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CURSOS ON-LINE – CONTROLE EXTERNO P/ TCU PROFESSOR MÁRCIO ALBUQUERQUE www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 10: SANÇÕES A nossa última aula vai abordar as sanções que o Tribunal de Contas da União pode aplicar e os recursos cabíveis contra as suas decisões. Conforme estudamos na aula 5, as sanções do TCU devem obedecer ao Princípio da Reserva Legal. Por esse motivo, a parte destinada a esse assunto vai ser balizada pela Lei Orgânica. Nada obstante, vamos procurar indicar, também, os artigos do RITCU a que se refere a matéria. Com relação aos recursos, a matéria está mais bem disciplinada no Regimento Interno. Por isso, utilizaremos, primordialmente, o RITCU quando formos tratar dos recursos. 1 – SANÇÕES O poder sancionador do Tribunal de Contas da União deriva diretamente da Constituição Federal, mais precisamente de seu art. 71, inciso VII. Esse dispositivo concede ao TCU a faculdade de aplicar aos responsáveis sanções previstas em lei. Apesar da obrigatoriedade de respeitar o princípio da reserva legal, pode a lei facultar a normativos infralegais que regulamentem a forma como a sanção será imposta. Nesse sentido, nada obstante o art. 58 da LOTCU disciplinar os motivos que levarão o Tribunal a aplicar multa, o § 3° desse mesmo artigo remte para o Regimento Interno a gradação da multa em razão da gravidade da infração. Interessante destacar que a Constituição não restringiu à Lei Orgânica do Tribunal a possibilidade de prever as sanções que a Corte poderá aplicar. Assim, qualquer lei pode conceder essa faculdade ao TCU. Relembro que Lei Federal 10.028/2000 – Art. 5º, §§ 1º e 2ª, faculta ao Tribunal de Contas da União aplicar a sanção definida naquele normativo. 1.1 Multas O TCU pode aplicar multas a seus jurisdicionados tanto em processos de contas, como em processos de fiscalização. Os dispositivos legais que facultam a aplicação da multa são, respectivamente, o art. 19 – contas e o art. 43, § único, - fiscalização. Os artigos 57 e 58 da LOTCU definem os tipos de multa que o Tribunal poderá aplicar e em que situações, vejamos:

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AULA 10: SANÇÕES

A nossa última aula vai abordar as sanções que o Tribunal de Contas da União

pode aplicar e os recursos cabíveis contra as suas decisões.

Conforme estudamos na aula 5, as sanções do TCU devem obedecer ao Princípio

da Reserva Legal. Por esse motivo, a parte destinada a esse assunto vai ser balizada pela

Lei Orgânica. Nada obstante, vamos procurar indicar, também, os artigos do RITCU a

que se refere a matéria.

Com relação aos recursos, a matéria está mais bem disciplinada no Regimento

Interno. Por isso, utilizaremos, primordialmente, o RITCU quando formos tratar dos

recursos.

1 – SANÇÕES

O poder sancionador do Tribunal de Contas da União deriva diretamente da

Constituição Federal, mais precisamente de seu art. 71, inciso VII. Esse dispositivo

concede ao TCU a faculdade de aplicar aos responsáveis sanções previstas em lei.

Apesar da obrigatoriedade de respeitar o princípio da reserva legal, pode a lei facultar a

normativos infralegais que regulamentem a forma como a sanção será imposta. Nesse

sentido, nada obstante o art. 58 da LOTCU disciplinar os motivos que levarão o

Tribunal a aplicar multa, o § 3° desse mesmo artigo remte para o Regimento Interno a

gradação da multa em razão da gravidade da infração.

Interessante destacar que a Constituição não restringiu à Lei Orgânica do

Tribunal a possibilidade de prever as sanções que a Corte poderá aplicar. Assim,

qualquer lei pode conceder essa faculdade ao TCU. Relembro que Lei Federal

10.028/2000 – Art. 5º, §§ 1º e 2ª, faculta ao Tribunal de Contas da União aplicar a

sanção definida naquele normativo.

1.1 Multas

O TCU pode aplicar multas a seus jurisdicionados tanto em processos de contas,

como em processos de fiscalização. Os dispositivos legais que facultam a aplicação da

multa são, respectivamente, o art. 19 – contas e o art. 43, § único, - fiscalização.

Os artigos 57 e 58 da LOTCU definem os tipos de multa que o Tribunal poderá

aplicar e em que situações, vejamos:

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‘Art. 57. Quando o responsável for julgado em débito, poderá ainda o Tribunal

aplicar-lhe multa de até cem por cento do valor atualizado do dano causado ao erário.

Art. 58. O Tribunal poderá aplicar multa de Cr$ 42.000.000,00 (quarenta e dois

milhões de cruzeiros), ou valor equivalente em outra moeda que venha a ser adotada

como moeda nacional, aos responsáveis por:

I - contas julgadas irregulares de que não resulte débito, nos termos do

parágrafo único do art. 19 desta lei;

II - ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de

natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial;

III - ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano

ao erário;

IV - não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, a diligência do

Relator ou a decisão do Tribunal;

V - obstrução ao livre exercício das inspeções e auditorias determinadas;

VI sonegação de processo, documento ou informação, em inspeções ou

auditorias realizadas pelo Tribunal;

VII - reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal.

§ 1° Ficará sujeito à multa prevista no caput deste artigo aquele que deixar de

dar cumprimento à decisão do Tribunal, salvo motivo justificado.

§ 2° O valor estabelecido no caput deste artigo será atualizado, periodicamente,

por portaria da Presidência do Tribunal, com base na variação acumulada, no período,

pelo índice utilizado para atualização dos créditos tributários da União.

§ 3° O regimento interno disporá sobre a gradação da multa prevista no caput

deste artigo, em função da gravidade da infração.’

A diferença entre as multas do art. 57 e 58 consiste no fato de que a multa do 57

vai ocorrer quando o Tribunal condenar algum responsável em débito. Assim, caso o

TCU condene um responsável a ressarcir R$ 100.000,00 o erário, poderá, ainda, aplicar-

lhe multa até o valor de R$ 100.000,00. Dessa forma, a multa do art. 57 só acontecerá

em processos de contas.

Já a multa prevista no art. 58 pode ocorrer tanto em processos de contas, como

em processos de fiscalização. As multas desse artigo serão aplicadas pela ocorrência de

algum fato irregular que não tenha resultado débito.

Os artigos 267 e 268 disciplinam a multa no RITCU, dispondo sobre a gradação

da penalidade.

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Importante dúvida que se afigura é se é sempre necessário chamar o responsável

em audiência antes de aplicar alguma das multas previstas nos art. 268 do RITCU. Em

geral, a audiência é obrigatória, pois ao responsável deve ser assegurado o direito do

contraditório e da ampla defesa. Existem, contudo, exceções a essa regra e, como

estamos nos preparando para concurso público, interessante conhecê-las.

Estabelece o § 3° do art. 268 que ‘a multa aplicada com fundamento nos incisos

IV, V, VI, VII ou VIII prescinde de prévia audiência dos responsáveis, desde que a

possibilidade de sua aplicação conste da comunicação do despacho ou da decisão

descumprida ou do ofício de apresentação da equipe de fiscalização.’

O inciso VI do art. 268 do RITCU possui a seguinte redação:

‘VI – sonegação de processo, documento ou informação, em auditoria ou

inspeção, no valor compreendido entre cinco e oitenta por cento do montante a que se

refere o caput’.

Assim, se algum responsável sonegar informações a equipe de auditoria do

Tribunal, ele pode ser multado, mesmo ser ter sido chamado em audiência. Para isso, o

ofício que requisitar os documentos do auditado deve constar que a sonegação de

documento possibilita a aplicação de multa.

1.2 – Inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de

confiança.

O art. 60 da LOTCU (art. 270 do RITCU) estabelece que:

‘Art. 60. Sem prejuízo das sanções previstas na seção anterior e das penalidades

administrativas, aplicáveis pelas autoridades competentes, por irregularidades

constatadas pelo Tribunal de Contas da União, sempre que este, por maioria absoluta

de seus membros, considerar grave a infração cometida, o responsável ficará

inabilitado, por um período que variará de CINCO A OITO ANOS, para o exercício de

cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública.’

No RITCU, a matéria é tratada no art. 270, que traz a mesma redação

apresentada na LOTCU, acrescida de mais três parágrafos, os quais regulamentam como

será o rito da apenação.

‘Art. 270. (...)

§ 1º O Tribunal deliberará primeiramente sobre a gravidade da infração.

§ 2º Se considerada grave a infração, por maioria absoluta de seus membros, o

Tribunal decidirá sobre o período de inabilitação a que ficará sujeito o responsável.

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§ 3º Aplicada a sanção referida no caput, o Tribunal comunicará a decisão ao

responsável e à autoridade competente para cumprimento dessa medida.’

Sobre a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de

confiança. Importante destacar que somente o Plenário tem competência para fixar essa

penalidade, uma vez que é necessário que a decisão seja tomada pela maioria absoluta

dos membros do Tribunal.

Vale também destacar que o Supremo Tribunal Federal já entendeu que o

Tribunal de Contas da União só possui competência para inabilitar para cargos e

funções na Administração Pública Federal.

1.3 - Declaração de inidoneidade do licitante fraudador

Com relação ao tema, o art. 46 da LOTCU (art. 271 do RITCU), estabelece que:

‘Art. 46. Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o Tribunal

declarará a inidoneidade do licitante fraudador para participar, POR ATÉ CINCO

ANOS, de licitação na Administração Pública Federal.’

Com reação a esse tema, importante destacar que o Tribunal somente vai

declarar a inidoneidade de licitante, caso seja comprovado que houve fraude à licitação.

Oportuno destacar que o Supremo Tribunal Federal já entendeu que o licitante deve ser

chamado aos autos antes de ser inabilitado, sob pena de nulidade da decisão que

condenou o licitante sem ter ouvido as suas razões de justificativa.

Vale, ainda, registrar que o Tribunal só pode inabilitar licitante para participar de

licitação no âmbito da Administração Pública Federal. Pode, contudo, o TCU declarar

inidôneo licitante que nunca contratou diretamente com a Administração Pública

Federal. Essa situação pode ser vista no caso de convênios.

Suponhamos que um município recebeu verbas da União para que fossem

aplicadas em plano de trabalho específico. Para a realização desse plano de trabalho foi

necessário contratar uma empresa e que essa contratação foi revestida de fraude. Como

os recursos são federais, compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar a execução

desse convênio. Ao apreciar o feito e verificar que houve fraude à licitação, o TCU pode

declarar a inidoneidade da empresa fraudadora. Assim, sem mesmo ter sido contratada

pela União, a empresa pode ser condenada pelo TCU. Vamos lembrar, contudo que essa

empresa só não vai poder participar de licitação no âmbito da Administração Pública

Federal.

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Com relação ao assunto, a seguinte questão foi elaborada, no ano de 2004, pelo

Cespe para o concurso de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da

União.

‘Comprovada fraude a licitação, o TCU deve declarar a inidoneidade do

licitante fraudador, que ficará impossibilitado de participar de licitação por até 5 anos.

Essa sanção, cuja imposição cabe ao plenário do Tribunal, abrange apenas licitações

da administração pública federal.’

Pelo que estudamos, percebemos que a assertiva está correta.

2 – MEDIDAS CAUTELARES

As medidas cautelares não possuem caráter sancionador. Elas visam,

precipuamente, a garantir a eficácia do processo. No âmbito do Tribunal de Contas da

União, essas medidas estão disciplinadas tanto no RITCU como na LOTCU.

2.1 – Afastamento temporário de responsável

O art. 44 da LOTCU (arts. 273 e 274 do RITCU) estabelece que:

‘Art. 44. No início ou no curso de qualquer apuração, o Tribunal, de ofício ou a

requerimento do Ministério Público, determinará, cautelarmente, o afastamento

temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no

exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou

inspeção, causar novos danos ao erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.

§ 1° Estará solidariamente responsável a autoridade superior competente que,

no prazo determinado pelo Tribunal, deixar de atender à determinação prevista no

caput deste artigo.

§ 2° Nas mesmas circunstâncias do caput deste artigo e do parágrafo anterior,

poderá o Tribunal, sem prejuízo das medidas previstas nos arts. 60 e 61 desta lei,

decretar, por prazo não superior a um ano, a indisponibilidade de bens do responsável,

tantos quantos considerados bastantes para garantir o ressarcimento dos danos em

apuração.’

Para melhor compreensão desse dispositivo, vamos, primeiramente, analisar o

caput e o § 1°.

O objetivo do art. 44 da LOTCU é assegurar a eficácia das fiscalizações do

Tribunal. Assim, caso algum responsável por órgão ou entidade da Administração

Pública Federal que venha a obstaculizar o exercício do controle.

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Ao decidir sobre o afastamento do responsável, o Tribunal comunicará à

autoridade competente para que adote as medidas necessárias para esse procedimento. A

não efetivação da determinação implicará responsabilidade solidária da autoridade

omissa. Essa é a inteligência do § 1° do art. 44 da LOTCU.

Importante destacar que o Supremo Tribunal Federal já manifestou

entendimento no sentido de que a competência do Tribunal de Contas da União para a

adoção dessa medida cautelar se restringe a órgãos e entidades da Administração

Pública.

Dessa forma, caso haja repasse de verbas da União para alguma entidade

privada, apesar de essa entidade estar sujeita à fiscalização do Tribunal, a adoção da

medida cautelar não será possível.

No ano de 2004, o Cespe elaborou a seguinte questão na prova para o cargo de

procurador junto ao Tribunal de Contas da União:

’Ao realizar a tomada de contas especial (TCE) relativa a uma sociedade civil, pessoa

jurídica privada, beneficiária de recursos públicos, o TCU verificou que Pedro, presidente

dessa sociedade civil, opunha obstáculos indevidos ao desenvolvimento dos trabalhos. O

MP/TCU então requereu ao tribunal o afastamento de Pedro, o que foi deferido.

Nessa situação, a medida de afastamento de Pedro não está juridicamente amparada

pela Lei Orgânica do TCU.’

A assertiva, pelos fatos acima expostos, foi considerada incorreta pela banca

examinadora.

Prosseguindo, passemos ao estudo do § 2° do art. 44.

Esse dispositivo objetiva evitar que o responsável, ao verificar que poderá ser

condenado pelo Tribunal a ressarcir o erário, dilapide o seu patrimônio. Assim, caso o

Tribunal verifique essa possibilidade, poderá decretar que os bens do responsável fique

indisponível. Interessante destacar que essa indisponibilidade fica adstrita ao prazo de 1

ano e só recairá nos bens necessários a fazer frente ao possível dano ao erário.

2.2 – Adoção de cautelar para evitar ilegalidades

A cautelar ora em estudo está prevista o art. 276 do RITCU, o qual possui a

seguinte redação:

‘Art. 276. O Plenário, o relator, ou, na hipótese do art. 28, inciso XVI, o

Presidente, em caso de urgência, de fundado receio de grave lesão ao erário ou a

direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito, poderá, de ofício ou

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mediante provocação, adotar medida cautelar, com ou sem a prévia oitiva da parte,

determinando, entre outras providências, a suspensão do ato ou do procedimento

impugnado, até que o Tribunal decida sobre o mérito da questão suscitada, nos termos

do art. 45 da Lei nº 8.443, de 1992.

§ 1º O despacho do relator ou do Presidente, de que trata o caput, será

submetido ao Plenário na primeira sessão subseqüente.

§ 2º Se o Plenário, o Presidente ou o relator entender que antes de ser adotada

a medida cautelar deva o responsável ser ouvido, o prazo para a resposta será de até

cinco dias úteis.

§ 3º A decisão do Plenário, do Presidente ou do relator que adotar a medida

cautelar determinará também a oitiva da parte, para que se pronuncie em até quinze

dias, ressalvada a hipótese do parágrafo anterior.

§ 4º Nas hipóteses de que trata este artigo, as devidas notificações e demais

comunicações do Tribunal e, quando for o caso, a resposta do responsável ou

interessado poderão ser encaminhadas por telegrama, fac-símile ou outro meio

eletrônico, sempre com confirmação de recebimento, com posterior remessa do

original, no prazo de até cinco dias, iniciando-se a contagem do prazo a partir da

mencionada confirmação do recebimento.

§ 5º A medida cautelar de que trata este artigo pode ser revista de ofício por

quem a tiver adotado.’

Esse procedimento cautelar visa a assegurar a correta aplicação dos normativos

que regem a Administração Pública. Assim, pode tanto o relator como o Tribunal

determinar a suspensão de procedimentos que possam ser considerados irregulares.

Quando a medida for adotada diretamente pelo relator, ele deverá submetê-la a

apreciação dos demais membros do Tribunal, na próxima sessão do Plenário.

Como exemplo da adoção dessa medida, vejamos a seguinte situação hipotética:

Algum licitante, com o fundamento no art. 237, inciso VII, do RITCU apresenta

uma representação ao TCU contra possíveis ilegalidades que estejam ocorrendo no

procedimento licitatório em andamento no órgão XYZ para a compra de computadores.

O licitante alega que a licitação está sendo direcionada para um determinado

representante que possui os preços dez vezes maiores do que o de mercado.

Ao receber a representação, o Tribunal, caso verifique a possibilidade de o

prosseguimento da licitação trazer danos ao erário de difícil reparação, pode determinar

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a suspensão do processo licitatório até que verifique a pertinência ou não dos fatos

trazidos ao conhecimento da Corte.

Com relação a medidas cautelares e sanções, o Cespe, no ano de 2002, elaborou

a seguinte questão para o concurso de Analista de Controle Externo do Tribunal de

Contas da União:

‘O Tribunal de Contas da União, mesmo no exercício das suas funções de

controle externo e a despeito de haver irregularidades graves ou causas plausíveis que

o recomendem, não poderá (ACE – Esaf 2002)

a) inabilitar o responsável seu jurisdicionado para o exercício de cargo

comissionado na Administração Pública Federal.

b) declarar a inidoneidade de licitante fraudador da competição licitatória.

c) afastar temporariamente do exercício das suas funções o responsável seu

jurisdicionado que possa dificultar apurações de fatos.

d) decretar a indisponibilidade dos bens de responsável.

e) determinar o arresto dos bens de responsável julgado em débito.’

Com os conhecimentos adquiridos nessa aula e com os adquiridos na aula 6,

podemos afirmar que a alternativa correta é a letra ‘e’, uma vez que quem vai

determinar o arresto dos bens de responsável julgado em débito vai ser o Poder

Judiciário. Com relação ao arresto, interessante relembrar que cabe ao MPjTCU

comunicar a AGU da necessidade de entrar com a ação no Poder Judiciário.

3 - RECURSOS

São as seguintes as espécies recursais cabíveis no Tribunal de Contas da União:

Recurso de Reconsideração, Pedido de Reexame, Recurso de Revisão, Embargos de

Declaração e Agravo.

O quadro a seguir apresentado pode facilitar a compreensão da matéria.

Tipo Quais processos? Prazo Efeito suspensivo?

Recurso de

Reconsideração

Processos de contas 15 dias Sim

Pedido de Reexame Processo de

fiscalização

15 dias Sim

Recurso de Revisão Processos de contas 5 anos Não

Embargos de Todos 10 dias Sim

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Declaração

Agravo Despacho decisório 5 dias A critério do relator

Os recursos, assim como os processos de denúncia, representação, solicitação e

consulta, são analisados em duas etapas: admissibilidade e mérito. O juízo de

admissibilidade será efetuado pelo relator do recurso e dirá se o recurso poderá ser

conhecido ou não, caso preencha ou não os requisitos de admissibilidade.

De acordo com o art. 154 do RITCU para cada recurso haverá sorteio de relator.

Após a edição da Resolução 175 de 2005, somente os ministros titulares têm

competência para relatar os recursos. Dessa forma, auditor não pode relatar recurso.

Se entender admissível o recurso, o relator encaminhará os autos à Secretaria de

Recursos, unidade técnica do Tribunal especializada para instrução desse tipo de

processo.

Caso considere que os requisitos de admissibilidade não sejam preenchidos, o

relator poderá, por meio de despacho fundamentado, determinar o arquivamento do

feito ou submetê-lo ao colegiado competente para apreciação. Cumpre relembrar que,

conforme estudamos na aula 6, o colegiado competente será aquele que proferiu a

decisão recorrida. Exceção a essa regra é o recurso de revisão que será sempre

apreciado pelo Plenário da Corte.

Devemos relembrar também, que, conforme estatuído no art. 62, inciso III, do

RITCU e estudado na aula 6, o MPjTCU deve se pronunciar obrigatoriamente nos

recursos relativos a processos de contas e processos de fiscalização de atos sujeitos a

registro, salvo os embargos de declaração.

O art. 278 do RITCU estabelece que a interposição de recurso, ainda que venha

a não ser conhecido, gera preclusão consumativa.

Para compreendermos esse dispositivo, temos que saber o que significa o termo

preclusão consumativa.

Preclusão é um instituto do Direito Processual Civil e consiste na perda do

direito de realizar um ato processual. A preclusão pode ser consumativa, lógica e

temporal. A preclusão consumativa, que nos interessa nesse momento, é a perda do

direito de realizar um ato processual em decorrência de algum ato que já tenha sido

praticado. Em seguida, verificaremos que, em geral, os recursos só podem ser

interpostos uma única vez. Caso algum responsável interponha um recurso e mesmo que

este não venha a ser conhecido, o responsável perde o direito de entrar com novo

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recurso. O melhor exemplo para preclusão consumativa é o palito de fósforo. Uma vez

acendido, jamais poderá ser aceso de novo.

O art. 279 do RITCU estabelece que ‘não cabe recurso de decisão que converter

processo em tomada de contas especial, ou determinar a sua instauração, ou ainda que

determinar a realização de citação, audiência, diligência, inspeção ou auditoria’.

O motivo para o Regimento Interno impossibilitar a interposição de recursos

sobre essas decisões se dá pelo fato de que em nenhuma delas ocorre uma decisão

definitiva do processo, mas, apenas a adoção de passos necessários para o saneamento

dos autos.

Caso o responsável ingresse com recurso contra essas decisões, o Tribunal não

irá conhecê-lo. Nada obstante, a documentação que for encaminhada a título de recurso

será aproveitada como defesa do responsável quando da apreciação do mérito do

processo.

O recurso apresentado por um responsável pode aproveitar os demais

condenados pela mesma decisão, desde que o recurso se refira a questões objetivas.

Suponhamos que João, José e Pedro tenham sido condenados pelo Tribunal em

uma mesma decisão.

Se apenas João vier a recorrer, José e Pedro só serão beneficiados pelo recurso

de João na hipótese de o recurso se referir apenas a questões objetivas. Caso a

condenação tenha sido dada por terem efetuado contratação superfaturada e o recurso

conseguir demonstrar que não houve o superfaturamento, José e Pedro se beneficiarão.

Entretanto, se o recurso somente demonstrar que João não era o responsável pela

contratação, o recurso não atingirá os demais.

3.1 – Recurso de Reconsideração

O caput do art. 285 do RITCU (art. 33 da LOTCU) estabelece que:

‘Art. 285. De decisão definitiva em processo de prestação ou tomada contas,

mesmo especial, cabe recurso de reconsideração, com efeito suspensivo, para

apreciação do colegiado que houver proferido a decisão recorrida, podendo ser

formulado uma só vez e por escrito, pela parte ou pelo Ministério Público junto ao

Tribunal, dentro do prazo de quinze dias, contados na forma prevista no art. 183.’

Algumas informações presentes no caput desse dispositivo devem ser

destacadas. A primeira é que o Recurso de Reconsideração só é cabível para atacar

decisões definitivas em processos de contas. Por essa razão, não cabe recurso contra

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decisão que determinar a citação de um responsável, pois, como já estudamos, essa

decisão é preliminar.

A segunda informação que podemos extrair do dispositivo é que o Recurso de

Reconsideração concede efeito suspensivo à decisão atacada. Assim, se determinado

responsável for condenado a devolver cinco mil reais aos cofres da União e interpuser

recurso contra essa decisão, não precisará recolher a importância até a apreciação final

do recurso. Vale registrar que, segundo o § 1° do art. 285, o efeito suspensivo só será

concedido nos itens do Acórdão que estão sendo atacados. Como exemplo, podemos

trazer a seguinte situação:

Imaginemos que o TCU proferiu Acórdão com seis determinações a um

responsável. Das seis determinações, o responsável não concordou com duas,

interpondo recurso contra elas. Pelo § 1° do art. 285, somente as duas decisões

recorridas não precisam ser cumpridas de imediato.

A terceira informação refere-se ao prazo para interpor o recurso: 15 dias.

Por fim, interessante notar que o recurso só pode ser interposto uma única vez.

Com relação ao prazo para interposição do recurso, o § 2° do art. 285 do RITCU

abre uma exceção ao prazo de 15 dias estabelecido no caput, vejamos.

‘§ 2º Não se conhecerá de recurso de reconsideração quando intempestivo,

salvo em razão de superveniência de fatos novos e dentro do período de um ano

contado do término do prazo indicado no caput, caso em que não terá efeito

suspensivo’.

O objetivo desse parágrafo é fazer prevalecer a verdade real, uma das

características do processo administrativo. Assim, o conhecimento de recurso

intempestivo permitirá que o Tribunal chegue, no caso de surgimento de fatos novos, à

verdade real, desde que esses fatos sejam levados ao conhecimento da Corte no Período

de um ano.

3.2 – Pedido de Reexame

Essa espécie recursal está prevista no art. 286 do RITCU (art. 48) da LOTCU, o

qual apresenta a seguinte redação.

‘Art. 286. Cabe pedido de reexame de decisão de mérito proferida em processo

concernente a ato sujeito a registro e a fiscalização de atos e contratos.

Parágrafo único. Ao pedido de reexame aplicam-se as disposições do caput e

dos parágrafos do art. 285.’

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A única observação relacionada a esse dispositivo refere-se ao fato de que o

Pedido de Reexame é utilizado para atacar decisão de mérito proferida em processos de

fiscalização. Assim, temos que os processo de contas são atacados por Recurso de

Reconsideração e os de fiscalização por Pedido de Reexame. No mais, tudo o que foi

falado no tópico anterior cabe para esse.

3.3 – Embargos de Declaração

Os Embargos de Declaração não visam a, primordialmente, modificar a decisão

embargada. Essa espécie recursal é utilizada quando o responsável considera que a

decisão do TCU não foi suficientemente clara. Dessa forma, são opostos Embargos de

Declaração para sanar obscuridade, omissão ou contradição.

Vejamos o que dispõe o art.287 do RITCU (art. 34 da LOTCU):

‘Art. 287. Cabem embargos de declaração quando houver obscuridade, omissão

ou contradição em acórdão do Tribunal.

§ 1º Os embargos de declaração poderão ser opostos por escrito pela parte ou

pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de dez dias, contados na

forma prevista no art. 183.

§ 2º Os embargos de declaração serão submetidos à deliberação do colegiado

competente pelo relator ou pelo redator, conforme o caso.

§ 3º Os embargos de declaração suspendem os prazos para cumprimento do

acórdão embargado e para interposição dos demais recursos previstos neste

Regimento, aplicando-se, entretanto, o disposto no § 1º do art. 285.’

Quanto aos Embargos, interessante destacar que não há a restrição para que seja

oposto apenas uma vez. A razão dessa exceção é que, mesmo com as explicações dadas

no embargo, o responsável pode continuar sem compreender a decisão da Corte, motivo

pelo qual vai poder embargar de novo.

3.4 – Recurso de Revisão

O Recurso de Revisão encontra amparo no art. 288 do RITCU (art. 35 da

LOTCU). Vejamos a sua redação:

Art. 288 De decisão definitiva em processo de prestação ou tomada de contas,

mesmo especial, cabe recurso de revisão ao Plenário, de natureza similar à da ação

rescisória, sem efeito suspensivo, interposto uma só vez e por escrito pela parte, seus

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sucessores, ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco

anos, contados na forma prevista no inciso IV do art. 183, e fundar-se-á:

I – em erro de cálculo nas contas;

II – em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado

o acórdão recorrido;

III – na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova

produzida.

§ 1º O acórdão que der provimento a recurso de revisão ensejará a correção de

todo e qualquer erro ou engano apurado.

§ 2º Em face de indícios de elementos eventualmente não examinados pelo

Tribunal, o Ministério Público poderá interpor recurso de revisão, compreendendo o

pedido de reabertura das contas e o pedido de mérito.

§ 3º Admitido o pedido de reabertura das contas pelo relator sorteado para o

recurso de revisão, este ordenará, por despacho, sua instrução pela unidade técnica

competente e a conseguinte instauração de contraditório, se apurados elementos que

conduzam ao agravamento da situação do responsável ou à inclusão de novos

responsáveis.

§ 4º A instrução do recurso de revisão abrange o reexame de todos os elementos

constantes dos autos.

§ 5º A interposição de recurso de revisão pelo Ministério Público dar-se-á em

petição autônoma para cada processo de contas a ser reaberto.

§ 6º Se os elementos que deram ensejo ao recurso de revisão referirem-se a mais

de um exercício, os respectivos processos serão conduzidos por um único relator,

sorteado para o recurso.

O Recurso de Revisão visa a desconstituir decisões tomadas em processos de

contas. Como já mencionado, o colegiado competente para julgar Recurso de Revisão é

o Plenário, independentemente de qual colegiado tenha proferido a decisão atacada.

O RITCU menciona que o Recurso de Revisão tem natureza similar à ação

rescisória. Essa ação, utilizada no âmbito do Poder Judiciário, tem como objetivo

desconstituir a coisa julgada. De forma semelhante ocorre com o Recurso de Revisão,

que visa desconstituir coisa julgada administrativa. Como a coisa julgada é um dos

pilares do estado democrático de direito, a sua desconstituição deve ser vista com

bastante cuidado. Por pretender modificar algo que já estava incorporado ao mundo

jurídico, não será concedido efeito suspensivo a essa espécie recursal.

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A modificação da coisa julgada administrativa só poderá ser feita caso seja

apresentado os requisitos específicos do Recurso de Revisão: erro de cálculo nas contas,

falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado o acórdão

recorrido ou superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova

produzida.

3.5 - Agravo

O agravo não encontra guarida na LOTCU. No RITCU, a matéria é tratada no

art. 289 da seguinte foram:

‘Art. 289. De despacho decisório do Presidente do Tribunal, de presidente de

câmara ou do relator, desfavorável à parte, e da medida cautelar adotada com

fundamento no art. 276 cabe agravo, no prazo de cinco dias, contados na forma do art.

183.

§ 1º Interposto o agravo, o Presidente do Tribunal, o presidente de câmara ou o

relator poderá reformar o seu despacho ou submeter o feito à apreciação do colegiado

competente para o julgamento de mérito do processo.

§ 2º Se o despacho agravado for do Presidente do Tribunal ou de presidente de

câmara, o julgamento será, nos termos deste Regimento, presidido por seu substituto,

computando-se o voto do presidente agravado.

§ 3o Caso a decisão agravada seja do Tribunal, o relator do agravo será o

mesmo que já atuava no processo ou o redator do acórdão recorrido, se este houver

sido o autor da proposta de medida cautelar.

§ 4o A critério do Presidente do Tribunal, do presidente de câmara ou do

relator, conforme o caso, poderá ser conferido efeito suspensivo ao agravo.’

Com relação ao agravo, o importante destacar é que ele não pretende atacar

decisão de mérito do Tribunal, mas sim despachos decisórios do Tribunal ou de Relator.

Assim, caso algum ministro adote uma medida cautelar com relação a

determinado fato adotado por um responsável (lembrar que a medida cautelar só visa

garantir a eficácia do processo) e esse responsável não concordar com a adoção da

medida, poderá utilizar o agravo para tentar rever a medida cautelar.

Para ilustrar o tema, apresento duas questões já cobradas em provas passadas:

(Esaf\2000\ACE\TCU) ‘As decisões definitivas do Tribunal de Contas da União,

no julgamento de contas, são passíveis do recurso de:

a) embargos, no prazo de 30 dias

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b) reconsideração, no prazo de 15 dias

c) revisão, no prazo de 15 dias

d) revisão, no prazo de 30 dias

e) reexame, no prazo de 5 ano ‘

Pelo que vimos, a resposta certa é a letra ‘b’.

(Esaf\2000\ACE\TCU) ‘De decisão definitiva do Tribunal de Contas da União

em processo de tomada de contas caberá recurso de revisão ao Plenário, sem efeito

suspensivo, interposto uma só vez e por escrito pelo responsável, seus sucessores, ou

pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, desde que

fundado em erro de cálculo nas contas, falsidade ou insuficiência de documentos que

servirem de fundamento para o acórdão recorrido.

a) Correta a assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque cabe o recurso de revisão, também, no caso da

superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova produzida.

c) Incorreta a assertiva, porque só o próprio responsável pode recorrer.

d) Incorreta a assertiva, porque o recurso de revisão tem necessariamente efeito

suspensivo.

e) Incorreta a assertiva, porque o prazo é de dois anos.’

Essa questão é propícia para verificarmos que, na prova da Esaf, por vezes

podemos ter mais de uma alternativa correta. Nesses casos, temos que verificar qual a

alternativa está mais completa. Por isso, devemos ler todas as alternativas antes de

escolher qual vamos assinalar como correta. No caso dessa questão, o candidato mais

afoito tenderá a marcar a alternativa ‘a’, mas, com uma análise mais cuidadosa,

podemos verificar que a alternativa ‘b’ é a mais correta.

Chegamos ao final de nosso curso!

Gostaria de compartilhar minha felicidade de poder tentar ajudá-los nessa difícil

empreitada, que é o concurso público. Sei como é desgastante o processo seletivo para

aprovação em cargo público. Acredito, entretanto, que o ingresso no cargo de Analista

de Controle Externo do Tribunal de Contas da União recompensa todo esforço

desprendido.

Espero que os ensinamentos ministrados nesse curso possam ser úteis no

momento da prova.

Torço por todos vocês!

Boa sorte!

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Marcio Albuquerque