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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Bianca Farias Matos Késia Cristina de Souza CONTROLE FINANCEIRO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: Estudo de caso na empresa Lanchonete D&G LINS SP 2018

CONTROLE FINANCEIRO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: … · financeira das organizações. Para a segurança na gestão de negócios, principalmente em pequenas empresas, apresenta-se

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Bianca Farias Matos

Késia Cristina de Souza

CONTROLE FINANCEIRO PARA MICRO E

PEQUENAS EMPRESAS: Estudo de caso na

empresa Lanchonete D&G

LINS – SP

2018

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BIANCA FARIAS MATOS

KÉSIA CRISTINA DE SOUZA

CONTROLE FINANCEIRO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. Me. Irso Tófoli e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS –SP

2018

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Matos, Bianca Farias; Souza, Késia Cristina

Controle financeiro para micro e pequenas empresas: estudo de caso na empresa Lanchonete D&G Lanchonete D&G, Guaiçara, SP / Bianca Farias Matos; Késia Cristina de Souza– – Lins, 2018. 67 p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2018.

Orientadores: Irso Tófoli; Jovira Maria Sarraceni

1.Gestão Financeira. 2. Administração. 3.Lanchonete D&G. I Título.

CDU 658

M281c

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BIANCA FARIAS MATOS

KÉSIA CRISTINA DE SOUZA

CONTROLE FINANCEIRO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS: Estudo

de caso na empresa Lanchonete D&G

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: / /

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Me. Irso Tófoli

Titulação: Mestre em Administração – Faculdade Cenecista de Varginha, MG

Assinatura:

Prof.: Esp. Rogério Canuto da Silva

Titulação: Especialista em Gestão Empresarial com ênfase em Marketing e Recursos

Humanos pelo UniSALESIANO Lins

Assinatura:

Prof.: Me. Ricardo Yoshio Horita

Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela UFSCAR – São Carlos

Assinatura:

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Dedico a Deus em primeiro lugar por ter me dado o dom da vida e força

necessária para lutar pelos meus objetivos e ter oportunidade de chegar até aqui.

Aos meus pais, Alexandre e Jivete, e irmãos, Bruno e Alex, por terem me guiado

e me apoiado em todos os momentos da minha vida, acreditando em meu potencial e

correndo atrás dos meus sonhos ao meu lado.

Dedico também a toda minha família, que sempre me apoiou. E as minhas

pequenas sobrinhas Barbara e Lilian por me fazerem querer melhorar todos os dias,

para ser exemplo.

Dedico ao meu namorado, que me acompanhou nessa reta final e teve toda a

paciência de me suportar, me aconselhar e me auxiliar.

A minha amiga e companheira de TCC Késia, por ter lutado, sonhado e

batalhado por este trabalho junto a mim.

A todos os professores que me ensinaram durante os quatro anos de faculdade,

mas em especial a nosso orientador de conteúdo Mestre Irso Tófoli, que teve toda a

paciência, carinho e dedicação. A orientadora técnica Mestra Jovira Maria Sarraceni,

por nos acompanhar e auxiliar neste projeto.

Bianca Farias Matos

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Dedico primeiramente a Deus por ser essencial na minha vida e ter me dado

saúde, força e a oportunidade de realizar essa graduação.

Dedico esta, bem como todas as minhas conquistas, aos meus pais Eduardo e

Cinira e toda minha família, por todo empenho e apoio durante todos os anos, em tudo

que era necessário e principalmente pelo incentivo em realizar o curso de

administração.

Dedico ao meu noivo pelo amor, companheirismo e apoio, que me suportou

em todo momento para que essa graduação fosse concluída.

A minha amiga de TCC Bianca, pela parceria, cumplicidade e

companheirismo para que esse trabalho fosse concluído.

A todos os professores, em especial ao nosso orientador de conteúdo Mestre

Irso Tófoli, por todo conhecimento, apoio, paciência e amizade; a nossa orientadora

técnica Mestra Jovira Maria Sarraceni pela dedicação e conhecimento e a nossa

coordenadora Mestre Maris Vendrame.

Késia Cristina de Souza

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nos sustentar até aqui com saúde,

força e vontade de lutar pelos nossos objetivos.

Agradecemos aos nossos pais e família que nos educaram e acreditaram em

nossos potenciais.

A todos os professores que durante esses quatro anos nos ensinaram e nos

deram base para concluir o presente trabalho.

Em especial ao professor mestre Irso Tófoli que nos orientou, e com toda

paciência nos direcionou até a conclusão do mesmo.

A professora Mestra Jovira Maria pela dedicação e auxilio nos processos

técnico.

A Coordenadora do curso Maris Vendrame, por nos apoiar e nos orientar não

somente no trabalho, mas em todos os momentos do curso.

Ao proprietário da empresa, Lanchonete D&G, Valdemir que nos acolheu e pôs-

se a nossa disposição, nos cedeu as informações necessárias.

E por fim a nossos amigos e colegas de sala que nos acompanharam durante

esses quatros anos.

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RESUMO

Com o crescimento interdimensional das micros e pequenas empresas no Brasil e a globalização, se viu a necessidade de obter informações financeiras imediatas, concretas e verídicas para gerir um negócio. Em meio a estes desafios elas também se deparam com oportunidades que possibilitam impulsionar a empresa no mercado competitivo, para tanto e necessário que se utilizem as ferramentas do controle. Nos últimos anos surgiram cada vez mais empreendedores, porém muitos proprietários não possuem conhecimentos específicos para controlar suas finanças, o que acaba acarretando a insolvência precoce de suas empresas, e é através do controle financeiro que eles dispõem de informações que proporcionam uma visão real da situação econômica e financeira das organizações. Para a segurança na gestão de negócios, principalmente em pequenas empresas, apresenta-se com grande importância o controle de entradas e saídas dos numerais- fluxo de caixa, e os controles de valores a receber e a pagar. Com o objetivo de demostrar a importância do controle financeiro para micro e pequenas empresas, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, aliada a um estudo de caso na empresa Lanchonete D & G, em Guaiçara– SP, oportunidade em que foram vivenciadas praticas financeiras operacionais realizadas de forma empírica, oportunizando possibilidades de uso das ferramentas adequadas para a facilitação do controle.

Palavras chaves: Gestão Financeira. Administração. Lanchonete D& G.

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ABSTRACT

With the interdimensional growth of micro and small companies in Brazil and

globalization, we saw the need to obtain immediate, concrete and true financial information to run a business. In the midst of these challenges, they also face opportunities that allow them to boost the company in the competitive market, so much that control tools need to be used. In recent years, more and more entrepreneurs have emerged, but many owners do not have specific knowledge to control their finances, which leads to the early insolvency of their companies, and it is through financial control that they have information that provides a real picture of the situation economic and financial organization. For safety in business management, especially in small companies, it is very important to control the inflows and outflows of cash flows and the amounts receivable and payable. In order to demonstrate the importance of financial control for micro and small companies, a bibliographic research was carried out, together with a case study at the company D & G, in Guaiçara, SP, where operational financial practices were carried out in an empirical way, giving possibilities of using the appropriate tools to facilitate the control.

Keywords: Financial Management. Administration. D & G Cafeteria

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Logo da Empresas .................................................................... ................ 16

Figura 2. Cardápio ...................................................................................... ...............19

Figura 3. Planilha fluxo de caixa janeiro ..................................................... ...............33

Figura 4. Planilha fluxo de caixa fevereiro ................................................ .................34

Figura 5. Planilha fluxo de caixa março ................................................... ..................34

Figura 6. Planilha fluxo de caixa abril .................................................... ....................35

Figura 7. Planilha fluxo de caixa maio ........................................................ ...............35

Figura 8. Planilha fluxo de caixa junho .................................................... ..................36

Figura 9. Planilha fluxo de caixa julho ..................................................... ..................36

Figura 10. Planilha fluxo de caixa agosto ................................................ ..................37

Figura 11. Planilha fluxo de caixa real .................................................... ...................38

Figura 12. Planilha fluxo de caixa projetado ............................................... ...............39

Figura 13. Planilha de duplicatas a pagar .......................................... .......................40

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LISTA DE SIGLAS E ABREVEATURAS

ABRASEL: Associação Brasileira de Bares e Restaurante

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MPE’s: Micro e Pequenas Empresas

PIB: Produto Interno Bruto

SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................... 14

CAPÍTULO I LANCHONETE D&G ........................................................ 16

1. A EMPRESA ................................................................................................... 14

1.1 História da Empresa......................................................................................... 14

1.2 Missão .......................................................................................................... 15

1.3 Visão ............................................................................................................ 15

1.4 Valores ......................................................................................................... 15

1.5 Proprietário ...................................................................................................... 16

1.6 Produtos........................................................................................................... 16

1.7 Público-alvo ..................................................................................................... 17

1.8 Fornecedores ................................................................................................... 17

1.9 O Setor............................................................................................................. 17

1.10 Concorrentes ................................................................................................. 18

1.11 Perspectivas .................................................................................................. 19

CAPÍTULO II CONTROLE FINANCEIRO ............................................. 20

1. MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ............................................................... 20

1.1 Administração Financeira................................................................................. 21

1.2 Administração financeira micro e pequenas empresas .................................... 22

1.2.1 Controle financeiro ........................................................................................ 22

1.2.1.1 Fluxo de caixa ............................................................................................ 24

1.2.1.3 Valores a receber ..................................................................................... 27

1.2.1.4 Valores a pagar .......................................................................................... 28

CAPÍTULO III A PESQUISA ................................................................. 30

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 30

1.1 Métodos ........................................................................................................... 31

1.2 Técnicas ........................................................................................................... 31

2. APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA ........................................... 31

2.1 Fluxo de Caixa ............................................................................................. 31

2.1.1 Controle de Duplicatas a Pagar .................................................................... 38

2.2 Parecer Final .................................................................................................. 39

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .......................................................... 40

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CONCLUSÃO........................................................................................ 41

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 42

APÊNDICES .......................................................................................... 44

ANEXOS ............................................................................................... 49

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INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho é o de demonstrar a importância do controle

financeiro para micro e pequenas empresa. Com o aumento das micro e pequenas

empresas e da competitividade do mercado sentiu-se a necessidade de um controle

financeiro eficaz e prático, para auxiliar e dar base ao empresário nas tomadas de

decisão.

Muitas são as ferramentas e os processos de controles financeiros, desde as

mais simples até as mais sofisticadas, mas para elaboração deste trabalho,

inicialmente projetou-se avaliar e confrontar valores a receber e a pagar, controles de

estoques e controles de entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa.

No tocante ao movimento financeiro, espera-se que o empreendedor realize,

no mínimo, o controle de seu dinheiro, elaborando os controles conhecidos como

fluxo de caixa projetado e fluxo de caixa real, permitindo conhecer com antecedência

o comportamento do movimento desses numerários. Aliado a estes, controlar

também estoques, valores a pagar e a receber.

Para um aprofundamento do assunto, buscou-se desenvolver uma pesquisa

com o intuito de acompanhar os controles financeiros da empresa Lanchonete D&G,

localizada no munícipio de Guaiçara-SP, abrangendo o caixa, estoques, obrigações e

direitos.

Embora seja uma microempresa, esperava-se que o gestor dispusesse de

controles sobre os itens acima, o que provocaria uma análise bem detalhada. Não

obstante, encontrou-se apenas apontamentos vagos disponíveis. Este fato provocou

mudanças nos planos, resumindo-se em um aprofundamento específico apenas na

gestão do caixa da empresa.

Mesmo em microempresas a ausência de controles financeiros pode provocar

situações que dificultam a lide diária, principalmente no que diz respeito ao movimento

de numerários, pois vem a desconhecer se dispõe de saldos positivos ou negativos

de caixa, bem como se a empresa está ou não sendo lucrativa.

Durante a pesquisa exploratória surgiu a seguinte questão: a utilização efetiva

dos controles financeiros em micro e pequenas empresas, facilita o processo de

gestão?

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Em seguida, surgiu a priori, a hipótese: a utilização efetiva dos controles

financeiros em micro e pequenas empresas facilita o processo de gestão, pois a

administração torna-se profissional e não empírica.

Portanto ter em mãos um controle de suas finanças é de extrema importância,

já que o mesmo auxilia na gestão de seu empreendimento e na tomada de decisões,

principalmente nos itens comentados.

Para realizar o presente trabalho foi utilizado: estudo de caso, observação

sistemática e histórico, comentados no capítulo 3.

Este trabalho encontra-se estruturado da seguinte maneira:

Capítulo I – descreve a empresa, sua história, objetivos, missão e valores.

Capítulo II – trata da abordagem teórica sobre conceitos de micro e pequenas

empresas, administração financeira bem como, controle financeiro, ferramentas e

importância.

Capítulo III – descreve sobre os resultados alcançados da pesquisa,

destacando a prática habitual da empresa e a prática adequada.

Por fim, a Proposta de Intervenção e a Conclusão.

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CAPÍTULO I

LANCHONETE D&G

1. A EMPRESA

A empresa D&G Lanches é uma empresa do ramo alimentício que oferece aos

seus clientes diversidades gastronômicas entre lanches, pasteis e bebidas, estando

localizada atualmente na rua Osvaldo Cruz,175, centro, Guaiçara-SP (Praça 13 de

Dezembro).

Figura 1: Logo da empresa

Fonte: facebook, 2018

1.1 História da Empresa

A empresa Lanchonete D&G foi fundada no ano de 2007 com a razão social

D&G Valdemir Antônio Dos Santos Lanchonete- ME e CNPJ 09.290.922/0001-55,

pelo Senhor Valdemir Antônio dos Santos.

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Logo após tomar a decisão de investir em seu próprio negócio, o proprietário

passou a analisar a verificar passo a passo junto com sua esposa, qual área realizaria

o investimento, resultando a decisão pela área alimentícia.

Após ser escolhido o ramo do negócio, o proprietário buscou mais informações

nas organizações que já atuavam na área, conseguindo ter a certeza que seria a área

alimentícia a escolha certa.

Então, no dia 27 de julho de 2007 foi inaugurada a lanchonete D&G que contou

com a ajuda dos colegas que já atuavam no ramo, na qual emprestaram alguns

equipamentos para que o senhor Valdemir pudesse iniciar o seu negócio.

Após cinco anos e meio do empreendimento começaram a se expandir e

percebeu-se a necessidade e a oportunidade de mudar o local do estabelecimento

para o local atual.

Com o passar do tempo foi verificada a necessidade de realizar entregas para

ampliar sua meta de venda, e por não possuir nenhum transporte para realizar as

entregas o proprietário comprou uma moto financiada em trinta parcelas.

Atualmente o proprietário percebeu a necessidade de realizar algumas

mudanças na organização a respeito de tecnologia e trailer, porém irá postergar

devido à crise nacional.

1.2 Missão

Oferecer produtos de alta qualidade, procurando sempre a inovação

desenvolvendo variedades no cardápio e com qualidade total no atendimento, visando

sempre a satisfação total dos clientes.

1.3 Visão

A visão da empresa é atingir o maior número de clientes com os produtos

oferecidos com a maior qualidade, onde pretende ser sempre lembrado como

empresa de referência no setor em Guaiçara e região.

1.4 Valores

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Trabalhar sempre com responsabilidade, educação, respeito, pontualidade,

honestidade, vontade e disposição, sendo esses valores que sempre serão

priorizados na empresa D&G lanches.

1.5 Proprietário

O Sr. Valdemir começou a trabalhar quando jovem, aos 14 anos em uma

fazenda e já possuía caráter e princípios irrevogáveis, atualmente com 54 anos

procura ensinar aos seus filhos e netos o valor de coisa simples.

No ano de 2007 surgiu a ideia de abrir o seu próprio negócio, por ser uma

pessoa que já possuía conhecimentos administrativos, que foram adquiridos em

experiências profissionais anteriores, decidiu então investir em seu próprio negócio.

Durante cinco anos e meio o senhor Valdemir acumulou funções em sua

empresa e também na empresa privada onde trabalhava, porém, vendo que os

negócios estavam se expandindo percebeu a necessidade de se dedicar totalmente

a sua organização e mudar o local do estabelecimento para o local atual na Rua:

Osvaldo Cruz, Nº 175, Centro (Praça 13 de Dezembro), Guaiçara SP.

1.6 Público-alvo

Seu público-alvo não apresenta diferenciação, pois sua clientela é composta de

crianças, adultos, idosos, de todas as classes sociais etc.

1.7 Fornecedores

Seus principais fornecedores são atacadistas, distribuidores, supermercados,

feiras-livres, açougues, casas de frios e panificadoras.

1.8 Produtos

A organização comercializa e vende diversos tipos de lanches, pastéis e

bebidas em geral (cerveja, refrigerante e água), realizando suas vendas por meio

de pagamentos por cartão de crédito e dinheiro.

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Figura 2: Cardápio

Fonte: arquivo da Lanchonete D&G,201

1.9 O Setor

De acordo Sebrae (2017) com expansão anual em torno de 10%, o setor de

alimentação fora de casa – ou de bares e restaurantes, como é chamado pelos

comerciantes do ramo – gera cerca de 450 mil novas oportunidades de emprego

por ano, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

A Abrasel (2010) define e exemplifica qual a importância deste setor:

a) conta com cerca de 1 milhão de estabelecimentos, que tem à frente dois

milhões de micro e pequenos empreendedores;

b) grande maioria é familiar; c) emprega diretamente 6 milhões de brasileiros; d) o que significa que 1 em cada 12 brasileiros (levando em conta a

população economicamente ativa) trabalha em um bar, restaurante,

lanchonete e afins;

e) isso represente cerca de 8% dos empregados do brasil; f) representa 2,7% do pib nacional; g) é o setor que mais promove ascensão socioeconômica; h) é a única atividade econômica que está presente em todos os municípios,

distritos, vilarejos do país; bancos e até mesmo igrejas não têm tanta

capilaridade;

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i) 1/3 de tudo que o brasileiro gasta com alimentação é no setor;

j) porta de entrada para o mercado de trabalho/1º emprego; k) sala de estar da população – principalmente para as classes de baixa

renda. é no setor de alimentação fora do lar (bares, restaurantes e

lanchonetes) onde as pessoas reúnem os amigos e confraternizam;

l) a venda de bebidas (refrigerante, água, cerveja e suco) representa entre

40 e 60% de seu faturamento;

1.10 Concorrentes

Segundo a Abrasel (2010), o ramo alimentício teve um grande crescimento e

na cidade de Guaiçara não seria diferente, pois a empresa tem em média oito

concorrentes diretos, que são lanchonetes que oferecem os mesmos produtos e

serviços. Destes concorrentes quatro estão localizados na mesma região central.

A empresa também tem concorrentes indiretos que são empresas do ramo

alimentício que oferecem outros tipos de produtos, como as pizzarias as pastelarias

etc. Levando em conta a proximidade entre cidades pode se considerar também as

empresas da cidade de Lins como concorrentes.

1.11 Perspectivas

A empresa tem como meta futura:

a) trocar o trailer atual por um em alvenaria;

b) informatizar todo o estabelecimento;

c) separar uma área para consumo de bebidas alcoólicas e outra área para

família com crianças.

d) playground com monitoras,

e) música ao vivo

f) área para assistir jogos no canal por assinatura.

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CAPÍTULO II

CONTROLE FINANCEIRO

1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Segundo a lei complementar nº123 do código de 14 de dezembro de 2006

capítulo II.

Consideram-se microempresa ou empresa de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrado no Registro de Empresa Mercantis ou Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - No caso da micro e pequena empresa, aufira, em cada ano- calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) II- No caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano- calendário, receita bruta superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL, 2006)

As micros e pequenas empresas apresentaram um crescimento significativo

nos últimos anos e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, SEBRAE

(2014) constatou que o Brasil é composto por empresas de pequeno porte, pois as

MPE´s representam 99% do total das empresas e não é só isso elas também são

responsáveis por 70% dos empregos formais.

Segundo uma pesquisa realizada pela fundação Getúlio Vargas, encomendada

pelo Sebrae no ano de 2011, as micro e pequenas empresas juntas foram

responsáveis por 27% do PIB do Brasil o que representa mais de ¼ do valor total. A

pesquisa ainda apontou que os valores saltaram de R$ 144 bilhões para R$ 599

bilhões um crescimento de mais de 400%. (SEBRAE, 2014)

De acordo com a revista ISTO É (2018) o número de jovens empreendedores

vem aumentando. A taxa total de empreendedorismo (TTE) no Brasil foi de 36,4%.

Em números absolutos o contingente de empreendedores no Brasil chega a quase 50

milhões de pessoas.

Alguns pontos fortes da MPE’s, segundo Matias e Lopes:

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As empresas de pequeno porte são capazes de oferecer um atendimento

diferenciado e personalizado a seus clientes, muitas vezes acompanhado de um

serviço/produto que uma grande ainda não pode prestar.

As pequenas empresas geralmente estão localizadas mais perto do cliente final e tem um contato mais direto com ele, possibilitando, dessa forma, o conhecimento mais rápido de suas necessidades, gerando a possibilidade de rápida adaptação, por causa de sua flexibilidade. (MATIAS, LOPES, 2002, p.30)

Porém, através de pesquisas realizadas pelo Sebrae (2016), cerca de 30%

desse grupo de empresas não chegam ao segundo ano e o principal motivo é a falta

de gerência e planejamento.

A administração das pequenas empresas está nas mãos de poucas pessoas,

sendo que muitos desconhecem princípios de administração e instrumentos básicos

de gestão. (MATIAS, LOPES JUNIOR, 2002, p.6)

Matias, Lopes Junior ainda afirma que a má gestão da administração é

responsável por 90% dos fracassos das pequenas empresas o que demostra ser o

grande ponto fraco das mesmas.

1.1 Administração Financeira

Administração financeira é um conjunto de ações e procedimentos responsável

por analisar, planejar, gerenciar e controlar os recursos monetários e econômicos de

uma empresa ou organização, que tem como principal objetivo a otimização e a

maximização dos resultados através de um amplo campo para análise e

desenvolvimento dos recursos financeiros disponíveis.

Gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, o controle e a análise das atividades econômicas e financeiras da empresa. O principal objetivo é melhorar os resultados obtidos e aumentar o valor do patrimônio através da geração de lucro. (ADMINISTRADORES, 2009).

É papel do administrador financeiro a análise dos dados coletados, o

planejamento da situação da empresa e as tomadas de decisões. Todas as áreas

da empresa têm contato direto com a área de finanças, pois é a mesma que fica

responsável por determinar se é possível investir, financiar ou vender algo. Ela

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utiliza de coleta de dados, análise de índice, visão de mercado e análise econômica

do país e do mundo como base para as tomadas de decisões.

O administrador financeiro preocupa-se com a tomada de decisão de investimento e financiamento. As decisões de investimento determinam tanto a composição quanto os tipos de ativos da empresa. As decisões de financiamento determinam tanto a composição quantos os tipos de recursos financeiros usados pela empresa. (GITMAN, 2007, p.11)

1.2 Administração financeira micro e pequenas empresas

Em grandes empresas a administração financeira tem um setor especifico

que trabalha para o desenvolvimento desta função, porém nas micros e pequenas

empresas essa área geralmente é de responsabilidade dos donos ou pessoa de

confiança.

A administração financeira envolve conceitos diversos, que tratam do controle de dinheiro, vendas, patrimônio e outros. O objetivo final é, sempre, manter o equilíbrio nas contas e atender às expectativas dos proprietários. (PRAZERES, 2008, p. 47)

Segundo Matias e Lopes Junior (2002) pelo fato de muitas vezes o

proprietário não ter alguém de confiança ele acaba assumindo a função de

administrador financeiro e por estar muito sobrecarregado, não a desempenha de

forma eficiente, o que de certa forma acaba atrapalhando o desenvolvimento da

empresa.

1.2.1 Controle financeiro

O controle financeiro é representado por ferramentas de gestão e controle

utilizadas para avaliar as condições financeiras da empresa, utilizando-se de

relatórios e planilhas para apresentar a real situação do caixa naquele determinado

momento ou planejar e antecipar determinadas situações financeiras.

Funciona assim: se houver um controle financeiro eficaz, você vai poder avaliar como seu capital rodou no passado e o que está acontecendo no presente. Dessa forma, é possível identificar possíveis falhas e despesas desnecessárias, além de alternativas de lucro a partir do remanejamento de aplicações. (SEBRAE, 2018)

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E através desta função que a empresa se mantém viva, o controle financeiro

deve ser utilizado desde a criação da empresa, e é através do planejamento

financeiro que o proprietário tem uma visão de como a empresa se manterá no

mercado em que ela está inserida e como seus objetivos serão alcançados. As

ferramentas disponíveis são de extrema importância para toda e qualquer tipos de

empresas.

Segundo o Matias e Lopes Junior:

[...] Sem capital que atenda às necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento, seja para atender às operações do dia-a- dia, não podemos desenvolver e testar novos produtos, criar ações de marketing, comprar matéria- prima, manter a estrutura atual ou crescer. (MATIAS; LOPES JUNIOR, 2002, p.11)

O controle financeiro possibilita para as MPE’s uma visão mais ampla do seu

negócio, com o conhecimento disponível os empresários têm a possibilidade de

visualizar o andamento do seu negócio e planejar passo a passo do futuro

financeiro, podendo assim alcançar e traças seus objetivos.

Um dos principais motivos da ausência do planejamento é a falta do conhecimento de técnicas matemáticas e a tendência do pequeno empresário de confiar mais no seu feeling do que em números. O que ele deve enxergar é que os números podem ser um forte aliado para a tomada de decisões. (MATIAS, LOPES, 2002, p. 54)

Segundo o Sebrae (2014) A falta de controle resulta em alguns problemas

como:

a) desconhecer se a empresa está tendo lucro ou prejuízos em suas atividades

operacionais;

b) desconhecer o volume e a origem dos recebimentos e o volume e destino dos

pagamentos;

c) desconhecer o ciclo financeiro de suas operações, isto é, em quanto gira o

seu estoque, qual o prazo médio de pagamento e recebimento, entre outros;

d) desconhecer o valor das despesas fixas da empresa;

e) formar erroneamente o preço de venda dos produtos;

f) não controlar a retirada de dinheiro do proprietário.

As principais ferramentas disponibilizadas pelo controle são:

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a) fluxo de caixa;

b) controle de estoque;

c) duplicatas a pagar; e

d) duplicatas a receber.

1.2.1.1 Fluxo de caixa

Fluxo de caixa é uma das ferramentas mais importantes do controle

financeiro e é através desta ferramenta que o gestor consegue analisar, planejar e

controlar o caixa atual e as futuras decisões da empresa, pois essa ferramenta

disponibiliza uma visão das entradas e saídas e pode-se fazer uma previsão do

futuro do caixa para curto e longo prazo.

Conforme Tófoli:

O Fluxo de caixa é um instrumento (planilha) pelo qual o administrador financeiro planeja e administra os numerários da empresa, isto é, as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. [...] o administrador financeiro necessita saber quando vencem os compromissos regulares da empresa assim como os seus valores a receber e, num confronto saber se haverá caixa

suficiente. (TÓFOLI, 2012, p.81)

O Sebrae assim se manifesta:

Além disso, ao elaborar um fluxo de caixa, o empresário terá uma visão de presente e futuro. É uma excelente ferramenta para avaliar a disponibilidade de caixa e liquidez da empresa. Com essa tranquilidade, ele pode antecipar algumas decisões importantes como a redução de despesas sem o comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, a organização de promoções para desencalhe de estoque, o planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para uma dilatação de prazo com fornecedor e outras medidas para que possíveis dificuldades financeiras possam ser evitadas ou minimizadas. (SEBRAE, 2018)

Com a grande competitividade no mercado é necessário a organização

trabalhar com ferramentas financeiras que funcionem e apresentem resultados e

devido a isso a maioria das organizações investem em planilhas de fluxo de caixa

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flexíveis onde é possível incluir informações de entradas e saídas de numerários

conforme a necessidade de cada organização.

Matias, Lopes (2002) afirmam que a planilha de fluxo de caixa é sem dúvida

umas das mais importantes ferramentas que estará à disposição dos empresários.

Segundo Prazeres (2008), o controle interno é fundamental para a

implantação do fluxo de caixa, pois a sua inexistência inviabiliza a implantação

desta ferramenta e a má qualidade do controle interno poderá gerar informações

equivocadas, prejudicando na gestão financeira.

Tófoli (2012) afirma que devem ser montados dois fluxos de caixas por

período: o fluxo de caixa planejado e o fluxo de caixa real, portanto é importante que

a empresa designe uma pessoa para controlar essas informações.

Fluxo de caixa real é o detalhamento diário do movimento de caixa, entradas

e saídas. Segundo Tófoli (2012) o fluxo de caixa real registra os acontecimentos

efetivos de movimentação de numerários da empresa.

Fluxo de caixa planejado é a ferramenta utilizada para antecipar e projetar o

saldo do caixa para determinado período.

De acordo com Tófoli (2012)

fluxo de caixa planejado é uma ferramenta que permite prognosticar os encaixes e desencaixes do período, fornecendo ao gestor informações antecipadas de estrangulamentos ou excessos de caixa. [...] Projetar o Fluxo de caixa auxiliará o gestor que poderá antever

situações de falta ou excesso de dinheiro no caixa, quantos e quais serão os compromissos, bem como previsão de ingressos de numerários procedentes das vendas a prazo. (TÓFOLI, 2012 p.81)

Ainda, de acordo com Tófoli (2012), a elaboração do Fluxo de Caixa

Planejado pode ser feita em período anual, mensal, quinzenal e até mesmo

semanal, dependendo das necessidades, do interesse e do tamanho da empresa.

Segundo o Sebrae (2018) pode-se compor o fluxo de caixa da seguinte forma: a) faça o registro diário de entradas e saídas; b) projete os pagamentos e recebimentos futuros; c) analise o saldo diariamente e em períodos futuros; d) em situação deficitária, tome decisão sobre necessidade de capital de

giro;

e) Em situação superavitária, tome decisão sobre investimento e aplicação

do recurso.

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1.2.1.2 Controle de estoques Tófoli afirma que:

Em uma empresa, os estoques representam as quantidades de bens físicos que são mantidos à espera da venda (ou produção), por um determinado tempo. São considerados como bens em estoques, as matérias-primas, os produtos semiacabados, os produtos acabados, as mercadorias compradas de terceiros etc. (TÓFOLI, 2012 p. 111)

De acordo com o Blog Conta Azul (2017), o controle de estoque é essencial

para a empresa, independentemente do tamanho ou do segmento, sua

sobrevivência financeira depende em muito de controle de estoque que deve ser

contabilmente evidenciado no seu ativo circulante.

Segundo Sebrae (2010) controlar as entradas e especialmente o consumo de

materiais é uma das funções mais básicas de uma empresa. Nem por isso é uma

função menos importante, na medida em que os materiais representam cerca de

60% dos custos de um negócio.

De acordo com Matias e Lopes (2002) os principais objetivos do controle de

estoque são:

a) evitar desvios/perdas, ocorridos por vencimento do prazo de validade de produtos ou por roubo;

b) acompanhar o investimento em estoque e verificar se ele é compatível com as necessidades operacionais;

c) identificar os itens que estão com baixa rotação e promover aumento em seu giro

d) conhecer as quantidades reais das matérias-primas, produtos em elaboração e produtos acabados;

e) auxiliar no momento da compra, informando os dados reais sobre o giro da matéria-prima a ser comprada;

f) gerar informações para cálculos de custo/preços e relatórios gerencias de resultados.

Ainda segundo os autores, “Tanto o controle de compras quanto o de

estoque têm o mesmo objetivo geral: ter os bens certos nas quantidades certas e

na hora e local certo”. (MATIAS, LOPES JUNIOR, 2002, p. 30)

Normalmente, os estoques representam um dos investimentos mais elevados nas contas que compõem a estrutura de capital de giro nas micro e pequenas empresas. Em função desse alto investimento, o item “estoque” tem grande importância no contexto da empresa. (MATIAS, LOPES JUNIOR, 2002, p. 29)

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De acordo com Sebrae (2018)

Uma das consequências da falta de controle está no fato de não ser possível checar se o consumo efetivo dos materiais está de acordo com a sua real necessidade. Com efeito, não conhecer o consumo médio dos materiais dificulta a compra que vise diminuir a necessidade de capital de giro da empresa. (SEBRAE, 2018)

Por sua vez, Tófoli assim se manifesta:

Os estoques são matérias que não são utilizados em determinado momento, mas que existem em função de futuras necessidades. Logo, estocar é reservar os produtos/ mercadorias para utilização futura. Se essa utilização for muito remota no tempo e a sua guarda se tornar prolongada, requererá maior espaço alugado ou comprado, maior necessidade de pessoal, capital empatado, seguro contra incêndio, roubo etc. (TÓFOLI, 2012 p.111)

“A ferramenta de controle de estoque disponibiliza alguns sistemas básicos

de controle como sistema de duas gavetas, sistema de renovação periódica,

sistema de estocagem para fim específico, sistema ABC etc.” (TÓFOLI, 2012

p.112)

1.2.1.3 Valores a receber Segundo Tófoli:

Administração dos valores a receber de uma empresa, sob a rubrica de Duplicatas a Receber ou Clientes assume papel importante na administração do capital de giro. Esses valores representam as operações que não são realizadas à vista. [...] Vender a prazo, significa que a empresa concedeu crédito ao seu cliente. Nessa operação a empresa entrega mercadorias ou presta serviços e o cliente assume o compromisso de pagar o valor correspondente futuramente. (TÓFOLI, 2008 p.81)

Matias e Lopes afirmam que:

A concessão de crédito a clientes é uma decisão de marketing que afeta diretamente a conta de caixa da empresa. Ao vender o credito a empresa vendedora prorroga sua entrada de caixa, permitindo que os clientes possam efetuar os pagamentos em datas posteriores à venda. (MATIAS, LOPES 2002, p.24)

Ainda segundo Tófoli (2008) esse tipo de transação tem como objetivos ampliar

o volume de vendas, atrair novos clientes e consequentemente lucrar mais.

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O controle das Contas a Receber fornece informações importantes para

tomada de decisões, como:

a) a data e o montante dos valores a receber, os descontos concedidos,

e os juros recebidos;

b) os clientes que pagam em dia; o montante dos créditos já vencidos e

os períodos de atraso;

c) as providências tomadas para a cobrança e o recebimento dos

valores em atrasos;

d) identificar os principais clientes, o grau de concentração das vendas, e

a qualidade e a regularidade dos clientes;

e) acompanhamento da regularidade dos pagamentos, e programar as

ações para cobrança administrativa ou judicial;

f) fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa;

g) conciliação contábil. (sebrae,2018)

1.2.1.4 Valores a pagar

De acordo com o Sebrae:

O controle das Contas a Pagar fornece informações para tomada de decisões sobre todos os compromissos da empresa que representem o desembolso de recursos. As contas a pagar são compromissos assumidos pela empresa, representadas por compra de mercadorias, insumos para produção, máquinas, serviços, salários, impostos, aluguel, empréstimos, contribuições, entre outros. O controle das contas a pagar deve ser uma tarefa de rotina da empresa, pois normalmente envolve com grande quantidade de dinheiro. (SEBRAE, 2018)

Segundo Tófoli (2008):

Nas empresas, as atividades mais comuns que se convertem, em contas a pagar, isto é compromisso da empresa com terceiros são aquelas resultantes de: Compras de mercadorias ou de matérias primas – feitas junto aos seus fornecedores; Empréstimos – captação de recursos junto a instituições financeiras, e Força legal – os impostos, os tributos a recolher. (TÓFOLI, 2008, p. 89)

Segundo o Sebrae (2018), o controle de contas a pagar possibilita a

identificação dos seguintes elementos:

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a) identificar todas as obrigações a pagar;

b) priorizar os pagamentos, na hipótese de dificuldade financeira;

c) verificar as obrigações contratadas e não pagas;

d) não permitir a perda de prazo, de forma a conseguir descontos;

e) não permitir a perda de prazo, de forma que implique no pagamento

de multa e juros;

f) fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa;

g) conciliação com os saldos contábeis.

Percebe-se assim, uma gama de ferramentas e conceitos disponíveis para

uma boa gestão financeira.

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CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

Administração Financeira para micro e pequenas empresas não é uma tarefa

muito fácil, ainda mais no cenário de crise que o país se encontra, porém, ao longo

dos anos surgiram diversas ferramentas como: fluxo de caixa, controle de estoque,

controle de duplicatas a receber e controle de duplicatas a pagar, que auxiliam os

pequenos empresários na gestão de seus negócios.

Para Prazeres (2008), a administração financeira envolve conceitos diversos,

que tratam do controle de dinheiro, vendas, patrimônio e outros. O objetivo final é,

sempre, manter o equilíbrio nas contas e atender às expectativas dos proprietários.

Portanto, é de extrema importância que o empresário tenha em suas mãos

dados para analisar e verificar para assim definir estratégias e criar planejamentos

para seu negócio.

Para demonstrar a hipótese levantada, a importância do controle financeiro

para micro e pequenas empresas, foi realizada pesquisa de campo na empresa

Lanchonete D&G, localizada na cidade de Guaiçara-SP no período de maio a

outubro de 2018, através de coleta de dados e estudos bibliográfico.

Dentre as dificuldades para realização da monografia, destaca-se a de

encontrar uma empresa que se disponibilizasse a acolher e demostrar com

fidelidade suas informações financeiras. A maioria das empresas até concordam

preliminarmente em participar, mas a divulgação de valores é evitada. Na empresa

pesquisada, houve abertura total ao grupo, porém as dificuldades esbarraram na

falta de apontamentos apropriados, o que, no final, tornou-se uma oportunidade de

encontrar soluções em imprevistos.

O presente capítulo tem o intuito de descrever as formas de controles

financeiros utilizadas pela empresa estagiada e apresentar de forma simplificada

uma das maneiras corretas, utilizando-se das técnicas e métodos apresentados no

capítulo II deste trabalho.

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De acordo com os dados identificados e acolhidos na empresa, foi possível

analisar aspectos de controle financeiros a serem melhorados para auxiliar no

desenvolvimento da mesma.

1.1 Métodos

Foi utilizado como método de pesquisa a descritiva, exploratória e bibliográfica,

com a abordagem qualiquantitativa.

Os métodos utilizados foram: estudo de caso, observação sistemática e histórico.

1.2 Técnicas

a) Roteiro de Estudo de Caso (APENDICE A)

b) Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B);

c) Roteiro de Histórico da D&G Lanches. (APÊNDICE C);

d) Roteiro de entrevista com profissionais da área (APÊNDICE D);

2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA

2.1 Fluxo de Caixa

Matias, Lopes Junior (2002) afirmam que: “a administração do caixa é uma

condição decisiva para a sobrevivência e o sucesso de uma pequena empresa. Um

desequilíbrio de caixa pode ser sintoma de um problema mais profundo”. (MATIAS,

LOPES JUNIOR, 2002, p.21)

De acordo com as pesquisas realizadas, foi identificado que a empresa não

possui software ou planilhas de controle de fluxo de caixa, de controle de estoques

e de valores a pagar e a receber. O controle do caixa é feito através de um caderno

onde o proprietário faz anotações das entradas e saídas de dinheiro da empresa.

O proprietário anota em uma folha os gastos do dia como: Pagamento de

conta, (água, luz, vigilância, aluguel, fornecedor etc.); Compra em mercado e

contas pessoais (o proprietário relatou que não separa as contas pessoais das

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empresariais, por ser uma única renda). Nos apontamentos relacionados às saídas

de caixa constam apenas os valores dos gastos, sem a devida identificação.

As entradas são realizadas de acordo com saldo final do dia, espécie e

cartão, mais o saldo acumulado do dia anterior. (A empresa utiliza da maquininha

de cartão da Pagseguro, portanto as entradas em cartão caem à vista).

A seguir o modelo de fluxo de caixa praticado pelo proprietário. A anotação

original é diária e, para facilitação do trabalho, agrupou-se em forma quinzenal,

sem perder as características originais. Os registros dos apontamentos estão

disponíveis no Anexo A - ANEXO 1 – Planilhas de fluxo de caixa diário preenchidas

rotineiramente

Figura 3 – Planilha fluxo de caixa janeiro

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

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Figura 4 – Planilha fluxo de caixa fevereiro

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

Figura 5 – Planilha fluxo de caixa março

Fonte: elaborada pelas autoras,2018

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Figura 6 – Planilha fluxo de caixa abril

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

Figura 7 – Planilha fluxo de caixa maio

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

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Figura 8– Planilha fluxo de caixa junho

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

Figura 9– Planilha fluxo de caixa julho

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

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Figura 10 – Planilha fluxo de caixa agosto

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018

Pelo fato do proprietário não detalhar suas despesas e não separar os

gastos pessoais das finanças da empresa, foi sugerido que, com teor de urgência,

separe os gastos identificando-os e crie um valor para retirada mensal - pró-labore,

abandonando a prática de misturar pessoa física com pessoa jurídica.

Administradores (2017) afirma que:

Ao misturar as despesas da empresa e dos sócios, além de não ser possível realizar um planejamento financeiro confiável, não se permite aos gestores o real entendimento e compreensão das demandas envolvendo o fluxo de caixa e as questões financeiras da empresa”. (ADMINISTRADORES, 2017)

Segundo Sebrae (2017), o primeiro passo é determinar o pró-labore, que é o

salário do sócio que trabalha na empresa. O proprietário deverá verificar o valor

adequado, em conformidade com o faturamento da empresa e, cumprir.

De acordo com os dados do fluxo de caixa quinzenal da empresa, adaptada

pelas autoras, pode-se observar que a empresa não apresenta informações

concretas e detalhadas para determinar sua movimentação financeira real, tendo

em vista que o proprietário não detalha as despesas diárias e não realizada a

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retirada do pró-labore determinada. Portanto viu-se a necessidade de utilizar-se

uma planilha no Excel simplificada, com mais detalhes, para assim ter exatidão da

real necessidade da empresa e de seus encaixes e desencaixes. Por conseguinte,

foi ofertado, como sugestão, que o empresário utilize as planilhas de fluxo de caixa

real e planejado conforme modelo abaixo.

Tofóli afirma que:

O administrador financeiro deve elaborar o fluxo de caixa real, ou seja, o registro dos valores efetivamente transacionados. Isso significa que deve lançar na planilha todos os ingressos e saídas de dinheiro do caixa da empresa e em seguida fazer uma comparação com o fluxo de caixa planejado daquele interregno observando as diferenças por ventura existente entre ambos e avaliando a justificativas encontradas. (TOFÓLI, 2012, p.93)

Figura 11 – Planilha de fluxo de caixa real

Fonte: Adaptado de Tófoli, 2012

O fluxo de caixa planejando é uma ferramenta que projeta o saldo de caixa

futuro da empresa auxiliando na tomada de decisão.

Ainda de acordo com Tofóli (2012):

Com o prévio conhecimento das faltas e sobras de recursos e mais a definição de saldos de caixa desejados, será possível conhecer antecipadamente os períodos em que serão levantados fundos adicionais e também quando haverá excesso de dinheiro em caixa,

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permitindo que, em tempo hábil, seja tomada as decisões corretas. A elaboração do Fluxo de Caixa Planejado pode ser feita no período anual, mensal, quinzenal e semanal, dependendo da necessidade e interesse da empresa. (TOFÓLI, 2012, p.85)

Matias, Lopes Junior também afirmam que:

O fluxo de caixa tem como objetivo prever em que nível ficará o saldo de caixa dentro de um determinado período. Essa é uma informação importante, pois, por meio dela, o dirigente da pequena e média empresa estará preparando para determinar as melhores oportunidades de aplicação de recursos disponíveis, podendo antecipar decisões que visem a evitar a falta de dinheiro no período e ainda determinar quais itens podem ser manipulados para evitar insuficiência de caixa. (MATIAS; LOPES JUNIOR, 2002, p. 23).

Para representar a hipótese levantada acima, recriou-se uma planilha de

fluxo de caixa planejado fictícia, de acordo com o modelo de Tófoli (2012), onde os

dados acolhidos demonstram que a empresa possuía um saldo projetado negativo.

A figura 11 serve apenas para demonstrar a possibilidade de ações estratégicas

antecipadas, permitidas por conhecimento prévio do saldo de caixa, no período.

Figura 12 – Planilha fluxo de caixa projetado

Fonte: Adaptada de Tófoli, 2012.

Tendo em vista as informações da empresa fictícia, percebe-se que a

mesma está com um saldo projetado negativo na semana. Através destas

informações o gestor teria a oportunidade de adotar medidas antecipadamente

para modificar a situação de seu saldo, seja por promoções para impulsionar as

vendas, por minimizar os gastos da semana e ou reagendar pagamentos de

serviço, evitando assim possíveis juros, encargos e despesas inesperadas.

2.1.1 Controle de Duplicatas a Pagar

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A empresa não possui um controle de contas a pagar, portanto foi sugerido que

o proprietário utilize de uma planilha para acompanhar suas despesas, sendo assim

ela teria um controle de custos e despesas fixos e variados ondes os mesmos são

funções indispensáveis para o funcionamento da empresa. Esta planilha servirá para

alimentar o fluxo de caixa projetado e real.

A contabilidade de custos é imprescindível para a determinação de lucro da organização, no controle de suas operações, pois se tem a necessidade de saber o que de fato se está fazendo e na tomada de decisões, para que a partir de então, as ações de produção e prestação de serviços sejam realizadas. (ADMINISTRADORES, 2014)

Figura 13 – Planilha de duplicatas a pagar

Fonte: elaborada pelas autoras, 2018.

2.2 Parecer Final

Analisando os dados levantados pela pesquisa, observa-se que o proprietário

realiza o controle de forma simplificada, com anotação manual, que acaba sendo

insuficiente para o controle de suas finanças, já que não possui uma discriminação

detalhada de suas saídas, bem como pratica a rotina de confundir pessoa física

com pessoa jurídica, nos movimentos de caixa da empresa.

De acordo com os dados do fluxo de caixa da empresa, pode-se notar que a

empresa não identifica se há saldo positivo ou negativo, visto que o proprietário

mistura suas despesas pessoais com a da empresa, ao invés de ter uma retirada

mensal, pró-labore, além de não dispor de controles das contas a serem pagas e

das despesas diárias.

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A reorganização de seus apontamentos, transferindo-os para as planilhas

sugeridas proporcionará um controle mais eficiente, um conhecimento prévio de

suas movimentação financeira, de seus valores a pagar etc.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Analisando os aspectos financeiros da empresa, Lanchonete D&G, através dos

estudos realizados a respeito do controle financeiro em micro e pequenas empresas,

observamos que a empresa estagiada não possui um controle financeiro efetivo de

suas atividades, como: fluxo de caixa, duplicatas a pagar, controle de estoque e

retirada pró-labore.

Ao decorrer da pesquisa, o proprietário compreendeu todos os benefícios que

o controle financeiro pode oferecer à sua organização, e a nosso pedido, começou a

detalhar suas despesas, duplicatas a pagar e estoque, para que nós pudéssemos

elaborar planilhas que o auxiliasse nas tarefas citadas.

Ao aprofundar a pesquisa, pudemos conhecer todas as atividades operacionais

da organização e elaborar as planilhas necessárias da qual foi sugerido ao proprietário

que utilize no dia-a-dia da organização, para auxiliar e melhorar todo o processo.

Com isso, sugere-se que a empresa realize seu controle financeiro adotando o

uso das ferramentas elaboradas por nós, conforme citado no capítulo 3:

a) Fluxo de caixa real e planejado; - Figura 11

b) Controle de duplicatas a pagar; - Figura 12

c) Retirada Pró-labore, onde atribua valor e proceda a retirada com

regularidade.

O proprietário foi orientado que as despesas da organização devem ser

contabilizadas separadamente das despesas pessoais, e que deverá fazer a retirada

do pró-labore.

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CONCLUSÃO

O mercado empresarial brasileiro é composto por diversas micros e pequenas

empresas e vem sendo observado um crescimento significativo nos últimos anos,

porém, através de pesquisas realizadas pelo Sebrae (2016), cerca de 30% desse

grupo de empresas não chegam ao segundo ano e o principal motivo é a falta de

gerência e planejamento.

Um dos principais motivos da ausência do planejamento é a falta do

conhecimento de técnicas matemáticas e a tendência do pequeno empresário de

confiar mais no seu feeling do que em números. O que ele deve enxergar é que os

números podem fortes aliados para a tomada de decisões. (MATIAS, LOPES, 2002, p.

54).

Com a grande competitividade do mercado, se faz necessário um controle

financeiro eficiente, onde possa ser identificado com facilidade as informações para

as tomadas de decisões corretas, sem causar nenhum tipo de risco para a empresa;

devido a falta ou falhas desta ferramenta pode gerar graves consequências

prejudiciais para a organização, como não saber se está tendo lucro ou até mesmo

prejuízo. As ferramentas possibilitam o controle financeiro que auxiliam na gestão dos

controles de duplicatas a pagar onde está saberá todos os compromissos a serem

quitados, duplicatas a receber, custos fixos e variáveis, e se a empresa possui gastos

desnecessários que podem ser evitados.

Conclui-se que controle financeiro é de extrema importância para as micro e

pequenas empresas, pois através de ferramentas simples é possível serem

identificadas a real situação que a empresa se encontra, podendo assim adotar

soluções cabíveis a cada situação.

Matias, Lopes Junior, afirmam que: sem capital que atenda às necessidades

da empresa, seja para financiar seu crescimento, seja para atender às operações do

dia-a-dia, não podemos desenvolver e testar novos produtos, criar ações de

marketing, comprar matéria-prima, manter a estrutura atual ou crescer. (MATIAS;

LOPES JUNIOR, 2002, p.11)

É oportuno afirmar a importância deste trabalho para as autoras, pois foi

possível aplicar as teorias recebidas em sala de aula e associa-las a pratica

operacional, percebendo a dificuldade e oportunidade de melhorias. Foi gratificante.

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REFERÊNCIAS

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. Sebrae Aponta que cerca de 60% das empresas fecham as portas ate o segundo ano; Minas Gerais, 5 de out de 2010. Disponível em: <http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2010/10/sebrae-aponta-que-60-das-

empresas-fecham-portas-ate-o-segundo-ano.html> Acessado em 03 de Dez.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

O objetivo do estudo de caso é auxiliar a Lanchonete D&G a tomar

melhores decisões baseado nas informações financeiras da empresa, no

tocante a controle de estoque, fluxo de caixa e de receitas e despesas,

demonstrar para mesma a importância destas como ferramenta de gestão,

auxiliando os gestores em suas tomadas de decisões. Para isso, será realizada

uma pesquisa descritiva com revisão bibliográfica e abordagem qualitativa na

área. Serão descritos métodos e técnicas na coleta de dados.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

Serão relatados os procedimentos das análises financeiras de fluxo de

caixa e receitas e despesas. Por fim, serão aplicadas planilhas de Excel para

a gestão.

1.2 Discussão

Será realizado confronto entre teoria analisada através da pesquisa

bibliográfica e a prática utilizada na empresa Lanchonete D&G.

1.3 Parecer final

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou

modificações de procedimentos para a melhoria do controle financeiro da

Lanchonete D&G.

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APÊNDICE B - Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Razão Social:.......…...................................................................................................................

CNPJ:..........................................................................................................................................

Localização:................................................................................................................................

Cidade:......................................................Estado:…..................................................................

Atividade Econômica:..........................................….....................................................................

Porte:..........................................................................................................................................

Número de empregados:.............................................................................................................

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1. Gestão Financeira da empresa...........................................……….................................

2. Procedimentos de controle de estoque....................................……...............................

3. Procedimentos de controle de Fluxo de Caixa…............................................................

4. Procedimento de controle de contas a pagar e a receber...……...................................

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APÊNDICE C - Roteiro de Histórico da D&G Lanches

Razão Social:.......…...................................................................................................................

CNPJ:..........................................................................................................................................

Localização:................................................................................................................................

Cidade:......................................................Estado:…..................................................................

Atividade Econômica:..........................................….....................................................................

Porte:..........................................................................................................................................

Número de empregados:.............................................................................................................

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Origem e evolução da empresa....................................................…..............................

2 Dados financeiros da empresa…………………..............................................................

3 Perspectivas..........................................................................…......................................

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APÊNDICE D - Roteiro de entrevista com os profissionais da área

I DADOS DE INDETIFICAÇÃO

Profissional: ................................................................................................................................

Profissão:....................................................................................................................................

Formação Acadêmica: ..............................................................................................................

Função Atual: ...........................................................................................................................

Tempo na Função Atual:...........................................................................................................

II QUESTIONARIO

1. A importância do controle financeiro em pequenas empresas?

2. O controle financeiro traz aspectos positivos em pequenas empresas?

3. Qual o impacto que a não utilização do controle financeiro causa nas micro e pequenas

empresa?

4. Como o controle financeiro colabora no crescimento das micro e pequenas empresas?

5. Concordo em responder e auxiliar em possíveis novas dúvidas?

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ANEXOS

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ANEXO 1 – Planilhas de fluxo de caixa diário preenchidas rotineiramente

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