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Nº26 | NOVEMBRO 2010 13 horas livres CONTRATAÇÃO COLECTIVA PRIMEIRO ACORDO DE EMPRESA ASSINADO ENTRE O STEC e CAIXA-BI OBJECTIVOS DA GREVE GRANDE ADESÃO AO STEC, ELEIÇÃO DE MAIS DELEGADOS SINDICAIS DIA DE PROTESTO E ACÇÃO EUROPEU CONCLUSÕES DA REUNIÃO DE DELEGADOS 3 contratação 4 sindical ROTA DOS MOUCHÕES PASSEIO FOTOGRÁFICO À REGIÃO DO BARROSO sindical 4

contratação sindical 131 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD Nº26 | NOVEMBRO 2010 0 13 horas livres CONTRATAÇÃO COLECTIVA

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  • 1Nº26 | NOVEMBRO 2010 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    Nº26 | NOVEMBRO 2010

    13 horas livresCONTRATAÇÃO COLECTIVA

    PRIMEIRO ACORDO DE EMPRESA ASSINADO ENTRE O STEC e CAIXA-BI

    OBJECTIVOS DA GREVE

    GRANDE ADESÃO AO STEC, ELEIÇÃO DE MAIS DELEGADOS SINDICAIS

    DIA DE PROTESTO E ACÇÃO EUROPEU

    CONCLUSÕES DA REUNIÃO DE DELEGADOS

    3 contratação 4 sindicalROTA DOS MOUCHÕES

    PASSEIO FOTOGRÁFICO À REGIÃO DO BARROSO

    sindical4

  • 2 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    A crise que estamos a viver, na passagem do centenário da implantação da República, tem cada vez mais seme-lhanças com os tempos difíceis que também se viveram nos últimos anos da Monarquia, em Portugal.

    Passaram já 100 anos, mas a grave situação económica e social em que nos encontramos, com uma crise de valores e de referên-cias que nos está a atirar socialmente para a cauda da Europa - daquela Europa que nos apresentaram como a solução milagrosa para um futuro seguro e risonho - não pode deixar de nos conduzir, por associação de ideias, à situação dramaticamente semelhante que se viveu em Portugal nos anos que antecederam a queda do regime monárquico.

    De facto, a actual situação, com o acentuar das profundas desi-gualdades sociais, com uma minoria a usufruir abusivamente e a exibir gastos sumptuários, vencimentos obscenos e a acumular reformas, em contraponto com uma maioria da população que é obrigada a viver com baixos salários, a confrontar-se com um de-semprego galopante e a sentir a degradação crescente dos siste-mas de segurança social, ensino e justiça, o aumento da pobreza, a falta de meios mínimos de subsistência e a redução de apoios na assistência médica e medicamentosa - tem dramáticas seme-lhanças com a degradação económica e social da população por-tuguesa nos últimos anos da monarquia e a vida faustosa da Casa Real e da corte de serventuários que à sua volta parasitava.

    Como acabou a monarquia, todos bem sabemos. O papel dos trabalhadores e das suas organizações, em conjugação com as forças políticas progressistas e alguns sectores do exército e da marinha foi então determinante, para implantar a República e dar um novo rumo ao país e aos portugueses.

    E, pese embora as múltiplas vicissitudes que a implantação da República conheceu, uma evidência é incontestável: foi um dos períodos mais brilhantes da nossa história, pelas profundas altera-ções que veio introduzir na vida dos portugueses e pela evolução social que estas vieram a proporcionar, catapultando Portugal para um lugar de destaque entre as nações mais evoluídas de então.

    Hoje, em Portugal, a grave situação social com que nos estamos a confrontar e as medidas brutais e discricionárias que o Governo acaba de anunciar, para que os mesmos de sempre paguem uma crise a que são alheios e desta forma permitam que uma minoria continue a viver "à grande e à francesa", tornam urgente recriar a mesma atitude popular de revolta, inconformismo, determinação e luta que conduziram em 1910 à implantação da República.

    É igualmente urgente desmascarar os "fazedores de opinião" que pululam na sociedade portuguesa e nos órgãos de comunicação social, poluindo consciências, manipulando vontades e apregoan-do a necessidade de mais e mais sacrifícios... mas sempre para os outros, para os mesmos de sempre, para os trabalhadores por conta de outrem, para os reformados, para os que já pouco ou nada têm!

    Os trabalhadores e as suas organizações têm novamente de ser protagonistas activos na alteração do estado de coisas a que chegámos em Portugal e perceberem que aqueles que, aprovei-tando-se do seu voto, os iludem e lhes mentem para melhor os continuarem a explorar, têm de ser urgentemente travados na sua ganância, antes que a situação se torne irremediavelmente insus-tentável.

    Agora, como há 100 anos,É urgente unir forças e levantar bandeiras Por um país de igualdade e de justiça socialPela reimplantação dos valores da República.

    índice

    CAIXA ABERTA Nº26NOVEMBRO 2010

    editorial

    A CRISE E O CENTENÁRIODA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

    caixa sindical4 • OBJECTIVOS DA GREVE• GRANDE ADESÃO DE TRABALHADORES AO STEC

    E ELEIÇÃO DE MAIS DELEGADOS SINDICAIS• DIA DE PROTESTO E ACÇÃO EUROPEU • CONCLUSÕES DA REUNIÃO DE DELEGADOS

    recortes de imprensa11

    caixa direitos6 • TRABALHO SUPLEMENTAR - O QUE É ? caixa entrevista8 • Prof. Dr. AMADEU JOSÉ FIGUEIREDO CARVALHO HOMEM Professor Catedrático do Departamento de História,

    Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

    caixa contratação3 • CONTRATAÇÃO COLECTIVAAs medidas do OE que afectamos trabalhadores do Grupo CGDarrasam a Contratação Colectiva

    • PRIMEIRO ACORDO DE EMPRESA ASSINADO ENTRE O STEC e CAIXA-BI

    caixa horas livres13 • ROTA DOS MOUCHÕES • PASSEIO FOTOGRÁFICO À REGIÃO DO BARROSO

    caixa protocolos15 • PROTOCOLOS• INSÓLITO• CONT(R)A-CORRENTE16

  • CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD3

    Nº26 | NOVEMBRO 2010 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    Os efeitos destas decisões vão acentuar enormemente a gra-ve crise social em que os trabalhadores portugueses já estão mergulhados e as suas consequências irão inevitavelmente as-sumir proporções imprevisíveis e dramáticas.

    No que se refere aos trabalhadores do Grupo CGD, este pro-blema vai ainda acentuar-se, pelo facto de a sua situação la-boral mostrar que o descontentamento e a desmotivação se começam a instalar no seu seio, com todas as consequências negativas que daqui resultam.

    O STEC não aceita esta situação e, tanto no plano legal, como junto dos trabalhadores, vai denunciar as contradi-ções e a gravidade destas medidas e a necessidade das mesmas serem travadas e revistas.

    Depois das vicissitudes do processo negocial que, em Maio passado, conduziu o STEC à marcação de 1 dia de greve, ao recusar que as negociações se limitassem apenas ao aumento salarial de 1% - decisão então tomada por alguns Sindicatos, a Administração da CGD e o Governo - foi assumido, em termos públicos, pela CGD, que as negociações seriam reatadas no mês de Setembro!

    Como contraponto a este cenário preocupante, temos uma excepção positiva - as negociações entre o STEC e a Caixa Banco de Investimento, onde após um início de processo algo conturbado e que chegou mesmo a ser levado à fase de mediação do Ministério do Trabalho, a situação acabou por se normalizar, as negociações directas seguiram o seu curso e a 28 de Setembro último, as duas partes procederam à assinatura formal do seu primeiro Acordo de Empresa.

    contratação

    CONTRATAÇÃO COLECTIVA

    PRIMEIRO ACORDO DE EMPRESA ASSINADO ENTRE O STEC e CAIXA-BI

    As medidas do OE que afectam os trabalhadores do Grupo CGD

    arrasam a Contratação Colectiva

    Não sendo o Acordo considerado ideal, é um primeiro passo que o STEC considera muito importante para o futuro dos trabalhadores da Empresa, que procu-raremos vir a melhorar progressivamente em futuras revisões.

    Mas o mês de Setembro chegou ao fim e quanto a reatamento de negociações... um silêncio absoluto!

    Nestas circunstâncias, o STEC decidiu tomar a iniciativa de en-tregar à Administração uma proposta de revisão contratual que permitisse fechar o processo negocial de 2010 e definir a tabe-la salarial e cláusulas de expressão pecuniária para 2011.

    Até agora e mais de um mês passado, a resposta da Adminis-tração continua a ser... um silêncio absoluto!

    Como se este facto não bastasse, os trabalhadores são con-frontados com a decisão do Governo, de aumentar em 1% o desconto para a Caixa Geral de Aposentações, congelar as pensões de reforma e reduzir os salários acima de 1.500 €, entre 3,5% e 10%, reduzir o valor do subsídio de almoço e as ajudas de custo para os valores da Função Pública, nas Em-presas do Sector Público. E tudo indica que o Governo não ficará por aqui, já que por afirmações vindas a público, se estará a preparar para tentar congelar a contratação colectiva nos próximos 2 ou 3 anos!

  • 4 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    John Monks, presidente da CES declarou:“Este é um dia de sucesso para os trabalhadores europeus e um sinal claro para os líderes europeus: não podeis apenas ouvir e atender aos mercados – não podeis mais ignorar a raiva e a preocupação dos trabalhadores.”

    O STEC participou nas manifestações em Lisboa e Porto. Como dia a dia se vem confirmando, as preocupações dos trabalhadores das empresas do grupo CGD, não diferem das de todos os outros, em Portugal ou pela Europa.

    GRANDE ADESÃO DE TRABALHADORES AO STEC E ELEIÇÃO DE MAIS DELEGADOS SINDICAIS

    sindical

    OBJECTIVOS DA GREVE GERALDE 24 DE NOVEMBRO

    A crise que se vive no nosso país, e cujas con-sequências o Governo está a querer fazer recair fundamentalmente sobre os trabalhadores, e de forma brutal sobre os trabalhadores do Grupo CGD, está a motivar, e bem, os trabalhadores a sindicalizarem-se no STEC.

    Só no último mês, aderiram ao sindicato mais de cem novos sócios, decorrentes das visitas efectuadas pela Direcção e pelos membros dos Secretariados aos locais de trabalho, sendo a maioria das adesões da zona da Grande Lisboa.

    No mesmo período foram eleitos seis novos Delegados Sindicais, em locais de trabalho que não tinham ainda o seu representante.

    Este é, de facto, o momento para o reforço da sindicalização no STEC, é o momento para nos unirmos todos e mostrar ao Governo, ao País e também à Gestão do Grupo CGD, que não estamos dispostos a pagar mais uma vez e de forma brutal, os buracos do orçamento.

    Participa!Adere à Greve Geral!

    A Greve, sob a forma de uma paralisação total do trabalho durante todo o período de funcionamento correspondente àquele dia, tem os seguintes objectivos:

    ► Contra as medidas de austeridade que encostam à pa-rede aqueles que trabalham e que não fogem aos impos-tos, hipotecando o desenvolvimento do País e levando à recessão da economia;

    ► Contra o empobrecimento dos trabalhadores e da po-pulação e o aumento das desigualdades, que colocam metade da sociedade portuguesa em situação de carên-cia, sem esperança no futuro, enquanto os ricos continu-am mais ricos;

    ► Contra a redução dos salários dos trabalhadores do Grupo CGD;

    ► Contra a redução brutal do subsídio de almoço, das ajudas de custo e do trabalho suplementar aos traba-lhadores do Grupo CGD;

    ► Contra o ataque à contratação colectiva, suspendendo promoções, diuturnidades, prémios, reclassificações, al-terações de categoria, nomeações, aos trabalhadores do Grupo CGD;

    ► Contra o aumento de 1% de desconto por parte dos trabalhadores para a Caixa Geral de Aposentações;

    ► Contra o aumento da carga fiscal sobre os rendimen-tos do trabalho;

    Respondendo à convocatória da CES - Confederação Europeia de Sindicatos (www.etuc.org) que representa 82 sindicatos e centrais sindicais de 36 países, realizaram-se, em vários países, protestos, manifestações e greves gerais com o lema: "NÃO" às medidas de austeridade. Prioridade ao emprego e ao crescimento.

    ► Contra o congelamento das pensões;

    ► Contra a diminuição ou eliminação de abonos de fa-mília, que deixa uma larga maioria de trabalhadores do Grupo sem aquele abono;

    ► Contra o agravamento generalizado do custo de vida, com o aumento do IVA e dos preços dos produtos alimentares, dos medicamentos e de serviços prestados na área da saúde, da educação, da energia, dos trans-portes colectivos, das custas judiciais e outras taxas do Estado;

    ► Contra a privatização parcial ou total da área de Se-guros do Grupo CGD, pelo reforço do Grupo Caixa, num sector que é estratégico para o desenvolvimento do país;

    ► Pela exigência do combate à fraude e evasão fiscal, à economia clandestina e aos paraísos fiscais;

    ► Pela defesa e melhoria dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, da Segurança Social univer-sal e solidária e da Justiça.

    BRUXELAS - LISBOA - PORTO / 29 de Setembro 2010DIA DE PROTESTO E ACÇÃO EUROPEU

  • CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD5

    Nº26 | NOVEMBRO 2010 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    Seguiu-se um debate muito vivo, com várias propostas de acções a desenvolver tendentes a pressionar as Instituições (Governo, Grupos Parlamentares da Assembleia da Repúbli-ca, Presidente da República, etc) a alterar aquelas medidas do O.E. e também de protesto e mobilização dos trabalhadores do Grupo para a Greve Geral.

    NÃO PARTICIPAR NOS JANTARES DE NATAL

    Uma das conclusões da reunião foi a NÃO PARTICIPAÇÃO NOS JANTARES DE NATAL DA EMPRESA já que não têm qualquer justificação este tipo de gastos, quando se está a propor baixar os salários dos trabalhadores.

    5

    ► Considerando que o Orçamento de Estado para 2011, já aprovado na generalidade pela Assembleia da República, contém medidas que, a não serem alteradas na discussão e votação na especialidade, vão afectar gravemente a situação dos trabalhadores do Grupo CGD;

    ► Considerando que essas medidas implicam, designadamen-te, reduções salariais, suspensão nas progressões de carrei-ra, promoções, reclassificações, prémios, nomeações, paga-mento de trabalho suplementar e de ajudas de custo, e até a diminuição significativa do valor do Subsidio de Almoço;

    ► Considerando que, essa eventualidade irá conduzir, na prá-tica, à estagnação do funcionamento e, em sequência, ao impedimento normal da actividade das Empresas do Grupo CGD;

    ► Considerando que as Empresas do Grupo CGD, desenvol-vem a sua actividade específica, num mercado concorrencial e por conseguinte não é admissível, tanto em termos legais como éticos, que estas Empresas possam agora ver altera-das as suas condições de funcionamento;

    ► Considerando, ainda, a situação da CGD, que para além de ser uma Sociedade Anónima, se rege por uma Lei Orgânica específica que, entre outras normas, determina para a sua gestão um conjunto de responsabilidades, designadamente quanto à política de remunerações e de reformas;

    ► Considerando, que os trabalhadores das Empresas do Grupo CGD não dependem em circunstância alguma do Orçamento Geral do Estado, mas que, pelo contrário, têm vindo a contri-buir anualmente para esse mesmo Orçamento, com centenas de milhões de Euros, resultantes dos lucros alcançados à custa do seu trabalho e sacrifício;

    MAIS DE 160 DELEGADOS SINDICAIS DO STEC DECIDIRAM: • REPUDIAR AS MEDIDAS BRUTAIS DO O.E. PARA OS TRABALHADORES DO GRUPO CGD• ADERIR À GREVE GERAL• APOIAR A DIRECÇÃO EM TODAS AS MEDIDAS A TOMAR

    Os Delegados Sindicais do STEC reuniram no passado dia 5/11 na Sede do STEC em Lisboa, naquela que foi a reunião mais participada de sempre, com 160 Delegados.

    Da ordem de trabalhos constava:- As medidas do Orçamento de Estado para 2011;- Análise da situação e decisões a tomar.

    Na intervenção inicial, o Presidente da Direcção esclareceu o alcance e o conteúdo das medidas lesivas dos trabalhadores do Grupo CGD, contidas no O.E. para 2011, e informou os Delega-dos das acções desenvolvidas, até ao momento, pela Direcção.

    OS DELEGADOS SINDICAIS DO STEC,REUNIDOS EM LISBOA, NA SEDE DO SINDICATO,

    EM 5 DE NOVEMBRO DE 2010, DECIDEM:

    1 ► Repudiar as medidas relativas ao Orçamento de Es-tado para 2011, que envolvem e afectam a Adminis-tração Pública e o Sector Empresarial do Estado e a interpretação que entende incluir, neste âmbito, a CGD e todas as restantes Empresas que esta Insti-tuição maioritariamente detém;

    2 ► Apoiar a Direcção em todas as medidas que vier a tomar, no período de discussão do Orçamento na especialidade, no sentido de evitar que os trabalha-dores do Grupo CGD possam vir a ser envolvidos nas medidas restritivas que constarem do Orçamen-to para 2011;

    3 ► Exigir, como contributo para a resolução do défice público, que os Bancos paguem a mesma percen-tagem de IRC, que todas as outras Empresas dos vários sectores de actividade;

    4 ► Aderir à Greve Geral de 24 de Novembro de 2010, como a melhor forma de manifestarem o seu pro-testo pelas medidas penalizadoras que constam do Orçamento de Estado para 2011 e pela inclusão, ab-surda e específica dos trabalhadores do Grupo CGD no seu âmbito.

    sindical

    CONCLUSÕES DA REUNIÃO DE DELEGADOS DE

    5 NOVEMBRO 2010

    Considerando que o Orçamento de Estado para 2011, já

    CONCLUSÕES - REUNIÃO DELEGADOS DE 5/11/2010

    No final foi aprovado (com 5 abstenções e sem votos contra) o documento de conclusões que aqui se reproduz.

  • 6 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    Diz-nos o Código do Trabalho, doravante designado por CT, no seu artigo 226º, que se considera trabalho suplementar o que for prestado fora do horário de trabalho.

    A designação «trabalho suplementar» foi, aliás, introduzida no ordenamento jurídico português pelo Dec.-Lei nº 421/83, de 2/12/83, que substituiu, pois, a denominação de «trabalho ex-traordinário» que até então constava do artigo 46º da LCT apro-vada pelo Dec.-Lei nº 49.408, de 24/11/1969 e era aí definido como sendo o trabalho prestado para além do período normal.

    É hoje assim claro que trabalho suplementar é todo aquele que seja prestado fora do horário de trabalho, e portanto antes do início ou após o termo do horário de trabalho que haja sido fixado ao trabalhador. Por conseguinte, a delimi-tação do trabalho suplementar é feita agora por referência ao conceito de horário de trabalho e não já ao do período normal de trabalho.Há, porém, casos de trabalho prestado fora do horário de tra-balho que a lei não qualifica de trabalho suplementar.É o que se passa precisamente com as situações previstas no artigo 226º, nº 3, do CT.

    Assim, são excluídas da noção de trabalho suplementar as situações em que:

    (I) o trabalho é prestado por trabalhador isento de horário de trabalho em dia normal de trabalho, sem prejuízo dos casos em que o acordo sobre a isenção de horário de tra-balho tenha limitado a prestação deste a um determinado período de trabalho, diário ou semanal, em que é trabalho suplementar o que excede esse período;

    (II) o trabalho é prestado para compensar suspensões de actividade, independentemente da sua causa, até 48 horas, seguidas ou interpoladas por um dia de descanso ou feriado, mediante acordo entre o empregador e o trabalhador, como, por exemplo, sucede nas vulgarmente chamadas “pontes”;

    (III) o trabalho é prestado durante o período de tolerância de 15 minutos após o termo do horário de trabalho, sem prejuízo do trabalho realizado nessas condições revestir carácter excepcional e dever ser pago ao perfazer quatro horas ou no termo do ano civil [cfr. art. 203º, nº 3 do CT];

    (IV) o tempo que for utilizado pelo trabalhador em formação profissional fora do horário de trabalho que não exceda duas horas diárias;

    (V) o trabalho é prestado nas condições previstas na alínea b) do nº 1 do artigo 257º, ou seja, nos casos em que a perda de retribuição por motivo de faltas é substituí-da por prestação de trabalho em acréscimo ao período normal, dentro dos limites previstos no artigo 204º quando o instrumento de regulamentação colectiva de trabalho o permita; e

    (VI) o trabalho é prestado para compensação de períodos de ausência ao trabalho, efectuada por iniciativa do tra-balhador, desde que uma e outra tenham o acordo do em-pregador.

    2 - A prestação de trabalho suplementar representa uma compressão do tempo de auto disponibilidade do trabalha-dor e correspondentemente traduz-se sempre no aumen-to do período de disponibilidade do trabalhador perante o empregador e na consequente redução do seu tempo de descanso e de lazer.

    A exigência de trabalho suplementar tem assim que se fundar em motivos suficientemente fortes e ponde-rosos.

    Por isso, e conforme se estabelece no artigo 227º, nos 1 e 2, do CT, o trabalho suplementar só pode ser presta-do quando a empresa tenha de fazer face a acréscimo eventual e transitório de trabalho e não se justifique para tal a admissão de trabalhador ou em caso de for-ça maior ou quando seja indispensável para prevenir ou reparar prejuízo grave para a empresa ou para a sua viabilidade.

    Aliás, o recurso ao trabalho suplementar fora dessas si-tuações constitui uma contra-ordenação muito grave [artigo 227º, nº 4].

    Porém, verificadas as condições legais para a sua realiza-ção, a prestação de trabalho suplementar é obrigatória para o trabalhador, salvo quando haja motivos atendí-veis e ele solicite expressamente a sua dispensa [arti-go 227º, nº 3].

    A recusa injustificada da prestação de trabalho suple-mentar faz, pois, incorrer o trabalhador em infracção dis-ciplinar.

    Mas há determinadas categorias de trabalhadores que têm o direito a ser dispensados do trabalho suplementar: as trabalhadoras grávidas, bem como o trabalhador ou trabalhadora com filho de idade inferior a 12 meses e ainda a trabalhadora durante o período de amamenta-ção se for necessário para a sua saúde ou para a da criança [artigo 59º, nos 1 e 2] e o trabalhador com defici-ência ou doença crónica [artigo 88º].

    Por outro lado, o trabalhador menor não pode mesmo prestar trabalho suplementar [artigo 75º, nº 1].

    direitos

    TRABALHO SUPLEMENTARO QUE É ?

  • CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD7

    Nº26 | NOVEMBRO 2010 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    5 - Nos termos do artigo 268º, nº 1 do CT, o trabalho suple-mentar é pago pelo valor da retribuição horária com um acréscimo variável consoante o número de horas de trabalho prestado e for realizado em dia normal de trabalho ou em dia de descanso ou feriado.

    Assim, o acréscimo é de 50% pela primeira hora ou fracção desta e de 75% por hora ou fracção subsequente, em dia útil; e de 100% por cada hora ou fracção, em dia de descan-so semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado.

    O valor da retribuição horária é calculado segundo a fór-mula (Rm x 12) : (52 x n), em que Rm é o valor da retri-buição mensal e n o período normal de trabalho semanal, definido em termos médios em caso de adaptabilidade [artigo 271º do CT].

    Porém, o pagamento da retribuição do trabalho suple-mentar só é exigível quando a prestação dele tenha sido prévia e expressamente determinada pelo empregador ou, pelo menos, tenha sido realizada de modo a não ser previsível a sua oposição por parte do empregador [artigo 268º nº 2 do CT].

    Por conseguinte, para haver lugar ao pagamento de tra-balho suplementar é cumulativamente necessário, por um lado, que o trabalho suplementar seja realizado e, por ou-tro, que tal trabalho tenha sido prévia e expressamente determinado pelo empregador ou então que ao ser reali-zado fosse previsível que não iria merecer a oposição do empregador.

    Importa também assinalar que tanto as percentagens dos acréscimos remuneratórios do trabalho suplementar, como as aludidas condições de exigibilidade do seu pagamento, podem ser afastadas por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho nos mesmos termos indicados no nº 4 quanto ao regime do descanso compensatório devido pela realização de trabalho suplementar.

    6 - Por último, cabe igualmente referir que todo o trabalho su-plementar deve ser objecto de registo, de acordo com os procedimentos estabelecidos no artigo 231º do CT.

    Aliás, a violação das normas respeitantes ao registo do trabalho suplementar, para além de constituir uma contra--ordenação grave, confere ainda ao trabalhador, por cada dia em que tenha prestado actividade fora do horário de trabalho, o direito a retribuição correspondente a duas ho-ras de trabalho suplementar [artigo 231º, nº 5 do CT].

    3 - O trabalho suplementar está sujeito, por cada trabalhador, aos limites, anuais ou diários, fixados no artigo 228º do CT.

    O limite anual depende da dimensão da empresa (175 horas/micro-empresa ou pequena empresa, 150 horas/média ou grande empresa) e no caso de trabalhador a tempo parcial /80 horas ou o número de horas correspon-dente à proporção entre o respectivo período normal de trabalho e o de trabalhador a tempo completo em situação comparável, quando superior.

    O limite diário não pode ultrapassar em dia normal de trabalho, duas horas; em dia de descanso semanal, obri-gatório ou complementar, ou feriado, um número de horas igual ao período normal do trabalho diário; e em meio-dia de descanso complementar, um número de horas igual a meio período normal de trabalho diário, podendo os limi-tes da base anual ser aumentados até 200 horas/ano por instrumento de regulamentação colectiva.

    4 - A prestação de trabalho suplementar em dia útil, em dia de descanso semanal complementar ou em feriado, con-fere ao trabalhador o direito a descanso compensatório remunerado, correspondente a 25% das horas de tra-balho suplementar realizadas, o qual se vence quando perfaça um número de horas igual ao período normal de trabalho diário e deve ser gozado nos 90 dias seguintes [artigo 229º, nos 1 e 2 do CT].

    Este regime pode, porém, ser afastado por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho que estabeleça a compensação de trabalho suplementar mediante redução equivalente do tempo de trabalho, pagamento em dinheiro ou ambas as modalidades [art. 229º, nº 6].

    Quando o trabalhador que preste trabalho suplementar fi-que impedido do gozo do descanso diário tem ele direito a descanso compensatório remunerado equivalente às ho-ras de descanso em falta, a gozar num dos três dias úteis seguintes [artigo 229º, nº 3].

    O trabalho suplementar prestado em dia de descanso semanal obrigatório dá direito ao trabalhador a um dia de descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três dias úteis seguintes [artigo 229º, nº 4].

    O dia de descanso compensatório deve ser marcado por acordo entre trabalhador e empregador ou, na sua falta, pelo empregador [artigo 229º, nº 5].

  • 8 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    Um trabalhador da CGD, com funções de gestor de cliente, é transferido para uma outra Agência da mesma Região.Um facto aparentemente normal e porventura mesmo pacífico.

    entrevista

    Prof. Dr. AMADEU JOSÉ FIGUEIREDOCARVALHO HOMEM

    Guerra ao lado de Inglaterra. Portanto isso fez com que os Governos Republi-canos não pudessem nem tivessem con-dições para atender às reivindicações operárias. Essa a razão pela qual uma fi-gura como Afonso Costa foi apelidado de racha-sindicalistas, porque não tinha ao seu alcance quaisquer meios para aten-der às reivindicações dos operários e dos trabalhadores por conta de outrem.

    Liberalismo, Anarquismo, anarco-sindicalismo, socialismo, comunismo… muitos "ismos" despontaram então, respondendo aos ecos distantes de acontecimentos radicais pelo mundo. Cem anos passados, aprendemos com a História a fazer melhores escolhas?AH: O séc. XIX foi justamente o sécu-

    lo dos "ismos" porque houve uma plura-lidade de tendências e correntes muito diversificadas. Podemos dizer que no decurso do séc XIX sobretudo na área da esquerda, a corrente com a qual se identificavam os proletários, os trabalha-dores fabris, nem sequer era um Partido Socialista ou Comunista. A corrente com a qual os trabalhadores se identificavam e que os fascinava era mais a corrente anarquista. Portanto o séc. XIX foi um século fervilhante, com muitas clivagens, com um confronto de gerações sujeitas a propostas muito dissemelhantes, ao contrário do que acontece hoje. Hoje es-tamos perante formas ideológicas muito típicas, com a sua carga doutrinária mui-to precisa, mas a grande clivagem que verificamos está nisto: mais do que a es-colha de um partido político, seja ele qual for, o que preocupa mais hoje o cidadão é o desejo de concretização da justiça social - portanto hoje assiste-se a uma certa subalternização da ideologia pura e dura e assiste-se, por outro lado, a um acréscimo de reivindicações de natureza social que impeçam que a classe média seja eliminada ou proletarizada e que fa-voreçam a salvaguarda da dignidade fun-damental do trabalho.

    Recorrendo a uma expressão sua, quem foram afinal os cavaleiros da Távola Redonda Republicana?AH: Foram sociologicamente homens

    da “burguesia magra”, ou seja, pequenos comerciantes, donos de pequenas fábri-cas e bastantes trabalhadores liberais.

    não havia um tecido social e económico desenvolvido. Não éramos um país in-dustrializado. Lá fora, a chamada classe operária, os trabalhadores da indústria, reviam-se mais no Partido Socialista do que no Partido Republicano. Entre nós o movimento foi idêntico pois centrou-se em Lisboa, na sua cintura industrial, so-bretudo localizada na zona de Setúbal, onde houve a eclosão de certos movi-mentos grevistas, de operários identifi-cados com o ideário socialista. Mas esse élan acabou por se perder justamente porque esse movimento não tinha uma correspondência com o resto do país, que não possuía o índice de industriali-zação necessário.

    Assim os Republicanos tentaram (mui-to inteligentemente, aliás) captar para o seu lado o proletariado, aconselhando-os a pôr entre parêntesis as reivindicações económicas, a não recorrer à greve e a travar a luta política, fomentando a pers-pectiva de que com as eleições e o pro-cesso eleitoral se poderia instalar uma República que daria depois resposta aos anseios do operariado,

    Mas as coisas acabaram por não se-rem rigorosamente assim, sobretudo porque a primeira República enfrentou terríveis dificuldades, algumas das quais vindas já do regime constitucional ante-rior. Os Republicanos tiveram que inven-tar um regime político com os cofres in-teiramente vazios e poucos anos depois entenderam (e bem na minha opinião) que deveriam travar a Primeira Grande

    Prof. Dr. AMADEU JOSÉ FIGUEIREDO CARVALHO HOMEMProfessor Catedrático do Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

    A crise (económica, financeira, cultural, institucional, crise de desemprego e fome, crise colonial, crise de existência e de valores) foi uma palavra e circunstância que marcou o período envolvente à implantação da República, em 1910. Que semelhanças e/ou diferenças se podem encontrar entre a dobragem do séc. XIX para o séc. XX e a actualidade?AH: Há semelhanças, decerto, mas

    também há grandes e notórias diferen-ças. As semelhanças provêm de vários factores, nomeadamente de factores eco-nómicos. É evidente que a dobragem do séc. XIX para o séc. XX arrastou uma cri-se que já vinha de 1890. Houve um co-lapso económico generalizado e houve aspectos muito semelhantes aos que hoje existem. À semelhança do que hoje se verifica, a economia entrou em colapso e houve encerramento de empresas, o que gerou muito desemprego. Mas, ao contrá-rio dos tempos de hoje (pelo menos até ao presente momento), a crise dos anos 90 foi tão profunda que originou uma sus-pensão de pagamentos dos vencimentos dos funcionários públicos. Essa crise foi ampliada pela circunstância da falta de garantias cívicas e políticas. Foi uma cri-se de liberdade, potenciada e ampliada pelo próprio Rei D. Carlos. A ditadura de João Franco veio a seguir e tudo isso conduziu à Revolução Republicana. Hoje, a diferença está em que, apesar das di-ficuldades que a crise actual coloca, por enquanto ainda continuamos a gozar de garantias de cidadania que naquela altu-ra foram postas em causa.

    Em que medida o mundo do trabalho, com a “questão social” e as dramáticas condições de vida da classe trabalhadora, com várias greves (mesmo que ilegais) foram decisivos na aceitação do republicanismo? AH: O Republicanismo foi uma doutri-

    na que surgiu em Portugal trazida fun-damentalmente pelas preocupações da classe média-baixa. Ao contrário do que acontecia na velha Europa, em Portugal

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    continua

    Amadeu José Figueiredo Carvalho Homem

    Inclusivamente os nossos primeiros che-fes de Estado, no decurso da Primeira República, foram homens de extrema sin-geleza de costumes. Há fotografias de Te-ófilo Braga, a andar nos transportes pú-blicos de Lisboa. Isto diz tudo. Sabemos que Bernardino Machado até era troçado por alguns adversários por ser afável e por cumprimentar toda a gente, indepen-dentemente da sua importância social ou económica. Era representado nas carica-turas como estando sempre a tirar o cha-péu… Portanto era gente SIMPLES, que não enriqueceu à custa do erário público. O que mais custa a suportar, neste mo-mento, por parte de uma filosofia republi-cana escorreita e transparente, é assistir-mos a esta situação de delapidação e de aproveitamento pessoal, pouco escrupu-losa, dos meios públicos e dos recursos que, saído dos impostos, deviam ser gas-tos com utilidade geral e com honradez total.

    republicanos foram reticentes quanto à hipótese da mulher tirar um curso supe-rior. A Universidade de Coimbra foi muito renitente à abertura das suas portas às mulheres. Elas não desempenhavam car-gos políticos, não pertenciam a directó-rios republicanos. A luta das mulheres foi uma luta heróica, porque tiveram de fazer o caminho absolutamente sozinhas.

    Maria Veleda, Ana Castro Osório, Ca-rolina Michaelis, foram exemplos abso-lutamente excepcionais. Tal como hoje, as mulheres tinham que comprovar uma competência muito superior à do homem para conseguirem impor-se.

    Alguns grandes valores legados pela República estão hoje a ser subtilmente ameaçados. Pode apontar-nos um ou mais destes valores que importe salvaguardar a todo o custo?AH: O valor fundamental foi o valor do

    serviço público, prestado honradamente.

    E também um grupo bastante sólido e amplo de professores de todos os graus de ensino. Esses foram o fermento aglu-tinador que originou todo este movimen-to que começou fundamentalmente nas cidades. Ao tempo, o movimento Repu-blicano teve origem nas três maiores ci-dades - Lisboa, Porto e Coimbra (nessa altura, Coimbra era a terceira cidade do país). O movimento republicano iniciou--se nessas cidades e só muito lenta-mente é que o movimento acabou por se transferir para as cidades capitais de distrito. Há uma coisa que é óbvia: a realidade rural, a sociedade rural fi-cou perfeitamente distante e alheada do que significava o Republicanismo. Por um lado porque era uma sociedade com taxas de analfabetismo avassaladoras; e por outro lado porque actuavam junto desses pequenos meios um conjunto de caciques que preparavam e dominavam a opinião pública local, orientando-a no sentido que melhor lhes convinha.

    Os cavaleiros da Távola Redonda Re-publicana foram homens como Teófilo Braga, António José de Almeida, Alves da Veiga, Sebastião Magalhães Lima, Afonso Costa, José Elias Garcia. Foi gen-te dessa que conferiu à República o con-junto de ideias de base que ainda hoje a definem.

    A contribuição das mulheres republicanas, dentro do que lhes era permitido fora do espaço doméstico, foi ainda assim notória. Temos feito justiça, neste Centenário, também a estas revolucionárias?AH: Não. Muito embora as mulheres

    tivessem tido uma actuação de luta pe-los seus direitos cívicos, elas não foram reconhecidas pelo próprio Partido Repu-blicano da altura. Mesmo depois da im-plantação da República lhes foi negado o direito de voto. A mulher portuguesa (a mulher europeia no geral) alcança muito tarde os seus direitos fundamentais. No Republicanismo é notório que houve pou-ca solidariedade para com a luta eman-cipadora das mulheres e os próprios

    COLECÇÃO DE SELOS EMITIDOS PELOS CTT - MULHERES DA REPÚBLICA.

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    A luta contra o Estado Novo foi prota-gonizada por uma ampla frente de sen-sibilidades. Foram sem dúvida os anar-quistas, os socialistas, os comunistas um pouco mais tarde, foram os sociais--democratas, foram mesmo os homens de uma igreja progressista que comba-teram as prepotências políticas, sociais e culturais daquele tempo e daquele re-gime. Os republicanos foram sempre dos mais activos contra o Estado Novo, que até os designou de “Reviralhistas”.

    É certo que houve republicanos, so-bretudo os mais conservadores, que depois se transferiram com armas e ba-gagens para o interior do próprio Estado Novo. Mas isso é uma constante na histó-ria dos povos. Quando existem mutações político-sociais que se apresentam para durar, há sempre quem, sem convicções profundas, queira apanhar o barco, para poder pescar em águas turvas.

    Em que medida o espírito republicano original inspirou os percursos de resistência (individuais e colectivos) desde a ditadura desde 1926, até à alvorada de Abril de 1974?AH: A Primeira República, sobretudo a

    partir do Sidonismo, em 1917, entrou em processo de dilaceração. Como o poder caiu nas ruas, foi necessário que o ele-mento militar se pronunciasse. Num pri-meiro momento até se imaginou que os militares - no início liderados por Mendes Cabeçadas - iriam repor uma certa ordem nas ruas e nas consciências e depois de-volveriam o poder aos Partidos existen-tes, aos grupos de pressão. Mas não foi assim. A ditadura militar perenizou-se. Mendes Cabeçadas foi ultrapassado e militares como Gomes da Costa e outros apareceram, iniciando um caminho em li-nha recta que levou ao Estado Novo, ao salazarismo e ao marcelismo.

    entrevista

    1891 - Revolta Republicana - Porto, 31 Janeiro de 1895 - Criação do Registo Civil obrigatório.

    1907 - Início da greve académica em Coimbra.

    1907 - Lei de Imprensa mais repressiva.

    1908 - 28 Janeiro - Tentativa falhada de golpe republicano.

    1908 - 1 de Fevereiro - Regicídio (rei D. Carlos e filho D. Luís).

    1910 - Outubro, 5 - Proclamação da República (partida da Família Real para o exílio).

    Novembro - Lei do divórcio. Dezembro - Instituição do casamento civil. - Lei da Greve e Lock-out.

    1911 - Janeiro, 10 - Reg. descanso semanal obrigatório ao Domingo. Abril - Lei da separação Estado-Igreja. Maio - Escudo como moeda oficial. Maio - Eleições da Assembleia Constituinte. Agosto - Eleição do Presidente da República Manuel Arriaga. Dezembro - Censo da população: 5.950.056 habitantes.

    1919 - Janeiro - Revoltas monárquicas - Guerra civil localizada. Abril - Surto Grevista. Maio - Decreto 8h diárias - Seguros contra acidentes de trabalho. Setembro - II Congresso Nacional Operário cria em Coimbra a

    Conf. Geral Trabalho com predominância no sindicalismo revolu-cionário, defensor da luta classes e revolução.

    1920 - Janeiro a Março - Estado de sítio, encerradas sedes sindicais e CGT. - Presos militantes.

    1923 - Estagnação da economia - 5 bancos abrem falência.

    1925 - O poder político legalmente constituído mostrou-se incapaz de corresponder aos anseios de mudança.

    1926 - Maio - Projecto antiliberal e antidemocrático conduzido por Salazar - nova República Corporativa.

    10

    FACTOS E IMAGENS DA REPÚBLICA

    continuação

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    RECORTES DE IMPRENSA

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    horas livres

    ROTA DOS MOUCHÕES

    Passeio fl uvial no rio Tejo

    Foi no dia 25 de Setembro que partimos para o passeio fluvial no rio Tejo, a Rota dos Mouchões. O ponto de encontro estava marcado no Cais do Palácio das Obras Novas na Azambuja. À chegada sobressai a imponente entrada em recta ladeada de Palmeiras do Palácio, lembrando uma paisagem Africana. O palácio em ruínas terá sido ocupado em tempos pela família real em dias de lazer e descanso.

    O sol brilhava e o vento, que entretanto amainou, fazia-se sen-tir. A embarcação principal, o varino “Vala Real”, aproximou-se do cais, com as suas cores fortes e o seu formato que o permi-tia deslizar pelas águas menos profundas da Lezíria.Após efectuarmos os transbordos necessários e das 67 pes-soas estarem devidamente instaladas, as três embarcações partiram pelo Tejo à descoberta da magnífica paisagem que nos esperava.Pudemos contemplar a beleza natural do rio e de toda a fauna e flora envolvente: as garças reais, os cavalos selvagens, os mouchões, os abrigos das andorinhas, os peixes (fataças) que em grandes saltos acompanhavam o percurso dos barcos.

    Após 2 horas de viagem com tanto para descobrir e inserido no ambiente alegre de convívio entre os participantes, chegou a hora de um pequeno lanche, que a todos confortou. Num dos barcos fomos presenteados pela música de gaita de foles do sócio Fernando, que em muito contribuiu para aumentar a alegria de todos.

    Ao chegarmos à aldeia avieira do Escaroupim pudemos ter um contacto mais próximo com aquela cultura, ouvindo uma expli-cação sobre o modo de vida dos avieiros, que se deslocaram inicialmente para aquelas terras em tempos de invernia desde Vieira de Leiria, acabando por se radicar ali, construindo as suas casas em palafite sobre estacas com cores garridas à semelhança das suas pequenas embarcações, as bateiras.

    O almoço foi no restaurante “O Escaroupim”, composto por iguarias bastante saborosas, terminando com um buffet de so-bremesas que fez as delícias dos mais gulosos.

    Regressámos ao ponto de partida, passando ainda pela aldeia de Valada do Ribatejo e continuando a contemplar e a absor-ver a fantástica envolvência do Tejo, terminando o passeio, onde todos os momentos foram preenchidos por um saudável e alegre convívio.

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    PASSEIO FOTOGRÁFICOÀ REGIÃO DO BARROSO

    Decorreu, no fi m-de-semana de 23 e 24 de Outubro, o programado passeio à Região do Barroso, organizado pelo Pelouro dos Tempos Livres do STEC.

    A entrada dos 24 participantes no passeio, foi sendo feita du-rante a tarde e noite de sexta-feira no Hotel “Quality Inn”, em Montalegre, onde ficámos muito bem instalados. À chegada foi fornecido a todos o programa do passeio, onde ficaram a saber que no Sábado era para levantar cedo.

    Assim foi. No Sábado, depois do pequeno-almoço, fizemo-nos ao caminho pelas 8,30 horas, com o fresquinho da manhã a acordar de vez os mais ensonados. O nosso destino era a bo-nita aldeia de Paredes, onde visitámos o casario de granito, moinhos de água, espigueiros e outros aspectos interessan-tes. De saída, os mais corajosos entraram pelos lameiros para fotografar o orvalho e a névoa da manhã, recolhendo imagens cheias de mistério. Passámos depois por Parada do Outeiro onde alguns tiveram oportunidade de recolher imagens do gado, de saída para as pastagens. Depois de umas chapas à barragem de Paradela, partimos para a conhecida aldeia de Pitões das Júnias, onde visitámos a zona do convento e do rio, local paradisíaco, percorrido a pé, por entre penedias impo-nentes, abrindo, assim, o apetite para o almoço. No restauran-te “Casa do Preto” esperavam-nos imensas iguarias regionais, que, de entrada, nos prepararam para um extraordinário cozi-do transmontano. Depois do almoço visitámos, a pé, a cascata de Pitões das Júnias, que, com os seus 260 degraus, foi o exercício necessário e perfeito para uma boa digestão.

    Partimos então para Tourém, com visita ao museu e outros locais de interesse e uma breve paragem para fotografar no ponto mais alto, com vista sobre a aldeia. Como estava a ficar tarde, rumámos a Donões onde chegámos ainda a tempo de fotografar o moinho e a cascata. Foi o tempo necessário para montar tripés e máquinas e recolher algumas imagens do pôr do sol.

    O jantar foi servido no Hotel e, no final, foram passadas al-gumas imagens feitas durante o dia pelos participantes, que serviram para uma análise crítica, dando lugar a diversos con-selhos técnicos e práticos para ajudar a fotografar melhor.

    No Domingo, saímos, pela manhã, em direcção à Albufeira do Alto Rabagão, onde visitámos lugares de interesse paisagís-tico, ao redor de uma enorme massa de água, ponteada por diversas aldeias, das quais visitámos Negrões.

    Terminámos o nosso passeio em Montalegre, junto ao Cas-telo, onde aproveitámos para fazer a foto de grupo, antes de nos dirigirmos ao almoço, que foi servido no típico restaurante “Tasca do Açougue”, onde degustámos uma fantástica posta barrosã, para além de outras iguarias transmontanas.

    Foi uma jornada muito interessante e divertida onde, pensa-mos, todos se inseriram de forma espontânea, aproveitando um belo fim-de-semana na natureza, em que o tempo, fazendo algumas caretas, não deixou de nos brindar com muito sol.

    Voltaremos a encontrar-nos em próximas iniciativas dos Tem-pos Livres do STEC.

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    Nº26 | NOVEMBRO 2010 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

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    protocolos

    DESCONTOS E CONDIÇÕES ESPECIAISPARA ASSOCIADOS DO STEC

    Apresentamos os novos protocolos estabelecidos entre o STEC e outras entidades.

    Para qualquer esclarecimento complementar é favor contactar a Sede, em Lisboa, ou as

    Delegações de Coimbra e Porto.

  • 16 CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD CAIXA ABERTA BOLETIM INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS EMPRESAS DO GRUPO CGD

    O Orçamento de Estado para 2011, embora aprovado na generalidade, está agora a ser discutido na especialidade - fase decisiva relativamente ao conteúdo final do documento, com os vários Grupos Parlamentares a apresentarem as suas propostas com essa finalidade.

    insólito

    Insólito?Muito Pior, Inconcebível! Inadmissível! Inaceitável!

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    Delegação STEC - COIMBRAR. do Carmo, nº 54 - 3º Letra Q, 3000-098 COIMBRAtel 23 982 7686, 23 982 8554fax 23 982 6802

    Boletim Informativo Caixa Aberta Nº 26 , Novembro de 2010 - Periodicidade: Trimestral - Tiragem: 6500 ExemplaresDirecção e Redacção: Departamento de Comunicação do STEC - Concepção Gráfica: Hardfolio - Impressão: Ligrate - Atelier Gráfico, Lda.

    mentos e alertas apresentados pelo STEC e às preocupações que manifestámos, comprometendo-se mesmo a apresentar propostas de alteração para a discussão na especialidade.

    É pois da máxima importância, nesta fase decisiva em que o Orçamento vai ser ser discutido na especialidade, mos-trar a nossa determinação na rejeição das medidas brutais que constam do documento em discussão!Participar na Greve Geral marcada para o dia 24 de No-vembro, é uma atitude fundamental que mostrará a dimen-são do nosso protesto e indignação!Se não o fizermos, mais fácil será aplicar estas medidas e outras, já que os analistas e políticos dizem que estas não vão ser suficientes.

    Sabemos onde é possível cortar!Não é nos Salários, Promoções, ou SubsÍdio de Almoço!

    DIA 24 VAMOS TODOS DIZER NÃO!ADERE À GREVE GERAL

    Nestas circunstâncias é lógico e legítimo deduzir-se que o tex-to final do Orçamento de Estado para 2011 irá sofrer alteração em sede de especialidade, o que dá uma importância relevante a esta fase.

    O STEC solicitou reuniões a todos os Grupos Parlamentares, com o objectivo de esclarecer, qual o alcance da aplicação das medidas constantes do O.E. para os trabalhadores do Grupo CGD e para as próprias Empresas do Grupo CGD, dado que, enquanto os primeiros sairiam brutalmente lesados nos seus direitos, as segundas veriam o seu funcionamento gravemente restringido ou até mesmo ficarem, na prática, impedidas de de-senvolver normalmente a sua actividade.

    Neste sentido, já foram efectuadas reuniões com diversos par-tidos - Partido Comunista Português, Partido Ecologista Os Verdes, Partido Social Democrata, Bloco de Esquerda, estan-do a aguardar-se a marcação de audiências com os restantes.Genericamente, todos os representantes dos Grupos Parla-mentares já contactados pareceram ficar sensíveis aos argu-