Controle de Qualidade1

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CONTROLE DE QUALIDADE

Gesto de Qualidade

Uma empresa, para sobreviver, necessita de fabricar produtos que respondam a determinadas exigncias de qualidade que no so mais do que os resultados dos contributos de todos os sectores da empresa.

A luta pela posse de mercado grande e cada vez mais premente fabricar artigos de qualidade para enfrentar a concorrncia.

Denomina-se Qualidade de uma fabricao, a qualidade segundo a qual o produto fabricado satisfaz as especificaes de um projecto e a medida segundo a qual as caractersticas estabelecidas no projecto respodem finalidade de utilizao do produto, se perder de vista o aspecto econmico.

A qualidade consiste num conjunto de padres que tm de ser:

- estabelecidos;

- mantidos;

- controlados.

Estes padres podero ser objectivos ou subjectivos e so avaliados em trs reas distintas:

- no mercado (onde as necessidades se sentem);

- na concepo do produto (onde as especificaes se quantificam);

- na fabricao (onde o controle de produo se faz).

MERCADO

. Funo

. Durao

. Conforto

. Preo

. EstticaCONCEPO

. Concepo

. Qumica

. Dureza

. Resistncia

. DimensoFABRICAO

. Desvio das especificaes

Por vezes confundem-se o conceito de inspeco com o conceito de controle.

O primeiro consiste no estabelecimento de um meio de medida das caractersticas efectivas de qualidade e na sua comparao com os padres de qualidade estabelecidos, ou seja, na separao simples entre peas defeituosas e peas no defeituosas.

O controle de qualidade preocupa-se em conhecer a probabilidade de erro, pois a sua metodologia consiste em determinar a causa do erro e efectuar de seguida a sua coreco, de modo a que no sejam produzidas mais unidades com defeitos.

A poltica de gesto de qualidade tem como objectivos:

- investigar o que necessrio para satisfazer o mercado;

- determinar o AQL (Acceptable Quality Level), ou seja, o nvel aceitvel de qualidade;

- verificar se as especificaes correspondem s necessidades e se so compatveis com

as possibilidades tcnicas da fabricao;

- assegurar a durao de vida e a segurana dos produtos (fiabilidade);

- preparar planos de inspeco, ou seja, determinar quais as etapas a seguir, onde devem

ter lugar a inspeco e que aparelhos de medida se devem utilizar;

- estimar os custos totais de refugios e de recuperaes;

- fomentar a formao profissional;

- prestar ateno s condies de:

entrega (embalagem, transporte);

utilizao (humidade, temperatura);

- atender e estudar reclamaes de clientes;

- estudar novos mtodos para descobrir o mais cedo possvel as peas defeituosas;

- criar na empresa um clima favorvel ao controle de qualidade, que deve ser

considerado e aceite pelo pessoal adstrito concepo e fabricao.

Estas funes no competem na ntegra ao servio de controle de qualidade e, portanto, algum deve assegurar a coordenao da poltica de qualidade.

Pode decompor-se o controle de qualidade em frases:

1) estabelecimento de directrizes para determinar o nvel de qualidade desejado pelo mercado: determinao da poltica de qualidade do produto (emenda dos nveis superiores da empresa);

2) projectos tcnicos, durante o qual os nveis de qualidade so especificados afim de se realizarem os nveis determinados pelo mercado: determinao da qualidade do projecto do produto no que diz respeito a:

materiais a serem usados;

dimenses;

tolerncia;

capacidade de produto;

requisitos de servios.

3) produo, em que o controle sobre o recebimento de matrias-primas e sobre as operaes de fabricao necessrio para implementar as directrizes e especificaes do projecto. Esta fase subdivide-se em:

inspeco e controle de qualidade no recebimento de matrias-primas;

inspeco do produto e controle dos processos;

inspeco e prova do comportamento do produto;

4) utilizao no campo, onde a instalao pode afectar a qualidade final e onde as garantias de qualidade e de funcionamento se devem tornar efectivas; consiste na qualidade da distribuio, da instalao e do uso (ser que o utilizar ficou ou no satiafeito com a utilizao do produto?).

A actividade de controle engloba:

- legislao sobre qualidade:

consiste na elaborao de prescries relativas ao produto, fabricao e ao estudo;

realizada num gabinete de estudos que recebe o apoio da rea das vendas e da rea da fabricao;

- concretizao da qualidade:

consiste em colocar e conservar sob controle todos os factores que podem afectar a qualidade aquando do fabrico;

realizada na fabricao;

- a avaliao da qualidade:

consiste na conjugao de todas as actividades conducentes verificao da medida, segundo a qual atingido o objectivo final de qualidade;

realizada pelo servio de controle/inspeco de qualidade.

- Estudo do mercado - Elaborao do pro- - Execuo do produto

(o que o cliente quer) atendendo capacidade de acordo com as

informao das vendas especificaes

S se consegui melhorar a qualidade dos produtos melhorando a prpria fabricao, actuando nos equipamentos e motivando os executantes.

No chega a ter um bom servio de controle de qualidade porque:

a inspeco no faz qualidade; a qualidade fabrica-se.

QUALIDADE VERSUS CUSTO

Um dos grandes problemas que se colocam relativamente a este assunto tem a ver com a contabilizao dos custos de qualidade. Assim temos:

Se relacionarmos o valor da qualidade com os custos que se tm de suportar para alcanar, teremos o seguinte:

Custo

Nvel de

1 2 3 4 qualidade do produto

Nvel ptimo Preciso

de qualidade absoluta

Da anlise grfica retira-se o seguinte:

- o aumento dos custos mais do que proporcional ao aumento do valor da qualidade;

- a qualidade ptima ser a que consegue uma maior diferena entre o custo e o valor da

qualidade, neste caso, ser o nvel 2 porque:

se se transmitir para o nvel 1, os custos diminuem mas o valor diminui muito mais (B>A);

se se transmitir para o nvel 3, o valor aumenta mas os custos associados aumentam muito mais (C>D).

- custos dos defeitos:

na fabricao, como: refugos (vendidos como sucata); reparao;

nas vendas, como: perdas financeiras; desclassificao de produtos; custos de servios ps-venda; perda de clientes devido a uma apreciao desfavorvel;

- custo de deteno de defeitos:

no controle de produo;

nos laboratrios;

nas aparelhagens de medida e controle;

- custo de preveno:

na automatizao dos controles;

no desenvolvimento de mtodos estatsticos;

na anlise dos defeitos e investigao das causas.

QUALIDADE VERSUS CONTROLE

Deve realizar-se o chamdo controle preventivo, que consiste na deteno (mais cedo possvel) das causas provveis dos defeitos. Este controle baseia-se no seguinte mtodo:

1) registar todos os rejeitados (no momento da inspeco);

2) disgnosticar as causas dos defeitos registados nas fichas das peas e as medidas tomadas;

3) determinar a frequncia com que os defeitos correm e o prejuzo que acarretam;

4) diagnosticar as causas dos defeitos que provocam prejuzos mais elevados;

5) tomar medidas de imediato e organizar campanhas por tipo de defeito;

6) classificar as medidas correctivas sua rentabilidade.

Relativamente as perdas devido a prejuzos com os custos de realizao do controle, temos:

Custo

100% ptimo 0% Defeitos

O custo de controle necessrio para a melhor situao possvel (0% de defeitos) cresce substncialmente com a aproximao dessa situao; o ptimo econmico no est na perfeio.

A gesto ou controle da qualidade consiste em melhorar e conservar a qualidade dos produtos por meio de medidas nas diversas etapas do estudo da fabricao.

Assim, envolve:

- verificao dos materiais adquiridos no exterior;

- actividades de fabrico;

- actividades aps fabrico.

Deve tentar fazer-se um esforo para reduzir ao mnimo o controle final, em benefcio de um controle eficaz e preventivo ao longo da populao.

CONTROLE DO PROCESSO DE FABRICO

Uma gesto eficaz da qualidade ter de se realizar em todas as fases do processo de fabrico, procurando, em cada fase, os pontos crticos ou pontos-chave do controle (aqueles em que se torna mais rentvel a aco de controle).

Controlar o processo corrente de produo significa fazer os ajustes necessrios para evitar a produo de peas defeituosas, pois se se controlar o nvel de qualidade do produto um determinado ponto da inspeco garante-se que, em mdia, no passe mais do que uma percentagem especfica de peas defeituosas.

O controle do processo de fabrico tem uma importncia relevante do que o das peas fabricadas em si mesmas, uma vez que um processo bem concebido e bem controlado produzir boas peas. As gerais de encaminhamento so:

1) decompor o processo de fabrico em fases ou sectores de fabrico;

2) dentro de cada fase h:

matrias;

materiais;

equipamentos;

pessoal;

mtodo (1);

produto prprio do sector;

3) em cada um destes elementos procura-se determinar:

O que controlar

Quando controlar

Como controlar

Onde controlar

Quem controlaO elemento a controlar

Os factores de qualidade desses elementos

Frequncia do controlo

O mtodo (1) a empregar

Os disposit. A utilizar como tomar amostras (instrues)

Como registar e classificar os resultados do controle.

Como transmitir os dados pessoa que vai tomar a deciso

Local de inspeco

O responsvel do controle do elemento considerado.

Aquele que deve ser informado para explorar o resultado do controle.Mquina X

Mquina Y

%

Altura

Dimetro

Uma vez por dia

Em todas as remessas

Observao visual

Anlise qumica

Aparelhos de medida

N de peas a controlar em cada lote e qual a formar de as seleccionar

Documentos a utilizar

To prximo quanto possvel do local da fabricao.

(1) Utilizao, segundo um processo determinado, dos materiais e equipamentos.

CONTROLE POR VARIVEIS CONTROLE ESTATSTICO DE QUALIDADE

No processo de fabricao, o controle estatstico de qualidade consiste na verificao da qualidade da produo com uma antecipao razovel.

Os seus objectivos so:

- observar e apreciar a qualidade do produto acabado e determinar a grandeza dos

desvios em relao s especificaes exigidas;

- detectar os defeitos no produto acabado, nas matrias-primas ou no processo de

fabricao e classific-los segundo a importncia e os danos que originam;

- providenciar os meios para manter o processo de fabricao sob controle, acautelando

contra possveis desvios do modelo normal de flutuaes;

- analisar e escolher os processos e os meios disponveis para medida das caractersticas

de qualidade, de modo a que estas possam ser econmicas e adequadamente

determinadas.

Habitualmente dentro de um lote, extrai-se uma amostra que pode ser examinada de duas maneiras diferentes.

Variveis

Atributos

Medir a caracterstica em todas as peas que constituem a amostra.

Controlar o nmero de peas boas e o nmero de peas defeituosas.

Em qualquer dos mtodos, o objectivo estudar o lote a partir do resultado da amostra.

CONTROLE POR ATRIBUTOS

Para realizar o controlo por atributos tem de se realizar um plano de amostragem que existe em definir:

- a dimenso do lote;

- a dimenso da amostra;

- de quanto em quanto tempo se fazem as amostras.

Para isso h que definir:

- a tolerncia mxima (nmero mximo de peas defeituosas permitidas na amostra),

- nvel de quantidade (nmero aceitvel de peas defeituosas na amostra).

Atendendo curva de caractersticas de operao (curva baseada em dados do passado, para um determinado tamanho de amostras ou nmero de artigos defeituosos encontrados) define-se:

- riscos de fabricante:

probabilidade de rejeitar um lote (como se fosse defeituoso);

calculada; atendendo ao nvel de qualidade definido;

- risco de consumidor:

probabilidade de adquirir um mau produto (como se fosse bom);

calculado, atendendo tolerncia mxima definida.

O objectivo : obter valores mnimos de risco para o consumidor e para fabricante.

Exemplo:

Vamos supor um produto que tem a seguinte curva de caractersticas de operao:

100 Risco

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 100 Quantidade

Nvel de Tolerncia mxima defeituosas de

Qualidade amostra de peas

Da anlise grfica refira-se que:

- foi definido como tolerncia mxima o valor de 4.

Isto significa que, se na amostra existem quatro ou menos peas defeituosas, lote de

onde a amostra foi retirada aceite como bom; em caso contrrio rejeitado;

- O nvel de qualidade definido foi de 2 peas defeituosas na amostra.

De onde resulta que, atendendo ao produto em causa:

- o risco do fabricante de cera de 10% em 10% dos casos o fabricante rejeita lotes bons

porque pensa que so defeituosos;

- o risco do consumidor ronda os 15% em 15% dos casos o consumidor adquire um

produto defeituoso pensando que bom produto.

PRODUO

NECESSIDADES

ESPECIFICAES

QUANTIFICAM-SE

PRODUO

SENTEM-SE

SERVIO DE CONTROLE DE QUALIDADE

GABINETE DE ESTUDOS

FABRICAO

VENDAS

CONSISTE EM

COMROLADO POR

Probabilidade de

Rejeitar o lote

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Risco de fabricante

Risco do

consumidor