tem controle sobre, e que é responsávelpor, muitos dos custos debitados para aquele centro.

Com a contabilidade por responsabilidade, o gestor de um centro de custos é responsávelsomente por aqueles custos que o gestor controla. Por exemplo, os custos de mão-de-obra emateriais serão debitados para o centro de custos, mas o gestor pode ser responsável apenaspela quantidade de materiais usados e o número de horas trabalhadas pela mão-de-obra. Essegestor provavelmente não seria responsável pelo custo por unidade de matérias-primas ou pe-la quantia paga por hora aos empregados. Normalmente, essas despesas vão além do controledo gestor e são da responsabilidade dos departamentos de compras e de pessoal. O gestor po-de ser responsável pelo custo de manutenção e reparo de máquinas devido ao mal uso no cen-tro de custos, mas ele não seria responsável pelos custos de depreciação, impostos e segurodas máquinas se a decisão para comprar máquinas fosse feita em um nível mais alto na organi-zação. Se a produção no centro de custos por um dado período for mais baixa do que a plane-jada, isso pode ser devido à má supervisão, que seria da responsabilidade do gestor. Entretan-to, se trabalhadores menos qualificados estão sendo contratados, isso normalmente vai alémdo controle do gestor.

Relatórios de custos e de produção para um centro de custos refletem todos os dadosde custos e de produção identificados com aquele centro. Em um sistema de contabilidade porresponsabilidade, os dados específicos pelos quais o gestor é responsável seriam realçados ousegregados para avaliar o desempenho daquele gestor e iniciar ação para corrigir deficiências.No entanto, freqüentemente, tanto um relatório de custos e produção quanto um relatório dedesempenho em separado serão preparados para um centro de custos. O relatório de de-sempenho incluirá apenas os dados de custos e de produção que o gestor do centro podecontrolar.

Esses relatórios devem ser fornecidos em intervalos regulares (mensalmente, semanalmen-te, diariamente), de forma oportuna. Para fornecer o benefício máximo, os relatórios devem es-tar disponíveis assim que possível após o final do período que está sendo relatado. Relatóriosque não são produzidos de forma oportuna não são eficazes como um dispositivo de controle.

Medindo e Comparando Resultados Periodicamente. Relatórios operacionais reaisdevem ser medidos periodicamente e comparados com os objetivos estabelecidos no processode planejamento. Essa análise, que pode ser feita mensal, semanal, diariamente, ou até por hora,

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 17

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no caso de relatórios de produção e refugo, é uma das principais partes do controle de custosporque ela compara o desempenho atual com o plano como um todo. O montante em dinheiroreal, unidades produzidas, horas trabalhadas ou materiais usados são comparados com o orça-mento, que é o plano operacional da gestão expresso em termos quantitativos (unidades e di-nheiro). Essa comparação é uma característica primária da análise de custos. O montante em di-nheiro gasto ou a quantidade de unidades produzidas têm pouco significado até seremcomparados com as quantias orçadas. Os resultados reais de períodos anteriores também po-dem ser comparados para realçar tendências significativas.

Tomando a Ação Corretiva Necessária. Os relatórios produzidos pela mensuração eanálise de resultados operacionais podem identificar áreas problemáticas e desvios do plano.Uma ação corretiva apropriada deve ser implementada onde necessário. Uma variação significa-tiva do plano é um sinal de aviso. Investigações podem revelar uma fraqueza que deve ser corri-gida ou um ponto forte que deve ser melhor utilizado.

A administração não quer apenas saber os resultados das operações, mas como os resul-tados — se favoráveis ou desfavoráveis — se comparam com o plano, por que as coisas acon-teceram e quem foi o responsável. A administração deve ser preparada para melhorar as con-dições existentes. Do contrário, a mensuração periódica de atividade tem pouco valor.Contadores podem ter um papel chave nesse empreendimento, como ilustra o exemplo domundo real na página (25).

O RELACIONAMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOSCOM A CONTABILIDADE FINANCEIRA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Descrever o relacionamento da contabilidade de custos com a contabilidadefinanceira.

O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para serem usadas nas to-madas de decisão econômicas. A contabilidade financeira focaliza a coleta de informações aserem usadas na preparação de demonstrações financeiras que satisfazem as necessidades de in-vestidores, credores e outros usuários externos de informações financeiras. As demonstraçõesincluem um balanço, uma demonstração de resultado, uma demonstração de lucros acumuladose uma demonstração de fluxos de caixa. Essas demonstrações financeiras, embora úteis para aadministração assim como para os usuários externos, não são o suficiente. Relatórios, listagens eanálises adicionais são necessários para o uso interno no planejamento e controle. A administra-ção passa a maior parte de seu tempo avaliando os problemas e as oportunidades de departa-mentos e divisões individuais da empresa em lugar de examinar a empresa inteira de uma só vez.Como resultado, as demonstrações financeiras externas para toda a empresa são de pouca ajudapara a gestão tomar decisões do dia-a-dia. A contabilidade de custos fornece as informações adi-cionais necessárias para esses relatórios especiais destinados à administração, e também forneceos dados necessários para preparar as demonstrações financeiras. Por exemplo, os procedimen-tos de contabilidade de custos são necessários para determinar: se se deve fabricar ou comprarum componente de produto; se se deve aceitar um pedido especial por um preço descontado;o montante para custo de produtos vendidos na demonstração de resultados; e a valorização deestoques que constam no balanço.

18 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 21: Contabilidade de Custos, 11a ed

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 19

QUADRO: EXEMPLO DO MUNDO REAL

O CONTROLLER COMO ESTRATEGISTA EMPRESARIAL“Controllers estão quebrando o molde tradicional de contador como ‘alguém que só

mexe com números’, e estão atravessando as linhas funcionais para reduzir custos e me-lhorar a eficiência, agregando valor às suas organizações. Usando inovações tecnológicas,estão fazendo com que dados se tornem conhecimento para as tomadas de decisão e es-tão transformando seu papel como estrategista empresarial.

Este papel novo e expandido do controller está refletido nos resultados das freqüen-tes pesquisas conduzidas pelos Grupos de Interesse dos Membros (MIGs) do Instituto deContadores Gerenciais (IMA): Conselho dos Controllers (CC) e Grupo de Gestão de Cus-tos (CMG). Por exemplo, muitos controllers e gestores financeiros estão envolvidos eminovações de gestão de custos exemplificadas pelo grande impulso nos últimos anos paraa reengenharia da função financeira...

Como indicam as pesquisas contínuas do IMA, o papel de controllers e gestores fi-nanceiros está mudando enquanto combinam ferramentas tecnológicas e criatividade pa-ra agregar valor às suas organizações ao reduzir custos e ao servir como parceiros empre-sariais que trazem a sua perícia financeira à equipe. Todos os indícios são de que essepapel continuará e provavelmente se expandirá enquanto as suas empresas competem ati-vamente no mercado mundial.”

Dan Hrisak, “The Controller As Business Strategist”, Management Accounting, dez. 1996, p. 48-9.

CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS

Empresas comerciais preocupam-se em computar o custo de mercadorias vendidas comodemonstrado abaixo. A quantia de compras representa o custo de mercadorias adquiridas duran-te o período para revenda.

Estoque inicial de mercadoriasMais compras (mercadoria)Mercadoria Caixa para vendaMenos estoque final de mercadoriasCusto de mercadorias vendidasCusto de mercadorias vendidas

Devido à empresa de manufatura fabricar em vez de comprar os produtos que tem Caixapara venda, o termo “estoque de produtos acabados” substitui “estoque de mercadorias”, e oitem “custo de produção” substitui “compras” para determinar o custo de produtos vendidos,como demonstrado abaixo. O montante para o custo de produção é apoiado por uma listagemdetalhada dos custos de materiais, mão-de-obra e despesas de manutenção e operação de umafábrica.

Estoque inicial de produtos acabadosMais custo de produçãoProdutos acabados disponíveis para vendaMenos estoque final de produtos acabadosCusto de produtos vendidosCusto de produtos vendidos

Page 22: Contabilidade de Custos, 11a ed

O formato da demonstração de resultados para um fabricante não é significativamente di-ferente daquele de um comerciante. No entanto, os procedimentos de contabilidade de custosenvolvidos na coleta dos dados para determinar o custo de produção são consideravelmentemais complexos do que o registro de mercadorias compradas na sua forma acabada. Esses pro-cedimentos são introduzidos neste capítulo e discutidos em detalhes em capítulos subseqüen-tes. As demonstrações de resultado para empresas de serviço não têm uma seção de mercado-rias vendidas porque fornecem um serviço em vez de um produto.

ESTOQUES

Se uma empresa de comércio tem itens não vendidos em estoque no final de um períodocontábil, o custo da mercadoria está refletido na seção de ativos circulantes do balanço da se-guinte maneira:

Ativos circulantes:CaixaContas a receberEstoques de Mercadorias

No balanço de uma empresa de manufatura, a seção de ativos circulantes é expandida, co-mo a seguir:

Ativos circulantes:CaixaContas a receberEstoques:

Produtos acabadosProdutos em ProcessoMatéria-prima

O saldo da conta de produtos acabados representa o custo total incorrido na fabricaçãode produtos completados, mas ainda em estoque no final do período. O saldo da conta de pro-dutos em processo inclui todos os custos de manufatura incorridos até a data para as merca-dorias em vários estágios de produção, mas que ainda não foram completadas. O saldo da contadematérias-primas representa o custo de todos os materiais comprados e em estoque para se-rem usados no processo de manufatura, incluindo matérias-primas, peças pré-fabricadas e ou-tros materiais de fábrica e suprimentos. Freqüentemente, a matéria-prima de uma empresa é oproduto acabado de outra empresa. Por exemplo, aço laminado para ser usado na produção deautomóveis seria o produto final da siderúrgica. Peças pré-fabricadas incluiriam unidades, comomotores elétricos, montadas por outro fabricante para serem usadas na manufatura de um pro-duto como máquinas de escritório. Outros materiais e suprimentos podem incluir parafusos,pregos, rebites, lubrificantes e solventes.

Empresas de serviços não têm estoques nos seus balanços porque fornecem serviços emvez de produtos. Uma comparação resumida de empresas de manufatura, de comércio e de ser-viços aparece na Figura 1-2.

Valorização dos Estoques. Muitos procedimentos usados para colher custos são exclusi-vos para fabricantes. Estoques de fabricantes são valorizados para propósitos de demonstrações

20 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 23: Contabilidade de Custos, 11a ed

financeiras externas ao usar os métodos de custeio de estoques — como primeiro a entrar, pri-meiro a sair (PEPS), último a entrar, primeiro a sair (UEPS), e média ponderada — que tambémsão usados por empresas de comércio. A maioria dos fabricantes mantém um sistema de con-trole de estoques perpétuos que fornece registros contínuos de compras, baixas e saldos detodos os bens em estoque. Geralmente, esses dados são verificados por contagens periódicas deitens selecionados durante o ano. Sob o sistema perpétuo, dados de valorização de estoques pa-ra propósitos de demonstrações financeiras estão disponíveis a qualquer hora, diferente do sis-tema periódico de estoques que exige uma estimativa do estoque durante o ano para de-monstrações internas e o fechamento de operações para contar todos os itens em estoque nofinal do ano.

Figura 1-2 Comparação de Empresas de Serviços, de Comércioe de Manufatura

Setor de Exemplos Produto ou Conta(s)Negócios Serviço de Estoque

Serviços Linhas aéreas, arquitetos, Benefícios intangíveis Nenhumacabeleireiros, franquias como transporte,desportivas projetos, cuidados

pessoais,entretenimento

Comércio Recordações desportivas, Produtos tangíveis Estoque delojas de departamentos, comprados de mercadorialojas de posters, fornecedores ematacadistas forma acabada

Manufatura Produtores de aeronaves, Produtos físicos criados Produtosfabricantes de pela aplicação de acabados,equipamento mão-de-obra e tecnologia produtos emesportivo, construtores de em matéria-prima processo ecasas, produtos matérias-primasfarmacêuticos

Além de fornecer dados de valorização de estoques para as demonstrações financeiras, osdados detalhados de custos e os registros de estoque perpétuo fornecem as informações neces-sárias para controlar os níveis de estoque, para assegurar a disponibilidade oportuna de mate-riais para a produção, e para detectar furtos, desperdício e deterioração. Valorização e controlede estoque são discutidos em detalhes no Capítulo 2.

Livros Razões de Estoque. Geralmente, tanto empresas de comércio quanto fabricantesmantêm vários razões subsidiários, como aquele para contas a receber. Além disto, fabricantesnormalmente mantêm razões subsidiários para as contas de controle do estoque no razão geral,Produtos Acabados, Produtos em Processo, e Materiais. Estes razões subsidiários são necessáriospara um sistema de controle de estoque perpétuo e fornecem os saldos detalhados e informa-ções detalhadas para apoiar os saldos nas contas de controle.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 21

Page 24: Contabilidade de Custos, 11a ed

Alguns fabricantes usam um razão industrial, que contém todas as contas relacionadas amanufatura, incluindo as contas de estoque. Este razão, que é mantido na fábrica, está ligado aorazão geral no escritório central por meio de uma conta especial para a fábrica nos livros do es-critório central e uma conta especial para o escritório central nos livros da fábrica.

ELEMENTOS DOS CUSTOS DE MANUFATURA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Identificar os três elementos básicos dos custos de manufatura.

Custos de manufatura ou de produção são classificados em três elementos básicos: (1)materiais diretos, (2) mão-de-obra direta e (3) custos indiretos de fabricação.

MATERIAIS DIRETOS

Os custos de materiais que se tornam parte de um certo produto fabricado, e que podemser prontamente identificados com ele, são classificados como custos de materiais diretos.Exemplos incluem madeira usada na fabricação de móveis, tecido usado na produção de roupas,minério de ferro usado na fabricação de produtos de aço, e borracha usada na produção de cal-çados desportivos.

Muitos tipos de materiais e suprimentos necessários para o processo de manufatura po-dem, ou não, ser prontamente identificados com qualquer item fabricado, ou ter um custo rela-tivamente insignificante. Os custos de itens como a lixa usada para lixar móveis, lubrificantes usa-dos na máquinas, e outros itens para o uso geral da fábrica, são classificados como custos demateriais indiretos. Materiais que realmente se tornam parte do produto acabado mas cujoscustos são relativamente insignificantes, como linha, parafusos, rebites, pregos e cola, são classi-ficados de forma similar.

MÃO-DE-OBRA DIRETA

O custo da mão-de-obra para os empregados que trabalham diretamente no produto fabri-cado, como os operadores de máquinas ou os trabalhadores na linha de montagem, é classifica-do como sendo custo demão-de-obra direta. Os ordenados e salários de empregados que sãonecessários para o processo de manufatura mas que não trabalham diretamente nas unidadesem fabricação são considerados custos demão-de-obra indireta. Essa classificação inclui os or-denados e salários dos chefes de departamento, inspetores, pessoal de manuseio de material epessoal de manutenção. Custos relacionados com a folha de pagamento, como os impostos so-bre a folha, seguro em grupo, auxílio doença, pagamento de férias e de feriados, contribuiçõespara o programa de aposentadoria, e outros benefícios, mesmo para a mão-de-obra direta, tam-bém são tratados como custos indiretos.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-14; Exercícios 1-1 e1-2; Problema 1-1.

22 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 25: Contabilidade de Custos, 11a ed

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Custos indiretos de fabricação são conhecidos por vários nomes — ônus de fábrica,despesa de manufatura, custos indiretos, gastos gerais de fabricação e despesas de fábrica — eincluem todos os custos relacionados à fabricação de um produto exceto materiais diretos emão-de-obra direta. Assim, os custos indiretos de fabricação incluem materiais indiretos, mão-de-obra indireta e outras despesas de manufatura, como a depreciação do edifício e da máquinase equipamento da fábrica, suprimentos, aquecimento, iluminação, energia, manutenção, seguro,impostos e custos relacionados à folha de pagamento. Com as fábricas se tornando cada vezmais automatizadas, os custos indiretos de fabricação, como porcentagem do custo total de fa-bricação, têm aumentado drasticamente.

RESUMO DOS CUSTOS DE MANUFATURA

Às vezes, os custos de materiais diretos e de mão-de-obra direta são combinados e descri-tos como o custo primário da fabricação de um produto. O custo total de produção é igual aocusto primário mais os custos indiretos de fabricação. O custo de mão-de-obra direta e os custosindiretos de fabricação, que são necessários para converter os materiais diretos em produtosacabados, podem ser combinados e descritos como o custo de conversão ou transformação.Estes custos de manufatura estão ilustrados na Figura 1-3.

Figura 1-3 Custo Primário e Custo de Conversão

As despesas de marketing ou de venda, custos administrativos gerais e outros gastos quenão são de fábrica, não são incluídos nos custos de manufatura. No entanto, alguns custos incor-ridos por um fabricante podem beneficiar tanto as operações de fábrica quanto as que não sãoda fábrica. Exemplos incluem depreciação, seguro e impostos prediais sobre um edifício que alo-ja tanto a fábrica quanto os escritórios administrativos. Nessa situação, uma alocação do custoprecisa ser feita para cada função da empresa.

FLUXO DE CUSTOS

Todos os três elementos do custo de manufatura fluem pela conta de estoques de produ-tos em processo. Os custos de materiais diretos e de mão-de-obra direta usados na produção sãodebitados diretamente na conta de Produtos em Processo. Todos os outros custos de fábrica —mão-de-obra indireta, materiais indiretos e outras despesas de fábrica — são debitados na contade custos indiretos de fabricação e mais tarde são transferidos para a conta de Produtos em Pro-

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 23

Materiais Diretos

Custo Primário

Mão-de-obra Direta

Custo de Conversão

Custos Indiretosde Fabricação

Elementosdo Custo

Page 26: Contabilidade de Custos, 11a ed

cesso. Quando os produtos são acabados, os custos totais incorridos na produção dos produtossão transferidos da conta de Produtos em Processo para a conta de estoques de produtos acaba-dos. Quando produtos são vendidos, os custos incorridos para fabricá-los são transferidos daconta de Produtos Acabados para a conta de Custo de Produtos Vendidos. A Figura 1-4 ilustra ofluxo dos custos de manufatura.

ILUSTRAÇÃO DA CONTABILIDADE PARA CUSTOS DE MANUFATURA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Ilustrar procedimentos básicos da contabilidade de custos.

Os procedimentos da contabilidade de custos são usados para acumular e alocar todos oselementos do custo de manufatura de forma que produzirá dados significativos para o uso inter-no da gestão e para a preparação das demonstrações financeiras externas. O seguinte exemploilustra os procedimentos básicos da contabilidade de custos, utilizando a terminologia e os prin-cípios que foram discutidos anteriormente.

Figura 1-4 Fluxo de Custos

A Companhia de Móveis Fahr, uma corporação pequena e recém-organizada, fabrica mó-veis de vime— tanto mesas quanto cadeiras. A empresa vende produtos diretamente aos varejis-tas. As etapas básicas no processo de produção da empresa são as seguintes:

1. Pedaços de junco, uma fibra natural que cresce no Oriente, são comprados em especificaçõespré-cortadas. Os pedaços são montados para formar a estrutura da mesa ou cadeira no De-partamento de Montagem.

2. Os pés e os encostos da cadeira, e os pés e o contorno da mesa, são então amarrados em ca-na-da-índia no Departamento de Amarração.

3. O assento e o encosto da cadeira, e o topo da mesa, estão prontos para serem trançados emseus lugares no Departamento de Tecedura onde a cadeira ou a mesa será acabada.

O estoque inicial para a empresa no dia 1.º de janeiro do presente ano é como a seguir:

24 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Materiais Diretos

Mão-de-obra Direta

Custos Indiretos deFabricação (CIF)

Produtos em Processo Produtos Acabados

Custo de ProdutosVendidos

Page 27: Contabilidade de Custos, 11a ed

Companhia de Móveis FahrBalanço

1º de janeiro de 2001

Por uma questão de simplificação, vamos supor que a empresa fabrica um estilo de mesa enenhuma cadeira. Durante janeiro, as seguintes transações são completadas e registradas, emformato resumido:

1. Materiais (junco, cana-da-índia, pregos, tachas, grampos, cola e solventes) são comprados aprazo a um custo de $ 25.000.

D — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000C — Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

O custo dos materiais comprados é debitado na conta de controle de estoques, Materiais.Esse tratamento se baseia na suposição de que a empresa usa um sistema de controle de esto-que perpétuo.2. Durante o mês, materiais diretos (junco, cana-da-índia) com um custo de $ 20.000 e materiaisindiretos (pregos, tachas, grampos, cola e solventes para limpeza) com um custo de $ 995 sãobaixados para a fábrica.

D — Produtos em Processo (Materiais Diretos) . . . . . . . . . . . . . . . 20.000D — Custos Indiretos de Fabricação (Materiais Indiretos) . . . . . . . . 995

C — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.995

Materiais diretos baixados são debitados diretamente na conta de controle de produtos emprocesso, mas os materiais indiretos são debitados na conta de Custos Indiretos de Fabricação. Aconta de Custos Indiretos de Fabricação será usada para acumular várias despesas de fábrica quedepois serão transferidas para a conta de Produtos em Processo.3. O total de ordenados e salários auferidos para o mês era de: empregados da fábrica trabalhan-do no produto, $ 10.000; supervisão da fábrica, manutenção e empregados do almoxarifado,$ 3.500; e empregados administrativos e de vendas, $ 6.500. Os lançamentos para contabilizara folha de pagamento e os pagamentos aos empregados (ignorando as deduções da folha depagamento) seria como a seguir:

D — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C — Salários a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

D — Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C — Disponível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 25

AtivosCaixa ............................................$ 40.000

Edifício ...........................................250.000

Máquinas e equipamento....................75.000

Total do ativo.................................$365.000

Passivos e Patrimônio LíquidoPassivos................................................ $ -0-

Capital Social ............................... 365.000

Total do passivo epatrimônio líquido ...................... $365.000

Page 28: Contabilidade de Custos, 11a ed

4. O lançamento para distribuir a folha de pagamento para as contas apropriadas seria como aseguir:

D — Produtos em Processo (Mão-de-obra Direta) . . . . . . . . . . . . . . 10.000D — Custos Indiretos de Fabricação (Mão-de-obra Indireta) . . . . . . . 3.500D — Despesas Administrativas e de Vendas (Salários) . . . . . . . . . . . 6.500

C — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

Os ordenados ganhos pelos empregados que trabalham diretamente no produto são de-bitados na conta de Produtos em Processo, enquanto os salários e ordenados do supervisor dafábrica e do pessoal do almoxarifado e da manutenção, que não trabalham diretamente noproduto, são debitados na conta de Custos Indiretos de Fabricação como mão-de-obra indire-ta. Os salários dos empregados que não são da fábrica são debitados em uma conta de despe-sas separada.

Para poder enfocar procedimentos específicos de contabilidade de custos em comparaçãoaos procedimentos de contabilidade geral, a conta para Despesas Administrativas e de Vendas norazão geral será usada para acumular todas as despesas que não são de manufatura. Normalmen-te, contas de controle separadas no razão geral devem ser estabelecidas para as despesas admi-nistrativas e de vendas.

5. A despesa de depreciação para o edifício é de 6% do custo por ano. Os escritórios adminis-trativos e de vendas ocupam um décimo do total do edifício, e a operação da fábrica ocupa osoutros nove décimos. A despesa por um mês é contabilizada da seguinte forma:

D – Custos Indiretos de Fabricação (Depreciação do Edifício) . . . . . . . 1.125D – Despesas Administrativas e de Vendas(Depreciação do Edifício) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

C – Depreciação Acumulada – Edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250

($ 250.000 � 0,06 � 1/12 = $ 1.250;$ 1.250 � 0,90 = $ 1.125; $ 1.250 � 0,10 = $ 125)

O princípio da contabilidade de custos que está sendo ilustrado aqui é que apenas os cus-tos diretamente relacionados à produção devem ser debitados na conta para Custos Indiretos deFabricação. A depreciação sobre uma parcela do edifício usado como espaço para escritórios éuma despesa administrativa e não deve ser tratada como um elemento do custo do produto.

6. A despesa de depreciação para máquinas e equipamento é de 20% do custo por ano.

D – Custos Indiretos de Fabricação (Depr. de Maq. e Equip.) . . . . . . . 1.250C – Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos . . . . . 1.250

($ 75.000 � 0,20 � 1/12 = $ 1.250)

Todas as máquinas e equipamentos são usados na fábrica para propósitos de produção;portanto a despesa de depreciação é corretamente debitada na conta de Custos Indiretos deFabricação.

26 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 29: Contabilidade de Custos, 11a ed

7. O custo de aquecimento, iluminação e energia para o mês foi de $ 1.500.

D – Custos Indiretos de Fabricação (Utilidades Públicas) . . . . . . . . . . 1.350D – Despesas Administrativas e de Vendas (Utilidades Públicas). . . . . 150

C – Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500

Devido a que um décimo do edifício é usado para propósitos de escritório, 10% do total docusto para utilidades públicas é alocado na conta de Despesas Administrativas e de Vendas.

8. Despesas administrativas e de venda diversas para telefone, suprimentos de escritório, via-gens, e aluguel de móveis e equipamentos para escritório totalizou $ 3.750.

D – Despesas Administrativas e de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.750C – Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.750

Muitas outras despesas podem ser incorridas por uma organização de manufatura, mas porsimplicidade suponhamos que nenhuma outra despesa foi incorrida durante o mês. Após efe-tuar os lançamentos no diário geral, nas contas apropriadas no razão geral segundo o plano decontas, os Custos Indiretos de Fabricação refletirão os seguintes débitos:

Transação Descrição Valor2. Materiais indiretos $ 9954. Mão-de-obra indireta 3.5005. Depreciação do edifício 1.1256. Depreciação de máquinas e equipamento 1.2507. Utilidades públicas 1.350

Total $ 8.220

9. O saldo na conta para Custos Indiretos de Fabricação é transferido para Produtos em Proces-so com o seguinte lançamento:

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.220C – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.220

Os três elementos do custo de manufatura — materiais diretos, mão-de-obra direta, e cus-tos indiretos de fabricação – são agora acumulados na conta de Produtos em Processo. Os débi-tos na conta são como a seguir:

Transação Descrição Valor2. Materiais diretos $ 20.0004. Mão-de-obra direta 10.0009. Custos Indiretos de Fabricação 8.220

Total $ 38.220

10. Supondo que todos os produtos iniciados no processo foram acabados, o seguinte lança-mento transfere o custo desses produtos da conta de Produtos em Processo para ProdutosAcabados:

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 27

Page 30: Contabilidade de Custos, 11a ed

D – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.220C – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.220

Supondo que 1.000 mesas foram produzidas durante o mês, o custo unitário é de $ 38,22($ 38.220/1.000). O custo unitário para cada elemento do custo de manufatura é calculado da se-guinte forma:

Unidades CustoTotal Produzidas Unitário

Materiais diretos . . . . . . . . . . . $ 20.000 1.000 $ 20,00Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . 10.000 1.000 10,00Custos Indiretosde Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . 8.220 1.000 8,22

$ 38.220 $ 38,22

Se o mesmo tipo de mesa for produzido em períodos futuros, os custos unitários daquelesperíodos podem ser comparados com os custos unitários determinados no exemplo preceden-te. Quaisquer diferenças podem ser analisadas para que a administração possa tomar a medidaapropriada.

O custo unitário também serve como base para estabelecer o preço de venda das mesas.Após considerar as despesas administrativas e de vendas previstas, a administração estabeleceum preço de venda que deve fornecer um lucro razoável. O preço de venda pode ser determina-do ao adicionar uma porcentagem de lucro sobre o custo, que é uma porcentagem do cus-to de manufatura unitário. Por exemplo, se a administração decidir que uma porcentagem de lu-cro de 50% sobre o custo é necessário para cobrir a parcela do produto das despesasadministrativas e de vendas e ainda obter um lucro satisfatório, o preço de venda unitário, arre-dondado para o centavo mais próximo, seria calculado da seguinte maneira:

Custo de manufatura ................................................................................... $ 38,22Porcentagem de lucro sobre o custo (50%) ..................................................... 19,11Preço de venda........................................................................................... $ 57,33

Em períodos posteriores, pode-se descobrir que este item em particular não pode ser ven-dido a um preço alto o suficiente para fornecer um lucro razoável. Por meio da análise dos cus-tos unitários, a administração pode efetuar uma medida de corte de custos, ou talvez até descon-tinuar a produção do item.

Deste exemplo, está aparente que, a qualquer dado momento, o custo de cada item no es-toque está Caixa. Deve ser enfatizado que uma das funções da contabilidade de custos é a deter-minação acurada do custo de manufatura de uma unidade do produto. O conhecimento do cus-to unitário ajuda a gestão a planejar e controlar as operações e tomar decisões demarketing.

Para continuar com o exemplo, suponha que as seguintes transações ocorreram em janei-ro (além daquelas que já foram contabilizadas):

11. Faturas de $ 25.000, representando os custos de materiais, utilidades públicas e despesas ad-ministrativas e de vendas, são pagas.

D – Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000C – Caixa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

28 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Page 31: Contabilidade de Custos, 11a ed

12. Um total de 800 mesas são vendidas para varejistas a um preço líquido de$ 57,33 cada.

D – Contas a Receber (800 � $ 57,33) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.864C – Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.864

D – Custo de Produtos Vendidos (800 � $ 38,22) . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.576C – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.576

Por que o custo unitário de cada item é conhecido, o custo de produtos vendidos pode serdeterminado sem um inventário físico ou estimativa de custo.

13. Caixa totalizando $ 33.000 é recebido das contas a receber.

D – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000C – Contas a Receber. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000

As contas no razão geral refletirão os lançamentos como segue:

Caixa Contas a Receber

1/1 Saldo 40.000 3. 20.000 12. 45.864 13. 33.00013. 33.000 11. 25.000 12.864

73.000 45.00028.000

Produtos Acabados

10. 38.220 12. 30.5767.644

Produtos em Processo

2. Materiais diretos 20.000 10. 38.2204. Mão-de-obra direta 10.0009. Custos Indiretos de Fabricação 8.220

38.220

Materiais Edifício

1. 25.000 2. 20.995 1/1 Saldo 250.0004.005

Depreciação Acumulada – Edifício Máquinas e Equipamentos

5. 1.250 1/1 Saldo 75.000

Depreciação Acumulada – Máquinase Equipamentos Contas a Pagar

6. 1.250 1. 25.00011. 25.000 7. 1.500

8. 3.750Salários a Pagar 30.250

3. 20.000 3. 20.000 5.250

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 29

Page 32: Contabilidade de Custos, 11a ed

Capital Vendas

1/1 Saldo 365.000 12. 45.864

Custo dos Produtos Vendidos Folha de Pagamento

12. 30.576 3. 20.000 4. 20.000

Custos Indiretos de Fabricação

2. Materiais indiretos 995 9. 8.2204. Mão-de-obra indireta 3.5005. Depreciação de edifício 1.1256. Depreciação de máq. e equipamentos1.2507. Utilidades públicas 1.350

8.220

Despesas Administrativas e de Vendas

4. Salários 6.5005. Depreciação de edifício 1257. Utilidades públicas 1508. Outros 3.750

10.525

Após calcular o saldo de cada conta do razão geral, a igualdade dos débitos e créditos é pro-vada pela preparação de um balancete de verificação, como a seguir.

Companhia de Móveis FahrBalancete de Verificação31 de janeiro de 20 – –

Caixa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.864Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.644Produtos em Processo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.005Edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.250Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000Depreciação Acumulada – Máquinas

e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.250Salários a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Capital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365.000Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.864Custo de Produtos Vendidos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.576Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Despesas Administrativas e de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.525. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 418.614 $ 418.614

30 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Contabilidade de Custos fornece uma compreensão completa dos conceitos de custos, comportamento de custos e técnicas de contabilidade de custos com relação a como se aplicam às empresas de manufatura e de serviços.

Os estudantes aprendem como determinar os custos de produtos e de serviços acuradamente; como usar o conhecimento dos custos de produtos e de serviços para estabelecer preços de venda, para dar lances em contratos e para analisar a rentabilidade relativa de vários produtos e serviços; como usar técnicas para medir o desempenho de gerentes e subunidades dentro de uma organização; como projetar um sistema de contabilidade que se acomode ao sistema de pro-dução e de distribuição de uma organização; e como usar o sistema de conta-bilidade como ferramenta para motivar gerentes a perseguirem os objetivos da organização.

Neste livro o estudante vai encontrar:

material para um curso sobre contabilidade de custos de um semestre, ou um ano;os princípios e os procedimentos do custeio por ordem de serviço, custeio de processo e custeio padrão, de forma lógica e concisa; e discussão sobre os relatórios de propósitos especiais e as técnicas ana-líticas da contabilidade gerencial.

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0 m

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190 mm190 mm23,7 mm

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