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CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS SOBRE RECEITAS
(PIS/PASEP E COFINS)
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Auditor-Fiscal da Secretaria da Receita Federal do Brasil
Supervisor da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da
Cofins e da Contribuição Social sobre a Receita – EFD Contribuições (SPED)
Instrutor da Escola Superior de Administração fazendária – ESAF
Instrutor de MBA sobre Gestão Tributária, da Fundace/USP – 2010 a 2016
Instrutor de Especialização em Auditoria Fiscal, Universidade de
Fortaleza/ESAF – 2014
Coautor do “Manual do PIS e da COFINS” - FISCOSoft Editora, São Paulo,
2013.
Coautor do livro “SPED e Sistemas de Informações – FISCOSoft Editora, São
Paulo, 2013.
Graduado em Administração, Economia e Direito
Instrutor: Jonathan José Formiga de Oliveira
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Constituição Federal – Bases de Incidências Tributárias
PRODUÇÃO / CIRCULAÇÃO
RECEITAS
LUCRO
REMUNERAÇÕES
Bases de Incidência Tributária
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3
Constituição Federal – Art. 149: Base de Incidência das Contribuições Sociais
Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, deintervenção no domínio econômico e de interesse das categoriasprofissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nasrespectivas áreas....., as quais:
Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação
Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ouserviços
Poderão ter alíquotas:- ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;- específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão umaúnica vez.
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Constituição Federal – Art. 195 : Base de Incidência das Contribuições Sociais
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de formadireta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dosorçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, edas seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada naforma da lei, incidentes sobre:
A folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculoempregatício
A receita ou o faturamento O lucro
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Constituição Federal – Art. 195 : Base de Incidência das Contribuições Sociais
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,incidentes sobre:
A folha de salários: PIS/Pasep S/ a Folha de Salários: MP nº 2.158-35/2001 Contribuição Previdenciária Patronal: Lei nº 8.212/91
A receita ou o faturamento: PIS/Pasep Cumulativo e Não Cumulativo: Leis nº 9.718/98 e 10.637/02 Cofins Cumulativa e Não Cumulativa: Leis nº 9.718/98 e 10.833/03 Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta: Lei nº 12.546/2011 CSLL - PJ Lucro Presumido/Arbitrado: Lei nº 9.430/96
O lucro: CSLL - PJ Lucro Real: Lei nº 9.430/96
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Constituição Federal – Bases de Incidências Tributárias
PRODUÇÃO / CIRCULAÇÃO:
(ICMS / IPI)
RECEITAS:
(PIS /COFINS / CPRB)
LUCRO:
(IRPJ / CSLL)
REMUNERAÇÕES:
(CP / PIS Folha)
Bases de Incidência Tributária
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5
Bases de Incidência X Escriturações
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Tributos: Escriturações e Confissão de Dívida
Núcleo de Incidência Tributo Escrituração Digital
C
O
N
T D
R
CI
B T
U
FI
N
T
ECPRB
Receitas EFD-Contribuições
IRPJ
CSLL
ICMS
IPI
PIS/Cofins
Lucro ECF
Produção / Circulação EFD-ICMS/IPI
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IPI e ICMS:(O PRODUTO como núcleo de tributação)
------------------------------X-------------------------------
I. RENDA e CSLL:(O LUCRO/RECEITA como núcleo de tributação)
------------------------------X------------------------------
PIS/PASEP e COFINS:(A RECEITA como núcleo de tributação)
Incid
ências Trib
utárias
Bases de Incidência
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O imposto será não-cumulativo,
compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado
nas anteriores.
Arts. 153 (IPI) e 155 (ICMS), da Constituição Federal
ICMS e IPI: Regime Exclusivamente Não-Cumulativo
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Escrituração Fiscal Digital - Registro E110: APURAÇÃO DO ICMS
Nº Cam po Descrição Tipo Dec02 VL_TOT_DEBITO S Valor to ta l dos débi tos por "Saídas com débi to do im posto” N 203 VL_AJ_DEBITO S Valor to ta l dos a justes a débi to decorrentes do doc. fisca l . N 204 VL_TOT_AJ_DEBITO S Valor to ta l de "Ajustes a débi to" N 205 VL_ESTORNO S_CRED Valor to ta l de Ajustes "Estornos de créd i tos" N 206 VL_TOT_CREDITOS Valor to ta l dos créd i tos por "Entradas com créd i to do im posto" N 2
07 VL_AJ_CREDITOS Valor to ta l dos a justes a créd i to decorrentes do doc. fisca l . N 208 VL_TOT_AJ_CREDITOS Valor to ta l de "Ajustes a créd i to" N 209 VL_ESTORNO S_DEB Valor to ta l de Ajustes "Estornos de Débi tos" N 210 VL_SLD_CREDO R_ANT Valor to ta l de "Saldo credor do período anterior" N 211 VL_SLD_APURADO Valor to ta l de "Saldo devedor (02+03+04+05-06-07-08-09-10)
antes das deduções"N 2
13 VL_ ICMS_RECOLHER Valor to ta l de "ICMS a reco lher (11-12) N 214 VL_SLD_CREDO R_TRANSP. Valor de "Saldo credor a transportar para o período seguin te" N 2
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Escrituração Fiscal Digital - Registro E520: APURAÇÃO DO IPI
Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec
1 REG Texto f ixo contendo "E520" C 4 -2 VL_SD_ANT_IPI Saldo c redor do IPI t rans ferido do período anterior N - 23 VL_DEB_IPI Valor total dos débitos por "Saídas com débito do imposto" N - 2
4 VL_CRED_IPI Valor total dos c réditos por "Entradas e aquis ições com crédito do imposto"
N - 2
5 VL_OD_IPI Valor de "Outros débitos" do IPI (inc lus ive estornos de c rédito)
N - 2
6 VL_OC_IPI Valor de "Outros créditos" do IPI (inc lus ive estornos de débitos)
N - 2
7 VL_SC_IPI Valor do saldo credor do IPI a t ransportar para o período seguinte
N - 2
8 VL_SD_IPI Valor do saldo devedor do IPI a recolher N - 2
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A lei definirá os setores de atividade econômica
para os quais as contribuições incidentes sobre a
receita serão não-cumulativas
Art. 195, § 12, da Constituição Federal
PIS/Pasep e Cofins: Regimes Não-Cumulativo e Cumulativo
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CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS SOBRE RECEITAS
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9
Constituição Federal – Art. 195 : Base de Incidência das Contribuições Sociais
§ 9º. As contribuições sociais poderão ter alíquotas oubases de cálculo diferenciadas, em razão da atividadeeconômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte daempresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho(PIS/Pasep, Cofins, CSLL e CPRB)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica paraos quais as contribuições incidentes sobre a receita serão não-cumulativas (PIS/Pasep e Cofins)
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese desubstituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidentesobre a folha de salários e demais rendimentos, pela incidentesobre a receita ou o faturamento.
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3. O modelo proposto (da não cumulatividade) traduz demanda de modernização do
sistema de custeio da área de seguridade social sem, entretanto, pôr em risco omontante da receita obtida com essa contribuição, na estrita observância da Lei
de Responsabilidade Fiscal. Com efeito, constitui premissa básica do modelo amanutenção da carga tributária correspondente ao que hoje searrecada com a cobrança da referida contribuição (cumulativa).
7. Por se ter adotado, em relação à não cumulatividade, o método indiretosubtrativo, o texto estabelece as situações em que o contribuinte poderá descontar,
do valor da contribuição devida, créditos apurados em relação aos bens e serviçosadquiridos, custos, despesas e encargos que menciona.
Exposição de Motivos da MP 135 - Cofins Não Cumulativa
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PIS/Pasep e Cofins: Regra Geral de Incidência – Leis 10.637/02 e 10.833/03
A Contribuição (PIS/Pasep e Cofins), com a incidência não
cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no
mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil. (Art. 1º)
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PIS/Pasep e Cofins: Regra Geral de Incidência – Leis 10.637/02 e 10.833/03
A Contribuição (PIS/Pasep e Cofins), com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. (Art. 1º)
Para determinação do valor da Contribuição aplicar-se-á,
sobre a base de cálculo apurada conforme o disposto no art.
1o, a alíquota de 1,65% (PIS) e 7,6% (Cofins). (Art. 2º)
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PIS/Pasep e Cofins: Regra Geral de Incidência – Leis 10.637/02 e 10.833/03
A Contribuição (PIS/Pasep e Cofins), com a incidência não cumulativa, incidesobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,independentemente de sua denominação ou classificação contábil (Art. 1º)
Para determinação do valor da Contribuição aplicar-se-á, sobre a base de cálculoapurada conforme o disposto no art. 1o, a alíquota de 1,65% (PIS) e 7,6%(Cofins) (Art. 2º)
Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídicapoderá descontar créditos calculados em relação a:(Art. 3º)
I - .......II - .........................XI - ......
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PIS/Pasep e Cofins: Regra Geral de Incidência – Leis 10.637/02 e 10.833/03
A Contribuição (PIS/Pasep e Cofins), com a incidência não cumulativa, incidesobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,independentemente de sua denominação ou classificação contábil. (Art. 1º)
Para determinação do valor da Contribuição aplicar-se-á, sobre a base de cálculoapurada conforme o disposto no art. 1o, a alíquota de 1,65% (PIS) e 7,6%(Cofins). (Art. 2º)
Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditoscalculados em relação a: (Art. 3º)
Permanecem sujeitas às normas da legislação do PIS/Pasep e daCOFINS, vigentes anteriormente a esta Lei, não se lhes aplicando asdisposições da não cumulatividade (Art. 8º da Lei 10.637/02 e art.10 da Lei 10.833/03)
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Lei Comp. nº 70/91 Lei nº 10.833/03
Incidência Cumulativa
Incidência Não Cumulativa
Fev / 1999
Lei Comp. nº 07/70 Lei nº 10.637/02
Lei nº 9.718/98
COFINS
PIS/PASEPDez / 2002
Fev / 2004Fev / 1999
Maio / 2004
Incidência na Importação
Lei 10.865/04
CRONOLOGIA DA LEGISLAÇÃO – PIS/Pasep e Cofins:
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Critério de Determinação das Contribuições Sociais:
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IMPOSTO DE RENDALucro Presumido/Arbitrado
CSLLBC = Receita
COFINSCumulativa
PIS/PASEPCumulativo
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IMPOSTO DE RENDALucro Real
CSLLBC = Lucro
COFINSNão Cumulativa
Cumulativa
PIS/PASEPNão Cumulativo
Cumulativo
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CONTRIBUIÇÕES:(Princípio da Generalidade na incidência das contribuições,
alcançando todas as receitas auferidas)[ Art. 1º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03 ]
----------X----------
CRÉDITOS:(Princípio da Seletividade na incidência dos créditos, restrito
às hipóteses numerus clausus previstas em lei)[ Art. 3º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03 ]
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REGIMENÃO-CUMULATIVO
TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA
REGIMECUMULATIVO
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SIMPLES e RET
SUSPENÇÃO, ALÍQUOTA ZERO, ISENÇÃO
NÃO INCIDÊNCIA (Exportação)
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R$ 1.000.000,00 – Revenda de Produtos Tributáveis (CST 01)
R$ 500.000,00 – Revenda de Produtos com Alíquota Zero (CST 06)
R$ 800.000,00 – Revenda de Produtos Monofásicos (CST 04)
R$ 70.000,00 – Revenda de Cigarros (CST 05)
R$ 200.000,00 – Venda de bem do ativo imobilizado (CST 08)
R$ 65.000,00 – Receita de aplicação financeira (CST 01 ou 06)
PIS/COFINS – Exemplo de CST de Receitas de Supermercado
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RECEITAS COMPONENTES DA BASE DE CÁLCULO
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PIS/COFINS: Receitas – Regra Geral (Regime Não Cumulativo)
Art. 1o A Contribuição com a incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.
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PIS/COFINS: REGIMES DE TRIBUTAÇÃO:
REGIMENÃO CUMULATIVO
TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA
REGIMECUMULATIVO
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
OPERAÇÕES COM SUSPENSÃO
ALÍQUOTA ZERO, ISENÇÃO, NÃO INCIDÊNCIA
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Código Descrição 01 Operação Tributável com Alíquota Básica 02 Operação Tributável com Alíquota Diferenciada 03 Operação Tributável com Alíquota por Unidade de Produto 04 Operação Tributável Monofásica - Revenda a Alíquota Zero 05 Operação Tributável por Substituição Tributária 06 Operação Tributável a Alíquota Zero 07 Operação Isenta da Contribuição 08 Operação sem Incidência da Contribuição 09 Operação com Suspensão da Contribuição 49 Outras Operações de Saída 99 Outras Operações
PIS/COFINS – Códigos de Situação Tributária das Receitas
Gasolina e suas correntes, Óleo Diesel, GLP, Querosene de
Aviação, Biodiesel e Nafta
Produtos Farmacêuticos e Artigos de Perfumaria
Veículos, Autopeças e Pneus
Águas, Cervejas, Refrigerantes e Preparações Compostas Ex 02(até 30.04.2015)
Álcool, inclusive para fins Carburantes
Produtos Sujeitos à Tributação Monofásica:
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Cigarros e Cigarrilhas – Vendas do Fabricante/Importador a Atacadistas e Varejistas
Motocicletas e Maquinas Agrícolas – Vendas do Fabricante/Importador a Varejistas
Produtos Monofásicos – Vendas do Fabricante/Importador a PJ domiciliada na Zona Franca de Manaus
Produtos Sujeitos à Substituição Tributária:
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Produtos Hortícolas, Frutas, Ovos, Queijos, Leite, Massas, Farinha de trigo. Produtos da cesta básica (08.03.2013) – MP 609 Defensivos Agrícolas, Semens e Embriões, Adubos, Fertilizantes e Vacinas Aeronaves, Partes, Peças, Matérias-primas e Serviços empregados na sua
manutenção Computadores, Notebooks, UPD, Monitor de Vídeo, Teclado, Mouse, Tablet PC e
Celurares (até 30.11.2015).Mercadorias destinadas ao consumo ou industrialização na ZFM Produtos para uso em Laboratórios de Análises Clínicas Livros e Papeis destinados à impressão de Jornais Receitas Financeiras (PJ no regime Não-Cumulativo) Demais produtos relacionados na Tabela 4.3.13 da EFD-Contribuições
Produtos Sujeitos à Alíquota Zero
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Venda de MP, PI e ME a PJ Preponderantemente Exportadora (Lei nº 10.865/04) Venda de produtos agropecuários a PJ agroindustriais tributados no Imposto de
Renda com base no Lucro real (Lei nº 10.925/04) Venda de Maquinas, Aparelhos e Equipamentos a PJ beneficiária do RECAP (Lei nº
11.196/05) Venda de Bens e Serviços destinados ao desenvolvimento de software e TI a PJ
beneficiária do RECAP (Lei nº 11.196/05) Venda de Maquinas, Aparelhos e Equipamentos a PJ beneficiária do REPORTO (Lei
nº 11.033/04) Venda de Maquinas e Equipamentos para fabricação de papéis destinados a
impressão de jornais (Lei nº 11.196/05) Venda de Maquinas, Aparelhos e Equipamentos a PJ beneficiária do REIDI (Lei nº
11.488/07) Demais produtos relacionados na Tabela 4.3.16 da EFD-Contribuições
Produtos com Suspensão das Contribuições
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Exportação de Mercadorias para o Exterior
Serviços Prestados a PJ ou PF domiciliado no Exterior
Vendas a PJ Comercial Exportadora, para Exportação
Transporte internacional de Cargas e Passageiros
Venda de materiais e Equipamentos à Itaipu Binacional
Atividades de Ensino Superior prestadas por Instituições que aderirem aoProuni
Receitas Próprias da atividade, auferidas pelas Entidades relacionadas no art.13 da MP 2.258-35
Serviços prestados por SPE, para os eventos da Copa e do COI
Demais produtos relacionados na Tabela 4.3.14 da EFD-Contribuições
Produtos com Isenção / Não Incidência das Contribuições
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Regime Cumulativo - Lei nº 9.718/98: FG de 01/01/1999 a 27/05/2009
Art. 2º As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.
Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas. (Revogado pela Lei nº 11.941/2009)
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Regime Cumulativo - Lei nº 9.718/98: FG de 28/05/2009 a 31/12/2014
Art. 2º As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.
Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Lei nº 9.715/98 - Art. 3o: Considera-se faturamento a receita bruta, como definida pela legislação do imposto de renda, proveniente da venda de bens nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado auferido nas operações de conta alheia.
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Regime Cumulativo: Lei nº 9.718/98 – FG a partir de 01/01/2015
Art. 3o O faturamento a que se refere o art. 2o compreende a receitabruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598/77.--------------------------------------------------------------------------------
DL nº 1.598/77 - Art. 12: A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; eIV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos incisos I a III.
(*)com a redação dada pelo art. 52 da Lei no.12.973/2014
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Regime Não Cumulativo (Leis nº 10.637/02 e 10.833/03): Fatos Geradores a partir de 01/01/2015
Art. 1o A Contribuição com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598/77, e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404/76.
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DL nº 1.598/77: Composição da Receita Bruta
Art. 12. A receita bruta compreende:I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;II - o preço da prestação de serviços em geral;III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; eIV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas nos incisos I a III.§ 1o A receita líquida será a receita bruta diminuída de:I - devoluções e vendas canceladas;II - descontos concedidos incondicionalmente;III - tributos sobre ela incidentes; eIV - valores decorrentes do AVP, de que trata o art. 183 da Lei no 6.404/76, das
operações vinculadas à receita bruta...............................................................................................§ 4o Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados,
destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou peloprestador dos serviços na condição de mero depositário.
§ 5o Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404/76, das operações previstas no caput.
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Solução de Consulta Cosit nº 378/2015
EMENTA: IRPJ LUCRO REAL - REGIME DE COMPETÊNCIA - PAGAMENTO EXTEMPORÂNEO DETRIBUTOS, IPI, PIS/PASEP E COFINS - APROVEITAMENTO PARA DEDUÇÃO DA BASE DECÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBREO LUCRO LÍQUIDO.
As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS configuram valores redutores dareceita bruta e devem ser contabilizadas à época dos fatos, observando o regimede competência, oferecendo à tributação a respectiva receita sobre a qualincidiram as contribuições, mediante reapuração contábil e fiscal dosexercícios pretéritos. O IPI sobre vendas não pode ser consideradodespesa, ou redutor da receita bruta, visto que se enquadra na hipóteseprevista no parágrafo único do art. 244 do RIR/99, sendo o vendedor merodepositário do valor do IPI destacado na nota fiscal .
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IPI e ICMS-ST: Exclusão da base de cálculo
Podem ser excluídos da receita bruta, quando a tenhamintegrado, os valores, do IPI e do ICMS, quando destacadoem nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestadordos serviços na condição de substituto tributário:
No regime Cumulativo: Art. 22 do Decreto nº 4.524/02No regime Não Cumulativo: art. 23 do Decreto nº 4.524/02.
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RECEITA BRUTA: ICMS na Base de Cálculo das Contribuições
Ações no STF:
RE no 240.785 (Ajuizado em 1998) *6 favoráveis x 1 contrário (2006) 7 favoráveis x 2 contrários (2014)
* O STF não reconheceu a repercussão geral do recurso
ADC no (Ajuizada em 2007)
----------------------------------------------------------------------------------------
Sumulas STJ no 68 e 94 Define a inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições
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RECEITA BRUTA: ISS na Base de Cálculo das Contribuições
A Fazenda Nacional venceu ontem uma disputa bilionária no Superior Tribunal deJustiça (STJ). Por meio de recurso repetitivo, a 1ª Seção definiu que o ISS deveser incluído na base de cálculo do PIS e da Cofins. A decisão foi dada por maioriade votos.
A tese discutida pelos ministros é similar à do ICMS na base de cálculo dasmesmas contribuições sociais. O tema, apesar de já ter sido julgado em umrecurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF), aguarda decisão emrepercussão geral.
De acordo com o ministro Mauro Campbell Marques, o ISS devido faz parte dareceita bruta da empresa. Além disso, a Constituição Federal só veda inclusão deum imposto na base de outro ao tratar do ICMS. "Já foi reconhecida a incidênciade ISS sobre ISS, por exemplo. É legítima a incidência de tributo sobre tributo, ouimposto sobre imposto, salvo determinação constitucional em contrário", afirmou.
Valor Econômico – 11/06/2015
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Lei nº 12.973/2014: Reflexos no Regime Cumulativo
Descrição Alterações
Definição de FaturamentoDefine como faturamento, para fins de determinação da base de cálculo do PIS e daCOFINS para os contribuintes sujeitos ao regime cumulativo, a receita bruta definidacom base na nova redação dada pela Lei 12.973/14.
Exclusões da Receita Bruta
a) Redação manteve exclusões atualmente aceitas, e ainda, ajustada para adequarao conceito de alienação de itens do Ativo Não Circulante.
b) Receitas reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação oumelhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangívelrepresentativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão deserviços públicos.
Contratos com prazo de execução superior a 1 ano
Seguem mesmos critérios de reconhecimento adotados pela legislação do IRPJ.
Revogação do inciso V do § 2º da Lei 9.718/98
Com esta revogação fica suprimida a exclusão, da receita bruta, a receita decorrenteda transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS de créditos de ICMSoriginados de operações de exportação.Aparentemente este artigo seria suprimido, mas acabou não sendo ajustado naredação final do PCL.
Concessões – Ativo Financeiro Reconhecimento das receitas quando do efetivo recebimento em caixa.
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Lei nº 12.973/2014: Reflexos no Regime Não Cumulativo
Descrição Alterações
Definição de faturamento mensal (receita auferida)
Recepciona a definição de receita bruta trazida pela nova redação dada pela Lei 12.973/14, bemcomo inclui todas a demais receitas auferidas pela PJ com os seus respectivos valores decorrentesde ajuste de AVP derivados de ativos (art. 183, VIII, da Lei 6.404/76).
Base de cálculo do PIS e da COFINS
A base de cálculo do PIS e da COFINS é total das receitas auferidas pela pessoa jurídica.
Exclusão da receita bruta
Alteração ou inclusão das seguintes receitas que podem ser excluídas das bases de cálculo do PISe da COFINS:a) receitas decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como
investimento, imobilizado ou intangível (legislação anterior era limitada apenas a bens doativo imobilizado);
b) Receitas financeiras decorrentes de AVP referentes a receitas excluídas das bases de cálculodo PIS e da COFINS;
c) Ganhos decorrentes de AVJ;d) Receitas de subvenções de investimento e de doações feitas pelo Poder Público;e) Receitas reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento
da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito deexploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos;
f) IRPJ que deixou de ser pago em virtude do incentivo do lucro da exploração;g) Receitas relativas ao prêmio na emissão de debêntures.
Concessões – Ativo Financeiro
Reconhecimento das receitas quando do efetivo recebimento em caixa.
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Definição de Receitas Pelo STF
RECURSO EXTRAORDINÁRIO no 606.107‐RS
“O conceito de receita, acolhido pelo art. 195, I, “b”, da Constituição Federal,não se confunde com o conceito contábil. Entendimento, aliás, expresso nasLeis 10.637/02 (art. 1º) e Lei 10.833/03 (art. 1º), que determinam a incidênciada contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS não cumulativas sobre o total dasreceitas, “independentemente de sua denominação ou classificação contábil”.Ainda que a contabilidade elaborada para fins de informação ao mercado,gestão e planejamento das empresas possa ser tomada pela lei como ponto departida para a determinação das bases de cálculo de diversos tributos, de modoalgum subordina a tributação. A contabilidade constitui ferramenta utilizadatambém para fins tributários, mas moldada nesta seara pelos princípios eregras próprios do Direito Tributário. Sob o específico prisma constitucional,receita bruta pode ser definida como o ingresso financeiro que se integra nopatrimônio na condição de elemento novo e positivo, sem reservas oucondições”
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Definição contábil de Receitas
“Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o períodocontábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento deativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos dopatrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuiçãodos detentores dos instrumentos Patrimoniais”.
A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditasquanto rendas e ganhos, tais como: Créditos não recebidos Bonificações e descontos obtidos Doações recebidas Perdão de dívida
Fonte: CPC - Pronunciamento Conceitual Básico
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Parecer Normativo Cosit nº 9, de 04 de setembro de 2014
Na operação de permuta de imóveis com ou sem recebimento de torna,realizada por pessoa jurídica que apura o imposto sobre a renda com baseno lucro presumido, dedicada a atividades imobiliárias relativas a loteamentode terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados àvenda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para arevenda, constituem receita bruta tanto o valor do imóvel recebido empermuta quanto o montante recebido a título de torna.
A referida receita bruta tributa-se segundo o regime de competência ou decaixa, observada a escrituração do livro Caixa no caso deste último.O valor do imóvel recebido constitui receita bruta indistintamente se trata-sede permuta tendo por objeto unidades imobiliárias prontas ou unidadesimobiliárias a construir. O valor do imóvel recebido constitui receita brutainclusive em relação às operações de compra e venda de terreno seguidasde confissão de dívida e promessa de dação em pagamento, de unidadeimobiliária construída ou a construir.
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Leis nº 10.637/02 e 10.833/03: Fatos geradores até 31/12/2014
Art. 1o A Contribuição com a incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.
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Leis nº 10.637/02 e 10.833/03: Fatos geradores a partir de 01/01/2015
Art. 1o A Contribuição com a incidência não cumulativa, incide sobreo total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitascompreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598/77, e todas as demais receitas auferidas pelapessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste avalor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Leino 6.404/76.
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Leis nº 10.637/02 e 10.833/03: Fatos geradores a partir de 01/01/2015
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitascompreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598/77, e todas as demais receitas auferidas pelapessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste avalor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Leino 6.404/76.
Lei nº 6.404/76, Art. 183, VIII (Ajuste a Valor Presente)
Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Ver a NBC T 19.17 ‐ Ajuste a Valor Presente.
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30
Ajuste a Valor Presente
Conforme definição do CPC nº 12/2008, o AVP objetiva efetuar o ajuste parademonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro (o valor de um direitoou obrigação descontadas as taxas implícitas em seu valor original, registraressas taxas como despesas ou receitas financeiras)
Tratamento Contábil (a partir de 01.01.2008):
Tratamento Fiscal (tratamento contábil adotado até 31.12.2007):
D - Clientes ................... 1.000.000,00
C – Receita de Vendas .... 920.000,00 (recebimento futuro)C – Juros a Apropriar...... 80.000,00*
* Taxa de Juros de 8% entre a data da venda e a do pagamento
D - Clientes ...................... 1.000.000,00
C – Receita de Vendas .... 1.000.000,00 (venda a vista ou para recebimento
futuro)
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Leis nº 10.637/02 e 10.833/03: Exclusões da Base de Cálculo
Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas:
I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);II - não-operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;II - de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei nº 6.404/76, decorrentes da venda
de bens do ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ouintangível; (NR Lei 12.973/2014)
III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;
IV – (revogado – Lei nº 11.727/2008)
V - referentes a:a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que nãorepresentem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação deinvestimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados deinvestimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados comoreceita.
VI - decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do ICMS, de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1o
do art. 25 da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996. (Incluído pela Lei nº11.945, de 2009)
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Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas:
.......
VII - financeiras decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caputdo art. 183 da Lei nº 6.404/76, referentes a receitas excluídas da base de cálculo;
VIII - relativas aos ganhos decorrentes de avaliação do ativo e passivo com base no valorjusto;
IX - de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos,concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentoseconômicos e de doações feitas pelo poder público;
X - reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento dainfraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito deexploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos;
XI - relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções ereduções de que tratam as alíneas “a”, “b”, “c” e “e” do § 1o do art. 19 do Decreto-Leino 1.598/77; e
XII - relativas ao prêmio na emissão de debêntures
Novas exclusões da base de Cálculo das Contribuições Não Cumulativas, conforme art. 54 e 55 da Lei nº 12.973/2014.
Leis nº 10.637/02 e 10.833/03: Exclusões da Base de Cálculo
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Omissão de Receitas: Tratamento Tributário (Lei nº 9.249/95)
Verificada a omissão de receita, a autoridade tributária determinará o valor do imposto e do adicional a serem lançados de acordo com o regime de tributação a que estiver submetida a pessoa jurídica no período-base a que corresponder a omissão.
O valor da receita omitida será considerado na determinação da base de cálculo para o lançamento da CSLL, da COFINS, do PIS/Pasep e das contribuições previdenciárias incidentes sobre a receita.
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Omissão de Receitas: Tratamento Tributário (Lei nº 9.249/95)
Para a determinação do valor da COFINS e da Contribuição para o PIS/Pasep, na hipótese de a pessoa jurídica auferir receitas sujeitas a alíquotas diversas, não sendo possível identificar a alíquota aplicável à receita omitida, aplicar-se-á a esta a alíquota mais elevada entre aquelas previstas para as receitas auferidas pela pessoa jurídica, no ano em que ocorreu a omissão.
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Receitas: Registro, Escrituração e Informação à Receita Federal
ECD DECRED
ECF DIRF
EFD-CONTRIBUIÇÕES DIMOB / DMED
EFD-ICMS/IPI RMF
E-FINANCEIRAS DIMOF
NOTAS FISCAIS
INF. TERCEIROS
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O PIS/Pasep e a Cofins não incidirão sobre as receitas decorrentes das operações de:
I - exportação de mercadorias para o exterior;
II - prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas;
III - vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.
Não Incidência: Leis nº 10.637/02 e 10.833/03
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Contabilização das Exportações: PortariaMF n o 356/88, e IN SRF n o 28/94
A receita bruta de vendas nas exportações de produtos manufaturados nacionais deve ser determinada pela conversão, em moeda nacional, de seu valor expresso em moeda estrangeira à taxa de câmbio fixada para compra, em vigor na data de embarque dos produtos para o exterior, como tal entendida a data averbada Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex.
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Contabilização das Exportações: Portaria MF n o 356/88
As diferenças decorrentes de alteração na taxa câmbio ocorridas entre a data do fechamento do contrato de câmbio e a data do embarque, devem ser consideradas como variações monetárias ativas ou passivas.
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SD Cosit nº 21/2008: Ingresso de Divisas
Configuram ingresso de divisas, por representarem movimentação cambial, o pagamento por meio de cartão de crédito internacional(emitidos no exterior) e por meio de cheques de viagem (traveller check), ainda que o recebimento do valor destes pelo estabelecimento seja intermediado por instituições financeiras nacionais.
O pagamento mediante moeda estrangeira em espécie não configura ingresso de divisas, eis que o numerário estrangeiro pode ser adquirido no próprio País em instituições financeiras e casas de câmbio.
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STF : RE 586482 RS - Vendas Inadimplidas
EMENTA TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. COFINS/PIS. VENDASINADIMPLIDAS. ASPECTO TEMPORAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA.REGIME DE COMPETÊNCIA. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO COM AS HIPÓTESES DECANCELAMENTO DA VENDA.
As vendas canceladas não podem ser equiparadas às vendasinadimplidas porque, diferentemente dos casos de cancelamento devendas, em que o negócio jurídico é desfeito, extinguindo-se, assim, asobrigações do credor e do devedor, as vendas inadimplidas - a despeito depoderem resultar no cancelamento das vendas e na consequente devoluçãoda mercadoria -, enquanto não sejam efetivamente canceladas, importamem crédito para o vendedor oponível ao comprador.
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Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
É possível a concentração, em uma única empresa, do controle dosgastos referentes a departamentos de apoio administrativo centralizados,para posterior rateio dos custos e despesas administrativos comuns entreempresas que não a mantenedora da estrutura administrativaconcentrada.
Relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins:a) os valores auferidos pela pessoa jurídica centralizadora das atividadescompartilhadas como reembolso das demais pessoas jurídicas integrantesdo grupo econômico pelo pagamento dos dispêndios comuns nãointegram a base de cálculo das contribuições em lume apurada pelapessoa jurídica centralizadora;
Solução de Divergência Cosit nº 23/2013
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SIMPLES NACIONAL: Há redução dos percentuais relativos ao PIS/Pasepe à Cofins constantes das Tabelas do Anexo I, da Lei Complementar 123, de2006, quando ocorrer a revenda de mercadorias sujeitas à tributaçãoconcentrada do PIS/Pasep e da Cofins, quanto a produtos farmacêuticos, ede perfumaria e higiene pessoal.Para apuração do valor do Simples Nacional, devido em cada mês, relativo àsmesmas receitas, devem ser desconsiderados nas respectivas tabelas do AnexoI, da mesma Lei Complementar, os percentuais referente ao PIS/Pasep e àCofins.
Solução de Consulta Cosit nº 202/2014
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CRÉDITOS DE PIS/PASEP E COFINS
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Leis nº 10.637/02 e 10.833/03 – Art. 3º: Apuração de Créditos
Do valor da contribuição apurado na forma dos art. 1º e 2o a pessoajurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:I –II –III –IV –V –VI –VII –VIII –IX –X –XI –
Créditos Básicos da Não Cumulatividade
Créditos Presumidos (Agroindustria, Transporte de cargas, etc)
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Hipóteses de Incidência Restrita: Créditos Básicos
Aquisição de Bens para revenda Bens e Serviços Utilizados como Insumos Despesas de Energia Elétrica Aluguéis de Prédios, Maquinas e Equipamentos Contraprestação de Arrendamento mercantil Máquinas e Equipamentos incorporados ao Imobilizado Edificações e Benfeitorias em Imóveis (próprios ou de terceiros) Bens Recebidos em Devolução Despesas de Armazenagem de Mercadoria Frete nas Operações de Vendas (Suportado pela PJ vendedora)
Vale-transporte, vale-refeição e fardamento (fornecidos por PJ das atividades de limpeza, conservação e manutenção)
Bens incorporados ao ativo intangível (para utilização na produção de bens para venda ouna prestação de serviços). A partir de 01.01.2015
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Hipóteses Créditos Presumidos - Agroindustria
PIS COFINS
Insumos de origem vegetal (35%) 0,5775 2,66 08/2004 10.925/04, art. 8º
Insumos de origem animal (60%) 0,99 4,56 08/2004 10.925/04, art. 8º
Uva para produção de vinhos 0,5775 2,66 08/2004 10.925/04, art. 15
Soja e seus derivados (50%) 0,825 3,8 06/2007 10/2013 12.865/04, art. 30
Oleo de soja (27%) 0,4455 2,052 10/2013 12.865/04, art. 31
Farinha e farelo de soja (27%) 0,4455 2,052 10/2013 12.865/04, art. 31
Aquisição de animais vivos (espécie bovina) para
produção de carnes destinadas a exportação (50%) 0,825 3,8 11/2009 12.058/09, art. 33
Aquisição de produtos tributados a alíquota zero ‐
carnes ovinas e de frango (12%) 0,198 0,912 12/2010 12.350/10, art. 56Aquisição de café para elaboração de produtos
destinados a exportação (80%) 1,32 6,08 01/2012 12.599/04, art. 6º
PRODUTO LEGISLAÇÃOALIQUOTA EM %
INICIO TERMINO
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76
Código Descrição 50 a 56 Operação com Direito a Créditos Básicos da Não Cumulatividade 60 a 67 Operação com Direito a Créditos Presumidos
70 Operação de Aquisição sem Direito a Crédito 71 Operação de Aquisição com Isenção 72 Operação de Aquisição com Suspensão 73 Operação de Aquisição a Alíquota Zero 74 Operação de Aquisição sem Incidência da Contribuição 75 Operação de Aquisição por Substituição Tributária 98 Outras Operações de Entrada 99 Outras Operações
Regime Não Cumulativo: CST das Operações Geradoras de Créditos
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Regime Não Cumulativo das Contribuições Sociais:
Alíquota
Não cumulativaAlíquota
Não Cumulativa
FabricanteNão Cumulativo
Varejista ou atacadistaNão Cumulativo
Crédito na RevendaCrédito na Fabricação
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Regime Não Cumulativo das Contribuições Sociais:
Alíquota
cumulativaAlíquota
Não Cumulativa
FabricanteCumulativo
Varejista ou atacadistaNão Cumulativo
Crédito na RevendaSem Crédito na Fabricação
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Regime Não Cumulativo das Contribuições Sociais:
Alíquota
Não cumulativaAlíquota
Cumulativa
FabricanteNão Cumulativo
Varejista ou atacadistaCumulativo
Sem Crédito na RevendaCrédito na Fabricação
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Regime Não Cumulativo das Contribuições Sociais:
Alíquota Zero
Suspensão Alíquota ZeroSuspensão
FabricanteNão Cumulativo
Varejista ou atacadistaCumulativo ou Não
Sem Crédito na RevendaCrédito na Fabricação
Monofásico
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41
Tabela Prática de Constituição de Créditos de PIS e Cofins:
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As hipóteses de apropriação de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, previstas na Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, e na Lei nº 10.833, de 2003, respectivamente, não são meramente exemplificativas.
Ao contrário, são exaustivamente estabelecidas pela Lei, não cabendo sua ampliação por analogia ou por interpretação extensiva. Não há direito ao desconto de créditos vinculados a despesas das áreas administrativas ou de vendas, exceto nas hipóteses expressamente estabelecidas em Lei.
Solução de Consulta Cosit no 100, de 16/04/2015
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42
ADI RFB nº 35, de 2011:Às pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa do PIS/Pasep e da Cofins é vedado descontar créditos calculados em relação aos encargos de exaustão suportados, por falta de amparo legal.
ADI RFB nº 36, de 2011:O pagamento de taxas de administração para pessoas jurídicas administradoras de cartões de crédito ou débito não gera direito à apuração de créditos do PIS/Pasep e da Cofins, por ausência de previsão legal
ADI RFB nº 04, de 2012:Os gastos com desembaraço aduaneiro na importação de mercadorias não geram direito ao desconto de créditos do PIS/Pasep e da Cofins, por falta de amparo legal.
Apuração de Créditos Básicos: Vedação de Natureza Geral
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3º ............§ 1o O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota previstano caput do art. 2o desta Lei sobre o valor:I - dos itens mencionados nos incisos I e II do caput, adquiridos no mês;II - dos itens mencionados nos incisos III a V e IX do caput, incorridos no mês;III - dos encargos de depreciação e amortização dos bens mencionados nos incisos VI, VII e XI do caput, incorridos no mês;IV - dos bens mencionados no inciso VIII do caput, devolvidos no mês.
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43
• Art. 3º ............§ 2o Não dará direito a crédito o valor:
I - de mão-de-obra paga a pessoa física; e
II - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição:
- Alíquota zero;- Suspensão;- Isenção;- Não Incidência
Apuração de Créditos Básicos: Vedação de Natureza Geral
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3º ............§ 3o O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País;III - aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir do mês em que se iniciar a aplicação do disposto nesta Lei.
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Créditos Vinculados a Receitas Não tributadas
As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. (Lei 11.033/04, art. 17 – vigência a partir de 01/08/2004)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
O saldo credor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apurado na forma do art. 3º da Lei nº 10.637/02, do art. 3º da Lei nº 10.833/03, e do art. 15 da Lei nº 10.865/04, acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude do disposto no art. 17 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, poderá ser objeto de COMPENSAÇÃO e RESSARCIMENTO (Lei 11.116/05, art. 16 – vigência a partir de 09/08/2004)
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Operações Monofásicas – Legitimidade Passiva
Em julgamento realizado em 15/12/09, a Primeira Turma do STJ, por unanimidade, negou provimento ao REsp nº 1.121.918/RS, sob o entendimento de que posto de combustível não possui legitimidade para requerer compensação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
No mérito, asseverou que, a partir da Lei nº 9.990/00, art. 3º, a contribuição passou a incidir apenas sobre as refinarias na forma monofásica, excluindo-se a tributação dos varejistas pelo regime de substituição tributária previsto anteriormente na Lei nº 9.718/98, de modo que as empresas deixaram de ser contribuintes da COFINS.
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STJ veda uso de créditos de PIS e Cofins em sistema monofásico
As empresas tributadas pelo regime monofásico não podem obtercréditos de PIS e COFINS para reduzir o pagamento da carga tributária ouobter restituição. A decisão foi tomada pela maioria dos ministros da 1ªTurma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a análise do recurso deuma distribuidora de combustíveis.
Presente em setores como o de bebidas, fármacos e decombustíveis, o regime monofásico determina que a primeira companhia dacadeia produtiva recolha as contribuições antecipadamente, em nome dasempresas subsequentes. O sistema é semelhante ao da substituiçãotributária de ICMS.
Valor Econômico – 27/06/2014
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:
I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos: a) no inciso III do § 3o do art. 1o desta Lei; eb) nos §§ 1o e 1o-A do art. 2o desta Lei;
90
46
Bens Adquiridos para Revenda:
O IPI incidente na aquisição, quando recuperável(industria), não integra o custo dos bens.
O ICMS quando embutido no preço constante da nota fiscal de aquisição, integra o valor dos produtos adquiridos para fins de cálculos do crédito.
Art. 8º da IN SRF nº 404/02 e SCI Cosit nº 12, de 2004.
91
Aquisições no Mercado Interno:
O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação.
RIR/99 – art. 289
92
47
Solução de Consulta 282/2011 - 8ª Região Fiscal
Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins.CRÉDITO. FRETE NA AQUISIÇÃO DE BENS IMPORTADOS.
O frete incorrido para transporte de bem importadopara revenda, do local do desembaraço aduaneiro atéo estabelecimento do adquirente, não gera direito acrédito da Contribuição ao PIS/Pasep e da Cofins, emrazão de seu valor, por expressa disposição de lei, nãofazer parte da sua base de cálculo.
93
Aquisição de Bens para Revenda – Contabilização:
Na Compra de Insumos/Bens para Revenda:
D – ICMS a Recuperar (AC) 18.000,00D – PIS/Pasep a Recuperar (AC) 1.650,00 D – Cofins a Recuperar (AC) 7.600,00 D – Estoques (AC) 72.750,00
C – Fornecedores 100.000,00
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Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 03/2007
O valor dos créditos de PIS/Pasep e Cofins, apurados no regime não-cumulativo não constitui:
hipótese de exclusão do lucro líquido, para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL.
Os créditos de que trata o caput não poderão constituir-se simultaneamente em direito de crédito e em custo de aquisição de insumos, mercadorias e ativos permanentes.
receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do valor devido das referidas contribuições;
É vedado o registro dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em contrapartida à conta de receita.
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Aquisição de Bens para Revenda – Critério incorreto de contabilização:
Na Compra de Insumos/Bens para Revenda:
D – Estoques (AC) 100.000,00C – Fornecedores 100.000,00
No Registro dos créditos:
D – PIS/Pasep a Recuperar (AC) 1.650,00 D – Cofins a Recuperar (AC) 7.600,00
C – Receita 9.250,000
Ver ADI SRF 03, de 2007.
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:I - ...II - bens e serviços, utilizados como insumo naprestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes
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Tipificação de insumo: IN SRF nº 404/2004.
Entende-se como insumos utilizados na fabricação de bens destinados àvenda:a) a matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem equaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o danoou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da açãodiretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que nãoestejam incluídas no ativo imobilizado
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Tipificação de Insumo: SD Cosit nº 24/2008
Para efeito do inciso II do art. 3º das Leis nº 10.637/02 e nº 10.833/03, o termo insumo não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço necessário para a atividade da pessoa jurídica, mas tão somente aqueles bens ou serviços intrínsecos à atividade, adquiridos de pessoa jurídica e aplicados ou consumidos na fabricação do produto ou no serviço prestado.
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Tipificação de Insumo: SD Cosit nº 35/2008
As despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste ou dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou produtosdestinados à venda, geram direito à apuração de créditosda Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, desde que não sejam imobilizadas.
100
51
Insumos – Solução de Consulta 29, de 2012 (3a RF) :
Somente geram direito ao desconto de créditos, para fins de
determinação dos valores devidos de PIS/Pasep e Cofins, os custos,
despesas e encargos estritamente nele discriminados, não havendo
previsão legal para a apuração de créditos sobre outros custos,
despesas ou encargos da pessoa jurídica no desenvolvimento de
suas atividades, ainda que necessários a elas.
Bens e serviços empregados no cultivo de cana-de-açúcar não se
classificam como insumos na fabricação de álcool ou de açúcar,
por se tratarem de processos produtivos diversos. As despesas
com aqueles itens não geram direito à apuração de créditos na
determinação da Contribuição para o PIS/Pasep devida sobre as
receitas auferidas com vendas de açúcar e de álcool produzidos.
101
Insumos – CARF – Acordão 3302-00.434/2010 :
São passíveis de ressarcimento os créditos de PIS
apurados em relação a custos, despesas e encargos
vinculados à receita de exportação, inclusive os relativos à
produção de matéria-prima usada na fabricação de produto
exportado.
102
52
Aquisições no Mercado Interno: SD Cosit nº 18/08
Não geram crédito para efeito do regime não-cumulativo das C.S., os gastos relativos a rastreamento de veículos e cargas, seguros de qualquer espécie e gastos com pedágio, uma vez que não se configuram serviços aplicados ou consumidos na prestação de serviços de transporte de cargas.
103
Solução de Divergência Cosit 10/2011:
As despesas realizadas com serviços de telefonia para aexecução de serviços contratados, por mais necessáriosque sejam, não geram direito à apuração de créditos aserem descontados da Contribuição para o PIS/Pasep, pornão se enquadrarem na definição legal de insumosaplicados ou consumidos diretamente nos serviços prestados.
[PJ de prestação de serviços de engenharia de telecomunicações]
104
53
Solução de Divergência Cosit – 11, de 2007
Por não integrar o conceito de insumo utilizado na produção e nemser considerada operação de venda, os valores das despesas efetuadascom fretes contratados, ainda, que pagos ou creditados a pessoas jurídicasdomiciliadas no país para a transferências de mercadorias (produtosacabados) dos estabelecimentos industriais para os estabelecimentosdistribuidores da mesma pessoa jurídica, não geram direito a créditos aserem descontados da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devida.
105
A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu nova decisão favorável aos contribuintes parareconhecer como insumo produtos de limpeza e dedetização. Com o entendimento, a Domingos CostaIndústrias Alimentícias poderá usar os créditos da aquisição desses materiais e serviço para reduzir ovalor final a ser pago de PIS e Cofins.
O julgamento foi iniciado em 2011 com o voto do relator, ministro Mauro Campbell Marques. Ele foifavorável à companhia por considerar que materiais de limpeza e detetização são essenciais àatividade industrial. Campbell foi acompanhado, na época, por dois ministros: Castro Meira (hojeaposentado) e Humberto Martins.
O ministro Campbell entendeu que são insumos todos os bens e serviços que viabilizem o processoprodutivo e a prestação de serviços, que possam ser direta ou indiretamente empregados neles ‐ ecuja ausência poderia causar perda de qualidade.
Nesse caso, para ser considerado insumo bastaria que o bem ou serviço tenha alguma utilidade noprocesso produtivo ou na prestação de serviço. Campbell afirmou ainda que a conceituação deinsumo não se identifica com aquela adotada pela legislação do IPI, nem com os conceitos de custos edespesas adotados pela legislação do Imposto de Renda, que seriam mais restritivos.
Valor Econômico – 27/05/2015
STJ amplia uso de créditos de PIS e Cofins por empresa
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Solução de Divergência Cosit 12, de 2008
1. O transporte de produto acabado entre estabelecimentos industriais, ou destes para os centros de distribuição e ainda de um centro de distribuição para outro, da mesma pessoa jurídica não gera direito a crédito a ser descontado da Cofins com incidência não-cumulativa.
2. Os insumos utilizados na atividade de transporte de produto acabado (ou em elaboração) entre estabelecimentos industriais; destes para os centros de distribuição; de um centro de distribuição para outro ou do estabelecimento vendedor para o comprador não gera direito a crédito a ser descontado da Cofins com incidência não-cumulativa, exceto se se tratar de pessoa jurídica cujo objeto societário seja transporte.
107
Frete Internacional: SC Disit 9aRF nº 113/2012
Assunto: Cofins. FRETE INTERNACIONAL. DIREITO A CRÉDITO SOMENTE SE TRANSPORTADOR COM DOMICÍLIO NO BRASIL.
Não podem ser descontados créditos no regime de apuração não cumulativa da Cofins em relação a frete internacional se o transportador for pessoa jurídica domiciliada no exterior, mesmo que ele seja representado no País por pessoa jurídica aqui domiciliada ou que a contratação tenha sido feita por meio de intermediário como agente marítimo, agente intermediário de transporte ou empresa de assessoria aduaneira.
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Frete Internacional: SC Disit 10aRF nº 282/2011
Assunto: CRÉDITO. FRETE NA AQUISIÇÃO DE BENS IMPORTADOS.
O desconto de créditos, no caso de importações de bens sujeitas ao pagamento da Cofins-Importação, sujeita-se ao disposto no art. 15, § 3º, da Lei Nº 10.865, de 2004, que determina que a base de cálculo para a apuração desses créditos corresponde ao valor aduaneiro, calculado na forma do art. 7º, I, desta mesma Lei, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição.
Assim, o frete incorrido para transporte de bem importado para revenda,do local do desembaraço aduaneiro até o estabelecimento do adquirente, não gera direito a crédito, em razão de seu valor, por expressa disposição de lei, não faz parte da base de cálculo de apuração de tal crédito.
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Fim Específico de Exportação: IN RFB nº 1.094/2010
Consideram-se adquiridos com o fim específico de exportação asmercadorias ou produtos remetidos, por conta e ordem da ECE,diretamente do estabelecimento da pessoa jurídica para:
I - embarque de exportação ou para recintos alfandegados; ou
II - embarque de exportação ou para depósito em entreposto sobregime aduaneiro extraordinário de exportação, no caso de ECE deque trata o Decreto-Lei nº 1.248, de 1972.
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Frete Internacional: SC 10ª RF nº 36/2012
Ementa: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. FRETE INTERNACIONAL.
No regime de incidência não-cumulativa, podem ser apurados créditosda Cofins em relação ao frete internacional, cujo ônus seja suportado pela vendedora, vinculado à exportação de seus produtos, desde que os serviços de transporte sejam adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País. Não são considerados adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País os serviços de transporte internacional contratados por intermédio de agente de transportador domiciliado no exterior.
111
Gastos com desembaraço aduaneiro: SD Cosit nº 07/2012
Ementa: REGIME DE APURAÇÃO NÃO CUMULATIVA. CRÉDITOS. IMPORTAÇÃO. GASTOS COM DESEMBARAÇO ADUANEIRO.
A pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep não pode descontar créditos calculados em relação aos gastos com desembaraço aduaneiro, relativos a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, decorrentes de importação de mercadorias, por falta de amparo legal.
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Operações de Exportação - Fretes: SC 9ªRF nº 76/2012
Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins. FRETE INTERNO E PRODUTO A SER EXPORTADO. INCIDÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO.
Não é aplicável a isenção ou a suspensão da incidência da Cofins para as receitas de transportadoras decorrentes de frete interno de produto a ser exportado, bem como de frete de suas matérias primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, se o exportador não for habilitado junto à Receita Federal como pessoa jurídica preponderantemente exportadora.
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:.....III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica
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Despesa de Energia Elétrica –Contabilização dos Créditos:
Na Contabilização da despesa de Energia Eletrica:
D – PIS/Pasep a Recuperar (AC) 1.320,00 D – Cofins a Recuperar (AC) 6.080,00 D – Despesa Operacional (Res) 72.600,00
C – Caixa/Banco/Fornecedores (PC) 80.000,00
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:.....III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:....IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresaV - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica
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Arrendamento Mercantil – Base de Creditamento (2008 e 2009):
Na imobilização dos bens oriundos de contratos de arrendamento mercantil pela PJ arrendatária.
Se a PJ Optou pelo RTT (Lei nº 11.941): Deve determinar o crédito com base na contraprestação mensal.
Se a PJ não optou pelo RTT: Deve determinar o crédito com base no valor da Depreciação.Leis nº 11.638/07 e 11.941/09.
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60
Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:....VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;
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Crédito sobre Bens do Imobilizado:
Crédito Mensal Vigência Ato LegalDepreciação 01.12.2002 Lei n• 10.637/02, art. 3• - (PIS/Pasep)Depreciação 01.02.2004 Lei n• 10.833/03, art. 3• - (Cofins)Depreciação 01.05.2004 Lei n• 10.865/04, art. 15 - (Importação)
1/48 01.08.2004 Lei n• 10.865/04 e IN SRF nº 457/041/24 01.10.2004 Lei n• 11.051/04 e Decreto n• 5.222/041/12 01.01.2006 Lei n• 11.196/05 e Decretos n• 5.789/06 e 5.988/06
Integral 25.07.2007 Lei n• 11.529/07 (Programa Revitaliza)1/12 01.05.2008 Lei n• 11.774/2008
Integral 01.07.2012 Lei n• 12.546/2011
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Crédito sobre Bens do Imobilizado - Depreciação
No aproveitamento do crédito sobre os encargos de depreciação, tem-se os seguintes lançamentos:
D - Encargos de Depreciação de Bens (R)D - PIS a recuperar (AC)D - COFINS a recuperar (AC)C - Depreciação Acumulada (AI)
121
Crédito sobre Bens do Imobilizado: Lei nº 10.865/04, art. 31
O direito ao desconto de créditos sobre bens adquiridosa partir de maio de 2004, não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens e direitos do ativopermanente.
122
62
Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:....VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa(Crédito com base nos encargos de amortização)
123
Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoajurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:....VIII - bens recebidos em devolução cuja receita devenda tenha integrado faturamento do mês ou de mêsanterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei (Tributadano regime não-cumulativo)
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63
Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídicapoderá descontar créditos calculados em relação a:....IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação devenda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus forsuportado pelo vendedor.
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:....X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.
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Não-Cumulatividade: Hipóteses de Créditos Básicos
Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoajurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:....XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridospara utilização na produção de bens destinados a venda ouna prestação de serviços.
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Créditos na Aquisição de Software
Como apurar crédito na aquisição de Software ?
• Se o software for parte integrante do hardware, o crédito é com base no inciso VI do art. 3o da Lei no
10.833/2003 (Imobilizado)
• Se o software não for parte integrante do hardware, o crédito é com base no inciso XI do art. 3o da Lei no
10.833/2003 (Intangível)
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Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário
É possível a concentração, em uma única empresa, do controle dos gastosreferentes a departamentos de apoio administrativo centralizados, para posteriorrateio dos custos e despesas administrativos comuns entre empresas que não amantenedora da estrutura administrativa concentrada.
Relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins:b) a apuração de eventuais créditos da não cumulatividade das mencionadascontribuições deve ser efetuada individualizadamente em cada pessoa jurídicaintegrante do grupo econômico, com base na parcela do rateio de dispêndiosque lhe foi imputada ;
Solução de Divergência Cosit nº 23/2013
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Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional autorizada a não contestar, a nãointerpor recurso ou a desistir do que tenha sido interposto, desde que inexista outrofundamento relevante, na hipótese de a decisão versar sobre
II - matérias que, em virtude de jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal, doSuperior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal SuperiorEleitoral, sejam objeto de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional,aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda;
IV - matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo Supremo TribunalFederal, em sede de julgamento realizado nos termos do art. 543-B da Lei no 5.869/73(Repercussão Geral);
V - matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo Superior Tribunal deJustiça, em sede de julgamento realizado nos termos dos art. 543-C da Lei nº 5.869/73(Recurso Repetitivo), com exceção daquelas que ainda possam ser objeto deapreciação pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 4o A Secretaria da Receita Federal do Brasil não constituirá os créditostributários relativos às matérias de que tratam os incisos II, IV e V do caput,após manifestação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional nos casos dos incisos IV eV do caput.
Lei nº 10.522/2002
130
66
131
Muito Obrigado !
JONATHAN JOSÉ FORMIGA DE OLIVEIRAAuditor-Fiscal da Secretaria da Receita Federal
Supervisor da EFD-Contribuições (SPED)[email protected]