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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica para o ano lectivo 2010/2011, leccionada pelo Dr. Paulo Peixoto.

Titulo do trabalho: Cooperação Europeia com África

Nome da aluna: Diana Filipa Vicente Gomes

Número de estudante: 2010128700

Licenciatura: 1º ano de Sociologia

Imagens da capa dísponiveis em:

Imagem 1:

http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.asinver.es/imagenes/MapaEuropaMod.gif&imgrefurl=http://www.asinver.es/Bulgaria.aspx&usg=__ThfGslEFCYcA2O6HjbJHxKQYV2E=&h=600&w=

Imagem 2:

http://www.intermundial.es/index.php/intm/informado/guia/africa

Índice

1) Introdução ............................................................................................................................. 1

2) Desenvolvimento .................................................................................................................. 3

2.1) Estado da arte ................................................................................................................. 3

2.1.1.) Cooperação para o desenvolvimento ................................................................. 5

2.1.2) Coordenação na cooperação com países politicamente frágeis. ...................... 8

2.1.3.) Ajuda Humanitária da União Europeia ............................................................. 10

2.2.) Descrição permenorizada da pesquisa ..................................................................... 12

3) Ficha de leitura ................................................................................................................... 13

4)Avaliação de uma página da Internet .................................................................................... 17

5)Conclusão ................................................................................................................................ 19

6)Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 21

Anexos

Anexo A- página web avaliada

Anexo B- texto de apoio à ficha de leitura

1 [ Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra]

1) Introdução

“Cooperação Europeia com África”, parece algo de muito complicado. Os meios de comunicação social assombram sempre o continete, é a fome, o VHI/SIDA, os conflitos populacionais, a corrupção dos governos, a dependência destes face à ajuda externa, entre outros problemas. Mas noto que hoje as notícias que saiem sobre algumas regiões de África é sobre os novos empresários que apostam nessas regiões para conseguirem alcançar algum sucesso.

Dá-me a ideia de que a comunicação social é por vezes o comando mais fácil de passar mensagens que os governos querem. Ligo esta ideia à época Salazarista em que todas as notícias passavam pelo lápis azul, hoje não há censura, há liberdade de expressão. Mas, se esta for a realidade não se pode chamar censura? Ou será o capitalismo que anda à volta de todas estas questões?

Não querendo ir por esta via mas sim tentar saber mais sobre a forma como é feita a cooperação europeia, saber as suas dificuldades, a forma como é feita ajuda a regiões tão sensíveis como as de África que vêm desde há muito tempo com o mesmo tipo de problemas e agravamentos, nomeadamente, a nível político, económico e social. Foi por estes motivos que escolhi o tema de trabalho para a discipina de Fontes de Informação Sociológica.

Depois de realizar a pesquisa para o trabalho, debrucei-me em três pontos. Na cooperação para o desenvolvimeto que a União Europeia tem nos paaíses em vias de desenvolvimento do continente africano. Na coordenação na cooperação com estes países que é extremamente importante nos projectos que estes desenvolvem junto das populações e dos governos estatais. E na politica de ajuda humanitária da União Europeia face a catástrofes ambientais e a situações de extrema pobreza.

Após considerar a análise destes conteúdos pertinentes e fundamentais, passarei para a segunda parte do trabalho onde irei descrever todo o processo de pesquisa; a realização de uma ficha de leitura utilizando como base o capítulo “Desafios e oportunidades de acção” de Sérgio Guimarães (2007) do livro Cooperação Europeia com países africanos políticamente frágeis âmbito do Acordo de Cotonou.

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Por fim procedo à avaliação da página da internet do portal da União Europeia, que fala da ajuda humanitária prestada aos países semeados de diversas dificuldades.

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2) Desenvolvimento

2.1) Estado da arte

Com a queda do muro de Berlim, inicia-se um período de profunda mutação no sistema internacional que se traduziu, ao nível da cooperação, na mudança de postura dos países industrializados face aos países em desenvolvimento.

Em virtude desta mudança e principalmente à reorientação dos interesses geoestratégicos, deixaram de ser concedidos apoios monetários incondicionais ao mesmo tempo que a comunidade interna se torna mais exigente no que diz respeito aos direitos humanos e dos príncipios democráticos, associando, deste modo questões políticas a económicas. “A dupla transição dos países africanos conduz à sua progressiva marginalização, à fragmentação do tecido social e à disseminação da conflitualidade e da instabilidade.” ( Guimarães, 2007: 13).

O aumento da violência e dos conflitos armados desviam os esforços

de desenvolvimento por parte da União Europeia (UE) a intervenções de emergência e gestão de crises. Consequentemente, o orçamento destinado à ajuda ao desenvolvimento reduz significativamente, visto que em situações de conflito ou de crise a UE está cada vez mais relutante em correr riscos, ou em explorar possibilidades de investir em formas estruturadas de cooperação.

A UE tem dedicado cada vez mais atenção a esta questão da cooperação com países cuja instabilidade política, económica e social é viciosa, tentando procurar políticas, abordagens, instrumentos e procedimentos inovadores que se possam adaptar cada vez melhor às realidades desses países.

É neste contexto que surge o Acordo de Cotonou que veio fornecer uma ligação mais forte e coerente no que diz respeito aos assuntos de desenvolvimento e de prevenção, gestão e resolução de conflitos na cooperação com os países na cooperação com países da África, Pacífico e

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Caraíbas (ACP). Os principais objectivos da Convenção são a redução da pobreza, e, a longo prazo, a sua erradicação e a integração progressiva na economia mundial, em consonância com os objectivos de desenvolvimento sustentável.

O enquadramente entre os dois continentes não ficou apenas pelo acordo Cotonou, foram surgindo novos acordos mas também se têm feito mudanças institucionais importantes, tanto a nível europeu como africano. As três cimeiras realizadas entre estes, tiveram como principal objectivo debater e apresentar propostas para o desenvolvimento e para a resolução de problemas económico-financeiros, sociais, ambientais e políticos. (Guimarães, 2010 )

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2.1.1.) Cooperação para o desenvolvimento

O Acordo de Cotonou foi assinado a 23 de Junho de 2000 e a primeira revisão deu-se em 2005 e preparou o terreno para o quadro financeiro 2007-2013 da ajuda ao desenvolvimento. O Conselho Europeu de 15-16 de Dezembro, decidiu que a cooperação geográfica com os ACP (excepto a África do Sul) não iria ser integrado no orçamento comunitário mas sim pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED).

Assim sendo o FED é o principal instrumento da ajuda comunitária e o fundo é financiado pelos Estados Membros da UE e está sujeito às suas próprias regras financeiras, sendo gerido por um comité específico. Cada FED é celebrado de cinco em cinco anos e têm coincidindo, em geral, com os acordos/ convenções de parceria. Primeiro FED: 1959-1964 Segundo FED: 1964-1970 (Convenção de Yaoundé I) Terceiro FED: 1970-1975 (Convenção de Yaoundé II) Quarto FED: 1975-1980 (Convenção de Lomé I) Quinto FED: 1980-1985 (Convenção de Lomé II) Sexto FED: 1985-1990 (Convenção de Lomé III) Sétimo FED: 1990-1995 (Convenção de Lomé IV) Oitavo FED: 1995-2000 (Convenção de Lomé IV e sua revisão IV A) Nono FED: 2000-2007 (Acordo de Cotonu) Décimo FED: 2008-2013 (Acordo de Cotonu revisto) Fonte: União Europeia Retirado no dia 16 de Novembro, dísponível em: http://europa.eu/legislation_summaries/development/overseas_countries_territories/r12102_pt.htm

O FED é composto por diversos instrumentos, designadamente as

subvenções, os capitais de risco e os empréstimos cedidos ao sector privado. Os instrumentos Stabex e Sysmin que tinham como objectivo ajudar os sectores agrícola e mineiro, respectivamente, foram retirados pelo novo Acordo de Parceria assinado em Cotonu em Junho de 2000. Este

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acordo introduziu um sistema de programação mais flexível e que dá aos Estados ACP uma maior responsabilidade.

O 9º FED dispõe de uma verba de 13,5 mil milhões de euros para o período de 2000 a 2007. Em 2005 o Concelho de Ministros ACP-CE prevê a repartição do motante condicional de mil milhões de euros para a dotação global consagrada à cooperação e integração regionais, para a facilidade de investimento e para o segundo pagamento da facilidade UE-ACP para a água. Já o 10º FED, que abrange o período compreendido entre 2008 e 2013, dispõe de uma dotação global de 22.682 milhões de euros sendo repartido com uma parte mais significativa para o orçamento dos programas regionais, realçando assim a importância da integração económica regional para o desenvolvimento nacional e local, ao qual proporciona um enquadramento base. O 10º FED cria “montantes de incentivo” para cada país.

À que referir que cada Estado Membro celebra os seus próprios acordos bilaterais e iniciativas com os países em vias de desenvolvimento que não são financiadas através do FED ou mesmo de outros fundos comunitários.

Mas a cooperação face ao desenvolvimento dos ACP passa também por iniciativas ligadas ao comércio. Em 2001, a UE criou o projecto “Everythig But Arms” (tudo excepto armas), que pôs fim aos direitos aduaneiros e aos contigentes pautais para todos os produtos vindos de países em vias de desenvolvimento do mundo. A parceria com África , contribui para o estreitamento das relações de cooperação com o objectivo de promover os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) em África e também para a integração desses países na Economia mundial. (D.R.W.A.C.P. 2010)

O objectivo da política de desenvolvimento da UE é devolver às populações dos países em vias de desenvolvimento on controlo sobre o seu próprio desenvolvimento. Isto significa o esforço da UE no combate à falta de acesso de alimentos, de água potável, à educação, à saúde, ao emprego, à terra, a serviços socias, a infra-estruturas e a um ambiente são. Significa também combater a taxa elevadíssima de doenças que esses países levantam devido à falta de medicamentos, principalmente a taxa do VIH/SIDA, que mata milhões de pessoas no continente africano.

Apoia também a promoção de estratégias de conciliação nos processos democráticos, aumentar as capacidades dos sectores público e privado e

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fomentar o respeito dos direitos humanos que ainda persistem no século XXI. (Guimarães, 2010)

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2.1.2) Coordenação na cooperação com países politicamente frágeis.

Uma coordenação efectiva e intervenção complementares são apontadas como aspectos cruciais para o bom desempenho de estratégias ao desenvolvimento de países políticamente frágeis. Neste sentido, a comunidade doadora tem desenvolvido mecanismos de partilha de informação mas têm demasiados entraves para que a coordenação seja positiva.

Os entraves estão relacionados com a diversidade de actores que tendem a satisfazer os seus próprios interesses nacionais e com o seu calendário político e económico, com a competição pela visibilidade e pela influência e com a falta de vontade que demostram para uma acção comum. As agências multilaterais e as ONG internacionais estão condicionadas pela disputa de financiamentos para as suas actividades. (Guimarães, 2010)

Para a grande maioria da comunidade internacional, a responsabilidade de coordenação deve ser assumida pelas autoridades dos países beneficiários da ajuda mas muitas das vezes isso não acontece. Esta falta de capacidade passa pela falta de pessoal e materiais técnicos especializados, pela instabilidade política, pela falta de elementos para a continuidade dos governos e pela ausência de partilha de prioridades entre os doadores e os governos beneficiários. Estes factores associados, ligados a situações de violência e conflitos, limitam a capacidade para assumirem prioridades nacionais e na coordenação externa. (Idem) “O desafio da UE em termos de coordenação passa pela capacidade de desenvolver a combinação e a sequência correcta dos instrumentos de uma forma integral e temporalmente adequada a diversos níveis: entre os instrumentos e as capacidades dísponiveis em cada pilar, entre pilares, entre os EM e as actividades da Comissão, entre a UE e os seus outros parceiros” ( Guimarães, 2007, 111).

A Política Externa de Segurança Comum (PESC) é um instrumento jurídico do título 5º do Tratado da União Europeia que implica a acção coordenada dos EM em que são utilizados todos os meios (recursos

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humanos, conhecimentos técnicos,financiamentos, etc.) para realizar os objectivos definidos pelo Conselho, com base em orientações gerais do Conselho Europeu. O relacionamento entre os EM continua a ser uma grande dificuldade na coordenação comunitária. A cooperação Europeia não passa apenas pela coordenação dos EM, passa também pela cooperação com outras organizações internacionais e regionais e com o sector não governamental. (Europa glossário s.d.)

O que acontece, quando há falta de concenso entre a comunidade internacional é que os beneficiários retiram uma imagem negativa da capacidade de actuação dos doadores e na sua credebilidade no que toca ao seu desempenho nesses países.

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bens de primeira necessidade como alimentos, medicamentos, serviços médicos, entre outros, mas também financia equipas médicas, peritos em desminagem, transportes e apoio logístico.

Para assegurar a distribuição da ajuda de emergência, a ECHO e a UE assegura o financiamento e a coordenação dessas operações em ONG que são seus parceiros, que é o caso da ONU e da Cruz Vermelha. Nas crises mais complexas confiam nas principais agências da ONU, como o Programa Alimentar Mundial ou o serviço do Alto Comissariado para os refugiados (ACNUR).

A UE dispõe de três instrumentos principais: a ajuda de emergência, a ajuda alimentar e a ajuda aos refugiados. A ajuda de emergência é feita através de quantias monetárias para permitir a esses países ou regiões a compra de bens de primeira necessidade. Já a ajuda alimentar é disponibilizada de duas formas, ou fornece regularmente alimentos a regiões atingidas pela fome ou pela seca, ou então fornece ajuda de emergência nos casos de escassez alimentar súbita ou causada por uma catástrofe ambiental ou provocada pelo homem. Ás pessoas refugiadas que fugiram dos seus países e também aquelas deslocadas nos seus países, a UE presta assistência até que a situação destas se resolva.

Estas assistências são de curto-prazo, duram cerca de seis meses correndo o risco de não haver nada que substitua a ajuda humanitária quando esta termina. Em busca de reduzir este risco, a UE solicita aos seus parceiros que, ao prepararem um projecto, incluam uma estratégia de desintervenção que lhes permita transferir o controlo da situação para uma entidade local ou para outras estruturas de ajuda que a substituam nessa fase. (E.P.U.E. 2010b)

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2.2.) Descrição permenorizada da pesquisa

Pensado o tema “ Cooperação Europeia com África” pensei em como é que iria organizar a estrutura do meu trabalho. Desse modo, comecei por realizar numa folha word tópicos que eu iria tratar. Uma vez definidos os pontos onde o meu trabalho iria incidir, comecei a minha pesquisa por duas fases: a primeira foi procurar os livros que eu poderia ter acesso e que servissem para o trabalho, a segunda foi a consulta de páginas da internet, seleccionando apenas a que eu achava pertinentes. Sendo assim, fui até à biblioteca do CES abrindo a sua página para que podesse abrir o “catálogo bibliofráfico”. Seleccionei a opção”assunto” escrevendo “Cooperação Europeia com África”. Dos vários livros que apareceram só um me interessou da autoria de Sérgio Guimarães, “A Cooperação Europeia com países africanos politicamente frágeis no Âmbito do Acordo de Cotonou” díponivel na biblioteca do CES. Consultei o livro e fotocopiei o capítulo 5, “Desafios e oportunidades de acção”, divididos por 5.1. Institucional, 5.2. Político, 5.3. Coordenação e 5.4. Actores. No que diz respeito à minha pesquisa online baseie-me em apenas em um motor de busca, o Google. Deste modo pesquisei com a expressão “cooperação europeia em África” e foram encontrados 587.000 resultados e não me interessou nada, tentei também “Europa África” com 49.600.000 resultados e “Cooperação europeia para o desnvolvimento” com 711.000 resultados e foi aí que apareceu o portal da União Europeia (www.europa.eu), onde me baseie na realização do trabalho. Fui guardando todas as ligações que me pareciam interessantes numa pasta que criei com o nome “cooperação Europeia Com África”. Depois de ter lido o capítulo do livro procurei tratar no meu trabalho a cooperação para o desenvolvimento, a coordenação na cooperação com países políticamente frágeis e a ajuda humanitária da União Europeia. Jutando as informações que li tanto no capítulo como no site da “europa.eu.”.

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3) Ficha de leitura

Título da publicação: A cooperação europeia com países africanos politicamente frágeis no âmbito do Acordo de Cotonou / Sérgio António Ferreira Guimarães.

Autor: Guimarães, Sérgio António Ferreira

Local onde se encontra: biblioteca do CES

Data da publicação:2007

Local da Edição:Lisboa

Editora: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento

Título do capítulo: Desafios e oportunidades de acção

Cota: 338 GUI 2007

Assunto: o desenvolvimento social e económico em Àfrica: análise e gestão.

Número de Páginas: 165:174

Palavras chave: União Europeia, cooperação internacional, países em desenvolvimento, Acordo Cotonou.

Data de leitura: Novembro de 2010

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Notas sobre o autor: Sérgio António Ferreira Guimarães

Não encontrei dados biográficos sobre o autor do livro.

Resumo

O autor divide o capítulo em quatro temas, Institucional, Desempenho, Coordenação e Actores, compondo cada um deles com vários sub-temas.

A mensagem que o autor deixa é que existem vários pontos que a União Europeia, apesar de reconhecer teoricamente a importância da ajuda pública ao desemvolvimento, da ajuda humanitária e da ajuda de reabilitação na cooperação com países politicamente frágeis para a construção e manutenção de condições que possam garantir a paz, tem ainda grandes problemas na aplicação destas políticas, especialmente no que diz respeito à capacidade institucional, da aplicabilidade de condicionalidades políticas, da inclusão de actores não estatais e da coordenação institucional e política com os Estados Membros e outros doadores.

Estrutura

Em primeiro lugar o autor começa por falar da instabilidade, da violência e da insegurança que persiste nos países politicamente frágeis cuja definição de uma planificação de intervenção apropriada tem que ter uma especial importância. O que se verifica no caso da União Europeia é que a sua cooperação é excessivamente centralizada, demasiado complexa e inflexível o que não lhe permite intervir de acordo com as circunstâncias no terreno. Porém a União Europeia tem um conjunto de reformas com vista a melhorar estes aspectos mas fazem parte de um plano teórico.

Refere ainda a importância das acções de curto e longo prazo serem correspondestes à realidade no terreno. Um dos conflitos centra-se em os doadores terem a tendência de imporem os seus pontos de vista nas instituições locais com poucas capacidades de acção. “Daí haja doadores que

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optem por uma abordagem mais pragmática, mantendo a cooperação com o Estado beneficiário, apesar da sua não observância dos princípios.” No que diz respeito aos recursos humanos, é necessário que as pessoas enviadas para o terreno sejam mais expecializadas, principalmente depois de a reforma prever um reforço do papel das 80 delegações europeias espalhadas pelos países receptores de ajuda.

Em segundo lugar o autor apresenta o desempenho mostrado pela Europa na cooperação com países políticamente frágeis. Refere alguns dos tratados que deram inicio formalmente aos objectivos da política de cooperação europeia, como o tratado de Maastricht (1992) e o Acordo de Cotonou. Mas as limitações do critério de desempenho são vastas, visto que os países africanos apresentam sérios problemas a nível político, económico e social, desde a ausência de instituicões políticas e económicas até às guerras cívis. Outro entrave ao desempenho é a diferenciação feita pelos países doadores em “função dos seus interesses estratégicos que se reflectem no relacionamento com diferentes Estados beneficiários da ajuda em situações semelhantes de violação dos Direitos Humanos, desrespeito pela lei, etc”. Mas também existem problemas de coordenação e coêrencia das acções dentro dos órgãos da União Europeia.

Num outro momento é referenciada a importâcia que a coordenação institucional, de políticas e instrumentos, da União Europeia e os seus Estados Membros e entre os doadores. Só assim os países beneficiários deixam de ter uma imagem negativa em “relação à capacidade de actuação dos doadores, nomeadamente no que se refere à credibilidade destes para desempenharem um papel determinante de pacificação e à capacidade de assegurarem a distribuição da informação num ambiente instável, por forma a que as suas actividades sejam consistentes com as estratégias e princípios acordados”.

O autor dá ainda importância ao entendimento e à comunicação entre grupos sociais e a promoção na sua participação na vida política, embora sejam apontados como elementos essenciais para a reconciliação social. Mas trabalhar com a sociedade civil nem sempre é a alternativa, no caso de um governo central, de governos que tenham pouca vontade ou não sejam capazes de actuar nos problemas nacionais. Refere ainda alguns problemas que se vão levantando ao longo do tempo na cooperação com estes países, muitas vezes desentralizada e com uma participação divergente. Isto quer

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dizer que a grande maioria dos doadores ajuda monetariamente e de forma directa com os governos locais, mas em muitos países politicamente frágeis a ajuda não chega às populações, sendo assim leva as autoridades internacionais a trabalhar directamente com as sociedades civis. Outra questão que se coloca prende-se com o modo que é “possivel conciliar a necessidade de reacção rápida com uma resposta relevante”. Os países doadores têm de procurar meios para apoiar o envolvimento da comunidade local e não contra este.

Por fim, o autor dá ênfase ás organizações não governamentais internacionais nas suas actuações junto das sociedades civis que apresentam vantagens no que diz respeito ao papel que têm enquanto “meio de desenvolvimento das capacidades locais, bem como na captação de recursos, uma vez que, em muitos casos, em função das regras e confiança adquirida junto dos doadores, são encaradas como o único meio através do qual se pode actuar”. Por outro lado, o excesso de programas de Organizações não Governamentais sobrecarregam as contrapartes locais, principalmente quando se ergue um novo governo de uma situação de conflito. Perante esta pressão, as organizações cumunidades e poderes locais são muitas vezes marginalizadas na definição e implementação de projectos. “Isto gera problemas de capacitação e legitimização das forças locais”. Em alguns casos estas estabelecem-se como poderes da região, originando por sua vez, conflitos com as estruturas locais no que diz respeito à soberania e à detenção dos recursos.

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4)Avaliação de uma página da Internet

Para a avaliação da página da Internet- no âmbito da unidade curricular Fontes de Informação Sociológica, leccionada pelo professor Paulo Peixoto- optei por avaliar a página do portal da União Europeia, dísponivel em: http://europa.eu/pol/hum/index_pt.htm.

O título da página “Ajuda Humanitária”, fala sobre os apoios que a União Europeia (UE) oferece a países ou regiões que sofrem com guerras ou catástrofes. Escolhi está página, mas poderia ter igualmente escolhido uma outra página do Portal da UE.

A informação contida na página é uma linguagem simples e precisa, visto que tem como propósito informar um público vasto, ou seja, qualquer pessoa pode consultar a página dísponivel online. Quem assegura a informação contida na página é a União Europeia e teve a última actualização em 11/11/2010. Sendo assim é de esperar que abranja um vasto território geográfico.

A informação da página está bem estruturada e com uma linguagem simples e objectiva e confirma-se com outras informações que tive acesso, como não era de esperar visto que é um dos domínios da União Europeia. Tem várias hiperligações que permitem fazer a ligação a outras páginas do portal, nomeadamente para outras páginas que abordem mais o tema mas também para outras páginas que embarcam por exemplo outras políticas da UE, domínios de intervenção ou até publicações e documentos. A página que estou a avaliar encontra-se nos domínios de intervenção.

A página tem cores neutras, já o texto é apresentado de uma forma bem estruturada com espaço entre os parágrafos e não tem hiperligações de publicidades. No lado esquerdo (da pessoa que observa a página), tem ligações para outras páginas do portal que reportam a outros temas e assuntos. No topo tem a língua em que o utilizador quer que as suas páginas estejam e tem outras ligações ligadas a aspectos da UE, tal como no fundo da página. O grafismo é atractivo e a leitura do texto é legível sem necessidades de esforços visuais. As imagens apresentadas dizem respeito ao tema, uma vez que tem um gráfico que apresenta a percentagem da ajuda humanitária em casos de emergência no ano de 2007 e fotografias mostram essa assistência.

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Resumindo, o sitio é importante para o meu trabalho e relaciona-se com ele. Avalio positivamente esta página por apresentar um conteúdo bastante funcional e bem organizado, pela sua fonte (a União Europeia) mas também por ser uma informação que não muda a toda a hora, ou seja, podemos consultá-la durante vários e diferentes dias que a sua informação não muda e não tem quaisquer custos no acesso ao portal.

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5)Conclusão

A cooperação com países politicamente frágeis, ou países em vias de desenvolvimento não é tarefa fácil para as entidades doadoras. Não é fácil no sentido em que os países da África subsaariana têm tido um aumento nos conflitos, na insegurança, na violação dos direitos humanos, na instabilidade crónica, no colapso económico, político e social, na dependência da ajuda externa e nos níveis cada vez mais crescentes da pobreza absoluta.

A cooperação da Europa com países africanos vem de há muito tempo, de acordos assinados e de encontros entre doadores e beneficiários, mas foi o tratado de Cotonou que estreitou esta relação. A União Europeia tem-se cada vez mais preocupado com estes países, sendo a ajuda humanitária um ponto fulcral na ajuda contra situações decadentes que muitos destes países passam, sendo os casos mais flagrantes a fome que se faz sentir e o HIV/SIDA que têm aumentado cada vez mais no continente.

Este tipo de países requer que haja uma coordenação entre os países e instituições doadoras para que os seus projectos sejam positivos e não negativos como acontece muitas vezes, as populações ficam duvidosas quanto à credibilidade destes.

É cada vez mais importante que a cooperação com países politicamente frágeis aumente por parte de todos os países em desenvolvimeto. E que, por sua vez, se preocupem em trabalhar em todos os países sem excepção e tendo em conta as suas necessidades e com uma boa coordenação.

Ao longo deste trabalho senti algumas dificuldades no que diz respeito ao processo da pesquisa e da selecção das fontes que tinha adquirido. Nas bibliotecas eram muito poucos os livros que tratavam sobre as temáticas que escolhi para o trabalho. Na internet, a grande maioria dos sites não tinha autor ou o autor não era fidedigno. Visto isto, tive alguma dificuldade em juntar material destes dois últimos pontos.

Mas o trabalho também teve aspectos positivos. Com este trabalho, para além de me ter posto mais à vontade com o tema, consegui ter uma melhor percepção do tempo que um trabalho leva a fazer e qual é a melhor forma de organizar o tempo, as fontes e a pesquisa. Foi muito importante

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para a minha vida académica, pois com esta unidade curricular aprendi coisas muito importantes, no que diz respeito a um trabalho académico.

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6) Referências Bibliográficas

Internet

Comissão Europeia Programas de Cooperação externa (2010), “Financiamento”. Página consultada no dia 22 de Novembro de 2010, dísponivel em: http://ec.europa.eu/europeaid/work/funding/index_pt.htm~

Development and relations with African, Caribbean and Pacific States (2010), “ the Cotonou agreement”. Consultado no dia 16 de Novembro de 2010, dísponivem em: http://ec.europa.eu/development/geographical/cotonouintro_en.cfm#background

Europa o portal da União Europeia (2010), “ajuda humanitária”. Consultada no dia 16 de Novembro de 2010, dísponivel em: http://europa.eu/pol/hum/index_pt.htm

Europa o portal da União Europeia (2010), “Desenvolvimento”. Página consultada no dia 22 de Novembro de 2010, dísponivel em: http://europa.eu/pol/dev/index_pt.htm

Europa glossário (s.d.), “estratégia Comum (PESC)”. Página consultada no dia 16 de Novembro de 2010, díponivel em http://europa.eu/scadplus/glossary/common_strategy_pt.htm

22 [ Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra]

Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais (s.d.), “cooperação para o Desenvolvimento e as Relações EU-África”. Consultada no dia 22 de Novembro de 2010, dísponivel em: http://www.ieei.pt/programas/post.php?id=1

NGD Plataforma Portuguesa (2010), “Cimeira UE/África marcada por apelo africano ao investimento”. Página consultada a 8 de Dezembreo de 2010, acedida em: http://www.plataformaongd.pt/noticias.aspx?info=&id=756

Livro:

Guimarães, Sérgio António Ferreira (2007), “Desafios e oportunidades de acção”, in Sérgio António Ferreira Guimarães, A cooperação europeia com países africanos politicamente frágeis no âmbito do Acordo de Cotonou. Lisboa: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, 165-174.

7) Anexos

Anexo A- página web avaliada

Anexo A- texto de apoio á ficha de leitura