COOPERATIVISMO UMA MODALIDADE DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

COOPERATIVISMOCOOPERATIVISMOUMA MODALIDADE UMA MODALIDADE

DA ECONOMIA DA ECONOMIA SOLIDÁRIASOLIDÁRIA

CONCEITO DE ECONOMIACONCEITO DE ECONOMIA

Economia é a ciência social que Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar)."regras da casa (lar).

Assim, quando nos referimos a uma Assim, quando nos referimos a uma pessoa dizendo que ela é econômica, pessoa dizendo que ela é econômica, estamos querendo dizer que ela é estamos querendo dizer que ela é cuidadosa no gasto de dinheiro ou na cuidadosa no gasto de dinheiro ou na utilização de materiais, ou seja, que utilização de materiais, ou seja, que ela é cuidadosa na administração de ela é cuidadosa na administração de seus recursos.seus recursos.

CONCEITO DE ECONOMIACONCEITO DE ECONOMIA

CONCEITO DE ECONOMIA CONCEITO DE ECONOMIA SOLIDÁRIASOLIDÁRIA

Economia Solidária é um jeito Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no pensando no bem de todos e no próprio bem.próprio bem.

OS PRINCÍPIOS DA OS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIAECONOMIA SOLIDÁRIA

A economia solidária vem se A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social.resposta a favor da inclusão social.

Nesse sentido, compreende-se por Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Considerando essa autogestão. Considerando essa concepção, a Economia Solidária concepção, a Economia Solidária está balizada pelos os seguintes está balizada pelos os seguintes princípios: princípios:

OS PRINCÍPIOS DA OS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIAECONOMIA SOLIDÁRIA

Princípio da CooperaçãoPrincípio da Cooperação

Prevê a existência de interesses e objetivos Prevê a existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva: Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associações (assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção, comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e consumo; grupos informais comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens etc.); clubes de trocas, Cooperativas e jovens etc.); clubes de trocas, Cooperativas e outras. Na maioria dos casos, essas outras. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam um conjunto organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais, familiares e grande de atividades individuais, familiares e coletivas. coletivas.

Princípio da AutogestãoPrincípio da Autogestão

Os/as participantes das Os/as participantes das organizações exercitam as práticas organizações exercitam as práticas participativas de autogestão dos participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses. diversos graus e interesses.

Os apoios externos, de assistência Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir assessoria, não devem substituir nem impedir o protagonismo dos nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação. verdadeiros sujeitos da ação.

Princípio da AutogestãoPrincípio da Autogestão

Princípio da Dimensão Princípio da Dimensão EconômicaEconômica

É uma das bases de motivação da É uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais. culturais, ambientais e sociais.

Princípio da Princípio da SolidariedadeSolidariedade

O caráter de solidariedade nos O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em empreendimentos é expresso em diferentes dimensões: na justa diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que alcançados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio no compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade se estabelecem com a comunidade local; local;

na participação ativa nos processos na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de de desenvolvimento sustentável de base territorial, regional e nacional; base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros nas relações com os outros movimentos sociais e populares de movimentos sociais e populares de caráter emancipatório; na caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. trabalhadores e trabalhadoras.

Princípio da Princípio da SolidariedadeSolidariedade

A Economia solidária compreende A Economia solidária compreende uma diversidade de práticas uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas econômicas e sociais organizadas sob a forma de associações, clubes sob a forma de associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação e redes de cooperação e COOPERATIVASCOOPERATIVAS, que realizam , que realizam atividades de produção de bens, atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. consumo solidário.

MODALIDADES DA MODALIDADES DA ECONOMIAECONOMIASOLIDÁRIASOLIDÁRIA

MARCO HISTÓRICO DO MARCO HISTÓRICO DO

COOPERATIVISMOCOOPERATIVISMO

A economia solidária se A economia solidária se origina na Primeira Revolução origina na Primeira Revolução Industrial, como reação dos Industrial, como reação dos artesãos expulsos dos artesãos expulsos dos mercados pelo advento da mercados pelo advento da máquina a vapor. Atraídos máquina a vapor. Atraídos pelas novas fábricas, os pelas novas fábricas, os trabalhadores do campo trabalhadores do campo migram para as cidades. migram para as cidades.

MARCO HISTÓRICOMARCO HISTÓRICO

O excesso de mão-de-obra, O excesso de mão-de-obra, resultante dessas migrações, fez resultante dessas migrações, fez com que as pessoas tivessem que se com que as pessoas tivessem que se submeter a ocupações sem o mínimo submeter a ocupações sem o mínimo de condições: jornadas de trabalho de condições: jornadas de trabalho de até 16 horas e salários de até 16 horas e salários miseráveis. Mulheres e crianças miseráveis. Mulheres e crianças também passaram a ingressar no também passaram a ingressar no mercado de trabalho em condições mercado de trabalho em condições ainda piores. Diante desses ainda piores. Diante desses desmandos era necessária construir desmandos era necessária construir uma forma de resistência à uma forma de resistência à exploração da classe trabalhadora. exploração da classe trabalhadora.


Assim surge, em 21 de dezembro de Assim surge, em 21 de dezembro de 1844, na Inglaterra, a primeira 1844, na Inglaterra, a primeira cooperativa de tecelões, com a união cooperativa de tecelões, com a união de 28 trabalhadores da tecelagem de 28 trabalhadores da tecelagem tendo entre eles uma mulher que se tendo entre eles uma mulher que se uniu para comprar em conjunto ítens uniu para comprar em conjunto ítens de primeira necessidade, como de primeira necessidade, como alimentos. Tratava-se da primeira alimentos. Tratava-se da primeira cooperativa da história e foi cooperativa da história e foi constituída sobre os seguintes constituída sobre os seguintes princípios: princípios:


-- Formação de um capital Formação de um capital social para emancipação dos social para emancipação dos trabalhadores, viabilizado trabalhadores, viabilizado pela poupança resultante da pela poupança resultante da compra comum de alimentos; compra comum de alimentos;

-- Construção ou aquisição de Construção ou aquisição de casas para os cooperados;casas para os cooperados;

Princípios da Primeira Princípios da Primeira CooperativaCooperativa

-- Criação de estabelecimentos Criação de estabelecimentos industriais e agrícolas voltados industriais e agrícolas voltados à produção de bens à produção de bens indispensáveis à classe indispensáveis à classe trabalhadora, de modo direto trabalhadora, de modo direto e a preços módicos, e a preços módicos, assegurando, assegurando, concomitantemente, trabalho concomitantemente, trabalho aos desempregados ou mal-aos desempregados ou mal-remuneradosremunerados; ;


-- Educação e campanha contra o Educação e campanha contra o alcoolismo;alcoolismo;

-- Cooperação integral, com a Cooperação integral, com a criação gradativa de núcleos de criação gradativa de núcleos de comunidades piloto de produção comunidades piloto de produção e distribuição, que seriam e distribuição, que seriam multiplicados através da multiplicados através da propaganda e do exemplo, propaganda e do exemplo, visando a fundação de novas visando a fundação de novas cooperativas. cooperativas.


Sendo assim, o movimento aparece Sendo assim, o movimento aparece como uma alternativa à exploração como uma alternativa à exploração da classe trabalhadora. Enquanto a da classe trabalhadora. Enquanto a lógica do capitalismo institui a lógica do capitalismo institui a competição, esse sistema estimula a competição, esse sistema estimula a cooperação. Cada um dos 28 cooperação. Cada um dos 28 tecelões entrou no negócio com 1 tecelões entrou no negócio com 1 Libra. Em um ano o capital da Libra. Em um ano o capital da organização chegou a 180 Libras. Em organização chegou a 180 Libras. Em uma década, a organização já uma década, a organização já contava com 1400 associados contava com 1400 associados

Com esse sucesso, a Com esse sucesso, a experiência foi difundida, experiência foi difundida, primeiramente na Europa, primeiramente na Europa, com a fundação de com a fundação de cooperativas de trabalho na cooperativas de trabalho na França e de crédito na França e de crédito na Alemanha e na Itália, depois Alemanha e na Itália, depois para o resto do mundo. Em para o resto do mundo. Em 1881 já existiam 1000 1881 já existiam 1000 cooperativas que totalizavam cooperativas que totalizavam 550 mil associados em todo 550 mil associados em todo mundo.mundo.

No Brasil o marco inicial No Brasil o marco inicial do cooperativismo é datado do cooperativismo é datado de 1847, com o movimento de 1847, com o movimento inspirado nos ideais inspirado nos ideais humanistas instalados na humanistas instalados na Colônia Tereza Cristina no Colônia Tereza Cristina no Paraná, trazido pelo médico Paraná, trazido pelo médico francês Jean Maurice.francês Jean Maurice.

Vídeo – Ação Global

Na gestão do Governador João Na gestão do Governador João Pinheiro, Minas Gerais desponta Pinheiro, Minas Gerais desponta como berço do cooperativismo no como berço do cooperativismo no setor agropecuário, quando o setor agropecuário, quando o então governador estabeleceu o então governador estabeleceu o seu programa agrícola, seu programa agrícola, priorizando a constituição de priorizando a constituição de organizações da sociedade civil, organizações da sociedade civil, como meio de se reduzir a como meio de se reduzir a intermediação nas transações intermediação nas transações comerciais, concentradas, à comerciais, concentradas, à época, em mãos de estrangeiros.época, em mãos de estrangeiros.

Conceito de CooperativaConceito de Cooperativa

As Cooperativas são As Cooperativas são sociedades de pessoas, sociedades de pessoas, com forma e jurisdição com forma e jurisdição próprias, de natureza civil, próprias, de natureza civil, constituídas com o constituídas com o objetivo de prestar objetivo de prestar serviços aos seus serviços aos seus associados. associados.

O Cooperativismo O Cooperativismo

como doutrina como doutrina

econômica:econômica:

Coloca os interesses das Coloca os interesses das pessoas acima do lucro pelo pessoas acima do lucro pelo lucro, fazendo uso dos ganhos lucro, fazendo uso dos ganhos econômicos e financeiros para o econômicos e financeiros para o bem comum dos cooperados e bem comum dos cooperados e para o fortalecimento da própria para o fortalecimento da própria entidadeentidade;;

Busca o bem comum dos Busca o bem comum dos cooperados, cooperados, proporcionando uma justa proporcionando uma justa distribuição de renda distribuição de renda auferida pela legitimidade auferida pela legitimidade de um trabalho digno;de um trabalho digno;

Defende intransigentemente Defende intransigentemente os princípios democráticos, os princípios democráticos, onde quem possui valor é o onde quem possui valor é o homem, e não o capital; homem, e não o capital; estimula o espírito de estimula o espírito de solidariedade, eliminando a solidariedade, eliminando a competição predatória do competição predatória do homem pelo homem, gerando homem pelo homem, gerando assim uma sociedade mais assim uma sociedade mais justa e harmoniosa; justa e harmoniosa;

Fomenta a autogestão e aFomenta a autogestão e a

auto educação, auto educação, indispensáveis indispensáveis

ao indivíduo.ao indivíduo.

Princípios quePrincípios que

sempre devem sempre devem existir existir

numa cooperativa:numa cooperativa:

As portas de uma cooperativa As portas de uma cooperativa devem estar sempre abertas à devem estar sempre abertas à entrada e saída de pessoas que entrada e saída de pessoas que partilham objetivos comuns, partilham objetivos comuns, bastando ao interessado que bastando ao interessado que respeite as Leis Cooperativistas, respeite as Leis Cooperativistas, o Estatuto Social e o Regimento o Estatuto Social e o Regimento Interno estabelecidos pelos seus Interno estabelecidos pelos seus associados.associados.

Princípio da Livre AdesàoPrincípio da Livre Adesào

"Um homem, um voto", diz "Um homem, um voto", diz o princípio. Independente do o princípio. Independente do número de cotas possuídas, número de cotas possuídas, cada cooperado tem direito a cada cooperado tem direito a apenas um voto - cada um apenas um voto - cada um vale pelo que é e não pelo vale pelo que é e não pelo que tem. que tem.

Princípio da Princípio da Singularidade do VotoSingularidade do Voto

Na cooperativa, as Na cooperativa, as decisões devem decisões devem representar sempre a representar sempre a vontade da maioria.vontade da maioria.

Princípio do Controle Princípio do Controle DemocráticoDemocrático

Nenhum tipo de Nenhum tipo de discriminação política, social, discriminação política, social, religiosa ou racial será aceita religiosa ou racial será aceita na cooperativa. Todos são na cooperativa. Todos são iguais.iguais.

Princípio da Princípio da NeutralidadeNeutralidade

A cooperativa não visa lucro, A cooperativa não visa lucro, pois sua principal missão é o pois sua principal missão é o benefício do cooperado. Porém, benefício do cooperado. Porém, como organização econômica, como organização econômica, tem receitas e despesas, tem receitas e despesas, podendo ter perdas ou sobras. podendo ter perdas ou sobras. As perdas poderão ser cobertas As perdas poderão ser cobertas pelos cooperados em rateio, bem pelos cooperados em rateio, bem como as sobras poderão ser como as sobras poderão ser distribuídas.distribuídas.

Princípio do Retorno das Princípio do Retorno das SobrasSobras

A realização dos princípios do A realização dos princípios do cooperativismo e dos objetivos cooperativismo e dos objetivos da cooperativa requerem da cooperativa requerem educação permanente, que as educação permanente, que as cooperativas devem prover.cooperativas devem prover.

Princípio da Educação Princípio da Educação PermanentePermanente

Como o cooperativismo é Como o cooperativismo é uma proposta social uma proposta social abrangente, cooperar com abrangente, cooperar com outras cooperativas é outras cooperativas é natural e essencial.natural e essencial.

Princípio da Cooperação Princípio da Cooperação IntercooperativaIntercooperativa

O Cooperativismo, não deve O Cooperativismo, não deve ser visto como uma solução ser visto como uma solução "mágica", e sim como uma "mágica", e sim como uma alternativa válida para o alternativa válida para o aumento da competitividade.aumento da competitividade.

Princípio da Cooperação Princípio da Cooperação IntercooperativaIntercooperativa

''Ser cooperado não ''Ser cooperado não significa ter significa ter

emprego, mas sim emprego, mas sim ter uma ter uma

oportunidade ao oportunidade ao trabalho''.trabalho''.

Diferenças entre Diferenças entre uma uma

sociedade sociedade

cooperativacooperativa e uma e uma

sociedade sociedade mercantilmercantil

SOCIEDADE COOPERATIVASOCIEDADE COOPERATIVA SOCIEDADE MERCANTILSOCIEDADE MERCANTIL

Seu objetivo é o homem Seu objetivo é o homem Seu objetivo é remunerar o sócio Seu objetivo é remunerar o sócio investidor. Lucro investidor. Lucro

O cooperado é sempre o dono e o O cooperado é sempre o dono e o usuário da sociedade usuário da sociedade

Os sócios vendem seus produtos e Os sócios vendem seus produtos e serviços a consumidores serviços a consumidores

Cada pessoa tem direito a um voto Cada pessoa tem direito a um voto Cada quota acionária tem direito a Cada quota acionária tem direito a um voto um voto

O controle é democrático O controle é democrático O controle é financeiro O controle é financeiro

É uma sociedade de pessoas que É uma sociedade de pessoas que funciona democraticamente funciona democraticamente

É uma sociedade de capital que É uma sociedade de capital que funciona hierarquicamente funciona hierarquicamente

Não existe a figura do interposto Não existe a figura do interposto Muitas vezes são os próprios Muitas vezes são os próprios interpostos interpostos

Os resultados retornam aos sócios Os resultados retornam aos sócios de forma proporcional às operações de forma proporcional às operações

Os resultados retornam aos sócios Os resultados retornam aos sócios proporcionalmente ao nº de quotas proporcionalmente ao nº de quotas

Defende preços justos Defende preços justos Defende o maior preço possível Defende o maior preço possível

Promove a integração entre as Promove a integração entre as cooperativas cooperativas

Promove a concorrência entre as Promove a concorrência entre as sociedades sociedades

Valoriza o associado e suas Valoriza o associado e suas condições de serviço condições de serviço

Contrata o trabalhador como força Contrata o trabalhador como força de trabalho de trabalho

Em resumo, a Em resumo, a cooperativacooperativa, , como mandatária de seus sócios como mandatária de seus sócios cooperados, aproxima-os da cooperados, aproxima-os da atividade econômica que atividade econômica que desejam realizar, sendo desejam realizar, sendo constituída por uma associação constituída por uma associação autônoma de pessoas que se autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações satisfazer aspirações econômicas, sociais e culturais econômicas, sociais e culturais comuns. comuns.

PASSO A PASSO PASSO A PASSO PARA CONSTRUIR PARA CONSTRUIR

UMA UMA COOPERATIVACOOPERATIVA

Importante:Importante: A orientação para a A orientação para a constituição de cooperativas deve ficar a constituição de cooperativas deve ficar a cargo do sistema OCB - Organização das cargo do sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras e as OCEs - Cooperativas Brasileiras e as OCEs - Organização das Cooperativas de cada Organização das Cooperativas de cada Estado. No caso de Minas Gerais o órgão Estado. No caso de Minas Gerais o órgão responsável é a OCEMG responsável é a OCEMG - - Sindicato e Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais, com sede à Av. do de Minas Gerais, com sede à Av. do Contorno, 5005- Bairro Serra – Fone: (31) Contorno, 5005- Bairro Serra – Fone: (31) 3227-7972 – e-mail: 3227-7972 – e-mail: [email protected], pois há uma [email protected], pois há uma legislação a ser respeitada e uma doutrina legislação a ser respeitada e uma doutrina e princípios internacionais a serem e princípios internacionais a serem seguidos, para evitar o surgimento de seguidos, para evitar o surgimento de falsas cooperativas, que frustram o quadro falsas cooperativas, que frustram o quadro social e criam inúmeros transtornos ao social e criam inúmeros transtornos ao movimento cooperativista. movimento cooperativista.

Para criar uma Para criar uma cooperativa, o grupo de cooperativa, o grupo de trabalhadores ou trabalhadores ou profissionais deve compor profissionais deve compor uma Assembléia Geral dos uma Assembléia Geral dos Sócios, seguindo os Sócios, seguindo os seguintes passos:seguintes passos:

1. Procurar a Organização das 1. Procurar a Organização das Cooperativas no seu Estado Cooperativas no seu Estado (OCEMG), para solicitar as (OCEMG), para solicitar as orientações necessárias à orientações necessárias à constituição da cooperativa, constituição da cooperativa, inclusive um modelo de estatuto e inclusive um modelo de estatuto e formulários a serem preenchidos.formulários a serem preenchidos.

Passo a PassoPasso a Passo

2. Reunir, no mínimo, 20 2. Reunir, no mínimo, 20 trabalhadores ou trabalhadores ou profissionais para constituir profissionais para constituir a cooperativa, como dispõe a cooperativa, como dispõe a a Lei n.º 5.746/71.


3. Discutir com os fundadores da 3. Discutir com os fundadores da cooperativa item por item do Estatuto cooperativa item por item do Estatuto Social, definindo à missão, os objetivos, e Social, definindo à missão, os objetivos, e às políticas de produção, comercialização às políticas de produção, comercialização ou prestação de serviços da cooperativa ou prestação de serviços da cooperativa pretendida e considerando: pretendida e considerando:

- Área de atuação e objetivo da - Área de atuação e objetivo da cooperativa.cooperativa.

- Condição de admissão, demissão e - Condição de admissão, demissão e exclusão de associados.exclusão de associados.

- Capital e valor das quotas-partes para - Capital e valor das quotas-partes para subscrição dos cooperados.subscrição dos cooperados.

- Forma de devolução das sobras líquidas - Forma de devolução das sobras líquidas e rateio das despesas.e rateio das despesas.

- Normas para a administração e a - Normas para a administração e a fiscalização da cooperativa, dentre fiscalização da cooperativa, dentre outros.outros.


4. Aprovar na primeira Assembléia 4. Aprovar na primeira Assembléia Geral dos Sócios, o Estatuto Geral dos Sócios, o Estatuto Social da cooperativa, registrar Social da cooperativa, registrar sua constituição em livro sua constituição em livro especial, e elaborar a Ata de especial, e elaborar a Ata de constituição da cooperativa, constituição da cooperativa, considerando os assuntos considerando os assuntos discutidos, e, mediante voto de discutidos, e, mediante voto de todos os participantes, aprová-la, todos os participantes, aprová-la, tomando assinatura de cada um tomando assinatura de cada um no referido documentono referido documento..


5. Encaminhar o 5. Encaminhar o Estatuto Social e a e a Ata, com , com os documentos, exigidos os documentos, exigidos pela pela Lei 5.764/1971, para , para registro na Junta Comercial registro na Junta Comercial do Estado, a fim de dar do Estado, a fim de dar prova da existência legal da prova da existência legal da cooperativa, acompanhada cooperativa, acompanhada dos seguintes documentos:dos seguintes documentos:


a)a) Xerox autenticado do CPF e RG dos diretores e Xerox autenticado do CPF e RG dos diretores e conselheiros.conselheiros.

b)b) Ficha Cadastral da Cooperativa (Ficha de Cadastro Ficha Cadastral da Cooperativa (Ficha de Cadastro Nacional de Empresas - folhas nº 1 e 2) formulário Nacional de Empresas - folhas nº 1 e 2) formulário à venda em papelarias, a ser preenchido em duas à venda em papelarias, a ser preenchido em duas vias.vias.

c)c) Ficha de Inscrição de Estabelecimento-Sede Ficha de Inscrição de Estabelecimento-Sede (CNPJ), em 3 vias, acompanhada de fotocópia do (CNPJ), em 3 vias, acompanhada de fotocópia do CPF do responsável legal perante o CNPJ. À venda CPF do responsável legal perante o CNPJ. À venda em papelarias.em papelarias.

d)d) Comprovante de pagamento do DARF em quatro Comprovante de pagamento do DARF em quatro vias, formulário à venda em papelarias.vias, formulário à venda em papelarias.

e)e) Recolhimento de taxa pelo serviço prestado pelas Recolhimento de taxa pelo serviço prestado pelas Juntas dos Estado, usando-se para isso o Juntas dos Estado, usando-se para isso o documento de arrecadação adotado pela Junta documento de arrecadação adotado pela Junta Comercial de cada Estado - GPR - Guia de Comercial de cada Estado - GPR - Guia de Recolhimento de Preços, em quatro vias. Recolhimento de Preços, em quatro vias. Formulário à venda em papelarias.Formulário à venda em papelarias.

IMPORTANTEIMPORTANTE: : Para Para encaminhar a Ata e encaminhar a Ata e Estatuto para registro, é Estatuto para registro, é necessário parecer de necessário parecer de advogado através de advogado através de assinatura e carimbo com assinatura e carimbo com o nº de OAB, nas páginas o nº de OAB, nas páginas dos documentos dos documentos

QUAIS AS VANTAGENS EM QUAIS AS VANTAGENS EM SE MONTAR UMA SE MONTAR UMA COOPERATIVA?COOPERATIVA?

Uma das questões Uma das questões levantadas é sempre levantadas é sempre relacionada a benefícios relacionada a benefícios fiscais. Talvez essa seja fiscais. Talvez essa seja uma das questões menos uma das questões menos preponderantes. preponderantes.

Do ponto de vista fiscal Do ponto de vista fiscal não há diferença entre os não há diferença entre os impostos que incidem impostos que incidem sobre produtos vendidos sobre produtos vendidos por uma cooperativa ou por uma cooperativa ou por uma empresa por uma empresa mercantil. mercantil.

Vantagens de Montar a Vantagens de Montar a CooperativaCooperativa

A diferença principal é que o A diferença principal é que o trabalho do cooperante através trabalho do cooperante através da cooperativa, no caso das da cooperativa, no caso das cooperativas de trabalho, não cooperativas de trabalho, não gera vinculo empregatício com a gera vinculo empregatício com a mesma e os produtos produzidos mesma e os produtos produzidos pelos cooperantes entregues na pelos cooperantes entregues na cooperativa também não geram cooperativa também não geram tributação, é o que se chama de tributação, é o que se chama de atos cooperativos. atos cooperativos.


A principal vantagem é a A principal vantagem é a organização do trabalho. É organização do trabalho. É possibilitar que indivíduos possibilitar que indivíduos isolados e por isso com isolados e por isso com menos condições de menos condições de enfrentar o mercado, possam enfrentar o mercado, possam aumentar sua aumentar sua competitividade e, com isso, competitividade e, com isso, melhorar sua renda ou sua melhorar sua renda ou sua condição de trabalho.condição de trabalho.


Os possíveis benefícios fiscais Os possíveis benefícios fiscais passam a ser secundários se o passam a ser secundários se o negócio coletivo for viável a negócio coletivo for viável a partir da união das pessoas.partir da união das pessoas.

Um estudo de viabilidade Um estudo de viabilidade econômica, antes do registro do econômica, antes do registro do empreendimento, permitirá ao empreendimento, permitirá ao grupo decidir se é vantajoso ou grupo decidir se é vantajoso ou não organizar uma cooperativa.não organizar uma cooperativa.


IMPOSTOSIMPOSTOS

PIS: PIS: PROGRAMA DE PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL. INTEGRAÇÃO SOCIAL.

A lei determina que 0,65% deve ser A lei determina que 0,65% deve ser descontado sobre o faturamento descontado sobre o faturamento total da cooperativa. Além disso, no total da cooperativa. Além disso, no caso de a cooperativa ter caso de a cooperativa ter funcionários contratados, deve ser funcionários contratados, deve ser descontado 1% do valor pago a estes descontado 1% do valor pago a estes funcionário - PIS sobre a folha de funcionário - PIS sobre a folha de pagamento -, o que não é comum pagamento -, o que não é comum nas cooperativas populares. nas cooperativas populares.

COFINSCOFINS - Contribuição para o - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Financiamento da Seguridade

Social.Social.

A COFINS incide sobre a receita A COFINS incide sobre a receita bruta da cooperativa, 3% sobre o bruta da cooperativa, 3% sobre o faturamento total. O seu faturamento total. O seu recolhimento é mensal. Tanto o PIS recolhimento é mensal. Tanto o PIS como a COFINS são como a COFINS são constitucionalmente (art. 194 da CF/ constitucionalmente (art. 194 da CF/ 88) destinados à seguridade social 88) destinados à seguridade social (saúde, assistência e previdência (saúde, assistência e previdência social) social)

IRRFIRRF - Imposto de Renda - Imposto de Renda Retido na Fonte. Retido na Fonte.

Para contratar os serviços de uma Para contratar os serviços de uma cooperativa, uma empresa deve cooperativa, uma empresa deve descontar 1,5% sobre o valor da nota descontar 1,5% sobre o valor da nota do serviço. Apenas as cooperativas do serviço. Apenas as cooperativas prestadoras de serviços têm esse prestadoras de serviços têm esse imposto retido na fonte. A imposto retido na fonte. A cooperativa deverá proceder ao cooperativa deverá proceder ao desconto na fonte dos valores desconto na fonte dos valores distribuídos ao cooperado, de acordo distribuídos ao cooperado, de acordo com a tabela progressiva do imposto com a tabela progressiva do imposto de renda. de renda.

IRPFIRPF – Imposto de Renda – Imposto de Renda Pessoa Física Pessoa Física

Quanto aos cooperados, se os seus Quanto aos cooperados, se os seus ganhos alcançarem as faixas ganhos alcançarem as faixas estabelecidas na tabela de Imposto estabelecidas na tabela de Imposto de Renda na fonte para pessoas de Renda na fonte para pessoas físicas, sofrerão também retenção na físicas, sofrerão também retenção na fonte; conforme se observa na fonte; conforme se observa na seguinte tabela, de acordo com o seguinte tabela, de acordo com o que estabelece a MP 340/2006 que estabelece a MP 340/2006

Base de Base de Cálculo em Cálculo em

R$ R$

Alíquota % Alíquota % Parcela a Parcela a Deduzir do Deduzir do Imposto em Imposto em

R$ R$ Até 1.372,81 Até 1.372,81 - - - -

De 1.372,82 De 1.372,82 até 2.743,25 até 2.743,25

15 15 205,92 205,92

Acima de Acima de 2.743,25 2.743,25

27,5 27,5 548,82 548,82

ICMSICMS (imposto sobre operações (imposto sobre operações relativas à circulação de relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e interestadual, intermunicipal e de comunicação) . No caso de de comunicação) . No caso de cooperativas de trabalho não há cooperativas de trabalho não há incidência, mas as cooperativas incidência, mas as cooperativas de produção, agrícolas ou de de produção, agrícolas ou de consumo pagam esse imposto consumo pagam esse imposto mediante alíquotas variadas. mediante alíquotas variadas.

O ISSO ISS incide sobre o valor dos incide sobre o valor dos serviços prestados pela serviços prestados pela cooperativa e é calculado sobre cooperativa e é calculado sobre o valor da nota fiscal, variando o valor da nota fiscal, variando de município para município. Na de município para município. Na maioria, porém, o valor recolhido maioria, porém, o valor recolhido é o correspondente a alíquota de é o correspondente a alíquota de 5% (cinco por cento) incidente 5% (cinco por cento) incidente sobre o valor do serviço sobre o valor do serviço prestado. prestado.

CONCLUSÃOCONCLUSÃO

Considerando todas as Considerando todas as características aqui citadas, a características aqui citadas, a economia solidária aponta para economia solidária aponta para uma nova lógica de uma nova lógica de desenvolvimento sustentável desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas.proteção dos ecossistemas.

Seus resultados econômicos, Seus resultados econômicos, políticos e culturais são políticos e culturais são compartilhados pelos compartilhados pelos participantes, sem distinção de participantes, sem distinção de gênero, idade e raça. Implica na gênero, idade e raça. Implica na reversão da lógica capitalista ao se reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica.finalidade da atividade econômica.

CONCLUSÃOCONCLUSÃO

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COOPERATIVISMO UMA MODALIDADE DA ECONOMIA SOLIDÁRIA