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CBR
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Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem Departamento de Diagnstico por Imagem e Radioterapia da Associao
Mdica Brasileira
PROTOCOLO BRASILEIRO DE TREINAMENTO EM RADIOLOGIA E DIAGNSTICO POR IMAGEM
CONTEDO PROGRAMTICO GERAL PARA FORMAO BSICA DA RESIDNCIA/APERFEIOAMENTO EM
RADIOLOGIA E DIAGNSTICO POR IMAGEM
CONTEDO PROGRAMTICO PARA FORMAO DO ESPECIALISTA EM RADIOLOGIA E DIAGNSTICO
POR IMAGEM NAS SUBESPECIALIDADES
Comisso de Ensino, Especializao e Residncia Mdica do Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem
www.cbr.org.br
Diretoria do CBR (Binio 2010-2012)
NDICE
PRESIDENTE
Dr. Manoel Aparecido Gomes da Silva
VICE-PRESIDENTES
So Paulo: Dr. Suelio Marinho de Queiroz
Rio de Janeiro: Dr. Hanna Chaim
Norte: Dr. Jos Antonio Brito dos Santos
Nordeste: Dr. Delfin Gonzalez Miranda
Sul: Dr. nio Rogacheski
Sudeste: Dr. Amilcar Mosci
Centro-Oeste: Dr. Cristiano Montandon
1 Secretrio Geral: Dr. Jos Luiz Nunes Ferreira
2 Secretrio Geral: Dr. Pablo Picasso de Arajo Coimbra
1 Tesoureiro: Dr. Carlos Alberto Ximenes
2 Tesoureiro: Dr. Silvio Adriano Cavazzola
Diretor de Defesa Profissional: Dr. Oscar Antonio Defonso
Diretor Cultural: Dra. Adonis Manzella dos Santos
Diretor Cientfico: Dr. Joo Paulo Kawaoka Matushita
Diretor ABCDI: Dr. Cicero Aurelio Sinisgalli Junior
Departamento Jurdico: Marques e Bergstein Advogados Associados
CCoommiissssoo ddee EEnnssiinnoo,, AAppeerrffeeiiooaammeennttoo ee RReessiiddnncciiaa MMddiiccaa
CCoooorrddeennaaddoorr:: DDrr.. nniioo RRooggaacchheesskkii PPRR
DDrr.. AAllaaiirr AAuugguussttoo SS..MM..DD..ddooss SSaannttooss -- RRJJ
DDrr.. EEddssoonn MMeennddeess BBooaassqquueevviissqquuee RRJJ
DDrraa.. EElliiaannee MMaarriiaa PPiinnttoo FFiiuuzzaa FFeerrrreeiirraa BBAA
DDrr.. FFeerrnnaannddoo AAllvveess MMoorreeiirraa SSPP
DDrr.. GGiiuusseeppppee DDIIppppoolliittoo SSPP
DDrr.. HHeennrriiqquuee CCaarrrreettee JJnniioorr SSPP
DDrr.. LLuuiiss CCaarrllooss FFeerrrreerr CCaarrnneeiirroo PPEE
DDrr.. LLuutteerroo MMaarrqquueess ddee OOlliivveeiirraa PPRR
DDrr.. MMaarrcceelloo RRiiccaarrddoo CCaannuuttoo NNaattaall DDFF
DDrr.. PPaauulloo ddee QQuueeiirroozz BBoorrbbaa FFiillhhoo PPEE
DDrr.. RRuubbeennss CChhoojjnniiaakk SSPP
Prefcio
Protocolo Brasileiro de Treinamento em
Radiologia e Diagnstico por Imagem
Contedo Programtico Geral para a Formao Bsica da
Residncia/Especializao em Radiologia e Diagnstico
por Imagem
Radiologia de Mama
Radiologia Cardaca
Radiologia de Trax
Radiologia Gastrintestinal e Abdominal
Radiologia de Cabea e Pescoo
Radiologia Intervencionista
Radiologia Msculo-Esqueltica
Neurorradiologia
Radiologia Peditrica
Radiologia Urogenital
Imagem em Obstetrcia
Contedo Programtico para Formao do Especialista
em Radiologia e Diagnstico por Imagem nas
Subespecialidades
Radiologia de Mama
Radiologia Cardaca
Radiologia de Trax
Radiologia Gastrintestinal e Abdominal
Radiologia de Cabea e Pescoo
Radiologia Intervencionista
Radiologia Msculo-Esqueltica
Neurorradiologia
Radiologia Peditrica
Radiologia Urogenital
So Paulo 15 de dezembro de 2008 Coordenao: Dr. nio Rogacheski SEDE DO CBR Av. Paulista, 37 7 andar Conj. 71 01311-909 So Paulo SP Tel.: (11) 3372-4544 E-mail: [email protected]
Prefcio O Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem (CBR) filiado Associao Mdica Brasileira, integrando seu Conselho Cientfico como Departamento de Diagnstico por Imagem e Radioterapia no Brasil. O CBR congrega profissionais mdicos e servios, que exercem atividades de diagnstico e tratamento utilizando mtodos de imagem e/ou radiaes ionizantes. So mtodos de diagnstico por imagem e tratamento ligados ao CBR: radiodiagnstico convencional e especializado, radioterapia, medicina nuclear, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonncia magntica, radiologia vascular e intervencionista, radiologia peditrica, mamografia, densitometria ssea, neurorradiologia, Doppler esplncnico e perifrico e outros que, eventualmente, preencham as finalidades do CBR. A Residncia Mdica e os servios que oferecem treinamento sob a forma de especializao em Radiologia e Diagnstico por Imagem devero oferecer uma educao de qualidade ampla e profunda em todas as disciplinas associadas especialidade e ser devidamente cadastrados e reconhecidos pelo CBR. O acesso dos candidatos Residncia Mdica e/ou especializao direto, sem pr-requisito, por meio de prova de seleo constituda de questes de Medicina geral (matrias do curso de graduao), no se devendo exigir do candidato conhecimentos especficos na rea de radiologia. O programa compreende um perodo de trs anos de formao supervisionada em Diagnstico por Imagem, em nvel de residncia, incluindo trinta dias de frias anuais. Os servios podero solicitar perodos opcionais (E4), em reas especficas como, neurorradiologia, angiorradiologia, radiologia intervencionista, radiologia peditrica, sistema msculo-esqueltico, radiologia cardaca, etc.. A Comisso de Ensino, Aperfeioamento e Residncia Mdica do CBR elaborou este Protocolo, baseado no Protocolo da Associao Europia de Radiologia (EAR), nos documentos anteriormente utilizados pelo CBR, como o Programa Bsico de Residncia Mdica ou Curso de Especializao para Formao em Radiologia e Diagnstico por Imagem, nos Requisitos Mnimos para Credenciamento de Especializao em Radiologia e no Estatuto do CBR. So denominados residentes aqueles que estiverem devidamente matriculados em Programas de Residncia Mdica em Radiologia credenciados pela CNRM (Comisso Nacional de Residncia Mdica) e reconhecidos pelo CBR. So denominados especializandos aqueles que estiverem fazendo treinamento em Radiologia em hospitais ou servios reconhecidos pelo CBR, assim como aqueles que estiverem regularmente inscritos em Cursos de Especializao em Radiologia credenciados pelo Ministrio da Educao e Desporto e tambm devidamente reconhecidos pelo CBR. Este protocolo reitera que o perodo de treinamento para radiologia , atualmente, de trs anos o que comprova o grande volume de conhecimentos e habilidades necessrios prestao de servios de
radiologia geral. Estes conhecimentos incluem funo celular, fisiologia, anatomia e fsica, assim como uma ampla compreenso de todas as manifestaes, histria natural e tratamento das doenas. O desenvolvimento da competncia para realizao e interpretao de uma grande variedade de modalidades de exames de imagens e manifestaes de doenas tambm leva um tempo considervel, que no pode ser concentrado em perodos mais curtos de treinamento. O protocolo reconhece que a maioria dos radiologistas trabalha em um grupo, prestando um servio geral a uma ampla gama de clnicos e especialistas. Entretanto, a complexidade cada vez maior da medicina moderna e o impacto de reunies multidisciplinares exigem um conhecimento mais profundo sobre processos de doenas em variadas circunstncias. Portanto, o protocolo enfatiza a necessidade de que os radiologistas gerais, em seus anos de treinamento, desenvolvam um conhecimento mais focado e profundo de, pelo menos, duas reas, a fim de melhorar o servio prestado pelo grupo de radiologistas gerais. Finalmente, o protocolo reconhece que, para servios mais especializados, necessrio um nvel mais elevado de especializao por parte dos radiologistas e que o treinamento deve estar focado na obteno dos conhecimentos e habilidades necessrios ao desempenho de suas funes, sendo necessria uma complementao na formao com um quarto ano. Entretanto, essencial, para esse grupo, ter uma ampla compreenso da radiologia e da grande variedade de modalidades de exames de imagem que ele vai utilizar, antes da subespecializao particularmente, j que muitas doenas no se restringem a um nico sistema de rgos. Os radiologistas envolvidos na realizao de terapias e, particularmente, os radiologistas intervencionistas, tambm necessitaro de um tempo suficiente para adquirir competncia para o tratamento de pacientes. Dois currculos detalhados foram tambm elaborados, incluindo uma lista detalhada de requisitos para preceptores e residentes/especializandos em radiologia, para assegurar que conhecimentos e competncias dentro das reas apropriadas tenham sido ministrados e adquiridos. O primeiro currculo cobre o programa inicial de treinamento estruturado. O segundo fornece orientao para aqueles que desejam empreender uma carreira trabalhando predominantemente em uma rea de subespecialidade em um rgo especfico. Os currculos de subespecialidades tambm destacam a importncia da literatura cientfica especializada para esse grupo. O radiologista geral em treinamento em reas de especial interesse, na ltima etapa de seu treinamento, pode tambm desejar usar os currculos de subespecialidades para orientao, conquanto reconheam que no necessitam cumprir todos os aspectos includos nesses currculos.
Contedo Programtico Geral para a Formao Bsica da Residncia/Aperfeioamento em Radiologia e Diagnstico por Imagem Introduo: Radiologia uma especialidade mdica
que envolve todos os aspectos das imagens mdicas, que fornecem informaes sobre a anatomia, patologia, histopatologia e funes de estados de doenas. Ela tambm envolve tcnicas intervencionistas minimamente invasivas para diagnsticos e terapias, incluindo sistemas guiados por imagem. A durao do treinamento de trs anos. Contedo
1. Conhecimentos fundamentais 2. Programas de treinamento 3. Recursos de treinamento
Artigo 1: CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS 1.1. Cincias bsicas
a. Fsica da radiao; b. Radiobiologia; c. A base fsica da formao da imagem,
incluindo radiografia convencional, densitometria ssea, tomografia computadorizada, medicina nuclear, ressonncia magntica e ultra-sonografia;
d. Controle de qualidade; e. Proteo contra radiao; radioproteo; f. Anatomia, fisiologia, bioqumica e tcnicas
relacionadas a procedimentos radiolgicos; g. Biologia celular, DNA, RNA e atividade
celular; h. Farmacologia e aplicao de meio de
contraste; i. Conceitos bsicos de cincia da
computao, ps-processamento de imagens, arquivamento e comunicao de imagens e telerradiologia.
1.2. Cincias patolgicas
Conhecimentos de patologia e patofisiologia relacionados radiologia diagnstica e intervencionista.
1.3. Prtica clnica atual
Conhecimentos bsicos da prtica clnica atual relacionada radiologia clnica. Competncia na elaborao de laudos radiolgicos e na comunicao com mdicos e pacientes.
1.4. Radiologia clnica
Conhecimento proficiente da radiologia clnica atual. Este conhecimento deve incluir: a. Especialidades em rgos ou sistemas, por
exemplo, radiologia cardaca, de trax, dental, otorrinolaringolgica, gastrointestinal, geniturinria, msculo-
esqueltica, obsttrica, vascular, neurorradiologia, mamografia, incluindo a aplicao de radiologia convencional (RX), angiografia, densitometria ssea (DO), tomografia computadorizada (TC), ressonncia magntica (RM), ultra-sonografia (US) e, quando aplicvel, medicina nuclear (MN).
b. Especialidades dedicadas a determinadas faixas etrias, isto , radiologia peditrica.
c. Procedimentos intervencionistas comuns, por exemplo, bipsias e procedimentos de drenagem guiados pelos diversos mtodos de Imagem.
d. Urgncias radiolgicas. 1.5. Administrao e controle
Conhecimento dos princpios de administrao e controle aplicados a um departamento clnico com equipe multidisciplinar e equipamentos de alto custo.
1.6. Pesquisa
Conhecimento de elementos bsicos de mtodos cientficos e base de evidncia, incluindo dados estatsticos necessrios para avaliao crtica e compreenso de trabalhos publicados e a promoo de pesquisas pessoais.
1.7. Mdico-legal
Compreenso das implicaes mdico-legais da prtica radiolgica. Compreenso da incerteza e erro na radiologia juntamente com a metodologia de aprendizado com erros.
Artigo 2: PROGRAMAS DE TREINAMENTO
2.1. A especialidade da radiologia envolve todos os aspectos das imagens mdicas, que fornecem informaes sobre morfologia, funo e atividade celular, e os aspectos de radiologia intervencionista ou terapias minimamente invasivas, que esto sob a responsabilidade do departamento de radiologia.
2.2. Experincia clnica. Radiologistas so clnicos
e precisam de uma boa experincia clnica em outras disciplinas. Isto normalmente se consegue atravs de experincia e treinamento clnicos antes de entrar na radiologia, mas pode tambm exigir mais experincia clnica durante o treinamento em radiologia, que no deve ter um impacto negativo sobre o cumprimento do currculo completo de treinamento em radiologia. O radiologista que tenha completado
o treinamento deve ser capaz de trabalhar independentemente na soluo da maioria dos problemas clnicos comuns. Particularmente aqueles que realizam procedimentos intervencionistas podem necessitar de conhecimentos clnicos suficientes para aceitar consultas diretas e atender casos de pacientes internados ou no.
2.3. Um radiologista geral deve entender todos os
aspectos dos conhecimentos fundamentais da radiologia geral para assegurar uma compreenso de todas as habilidades radiolgicas necessrias em um hospital geral ou comunitrio e na prtica radiolgica geral.
2.4. O treinamento radiolgico deve ser
preferencialmente, baseado em sistemas clnicos e no em modalidades tais como Radiologia Convencional, DO, TC, RM e US. A compreenso do valor e do uso dessas modalidades e o treino na prtica das tcnicas devem ser conseguidos durante o respectivo mdulo de sistema.
2.5. A durao do treinamento em radiologia de
trs anos; o contedo dos primeiros trs anos um programa comum estruturado, que inclui anatomia radiolgica, manifestaes de doenas e habilidades radiolgicas essenciais. O quarto ano deve ser estruturado de uma forma mais flexvel, para que se desenvolva competncia suficiente para trabalhar de forma autnoma como um radiologista geral e para facilitar o treinamento na subespecialidade. O quarto ano de treinamento para aqueles que esto se preparando para prestar servios de radiologia geral incluir a aquisio de mais experincia em todos os sistemas de rgos, mas os residentes/especializandos devem tambm desenvolver pelo menos duas reas especiais de interesse.
2.6. Radiologistas em treinamento devem estar
disponveis em tempo integral durante os cinco anos do programa. As providncias podem variar para aqueles que esto realizando treinamento flexvel, mas o tempo total de treinamento ser equivalente ao de um especializando em tempo integral. Admite-se que as datas de incio dos programas de treinamento em radiologia iro variar em todo o Brasil, devendo, preferencialmente, iniciar em 1 de fevereiro de cada ano.
2.7. A estrutura exata dos mdulos baseados em
sistemas pode variar um pouco de um Servio para outro, mas a distribuio do tempo deve refletir a importncia do sistema para a prtica radiolgica.
2.8. O programa de treinamento entre o primeiro
e terceiro anos
2.8.1. No incio desse perodo de trs anos, os residentes/especializandos devem adquirir os
conhecimentos necessrios sobre cincias bsicas, isto , bases fsicas da formao de imagens em todas as modalidades de exames de imagem, sistemas informatizados de arquivamento de imagens (PACS Picture Arquiving Computer Systems), sistemas de informaes hospitalares e radiolgicas, controle de qualidade, proteo contra radiao, fsica da radiao, biologia da radiao, anatomia, fisiologia, biologia celular e estrutura molecular, bioqumica e tcnicas relacionadas a procedimentos radiolgicos, farmacologia e aplicao de meios de contraste e fundamentos bsicos de cincias da computao como descrito nos conhecimentos fundamentais para radiologia geral.
2.8.2. O treinamento em radiologia deve assegurar a
compreenso e a implementao do processo de justificao e otimizao.
2.8.3. Deve-se adquirir uma compreenso detalhada
sobre a anatomia normal da imagem, nos primeiros especializaos do treinamento.
2.8.4. A alternncia de mdulos nas reas clnicas
da radiologia deve ser baseada nos sistemas que envolvem o uso de todas as modalidades relevantes dentro de cada mdulo, e formulada dentro de um programa integrado, cobrindo todos os aspectos da radiologia. A distribuio do tempo refletir a complexidade e relevncia para a prtica clnica geral, mas, como orientao, o sistema msculo-esqueltico, trax e sistema cardiovascular, sistema gastrintestinal, incluindo rgos parenquimatosos, sistema nervoso central, incluindo cabea e pescoo e pediatria, possivelmente, devam necessitar de tempos similares. s demais reas devem ser atribudas o tempo restante, equilibradamente, conforme a necessidade.
2.8.5. Os residentes/especializandos devem
participar de exames e atividades clnicas radiolgicas e a extenso e complexidade devem crescer gradualmente durante o primeiro ano, paralelamente experincia. importante que os residentes/especializandos passem por todas as sees do departamento de radiologia para ganhar experincia em todas as tcnicas, de sorte que compreendam sua funo e papel, e aprendam como usar a tecnologia na prtica dos seguintes mtodos de imagem:
-Radiologia convencional, incluindo processamento e arquivamento de filmes;
- Fluoroscopia; - Ultra-sonografia; - Densitometria ssea - Tomografia computadorizada; - Ressonncia magntica; - Exames com radioistopos. Todo residente/especializando deve conhecer
as tcnicas disponveis e as caractersticas diagnsticas dos exames, sendo recomendvel o conhecimento dos princpios bsicos e
principais indicaes dos exames de Medicina Nuclear.
2.8.6. Os trs primeiros anos do programa de
treinamento devem incluir os seguintes elementos:
- Doenas torcicas; - Sistema nervoso central; - Sistema msculo-esqueltico - Sistema gastrintestinal, incluindo o sistema
hepatobiliar; - Sistema geniturinrio; - Pediatria; - Doenas cardacas; - Cabea e pescoo e maxilo-facial; - Ginecologia e obstetrcia; - Doenas de mama; - Sistema endcrino; - Sistema vascular e linftico; - Oncologia; - Radiologia de emergncia; - Tcnicas intervencionistas bsicas. 2.8.7. O residente/especializando deve estar
envolvido em exames radiolgicos e diagnsticos de pacientes que se apresentem no setor de emergncia e devem ser capazes de avaliar pacientes que estejam grave ou criticamente doentes. O residente/ especializando no dever assumir responsabilidade clnica na Emergncia sem a devida superviso por um mdico radiologista plenamente qualificada.
2.8.8 Residentes/especializandos, ao final de trs
anos, devero estar completamente versados nos aspectos bsicos dos fundamentos de radiologia geral. Isto ser conseguido por meio de uma mistura de treinamento didtico e prtico.
2.8.9. No tronco comum, os residentes/
especializandos em radiologia devem desenvolver um conhecimento das tcnicas e sinais radiolgicos, paralelamente aos tpicos descritos, em linhas gerais, a seguir. Todos os residentes/especializandos devem realizar procedimentos intervencionistas bsicos durante esse perodo. Os residentes/especializandos devem ser estreitamente supervisionados por um radiologista plenamente qualificado.
Msculo-esqueltico
Conhecimentos fundamentais -Anatomia msculo-esqueltica, variaes
esquelticas normais, que mimetizam doenas e displasias congnitas comuns.
-Conhecimentos clnicos, mdicos ou cirrgicos, e patolgicos relacionados ao sistema msculo-esqueltico.
-Traumas envolvendo o esqueleto e partes moles e o valor das diferentes modalidades de exames de imagem.
-Distrbios degenerativos e sua importncia clnica.
-Manifestaes de infeco msculo-esqueltica, inflamao e doenas metablicas, incluindo osteoporose e densitometria ssea.
-Reconhecimento e controle de tumores. Habilidades fundamentais -Elaborao de laudos de radiografias simples,
investigaes com radioistopos, TC e RM e distrbios msculo-esqueltico comuns.
-Realizao e elaborao de laudos de exames de ultra-sonografia de msculos, tendes e ligamentos, quando apropriado.
-Controle e elaborao de laudos de radiografias, TC e RM de traumas msculo-esqueltico.
-Observao de bipsias e drenagens guiadas por imagem no sistema msculo-esqueltico.
-Observao de procedimentos teraputicos minimamente invasivos do sistema msculo-esqueltico.
Trax Conhecimentos fundamentais -Anatomia do sistema respiratrio, corao, vasos,
mediastino e parede torcica em radiografias, US, TC e RM.
-Reconhecer e declarar a importncia de sinais genricos em radiografias de trax.
-Aspectos em radiografias e TC e diagnstico diferencial de atelectasias, doenas infiltrativas difusas e alveolares dos pulmes, das vias areas e doena obstrutiva pulmonar.
-Reconhecer ndulos pulmonares solitrios e mltiplos, neoplasias benignas e malignas, hiperlucncias e sua potencial etiologia.
-Doenas torcicas em pacientes imunocomprometidos e doena pulmonar congnita.
-Distrbios do sistema pulmonar vascular e grandes vasos, incluindo o papel diagnstico de radiografias, radioistopos, TC (tomografia computadorizada) e RM (ressonncia magntica).
-Anormalidades na parede do trax, mediastino e pleura, incluindo trax ps-operatrio e trauma.
Habilidades fundamentais -Controle e elaborao de laudos de radiografias,
ultra-sonografias de trax, TC e TC de alta resoluo, incluindo angiografia pulmonar por TC (ngio-TC).
-Drenagem de colees pleurais guiadas por imagem e observao de bipsias guiadas por imagem de leses dentro do trax.
Gastrointestinal
Conhecimentos fundamentais -Anatomia do abdmen, incluindo vsceras internas,
rgos abdominais, omento, mesentrio e peritnio em radiografias, estudos com contraste de brio ou outros, TC, US e RM.
-Reconhecer aspectos de trauma abdominal e condies agudas, incluindo perfurao, hemorragia, infeco, obstruo, isquemia e infarto em radiografias, ultra-som e TC.
-Aspectos de exames de imagem e diagnstico diferencial de tumores primrios e secundrios de rgos slidos, esfago, estmago, intestino delgado, clon e reto.
-Aspectos de exames de imagem de estadio e extenso de tumores, incluindo aspectos que indicam ressecabilidade e conhecimento do papel da endoscopia e da US endoscpica.
-Manifestaes radiolgicas de doenas intestinais inflamatrias, sndromes de mau-absoro e infeco.
-Reconhecimento de distrbios de motilidade, hrnias e divertculos.
-Manifestaes radiolgicas de leses, incluindo varizes, isquemia, infarto, hemorragia e malformaes vasculares.
-Compreenso das aplicaes de angiografia, tcnicas intervencionistas vasculares, procedimentos para colocao de stents e descompresso porto-sistmica.
Habilidades fundamentais -Elaborao de laudos de radiografias simples. -Realizao e elaborao de laudos de exames com
contraste da faringe, esfago, estmago, intestino grosso e delgado.
-Realizao e elaborao de laudo de ultra-sonografia trans-abdominal do sistema gastrintestinal, vsceras abdominais e seus vasos, incluindo Doppler.
-Controle e elaborao de laudo de TC de abdmen. -Compreenso e, quando possvel e apropriada,
observao e experincia de ultra-som trans-retal, transvaginal e endoscpico.
-Realizao de drenagem e bipsia guiada por US e TC.
-Experincia em manifestaes de doenas abdominais em RM.
-Compreenso e, quando apropriada, experincia em investigao com radioistopos do trato gastrintestinal e rgos abdominais.
-Observao de angiografia e tcnicas vasculares intervencionistas.
Neurorradiologia Conhecimentos fundamentais -Conhecimento da anatomia normal e das variaes
normais do crebro, coluna vertebral e razes nervosas.
-Compreenso do raciocnio para seleo de certas modalidades de exames de imagem, e o uso de realce por contraste, no diagnstico de doenas do sistema nervoso central.
-Caractersticas de imagens em TC e RM e diagnstico diferencial de acidente vascular cerebral, hemorragia e outras leses vasculares cerebrais e da coluna vertebral e da aplicao de TC e angiografia por RM.
-Diagnstico de trauma craniano e vertebral e de suas seqelas neurolgicas.
-Caractersticas de exames de imagem e diagnstico diferencial de doena, inflamao e degenerao da substncia branca.
-Diagnstico de tumores benignos e malignos do crebro, coluna vertebral e nervos cranianos.
-Compreenso do papel da medicina nuclear, incluindo PET, em distrbios neurolgicos.
-Compreenso do papel da ressonncia magntica funcional nas diversas doenas neurolgicas e neurocirrgicas.
Habilidades fundamentais
-Elaborao de laudos de radiografias de crnio e coluna vertebral.
-Controle e elaborao de laudos de TC e MR craniana e vertebral.
-Observao de angiografia cerebral. -Observao de ultra-som de cartida, incluindo
Doppler. -Observao de procedimentos intervencionistas. Urogenital Conhecimentos fundamentais (vide Ginecologia e
Obstetrcia) -Conhecimento da anatomia normal dos rins,
ureteres, bexiga e uretra, incluindo variaes normais.
-Conhecimento da anatomia normal do retroperitnio, plvis feminina e trato genital masculino.
-Compreenso da funo renal, diagnstico de doenas parenquimatosas renais, incluindo infeco e doena renovascular e controle de insuficincia renal.
-Caractersticas de exames de imagem e investigao apropriada de clculos,
-Investigao e caractersticas de obstruo e refluxo do trato urinrio, incluindo estudos com radioistopos.
-Caractersticas de exames de imagem e diagnstico diferencial de tumores dos rins e do trato urinrio.
-Caractersticas de exames de imagem e investigao de transplantes renais.
-Caractersticas de exames de imagem e diagnstico diferencial de retroperitnio, prstata e testculos.
Habilidades fundamentais -Elaborao de laudos de radiografias do trato
urinrio. -Realizao e elaborao de relatrios de urografias
intravenosas, pieloureterografias retrgradas, radiografia contrastada de conduto ileal/derivao urinria, ureterografias ascendentes e cistouretrografias miccionais.
-Realizao e elaborao de laudos de imagens de ultra-sonografia trans-abdominal do trato urinrio e testculos, incluindo Doppler.
-Controle e elaborao de laudos de tomografia computadorizada e ressonncia magntica de retroperitnio, trato urinrio e plvis.
-Observao de nefrostomias, bipsias renais guiadas por imagem e angiografia aplicada ao trato urinrio.
Cardaca, vascular e sistema linftico
Conhecimentos fundamentais
-Anatomia normal do corao e vasos, incluindo o sistema linftico demonstrado por radiografias, ecocardiografia e Doppler, TC e RM com contraste.
-Princpios gerais e classificao de doena cardaca congnita e caractersticas diagnsticas em radiografias convencionais.
-Histria natural e deformidades anatmicas causando cianose central.
-Caractersticas radiolgicas e ecocardiogrficas e causas de dilatao cardaca, incluindo doena valvular adquirida.
-Diagnstico de doena isqumica cardaca, incluindo exames com radioistopos, ngio-TC e angiografia coronria.
-Caractersticas diagnsticas de vasculite, ateroma, e dilatao aneurismtica de artrias e trombose de veias.
-Diagnstico radiolgico e por ultra-sonografia de doena pericrdica.
Habilidades fundamentais -Elaborao de laudos de radiografias significantes
para doena cardiovascular. -Tcnicas de puno venosa e de artria femoral e
introduo de fios-guia e cateteres no sistema venoso e arterial.
-Realizao e elaborao de laudos de aortografia e angiografia de membro inferior.
-Realizao de ultra-sonografia de artrias e veias, incluindo Doppler.
-Controle e elaborao de laudos de TC e RM do sistema vascular, incluindo manipulao de imagens.
Peditrica Conhecimentos fundamentais
-Anatomia peditrica normal e variaes normais, com particular importncia para amadurecimento e crescimento normais.
-Doenas especficas do grupo etrio peditrico e suas manifestaes clnicas e radiolgicas usando todas as modalidades.
-Os valores e indicaes para ultra-sonografia, TC e RM em crianas.
-Distrbios e caractersticas de exames de imagem em neonatos.
-Compreenso do papel dos exames de imagem com radioistopos em pediatria.
Habilidades fundamentais -Elaborao de laudos de radiografias convencionais
na investigao de distrbios peditricos. -Realizao e elaborao de laudos de ultra-
sonografia do abdmen, cabea e sistema msculo-esqueltico no grupo etrio peditrico.
-Realizao e elaborao de laudos de estudos fluoroscpicos de rotina com contraste do sistema gastrintestinal e trato urinrio.
-Controle e elaborao de laudos de exames de tomografia computadorizada e ressonncia magntica.
Cabea e pescoo
Conhecimentos fundamentais -Anatomia normal e leses congnitas de cabea e
pescoo, incluindo seios paranasais, cavidade oral, faringe, laringe, ouvido interno, rbitas, dentes e articulao temporo-mandibular.
-Manifestaes de doenas e investigao dos olhos e rbitas, incluindo trauma, corpos estranhos, inflamaes e tumores.
-Diagnstico de trauma e tumores faciais-maxilares e distrbios dentais.
-Diagnstico de leses e funo anormal da articulao temporo-mandibular.
-Diagnstico e distrbios da tireide, paratireide e glndulas salivares, incluindo hipo, hiperatividade e tumores, e conhecimento do papel dos exames com radioistopos.
-Caractersticas das imagens de trauma, inflamao, infeco e tumores dos seios paranasais, cavidade oral, laringe e faringe.
-Compreenso do papel das punes guiadas por US e TC de glndulas salivares, ndulos linfticos e tireide.
Habilidades fundamentais -Elaborao de relatrios de radiografias realizadas
para mostrar doenas dentais e de ouvido, nariz e garganta.
-Realizao e elaborao de laudos de exames de fluoroscopia, incluindo ingesto de brio, sialografia e dacriocistografia.
-Realizao e elaborao de laudos de avaliao por ultra-sonografia de pescoo, incluindo tireide, paratireide e glndulas salivares.
-Controle e elaborao de laudos de TC e RM de pescoo, ouvido, nariz, garganta e distrbios na base craniana.
Mama
Conhecimentos fundamentais -Anatomia normal e doenas de mama relevantes
para a radiologia clnica. -Compreenso das tcnicas ultra-sonogrficas e
radiogrficas empregadas em mamografia diagnstica e de rastreamento.
-Diagnstico tanto de anormalidades malignas quanto benignas da mama.
-Compreenso das prticas atuais em exames de imagem de mama, intervenes em mama e rastreamento de cncer de mama.
-Conhecimento do papel de outras tcnicas para exames de imagem de mama.
Habilidades fundamentais
-Elaborao de laudos de mamografia e ultra-sonografia de doenas comuns de mama.
-Observao de intervenes, especialmente para bipsias e localizaes.
Ginecologia e obstetrcia Conhecimentos fundamentais -Anatomia normal dos rgos reprodutores
femininos e alteraes fisiolgicas, que afetam exames de imagem.
-Alteraes na anatomia fetal durante a gestao e aparncias de exames de imagem de anormalidades fetais.
-Caractersticas de exames de imagem de distrbios de ovrios, tero e vagina demonstrados em ultra-sonografia (incluindo Doppler), TC e RM.
-Conhecimento das aplicaes de angiografia e tcnicas intervencionistas vasculares.
Habilidades fundamentais
-Elaborao de laudos de radiografias realizadas para investigao de distrbios ginecolgicos.
-Realizao de elaborao de laudos de exames de ultra-sonografia transabdominal e endovaginal em distrbios ginecolgicos, incluindo Doppler.
- Realizao de elaborao de laudos de exames de ultra-sonografia obsttrica, incluindo Doppler.
-Controle e elaborao de laudos de TC e RM em distrbios ginecolgicos e em Obstetrcia (nos casos pertinentes).
Oncologia Conhecimentos fundamentais -Familiaridade com a nomenclatura de estadiamento
de tumores. -Aplicao de todas as tcnicas de imagem e
intervencionistas no estadiamento e monitoramento da resposta de tumores terapia.
-Manifestaes radiolgicas e complicaes no tratamento de tumores.
Habilidades fundamentais
-Elaborao de laudos de radiografias realizadas para avaliao de tumores.
-Realizao e elaborao de laudos de ultra-sonografias, TC, RM e, quando possvel, exames com radioistopos, para estadiamento e monitoramento de tumores.
2.8.9. Os residentes/especializandos devem ficar
familiarizados com problemas clnicos que se apresentam nos setores de emergncia e serem capazes de realizar exames de imagem apropriados nos casos de pacientes traumatizados ou com doenas em fase aguda.
2.8.10. Um processo de avaliao deve ser institudo
durante o programa de treinamento clnico-radiolgico. Este deve ser um processo
estruturado com avaliaes por escrito dos residentes/especializandos pelos docentes ao final de cada rodzio. A extenso da avaliao vai variar de um Servio para outro, mas um dilogo regular entre residentes/especializandos e docentes desejvel, para monitorar o progresso e para retificar qualquer ponto fraco, que possa ser manifestado. Um exame oral/escrito formal necessrio em todos os Servios, durante ou ao final desse perodo de treinamento. Recomenda-se que se mantenha um dirio (caderneta de treinamento) das atividades clnico-radiolgicas e perodos de rodzio durante o perodo de treinamento. Tal dirio poder incluir o nmero de exames clnicos realizados. Recomenda-se que orientao pessoal e avaliao contnua sejam fornecidas por um preceptor nomeado.
2.9. Quarto ano de treinamento
2.9.1. O quarto ano dos rodzios do radiologista em treinamento deve ser organizado para atender s necessidades individuais, dependendo da disponibilidade dentro do programa de treinamento, que pode ser em radiologia geral ou em uma subespecialidade.
2.9.2. Radiologia geral: Treinamento em radiologia
geral, no quarto ano, destina-se a capacitar o residente/especializando a adquirir mais experincia, conhecimentos e habilidades em distrbios presentes em hospitais gerais e na prtica privada, a fim de atingir um nvel necessrio para a realizao de prtica autnoma. Este treinamento deve incluir um longo perodo em, pelo menos, duas reas de especial interesse, para adquirir conhecimentos mais profundos e maior habilidade. Isto far com que o radiologista geral tenha reas em que possa contribuir para reunies multidisciplinares especficas e consultas, como parte de uma equipe de radiologista, dentro de sua futura prtica de radiologia geral.
2.9.3. Subespecialidade radiolgica: Para aqueles
que esto entrando em uma subespecialidade, o perodo total de treinamento vai variar segundo a subespecialidade, mas, normalmente, espera-se que seja concludo durante o quarto ano, sendo eventualmente necessrio um quinto ano. Para as subespecialidades com um nico ano de treinamento, ser realizado um treinamento em radiologia geral durante o tempo restante.
2.9.4. Um perodo de treinamento em um hospital
aprovado, que no seja aquele onde o residente/especializando est baseado, seja no Brasil ou no exterior, pode ser necessrio, por um perodo varivel.
2.9.5. Alguns treinamentos em subespecialidades
podem estender-se alm do quarto ano, dependendo de ajustes a serem feitos no treinamento e que sejam relevantes para os programas de treinamento em cada Servio.
2.10. Participao em cursos, simpsios,
jornadas e congressos
O comparecimento a cursos externos depender do mdulo de treinamento e da importncia dos cursos para o mdulo de treinamento do residente/especializando. O comparecimento anual a, pelo menos, um evento cientfico (congresso, jornada regional, simpsio ou curso) oficial do Colgio Brasileiro de Radiologia (CBR) obrigatrio em todos os Servios que oferecem treinamento em Radiologia e Diagnstico por Imagem, devendo ser estimulada tambm a apresentao de trabalhos cientficos.
2.11. Pesquisa
Um perodo dedicado pesquisa deve ser permitido como parte do programa de treinamento geral. Os residentes/especializandos devem ser incentivados a realizar um projeto de pesquisa durante seu treinamento, mesmo que eles no tenham um perodo de pesquisa dedicado. Isto particularmente vlido para aqueles que estiverem realizando treinamento em subespecialidade.
Artigo 3: RECURSOS DE TREINAMENTO
3.1. Objetivos do treinamento: cada programa de treinamento deve traar as metas e objetivos educacionais com relao a conhecimentos, habilidades e outros atributos dos residentes, em cada nvel e para cada uma das grandes reas de treinamento.
3.1.1. O treinamento deve ter por objetivo
proporcionar conhecimento suficiente para capacitar o residente/especializando, ao final do perodo de treinamento, para trabalhar independentemente, como radiologista qualificado em departamento radiolgico de hospitais, departamentos de atendimento a pacientes no-internados e prtica privada.
3.1.2. Como j mencionado, a avaliao formal do
residente/especializando, durante o perodo de treinamento do especialista, deve ser realizado a fim de se verificar se o treinamento est sendo feito de forma apropriada e se o padro exigido est sendo alcanado. Tal avaliao deve incluir:
- Competncias clnicas - Competncias tcnicas - Avaliao do comportamento (assiduidade,
pontualidade, comportamento tico, cooperao, ajustamento pessoal, contato com a equipe de sade, interesse pelas atividades, nvel de conhecimento tcnico,
organizao do trabalho, busca de aprimoramento profissional)
3.2. Requisitos para servios de treinamento
reconhecidos pelo CBR
Para um servio ser reconhecido pelo CBR, dever preencher os formulrios especficos, com todos os dados referentes ao seu Programa de Treinamento e envi-los ao CBR, para cadastramento, que por sua vez ir solicitar que a Regional de origem faa a vistoria inicial e d seu aval. Posteriormente o processo ser submetido Comisso de Ensino do CBR que ir autorizar o incio do treinamento. As solicitaes devero ser feitas sempre at o dia 30 de junho de cada ano, para incio sempre no ano seguinte, sendo vetada a possibilidade de incio no mesmo ano de solicitao.
3.2.1. Os requisitos de um servio, para oferecer
treinamento em Radiologia e Diagnstico por Imagem e ser reconhecido pelo CBR, podem ser especificados da seguinte forma:
a. Quantidade e distribuio de exames
radiolgicos, b. Padres de equipamentos, c. Disponibilidade de modalidades, d. Estrutura de pessoal, e. Programa de ensino, f. Materiais de ensino; g. Atividade de pesquisa.
3.3. Quantidade e distribuio de exames
radiolgicos
3.3.1. O conjunto de pacientes deve ser variado o
suficiente para habilitar o residente/especializando a ganhar experincia em todos os campos da radiologia clnica. Isto exige um servio radiolgico reconhecido pelo CBR como centro de treinamento. Todos os centros de treinamento em Radiologia devem ter acesso a servios especializados de Patologia.
3.3.2. O nmero de exames radiolgicos por ano
deve ser suficiente para possibilitar uma ampla experincia de radiologia geral.
3.4. Padro de equipamento
3.4.1. Somente servios com equipamentos de Radiologia e Diagnstico por Imagem adequados podem ser aprovados. Os equipamentos mnimos devem ser: radiologia convencional com mesa bucky e bucky vertical radiologia contrastada, mamografia, ultra-sonografia de rotina e endocavitria com Doppler colorido e tomografia computadorizada, no mnimo helicoidal. O servio deve dispor ainda de condies de oferecer treinamento em ressonncia magntica, preferencialmente, com equipamento prprio ou atravs de convnio
com outra instituio, devendo constar este registro na documentao enviada ao CBR.
3.4.2. O equipamento deve cumprir as normas de
segurana radiolgica e estar em boas condies tcnicas. Eficincia tcnica, segurana, controle de instalaes eltricas, controle e segurana contra radiao devem obedecer a um padro adequado e cumprir critrios acordados de controle de qualidade.
3.4.3. A radioproteo dever estar organizada e a
emisso de radiao deve ser monitorada de acordo com as normas da Portaria MS/SVS 453/98, da ANVISA (Agncia Nacional de
Vigilncia Sanitria), que estabelece as diretrizes bsicas de proteo radiolgica em radiodiagnstico mdico e odontolgico, dispe sobre o uso dos raios-X diagnsticos em todo o Brasil.
3.4.4. Os perodos de desligamento de
equipamentos para reparos devem ser mnimos e no devem interferir no treinamento.
3.5. Disponibilidade de modalidades
3.5.1. As modalidades para um adequado treinamento radiolgico dependero da disponibilidade local, havendo, entretanto, as consideradas obrigatrias.
3.5.2. As seguintes modalidades so obrigatrias:
a. Radiologia convencional e contrastada, b. Mamografia, c. Ultra-sonografia com Doppler, d. Tomografia computadorizada, e. Ressonncia magntica (a cooperao
com outros Servios de treinamento pode ser necessria, nas instituies que no disponham do equipamento prprio de RM).
3.5.3. Acesso medicina nuclear e radiologia
vascular e intervencionista desejvel. 3.6. Estrutura de pessoal
3.6.1. O nmero de radiologistas qualificados com funes de ensino no Servio deve ser suficiente para atender s necessidades de ensino, mesmo em pocas de licenas ou outra eventualidade de escassez de pessoal. A relao ideal de um preceptor em tempo parcial para cada mdico residente/especializando ou de um preceptor em tempo integral para cada dois mdicos residentes/especializandos.
3.6.2. A proficincia da equipe de ensino deve ser
diversificada e cobrir as principais reas de atividade.
3.6.3. A equipe de ensino deve,
preferencialmente, ser treinada em mtodos didticos.
3.7. Programa de ensino
3.7.1. Deve existir um programa de ensino
continuado, estruturado e aprovado para radiologia geral, assim como para as principais reas de subespecialidades.
3.7.2. O programa de ensino tambm deve incluir
reunies clnico-radiolgicas, no mnimo, semanais. necessria a participao em reunies de reviso de erros radiolgicos.
3.7.3. Recomenda-se a participao em
conferncias, seminrios e cursos de treinamento clnico-radiolgicos realizados fora do centro de treinamento.
3.8. Recursos de ensino
Salas e equipamentos audiovisuais devem estar disponveis no servio de radiologia, em quantidade suficiente para permitir que o programa seja implementado.
3.9. Material de ensino
3.9.1. Em um servio de radiologia, deve haver
uma seleo de bons e modernos livros, assim como outros materiais audiovisuais, complementados por livros sobre subespecialidades e modalidades (por exemplo, neurorradiologia, radiologia peditrica, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonncia magntica, mamografia). Livros adequados sobre fsica de imagem e material pertinente sobre proteo contra radiao tambm devem estar disponveis.
3.9.2. Uma seleo de revistas radiolgicas de
alto padro deve estar continuamente disponvel ou acessvel pela Internet.
3.9.3. Pode haver uma biblioteca ativa de filmes,
vdeos, CDs ou DVDs para ensino. 3.9.4. altamente desejvel que se utilize a
informtica para ensino, pesquisa, processamento de imagens e comunicaes, sendo garantido o acesso Internet.
3.10. Pesquisa e Auditoria
3.10.1. A importncia da pesquisa e auditoria
radiolgica para o treinamento de radiologistas deve ser enfatizada
3.10.2. Deve existir um programa ativo de pesquisa e auditoria em andamento no servio de treinamento e os residentes/especializandos devem ser incentivados a participar desse programa.
3.10.3. Recomenda-se a adoo de POPs
(Procedimentos Operacionais Padres) assim como dos protocolos que sejam referendados
pelas Comisses de Qualidade do CBR e que
podem ser consultados atravs do site (www.cbr.org.br Programas de Qualidade).
3.11. Partio do treinamento radiolgico em
hospitais universitrios, hospitais de ensino e hospitais no-universitrios
3.11.1. O treinamento em Radiologia e Diagnstico
por Imagem no Brasil pode ocorrer em hospitais universitrios, hospitais pblicos no- universitrios e em servios privados (clnicas ou hospitais) devidamente reconhecidos pelo CBR. O residente/especializando de hospitais universitrios ou pblicos pode ter parte de seu treinamento em servios privados, desde que devidamente reconhecidos pelo CBR e, preferencialmente, atravs de convnio de cooperao tcnico-cientfica. O componente no-universitrio deve prover treinamento, pelo menos, em radiologia geral e pode prover treinamento em alguma subespecialidade, que venha complementar o treinamento realizado nos hospitais universitrios ou pblicos. A composio do conjunto de pacientes deve ser levada em considerao na seleo de todos os servios relacionados ao ensino.
3.11.2. Ao serem estabelecidos convnios com
outras instituies de sade ou servios de Radiologia, para complementar o treinamento do residente/especializando, deve ser garantida a superviso dos mdicos residentes/especializandos por preceptores qualificados. Para aquelas instituies que no disponham de condies para oferecer o terceiro ano de residncia em radiologia, dever ser providenciado um convnio global para o cumprimento do terceiro ano, sendo esta situao considerada excepcional e que depender de notificao e aprovao pela Comisso de Ensino do CBR.
3.11.3. Todos os servios sejam universitrios,
pblicos ou privados, devem fazer parte de um esquema de treinamento regional, estadual e federal, sendo recomendadas a cooperao e a troca de informaes entre todos.
3.11.4. muito importante que exista cooperao
entre autoridades governamentais (por exemplo, Ministrio da Sade, Ministrio da Educao, organizaes profissionais, sociedades radiolgicas estaduais filiadas do CBR, fundos nacionais de seguro sade, etc.), alm de autoridades regionais e locais, centros de ensino e administraes dos hospitais e servios que ofeream treinamento em Radiologia e Diagnstico por imagem no territrio nacional.
ARTIGO 4: Vinculaes dos servios com o CBR e as filiadas regionais
4.1. Todos os servios que ofeream treinamento em Radiologia e Diagnstico por Imagem, no Brasil, devero ser reconhecidos pelo CBR e ter vinculao direta com as filiadas regionais do CBR, em cada Estado. Estas devem prover atividades didticas voltadas para o auxlio na formao do residente/especializando, como cursos, palestras, simpsios e jornadas. 4.2. Anualmente, no 2 domingo do ms de dezembro, todos os residentes/especializandos no Brasil, devero participar da Avaliao Anual dos Mdicos Residentes/Especializandos em Radiologia e Diagnstico por Imagem do CBR. 4.3. Essa prova poder substituir o exame escrito para a Obteno do Titulo de Especialista em Radiologia e Diagnstico por Imagem, desde que o residente/especializando preste os trs (3) exames (R1, R2 e R3 ou E1, E2 e E3), seqencialmente, e obtenha mdia percentil mnima de 70 (a soma dos trs anos, aplicado ao percentil dividida por trs dever ser igual ou maior que 70). A dispensa da prova terica somente ser vlida para o ano seguinte sua aprovao. 4.4. Somente podero participar do exame os residentes/especializandos nvel 1, 2 e 3, das residncias mdicas credenciadas pelo Conselho Nacional de Residncia Mdica e os especializandos reconhecidos pelo Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem. 4.5. O residente/especializando aprovado realizar a prova prtica, conforme as normas da prova de Ttulo de Especialista, que devero ser publicadas no site e no Boletim do CBR, em local e data determinados, no ano correspondente. O mdico dever fazer a inscrio, mandar os documentos exigidos, pagar a taxa de inscrio e preencher a Ficha de Avaliao dos Residentes/Especializandos (www.cbr.org.br).
Contedo Programtico Geral para a formao bsica da Residncia/Especializao em Radiologia e Diagnstico por Imagem Este documento detalha o currculo baseado em conhecimentos para o treinamento de residentes/especializandos em radiologia. Ele define as exigncias em termos de conhecimentos fundamentais que devem ser razoavelmente adquiridos nos primeiros trs anos do programa de treinamento. Este documento est dividido em sees, cada uma delas dedicada a um rgo, e mais uma dedicada radiologia peditrica e outra radiologia intervencionista. A especialidade de radiologia clnica envolve todos os aspectos das imagens mdicas, fornecendo informaes sobre morfologia, funo e atividade celular e sobre os aspectos da radiologia intervencionista ou de terapias minimamente invasivas e que esto sob a responsabilidade do departamento de radiologia. Um radiologista geral deve estar familiarizado com todos os aspectos do ncleo de conhecimentos para radiologia geral para assegurar uma compreenso de todas as habilidades radiolgicas necessrias em um hospital geral ou comunitrio ou em uma clnica radiolgica geral. importante lembrar que a durao do treinamento em radiologia de trs anos cujo contedo um programa comum de anatomia radiolgica, manifestaes de doenas e habilidades radiolgicas fundamentais. O quarto e quinto anos so estruturados de uma forma mais flexvel para que se desenvolva competncia suficiente para trabalhar de forma autnoma como radiologista geral e para facilitar o treinamento na subespecialidade. O treinamento em radiologia geral no quarto e quinto anos destina-se a habilitar o residente/especializando a adquirir mais experincia, conhecimentos e habilidades para lidar com os distrbios presentes em hospitais gerais e clnicas privadas a fim de atingir um nvel necessrio para exercer a prtica de forma autnoma. O radiologista integralmente treinado deve ser capaz de trabalhar de forma independente, solucionando a maioria dos problemas clnicos comuns.
Radiologia da Mama 1 - INTRODUO
O objetivo deste currculo para imagem de mama assegurar que o residente/especializando desenvolva um ncleo de conhecimentos sobre doenas da mama que formaro a base para um treinamento adicional (se desejado). Ele tambm prover habilidades transferveis que equiparo o residente/especializando para trabalhar como um especialista em qualquer ramo da radiologia. Conhecimentos de fsica e proteo contra radiao esto includos em cursos separados e no so tratados detalhadamente, a menos que sejam especficos da imagem de mama. 2 NCLEO DE CONHECIMENTO 2.1. Anatomia da mama e estruturas associadas, e
como elas mudam com a idade. 2.2. Patologia da mama e prticas clnicas
relevantes para imagem de mama. 2.3. Conhecimento e compreenso da fsica da
produo de imagem, particularmente como ela afeta a qualidade da imagem.
2.4. Conhecimento e compreenso da anlise de
riscos/benefcios associados com o rastreamento de mama usando radiao ionizante, quando comparado com outras tcnicas.
2.5. Compreenso das tcnicas radiogrficas
empregadas na mamografia diagnstica. 2.6. Compreenso dos princpios da prtica atual de
imagem de mama e rastreamento de cncer de mama.
2.7. Conhecimento da aplicao apropriada de
outras tcnicas de imagem neste campo especfico, tais como ultra-sonografia, ressonncia magntica ou exame de imagem com radioistopos.
2.8. Conhecimento das indicaes e contra-
indicaes de aspirao com agulha fina e core bipsia e suas respectivas vantagens e desvantagens.
2.9. Aparncia do cncer e de doenas benignas
comuns em - Mamografia - Ultra-sonografia - Ressonncia magntica.
2.10. Conhecimento e compreenso dos princpios de comunicao especificamente relacionados revelao de ms notcias e obteno de consentimentos.
3 HABILIDADES TCNICAS, DE COMUNICAO
OU DE TOMADA DE DECISES
3.1. Supervisionar a equipe tcnica para assegurar que imagens apropriadas sejam obtidas.
3.2. Saber quando utilizar ultra-sonografia e outras
tcnicas de imagem e como produzir um laudo de imagens mamogrficas e de ultra-sonografia de mama para investigao de doenas comuns de mama.
3.3. Saber quando apropriado obter ajuda para
interpretar e elaborar laudos de imagens de mama.
3.4. Ser capaz de realizar procedimentos
intervencionistas na mama com orientao por ultra-sonografia e raios-X sob superviso.
3.5. Ser capaz de se comunicar com pacientes,
explicando a natureza de doenas benignas da mama ou revelando ms notcias.
4 CONFERNCIAS
Como parte do currculo em imagem de mama, o residente/especializando deve comparecer a palestras internas para radiologistas, assim como a reunies multidisciplinares com o restante da equipe de mama em que o tratamento de pacientes discutido 5 MATERIAL DE ENSINO E SUGESTES DE
LEITURA
Materiais de estudo recomendados e comparecimento obrigatrio a conferncias fazem parte do treinamento, mas, como elas variam entre diferentes departamentos, este documento no inclui uma lista detalhada dos mesmos. Os livros resumidamente listados a seguir cobrem uma grande variedade de tpicos e devem estar disponveis nas bibliotecas dos servios:
- Imagem da Mama (Daniel Kopans, 3 edio, 2007).
- BI-RADS Sistema de Laudos e Registro de Dados de Imagem da Mama (Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem)
- Programa de Treinamento em Mamografia (Apostila - Colgio Brasileiro de Radiologia e Diagnstico por Imagem)
- Fundamentos de Radiologia e Diagnstico por Imagem (Adilson Prando/Fernando Alves Moreira Elsevier, 2007)
- Tratado de Ultra-sonografia Diagnstica (Carol M. Rumack, Stephanie R. Wilson, J.William Charboneau 3 Edio 2 Vols. 2006)
- Atlas de Imagem da Mama (Domingos Correia da Rocha, Selma de Pace Bauab Revinter 2 Edio 2004)
- Berg & Birdwell. Diagnostic imaging: Breast 2007. Edit. Amirsys
- Dakir Duarte. A mama em Imagens. 1. Ed. 2006. Edit. Guanabara Koogan
Radiologia Cardaca 1 INTRODUO
A radiologia cardaca um campo de rpido desenvolvimento. O uso da imagem cardaca vem progredindo ao longo da ltima dcada, envolvendo todas as modalidades da radiologia diagnstica. As tcnicas intervencionistas no corao tambm tm progredido e, esteja ou no o radiologista envolvido em interveno cardaca, importante que haja uma compreenso das implicaes clnicas e diagnsticas dessas tcnicas. O corao no um rgo isolado e igualmente importante que a relao entre o corao e os sistemas cardiovascular e cardiopulmonar seja compreendida. 2 NCLEO DE CONHECIMENTO 2.1. Conhecimento bsico
O princpio adquirir: 2.1.1. Conhecimentos bsicos clnicos, patolgicos e
fisiopatolgicos em doena cardiovascular. 2.1.2. Uma compreenso dos princpios e da prtica
das tcnicas de rastreamento e fatores de risco na doena cardaca.
2.1.3. Conhecimentos de: - Indicaes, contra-indicaes e potenciais
riscos (especialmente riscos de radiao) de procedimentos e tcnicas importantes para a doena cardiovascular.
- Anatomia cardiovascular na prtica clnica relevante para a radiologia clnica.
- Variaes normais, que podem mimetizar doenas.
- Manifestaes de doena cardiovascular, incluindo trauma, demonstradas por radiografia convencional, TC, RM, angiografia, investigaes com radioistopos e ultra-sonografia.
- Diagnstico diferencial relevante para apresentao clnica e aspecto de imagem de doena cardiovascular.
- Contagem de clcio - Aspectos embriolgicos, anatmicos,
fisiopatolgicos, bioqumicos e clnicos relevantes da doena cardaca.
2.1.4. Conhecimento e controle de complicaes de
procedimentos no diagnstico e tratamento de doenas cardacas.
2.1.5. Uma compreenso das vrias modalidades de
tratamento para doena cardaca e seu relacionamento com a imagem cardaca.
2.2. Conhecimento de radiologia clnica cardaca
As seguintes manifestaes da doena cardiovascular, incluindo trauma, tm de estar
includas no treinamento radiolgico geral que deve incluir ensino formal e exposio material referente a casos clnicos. 2.2.1. Arteriopatia coronria, incluindo sndrome
coronariana aguda - Isquemia do miocrdio - Infarto do miocrdio - Sndrome ps-infarto do miocrdio - Aneurisma ventricular - Clcio coronrio - Doena coronria em mulheres e padres de
doena coronrio especfica em diferentes comunidades
- Doena cardaca na velhice 2.2.2. Doena valvular - Estenose e incompetncia de vlvulas
cardacas - Endocardite - Doena sub- e supra-valvular - Doena do aparelho sub-valvular 2.2.3. O pericrdio - Tamponamento cardaco e restrio cardaca - Pericardite aguda - Doena tuberculosa - Doena pericrdica maligna 2.2.4. Tumores cardacos - Tumores intracardacos, isto , mixomas,
hemangiomas e sarcomas - Tumores secundrios - Tumores invadindo o corao 2.2.5. Cardiomiopatias - Miocardite aguda - Cardiomiopatia dilatada - Cardiomiopatia restritiva e obstrutiva - Cardiomiopatia relacionada doena sistmica - Doena infiltrativa cardaca - Doena cardaca e renal diabtica - Corao de atleta 2.2.6. Doena cardaca congnita - Doena cardaca neonatal - Doena congnita na infncia - Doena cardaca congnita no adulto 2.2.7. Doenas dos grandes vasos - Aneurisma torcico - Sndrome de Marfan - Doena de Takayasu - Relacionamento entre doena perifrica e
crebro-vascular e doena cardaca. 2.2.8. Atresia pulmonar - Embolia pulmonar - Atresia pulmonar relacionada doena
pulmonar 2.2.9. Trauma cardaco e torcico-vascular agudo - Disseco artica - Ruptura e fratura artica - Trauma abrupto 2.2.10. Arritmias
- Diagnstico de doena causando ou predispondo a arritmias
- Doenas cardacas em condies endcrinas - Doena cardaca relacionada a fatores
psicolgicos, isto , manifestaes de ansiedade
- Marca-passos - Desfibriladores - Ablao 2.2.11. Hipertenso - Doena cardaca hipertensiva - Doena causadora de hipertenso 2.2.12. Tratamento mdico e invasivo - Anormalidades resultantes de terapia cardaca,
isto , tratamento com amiodarona - Complicaes de cateterizao cardaca e
angioplastia coronria - Aspecto de stents e de enxertos de stent. 2.2.13. Doena cardaca e achados ps-operatrios - By-pass (desvio) - Substituio de vlvula - Substituio artica - Cirurgia ventricular - Pericardiectomia 3 HABILIDADES TCNICA, DE COMUNICAO
E DE TOMADA DE DECISES
Ao final de seu treinamento, o residente deve ser capaz de discutir sobre a modalidade de imagem apropriada para o problema clnico com o mdico atendente. Deve ser capaz de entender as questes de tratamento e de comunicaes em doenas cardacas. 3.1. Habilidades baseadas na modalidade
3.1.1. Interpretao de filme simples - Limitaes, vantagens e princpios de
diagnstico por radiografia de trax de doena cardaca congnita e no adulto
- Habilidade para reconhecer doenas cardacas em radiografias PA, AP e laterais
- habilidade para reconhecer achados cardacos ps-operatrios em radiografias simples.
3.1.2. Interpretao de TC e tratamento do paciente - Anatomia em TC do corao, artrias
pulmonares e grandes vasos. - princpios da TC com mltiplos cortes ultra-
rpida do corao - Interpretao de patologias cardacas e
pulmonares. - Administrao de contraste. - Tomada de decises com base nos sintomas
dos pacientes e no diagnstico por TC.
3.1.3. Interpretao de RM e tratamento do paciente - Anatomia em RM do corao, grandes vasos,
sistemas pulmonar e vascular perifrico. - Princpios de seqenciamento de imagens - Interpretao de patologias cardiovasculares e
pulmonares. -Compreenso da fisiologia cardaca
relacionada RM, incluindo seqenciamento de fluxo e tcnicas especializadas.
- Uso de contraste em RM. - Limitaes e riscos do uso de imagens de
ressonncia magntica cardaca. 3.1.4. Imagens cardacas por outras modalidades - Princpios, usos e limitaes da cateterizao
e medio de presso com angiografia cardaca. - Princpios, usos e interpretao de
ecocardiografia com e sem estresse, incluindo ecocardiografia transesofgica.
- Princpios, usos e limitaes da medicina nuclear em imagens cardiolgicas.
- Princpios de imagens intravasculares. 3.2. Exames de estresse - Princpios de exames de estresse em
exerccio, usos e limitaes. - Mtodos de exames de estresse aplicados s
imagens cardacas. - Controle de paciente submetido a exame de
estresse para imagem cardaca. 3.3. Habilidade de comunicao e controle - Ser capaz de supervisionar a equipe tcnica
para assegurar que imagens apropriadas sejam obtidas.
- Discutir achados radiolgicos significantes ou inesperados com os mdicos atendentes e saber quando contatar um clnico.
- Ser capaz de recomendar a modalidade de imagem mais apropriada para os sintomas ou patologia apresentados pelo paciente ou de acordo com a solicitao do clnico atendente.
- Desenvolver habilidades na formao de protocolos, monitoramento e interpretao de exames cardacos adequados histria do paciente e outras informaes clnicas. - Demonstrar a habilidade de apresentar efetivamente imagens cardacas em conferncias. - Demonstrar a habilidade de elaborar um laudo coerente.
4 MATERIAL DE ENSINO E SUGESTES DE LEITURA
Materiais de estudo recomendados e comparecimento obrigatrio a conferncias fazem parte do treinamento, mas, como elas variam entre diferentes departamentos, este documento no inclui uma lista detalhada dos mesmos. Os livros resumidamente listados a seguir cobrem uma
grande variedade de tpicos e devem estar disponveis nas bibliotecas dos servios:
- Fundamentos de Radiologia e Diagnstico por Imagem (Adilson Prando/Fernando Alves Moreira Elsevier, 2007)
- Tomografia computadorizada do corpo em Correlao com RM. Lee J.K.T., Sagel S.S., Stanley R.J., Heiken J.P. Edit Guanabara Koogan.
- Multislice CT: Principles and protocols 2006. Knollmann e Coakley. Edit. Saunders Elsevier
- Cardiovascular Magnetic Resonance. Manning e Pennell. . Edit Churchill Livingstone.
- Grainger & Allison's diagnostic radiology: a textbook of medical imaging - 2 vols. Edit. Churchill Livingstone
- Clinical magnetic resonance imaging - 3vols. - 3Ed. 2006. Edelman Edit. Saunders Elsevier
Radiologia Torcica
1- INTRODUO
Fsica, radiografia e meio de contraste geralmente so includos em cursos separados e, portanto, no esto includos neste documento. Mas, tpicos de fsica e radiogrfica, especficos para imagens de trax, devem ser includos nos cursos de fsica/radiografia, particularmente: - Posicionamento / incidncias de radiografias de trax para adultos, recm-nascidos, lactentes e crianas. - Doses mdias de exposio na entrada da pele, kVp, tcnicas anti-espalhamento. - Princpios de imagem digital e processamento de imagens em radiologia de trax. 2 NCLEO DE CONHECIMENTO 2.1. Anatomia normal
2.1.1. Ser capaz de: - Listar os brnquios lobares e segmentares - Descrever o relacionamento entre vasos
hilares e brnquios. - Definir um lbulo pulmonar secundrio e suas
partes componentes. - Usar a terminologia correta para descrever o
stio de ndulos linfticos hilares e mediastinais. 2.1.2. Identificar as seguintes estruturas em
radiografias de trax pstero-anterior (PA) e lateral:
- Lobos: direito superior mdio e inferior lobos esquerdo superior e inferior e respectivos segmentos.
- Fissuras obliqua horizontal, acessria superior, acessria inferior e zigo.
- Vias areas traquia, Carina, brnquios principais, parede posterior do brnquio intermedirio e brnquios lobares.
- Corao posio dos dois trios, dois ventrculos, apndice atrial esquerdo e localizao das quatro vlvulas cardacas.
- Artrias pulmonares principal, direita, esquerda e interlobares.
- Aorta ascendente, descendente e arco artico.
- Atrios braquioceflicas (inominadas), cartida e subclvia.
- Veias veia cava superior e inferior, zigo, veias intercostal superior esquerda (boto artico). E braquioceflica esquerda (inominada)
- Os componentes do esqueleto torcico. - Faixas e interfaces mediastinais. - Janela aorto-pulmonar. - Ambos os hemidiafragmas. 2.1.3. Identificar as seguintes estruturas em TC ou
RM de trax:
- Todos os lobos e segmentos pulmonares. - Um lbulo pulmonar secundrio. - Fissuras obliquas horizontal, zigo e fissuras
acessrias comuns. - Gordura extrapleural. - Ligamentos pulmonares inferiores - Vias areas traquia, carina, brnquios
principais, brnquios lobares e brnquios segmentares.
_ Corao ventrculo esquerdo, ventrculo direito, trio esquerdo, apndice atrial esquerdo, trio direito, apndice atrial direito.
- Pericrdio incluindo recessos pericrdicos superiores.
- Artrias pulmonares principal, direita, esquerda, interlobular, segmentar.
- Aorta seios de Valsalva, aorta ascendente, descendente e arco artico.
- Artrias braquioceflicas (inominadas), cartida comum, subclvia, axilar, vertebral, artrias mamrias internas.
- veias pulmonar, veia cava superior, veia cava inferior, braquioceflica, subclvia, jugular interna, jugular externa, zigo, hemizigo, intercostal superior esquerda, mamria interna.
- Esfago. - Timo. - Mediastinal normal e ndulos linfticos hilares. - Recesso zigo-esofgico.
- Ligamentos pulmonares inferiores. 2.2. Sinais genricos em radiografias de trax
Ser capaz de reconhecer e declarar a importncia dos seguintes sinais em radiografias de trax: 2.2.1. Sinal de silhueta perda do contorno do
corao ou diafragma, indicando patologia adjacente (por exemplo, atelectasia do lobo mdio direito obscurece a borda direita do corao).
2.2.2. Broncograma areo indica alvolos sem ar
e, portanto, um processo parenquimatoso diferente de um processo pleural ou mediastinal.
2.2.3. Sinal de ar crescente indica material slido
em uma cavidade pulmonar, freqentemente devido bola fngica, ou escavao semilunar em infeco fngica invasiva.
2.2.4. Sinal crvico-torcico uma opacidade
mediastinal que se projeta acima das clavculas, situada posteriormente ao plano da traquia, enquanto uma opacidade projetando-se abaixo das clavculas situa-se anteriormente.
2.2.5. Margens afiladas uma leso na parede
torcica, mediastino ou pleura pode ter bordas homogneas, afiladas e ngulos obtusos com a
parede torcica ou mediastino, enquanto leses parenquimatosas usualmente formam ngulos agudos.
2.2.6. Sinal dedo de luva indica impactao
brnquica, por exemplo, aspergilose bronco-pulmonar alrgica ou outros processos obstrutivos crnicos.
2.2.7. Sinal S de ouro (Golden S sign) indica
colapso lobar (lobo sup.dir.) com uma massa central, sugerindo um carcinoma broncognico obstrutivo em um adulto.
2.2.8. Sinal de sulco profundo em uma radiografia
em supino indica pneumotrax. 2.3. Caractersticas de doena pulmonar
infiltrativa difusa em radiografias e TC de trax
2.3.1. Reconhecer os efeitos de vrios processos
patolgicos sobre as partes que compem o lbulo pulmonar secundrio visto em TC de alta resoluo.
2.3.2. Listar e ser capaz de identificar os seguintes
padres: consolidaes, opacidade em vidro fosco (e entender sua fisiopatologia), padro reticular, faveolamento, padro nodular, opacidades em bronquolos (rvore em brotamento), aprisionamento de ar, cistos e padro de atenuao em mosaico.
2.3.3. identificar linhas septais (septos interlobulares
espessados) e explicar as possveis causas. 2.3.4. Fazer um diagnstico especfico de doena
pulmonar intersticial (DPI) quando os aspectos da TC de alta resoluo so caractersticos ou outros achados esto presentes (por exemplo, esfago dilatado e DPI em esclerodermia, corao dilatado e um marca-passo ou desfibrilador em um paciente com esternotomia anterior e DPI sugerindo toxicidade de amiodarona).
2.3.5. Reconhecer o espectro de alteraes da
insuficincia cardaca em radiografias de trax, a saber: derrame pleural, redistribuio vascular em radiografias de trax em posio ereta, e as caractersticas de edema intersticial e alveolar, incluindo linhas septais e espessamento de fissuras.
2.3.6. Definir os termos doena pleural relacionada
ao asbesto e asbestose; identificar os achados de imagem.
2.3.7. reconhecer fibrose macia progressiva /
massas conglomeradas secundrias a silicose ou pneumoconiose dos trabalhadores de carvo em radiografias e TC de trax.
2.4. Diagnstico diferencial ou doena pulmonar
infiltrativa difusa
Ser capaz de desenvolver uma lista de diagnstico diferencial para os seguintes padres, considerando a distribuio anatmica e de imagem dos sinais e as informaes clnicas: 2.4.1. Em radiografias de trax (se o padro for zona
predominante superior, mdia ou inferior; ou mostrar predominncia central ou perifrica):
- consolidao - Opacidade em vidro fosco - Padro nodular - Padro reticular - Padro cstico - Linhas septais disseminadas 2.4.2. Em tomografia computadorizada de alta
resoluo (se o padro for zona predominante superior, mdia ou inferior; ou mostrar predominncia perihilar ou subpleural; ou mostrar distribuio centrilobular, broncocntrica, linftica ou perilinftica, ou aleatria)
- Espessamento septal / nodularidade - Opacidade em vidro fosco - Padro reticular - Faveolamento - Padro nodular - Consolidao do espao areo - Padro de rvore em brotamento - Padro de atenuao em mosaico - Padro cstico e semelhante a cisto. 2.5. Doenas pulmonares alveolares e atelectasia
- Reconhecer consolidao segmentar e lobar - Listar quatro causas comuns de consolidao
segmentar - Reconhecer atelectasia completa ou parcial de um ou mais lobos em radiografias de trax e listar as causas provveis - reconhecer colapso completo do pulmo direito ou esquerdo em radiografias de trax e listar as causas apropriadas para o colapso. - Distinguir colapso pulmonar de derrame pleural macio em uma radiografia frontal de trax - Listar cinco das causas mais comuns da sndrome de angstia respiratria (aguda) no adulto - Nomear quatro causas predisponentes de, ou associaes com pneumonia em organizao
- Reconhecer o sinal do halo e sugerir o diagnstico de aspergilose invasiva em um paciente imunodeprimido, entre as possibilidades diagnsticas.
2.6. Vias reas e doena pulmonar obstrutiva
- Reconhecer os sinais de bronquiectasia em
radiografias e TC de trax - Nomear quatro causas comuns de
bronquiectasia - Reconhecer os sinais em TCAR de doena
das pequenas vias areas, obstrutiva ou exsudativa (rvore em brotamento, aprisionamento de ar, padro em mosaico e bronquiectasia associada)
- Reconhecer a aparncia tpica de fibrose cstica em radiografias e TC de trax
- Listar as causas de dispnia que possam ser detectadas em radiografias de trax
- Reconhecer estenose traqueal e brnquica em TC de trax e nomear as causas mais comuns
- Definir enfisema centrilobular, paraseptal e panlobular.
- reconhecer os sinais de enfisema panlobular em radiografias e TC de trax
- reconhecer os sinais de enfisema centrilobular em TCAR
- Declarar os achados de imagem usados para identificar candidatos a cirurgia para bulectomia ou reduo de volume pulmonar.
2.7. Pulmo hiperlucente unilateral / Hemitrax
- Reconhecer um pulmo hiperlucente unilateral
em radiografias ou TC de trax - Fazer um diagnstico diferencial apropriado
quando um pulmo hiperlucente / hemitrax for visto em uma radiografia de trax, e indicar os sinais que permitem um diagnstico especfico
2.8. Ndulos pulmonares solitrios e mltiplos
- Definir ndulo pulmonar solitrio e massa
pulmonar -Saber as quatro causas mais comuns de um
ndulo pulmonar solitrio, ndulos pulmonares escavados e ndulos pulmonares mltiplos
- Prover estratgia para tratar um ndulo pulmonar solitrio detectado acidentalmente ou em rastreamento
- Declarar o papel da TC com contraste e da PET (tomografia com emisso de psitron) na avaliao de um ndulo pulmonar solitrio
Descrever as caractersticas que indicam benignidade de um ndulo pulmonar solitrio e suas limitaes
- Saber as complicaes da bipsia percutnea de pulmo e a freqncia da ocorrncia de complicaes - Saber as indicaes de colocao de tubo torcico para tratamento de pneumotrax relacionado a bipsia percutnea pulmonar.
2.9. Neoplasias benignas e malignas do pulmo
- Saber os quatro principais tipos de carcinoma broncognico, e declarar a diferena no tratamento entre cnceres de no-pequenas e pequenas clulas - Descrever a classificao TNM para estadiamento de cncer de no-pequenas clulas, incluindo os componentes de cada especializao (I, II, III, IV e sub-especializaos) e a definio de cada componente (T1-4, NO-3, MO-1) - Declarar at em que especializao um cncer de no-pequenas clulas de pulmo geralmente curvel por resseco cirrgica - Declarar o estadiamento de um cncer de pequenas clulas de pulmo - Nomear os quatro stios extra-torcicos metastticos mais comuns para o cncer de no-pequenas clulas de pulmo e para o cncer de pequena clula de pulmo - reconhecer desvio contralateral mediastinal anormal em uma radiografia de trax ps-pneumonectomia e declarar duas possveis etiologias para o desvio anormal - Descrever a aspecto de leses torcicas (pulmo, pleura, pericrdio) agudas e crnicas resultantes de radiao e o relacionamento temporal com a radioterapia - Declarar os papis da TC e RM no estadiamento do cncer de pulmo. Declarar o papel da PET (tomografia com emisso de psitron) no estadiamento do cncer de pulmo - Nomear a localizao e aspecto mais comuns de tumores adenides csticos e carcinides - Descrever o aspecto de hamartoma de pulmo em radiografias e TC de trax - Declarar as manifestaes e o papel do exame de imagem no linfoma torcico - Descrever a aparncia tpica do sarcoma de Kaposi na radiografia e TC de trax.
2.10. Doena torcica em pacientes imunocompetentes, imunocomprometidos e transplantados
- Nomear e reconhecer as manifestaes radiogrficas da tuberculose pulmonar em radiografias e TC de trax - Descrever os tipos de doena pulmonar por Aspergillus, compreender que elas fazem parte de uma srie de eventos, e reconhecer essas entidades em radiografias e TC de trax - Nomear as principais categorias de doenas que causam anormalidades em radiografias e TC de trax no paciente imunocomprometido - Nomear duas infeces comuns e duas neoplasias comuns em pacientes com SIDA e anormalidades em radiografias e TC de trax - Descrever o aspecto da atualmente chamada pneumonia pelo Pneumocistis carinii (jiroveccii). - Nomear as trs etiologias mais importantes da linfonodopatia hilar e mediastinal em pacientes com SIDA.
- Listar os diagnsticos diferenciais para consolidao disseminada em um hospedeiro imunocomprometido. - Descrever achados radiogrficos e de TC de trax de distrbios linfoproliferativos ps-transplante. - Descrever achados radiogrficos e de TC de trax de doena enxerto versus doena do hospedeiro.
2.11. Doena pulmonar congnita
- Nomear e reconhecer os componentes da sndrome venolobular pulmonar (sndrome da Cimitarra) em uma radiografia frontal, TC e RM de trax. - Listar os sinais de seqestro pulmonar intralobar e malformao adenomatide cstica em radiografias e TC de trax. - Explicar as diferenas entre seqestro pulmonar intralobar e extralobar. - Reconhecer atresia brnquica em radiografia e TC de trax, e declarar os lobos pulmonares mais comuns nos quais ela ocorre.
2.12. Doena vascular pulmonar
- Reconhecer artrias pulmonares dilatadas em
uma radiografia e distingui-las de linfonodomegalias hilares
- Nomear cinco das causas mais comuns de hipertenso arterial pulmonar.
- Reconhecer trombos lobares e pulmonares segmentares em angio-TC e RM de trax (incluindo angio-RM).
- definir o papel da cintilografia com ventilao-perfuso, angio-TC pulmonar, ressonncia magntica/RM-angio e estudos venosos de extremidades inferiores na avaliao de um paciente com suspeita de doena tromboemblica venosa, incluindo as vantagens e limitaes de cada modalidade, dependendo da apresentao do paciente
- Reconhecer a redistribuio vascular vista na presso venosa pulmonar elevada.
2.13. Pleura e diafragma
- Reconhecer o aspecto tpico do derrame
pleural em radiografia de trax em posio ereta, supina e decbito lateral e nomear quatro causas de um grande derrame pleural unilateral.
- reconhecer um pneumotrax em radiografia de
trax em posio ereta e supina. - reconhecer uma massa pleural com destruio
ssea ou infiltrao da parede torcica em uma radiografia ou TC de trax, e saber quatro causas provveis.
- Reconhecer as vrias formas de calcificao pleural em uma radiografia ou TC de trax e sugerir o diagnstico diferencial (por exemplo: exposio a asbesto, TB antiga, empiema antigo ou hemotrax antigo (envolvimento unilateral).
- Reconhecer a elevao unilateral de um hemidiafragma em radiografias de trax e listar cinco causas (por exemplo, abscesso subdiafragmtico, ruptura de diafragma e envolvimento do nervo frnico com cncer de pulmo, cirurgia ps-cardaca, eventrao).
- Reconhecer espessamento pleural difuso e listar quatro causas.
- Reconhecer o sinal de pleura dividida. - Declarar e reconhecer os achados de
mesotelioma maligno em radiografia e TC de trax.
2.14. Doena mediastinal e hilar
- Nomear as quatro causas mais comuns de
uma massa mediastinal anterior e localiz-la em radiografias, TC e RM de trax.
- Nomear as trs causas mais comuns de uma massa no mediastino mdio e localiz-la em radiografias, TC e RM de trax.
- Nomear a causa mais comum de uma massa mediastinal posterior e localiz-la em radiografias, TC e RM de trax.
- Nomear duas causas de uma massa que atravessa a entrada torcica e localiz-la em radiografias, TC e RM de trax.
- Identificar vasos normais ou anormalidades vasculares em TC e RM de trax que possam mimetizar uma massa slida.
- reconhecer linfonodopatias mediastinais e hilares em radiografias, TC e RM de trax.
- Nomear quatro etiologias de dilatao bilateral hilar de linfonodos.
- Listar as quatro etiologias mais comuns de linfonodos calcificados com aspecto de casca de ovo no trax.
- Nomear quatro causas de uma massa surgindo no timo.
- Listar caractersticas de imagem e associaes comuns de timoma.
- Listar trs tipos de tumor maligno de clula germinativa do mediastino
-Reconhecer os sinais de imagem de teratoma cstico benigno.
- Listar cinco sinais de massas tireoidianas intratorcicas.
- Reconhecer uma massa cstica no mediastino e sugerir o possvel diagnstico de um cisto de duplicao broncognica, pericrdica, tmica ou esofgica.
- Declarar os mecanismos e listar os sinais de pneumomediastino.
2.15. Aorta torcica e grandes vasos
- Declarar as dimenses normais da aorta
torcica. - Descrever as classificaes A e B de Stanford
de disseco artica e as implicaes da classificao para controle mdico versus controle cirrgico.
- Declarar e reconhecer os achados e distinguir entre cada um dos seguintes em TC e RM de trax:
- aneurisma artico - disseco artica - hematoma intramural artico - lcera penetrante aterosclertica - placa ulcerada - aneurisma artico roto -aneurisma de seio de Valsalva - aneurisma de artria braquioceflica ou
subclvia - coarctao artica - pseudo-coarctao artica - arco artico cervical - Declarar a significncia de um arco artico
direito com ramificaes formando imagem em espelho com artria subclvia aberrante.
- Reconhecer os dois tipos-padro de arco artico direito e um arco artico duplo em radiografias, TC e RM de trax.
- reconhecer uma artria subclvia aberrante em TC de trax.
- Reconhecer variaes normais da ramificao do arco artico, incluindo a origem comum das artrias braquioceflica e cartida comum esquerda (arco bovino), e separar a origem da artria vertebral do arco.
- Definir os termos aneurisma e pseudoaneurisma.
- Declarar e identificar os achados vistos em arterite da aorta em TC e RM de trax.
- declarar as vantagens e desvantagens de TC, RM, angio-RM e ecocardiografia transesofgica na avaliao da aorta torcica.
2.16. Trauma torcico
- Identificar um mediastino alargado em
radiografias obtidas para investigao de trauma e declarar as possveis causas.
- identificar os sinais indiretos e diretos de leso artica em TC contrastada de trax.
- Identificar e declarar a significncia de pseudoaneurisma traumtico crnico em radiografias, TC e RM de trax.
- Identificar costelas, clavculas, espinha e escpula fraturadas em radiografias ou TC de trax.
- Citar trs causas comuns de opacidade pulmonar anormal aps trauma em radiografia ou TC de trax.
- identificar um diafragma anormalmente posicionado ou perda de definio de um diafragma em radiografias de trax aps trauma e ser capaz de sugerir o diagnstico de um diafragma roto.
- identificar um pneumotrax e pneumomediastino aps trauma em radiografias de trax.
- Identificar uma leso cavitria aps trauma em radiografias ou TC de trax e sugerir o s possveis diagnsticos (por exemplo: lacerao com formao de pneumatocele, hematoma ou abscesso secundrio a aspirao.
- Saber as trs causas mais comuns de pneumomediastino aps trauma.
- Reconhecer e distinguir entre contuso, lacerao e aspirao pulmonar.
2.17. Dispositivos de monitoramento e suporte
Ser capaz de identificar e declarar a colocao preferida dos seguintes dispositivos e linhas; ser capaz de listar as complicaes associadas com mau-posicionamento de cada um dos seguintes dispositivos: - tubo endotraqueal - catter venoso central - catter de Swan-Ganz - tubo nasogstrico - tubo / dreno torcico - bomba de balo intra-artico - marca-passo e derivao de marca-passo - desfibrilador cardaco implantvel - dispositivo auxiliar ventricular esquerdo - Dispositivo para ocluso de defeito septal atrial - Dreno pericrdico - Aparato extracorpreo de suporte vida - manmetro intraesofgico, sonda de
temperatura ou sonda de pH. - stent traqueal ou brnquico 2.18. Trax ps-operatrio
Identificar achados e complicaes ps-operatrias normais em radiografias, TC e RM de trax: - resseco em cunha, lobectomia - pneumonectomia - cirurgia para implante de enxerto para desvio
de artria coronria - substituio de vlvula cardaca - enxerto artico - stent artico - esofagectomia transhiatal - transplante pulmonar - transplante cardaco -cirurgia para reduo de volume pulmonar 3 HABILIDADES TCNICA, DE COMUNICAO
E TOMADA DE DECISES
Ao final de seu treinamento, o residente deve ser capaz de demonstrar o seguinte: 3.1. Elaborar laudos sobre radiografias, TC e RM de
trax. Esses laudos devem conter uma breve descrio dos achados de imagem e sua significncia, juntamente com um breve resumo, quando necessrio.
3.2. Supervisionar a equipe tcnica para assegurar que imagens apropriadas sejam obtidas.
3.3. Discutir achados radiolgicos significantes ou
inesperados com os mdicos atendentes e saber quando contatar um clnico.
3.4. Descrever o posicionamento do paciente e
indicaes para uma radiografia de trax PA, lateral, em decbito e lordtica.
3.5. Decidir quando for apropriado obter ajuda do
corpo docente supervisor para interpretao de radiografias.
3.6. Compreender as indicaes clnicas para
obteno de radiografias e quando incidncias adicionais ou uma TC ou RM de trax forem necessrias.
3.7. Desenvolver habilidades para seguir o
protocolo, monitoramento e interpretao de TC de trax, incluindo TCAR, apropriados histria do paciente e outras informaes clnicas.
3.8. Descrever um protocolo de TC de trax
otimizado para avaliao de cada um dos seguintes tpicos:
- aorta torcica e grandes vasos - estenose ou obstruo de veia cava superior e
veia braquioceflica - suspeita de embolia pulmonar - rvore traqueobrnquica - suspeita de bronquiectasia - suspeita de doena de pequenas vias areas - estadiamento de cncer de pulmo - estadiamento de cncer esofgico - tumor de sulco superior - suspeita de metstase pulmonar - suspeita de ndulo pulmonar em uma
radiografia - deficincia respiratria - hemoptise 3.9. Desenvolver habilidades para seguir protocolos,
monitoramento e interpretao de exames de RM de trax.
3.10. Demonstrar a habilidade de apresentar
eficazmente imagens de trax em conferncias. 3.11. Recomendar o uso apropriado de exames de
imagem aos clnicos atendentes. 3.12. Ser capaz de realizar as seguintes
intervenes transtorcicas guiadas por imagem sob superviso apropriada, e conhecer as indicaes, contra-indicaes e controle de complicaes:
- paracentese e drenagem de derrames pleurais - bipsia percutnea pulmonar - paracentese de colees lquidas mediastinais
e pericrdicas - drenagem de abscesso pulmonar refratrio - arteriografia de aorta torcica e grandes vasos
- venografia das maiores veias sistmicas intratorcicas, artrias brnquicas, anatomia e colaterais importantes
- arteriografia pulmonar -princpios de embolizao de artria brnquica:
indicaes, tcnicas e complicaes - princpios de recanalizao de veia
intratorcica e colocao de stent: indicaes, tcnica
- princpios de procedimentos intervencionistas na circulao pulmonar:
- tromblise local -embolizao de malformao
artrio-venosa. 3.13. Dados clnicos e patolgicos correlatos com
achados de radiografia, TC e RM de trax. 4 CONFERNCIAS A lista a seguir d exemplos dos tipos de conferncias que devem ser consideradas como parte do currculo de trax. Algumas dessas reunies podem ser realizadas pelo Departamento de Radiologia, outras podem ser realizadas por outros departamentos ou programas multidisciplinares. Recomenda-se que este ltimo tipo de conferncia seja includo para facilitar a compreenso, pelos residentes em radiologia, sobre o uso de imagens e circunstncias clnicas em que as imagens so solicitadas. - Conferncia de ensino de radiologia torcica
especfica para residentes de radiologia - Uma proporo adequada de grandes rodadas
de radiologia dedicadas a radiologia torcica - Conferncia de medicina pulmonar - Conferncia de oncologia torcica - Conferncia de cirurgia torcica 5 MATERIAL DE ENSINO E SUGESTES DE
LEITURA
Materiais de estudo recomendados e comparecimento obrigatrio a conferncias fazem parte do treinamento, mas, como elas variam entre diferentes departamentos, este documento no inclui uma lista detalhada dos mesmos. Os livros resumidamente listados a seguir cobrem uma grande variedade de tpicos e devem estar disponveis nas bibliotecas dos servios: : - Webb WR, Muller NL, Naidich DP: High-
resolution CT of the Lung. Publicado pela Lippincott Williams & Wilkins.
- Hansell DM, Armstrong P, Lynch DA, McAdams HP: Imaging of Diseases of the Chest, publicado pela Elsevier.
- Fraser RS, Mller NL, Colman N, Pare PD: Fraser & Pars Diagnosis of Diseases of the Chest, publicado pela Saunders.
- Colby TV, Lombard C, Yousem SA, Kitaichi M: Atlas of Pulmonary Surgical Pathology, publicado pela Saunders.
- McCloud TC: Thoracic Radiology: the Requisites, publicado pela Mosby.
- Fundamentos de Radiologia e Diagnstico por Imagem (Adilson Prando/Fernando Alves Moreira Elsevier, 2