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ELABORAÇÃO DA MINUTA DE LEI DO PROGRAMA
DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS
LEITURA TÉCNICA E COMUNITÁRIA
Campinas, 08 de setembro de 2014
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
JONAS DONIZETTE
PREFEITO
Henrique Magalhães Teixeira
VICE-PREFEITO
Rogério Menezes
SECRETÁRIO DO VERDE, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Andréa C. O. Struchel
SUPERVISORA DEPARTAMENTAL
Marcos Boni
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DO VERDE E DO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
2014
COORDENAÇÃO
Isadora Rebelo Salviano
Coordenadora de Planejamento e Gestão Ambiental
GRUPO DE TRABALHO
Cezar Augusto Machado Capacle
Guilherme Theodoro N.P.de Lima
Marcos Boni
Andréa C. O. Struchel
Sylvia Regina Domingues Teixeira
Apresentação
O município de Campinas
apresenta um cenário formado de
ocupações urbanas e rurais,
retratada em 48,83% de áreas
urbana e 51,17% e de área rural,
sendo que a porção territorial
sofre intensa pressão pela
expansão imobiliária, exportação
de novas tecnologias, além de
usos industriais, comerciais e de
serviços.
Neste contexto, a interface entre
demandas de ocupação deve ser
estabelecida por meio de
estratégias ambientais robustas,
ou seja, através de associação e a
articulação de políticas de
ordenamento territorial, não
somente com caráter proibitivo,
mas também que estabeleçam
programas de incentivos à
proteção dos bens ambientais e
ao desenvolvimento sustentável.
Neste sentido, a exemplo de casos
de sucessos internacionais e
nacionais, como o Município de
Extrema em Minas Gerais (Lei nº
2.100, de 21 de dezembro de
2005), ou o Estado do Acre (Lei nº
2.308, de 22 de outubro de 2010),
que articularam Políticas de
Incentivo a Proteção, Manutenção
e Recuperação dos bens
ambientais de direito coletivo,
mesmo que reais de propriedade,
o município alça mão do
Programa de Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA).
Trata-se de uma forma de
incentivar iniciativas individuais
ou coletivas que podem favorecer
a manutenção, a recuperação ou
o melhoramento de ecossistemas
e que tem impacto além da área
onde são gerados, ou seja,
incentivo aos serviços ambientais,
seja na forma de pagamento
monetário ou não.
Em suma, a construção de um
Programa de Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA) vem ao
encontro da necessidade de
articulação das políticas
ambientais postas, a fim de
assegurar a proteção do solo, das
áreas verdes, dos recursos
hídricos, do clima, da
sociobiodiversidade e da beleza
cênica natural.
Dentre as múltiplas ambições do
Programa do PSA está a criação
de um instrumento que permite
que um provedor de serviço
ambiental receba benefícios pela
manutenção ou para a reparação
dos recursos naturais, os quais
são o suporte para a ocorrência
dos serviços ambientais e,
portanto, contribuindo com a
valoração do meio ambiente.
O PSA será executado por meio
de Subprogramas e Projetos a
serem regulamentados em
momento oportuno, sob a
supervisão de um Conselho
Diretor, coordenado pela SVDS e
com a necessária participação
comunitária, por meio do
Conselho Municipal de Meio
Ambiente – COMDEMA, o
Conselho Gestor da Área de
Proteção Ambiental de Campinas
– CONGEAPA e Conselho de
Desenvolvimento Rural – CMDR.
O Programa será financiado pelos
fundos ambientais PROAMB,
FUNDIF, bem como por outras
fontes de recurso, visando o
pagamento monetário associado a
projetos de plantio orientados
pelo Banco de Áreas Verdes -
BAV.
Assim, o Município de Campinas
inicia o processo de
equacionamento das pressões
sobre os recursos naturais que
podem ameaçar a manutenção
dos serviços ambientais (provisão,
suporte, regulação ou cultural). A
visada do município abrande o
resgate das funções ambientais e
sociais mas, também, sustenta o
potencial de transformação dos
serviços ambientais por meio
deste Projeto.
Secretário do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimentos Sustentável
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. ELABORAÇÃO DO PROGRAMA PSA – PRÉ CONSULTA PÚBLICA
2.1. Programa de Pagamento por Serviços Ambientais
2.2. Princípios
2.3. Instrumentos do PSA
Subprogramas e Projetos
2.4. Estrutura de Gestão
Cadastramento no PSA
Elegibilidade e Habilitação
3. PARTICIPAÇÃO SOCIAL
4. CONSULTA PÚBLICA
4.1. ATA da 1a Consulta Pública
4.2. Lista de Presença
5. QUADRO SÍNTESE
6. AVANÇOS PÓS CONSULTA
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
1. Introdução
Equacionar as pressões sobre os recursos naturais é missão da
Administração Pública Municipal de Campinas, que pauta sua gestão na
premissa de que a proteção do meio ambiente é o elo entre a qualidade de
vida da população e o desenvolvimento sustentável.
Porém, o desafio da gestão pública é equacionar a dicotomia
desenvolvimento econômico e proteção ambiental, a qual afeta com
frequência os atores mais fracos, inclusive no meio rural. É neste sentido
que a Secretária do verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(SVDS) propôs a criação de um Sistema Municipal de Incentivos a Serviços
Ambientais (Protocolo 2014/10/25.829).
A elaboração da minuta de Projeto de Lei nasceu do Pacote de
Combate a Escassez Hídrica e interface com o Programa de Recuperação de
Nascentes e Matas Ciliares, Planos Municipais do Verde e Recursos Hídricos,
além do Banco de Áreas Verdes de Campinas (BAV).
Originalmente, a criação de um Sistema Municipal de Incentivos
a Serviços Ambientais visava criar meios para uma política pública de
pagamento a proprietários de áreas pela conservação e recuperação de
nascentes e matas ciliares, com investimentos das prováveis fontes de
recursos (estimados incialmente em R$ 1milhão/ano após 2015) advindas
dos fundos municipais PROAMB – Fundo de Preservação e Recuperação
Ambiental de Campinas e FUNDIF – Fundo Municipal de Preservação e
Reparação de Direitos Difusos e Coletivos, além dos Termos de Ajustes de
Conduta – TAC.
Posteriormente, entendemos que os Serviços Ambientais pode
possuir um escopo mais abrangente que os serviços da água.
Consequentemente, após observar o marco histórico legal dos Incentivos a
Serviços Ambientais e casos de sucesso no Brasil e no mundo, optamos por
um conteúdo de Projeto de Lei amplo e estrutural, o qual pudéssemos definir
os instrumentos de gestão e sustentabilidade financeira para receber
programas, subprogramas e projetos de incentivo e pagamento que
fomentem a recuperação e a manutenção de bens ambientais estratégicos,
além da água, o “Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais de
Campinas”.
O documento base deste trabalho foi objeto de consulta pública
de 21 de agosto de 2014, veiculada por meio da reunião extraordinária do
Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA, bem como ficou
disponível no site da Prefeitura Municipal de Campinas, por meio de banner,
para internalização de contribuições da sociedade
(http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/pagto-serv-ambientais.php).
Assim, a SVDS, com base no princípio da transparência,
participação e eficiência pública, faz publicar a íntegra de todas as
colaborações enviadas para aperfeiçoamento da minuta de Lei do Programa
de Pagamento por Serviços Ambientais, que Institui o Programa de
Pagamento por Serviços Ambientais, autoriza o Poder Executivo Municipal a
prestar apoio aos proprietários rurais ou urbanos determinados pelo
Programa e dá outras providências.
2. Elaboração do Programa PSA- pré Consulta Pública
A elaboração da minuta do PSA se baseou, entre outros, nos
casos e/ou nas discussões dos Estados de Santa Catarina, Acre, Goiás e dos
Municípios de Extrema (MG) e Jaraguá do Sul (SC), além de programas da
Agência Nacional da Água e Comitê de Bacia do PCJ. Também pudemos
analisar os princípios de pagamentos por serviços ambientais praticados na
cidade de Nova York (USA), bem como foram observados estudos acadêmicos
afins.
Os técnicos designados, após ouvir a equipe técnica da SVDS,
para a elaboração da minuta, juntamente com representantes do Gabinete
do Secretário, elaboraram a estrutura de gestão do Programa de Pagamento
por Serviços Ambientais – PSA, conforme exposto subsequentemente.
2.1. Programa de Pagamento por Serviços Ambientais
O desenvolvimento de um Programa de Pagamentos por Serviços
Ambientais preconiza o conceito de Wunder (2005) de que um Serviço
Ambiental ou um Uso do Solo que possa assegurar um Serviço Ambiental
pode ser “comprado” de, pelo menos, um provedor sob a condição de que
este garanta a proteção/provisão deste serviço.
Este conceito pode ser desmembrado em 4 elementos que
objetivamente norteiam o Programa: Comprador (es); Provedor (es); Um
serviço bem definido; Uma condicionalidade referida ao serviço.
Além disso temos que considerar que os Serviços Ambientais
consistem de uma transação voluntária e sujeita a valoração e que demanda
um marco legal que defina, que regulamente e que dê segurança a
transação.
Missão do PSA
Equacionar as pressões sobre os recursos naturais que podem
ameaçar a manutenção dos serviços de provisão, suporte, regulação ou
cultural do meio ambiente de Campinas.
Visão do PSA
Resgatar e transformar a função ambiental e social coletiva dos
serviços ambientais no município
Objetivo do PSA
Promover o desenvolvimento sustentável e fomentar a
manutenção e a ampliação da oferta de serviços e produtos ecossistêmicos.
Objetivo da Lei
Disciplinar a atuação do Poder Público em relação aos serviços
ambientais.
Serviços e Produtos Ecossistêmicos
I - o aumento do estoque e a diminuição do fluxo de carbono;
II - a conservação da beleza cênica natural; III - a conservação da sociobiodiversidade; IV - a conservação das águas e dos serviços hídricos;
V - a regulação do clima; VI - a valorização cultural e do conhecimento
tradicional ecossistêmico; e VII - a conservação e o melhoramento do solo.
Definições
O pagamento por serviços pressupõe que “serviço” consiste de
uma série de atividades de natureza intangível que somadas alcançam um
objetivo maior de solucionar um problema. Este pagamento é equacionado
pela relação provedor (responsável pela manutenção, melhoramento ou
recuperação do serviço ambiental) e pagador de serviços ambientais
(responsável pelo pagamento dos serviços prestados pelo provedor), sendo
considerado satisfatório quando o resultado produzido atinge os anseios da
sociedade quanto as necessidades para a sua sobrevivência.
O Pagamento por Serviços Ambientais é mais complexo que uma
simples relação provedor-pagador-usuário, uma vez que os benefícios
obtidos pela provisão dos serviços ambientais são difusos e muitas vezes
percebidos em locais distantes de onde ele é gerado.
Entende-se como provedor, as parcelas do território que dispõem
de iniciativas que produzem benefícios ambientais e, por outro lado, o
receptor o próprio ecossistema ou o homem que de satisfaz com tais
benefícios.
Neste contexto, o pagamento por serviços ambientais é um
instrumento que beneficia o indivíduo ou um coletivo que dispõem de um
direito de propriedade, mas que produz um benefício de caráter coletivo,
difuso relacionado ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a sadia
qualidade de vida, preconizado no artigo 225 da Constituição Federal de
1988.
Assim adotamos as seguintes definições no Município de
Campinas1:
I - ecossistemas: comunidade de seres vivos e ambiente onde
esta se encontra, ambos tratados como um sistema funcional de relações interativas, com transferência e circulação de energia e
matéria;
1
� São adotadas as definições estabelecidas pela convenção-quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - IPCC),
Convenção de Biodiversidade (Plataforma Intergovernamental Científico-Política sobre Biodiversidade e Serviços Ambientais - IPBES), no texto e nas deliberações no âmbito da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, da Convenção Relativa às Zonas
Úmidas de Importância Internacional (Convenção de Ramsar), bem como no previsto na Lei Federal n. 12.187, de 2009, que dispõe sobre Política Nacional de Mudanças do Clima e Lei Estadual n. 13.798 de 2009, que dispõe sobre Política Estadual de Mudanças do Clima além de outras normas nacionais e internacionais que regulam o tema.
II - serviços ambientais:
serviços ecossistêmicos obtidos por intermédio de inciativas individuais ou coletivas que
podem favorecer a manutenção, a recuperação ou o melhoramento de ecossistemas e que têm
impacto além da área onde são gerados; III - serviços ecossistêmicos:
benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas. Para efeito desta Lei serão
consideradas as seguintes categorias: a) serviços de provisão:
os que fornecem diretamente bens ou produtos ambientais utilizados pelo ser
humano para consumo ou comercialização, com ou sem valor econômico, tais como água,
alimentos, madeira, fibras, entre outros; b) serviços de suporte:
os que promovem a ciclagem de nutrientes, a decomposição de resíduos, a produção, a
manutenção ou a renovação da fertilidade do solo, a polinização, a dispersão de sementes, o
controle de populações de potenciais pragas e de vetores de doenças humanas, a proteção contra a radiação solar ultravioleta, a
manutenção da biodiversidade e do patrimônio genético, entre outros que mantenham a perenidade da vida na Terra;
c) serviços de regulação:
os que concorrem para a manutenção da estabilidade dos processos ecossistêmicos, tais
como o sequestro de carbono, a purificação do ar, a moderação de eventos climáticos extremos, a manutenção do equilíbrio do ciclo
hidrológico, a minimização das enchentes e das secas e o controle dos processos críticos de erosão e de deslizamentos de encostas,
entre outros que concorram para a manutenção da estabilidade dos processos
ecossistêmicos e; d) serviços culturais:
os que provêm benefícios recreacionais, estéticos, bem-estar ou outros benefícios
imateriais à sociedade humana; IV – pagamento por
serviços ambientais:
mecanismo de compensação monetária ou
não, de insumos ou de incentivo, baseado no princípio do provedor-recebedor, no qual os fornecedores de serviços ambientais são
compensados por estes serviços, para estimulo à proteção e recuperação ambiental amparados por subprogramas e projetos;
V – provedor de serviços ambientais:
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, grupo familiar ou comunitário que,
preenchidos os critérios de elegibilidade, mantêm, recuperam ou melhoram as condições ambientais de ecossistemas que
prestam serviços ambientais; VI – pagador de
serviços ambientais:
Aquele que realiza o pagamento dos serviços
ambientais nos termos do inciso IV, podendo ser agente público ou privado;
VII - estoque de carbono florestal:
componente de um determinado ecossistema natural ou modificado pela atividade humana, mensurado pelo peso da biomassa e
necromassaconvertido em carbono equivalente ;
VIII - sequestro de
carbono:
processo de aumento da concentração de
carbono em outro reservatório que não seja a atmosfera, inclusive práticas de remoção
direta de gás carbônico da atmosfera, por meio de mudanças de uso da terra, recomposição florestal, reflorestamento e práticas de
agricultura que aumentem a concentração de carbono no solo, a separação e remoção de
carbono dos gases de combustão; IX - conservação e recuperação do
solo:
a manutenção, nas áreas de solo ainda íntegro, de seus atributos; e, em solos em
processo de degradação ou degradados, a recuperação e melhoria de seus atributos, com ganhos ambientais e econômicos;
X - beleza cênica: valor estético, ambiental e cultural de uma determinada paisagem natural;
XI - serviços hídricos:
manutenção da qualidade hídrica por meio da regulação do fluxo das águas, do controle da deposição de sedimentos, da conservação de
habitats e espécies aquáticas, da quantidade de nutrientes, bem como da deposição de substâncias químicas e salinidade;
XII - sociobiodiversidade:
relação entre bens e serviços gerados a partir de recursos naturais, voltados à formação de
cadeias produtivas de interesse de povos, comunidades tradicionais e de agricultores familiares;
XIII - produtos ecossistêmicos:
produtos resultantes dos processos ecossistêmicos e/ou obtidos dos ecossistemas,
tais como água, carbono, alimentos e fibras, madeira, recursos genéticos, extratos naturais, medicinais, farmacêuticos e
ornamentais, dentre outros; XIV - regulação do clima:
benefícios para a coletividade, decorrentes do manejo e da preservação dos ecossistemas
naturais, que contribuam para o equilíbrio climático e o conforto térmico;
XV - gases de efeito estufa - GEE:
constituintes gasosos da atmosfera, naturais ou resultantes de processos antrópicos, capazes de absorver e reemitir a radiação solar
infravermelha, especialmente o vapor d´água, o dióxido de carbono, o metano e o óxido
nitroso, além do hexafluoreto de enxofre, dos hidrofluorcarbonos e dos perfluorcarbonos;
XVI - emissões: liberação de substâncias gasosas na atmosfera, considerando-se uma área específica e um período determinado;
2.2. Princípios
O PSA está fundamentado em três princípios gerais: 1. Uso
Sustentável dos Recursos 2. Desenvolvimento Econômico Sustentável e 3.
Reconhecimento Socioeconômico, Controle Social e Transparência.
Eles são a causa primária ou os padrões que nortearão a tomada
de decisão da gestão dos serviços ambientais. Ainda que em diferentes
Subprogramas e Projetos, são eles que detêm peso e importância específicos
para sustentar as ações do PSA e consequentemente manter os
Subprogramas e Projetos alinhados estrategicamente.
Nesta linha, os três princípios gerais se desdobram em 13
princípios específicos:
Uso Sustentável dos Recursos
I - uso dos recursos naturais com responsabilidade e conhecimento técnico,
para proteção e integridade em benefício das presentes e futuras gerações;
II - restabelecimento, recuperação, manutenção ou melhoramento de áreas
prioritárias para conservação da biodiversidade ou para preservação da
beleza cênica;
III - formação, melhoria e manutenção de corredores ecológicos;
IV - promoção da gestão de áreas, públicas ou privadas, prioritárias para
conservação dos solos, água e biodiversidade, de áreas de uso sustentável e
repartição de benefícios da biodiversidade;
Desenvolvimento Econômico Sustentável
- ortalecimento da identidade e respeito a diversidade cultural, combate a
pobreza e elevação da qualidade de vida da população;
VI - fomento às ações humanas voltadas à promoção de serviços ambientais;
VII - reconhecimento da contribuição da agricultura familiar e/ou orgânica
para a conservação ambiental;
VIII - utilização de incentivos econômicos objetivando o fortalecimento da
economia de base florestal sustentável;
Reconhecimento Socioeconômico, Controle Social e
Transparência
IX - respeito aos direitos humanos reconhecidos e assumidos pelo Estado
brasileiro perante a Organização das Nações Unidas e demais compromissos
internacionais;
X - justiça e equidade na repartição dos benefícios econômicos e sociais
oriundos dos produtos e serviços vinculados aos Subprogramas e Projetos
associados a esta lei;
XI - promoção da integridade ambiental com inclusão social de populações
rurais em situação de vulnerabilidade;
XII - prioridade para áreas sob maior risco socioambiental;
XIII - transparência, eficiência e efetividade na administração dos recursos
financeiros, com participação social no planejamento, gestão,
acompanhamento, avaliação e revisão dos seus Subprogramas e Projetos.
Diretrizes
Alinhado aos princípios do PSA, o programa deve seguir as diretrizes
preconizadas na Lei Orgânica do Município, no Plano Diretor, Plano de
Saneamento Básico e a ser definida no Plano Municipal de Recursos
Hídricos e Plano Municipal do Verde.
2.3. Instrumentos do PSA
O PSA é participativo e de natureza de planejamento, gestão,
controle e registro, econômico e financeiro e de execução seus instrumentos
são:
INSTRUMENTO NATUREZ
A
AÇÃO
I - Projetos e
Subprogramas
de Pagamento
por Serviços Ambientais;
Gestão e
planejame
nto
II – Convênios e
Parcerias de
coordenação
Técnico e Financeiras
Gestão,
planejame
nto,
econômico e
financeiro
captação, gestão e transferência de recursos
financeiros, técnico/ intelectual, de infraestrutura ou
de insumos, públicos ou privados, segundo sua
especificidade e competência, destinados ao Pagamento por Serviço Ambiental, assim como a
hipótese de benefícios não monetários, baseados no
caráter seletivo e hierárquico da meritocracia:
Incentivos não monetários promovidos pelo
Licenciamento Ambiental;
Incentivos monetários ou promovidos pelas sanções repressivas;
Incentivos monetários ou promovidos pelas sanções
compensatórias ou preventivas;
Certificação dos Provedores de Serviço Ambientais
III - Conselho Diretor do PSA
Gestão, Controle,
econômico
e
financeiro
Validação, Aprovação e Acompanhamento Orçamentário do PSA
IV – Agente
Técnico Financeiro
Controle,
econômico e
financeiro
responsável pelo gerenciamento e/ou liberação de
recursos aprovado pela Câmara técnica de orçamento do PSA, nos termos da lei vigente, sejam
estes recursos:
a. público ou privado;
b. internacional, federal, estadual ou municipal;de fundo perdido ou de fonte do tesouro, renda ou de
doação;
c. de recursos provenientes da comercialização de
créditos relativos d. a serviços e produtos
ambientais;
e. investimentos privados
f. outros estabelecidos em regulamento
V – Banco de Áreas Verdes de
Campinas
Gestão assistência técnica e destinação de incentivos não monetários à garantia do serviço ambiental;
VI – Inventário
PSA/Campinas
Gestão inventário de espaços territoriais a serem
preservados e protegidos ou de potencial promoção
de serviços ambientais;
VII – Cadastro Municipal dos
Provedores de
Serviços
Ambientais
Registro cadastro municipal de Pagamento por Serviço Ambiental, com a devida delimitação da área
territorial com os dados de todas as áreas
contempladas, os respectivos serviços ambientais
prestados e as informações sobre legislação,
programas e projetos que integram o PSA.
Subprogramas e Projetos
O PSA é subdividido em quatro Subprogramas e três Projetos
bem alinhados aos tipos de serviços ambientais reconhecidos como objetivo
do PSA.
A proposta do Programa municipal é que a regulamentação de
cada um dos Subprogramas ou Projetos ocorra paulatinamente e
concomitantemente a evolução das experiências político institucionais e do
conhecimento científico.
Os Subprogramas são propostas mais robustas, que mesclam
pagamentos e incentivos aos serviços ambientais e que, há maior estimulo e
conhecimento de causa. Já os Projetos, são propostas piloto que requerem
uma atenção diferenciada, porém demandam uma estrutura de
funcionamento mais simples. São eles:
SUBPROGRAMAS OBJETIVO PREVISTO
I – Subprograma de Incentivo promover a redução progressiva, consistente e de
a Serviços Ambientais –
Carbono (ISA Carbono)
longo prazo das emissões de gases de efeito estufa,
com vistas ao alcance da meta voluntária municipal
de redução de emissões II –Subprograma de Incentivo
à Regulação do Clima (ISA
Clima)
regulação do clima e por meio de ações de manejo e
da preservação dos ecossistemas naturais, que
contribuam para o equilíbrio climático e o conforto
térmico
III -Subprograma de
Pagamento pela Conservação e Recuperação do Solo (PSA
Solo)
conservação de solos ainda íntegros e estimulo ao
manejo e restauro para recuperação do solo em processo de degradação ou degradados, com
ganhos ambientais e econômicos
IV –Subprograma de
Pagamento pela Conservação
das Águas e dos Recursos Hídricos (PSA Água);
manutenção da qualidade hídrica por meio da
regulação do fluxo das águas, do controle da
deposição de sedimentos, da conservação de habitats e espécies aquáticas, da quantidade de
nutrientes, bem como da deposição de substâncias
químicas e salinidade, deverão ter por princípio as
considerações presentes no Plano Municipal de
Recursos Hídricos e estar alinhado com a Política
Estadual de Recursos Hídricos, o Plano Estadual de Recursos Hídricos e os Planos de Bacias
Hidrográficas
PROJETOS OBJETIVO PREVISTO
V – Projeto de Conservação da Beleza Cênica Natural;
valorização da conservação da beleza cênica natural, entendida como aquela de valor estético, ambiental e
cultural de uma determinada paisagem natural
VI – Projeto de Conservação
da Sociobiodiversidade;
conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica entre
ecossistemas e seus componentes, e entre eles e as
populações humanas por meio da cultura, que permite e rege a vida em todas as suas formas e
protege espécies, habitats naturais e artificiais e
recursos genéticos, agregado à melhoria da qualidade
VII – Projeto de Incentivo às
Reservas Particulares do
Patrimônio Natural (RPPN).
2.4. Estrutura de Gestão
Ainda que, a Lei do PSA seja uma lei de escopo abrangente e que
irá abrigar regulamentações próprias, a sua matriz foi pensada para
abranger uma gestão pautada na visão estratégica, negociação e
participação, transparência, governança, efetividade, eficácia e eficiência.
A proposta de governabilidade do PSA pode ser assim descrita:
O proponente, tendo posse de todos os documentos necessários,
irá se submeter a uma Solicitação de Cadastramento no PSA ao Conselho
Diretor.
O Conselho Diretor, por sua vez, irá iniciar a análise da área
submetida ao projeto nos aspectos ambientais e legais.
Os aspectos ambientais referem-se ao enquadramento do projeto
pretendido em um dos Subprogramas ou Projetos do PSA, inclusive
utilizando de um inventário elaborado pela SVDS com as áreas de maior
interesse e prioridade do município.
Já os aspectos legais consistem de uma análise das condições
das obrigações legais do proponente. Neste caso, a área será classificada em
função da sua condição, sendo esta hierarquização o principal eixo
norteador da aprovação do pedido de cadastramento e posteriormente do
Termo de Habilitação.
Uma vez atendidos todos os critérios de elegibilidade, o
proponente passa a ser identificado como PROVEDOR DE SERVIÇOS
AMBIENTAIS e, a partir da assinatura do Termo de Habilitação, já é
permitido receber pagamento ou incentivo pelos serviços ambientais.
A qualquer momento, o Conselho Diretor poderá indeferir a
solicitação ou a habilitação, mas desde que tecnicamente ou legalmente
justificado e ouvido a Junta Administrativa da SVDS.
Cadastro no PSA
Qualquer munícipe, seja da área urbana quanto rural poderá se
cadastrar no Programa, apresentando documentação mínima e um projeto
básico simples de enquadramento em um dos Subprogramas ou Projetos.
Sendo que, será dado prioridade aos proprietários rurais.
Elegibilidade e Habilitação
O enquadramento do projeto quanto aos aspectos ambientais
consiste em uma qualificação ambiental da área, durante a qual, o projeto
submetido no cadastramento será julgado sobre a compatibilidade com o
Subprograma ou Projeto requerido e comparado com o inventário de áreas
prioritária para implementação de PSA. Ao fim da análise, o projeto poderá
ser redirecionado a outro Subprograma ou Projeto, ou reconhecido como
essencial para a integridade do serviço ambiental pretendido.
A qualificação ambiental não significa que o proponente passa a
receber incentivos do PSA, mas sim que o Município reconhece a sua
importância e caráter de Provedor de Serviços.
Para que o proponente passe a receber incentivos é necessário
avaliar a área quanto ao cumprimento das suas obrigações legais. Assim,
uma área que não cumpre suas obrigações legais, mesmo que dê prioridade
máxima para a provisão de serviços ambientais não é elegível para receber
incentivos monetários até que encontre-se em conformidade com a legislação
vigente. Outra situação é daquele proponente que vai além das suas
obrigações e por isso receberá o reconhecimento máximo do município.
Uma vez avaliado pelos dois critérios de elegibilidade o
proponente está apto a assinar o Termo de Habilitação na Classe que lhe
couber e a receber incentivos monetários ou não monetários compatíveis
com a sua Classe.
Enquadramento Legal da
Área Habilitação Implicação
I – pleno: proponente que, além de cumprir suas obrigações legais,
promove serviços ambientais de
forma proativa, exclusivamente
com recurso próprio e na área
submetida ao PSA
Classe I dará direito ao recebimento de 100% (cem por cento) do Valor da
Unidade de Referência e a receber
a certificação de Promotor Pleno
de Serviços Ambientais
II – em conformidade: proponente
que cumpre suas obrigações legais
nos termos da legislação ambiental
vigente
Classe II dará direito ao recebimento de
50% (cinquenta por cento) do
Valor da Unidade de Referência
III – em não conformidade:
proponente que apresenta
pendências legais
Classe III dará direito ao recebimento de 0%
(zero por cento) do Valor da
Unidade de Referência
IV – em condição de infrator
ambiental: aquele proponente que
sofre atos de responsabilidade penal, civil ou administrativa
Classe IV não dá direito a recebimento de
incentivos monetários ou não
monetários
3. Participação Social
Uma vez finalizada a leitura técnica, assumimos duas
estratégias. Uma, encaminhar a minuta para apreciação e manifestação do
jurídico da Prefeitura Municipal de Campinas. Outra, o chamamento de
consulta pública.
A primeira estratégia, encaminhar ao jurídico, visou ampliar o
olhar técnico sobre os aspectos legais, jurisdicionais e de legitimidade da
proposta de lei e sobre o tema do pagamento a terceiros pelos serviços
ambientais.
A segunda estratégia, encaminhada por meio de consulta
pública, abriu o processo participativo, que contará ainda com uma
audiência pública na Câmara dos Vereadores.
Para a consulta pública foi solicitado oitiva em reunião
extraordinária do COMDEMA2 e da sociedade, para a qual, disponibilizamos
no site da Prefeitura a minuta para consulta
http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/arquivos/psa-
minuta.pdf .
2
� http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/arquivos/psa-oficio.pdf
A consulta pública ocorreu nas dependências do Salão Vermelho
do Paço Municipal, sito à Av. Anchieta, número 200 – Centro de Campinas/
SP, com início às 18h30 e término às 21horas de 28 de agosto de 2014. As
questões foram apontadas prioritariamente pelos conselheiros, em via oral e
respondidas, também oralmente, ao final de todas as arguições.
A minuta de Projeto de Lei ficou disponível no site 15 dias
anteriores à consulta pública para contribuições internas e externas. Após à
consulta pública foi disponibilizado, por mais 15 dias, os e-mails da
Secretária do Verde [email protected] e do COMDEMA
[email protected] para receber sugestões e
esclarecimentos.
Todos os pontos encaminhados via e-mail ou manifestados
presencialmente na consulta pública foram analisador pelo corpo técnico da
SVDS, resultando em um quadro síntese de respostas e na internalização
dos avanços à serem publicados no D.O.M. através deste Caderno de
Subsídios e atualizado na Minuta Projeto de Lei junto a Secretária de
Assuntos Jurídicos, a partir da data de 08 de setembro de 2014.
4. Consulta Pública
4.1. ATA da 1a Consulta Pública3
Ata da 2ª Reunião Extraordinária do COMDEMA. Aos vinte e um de agosto de 2014, com início às 18:30 horas, nas dependências do Salão Vermelho do Paço Municipal, sito à Av. Anchieta 200 – Centro de Campinas/SP, com a presença dos seguintes Conselheiros: Walquíria Sonati (Gabinete do Prefeito), Marcos Roberto Boni (SVDS), Fabio Pascuini Frainer (CEASA), Sebastião Carlos Torres (SANASA), João Batista Meira (FJPO), Carlos Alexandre Silva (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios PCJ), Francisco Rodrigo Martins (CATI), Antonio Carlos Bordignon Júnior (CETESB), Cristina Ap. Gonçalves Rodrigues (EMBRAPA), Pia Gerda Passeto, Ana Maria Sorrosal (ATA), Maria Cristina Perez de Souza (SINPOSPETRO), Guilherme Damasceno Fernandes (ASSOCIAÇÃO AMIGOS DO BOSQUE),
3 A ATA da 1a Consulta Pública ainda não aprovada pelo pleno até a públicação deste caderno de
subsídios.
Rodrigo Hajjar (ANUBRA), Tiago Fernandes de Lira (PROESP), Angela Podolsky (Macrozona 1), Victor Petrucci (Macrozona 2), Mário Cencig (Macrozona 3), Hugo de Godoy Telles (Macrozona 4). Acompanharam a reunião os cidadãos Andrea Struchel, Vania Lando de Carvalho, Ivan Alvarez, Antonio Alberto Costa (IAC), Luiz Guilherme Riwadt (EMBRAPA), Cesar Cury (COP MEIO AMBIENTE). O Sr. Marcos Boni foi nomeado para exercer os trabalhos de Secretário Executivo, na ausência da Sra. Janete Navarro. O Presidente do COMDEMA Carlos Alexandre inicialmente fez a leitura da Convocação publicada no Diário Oficial do Município com a respectiva pauta, e em seguida passou a palavra ao servidor da SVDS Roberto Rossant que, através de Power Point, fez uma apresentação sobre o histórico de construção do Projeto de Lei da Política Municipal de Educação Ambiental. Encerrada a apresentação, o Presidente Carlos Alexandre solicitou que fosse projetado o texto do Projeto de Lei e que fosse lido para conhecimento de todos os presentes, não obstante o envio por e-mail que já havia sido realizado a todos os membros do COMDEMA. Todavia, ocorreu um problema técnico no pen drive com o arquivo do texto, e, por isso, o Presidente Carlos Alexandre solicitou que fosse feita a apresentação sobre o Projeto de Lei do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). A servidora Isadora da SVDS também utilizou do Power Point para fazer sua apresentação. Uma vez concluída, o Presidente Carlos Alexandre abriu a palavra a todos os presentes para realizarem perguntas e manifestações. A Conselheira Ângela Podolsky parabenizou a apresentação e o conteúdo e destacou que, por trabalhar com o tema, sabe perfeitamente de que haverá pouca adesão dos proprietários rurais tendo em vista a resistência deles em destinar terras de suas propriedades para o reflorestamento pois economicamente não há vantagens, uma vez que outras atividades como agricultura ou criação de animais é mais lucrativo. Então ela perguntou o que a SVDS pretende fazer para conseguir convencer os proprietários rurais a se inscreverem no PSA. O Conselheiro Victor Petrucci perguntou como o programa irá contribuir para conter a degradação ambiental, e pediu que lhe fosse apresentado um exemplo concreto. Nelson Barbosa disse que o projeto do PSA tem de ser melhorado para atrair os produtores rurais, ressaltando a importância dos valores a serem pagos serem efetivamente atrativos. O Conselheiro Mário Cencig sugeriu usar as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) para obter a recuperação florestal das propriedades rurais, pois acredita que o PSA não será financeiramente atraente para os proprietários. Cesar Cury perguntou se há incentivos para aqueles que estão fora da regra estabelecida se integrarem ao PSA. A Conselheira Walquíria Sonati disse que é necessário haver uma mudança cultural dos proprietários para perceberem a importância da recuperação das áreas de mananciais. Perguntou, se referindo aos repasses de valores dos Fundos, se cabe à SVDS ou à Secretaria Municipal de Gestão e Controle a responsabilidade para tratar do assunto. Perguntou, ainda, se o INCRA está integrado de alguma forma no Programa.
O Conselheiro Francisco Rodrigo Martins disse que o foco da conscientização sobre o Programa não deve ficar exclusivamente sobre os produtores rurais, pois cabe a toda a sociedade, sem exceção, a preservação e recuperação do meio ambiente. Sugeriu incluir no art. 3º do Projeto de Lei o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. O Conselheiro Tiago Lira disse que na maioria das propriedades rurais nem o Código Florestal é obedecido e assim perguntou como a SVDS pretende conseguir a adesão dos produtores rurais ao PSA. Perguntou também qual o valor referência para os pagamentos e qual o valor total disponível para ser usado com o Programa PSA. Ele deixou claro que entende que apenas com dotação específica no orçamento anual da Prefeitura de Campinas é que poderá haver sucesso do Programa, pois do contrário essa será mais uma lei que só ficará valendo no papel, mas que não será aplicada. Indagou, ainda, quem irá formar o Conselho Diretor. O Presidente Carlos Alexandre disse que entende que as áreas verdes, matas ciliares, APPs, e demais sistemas ecológicos oriundos de condicionantes, compensações mitigações e contrapartidas dos projetos de licenciamento ambiental não devem ser contemplados no Projeto de Lei. Perguntou se as ONGs e OSCIPS poderão unificar áreas tanto urbanas quanto rurais para concorrerem ao Programa. Ele também perguntou sobre o valor das unidades de referência e quais são seus respectivos critérios. Por fim ele propôs formar um Grupo de Trabalho do COMDEMA para contribuir com uma forma eficaz para ser obtida a significativa adesão por parte dos proprietários de terras ao Programa do PSA. Colocada sua proposta em votação ela foi aprovada pela maioria, não havendo voto contrário e, com a abstenção da Conselheira Walquíria. Na sequência, a funcionária Isadora Nunes passou a responder as perguntas realizadas. Ela disse que o PSA levou em conta o Direito Real da Propriedade na sua elaboração, não havendo amparo legal para obrigar o proprietário a aderir ao Programa, mas que houve sim a preocupação de tornar atraente a adesão espontânea aos interesses dos donos de terras, e que espera a contribuição do COMDEMA e da sociedade para aperfeiçoar o Programa, tornando-o interessante aos produtores rurais. Ela esclareceu que apenas por ocasião das regulamentações do Projeto de Lei é que serão definidos os valores, as unidades de referência e demais questões estratégicas, permitindo a maior participação e contribuições da sociedade. Foi destacado que as contribuições de qualquer pessoa poderão ser enviadas para o e-mail da SVDS pelos próximos 15 dias, e que ainda haverá uma Audiência Pública na Câmara Municipal para apresentação do Projeto e recebimento de mais contribuições. Ela ressaltou que na elaboração dos Programas e Sub-programas é que serão definidas as peculiaridades do PSA. Carlos Alexandre propôs que na próxima reunião do COMDEMA seja apresentada a minuta do Projeto de Lei já com as contribuições obtidas a partir dessa Reunião. Com a palavra a servidora Isadora ela respondeu à Conselheira Walquíria que os Fundos que serão ser usados são o PROAMB e o FUNDIF e que para este ano foram estimados um milhão de reais no PROAMB para o PSA. Carlos
Alexandre disse que os recursos dos Fundos só devem ser usados nesse início de implantação do Programa, pois espera que haja de fato dotação orçamentária a partir do próximo ano. Após, verificando-se que não existia mais comentários a respeito do PSA, e com a recuperação do arquivo com o texto do Projeto de Lei da Política Municipal de Educação Ambiental, a palavra foi passada para a Supervisora da SVDS Andrea Struchel para realizar a leitura em voz alta. Terminada a leitura, o Presidente Carlos Alexandre convidou para compôr a mesa o servidor Roberto Rossant, o sr. Lino Azevedo, o Conselheiro Hugo Telles, e a professora Luciana (sobrenome). Após questionou a ausência no texto da lei do percentual dos recursos financeiros dos Fundos que serão destinados ao Projeto de Educação Ambiental. A Cons. Walquíria perguntou quais entidades podem participar das atividades de Educação Ambiental. A professora Celeste Piva propôs que os recursos sejam cumulativos e incluídos no Projeto de Lei. O Cons. Hugo Telles disse que as perguntas da Cons. Walquíria serão definidas dentro do Plano de Educação Ambiental que ainda será elaborado. Com relação a aplicação dos recursos e qual seus respectivos valores disse que caberá ao Grupo Gestor dos Fundos fazerem a definição, destacando que haverá a formação e um grupo de trabalho especificamente para elaborar os projetos do Plano de Educação Ambiental. O sr. Cesar Cury perguntou se foi considerada a possibilidade de ser utilizada a renúncia fiscal de tributos municipais para aplicação nos projetos de educação ambiental. O Cons. Hugo disse que nesse momento não considera uma boa opção inserir esse tipo de recurso, mas que na elaboração do Plano de Educação Ambiental aí sim se mostra adequado. A Cons. Walquíria perguntou quanto tempo resta para a conclusão dos trabalhos, e o sr. Hugo respondeu que restam apenas três meses, o que é um tempo muito exíguo. Informou ainda que a SVDS irá coordenar os trabalhos e que a Secretaria Municipal de Educação irá implantar o Programa. Com a palavra o sr. Lino Azevedo, ele destacou a questão da importância da transdiciplinalidade como ferramenta pedagógica. Após, o Presidente Carlos Alexandre informou que o COMDEMA irá apoiar os trabalhos, e que já na próxima segunda feira irá formar o Grupo de Trabalho do COMDEMA para trabalhar no PSA a fim de garantir que haja o repasse de verbas do Governo do Estado para o Município. Em seguida, às 21:00 horas, o Presidente Carlos Alexandre deu por encerrada essa 2ª Reunião Extraordinária do COMDEMA. A Ata foi por mim Marcos Roberto Boni redigida, a qual após aprovada pelo Pleno será publicada no D.O.M. Campinas, 22 de agosto de 2014
5. Quadro Síntese
ITEM NOME/
ENTIDAD
E
MOMENTO DISPOSITIV
O LEGAL SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
1
Ângela
Podolsky -
CONGEAPA
2a Reunião
Extraordinária do
COMDEMA de 28 de
agosto de 2014,
realizada no salão vermelho das 18h30 as
21h
Art 18
É possível enfrentar baixa
adesão dos proprietários
por causa dos critérios de
enquadramento legal. Como
vai ser a adesão e quem vai
fazer este trabalho de estimular a adesão? O que
a SVDS pretende fazer para
garantir a adesão?
SIM em outro
documento legal
Todos os aspectos relativos ao estímulo
à adesão serão estudados e garantidos nos dispositivos de regulamentação específicos. Está posição atende a visão de que cada Subprograma ou Projeto possui especificações inerentes que podem não ser compatíveis.
2
Ângela Podolsky -
CONGEAP
A
2a Reunião
Extraordinária do COMDEMA de 28 de
agosto de 2014,
realizada no salão
vermelho das 18h30 as
21h
Art 13 Onde o PSA vai ser feito? esclarecime
nto
A Seção III da Minuta de Lei prevê
a criação de um inventário PSA, que deve ser subsidiado pelos
planos municipais, banco de áreas
verdes e quaisquer outras fontes
que venham a compor o inventário.
A existência deste dispositivo na lei, prevê que áreas de maior
interesse para a proteção dos
serviços ambientais sejam
identificadas e inventariadas para
posteriormente entrarem em projetos, programas e
subprogramas de estimulo à
adesão.
Cabe ressaltar que um inventário
produzido pelo Poder Executivo não
altera em nada a possibilidade de
pleito, cadastramento e elegibilidade no PSA
ITEM
NOME/ENTIDADE MOMENTO DISPOSITIV
O LEGAL SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
3 Vitor Petrucci- Conselheiro do
COMDEMA
2a Reunião
Extraordinária
do COMDEMA
de 28 de
agosto de 2014,
realizada no
salão vermelho
das 18h30 as
21h
NT
Como o programa poderia contribuir
para a redução da
degradação
ambiental? Existe
um exemplo prático e específico
onde a aplicação
do programa
reduziu a
degradação
ambiental?
esclarecimento
Destacamos alguns exemplos de sucesso: 1. PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA
(The Nature Conservancy, Agência
Nacional de Água/ANA e Comitê de
Bacias PCJ)
2. PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA
(Secretária de Meio Ambiente de Goiás) 3. PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA E
FLORESTA (Rio Claro/SP)
4. WATERSHED AGRICULTURAL
COUNCIL (New York/USA)
Um dos principais casos de sucesso, inclusive que deu origem ao Programa de
Extrema. É formado de um conselho de
ruralistas que promovem a conservação.
Como resposta, hoje NY tem uma das
águas de melhor qualidade do mundo,
não havendo sistema de tratamento, apenas de filtragem.
5. PROGRAMA CONSERVADOR DE
ÁGUA (Extrema/MG)
No caso do Programa de extrema,
incialmente com 500hectares, hoje abrange 120 propriedades e um total de
7,3mil hectares protegidos ou um
aumento de 9% na cobertura vegetal do
município e que contribuem para a
produção de água na bacia do PCJ. 6. PROGRAMA BIOCLIMA PARANÁ
ITEM NOME/
ENTIDAD
E
MOMENTO DISPOSITIV
O LEGAL SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
4 Nelson
Barbosa
2a Reunião Extraordinária
do COMDEMA
de 28 de agosto
de 2014,
realizada no salão vermelho
das 18h30 as
21h
NT
Afirmou que o PSA tem
que ser um bom
negócio para o
produtor rural; é necessário acertar e
melhorar a
valoração/pagamento e
melhorar a minuta do
PSA. Sendo que é importante pagar bem,
o que não significa
pagar o valor integral
(como em Extrema),
mas pagar
progressivamente
SIM
em outro
documento
legal
O programa PSA irá abranger toda a extensão
territorial e em diferentes escopos, divididos
em Subprogramas e Projetos, os quais serão
regulamentados paulatinamente.
Isto significa que o pagar bem refere-se tanto
a unidade mínima, que é uma questão
particular de cada tipo de Subprograma e
Projeto, quanto o valor a ser pago, o que
depende do cálculo e da regulamentação das
fontes de pagamento. Um exemplo disto é a consignação dos Fundos.
Neste sentido, definir um valor neste
documento legal ainda é muito prematuro.
Reiteramento que este dispositivo é uma Política Pública que cria as formas e os meios
para a governabilidade do PSA
5 Mário 2a Reunião NT Expôs a necessidade de esclarecime Entendemos a necessidade de melhorar a
Cencig -
Conselheir
o do COMDEM
A
Extraordinária
do COMDEMA
de 28 de agosto de 2014,
realizada no
salão vermelho
das 18h30 as
21h
melhorar a minuta. nto minuta e este processo de consulta pública
tão somente iniciou o processo participativo.
Que ainda poderá ser tratado em outras oportunidades, a exemplo de audiência
pública que se dará na Câmara Municipal de
Campinas.
6
Mário
Cencig -
Conselheir
o do
COMDEMA
2a Reunião Extraordinária
do COMDEMA
de 28 de agosto
de 2014,
realizada no salão vermelho
das 18h30 as
21h
Art 9o
Explicou que seria
interessante alguma
relação entre o PSA e
as RPPN.
esclarecime
nto
As RPPN fazem parte do PSA, como consta na
Seção I, Art. 9o VII – Projeto de Incentivo as
RPPN
ITEM NOME/EN
TIDADE MOMENTO
DISPOSITIV
O LEGAL
SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
7
Cezar Curi
– COP
Meio
Ambiente
2a Reunião Extraordinária
do COMDEMA
de 28 de agosto
de 2014,
realizada no
salão vermelho das 18h30 as
21h
Capítulo II
O PSA tem falta de
atratividade para o produtor rural se
enquadrar.
É preciso pensar o
enquadramento de
uma forma mais
atrativa para o proponente para que
evitar que ele esconda
o erro ou não queira
SIM
em outro
documento
legal
Todos os aspectos relativos ao estímulo à
adesão serão estudados e garantidos nos
dispositivos de regulamentação específicos.
Está posição atende a visão de que cada
Subprograma ou Projeto possui especificações inerentes que podem não ser compatíveis.
aderir. Foi pensado
nisso?
8
Walquíria Sonalti-
Gabinete
do Prefeito
2a Reunião
Extraordinária
do COMDEMA de 28 de agosto
de 2014,
realizada no
salão vermelho
das 18h30 as
21h
NT
Sobre a viabilidade dos
repasses do fundo: de quem é a
responsabilidade de
elaborar os projetos
para PSA?
NÃO
1.Sobre a responsabilidade de elaboração do projeto técnico: esta é de competência da
SVDS, sendo o proponente responsável por
submeter proposta de enquadramento em
formato a ser definido, no momento da
regulamentação específica.
2. Sobre as viabilidades de repasse, o Estado
de São Paulo dispõem de fundos com
regulamentações e projetos específicos para
abrigar projetos de PSA, mas a PMC também
dispõem de fundos que serão instrumentos do PSA.
Há ainda a possibilidade de investir na
negociação de PPP, financiamento privados e
pagamentos pelos beneficiários diretos.
ITEM NOME/
ENTIDADE MOMENTO
DISPOSITI
VO LEGAL
SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
9
Walquíria
Sonalti- Gabinete do
Prefeito
2a Reunião
Extraordinári
a do COMDEMA
de 28 de
agosto de
NT
Quem cabe pleitear
o
recurso/destravar o recurso? De
quem é a
responsabilidade
NÃO
Da regulamentação das fontes de pagamento, por
exemplo, a consignação dos Fundos cabe aos seus
respectivos gestores definir os meios, observada a legislação respectiva.
Ainda assim, a minuta propõem a criação de um cargo
2014,
realizada no
salão vermelho das
18h30 as 21h
de alimentar os
fundos?
específico - agente técnico financeiro, servidor de
carreira, responsável por articular e equacionar as
negociações financeiras com os fundos e fontes de recursos. (Art 12, Parágrafo único)
10
Walquíria
Sonalti-
Gabinete do Prefeito
2a Reunião Extraordinári
a do
COMDEMA
de 28 de
agosto de
2014, realizada no
salão
vermelho das
18h30 as 21h
NT Onde o INCRA
entra no PSA?
SIM
em outro
documento legal
Não cabe ao Município, na tripartição constitucional
de competências, estabelecer a competência,
capacidade ou atribuições a entes federativos e seus
respectivos órgãos.
Tratamos a estrutura da minuta de Projeto de Lei à luz
das competências de cada entidade presente no PSA.
Ainda assim, eventuais parcerias são bem-vindas, em especial por tratar de um programa que atingirá
diretamente a área rural e, portanto, quando na
regulamentação dos Subprogramas e Projetos ou do
sistema de gestão do PSA propomos a chamada para
equacionamento da participação de outros órgãos,
ainda que facultativamente.
11
Francisco
Martins -
CATI
2a Reunião
Extraordinári
a do
COMDEMA de 28 de
agosto de
2014,
realizada no
salão
vermelho das 18h30 as 21h
Art. 2o
O produtor não
pode ser responsável
sozinho pela
preservação
ambiental, ele
precisa de ajuda.
esclareci
mento
Está previsto o apoio ao proprietário rural do “berço ao
túmulo” quando na submissão de cadastramento e pleito a um Subprograma ou Projeto. No entanto, os
dispositivos legais para o suporte ao produtor cabem
no momento da regulamentação, por se tratar de
questão de competência entre órgãos públicos.
ITEM NOME/ ENTIDAD
E
MOMENTO DISPOSITIVO
LEGAL
SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
12
Francisco
Martins -
CATI
2a Reunião Extraordinária
do COMDEMA
de 28 de
agosto de
2014, realizada no
salão
vermelho das
18h30 as 21h
Art. 3o
Sugere incluir o plano
municipal de
desenvolvimento rural no PSA;
SIM
Sugestão de nova redação:
“Art. 3º O Programa de Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA) segue as
diretrizes gerais definidas na Lei Orgânica
do Município, no Plano Diretor, Planos
Locais de Gestão Urbana, bem como as
diretrizes específicas definidas nos Plano
Municipal de Recursos Hídricos, Plano
Municipal do Verde, Plano Municipal de
Saneamento Básico, Plano Municipal de
Desenvolvimento Rural e outros
dispositivos que definam diretriz específica
sob os recursos naturais.”
13
Francisco
Martins -
CATI
Via e-mail Art. 9º
Sugere alterar
competência para regulamentar os
Subprogramas e
Projetos para a
SVDS, substituindo o
Conselho Diretor do
PSA
PARCIAL
Sugestão de nova redação:
“Art. 9º Parágrafo único. Os
Subprogramas e Projetos mencionados no
caput deste artigo, bem como as condições
de sua implementação, monitoramento,
avaliação e normas complementares, serão
definidos em regulamento, atendidas as
disponibilidades orçamentárias, sob
competência da SVDS, ouvido o Conselho
Diretor do PSA.”
ITEM NOME/
ENTIDADE MOMENTO
DISPOSITIVO
LEGAL
SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO
ACEIT
E JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
14
Francisco
Martins -
CATI
2a Reunião
Extraordinária do COMDEMA
de 28 de
agosto de
2014,
realizada no
salão vermelho das 18h30 as
21h
Art. 11
Incluir o Conselho
municipal de
desenvolvimento rural no
Conselho diretor do PSA e
deixar que ele (o conselho do
PSA) faça a regulamentação.
SIM
Sugestão de nova redação:
“Art. 11. VII – Conselho Municipal de
Desenvolvimento Rural (CMDRA) .”
14
Tiago Lira -
Conselheiro
do
COMDEMA
2a Reunião
Extraordinária
do COMDEMA de 28 de
agosto de
2014,
realizada no
salão vermelho
das 18h30 as 21h
NT
como fazer para que o
produtor rural extrapole o mínimo de área preservado
que ele já é obrigado pelo
código florestal? Como
captar o produtor para o
programa?
SIM em
outro
docume
nto
legal
Todos os aspectos relativos ao estímulo
à adesão serão estudados e garantidos
nos dispositivos de regulamentação específicos.
Está posição atende a visão de que cada
Subprograma ou Projeto possui
especificações inerentes que podem não ser compatíveis.
15
Tiago Lira -
Conselheiro
do
2a Reunião
Extraordinária
do COMDEMA
NT
Quanto é o valor da unidade
mínima e quanto cada fundo
pode gastar com o PSA?
SIM
em
outro
A unidade mínima consiste em questão
específica de cada tipo de Subprograma
e Projeto, quanto o valor a ser pago, o
COMDEMA de 28 de
agosto de
2014, realizada no
salão vermelho
das 18h30 as
21h
(valor a ser pago e montante
destinado)
docume
nto
legal
que depende do cálculo e da
regulamentação das fontes de
pagamento. Um exemplo disto é a consignação dos Fundos.
Neste sentido, definir um valor neste
documento legal ainda é muito
prematuro.
Reiteramos que este dispositivo é uma
Política Pública que cria as formas e os
meios para a governabilidade do PSA
ITEM NOME/
ENTIDADE MOMENTO
DISPOSIT
IVO
LEGAL
SUGESTÃO/
REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
16
Carlos
Alexandre -
Presidente
do
COMDEMA
2a Reunião
Extraordinária do
COMDEMA de 28 de agosto de
2014, realizada no
salão vermelho
das 18h30 as 21h.
E posteriormente
por e-mail com aprovação do
Pleno do
COMDEMA
(anexo)
Art. 20
Sugerem a inclusão da seguinte
consicionante: “as áreas
verdes, matas ciliares, App’s
– Áreas de Proteção Permanente, demais
ecossistemas oriundos de
condicionantes,
compensações, mitigações e
contrapartidas de projetos do Licenciamento Ambiental
concedidos pelos órgãos
públicos competentes nas
esferas, Federais, Estaduais
e Municipais não se
SIM
Sugestão a inclusão de inciso com a
seguinte redação: “Art. 20 §2º as áreas
verdes, matas ciliares, App’s – Áreas de
Proteção Permanente e demais ecossistemas oriundos de
condicionantes, compensações,
mitigações e contrapartidas de projetos
do Licenciamento Ambiental concedidos
pelos órgãos públicos competentes nas esferas, Federal, Estadual e Municipal
não se enquadrarão para a Habilitação
ao PSA”.
Consequentemente o Art. 23 II –
enquadrarão para a
Habilitação ao PSA”
“Recursos Firmados nos Termos de
Ajuste de Conduta – TAC pela
Municipalidade” deixa de existir.
17
Carlos
Alexandre -
Presidente
do COMDEMA
2a Reunião
Extraordinária do
COMDEMA de 28
de agosto de
2014, realizada no salão vermelho
das 18h30 as 21h
NT
Definir mecanismos que
realmente estimulem o processo
de cadastramento das áreas
SIM
em
outro
documento legal
Todos os aspectos relativos ao estímulo
à adesão serão estudados e garantidos
nos dispositivos de regulamentação
específicos.
Está posição atende a visão de que cada Subprograma ou Projeto possui
especificações inerentes que podem não
ser compatíveis.
18
Carlos
Alexandre - Presidente
do
COMDEMA
2a Reunião Extraordinária do
COMDEMA de 28
de agosto de
2014, realizada no
salão vermelho das 18h30 as 21h.
E posteriormente
por e-mail com
aprovação do
Pleno do
COMDEMA (anexo)
Art. 20
Questiona se entidades como
Embrapa, CATI, ONG e OSCIP possam formar um consórcio de
áreas urbanas ou rurais para
concorrerem ao PSA
proposta de texto: “para a
habilitação ao
cadastramento de áreas ao PSA, poderão entidades
ONG’s / OCIP’s consolidar
“Consórcios de Áreas”
contíguas a mesma sub-bacia
hidrográfica, observando termo de referência previsto
para regulamentação desta
Lei;”
PARCIAL
O pleito coletivo é uma possibilidade que
não foi estudada durante a leitura
técnica, havendo portanto necessidade
de mais tempo para estudar a viabilidade e a demanda por este tipo de
cadastramento. Tal demanda pode ser
internalizada em Decreto
Regulamentador.
ITEM NOME/
ENTIDADE MOMENTO
DISPOSITIV
O LEGAL SUGESTÃO/ REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
19
Carlos
Alexandre - Presidente
2a Reunião
Extraordinária do COMDEMA de 28
NT
Questiona se haverá mais
audiências. SIM
Poderá haver uma audiência na
Câmara de Vereadores.
do
COMDEMA
de agosto de
2014, realizada
no salão vermelho das 18h30 as 21h
20
Carlos
Alexandre -
Presidente
do
COMDEMA
2a Reunião
Extraordinária do
COMDEMA de 28
de agosto de
2014, realizada
no salão vermelho das 18h30 as 21h
NT Quais as unidades de
referências/ unidade mínima?
SIM
em
outro
docume
nto legal
A unidade mínima, que é uma
questão específica de cada tipo de
Subprograma e Projeto, quanto o
valor a ser pago, o que depende do
cálculo e da regulamentação das fontes de pagamento. Um exemplo
disto é a consignação dos Fundos.
Neste sentido, definir um valor
neste documento legal ainda é muito prematuro. Reiteramos que
este dispositivo é uma Política
Pública que cria as formas e os
meios para a governabilidade do
PSA
21
Carlos
Alexandre -
Presidente
do COMDEMA
2a Reunião
Extraordinária do
COMDEMA de 28
de agosto de
2014, realizada no salão vermelho
das 18h30 as 21h
NT
Propõe a formação de grupo de
trabalho do COMDEMA, com
representação do CMDRA para
contribuir com uma forma eficaz
para ser obtida a significativa adesão por parte dos
proprietários de terras ao
Programa do PSA
SIM
Proposta votada e acolhida pelos
conselheiros, ficando a equipe
técnica da SVDS disponível para esse trabalho.
ITEM
NOME/ ENTIDADE
MOMENTO
DISPOSITIVO LEGAL
SUGESTÃO/ REINVINDICAÇÃO ACEITE JUSTIFICATIVA/RESPOSTA
22
Rosa Frihetto e
Luiz Wadt
– Embrapa
CNPMA
Via e-mail Art. 1o V
A regulação do clima é um termo muito
amplo que deveria ser delimitada como
sendo microclima ou clima local. E ela vem em decorrência de outras ações
enumeradas, portanto não deveria ter
um subprograma específico. Caso
contrário, perguntaria como irá regular
o clima? Ainda não existe exemplo
científico bem-sucedido de ação que tenha regulado o clima
SIM, em outro
docume
nto
legal
Cabe a regulamentação do
subprograma clima
23
Rosa
Frihetto e
Luiz Wadt – Embrapa
CNPMA
Via e-mail Art. 6o VII
Agricultura familiar e/ou orgânica:
qualquer tipo de agricultura que
efetivamente contribua para a
conservação ambiental. Por isso, não deveria especificar tipo de agricultura
numa Minuta
SIM
Sugestão de nova redação:
“Art. 6o VII - reconhecimento da
contribuição de toda agricultura que
promova a proteção ou conservação
ambiental.”
24
Rosa
Frihetto e
Luiz Wadt
– Embrapa CNPMA
Via e-mail NT
Deveria estar definida na Minuta que a gestão das ações será por Bacia
Hidrográfica, ou por Microbacias. Uma
bacia hidrográfica transcende os limites
do município, daí a importância da ação
coordenada e integrada entre os municípios. Caso contrário, não haverá
muito sucesso e retorno para o público
em geral
NÃO
Embora tecnicamente a sugestão seja
muito bem-vinda pela equipe técnica
da SVDS, não cabe ao município a função de coordenar ações integradas
entre municípios vizinhos, mas sim ao
Comitês de Bacia (PCJ), em escala
Estadual e a Agência Nacional da Água
- ANA em escala federal. Dessa forma, não internalizaremos
nessa minuta de Projeto de Lei. De
qualquer forma, essa excelente
sugestão pode ser tratada em nível de
articulação entre os vários Municípios.
25 Fernando Bonatto
Via e-mail NT
Como fica a situação daqueles proprietários que já possuem benefícios de isenção de IPTU? Eles vão receber pela área através do PSA e também se beneficiar da isenção de IPTU
SIM
Sugeimos a inclusão da seguinte
redação:
“ Art. 20 §3º Não se aplica o disposto nesta legislação para os casos dos
proprietários de imóveis com
benefícios de isenção do imposto
territorial urbano (ITTU), previsto no
Decreto 16.974, de 04 de fevereiro de
2010”
6. Avanços pós Consulta Pública
Temos como resultado da consolidação da leitura técnica
à luz da leitura comunitária, o ajuste da Minuta Projeto e a
documentação das expectativas populares sobre o projeto e,
consequentemente, sobre as regulamentações especificas.
Destacamos:
1. a inclusão do Conselho Municipal do
Desenvolvimento Rural no Conselho Diretor
do PSA;
2. o reconhecimento de todo e qualquer tipo de
agricultura que possa promover a
conservação ambiental;
3. a formação do Grupo de Trabalho do COMDEMA,
com a participação do CMDRA para participar
ativamente da construção do PSA e
posteriormente no estimulo a adesão do
produtor rural.
A Secretária Municipal do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável agradece a todos que colaboraram na
formatação deste texto legal estratégico para a boa condução da
gestão ambiental de Campinas e agradece aquelas contribuições que
virão durante a Audiência Pública.
Nossas portas continuaram abertas para receber
contribuições que visem o aperfeiçoamento para melhorar os seus
serviços prestados à comunidade em geral.
Rogério Menezes
7. Referências Bibliográficas
Acre (Estado) Lei n. 2.308, de 22 de outubro de 2010. Cria o Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais- SISA, o Programa de Incentivos por Serviços Ambientais - ISA Carbono e demais Programas de Serviços Ambientais e Produtos Ecossistêmicos do Estado do Acre e dá outras providências.
Adriana Kfouri & Fabiana Favero. Projeto Conservador das Águas Passo a Passo: Uma
Descrição Didática sobre o Desenvolvimento da Primeira Experiência de Pagamento por uma Prefeitura Municipal no Brasil. Brasília, DF: The Nature Conservancy do Brasil, 60p 2011.
Agência Nacional de Águas (Brasil). Manual Operativo do Programa produtor de Água. Agência Nacional de Águas, Superintendência de Usos Múltiplos. Brasília : ANA, 60p 2008
Extrema (município). Lei Municipal 2.100 de 21 de dezembro de 2005. Cria o Projeto Conservador de Águas, autoriza o Executivo a prestar apoio financeiro aos proprietários rurais e dá outras providências
Extrema (município). Lei n. 2.482, de 13 de fevereiro de 2009. nstitui o Fundo Municipal para Pagamentos por Servic os Ambientais e da outras provide ncias. Fátima Becker Guedes & Susan Edda Seehusen Org. Pagamentos por Serviços Ambientais na Mata Atlânica: lições aprendidas e desafios. – Brasília: MMA, 272 p. 2011.
Jaraguá do Sul (município) Lei n. 6.252 de 30 de novembro de 2011 cria as políticas de pagamento por serviços ambientais do município, institui o programa águas de Jaraguá na modalidade de pagamento por serviço ambiental, autoriza o poder executivo municipal a prestar apoio aos proprietários rurais ou urbanos determinados pelo programa e dá outras providências.
Mariana Heilbuth Jardim. Pagamentos por serviços ambientais na gestão de recursos hídricos: o caso do município de Extrema-MG. Dissertação de Mestrato. Brasilia, DF. 200p 2010
Marcus Peixoto. Pagamento por serviços ambientais – aspectos teóricos e proposições legislativas. Texto para discussão no Senado Federal. Ato da Comissnao Diretora n. 10/2011. Brasilia, 2011
Priscilla Santos; Brenda Brito; Fernanda Maschietto; Guarany Osório; Mário Monzoni org. Marco regulatório sobre pagamento por serviços ambientais no Brasil / Organização de. –
Belém, PA: IMAZON; FGV. CVces, 72p 2012.
Santa Catarina (Estado) Lei n. 15.133, de 19 de janeiro de 2010, institui a Política Estadual de Serviços Ambientais e regulamenta o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais no Estado de Santa Catarina, instituído pela Lei no 14.675, de 2009, e estabelece outras providências.
São Paulo (Estado) Lei n. 13.798, de 9 de novembro de 2009 Institui a Política Estadual de
Mudanças Climáticas – PEMC
WATERSHED AGRICULTURAL COUNCIL. New York. Acesso em sítio digital http://www.nycwatershed.org/ce_resources.html