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Cooperação Jurídica Internacional Matéria Civil Sâmia Cristine Farias de Albuquerque Chefe de Divisão de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Civil Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania Ministério da Justiça e Segurança Pública

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Cooperação Jurídica InternacionalMatéria Civil

Sâmia Cristine Farias de AlbuquerqueChefe de Divisão de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Civil

Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional

Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania

Ministério da Justiça e Segurança Pública

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• Designação em Acordo

• Definição do DRCI/SNJ como Autoridade

Central, sempre que não exista tratado

aplicável (CPC, Decreto 8668/2016 e

Portaria MJ/MRE 501/2012);

DRCI/SNJ - AUTORIDADE CENTRAL

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AUTORIDADE CENTRAL – Exceções à regra geral

Secretaria de Direitos Humanos - SEDH:

Convenção Interamericana sobre Restituição

Internacional de Menores (Decreto nº 1.212, de 3 de

agosto de 1994, e Decreto nº 7.256, de 04 de agosto

de 2010).

Convenção relativa à Proteção das Crianças e à

Cooperação em Matéria de Adoção internacional,

de 1993 (Decreto n. 3.087, de 21 de junho de 1999, e

Decreto nº 7.256, de 04 de agosto de 2010)

Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro

Internacional de Crianças, de 1980 (Decreto nº 3.413,

de 14 de abril de 2000, e Decreto nº 7.256,

de 04 de agosto de 2010)

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AUTORIDADE CENTRAL – Exceções à regra geral

Procuradoria-Geral da República - PGR:

Convenção sobre Prestação de Alimentos no

Estrangeiro, de 1956, (Decreto nº 56.826, de

02 de setembro de 1965)

(Auxílio Mútuo Penal – Bilateral com Portugal)

Auxílio Mútuo Penal – Bilateral com Canadá

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1. AUTORIDADE CENTRAL

2. LEGISLAÇÃO E TRATADOS

3. DIFUSÃO DA COOPERAÇÃO

4. REDES E FOROS INTERNACIONAIS

DRCI/SNJ

COOPERAÇÃO JURÍDICA – EIXOS DE ATUAÇÃO

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• BENEFÍCIOS

✓ Esclarecem o escopo e os requisitos;

✓ Dispensam procedimentos de consularização;

✓ Prevêem comunicação direta entre Autoridades Centrais,tornando a tramitação mais célere dos pedidos decooperação;

✓ Possibilitam a isenção de custos administrativos e judiciaisordinários;

✓ Dão base à realização de atos processuais que, em geral,não são cumpridos pela praxe da via diplomática, como oreconhecimento de sentenças estrangeiras, a execuçãode medidas cautelares e o auxílio direto.

Tratados de Cooperação Jurídica Internacional

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AUTORIDADE CENTRAL

– Tramitação de pedidos de Cooperação (Civil)

• Aproximadamente 800 pedidos por mês;• Busca de celeridade e efetividade;

– Checagem requisitos;

– Proposta de caminhos alternativos;

– Dicas de fluxo e de formulação;

– Solução de gargalos (ex.: endereços).

• Prestação de Alimentos – 50% dos pedidos

• Pedidos ativos (brasileiros) - 75%.

DRCI/SNJ

COOPERAÇÃO JURÍDICA – EIXOS DE ATUAÇÃO

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Cooperação Civil - Tramitação dos pedidos

Pedidos Ativos: Autoridade brasileira

requerente

DRCI

Requisitos preenchidos

Há Tratado em vigor Não há Tratado em vigor

Autoridade Central estrangeira MRE – Via diplomática

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Tramitação dos pedidos de cooperação jurídica internacional

Pedidos Passivos: Autoridade Central estrangeira ou

MRE – via diplomática

DRCI

Verificação dos requisitos formais

e medida solicitada

Auxílio Direto STJ

concessão de exequatur

Autoridade competente

para cumprimentoJustiça Federal

para cumprimento

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Cooperação Jurídica Internacional - Modalidades

Homologação de Sentença Estrangeira

Auxílio Direto

Carta Rogatória

Extradição

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Resolução n. 9 do STJ, de 4 de maio de 2005

(Hoje art. 32 CPC e Regimento Interno do STJ,art. 216-O):

“Art. 7º As cartas rogatórias podem ter por objetoatos decisórios ou não decisórios.

Parágrafo único. Os pedidos de cooperação jurídicainternacional que tiverem por objeto atos que nãoensejem juízo de delibação pelo Superior Tribunal deJustiça, ainda que denominados como carta rogatória,serão encaminhados ou devolvidos ao Ministério daJustiça para as providências necessárias aocumprimento por auxílio direto.”

Auxílio Direto

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• Auxílio Direto

OBJETO DO AUXÍLIO DIRETO:

✓ Realização de diligência de natureza administrativa; ou

✓ Decisão judicial relativa a litígio que tem lugar em Estado

estrangeiro.

Auxílio Direto

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• Auxílio Direto

MODALIDADES DE AUXÍLIO DIRETO:

A) AUXÍLIO DIRETO POR VIA JUDICIAL

• Se o pedido envolver cooperação judicial, a Autoridade Central brasileirafará o encaminhamento de sua documentação à Advocacia-Geral daUnião – AGU.[1] A AGU formulará a pretensão e exercerá a representaçãojudicial no caso, para buscar a obtenção da necessária decisão judicialjunto ao Juiz Federal de 1ª Instância competente.

[1] Em regra, a Advocacia-Geral da União é responsável pelas demandas necessárias para a consecução dospedidos de auxílio direto por via judicial em matéria civil. Não obstante, a Procuradoria-Geral da República, naConvenção de Nova Iorque sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro, de 1956, exerce essa função.

• Recebida a informação referente ao cumprimento do pedido decooperação, a Autoridade Central brasileira encaminha seus respectivosdocumentos à Autoridade Central do Estado requerente.

Auxílio Direto

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• Auxílio Direto

MODALIDADES DE AUXÍLIO DIRETO:

B) AUXÍLIO DIRETO POR VIA ADMINISTRATIVA

• Havendo um órgão administrativo competente diverso da AutoridadeCentral para o atendimento do pedido de auxílio, o pedido é enviado a estepela Autoridade Central, para cumprimento.

• Não havendo um órgão administrativo competente diverso da AutoridadeCentral para o atendimento do pedido, este é cumprido pela própriaAutoridade Central (nos casos de pedido de informação sobre localizaçãode pessoas, por exemplo, quando é possível obtê-lo junto aos bancos dedados aos quais a Autoridade Central tem acesso).

Auxílio Direto

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BASE JURÍDICA – TRATADOS MULTILATERAIS (Civil)

- Mercosul (Auxílio Jurídico, Cautelares, Assistência

Gratuita)

- OEA (Provas, Cartas Rogatórias – e Protocolo, Prova do

Direito Estrangeiro, Tráfico de Menores)

- Haia (Acesso à Justiça, Apostila, Sequestro, Adoção e

Provas)

- Haia (pendentes de ratificação)

- Citação

- Alimentos e Protocolo sobre Lei Aplicável

- Escolha de Foro

- Reconhecimento e Execução*

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Acesso à Justiça

• Convenção da Haia de Acesso Internacional à

Justiça em Matéria Civil ou Comercial

• Decreto nº 8.343, de 2014

• 27 países:

Albânia, Belarus, Bósnia Herzegovina, Bulgária,

Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha,

Estônia, Finlândia, França, Cazaquistão, Letônia,

Lituânia, Luxemburgo, Macedônia, Malta,

Marrocos, Montenegro, Países Baixos, Polônia,

República Tcheca, Romênia, Sérvia, Suécia, Suíça,

Turquia.

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Acesso à Justiça

Convenção da Haia de Acesso Internacional à

Justiça em Matéria Civil ou Comercial

• Abrange nacionais e residentes habituais

• Assistência jurídica

• Mesmas condições dadas aos nacionais

• Isenção de cauções para litigar

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BASE JURÍDICA – TRATADOS BILATERAIS (Civil)

Espanha

FrançaItália

Líbano

China

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REDES DE COOPERAÇÃO

Características:

• Informalidade;

• Complementaridade;

• Horizontalidade;

• Flexibilidade;

• Baseadas na confiança de seus

membros.

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IBER-REDE(Cúpulas Ibero-Americanas)

• Criada em 2004

• Civil e Penal

• Ministérios da Justiça, Ministérios Públicos e Judiciários

• 23 Países

REDES DE COOPERAÇÃO

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REDES DE COOPERAÇÃO

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Portaria Conjunta MJ/STJ/PGR N.º 495, de 27/02/2007.

Cria a Seção Nacional da Rede Ibero-americana de Cooperação Judicial

(IberRED).

Art. 1º Fica instituída a Seção Nacional da Rede Ibero-americana de

Cooperação Judicial (IberRED), que será integrada por dois

representantes, titular e suplente, dos seguintes órgãos: Superior Tribunal

de Justiça, Ministério Público Federal e Ministério da Justiça.

Parágrafo Único - Os membros e respectivos suplentes serão indicados

pelos titulares dos órgãos, entidades e poderes representados.

Art. 2º Caberá ao Ministério da Justiça, por meio do Departamento de

Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI),

exercer a coordenação da Seção Nacional da IberRED.

REDES DE COOPERAÇÃO

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REDES DE COOPERAÇÃO

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REDE PENAL DA OEA(Organização dos Estados Americanos)

• Rede Hemisférica de Intercâmbio de Informações para o Auxílio Jurídico Mútuo em Matéria Penal e de Extradição (Groove)

www.oas.org/juridico/mla

• Oficializada em 2004

• Apenas Penal

• Ministérios da Justiça e Ministérios Públicos

• 34 países

REDES DE COOPERAÇÃO

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OEA - PILOTO DA REDE DE FAMÍLIA E INFÂNCIA(Organização dos Estados Americanos)

• Rede de Cooperação Jurídica Hemisférica em Matéria de Família e Infância (FALCON) www.oas.org/es/sla/dlc/remja/familia.asp

• Iniciativa do DRCI remonta a 2006

• Apenas Família e Infância (alimentos?)

• Membros a definir

• Piloto: Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, ElSalvador, Espanha, Estados Unidos, Granada, México, Panamá,República Dominicana, Uruguai

REDES DE COOPERAÇÃO

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REDES DE COOPERAÇÃO

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REDES DE COOPERAÇÃO

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REDES DE COOPERAÇÃO

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REDE DA CPLP(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa )

• Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa

• Criada em novembro de 2005, na Cidade da Praia, em Cabo Verde

• Civil e Penal

• 8 Países: Angola; Brasil; Cabo Verde; Guiné-Bissau;

Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe; Timor Leste

REDES DE COOPERAÇÃO

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Alguns dados relevantes

Passivos (Civil): Os países que mais demandam do Brasil

são, respectivamente, Portugal, França, Argentina,

Alemanha, Itália, Espanha, Uruguai, Japão e EUA

(representam 84,1%).

Ativos (Civil): Os países de que o Brasil mais demanda

são Portugal, EUA, Japão, Espanha, Itália, Argentina,

Alemanha, França, Suíça e Uruguai

(representam 79,3%).

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CGCI/DRCI/SNJ

COOPERAÇÃO CIVIL – DEMANDAS

2112

19692055

2510

2067

2406

29472868

35303625

3706

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

PEDIDOS NOVOS POR ANO

2004 20072005 2006 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

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18,4%

14,3%

13,8%

9,6%

6,3%5,6%

5,5%

3,6%

3,4%

2,2%

2,2%

2,1%

1,2%

Portugal (4.799)

Japão (3.742)

EUA (3.601)

Argentina (2.503)

Itália (1.644)

Espanha 1.460

França (1.443)

Alemanha (938)

Uruguai (897)

Suíça (582)

Reino Unido (569)

Paraguai (538)

Chile (319)

Cooperação Civil por Países

Pedidos Ativos e Passivos - 2004 a 2015

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Unidades da Federação requerentes

Unidades da Federação Quantidade de pedidos

1. São Paulo 9.840 (45,3%)

2. Rio de Janeiro 3.032 (14%)

3. Rio Grande do Sul 1.741 (8%)

4. Distrito Federal 1.581 (7,3%)

5. Minas Gerais 1.288 (5,9%)

6. Paraná 867 (4%)

7. Santa Catarina 645 (3%)

8. Espírito Santo 390 (1,8%)

9. Pernambuco 282 (1,3%)

10. Ceará 274 (1,3%)

Cooperação Civil

Pedidos Ativos 2004 a 2015

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Principais Unidades da Federação requeridas

Unidades da Federação Quantidade de pedidos

1. São Paulo 1.186 (27,2%)

2. Rio de Janeiro 556 (12,8%)

3. Rio Grande do Sul 418 (9,6%)

4. Distrito Federal 313 (7,2%)

5. Minas Gerais 211 (4,8%)

6. Paraná 191 (4,4%)

7. Santa Catarina 170 (3,9%)

8. Bahia 129 (3%)

9. Ceará 86 (2%)

10. Pernambuco 78 (1,8%)

Cooperação Civil

Pedidos Passivos - 2004 a 2015

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Cooperação Civil - Pedidos Ativos

Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Civil

Pedidos Ativos

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013

TramitandoResultados NegativosResultados Positivos

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Cooperação Civil - Pedidos Passivos

Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Civil

Pedidos Passivos

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2010 2011 2012 2013

TramitandoResultados NegativosResultados Positivos

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Como preparar um pedido de

cooperação?

✓ Várias informações disponíveis em www.justica.gov.br

✓ Email para [email protected]

✓ Tel. (61) 2025 8900/2025 8919

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Convenção Interamericana - Cartas Rogatórias

(Decreto 1.898/96)Argentina+

Bolívia

Brasil+

Chile+

Colômbia+

Costa Rica

Equador+

El Salvador+

Espanha

Estados Unidos da América+

Guatemala+

Honduras

México+

Nicarágua

Panamá+

Paraguai+

Peru+

Uruguai+

Venezuela+

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Convenção Interamericana - Cartas Rogatórias

Características• Temas:

• Civil ou comercial (art. 2)

• Criminal, trabalhista, administrativo, juízos arbitrais

ou matérias de jurisdição especial - declaração

extensiva (art. 16)

• Modos de transmissão

• Autoridade Central ou via Diplomática

• Diretamente (legalizar)

• Fronteiras – Transmissão direta (?)

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Convenção Interamericana - Cartas Rogatórias

Características• Medidas (art 2):

• Comunicação de atos processuais;

• Obtenção de provas

• Reservas: EUA e Venezuela

• Denegação

• Ofensa à ordem pública

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Formulário A e BFORMULÁRIO A

CARTA ROGATÓRIA

1. ÓRGÃO JURISDICIONAL REQUERENTE: (autoridade judiciária rogante)

Nome:

Endereço:

2. AUTOS: (dados relativos à demanda principal)

3. AUTORIDADE CENTRAL REQUERENTE:

Nome: Secretaria Nacional de Justiça / Ministério da Justiça / DRCI

Endereço: SCN Quadra Bloco A, Ed. Venâncio 3.000, 2º andar, Brasília – DF, 70716-900

4. AUTORIDADE CENTRAL REQUERIDA:

Nome: Process Forwarding International - Contracting Agent for the Department of Justice

Office of International Judicial Assistance

Endereço: 633 Yesler Way, Seattle, WA 98104 - USA

5. PARTE SOLICITANTE: (dados sobre a parte requerente)

Nome:

Endereço:

6. PROCURADOR DO SOLICITANTE: (Advogado da parte requerente)

Nome:

Endereço:

7. PESSOA DESIGNADA PARA INTERVIR NO DILIGENCIAMENTO:

Nome:

Endereço:

Esta pessoa responderá por eventuais custas e despesas? SIM( ) NÃO( )

TRATADO

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FORMULÁRIO A

A autoridade que assina esta carta rogatória tem a honra de transmitir, em três vias, os documentos abaixo relacionados, conforme previsto pelo Protocolo Adicional à Convenção Interamericana sobre Cartas Rogatórias.

A solicita sua pronta notificação a:

A autoridade infra-assinada solicita que a notificação seja feita da seguinte forma:

B - Solicita a entrega dos documentos abaixo indicados à autoridade judiciária ou administrativa a seguir identificada:

Autoridade: ....................................................................................................................

C - Pede à Autoridade Central requerida que devolva à Autoridade Central requerente uma via dos documentos, abaixo enumerados, anexos a esta carta rogatória, assim como uma via autêntica do Certificado de Cumprimento – formulário C, anexo.

................................., ........ de .......................... de ............

(local e data)

....................................................... ................................................................

Assinatura e carimbo do Órgão Assinatura e carimbo da Autoridade

Jurisdicional requerente Central requerente

(juízo rogante) (Ministério da Justiça)

Título ou outra identificação de cada um dos documentos que devam ser entregues: .................................................................................................................................................................................................

TRATADO

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FORMULÁRIO B

INFORMAÇÕES ESSENCIAIS PARA O DESTINATÁRIO

Para..........................(nome e endereço do destinatário da comunicação)............................................... .............

Pela presente, comunica-se a V. Senhoria

(resumo da natureza da citação)

Acompanha este documento uma cópia da carta rogatória que motiva a notificação ou entrega destes documentos.

Esta cópia inclui informação essencial para Vossa Senhoria. Além disso, juntam-se cópias da petição com que se

iniciou o procedimento no qual se expediu a carta rogatória, dos documentos anexados à referida petição e das

decisões jurisdicionais que ordenaram a expedição da carta rogatória.

INFORMAÇÃO ADICIONAL

* I - PARA ENTREGA

O documento (original ou cópia) que lhe é entregue consiste em:

As pretensões ou a quantia do processo são as seguintes:

Nesta notificação, solicita-se a Vossa Senhoria que:

D. No caso de citação de réu, pode este contestar o pedido perante o órgão jurisdicional indicado no quadro I do modelo

A:

(indicar local, data e horário)

Vossa Senhoria é citado para comparecer na qualidade de:

Caso outras exigências sejam solicitadas ao citado, queira especificar

Caso Vossa Senhoria não compareça, as conseqüências poderiam ser: .

TRATADO

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FORMULÁRIO B

Informa-se a Vossa Senhoria que há à sua disposição advogado de ofício, ou sociedade de assistência judiciária no local

onde o processo tramita:

Mediante comprovação de necessidade e a critério do Tribunal. Um advogado de defesa será indicado.

Os documentos enumerados na Parte III são entregues a Vossa Senhoria, para seu conhecimento e defesa.

* II - PARA O CASO DE PEDIDO DE INFORMAÇÕES DE ÓRGÃO JURISDICIONAL

Para ........................................................................................................................ ............

(nome e endereço do órgão jurisdicional)

Solicita-se respeitosamente prestar ao órgão infra-assinado a seguinte informação:

.............................................................................................................................

Os documentos enumerados na Parte III são entregues a Vossa Senhoria para facilitar sua resposta.

III - LISTA DE DOCUMENTOS ANEXOS

(juntar outras folhas, se necessário)

.........................................., ........... de ........................ de ..........

(local e data)

........................................................ ..........................................................

Assinatura e carimbo do Assinatura e carimbo da

órgão jurisdicional requerente Autoridade Central

(juízo rogante) (Ministério da Justiça)

* Eliminar, se não for cabível

TRATADO

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Acordo Civil MERCOSUL, Bolívia e Chile

(Decreto 6.891/2009)

Argentina

(Bolívia)

Brasil

Chile

Paraguai

Uruguai

(Venezuela)

TRATADO

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Acordo Civil MERCOSUL, Bolívia e Chile

• Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa (art. 1º)

• Reconhecimento e execução (também penal, para

reparação de danos e restituição de bens).

TRATADO

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CARTA ROGATÓRIA – via diplomática - EXEMPLO OITIVA

1. Juízo Rogante (Endereço completo, telefone, fax):

[EXEMPLO: Juízo de Direito da Vara de Família da Comarca de Taubaté, Estado de São

Paulo, República Federativa do Brasil. Endereço: Rua Maria da Piedade, 345, Centro, Taubaté-

SP - CEP: 12.070-000 - Telefone: 12-3456.7890]

2. Juízo Rogado: Juízo Competente do(a) [EXEMPLO : Portugal]

3. Identificação da Ação:

Processo Nº: [EXEMPLO: 001.23.456789-5]

Tipo de Ação: [EXEMPLO: Reconhecimento e Dissolução de União Estável]

Partes da Ação: [EXEMPLO: Requerente: Maria da Silva / Requerido: João da Silva]

RECIPROCIDADE

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CARTA ROGATÓRIA – via diplomática - EXEMPLO OITIVA

4. Finalidade do Pedido / Descrição da Medida Solicitada:

[EXEMPLO : Oitiva da testemunha Francisco Silva, residente na Rua Floriano, 45, casa 9,

Lisboa, Portugal, para responder aos quesitos em anexo.]

5. Pessoa física ou jurídica objeto da Medida (nome e endereço):

[EXEMPLO: Francisco Silva, residente na Rua Floriano, 45, casa 9, Lisboa, Portugal.]

6. Justiça Gratuita ou Responsável pelo pagamento de eventuais custas no país requerido:

[EXEMPLO: Responsável pelas custas: Maria de Lourdes Lima, residente na Rua Silva Andrade,

45, casa 89, Lisboa, Portugal.]

Roga-se que se proceda às diligências necessárias para o integral cumprimento desta, com o que

estará prestando relevantes serviços à Justiça Brasileira e a este Juízo, garantindo a autoridade

rogante reciprocidade nos limites que a legislação brasileira e os tratados pertinentes

permitem.

RECIPROCIDADE

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CARTA ROGATÓRIA – via diplomática - EXEMPLO OITIVA

Eu, [EXEMPLO: Marcelo Morais] , [EXEMPLO: Juiz de Direito] , a conferi e subscrevo.

[EXEMPLO: Taubaté, 22 de julho de 2008]

Local e Data

Assinatura do Juiz

DOCUMENTOS ANEXOS:

[EXEMPLO : Petição Inicial - fl.1; despacho do juiz - fl.20; quesitos - fl.21]

RECIPROCIDADE

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• Caso 1:

Reconhecimento de União Estável.

Brasileira residente no Brasil busca oreconhecimento de União Estável comboliviano residente na Bolívia

Não pediu concessão do benefício da JustiçaGratuita

A) Como citar o demandado? *solicitar localização em separado

B) Como ouvir testemunha residente na Bolívia?

ESTUDO DE CASO

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• Caso 2:

Reconhecimento de Paternidade e Prestação deAlimentos.

Brasileira residente no Brasil busca pensãoalimentícia para filho de suposto pai residenteno Paraguai.

Não pediu concessão do benefício da JustiçaGratuita

A) Como citar o demandado? *endereço incorreto ou não sabido

B) Como solicitar exame de DNA?

C) Como solicitar a execução dos alimentos

ESTUDO DE CASO

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• Caso 3:

Reconhecimento de Paternidade e Prestação deAlimentos.

Brasileira residente no Brasil busca pensãoalimentícia para filho de suposto pai residenteno Estados Unidos.

Não pediu concessão do benefício da JustiçaGratuita

A) Como citar o demandado? *indispensável o endereço

B) Como solicitar exame de DNA?

C) Como solicitar a execução dos alimentos

ESTUDO DE CASO

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Sâmia Cristine Farias de Albuquerqque

Chefe de Divisão de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Civil

DRCI/SNJ/MJ

(61) 2025 8919

[email protected]

OBRIGADO!