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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO COPPEAD DE ADMINISTRAÇÃO
André Rodrigues Pereira
Convergência dos Regimes de Previdência no Brasil: Uma Análise a partir
da Taxa Interna de Retorno
Rio de Janeiro - RJ
2017
André Rodrigues Pereira
Convergência dos Regimes de Previdência no Brasil: Uma Análise a partir
da Taxa Interna de Retorno
Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto
COPPEAD de Administração, da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários para
a obtenção do título de Mestre em Administração.
ORIENTADOR: Prof. Carlos Heitor Campani, Ph.D.
Rio de Janeiro – RJ
2017
CIP - Catalogação na Publicação
Elaborado pelo Sistema de Geração Automática da UFRJ com os dados
fornecidos pelo(a) autor(a).
Pereira, André Rodrigues
P436c Convergência dos regimes de Previdência no
Brasil: uma análise a partir da Taxa Interna de
Retorno / André Rodrigues Pereira. -- Rio de
Janeiro, 2017.
90 f.
Orientador: Carlos Heitor d'Ávila Pereira
Campani.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de Administração,
Programa de Pós-Graduação em Administração, 2017.
1. Convergência dos Regimes da Previdência
Social. 2. Reforma da Previdência Social. 3. Taxa
Interna de Retorno. I. Campani, Carlos Heitor
d'Ávila Pereira, orient. II. Título.
André Rodrigues Pereira
Convergência dos Regimes de Previdência no Brasil: Uma Análise a partir
da Taxa Interna de Retorno
Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto COPPEAD de
Administração, da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título
de Mestre em Administração.
Aprovada por:
________________________________________________
Prof. Carlos Heitor d’Ávila Pereira Campani, Ph.D. (Orientador)
COPPEAD - UFRJ
__________________________________________
Prof. Celso Funcia Lemme, D.Sc.
COPPEAD – UFRJ
__________________________________________
Prof. Marcelo Cabus Klotzle, Ph.D.
IAG – PUC-Rio
Rio de Janeiro
2017
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, por todo o apoio, incentivo e carinho nos momentos mais alegres e nos
mais difíceis. Tudo que sou e aprendi de bom na vida devo a eles.
Ao meu orientador, Carlos Heitor Campani, pela paciência, incentivo, ensinamento e
ajuda, sem os quais essa dissertação não seria possível.
Aos professores e funcionários do COPPEAD, pela dedicação e ensinamentos.
Aos meus colegas de IBGE, cujo apoio foi fundamental nessa reta final.
Aos meus amigos do mestrado, pelas horas juntas dedicadas ao estudo, mas também à
boemia.
À minha namorada, por todo apoio e carinho durante o mestrado, e pela compreensão
nessa reta final.
Ao Mib, pela alegria proporcionada à nossa família e pela companhia, que me faz falta,
nos momentos de solidão.
RESUMO
PEREIRA, André Rodrigues. Convergência dos Regimes de Previdência no Brasil: Uma
análise a partir da taxa interna de retorno. 2017. 90f. Dissertação (Mestrado em
Administração) – Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
O objetivo deste estudo é verificar a convergência entre os regimes previdenciários desde a
Constituição Federal de 1988 até a nova proposta de emenda constitucional, PEC n° 287/2016.
Para tanto, foram estimadas e comparadas as taxas internas de retorno (TIR) para o Regime
Geral de Previdência Social (RGPS) no caso dos trabalhadores urbanos com carteira assinada
e para o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) no caso dos servidores federais civis.
Ademais, outros pontos foram analisados, tais como o impacto de cada uma das principais
reformas estudadas, os subsídios cruzados entre os programas de previdência, os motivos por
trás do desequilíbrio da previdência social, e a trajetória das taxas estimadas ao longo do tempo.
Os resultados indicaram que há indícios de convergência, ao se considerar o período como um
todo, para a maioria dos casos analisados. Houve, após as reformas de 1998 e 1999, uma queda
nas taxas de retorno para os casos em que as aposentadorias têm valor equivalente ao teto do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A reforma de 2015, no entanto, quebrou a trajetória
de queda dessas taxas para o RGPS. Já as outras reformas analisadas tiveram, quando muito,
apenas um efeito marginal, sem mudar a trajetória das taxas de retorno. Além do mais, as taxas
de retorno mais elevadas dos programas previdenciários de grupos com menor rendimento
apontam que o sistema previdenciário possui características de progressividade. Concluiu-se,
portanto, que as altas taxas de retorno (sem perspectiva de queda sob as regras atuais), as
generosas regras anteriores e a insuficiência das reformas previdenciárias realizadas até então
ajudam a explicar o desequilíbrio atual. Além disso, se a proposta de reforma for devidamente
implementada em 2017, espera-se, enfim, uma redução e uma convergência mais significativas
e duradouras das taxas de retorno.
Palavras-Chave: Reforma da Previdência Social, Convergência dos Regimes da Previdência
Social, Taxa Interna de Retorno.
ABSTRACT
PEREIRA, André Rodrigues. Convergence of Brazilian Pension Regimes: An analysis
based on the internal rate of return. 2017. 90f. Dissertação (Mestrado em Administração) –
Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
2017.
The purpose of this study is to examine the convergence between the social security regimes in
Brazil from the Federal Constitution of 1988 until the new proposal of constitutional
amendment (287/2016). To do so, the internal rates of return were estimated and compared for
the General Regime of Social Security in the case of urban workers with a formal contract and
for the Special Regime of Social Security, valid for civilian federal employees. Moreover, other
points were analyzed, such as the impact of each of the reforms studied, the cross-subsidies
between pension programs, the reasons behind the social security imbalance, and the path
performed by the estimated return rates. The results showed that there are signs of convergence,
considering the period as a whole, for most of the cases analyzed. After the 1998 and 1999
reforms, there was a decrease in rates of return for cases where the pensions were equivalent to
social security top wages. The 2015 reform, however, broke the downward trajectory for the
General Regime. The other reforms analyzed had, at most, only a marginal effect, without
changing the trajectory of rates of return. Furthermore, the higher rates of return for programs
of lower income groups indicate that the pension system have progressive characteristics.
Therefore, it was concluded that the high rates of return (with no prospect of falling under
current rules), the previous generous rules and the insufficiency social security reforms carried
out so far help to explain the current imbalance. In addition, if the reform proposal is duly
implemented in 2017, a more significant and long-lasting reduction as well as the convergence
of the rates of return is expected.
Key-Words: Social Security Reform, Social Security Regimes Convergence, Internal Rate of
Return.
8
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Pirâmide Populacional Brasileira 1980 .................................................................. 17
Gráfico 2: Pirâmide Populacional Brasileira 2015 .................................................................. 18
Gráfico 3: Pirâmide Populacional Brasileira 2060 .................................................................. 18
Gráfico 4: Idade média de aposentadoria dos homens nos países da OCDE e no Brasil ........ 19
Gráfico 5: Expectativa de sobrevida por faixa de idade (em anos) ......................................... 20
Gráfico 6: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo)..................................................................................... 61
Gráfico 7: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo)..................................................................................... 61
Gráfico 8: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo)..................................................................................... 62
Gráfico 9: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo)..................................................................................... 62
Gráfico 10: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de homens (Salário Mínimo) ........................................... 63
Gráfico 11: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de mulheres (Salário Mínimo) ........................................ 63
Gráfico 12: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Teto do INSS) ........................................................................................ 64
Gráfico 13: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Teto do INSS) ........................................................................................ 64
Gráfico 14: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Teto do INSS) ........................................................................................ 65
Gráfico 15: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Teto do INSS) ........................................................................................ 65
Gráfico 16: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de homens (Teto do INSS) .............................................. 66
Gráfico 17: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de mulheres (Teto do INSS) ............................................ 66
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Principais características e possibilidades consideradas no modelo ....................... 31
Tabela 2: Evolução das regras permanentes do Regime Geral de Previdência Social – RGPS
.................................................................................................................................................. 33
Tabela 3: Evolução das regras permanentes do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS
.................................................................................................................................................. 34
Tabela 4: Estimativas das taxas internas de retorno dos trabalhadores com carteira assinada do
RGPS e dos servidores federais civis do RPPS no caso de benefícios com valor igual ao salário
mínimo ...................................................................................................................................... 44
Tabela 5: Estimativas das taxas internas de retorno dos trabalhadores com carteira assinada do
RGPS e dos servidores federais civis do RPPS no caso de benefícios com valor igual ao teto do
INSS ......................................................................................................................................... 45
Tabela 6: Diferença entre as taxas internas de retorno estimadas para trabalhadores com
carteira assinada do RGPS e servidores federais civis do RPPS no caso de benefícios com valor
igual ao salário mínimo ............................................................................................................ 48
Tabela 7: Diferença entre as taxas internas de retorno estimadas para trabalhadores com
carteira assinada do RGPS e servidores federais civis do RPPS no caso de benefícios com valor
igual ao teto do INSS ................................................................................................................ 49
Tabela 8: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo) .......................... 67
Tabela 9: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo) ........................ 68
Tabela 10: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo) .......................... 69
Tabela 11: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo) ........................ 70
Tabela 12: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para homens (Salário
Mínimo) .................................................................................................................................... 71
Tabela 13: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para mulheres (Salário
Mínimo) .................................................................................................................................... 72
Tabela 14: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS) ............................. 73
Tabela 15: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS) ........................... 74
10
Tabela 16: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS) ............................. 75
Tabela 17: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS) ........................... 76
Tabela 18: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para homens (Teto do
INSS) ........................................................................................................................................ 77
Tabela 19: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2016, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para mulheres (Teto do
INSS) ........................................................................................................................................ 78
Tabela 20: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo) .......................... 79
Tabela 21: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo) ........................ 80
Tabela 22: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo) .......................... 81
Tabela 23: Regressão até 2015 da aposentadoria por tempo de contribuição para mulheres com
entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo) ............................................... 82
Tabela 24: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para homens (Salário
Mínimo) .................................................................................................................................... 83
Tabela 25: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para mulheres (Salário
Mínimo) .................................................................................................................................... 84
Tabela 26: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS) ............................. 85
Tabela 27: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS) ........................... 86
Tabela 28: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS) ............................. 87
Tabela 29: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por tempo de contribuição para
mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS) ........................... 88
Tabela 30: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para homens (Teto do
INSS) ........................................................................................................................................ 89
11
Tabela 31: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até
2015, dos regimes previdenciários no caso de aposentadorias por idade para mulheres (Teto do
INSS) ........................................................................................................................................ 90
12
LISTA DE ABREVIATURAS
Funenseg: Escola Nacional de Seguros
Funpresp-Exe: Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder
Executivo
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INSS: Instituto Nacional do Seguro Social
LabMA/UFRJ: Laboratório de Matemática Aplicada da UFRJ (LabMA/UFRJ)
MPS: Ministério da Previdência Social
MQO: Mínimos Quadrados Ordinários
MTPS: Ministério do Trabalho e Previdência Social
OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
PEC: Proposta de Emenda Constitucional
PIB: Produto Interno Bruto
PNAD: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
RGPS: Regime Geral da Previdência Social
RPPS: Regime Próprio da Previdência Social
SPPS: Secretaria de Políticas de Previdência Social
TIR: Taxa Interna de Retorno
VPL: Valor Presente Líquido
13
SUMÁRIO
1 – Introdução ...................................................................................................... 14
2 - Contextualização ............................................................................................ 16
2.1 Justificativa ......................................................................................... 16
2.2 Objetivos ............................................................................................. 21
3 – Revisão de Literatura .................................................................................... 22
3.1 Seguridade Social e Sistemas de Previdência Social .......................... 22
3.2 Estudos Relevantes na Estimativa da Taxa Interna de Retorno da
Previdência Social ..................................................................................... 23
4 – Metodologia .................................................................................................. 28
4.1 Método de Análise .............................................................................. 28
4.2 Cenários ............................................................................................... 30
4.3 Principais Reformas após a Constituição Federal de 1988 ................. 32
4.4 Hipóteses Estabelecidas ...................................................................... 37
5 – Análise dos Resultados ................................................................................. 43
5.1 Análise da Trajetória das Taxas Internas de Retorno ......................... 43
5.2 Análise das Diferenças entre as Taxas dos Regimes de Previdência . 47
5.3 Análise da Convergência .................................................................... 50
5.4 Análise dos Subsídios Cruzados entre os Programas de Previdência. 52
6 – Conclusão ...................................................................................................... 54
7 – Referências Bibliográficas ............................................................................ 56
Apêndices ............................................................................................................ 61
14
1 INTRODUÇÃO
Esse estudo, motivado pela repercussão nacional sobre a necessidade de reforma da
previdência, visa verificar o nível, a trajetória e a convergência da taxa interna de retorno
(doravante TIR) para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) dos trabalhadores com
carteira assinada e o Regime Próprio da Previdência Social (RPPS) dos servidores civis
federais. Dessa forma, foi realizado, para modelos teóricos de contribuintes, o cálculo da TIR
em juros reais, não ponderada para potenciais riscos, após cada uma das principais reformas da
previdência desde a Constituição Federal de 1988. O estudo foca no cálculo para os servidores
federais civis e trabalhadores urbanos na iniciativa privada com carteira assinada para evitar
que os regimes especiais e as diferentes regras para os regimes próprios dos outros entes
federativos gerem maiores distorções.
O próximo capítulo 2 trata da importância do tema atualmente para a economia
brasileira e o ajuste fiscal. Para tanto, são utilizados alguns dados da previdência social no Brasil
como o déficit previdenciário corrente, o percentual do déficit em relação ao Produto Interno
Bruto (PIB), o percentual dos gastos em relação à despesa primária do Governo Central e a
dinâmica demográfica do país. Ao final, são descritos os objetivos dessa dissertação.
O capítulo 3 revisa a literatura, além de explicar o conceito de seguridade social e os
tipos de sistemas de previdência social. Destacamos neste capítulo os estudos utilizados como
base para a análise aqui desenvolvida.
No capítulo 4 são detalhados os dados coletados, a metodologia escolhida, as hipóteses
adotadas e as principais reformas da previdência social após a Constituição de 1988 utilizadas.
Discutimos ainda algumas restrições desse estudo.
No capítulo 5 analisam-se os resultados obtidos. Ou seja, procurou-se verificar se o nível
da TIR é realmente elevado, se há subsídios cruzados entre os programas de previdência, qual
o impacto das reformas na taxa, se há uma trajetória de queda e se houve alguma convergência
entre os regimes geral e próprio ao longo do tempo. Com essas respostas será possível
compreender melhor a efetividade das reformas.
O capítulo 6 é dedicado a conclusões, bem como propostas para estudos futuros,
limitações na interpretação dos resultados e expectativas para a previdência social brasileira nos
próximos anos.
15
A análise pioneira e exploratória realizada por este estudo mostra que houve
convergência entre os regimes na maioria dos casos estudados, o que não significa dizer que
estes convergiram em cada ano analisado e sim que ao considerar todo o período as taxas se
aproximaram. Pôde-se notar também que as reformas realizadas nos anos de 1998 e 1999, que
tornaram as regras mais rígidas para ambos os regimes, foram fundamentais para que essa
convergência ocorresse, ainda que não em todos os casos. Já o ano de 2015, ao por um fim, na
prática, à incidência do fator previdenciário, representou um aprofundamento da divergência
entre os regimes. Conclui-se, então, que a proposta de 2016, ao buscar, finalmente, um
estreitamento entre as regras e conciliar a definição de uma idade mínima com a criação de um
novo fator previdenciário, seja fundamental para se restabelecer a trajetória de queda e de
convergência das taxas de retorno entre os regimes geral e próprio.
16
2 CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 Justificativa
Após a Constituição Federal de 1988, a situação da previdência social se agravou não
só pela maior generosidade das regras e pelo aumento da rede de cobertura, mas também pelo
envelhecimento da população. A pirâmide etária brasileira acentuou sua transformação, além
do aumento da esperança de vida da sociedade brasileira. Além disso, o PIB do país passou a
crescer, na maioria dos anos desde meados da década de 90, em um patamar abaixo do
necessário para sustentar a expansão dos novos gastos previdenciários, fazendo com que a razão
entre as despesas previdenciárias e o PIB crescesse bastante.
O déficit previsto para o Regime Geral de Previdência Social em 2016 é da ordem de
R$ 149 bilhões, sendo estimado em R$ 181 bilhões para 2017 caso a reforma não passe no
congresso. Já no caso do Regime Próprio de Previdência Social dos servidores da união e das
pensões militares, o déficit será da ordem de R$ 50,62 bilhões, segundo a Nota Técnica
Conjunta nº 6, 2016: como subsídio à apreciação do Projeto de Lei Orçamentária para 2017, da
Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (CONOF/CD)
e Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado Federal (CONORF/SF).
O crescimento proporcional do déficit previdenciário em relação ao PIB, de acordo com
a mesma nota técnica, também ajuda a mostrar a magnitude do problema. Os déficits
equivaliam, em 2013, a 0,94% e 0,82% do PIB, respectivamente para os regimes citados
anteriormente, ao passo que devem chegar a 2,39% e 0,81% do PIB em 2016. O aumento do
déficit do RGPS é grande, ainda mais se considerarmos que se deu em apenas três anos.
Igualmente, as despesas com a previdência tem crescido ano após ano em relação às despesas
primárias do Governo Central. Segundo dados orçamentários, cerca de 41% dessas despesas
primárias foram destinadas ao pagamento dos benefícios previdenciários em 2016.
De certo, a crise econômica que contraiu o PIB e diminuiu o número de contribuintes
ao aumentar o desemprego ajuda a explicar os números acima. Mas atribuir a situação apenas
à crise financeira parece ser ingenuidade. Uma vez que o sistema de previdência social no Brasil
é por repartição simples (conceito melhor explicado no próximo capítulo), um aspecto
extremamente relevante que deve ser considerado é a dinâmica demográfica. O país está no fim
de seu bônus demográfico, ou seja, está se transformando de um país de jovens em um país de
idosos. Conforme a expectativa de vida aumenta e a taxa de crescimento vegetativo da
população diminui, o país, em breve, chegará a um cenário de muitos trabalhadores inativos
17
sustentados por poucos trabalhadores ativos. A evolução, representada pelos gráficos 1, 2 e 3
das pirâmides demográficas extraídas do estudo Projeções Financeiras e Atuariais para o
Regime Geral de Previdência Social – RGPS, elaborado pela Secretaria de Políticas de
Previdência Social (SPPS), do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) em 2016,
mostra o estreitamento gradual da base e o alargamento de seu topo entre 1980 e 2060. Esse
movimento reflete os efeitos da redução da proporção da população jovem em relação à
população total e o aumento gradativo da população com idade avançada.
Gráfico 1: Pirâmide Populacional Brasileira 1980.
Fonte: IBGE.
Elaboração: SPPS/MTPS.
18
Gráfico 2: Pirâmide Populacional Brasileira 2015.
Fonte: IBGE.
Elaboração: SPPS/MTPS.
Gráfico 3: Pirâmide Populacional Brasileira Estimada em 2060.
Fonte: IBGE.
Elaboração: SPPS/MTPS.
No eixo vertical das pirâmides etárias, encontra-se a variável faixa de idade. Já no eixo
horizontal, a quantidade populacional (em milhares de pessoas). A partir do ponto zero à
esquerda tem-se a quantidade de brasileiros do sexo masculino e, à direita, a quantidade
referente à população do sexo feminino.
19
No RGPS, ainda existe a possibilidade da aposentadoria por tempo de contribuição sem
idade mínima, o que torna a média de idade de aposentadoria nesse regime baixa para os padrões
atuais: 58 anos, sendo 54,7 anos para as aposentadorias por tempo de contribuição e 60,8 anos
para as aposentadorias por idade. Já no caso do RPPS, a média geral foi de 60,7 anos, segundo
o Relatório Técnico do Fórum de Debates sobre políticas de emprego, trabalho e renda e de
Previdência Social, elaborado em maio de 2016 pelo MTPS. Ainda de acordo com o relatório,
a idade média de aposentadorias dos homens no Brasil foi de 59,2 anos em 2012. Por outro
lado, a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) foi de 64,2 no mesmo ano, como ilustra o gráfico 4, extraído do mesmo relatório.
Gráfico 4: Idade média de aposentadoria dos homens nos países da OCDE e no Brasil.
Fonte: OCDE (dados 2012, média referente aos últimos cinco anos) e MTPS (dados 2015, aposentadorias
concedidas).
Obs: Em 2012 a idade média de aposentadoria dos homens no Brasil era de 59,2 anos.
Outro ponto relevante de se observar com impacto direto na previdência é a expectativa
de sobrevida. De acordo com o gráfico do mesmo relatório, ela cresce em todos os segmentos
etários, inclusive entre os mais idosos. Isto implica no crescimento, ao longo dos próximos
anos, do período de pagamento dos benefícios previdenciários.
20
Gráfico 5: Expectativa de sobrevida por faixa de idade (em anos)*.
Fonte: IBGE / Projeção da População de 2013.
(*) Entre 1981 (1992) e 1990 (1997), as esperanças de vida ao nascer foram extraídas das tábuas de mortalidade
interpoladas a partir das tábuas construídas para os anos de 1980 (1991) e 1991 (1998).
Em artigo publicado em 2012, Paulo Tafner destaca, além da importância da transição
demográfica, as seguintes variáveis:
O equilíbrio do sistema previdenciário depende não apenas de suas condições
próprias, mas das variáveis que estão fora do sistema. No seu próprio âmbito, depende,
por exemplo, das regras de elegibilidade e de concessão dos benefícios, do valor
destes, das regras de contribuição e das alíquotas. Fora dele, depende do nível de
emprego, do grau de formalidade, do salário real médio e da produtividade – variáveis
que são determinadas no mercado de trabalho e estão sujeitas às condições
macroeconômicas e institucionais. Depende, ainda, da dinâmica demográfica que, por
sua vez, depende das condições sanitárias, de higiene, de saúde e de hábitos da
população. Costumes e valores da sociedade que determinam o comportamento das
famílias, que são mutáveis no tempo. (Tafner, 2012, p. 146).
Em uma conjuntura de crise econômica, todos os aspectos citados se evidenciam. Não
à toa, o tema da previdência passou a ocupar um espaço ainda maior no debate sobre os rumos
da política econômica e social do país.
Apesar das diversas reformas realizadas nos últimos vinte anos com o intuito de tornar
a previdência social sustentável, eliminar distorções e buscar a convergência entre os diferentes
regimes, é visível que estas foram insuficientes.
No livro de Tafner, Botelho e Erbisti (2015), como o próprio título avisa, a necessidade
de revisar as regras da previdência para que esta seja viável no longo prazo é evidente, inevitável
21
e bate, novamente, à porta. Isto posto, este estudo busca dar sua parte de contribuição para o
debate.
2.2 Objetivos
O principal objetivo dessa dissertação é investigar se as reformas previdenciárias desde
a Constituição Federal de 1988 foram capazes de ajudar na convergência entre o Regime Geral
de Previdência Social e o Regime Próprio de Previdência Social, do servidor público.
Os objetivos secundários, por sua vez, são consequências dos resultados gerados para
alcançar a resposta do objetivo principal, a saber: estimar a taxa interna de retorno dos regimes
de previdência, verificar se houve queda na mesma ao longo do tempo, analisar a existência de
subsídios cruzados entre os programas de previdência, verificar o impacto de cada uma das
principais reformas desde a Constituição Federal de 1988, e gerar indicativos sobre os motivos
do desequilíbrio da previdência social, a partir das taxas estimadas.
22
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Seguridade Social e Sistemas de Previdência Social
O artigo 194 da Constituição Federal de 1988 define que: “A Seguridade Social
compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
Já Oliveira, Beltrão e Ferreira (1997) a define de forma mais prática: “Em termos gerais,
a seguridade social pode ser definida como o conjunto de políticas e ações articuladas com o
objetivo de amparar o indivíduo e/ou seu grupo familiar ante os eventos decorrentes de morte,
doença, invalidez, idade, desemprego e incapacidade econômica em geral”.
Sendo assim, é possível dizer que a maioria dos programas existentes é integrada por
três componentes básicos, segundo Oliveira, Beltrão e Ferreira (1997, p. 4-5):
a) O seguro social, também conhecido como previdência social, constituído por um
programa de pagamentos em dinheiro e/ou serviços feitos/prestados ao indivíduo ou
a seus dependentes, como compensação parcial/total da perda de capacidade
laborativa, geralmente mediante um vínculo contributivo. A clientela é usualmente
restrita aos “segurados” e os benefícios guardam alguma proporcionalidade com as
contribuições.
É fundamental ressaltar que, tecnicamente, em um "seguro puro", o valor presente
esperado das contribuições iguala o valor presente esperado dos benefícios para cada
participante. No outro extremo da escala encontra-se a assistência social.
Nela a contribuição e o benefício são absolutamente desvinculados. O que caracteriza
o seguro social é que, não deixando de ser um seguro, não o é de forma estrita ou pura,
sendo admissível algum grau de redistributividade. Mesmo assim, é importante ter-se
em vista que o objetivo fundamental do seguro social é a reposição da renda do
trabalhador (ou, mais genericamente, do segurado). O objetivo redistributivo, hoje,
geralmente é de caráter nitidamente secundário.
b) A saúde, entendida como o conjunto de políticas e ações de natureza médica,
sanitária, nutricional, educacional e ambiental, que visa à prevenção e à cura dos
agravos ao bem-estar físico e mental do indivíduo, de seus dependentes, bem como
da comunidade em geral. Dependendo do sistema em particular, a clientela pode ser
restrita a determinados grupos populacionais, sujeita a atributos tais como vínculo
contributivo, condição de domicílio e/ou laboral, idade etc.
c) A assistência social, integrada por programas de pagamentos em dinheiro,
distribuição de bens in natura e de prestação de serviços, dirigidos a uma clientela de
caráter residual cujo único critério seja a necessidade, sem que estes necessariamente
incluam o vínculo contributivo.
Essa dissertação tem, tão somente, a previdência social como área de interesse dentro
da seguridade social. Quanto aos sistemas de previdência social, Giambiagi e Além (2016)
destacam a existência de dois tipos. O primeiro é o de capitalização, no qual as contribuições
feitas por cada indivíduo ao longo de sua vida são capitalizadas para custear seus próprios
benefícios no futuro. A ideia é que o valor presente dos benefícios seja igual ao valor presente
23
das contribuições para que o sistema seja sustentável. Neste sistema, cada contribuinte possui
uma espécie de conta individual e independente dos demais contribuintes.
O segundo sistema é chamado de repartição simples (ou pacto entre gerações), no qual
os benefícios dos usufrutuários são custeados pelas contribuições da atual geração
economicamente ativa. A ideia é que os que contribuem atualmente serão sustentados pela
próxima geração. Tal opção pode acarretar diversos problemas no que diz respeito à
sustentabilidade do sistema no longo prazo. Tais problemas, por sua vez, decorrem do fato de
que, em tese, as primeiras gerações do sistema terem seus montantes contribuídos utilizados
pelo governo para propósitos diversos como, por exemplo, programas de saúde e obras de
infraestrutura e não capitalizados para cobrir despesas previdenciárias futuras (pois não havia
gerações anteriores). Isto gerou um ônus que deve ser pago por todas gerações posteriores. Não
obstante isto, o envelhecimento da população e a inversão da pirâmide etária tornam tal sistema
bastante desafiador nos dias de hoje.
Atualmente, no Brasil, o teto do INSS para o RGPS e, desde 2013, para os novos
servidores federais do RPPS, serve como um limite para o sistema de repartição. Caso um
contribuinte deseje uma aposentadoria acima do valor do teto, caberá a ele poupar
adicionalmente através, por exemplo, do regime de previdência complementar (fundos de
previdência privada) para que possa aumentar sua renda quando da aposentadoria. E, nesse
caso, o sistema passa a ser o de capitalização para esta parcela adicional da aposentadoria (salvo
planos antigos e não mais negociados).
3.2 Estudos Relevantes na Estimativa da Taxa Interna de Retorno da Previdência Social
É possível separar os estudos mais relevantes para o desenvolvimento dessa dissertação
em dois grandes grupos. O primeiro se dedicou, em grande parte, a analisar as reformas
previdenciárias e as características dos regimes previdenciários, indicando suas distorções e
problemas, e propondo soluções. O segundo, por sua vez, utilizou o cálculo da taxa interna de
retorno como ferramenta para os mais diversos objetivos dentro do tema da previdência social.
É importante ressaltar que por este estudo ser pioneiro e exploratório no uso da TIR para
analisar a convergência entre os regimes previdenciários não foram indicados textos que
enderecem essa questão na revisão de literatura.
Ao passo que o primeiro grupo forneceu as informações necessárias para o
entendimento das motivações e as consequências de cada uma das reformas previdenciárias
24
mais relevantes, o segundo grupo de estudos teve sua relevância relacionada à escolha das
hipóteses, dos cenários estudados e do método de análise, com significativa contribuição para
a compreensão das possibilidades de uso da taxa interna de retorno como também das suas
limitações.
Entre os textos do primeiro conjunto, Oliveira e Beltrão (1989) examinam os efeitos da
Constituição, logo após sua promulgação, e concluem que, a despeito de serem justificáveis sob
a ótica social, as novas regras acarretam num aumento dos gastos e deixam de corrigir
distorções elitistas enraizadas. Já Oliveira, Beltrão e Ferreira (1997), além de descreverem os
aspectos conceituais e a evolução histórica, fazem o diagnóstico, da época, e as projeções para
a previdência social e privada. Citam, como alternativas de reforma, casos internacionais como
o chileno, que transformou o regime de repartição em capitalização, e o argentino, que aprovou
um marco que dá a alternativa ao contribuinte de escolher entre um sistema público ou privado.
Schwarzer (2009) faz um diagnóstico da previdência social do Brasil através de um
breve relato de sua história, que inclui as principais leis e Emendas Constitucionais, dos
resultados e expectativas dos regimes e, enfim, dos desafios da gestão e da prestação de serviço.
O Anuário Estatístico da Previdência Social - Suplemento Histórico de 2014 mostra a
evolução da previdência social e das alíquotas de contribuição, além fornecer informações
históricas e atuais sobre os benefícios existentes. Por outro lado, Nogueira (2012) foca na
evolução histórica dos regimes próprios dos funcionários públicos, incluindo a evolução das
alíquotas de contribuição, desde sua constituição até as recentes reformas. Provê, ainda,
informações sobre a situação financeira e atuarial dos regimes. Por fim, entre as conclusões
tiradas, destaca-se a de que as reformas constitucionais de 1998 e 2003 buscaram a
convergência destes com o regime geral de previdência social, voltado para os trabalhadores da
iniciativa privada.
Giambiagi et al. (2004) buscam mostrar a necessidade de reforma para reduzir o
desequilíbrio atuarial do RGPS, torná-lo mais parecido com casos internacionais bem sucedidos
e reduzir a tendência de aumento dos gastos em relação ao PIB. Propõem então que sejam feitas
alterações de forma a estabelecer um piso de idade mínima para aposentadorias por tempo de
contribuição, reduzir o diferencial de cinco para dois anos entre homens e mulheres, eliminar a
diferenciação entre professores e as outras categorias, e desvincular o piso previdenciário do
salário mínimo. As reformas propostas têm como objetivo ajudar ao governo a ter um alívio
fiscal.
25
Giambiagi e Além (2016) dedicam um capítulo a analisar a previdência. Retratam sua
formação e evolução histórica no Brasil, descrevem algumas distorções e as reformas realizadas
desde a Constituição de 1988, e destacam a generosidade das regras, comparando com as de
outros países. Além disso, analisam a evolução da previdência em termos econômicos e sua
dimensão para os gastos do governo. Na conclusão, ressaltam que as reformas não foram
suficientes para a sustentabilidade do sistema. E, por fim, sugerem alguns dos principais
problemas ainda presentes que deverão ser modificados em uma nova reforma, como: a
possibilidade de aposentadorias precoces no INSS, a ausência de idade mínima no mesmo, a
necessidade de regras mais rígidas para os benefícios de pensão, a existência de regras especiais
para grupos favorecidos, a exigência contributiva mínima de apenas 15 anos para
aposentadorias por idade e os aumentos reais iguais para o salário mínimo e aposentadorias de
mesmo valor.
Tafner, Botelho e Erbisti (2015), por sua vez, além de tratarem da evolução e da
importância da previdência para economia, explicitam, também, alguns dilemas, consensos e
desmistificam alguns mitos enraizados no debate. Apontam algumas diferenças nas regras entre
o RGPS e os RPPS, e também comparam a situação dos dois em termos atuais e de trajetória;
mostrando que há uma projeção explosiva das despesas do INSS em relação ao PIB, enquanto,
ao mesmo tempo, é esperada uma estabilidade no caso do RPPS do nível federal. Por fim, tratam
da questão da dinâmica demográfica e concluem que há uma inevitável necessidade de reforma
da previdência.
Caetano et al. (2016) discutem a efetividade do fator previdenciário, o impacto na
distribuição de renda do aumento das despesas com aposentadorias por tempo de contribuição,
os desafios previdenciários e a introdução da idade mínima. No final, concluem que o fator
(adotado como um substituto à idade mínima de aposentadoria), apesar de não ter feito os
trabalhadores postergarem a aposentadoria, conseguiu diminuir o aumento das despesas do
RGPS enquanto durou. A aceleração das despesas após o fim do fator deve aumentar, também,
a concentração de renda. Devido à evolução demográfica esperada, a adoção da idade mínima
seria uma melhora no médio e longo prazo se comparada às regras atuais, porém seriam
necessárias reformas adicionais para evitar o forte crescimento da despesa.
No caso do segundo grupo de estudos, o World Bank (1995) caracteriza e avalia o
sistema previdenciário, público e privado, brasileiro, indicando os principais problemas,
mostrando alternativas de reforma e comparando com outros casos internacionais. A principal
contribuição desse estudo para dissertação reside, porém, nas taxas de retorno calculadas para
26
diferentes variáveis como, por exemplo, região, gênero, e nível de renda, além da própria
metodologia usada. Para o cálculo da TIR, foram usados dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD) sobre os rendimentos dos aposentados combinados com
informações do próprio Banco Mundial sobre a probabilidade de sobrevivência.
Os resultados encontrados para o RGPS indicaram uma taxa mais elevada para as
aposentadorias por idade em relação às por tempo de contribuição. Isto ocorre, pois os
aposentados por idade têm em média apenas 12 anos de contribuição, segundo o estudo. Por
outro lado, a aposentadoria por idade apenas passava a ser menos vantajosa após 17 anos de
contribuição, quando, então, a taxa de retorno da aposentaria por tempo de serviço seria maior.
As mulheres também apresentaram taxas de retorno maiores quando comparadas aos
homens. Isto se deve a três motivos: as regras mais generosas para o gênero feminino, a maior
expectativa de vida das mulheres e a menor remuneração média delas em relação aos homens,
o que as faz ter uma alíquota de contribuição menor em média.
Já os resultados para as regiões, apontam que o menor retorno das regiões mais pobres
pode ser explicado, em boa parte, pela maior mortalidade em comparação às regiões mais ricas.
Por último, a sistema indica ser bastante progressivo em termos distributivos quando ignoradas
as diferenças de mortalidade entre os níveis de renda, porém quando consideradas essas
diferenças o sistema se torna regressivo.
O estudo conclui enfatizando que os sistemas de previdência social não devem ser
desenhados de forma a corrigir diferenças de mortalidade entre os diversos grupos. E que a
principal lição tirada dos resultados é a necessidade de se corrigir regras que geram distorções
sem nenhuma boa justificativa socioeconômica. Ademais, as taxas encontradas não são
sustentáveis, dada a dinâmica demográfica esperada.
Afonso e Fernandes (2005) buscam quantificar os aspectos distributivos intra e
intergeracionais da previdência através da TIR. Em seu estudo, os autores também utilizam
dados da PNAD e regras vigentes para estimar as contribuições pagas e benefícios recebidos
pelos indivíduos. Como a PNAD não permite diferenciar o tipo de benefício recebido, não foi
possível estimar o retorno por regime de previdência nem por tipo de aposentadoria (tempo de
contribuição ou idade).
Dito isto, após estimarem as taxas para as diferentes regiões, níveis de educação e
gerações, os autores concluem que a previdência brasileira tem características distributivas,
27
porém não tem taxas de retorno com tendência de queda, ao contrário do que foi encontrado na
literatura internacional na época.
Caetano (2006) examina os subsídios cruzados entre diferentes programas
previdenciários do RGPS. Para tanto, opta, como ferramenta de análise, estimar e comparar as
taxas internas de retorno através das leis previdenciárias para os casos de aposentadoria por
idade e tempo de contribuição, para os sexos masculino e feminino, para os que recebem
benefícios com valor igual ao salário mínimo e os que têm incidência do fator previdenciário,
e, por fim, para os contribuintes individuais, empregados e professores.
Para o cálculo da TIR, o autor excluiu das alíquotas de contribuição um percentual
destinado a cobrir os custos dos benefícios de risco. Além do mais, como o estudo estima os
fluxos de caixa ponderando as contribuições e os benefícios pela probabilidade de
sobrevivência em cada ano, o autor escolheu tábuas que possuíam estimativas de mortalidade
para além do 80 anos e com o menor mínimo quadrado ordinário em relação às tábuas de
mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados indicaram
que o sistema previdenciário brasileiro possui carácter distributivo e progressivo, uma vez que
grupos considerados como de menor renda possuem um retorno mais elevado. Ou seja, a
previdência brasileira busca ser um instrumento compensatório das desigualdades do mercado
de trabalho.
Oliveira, Ferreira e Cardoso (2000) começam examinando brevemente a dinâmica
demográfica brasileira para, em seguida, discorrerem sobre as reformas previdenciárias desde
a Constituição de 1988. Ao se deterem na questão do fator previdenciário, proposta pela lei
9.876 de 1999, analisam os aspectos positivos e negativos de seu cálculo. Após a ponderação
desses aspectos, estimam os ganhos e as perdas do valor médio que os benefícios para homens
e mulheres terão com o fator previdenciário em relação à regra antiga. Por último, estimam as
taxas de retorno implícitas, que igualam o valor presente das contribuições e dos benefícios,
usando a esperança de sobrevida na idade de aposentadoria como o tempo de recebimento do
benefício. As taxas para o RGPS calculadas variaram entre 0,26% e 2,49%, sendo a primeira
no caso da aposentadoria de homens aos 45 anos de idade com 30 de contribuição e a segunda
aos 70 anos de idade com 35 de contribuição. Para as mulheres, as taxas encontradas ficaram
entre 0,78% e 3,52%, respectivamente, nos casos de aposentadorias aos 40 anos de idade com
25 de contribuição e aos 70 anos de idade com 30 de contribuição. Por último, concluem que
ainda serão necessárias reformas para assegurar a equidade e a viabilidade atuarial-financeira
do sistema previdenciário.
28
4 METODOLOGIA
4.1 Método de Análise
Tendo como principal objetivo a análise da convergência entre os regimes de
previdência social, esse estudo optou por utilizar o método da taxa interna de retorno em termos
reais para verificar se após cada reforma as taxas convergiam ou não.
A TIR, por ser a taxa que iguala o valor presente dos fluxos de caixa à zero, apresenta
diversas vantagens para análise da série histórica se comparada ao método do Valor Presente
Líquido (VPL), este último normalmente utilizado para o cálculo do déficit atuarial. A primeira
vantagem é que a análise dos resultados gerados pela TIR é mais intuitiva, isso torna a utilização
desse estudo por leigos mais simples e direta. A segunda vantagem é que, pelas hipóteses
assumidas nesse estudo, os valores das contribuições e dos benefícios são proporcionais ao
salário de contribuição, logo não foi necessário estabelecer arbitrariamente remunerações nem
reajustá-las a cada período para tornar seus valores iguais em termos reais e, assim, poder
calcular a taxa interna de retorno. A terceira vantagem é que não foi preciso estabelecer uma
taxa de desconto, que é uma variável com grande impacto nos resultados, para trazer os fluxos
de caixa a valor presente. Por fim, os resultados gerados servem como estimativa para a análise
dos objetivos secundários desse estudo, para o retorno da previdência social para o contribuinte
e para a taxa de juros reais que tornaria os regimes de previdência social sustentáveis, ou seja,
sem déficit atuarial. Não menos importante é citar que o fluxo de caixa em questão é
convencional, uma vez que as contribuições são realizadas durante o período de atividade
laboral e o usufruto dos benefícios após a aposentadoria, logo a TIR não sofre dos problemas
citados por Campani (2014), muito menos necessita dos ajustes apontados por este autor. A
convergência entre os regimes será verificada através da análise das taxas de retorno estimadas.
É preciso ressaltar, no entanto, que as taxas internas de retorno calculadas não foram ponderadas
para potenciais riscos como, por exemplo, alterações nas regras previdenciárias no decorrer do
período laboral ou pelo risco do governo não ter capacidade financeira para saldar seus débitos
previdenciários. Dito isto, o pressuposto por trás da análise através da TIR é parecido com o
feito para análises de projetos ou investimentos. Os regimes estarão convergindo se suas taxas
de retorno estiverem se aproximando, dito de outra forma se o módulo da diferença entre as
taxas de retorno estiver tendendo a zero.
29
Para a análise da evolução e da convergência dos regimes da previdência social desde a
Constituição Federal de 1988, a taxa interna de retorno foi estimada para diferentes anos com
o intuito de incluir os efeitos das principais reformas nas regras permanentes (as regras de
transição não foram consideradas) da previdência desde então. Dada a relevância das reformas
ocorridas ou projetadas, os anos considerados para análise foram 1991, 1995, 1999, 2003, 2013,
2015 e 2016. Na seção 4.3 encontram-se as devidas justificativas para a escolha desses anos.
Inicialmente, foram consideradas duas alternativas para se estimar a taxa interna de
retorno da previdência social. Na primeira alternativa, a taxa seria calculada seguindo a mesma
lógica presente no estudo realizado por Afonso e Fernandes (2005) com base nos dados
fornecidos pela Secretaria da Previdência e pela PNAD do IBGE. Porém, como os dados não
separam de qual regime próprio os aposentados e pensionistas recebem seus benefícios, nem a
data de ingresso no mercado de trabalho privado ou serviço público, optou-se por abandonar
esse método. Essas limitações impediriam uma análise mais precisa do impacto das reformas,
além da possibilidade da TIR sofrer distorções ao incorporar beneficiários dos diversos regimes
especiais existentes.
A alternativa adotada, portanto, foi inspirada nos estudos realizados por Caetano (2006)
e Oliveira, Ferreira e Cardoso (2000) nos quais o cálculo da TIR foi baseado nas leis vigentes.
Há algumas vantagens em se calcular a TIR teórica para os objetivos dessa dissertação. A
primeira vantagem é conseguir excluir os regimes especiais e algumas distorções, como fraudes
e aposentadorias concedidas por via judicial, do cálculo da taxa. A segunda vantagem é que,
como boa parte das reformas atinge apenas os novos entrantes, a análise pelas regras
permanentes consegue incluir nos cálculos os efeitos de longo prazo e evitar que direitos
adquiridos distorçam a taxa estimada. Outra vantagem é a possibilidade de dimensionar melhor
o impacto das reformas nas regras permanentes da previdência, uma vez que os beneficiários
regidos por regras anteriores, devido ao direito adquirido, ou por regras de transição não são
incorporados nos cálculos. Por fim, a última vantagem considerada foi a possibilidade de se
criar diferentes cenários para análise.
Dessa forma, para a estimativa dos valores dos fluxos de caixa foi feito o estudo das
principais leis previdenciárias vigentes em cada período, sendo consideradas para o cálculo
apenas as mudanças nas regras permanentes que impactaram as contribuições e os benefícios
programáveis. Para os benefícios não programáveis como auxílios doença, pensões,
aposentadoria por invalidez, entre outros, estes foram devidamente retirados do cálculo da TIR
e será bem detalhado na seção sobre as hipóteses adotadas. Para o período de contribuição
30
(fluxo de caixa negativo) foi considerado o tempo mínimo de contribuição ou serviço
necessário, dada uma idade de entrada no mercado de trabalho, para cumprir os requisitos da
lei para aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição. As exceções foram os anos de
1991 e 1995 para o Regime Próprio de Previdência Social dos servidores civis federais que não
possuíam tempo mínimo de serviço para aposentadoria por idade até este ser instituído pela
Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Já para o período de usufruto do benefício (fluxo de
caixa positivo), foi considerada a expectativa de sobrevida da idade de aposentadoria de acordo
com a tábua de mortalidade do IBGE do ano estudado.
4.2 Cenários
A tabela 1 apresenta as principais características e as correspondentes possibilidades
consideradas na construção dos cenários analisados nesse estudo. Para o nível da renda do
segurado, optou-se por estimar somente os casos nos quais a renda era igual ao salário mínimo
ou ao teto do INSS. Dessa forma, evitou-se a necessidade de estabelecer um valor para a renda
e de reajustá-la para manter não só seu valor real constante como também dentro das mesmas
faixas de alíquota de contribuição, já que nem sempre essas faixas foram corrigidas de acordo
com a inflação passada durante todo o período estudado. Apesar de essa restrição limitar o
alcance do estudo, considerou-se o custo do aumento da complexidade dos cálculos e da
imprecisão das estimativas da taxa mais elevados que os benefícios de uma maior abrangência.
A opção por focar o estudo nos trabalhadores urbanos se deve ao fato de os segurados
rurais terem regras previdenciárias especiais bastante generosas que, por sua vez, geram déficits
muito elevados. Segundo Valadares e Galiza (2016), de janeiro a dezembro de 2015 foi
registrada, na previdência rural, uma despesa da ordem de R$ 98 bilhões ante a uma arrecadação
líquida de R$ 7,1 bilhões. Ainda de acordo com os autores, a contribuição previdenciária desse
segurado rural incide sobre a receita bruta da comercialização de sua produção, diferentemente
do caso dos trabalhadores urbanos cuja contribuição está atrelada a sua remuneração. Dessa
forma, há uma grande dificuldade de se calcular a taxa de retorno para esses segurados. Apesar
dessa dificuldade, é provável que, dado o elevado déficit, a taxa seja muito mais elevada do que
para segurados sem regime especial.
Tabela 1: Principais características e possibilidades consideradas no modelo.
Características Possibilidades consideradas
31
Nível de renda Salário Mínimo ou Teto do INSS
Gênero Masculino ou Feminino
Clientela Urbana
Regime de Previdência Social Próprio (RPPS) ou Geral (RGPS)
Tipo de contribuinte Trabalhadores com carteira assinada
ou Servidores Públicos Federais Civis
(exceto professores)
Tipo de aposentadoria Tempo de contribuição ou Idade
Idade de entrada no mercado de trabalho nas
aposentadorias por tempo de contribuição
18 ou 23 anos
Fonte: Elaboração do autor.
Para verificar a convergência entre o Regime Geral de Previdência Social e o Regime
Próprio de Previdência Social, decidiu-se por desconsiderar também os regimes especiais, como
o caso dos militares e professores, para evitar distorções.
Além disso, o estudo foca no RPPS dos servidores federais, já que os outros entes
federativos possuem certa flexibilidade para adotar diferentes alíquotas de contribuição e
estabelecer seus próprios sistemas de previdência complementar. No caso de um ente federativo
que siga as mesmas regras do regime federal, a taxa de retorno deverá ser a mesma.
Como os trabalhadores urbanos com carteira assinada e servidores públicos federais
civis são os que possuem as regras mais rigorosas dentro de seus respectivos regimes, as
estimativas para as taxas desses casos servem como piso para os outros. Ou seja, os regimes
especiais possuem necessariamente uma TIR mais elevada.
Por fim, as idades de entrada no mercado de trabalho (consideradas nesse estudo como
equivalentes à idade de início de contribuição) escolhidas para a análise das aposentadorias por
tempo de contribuição foram: 18 e 23 anos. Sendo que a idade de 18 anos foi utilizada como
referência de idade mínima de entrada com base na Portaria do Ministério da Previdência Social
(MPS) n° 403 de 10 de dezembro de 2008, que a considera como limite mínimo para avaliações
atuariais. Já 23 anos foi usada como referência de idade média de entrada, uma vez que, de
acordo com o Relatório Técnico do Fórum de Debates sobre políticas de emprego, trabalho e
renda e de Previdência Social, elaborado em maio de 2016 pelo MTPS, essa idade foi a média
de entrada no mercado de trabalho em 2015 tanto para homens quanto para mulheres.
32
Nos casos de aposentadoria por idade foi utilizada a maior idade possível para início de
contribuição, de forma que o segurado cumpra as exigências mínimas da lei vigente para esse
tipo de aposentadoria.
4.3 Principais Reformas após a Constituição Federal de 1988
As taxas internas de retorno foram estimadas para os seguintes anos: 1991, 1995, 1999,
2003, 2013, 2015 e 2016. Esses anos foram considerados para análise por incorporarem as
principais reformas realizadas desde a Constituição Federal de 1988 com impacto nas variáveis
de interesse para a construção dos fluxos de caixa. A exceção é o ano de 2016 que foi escolhido
com o intuito de projetar o impacto na taxa de retorno da proposta de reforma da previdência
enviada à Câmara dos Deputados em dezembro do mesmo ano.
Nas tabelas 2 e 3, apresentamos um resumo de algumas das principais variáveis
consideradas e seus valores vigentes em cada ano por regime de previdência, respectivamente
para o RGPS e para o RPPS. Optou-se por iniciar o estudo pelo ano de 1991 por este ter sido,
como explicam Giambiagi e Além (2016), o ano em que terminaram de serem regulamentadas
as principais mudanças propostas para previdência social pela Constituição Federal de 1988. O
Regime Geral de Previdência Social começou a ser analisado através das leis 7.787 de junho de
1989 e 8.212 e 8.213 de julho de 1991. Já as regras analisadas do Regime Próprio de Previdência
Social estão contidas na própria Constituição Federal no artigo 40 e na lei 8.112 de dezembro
de 1990.
33
Tabela 2: Evolução das regras permanentes do Regime Geral de Previdência Social – RGPS.
Ano
Alíquota
total de
contribuição
p/ salário
mínimo
Alíquota
total de
contribuição
p/ teto do
INSS
Tempo mínimo de
contribuição p/
aposentadoria por
idade (anos)
Idade mínima
p/
aposentadoria
por idade
(anos)*
Tempo mínimo de
contribuição p/
aposentadoria por
tempo de
contribuição (anos)*
Idade mínima
p/
aposentadoria
por tempo de
contribuição
(anos)
Base de cálculo do
valor do benefício
1991 28% 30% 5 65 e 60 35 e 30 —
Média do salário
das últimas 36
contribuições
1995 28% 31% 6,5 65 e 60 35 e 30 —
Média do salário
das últimas 36
contribuições
1999 27,65% 31% 9 65 e 60 35 e 30 —
Média do salário
das 80 % maiores
contribuições
2003 28% 31% 11 65 e 60 35 e 30 —
Média do salário
das 80 % maiores
contribuições
2013 28% 31% 15 65 e 60 35 e 30 —
Média do salário
das 80 % maiores
contribuições
2015 28% 31% 15 65 e 60
Soma do tempo de
contribuição e idade
>= 95 e 85
—
Média do salário
das 80 % maiores
contribuições
2016 28% 31% 25 65 25 65
Média do salário
das 80 % maiores
contribuições Fonte: Elaboração própria do autor.
(*) Homens e Mulheres respectivamente.
Obs: Em alguns casos, há a incidência de um fator previdenciário sobre o valor dos benefícios. Maiores detalhes no texto.
34
Tabela 3: Evolução das regras permanentes do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS.
Ano
Alíquota
total de
contribuição
p/ salário
mínimo
Alíquota
total de
contribuição
p/ teto do
INSS
Tempo mínimo de
contribuição p/
aposentadoria por
idade (anos)
Idade mínima
p/
aposentadoria
por idade
(anos)*
Tempo mínimo de
contribuição p/
aposentadoria por
tempo de
contribuição (anos)*
Idade mínima
p/
aposentadoria
por tempo de
contribuição
(anos)*
Base de cálculo do
valor do benefício
1991 6% 6% — 65 e 60 35 e 30 —
Valor integral da
última
contribuição
1995 18% 24% — 65 e 60 35 e 30 —
Valor integral da
última
contribuição
1999 33% 33% 10 65 e 60 35 e 30 60 e 55
Valor integral da
última
contribuição
2003 33% 33% 10 65 e 60 35 e 30 60 e 55
Média das 80 %
maiores
contribuições
2013 33% 33% 10 65 e 60 35 e 30 60 e 55
Média das 80 %
maiores
contribuições
2015 33% 33% 10 65 e 60 35 e 30 60 e 55
Média das 80 %
maiores
contribuições
2016 33% 33% 25 65 25 65
Média das 80 %
maiores
contribuições Fonte: Elaboração própria do autor.
(*) Homens e Mulheres respectivamente.
Obs: Em alguns casos, há a incidência de um fator previdenciário sobre o valor dos benefícios. Maiores detalhes no texto.
35
A lei 7.787/89 foi responsável por regulamentar as alíquotas de contribuição de 8% para
a faixa que inclui o segurado com carteira assinada que recebe o salário mínimo e 10% para a
faixa que inclui o teto de contribuição, além dos 20% de contribuição por parte das empresas
sobre o total de remunerações pagas aos empregados.
Já as leis 8.212/91 e 8.213/91 foram utilizadas como fonte de referência tanto para o
valor do benefício, média das 36 últimas contribuições, quanto para o tempo mínimo de serviço,
35 anos para homens e 30 anos para mulheres. Em relação à aposentadoria por idade, a idade
mínima era de 65 anos para homens e 60 para mulheres, sendo o tempo mínimo de serviço de
60 meses (5 anos). Essa carência seria progressiva até atingir 15 anos em 2012, em 1995 o prazo
diminuiu para 2011. Além do mais, havia um fator previdenciário de 70% mais 1% para cada
12 meses trabalhados até o limite de 100%. Como o benefício mínimo a ser recebido não podia
ser inferior a 1 salário mínimo o fator não incidia sobre as aposentadorias dos beneficiários que
recebiam esse valor.
No caso do RPPS, segundo Nogueira (2012), apenas após a Emenda Constitucional n°
3 de março de 1993 foi determinado expressamente que a aposentadoria dos servidores públicos
federais seriam custeadas através das contribuições de igual valor por parte do governo e do
servidor. Até então a alíquota de contribuição de 6% era destinada a financiar outros benefícios
e pensões.
Quanto ao tempo de serviço mínimo, este era o mesmo que o do RGPS. Ressalta-se, no
entanto, que no caso da aposentadoria por idade não havia idade mínima de serviço expressa
para o RPPS, sendo que o benefício, integral e com paridade em relação ao salário dos ativos,
sofria incidência de um fator calculado pela proporção entre o tempo de serviço cumprido e o
mínimo para aposentadoria por tempo de serviço. Novamente, benefícios iguais ao salário
mínimo não sofriam incidência do fator. Ademais, os benefícios não poderiam ser menor que
1/3 do valor da remuneração quando em atividade e, obviamente, nem menor que 1 salário
mínimo.
O ano de 1995 foi escolhido principalmente por incorporar as mudanças promovidas
pela lei 8.668 de junho de 1993, que criou as faixas das alíquotas de contribuição do RPPS com
valores entre 9% e 12% com igual contribuição para o empregador. E por incluir também as
alterações das leis 9.032 de abril e 9.129 de novembro de 1995 para as alíquotas do RGPS, que
passaram a variar entre 8% e 11% para o trabalhador. Além disso, conforme a tabela atualizada
por essas leis, a carência mínima de tempo de serviço para aposentadoria por idade passou a ser
de 78 meses (6,5 anos).
36
Em sequência, o ano de 1999 foi escolhido por incluir as reformas feitas pela Emenda
Constitucional n° 20 de dezembro de 1998 e pela lei 9.876 de novembro de 1999. Para o RPPS
foi estabelecida a idade mínima de 60 anos para homens e 55 para mulheres, no caso da
aposentadoria por tempo de contribuição, e tempo mínimo no serviço público de 10 anos para
aposentadoria por idade. Ademais, as alíquotas vigentes no ano eram de 11% para o servidor
público e entre 11% e 22% para o governo segundo as leis 9.783 de janeiro de 1999 e 9.717 de
novembro de 1998.
Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social - Suplemento Histórico de 2014
divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, a Emenda Constitucional n° 21 de
março de 1999 estabeleceu novas faixas de alíquota de contribuição para o RGPS, estas
passaram a variar de 7,65% a 11%. A carência mínima de contribuições para a aposentadoria
por idade continuou a subir, dessa vez para 108 contribuições (9 anos). Os valores dos
benefícios passaram a serem calculados pela média das 80% maiores contribuições desde 1994.
Além do mais, criou-se um fator previdenciário, cuja fórmula de cálculo está presente na
próxima seção desta dissertação extraída do anexo da lei 9.876/99, que passou a incidir
obrigatoriamente sobre o valor das aposentadorias por tempo de contribuição e apenas caso
fosse mais vantajoso no caso das aposentadorias por idade. Por fim, adotou-se o conceito de
tempo de contribuição no lugar de tempo de serviço.
Em 2003, a carência para aposentadoria por idade no RGPS havia aumentado para 132
contribuições (11 anos) e as faixas de contribuição voltado a variar entre 8% e 11%. No mesmo
ano foi aprovada a Emenda Constitucional n° 41 que tratou principalmente do RPPS. Através
dela foi instituído que o valor dos benefícios seria calculado pela média das 80% maiores
contribuições desde 1994 para os servidores públicos e a cobrança de 11% sobre a parcela dos
proventos que fosse excedente ao teto do INSS.
Em relação a 2013, a carência mínima para aposentadoria por idade já havia atingido o
máximo previsto de 180 contribuições (15 anos) para o RGPS. No caso do RPPS, a lei 12.618
de abril de 2012 estabeleceu o regime de previdência complementar, através da criação da
Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo
(Funpresp-Exe). Dessa forma, foi posta em prática o teto do INSS como teto também para os
benefícios previstos no RPPS dos novos servidores.
A lei 13.183 de novembro de 2015 tornou opcional a escolha entre a regra vigente de
35 anos para homens ou 30 anos para mulheres de contribuição com incidência do fator
previdenciário, criado em 1999 pela lei 9.876/99. E uma nova regra que não teria mais a
37
incidência desse fator caso a soma da idade com o tempo de contribuição fosse igual ou maior
a 95 anos para homens e 85 no caso das mulheres, respeitando respectivamente o mínimo de
35 ou 30 anos.
A escolha pelo ano de 2016 para análise se deveu ao envio da proposta de emenda
constitucional (PEC) n° 287/2016 de reforma da previdência social à Câmara dos Deputados.
O projeto propõe que ambos os regimes tenham idade mínima de aposentadoria de 65 anos
reajustada de acordo com o aumento da idade de sobrevida calculada pelas Tábuas de
Mortalidade do IBGE, mínimo 25 anos de contribuição e um fator previdenciário de 51% mais
1% para cada ano de contribuição até o limite de 100%.
4.4 Hipóteses Estabelecidas
A seguir são descritas as principais hipóteses adotadas para a projeção do fluxo de caixa
esperado e cálculo da taxa interna de retorno de acordo com as leis previdenciárias vigentes nos
anos estudados.
Em todos os cenários do RGPS estimados, a alíquota de contribuição dos empregadores
foi considerada como 20% do salário de contribuição. No entanto, essa alíquota de contribuição,
segundo a lei, incide sobre os salários pagos. Ou seja, a contribuição recai inclusive sobre a
parte que excede o teto, ao contrário da contribuição do empregado que tem o teto como limite
de desconto. Como as projeções se ativeram a analisar os casos em que o salário era igual ao
salário mínimo ou ao teto do INSS, a contribuição previdenciária no RGPS por parte dos
empregadores não foi subestimada.
Pela lei, a contribuição previdenciária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, não pode ser inferior ao valor da contribuição do servidor, nem superior ao dobro
desta contribuição. Sendo assim, como forma de simplificação, foi utilizada a alíquota máxima
de 22% para o cálculo das estimativas, quando cabível.
Assim como Caetano (2006), essa dissertação decidiu por separar a contribuição para
cobertura dos benefícios de risco da alíquota de contribuição destinada à previdência social. A
ideia é que a contribuição para pensões, auxílios doença, aposentadoria por invalidez e outros
benefícios não programáveis deve ser tratada como um seguro contratado pelo contribuinte,
uma vez que ela não é capitalizada pelos planos de previdência privada para financiar as
38
aposentadorias programadas. Ou seja, esse estudo tenta estimar para taxa de retorno apenas a
parte que de fato financia os benefícios programáveis.
Para tanto, foi utilizada em todos os períodos analisados a taxa de 3,66%, calculada pelo
plano de custeio da Funpresp-Exe, para estimar a contribuição destinada à cobertura desses
benefícios de risco.
Com o objetivo de incorporar a cobertura dos auxílios doença, reclusão e acidente,
presentes no RGPS, porém não previstos pela Funpresp-Exe, essa taxa de 3,66% foi dividida
pela proporção do valor dos benefícios de risco1 (aposentadorias por invalidez, pensões e
auxílios) previdenciários urbanos emitidos2 excluída a parte referente ao valor dos auxílios,
conforme a equação a seguir (dados dos benefícios e auxílios do RGPS utilizados estão
disponíveis nos Anuários Estatísticos da Previdência Social):
3,66%/ (𝑉𝐵 − 𝑉𝐴
𝑉𝐵)
onde:
VA = Valor dos auxílios urbanos emitidos, acumulado no ano.
VB = Valor dos benefícios de risco previdenciários urbanos emitidos, acumulado no ano.
A série disponível começa em 1993, como a proporção não tende a variar muito de um
ano para o outro, principalmente sem mudanças nas regras de concessão, esse ano serviu como
referência para as estimativas feitas para 1991.
A taxa, então, é deduzida da alíquota de contribuição previdenciária. Ou seja, por
exemplo, no caso de uma alíquota previdenciária de 33% e de uma taxa de cobertura dos
benefícios de risco hipotética de 4%, a alíquota efetiva seria de 29%. Esse resultado seria,
portanto, o percentual do salário de contribuição destinado a financiar a aposentadoria
programada.
O uso da taxa estimada pela Funpresp-Exe em todos os períodos possui algumas
limitações. Apesar de razoável para períodos desde 2013 (data do início da Funpresp), para
períodos anteriores ela perde aderência devido às mudanças nas regras e nos riscos. No entanto,
não estão disponíveis melhores estimativas que cobrissem todo o período estudado.
1 O Salário-Maternidade foi desconsiderado dos benefícios de risco devido às alterações nas regras ao longo do
tempo. Por exemplo, em alguns anos esse benefício ficou a cargo dos empregadores e em outros do INSS. 2 Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2015: “Benefícios emitidos correspondem aos créditos
emitidos para pagamento de benefícios, ou seja, são benefícios de prestação continuada que se encontram ativos
no cadastro e para os quais são encaminhados créditos junto à rede pagadora de benefícios”.
39
Uma alternativa seria usar a média do valor cobrado por planos de previdência privada.
Entretanto, como dentro da previdência privada existem diversas alternativas de planos com
diferentes tipos de cobertura e carência, a tarefa seria tão ou mais limitada. Portanto, optou-se
por utilizar o percentual da Funpresp-Exe, pois é a que possui uma cobertura mais próxima da
previdência social. A Funpresp-Exe foi preferida em relação a dos servidores do Legislativo e
Judiciário por possuir o maior número de participantes.
Outra hipótese adotada para a estimativa dos fluxos de caixa foi o reajuste pela inflação
para o teto do INSS, para os salários iguais ao teto e de 1% real para o salário mínimo. O reajuste
pela inflação foi usado para poder se estimar a taxa real interna de retorno e facilitar o reajuste
das faixas das alíquotas de contribuição, que nem sempre foram reajustadas pela inflação
passada. Já o crescimento de 1% do salário mínimo teve como base a Portaria do MPS nº
403/2008, que inclui como hipótese atuarial para avaliações atuariais dos RPPS dos entes
federativos o crescimento real mínimo da remuneração ao longo da carreira de 1%.
É preciso ressaltar que, para calcular as estimativas das taxas internas de retorno, o
tempo de contribuição utilizado foi igual ao mínimo estabelecido por lei, nos casos em que não
havia idade mínima de aposentadoria. Ou seja, para as aposentadorias por tempo de
contribuição sem idade mínima foram considerados 35 anos para homens e 30 anos para
mulheres como período contributivo.
Já nos casos de aposentadorias por tempo de contribuição em que havia uma idade
mínima como pré-requisito, o tempo de contribuição, considerado nos cálculos, é igual à
diferença entre a idade mínima estabelecida por lei e a idade de início de contribuição, 18 ou
23 anos. Por exemplo, no caso de uma aposentadoria por tempo de contribuição com idade
mínima de 60 anos e entrada no mercado de trabalho aos 23 anos foi usado, como tempo de
contribuição, 37 anos (ou seja, 60 - 23). Assim sendo, a contribuição usada nos cálculos para
esses casos chegou a ser maior que o mínimo necessário por lei. Isso foi feito com o intuito de
manter a comparabilidade entre os casos sem e com idade mínima.
A mesma ideia foi utilizada para a regra criada em 2015 no RGPS. Essa regra tornava
opcional o fator previdenciário (criado em 1999) e colocava como pré-requisito alternativo para
aposentadoria que a soma entre o tempo de contribuição e a idade de aposentadoria fosse igual
ou maior a 95 para os homens e 85 anos para as mulheres. Para esses casos, optou-se por alocar,
igualmente entre o tempo de contribuição e a idade de aposentadoria, a diferença entre a soma
mínima requisitada para aposentadoria e a idade de entrada no mercado de trabalho. Em outras
palavras, se, por exemplo, a soma mínima necessária para aposentadoria for de 95 anos e a
40
idade de entrada no mercado de trabalho de 18 anos, divide-se a diferença de 77 anos (95-18)
em partes iguais para o tempo mínimo de contribuição e a idade de aposentadoria, que serão,
respectivamente, de 38,5 anos (77/2) e 56,5 (18+77/2).
Já no caso da aposentadoria por idade, utilizou-se a idade como referência e subtraiu-se
a carência para se chegar a idade de entrada no mercado de trabalho. Por exemplo, se a idade
mínima para aposentadoria por idade for de 65 anos e o tempo de contribuição mínimo
(carência) for de 10 anos, a idade de entrada no mercado de trabalho será de 55 anos (65-10).
Como nos anos de 1991 e 1995 ainda não existia carência mínima para aposentadoria por idade
no serviço público, foi usada a carência do RGPS como referência para evitar taxas ainda mais
exorbitantes.
É necessário observar que o termo tempo de serviço, extinto pela Emenda
Constitucional nº 20 de 1998, e o termo tempo de contribuição foram considerados como
equivalentes para efeito de cálculo.
Para o período de usufruto do benefício foi utilizada a expectativa de sobrevida contida
na tábua de mortalidade divulgada pelo IBGE. Outra possibilidade seria ponderar cada fluxo de
caixa pela probabilidade de sobrevivência do respectivo ano, assim como feito por Caetano
(2006). Depois de realizadas algumas estimativas para ambos os casos, não foram encontradas
diferenças relevantes para os objetivos dessa dissertação. Ademais, a tábua do IBGE só calcula
a probabilidade de sobrevivência até 80 anos. Nessa idade as probabilidades de morte das idades
mais avançadas são agregadas, logo possui probabilidade de sobrevivência igual a 0%.
Ponderando essas informações com a maior facilidade de interpretação presente no método da
sobrevida esperada, preferiu-se dar continuidade às análises usando este último.
Outras tábuas foram consideradas para a realização dos cálculos, como por exemplo a
BR-EMS desenvolvida pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg) em parceria com o
Laboratório de Matemática Aplicada da UFRJ (LabMA/UFRJ). Segundo Oliveira et al. (2012),
foi a primeira tábua a utilizar estatísticas brasileiras, o que possibilitou um retrato mais fiel, e
teve como população levantada para o início dos estudos os segurados do ramo vida no Brasil.
No entanto, apesar de poder ter uma expectativa de sobrevida mais próxima das populações
consideradas nessa dissertação, não é possível saber se são superiores, inferiores, nem se essa
relação muda dependendo da idade sem um estudo mais detalhado como o realizado em Beltrão
e Sugahara (2002). Além disso, assim como outras tábuas de mortalidade consideradas, a BR-
EMS também não cobria todo o período.
41
Portanto, após ponderar-se prós e contras, optou-se por adotar a tábua divulgada pelo
IBGE, pois esta não só cobre todo o período como também fornece dados sobre a média da
população brasileira. Como a Portaria do MPS nº 403/2008 orienta que as estimativas atuariais
devem buscar tábuas de mortalidade que melhor se adaptem as características da população
estudada, desde que a sobrevida esperada não pode ser menor do que a estimada pela tábua do
IBGE. A tábua escolhida é suficiente para estimar uma taxa interna de retorno base. E, supondo
que a variação da mortalidade ao longo dos anos não seja tão diferente entre as populações
estudadas e a média da população brasileira, a estimativa para a trajetória e para a convergência
deve ser, no mínimo, razoável. Além disto, Caetano (2006), considera a tábua de mortalidade
do IBGE como uma proxy razoável para o RGPS.
Para o cálculo do fator previdenciário instituído em 1999, segundo a fórmula a seguir
extraída do anexo da lei 9876/99, foi usada a expectativa de sobrevida da Tábua de Mortalidade
do IBGE referente ao ano anterior. Por exemplo, para o cálculo do fator previdenciário em
1999, foi usada a Tábua de mortalidade de 1998.
𝒇 =𝑻𝒄 × 𝒂
𝑬𝒔× [𝟏 +
(𝑰𝒅 + 𝑻𝒄 × 𝒂)
𝟏𝟎𝟎]
onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Esse fator previdenciário foi criado com o propósito de reduzir o valor dos benefícios
de aposentadorias precoces e, assim, tentar aumentar a idade média de aposentadoria da
população. Dessa forma, a fórmula criada considera que quanto maior a idade e o tempo de
contribuição no momento da aposentadoria, maior será o fator previdenciário e, portanto, menor
a redução do benefício. Por outro lado, quanto maior a expectativa de sobrevida no momento
da aposentadoria menor será o fator e maior a diminuição do valor do benefício. A alíquota de
contribuição, por sua vez, foi estabelecida arbitrariamente como 0,31 pelo governo para todos
os casos em que o fator incidia.
42
Por fim, uma vez que as contribuições previdenciárias são mensais e os fluxos de caixa
estimados são anuais, optou-se por fazer o ajuste de meio período, considerou-se que os fluxos
de caixa ocorreram no meio do ano, para minimizar qualquer diferença resultante dessa
discrepância. Comparando-se as estimativas realizadas com e sem o ajuste foi possível concluir
que o efeito de tal aproximação foi apenas marginal.
43
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Nesse capítulo analisa-se a trajetória das taxas de retorno, da diferença entre as taxas
dos regimes, da convergência ao longo do tempo entre os regimes, e dos subsídios cruzados
entre os programas de aposentadoria estudados. Como não havia uma alíquota de contribuição
destinada às aposentadorias do RPPS dos servidores federais civis até 1993, não foi calculado
o resultado desse regime para 1991 e nem as diferenças entre os regimes para esse ano. Essa
restrição se deve ao fato de que haveria apenas fluxos de caixa positivos, logo não seria possível
estimar a TIR.
5.1 Análise da Trajetória das Taxas Internas de Retorno
A seguir, nas tabelas 4 e 5, são apresentadas as taxas internas de retorno estimadas para
os trabalhadores com carteira assinada do RGPS e os servidores federais civis do RPPS. A
tabela 4 apresenta as estimativas para os benefícios com valor igual ao salário mínimo e a tabela
5, para os benefícios com valor igual ao teto do INSS.
Em relação às estimativas realizadas para as remunerações iguais ao salário mínimo
(tabela 4), foi possível notar um aumento contínuo nas taxas de retorno até 2015 para as
aposentadorias por tempo de contribuição do RGPS, tanto para homens quanto para mulheres.
Isto se deveu ao fato de que a maioria das reformas analisadas para esse regime impactou apenas
o valor do benefício, com destaque para o fator previdenciário de 1999. Como o piso de valor
para o benefício é o próprio salário mínimo, esse segmento não foi afetado pelas alterações nas
regras.
Ademais, o crescimento da taxa ocorreu, principalmente, em razão de um aumento da
sobrevida esperada ao longo dos anos. A atual proposta de reforma, por sua vez, busca controlar
essa questão definindo uma idade mínima de 65 anos. Importante notar que essa proposta inclui
um reajuste da idade mínima de acordo com o avanço da sobrevida esperada calculada pela
tábua do IBGE; a ideia é tentar reduzir o crescimento inerente da taxa motivado pelo
prolongamento da sobrevida ao longo dos anos. Isso deve causar um impacto negativo no
retorno, apesar do novo fator previdenciário (de 51% + 1% por ano de contribuição até o limite
de 100%) não o fazer.
44
Tabela 4: Estimativas das taxas internas de retorno dos trabalhadores com carteira assinada do RGPS e dos servidores federais civis do RPPS no
caso de benefícios com valor igual ao salário mínimo.
Tipo de
aposentadoria
Entrada no
mercado de
trabalho
Gênero Regime 1991 1995 1999 2003 2013 2015 2016
Por tempo de
contribuição
23 anos
Homem RGPS 3,95% 4,04% 4,17% 4,22% 4,32% 4,35% 2,73%
RPPS — 5,94% 2,98% 3,08% 3,18% 3,22% 2,10%
Mulher RGPS 5,64% 5,69% 5,80% 5,83% 5,92% 5,94% 3,18%
RPPS — 7,68% 4,54% 4,63% 4,74% 4,77% 2,58%
18 anos
Homem RGPS 4,37% 4,44% 4,55% 4,58% 4,67% 4,71% 2,25%
RPPS — 6,26% 2,40% 2,49% 2,60% 2,64% 1,66%
Mulher RGPS 5,91% 5,94% 6,03% 6,06% 6,12% 6,14% 2,69%
RPPS — 7,86% 3,76% 3,84% 3,96% 3,99% 2,13%
Por idade —
Homem RGPS 40,10% 29,75% 20,69% 16,44% 11,43% 11,49% 5,97%
RPPS — 39,54% 16,20% 16,36% 16,41% 16,46% 5,06%
Mulher RGPS 40,27% 30,05% 21,16% 17,04% 12,22% 12,24% 6,45%
RPPS — 39,67% 16,86% 16,99% 17,04% 17,05% 5,58% Fonte: Elaboração própria do autor.
Obs: Taxas de retorno estimadas segundo as regras previdenciárias, permanentes, vigentes em cada ano.
45
Tabela 5: Estimativas das taxas internas de retorno dos trabalhadores com carteira assinada do RGPS e dos servidores federais civis do RPPS no
caso de benefícios com valor igual ao teto do INSS.
Tipo de
aposentadoria
Entrada no
mercado de
trabalho
Gênero Regime 1991 1995 1999 2003 2013 2015 2016
Por tempo de
contribuição
23 anos
Homem RGPS 2,63% 2,60% 2,15% 2,15% 2,07% 2,67% 1,09%
RPPS — 3,65% 1,96% 2,06% 2,16% 2,20% 0,85%
Mulher RGPS 4,30% 4,22% 3,05% 3,05% 2,98% 4,48% 1,57%
RPPS — 5,31% 3,51% 3,59% 3,71% 3,73% 1,34%
18 anos
Homem RGPS 3,07% 3,01% 1,94% 1,93% 1,87% 2,54% 0,82%
RPPS — 4,02% 1,39% 1,48% 1,58% 1,62% 0,60%
Mulher RGPS 4,58% 4,49% 2,75% 2,76% 2,69% 3,89% 1,27%
RPPS — 5,53% 2,73% 2,81% 2,93% 2,96% 1,06%
Por idade —
Homem RGPS 30,80% 22,23% 15,33% 12,20% 8,33% 8,39% 3,06%
RPPS — 14,87% 4,78% 4,98% 5,13% 5,23% 2,72%
Mulher RGPS 31,12% 22,73% 16,01% 12,99% 9,27% 9,30% 3,63%
RPPS — 15,77% 6,29% 6,47% 6,65% 6,69% 3,31%
Fonte: Elaboração própria do autor.
Obs: Taxas de retorno estimadas segundo as regras previdenciárias, permanentes, vigentes em cada ano.
46
Já no que diz respeito ao RPPS, houve uma queda na taxa no ano de 1999 com a
determinação de uma idade mínima para aposentadorias por tempo de contribuição, além de
uma alíquota de contribuição maior por parte do governo como empregador; a tal ponto que, o
retorno desse regime passou a ser menor que o do RGPS. Nos anos seguintes, por outro lado, a
taxa cresceu, como mostra o gráfico 5, devido ao aumento da expectativa de sobrevida. Por fim,
a nova reforma proposta em 2016, pelos motivos explicados, faz com que a taxa caia
novamente.
Para as aposentadorias por idade, como já foi dito anteriormente, não havia carência
mínima para o RPPS até 1998. Dessa forma, foi usada a carência do RGPS para o cálculo das
taxas no ano de 1995. Dito isto, é possível perceber um declínio das taxas no RGPS em todos
os períodos analisados, graças, particularmente, ao aumento progressivo do período de carência.
A exceção se deve ao ano de 2015, quando houve um crescimento marginal da taxa de retorno.
Esse acréscimo aconteceu, pois, além do período de carência ter estagnado, por já ter atingido
os 15 anos programados, houve um prolongamento da sobrevida esperada.
No caso do RPPS, houve uma queda em 1999 com a criação de um tempo mínimo de
serviço público de 10 anos para aposentadoria por idade. Nos anos posteriores houve
crescimento, novamente, pelo avanço da sobrevida. Enfim, com a definição de um tempo de
contribuição mínimo de 25 anos para ambos os regimes e de um reajuste na idade mínima
atrelada ao aumento da sobrevida esperada pela proposta de 2016, as taxas caem e a distância
entre elas reduz.
As aposentadorias cujo valor iguala o teto do INSS (tabela 5) demonstram um
comportamento diferente do caso anterior. A respeito das aposentadorias por tempo de
contribuição, há uma redução da TIR ao longo do período estudado, com exceção do ano de
2015. O encolhimento entre os anos de 1991 e 1995 se deve ao aumento da alíquota de
contribuição dos trabalhadores com carteira assinada, relativa ao teto do INSS, de 10% para
11%. Nos anos seguintes, a queda ocorre pela criação, em 1999, do fator previdenciário, que
incorpora em seu cálculo a expectativa de sobrevida de ambos os sexos. Dessa forma, o fator
diminui o valor do benefício, ou seja, mais do que compensa o crescimento da sobrevida
esperada. Em 2015, com a extinção desse fator, a taxa volta a crescer. Essa reforma foi,
portanto, a única estudada que gerou um aumento da TIR, em oposição aos outros casos em que
a taxa cresceu devido, tão somente, à evolução da sobrevida.
47
O RPPS, por sua vez, teve uma queda em 1999 com a criação da idade mínima. Nos
anos seguintes, porém, houve um crescimento marginal. Em ambos os regimes a PEC n°
287/2016 gera um declínio e uma aproximação entre as taxas. As aposentadorias por idade
possuem um comportamento semelhante ao do salário mínimo, pois o movimento das taxas
depende, especialmente, do aumento da carência. No caso do RGPS há um declínio consistente
ao longo do tempo. A exceção se deve ao fato da carência não ter aumentado entre 2013 e 2015,
fazendo com que a taxa crescesse pelo avanço da sobrevida. Já para o RPPS, a taxa tem uma
diminuição com a definição da carência de 10 anos, e volta a crescer pelo mesmo motivo do
RGPS.
Importante notar que para as aposentadorias pelo teto do INSS, diferentemente do caso
em que o valor do benefício corresponde a 1 salário mínimo, o mínimo a ser recebido no RGPS
é de 70% do salário mais 1% por ano de contribuição, enquanto no RPPS é a proporção entre
os anos de contribuição e o período mínimo para aposentadoria por tempo de contribuição (35
anos para homens e 30 para mulheres), sendo o mínimo de 1/3 do salário. Isto explica porque
o RGPS é mais vantajoso todos os anos analisados.
5.2 Análise das Diferenças entre as Taxas dos Regimes de Previdência
Logo adiante, nas tabelas 6 e 7, são apresentadas as diferenças entre as taxas internas de
retorno estimadas para o Regime Geral de Previdência Social e o Regime Próprio de
Previdência Social. A tabela 6 contém as diferenças entre as estimativas para os benefícios com
valor igual ao salário mínimo, enquanto a tabela 7 exibe as diferenças para os benefícios com
valor igual ao teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Na comparação entre os dois regimes, a tabela 6, que representa o caso para o salário
mínimo, mostra que o RPPS era mais vantajoso em todos os cenários analisados em 1995. A
razão por trás desse resultado era a menor alíquota de contribuição por parte do governo, que
apenas igualava a contribuição do servidor. Já a partir de 1999; quando se estabeleceu uma
idade mínima para aposentadorias por tempo de contribuição no serviço público, aumentou-se
a alíquota de contribuição do servidor federal e considerou-se, para fins de estimativa, que o
governo contribuiria com o dobro da alíquota do servidor; o RGPS passou a ser mais vantajoso
em todos os períodos analisados. Essa vantagem permanece para todos os cenários após a
reforma proposta pela PEC n° 287/2016, que apesar de igualar a idade mínima, mantém as
diferenças nas alíquotas de contribuição.
48
Tabela 6: Diferença entre as taxas internas de retorno estimadas para trabalhadores com carteira assinada do RGPS e servidores federais civis do
RPPS no caso de benefícios com valor igual ao salário mínimo.
Tipo de
aposentadoria
Entrada no
mercado de
trabalho
Gênero Regime 1995 1999 2003 2013 2015 2016
Por tempo de
contribuição
23 anos
Homem RGPS-
RPPS -1,90% 1,19% 1,14% 1,14% 1,13% 0,63%
Mulher RGPS-
RPPS -1,98% 1,25% 1,20% 1,18% 1,17% 0,60%
18 anos
Homem RGPS-
RPPS -1,82% 2,15% 2,09% 2,08% 2,07% 0,58%
Mulher RGPS-
RPPS -1,92% 2,28% 2,22% 2,17% 2,15% 0,55%
Por idade —
Homem RGPS-
RPPS -9,79% 4,49% 0,08% -4,98% -4,97% 0,91%
Mulher RGPS-
RPPS -9,62% 4,30% 0,04% -4,82% -4,82% 0,87%
Fonte: Elaboração própria do autor.
Obs: Valores encontrados através da seguinte subtração das taxas de retorno: RGPS-RPPS.
49
Tabela 7: Diferença entre as taxas internas de retorno estimadas para trabalhadores com carteira assinada do RGPS e servidores federais civis do
RPPS no caso de benefícios com valor igual ao teto do INSS.
Tipo de
aposentadoria
Entrada no
mercado de
trabalho
Gênero Regime 1995 1999 2003 2013 2015 2016
Por tempo de
contribuição
23 anos
Homem RGPS-
RPPS -1,06% 0,19% 0,09% -0,09% 0,47% 0,24%
Mulher RGPS-
RPPS -1,09% -0,45% -0,55% -0,72% 0,75% 0,22%
18 anos
Homem RGPS-
RPPS -1,01% 0,55% 0,45% 0,29% 0,92% 0,22%
Mulher RGPS-
RPPS -1,05% 0,02% -0,06% -0,24% 0,93% 0,21%
Por idade —
Homem RGPS-
RPPS 7,36% 10,55% 7,22% 3,20% 3,17% 0,34%
Mulher RGPS-
RPPS 6,95% 9,72% 6,52% 2,62% 2,60% 0,32%
Fonte: Elaboração própria do autor.
Obs: Valores encontrados através da seguinte subtração das taxas de retorno: RGPS-RPPS.
50
Para as aposentadorias por idade, as inversões de sinal indicam a alternância entre qual
regime é mais vantajoso. A princípio o RPPS possuía uma taxa maior, porém ao ser criada uma
carência mínima de 10 anos de serviço público como requisito para aposentadoria, o RGPS
passa a ser preferido. Em seguida, como a carência do RGPS continuou a aumentar até atingir
15 anos, ao mesmo tempo em que o tempo de carência no caso do serviço público se manteve
em 10 anos, o RPPS passa a apresentar, comparativamente, uma TIR mais elevada em 2013.
Por fim, com a PEC n° 287/2016 espera-se que o RGPS passe a ser ligeiramente mais vantajoso
devido, novamente, à diferença nas alíquotas de contribuição.
Já a tabela 7, que representa os casos cujo valor do benefício é equivalente ao teto do
INSS, aponta uma vantagem do RPPS em 1995 para as aposentadorias por tempo de
contribuição devido, assim como no caso do salário mínimo, à menor alíquota de contribuição
por parte do governo. Em 1999, com a criação do fator previdenciário para o RGPS e idade
mínima para o RPPS, a distância entre os regimes reduz e a TIR dos trabalhadores com carteira
assinada passa a ser maior, com exceção do caso das mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos cujo regime com maior retorno continuou sendo o RPPS.
Essa vantagem foi reduzindo ao longo do tempo, pois o fator previdenciário, como
explicado previamente, considerava em seu cálculo a sobrevida esperada, enquanto a idade
mínima do RPPS se manteve constante. Até que no ano de 2015, com o fim, na prática, do fator
previdenciário, o RGPS se torna mais vantajoso, aumentando inclusive a distância entre os
regimes.
Para as aposentadorias por idade, como explicado na seção anterior, as regras mais
rigorosas no cálculo do valor do benefício para o RPPS fizeram com que o RGPS tivesse uma
TIR mais elevada em todos os períodos analisados. No entanto, há uma tendência de queda da
diferença entre os regimes, desde 1999, em razão do aumento da carência do regime geral.
5.3 Análise da Convergência
Os gráficos, a serem analisados a seguir, gerados através do módulo dos resultados das
tabelas 6 e 7 estão presentes no apêndice deste texto. Mais especificamente, estes são os gráficos
construídos, para análise da convergência, a partir do módulo das diferenças entre as taxas
internas de retorno dos regimes previdenciários.
51
A convergência entre os regimes de previdência social pode ser analisada através da
evolução, em cada ano, da distância entre a diferença das taxas de retorno e o ponto de
indiferença dos contribuintes. Alternativamente, pode ser considerado que há uma
convergência entre os regimes quando o módulo da diferença entre as taxas diminui ao longo
do tempo.
Portanto, nesse estudo, considera-se que os contribuintes serão completamente
indiferentes entre os regimes quando a diferença entre as taxas for igual a zero. Ou seja, regimes
com regras previdenciárias distintas serão considerados, nesse estudo, como indiferentes pelo
segurado se possuírem a mesma taxa de retorno.
Dito isto, pelos gráficos 6 e 7 (no apêndice) e pela tabela 6, percebe-se que as
aposentadorias por tempo de contribuição para homens e mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos apresentam o módulo das diferenças continuamente decrescente em todo
o período. Cabe ressaltar que houve uma queda abrupta em 1999 e 2016, porém apenas marginal
nos outros anos.
Já no caso de entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (gráficos 8 e 9 e tabela 6),
nota-se que houve, inicialmente, um aumento da diferença. Isto se deve ao fato da definição de
uma idade mínima para o RPPS ter tido um impacto maior na redução da taxa do que a criação
do fator previdenciário para o RGPS em 1999. Nos anos seguintes, no entanto, com o aumento
da sobrevida sendo compensado pelo fator previdenciário e a idade mínima constante observou-
se uma redução marginal da diferença. Ao fim, com a PEC n° 287/2016 é esperada uma
diminuição mais relevante das diferenças.
Em relação às aposentadorias por idade (gráficos 10 e 11 e tabela 6), ocorreu uma
redução rápida das diferenças até 2003. Entretanto, com o aumento da carência do RGPS em
relação a do RPPS, a distância cresceu em 2013. Depois de uma ligeira redução no período
seguinte, a proposta de reforma de 2016 corrige essa distorção.
Para as aposentadorias equivalentes ao teto do INSS, a evolução do módulo das
diferenças foi distinta. Na situação dos homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 e
18 anos (gráficos 12 e 14 e tabela 7) houve uma redução da distância ao longo do tempo, mais
vertiginosa no segundo caso. Em 2015, no entanto, ocorreu uma quebra da trajetória com o fim,
na prática, do fator previdenciário do RGPS.
52
As mulheres (gráficos 13 e 15 e tabela 7), por outro lado, exibiram, após um primeiro
período de queda, um crescimento da divergência entre os regimes para ambas as idades.
Apenas com a proposta espera-se uma nova aproximação entre as taxas.
Os gráficos 16 e 17, assim como a tabela 7, indicam que, após um período de alta da
diferença entre os regimes, as aposentadorias por idade exibiram uma convergência em todos
os anos seguintes, chegando ao menor nível depois de consideradas as reformas propostas em
2016.
Por fim, com o intuito de reforçar a análise realizada, foram feitas regressões lineares
simples para todo período (entre 1995 e 2016) no Excel através do método dos mínimos
quadrados ordinários (MQO) tendo como variável dependente o módulo da diferença entre as
taxas dos dois regimes (valores das tabelas 6 e 7 em módulo) e como variável independente os
anos. As regressões (tabelas 8 a 19 em anexo) geraram um coeficiente angular negativo para
todos os casos, apontando que pode haver uma correlação negativa entre as variáveis. Dessa
forma, há uma possível indicação de que o módulo das diferenças tende a reduzir com o tempo,
ou seja, os resultados apresentam indícios de existência de convergência, em que pese o fato de
não ter sido encontrada significância estatística.
Ademais, foram realizadas regressões considerando os módulos estimados apenas até
2015 (tabelas 20 a 31 no apêndice) e comparadas com os resultados gerados anteriormente.
Pôde-se notar que, até 2015, três casos não apresentaram coeficientes angulares negativos.
Além disso, as regressões que incluíam as estimativas para 2016 tiveram uma inclinação
negativa mais acentuada. Tais resultados podem indicar que a reforma proposta em 2016 é
necessária para que haja convergência entre os regimes para todos os casos.
5.4 Análise dos Subsídios Cruzados entre os Programas de Previdência
Assim como Caetano (2006) conclui em seu texto para discussão, as estimativas dessa
dissertação também indicam a existência de subsídios cruzados entre os grupos analisados. A
existência desses subsídios foi verificada pela diferença entre as taxas internas de retorno dos
diversos programas previdenciários dos grupos estudados por essa dissertação. Por exemplo,
uma taxa de retorno maior para as mulheres indicaria, portanto, que este grupo estaria sendo
subsidiado pela sua contrapartida, os homens. Igualmente, uma TIR maior para os casos em
que o benefício é igual ao salário mínimo, em relação ao grupo cuja aposentadoria tem valor
igual ao teto, apontaria um subsídio cruzado do segundo grupo para o primeiro.
53
As distintas regras de acesso aos benefícios fazem com que grupos, na maioria das
vezes, de menor renda recebam uma taxa de retorno maior. Isto indica uma progressividade na
distribuição de renda do sistema previdenciário. Sendo assim, nota-se que aposentadorias com
valor igual ao salário mínimo possuem taxas mais elevadas quando comparadas aos benefícios
pelo teto do INSS em todos os cenários e períodos. Isto ocorre, pois o valor dessas
aposentadorias, por ser o piso, não sofre incidência de nenhum fator previdenciário, além de na
prática possuírem integralidade e paridade com o salário mínimo atual.
Os outros casos comparáveis, nessa dissertação, que apresentam vantagens nas regras
de acesso e, portanto, TIR mais altas são as mulheres em relação aos homens e aposentadorias
por idade em relação às por tempo de contribuição. No caso das aposentadorias por idade, pode-
se dizer que o subsídio tem carácter progressivo, já que, de acordo com Tafner, Botelho e Erbisti
(2015), a média dos valores dos benefícios é mais baixa que a dos por tempo de contribuição
no RGPS, respectivamente R$ 678 e R$ 1.447 em dezembro 2013.
Ademais, outra análise possível de ser feita é a de que as novas gerações estarão
subsidiando as anteriores, principalmente após serem efetivadas as reformas propostas, devido
ao direito adquirido por aqueles que já se aposentaram. Pode-se, também, afirmar, para os casos
estudados, que se há incidência de um fator previdenciário ou uma idade mínima para
aposentadoria por tempo de contribuição, os segurados que começam a contribuir mais tarde
são subsidiados pelos que começam mais cedo, conforme mostram as tabelas 4 e 5.
Por fim, espera-se que análises de outros grupos (tais como militares, professores e
trabalhadores rurais, que possuem regras mais generosas) concluam que estes sejam
subsidiados pelos demais, principalmente trabalhadores urbanos do sexo masculino que
comecem a trabalhar cedo.
54
6. Conclusão
A partir das estimativas calculadas e análises realizadas por esse estudo, é possível
concluir que as reformas de 1998 e 1999 foram fundamentais para a trajetória declinante do
módulo das diferenças entre as taxas dos regimes e o fim da obrigatoriedade do fator
previdenciário, em 2015, interrompeu a tendência de queda para os casos em que ele incidia.
Por sua vez, o período de carência é uma das principais variáveis para determinar as taxas de
retorno das aposentadorias por idade e, portanto, para sua convergência. Igualmente, a criação
de um fator previdenciário não surte efeito para benefícios iguais ao salário mínimo, enquanto
que a definição de uma idade mínima impacta a todos, especialmente os segurados que
começam a contribuir mais cedo. O sistema previdenciário brasileiro apresenta progressividade
na distribuição de renda para os casos estudados. E, a aprovação da reforma proposta ao final
de 2016 é fundamental para retomada (ou ao menos aprofundamento, dependendo do cenário)
da convergência entre os regimes.
Outro ponto pertinente foi notar que, apesar do que poderia ser esperado, em muitos
casos a TIR do RPPS foi inferior ao do RGPS. No caso dos benefícios iguais ao salário mínimo
isso ocorre, principalmente, pois em ambos os regimes há na prática uma integralidade e
paridade com o salário mínimo vigente, por este ser o piso. Ademais, como explicado
anteriormente, a criação do fator previdenciário para o RGPS não afetou a taxa de retorno, já
que este não incide sobre o salário mínimo; enquanto que a definição de uma idade mínima de
aposentadoria para o RPPS diminuiu a taxa desse regime.
Já nos casos dos benefícios pelo teto, o RPPS ficou, especialmente, em desvantagem
após o fim do fator em 2015 e, também, pelo cálculo feito para as estimativas não incluir um
crescimento real do salário. Há de se considerar, no entanto, que os casos das remunerações
acima do teto do INSS não foram analisados para se chegar a essa conclusão.
Conforme Oliveira, Beltrão e Maniero (1997, p. 5), para um longo período de tempo é
preciso considerar que as taxas de retorno do capital não devem ser muito superiores às taxas
de crescimento real do PIB. Dessa forma, é possível concluir que nos cenários estimados até
2015, conforme as estimativas presentes nas tabelas 4 e 5, poucos são os casos em que a TIR é
menor que os 3% de média de crescimento real do PIB brasileiro entre 1991 e 2014 (último
resultado anual divulgado), segundo dados do IBGE.
Além disso, como as taxas internas de retorno podem ser consideradas subestimadas,
uma vez que se optou por usar uma tábua de mortalidade bastante conservadora e que há
55
regimes especiais com regras mais generosas que os analisados, há um forte indicio de que o
estoque de aposentadorias, assim como as aposentadorias pelas regras vigentes, não são
sustentáveis para essa média de crescimento do PIB.
Dito isto, a proposta de 2016, ao reduzir consideravelmente as taxas de retorno, torna a
situação do sistema previdenciário brasileiro menos crítica. A profundidade da reforma ainda é
passível de discussão, porém é imprescindível para a convergência e quiçá para a
sustentabilidade dos regimes a definição de uma idade mínima e a unificação das regras
previdenciárias.
Por fim, constatou-se que houve convergência entre o RGPS e o RPPS, sendo que esta
será intensificada se a PEC n° 287/2016 for aprovada. A convergência entre as taxas provocada
pela reforma proposta em 2016 está estritamente relacionada à unificação das regras
previdenciárias. Esta convergência pela unificação das regras tende a ser mais duradoura, dado
que, no caso de convergência sob regras diferentes, há uma propensão das taxas de retorno
passarem a divergir após se aproximarem. Isso pôde ser visto nos casos das aposentadorias por
idade no valor do salário mínimo, onde as taxas primeiramente convergiram e depois se
distanciaram, mesmo sem alterações relevantes nas regras.
Ao leitor que busque esse estudo como forma de tentar dimensionar sua taxa de retorno,
é importante que tenha em mente que as taxas foram calculadas para as regras permanentes.
Dessa forma, é preciso considerar a possibilidade de que pelo menos uma reforma aconteça ao
longo do período de contribuição, tornando as taxas aqui calculadas inválidas. Ademais, é
necessário observar que a expectativa de sobrevida utilizada nas estimativas se refere à média
da população brasileira. Portanto, dependendo do caso, pode estar subestimada ou
superestimada.
Em relação às pesquisas futuras no assunto, alguns pontos relevantes que podem ser
explorados são a elaboração de séries históricas de tábuas de mortalidade para grupos
específicos para dar suporte a estudos mais específicos, a estimativa de alíquotas de
contribuição específicas para custeio dos benefícios de risco, e a realização de análises de
sensibilidade para as principais variáveis que impactam o cálculo da taxa interna de retorno
como, por exemplo, a expectativa de sobrevida, a idade mínima, e a alíquota de contribuição.
A relevância dos estudos sobre previdência social tende a crescer proporcionalmente à
importância do tema para a sociedade. E, dadas as perspectivas sociais, econômicas e políticas
do nosso país, novas contribuições acadêmicas para o assunto serão indispensáveis.
56
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2017.
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm>. Acesso em 18 de janeiro de
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59
______. Lei nº 8.668 de 25 de junho de 1993. Disponível em:
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______. Lei nº 9.032 de 28 de abril de 1995. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm>. Acesso em 18 de janeiro de 2017.
______. Lei nº 9.129 de 20 de novembro de 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9129.htm>. Acesso em 18 de janeiro de 2017.
______. Lei nº 9.717 de 27 de novembro de 1998. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/L9717.htm>. Acesso em 27 de janeiro de 2017.
______. Lei nº 9.783 de 28 de janeiro de 1999. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9783.htm>. Acesso em 27 de janeiro de 2017.
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm>. Acesso em 27 de janeiro de 2017.
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12618.htm>. Acesso em 15
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13183.htm>. Acesso em 15
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em 29 novembro de 2016.
60
APÊNDICES:
Gráfico 6: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo).
Fonte: Elaboração própria do autor.
Gráfico 7: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo).
Fonte: Elaboração própria do autor.
0,00%
0,20%
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0,80%
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
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1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
61
Gráfico 8: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo).
Fonte: Elaboração própria do autor.
Gráfico 9: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo).
Fonte: Elaboração própria do autor.
0,00%
0,50%
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
0,00%
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
62
Gráfico 10: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de homens (Salário Mínimo).
Fonte: Elaboração própria do autor.
Gráfico 11: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de mulheres (Salário Mínimo).
Fonte: Elaboração própria do autor.
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
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1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
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4,00%
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
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Gráfico 12: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Teto do INSS).
Fonte: Elaboração própria do autor.
Gráfico 13: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 23 anos (Teto do INSS).
Fonte: Elaboração própria do autor.
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
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Gráfico 14: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de homens com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Teto do INSS).
Fonte: Elaboração própria do autor.
Gráfico 15: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por tempo de contribuição de mulheres com entrada no mercado de
trabalho aos 18 anos (Teto do INSS).
Fonte: Elaboração própria do autor.
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
65
Gráfico 16: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de homens (Teto do INSS).
Fonte: Elaboração própria do autor.
Gráfico 17: Trajetória do módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e
RPPS para aposentadoria por idade de mulheres (Teto do INSS).
Fonte: Elaboração própria do autor.
0,00%
2,00%
4,00%
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Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
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1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
Anos
Módulo da diferença entre as taxas internas de retorno do RGPS e do
RPPS
66
Tabela 8: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,77357554
R-Quadrado 0,598419116
R-quadrado ajustado 0,498023894
Erro padrão 0,002880999
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 4,94742E-05 4,94742E-05 5,96063347 0,071097886
Resíduo 4 3,32006E-05 8,30016E-06
Total 5 8,26748E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,713451015 0,28735578 2,482814214 0,06800572 -0,084376534 1,511278564 -0,084376534 1,511278564
Ano -0,00034958 0,000143187 -2,44144086 0,07109789 -0,000747136 4,79684E-05 -0,000747136 4,79684E-05
Fonte: Elaboração própria do autor.
67
Tabela 9: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,785453092
R-Quadrado 0,616936559
R-quadrado ajustado 0,521170699
Erro padrão 0,003062563
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 6,04227E-05 6,04227E-05 6,44213457 0,064107726
Resíduo 4 3,75172E-05 9,37929E-06
Total 5 9,79398E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,787607907 0,305465266 2,578387772 0,06143191 -0,060499636 1,63571545 -0,060499636 1,63571545
Ano -0,000386333 0,000152211 -2,53813604 0,06410773 -0,000808939 3,62733E-05 -0,000808939 3,62733E-05
Fonte: Elaboração própria do autor.
68
Tabela 10: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,415851917
R-Quadrado 0,172932817
R-quadrado ajustado -0,033833979
Erro padrão 0,006158922
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 3,17253E-05 3,17253E-05 0,83636648 0,412179346
Resíduo 4 0,000151729 3,79323E-05
Total 5 0,000183455
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,579774964 0,614301369 0,943795657 0,398713773 -1,125799066 2,285348994 -1,125799066 2,285348994
Ano -0,00027994 0,000306102 -0,914530743 0,412179346 -0,001129816 0,000569936 -0,001129816 0,000569936
Fonte: Elaboração própria do autor.
69
Tabela 11: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,436794815
R-Quadrado 0,19078971
R-quadrado ajustado -0,011512862
Erro padrão 0,006663458
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 4,18748E-05 4,18748E-05 0,943090876 0,386475756
Resíduo 4 0,000177607 4,44017E-05
Total 5 0,000219481
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,664237504 0,664624673 0,999417463 0,374151137 -1,181056415 2,509531424 -1,181056415 2,509531424
Ano -0,000321616 0,000331178 -0,97112866 0,386475756 -0,001241114 0,000597881 -0,001241114 0,000597881
Fonte: Elaboração própria do autor.
70
Tabela 12: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para homens (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,458921848
R-Quadrado 0,210609263
R-quadrado ajustado 0,013261578
Erro padrão 0,034502358
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,001270407 0,001270407 1,067199057 0,359943824
Resíduo 4 0,004761651 0,001190413
Total 5 0,006032058
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 3,597092539 3,441324193 1,045264072 0,354904998 -5,95755517 13,15174025 -5,95755517 13,15174025
Ano -0,00177147 0,001714789 -1,033053269 0,359943824 -0,006532485 0,002989549 -0,006532485 0,002989549
Fonte: Elaboração própria do autor.
71
Tabela 13: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para mulheres (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,459355749
R-Quadrado 0,211007704
R-quadrado ajustado 0,01375963
Erro padrão 0,033966325
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,001234192 0,001234192 1,06975799 0,359430178
Resíduo 4 0,004614845 0,001153711
Total 5 0,005849037
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 3,544803605 3,387859361 1,04632549 0,35446997 -5,861401934 12,95100914 -5,861401934 12,95100914
Ano -0,00174604 0,001688148 -1,034291059 0,35943018 -0,006433085 0,002941013 -0,006433085 0,002941013
Fonte: Elaboração própria do autor.
72
Tabela 14: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,463517822
R-Quadrado 0,214848771
R-quadrado ajustado 0,018560964
Erro padrão 0,003671642
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 1,47557E-05 1,47557E-05 1,094559944 0,354516385
Resíduo 4 5,39238E-05 1,3481E-05
Total 5 6,86795E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,386698971 0,366215893 1,0559317 0,350554335 -0,630079354 1,403477296 -0,630079354 1,403477296
Ano -0,000190916 0,000182483 -1,046212189 0,354516385 -0,00069757 0,000315738 -0,00069757 0,000315738
Fonte: Elaboração própria do autor.
73
Tabela 15: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,444507339
R-Quadrado 0,197586775
R-quadrado ajustado -0,003016532
Erro padrão 0,002956217
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 8,6078E-06 8,6078E-06 0,984962701 0,377153377
Resíduo 4 3,49569E-05 8,73922E-06
Total 5 4,35647E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,298930064 0,294858104 1,013809898 0,368012894 -0,519727274 1,117587402 -0,519727274 1,117587402
Ano -0,000145817 0,000146926 -0,992452871 0,377153377 -0,000553748 0,000262115 -0,000553748 0,000262115
Fonte: Elaboração própria do autor.
74
Tabela 16: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,448921759
R-Quadrado 0,201530746
R-quadrado ajustado 0,001913432
Erro padrão 0,003266784
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 1,07742E-05 1,07742E-05 1,0095855 0,37185313
Resíduo 4 4,26875E-05 1,06719E-05
Total 5 5,34617E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,333106039 0,325834602 1,022316341 0,36442658 -0,571555848 1,237767925 -0,571555848 1,237767925
Ano -0,000163138 0,000162361 -1,00478132 0,37185313 -0,000613924 0,000287649 -0,000613924 0,000287649
Fonte: Elaboração própria do autor.
75
Tabela 17: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,087004383
R-Quadrado 0,007569763
R-quadrado ajustado -0,240537797
Erro padrão 0,005049332
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 7,77876E-07 7,7788E-07 0,030510004 0,869822727
Resíduo 4 0,000101983 2,5496E-05
Total 5 0,000102761
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,092149578 0,503629031 0,18297114 0,863720432 -1,30614878 1,490447936 -1,30614878 1,490447936
Ano -4,38346E-05 0,000250955 -0,17467113 0,869822727 -0,000740597 0,000652928 -0,000740597 0,000652928
Fonte: Elaboração própria do autor.
76
Tabela 18: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para homens (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,889332118
R-Quadrado 0,790911617
R-quadrado ajustado 0,738639521
Erro padrão 0,018999271
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,005461751 0,005461751 15,1306659 0,017693374
Resíduo 4 0,001443889 0,000360972
Total 5 0,00690564
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 7,424299996 1,895019793 3,917795488 0,017279777 2,162881566 12,68571843 2,162881566 12,68571843
Ano -0,003673058 0,000944276 -3,889815664 0,017693374 -0,006294788 -0,001051329 -0,006294788 -0,001051329
Fonte: Elaboração própria do autor.
77
Tabela 19: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2016, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para mulheres (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,907034605
R-Quadrado 0,822711774
R-quadrado ajustado 0,778389718
Erro padrão 0,016501797
Observações 6
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,005054641 0,005054641 18,56213004 0,012562117
Resíduo 4 0,001089237 0,000272309
Total 5 0,006143878
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 7,139077358 1,645917434 4,337445617 0,012277572 2,569277957 11,70887676 2,569277957 11,70887676
Ano -0,003533516 0,00082015 -4,30837905 0,012562117 -0,005810616 -0,001256415 -0,005810616 -0,001256415
Fonte: Elaboração própria do autor.
78
Tabela 20: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,682964512
R-Quadrado 0,466440525
R-quadrado ajustado 0,288587366
Erro padrão 0,002832487
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 2,10412E-05 2,10412E-05 2,622615921 0,203788608
Resíduo 3 2,4069E-05 8,02299E-06
Total 4 4,51102E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,540502168 0,325723332 1,659390393 0,195619462 -0,496094847 1,577099183 -0,496094847 1,577099183
Ano -0,000263086 0,000162454 -1,619449265 0,203788608 -0,000780089 0,000253916 -0,000780089 0,000253916
Fonte: Elaboração própria do autor.
79
Tabela 21: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,705049613
R-Quadrado 0,497094956
R-quadrado ajustado 0,329459942
Erro padrão 0,00288518
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 2,46843E-05 2,46843E-05 2,965340848 0,183544905
Resíduo 3 2,49728E-05 8,32426E-06
Total 4 4,96571E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,584901631 0,33178272 1,762905648 0,176119546 -0,470979061 1,640782323 -0,470979061 1,640782323
Ano -0,000284953 0,000165476 -1,722016506 0,183544905 -0,000811573 0,000241667 -0,000811573 0,000241667
Fonte: Elaboração própria do autor.
80
Tabela 22: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,455264507
R-Quadrado 0,207265772
R-quadrado ajustado -0,056978971
Erro padrão 0,001311135
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 1,34839E-06 1,34839E-06 0,784370464 0,441037103
Resíduo 3 5,15722E-06 1,71907E-06
Total 4 6,50561E-06
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção -0,113121238 0,150774613 -0,750267141 0,507575336 -0,59295335 0,366710873 -0,59295335 0,366710873
Ano 6,65995E-05 7,51987E-05 0,885646918 0,441037103 -0,000172716 0,000305915 -0,000172716 0,000305915
Fonte: Elaboração própria do autor.
81
Tabela 23: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,336584278
R-Quadrado 0,113288976
R-quadrado ajustado -0,182281365
Erro padrão 0,00148387
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 8,43954E-07 8,43954E-07 0,38328939 0,579682695
Resíduo 3 6,60561E-06 2,20187E-06
Total 4 7,44957E-06
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção -0,084176712 0,170638414 -0,493304584 0,655650336 -0,627224301 0,458870878 -0,627224301 0,458870878
Ano 5,26893E-05 8,51058E-05 0,619103699 0,579682695 -0,000218155 0,000323534 -0,000218155 0,000323534
Fonte: Elaboração própria do autor.
82
Tabela 24: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para homens (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,296024287
R-Quadrado 0,087630379
R-quadrado ajustado -0,216492828
Erro padrão 0,037934063
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,000414633 0,000414633 0,288141045 0,628669687
Resíduo 3 0,004316979 0,001438993
Total 4 0,004731612
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 2,390217807 4,362246802 0,547932732 0,621874777 -11,49239841 16,27283402 -11,49239841 16,27283402
Ano -0,001167872 0,002175668 -0,536787709 0,628669687 -0,008091817 0,005756074 -0,008091817 0,005756074
Fonte: Elaboração própria do autor.
83
Tabela 25: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para mulheres (Salário Mínimo).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,298677751
R-Quadrado 0,089208399
R-quadrado ajustado -0,214388801
Erro padrão 0,037418451
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,000411414 0,000411414 0,293838017 0,625444008
Resíduo 3 0,004200421 0,00140014
Total 4 0,004611836
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 2,379699209 4,302953698 0,553038535 0,618778573 -11,31421989 16,07361831 -11,31421989 16,07361831
Ano -0,00116333 0,002146095 -0,542068277 0,625444008 -0,007993163 0,005666503 -0,007993163 0,005666503
Fonte: Elaboração própria do autor.
84
Tabela 26: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,450660761
R-Quadrado 0,203095121
R-quadrado ajustado -0,062539838
Erro padrão 0,004219095
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 1,36098E-05 1,36098E-05 0,764564731 0,446262949
Resíduo 3 5,34023E-05 1,78008E-05
Total 4 6,70121E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,428030999 0,48517698 0,882216215 0,442624498 -1,116018688 1,972080685 -1,116018688 1,972080685
Ano -0,000211587 0,000241982 -0,874393922 0,446262949 -0,000981681 0,000558506 -0,000981681 0,000558506
Fonte: Elaboração própria do autor.
85
Tabela 27: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 23 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,169793303
R-Quadrado 0,028829766
R-quadrado ajustado -0,29489365
Erro padrão 0,00277948
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 6,88009E-07 6,88009E-07 0,089056784 0,784855764
Resíduo 3 2,31765E-05 7,72551E-06
Total 4 2,38645E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,102493914 0,319627755 0,320666502 0,769501868 -0,914704253 1,119692082 -0,914704253 1,119692082
Ano -4,7573E-05 0,000159414 -0,298423832 0,784855764 -0,0005549 0,000459754 -0,0005549 0,000459754
Fonte: Elaboração própria do autor.
86
Tabela 28: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para homens com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,252656309
R-Quadrado 0,06383521
R-quadrado ajustado -0,248219719
Erro padrão 0,003472378
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 2,46651E-06 2,46651E-06 0,204564019 0,681764085
Resíduo 3 3,61722E-05 1,20574E-05
Total 4 3,86387E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 0,187019763 0,399307814 0,468359888 0,671456799 -1,083755915 1,457795442 -1,083755915 1,457795442
Ano -9,00751E-05 0,000199155 -0,45228754 0,681764085 -0,000723874 0,000543723 -0,000723874 0,000543723
Fonte: Elaboração própria do autor.
87
Tabela 29: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres com entrada no mercado de trabalho aos 18 anos (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,031471301
R-Quadrado 0,000990443
R-quadrado ajustado -0,332012743
Erro padrão 0,00569631
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 9,65091E-08 9,65091E-08 0,002974274 0,959936111
Resíduo 3 9,73438E-05 3,24479E-05
Total 4 9,74403E-05
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção -0,031122139 0,655050037 -0,047511086 0,965091861 -2,115783709 2,053539431 -2,115783709 2,053539431
Ano 1,78175E-05 0,000326706 0,054536906 0,959936111 -0,001021906 0,001057541 -0,001021906 0,001057541
Fonte: Elaboração própria do autor.
88
Tabela 30: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para homens (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,858867058
R-Quadrado 0,737652624
R-quadrado ajustado 0,650203498
Erro padrão 0,018577047
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,00291105 0,002911051 8,435220134 0,062281921
Resíduo 3 0,00103532 0,000345107
Total 4 0,00394637
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 6,267454337 2,13627693 2,933821106 0,060812668 -0,531132277 13,06604095 -0,531132277 13,06604095
Ano -0,003094483 0,00106547 -2,904345044 0,062281921 -0,006485274 0,000296308 -0,006485274 0,000296308
Fonte: Elaboração própria do autor.
89
Tabela 31: Regressão linear simples do módulo das diferenças entre as taxas de retorno, até 2015, dos regimes previdenciários no caso de
aposentadorias por idade para mulheres (Teto do INSS).
RESUMO DOS RESULTADOS
Estatística de regressão
R múltiplo 0,87961987
R-Quadrado 0,773731115
R-quadrado ajustado 0,698308154
Erro padrão 0,016817807
Observações 5
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 0,00290152 0,002901517 10,25856185 0,049222585
Resíduo 3 0,00084852 0,000282839
Total 4 0,00375003
Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0%
Interseção 6,25110407 1,93397219 3,232261612 0,048133008 0,096341419 12,40586672 0,096341419 12,40586672
Ano -0,003089412 0,00096457 -3,202898976 0,049222585 -0,006159096 -1,9728E-05 -0,006159096 -1,9728E-05
Fonte: Elaboração própria do autor.