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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO ESTUDO TEMÁTICO CONTRATO Nº 068/2009 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DE OSASCO SEGUNDO RAÇA/COR FEVEREIRO DE 2011

CONTRATO Nº 068/2009 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DE ...geo.dieese.org.br/osasco/estudos/raca_cor_2011.pdf · com o Estado de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo e com

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI)

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE)

PROGRAMA OSASCO DIGITAL

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO

ESTUDO TEMÁTICO

CONTRATO Nº 068/2009

O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DE OSASCO SEGUNDO RAÇA/COR

FEVEREIRO DE 2011

EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA

DO MUNICÍPIO DE OSASCO

Prefeito: Emídio Pereira de Souza

Vice-Prefeito

Dr. Faisal Cury

Secretária: Dulce Helena Cazzuni

Secretário Adjunto:

Luis Mansur Szajubok

EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE

Direção Técnica

Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento

José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas

Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira

Equipe Responsável pelo Projeto

Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber – Supervisor dos Observatórios do Trabalho

Alexandre Guerra - Técnico Marcos Aurélio Souza – Técnico Ronnie Aldrin Silva - Técnico

Equipe Executora

DIEESE

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 – Parque da Água Branca – São Paulo – SP – CEP 05001-900

Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394 E-mail: [email protected] http://www.dieese.org.br

Contrato Nº 068/2009 - Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE

4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

5

I – INTRODUÇÃO 6

1 – CARACETRÍSTICAS DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL SEGUNDO CONDIÇÃO DE

RAÇA/COR - BRASIL E GRANDES E REGIÕES

8

2 – CARACETRÍSTICAS DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL DE OSASCO SEGUNDO

CONDIÇÃO DE RAÇA/COR POR ATRIBUTOS PESSOAIS

10

3 – ESTRUTURA DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL SEGUNDO CONDIÇÃO DE

RAÇA/COR - OSASCO

13

4 - ANEXOS 20

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5

APRESENTAÇÃO

A presente pesquisa realiza uma análise da participação dos trabalhadores no mercado de

trabalho formal do município de Osasco segundo sua condição de raça ou cor, sendo divididos em

duas categorias Negros e Não Negros1.

Para o estudo foi utilizada a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), registro

administrativo disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE2. A análise está

apresentada em três partes. Na primeira elabora-se um diagnóstico da inserção desses trabalhadores

no Brasil e grandes regiões. Na segunda, é feita análise semelhante para Osasco em comparação

com o Estado de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo e com Região Metropolitana

Oeste3.

Por fim, na terceira parte busca-se diagnosticar as condições de participação no mercado de

trabalho formal de Osasco levando em conta a variável raça ou cor em correspondência com os

demais atributos pessoais desses trabalhadores (escolaridade, sexo e faixa etária), além de

remuneração média percebida, tempo de permanência no emprego, entre outros.

1 O trabalho adotou o critério já utilizado pela Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pelo DIEESE, em parceria com a fundação SEADE, em seu estudo de raça/cor, em que a população negra corresponde a pessoas classificadas em negras e pardas, sendo não negros os trabalhadores classificados em índios, brancos e amarelos. 2 No estudo foram utilizadas as informações apenas dos trabalhadores celetistas, tendo em vista que o MTE recomenda a não utilização das informações dos estatutários por problemas que ainda persistem na declaração da variável raça/cor entre esses trabalhadores. 3 Região que agrupa os municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba.

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6

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INTRODUÇÃO

As diferenças de oportunidades entre Negros e Não Negros no Brasil continuam sendo uma

das marcas das desigualdades sociais do país. A evolução das fontes de informação sobre a questão

racial vem se disseminando e evidenciando que a discriminação da população negra na sociedade

brasileira ainda persiste.

A análise do mercado de trabalho formal no Brasil e em Osasco, segundo a inserção dos

trabalhadores por raça ou cor, mostra que nesse espaço essas desigualdades se reproduzem de

maneira muito forte, principalmente em relação à baixa participação de pessoas Negras nos postos

de emprego, que entre 2006 e 2009, no país, ficou praticamente estável, passando de 31,3% para

33,3%. No sul do país, essa taxa de participação foi ainda menor. Em 2009 ela era de 8,4%, para

uma população Negra que correspondia a 1/5 do total.

É importante notar, entretanto, que no espaço de quatro anos o estoque de empregados

Negros cresceu relativamente acima do estoque de Não Negros. No Centro-Oeste, em 2009, ela foi

de 34,4%, entre os Negros, contra 13,6% entre os Não Negros.

Em Osasco, a participação dos trabalhadores Negros no estoque total de empregos, em 2009,

foi de 26,1%, contra 24,0% do estoque em 2006. Esse crescimento foi resultado da variação

positiva de 33,8% no número de ocupações formais de celetistas Negros, chegando a 2009 somando

um total de 35.569 vínculos.

Essa concentração do estoque de empregos se distribui do mesmo modo quando se analisa a

participação de trabalhadores Negros e Não Negros nas atividades econômicas de maior peso no

total de vínculos formais no município. Somente entre as atividades de Comércio varejista de

mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – hipermercados e

supermercados se verifica uma participação no total de empregos menos desigual entre os dois

grupos, com os trabalhadores Negros ocupando, em 2009, 47,9% dos postos. Também não ocorrem

alterações significativas na ocupação dos postos com maior presença de trabalhadores Não Negros

quando se observa essa participação tomando as famílias ocupacionais com maior destaque na

formação do estoque de empregos celetistas no município.

A desigualdade de acesso ao emprego formal que se observa por condição de raça ou cor

também se reproduz do mesmo modo quando verificado por sexo, sendo a diferença ainda maior

entre os trabalhadores Negros, categoria na qual as mulheres representavam apenas 34,9% do total

de vínculos em 2009, 1,8% acima de 2006. Nesse mesmo período, os trabalhadores Não Negros do

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8

sexo feminino aumentaram sua participação no total de vínculos nesse grupo, passando de 37,3%

para 39,5%.

Quanto à escolaridade, observa-se que prevalece em ambos os grupos a ocupação de postos

por trabalhadores com ensino médio completo, com maior participação de trabalhadores Negros

nessa faixa. Entretanto, entre os trabalhadores Não Negros é elevada a participação na faixa de

ensino superior completo, alcançando 17,5%. A estrutura etária em ambos os grupos são similares,

com participação relevante nas faixas entre 18 a 49 anos.

Em todos os casos prevalecem as admissões por reemprego, enquanto os desligamentos

ocorrem predominantemente sem justa causa, por iniciativa do empregador e por término de

contrato de trabalho. Observa-se também, no período em análise, que entre os desligamentos de

Negros e Não Negros há presença significativa de demissões de trabalhadores com menos de um

ano no último emprego. Para os trabalhadores Negros, a instabilidade no emprego cresceu no

decorrer dos quatro anos em análise. Em 2006, 34,9% dos trabalhadores eram desligados antes de

concluir um ano no posto. Em 2009 esse volume cresceu para 39,6%. Entre os trabalhadores Não

Negros, a taxa de participação nessas faixas de tempo ficou estável.

A remuneração média real dos trabalhadores Negros cresceu acima da verificada entre os

Não Negros entre 2006 e 2009, apresentando uma variação relativa de 7,4%. Para os Não Negros

esse crescimento foi de 3,7%. Contudo, ainda que com um aumento maior em sua remuneração

média real, não foi significativa a diminuição entre a desigualdade entre as remunerações médias

entre Negros e Não Negros, que era de 38,0%, em 2006, encerrando 2009 em 36,0%.

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1 – CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL SEGUNDO

CONDIÇÃO DE RAÇA/COR - BRASIL E GRANDES E REGIÕES

O estoque de empregos celetistas verificado para o Brasil, em 2006, somou o total de

27.704.644 vínculos. O número de trabalhadores Negros nesse ano era de 8.664.896,

correspondendo a 31,3% do total. Em 2009, essa participação cresceu moderadamente, passando a

33,3% ou a 10.958.786 postos celetistas de um total de 32.899.568 empregados.

As informações por regiões mostram que para o Sudeste e para o Sul esse quadro de

distribuição do estoque de emprego segue a tendência do país, com concentração dos postos de

trabalho entre os trabalhadores Não Negros, embora com leve queda dessa proporção entre os anos

de 2006 e 2009. Vale ressaltar que ambas as regiões, em 2009, determinavam dois terços dos

empregos celetistas brasileiros.

Nas regiões Norte e Nordeste, essa participação no total de empregos se inverte,

favoravelmente aos trabalhadores Negros. No Norte, a proporção de trabalhadores negro no total

passou de 66,2% para 68,1% e no Nordeste ficou estável, com leve variação de 62,3% para 62,8%.

O Centro-Oeste é a região onde as diferenças na participação no emprego formal são menores entre

trabalhadores Negros e Não Negros. Em 2009, os trabalhadores Não Negros ocupavam 51,1% do

estoque de trabalhadores, taxa inferior àquela verificada em 2006, de 55,7% (Tabela 1).

TABELA 1

Estoque e distribuição percentual do estoque de empregos formais por raça/cor Brasil e Grandes Regiões, 2006 e 2009

2006 2.009 2006 2.009 2006 2.009 2006 2.009

Brasil 8.664.896 10.958.786 18.147.943 20.412.378 891.805 1.528.404 27.704.644 32.899.568

Participação % 31,3 33,3 65,5 62,0 3,2 4,6 100,0 100,0

Norte 730.732 936.350 326.505 366.342 46.101 72.754 1.103.338 1.375.446

Participação % 66,2 68,1 29,6 26,6 4,2 5,3 100,0 100,0

Nordeste 2.611.837 3.229.658 1.385.138 1.605.558 196.877 307.679 4.193.852 5.142.895

Participação % 62,3 62,8 33,0 31,2 4,7 6,0 100,0 100,0

Sudeste 4.141.000 5.233.481 10.754.437 12.059.200 398.480 638.214 15.293.917 17.930.895

Participação % 27,1 29,2 70,3 67,3 2,6 3,6 100,0 100,0

Sul 399.188 507.751 4.592.671 5.143.917 167.295 376.162 5.159.154 6.027.830

Participação % 7,7 8,4 89,0 85,3 3,2 6,2 100,0 100,0

Centro-Oeste 782.139 1.051.546 1.089.192 1.237.361 83.052 133.595 1.954.383 2.422.502

Participação % 40,0 43,4 55,7 51,1 4,2 5,5 100,0 100,0

TotalLocalidade

Negros Não-Negros Não Identificados

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE

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Esses resultados na taxa de participação de trabalhadores Negros e Não Negros no estoque

total de empregos celetistas refletem, até certo ponto, a PIA ou a oferta de trabalho de cada uma

dessas regiões. De acordo com o Anuário do Sistema Público de Emprego Trabalho e Renda4, nas

regiões Norte e Nordeste, dois terços da População em Idade Ativa (PIA)5 se declararam Negros6,

enquanto na regiões Sul e Sudeste essa proporção se inverte, com dois terços da PIA no Sul e quase

60,0% no Sudeste se declarando Branca. Todavia, embora na região Sul a população Negra em

Idade Ativa fosse, em 2009, de um quinto do total, nesse período apenas 8,4% do estoque era de

pessoas dessa raça ou cor. Tal aproximação entre a participação dos negros na PIA e a participação

dos negros celetistas no mercado de trabalho não é a única relação para aferir o acesso ao emprego.

Para essa investigação outros elementos, que não são tema deste trabalho, precisam ser

investigados.

O crescimento relativo do estoque de empregos nos quatro anos, de 2006 a 2009, foi maior

entre os trabalhadores Negros, em todas as regiões analisadas. A região Centro-Oeste apresentou a

maior variação percentual do estoque, de 34,4%, saindo de 782.139 trabalhadores Negros para

1.051.546. Ainda segundo grandes regiões, somente no Nordeste se observou um crescimento do

estoque de trabalhadores Negros (23,7%) abaixo do verificado na média nacional, de 26,5%. No

Sudeste a taxa foi, na prática, equivalente (26,4%) (Tabela 2).

TABELA 2

Estoque e variação do estoque de empregos formais por raça/cor Brasil e Grandes Regiões, 2006 e 2009

2006 2.009 2006 2.009

Brasil 8.664.896 10.958.786 26,5 18.147.943 20.412.378 12,5

Norte 730.732 936.350 28,1 326.505 366.342 12,2

Nordeste 2.611.837 3.229.658 23,7 1.385.138 1.605.558 15,9

Sudeste 4.141.000 5.233.481 26,4 10.754.437 12.059.200 12,1

Sul 399.188 507.751 27,2 4.592.671 5.143.917 12,0

Centro-Oeste 782.139 1.051.546 34,4 1.089.192 1.237.361 13,6

variação

%Localidade

Negros Não-Negrosvariação

%

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE

4 Publicação do DIEESE por meio de convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego. Anuário do sistema público de emprego, trabalho e renda: mercado de trabalho. / DIEESE – São Paulo: DIEESE, 2009. 5 População de dez anos ou mais. 6 Pardos e Pretos.

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2 – CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL DE OSASCO

SEGUNDO CONDIÇÃO DE RAÇA/COR POR ATRIBUTOS PESSOAIS

2.1 - Sexo

A distribuição dos empregados celetistas Negros e Não Negros por condição de sexo

mostrou que houve pouca alteração na participação do estoque entre homens e mulheres.

Entre os trabalhadores Negros, em 2006, 66,9% das ocupações era preenchida por homens.

Em 2009, esse resultado registrou leve declínio, chegando a 65,1%. No último ano da análise a

concentração de postos de empregos entre trabalhadores Negros do sexo masculino (65,1%) foi

superior a dos trabalhadores desse sexo Não Negros (60,5%) mostrando a dificuldade maior das

mulheres Negras de se inserirem no mercado de trabalho formal (Tabela 3).

TABELA 3

Distribuição percentual do estoque de empregos formais por sexo, segundo raça/cor Osasco, 2006 e 2009

2006 2009 2006 2009 2006 2009

Masculino 66,9 65,1 62,7 60,5 62,6 60,6

Feminino 33,1 34,9 37,3 39,5 37,4 39,4

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

SexoNegros Não Negros Total

(1)

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. (1) Incluindo o número de não identificados.

2.2 - Escolaridade

Quando se observa a distribuição do estoque de trabalhadores por escolaridade verifica-se

que, entre 2006 e 2009, caiu a participação dos trabalhadores com menor escolaridade, até o ensino

médio incompleto, tanto entre Negros, quanto Não Negros. Em 2006, essas faixas de escolaridade

respondiam por mais da metade do estoque de empregos entre os Negros (51,6%), diminuindo para

42,8%, em 2009. Entre os Não Negros essa taxa se retraiu de 41,0% para 33,6%.

O maior crescimento no estoque de celetista foi observado entre os trabalhadores com

ensino médio completo para ambos os grupos de trabalhadores investigados. Sendo maior entre os

Negros, que passaram a responder, em 2009, por 46,4% do volume de empregos, contra 42,5% dos

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trabalhadores Não Negros. Todavia, deve-se destacar a maior proporção de trabalhadores Não

Negros no ensino superior completo, que em 2009 representava 17,5% do total desses

trabalhadores, enquanto, para os trabalhadores Negros, em igual período, essa participação chegou a

6,8% (Tabela 4).

TABELA 4

Distribuição percentual do estoque de empregos formais por escolaridade, segundo raça/cor Osasco, 2006 e 2009

2006 2009 2006 2009

Analfabeto 0,5 0,4 0,2 0,2

Até 5º Ano Incompleto 4,0 3,0 1,9 1,5

5º Ano Completo do Fundamental 6,1 4,4 4,2 3,0

6º a 9º Fundamental 11,8 10,5 8,6 6,3

Fundamental Completo 18,2 14,9 16,1 13,9

Médio Incompleto 11,0 9,7 9,9 8,8

Médio Completo 38,6 46,4 36,2 42,5

Superior Incompleto 4,3 3,9 6,9 6,4

Superior Completo(1)

5,5 6,8 16,0 17,5

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Não NegrosFx. de Escolaridade

Negros

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. (1) Inclui mestrado e doutorado.

2.3 – Faixa Etária

Os empregos celetistas, em Osasco, se concentram entre trabalhadores com idade entre 18 a

49 anos e notadamente entre 30 a 39 anos. Nessa faixa, tanto trabalhadores Negros, quanto Não

Negros apresentaram taxas de participação no estoque de empregos bastante parecidas, em ambos

os anos analisados. Em 2009, esses dois grupos de trabalhadores, nessa faixa etária, registraram a

mesma proporção no estoque, de 29,3%.

Vale ressaltar que ficou estável a participação de trabalhadores com idade entre 18 a 24 anos

na participação no estoque de celetistas, que ainda é alta, em torno de 1/5 da força de trabalho

formalmente ocupada, mostrando que, ao longo dos quatro anos, não se alterou a tendência de

ingresso de trabalhadores jovens no mercado de trabalho (Tabela 9).

TABELA 5

Distribuição percentual do estoque de empregos formais por faixa etária, segundo raça/cor

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Osasco, 2006 e 2009

2006 2009 2006 2009

10 A 14 0,0 0,0 0,0 0,0

15 A 17 1,4 1,6 1,2 1,3

18 A 24 22,7 23,0 20,7 19,8

25 A 29 20,0 19,6 18,8 18,4

30 A 39 30,8 29,3 29,6 29,3

40 A 49 18,0 18,5 20,3 20,5

50 A 64 6,9 7,8 8,9 10,3

65 ou mais 0,2 0,2 0,5 0,5

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Negros Não NegrosFx. Etária

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

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3 – ESTRUTURA DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL SEGUNDO CONDIÇÃO DE

RAÇA/COR - OSASCO

3.1 – Distribuição do Estoque

A participação dos trabalhadores Negros no estoque de empregos celetistas em Osasco é

baixa, assim como verificado para o Brasil e para a região Sudeste. No município essa proporção foi

de 24,0%, em 2006, encerrando 2009 ocupando 26,1% dos vínculos celetistas. O crescimento da

taxa de participação de trabalhadores Negros no estoque foi resultado do crescimento de 33,8%

verificado entre 2006 e 2009 em Osasco (Tabelas 6 e 7 ).

Tabela 6

Estoque e distribuição percentual do estoque de empregos formais por raça/cor Brasil, Sudeste, São Paulo, RM de São Paulo, RM Oeste e Osasco, 2006 e 2009

2006 2.009 2006 2.009 2006 2.009 2006 2.009

Brasil 8.664.896 10.958.786 18.147.943 20.412.378 891.805 1.528.404 27.704.644 32.899.568

Participação % 31,3 33,3 65,5 62,0 3,2 4,6 100,0 100,0

Sudeste 4.141.000 5.233.481 10.754.437 12.059.200 398.480 638.214 15.293.917 17.930.895

Participação % 27,1 29,2 70,3 67,3 2,6 3,6 100,0 100,0

São Paulo 1.784.994 2.376.213 7.014.064 7.929.384 238.880 383.953 9.037.938 10.689.550

Participação % 19,8 22,2 77,6 74,2 2,6 3,6 100,0 100,0

RMSP 1.120.514 1.511.872 3.500.657 3.957.002 166.546 257.157 4.787.717 5.726.031

Participação % 23,4 26,4 73,1 69,1 3,5 4,5 100,0 100,0

RM Oeste 109.132 149.088 322.798 351.458 18.062 27.909 449.992 528.455

Participação % 24,3 28,2 71,7 66,5 4,0 5,3 100,0 100,0

Osasco 26.589 35.569 77.286 90.053 6.895 10.676 110.770 136.298

Participação % 24,0 26,1 69,8 66,1 6,2 7,8 100,0 100,0

Negros Não-Negros Não Identificados TotalLocalidade

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE

Embora a participação dos trabalhadores Negros no estoque de empregos tenha crescido de

forma moderada nos quatro anos considerados, a taxa de crescimento relativo dos estoques, em

todas as áreas analisadas, foram expressivas e superior ao acréscimo de trabalhadores Não Negros

no total de vínculos gerados. Em Osasco, o incremento de trabalhadores Negros no estoque foi de

33,8% entre 2006 e 2009, o dobro do verificado entre os trabalhadores Não Negros (16,5%). Vale

destacar, todavia, que embora com taxas superiores de crescimento, o número de trabalhadorees

Negros, em Osasco, ainda corresponde à metade dos Não Negros (Tabela 7).

Contrato Nº 068/2009 - Prefeitura do Município de Osasco e DIEESE

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Tabela 7

Estoque e variação do estoque de empregos formais por raça/cor Brasil e Grandes Regiões, 2006 a 2009

2006 2.009 2006 2.009

Brasil 8.664.896 10.958.786 26,5 18.147.943 20.412.378 12,5

Sudeste 4.141.000 5.233.481 26,4 10.754.437 12.059.200 12,1

São Paulo 1.784.994 2.376.213 33,1 7.014.064 7.929.384 13,0

RMSP 1.120.514 1.511.872 34,9 3.500.657 3.957.002 13,0

RMOeste 109.132 149.088 36,6 322.798 351.458 8,9

Osasco 26.589 35.569 33,8 77.286 90.053 16,5

LocalidadeNegros

variação %Não-Negros

variação %

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE

3.2 – Distribuição do Estoque por Classe de Atividade Econômica

As atividades econômicas em Osasco mostram que dez classes de atividade responderam

tanto em 2006, quanto em 2009, por 1/3 do estoque de emprego celetistas no município (anexo 1).

Essas classes se dividiram em Atividades de serviços financeiros; Alimentação; Administração

pública, defesa e seguridade social; Transporte terrestre e Comércio varejista e atacadista (Tabela

8).

A maior participação de trabalhadores Negros no estoque de empregos, segundo as classes

de atividade econômica que se destacaram, em 2009, ocorreu no Comércio varejista de mercadorias

em geral, quando representou 47,9% do estoque dessa atividade, crescendo 8,9 pontos percentuais

sobre a participação em 2006, de 39,0%. Nessa atividade, no decorrer de quatro anos, a participação

de trabalhadores Negros e Não Negros no estoque de empregos passou de uma situação de forte

desigualdade para uma de relativo equilíbrio na ocupação dos postos formais. Em 2006, os

trabalhadores Não Negros respondiam por 57,2% do estoque, quatro anos depois declinou a 49,6%.

Destaque-se, do mesmo modo, o comportamento do emprego no Comércio atacadista de

produtos alimentícios em geral, única atividade que, no período, registrou retração da participação

dos trabalhadores Negros no estoque, passando de 50,9% para 39,4%, queda de -11,5%. Nessa

atividade, além do aumento da participação dos trabalhadores Não Negros no estoque de empregos

celetistas, também avançou o registro de vínculos sem identificação por raça/cor, saindo de 0,0%,

em 2006, para 6,0%, em 2009. Nas demais atividades, se verifica a forte concentração dos

empregos formais entre os trabalhadores Não Negros.

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TABELA 8

Participação dos trabalhadores nas classes de atividade econômica por raça/cor Osasco, 2006 a 2009

Divisões e Cl ass es de Ati vidade Econômica 2006 2009 2006 2009 2006 2009 2006 2009

Atividades de serviços financeiros

Bancos múl tiplos , com cartei ra comerci a l 14,5 17,2 74,8 77,5 10,7 5,3 100,0 100,0

Alimentação

Serviços de catering, bufê e outros s erviços de comi da preparada 33,5 39,2 66,3 58,9 0,2 1,9 100,0 100,0

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de

al imentação e bebidas 32,4 33,2 66,3 64,8 1,3 2,0 100,0 100,0

Administração pública, defesa e seguridade social

Administração públ ica em gera l (1)

0,1 0,2 0,8 0,7 99,0 99,1 100,0 100,0

Transporte terrestre

Transporte rodoviário de carga 26,1 28,3 72,5 68,2 1,4 3,5 100,0 100,0

Transporte rodoviário coletivo de pass ageiros , com itinerário fi xo,

munici pa l e em região metropol i tana 19,2 25,3 74,7 74,7 6,2 2,4 100,0 102,4

Comércio varejista

Comércio varejis ta de mercadorias em geral , com predominânci a

de produtos a l imentícios - hi permercados e supermercados39,0 47,9 57,2 49,6 3,8 2,4 100,0 100,0

Comércio varejis ta de artigos do ves tuário e aces sórios 28,4 29,1 68,8 68,4 2,8 2,5 100,0 100,0

Comércio atacadista

Comércio atacadista de cosméticos , produtos de perfumaria e de

hi giene pes soal11,4 23,2 65,9 74,5 22,7 2,2 100,0 100,0

Comércio atacadista de produtos a l i mentíci os em geral 50,9 39,4 49,1 54,4 0,0 6,2 100,0 100,0

Dez classes 23,8 26,0 64,1 59,5 12,1 14,4 100,0 100,0

Não IdentificadosNegros Não Negros Total

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

(1) Um dos problemas enfrentados pela variável raça/cor em relação à administração pública é a precariedade da informação dos estatutários. Problema que pode ser observado também em relação aos celetistas.

3.3 – Distribuição do Estoque por Família Ocupacional

Por família ocupacional, observa-se que dez responderam por 37,5% do total do estoque de

celetistas, em 2009. Em 2006 essa proporção era de 35,0% (anexo II). Também com respeito às

famílias ocupacionais, o que se observa é a forte concentração de empregos entre trabalhadores Não

Negros. No caso dos Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações, chama a atenção o

registro elevado de empregos cuja raça/cor do trabalhador não foi identificada (33,3%) (Tabela 9)

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TABELA 9

Participação dos trabalhadores nas famílias ocupacionais por raça/cor Osasco, 2006 a 2009

2006 2009 2006 2009 2006 2009 2006 2009

Agentes, assistentes e auxil iares administrativos 20,7 21,8 74,0 69,5 5,3 8,7 100,0 100,0

Operadores do comércio em lojas e mercados 25,4 28,2 72,9 69,2 1,7 2,6 100,0 100,0

Cozinheiros 35,5 36,3 64,0 52,1 0,5 11,6 100,0 100,0

Alimentadores de l inhas de produção 35,3 32,3 63,2 65,2 1,5 2,5 100,0 100,0

Trab. nos serviços de manutenção de edificações - 25,5 - 41,2 - 33,3 - 100,0

Motoristas de veículos de cargas em geral 24,4 28,4 74,3 69,4 1,3 2,2 100,0 100,0

Almoxarifes e armazenistas 32,5 35,4 66,7 60,6 0,8 3,9 100,0 100,0

Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 30,9 36,3 67,2 61,4 1,9 2,3 100,0 100,0

Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 30,4 37,1 64,1 57,1 5,5 5,8 100,0 100,0

Escriturários de serviços bancários 15,4 19,1 74,5 72,1 10,2 8,9 100,0 100,0

Dez famílias 24,0 26,1 69,8 66,1 6,2 7,8 100,0 100,0

NegrosFímilia ocupacional

Não NegrosNão

IdentificadosTotal

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

3. 4 - Tipo de Admissão

O período de 2006 a 2009 mostrou que não ocorreram alterações na estrutura do mercado de

trabalho formal quanto à forma de admissão dos trabalhadores. Entre Negros e Não Negros

predominam as admissões por reemprego. Para os trabalhadores Negros, essa participação ficou

estável entre os anos analisado, enquanto para os Não Negros foi de 73,1% para 76,9%, em igual

período (Tabela 10).

TABELA 10

Distribuição percentual do estoque de empregos formais por tipo de admissão, segundo raça/cor Osasco, 2006 a 2009

2006 2009 2006 2009

Primeiro emprego 18,7 16,2 17,6 14,0

Reemprego 75,8 75,4 73,1 76,9

Reintegração 0,1 0,1 0,1 0,1

Transferência com ônus 0,6 0,7 1,1 1,2

Transferência sem ônus 4,8 7,6 8,1 7,9

Recondução 0,0 0,0 0,0 0,0

Reversão 0,0 0,0 0,0 0,0

TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipo de admissãoNegros Não Negros

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

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3.5 - Tipo de Desligamento

Quanto ao tipo de desligamento, verificou-se que permanece o predomínio de desligamentos

por rescisão sem justa causa. Entre os trabalhadores Negros não houve mudança significativa nessa

distribuição, encerrando 2009 em 54,9%, apenas 0,9 acima de 2006. Para os trabalhadores Não

Negros, a participação das rescisões sem justa causa no total de desligamento cresceu de 2,7 pontos

percentuais, saindo de 51,8% para 54,5% entre 2006 e 2009.

Vale destacar o comportamento das rescisões sem justa causa por iniciativa do empregado,

que entre os trabalhadores Negros passou de 14,4% para 19,3%, entre 2006 e 2009. Os

trabalhadores Não Negros observaram um crescimento dessa proporção de 15,4% para 18,0%

(Tabela 11).

TABELA 11

Distribuição percentual do estoque de empregos formais por tipo de desligamento, segundo raça/cor Osasco, 2006 a 2009

2006 2009 2006 2009

Rescisão com justa causa por iniciativa do empregador ou servidor demitido 1,5 1,9 1,4 1,6

Rescisão sem justa causa por iniciativa do empregador. 54,0 54,9 51,8 54,5

Término do contrato de trabalho. 21,6 13,7 20,0 15,5

Rescisão com justa causa por iniciativa do empregado (rescisão indireta). 0,1 0,1 0,1 0,2

Rescisão sem justa causa por iniciativa do empregado ou exoneração a pedido 14,4 19,3 15,4 18,0

Posse em outro cargo inacumulável (específico para servidor público) 0,0 0,0 0,0 0,0

Transferência com ônus 1,5 0,4 0,9 0,9

Transferência sem ônus 6,4 8,8 9,6 8,3

Outros 0,5 0,7 0,8 0,9

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Tipo de desligamentoNegros Não Negros

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

3.6 - Tempo de Permanência no Emprego

Em relação ao tempo de permanência no emprego, verificou-se que do total de empregados

celetistas Negros, em 2009, 39,6% não chegou a concluir um ano no emprego, resultado superior

aos 34,9% registrado em 2006. Entre os trabalhadores Não Negros em 2009, a número de

desligamentos com menos de um ano correspondia a 32,7%, não havendo alteração importante em

relação a 2006 (32,3%).

O volume de trabalhadores com mais de 3 anos no total de empregados celetistas Negros

diminuiu em 2009, comparado a 2006, indo de 35,0% para 29,3%. Em igual período, essa

proporção caiu menos entre os trabalhadores Não Negros, de 40,7% para 38,5% (Tabela 11).

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TABELA 12

Distribuição percentual do estoque de empregos formais por tempo de permanência, segundo raça/cor Osasco, 2006 a 2009

2006 2009 2006 2009

Até 2,9 11,7 13,5 10,7 10,9

3,0 a 5,9 8,4 11,4 8,0 8,6

6,0 a 11,9 14,8 14,7 13,5 13,1

12,0 a 23,9 17,8 20,4 16,2 18,1

24,0 a 35,9 12,2 10,7 10,8 10,6

36,0 a 59,9 12,0 9,9 12,7 12,0

60,0 a 119,9 13,8 10,8 14,8 13,6

120 ou mais 9,1 8,5 13,2 12,9

Ignorado 0,1 0,0 0,0 0,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Tempo de permanênciaNegros Não Negros

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

3.7 – Remuneração média

Entre 2006 e 2009, a remuneração média real do empregado celetista Negro cresceu acima

da observada entre os trabalhadores Não Negros, 7,4% contra 3,7%. Entre os empregados formais

Negros a remuneração média aumentou de R$ 1.366 para R$ 1.467. Para o grupo de trabalhadores

Não Negros, a variação positiva da remuneração média significou uma elevação de R$ 2.212 para

R$ 2.294 (Gráfico 1).

Gráfico 1

Evolução da remuneração média real(1)

dos trabalhadores formais por raça/cor Osasco, 2006 a 2009

0,0

500,0

1.000,0

1.500,0

2.000,0

2.500,0

2006 2009 2006 2009

Negros Não Negros

7,4%

3,7%

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE. (1) Em R$ de dezembro de 2010.

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O crescimento relativo maior da remuneração média dos trabalhadores celetistas Negros não

significou, entretanto, diminuição importante na diferença salarial entre esse grupo e os

trabalhadores Não Negros. Em 2006, os trabalhadores Negros percebiam uma remuneração média

38,0% inferior ao dos Não Negros. Quatro anos depois, essa diferença caiu pouco, diminuindo para

36,0% (Gráfico 2).

Gráfico 2

Evolução da relação entre remuneração média dos trabalhadores Negros em relação aos Não Negros Osasco, 2006 a 2009

0,620,64

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

2006 2009

Relação RM Negros/Não Negros

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

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ANEXOS

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Anexo 1

Distribuição do estoque de empregos formais por classe de atividade econômica Osasco, 2006 a 2009

2006 2009

Bancos múltiplos, com carteira comercial 9,8 8,2

Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada 5,3 4,2

Administração pública em geral 2,4 4,2

Transporte rodoviário de carga 3,6 3,5

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos al imentícios - hipermercados e supermercados 3,1 3,2

Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana 3,7 3,0

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de al imentação e bebidas 2,2 2,6

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 2,2 2,4

Comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 1,4 2,2

Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 1,7 2,2

Total 35,5 35,5

Participação (%)CNAE 2.0

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.

Anexo 2

Distribuição do estoque de empregos formais por família ocupacional Osasco, 2006 a 2009

2006 2009

Agentes, assistentes e auxil iares administrativos 8,5 9,1

Operadores do comércio em lojas e mercados 7,9 8,1

Cozinheiros 4,6 4,2

Alimentadores de l inhas de produção 3,1 2,5

Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 0,0 2,5

Motoristas de veículos de cargas em geral 2,4 2,5

Almoxarifes e armazenistas 1,7 2,3

Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 2,0 2,3

Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 2,1 2,2

Escriturários de serviços bancários 2,6 2,0

Total 35,0 37,5

Participação %Família Ocupacional

Fonte: RAIS/MTE. Elaboração: DIEESE.