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Contra ventos e Para proteger os lares de infortúnios, celebrámos um protocolo com a OK! teleseguros, com vantagens para os nossos associados O NOSSO ESTUDO Analisámos 29 apólices ¦ Contactámos 25 seguradoras, para nos enviarem informação sobre os produtos que comercializam. ¦ Responderam-nos 13. Açoreana, Axa.Groupama, Logo, Seguro Directoe Zurich apresentaram justificações para não participar no estudo, AMA, April, Lusitânia, Macif, Tranquilidade e Victoria nada responderam. ¦ Analisámos a qualidade e o preço das apólices e excluímos do quadro comparativo as que se classificaram abaixo dos 70% na Qualidade Global, bem como a do BBVA, por ser exclusiva para clientes do banco. No dia 16 de novembro do ano passa- do, em véspera de fim de semana, os habitantes de Lagoa e de Silves, no Algarve, viveram momentos difíceis de esquecer. Um tornado varreu aquela região, deixando para trás 13 feridos, 12 desalojados e destruição era casas, edifícios públicos e viaturas. Dados preliminares recolhidos pela Câ- mara Municipal de Lagoa apontavam para cerca de 180 habitações afetadas neste con- celho, com prejuízos de, aproximadamente, um milhão de euros. Apenas nove casas não estavam seguradas; todavia, 17 famílias não tinham seguro para o recheio. Uma semana depois, o Governo anunciou um fundo de emergência de dois milhões de euros para apoiar as famílias com prejuízos não cobertos por seguros e incapazes de su- portar os encargos. A 7 de dezembro de 2010, um fenómeno idêntico ocorreu na região Centro do País, deixando um rasto de destruição nos con- celhos de Ferreira do Zêzere, Sertã e Tomar. Mas, 2 anos depois, as famílias continuam a aguardar o apoio do Estado. Segundo o município da Sertã, muitos proprietários não tinham seguro para as suas habitações. Valeram às vítimas as campanhas de soli- dariedade promovidas pela autarquia, pela Caritas Diocesana e pela Assistência Médica Internacional, que cobriram "uma parte mui- to residual dos prejuízos". Nunca se espera, mas tragédias podem acon- tecer, deixando os consumidores a braços com prejuízos que nem sempre conseguem suportar. A lei obriga quem vive em mg condomínio a contratar um seguro de Ui

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Contra ventos e

Para proteger

os lares

de infortúnios,

celebrámos um

protocolo com a

OK! teleseguros,

com vantagens

para os nossos

associados

O NOSSO ESTUDO

Analisámos 29 apólices¦ Contactámos 25 seguradoras,para nos enviarem informação sobre os

produtos que comercializam.

¦ Responderam-nos 13. Açoreana,Axa.Groupama, Logo, Seguro DirectoeZurich apresentaram justificações paranão participar no estudo, AMA, April,Lusitânia, Macif, Tranquilidadee Victoria nada responderam.

¦ Analisámos a qualidade e o preçodas apólices e excluímos do quadrocomparativo as que se classificaramabaixo dos 70% na Qualidade Global,bem como a do BBVA, por ser exclusiva

para clientes do banco.

Nodia 16 de novembro do ano passa-

do, em véspera de fim de semana,

os habitantes de Lagoa e de Silves,

no Algarve, viveram momentosdifíceis de esquecer. Um tornado

varreu aquela região, deixando para trás 13

feridos, 12 desalojados e destruição era casas,

edifícios públicos e viaturas.

Dados preliminares recolhidos pela Câ-

mara Municipal de Lagoa apontavam paracerca de 180 habitações afetadas neste con-

celho, com prejuízos de, aproximadamente,um milhão de euros. Apenas nove casas não

estavam seguradas; todavia, 17 famílias não

tinham seguro para o recheio.

Uma semana depois, o Governo anunciou

um fundo de emergência de dois milhões de

euros para apoiar as famílias com prejuízosnão cobertos por seguros e incapazes de su-

portar os encargos.

A 7 de dezembro de 2010, um fenómeno

idêntico ocorreu na região Centro do País,

deixando um rasto de destruição nos con-celhos de Ferreira do Zêzere, Sertã e Tomar.

Mas, 2 anos depois, as famílias continuam

a aguardar o apoio do Estado. Segundo o

município da Sertã, muitos proprietáriosnão tinham seguro para as suas habitações.Valeram às vítimas as campanhas de soli-

dariedade promovidas pela autarquia, pelaCaritas Diocesana e pela Assistência Médica

Internacional, que cobriram "uma parte mui-

to residual dos prejuízos".

Nunca se espera, mas tragédias podem acon-

tecer, deixando os consumidores a braçoscom prejuízos que nem sempre conseguem

suportar. A lei só obriga quem vive em mgcondomínio a contratar um seguro de Ui

? incêndio. Mas qualquer proprietáriotem interesse em investir num seguro

multirriscos-habitação, que cobre o risco de

incêndio e outros, como tempestades, inun-

dações, roubo ou sismos.

Dados do Instituto de Seguros de Portugalindicam que, em 2011, existiam mais de 3,5milhões de apólices de seguros multirriscos-

-habitação, contra cerca de 290 mil de incên-

dio. Tal indica que a maioria dos portugueses

prefere jogar pelo seguro. Contudo, segundoo Estudo da Construção e Habitação 2011,do Instituto Nacional de Estatística, nesse

ano existiam mais de 5,7 milhões de habita-

ções. Ou seja, um terço das casas não tinha

qualquer seguro, o que é preocupante.Se é proprietário da casa onde reside,

opte por contratar a cobertura conjunta de

paredes e recheio. Caso seja um inquilino, o

seguro do imóvel é da responsabilidade do

senhorio, tendo de se preocupar apenas com

a proteção do recheio que lhe pertence.Para ajudá-lo a encontrar a melhor solução,

analisámos 29 apólices. Se é nosso associado,

pode poupar até 110 euros por ano face à mé-dia das seguradoras do quadro se optar pelo

seguro para paredes e recheio, com sismos,

do protocolo OK! teleseguros/DECO (aparta-mento em Lisboa, de 2002, no valor de 100mil euros e recheio de 35 mil euros).

Em caso de sinistro, comunique-o à se-

guradora por escrito, no prazo máximo de 8

dias após tomar conhecimento. Mencione os

seus dados pessoais, número da apólice e, se

souber, dia e hora da ocorrência, causa (co-nhecida ou presumível), natureza e montante

provável dos prejuízos, bem como quaisqueroutros elementos que considere úteis.

Olho para a coberturaTodas as seguradoras definem um conjuntode coberturas de contratação obrigatória,como a de incêndio, que constitui a base do

seguro e varia bastante de acordo com as

companhias. Pagando um prémio adicional,

pode contratar outras coberturas, mas al-

gumas têm pouco ou mesmo nenhum in-teresse. Por exemplo, a queda ou quebra de

painéis solares de nada serve a quem não temeste equipamento. A nossa seleção inclui as

coberturas que consideramos mais impor-tantes, seja pelo valor potencial dos danos,

seja pela frequência com que ocorrem (ver a

informação abaixo).Consideramos que algumas coberturas

têm um caráter demasiado restritivo, quelhes retira parte da utilidade. Por outro lado,são de lamentar certas exclusões, como a

existência de danos ou defeitos de constru-

ção anteriores ao sinistro. Como a seguradora

não faz uma vistoria prévia, se invocada esta

exclusão, o cliente poderá ter problemas para

provar o contrário. O desdobramento decoberturas também é desnecessário e podelevar o consumidor a contratar uma cobertu-

ra inferior à que pretendia. Um exemplo: em

algumas apólices, os danos por água surgemdivididos em quatro coberturas (danos porágua, rebentamento de canos, torneiras aber-

tas e pesquisa de avarias). O protocolo OK!

teleseguros/DECO não tem estas limitações.

0 preço certoÉ muito importante fazer uma avaliaçãocorreta dos bens, para calcular o capital a

contratar. Se indicar um valor inferior ao

real, em caso de sinistro, a seguradora pa-gará só uma parte dos prejuízos (a chamada

regra proporcional). Por exemplo, a casa vale

100 mil euros, mas contratou o seguro por70 mil euros (ou seja, 70% do valor real). Se

um azar lhe destruir uma parte da casa, a se-

guradora só lhe pagará 70% dos danos. Mas

também não ganha nada em sobreavaliar os

bens, pois a companhia só o indemniza no

equivalente ao valor real, mesmo que estejaa pagar um prémio superior.

Não deveria ter de ser o proprietário a fazer

estas contas, para as quais, muitas ve- «zes, não tem conhecimentos suficientes. ímt

Q As apólices da OK! teleseguros ao abrigo"" do protocolo com a DECO, a Casa Opção

Standard, da Allianz, e a Casa Completa, da

Mapfre, têm métodos para calcular o capital

seguro que libertam o consumidor da respon-sabilidade de avaliar os bens, prescindindo de

aplicar a regra proporcional.O capital seguro do imóvel deve corres-

ponder ao valor de reconstrução. Determi-

ne a área da casa, incluindo a sua parte de

zonas comuns (telhado, entradas, escadas,

corredores, elevadores e garagens comuns),

e multiplique pelo preço de reconstrução

por metro quadrado do concelho. Consulte

o valor em vigor no nosso portal (www.deco.

proteste.pt), no dossiê sobre seguro para

paredes e recheio) ou através do Serviço de

Informação (808 780 050 ou 218 410 890).Um apartamento com 125 metros quadrados,

em Peso da Régua, terá um valor de recons-

trução de aproximadamente 84 mil euros.

Caso tenha feito obras de melhoria ou a casa

esteja equipada, por exemplo, com estores

elétricos ou aquecimento central, acrescente

20% ou 30% ao valor apurado.Para avaliar o recheio, faça uma lista dos

bens, incluindo roupa e calçado, e calcule

quanto custaria se tivesse de os compraratualmente. Para as antiguidades ou obras de

arte, consulte um especialista. Estes e outros

objetos de valor elevado, como máquinas fo-

tográficas e câmaras de vídeo, jóias, coleções,

armas e casacos de pele, são considerados es-

peciais e devem ser discriminados e valoriza-

dos individualmente na apólice. Caso contrá-

rio, a maioria das seguradoras paga até 1500

euros por cada um, mesmo que valham mais.

Some as parcelas e acrescente uma margemde 10%, como segurança.

A companhia atualiza o capital segurodo imóvel e do recheio anualmente, com

base nos índices divulgados pelo Institutode Seguros de Portugal. De qualquer forma,

convém rever o valor do recheio a cada 4 ou

5 anos.

De calculadora em punhoO preço do seguro multirriscos-habitaçãonão depende apenas do valor dos bens segu-

ros, sendo condicionado por outros fatores.

Por isso, peça simulações a diferentes compa-nhias, optando por consultar mediadores ou

corretores de seguros, que, regra geral, conce-

dem descontos apreciáveis. Mas se quiser ter

uma ideia de quanto irá pagar antes de fazer

os contactos, damos-lhe uma ajuda.

No quadro da página 33, apresentamos,

para cada seguradora, os prémios totais anu-

ais por cada 1000 euros de capital seguro.Para calcular o prémio a pagar por uma apó-lice que inclua as coberturas que definimos

como essenciais, multiplique os valores de

reconstrução do imóvel e do recheio pelas

respetivas taxas. A quantia apurada poderáaumentar ou diminuir em função do tipo de

habitação e da localização, da antiguidade e

dos materiais. Depende também da existên-

cia, ou não, de sistemas de proteção (alarme

antirroubo, grades nas janelas, portas blin-

dadas, etc.) e de prevenção, como extintores

e sistemas de deteção de incêndios, entre

outros. Por exemplo, o prémio pode diminuir

10% a 20% se a casa estiver situada em Évora,

mas poderá aumentar na mesma percenta-

gem se residir no rés-do-chão.

Contratar no bancoQuando se compra casa a crédito, o mais cer-

to é o banco propor a subscrição do seguro

multirriscos-habitação aos seus balcões, em

troca de uma redução no spread (margemfinanceira da instituição). Se está em vias de

fazer negócio e quer saber se compensa, con-

sulte a taxa anual efetiva revista (TAER) naficha de informação normalizada que o banco

é obrigado a entregar quando faz a simulação

de um financiamento. Esta taxa engloba o

custo de todos os produtos associados ao cré-

dito, como seguros e cartões, devendo usá-la

para comparar as várias propostas.Ao comprar casa, em junho de 2010, Jorge

Bessa, de Lousada, contratou o seguro obri-

gatório de incêndio no Banco Popular, quelhe concedeu o empréstimo. Mais tarde, o

leitor chegou à conclusão de que estava a pa-

gar "o dobro do valor que outras companhiascobram" e pediu a ajuda do nosso Serviço de

Informação, para saber se poderia mudar de

seguradora. No caso de Jorge, o contrato de

hipoteca tinha uma cláusula que o impedia de

alterar os seguros sem o acordo por escrito do

banco.

Se, tal como este leitor, sentir necessidade

de transferir o seu seguro para outra compa-nhia, pergu-nte primeiro no banco quais as

consequências dessa mudança no emprésti-mo. Caso implique um aumento do spread,

que só poderá acontecer se esta situação es-

tiver prevista no contrato, em princípio, não

vale a pena mudar. Se não tiver implicações

no spread, siga as nossas recomendações e

reduza a sua fatura mensal. ¦

UMATEMPESTADE PODE CAUSAR PREJUÍZOS QUE OS

CONSUMIDORES NÃOTÊM CAPACIDADE PARASUPORTAR