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CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA A PRÁTICA EDUCATIVA Maria Alice Guedes Porto 1 Rogério de Almeida Neves 2 Regina Alonso Gonzalez Pimenta 3 RESUMO O objetivo deste trabalho é analisar a contribuição da Psicologia para a prática educativa, à luz das teorias desenvolvidas por Vygotsky e Piaget. O estudo aborda as convergências e as divergências entre a teoria sócio-interacionista de Vygotsky, fortemente influenciada pelo materialismo histórico-dialético de Marx e Engels, e a teoria construtivista de Piaget, influenciada por sua formação como biólogo, bem como pela filosofia, que associa sujeito e conhecimento. A presente pesquisa demonstra, através do referencial teórico, a importância da Psicologia para a compreensão da ciência social, de modo a permitir uma análise crítica por parte do leitor, acerca da prática educativa na atualidade, favorecendo a interação entre educador e educando, na relação ensino-aprendizagem. A opção metodológica foi a pesquisa bibliográfica, de natureza exploratória em que se buscou evidenciar conceitos e idéias, por meio das diversas publicações científicas: livros, periódicos, artigos científicos, e outros. Constata-se que, embora as teorias de Vygotsky e Piaget tivessem sido elaboradas em determinada época e contexto histórico, estão relacionadas entre si, e são consideradas atuais, por 1 Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social (Fundação Visconde de Cairu - FVC/CEPPEV); Especialista em Docência do Ensino Superior (Associação Baiana de Cursos – ABEC); Especialista em Contabilidade (Universidade Federal da Bahia - UFBA); Bacharel em Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (UFBA); Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis e Docente da Faculdade São Tomaz de Aquino; Docente da FTCEAD; Docente da Unime. 2 Especialista em Docência do Ensino Superior (Associação Baiana de Cursos – ABEC); Especialista em Direito Constitucional (JusPODIVM); Especialista em Direito Administrativo (JusPODIVM; Bacharel em Direito (Universidade Federal da Bahia - UFBA; Servidor da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Agente de Tributos Estaduais) - Corregedoria. 3 Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu (FVC) – 2005. Especialista em Administração de Recursos Humanos – FVC/CEPPEV; Especialista em Gestão da Qualidade – UFBA/CETEAD; Graduada em Psicologia – UFBA; Profa. da Faculdade Metropolitana de Camaçari (FAMEC) e da Associação Baiana de Educação e Cultura (ABEC). Possui larga experiência em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano, Psicologia Organizacional e Relações Interpessoais.

Contribuição da Psicologia para a Prática Educativa

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CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA A PRÁTICA EDUCATIVA

Maria Alice Guedes Porto1

Rogério de Almeida Neves2

Regina Alonso Gonzalez Pimenta3

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar a contribuição da Psicologia para a prática educativa, à luz das teorias desenvolvidas por Vygotsky e Piaget. O estudo aborda as convergências e as divergências entre a teoria sócio-interacionista de Vygotsky, fortemente influenciada pelo materialismo histórico-dialético de Marx e Engels, e a teoria construtivista de Piaget, influenciada por sua formação como biólogo, bem como pela filosofia, que associa sujeito e conhecimento. A presente pesquisa demonstra, através do referencial teórico, a importância da Psicologia para a compreensão da ciência social, de modo a permitir uma análise crítica por parte do leitor, acerca da prática educativa na atualidade, favorecendo a interação entre educador e educando, na relação ensino-aprendizagem. A opção metodológica foi a pesquisa bibliográfica, de natureza exploratória em que se buscou evidenciar conceitos e idéias, por meio das diversas publicações científicas: livros, periódicos, artigos científicos, e outros. Constata-se que, embora as teorias de Vygotsky e Piaget tivessem sido elaboradas em determinada época e contexto histórico, estão relacionadas entre si, e são consideradas atuais, por facilitarem o processo ensino-aprendizagem. Apesar da Psicologia não ter sido criada com o intuito de responder às questões formuladas no terreno da educação, compreende-se, que foi nesse campo que esta, mais efetivamente encontrou as bases para seu desenvolvimento e, ao mesmo tempo, que foi na Psicologia que mais o campo da Educação fundamentou suas teorias e práticas. A Psicologia, enfim, constitui-se em uma ciência que tem o poder de transformar o processo de ensino-aprendizagem.

Palavras Chave: Psicologia. Educação. Vygotsky. Piaget.

1 Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social (Fundação Visconde de Cairu - FVC/CEPPEV); Especialista em Docência do Ensino Superior (Associação Baiana de Cursos – ABEC); Especialista em Contabilidade (Universidade Federal da Bahia - UFBA); Bacharel em Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (UFBA); Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis e Docente da Faculdade São Tomaz de Aquino; Docente da FTCEAD; Docente da Unime.2 Especialista em Docência do Ensino Superior (Associação Baiana de Cursos – ABEC); Especialista em Direito Constitucional (JusPODIVM); Especialista em Direito Administrativo (JusPODIVM; Bacharel em Direito (Universidade Federal da Bahia - UFBA; Servidor da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Agente de Tributos Estaduais) - Corregedoria.3 Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social da Fundação Visconde de Cairu (FVC) – 2005. Especialista em Administração de Recursos Humanos – FVC/CEPPEV; Especialista em Gestão da Qualidade – UFBA/CETEAD; Graduada em Psicologia – UFBA; Profa. da Faculdade Metropolitana de Camaçari (FAMEC) e da Associação Baiana de Educação e Cultura (ABEC). Possui larga experiência em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano, Psicologia Organizacional e Relações Interpessoais.

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende apresentar uma análise da contribuição da

Psicologia para a prática educativa à luz das teorias desenvolvidas por Vygotsky e

Piaget enfocando as suas concepções de educação a partir dos seus pressupostos,

de modo a associar a prática educacional no contexto da contemporaneidade.

Outrossim, o trabalho aborda as convergências e as divergências entre a teoria

sócio-interacionista de Vygotsky fortemente influenciada pelo materialismo histórico-

dialético de Marx e Engels e a teoria construtivista de Piaget, influenciada pela sua

formação como biólogo e da filosofia, em função do meio em que vivia.

Do mesmo modo, este trabalho apresenta um pequeno estudo acerca da

Psicologia e da Educação, demonstrando as suas importâncias para a compreensão

da ciência social, de modo a permitir uma análise crítica por parte do leitor acerca da

prática educativa na atualidade, favorecendo a interação entre educador e educando

na relação ensino-aprendizagem.

2 TEORIAS DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL

A seguir apresentaremos as teorias de Lev Vygotsky e Jean Piaget,

considerados expoentes da Psicologia da Educação. Vygotsky, com a sua teoria

sócio-interacionista, baseada no marxismo permeia pelo materialismo dialético e

considera que o indivíduo constrói seu conhecimento pela interação social. Piaget,

com sua teoria do construtivismo, insere o sujeito como centro relacionando a

aprendizagem diretamente à sua maturidade psicológica.

2.1 TEORIA PSICOLÓGICA DE LEV SEMEONOVICH VYGOTSKY

Lev Semeonovich Vygotsky nasceu na Bielorrússia, em 17 de novembro de

1896 e viveu na Rússia, cursando Direito, Filosofia e História em Moscou. A partir de

1924 passou a ser colaborador do Instituto de Psicologia, onde promove uma

reconstrução da psicologia, criando sua teoria histórico-cultural dos fenômenos

psicológicos, dedicando-se à educação, ensinou psicologia, prosseguindo seus

estudos de teoria literária e psicologia da arte, até morrer, prematuramente, aos 37

anos de tuberculose.

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2.1.1 Abordagem Sócio-Interacionista

Vygotsky percebeu que poderia haver uma nova maneira de compreender o

comportamento humano e desenvolvimento do cérebro humano, elaborando uma

teoria para a psicologia comportamental de modo diferenciado das demais correntes

vigentes até então, de modo a proporcionar contribuições consideráveis para a

prática educativa (REGO, 1995).

Assim surgiu a psicologia histórico-cultural, baseada nos princípios teóricos do

materialismo histórico-dialético, de Karl Marx e Friedrich Engels, conquistando

avanços na caracterização do desenvolvimento do psiquismo humano.

Considerou o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana através

de suas interações sociais, sendo que o sujeito transforma e é ao mesmo tempo

transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura.

Interessava a Vygotsky compreender a relação entre o pensamento e a

linguagem e suas implicações no processo de desenvolvimento intelectual. Para

Vygotsky, a compreensão do indivíduo dependia da internalização das formas

culturalmente dadas de funcionamento psicológico, pois acreditava na não

imutabilidade da essência humana, passando a pesquisar o desenvolvimento do

sujeito na sua interação com o mundo, sua relação com os demais indivíduos, a

origem de seu pensamento e a construção do conhecimento.

Deste modo, Vygotsky atribuiu uma grande importância ao cérebro,

considerando-o como um sistema flexível que servia a novas e diferentes funções,

sem necessidade de transformação, considerando que a sua estrutura e

funcionamento passam por mudanças ao longo do desenvolvimento do indivíduo,

devido à interação deste o meio físico e social.

Conforme Rego (1995), Vygotsky postula que é nas interações entre o ser

humano e a natureza que as funções psíquicas se desenvolvem. Assim, investiga o

surgimento de novas estruturas cognitivas a partir da demanda social, da

necessidade de novos instrumentos de trabalho e de pensamento.

Vygotsky compreendeu que a mediação ocorre quando o indivíduo enquanto

sujeito de conhecimento, não possui acesso direto aos objetos, todavia, este acesso

se dá de forma mediada por recorte do real pelo trabalho e o uso de instrumentos ao

uso de signos. Deste modo, elegeu um papel de importância à linguagem,

considerada como sistema simbólico principal de todos os grupos humanos.

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Sob a influência Marxista, os postulados de Vygotsky provocaram uma ruptura

nos padrões vigentes nas pesquisas sobre fenômenos psíquicos e da caracterização

do ser humano.

De acordo com Zacharias (2007), Vygotsky contextualiza o indivíduo histórica e

socialmente, ressaltando a linguagem e a aprendizagem no seu desenvolvimento

sócio-histórico, a partir da sua interação com o meio.

2.1.2 Contribuições de Vygotsky para a Educação

As contribuições da teoria de Vygotsky são extremamente importantes para a

educação, oferecendo reflexões acerca da formação das características psicológicas

humanas, gerando questionamentos e transformações na prática educativa,

possibilitando análise psicológica de questões referentes ao ensino, de modo a

induzir reavaliação neste campo.

A teoria Vygotskiana, todavia, não delibera soluções de ordem prática nem

metodologias para a prática educativa cotidiana. Ao desenvolver, entretanto, o

conceito de zona de desenvolvimento proximal - conhecimentos já adquiridos e

outros, que para serem adquiridos, dependem da participação de elementos mais

capazes para se efetivarem-, Vygotsky traz elementos essenciais para o

entendimento da integração entre ensino, aprendizagem e desenvolvimento (REGO,

1995).

Desta maneira, a escola desempenhará bem seu papel se partindo daquilo que

o aluno já sabe for capaz de ampliar e desafiar a construção de novos

conhecimentos, ou na teoria Vygotskiana, incidir na zona de desenvolvimento

proximal dos alunos, estimulando processos internos que se efetivarão e constituirão

a base de novas aprendizagens.

Assim, a escola ao proporcionar conteúdos e desenvolver modalidades de

pensamento próprio, possui um papel único para o desenvolvimento do ser humano,

pois detém um modo elaborado de analisar o pensamento conceitual.

Para Vygotsky, o acesso à escola não é garantia da construção do

conhecimento já este processo é dependente da qualidade do ensino oferecido.

Deste modo, Vygotsky contribuiu para fomentar uma avaliação mais criteriosa do

papel da escola. A sua teoria indica a necessidade de condições adequadas na

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escola, no sentido de que se permita aos alunos acesso às informações e

experiências que os levem à construção do conhecimento.

Vygotsky aponta para a necessidade da internalização para que haja a

construção do conhecimento. Internalização é a reconstrução interna de uma

operação externa, ou seja, a passagem do processo interpessoal (processo social)

para o intrapessoal (processo individual).

Os postulados de Vygotsky ressaltam as qualidades do indivíduo nas

transformações, de forma ativa, nos diferentes contextos culturais e históricos,

devido ao desenvolvimento das funções superiores.

Vygotsky suscita uma nova forma de valorizar as interações sociais entre o

aluno e o professor, a partir de uma nova visão da heterogeneidade, em que esta é

valorizada e não mais repudiada na sala de aula. Assim, os diversos

comportamentos, experiências, contextos familiares, valores e níveis de

conhecimentos de cada criança, bem como do professor, passam a conferir a troca

de repertórios, de visão de mundo, confrontos, ajuda mútua, de modo a ampliar as

capacidades individuais (REGO, 1995).

Neste contexto, o sujeito passa a ser sujeito ativo e também interativo quanto

ao seu processo de conhecimento. Porém, para Vygotsky, apenas a atividade

individual da criança não é o bastante para que se dê a construção dos

conhecimentos já há muito acumulados pelo homem. Assim, confere importância ao

papel do professor, que, munido de experiência e conhecimento acumulado, auxilia

no desenvolvimento individual da criança.

Conforme Fartes (2007), o papel da imitação no aprendizado possui grande

valor para a teoria de Vygotsky, pois se constitui como base para as experiências

compartilhadas, já que este não considera a forma mecânica e tradicional de

aprendizagem, em que trata as crianças como seres capaz de imitar qualquer coisa.

Desta forma, Vygotsky considera a imitação como uma maneira pela qual a

criança consolida funções que estão em processo de amadurecimento, imitando

apenas, o que está potencialmente pronto para aprender e construir, sendo

responsável pela criação da zona de desenvolvimento proximal, construindo o

desenvolvimento potencial, transformando-o em desenvolvimento real.

Assim, pela imitação, a criança internaliza regras de conduta, valores, modos de

agir e pensar de seu grupo social, que passam a orientar o seu próprio

comportamento e desenvolvimento cognitivo.

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Rego (1995) destaca em Vygotsky, a necessidade na redefinição do papel do

professor, que deverá abstrair a concepção de um mero agente exclusivo de

informação e formação dos alunos, já que as interações entre as crianças são

possuidoras de considerável papel no favorecimento aos avanços no

desenvolvimento social.

Desta maneira, como guia e mediador do processo de desenvolvimento, o

professor possui grande importância e papel ativo no processo ensino-aprendizagem

ao promover as interações entre os alunos e os objetos de conhecimento.

2.2 TEORIA DA PSICOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET

Piaget estudou epistemologia – Teoria do Conhecimento – ao mesmo tempo em

que continuava seus estudos na biologia, sendo que os progressos realizados na

epistemologia o conduziram a considerar, após um estudo sobre a epistemologia da

biologia como ciência, um trabalho sobre a teoria do conhecimento em geral, porém,

vista pelo ângulo da biologia.

Piaget estudou de que modo o desenvolvimento da inteligência do indivíduo

sofre influências da sua interação social, constituindo este estudo de grande

importância para a Educação.

Conforme Cano (2002), Piaget pretendia responder uma questão que

considerava de fundamental importância: como o Homem conhece? Fez isto

utilizando a Biologia genética, em que destaca a importância das trocas entre o

organismo e o meio ambiente, como responsáveis pelo desenvolvimento do

indivíduo.

Assim, ao tratar de como o homem conhece, Piaget evidencia a importância da

estimulação do meio, pois as trocas entre o organismo e o meio é que serão

responsáveis pelo desenvolvimento do sujeito. O conhecimento é entendido como

elemento fundamental na compreensão do ser humano, já que o conhecimento se

refere a uma estruturação do vivido por cada indivíduo.

Entretanto, para Piaget, o conhecimento é decorrente de um conhecimento

anteriormente já possuído pelo indivíduo, o que chama de estrutura. Assim, o

indivíduo ao nascer traz consigo estruturas que tendem para o desenvolvimento do

conhecimento, que ao se relacionarem com o mundo, acabam por se modificar, de

forma a intensificar as relações entre o indivíduo e o meio, cabendo ao o mundo o

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papel de um estimulador para que o processo de construção do conhecimento

ocorra, considerando o conhecimento como elemento fundamental para a

compreensão do individuo.

Conforme Zacharias (2007), Piaget considera o desenvolvimento como uma

teoria de etapas, em que pressupõe que o indivíduo passa por uma série de

mudanças ordenadas e previsíveis, constituindo-se no desenvolvimento cognitivo.

O pressuposto básico da sua teoria é o interacionismo, a idéia de construtivismo

seqüencial e os fatores que interferem no desenvolvimento. Para Piaget, a criança é

concebida como um ser dinâmico, interagindo constantemente com a realidade,

operando ativamente com objetos e pessoas, fazendo com que as estruturas

mentais passem funcionar. Assim a interação organismo-meio se dá por dois

processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio, funções

exercidas pelo organismo ao longo da vida.

Piaget entende que processo de desenvolvimento tem influência de fatores, tais

como: maturação (crescimento biológico dos órgãos), exercitação (funcionamento

dos esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos), aprendizagem social

(aquisição  de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais) e

equilibração (processo de auto regulação interna do organismo, que se constitui na

busca sucessiva de reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido).

No processo de construção do conhecimento, Piaget afirma que o ser humano

irá acrescentar algo, a partir do que já conhece, através de processos dinâmicos,

que permitem uma melhor adaptação deste ao meio. A estes processos, Piaget

chamou de assimilação e acomodação.

1.assimilação: integração de conjunto de experiências que o indivíduo possui

anteriormente, sendo determinada por este;

2.acomodação: processo de criação de novas formas do indivíduo se

relacionar, a partir do ajuste da estrutura a uma nova situação particular,

sendo determinada pelo objeto.

De acordo com Salvador, e cols. (2000 apud CORREA; LIMA; ARAÚJO, 2001),

quando o indivíduo não consegue apreender novos conhecimentos aparecem os

desequilíbrios, que são os conflitos cognitivos, fazendo-o recorrer à equilibração,

para que consiga adaptar-se ao meio. Conforme os autores, a equilibração é o

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âmago do desenvolvimento cognitivo, que, pela teoria dos estágios, o ser humano

passa na construção do conhecimento.

A equilibração entre a assimilação e a acomodação produz a adaptação e a

organização do pensamento. Assim, a ação do indivíduo está diretamente

relacionada ao estágio de desenvolvimento em que se encontra.

O início dos estágios se dá pelo processo nas ações sensório-motoras, e vai até

aproximadamente um ano e meio de idade, passando, depois, para o período

seguinte, - o pré-operatório, indo de aproximadamente dois até os sete anos de

idade; em seguida, tem-sde o período operacional concreto, aproximadamente dos

sete aos onze ou doze anos de idade; o último é a fase humana, operatório-formal,

que se forma aproximadamente a partir dos doze anos em diante. Desta maneira,

para Piaget, a aprendizagem se constitui de um processo adaptativo que se

desenvolve através do tempo, conforma as respostas do sujeito a estímulos.

O postulado de construção do conhecimento formulado por Piaget trata da

interação com o meio pelo qual o indivíduo encontra situações diversas que o

conduz à elaboração de hipóteses, pelos processos de assimilação e acomodação,

com o objetivo de explicar os fenômenos que se sucedem no seu próprio meio.

Embora Piaget trate o social como subjacente ao cognitivo, diferentemente de

Vygotsky, em que a interação social é fundamental para o desenvolvimento

cognitivo, não se pode firmar que Piaget não deu atenção ao social, pois como

biólogo, retirou seus conceitos teóricos da Biologia, transportando-os para uma

abordagem psicológica.

Desta maneira, acredita-se que no construtivismo de Piaget, o social torna-se

presente pela representação biológica, ao tratar da interação entre organismo e

meio ambiente. Assim, a teoria piagetiana contempla o desenvolvimento psíquico

como resultado do desenvolvimento das relações do indivíduo com o seu meio,

portanto, com o social, permitindo assim, a construção do processo de cognição.

Apesar de Piaget ressaltar a importância da estimulação do meio como

responsável pelo desenvolvimento do ser humano, na sua Psicologia Cognitiva o

sujeito do conhecimento, bem como da psicologia, é o sujeito epistêmico. Sujeito

este que é ao mesmo tempo ativo e interativo. Assim, para Piaget a associação

entre o sujeito e o conhecimento, passa a ser conhecida como construtivismo, sendo

o conhecimento produto da interação de uma inteligência sensório-motora com o

ambiente.

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Na sala de aula, a construção do conhecimento pelo construtivismo é realizada

pelos estímulos que o professor provoca nos alunos. Conforme as respostas aos

estímulos vai se dando a construção do conhecimento; uma relação entre sujeito

(aluno) e meio (professor). Este é o processo do interaciocismo de Piaget, que se

constitui no desenvolvimento do ser humano pela relação entre o sujeito e o objeto,

permitindo o desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório- motor

até o operatório abstrato.

2.2.1 Contribuições de Piaget para a Educação

Em Zacharias (2007), encontramos as implicações do pensamento piagetiano

para a aprendizagem:

a) os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno, partir das atividades do aluno;

b) os conteúdos não são concebidos como fins em si mesmos, mas como instrumentos que servem ao desenvolvimento evolutivo natural;

c) primazia de um método que leve ao descobrimento por parte do aluno ao invés de receber passivamente através do professor;

d) a aprendizagem é um processo construído internamente;

e) a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito;

f) a aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva;

g) os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem;

h) a interação social favorece a aprendizagem;

i) as experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca conjunta do conhecimento.

As teorias piagetianas repercutem bastante na esfera educacional,

principalmente no que se refere ao desenvolvimento humano. Assim, o interesse da

educação escolar é de natureza pedagógica, social e prática de forma a possibilitar

o desenvolvimento do sujeito para toda a vida, com a garantia da continuidade e a

valorização dos bens transmitidos, sendo o sujeito psicológico ou individual que

interessa à educação (CHAKUR, 2007).

Piaget entende o desenvolvimento do conhecimento pelas trocas entre sujeito e

objeto, sendo que a concepção educacional de desenvolvimento prevê a intervenção

planejada e sistematizada em situação de ensino.

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Deste modo, Piaget legou uma teoria sólida, permitindo compreender como o

indivíduo aprende, de acordo com as fases do desenvolvimento intelectual voltada

para o sujeito epistêmico.

2.3 CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS ENTRE VYGOTSKY E PIAGET

Acredita-se que existem vários pontos de convergência entre Vygotsky e Piaget,

expoentes da Psicologia da Educação. Muitos dos seus postulados são aplicados na

Educação tanto no Brasil quanto em várias partes do mundo devido às suas

grandiosas contribuições para a prática educativa.

Percebe-se convergências entre os dois teóricos, na abordagem interacionista,

cognitivista e construtivista, já que seus postulados possuem esta abordagem em

comum, apesar de Vygotsky evidenciar a construção do conhecimento a partir da

teoria marxista, em que o interacionismo é baseado no social e no contexto histórico

em que vivia.

Piaget, ao seu turno, como epistemologista, desenvolveu o construtivismo na

tentativa de descobrir como o Homem conhece, utilizado o conceito da biologia,

partindo do pressuposto de que o conhecimento sempre parte de uma estrutura que

o individuo já possui, sendo que a sua relação com o mundo se dá na medida em

que se expande seu conhecimento prévio.

Apesar de cada um perceber o social de modo diferente, ambos são

interacionistas e enfatizam a relação entre o sujeito e o meio na construção do

conhecimento.

Todavia, Piaget, em seu postulado construtivista, insere o indivíduo como

centro, relacionando a aprendizagem diretamente à sua maturidade psicológica, e

considerando o desenvolvimento cognitivo como um sistema dinâmico e como uma

construção sempre contínua. O conhecimento é resultado da interação entre sujeito

e objeto, em que o instrumento inicial do conhecimento seria a ação.

Vygotsky, ao contrário, em sua teoria considera o meio social essencialmente

importante para o indivíduo na construção do conhecimento, concebendo este

indivíduo como social, sendo que os processos psicológicos superiores, tais como

comunicação, linguagem, raciocínio, etc., primeiramente são alcançados

socialmente, para depois, então se internalizarem.

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Page 11: Contribuição da Psicologia para a Prática Educativa

Para Piaget, o construtivismo é fundamentado no modelo biológico da interação

entre organismo e meio ambiente.

Vygotsky atribui grande importância ao trabalho da zona de desenvolvimento

proximal, isto é, aquele que se situa no âmbito daquilo que a criança não consegue

fazer sozinha, mas o consegue aprendendo com o adulto.

2.4 CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA PARA A PRÁTICA EDUCATIVA

São várias e importantes contribuições da Psicologia para a prática educativa.

Conforme Coll; Palácios e Marchesi (1996), a Psicologia da Educação estuda os

processos educativos e tem por finalidade contribuir para:

1.elaboração de uma teoria explicativa dos processos educativos;

2.elaborar modelos e programas de intervenção destinados a atuar sobre

eles com uma finalidade determinada;

3.estudar os processos educativos em uma tríplice dimensão:

teórica ou explicativa: procura a elaboração de modelos

interpretativos dos processos de mudança estudados;

projetiva ou tecnológica: tem por objetivo contribuir no planejamento

de situações ou atividades educativas capazes de induzir ou

provocar determinados processos e tipos de mudança nas pessoas

que dessas participam;

prática ou aplicada: orientada à intervenção e à resolução de

problemas concretos, que surgem na preparação e no

desenvolvimento de atividades educativas.

Ainda conforme os autores, a Psicologia da Educação é compreendida por dois

grandes conjuntos de conteúdos:

1) relativos ao processo de mudança comportamental: fatores interpessoais

ou internos do aluno: mais importantes: maturidade física e psicomotora,

mecanismos de aprendizagem, nível de estrutura de conhecimentos prévios,

nível de desenvolvimento evolutivo, características relacionadas às aptidões,

características afetivas, etc.;

2) relativos aos fatores ou variáveis das situações educativas, direta ou

indiretamente responsáveis pelos mesmos: fatores ambientais ou próprios da

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situação ensino-aprendizagem: característica do professor (capacidade

intelectual, conhecimento da disciplina, capacidade pedagógica,

características afetivas); os fatores de grupo e sociais (relações

interpessoais); as condições materiais (recursos didáticos e meios de ensino

em geral) e as intervenções pedagógicas (métodos de ensino), etc.

A figura a seguir apresenta as subáreas da Psicologia que possuem papel de

destaque na Educação:

Figura 1 -Subáreas da Psicologia que possuem papel de destaque na Educação

Deste modo percebemos que a Psicologia da Educação, pelas suas

concepções, proporciona uma melhor compreensão dos processos educativos, com

a intenção de modificação comportamental tanto na teoria quanto prática, visando à

dissolução de problemas ligados à prática educativa.

Portanto, a Psicologia da Educação atua no processo de desenvolvimento do

indivíduo, bem como na sua socialização, tendo como base os pressupostos

psicológicos educativos, intervindo, transformando e contribuindo para a construção

do conhecimento ligado à educação.

No campo da formação de professor profissional, a Psicologia insere a questão

da pluralidade, bem como da interação entre a teoria e a prática, gerando um

pensamento reflexivo e contribuindo para uma melhor compreensão do professor em

relação ao aluno (LAROCCA, 2000).

O desenvolvimento desta visão reflexiva por parte do professor o sensibiliza

para o entendimento do comportamento do aluno, gerado a partir das suas vivências

tanto dentro, quanto fora da sala de aula. Corroborando, Ausubel alerta para a

necessidade de realização de pesquisa aplicada pela Psicologia da Educação nas

questões que permeiam os processos educativos.

PsicometriaPsicologia da Aprendizagem

Psicologia do Desenvolvimento

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Page 13: Contribuição da Psicologia para a Prática Educativa

Assim sendo, entende-se que a Psicologia da Educação leva o professor a

perceber o aluno como individuo integral e multidimensional, de modo que possa

aplicar métodos e práticas educativas que proporcionem seu desenvolvimento

global, para atuar como fomentador de desenvolvimento de perspectiva crítica da

realidade por parte do aluno, a partir da interação teoria-prática – vivência da

realidade e interação com o seu meio. Ao agir deste modo, o professor

compreenderá sua importância nas transformações sociais.

A Psicologia da Educação aborda que o professor, na sala de aula, deve ter a

sensibilidade para perceber que não existe um único método para a aprendizagem,

pois cada aluno tem sua individualidade e percepção de vida, sendo que o

conhecimento deverá ser construído pelo diálogo e interação aluno e professor,

garantindo desta forma o aprendizado do aluno, por toda a sua vida, pois o aprender

se constitui na construção intelectual, cognitiva, motora e afetiva.

Isto vem a corroborar com Pimenta (2002), quando fala da necessidade do

professor proceder à identificação dos seus alunos, procurar conhecer seus desejos,

suas dificuldades, tomando o aluno sempre como sujeito, de modo que este possa

reconhecer seu papel na construção do seu próprio conhecimento. Assim,

acreditamos que o professor, tem o papel de estimular a aprendizagem, de modo a

favorecer a construção do aprendizado para a vida, objetivando satisfazer o social.

A Psicologia da Educação tem se revelado extremamente construtiva para o

ensino, pois contribui significativamente para a aprendizagem escolar ao aplicar as

leis do psiquismo humano nos processos educacionais.

Uma das principais contribuições da Psicologia para a educação está nos

postulados de Vygotsky que, fortemente influenciado pela teoria marxista, propôs a

transposição desta teoria da esfera sociológica para a esfera psicológica, e ainda

que seus postulados apresentassem, também, o sentido social como no marxismo,

eles atribuíam importância ao sentido individual do ser humano.

Assim, esta teoria respeita a individualidade de cada um, como ser único, sendo

que a subjetividade pessoal é construída a partir das experiências vivenciadas.

Deste modo, entendemos que Vygotsky é um dos expoentes para o processo

ensino-apendizagem, que apesar de ter sido instituída em determinado contexto

histórico - revolução russa -, se faz completamente atual na contemporaneidade.

A abordagem de Vygotsky que considera o desenvolvimento do conhecimento

pela interação do individuo com o meio é pertinente para o processo educativo, pois

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Page 14: Contribuição da Psicologia para a Prática Educativa

ao promover a sua socialização com o meio, este é capaz de ser sujeito de

transformação deste meio e ao mesmo tempo ser transformado por ele (meio).

Desta maneira, entende-se a natureza aplicada da Psicologia da Educação

como promotora da aprendizagem de maneira relacional, em que a interação entre

individuo e meio é imprescindível para a construção do conhecimento.

Assim, percebe-se a natureza do indivíduo como sendo construída pelas

diversas relações sociais dialéticas instituídas ao longo de sua vida, permitindo

contradições e alterações constantes, pelo descobrimento de novos conhecimentos

de modo complexo, em que as transformações, reorganizações, interações são

necessárias à evolução natural.

Deste modo, o ser humano passa a contribuir como sujeito ativo, interativo e

histórico no processo de transformação da realidade, corroborando Vygotsky,

quando aborda que a transformação é capaz de produzir o novo pela síntese

dialética.

Conforme Bock (2002), Vygotsky destacou a internalização como um processo

que está presente no desenvolvimento das funções psicológicas complexas. Assim,

entende-se que o processo de internalização é fundamental para o desenvolvimento

psicológico do individuo. Neste processo ocorre a transposição do externo, que

modificado, passa a ser interno, de modo a transformar o interpessoal em

intrapessoal, pela interação social do indivíduo com signos e materiais culturais

(linguagem, conceitos, idéias), pertencentes ao meio.

A internalização é constituída por uma atividade mental, de construção do

conhecimento do sujeito não apenas de forma ativa, mas interativa, formado a partir

de relações intra e interpessoais, favorecendo o desenvolvimento dos processos

cognitivos superiores.

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Page 15: Contribuição da Psicologia para a Prática Educativa

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho resgatamos as teorias de Vygotsky e Piaget e as suas

contribuições para a prática educativa. Do mesmo modo, analisamos os pontos de

convergência e de divergência entre esses teóricos a partir de suas visões e

contexto histórico que cada uma dessas teorias foram elaboradas, sendo que ambas

são de fundamental importância no contexto escolar.

Pode-se afirmar que, embora cada uma delas tivesse sido elaborada em

determinada época e contexto histórico, ambas se relacionam entre si, bem como se

fazem totalmente presentes no momento atual, para a promoção da aprendizagem.

Em relação aos postulados de Vygotsky, afirmamos que a sua ênfase à

interação social é extremamente importante na construção do conhecimento, pois é

nesta interação que o sujeito é transformado pelo meio e o transforma também.

Assim, dá-se o processo de aprendizagem – uma troca constante entre indivíduo e

meio.

Transpondo para a sala de aula, esta teoria se aplica quando há a interação

entre os alunos e estes com os professores. As experiências vividas por cada um

deles, nos diversos campos, como pessoal, profissional, afetivo etc., constituem-se

verdadeira fonte de saber a ser repartida entre todos, como forma de

desenvolvimento cognitivo, resultando em um novo produto, fruto dessa interação,

uma síntese dialética.

Percebemos a importância da aplicação prática do conceito de zona de

desenvolvimento proximal, desenvolvido por Vygotsky, em que as possibilidades

cognitivas do aluno não se encerram no que sabem fazer, mas pelo que podem

aprender a fazer a partir de conhecimentos adquiridos através de outras pessoas

que já possuem um nível de conhecimento maior.

Verificamos da mesma forma, que a teoria construtivista postulada por Piaget

se faz presente na atualidade, sendo de fundamental importância para a educação.

Para o construtivismo, o conhecimento é resultado da interação entre sujeito e

objeto, sendo o sujeito como aquele que detém as estruturas internas e objeto como

detentor de caracteres preexistentes. Deste modo, o sujeito, a partir de sua própria

experiência interna, constrói seu conhecimento.

Em ambas as teorias não existe a figura do professor como aquele que

apenas expõe o assunto de maneira expositiva, mas sim um professor que estimula

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Page 16: Contribuição da Psicologia para a Prática Educativa

o desenvolvimento do conhecimento pela interação na sala de aula, levando em

consideração o que o aluno já possui de conhecimento.

Assim, entende-se que a interação entre os alunos e entre estes e o professor

faz com que o processo ensino-aprendizagem seja permeado pela elaboração do

conhecimento para toda a vida, pelo próprio aluno como sujeito ativo no processo.

Deste modo, compreende-se que a Psicologia se constitui em uma ciência

que tem o poder de transformar o processo de ensino-aprendizagem, a partir de

suas teorias, como a cognitiva, por exemplo, que representa a construção do

conhecimento pelo sujeito ativo e transformador da realidade.

Este trabalho não tem pretensões de esgotar o assunto e entende-se que

sempre haverá espaço para a discussão acerca da psicologia e a educação.

REFERÊNCIAS

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