656
Caixa Geral de Depósitos, S.A. Sede Social: Av. João XXI, 63 – 1000-300 Lisboa Capital Social EUR 5 150 000 000 CRCL e Contribuinte sob o n.º 500 960 046 RELATÓRIO E CONTAS 2012 RELATÓRIOS CGD www.cgd.pt Caixa Geral de Depósitos, S.A. • Sede Social: Av. João XXI, 63 – 1000-300 Lisboa • Capital Social EUR 5.900.000.000 • CRCL e Contribuinte sob o n.º 500 960 046

RELATÓRIO E CONTAS 2012 - cgd.pt · atividade consolidada em 31 de dezembro de 2012 cgd relatÓrio e contas 2012 cgd cgd atividade consolidada em 31 de dezembro de 2012 cgd

  • Upload
    dotuyen

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • Caixa Geral de Depsitos, S.A. Sede Social: Av. Joo XXI, 63 1000-300 Lisboa

    Capital Social EUR 5 150 000 000 CRCL e Contribuinte sob o n. 500 960 046

    RELATRIO

    E CONTAS

    2012

    RELATRIOS CGD

    www.cgd.pt

    Caixa Geral de Depsitos, S.A. Sede Social: Av. Joo XXI, 63 1000-300 Lisboa Capital Social EUR 5.900.000.000 CRCL e Contribuinte sob o n. 500 960 046

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIOS CGD

    2

    [ FOLHA PROPOSITADAMENTE DEIXADA EM BRANCO ]

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 3

    RELATRIOS CGD

    NDICE

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO .................................................... 9

    1.1. MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAO E DO

    PRESIDENTE DA COMISSO EXECUTIVA ................................................................ 9 1.2. PRINCIPAIS INDICADORES ....................................................................................... 11 1.3. SUMRIO EXECUTIVO ............................................................................................... 12 1.4. APRESENTAO DO GRUPO ................................................................................... 14

    1.4.1. Estrutura acionista ........................................................................................ 14 1.4.2. Marcos histricos .......................................................................................... 14 1.4.3. Dimenso e ranking do Grupo ...................................................................... 16 1.4.4. Estrutura do Grupo CGD - desenvolvimentos recentes ............................... 18 1.4.5. Rede de distribuio ..................................................................................... 21 1.4.6. A marca Caixa .............................................................................................. 23 1.4.7. Capital humano ............................................................................................. 38

    1.5. ENQUADRAMENTO MACROECONMICO ............................................................... 43

    1.5.1. Evoluo global ............................................................................................ 43 1.5.2. Economia portuguesa ................................................................................... 45

    1.5.2.1. Evoluo global .................................................................................... 45 1.5.2.2. Agregados de depsitos e crdito ........................................................ 47 1.5.2.3. Taxas de juro ........................................................................................ 48 1.5.2.4. Evoluo cambial .................................................................................. 49 1.5.2.5. Mercado de capitais .............................................................................. 50

    1.6. ESTRATGIA E MODELO DE NEGCIO ................................................................... 52

    1.6.1. Objetivos estratgicos .................................................................................. 52 1.6.2. reas de negcio .......................................................................................... 56

    1.6.2.1. Banca de retalho em Portugal .............................................................. 56 1.6.2.2. Crdito especializado ........................................................................... 80 1.6.2.3. Atividade internacional.......................................................................... 81 1.6.2.4. Banca de investimento ......................................................................... 94 1.6.2.5. Gesto de ativos ................................................................................... 98 1.6.2.6. Atividade seguradora e da sade ....................................................... 101

    1.7. ANLISE FINANCEIRA .............................................................................................. 113

    1.7.1. Atividade consolidada ................................................................................. 113

    1.7.1.1. Resultados e rendibilidade ................................................................. 113 1.7.1.2. Evoluo do balano .......................................................................... 119 1.7.1.3. Gesto de capital ................................................................................ 131 1.7.1.4. Fundo de penses e plano mdico do pessoal da CGD .................... 133 1.7.1.5. Rating do Grupo ................................................................................. 134

    1.7.2. Atividade individual ..................................................................................... 136

    1.7.2.1. Evoluo do balano .......................................................................... 136 1.7.2.2. Gesto de capital ................................................................................ 137 1.7.2.3. Resultados .......................................................................................... 137

    1.7.3. Principais riscos e incertezas em 2013 ...................................................... 138

    1.8. GESTO DOS RISCOS ............................................................................................. 139

    1.8.1. Risco de crdito .......................................................................................... 140 1.8.2. Risco de mercado ....................................................................................... 146 1.8.3. Risco de taxa de juro do balano ............................................................... 148 1.8.4. Risco de liquidez......................................................................................... 149 1.8.5. Risco operacional ....................................................................................... 152

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIOS CGD

    4

    1.9. EVENTOS SUBSEQUENTES ................................................................................... 154 1.10. NOTAS FINAIS ........................................................................................................ 154 1.11. PROPOSTA DE APLICAO DE RESULTADOS .................................................. 155 1.12. DECLARAES SOBRE A CONFORMIDADE DA INFORMAO

    FINANCEIRA APRESENTADA ................................................................................ 156

    1.12.1. Conselho de Administrao ..................................................................... 156 1.12.2. Posio obrigacionista dos membros do Conselho de Administrao ... 157 1.12.3. Indicao sobre acionistas da CGD ........................................................ 157

    1.13. DEMONSTRAES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS .............. 159

    Balanos individuais ............................................................................................ 159 Demonstraes dos resultados individuais ......................................................... 160 Demonstraes individuais do rendimento integral ............................................. 161 Demonstraes dos fluxos de caixa individuais .................................................. 162 Demonstraes das alteraes nos capitais prprios individuais ....................... 163 Balanos consolidados ........................................................................................ 164 Demonstraes dos resultados consolidados ..................................................... 165 Demonstraes consolidadas do rendimento integral ......................................... 166 Demonstraes dos fluxos de caixa consolidados .............................................. 167 Demonstraes das alteraes nos capitais prprios consolidados ................... 168

    2. ANEXOS, RELATRIOS E PARECERES S CONTAS ............................................ 169

    2.1. ANEXO S DEMONSTRAES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS .............................. 169

    1. Nota introdutria .............................................................................................. 169 2. Polticas contabilsticas .................................................................................... 170 3. Caixa e disponibilidades em bancos centrais .................................................. 195 4. Disponibilidades em outras instituies de crdito .......................................... 196 5. Ativos financeiros detidos para negociao e outros ativos financeiros ao

    justo valor atravs de resultados ..................................................................... 197 6. Ativos financeiros disponveis para venda ...................................................... 199 7. Ativos financeiros com acordo de recompra ................................................... 206 8. Aplicaes em instituies de crdito .............................................................. 207 9. Crdito a clientes ............................................................................................. 209 10. Derivados ....................................................................................................... 213 11. Ativos no correntes detidos para venda ...................................................... 218 12. Outros ativos tangveis .................................................................................. 219 13. Ativos intangveis ........................................................................................... 220 14. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos ............ 221 15. Imposto sobre o rendimento .......................................................................... 226 16. Outros ativos .................................................................................................. 231 17. Recursos de bancos centrais e de outras instituies de crdito ................. 236 18. Recursos de clientes e outros emprstimos .................................................. 237 19. Responsabilidades representadas por ttulos ............................................... 238 20. Passivos financeiros associados a ativos transferidos ................................. 244 21. Provises e imparidade ................................................................................. 247 22. Outros passivos subordinados ...................................................................... 249 23. Outros passivos ............................................................................................. 254 24. Capital ............................................................................................................ 256 25. Reservas, resultados transitados e resultado do exerccio ........................... 257 26. Juros e rendimentos e juros e encargos similares ........................................ 259 27. Rendimentos de instrumentos de capital ...................................................... 261 28. Rendimentos e encargos com servios e comisses ................................... 262 29. Resultados de ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor

    atravs de resultados e resultados de reavaliao cambial ............................ 263 30. Resultados de ativos financeiros disponveis para venda ............................. 264

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 5

    RELATRIOS CGD

    31. Resultados de alienao de outros ativos ...................................................... 265 32. Outros resultados de explorao .................................................................... 266 33. Custos com pessoal e nmero mdio de empregados .................................. 267 34. Penses de reforma e outros benefcios dos empregados ............................ 268 35. Gastos gerais administrativos ........................................................................ 275 36. Passivos contingentes e compromissos......................................................... 276 37. Relato por segmentos..................................................................................... 279 38. Entidades relacionadas .................................................................................. 281 39. prestao de servio de mediao de seguros .............................................. 284 40. Divulgaes relativas a instrumentos financeiros .......................................... 285 41. Gesto de capital ............................................................................................ 314

    2.2. ANEXO S DEMONSTRAES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ........................ 319

    1. Nota introdutria ............................................................................................... 319 2. Polticas contabilsticas..................................................................................... 320 3. Empresas do grupo e transaes ocorridas no perodo .................................. 354 4. Caixa e disponibilidades em bancos centrais .................................................. 361 5. Disponibilidades em outras instituies de crdito ........................................... 362 6. Aplicaes em instituies de crdito ............................................................... 363 7. Ativos financeiros detidos para negociao e outros ativos ao justo valor

    atravs de resultados ........................................................................................ 365 8. Ativos financeiros disponveis para venda ....................................................... 367 9. Ativos financeiros com acordo de recompra .................................................... 375 10. Produtos unit-linked...................................................................................... 376 11. Derivados ........................................................................................................ 377 12. Investimentos a deter at maturidade ......................................................... 382 13. Crdito a clientes ............................................................................................ 384 14. Ativos e passivos no correntes detidos para venda ..................................... 388 15. Propriedades de investimento ........................................................................ 391 16. Outros ativos tangveis ................................................................................... 393 17. Ativos intangveis ............................................................................................ 394 18. Investimentos em associadas ........................................................................ 399 19. Imposto sobre o rendimento ........................................................................... 400 20. Provises tcnicas de resseguro cedido ........................................................ 404 21. Outros ativos ................................................................................................... 406 22. Recursos de instituies de crdito e bancos centrais .................................. 409 23. Recursos de clientes e outros emprstimos .................................................. 411 24. Responsabilidades representadas por ttulos ................................................ 412 25. Provises e passivos contingentes ................................................................ 418 26. Provises tcnicas de contratos de seguros .................................................. 422 27. Outros passivos subordinados ....................................................................... 432 28. Outros passivos .............................................................................................. 438 29. Capital ............................................................................................................. 440 30. Reservas, resultados transitados e lucro do exerccio ................................... 441 31. Interesses minoritrios.................................................................................... 445 32. Juros e rendimentos e juros e encargos similares ......................................... 447 33. Rendimentos de instrumentos de capital ....................................................... 449 34. Rendimentos e encargos com servios e comisses .................................... 450 35. Resultados em operaes financeiras ........................................................... 451 36. Outros resultados de explorao .................................................................... 453 37. Margem tcnica da atividade de seguros ....................................................... 454 38. Custos com pessoal ....................................................................................... 464 39. Penses de reforma e outros benefcios de longo prazo ............................... 465 40. Outros gastos administrativos ........................................................................ 474 41. Imparidade em ativos ..................................................................................... 476 42. Relato por segmentos..................................................................................... 477

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIOS CGD

    6

    43. Entidades relacionadas ................................................................................. 481 44. Divulgaes relativas a instrumentos financeiros .......................................... 483 45. Divulgaes relativas a risco de contratos de seguro ................................... 514 46. Gesto de capital ........................................................................................... 527

    2.3. RELATRIOS EBA.................................................................................................... 532

    Adoo das Recomendaes do Financial Stability Forum (FSF) e do

    Committee of European Banking Authority (EBA) relativas transparncia

    da informao e valorizao dos ativos ........................................................ 532

    2.4. RELATRIOS E PARECERES S CONTAS ........................................................... 538

    2.4.1. Relatrio de auditoria contas individuais ................................................ 538 2.4.2. Certificao legal das contas individuais ................................................... 541 2.4.3. Relatrio de auditoria contas consolidadas ............................................ 543 2.4.4. Certificao legal das contas consolidadas ............................................... 545 2.4.5. Relatrio e parecer da comisso de auditoria ........................................... 547

    3. RELATRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE ............................................... 557

    Avaliao do grau de cumprimento dos Princpios de Bom Governo a que a

    CGD se encontra obrigada de acordo com a Resoluo do Conselho de

    Ministros n 49/2007 ......................................................................................... 557

    3.1. ORIENTAES DE GESTO, MISSO, OBJETIVOS E POLTICAS DA

    EMPRESA ................................................................................................................ 560

    3.1.1. Informao sobre as orientaes de gesto que sejam aplicveis

    CGD, nomeadamente as orientaes estratgicas destinadas

    globalidade do SEE, as orientaes gerais destinadas ao sector

    financeiro e as orientaes especificas destinadas individualmente

    Instituio, definidas pelo Ministro das Finanas ............................................. 560 3.1.2. Misso ........................................................................................................ 560 3.1.3. Principais objetivos estratgicos ............................................................... 560 3.1.4. Informao sobre a elaborao anual de um plano de atividades e de

    um relatrio informando do cumprimento da misso, objetivos e polticas

    da empresa, integrando as polticas de responsabilidade social e de

    desenvolvimento sustentvel e a salvaguarda da competitividade,

    designadamente pela via da investigao, da inovao e da integrao

    de novas tecnologias no processo produtivo ................................................... 562

    3.2. PRINCPIOS GERAIS DE ATUAO ....................................................................... 563

    3.2.1. Regulamentos internos e externos a que a empresa est sujeita ............ 563 3.2.2. Cdigo de conduta ..................................................................................... 564 3.2.3. Cumprimento de legislao e regulamentao ......................................... 566

    3.2.3.1. Aplicao de normas de natureza fiscal ............................................ 566 3.2.3.2. Aplicao de normas de preveno do branqueamento de capitais . 566 3.2.3.3. Aplicao de normas de concorrncia e de proteo do

    consumidor .................................................................................................. 566 3.2.3.4. Aplicao de normas de natureza ambiental .................................... 568 3.2.3.5. Aplicao de normas de natureza laboral ......................................... 569

    3.2.4. Implementao de polticas efetivas de igualdade de tratamento e de

    oportunidades entre homens e mulheres, e de conciliao da vida

    pessoal, familiar e profissional, bem como de valorizao profissional dos

    trabalhadores ................................................................................................... 570

    3.2.4.1. Implementao de polticas efetivas de Igualdade de tratamento e

    de Oportunidades entre homens e mulheres .............................................. 570 3.2.4.2. Implementao de polticas efetivas de Conciliao da vida

    pessoal, familiar e profissional .................................................................... 571

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 7

    RELATRIOS CGD

    3.2.4.3. Implementao de polticas efetivas de Valorizao profissional

    dos trabalhadores da empresa .................................................................... 572

    3.3. TRANSAES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS ..................... 574 3.4. OUTRAS TRANSAES ........................................................................................... 576

    3.4.1. Procedimentos adotados em matria de aquisio de bens e servios .... 576 3.4.2. Universo das transaes que no tenham ocorrido em condies de

    mercado ............................................................................................................ 576 3.4.3. Lista de fornecedores que representam mais de 5% dos

    fornecimentos e servios externos em base individual .................................... 577 3.4.4. Evoluo do prazo mdio de pagamentos a fornecedores ........................ 577

    3.5. MODELO SOCIETRIO ............................................................................................. 577

    3.5.1. Assembleia-Geral ....................................................................................... 578 3.5.2. Conselho de Administrao ........................................................................ 579 3.5.3. rgos de fiscalizao ............................................................................... 582

    3.5.3.1. Composio da Comisso de Auditoria ............................................. 582 3.5.3.2. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ...................................... 584

    3.5.4. Comisso de estratgia, governao e avaliao ...................................... 584 3.5.5. Auditor externo ........................................................................................... 585 3.5.6. Secretrio da sociedade ............................................................................. 585 3.5.7. Conselhos delegados ................................................................................. 585 3.5.8. Preveno de conflitos de interesses ......................................................... 586

    3.6. REMUNERAO DOS MEMBROS DOS RGOS SOCIAIS ................................. 587

    3.6.1. Poltica de remunerao dos membros dos rgos de administrao

    e de fiscalizao ................................................................................................ 587 3.6.2. Estatuto remuneratrio fixado em 2012 ..................................................... 587 3.6.3. Remunerao e outras regalias dos membros dos rgos sociais ........... 589 3.6.4. Informao sobre a Poltica de Remunerao dos Colaboradores ........... 589 3.6.5. Remunerao da sociedade de revisores oficiais de contas e do

    auditor externo .................................................................................................. 592

    3.7. SISTEMA DE CONTROLO......................................................................................... 592

    3.7.1. Sistema de controlo interno ........................................................................ 592 3.7.2. Sistema de controlo de proteo dos investimentos da empresa e dos

    seus activos ...................................................................................................... 595 3.7.3. Sistema de controlo de salvaguarda dos ativos de clientes guarda

    da CGD ............................................................................................................. 599

    3.8. DIVULGAO DE INFORMAO RELEVANTE ...................................................... 599

    3.8.1. Representante para as relaes com o mercado ...................................... 599 3.8.2. Divulgao de informao privilegiada ....................................................... 600 3.8.3. Divulgao de outras informaes ao mercado ......................................... 602 3.8.4. Divulgao de informao no site do SEE ................................................. 603 3.8.5. Divulgao de informao no site da CGD ................................................ 604 3.8.6. Elaborao de um relatrio sobre o governo da sociedade ....................... 605

    3.9. ANLISE DA SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMNIOS

    ECONMICO, SOCIAL E AMBIENTAL .................................................................... 605

    3.9.1. Estratgias adoptadas ................................................................................ 605 3.9.2. polticas prosseguidas com vista a garantir a eficincia econmica,

    financeira, social e ambiental e a salvaguardar normas de qualidade ............. 607 3.9.3. Grau de cumprimento das metas fixadas ................................................... 608 3.9.4. Identificao dos principais riscos para a atividade e para o futuro da

    empresa ............................................................................................................ 609 3.9.5. Forma de cumprimento dos princpios inerentes a uma adequada

    gesto empresarial ............................................................................................ 610

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIOS CGD

    8

    3.9.5.1. Responsabilidade social .................................................................... 610 3.9.5.2. Desenvolvimento sustentvel ............................................................ 613 3.9.5.3. Servio pblico e de satisfao das necessidades da coletividade .. 614

    3.9.6. Moldes em que foi salvaguardada a competitividade da empresa,

    designadamente, pela via de investigao, da inovao, do desenvolvimento

    e da integrao de novas tecnologias no processo produtivo ......................... 616 3.9.7. Planos de ao para o futuro..................................................................... 617

    3.10. NOMEAO DE UM PROVEDOR DO CLIENTE ................................................... 617

    ANEXO I - CURRICULUM VITAE DOS MEMBROS DOS RGOS SOCIAIS .............. 620

    Curriculum Vitae dos membros da Assembleia Geral ......................................... 620 Curriculum Vitae dos membros do Conselho de Administrao ......................... 624 Curriculum Vitae de membros da Conselho de Administrao que cessaram

    funes durante o ano de 2012 ....................................................................... 641

    ANEXO II - REMUNERAO DOS MEMBROS DOS RGOS SOCIAIS DA CGD...... 644

    4. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS ........................................................ 647

    4.1. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS RELATIVAS AOS OBJETIVOS

    DE GESTO ............................................................................................................. 647 4.2. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS RELATIVAS AOS DEVERES

    ESPECIAIS DE INFORMAO DGTF E IGF ................................................... 647

    4.2.1. Planos de atividades e oramentos anuais ............................................... 647 4.2.2. Planos de investimento .............................................................................. 647 4.2.3. Relatrios trimestrais de execuo oramental ......................................... 647 4.2.4. Cpias das atas das assembleias gerais .................................................. 648

    4.3. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS RELATIVAS DIVULGAO

    DOS ATRASOS NOS PAGAMENTOS .................................................................... 648 4.4. CUMPRIMENTO DAS RECOMENDAES DO ACIONISTA - DILIGNCIAS E

    RESULTADOS OBTIDOS ........................................................................................ 648 4.5. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS RELATIVAS AO NVEL DAS

    REMUNERAES ................................................................................................... 649

    4.5.1. Orgos sociais ........................................................................................... 649 4.5.2. Colaboradores ........................................................................................... 649

    4.6. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS RELATIVAS APLICAO

    DO DISPOSTO NO ARTIGO 32 DO ESTATUTO DO GESTOR PBLICO ........... 649 4.7. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS AO NVEL DA

    CONTRATAO PBLICA ...................................................................................... 650

    4.7.1. Aplicao das normas de contratao pblica .......................................... 650 4.7.2. Indicao dos atos e contratos celebrados com valor superior a 5 m .... 650

    4.8. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS AO NVEL DA RACIONALIZAO

    DE POLTICA DE APROVISIONAMENTO DE BENS E SERVIOS ...................... 651

    4.8.1. Sistema Nacional de Compras Pblicas ................................................... 651 4.8.2. Parque de veculos do Estado ................................................................... 651

    4.9. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES RELATIVAS AO PRINCPIO DE

    IGUALDADE DO GNERO ...................................................................................... 652 4.10. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES RELATIVAS AO PLANO DE

    REDUO DE CUSTOS DEFINIDO PARA 2012 ................................................... 653 4.11. CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES RELATIVAS REDUO DO

    NMERO DE EFETIVOS E DE CARGOS DIRIGENTES ........................................ 653 4.12. QUADRO RESUMO DO CUMPRIMENTO DAS ORIENTAES LEGAIS ............ 654

    EXTRATO DA ATA DA REUNIO DA ASSEMBLEIA-GERAL ANUAL DA CAIXA

    GERAL DE DEPSITOS, SA .......................................................................................... 655

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 9

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    1. Relatrio do Conselho de

    Administrao

    1.1. Mensagem do Presidente do Conselho de

    Administrao e do Presidente da Comisso

    Executiva

    Um dos mais evidentes efeitos da crise financeira, visvel a partir do vero de 2007,

    consiste na alterao, j verificada mas no concluda, no quadro de atuao dos vrios

    participantes no mercado, designadamente na importncia hoje atribuda solidez,

    liquidez sustentada, transparncia e eficincia dos bancos em geral.

    O sistema bancrio europeu est a viver um novo paradigma, caracterizado por profundas

    alteraes regulatrias, tecnolgicas, comportamentais, de governo, e significativos

    ajustamentos do modelo de negcio das instituies.

    No obstante todo o caminho que existe ainda para percorrer, os bancos portugueses

    concretizaram j um evidente esforo de desalavancagem, capitalizao e de reforo da

    liquidez e, bem assim, de racionalizao de custos, o que dever permitir um ainda mais

    elevado grau de resilincia a uma prolongada envolvente operacional pouco amigvel.

    Tero, no entanto, de se verificar novos avanos, no apenas em consequncia do novo

    paradigma mas, ainda, dos efeitos do Programa de Assistncia Financeira (PAEF) em

    curso no nosso Pas e, no caso dos bancos que realizaram aumentos de capital com

    recurso linha de recapitalizao prevista no PAEF, das implicaes da disciplina de

    concorrncia comunitria, que tambm se aplica CGD por fora do aumento de capital

    realizado em 2012 e que foi equiparado a ajuda do Estado.

    A Caixa, instituio com uma misso e perfil que resultam da natureza de uma sociedade

    annima de capitais exclusivamente pblicos, assume responsabilidades acrescidas na

    contribuio ativa para a transformao e estabilidade da envolvente financeira, e para a

    recuperao da atividade e equilbrio sustentado da economia.

    Prosseguindo estes objetivos, a Caixa tem reforado a sua posio de referncia como

    primeiro banco das famlias portuguesas, robustecendo, em paralelo, o negcio com todos

    os segmentos das empresas, dedicando, pela sua importncia para a recuperao

    econmica, especial ateno s boas PMEs do setor de transacionveis.

    A extensa e leal base de clientes particulares da Caixa constitui um dos ativos mais

    importantes do Grupo CGD, visvel e rigorosamente preservado ao longo da sua histria.

    Manter e reforar a confiana dos cidados atravs do aperfeioamento contnuo de uma

    relao de proximidade e de um servio comercial de excelncia extensivo aos diferentes

    estratos etrios e sociais, assume prioridade maior na estratgia do Grupo.

    Num difcil enquadramento macroeconmico em que a recesso excede as previses e o

    desemprego atinge mximos histricos, a promoo da poupana constitui um desafio

    crucial, que a Caixa prossegue com seriedade lanando produtos que procuram convergir

    para as necessidades e expetativas de uma sociedade que v rapidamente alterados os

    seus hbitos e experincias.

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    10

    Os clientes da Caixa tm reconhecido este esforo e continuam a permitir que, num

    contexto de reduo do rendimento disponvel, os depsitos de particulares continuem a

    crescer.

    Tambm a quota de mercado do Grupo no negcio de empresas tem apresentado uma

    ntida trajetria de crescimento, salientando-se, por exemplo, o desenvolvimento verificado

    em 2012 nos segmentos PME Lder e PME Excelncia. Solues como a Linha Caixa

    Capitalizao, orientada para o reforo da autonomia financeira das empresas, PME

    Crescimento e servio Caixa Mais Tesouraria tm, entre outras, facilitado a

    implementao e gesto dos projetos de empresas com potencial de crescimento.

    De grande importncia para o negcio de empresas tem sido tambm a alargada

    plataforma internacional do Grupo que, estabelecendo corredores comerciais entre as

    regies do globo de maior crescimento, constitui um efetivo agente de dinamizao das

    exportaes e do investimento no exterior. Esta evoluo positiva no segmento

    empresarial tem sido acompanhada, naturalmente, por uma rigorosa avaliao e gesto

    de risco de cada empresa e operao.

    Deve ainda ser feita uma especial meno ao caminho trilhado pelo Grupo ao longo dos

    anos - e que a presente crise no interrompeu - na combinao da sua estratgia de

    negcio com o contributo para o desenvolvimento sustentvel, englobando este vertentes

    to alargadas como a do equilbrio ambiental, do mrito acadmico, do talento jovem e

    empreendedorismo, da insero social e da promoo da educao financeira, procurando

    contribuir para a tomada de decises mais esclarecidas e favorveis por parte dos

    cidados.

    Sendo referenciais de relevo, a histria e a tradio da Caixa no bastam para assegurar

    o seu sucesso futuro, o qual se apresenta hoje mais desafiante e complexo do que em

    situaes tambm conturbadas que se ultrapassaram no passado.

    No obstante a Caixa apresentar uma robusta situao de solvncia e solidez que os

    rcios de capital evidenciam (o Core Tier 1 atingiu o maior valor de sempre) e com a

    situao de liquidez confortvel, a persistncia de um quadro de muito baixas taxas de

    juro e o ritmo crescente das imparidades tm penalizado de forma visvel a rentabilidade

    da Caixa que, apesar de alguma melhoria face a 2011, apresenta pelo segundo ano

    consecutivo um resultado lquido negativo.

    O ano de 2013 continuar a apresentar-se difcil.

    A solidez reforada do Grupo Caixa permitir, contudo, que seja prosseguida uma

    trajetria de melhoria contnua sempre focada na entrega de valor e no investimento na

    confiana dos seus clientes.

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 11

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    Grupo CGD Atividade Consolidada

    1.2. Principais Indicadores

    (milhes de euros)

    DE BALANO 2009 2010 2011 (*)

    2012

    Crditos sobre clientes (bruto) 79 627 84 517 81 631 78 902

    Aplicaes em ttulos (**) 25 929 30 547 25 176 28 696

    Recursos de clientes 64 256 67 680 70 587 71 404

    Responsabilidades representadas por ttulos 25 182 19 307 14 923 10 591

    Capitais prprios 7 157 7 735 5 324 7 280

    Ativo lquido 120 985 125 757 120 642 116 857

    DE EXPLORAO

    Margem financeira alargada 1 641 1 613 1 832 1 463

    Margem complementar 867 978 611 963

    Margem tcnica da atividade seguradora 491 509 470 513

    Custos operativos 1 936 1 903 1 776 1 718

    Produto da atividade bancria e seguradora 2 999 3 099 2 913 2 939

    Resultado bruto da explorao 1 063 1 138 1 138 1 221

    Resultado antes de impostos 374 370 -545 -367

    Resultado lquido de impostos 279 255 -488 -395

    RCIOS

    Core Tier 1 (Banco de Portugal) 8,3% 8,8% 9,5% 11,6%

    Core Tier 1 (EBA) n.d. n.d. n.d. 9,4%

    Tier 1 (Banco de Portugal) 8,5% 8,9% 9,0% 11,2%

    Rcio de solvabilidade (Banco de Portugal) 12,6% 12,3% 11,6% 13,6%

    Crdito a clientes lquido / Depsitos de clientes 141,7% 136,0% 122,2% 114,0%

    Crdito em risco / Crdito total (1) n.d. 4,2% 6,9% 9,4%

    Crdito com incumprimento / Crdito total (1) 3,0% 3,1% 4,3% 6,4%

    Crdito vencido / Crdito total 2,9% 2,9% 3,9% 5,7%

    Imparidade acumulada / Crdito vencido 105,3% 105,3% 105,0% 92,8%

    Imparidade acumulada / Crdito vencido > 90 dias 122,4% 117,4% 116,5% 100,6%

    Cost-to-income (atividade consolidada) (1) 64,7% 63,3% 60,8% 58,4%

    Cost-to-income (atividade individual) (1) 59,6% 58,5% 55,7% 57,1%

    Rendibilidade bruta dos capitais prprios ROE (1) 5,9% 5,0% -8,1% -5,7%

    Rend., aps impostos, dos capitais prprios ROE (1) 4,8% 4,1% -6,4% -5,3%

    Rendibilidade bruta dos ativos ROA (1) 0,32% 0,29% -0,44% -0,31%

    Rendibilidade, aps impostos, dos ativos ROA (1) 0,26% 0,24% -0,35% -0,29%

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    12

    OUTROS INDICADORES 2009 2010 2011 (*)

    2012

    Nmero de agncias bancrias 1 273 1 326 1 351 1 311

    Portugal (2)

    848 864 860 848

    Estrangeiro 425 462 491 463

    Nmero de escritrios de representao (3)

    11 10 11 12

    Nmero de empregados (4) 22 237 23 083 23 205 23 028

    CGD Portugal 9 791 9 672 9 509 9 401

    Noutras instituies bancrias 4 495 5 029 5 531 5 484

    Seguradoras 3 642 3 559 3 463 3 411

    Sociedades financeiras 357 368 368 443

    Em outras atividades 3 952 4 455 4 334 4 289

    RATINGS (LONGO/CURTO PRAZO)

    Moodys Aa2/P-1 A1/P-1 Ba2/NP Ba3/NP

    Standard & Poors A+/A-1 A-/A-2 BB+/B BB-/B

    FitchRatings AA-/F1+ A/F1 BB+/B BB+/B

    DBRS BBB /

    R-2 (high) BBB (low) /R-2 (mid)

    (*) Contas proforma, considerando os valores da rea de sade da Caixa Seguros e Sade, SA como um Ativo no corrente detido para venda. (**) Inclui Ativos com acordo de recompra.

    (1) Indicador calculado de acordo com instrues do Banco de Portugal. (2) Inclui agncias automticas (18 em 2012).

    (3) Inclui o Escritrio de Representao da Arglia, que aguarda autorizao das autoridades Argelinas.

    (4) No inclui os empregados com vnculo contratual CGD colocados no Departamento de Apoio CGA (257 em 2012) ou requisitados em servio pblico ou outras situaes (93 em 2012).

    1.3. Sumrio Executivo

    O Resultado Bruto de Explorao do Grupo aumentou 7,3% em 2012 atingindo 1 221,1

    milhes de euros, em resultado de um ligeiro crescimento (+0,9%) do Produto da Atividade

    Bancria e Seguradora, que atingiu no ano 2 939,0 milhes de euros, conjugado com a

    continuao da quebra dos Custos Operativos, que registaram de novo uma taxa de

    variao negativa de 3,3%.

    A Margem Financeira Alargada registou uma reduo de 20,2% face ao ano anterior,

    traduzindo a persistente e acentuada descida das taxas Euribor bem como a evoluo

    adversa dos Rendimentos de Instrumentos de Capital em consequncia do processo de

    desalavancagem.

    A Margem Complementar cresceu de forma significativa atingindo 962,9 milhes de euros

    (+57,5% do que em 2011) graas ao muito favorvel desempenho dos Resultados de

    Operaes Financeiras, que ascenderam em dezembro a 363,0 milhes de euros (que

    compara com um valor negativo de 24,8 milhes em 2011).

    A Imparidade do Crdito Lquida de Reverses, atingiu os 1 010,3 milhes de euros, o que

    representa um acrscimo de 22,3% face a dezembro de 2011, refletindo as persistentes

    dificuldades do quadro econmico portugus. A Caixa registou ainda um valor de 559,9

    milhes de euros de Provises e Imparidade de Outros Ativos (Lquida).

    O expressivo reforo das Imparidades de Crdito, registadas como custo do exerccio,

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 13

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    decorre de uma poltica prudente de provisionamento assumida num contexto de

    acentuada quebra da atividade econmica, continuando a penalizar o Resultado

    Consolidado do Grupo que apresentou um valor negativo de 394,7 milhes de euros (o

    que representa uma melhoria de 93,7 milhes de euros face ao valor registado em 2011).

    O Resultado Antes de Impostos e de Interesses Minoritrios foi de -367,5 milhes de

    euros, o que corresponde uma variao positiva de 177,6 milhes face a 2011.

    Os Custos Operativos da atividade bancria domstica continuaram a decrescer (-9,7%),

    em larga medida em resultado da evoluo dos custos com pessoal, que voltaram a

    reduzir-se, desta feita em 12,7%. A Caixa prosseguiu assim uma poltica de racionalizao

    operacional e aumento de eficincia visvel na evoluo favorvel dos respetivos

    indicadores, designadamente o Cost-to-Income do Grupo, que apesar da reduo dos

    proveitos decresceu de 60,8% em dezembro de 2011 para 58,4%.

    Os Capitais Prprios do Grupo aumentaram 1 956,2 milhes de euros (+36,7%) atingindo

    7 280,0 milhes no final de 2012, no obstante o Resultado Lquido ter sido negativo. Para

    este crescimento contribuiu o aumento do capital social em 750 milhes de euros, ocorrido

    no mbito do Plano de Recapitalizao da CGD em junho ltimo, e, de forma muito

    significativa, a recuperao observada nas Reservas de Justo Valor que aumentaram

    1 895,6 milhes. No mbito do referido Plano foram tambm emitidos 900 milhes de

    euros de instrumentos de dvida subordinada convertvel, elegveis para fundos prprios

    Core Tier 1.

    O rcio de capital total atingiu em 2012 os 13,6% e o Rcio Core Tier 1 em base

    consolidada e incluindo os resultados retidos, 11,6% (9,5% em dezembro de 2011), de

    acordo com o normativo do Banco de Portugal. Nos termos da European Banking

    Authority (EBA), este rcio situou-se em 9,4% em 2012.

    O Grupo apresenta assim uma robusta situao de solvncia com os respetivos

    indicadores acima das exigncias regulamentares em matria de fundos prprios.

    O Ativo Lquido do Grupo CGD totalizou 116,9 mil milhes de euros no final de dezembro

    de 2012, valor inferior em 3,1% ao do final de 2011. Para esta evoluo contriburam

    nomeadamente redues das Aplicaes em Instituies de Crdito, Disponibilidades em

    Bancos Centrais e Crdito a Clientes.

    O Crdito a Clientes atingiu 74,7 mil milhes de euros no final do ano, menos 4,5% do que

    o valor registado um ano antes, refletindo o contexto recessivo da economia portuguesa e

    um subsequente ajustamento do padro de gesto de algumas empresas.

    A quota de mercado no crdito a empresas da Caixa era, no final de 2012, de 17,3%, o

    que significou um reforo de 0,9 p.p. face a dezembro de 2011. Refira-se que nos ltimos

    trs anos, a referida quota apresentou um aumento de cerca de 2 p.p.

    Os Depsitos de Clientes atingiram 65,5 mil milhes de euros, crescendo 1 515 milhes

    (+2,4%) no ano. Os depsitos dos Particulares cresceram em Portugal 2,2%, quase mil

    milhes de euros face a 2011, variao que se afigura particularmente significativa na

    presente envolvente econmica e social e apenas possvel devido confiana e

    segurana que a extensa e estvel base de clientes da Caixa continua a conferir ao seu

    banco.

    O Rcio de Transformao medido pelo peso do Crdito Lquido nos Depsitos de

    Clientes situou-se em 114,0%, valor inferior ao limite mximo indicativo de 120%

    estabelecido para os bancos portugueses para 2014 no mbito do Programa de

    Assistncia Econmica e Financeira. Esta evoluo, num contexto de solidez reforada,

    alarga o espao de atuao do Grupo na promoo da atividade econmica em Portugal.

    Num contexto de melhoria gradual da perceo do risco Caixa por parte dos investidores,

    a CGD regressou em novembro aos mercados de capitais internacionais atravs de uma

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    14

    bem-sucedida emisso de 500 milhes de euros de dvida snior no garantida a 3 anos e

    cupo de 5,625% a qual manteve um bom desempenho no mercado secundrio.

    J no incio de 2013, a Caixa retornou ao mercado com uma emisso de 750 milhes de

    euros de Obrigaes Hipotecrias a 5 anos e cupo fixo de 3,75%.

    O recurso a financiamento do BCE pela CGD continuou a reduzir-se, passando de 9 000

    para 6 950 milhes de euros, respetivamente no final de 2011 e de 2012. Ainda assim, a

    pool de ativos elegveis no utilizados terminou o ano em 9 755 milhes de euros, quase

    duplicando relativamente ao valor de 5 391 milhes disponveis em dezembro de 2011.

    A conjuntura econmica recessiva continuou a penalizar de forma notria a qualidade do

    crdito, tendo o Rcio de Crdito Vencido h mais de 90 dias atingido 5,3%, situando-se o

    grau de cobertura do referido crdito em 100,6%. Em consonncia, o Rcio de Crdito em

    Risco passou de 6,9% no final de 2011 para 9,4%.

    A Margem Tcnica da Atividade Seguradora aumentou 9,2%, atingindo um valor de 513,1

    milhes de euros em 2012. A Caixa Seguros e Sade, SGPS manteve a liderana no

    mercado segurador nacional, mantendo, de forma destacada, o lugar de topo, com uma

    quota de mercado global de 29,3%.

    A atividade internacional continua a constituir importante vetor estratgico do Grupo tendo

    o negcio das operaes situadas em economias em expanso registado um favorvel

    desempenho, visvel por exemplo em Macau, Moambique, Angola, frica do Sul e Brasil.

    Para tal, contribuiu a dinamizao de negcio cruzado entre estas geografias,

    desempenhando a rede domstica importante papel de pivot.

    O contributo das filiais em frica, sia e Brasil para o resultado consolidado em 2012

    atingiu 82,9 milhes de euros, o que representa um crescimento de 43,5% face a 2011.

    No considerando o mercado espanhol, que estrategicamente parte integrante do

    mercado domstico do Grupo, o resultado da atividade internacional foi positivo, 118,1

    milhes de euros, apresentando um crescimento de 35,1% face ao ano anterior.

    Esta evoluo no foi contudo suficiente para compensar totalmente os resultados

    desfavorveis de algumas operaes europeias afetados pelo aumento das imparidades,

    especialmente em Espanha, cujo resultado em 2012 foi tambm penalizado por custos

    no recorrentes do processo em curso de reestruturao do modelo de negcio naquele

    pas.

    Neste enquadramento, o contributo da atividade internacional para o Resultado Lquido de

    2012 foi negativo de 41,3 milhes de euros.

    1.4. Apresentao do Grupo

    1.4.1. ESTRUTURA ACIONISTA

    O capital da Caixa Geral de Depsitos detido pelo acionista nico, o Estado Portugus.

    Em 31 de dezembro de 2012 o capital social totalizava 5 900 milhes de euros.

    1.4.2. MARCOS HISTRICOS

    1876 Criao da Caixa Geral de Depsitos, na dependncia da Junta de Crdito

    Pblico, com a finalidade essencial de recolha dos depsitos obrigatrios

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 15

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    constitudos por imposio da Lei ou dos tribunais.

    1880 criada a Caixa Econmica Portuguesa, para recebimento e administrao de

    depsitos de classes menos abastadas, que seria fundida, de facto, com a CGD

    em 1885.

    1896 A CGD autonomiza-se da Junta de Crdito Pblico. Sob a administrao da CGD,

    so criadas a Caixa de Aposentaes para trabalhadores assalariados e o Monte

    da Piedade Nacional, para realizao de operaes de crdito sobre penhores.

    1918 A CGD desenvolve as atividades de crdito em geral.

    1969 A CGD, at ento servio pblico sujeito s regras da Administrao do Estado,

    assume o estatuto de empresa pblica.

    1975 Criao da Sucursal de Paris.

    1982 So criadas as empresas de leasing Locapor e Imoleasing. Nos anos seguintes,

    so criadas as sociedades gestoras de fundos de investimento imobilirio

    (Fundimo, em 1986) e mobilirio (Caixagest, em 1990) e adquiridas participaes

    de domnio na sociedade financeira de corretagem (Sofin, em 1998) e para

    aquisio a crdito (Caixa de Crdito, em 2000).

    1988 Criao do Grupo Caixa por tomada de participaes de domnio no Banco

    Nacional Ultramarino e na Companhia de Seguros Fidelidade.

    1991 Aquisio, em Espanha, do Banco da Extremadura e do Chase Manhattan Bank

    Espaa, que se passou a designar por Banco Luso-Espaol.

    1992 Aquisio de posio na sociedade de capital de risco Promindstria, instituio

    que em 1997 deu origem Caixa Investimentos, sociedade de investimentos.

    1993 A CGD transformada numa sociedade annima de capitais exclusivamente

    pblicos. consagrada a sua vocao de banco universal e plenamente

    concorrencial, sem prejuzo da sua especial vocao para formao e captao de

    poupanas e de apoio ao desenvolvimento do Pas.

    1995 Aquisio, em Espanha, do Banco Simen.

    1997 Criao, de raiz, do Banco Comercial de Investimentos de Moambique.

    1998 Criao do HPP Hospitais Privados de Portugal, que veio posteriormente a

    constituir a componente de Sade do Grupo CGD.

    2000 Aquisio da seguradora Mundial Confiana e do Banco Totta & Comercial Sotto

    Mayor de Investimentos, SA, mais tarde denominado Caixa Banco de

    Investimento.

    2001 CGD inaugura Sucursal em Timor-Leste.

    A Sucursal de Paris integra o Banque Franco Portugaise, dando origem

    Sucursal de Frana.

    2002 Racionalizao e consolidao dos bancos comerciais em Espanha, mediante a

    fuso do Banco Luso Espaol, do Banco da Extremadura e do Banco Simen.

    2004 Com a aquisio da seguradora Imprio Bonana em 2004, o grupo CGD passa a

    liderar o setor segurador nacional.

    Atravs de um reforo de capital, a CGD passa a ter uma posio dominante no

    Mercantile Lisbon Bank Holding da frica do Sul.

    2006 O Banco Simen altera a designao para Banco Caixa Geral.

    2008 Constituio da Parcaixa (capital de 1 000 milhes de euros: 51% CGD e 49%

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    16

    Parpblica).

    Criao da Fundao Caixa Geral de Depsitos Culturgest.

    A Caixa Seguros passa a designar-se Caixa Seguros e Sade, SGPS, SA aps

    uma reorganizao naquelas reas de negcio, com passagem do universo HPP

    do balano da Fidelidade Mundial para o balano da Caixa Seguros.

    2009 Retoma da presena do Grupo CGD no Brasil atravs do incio de atividade do

    Banco Caixa Geral Brasil.

    Entrada no capital do Banco Caixa Geral Totta de Angola, em que a CGD e o

    Santander Totta controlam 51% do total.

    2010 Exerccio da opo de compra de 1% do capital social da Partang, SGPS,

    detentora de 51% do capital social do Banco Caixa Geral Totta Angola (BCGTA),

    passando o Grupo CGD a deter a maioria do capital da gestora de participaes e

    indiretamente do prprio Banco.

    Acordo para a aquisio de 70% do capital da Banif Corretora de Valores e

    Cmbio (Banif CVC) pelo Grupo CGD.

    Obteno da autorizao para constituio do Banco para Promoo e

    Desenvolvimento (BPD) em Angola, que tem o capital inicial de mil milhes de

    euros, a deter em partes iguais pelos Grupos CGD e Sonangol.

    Constituio do Banco Nacional de Investimento (BNI), em Moambique, cujo

    capital detido em 49,5% pela CGD, 49,5% pelo Estado de Moambique atravs

    da Direo Nacional do Tesouro e em 1% pelo Banco Comercial e de

    Investimentos (Grupo CGD).

    2011 Constituio da Universal Seguros, em Angola, onde a Caixa Seguros e Sade

    detm 70% do capital e parceiros angolanos os restantes 30%.

    2012 Fuso das seguradoras Fidelidade-Mundial e Imprio Bonana, tendo esta sido

    incorporada na primeira e, em simultneo, alterao da denominao social para

    Fidelidade-Companhia de Seguros.

    Formalizao da venda pela Caixa Seguros e Sade de 100% do capital social da

    HPP-Hospitais Privados de Portugal Amil Participaes.

    Assinatura dos contratos de aquisio de uma participao no capital da Banif

    Corretora de Valores e Cmbio, a qual passou a ter a denominao de CGD

    Investimentos Corretora de Valores e Cmbio (CGD Securities).

    Assinatura do Contrato de Compra e Venda relativo alienao da participao

    da CGD no Banco Nacional de Investimento (BNI).

    Assinatura do Contrato de Compra e Venda relativo alienao da participao

    da CGD no capital social do Banco para a Promoo e Desenvolvimento,

    alienao esta sujeita obteno das autorizaes necessrias para a sua

    efetivao.

    Recompra da totalidade das participaes detidas por terceiros no Mercantile

    Bank Limited, tendo a CGD passado a deter a totalidade do seu capital social.

    1.4.3. DIMENSO E RANKING DO GRUPO

    O Grupo CGD manteve, em 2012, a liderana no mercado nacional nas principais reas

    de negcio onde atua, conforme ilustra o quadro infra:

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 17

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    QUOTAS DE MERCADO EM PORTUGAL

    Dez 2011 Dez 2012

    Atividade Bancria Quota Ranking Quota Ranking

    Ativo lquido (a)

    31,8% 1 31,8% 1

    Crdito a clientes (b)

    20,9% 1 21,3% 1

    Crdito a empresas 16,4% 1 17,3% 1

    Crdito a particulares 23,5% 1 23,6% 1

    Crdito habitao 26,6% 1 26,6% 1

    Depsitos de clientes (b)

    27,6% 1 28,1% 1

    Depsitos de particulares 32,0% 1 32,7% 1

    Atividade Seguradora (c)

    33,4% 1 29,3% 1

    Ramo vida 37,2% 1 31,0% 1

    Ramo no-vida 26,6% 1 26,4% 1

    Crdito Especializado (d)

    Leasing imobilirio 18,4% 3 13,0% 3

    Leasing mobilirio 15,1% 1 14,0% 1

    Factoring 14,5% 4 9,0% 5

    Gesto de Ativos

    Fundo de invest. mobilirio (FIM) (e)

    23,0% 1 25,0% 1

    Fundo de invest. imobilirio (FII) (e)

    13,9% 1 13,0% 1

    Fundo de penses (f)(h)

    15,7% 2 15,7% 2

    Gesto de patrimnios (e)(g)

    32,9% 1 37,3% 1

    (a) Considerando a atividade consolidada dos cinco maiores Grupos do sistema bancrio portugus. (b) Fonte: E.M.F. do Banco de Portugal. No Crdito esto includas as operaes titularizadas. (c) Fonte: Instituto de Seguros de Portugal. Respeitam atividade em Portugal. (d) Fonte: ALF Associao Portuguesa de Leasing e Factoring. (e) Fonte: Associao Portuguesa de Fundos de Investimento, Penses e Patrimnios (APFIPP). (f) Fonte: Instituto de Seguros de Portugal. (g) Inclui Fundos de Penses geridos pela CGD Penses.

    (h) Valores referentes a 2012 so provisrios

    A quota de mercado global do crdito a clientes aumentou de 20,9% para 21,3% no final

    de 2012, refletindo a subida da quota do crdito s Empresas de 16,4% para 17,3%. A

    quota do crdito habitao manteve-se nos 26,6%.

    Em 2012 a quota de mercado da Caixa nos depsitos de clientes foi reforada de 27,6%

    para 28,1%, reafirmando a posio de liderana em Portugal. De destacar a quota do

    segmento de particulares, que subiu de 32,0% para 32,7%.

    A Caixa Seguros e Sade manteve a liderana destacada do sector segurador nacional,

    detendo uma quota global de 29,3%, correspondente a um volume de prmios de seguro

    direto (incluindo recursos captados ao abrigo de contratos de investimento) de 3 195

    milhes de euros, situao que se verifica quer nos ramos Vida (31,0%), quer nos ramos

    No Vida (26,4%, mais do que duplicando o valor registado pelos concorrentes mais

    prximos).

    De referir que no mercado dos seguros de sade a Multicare consolidou em 2012 a sua

    liderana, com uma quota superior a 33,1%, gerindo atravs de resseguro a carteira da

    Fidelidade Companhia de Seguros, S.A, que integra as marcas Fidelidade Mundial e

    O Grupo CGD manteve a liderana no mercado nacional nas principais reas de negcio

    Quota de mercado global do crdito a clientes aumentou de 20,9% para 21,3%:

    quota do crdito s Empresas subiu de 16,4% para 17,3%

    quota do crdito habitao manteve-se em 26,6%

    A Caixa Seguros e Sade manteve a liderana destacada do setor segurador nacional (quota global de 29,3%)

    No mercado dos seguros de sade a Multicare consolidou a sua liderana (quota superior a 33,1%)

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    18

    Imprio Bonana.

    Na rea da locao financeira, a Caixa Leasing e Factoring (CLF) manteve a primeira

    posio no ranking do setor de locao mobiliria, com uma quota de 14%. A contrao do

    volume de negcios no leasing imobilirio traduziu-se na reduo da quota de mercado da

    CLF de 18% em 2011 para 13% em 2012. Na atividade de factoring, a Sociedade ocupava

    a quinta posio no ranking do setor com uma quota de mercado de 9% (14% em 2011).

    Na atividade de gesto dos fundos de investimento mobilirio, o Grupo CGD ocupa

    igualmente lugar de destaque, com a Caixagest, na rea dos fundos de investimento

    mobilirios, e a Fundger, na rea dos fundos de investimento imobilirios, a manter a

    liderana no mercado, com quotas de mercado de, respetivamente, 25%, e 13,0%. Na

    gesto de fundos de penses, a CGD Penses manteve em 2012 a quota de 15,7% e o

    segundo lugar no ranking por montante. Por ltimo, no mercado de gesto de carteiras,

    centrado nos mandatos de grandes clientes institucionais, a Caixagest manteve a

    liderana do mercado com uma quota de 37,3%.

    Na banca de investimento nacional, o CaixaBI reafirmou uma vez mais a sua liderana,

    participando nas transaes mais relevantes ocorridas em Portugal em 2012, liderando os

    rankings do sector e conquistando as mais importantes distines internacionais, das

    quais se destacam Melhor Banco de Investimento em Portugal 2012, das revistas Global

    Finance, Euromoney Award for Excellence e World Finance.

    Relativamente presena internacional, o Grupo detm uma posio de destaque, quer

    pela dimenso muito relevante da sua quota de mercado (Cabo Verde, Moambique, So

    Tom e Prncipe e Timor), quer pelo estatuto e reconhecimento da sua marca (Macau,

    Cabo Verde, Timor, So Tom e Prncipe, Moambique e Angola). Refira-se, em

    particular, as quotas detidas pelo Banco Comercial de Investimento (Moambique) no final

    de 2012, de cerca de 30% em termos de Crdito e de 28,2% em termos de Depsitos,

    consolidando assim a sua posio de segundo maior banco do sistema em Moambique.

    1.4.4. ESTRUTURA DO GRUPO CGD - DESENVOLVIMENTOS RECENTES

    No exerccio de 2012, o Grupo CGD continuou a privilegiar o enfoque na atividade

    bancria, nomeadamente fora do espao europeu, e a reduo da sua exposio a outras

    atividades/setores no cumprimento do previsto no Programa de Assistncia Econmica e

    Financeira (PAEF).

    Em junho, a CGD e a Fidelidade alienaram 33 181 144 e 215 000 aes da ZON

    Multimdia Servios de Telecomunicaes e Multimdia, SGPS, S.A., respetivamente,

    representativas de 10,805% do capital social da ZON, Jadeium B.V., sociedade com

    sede em Amesterdo. Ainda em junho, a CGD vendeu, no mbito da OPA lanada pela

    InterCement, a totalidade da participao de 9,6% que detinha no capital social da Cimpor.

    Em agosto, alienou a totalidade da sua participao representativa de 1,5% do capital

    social da Brisa Tagus, no mbito da OPA lanada por esta.

    Quanto ao universo das participaes financeiras cotadas tambm de salientar, no final

    de novembro, a alienao pela CGD de 8 295 510 aes da Galp Energia, SGPS, S.A.,

    representativas de 1% do capital social e direitos de voto. A alienao foi efetuada no

    contexto do exerccio do direito de tag along da CGD sobre a Eni S.p.A. previsto no

    Consent & Waiver Agreement celebrado entre a CGD, a Eni e a Amorim Energia B.V. em

    maro de 2012.

    No decorrer do primeiro semestre de 2012, em resultado de oferta realizada junto dos

    acionistas minoritrios, o Grupo recomprou a totalidade das participaes detidas por

    terceiros no Mercantile Bank Limited (subsidiria do Mercantile Bank Holdings, Ltd), tendo

    Caixa Leasing e Factoring (CLF):

    1 posio na locao mobiliria (quota de 14%)

    reduo da quota no leasing imobilirio de 18% para 13%

    5 posio no factoring (quota de 9%)

    Caixa Gesto de Ativos:

    Caixagest (quota de 25% na gesto de fundos mobilirios e 37,3% na gesto de carteiras)

    Fundger (quota de 13%)

    CGD Penses (quota de 15,7%)

    CaixaBI distinguida como Melhor Banco de Investimento em Portugal 2012, reafirmando a sua liderana

    O BCI (Moambique) atingiu a 2 posio no setor, com uma quota de 30% no Crdito e de 28,2% nos Depsitos

    O Grupo CGD continuou a privilegiar o enfoque na atividade bancria

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 19

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    passado a deter, direta e indiretamente, a totalidade do seu capital social.

    No que diz respeito rea seguradora h a realar a fuso, em 31 de maio, das

    seguradoras Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial, S.A. e da Imprio Bonana-

    Companhia de Seguros, S.A., tendo esta sido incorporada na primeira. Em simultneo,

    verificou-se a alterao da denominao social da Companhia de Seguros Fidelidade-

    Mundial, SA para Fidelidade-Companhia de Seguros, S.A. e o aumento do capital social

    de 400 milhes para 520 milhes de euros, por efeito da fuso, a que se seguiu, em junho,

    um novo aumento de capital social em 85 milhes de euros, passando para 605 milhes.

    No final de junho, a CGD, com o objetivo de aumentar os fundos prprios da Caixa

    Seguros e Sade, realizou um aumento do capital social da SGPS, no montante de

    351 524 920 euros, o qual passou de 448 400 000 euros para 799 924 920 euros.

    Em meados de novembro, a Caixa Seguros e Sade formalizou a venda de 100% do

    capital social da HPP-Hospitais Privados de Portugal, SGPS, SA Amil Participaes,

    S.A.. A transao foi efetuada por um valor de 85,6 milhes de euros, incluindo dvida,

    prevendo-se um acrscimo potencial de 6 milhes de euros caso sejam atingidos

    determinados objetivos. A concluso do negcio est dependente da obteno das

    autorizaes administrativas usualmente aplicveis.

    No Brasil, depois de aproximadamente dois anos de negociaes, o Grupo CGD atravs

    da CGD - Participaes em Instituies Financeiras, Lta. (CGD PINF), sociedade

    brasileira, detida em partes iguais pelo CaixaBI e pelo Banco Caixa Geral Brasil, assinou

    os contratos definitivos de aquisio de uma participao no capital da Banif Corretora de

    Valores e Cmbio, S.A. (Banif CVC) que, entretanto, passou a ter a denominao de

    CGD Investimentos Corretora de Valores e Cmbio, S.A. (CGD Securities).

    No seguimento de um Memorando de Entendimento entre o Ministrio das Finanas da

    Repblica de Moambique e a CGD, foi decidido alienar a participao da CGD no Banco

    Nacional de Investimento (BNI). Assim, a 10 de dezembro de 2012, foi assinado, entre a

    CGD e o IGEPE Instituto de Gesto de Participaes do Estado, o Contrato de Compra

    e Venda de 1 108 milhes de aes, representativas de 49,5% do capital social do BNI.

    No final de dezembro de 2012, foi assinado um Contrato de Compra e Venda de

    Participaes Sociais entre as empresas do Grupo CGD (Gerbanca, SGPS, CGD e Caixa

    Participaes, SGPS) e as empresas do Grupo Sonangol (Sonangol EP e Sonip

    Sonangol Imobiliria e Propriedades Lda.), relativo alienao da participao no capital

    social do Banco Para a Promoo e Desenvolvimento SA, alienao esta sujeita

    obteno das autorizaes necessrias para a sua efetivao.

    Com estas alienaes a Caixa deu significativos passos para se concentrar

    essencialmente no negcio bancrio e em simultneo racionalizar a sua presena

    internacional.

    GRUPO CAIXA GERAL DE DEPSITOS (*)

    NACIONAL INTERNACIONAL

    BANCA COMERCIAL

    Caixa Geral de Depsitos, SA Banco Caixa Geral (Espanha) 99,8%

    Banco Caixa Geral (Brasil) 100,0%

    BNU (Macau) 100,0%

    CGD Subsidiria Offshore Macau

    100,0%

    B. Comercial do Atlntico (Cabo Verde)

    59,3%

    B. Interatlntico (Cabo Verde) 70,0%

    Fuso da Companhia de Seguros Fidelidade-Mundial e Imprio Bonana-Companhia de Seguros

    Formalizao da venda de 100% do capital social da HPP-Hospitais Privados de Portugal Amil Participaes por 85,6 milhes

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    20

    NACIONAL INTERNACIONAL

    BANCA COMERCIAL

    Mercantile Bank Hold. (frica do Sul)

    100,0%

    Parbanca, SGPS 100,0%

    B. Com. Invest. (Moambique) 51,0%

    Partang, SGPS 51,0%

    Banco Caixa Geral Totta (Angola)

    26,0%

    Banco Promoo e Desenvolvimento (Angola)

    50,0%

    GESTO DE ATIVOS

    Caixa Gesto de Activos, SGPS 100,0%

    CaixaGest 100,0%

    CGD Penses 100,0%

    Fundger 100,0%

    CRDITO ESPECIALIZADO

    Caixa Leasing e Factoring IFIC 51,0% Promoleasing (Cabo Verde) 60,2%

    Locarent 50,0%

    Credip - IFIC 80,0%

    BANCA INVESTIMENTO E CAPITAL DE

    RISCO

    Gerbanca, SGPS 100,0% A Promotora (Cabo Verde) 52,7%

    Caixa Banco de Investimento 99,7% CGD Investimentos CVC (Brasil) 99,9%

    Caixa Capital 99,7% 52,7%

    Caixa Desenvolvimento, SGPS 99,7%

    SEGUROS E SADE

    Caixa Seguros e Sade, SGPS 100,0% Garantia (Cabo Verde) 65,4%

    Comp. Seg. Fidelidade 100,0% Universal Seguros (Angola) 70,0%

    Via Directa Comp. De Seguros 100,0%

    Cares Companhia de Seguros 100,0%

    Companhia Port. de Resseguros 100,0%

    Fidelidade Mundial, SGII 100,0%

    GEP- Gesto de Peritagem Automveis

    100,0%

    EAPS E. Anlise, Prev. e Seg. 100,0%

    HPP - Hospitais Privados Portugal, SGPS

    100,0%

    HPP - Lusadas (**)

    100,0%

    HPP - Boavista (**)

    100,0%

    HPP - Algarve (**)

    100,0%

    HPP - Cascais (**)

    100,0%

    HPP Viseu, SA (**)

    65,0%

    LCS - Linha de Cuidados de Sade

    100,0%

    Multicare - Seguros de Sade 100,0%

    EPS - Gesto de Sistemas de Sade

    100,0%

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 21

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    NACIONAL INTERNACIONAL

    SERVIOS AUXILIARES

    Caixatec- Tecnologias de Informao

    100,0% Inmobiliaria Caixa Geral (Espanha)

    99,8%

    Imocaixa 100,0%

    Sogrupo Sistemas Informao ACE

    100,0%

    Sogrupo Compras e Servios Partilhados ACE

    100,0%

    Sogrupo IV Gesto de Imveis ACE

    100,0%

    Caixa Imobilirio 100,0%

    OUTRAS PARTICIPA. FINANCEIRAS

    Parcaixa, SGPS 51,0% La Seda Barcelona 14,2%

    Caixa Participaes, SGPS 100,0% Banco Internacional So Tom e Prncipe

    27,0%

    Wolfpart, SGPS 100,0%

    Portugal Telecom 6,2%

    TagusParque 10,0%

    AdP guas de Portugal, SGPS 9,7%

    SOFID Soc. Financ. Desenv. IFIC

    10,0%

    Turismo Fundos, SGFII 33,5%

    Floresta Atlntica, SGFII 11,9%

    VAA - Vista Alegre Atlantis 4,5%

    (*) Percentagem de participao efetiva

    (**) Alienado em maro de 2013

    1.4.5. REDE DE DISTRIBUIO

    A rede comercial do Grupo CGD abrangia, no final do exerccio, 1 311 Agncias, das quais

    848 localizadas em Portugal e 463 no estrangeiro.

    A rede de Agncias da CGD em Portugal registou uma reduo de 12 unidades no ano,

    passando a abarcar 811 Agncias, das quais 18 agncias automticas, e 36 Gabinetes de

    Empresas no final de 2012.

    NMERO DE AGNCIAS BANCRIAS DO GRUPO

    Dez/11 Dez/12

    CGD (Portugal) 859 847

    Agncias com atendimento presencial 804 793

    Agncias automticas 17 18

    Gabinetes de Empresas 38 36

    Caixa Banco de Investimento (Lisboa+Madrid) 2 2

    Sucursal de Frana 46 47

    Banco Caixa Geral (Espanha) 209 172

    Banco Nacional Ultramarino (Macau) 14 14

    Banco Comercial e de Investimentos (Moambique) 120 128

    Rede Comercial abrangente:

    Portugal

    - CGD: 811 Agncias e 36 Gabinetes Caixa Empresas

    - CaixaBI

    Estrangeiro

    - 463 Agncias e 12 Escritrios de Representao

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    22

    Banco Nacional de Investimentos (Moambique) 1 -

    Banco Interatlntico (Cabo Verde) 9 9

    Banco Comercial Atlntico (Cabo Verde) 33 33

    Mercantile Lisbon Bank Holdings (frica do Sul) 15 15

    Banco Caixa Geral Brasil 2 2

    Banco Caixa Geral Totta de Angola 24 25

    Outras Sucursais da CGD 16 16

    Subsidiria Offshore de Macau 1 1

    Total 1 351 1 311

    Escritrios de representao (*)

    11 12

    (*) Em 2012 inclui o ER da Arglia que aguarda autorizao das autoridades Argelinas

    A rede no exterior registou uma diminuio de 40 unidades, destacando-se o Banco Caixa

    Geral em Espanha (menos 37), consequncia do processo de reestruturao da presena

    do Grupo naquele pas, iniciado em 2012. semelhana do ano anterior, a rede do Banco

    Comercial e de Investimentos, em Moambique, continuou a expandir-se, aumentando 8

    unidades.

    REDE DE DISTRIBUIO INTERNACIONAL

    Europa

    Espanha Alemanha

    Banco Caixa Geral 172 CGD Escritrio de Represent. 1

    Caixa Banco de Investimento 1 Reino Unido

    CGD Sucursal de Espanha 1 CGD Sucursal de Londres 1

    Fidelidade Sucursal 1 Luxemburgo

    Frana CGD Sucursal Luxemburgo 2

    CGD Sucursal de Frana 47 Fidelidade Sucursal 1

    Fidelidade Sucursal 1 Sua

    Blgica CGD Escritrio de Represent. 1

    CGD Escritrio de Represent. 1 BCG Escritrio de Represent. 1

    Ilha da Madeira

    Sucursal Financeira Exterior 1

    Amrica

    Estados Unidos Venezuela

    CGD Sucursal de Nova Iorque 1 CGD Escritrio de Represent. 1

    Mxico BCG Escritrio de Represent. 1

    BCG Escritrio de Represent. 1 Canad

    Brasil CGD Escritrio de Represent. 1

    Banco Caixa Geral Brasil 2 Ilhas Cayman

    CGD Investimentos 1 CGD Sucursal Ilhas Cayman 1

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 23

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    frica

    Cabo Verde So Tom e Prncipe

    Banco Comercial do Atlntico 33 Banco Intern. S. Tom e Prncipe 10

    Banco Interatlntico 9 Moambique

    Garantia 11 Banco Comercial e de Invest. 128

    A Promotora 1 Arglia

    Angola CGD Escrit. de Represent. (*)

    1

    Banco Caixa Geral Totta Angola 25 frica do Sul

    Fidelidade Universal Seguros 1 Mercantile Bank 15

    sia

    China Macau China

    Banco Nacional Ultramarino SA 14 CGD Sucursal de Zhuhai 1

    Subsidiria Offshore de Macau 1 CGD Escr. Represent. Xangai 1

    Fidelidade Mundial Sucursal 2 Timor-Leste

    ndia CGD Sucursal de Timor-Leste 8

    CGD Escritrio de Represent. 2

    (*) Aguarda autorizao das autoridades Argelinas

    1.4.6. A MARCA CAIXA

    "A Caixa Geral de Depsitos a marca de referncia no mercado financeiro portugus.

    Em 2012, foi conotada e caracterizada pelos consumidores portugueses como a marca

    bancria de maior notoriedade e, tambm, como: Relevante na sociedade, de Confiana,

    Slida, Lder, de Prestgio e de Referncia, Responsvel social e ambientalmente.

    A CGD a marca que mais apoia: o ensino e as universidades, os setores estratgicos da

    economia, a cultura e a sustentabilidade."

    Fonte: Brandscore Barmetro de Marca - 2012

    Distines da Marca CGD

    Marca Bancria de Confiana;

    Marca Bancria Portuguesa Mais Valiosa pelo 5 ano consecutivo, com um valor

    de 381 milhes de euros Ranking Brand Finance Banking 500;

    Marca de Excelncia pela 5 vez consecutiva - Superbrands;

    Marcas que Marcam CGD foi, entre 80 marcas a marca vencedora nas

    categorias de Bancos e Cartes de Crdito e Dbito.

    Distines de Sustentabilidade

    Empresa Prime - Ranking Oekom para empresas com menor risco social e

    ambiental;

    Most Sustainable Financial Group in Portugal pela 2 vez consecutiva - The New

    Economy;

    Classificao mxima (A) em desempenho do Carbon Disclosure Project e entrada

    no Carbon Performance Leadership Index (CPLI);

    Marca CGD

    Confiana

    Solidez

    Liderana

    Prestigio

    Referncia

    Responsabilidade social e ambiental

    A CGD a marca que mais apoia:

    O ensino e as universidades

    Os setores estratgicos da economia

    A cultura

    A sustentabilidade

    A atividade desenvolvida pela CGD em 2012 mereceu diversas distines:

    Marca Bancria de Confiana

    Marca Bancria Portuguesa Mais Valiosa

    Marca de Excelncia

    Most Sustainable Financial Group in Portugal

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    24

    Outras Distines

    Prmio SIL 2012 Arrendamento

    Sustentabilidade na Caixa Geral de Depsitos

    Educao e Literacia Financeira

    Promoo do Conhecimento

    PmatE Competies Nacionais de Cincia 2012

    A CGD patrocina, desde 2006, as competies nacionais promovidas pelo Projeto

    Matemtica Ensino (PmatE), um dos maiores eventos nacionais de educao

    destinado a mais de 13 mil alunos, do ensino Bsico ao ensino Secundrio que

    participam em nove competies, congregando reas do saber como a

    Matemtica, a Biologia, a Fsica, a Lngua Portuguesa e a Geologia.

    Em 2012, a competio realizou-se em abril no campus de Santiago, da

    Universidade de Aveiro.

    Fundao Cidade de Lisboa

    Bolsas anuais do Colgio Universitrio da Cooperao.

    Literacia Financeira

    Saldo Positivo

    Continuando a desenvolver o programa de educao financeira Saldo Positivo

    a CGD lanou em 2012 e pela primeira vez em Portugal, um programa especfico

    dedicado s PME: com uma nova rea do site dedicada, em exclusivo, s

    empresas Saldo Positivo Empresas.

    Verificaram-se mais de 4 700 000 visualizaes no site do Saldo Positivo (+160%

    do que em 2011).

    Educao+ Financeira

    A exposio itinerante Educao+ Financeira resultante duma parceria

    institucional, de vrios anos, entre a Caixa Geral de Depsitos e a Universidade

    de Aveiro, manteve os contedos programticos do ano anterior, centrados em

    trs eixos, de acordo com o pblico-alvo preferencial:

    I Dinheiro para qu? Dirigido aos 1. e 2. ciclos do Ensino Bsico.

    Objetivo: proporcionar aos mais novos uma viso histrica da evoluo da

    moeda e das trocas comerciais.

    II Como gastar o dinheiro? Destinatrios: 3. ciclo do Bsico;

    Objetivo: responsabilizar os jovens sobre a importncia do trabalho e as

    decises de consumo e hbitos de poupana.

    III Compro ou no compro? Destina-se sobretudo aos alunos do

    Secundrio e pblico em geral e inclui jogos abrangentes, com recurso

    criao ou identificao com um avatar num PC, com o objetivo de

    sensibilizar para a problemtica do endividamento, multi-endividamento e

    sobre-endividamento.

    Em 2012, de norte a sul do Pas, mais de 26 mil pessoas visitaram a exposio Educao

    +Financeira. Em 2012, foi a vez de Espinho, Viana do Castelo, Trofa, Coimbra, bidos,

    Promoo do Conhecimento:

    PmatE

    Bolsas anuais

    Literacia Financeira:

    Programa Saldo positivo

    Exposio Educao+ Financeira

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 25

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    Torres Novas, Sousel, Alcochete, vora, Albufeira, Barcelos, Castelo Branco, Vidigueira,

    Aveiro, Setbal, Montemor-o-Novo, Bragana, Montalegre, Porto, Vila Verde, Valena,

    Pinhel, Tondela e Estarreja, receberem esta proposta ldico-pedaggica da CGD e da UA.

    Cultura

    Culturgest

    A integrao da comunidade como fator determinante na criao de valor e na

    sustentabilidade do negcio um dos pilares fundamentais da atuao socialmente

    responsvel da CGD. Neste contexto, tem sido desenvolvido um apoio contnuo s

    atividades sociais e culturais, realando-se a atividade da Fundao Caixa Geral de

    Depsitos Culturgest como agente crucial na promoo cultural ao servio do pblico

    portugus.

    Durante o ano de 2012 a Fundao continuou a ser um centro cultural de referncia no

    panorama nacional e internacional, com iniciativas de relevo nos domnios de todas as

    artes, do pensamento, da cincia, dando-se a conhecer uma parte do que de mais criativo

    est a acontecer no mundo.

    A CGD, o Design e a Arquitetura

    Desde 2009 que a CGD se assume como Promotora do Design e da Arquitetura,

    distinguindo a importncia destas reas para o desenvolvimento da economia e sociedade

    portuguesas.

    Neste contexto, a CGD , tambm, o patrocinador oficial da Experimenta Design.

    O projeto ExperimentaDesign (EXD), que contempla, de forma multidisciplinar e

    transversal, as reas do design industrial, da arquitetura, do design de moda, do design

    multimdia, do set design e dos novos media, entre outras, tem vindo a revelar-se um

    grande acontecimento, que, pela sua dimenso e oportunidade, coloca Lisboa e Portugal

    no mapa do mais interveniente panorama artstico europeu.

    No mbito ainda da ExperimentaDesign, a Caixa apoia a programao do Convento da

    Trindade (nova sede da EXD), por um perodo de um ano. A localizao privilegiada do

    Convento, no Chiado, exponencia a visibilidade e a projeo da programao junto dos

    visitantes nacionais e estrangeiros, convertendo-o num espao cultural emergente.

    A Caixa assinou, em 2012, um protocolo com a Ordem dos Arquitetos posicionando-se

    como parceiro privilegiado desta classe profissional e assegurando a presena em todos

    os certames nacionais realizados pela Ordem dos Arquitetos, assim como em outras

    iniciativas ou projetos de interesse comum.

    A Caixa tem vindo, ainda, a apoiar vrias aes da Trienal de Arquitetura e da Ordem dos

    Arquitetos seco Norte.

    Projeto Orquestras CGD

    O Projeto Orquestras CGD resulta do estabelecimento de parcerias com as entidades que

    tutelam as Orquestras Metropolitana de Lisboa, do Norte, do Algarve e Clssica do Centro.

    Este projeto, iniciado em 2001, consiste no apoio mecentico atividade destas

    formaes e promoo de Concertos Caixa Geral de Depsitos, dedicados msica

    clssica tradicional e de fuso.

    Em 2012, realizaram-se 57 eventos, de norte a sul do Pas, com uma assistncia de mais

    de 18 mil espectadores. De salientar que 35 destas aes tiveram uma vertente

    Promotora do Design e da Arquitetura

    CGD patrocina ExperimentaDesign

  • ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    RELATRIO E CONTAS 2012 CGD

    CGD ATIVIDADE CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 CGD

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    26

    essencialmente pedaggica, promotora da criao de novos pblicos e do

    desenvolvimento de hbitos de fruio da cultura em famlia (aes didtico-pedaggicas,

    concertos para famlias e concertos Promenade).

    Outros Projetos Culturais

    No decurso de 2012, outros projetos, em diferentes reas culturais, contaram com o apoio

    mecentico da CGD:

    Msica

    Jazz ao Centro Encontros internacionais de Jazz de Coimbra

    Festival Rota das Artes

    Artes e letras

    Associao Portuguesa de Escritores Prmio Vida Literria

    Fundao Ins de Castro Festival das Artes de Coimbra

    Fundao de Serralves

    Prmio Pessoa

    Prmios Gazeta do Clube de Jornalistas

    Fundao Jlio Pomar

    Fundao Arpad Sznes/ Vieira da Silva

    Fundao da Casa de Mateus Prmio Literrio D. Diniz

    Centro Nacional de Cultura

    Lisbon Week 2012

    Cinema e documentrio

    Cinanima Festival Internacional de Cinema de Animao de Espinho

    Desporto

    A CGD aposta na promoo do desporto enquanto condio essencial para uma vida

    saudvel, responsvel e de partilha de valores fundamentais, como a dedicao, a

    lealdade, e o esprito de equipa.

    Neste contexto, a CGD tem dado particular ateno s modalidades amadoras, e ao

    investimento em infraestruturas desportivas contribuindo, tambm por esta via, para o

    desenvolvimento social.

    Nesta rea de interveno, salientam-se as parcerias com a Federao Portuguesa de

    Rugby e a Associao Acadmica de Coimbra.

    Voluntariado

    Em 2012, a Caixa continuou o seu trabalho de incentivo ao voluntariado, junto de todos os

    colaboradores, destacando-se aes de proteo do meio ambiente, educao financeira

    e apoio solidrio.

    Todas as aes contaram com a participao de centenas de colaboradores, familiares e

    amigos, confirmando que existe uma cada vez maior conscincia de que cada um poder

    fazer a diferena, contribuindo para uma sociedade melhor e mais justa.

    Parceria com a Entrajuda

    Em 2012, a Caixa voltou a apoiar a Entrajuda, atravs de um donativo financeiro destinado

    a apoiar o projeto da Bolsa do Voluntariado uma ferramenta on-line que pretende servir

    de ponto de encontro entre a procura e a oferta de trabalho voluntrio. A Caixa o

    Voluntariado

    Parceria com a Entrajuda

    Educao para o Empreendorismo

    Young VolunTeam

    Limpeza de praias e florestas

    Apoio aos sem-abrigos

  • CGD RELATRIO E CONTAS 2012 27

    1. RELATRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO

    parceiro principal da Bolsa do Voluntariado, um projeto que tem vindo a evoluir desde a

    sua criao, nomeadamente ao nvel das plataformas tecnolgicas, estando atualmente

    disponvel, para alm do site www.bolsadovoluntariado.pt, tambm no Facebook

    (Volunteerbook), sendo a 1 App no mbito do 3. setor, desenvolvida para Windows 8.

    Educao para o Empreendedorismo

    A Caixa associou-se ao projeto Educao para o Empreendedorismo, da Junior

    Achievement Portugal que tem como principal objetivo levar s escolas conceitos de

    literacia financeira, de cidadania e promoo do empreendedorismo, no contemplados

    nos programas curriculares.

    A iniciativa cobriu 60 turmas de diversas escolas em todo o Pas, abrangendo mais de

    1 200 alunos com idades entre os 6 e os 18 anos e foi levada a cabo por 60 colaboradores

    voluntrios.

    No final de cada programa, a CGD possibilitou a visita dos alunos de Lisboa ao Edifcio-

    Sede, tendo sido recebidas 18 turmas entre maro e junho de 2012.

    Feedback de uma voluntria:

    Poucos desafios se assemelham ao encontro da resposta certa perante os olhares

    curiosos de trinta adolescentes. Mas confirmar que ainda h sede de saber coisas novas e

    vontade de aprimorar velhos costumes, respeitando-os, satisfaz a ansiedade natural.

    Encontrar o equilbrio de desejos , por isso, a principal experincia que retiro do

    programa JAP, to felizmente impulsionado e divulgado pela CGD. Obrigada pela

    oportunidade!

    Ana Rita Matos Dias (Sogrupo ACE).

    Young VolunTeam

    Dando continuidade sua poltica de liderana pela exemplaridade, a Caixa Geral de

    Depsitos lanou, em 2012, um desafio s escolas do Ensino Secundrio o Programa

    Young VolunTeam, desenvolvido em parceria com a Sair da Casca e a ENTRAJUDA e o

    apoio da Direo-Geral da Educao, do Ministrio da Educao e Cincia. A Caixa

    procura, com este projeto, promover as melhores prticas na resposta aos desafios da

    sociedade portuguesa, na qual existe menor participao dos jovens ao nvel do

    Voluntariado do que nos restantes pases europeus, segundo um estudo de 2010 da

    Comisso Europeia sobre o Voluntariado na UE.

    O Programa Young VolunTeam te