41
CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA António Gonçalves Henriques 1 CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA António Gonçalves Henriques CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CONCEITOS DE BASE Biodiversidade” ou “Diversidade Biológica” é o conjunto das diferentes formas de vida na Terra (plantas, animais e micro-organismos) e dos padrões naturais que constituem. É o resultado de 3,5 mil milhões de anos de evolução, modelado por processos naturais e, de forma cada vez mais intensa, pela actividade humana, nos últimos 10 mil anos (agricultura) e sobretudo nos últimos 300 anos (revolução industrial e expansão urbana).

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

  • Upload
    lamminh

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 1

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CONCEITOS DE BASE

“Biodiversidade” ou “Diversidade Biológica” é o

conjunto das diferentes formas de vida na Terra (plantas,

animais e micro-organismos) e dos padrões naturais que

constituem.

É o resultado de 3,5 mil milhões de anos de evolução,

modelado por processos naturais e, de forma cada vez

mais intensa, pela actividade humana, nos últimos 10 mil

anos (agricultura) e sobretudo nos últimos 300 anos

(revolução industrial e expansão urbana).

Page 2: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 2

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CONCEITOS DE BASE

Estão identificados, actualmente, 1,75 milhões de

espécies, a maioria formada por pequenos seres, como os

insectos.

Estima-se que existam actualmente 14 milhões de

espécies, embora as estimativas variem ente 3 e 100

milhões.

A biodiversidade inclui também as diferenças genéticas

dentro de cada espécie (p.e. variedades de culturas ou

raças de animais).

Os cromossomas, os genes e o DNA determinam a

unicidade de cada indivíduo e de cada espécie.

Page 3: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 3

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CONCEITOS DE BASE

A biodiversidade inclui também o conjunto dos

diversos ecossistemas, como os que ocorrem

nos desertos, nas florestas, nas zonas húmidas,

nas montanhas, nos lagos, nos rios, nas zonas

estuarinas e nas zonas costeiras.

Em cada ecossistema os seres vivos, incluindo

os seres humanos, formam uma comunidade,

interagindo uns com os outros e com o ar, a

água e o solo.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA CONCEITOS DE BASE

A biodiversidade disponibiliza um largo

conjunto de bens e serviços que sustentam

directamente a vida humana: agricultura,

cosmética, produtos farmacêuticos, papel,

materiais de construção, têxteis, mobiliário,

tratamento de esgotos, etc..

Funções ecológicas essenciais.

Page 4: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 4

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA BENS E SERVIÇOS PROVIDOS PELOS ECOSSISTEMAS

• Madeira, combustível e fibras.

• Materiais de construção.

• Purificação do ar e da água.

• Decomposição de resíduos.

• Estabilização e regularização do clima.

• Moderação de fenómenos extremos: cheias, secas,

temperaturas extremas, ventos extremos.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA BENS E SERVIÇOS PROVIDOS PELOS ECOSSISTEMAS

• Geração e renovação da fertilidade dos solos,

incluindo o ciclo de nutrientes.

• Polinização das plantas, incluindo culturas.

• Controlo de pestes e doenças.

• Manutenção dos recursos genéticos essenciais para

a variedade de culturas, espécies de pecuária,

fármacos.

• Benefícios estéticos e culturais Turismo.

Page 5: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 5

Page 6: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 6

Page 7: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 7

Page 8: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 8

Page 9: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 9

Page 10: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 10

Page 11: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 11

Page 12: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 12

Page 13: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 13

Page 14: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 14

Page 15: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 15

Page 16: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 16

Page 17: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 17

Page 18: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 18

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA BENS E SERVIÇOS PROVIDOS PELOS ECOSSISTEMAS

• Estimativa do volume anual de bens e

serviços proporcionados pela biodiversidade:

16 a 50 biliões (1012) USD

• Volume de negócios mundial da indústria

farmacêutica:

150 000 milhões USD.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA AMEAÇAS

• Espécies em risco de extinção: 50 a 100 vezes a taxa natural

de extinção, afectando 34 000 plantas e 5 200 animais

(incluindo

1130 24% das espécies de mamíferos e

1183 12,5% das espécies de aves).

• Agricultura baseada na monocultura de um número muito

reduzido de espécies e de variedades.

• Pecuária baseada num número também muito reduzido de

espécies e raças.

• Capturas excessivas de determinadas espécies (p.e. de

peixes).

Page 19: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 19

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA AMEAÇAS

• Alteração dos usos do solo, incluindo a deflorestação e

expansão urbana.

Fragmentação, degradação e perda de ecossistemas.

45% da área de florestas naturais desapareceu, sobretudo

no último século.

Metade dos sistemas costeiros naturais foram destruídos.

Destruição de 100 milhões de hectares por ano.

• Alterações climáticas.

• Degradação da camada de ozono.

• Poluição Emissões de produtos químicos.

• Introdução de espécies exóticas.

Page 20: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 20

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA OBJECTIVOS

A conservação da biodiversidade é uma preocupação comum da

humanidade e é parte integrante do processo de desenvolvimento.

• Conservação da Diversidade Biológica.

• Uso sustentável das suas várias componentes.

• Partilha razoável e equitativa dos benefícios resultantes do uso dos

recursos genéticos.

A conservação tradicional baseava-se na protecção de determinadas

espécies e habitats.

A Convenção reconhece que os ecossistemas, as espécies e os

recursos genéticos estão a serviço do homem, como tal devem ser

usados de forma sustentável.

Aplicação do princípio da precaução nos processos de decisão.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA PRINCIPAIS ASPECTOS

A aplicação da Convenção é responsabilidade dos

Estados:

• Medidas e incentivos para a conservação e o uso

sustentado da diversidade biológica.

• Regulação do acesso aos recursos genéticos.

• Acesso e transferência de tecnologia, incluindo a

biotecnologia.

• Cooperação técnica e científica.

Page 21: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 21

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA PRINCIPAIS ASPECTOS

• Avaliação de impacte ambiental.

• Educação e consciencialização do público.

• Disponibilização de recursos financeiros.

• Desenvolvimento de estratégias nacionais e de

planos de acção, integrando as questões da

biodiversidade nos planos sectoriais (florestas,

agricultura, pescas, energia, transportes e

planeamento urbano).

• Relatórios nacionais sobre os esforços de

implementação dos compromissos.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA PRINCIPAIS MEDIDAS

• Identificação e monitorização das componentes da

diversidade biológica.

• Estabelecimento de áreas para a conservação da

diversidade biológica, promovendo o

desenvolvimento dessas áreas compatível com os

objectivos de conservação. (in situ e ex situ)

• Reabilitação e restauração dos ecossistemas

degradados e promoção da recuperação das

espécies degradadas.

Page 22: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 22

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA PRINCIPAIS MEDIDAS

• Preservação e manutenção do conhecimento

tradicional sobre o uso sustentável da

biodiversidade, com o envolvimento das

comunidades locais

• Prevenção da introdução e controlo e erradicação

de espécies alienígenas que possam constituir

ameaça para a integridade dos ecossistemas, dos

habitats e das espécies.

• Controlo dos riscos dos organismos geneticamente

modificados.

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA PRINCIPAIS MEDIDAS

• Promoção da participação do público,

particularmente na avaliação dos impactes

ambientais dos projectos com efeitos sobre a

diversidade biológica.

• Educação da população e consciencialização

da importância da biodiversidade e da

necessidade de conservação.

• Elaboração de relatórios sobre a forma como

estão a ser alcançados os objectivos.

Page 23: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 23

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA PARTILHA DE BENEFÍCIOS

• Regulação da bio-prospecção: os países de origem

do material genético utilizado na produção de

produtos patenteados têm de autorizar a bio-

prospecção e têm direito a usufruir de parte dos

benefícios decorrentes da comercialização desses

produtos (transferência de conhecimento e de

tecnologia, formação, partilha dos lucros).

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

PARTES

• 168 Estados assinaram a Convenção em

1992 e 1993.

• 193 Estados ratificaram a Convenção

actualmente (faltam EUA, Sudão do Sul)

(195 Estados-membros das Nações

Unidas).

Page 24: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 24

CONVENÇÃO SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

ÓRGÃOS

• Conferência das Partes: revê o progresso alcançado,

identifica novas prioridades, estabelece planos de

trabalho para os Estados-membros, altera a Convenção,

colabora com outros organismos internacionais.

• Corpo Subsidiário de Consulta Científica, Técnica e

Tecnológica.

• Rede de cooperação técnica e científica e de troca de

informação (Clearing House Mechanism).

• Secretariado: sede em Montreal.

PROTOCOLO SOBRE BIOSEGURANÇA

• Desenvolvimento da biotecnologia: organismos

vivos geneticamente modificados (transferência

de genes de umas espécies para outras).

Indústria no valor de biliões de USD.

• Vantagens: melhorar a produtividade agrícola,

redução dos químicos (adubos e pesticidas),

melhorar as condições de produção de

alimentos. Utilização na produção de fármacos.

Page 25: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 25

PROTOCOLO SOBRE BIOSEGURANÇA

• Efeitos sobre a saúde e o ambiente, incluindo

sobre a biodiversidade em geral desconhecidos

(propagação através da polinização e das

cadeias tróficas).

• Preocupação da opinião pública em certos

países (p.e. União Europeia) e aceitação

generalizada noutros (p.e. EUA, Canadá).

• Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança,

assinado em Janeiro de 2000.

PROTOCOLO SOBRE BIOSEGURANÇA

• Regula o comércio mundial de OGM e a libertação

acidental de OGM.

• Os Estados Membros que não queiram importar

OGM ou produtos que contenham OGM notificam

desse facto a Comunidade Internacional através de

um mecanismos de troca de informações instituído

pelo Protocolo (Biosafety Clearing House).

Page 26: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 26

PROTOCOLO SOBRE BIOSEGURANÇA

• Introdução deliberada de OGMs no ambiente

(sementes, animais e plantas vivas).

• Os OGM e os produtos que contenham OGM são

claramente identificados (rotulagem).

• Quando um Estado Membro exporta para outro

OGMs para serem introduzidos no ambiente

deliberadamente tem de notificar desse facto o

Estado importador, tem de obter autorização e tem

de monitorizar os respectivos efeitos.

PROTOCOLO SOBRE BIOSEGURANÇA

PARTES

• 103 Estados assinaram o Protocolo em 2000 e

2001.

• 164 Estados ratificaram o Protocolo actualmente.

Page 27: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 27

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

• O Protocolo de Nagoya é um acordo complementar à

Convenção sobre Diversidade Biológica que fornece um

quadro jurídico transparente para a implementação

efectiva de um dos três objetivos da CDB: a repartição

justa e equitativa dos benefícios resultantes da utilização

dos recursos genéticos.

• O Protocolo de Nagoya foi aprovado em Outubro de 2010

em Nagoya, no Japão, e entrará em vigor 90 dias após o

quinquagésimo instrumento de ratificação.

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

O Protocolo de Nagoya vai criar maior segurança jurídica e

transparência para fornecedores e utilizadores de recursos genéticos

através de:

• estabelecimento de condições mais previsíveis para o acesso aos

recursos genéticos e do

• apoio à garantia de repartição de benefícios dos recursos genéticos

quando são exportados do território da parte contratante que fornece

os recursos genéticos

Ao ajudar a garantir a repartição de benefícios, o Protocolo de Nagoya

cria incentivos para a conservação e uso sustentável dos recursos

genéticos e, portanto, reforça a contribuição da biodiversidade para o

desenvolvimento e bem-estar humano.

Page 28: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 28

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

O Protocolo de Nagoya aplica-se aos recursos genéticos que são

abrangidos pela CBD, e aos benefícios decorrentes da sua utilização.

O Protocolo de Nagoya abrange também o conhecimento tradicional

associado aos recursos genéticos e aos benefícios decorrentes da sua

utilização.

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

O Protocolo de Nagoya estabelece obrigações fundamentais para as

suas Partes Contratantes em relação ao acesso aos recursos genéticos,

repartição de benefícios e de conformidade.

Page 29: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 29

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

As medidas internas que regulam o acesso aos recursos genéticos são

as seguintes:

• Criar segurança jurídica, clareza e transparência

• Fornecer regras e procedimentos justos e não-arbitrários.

• Estabelecer regras e procedimentos claros para o consentimento

prévio informado em termos mutuamente acordados

• Emitir uma licença ou equivalente quando o acesso é concedido

• Criar condições para promover e incentivar a investigação que

contribua para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.

• Ter devidamente em conta os casos de emergências reais ou

iminentes que ameaçam a vida humana, animal ou vegetal

• Considerar a importância dos recursos genéticos para a alimentação

e a agricultura, designadamente para a segurança alimentar.

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

Obrigações relativas à repartição de benefícios:

As medidas para a partilha de benefícios a nível doméstico devem

prever a repartição justa e equitativa dos benefícios resultantes da

utilização dos recursos genéticos com a Parte Contratante que fornece

recursos genéticos.

• A utilização inclui a pesquisa e o desenvolvimento sobre a

composição genética ou bioquímica de recursos genéticos, bem

como aplicações subsequentes e a comercialização.

• Os termos da partilha de benefícios devem ser mutuamente

acordados.

• Os benefícios podem ser monetários ou não monetários, como

royalties e a partilha dos resultados da investigação.

Page 30: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 30

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

As obrigações específicas para apoiar a conformidade com a legislação

ou requisitos regulamentares da Parte Contratante que fornece recursos

genéticos, e as obrigações contratuais reflectidas em termos

mutuamente acordados, são uma inovação significativa do Protocolo de

Nagoya.

As Partes Contratantes devem:

• Tomar medidas que assegurem que o acesso as recursos genéticos

utilizados dentro de sua jurisdição é realizado de acordo com o

consentimento prévio, e que de comum acordo foram estabelecidos,

como exigido por uma outra parte contratante

• Cooperar em casos de alegada violação de requisitos de outra Parte

Contratante.

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

• Incentivar disposições contratuais sobre resolução de conflitos em

termos mutuamente acordados

• Garantir uma oportunidade está disponível para recorrer no seu

sistema jurídico quando surgem disputas de termos mutuamente

acordados

• Tomar medidas sobre o acesso à justiça

• Tomar medidas para monitorar a utilização dos recursos genéticos

depois que saem de um país, incluindo com a designação de postos

de controle eficazes em qualquer fase da cadeia de valor: pesquisa,

desenvolvimento, inovação, comercialização ou pré-comercialização

Page 31: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 31

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

Obrigações específicas para apoiar a conformidade com a

legislação ou requisitos regulamentares da Parte

Contratante que fornece recursos genéticos, e as

obrigações contratuais refletidas em termos mutuamente

acordados, são uma inovação significativa do Protocolo de

Nagoya. Partes Contratantes são:

Tomar medidas que assegurem que os recursos genéticos

utilizados dentro de sua jurisdição foram acessados de

acordo com o consentimento prévio, e que de comum

acordo foram estabelecidos, como exigido por uma outra

parte contratante

Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos

Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos

Benefícios Decorrentes de sua Utilização

Cooperar em casos de alegada violação de requisitos de

outra Parte Contratante

Incentivar disposições contratuais sobre resolução de

conflitos em termos mutuamente acordados

Garantir uma oportunidade está disponível para recorrer no

seu sistema jurídico quando surgem disputas de termos

mutuamente acordados

Tomar medidas sobre o acesso à justiça

Tomar medidas para monitorar a utilização dos recursos

genéticos depois que saem de um país, incluindo com a

designação de postos de controle eficazes em qualquer fase

da cadeia de valor: pesquisa, desenvolvimento, inovação,

comercialização ou pré-comercialização

Page 32: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 32

DIRECTIVA AVES

Um grande número de espécies de aves selvagens que

ocorrem naturalmente em território europeu estão em

declínio.

Para inverter esta tendência, a União Europeia (UE) está a

introduzir um sistema geral de proibição de práticas (abate e

captura de aves, destruição de ninhos, recolha de ovos, etc.)

que ameaçam a conservação de espécies de aves.

O regime de protecção instituído também incluir a designação

de zonas de protecção especial (ZPE) de aves ameaçadas

de extinção e espécies migratórias que estão sujeitas a

medidas de protecção e de gestão do habitat.

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Os Estados-Membros da União Europeia (UE) devem

tomar medidas para garantir a conservação e a

gestão de aves que vivem naturalmente no território

europeu, a fim de manter a sua população a um

nível satisfatório, ou para adaptar a sua população a

esse nível.

Page 33: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 33

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Protecção dos habitats

O desaparecimento ou deterioração dos habitats representa

uma ameaça para a conservação das aves selvagens. A sua

protecção é essencial.

Para preservar, manter ou restabelecer os biótopos e habitats

de aves, os Estados-Membros:

• designam as áreas protegidas;

• asseguram a manutenção e gestão dos habitats, de acordo

com as necessidades ecológicas;

• reestabelecem biótopos destruídos e criam biótopos.

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Zonas de protecção especial

Os Estados-Membros devem criar zonas de protecção especial

(ZPE) para as espécies ameaçadas de pássaros e de aves

migratórias (ver anexo I). Essas áreas devem ser situados

nas áreas de distribuição naturais de aves e pode incluir

locais de invernada e nidificação ou pontos de paragem nas

rotas de migração.

Page 34: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 34

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Zonas de protecção especial

Os Estados-Membros devem dar especial atenção às zonas

húmidas, que estão em declínio em toda a Europa. Devem

também criar condições favoráveis para a sobrevivência ou a

reprodução das espécies que ocorrem em zonas de

protecção especial.

Para esse efeito, devem tomar as medidas necessárias para

evitar a poluição ou a deterioração dos habitats e as

perturbações que afectam as aves.

Devem também avaliar o impacto dos projectos susceptíveis de

ter um efeito significativo sobre as zonas designadas e tomar

as medidas adequadas para evitá-los.

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Zonas de protecção especial

As zonas de protecção especial (ZPE), juntamente com as

zonas especiais de conservação (ZEC), sob a Directiva

"Habitats" (Directiva 92/43/CEE), formam a rede Natura 2000

europeia de sítios protegidos ecológica.

Page 35: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 35

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Protecção das aves selvagens

Esta directiva estabelece um sistema geral de protecção de

todas as espécies de aves selvagens que ocorrem em

território europeu. Proíbe, em especial:

• a destruição deliberada ou captura de aves selvagens;

• destruição ou dano de ninhos;

• captura ou detenção de ovos, mesmo vazios;

• práticas que deliberadamente perturbam as aves e que põem em

causa a conservação da espécie;

• o comércio e a manutenção de espécies vivas ou mortas, a caça e

a captura dos quais não são permitidas (esta proibição também se

aplica a qualquer parte ou derivado de uma ave).

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Protecção das aves selvagens

Sob certas condições, os Estados-Membros podem derrogar as

disposições previstas para a protecção das aves selvagens.

No entanto, as consequências destas derrogações não deve

ser incompatível com os objectivos de conservação previstos

na directiva.

Os Estados-Membros devem promover a investigação para

efeitos de gestão, protecção e valorização das espécies de

aves selvagens que ocorrem no território europeu.

Page 36: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 36

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Caça

As espécies cujo número, distribuição e taxa de reprodução

permitem que podem ser caçadas.

No entanto, a prática da caça deve respeitar certos princípios:

• O número de aves caçadas não deve comprometer a manutenção

num nível satisfatório da população de espécies que podem ser

caçados;

• espécies não são caçadas durante os períodos de reprodução ou

criação;

• espécies migratórias não são caçadas durante o seu retorno ao seu

local de nidificação;

• Os métodos de abate em grande escala ou não-selectiva de aves

são proibidas.

DIRECTIVA 2009/147/CE – AVES

Caça

A lista de espécies que podem ser caçadas está previsto no

Anexo II (parte A apresenta a lista de espécies que podem

ser caçadas em toda a UE, e parte B da lista das espécies

que podem ser caçadas apenas em determinados países).

Page 37: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 37

Habitats naturais (Natura 2000)

A União Europeia pretende garantir a biodiversidade pela

conservação dos habitats naturais, bem como da fauna e da

flora selvagens no território dos Estados-Membros.

Para o efeito, é criada uma rede ecológica de áreas especiais

protegidas, denominada “Natura 2000”.

As demais actividades previstas em domínios como o controlo

e a vigilância, a reintrodução de espécies indígenas, a

introdução de espécies não indígenas e a investigação e

educação contribuem para dar coerência à rede.

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

A degradação contínua dos habitats naturais e as ameaças que

pesam sobre algumas espécies constituem uma

preocupação primordial na política ambiental da União

Europeia (UE). A presente directiva, designada Directiva

“Habitats”, visa contribuir para a manutenção da

biodiversidade nos Estados-Membros, definindo um quadro

comum para a conservação dos habitats, das plantas e dos

animais de interesse comunitário.

Page 38: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 38

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

A Directiva “Habitats” cria a rede Natura 2000. Esta rede é a maior

rede ecológica do mundo e é constituída por zonas especiais de

conservação que os Estados-Membros designam à luz da presente

directiva.

Além disso, inclui também zonas de protecção especial instauradas

por força da Directiva “Aves” 2009/147/CE.

Os anexos I e II da directiva contêm os tipos de habitats e as

espécies cuja conservação exige a designação de zonas especiais

de conservação. Alguns deles são definidos como tipos de habitats

ou espécies “prioritários” (em perigo de extinção).

O anexo IV enumera as espécies animais e vegetais que necessitam

protecção particularmente estrita.

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

A designação das zonas especiais de conservação é feita em

três etapas.

Segundo os critérios estabelecidos nos anexos, cada Estado-

Membro elabora uma lista de sítios que abriguem habitats

naturais e espécies animais e vegetais selvagens.

Com base nessas listas nacionais e em concertação com cada

Estado-Membro, a Comissão aprova uma lista dos sítios de

importância comunitária para cada uma das nove regiões

biogeográficas da UE (a região alpina, a região atlântica, a

região do Mar Negro, a região boreal, a região continental, a

região macaronésica, a região mediterrânica, a região

panónica e a região estépica).

Page 39: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 39

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

No prazo máximo de seis anos após a selecção de um sítio

como sítio de importância comunitária, o Estado-Membro em

causa designa esse sítio como zona especial de

conservação.

Caso a Comissão entenda que foi omitido de uma lista nacional

um sítio com um tipo de habitat natural ou uma espécie

prioritários, a directiva prevê o lançamento de um processo

de concertação entre o Estado-Membro em causa e a

Comissão.

Se a concertação não produzir resultado satisfatório, a

Comissão pode propor ao Conselho seleccionar o sítio como

sítio de importância comunitária.

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

Nas zonas especiais de conservação, os Estados-Membros

tomam todas as medidas necessárias para garantir a

conservação dos habitats e evitar a sua deterioração, bem

como as perturbações significativas das espécies.

A directiva prevê a possibilidade de um co-financiamento das

medidas de conservação pela Comunidade.

Page 40: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 40

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

Incumbe igualmente aos Estados-Membros:

• incentivar a gestão dos elementos da paisagem que

considerem essenciais à migração, à distribuição e ao

intercâmbio genético das espécies selvagens;

• instaurar sistemas de protecção particularmente rigorosos

para determinadas espécies animais e vegetais ameaçadas

(anexo IV) e estudar a oportunidade de as reintroduzir nos

seus territórios;

• proibir a utilização de meios não selectivos de colheita,

captura e abate relativamente a certas espécies vegetais e

animais (anexo V).

Directiva 92/43/CEE

Habitats naturais (Natura 2000)

De seis em seis anos, os Estados-Membros comunicam as

disposições adoptadas em aplicação da directiva.

Com base nesses relatórios, a Comissão elabora um relatório

de síntese.

Os anexos da directiva foram alterados para ter em conta a

diversidade biológica dos países que aderiram à UE em 2004

e 2007. O alargamento veio lançar novos desafios à

biodiversidade, bem como introduzir novos elementos,

incluindo três novas regiões biogeográficas (a região do Mar

Negro, a região panónica e a região estépica).

A rede Natura 2000 representa actualmente cerca de 18% do

território terrestre da UE.

Page 41: CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE … · convenÇÃo das naÇÕes unidas sobre diversidade biolÓgica antónio gonçalves henriques 2 convenÇÃo sobre diversidade

CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DIVERSIDADE BIOLÓGICA

António Gonçalves Henriques 41