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COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
Coordenação geral do evento Dra. Sueli Pércio Quináia
Coordenação do programa de doutorado UNICENTRO
Dra. Sueli Pércio Quináia (coordenadora) Dra. Eryza Guimarães de Castro (vice coordenadora)
Dra. Yohandra Reyes Torres (vice coordenadora)
Coordenação do programa de doutorado UEL Dr. Dimas Augusto Morozin Zaia (coordenador)
Dr. Luiz Henrique Dall’Antonia (vice coordenador) Dra. Maria Cristina Solci (vice coordenadora)
Coordenação do programa de doutorado UEPG
Dra. Barbara Celânia Fiorin (coordenadora) Dr. Sergio Toshio Fujiwara (vice coordenador)
Dra. Vanessa Égea dos Anjos (vice coordenador)
Comissão avaliadora de cada área Físico Química (FQ) – Wilker Caetano
Química Analítica (QA) – Gilberto Abate Química Inorgânica (QI) – Andrelson Rinaldi
Química Orgânica (QO) – Diego Alves
Palestra de abertura (FQ) Dr. Noburo Hioka
"Terapia fotodinâmica (TFD): das ciências básicas a aplicações clínicas médicas".
Cerimonial Cristiane Antoniazzi João Paulo Niemes
COMISSÕES ORGANIZADORAS
Comissão científica, certificado e programação Camila Kulek de Andrade
Jucimara Kulek de Andrade
Site e caderno de resumos João Paulo Niemes Fernando Ratuchne
Comissão levantamento de recursos
Aline Viomar Chalder Nogueira Nunes
Cristiane Antoniazzi Luciana Erzinger Alves de Camargo
Comissão cultural
Carlos Roberto Manek Malfatti Eryza Guimarães de Castro
Filipe Quadros Mariani
Comissão da entrega do material Christiane Schineider Machado Kolc
Daniel Brustolin Ludwig Larissa Apª Corrêa Matos
Lígia Santos Pedroso
Comissão de apoio Andressa Galli
Emanuele Schwab Felipe Ianesko
Graziella Santos Portes Silva Guilherme Arielo Rodrigues Maia
Guilherme Pimpão Luciane Miranda
Mariane Dalpasquale Marieli Apª Ferreira
Neusa Delgado de Souza Sabrina Valeria Alves de Souza
Suelen Andolfatto Tamara Maria de Andrade
Verônica Nilza Olmos Yanarico
PROGRAMAÇÃO Quinta-Feira 10/09
Horário Programação
08:00 – 08:30 Recepção com entrega de materiais
08:30 – 10:00 Conferência de Abertura: Prof. Dr. Noburu Hioka (UEM)*
Coffee-Break
10:30 – 12:00 Apresentação de Pôster dos projetos discentes – 2° Ano
Almoço
Apresentações orais
13:40 – 15:00 Analítica* Físico-Química** Inorgânica***
Coffee-Break
15:20 – 16:40 Analítica* Físico-Química** Inorgânica***
16:45 – 18:00 Apresentação de Pôster dos projetos discentes – 1° Ano
20:00 Jantar de confraternização
Sexta-Feira 11/09
Apresentações orais
08:20 – 10:00 Analítica* Físico-Química** Orgânica***
Coffee-Break
10:20 – 11:00 Reunião de discentes** Reunião dos docentes do Curso***
11:00 – 12:00 Mesa redonda: Síntese Conclusiva dos resultados Técnico-Científicos dos discentes do DOQAS*
*Auditório Cedeteg
**Mini-auditório da Pós-graduação em Química
***Sala 01 da Pós-graduação em Química
Físico-Química (10-33)
Estudos estruturais das proteínas gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase de N. gruberi e alanina racemase de
T. cruzi ............................................................................................................................................................. 10 Síntese e caracterização de membranas de amido reticulado para aplicação biomédica ............................. 11 Obtenção de PPP a Partir d Benzeno Utilizando o Líquido Iônico1-Butyl-2,3-dimethylimidazolium bis-
(trifluoromethylsulfonyl) imide .......................................................................................................................... 13 Avaliação da eficácia terapêutica e toxicidade in vivo de nanopartículas poliméricas contendo anfotericina B.
......................................................................................................................................................................... 14 Síntese eletroquímica, caracterização e aplicações de copolímeros dos poli(3-alquiltiofenos) ..................... 15 Eletrodos fotovoltáicos de ZnO e Ag depositados sobre lâminas FTO ........................................................... 16 Uma Modelagem por Elementos Finitos para a Interpretação da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica
em Microeletrodos ........................................................................................................................................... 17 Avaliação da aplicação de nanocelulose para incremento de propriedades físicas na fabricação de papel. 18 Estudo da produção de óxido de zinco para aplicação em célula solar ......................................................... 19 Tratamento de superfície a base de nióbio com e sem coloração para o alumínio anodizado. ..................... 20 Preparação de heteroarquiteturas contendo óxido de grafeno, polímeros condutores e dióxido de manganês:
Aplicação em supercapacitores de alta performance. .................................................................................... 21 Investigação Sistemática da Eletrodeposição de Ni-Mn-Zn, para a Reação de Evolução de Hidrogênio em
Meio Alcalino ................................................................................................................................................... 22 Desenvolvimento de Nanopartículas de PLGA Revestidas com Quitosana Como Carreadoras de Ácido
Ferúlico ............................................................................................................................................................ 23 Interação de glicina e alanina com Goethita sob aquecimento: Um estudo de química prebiótica. ............... 24 Estudo do comportamento eletroquímico de extrato ácido de resíduo agroindustrial para o aço inoxidável AISI
304 em H2SO4. ................................................................................................................................................ 25 Nanopartículas de albumina bovina revestidas com PS80 como carreadores de anfotericina B ................... 26 Investigação teórica de materiais semicondutores multiferróicos ................................................................... 27 Desenvolvimento de catalisador sólido a base de nióbio para obtenção de biocombustíveis ....................... 28 Investigação Teórica de materiais com estrutura ilmenita para aplicações multiferróicas ............................. 29 Síntese eletroquímica e caracterização vibracional dos filmes de P3HT, CP3(HT-OT) e P3HT/PCBM e
CP3(HT-OT)/PCBM. ........................................................................................................................................ 30 Adsorção de glifosato em Goethita ................................................................................................................. 31 Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo micro e nano cápsulas com agentes
multifuncionais ................................................................................................................................................. 32 Síntese e caracterização de eletrodos a base de rGO/óxidos metálicos para aplicação na fotoeletrooxidação
de poluentes orgânicos.................................................................................................................................... 33 Química Analítica (34-58)
Análise de extratos de grãos verdes de Coffea arabica utilizando Ressonância Magnética Nuclear ............ 35 Determinação dos Coeficientes de Difusão para Selenito e Selenato em Argilominerais .............................. 36 Determinação Total e Bioacessibilidade de Íons Metálicos em Alimentos empregando Espectrometria de
Absorção Atômica ............................................................................................................................................ 37 Determinação Voltamétrica de Fármacos Psicoativos: Avaliação da Ocorrência e Destino em Ambientes
Aquáticos ......................................................................................................................................................... 38 Desenvolvimento de Dispositivos DGT empregando Biossorventes como Fase Ligante para Especiação de
Elementos Traço .............................................................................................................................................. 39 Eletrodo de diamante dopado com boro para determinação simultânea de diuron, 2,4-D e tebutiuron ........ 40 Síntese e emprego de IIP-RAM para pré-concentração direta de Cu(II) em alimentos proteicos e posterior
determinação por FAAS/TS-FF-AAS ............................................................................................................... 41 Ampliação Das Potencialidades De Polímeros Quimicamente Impressos Para Determinação De Substâncias
Psicoativas ....................................................................................................................................................... 42 Pós-tratamento de efluente de reator anaeróbio utilizando coagulação/oxidação seguida de dupla filtração 43 Remoção de compostos causadores de odor e gosto em água potável com utilização de técnicas combinadas
em sistemas de tratamento de águas ............................................................................................................. 44 Pesquisa rápida de antidepressivos residuais em lodo de estação de tratamento de esgoto empregando
CLAE-UV ......................................................................................................................................................... 45 Otimização e validação de metodologias analíticas para a determinação de minerais em geleia real, pólen
apícola e alcachofra por FAAS ........................................................................................................................ 46 Especiação de Antimônio Empregando Extração por Ponto Nuvem e Absorção Atômica ............................ 47 Síntese e Caracterização de Polímeros para Extração de Imazetapir em Meio Aquoso ............................... 48 Teores Naturais dos Elementos Metálicos em Solos não Poluídos do Estado do Paraná ............................. 49
Desenvolvimento de métodos de DMSPE/SPE-magnética associado a CPE para a pré-
concentração/especiação redox de crômio e selênio ..................................................................................... 50 Avaliação do Comportamento e Nimesulida em Águas Naturais empregando Voltametria ........................... 51 Análise de pesticidas em águas superficiais ................................................................................................... 52 Análise de Fitohormônios de Café Arábica em Diferentes Etapas do Ciclo Fenológico do Cafeeiro ............. 53 Síntese, Caracterização e Aplicação de Adsorventes Poliméricos para Pré-Concentração de Herbicidas e
Posterior Determinação por HPLC-DAD ......................................................................................................... 54 Tratamento em reator facultativo de lodo ativado gerado pela indústria de alimentos ................................... 55 Adaptação de metodologia analítica de extração de pesticidas organoclorados em peixe utilizando como
detector CG-MS ............................................................................................................................................... 56 Determinação de Pb, Cd e Ni em Amostras Biológicas de Bovinos para o Biomonitoramento Ambiental .... 57 Potenciais aplicações da espectroscopia NIR e cromatografia no estudo da qualidade do café ................... 58 Química Inorgânica (59-82)
Efeito da adição de FeO, Al2O3 e ZnO na fase vítrea no desenvolvimento microestrutural e propriedades
mecânicas de porcelanas triaxiais. .................................................................................................................. 60 Estudos das propriedades estruturais e eletroquímicas do compósito eletroativo Lap_CoO(OH) ................. 61 Síntese do α-MoO3 obtido por método solvotérmico de baixo custo .............................................................. 62 Degradação Fotocalítica de poluentes emergentes empregando TiO2 imobilizado em acetato de celulose . 63 Síntese e caracterização de um novo material híbrido orgânico- inorgânico aplicado na modificação de
eletrodos eletroquímicos.................................................................................................................................. 64 Desenvolvimento de Sensores e Biossensores Eletroquímicos utilizando diferentes metodologias de
preparação ....................................................................................................................................................... 65 Desenvolvimento de Imunossensor Impedanciométrico Label-Frre para a detecção de doenças parasitárias
endêmicas ....................................................................................................................................................... 66 Síntese e caracterização do óxido de cobre II pelo método dos precursores poliméricos ............................. 67 Simulação da reação de transesterificação utilizando catalisadores inorgânicos: aplicação do método de
elementos finitos .............................................................................................................................................. 68 Modificação de argilas com fotocatalisadores para degradação de efluentes industriais. ............................. 69 Materiais Multifuncionais Baseados em Compósitos de Polímeros Condutores e Óxidos Inorgânicos ......... 70 Síntese e Caracterização de Óxidos Magnéticos ........................................................................................... 71 Resistência oferecida pelo filme formado durante a difusão de sódio e potássio em biossólidos ................. 72 Síntese e caracterização de complexo de Rutênio-areno contendo ligante 2-aminoetilpiridina..................... 73 Preparação e caracterização de eletrodos compósitos de carbono cerâmico modificados com óxido de
estanho ............................................................................................................................................................ 74 Aplicação de catalisadores inorgânicos homogêneos e heterogêneos na obtenção de biodiesel: influência na
estabilidade oxidativa. ..................................................................................................................................... 75 Sorção-Dessorção de Ag, Se e Sb em materiais com potencial para pré- concentração de contaminantes
inorgânicos emergentes .................................................................................................................................. 76 Óxidos de Ferro Derivados de Pó de Ferro e Ácidos Minerais: Identificação e Aplicação ............................. 77 Estudo colorimétrico de pigmentos inorgânicos sintéticos a base de alumínio e pectina cítrica obtidos por
diferentes métodos de preparação .................................................................................................................. 78 Modelagem da difusão multicomponente de espécies inorgânicas em batata pré-cozida. ............................ 79 Preparação e caracterização de filmes LbL de PANI-GA e nanopartículas de prata estabilizadas em amido.
......................................................................................................................................................................... 80 Partículas de Hidróxido de Níquel - Ni(OH)2: Comportamento térmico (TG-DTG-DTA) ................................. 81 O emprego de surfactantes na formação de filmes automontados com Sipy+Cl- e Ftalocianina Tetrasulfonada
de Níquel ......................................................................................................................................................... 82 Química Orgânica (83-100)
Análise Espectroscópica de Grãos e Sementes Oleaginosas através de RMN e RPE para Avaliação do Teor
de Óleo, Radicais Livres e Compostos Organometálicos. .............................................................................. 84 Regiosseletividade da abertura de epóxidos terminais por silil-enóis éteres: Síntese de centros quaternários
benzílicos ......................................................................................................................................................... 86 Validação de método cromatográfico CLAE-DAD para a determinação compostos fenólicos em própolis
brasileira. ......................................................................................................................................................... 87 Desenvolvimento de Nanopartículas à Base de Caseína e Curcumina Decoradas com Quitosana.............. 88 Estudo da potencialidade de processos oxidativos avançados para remediação de águas contaminadas por
contraceptivos .................................................................................................................................................. 89 Derivatização da beta-glucana botriosferana e avaliação do seu potencial de aplicações. ........................... 90 Efeito da administração crônica de Baccharis dracunculifolia e glucana em modelo de diabetes tipo I. ....... 91
Lacases Fúngicas na Biotransformação de Compostos Orgânicos ............................................................... 92 Fermentação de diferentes matérias primas e acompanhamento do perfil químico, análise do teor de fenólicos
e atividade antioxidante. .................................................................................................................................. 93 Aproveitamento da Glicerina da Indústria do Biodiesel e do Óleo Fúsel da Indústria Sucroalcooleira .......... 94 Desenvolvimento tecnológico e avaliação de nanopartículas de de albumina bovina contendo curcumina. . 95 Estudo do mecanismo de ação citotóxica do peptídeo β-amilóide por metabolômica baseada em RMN. .... 96 Metabólitos secundários de Baccharis trimera: reação do acetato de carquejila com LiAlH4 e análise dos
ácidos cafeoilquínicos por CLAE. .................................................................................................................... 97 Desenvolvimento e Avaliação de um Sistema Nanoestruturado de Disseleneto de Difenila ......................... 98 Desenvolvimento de Nanopartículas de Albumina Contendo Melatonina ...................................................... 99 Síntese, caracterização e estudo teórico de amido modificado e sua aplicação em eletrodos de pasta de
carbono. ......................................................................................................................................................... 100 Síntese e avaliação da relação entre estrutura e atividade de tioureias e guanidinas como inibidores de
Urease. .......................................................................................................................................................... 101
ÍNDICE DE AUTORES 102
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 10
FQ 1
Estudos estruturais das proteínas gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase
de N. gruberi e alanina racemase de T. cruzi
Agnes T. P. Machado1 (PG)*, Marcio Silva2 (PQ) e Jorge Iulek1 (PQ).
1Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Palavras Chave: Estudos estruturais, cristalização, reenovelamento in vitro.
Introdução
A proteína Gliceraldeído 3-fosfato
desidrogenase de Naegleria gruberi (NgGAPDH)
desempenha papel central no metabolismo da via
glicolítica. A determinação da estrutura
tridimensional desta proteína contribuirá para
estudos de evolução do ponto de vista estrutural,
considerando a relação do metabolismo com o de
demais grupos basais1. Por sua vez, a Alanina
racemases de Trypanosoma cruzi (TcAr) participa de
uma das vias metabólicas energéticas para
obtenção de energia, o que a torna potencial alvo
terapêutico2.
Resultados e Discussão
- Expressão, purificação e cristalização da
NgGAPDH.
Após testes das condições de expressão em
E. coli, determinou-se a melhor para obter a
NgGAPDH expressa na fração solúvel. A purificação
foi realizada em duas etapas de cromatografia: a
primeira por afinidade a níquel da qual o pico
correspondente à proteína que, após clivagem da
cauda His-tag, foi levado à segunda, por exclusão de
tamanho. Dialisou-se contra o tampão 20 mM tris-HCl
pH 8,0, 500 mM NaCl e 25 mM NAD+ e realizaram-
se os ensaios de cristalização pelo método de gota
suspensa. Após 3 dias, foi possível observar cristais
de NgGAPDH (Figura 1a). Os cristais foram
submetidos à difração de raios X, sendo possível
obter quatro conjuntos de dados, dentre eles, o de
melhor resolução a 1.94 Å (Figura 1b).
Figura 1: a) Cristalização da NgGAPDH, b) padrão
de difração.
a) b)
- Superexpressão, purificação e reenovelamento in
vitro da proteína TcAr.
Após várias tentativas, com mudanças de
protocolos de expressão e purificação, a proteína
TcAr foi obtida em grande quantidade na fração
insolúvel. Entretanto, para os estudos estruturais e
cinéticos, é necessário que a proteína esteja solúvel.
A fração insolúvel da proteína (a partir dos corpos de
inclusão) foi solubilizada em solução tampão
contendo 8 mol L-1 de ureia. Após a desnaturação,
desenvolveu-se um protocolo de reenovelamento in
vitro, com vários passos de diálise para a retirada
gradual da ureia. Para confirmar a atividade da
proteína após o reenovelamento, realizou-se o
ensaio de atividade, que mostrou a proteína ativa.
Dados de dicroísmo circular revelaram alta
percentagem de estruturas secundárias presentes na
proteína reenovelada. O teste de desnaturação
térmica indicou que esta proteína é resistente a alta
temperatura, característica para as alaninas
racemases.
Conclusões
Com o conjunto de dados de difração de
raios X de NgGAPDH será possível obter a estrutura
tridimensional para as comparações do ponto de
vista de evolução deste protozoário. Os dados de
dicroísmo e ensaio de atividade revelaram o sucesso
de reenovelamento in vitro da TcAr, contribuição
importante para estudos cinéticos.
Agradecimentos
Instituto Nacional de Biotecnologia Estrutural e Química
Medicinal (INBEQMeDI), membro dos Institutos Brasileiros
de Ciência e Tecnologia (INCT, consórcio de CNPq,
FAPESP, e o Ministério da Saúde, 573607/2008-7 and
08/57910-0) e CAPES.
1Opperdoes, F.R., De Jonckheere, J.F. and Tielens, A.G.M. International Journal for Parasitology 2011, 9, 924. 2Silber, A. M., W. Colli, et al. Curr Drug Targets Infect Disord. 2005, 53-64.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 11
FQ 2
Síntese e caracterização de membranas de amido reticulado para
aplicação biomédica
Aline Merci (PG)1*, Gizilene M. de Carvalho (PQ)1.
1Universidade Estadual de Londrina – Departamento de Química Caixa Postal 10.011 – 86057-970 Londrina – PR.
Palavras Chave: Biopolímeros, adesivo transdérmico.
Introdução
Os fármacos podem ser administrados sob a forma de adesivos transdérmicos entregando-os a uma taxa controlada e pré-determinada através da pele1. A utilização de materiais de fontes renováveis como o amido para a produção de tais dispositivos tem recebido atenção dos pesquisadores, entretanto, suas propriedades físico-químicas precisam ser melhoradas para aprimorar esta aplicação2. A incorporação do gluconato de clorexidina nestas membranas de amido reticulado com trimetafosfato é um material que apresenta potencial para utilização em tratamento de feridas cutâneas. Os objetivos do trabalho são sintetizar e caracterizar membranas de amido reticulado contendo clorexidina através do processo ‘casting’ e estudar a liberação do anti-séptico in vitro.
Metodologia
As membranas serão sintetizadas pelo método ‘casting’, através da plastificação com o glicerol, reticulação com trimetafosfato trisódico (TMFT) e incorporação da clorexidina, onde serão estudados os fatores que influenciam nas suas produções como concentração de amido, glicerol, TMFT e tempo de agitação. As membranas controles serão sintetizadas com proporções de amido e glicerol de 3, 5 e 10%; e 10 e 15%, respectivamente. A dispersão do amido será feita em água destilada a temperatura ambiente, e passará por aquecimento, em banho-maria, e agitação magnética a 70 ºC por 30 min, em seguida, será adicionado o glicerol. Para as membranas reticuladas o processo inicial será o mesmo para as controle, após, a plastificação com o glicerol, será adicionado sulfato de sódio a 4%, e o sistema passará para outro banho a 45 °C, o pH será ajustado para 9,5 e será adicionado TMFT nas proporções de 15, 22,5 e 30%; o tempo vão ser de 2, 4 e 12 horas. Após o tempo de agitação, o pH será ajustado para 6, e será vertida em placas acrílicas e secas a 70 ºC por 6 horas em estufa. Posterior a secagem as
amostras das membranas serão armazenadas em estuda DBO a 25 ºC e UR 58%. Para a produção das membranas de amido contendo clorexidina o procedimento será o mesmo, sendo que a solução de clorexidina em diferentes concentrações será adicionada após o pH ser ajustado para 6 e a agitação será mantida por diferentes tempos a serem determinados. A caracterização destas membranas irá permitir determinar suas propriedades físico-químicas, térmicas, mecânicas e de barreira. Estas propriedades serão verificadas através das técnicas de microscopia eletrônica de varredura (MEV), infravermelho com transformada de Fourrier (FT-IR), análise termogravimétrica (TGA), calorimetria diferencial exploratória (DSC); propriedades mecânicas; solubilidade, índice de absorção de água (IAA), permeabilidade ao vapor de água (PVA).
A avaliação da liberação in vitro do fármaco será realizada por estudos cinéticos. O estudo de atividade antimicrobiana será realizado por inibição de halo por método a ser definido3. As propriedades das membranas sintetizadas neste trabalho serão comparadas com as propriedades de adesivos similares disponíveis no mercado.
Resultados Esperados
Por intermédio deste trabalho espera-se obter membranas de amido e glicerol reticulados com trimetafosfato trisódico (TMFT) incorporados com clorexidina, que apresentem propriedades adequadas para utilização como biocurativos.
Agradecimentos
CAPES e Cnpq.
___________________ 1 Roberts, M. S. CLIN EXP PHARMACOL P. 1997, 24, 874. 2 Satyam, G.; Shivani, S.; Shivam, G.; Shobhit, J.; Sanjeev, V.; Arvind, K. IJBPR. 2010, 1, 2. 3Ostrosky, E. A.; Mizumoto, M. K.; Lima, M. E. L.; Kaneko, T. M.; Nishikawa, S. O.; Freitas, B. R. REV. BRAS. FARMACOGN 2008, 18,
2.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 12
FQ-3
Estudo da aplicação de misturas de óxido TiO2 e Nb2O5 em DSSC
Aline Viomar1* (PG), Guilherme A. R. Maia1 (PG), Fernando R. Scremin1 (PQ), Augusto C. Antunes2 (PQ),
Paulo R. P. Rodrigues1 (PQ)
1Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO/Campus CEDETEG – Rua Simeão Varela de Sá, n3, Vila Carli,
Guarapuava/PR.
2Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG/Campus Uvaranas – Av. General Carlos Cavalcanti, 4748,
Uvaranas, Ponta Grossa/PR
Palavras Chave: nanotecnologia, sustentabilidade, energia renovável, pechini, energia solar
Introdução
O desenvolvimento de partículas nanométricas de
óxidos metálicos é um desafio na produção de
dispositivos fotovoltaicos com alta eficiência de
conversão de energia1. Neste contexto, o Nb2O5 é
promissor por apresentar band gap largo, que
minimiza efeitos de recombinação em células solares
sensibilizadas por corante (DSSC)2, além de ser
abundante no Brasil. O objetivo deste trabalho é
avaliar o desempenho de DSSC’s produzidas com
mistura de óxidos TiO2 e Nb2O5
Resultados e Discussão
As partículas de Nb2O5 foram obtidas pelo método
Pechini utilizando como precursor metálico o
complexo amoniacal de nióbio, fornecido pela
CBMM. Após obtenção da resina polimérica
procedeu-se a queima da mesma a 600 oC por 2
horas. A caracterização estrutural foi feita por DRX e
é apresentada na Figura 1.
Figura 1. Difratograma obtido para a amostra de
Nb2O5 obtida pelo método Pechini.
O espectro apresentado da Figura 1 corresponde ao
Nb2O5-T com estrutura otorrombica, ficha PDF01-
071-0336. O tamanho de cristalito estimado por
Scherrer foi de 40 nm.
A eficiência da célula solar montada em sanduíche
foi obtida sob incidência de luz com potência de 100
mW/cm2 a partir de curvas de j-v. Foram feitas
misturas de óxidos em diferentes porcentagens
(m/m) e comparadas com o TiO2 puro e
sensibilizadas com corante N719. Os resultados são
apresentados na Figura 2.
Figura 2. Curvas j-v para DSSC’s de TiO2 e misturas
de TiO2 e 2, 5 e 10 % (m/m) de Nb2O5 as respectivas
eficiências de conversão.
Nota-se na Figura 2 que as células que contem nióbio
apresentaram potencial de circuito aberto (Eoc) mais
alto em relação a célula de TiO2 devido sugerindo
que processos de recombinação foram minimizados.
A eficiência de conversão mais alta foi constatada
para a célula contendo 2% de Nb2O5.
Conclusões
DSSC’s produzidas com Nb2O5 apresentam maiores
valores de Eoc. A mistura de TiO2+2% de Nb2O5 na
célula aumenta a eficiência de conversão.
Agradecimentos
Á CAPES, ao CNPq, a Finep, a Unicentro.
____________________ 1Katoh, R. et.al. Journal Of Physical Chemistry B. 2004, 108, 4818.
2Sayama, K.; Sugihara, H.; Arakawa, H. Chem. Mater., 1998, 10,3825.
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,90
1
2
3
4
5
6
7
= 0,78 %
= 0,94 %
= 2,22 %
j/m
Acm
-2
E/V
TiO2
TiO2 + 2% Nb
2O
5
TiO2 + 5% Nb
2O
5
TiO2 + 10% Nb
2O
5 = 1,84 %
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 13
FQ 4
Obtenção de PPP a Partir d Benzeno Utilizando o Líquido Iônico1-Butyl-
2,3-dimethylimidazolium bis-(trifluoromethylsulfonyl) imide
Cibeli May Arévalos Villalba1 (PG)*, Fábio Santana (PQ)1, Jarem Raul Garcia (PQ)1.
1Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.
Palavras Chave: benzeno, liquído iônico, acetonitrila, polímeros.
Introdução
O primeiro polímero p-fenileno (PPP) foi sintetizado em 1966 1, ele pode ser obtido por reações orgânicas ou eletroquímicas, a partir do benzeno, polipirrol ou do p-terfenil 2. Reações de eletropolimerização para obtenção de filmes PPP a partir do benzeno foram realizadas em 1986, eram realizadas em meios ácidos fortes e em altos potenciais. Atualmente tem-se obtido filmes de PPP em potenciais mais baixos por meio da utilização de trifluoreto de boro dietil eteroato (BFEE) juntamente com p-terfenil3. Também estão sendo obtidos excelentes filmes por meio da utilização de líquidos iônicos, como eletrólitos, nas sínteses. Os polímeros condutores possuem diversas aplicações, uma das principais é em células solares. O objetivo deste trabalho foi obter o polímero PPP utilizando como solvente/eletrólito o líquido iônico 1-Butyl-2,3-dimethylimidazolium bis (trifluoromethylsulfonyl) imide, 99%. Os polímeros foram obtidos por meio de voltametria cíclica, usando-se como eletrodo, contra-eletrodo e eletrodo de trabalho fios de platina, tendo como referência de potencial o ferrocianeto. O polímero obtido foi comparado com o PPP obtido em acetonitrila/TBAP, que é muito discutido na literatura. As sínteses ocorreram na faixa de - 0,5-2,0 v para o PPP obtido usando líquido iônico e - 0,5-2,5 v para o PPP obtido com acetonitrila/TBAP, ambos a 50 mV/s. As voltametrias foram repetidas para ambos substituindo-se o eletrodo de trabalho (fio de platina) por ITO.
Resultados e Discussão
Os voltamogramas obtidos se encontram na figura 1,
nota-se que a oxidação usando o líquido iônico se
inicia em potenciais menos positivos. Esta
observação indica um processo de transferência de
carga mais rápido em meio de líquido iônico
comparativamente ao sistema ACN/TBAP, porém no
sistema ACN/TBAP. Figura 1. Voltamogramas cíclicos de um eletrodo de
platina para obtenção de PPP utilizando-se líquido iônico
dissolvido em benzeno, comparado com PPP obtido em ACN/TBAP, taxa de varredura 50 mV/s.
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0.0000
0.0001
0.0002
0.0003
Co
rre
nte
(A
)
Potencial/[Fe(CN)6]-4 (v)
PPP-ACN/TBAP
PPP-Líquido iônico
Quando a eletropolimerização do PPP foi realizada sobre superfície de ITO (resultado não mostrado) observou-se que o início da oxidação do benzeno também ocorre em potenciais menos negativos no líquido iônico, entretanto, em potenciais mais positivos a oxidação atinge valores de correntes mais altos no sistema ACN/TBAP do que no líquido iônico. Este fato pode estar relacionado à alta viscosidade do líquido iônico e a menor atividade catalítica da superfície de ITO.
Conclusões
Foi possível obter PPP utilizando-se como sovente/eletrólito líquido iônico, sendo que este possui a vantagem de formar polímeros em potenciais menos positivos.
Agradecimentos Dr. Fábio Santana, à UEPG, à CAPES, CNPq. _________________ 1 Goldenberg, L.M. Lacaze, P.C. Synthetic Metals. 1993, 58 (3), 271-293. 2 Soares, J. C. et al. Materials Research. 2014, 17 (2), 332-337. 3 Zhou, W. et al. Journal of Applied Polymer Science. 2010, 117, 2688-2694.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 14
FQ 5
Avaliação da eficácia terapêutica e toxicidade in vivo de nanopartículas
poliméricas contendo anfotericina B.
*Daniel Brustolin Ludwig1(PG), Najeh Maissar Khalil1(PQ), Rubiana Mara Mainardes1(PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), CEP: 85040-080, Guarapuava, Paraná, Brasil.
Palavras Chave: Anfotericina B, nanopartícula, citotoxicidade, candidíase
Introdução
Infecções fúngicas invasivas são causa de aumento de morbidade e mortalidade em pacientes com enfermidades críticas e imunocomprometidos1.
Dentre as principais espécies causadoras de infecções fúngicas sistêmicas, encontram-se as do gênero Candida2. Uma droga disponível, a anfotericina B (AFB), macrolídeo pertencente à classe dos polienos, é amplamente utilizada no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas3. A AFB possui diversos problemas em relação à eficácia terapêutica por possuir alta toxicidade renal, hepática, hematológica e cardíaca4. Também possui baixa solubilidade aquosa e aumento da toxicidade pela formação de agregados5. A nanotecnologia farmacêutica compreende a pesquisa e desenvolvimento de sistemas nanoestruturados tendo como importante aplicação o desenvolvimento de sistemas de carreamento e liberação de fármacos, com o intuito de melhorar a eficácia terapêutica dos mesmos6. Desta maneira, o presente projeto propõe o desenvolvimento tecnológico, caracterização e avaliação de nanopartículas poliméricas contendo AFB, com o objetivo de reduzir sua toxicidade e melhorar sua eficácia terapêutica.
Resultados e Discussão
A presente proposta visa o desenvolvimento de nanopartículas poliméricas compostas por ácido polilático (PLA) contendo AFB e a realização do ensaio de eficácia e toxicidade in vivo em ratos, bem como a avaliação da citotoxicidade sobre hemácias ex vivo e atividade antifúngica in vitro. Tendo como princípio o desenvolvimento de uma nova formulação farmacêutica para veiculação de AFB que apresente propriedades físico-químicas superiores e toxicidade reduzida. Os resultados iniciais para desenvolvimento das nanopartículas pelo método do nanospray drier não apresentaram-se satisfatórios pois as nanopartículas de AFB e PLA apresentaram um diâmetro médio de 11 μm e um índice de polidispersão de 0,634. Novas tentativas foram realizadas alterando o polímero utilizado, desta vez utilizando a albumina. O diâmetro médio reduziu, passando para um tamanho de 7 μm, porém, este
não é um resultado satisfatório pois neste caso também o índice de polidispersão se manteve alto, 0,547, além de as nanopartículas estarem que tamanho micrométrico e não nanométrico.
Conclusões
O desenvolvimento destas nanopartículas depende de ajustes na técnica de preparo das mesmas e a escolha do melhor polímero, podendo ocorrer a alteração do método utilizado para preparo.
Agradecimentos
CNPq, UNICENTRO e Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica.
____________________
1Sipsas, V. N.; Kontoyiannis, P. D. Int J Antimicrob Ag. 2012, 39, 464. 2Leroy, O.; Gangneux, J. P.; Montravers, P.; Mira, J. P.; Gouin, F.; Sollet, J. P. Crit Care Med. 2009, 37, 1612. 3Pappas, P. G.; Kauffman, C. A.; Andes, D.; Benjamin, JR, D. K.; Calandra, T. F.; Edwards, JR, J. E. Clin Infect Dis. 2009, 48, 503. 4Annaloro, C.; Olivares, C.; Usardi, P.; Onida, F.; Della Volpe, A. J Antimicrob Chemother. 2009, 63, 625. 5Nahar, M.; Mishra, D.; Dubey, V.; Jain, N. K. Nanomedicine. 2008, 4, 252. 6Shaffer, C. Drug Discov Today. 2005, 10, 1581.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 15
FQ 6
Síntese eletroquímica, caracterização e aplicações de copolímeros dos
poli(3-alquiltiofenos)
Danielly Cristina Bento1(PG)*, Henrique de Santana1(PQ).
1 Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, 86051-990, Londrina, PR, Brasil.
Palavras Chave: Poli(3-alquiltiofenos), Copolímeros Condutores, Raman, Impedância Eletroquímica.
Introdução
O estudo em torno da geração de energia elétrica a
partir de células fotovoltaicas orgânicas (OPVs) tem
crescido de forma significativa. Os poli(3-
alquiltiofenos) (P3ATs) por serem altamente
fotossensível e por apresentarem em sua estrutura
espécies como cátion radical e dicátion podem ser
doadores de elétron do tipo-p em camada ativa nas
OPVs1,2. Assim esse trabalho apresenta o estudo da
influencia das espécies cátion radical e dicátion, nos
processos de resistência de transferência de carga
(RTC) nos P3ATs e nos seus copolímeros, por meio
da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica
(EIS) e Raman.
Resultados e Discussão
Na Figura 1 estão apresentados os diagramas de
Nyquist e Bode-Fase dos filmes de poli(3-
metiltiofeno) (P3MT), poli(3-hexiltiofeno) (P3HT) e do
copolímero sintetizado eletroquimicamente entre
eles CP3(MT-HT).
Figura 1. Diagramas de Nyquist (a) e Bode-Fase (b) do P3MT (□), P3HT (Δ) e CP3(MT-HT) (●) depositados sobre ITO em 0,100mol L-1 de LiClO4/ACN.
Nos diagramas de Nyquist foi observada a
diminuição no diâmetro do semicírculo do CP3(MT-
HT) demonstrando a diminuição da RTC com a
copolimerização. Nos diagramas de Bode-Fase são
observadas duas constantes de fase referente à
contribuição da condução polarônica e bipolarônica.
Na Figura 2 é apresentado o espectro Raman
deconvoluído do copolímero CP3(MT-HT).
Figura 2. Deconvolução espectro Raman do
CP3(MT-HT). Radiação 532 nm.
Na deconvolução Raman foi observada uma banda
intensa em 1460 cm-1 referente à estabilização da
espécie cátion radical proveniente do P3HT na matriz
polimérica do CP3(MT-HT).
Conclusões
O CP3(MT-HT) apresentou uma menor RTC, sendo
essa influenciada pela condução polarônica e
bipolarônica. E por espectroscopia Raman a menor
RTC foi relacionada a estabilização da espécie cátion
radical na matriz do copolímero.
Agradecimentos
A CAPEs e ao Laboratório de Espectroscopia da
Central de Multiusuários da PROPPG/UEL.
____________________ 1 Bento, D. C.; Maia, E. C. R.; Cervantes, T. N. M., Olivat, C. A., Louarn, G.; De Santana, H. J. Mater. Sci.: Mater. Electron. 2015, 26, 149. 2 Chen, L-M.; Hong, Z.; Li, G.; Yang, Y. Adv. Mater. (Weinheim, Ger.) 2009, 21, 1434.
(a) (b)
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 16
FQ 7
Eletrodos fotovoltáicos de ZnO e Ag depositados sobre lâminas FTO
Edson Archela* (PG), Luiz Henrique Dall’Antonia (PQ), José Luiz dos Santos Neto (IC).
Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, Laboratório de Eletroquímica e Materiais
Palavras Chave: semicondutores, nanopartículas, óxido de zinco
Introdução
A demanda crescente por energia elétrica e o
decréscimo dos reservatórios de carvão e petróleo
têm incentivado pesquisas para produção energética
eficiente e de fontes renováveis. Energia solar é uma
opção a ser considerada já que a energia incidida por
este sobre a Terra excede, em abundância, a
demanda energética atual1 (Prado 2008). Células
solares baseadas em elementos semicondutores são
baseadas na excitação eletrônica através da
incidência de radiação eletromagnética. Nas células
sensibilizadas por corante (DSSC) um óxido de metal
semicondutor tem a função de transporte de cargas,
oriunda da excitação do corante, aderido a este. Esta
cama de óxido deve possuir grande extensão de área
ativa, alta porosidade e transferência eficiente de
carga2. O óxido de zinco é bastante utilizado nas
DSSCs por possuir boa mobilidade elétrica e tempo
de vida, para o elétron excitado. O presente teste visa
estudar a deposição do óxido de zinco utilizando
partículas de prata com o objetivo de diminuir o
bandgap deste, melhorando sua interação com
corantes orgânicos.
Resultados e Discussão
Os filmes de ZnO:Ag foram preparados por três
etapas, sobre lâminas de vidro recobertas com filme
de óxido de estanho dopadas com flúor (FTO). Na
primeira etapa o óxido de zinco foi eletrodepositado
através de aplicação de corrente constante,
calcinado; em seguida, uma deposição de
nanopartículas de prata foi realizada por SILAR
(successive ionic layer adsorption and reaction); e
nova deposição de zinco realizada, seguida de outra
calcinação.
A fotocorrente dos filmes foi avaliada por meio da
incidência de radiação eletromagnética na região do
ultravioleta cujos dados são apresentados na Figura1
para filmes dopados com prata e apenas com óxido
de zinco.
0,0 0,5 1,0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Re
sp
osta
Am
pe
rom
étr
ica
(
A/c
m2)
WE(1).Potential (V)
ZnO
ZnO:Ag
Figura 1. Comparação da resposta amperométrica de filmes de óxido de zinco dopados com prata e não dopados. Voltametria linear com velocidade de varredura de 5 mV.s-1 em solução de sulfato de sódio
É possível observar um aumento de 1,77 vezes na
resposta amperométrica, quando este contem prata
como dopante.
Conclusões
A presença de prata no filme de óxido de zinco influi
positivamente na fotocorrente dos filmes testados por
auxiliar no transporte dos elétrons gerados durante a
absorção da radiação eletromagnética incidida.
Agradecimentos
Ao Laboratório de Eletroquímica e Materiais da
Universidade Estadual de Londrina.
____________________
1Lucilha, Adriana Campano. Fotoeletrodos de ZnO: métodos de deposição, caracterização e aplicação em fotoeletrocatálise. 2015. 170 fls. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2015. 2Prado, D. A.; Fabricação e caracterização de uma célula solar à partir do polímero poli (N-vinilcarbazol) PVK dopado com perclorato de lítio. 2008. 74 p. Dissertação (Mestrado – Engenharia Elétrica). Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos. Universidade de São Paulo. São Paulo.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 17
FQ 8
Uma Modelagem por Elementos Finitos para a Interpretação da
Espectroscopia de Impedância Eletroquímica em Microeletrodos
Evaldo Batista Carneiro Neto1 (PG)*, Mauro Chierici Lopes1 (PQ).
1Departamento de Química – UNICENTRO, Guarapuava – PR – Brasil.
Palavras Chave: Espectroscopia de Impedância Eletroquímica, Método dos Elementos Finitos,
Eletroquímica Computacional, Microeletrodos.
Introdução
As simulações consistem da solução pelo
método dos elementos finitos1 (FEM) do conjunto de
equações Nernst-Planck-Poisson1-3 em uma
geometria esférica unidimensional. A descrição da
dupla camada elétrica (EDL) está fundamentada nos
trabalhos de He et al4 e Streeter e Compton5.
Neste trabalho, através da simulação da
técnica de espectroscopia de impedância
eletroquímica (EIS), apresentamos um estudo
conjunto dos efeitos do tamanho do eletrodo (re) e da
constante padrão de velocidade para o processo
eletroquímico (k0) no diagrama de Nyquist.
Resultados e Discussão
Fenômenos eletroquímicos muito rápidos
fazem com que a componente difusional surja
mesmo nas freqüências mais altas (Figura 1).
Figura 1. Diagrama de Nyquist para um macroeletrodo (re=1 mm) com diferentes k0: (○) 10-4 cm s-1 e (●) 10-2 cm s-1.
Entretanto, em microeletrodos a limitação
difusional possui efeito pouco significativo
considerando-se o intervalo de freqüências analisado
(10-3 à 105 Hz) e amplitude do sinal sinusoidal de
potencial (5 mV) atribuído3, logo, para esta
geometria, as simulações das mesmas reações
mostram que o processo eletroquímico tem efeito
dominante no comportamento do diagrama de
Nyquist (Figura 2).
Figura 2. Diagrama de Nyquist para um microeletrodo (re=10 µm) com diferentes k0: (□) 10-4 cm s-1 e (∆) 10-2 cm s-1.
Conclusões
As simulações demonstraram que o modelo
proposto descreve tanto macroeletrodos quanto
microeletrodos.
Se comparados aos macroeletrodos, os
microeletrodos permitem o estudo de fenômenos
eletroquímicos com constantes de velocidade
maiores2-6.
Agradecimentos
À Capes pela concessão da bolsa de estudos.
____________________
1 Britz, D. Digital Simulation in Electrochemistry, Springer-Verlag, New York, 2005. 2 Bard, A. J. e Faulkner, L. R. Electrochemical Methods Fundamentals and Applications, Wiley, New York, 2001. 3 Tribollet, B. e Ozarem M. Electrochemical Impedance Spectroscopy, Wiley, New Jersey, 2001. 4 He, R., Chen, S., Yang, F., e Wu, B. J. Phys. Chem. B, 2006, 110, 3262–70. 5 Streeter, I., e Compton, R. G. J. Phys. Chem. C, 2008, 112, 13716-28. 6 Chen, S., e Liu, Y. PCCP, 2014, 16, 635-652.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 18
FQ 9
Avaliação da aplicação de nanocelulose para incremento de propriedades físicas na fabricação de papel.
*Geraldo de Aguiar Coelho1* (PG), Palloma Amaressa Costa Cortez2 (IC), Jarem Raul Garcia1 (PQ). *[email protected]
1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Departamento de Química - Ponta Grossa, PR. 2Senai de Telêmaco Borba – Serviços Técnicos e Inovação – Telêmaco
Borba, PR
Palavras Chave: Nanocelulose, papel, propriedades físicas, celulose nanocristalina,
Introdução
Atualmente a reciclagem de papel fornece
considerável matéria-prima para a indústria
papeleira, na ordem de 56,6%.
É sabido que reciclagem reduz as resistências
físicas das fibras, pois passaram por tratamentos de
refinação, secagem e redesfibramento, que alteram
suas características morfológicas e físicas.
Desta forma, para que seja possível a reutilização
de tais fibras para papéis mais nobres, deve-se
incrementar suas resistências. Uma alternativa que
agora desponta é o uso de nanocelulose na
constituição dos papeis.
Resultados e Discussão
Tabela 1. Resultados em percentagem de acréscimo
(em negativo redução) observado nas propriedades
ensaiadas, comparado ao branco.
Adiç
ão (
%)
Espessura
Densid
ade
Apare
nte
Perm
eância
ao
ar
Resis
tência
Tra
ção
Resis
tência
ao
Rasgo
Resis
tência
ao
Arr
ebenta
me
nto
3 -1,06 2,33 -31,52 17,41 7,35 3,57
6 -12,34 11,63 -66,20 34,89 11,76 18,75
9 -15,43 13,95 -79,29 40,88 13,24 30,36
A Tabela 1 mostra que com o incremento de
nanocelulose na composição das folhas houve maior
densidade do papel obtido, confirmado pela redução
da espessura do papel para a mesma gramatura (no
caso, 100g/m²). Isso pode ser explicado em parte
pela redução de fibras adicionadas à formação e pela
melhor união entre as fibras proporcionado pelas
microfibrilas e nanocelulose adicionada. Isso se
traduz em menores espaços de armazenamento para
o papel produzido e menor espaço ocupado para
transportes.
A redução da permeância ao ar (Tabela 1) deve-se
ao acomodamento das nanoceluloses entre as fibras
com consequente redução de espaços vazios. Dessa
forma o ar tem menos espaços por onde fluir através
da estrutura do papel. Essa menor permeabilidade
diminui o volume de tinta necessário para
recobrimento do papel e impressão.
Foi observado o incremento na resistência à tração
ao rasgo e ao arrebentamento. Esses aumentos
podem ser creditados à melhor interação entre as
fibras, intermediada pelas microfibrilas e
nanoceluloses adicionadas. As nanofibras ao se
posicionarem nos interstícios interfibrilares fornecem
mais pontos de ligações hidrogênios e com isto a
estrutura do papel se torna mais forte.
Conclusões
As propriedades físicas do papel espessura e
permeância tiveram seus valores reduzidos.
As resistências à tração, ao rasgo e ao
arrebentamento e também a densidade foram
aumentadas com adição de nanocelulose.
A adição de nanocelulose e nanofibras na
fabricação do papel é uma alternativa técnica viável
para incremento de propriedades físicas importantes.
Agradecimentos
Agradeço ao Senai de Telêmaco Borba e à Universidade Federal do Paraná pela cedência dos equipamentos para realização dos ensaios físicos e experimentos. À Palloma Cortez pela colaboração no desenvolvimento do trabalho.
____________________
1Coelho, G.A., Comparação da fotodegradação catalítica (TiO2) do efluente de branqueamento de polpa kraft com uso de radiação visível ou ultravioleta, Dissertação, UFPR, 2011. 2Cortez, P. A. C. - Produção de nanocelulose e aplicação em folhas de celulose – Trabalho conclusão de curso, FATEB 2015.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 19
FQ 10
Estudo da produção de óxido de zinco para aplicação em célula solar
Guilherme Arielo Rodrigues Maia (PG)1*, Letícia Fernanda Gonçalves Larsson (IC)1, Aline Viomar1(PG),
Fernando Reinoldo Scremin (PQ)¹, Augusto Celso Antunes2 (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues1(PQ).
1 Universidade do Centro Oeste – UNICENTRO, Grupo de Pesquisa em Eletroquímica e Biocombustíveis- GPEL,
Departamento de Química, CEP 85040-080, Guarapuava – PR. 2 Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG/ Campus Uvaranas, Departamento de Química, CEP 84030-900, Ponta
Grossa - PR.
Palavras Chave: energia solar, delineamento experimental, sustentabilidade.
Introdução
O ZnO nanoestruturado contém características físico-químicas importantes para utilização em células solares. A padronização e regularidade das dimensões das partículas nanométricas é de difícil obtenção, fatores como: natureza do ânion do sal precursor, temperatura de reação e quantidade de água podem interferir no tamanho das partículas. O objetivo é estudar a influência das variáveis do processo de síntese das nanopartículas de ZnO, visando a aplicação em células solares.
Resultados e Discussão
Foi aplicado delineamento fatorial incompleto Box-
Behnken (33), de acordo com o método de co-
precipitação, para as três variáveis: concentração de
Zn(NO3)2 (mol L-1), temperatura do meio reacional
(°C) e tempo de reação (h).
Figura 1. Curvas de contorno para o tamanho médio das partículas de ZnO (nm) fixando-se a variável Zn(NO3)2 em 0,05 g L-1.
A Figura 1 mostra que em uma concentração de Zn(NO3)2 igual a 0,05 mol L-1, tempo de reação de 16 h e temperatura de 80 ºC, o menor valor para o tamanho de partícula de ZnO mostrado pelo modelo, foi de um de 200 nm. O espectro Raman (figura 2) obtido mostra que o pico principal é o E2High em 437 cm−1, conhecido como o modo de fônons ópticos de Raman ativo, que é o modo característico da fase hexagonal wurtzita do ZnO, sendo o pico relativo a movimentação de Zn na rede.
Figura 2. Espectroscopia Raman para as partículas de ZnO.
Conclusões
O delineamento utilizando as curvas de contorno
mostrou ser eficiente como estratégia para encontrar
os valores ideais das variáveis do processo de
produção de ZnO nanoestruturado. De acordo com a
espectroscopia Raman o método se mostrou
eficiente na preparação do ZnO nanométrico e
cristalino.
Agradecimentos
À CAPES, ao CNPq, à Finep, à Fundação Araucária
e ao Laboratório de Espectroscopia da Central de
Multiusuários da PROPPG da UEL.
__________________ 1Mayrinck, C.; Raphael, E.; Ferrari, J. L.; Schiavon, M. A., Rev. Virtual de química, 2014, 6, 5, 1185-1204. 2Maia, G.A.R., Antunes, S.R.M., Weirich-Neto, P. H., Borba, S., Coppo, R.L., Borsato, D., Acta. Scie. Technology, 2014, 36, 4, 699-705. 3Mohajerani, M.S., Mazloumi, M., Lak, A., Kajbafvala, A., Zanganeh, S., Sadrnezhaad, S.K., Journal of Crystal Growth, 2008, 310, 3621.
200 400 600 800 1000 12000
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Inte
nsi
dad
e (u
.a)
Deslocamento Raman (cm-1)
232
332
437
546 580
1047
1153662
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 20
FQ 11
Tratamento de superfície a base de nióbio com e sem coloração para o
alumínio anodizado.
Guilherme J. T. Alves (PG)1* e Paulo R. P. Rodrigues (PQ)1.
1Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO.
Palavras Chave: anodização, corrosão, inibidor.
Introdução
A anodização é uma técnica que desenvolve um
revestimento de conversão e é um dos tratamentos
de superfície mais empregados industrialmente. A
camada anódica formada tem a característica de ser
porosa e permite a absorção de diversos compostos,
tais como corantes. Com o devido controle dos
parâmetros do processo, pode-se obter uma camada
colorida com alta resistência à corrosão aliada a
economia de energia e reagentes1. Na camada
anódica porosa formada na anodização também
pode ser inserido alguns metais, como o nióbio, que
promovem a regeneração da camada protetora2. O
presente trabalho tem como principal proposta a
utilização de compostos de nióbio e corantes em
diferentes ligas de alumínio previamente anodizadas
para ser empregado como tratamento de superfície.
Metodologia e discussão
Para o desenvolvimento do trabalho serão utilizadas
diferentes ligas de alumínio, as quais são
empregadas na indústria aeronáutica e naval. Assim,
os meios escolhidos para o estudo serão o sulfato
(Na2SO4) e o cloreto (NaCl).
Após o polimento das peças de alumínio, o processo
de anodização será realizado em meio ácido com
temperatura fixada em 35°C por banho termostático.
As variáveis t e j serão otimizadas e estudadas por
meio de planejamento fatorial para cada liga
utilizada, tendo como resposta a resistência de
polarização. Os experimentos com melhores
respostas serão utilizados para tratamento com
corante e nióbio. Será elaborado então, um segundo
planejamento fatorial com as variáveis: concentração
de nióbio e de corante com a resposta sendo o
potencial de transpassivação, que mostra a
resistência do metal nos diferentes meios estudados.
Para caracterização eletroquímica serão utilizadas
as técnicas de potencial de circuito aberto,
polarização potenciostática anódica e catódica e
impedância. Já para a caracterização morfológica
serão utilizadas as técnicas de microscopia
eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de
energia dispersiva, espectroscopia Raman e
microscopia óptica.
A figura 1 mostra as imagens geradas por MEV dos
nanoporos do alumínio obtidos por anodização3.
Figura 1. Imagens geradas por microscopia eletrônica de varredura dos nanoporos do alumínio formados com (A) 20 minutos e (B) 40 minutos de anodização3. Aumento de 30.000 x.
As imagens de MEV da figura 1 mostra os nanoporos
formados pela anodização do alumínio. Nestes é
possível a inserção dos corantes e íons metálicos. No
desenvolvimento deste trabalho, é esperado obter
nanoporos com diâmetro entre 50 e 100 nm.
Considerações finais
Com a otimização dos os parâmetros do processo
para formação da camada anódica colorida com
nióbio será possível a elaboração de um novo
processo de tratamento de superfície para o
alumínio.
Agradecimentos
Ao CNPq, CAPES e UNICENTRO.
____________________ 1Alves, G. J. T. et al. Optimization of aluminum anodizing and coloring process employing organic pigment. Materials Science Forum. 2015, 805, 137. 2 Nazemi, A. Najafian, A. Sadjadi, S. A. S. Aluminium oxide nanowires synthesis from high purity aluminium film via two-step anodization. Superlattices and Microstructures. 2015, 81, 1. 3 Tussolini, M. et al. Planejamento experimental no estudo eletroquímico de camadas de óxido de nióbio em liga de alumínio 3003. Cerâmica. 2014, 60, 417.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 21
FQ 12
10 20 30 40 50 60 70
0
200
400
600
800
1000
-MnO2 sintetizado
-MnO2 PDF (44-0141)
2 / Graus
Inte
nsid
ade (
u.a
.)
A
4000 3500 3000 25002000 1500 1000 500
Tra
nsm
itância
(%
)
Número de onda (cm-1)
-MnO2
B
Mn-O
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
In
ten
sid
ad
e (
u.a
.)
OG
OG/-MnO2
Deslocamento Raman (cm-1)
D
G
2D
- MnO2
Preparação de heteroarquiteturas contendo óxido de grafeno, polímeros condutores e dióxido de manganês: Aplicação em supercapacitores de alta performance.
Gustavo Marciniuk1(PG)*, Ariane Ribas1(IC), Jarem Raul Garcia1(PQ)
1 Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
Palavras Chave: Óxido de Grafeno, α-MnO2, supercapacitores.
Introdução
Recentemente, supercapacitores tem recebido
grande atenção no campo do armazenamento
eletroquímico de energia, devido a sua alta
densidade de potência e longa vida cíclica. Óxidos de
manganês, como o MnO2, têm sido considerados os
óxidos de metais de transição mais promissores para
a próxima geração destes dispositivos, devido à sua
alta capacitância teórica (1370Fg-1), baixo custo,
reduzido impacto ambiental e abundância natural,
desde que apresentem estrutura cristalográfica
funcional. Uma das maiores limitações atuais é a
obtenção do MnO2 de uma estrutura cristalográfica
otimizada que esteja eficientemente suportada em
uma matriz de alta área superficial, facilitando os
processos faradaicos que originam a capacitância.
Dessa maneira, o presente trabalho refere-se à
síntese efetiva do α-MnO2 sobre uma matriz de óxido
de grafeno (OG) não reduzido para uma futura
aplicação como eletrodo de supercapacitor. O
processo consiste basicamente na oxidação do
precursor Mn2+ com KMnO4 sobre a matriz de OG,
produzindo OG/MnO2. A mistura é então transferida
para um reator de teflon e mantida a 160º por 12
horas. O α-MnO2 sem a presença de OG também foi
sintetizado.
Resultados e Discussão A caracterização dos materiais sintetizados foi realizada por DRX, FTIR, FEG e Raman, permitindo identificar e comparar as características estruturais e morfológicas do compósito com seus componentes individuais.
Figura 1. (a) Difratograma do α-MnO2 sintetizado e α-MnO2 PDF 44-0141; (b) Espectro de infravermelho do α-MnO2.
Figura 2. Imagens de FEG (a) α-MnO2 (b) binário
OG/α-MnO2, ambos a 25Kx.
Figura 3. (a) Espectro de deslocamento Raman do
α-MnO2 e binário OG/α-MNO2.
Conclusões
Os resultados apresentados pela caracterização estrutural do compósito evidenciam a formação do compósito de óxido de grafeno contendo a fase α de MnO2, amplamente desejável para aplicação em supercapacitores devido principalmente ao otimizado mecanismo de inserção e extração de íons da sua estrutura pela formação de túneis de magnitude 2x2. Demais caracterizações estruturais e eletroquímicas estão sendo realizadas e serão futuramente apresentadas.
Agradecimentos
____________________
Zhang, X. et al, J.Cr.Growt 2008, 310, 716. Devaraj, S., Munichandraiah, N. J. Phys. Chem. C 2008, 112, 4406. Cetinkaya, T. et al, Microeletronic Engineering 2014, 126, 54.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 22
FQ 13
Investigação Sistemática da Eletrodeposição de Ni-Mn-Zn, para a Reação
de Evolução de Hidrogênio em Meio Alcalino
Hélcio Marcos Vileski1 (PG)*, Mauro Chierici Lopes1 (PQ).
1Departamento de Química - UNICENTRO, Guarapuava - PR – Brasil.
Palavras Chave Eletrodeposição,voltametria linear, Ni, Zn, Mn.
Introdução
Atualmente o Brasil vêm enfrentando uma crise
energética, uma tendência mundial, ocasionada
através dos avanços da tecnologia. Onde sempre há
uma necessidade de uma densidade energética cada
vez maior.
Formas limpas de geração de energia são fontes
de pesquisas, entre elas a reação de evolução de
hidrogênio (HER). Ligas constituídas de Ni são
promissoras para a eletrocatálise da HER, entretanto
o sobrepontencial para evolução de hidrogênio em
ligas de Ni, ainda é relativamente alto comparado a
Pt1,2.
A busca de uma liga metálica ou mesmo amorfa, que
possua características vantajosas com custo
relativamente baixos para a evolução de hidrogênio,
utilizando a menor energia possível pode se tornar o
futuro energético limpo e renovável, a contribuição
através deste trabalho é obter uma liga ternária de
Ni-Mn-Zn, através da co-eletrodeposição, em um
banho contendo estes três metais, onde
posteriormente parte do zinco será dissolvido da liga,
método conhecido como “Raney”, aumentando a
área superficial e possivelmente aumentará a
atividade eletrocatalítica.
Resultados e Discussão
Figura 1. Cronopotenciometria realizada com o banho composto por NiSO4 (0,0646mol.L-1), MnSO4 (0,132mol.L-
1), ZnSO4 (0,0185mol.L-1), (NH4)2SO4 (0,227mol.L-1), tiouréia (0,236mol.L-1) e ácido ascórbico (0,0045mol.L-1), pH de 3,7 e temperatura de 30ºC. Eletrodo de trabalho uma placa de platina 0,5cm² e contra-eletrodo uma placa com 2cm², com carga constante de 0,471C.
(a) (b)
Figura 2. a) medida em EDS – percentual superficial
da liga em diferentes densidades de correntes. b)
medidas de EAA – percentual em massa da liga em
diferentes densidades de correntes.
Conclusões
Na deposição da liga Ni-Mn-Zn aumenta a
quantidade em massa de Mn, com o aumento da
evolução de hidrogênio. O aumento de evolução de
hidrogênio na deposição ocorre em potencias mais
catódicos.
De acordo com medidas de EDS e EAA, mostrou que
tem um percentual superficial maior de Zn, entretanto
em relação a massa total da liga o percentual ainda
é maior de níquel.
Agradecimentos
Capes, Unicentro, Doutorado Associado em Química
UEL/UEPG/UNICENTRO, LINE.
____________________
1 - MARINI, S. et al. Advanced alkaline water electrolysis. Jounal Electrochimica Acta. 2012. 2 - Cardona, I. H.; Ortega, E. e Herranz, V. P. Electrochimica Acta. 2011, 56, 1308–1315.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 23
FQ 14
Desenvolvimento de Nanopartículas de PLGA Revestidas com Quitosana
Como Carreadoras de Ácido Ferúlico
Isabela Angeli de Lima*,1 (PG), Najeh Naissar Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ).
1Laboratório de Nanotecnologia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava - PR.
Palavras Chave: nanopartículas poliméricas, PLGA, ácido ferúlico, quitosana, sistema de liberação de fármacos.
Introdução
O ácido trans-ferúlico (FA) é um polifenol encontrado
ligado a parede celular de uma grande variedade de
vegetais. Apresenta atividade antioxidante,
antitumoral, antitrombótica, antiviral, imunoprotetora,
microbiológica e protetora contra a radiação
ultravioleta.1,2 Porém este composto exibe algumas
limitações, como um tempo de meia vida reduzido,
uma baixa solubilidade em água, instabilidades
contra a oxidação e uma limitada absorção celular.1,3
Para contornar esses problemas relacionados à
administração medicamentosa do FA, a liberação
modificada de fármacos a partir de nanopartículas
poliméricas pode ser uma alternativa. Estas
propiciam uma liberação sítio-específica do
composto ativo, pois permitem a incorporação em
sua superfície de ligantes peculiares às células alvo.
Deste modo, os efeitos adversos ao organismo, o
número e concentração de doses necessárias de
administração são reduzidos, o que proporciona uma
maior adesão farmacoterapêutica do paciente.4
O tamanho nanométrico das nanopartículas permite
uma maior captação intracelular nas células alvo,
principalmente em células tumorais.4 Além disso,
dependendo dos materiais poliméricos utilizados, os
sistemas nanoparticulados podem atravessar
membranas biológicas e possibilitar que o ativo não
seja opsonizado e fagocitado pelo sistema
mononuclear fagocítico.5
Polímeros biodegradáveis são bastante utilizados em
aplicações biomédicas devido a sua
biocompatibilidade e atotoxicidade ao organismo.4
Os poliésteres, como o poli (l-láctico-co ácido
glicólico) (PLGA), permitem alta estabilidade em
fluídos biológicos e boas propriedades mecânicas.
Sendo portanto, um bom material para uso em
sistemas de liberação controlada e prolongada. O
biopolímero quitosana apresenta natureza muco-
adesiva, e o consequente aumento do tempo de
retenção das formas farmacêuticas no trato
gastrointestinal, possibilita uma melhora na
biodisponibilidade da droga.6
De forma a se obter uma melhor eficácia terapêutica
na administração oral de FA, nanopartículas de
PLGA revestidas com quitosana contendo FA serão
produzidas. Estas deverão ser caracterizadas físico-
química e biologicamente.
Resultados e Discussão
Espera-se obter uma produção tecnologicamente
viável de nanopartículas de PLGA revestidas com
quitosana como nanocarreadoras de FA. A partir da
avaliação das propriedades físico-químicas,
liberação in vitro e farmacocinética em ratos, almeja-
se obter um sistema de liberação adequado para a
administração oral do FA. Além disso pretende-se
conhecer as propriedades terapêuticas das
nanopartículas produzidas quanto a sua atividade
antitumoral, antifúngica e antioxidante.
Agradecimentos
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico e à Fundação Araucária.
____________________
1Kim, H. J.; Ryu, K.; Kang, J. H.; Choi, A. J.; Kim, T. I.; Oh, J. M. ScientificWorldJournal. 2013, Article ID 421967. 2Lima, E.; Flores, J.; Cruz, A. S.; Leyva-Gomez, G.; Krotzsch, E. Microporous and Mesoporous Materials. 2013, 181, 1. 3Zhou, Y.; Hua, S.; Yu, J. H.; Dong, P.; Liu, F. J.; Hua, D. B. Journal of Materials Chemistry B. 2015, 3, 15, 2931. 4Wu, C.; Jim, T. F.; Gan, Z.; Zhao, Y.; Wang, S. Polymer. 2000, 41, 10, 3593. 5Li, J.; Zhang, Y.; Chen, J.; Wang, C.; Lang, M. Journal of Macromolecular Science, Part A. 2009, 46, 11, 1103. 6Sarmento, B.; Ribeiro, A.; Veiga, F.; Sampaio, P.; Neufeld, R.; Ferreira, D. Pharmaceutical Research. 2007, 24, 12, 2198.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 24
FQ 15
Interação de glicina e alanina com Goethita sob aquecimento: Um estudo
de química prebiótica.
João Paulo T. Baú1* (PG), Cristine E. A. Carneiro1 (PQ), Dimas A. M. Zaia1 (PQ).
1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química-CCE, Laboratório de Química Prebiótica.
Palavras Chave: Polimerização, peptídeos, evolução química, química prebiótica.
Introdução
A polimerização de aminoácidos em peptídeos é uma reação importante para a química prebiótica1. No entanto, ainda não é certo qual é o papel da superfície mineral, se age como um catalisador ou participa da reação.
Este projeto tem o objetivo de investigar as interações entre os aminoácidos (AA) glicina (Gly) e alanina (Ala) com o mineral Goethita, este obtido de duas sínteses distintas (GI e GII).
Foram preparados três métodos (A, B e C), cada um representando um ambiente plausível na Terra prebiótica. Os ensaios foram realizados em quadruplicada, em uma estufa a 90°C por 10 dias. Em um cadinho foram adicionados 100 mg do mineral e 50 mg do aminoácido. Os experimentos foram realizados das seguintes formas: A) aminoácido mais o mineral sólidos misturados mecanicamente; B) ao mineral sólido foi adicionado 0,5 mL de uma solução 100 mg mL-1do aminoácido; C) vide B, mais 4,5 mL de água ultra pura e a cada 24h adicionados mais 5mL de água ultra pura.
As amostras foram analisadas por espectroscopias no infravermelho FT-IR (Far e Mid),ressonância paramagnética eletrônica (RPE), isoterma de adsorção de H2 (BET), difratometria de raios-X (DRX) e analise térmica (TG/DTG). Para verificar a formação de peptídeos foi realizada a extração da fase orgânica e analisadas por cromatografia líquida (HPLC), espectrometria de massas(MS) e FT-IR (Mid).
Resultados e Discussão
Os dois minerais foram caracterizados por FT-IR, RPE, DRX, BET e TG/DTG. Foi confirmada a síntese de Goethita para os dois casos. A diferença de resultados ocorreu para RPE. Onde a Goethita GI apresentou um sinal em g≈2 de alta intensidade, enquanto que GII não apresentou sinal. Em princípio, o mineral Goethita não deve apresentar sinal RPE, pois é um material antiferromagnético. Dessa forma, o sinal para GI pode ser interpretado como alguma interação dos íons Fe(III), ou vacâncias (defeitos) no mineral sintetizado.
As amostras submetidas a aquecimento não apresentaram mudanças no espectro FT-IR. O que foi observado é uma somatória dos espectros dos AA com GI e GII.
Os extratos foram preparados para injeção no HPLC e MS. Na espectrometria de massas foi observada uma diferença nos peptídeos formados entre as duas goethitas diferentes. A GI não promoveu a formação de peptídeos para Gly, mas para Ala é observada a formação de ciclo peptídeo nos três métodos e o dipeptídeo no método C. A amostra GII para Ala o resultado foi o mesmo. No entanto, com a Gly ocorre a formação de dipeptídeos.
Já na cromatografia foram observados alguns picos que podem ser atribuídos a ciclo peptídeo, dipeptídeo e outros picos não identificados. No entanto, a intensidade dos picos é muito baixa. A quantidade formada de ciclo peptídeos e dipeptídeos foram menores do que 1% para todos os casos. Quantidade essa, que é abaixo do limite identificação por FT-IR.
Estes resultados mostram menores rendimentos dos que encontrado por Shanker et al2, onde são sintetizados outros peptídeos não encontrados neste trabalho.
A espectroscopia RPE das amostras submetidas a aquecimento apresentou uma diminuição do sinal em g≈2 para o grupo GI. E isto pode ser explicado devido a uma reorganização dos íons Fe (III) no material.
Conclusões
A formação de peptídeos em Goethita sob aquecimento foi observada. O fato de que o peptídeo mais comum formado tenha sido o ciclo peptídeo mostra que talvez estes sistemas não tenham sido os mais prováveis para a evolução química na Terra primitiva.
Agradecimentos
JPTB agradece a CAPES pela bolsa de doutorado. ____________________ 1Lambert, J. F. Orig Life EvolBiosph. 2008, 38, 201. 2Shanker, U. B. et. al.Orig Life EvolBiosph., 2012, 42(1), 31.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 25
FQ 16
Estudo do comportamento eletroquímico de extrato ácido de resíduo
agroindustrial para o aço inoxidável AISI 304 em H2SO4.
Larissa Aparecida Corrêa Matos*¹ (PG), Eliane D’Elia² (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues¹ (PQ).
¹ Laboratório do Grupo de Pesquisas em Eletroquímica – GPEL ®. Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03. CEP 85040-
080. Guarapuava – PR, Brasil.
² Instituto de Química, UFRJ. Avenida Athos da Silveira Ramos, 149. Centro de Tecnologia, Bloco A, Laboratório 634 A.
Cidade Universitária, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Palavras Chave: corrosão, inibidor de corrosão, química verde,
sustentabilidade.
Introdução
A utilização de inibidores de corrosão é comum para
a redução dos efeitos indesejados dos processos de
oxidação de metais. Muitos dos compostos
utilizados, no entanto, apresentam efeitos
indesejáveis ao meio ambiente e são tóxicos. O
estudo de resíduos de indústrias são promissores
fontes naturais de compostos com características
inibidoras. O uso de resíduos agroindustriais é de
grande interesse, uma vez que proporciona a gestão
responsável de resíduos¹. O objetivo desse trabalho
é a avaliação de extrato ácido de resíduos
agroindustriais (EARA) para a inibição das reações
de oxidação do aço inoxidável AISI 304 em H2SO4
1,5 mol L-1.
Resultados e Discussão Foram realizados ensaios de potencial de circuito
aberto (PCA), e polarização potenciodinâmica
anódica (PPA). Todos os ensaios foram realizados
em triplicata no AUTOLAB PGSTAT 302N, em uma
célula de três eletrodos convencional.
Tabela 1. PCA das amostras de aço inoxidável em H2SO4 1,5 mol L-1, monitoradas por 2h. [RA] / g L-1 em H2SO4 1,5 mol L-
1
0 1 2 3 4 5
PCA / mV vs. ESM
-762 -796 -743 -193 -18 -246
Percebe-se que o potencial foi deslocado para
valores mais positivos conforme houve a adição de
EARA, indicando que o extrato se adsorve na
superfície, tornando-a mais nobre.
Os resultados de PPA são apresentados na figura 1.
Figura 1. Curvas de PPA para o aço inoxidável AISI
304, obtidas em H2SO4 1,5 mol L-1, na presença e
ausência de EARA. Velocidade de varredura de 1 mV
s-1.
O aço inoxidável apresenta comportamento passivo,
com elevação na densidade de corrente em
sobrepotenciais na ordem de +0,6 V,
correspondendo às reações com a camada passiva
do metal e em +1,25 V, correspondente às reações
de oxidação do metal.
Quando se adiciona EARA ao eletrólito, há a
diminuição das densidades de corrente, indicando
que o RA atua como inibidor de corrosão.
Conclusões
O EARA atua como inibidor das reações de corrosão
do aço inoxidável AISI 304 em H2SO4 1,5 mol L-1 em
todas as concentrações estudadas. Maiores estudos
devem ser realizados para elucidar qual componente
do extrato atua como inibidor.
Agradecimentos
À CAPES, ao CNPq e à Fundação Araucária.
____________________
1Assunção Araújo Pereira, S. S et al. Corrosion Science. 2012, 65, 36--366.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 26
FQ 17
Nanopartículas de albumina bovina revestidas com PS80 como carreadores de anfotericina B
*Lígia Santos Pedroso(PG)1, Najeh Maissar Khalil (PQ)1 , Rubiana Mara Mainardes(PQ)1. *[email protected]
1.Departamento de Química, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná,85040-080, Brasil.
Palavras Chave: anfotericina b, nanopartículas
Introdução
A incidência de infecções fúngicas aumentou
significativamente1. Embora a anfotericina B continua
a ser o fármaco de escolha para o tratamento2, a sua
aplicação clínica contra meningite criptocócica é
limitada devido à sua incapacidade de transpor a
barreira hematoencefálica3. Além disso, os efeitos
adversos e a grave toxicidade dose-dependente
limitam a sua utilização4. As nanopartículas
propiciam importantes propriedades in vivo como
maior capacidade de ultrapassar barreiras
biológicas, capacidade de manter a integridade do
fármaco veiculado nos meios biológicos, podendo
ser direcionadas para tecidos específicos, além de
prolongarem a liberação do fármaco, uma vez que
o índice terapêutico é aumentado e as
propriedades farmacocinéticas melhoradas,
possibilitando a sua administração por diferentes
vias5,6,7,8,9.
Resultados e Discussão
As nanopartículas foram obtidas com êxito através da
técnica de coaservação. Além da estreita faixa de
distribuição e tamanho reduzido, as nanopartículas
apresentaram boa estabilidade e mantiveram a
integridade do fármaco, como podemos observar nos
dados abaixo.
Figura 1.Nanopartículas-FEG
Tabela 1. Características físico-químicas das nanopartículas.
* os resultados estão expressos como media ± desvio-padrão.
Na análise da atividade antifúngica, as
nanopartículas desenvolvidas se mostraram tão
eficientes na inibição do crescimento de Criptococcus
neoformans, quanto o fármaco livre.
Conclusões
As análises mostram que as nanopartículas
desenvolvidas são promissoras quanto às suas
vantagens farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
Agradecimentos
Ao Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica da
Unicentro.
___________________ 1Hunter, P.R; Nichols, G. Clin Microbiol Rev. 2002, 15, 145–154. 2Laniado-Laborín, R.; Cabrales-Vargas, M.N. Rev Iberoam Micol. 2009, 26, 223–227. 3Ostrosky-Zeichner, L.; Mart, K.A.; Rex, J.H.; Cohen, S.H. Clin Infect Dis. 2003, 37, 415–442. 4Tonomura, Y.; Yamamoto, E.; Kondo, C. Hum Exp Toxicol. 2009, 28, 293–300. 5Mainardes, R.M.; Urban, M.C.; Cinto, P.O.; Khalil, N.M.; Chaud, M.V.; Evangelista, R.C.; Gremiao, M.P. Cur. Drug Targets. 2005, 6, 363-71. 6Mainardes, R.M.; Urban, M.C.; Cinto, P.O.; Chaud, M.V.; Evangelista, R.C.; Gremião, M.P.D. Cur. Drug Deliv. 2006, 3, 275-85. 7Damagé, C.; Reis, C.P.; Maincent, P. Expert Opin. Drug Deliv. 2008, 5, 45-68. 8Mainardes, R.M.; Khalil, N.M.; Gremião, M.P.D. Int. J. Pharm. 2010, 16, 266-271. 9Khalil, N.M.; Mainardes, R.M. Cur. Drug Deliv. 2009, 6, 261-273
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 27
FQ 18
Investigação teórica de materiais semicondutores multiferróicos
Luis Henrique da Silveira Lacerda1
(PG)*, Sérgio Ricardo de Lazaro1
(PQ), Jarem Raul Garcia1
(PQ).
1Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Paraná, Brasil.
Palavras Chave: Teoria, DFT, LiNbO3, DFT, ferroeletricidade.
Introdução
Atualmente, os materiais semicondutores são responsáveis pelo avanço tecnológico acelerado, uma vez que, um mesmo material pode ser aplicado em diversos dispositivos eletrônicos. Outras características que possibilitam sua grande aplicação no mercado tecnológico é o baixo custo para obtenção de matéria prima e produção, aliado às excelentes propriedades eletrônicas, ópticas, ferroelásticas, ferroelétricas e ferromagnéticas. Dentre os materiais semicondutores, destacam-se os materiais multiferróicos. Esses tipos de materiais apresentam ao menos duas das seguintes propriedades: ferroelasticidade, ferroeletricidade e ferro ou antiferromagnetismo. Observa-se então o acoplamento das propriedades ferroelétricas e magnéticas, de tal modo que a polarização elétrica pode ser induzida através de um campo magnético ou vice-versa. De tal modo que essa classe de materiais apresenta-se como alternativa em potencial para o desenvolvimento de tecnologias futuras e sua aplicação pode originar uma nova geração de dispositivos spintrônicos eletronicamente controlados. Dentre tais aplicações, destacam-se dispositivos de armazenamento de dados e sensores1-6. O presente trabalho tem como objetivo propor novos materiais multiferróicos, por meio da substituição de cátions de estruturas cristalinas LiNbO3 (R3c) através de simulações computacionais empregando a metodologia DFT/B3LYP no software CRYSTAL09. A partir dos cálculos computacionais realizou-se a avaliação das propriedades eletrônicas, ópticas, estruturais, elásticas, ferroelétricas e magnéticas do material. Com base nesses resultados, discute-se o acoplamento entre as propriedades e a possibilidade de miniaturização e formação de filmes finos por meio dos valores de bulk modulus para cada estrutura.
Resultados e Discussão
Espera-se que os materiais avaliados apresentem propriedades eletrônicas e ópticas características de materiais semicondutores. Da mesma forma, espera-se que as propriedades ferroelétricas elevadas para o material, bem como estabilidade elevada para os estados magnéticos sejam observados para cada
material, construindo a proposta de acoplamento entre a ferroeletricidade e o magnetismo mostrando qual material tem características multiferróicas. Os resultados esperados por meio do bulk modulus do material podem ser usados como indicativos da possibilidade de miniaturização e formação de filmes finos; enquanto que, a análise de superfície fornecerá os resultados sobre a influência nessas propriedades acopladas ou não. Assim, espera-se que relação entre todas essas propriedades seja suficiente para estudo e conclusão de materiais multiferróicos na forma de filmes finos como candidatos para diferenciar drasticamente dos materiais atualmente usados. Para que um material possa ser aplicado no desenvolvimento de dispositivos multiferróicos é necessário que tais propriedades sejam mantidas ou aprimoradas no processo de formação do filme fino.
Agradecimentos
Os autores agradecem a CAPES, CNPq e Fundação Araucária.
____________________
1Hill, N. A. Annu. Rev. Mater. Res., 2002, 32, 1. 2Martin, L. W.; Chu, Y. H.; Ramesh, R. Mater. Sci. Eng., R, 2010, 68, 89. 3Picozzi, S.; Ederer, C. J. Phys.: Condens. Matter, 2009, 21, 303201. 4Picozzi, S.; Yamauchi, K.; Sergienko, I. A.; Sen, C.; Sanyal, B.; Dagotto, E. J. Phys.: Condens. Matter, 2008, 20, 434208. 5Velev, J. P.; Jaswal, S. S.; Tsymbal, E. Y. Proc. R. Soc. A, 2011, 369, 3069. 6Wang, Y.; Hu, J.; Lin, Y.; Nan, C.-W. NPG Asia Mater, 2010, 2, 61.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 28
FQ 19
Desenvolvimento de catalisador sólido a base de nióbio para obtenção
de biocombustíveis
Paulo Vitor Sochodolak1 (PG)*, Aline Viomar1 (PG), Everson do Prado Baczek1 (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ). *[email protected] 1Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO/ Grupo de Pesquisa em Eletroquímica - Campus CEDETEG, Rua Simeão Varela de Sá, n° 3, Vila Carli, CEP 85040-080, Guarapuava/PR. Palavras Chave: sustentabilidade, transesterificação, catálise heterogênea, biodiesel.
Introdução A crescente demanda por recursos energéticos, seu uso sem limites e a consequente degradação ecológica, constituem hoje um controverso aspecto do problema ambiental. Se forem mantidos os mesmos níveis de consumo energético atual será necessário gerar 60 % a mais de energia até o ano de 2025 (ANTOLIN, 2002). Novos sistemas de geração de energias tem sido estudados a partir de fontes renováveis, dentre as alternativas destaca-se os combustíveis obtidos a partir da biomassa, o qual destaca-se o biodiesel, Atualmente, um dos empecilhos para a utilização do biodiesel é o número de variáveis envolvidas no processo de produção. Os catalisadores heterogêneos apresentam algumas vantagens em relação aos homogêneos, pois existe a possibilidade de serem reutilizados. Em teoria, os catalisadores heterogêneos são facilmente separados do produto final e têm como vantagem a capacidade de gerar produtos de maior qualidade (BRAGA, 2007; SAMPAIO, 2008, MONTEIRO, 2005).
. Resultados e Discussão A fim de analisar a composição e a estrutura do
composto a base de nióbio aderido ao alumínio foram
realizadas análises de difração de raios X, o
difratograma está apresentado na figura 1.
A fim testar o material obtido na transesterificação do
óleo de soja foi realizado analises por cromatografia
gasosa (CG-MS) da amostra obtida a 150 ºC e tempo
de exposição de 12 horas (ARANDA, 2008), cujo o
qual os resultados estão apresentados na tabela 1.
Tabela 1. Principais componentes encontrados na
amostra de óleo submetida ao teste de transesterificação.
Conclusões O catalisador Nb2O5 se aderiu a superfície do
alumínio, a fim de ser utilizado como catalisador; A
utilização do Nb2O5 como catalisador promoveu o
aumento do teor de ésteres; O Nb2O5 mostrou-se
promissor no craqueamento térmico de óleo,
aumentando e as porcentagens de hidrocarbonetos
com número de carbonos na mesma faixa das
cadeias carbonílicas que compõe a gasolina.
Agradecimentos
A CAPES, CNPQ, PPGQ, e GEPEL.
___________________
Antolin G., F. Tinaut, Y. Brinceno, V. Castano, C. Perez and A. Ramirez, Bioresource Technology, 2002, 83 (2), 111-114. Aranda, D.A.G. et al; Journal of Physical Organic Chemistry, 2009, 22, 709-716. Braga, V. S.; Barros, I. C. L.; Garcia, F. A. C.; Dias, S. C. L.; Dias, J. A. Catalysis Today, 2008, 133, 106-112. Monteiro, R. S.; Santos, R.T.P.; Monteiro Jr, N.; Aranda, D.A.G. Biodiesel metílico e etílico de palma sobre ácido nióbico. 3º Congresso Brasileiro de Petróleo e Gás, 2005. Sampaio, M. J. F. Produção de biodiesel por catalise heterogênea. 2008, 70 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) Instituto Politécnico de Bragança, Bragança.
10 20 30 40 50 60
0
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(u
.a.)
2
Nb2O5
Al2O3
Figura 1. Difratograma de raios-X da amostra de alumínio recoberta com Nb
2O
5.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 29
FQ 20
Investigação Teórica de materiais com estrutura ilmenita para aplicações
multiferróicas
Renan A. P. Ribeiro (PG)1*, Sergio R. de Lázaro (PQ)1.
1Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Av. Gen. Carlos Cavalcanti nº 4748, 84030-900, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Palavras Chave: DFT, Ilmenita, Multiferróicos, Magnetismo, Ferroeletricidade, Spintrônica.
Introdução
Ultimamente, o interesse científico e tecnológico
sobre materiais com propriedades ferróicas
(ferroeletricidade, ferromagnetismo e
ferroelasticidade) aumentou consideravelmente
devido à possibilidade de acoplamento entre esses
comportamentos em uma única estrutura cristalina
originando o termo multiferróico. Recentemente, as
pesquisas nesse campo tem evoluído rapidamente
devido as potenciais aplicações desses materiais
para o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos
ultra-rápidos, densos e com baixo consumo de
energia.1 Até o momento, a estratégia mais comum
para a obtenção de materiais multiferróicos consiste
do estudo de óxidos complexos, que são materiais
que apresentam sua rede cristalina constituída por
dois sítios ocupados por metais de transição
(usualmente 3d) e o oxigênio, como os de fórmula
geral ABO3. Uma estratégia alternativa consiste na
obtenção da ferroeletricidade em materiais
magnéticos via distorções estruturais, como em
materiais polares (não-centrosimétricos), facilitando
a busca por novos materiais multiferróicos.2 Dentro
dessa perspectiva, nesse trabalho, propomos a
investigação de novos materiais multiferróicos
baseados em minerais com estrutura ilmenita ATiO3
(A = Mn, Fe, Co, Ni) através de cálculos teóricos
baseados na Teoria do Funcional de Densidade.
Metodologia
A metodologia empregada nesse trabalho é baseada
na Teoria do Funcional de Densidade (TFD)
juntamente com o funcional híbrido B3LYP e funções
de base triplo-zeta, implementados no software
CRYSTAL09. Em um primeiro momento, com
objetivo de descrever as propriedades estruturais dos
materiais ATiO3 (A = Mn, Fe, Co, Ni) com estrutura
ilmenita foi proposto a otimização estrutural a partir
dos respectivos parâmetros experimentais.3
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos a partir das simulações
computacionais estão descritos na Tabela 1. Tais
resultados evidenciam a variação dos parâmetros de
rede em função do raio iônico dos cátions A que
seguem a ordem: Mn2+ (0,83 Å) > Fe2+ (0,78 Å) > Co2+
(0,75 Å) > Ni2+ (0,69 Å). Essa distorção também é
observada para as ligações A-O nos planos axial e
equatorial evidenciando o efeito do preenchimento
dos níveis eg e t2g sobre as propriedades estruturais
dos materiais baseados em metais de transição.
Tabela 1. Resultados teóricos para os parâmetros estruturais (Å) dos materiais ATiO3 (A = Mn, Fe, Co, Ni) na estrutura ilmenita.
Modelos
Parâmetros de Rede Distância de Ligação
a c A-Oax A-Oeq Ti-Oax Ti-
Oeq
MnTiO3 5,18 14,4
1 2,30 2,13 2,12 1,88
FeTiO3 5,09 14,2
4 2,18 2,10 2,13 1,87
CoTiO3 5,12 14,0
4 2,20 2,08 2,12 1,87
NiTiO3 5,08 13,9
2 2,12 2,08 2,13 1,87
Conclusões
Os resultados obtidos permitem concluir que a
metodologia empregada (DFT/B3LYP-TZVP)
reproduz satisfatoriamente as propriedades
estruturais dos materiais ilmenita.
Agradecimentos
Os autores agradecem a UEPG, CAPES e Fundação
Araucária pelo suporte financeiro.
__________________
1Cheong, S-W.; Mostovoy, M. Nature. Mat. 2007, 6, 13. 2Erestein, W.; Mathur, N. D.; Scott, J. F.. Nature 2006, 442, 759. 3Agui, A.; Mizumaki, M. J. Spectrosc. Relat. Phenom. 2011, 184, 463.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 30
FQ 21
Síntese eletroquímica e caracterização vibracional dos filmes de P3HT, CP3(HT-OT) e P3HT/PCBM e CP3(HT-OT)/PCBM. Thiago N. M. Cervantes1* (PG), Danielly C. Bento1 (PG), Elaine C. R. Maia1 (PQ), Ricardo V. Fernandes1 (PQ), Edson Laureto1 (PQ), Gregory J. Moore2 (PQ), Guy Louarn3 (PQ), Henrique de Santana1 (PQ). *[email protected] 1Universidade Estadual de Londrina, Rod. Celso Garcia Cid s/n, CP 6001, Londrina-PR, 86051-990, Brasil. 2Yardney Technical Products, Inc., Pawcatuck, CT, USA. 4 Institut des Matériaux Jean Rouxel, Université de Nantes – CNRS, 44322 Nantes, France.
Palavras Chave: politiofenos, síntese eletroquímica, EIE.
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo estudar as alterações nas propriedades optoeletrônicas dos filmes de P3HT e CP3(HT-OT) com adição de um derivado de fulereno, PCBM, a partir das técnicas de espectrocopia Raman in situ (532 nm) e de impedância eletroquímica (EIE).
Resultados e Discussão
Na Figura 1 são apresentados os espectros Raman
in situ (532 nm) dos filmes de (a) P3HT, (b) CP3(HT-
OT), P3HT/PCBM e CP3(HT-OT)/PCBM, obtidos
entre os potenciais de 0,0V e +1,4V.
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 1. Espectros de Raman in situ (532 nm) dos filmes sintetizados em Et4NBF4/ACN. * Sinal relativo ao modo C-C + do solvente (acetonitrila). Nos espectros apresentados não foi possível verificar um grande deslocamento para o modo C=C do anel tiofênico1 (~ 1450 cm-1). Apenas foi observado um alargamento das bandas em função do potencial anódico aplicado (devido ao aumento do número de segmentos carregados positivamente na matriz dos filmes), sendo mais evidente para os filmes contendo PCBM. Nestes filmes, em 0,0V, foi possível observar que banda centrada entre 1400-1500 cm-1
apresentou um pequeno deslocamento (para 1461 cm-1). Isto está associado ao Raman ressonante para o modo C60 do PCBM, já que a linha do laser, 532 nm, encontra-se dentro da banda de absorção deste polímero. Na Figura 2 são apresentados os diagramas de Nyquist dos filmes de (■) P3HT, (●) CP3(HT-OT), (□) P3HT/PCBM e (○) CP3(HT-OT)/PCBM.
Figura 2. Diagramas de Nyquist dos filmes sintetizados em Et4NBF4/ACN.
A partir dos diagramas demonstrados na Figura 2 e considerando que a etapa determinante na interface polímero/solução é o transporte de íons1, conclui-se que a introdução do PCBM, para os filmes de P3HT e CP3(HT-OT), não aumentou significativamente este transporte nestas blendas, gerando uma pequena redução em suas resistências.
Conclusões
No presente trabalho foi possível observar que a
adição de PCBM aumentou a dopagem dos filmes de
P3HT e CP3(HT-OT), porém não resultou em uma
redução efetiva em suas resistências.
Agradecimentos
Fundação Araucária (processo n° 07/2012), CAPES (processo n° 124/2012) e ao CNPq. ____________________ 1Cervantes, T.N.M.; Bento, D. C.; Maia, E.C.R.; Fernandes, R. V.; Laureto, E.;Moore, G. J.; Louarn, G.; de Santana, H. J. Mater. Sci.: Mater. Electron. 2014, 25, 1703-1715.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 31
FQ 22
Adsorção de glifosato em Goethita
Thiago Orcelli1 (PG)*, Dimas A. M. Zaia1 (PQ).
*[email protected] 1Universidade Estadual de Londrina – Centro de Ciências Exatas - Departamento de Química – Laboratório de Química
Prebiótica
Palavras Chave: Glifosato, AMPA, óxido de ferro, solo.
Introdução O glifosato (N-(fosfonometil)glicina) é utilizado como
um herbicida de aplicação foliar, não seletivo, pós-
emergente de amplo espectro de ação, eficaz contra
a maioria dos capins anuais e perenes e plantas
invasoras de folhas largas. Um dos principais objetos
de estudo sobre a aplicação de glifosato em culturas
agrícolas são as interações com o solo através da
adsorção de glifosato com óxihidroóxidos de ferro,
óxidos de alumínio e matéria orgânica. Dentre os
oxihidroxidos de ferro a goethita, α-FeOOH, mostra-
se interessante pela sua baixa cristalinidade e alta
área superficial. Os objetivos gerais desse trabalho
se concentram na interpretação das interações de
moléculas do glifosato frente ao óxihidroxido de ferro,
goethita.
Resultados e Discussão A goethita utilizada nos experimentos de adsorção foi
sintetizada a partir da adição de 400 mL de KOH 2,5
mol L-1 lentamente em 1650 mL de Fe(NO3)3 0,15 mol
L-1 em frasco plástico sob agitação. Após foi deixado
em estufa a 70°C por 60 horas (2,5 dias). O
rendimento da reação foi de 54,75%. A adsorção de
glifosato em goethita, foi realizada a partir da adição
de 60 mg de goethita em tubo Falcon 15 mL,
posteriormente foram colocados 10 mL de soluções
com concentrações de glifosato de 0 à 2500 μg.mL-1,
em forças iônicas de 0,1 e 0,01 mol L-1 NaCl, com
ajuste de pH=5 utilizando NaCl e HCl 0,01 mol L-1. As
suspensões foram deixadas sob agitação durante 24
h, após centrifugada a 9000 rpm. O sobrenadante foi
quantificado através do método espectrofotométrico
envolvendo reações do glifosato com ninhidrina e
catalisador molibidato de sódio, com leitura da
solução em 507 nm no espectrofotômetro. Os
resultados das adsorções de I= 0,1 e 0,01 mol kg-1
são mostrados na Figura 1. Na Tabela 1 são
mostrados o coeficiente de adsorção, Kf, o parâmetro
adimensional, n, para o modelo de Freundlich e a
energia de ligação da adsorção, k, a capacidade
máxima de adsorção do íon na goethita, b para os
Langmuir. O comportamento da adsorção segue o
modelo de Freundlich, isto é, a adsorção ocorre com
formação de multicamadas Os valores de Kf e n
mostram que não há modificação na capacidade
adsortiva da goethita quando existem diferentes
forças iônicas.
0 100 200 300 400 500 600 700 800
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
C /
C g mL-1
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,78336
Value Standard Error
B Intercept 1,40857 0,06285
B Slope 0,0013 1,44951E-4
(a)
0 200 400 600 800 1000
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
3,2
3,4
C /
C g mL-1
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,85855
Value Standard Error
B Intercept 1,7445 0,07558
B Slope 0,00177 1,52484E-4
(b)
1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
Lo
g
Log C
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,98826
Value Standard Error
B Intercept 0,28444 0,04523
B Slope 0,7759 0,01803
(c)
1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
Lo
g
Log C
Equation y = a + b*
Adj. R-Squar 0,99199
Value Standard Err
B Intercept 0,2883 0,03599
B Slope 0,7326 0,01403
(d)
Figura 1. Aplicação de modelos de Isotermas de adsorção, Langmuir (a) 0,01 e (b) 0,1 mol kg-1 de NaCl, Freundilich (c) 0,01 e (d) 0,1 mol kg-1 de NaCl em suspensões com 60 mg de goethita, pH = 5, agitadas durante 24 h a 25 °C.
Tabela 1. Dados referentes a aplicação dos modelos de Freundilich e Langmuir na adsorção de glifosato em goethita, soluções com 60 mg de goethita, força iônica de 0,1 e 0,01 mol kg-1, pH = 5, agitadas durante 24 h a 25 °C.
Força Iônica / mol kg-1
Freundilich Langmuir
log θ = log kf + 1/n log C C/θ = 1/kb + C/b
kf 1/n r2 k b r2
0,01 1,92 0,775 0,988 9,23E-4 769 0,783
0,1 1,94 0,732 0,992 8,73E-5 6561 0,859
Conclusões Nos experimentos conclui-se que a capacidade
adsortiva do oxihidróxido não sofre grandes
alterações frente as forças iônicas estudadas, e que
as isotermas obedecem ao modelo de Freundlich.
Agradecimentos Uel, CCE, Dep. de Química, Programa de pós-graduação, CNPQ. ___________________ 1 Barja B. C., Afonso, M. S.. Environ. Sci. Technol. 2005 39, 585.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 32
FQ 23
Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo
micro e nano cápsulas com agentes multifuncionais
*Tiago Sawczen1 (PG), Idalina Vieira Aoki2 (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ).
1 Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Química, Guarapuava – PR. 2 Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia Química, São Paulo – SP.
Palavras Chave: Revestimentos Inteligentes, Corrosão, Anti-incrustante, Estruturas metálicas.
Introdução
Em diferentes ramos da indústria de revestimentos,
são relatados problemas relacionados com a
manutenção, resistência, durabilidade nos diferentes
ambientes em que os revestimentos são expostos.
Na indústria petrolífera a preocupação é constante
com a corrosão das estruturas e dutos metálicos1. Já
na indústria naval o acúmulo de incrustações em
portos e navios é um grande problema2. Atualmente
a pesquisa para o desenvolvimento de revestimentos
inteligentes se tornou uma tendência3,4,5.
Resultados e Discussão
Diversas técnicas de micro e nano encapsulamento
podem ser encontradas na literatura, como por
exemplo, o micro encapsulamento pelo sistema de
micro emulsão e polimerização superficial de ureia-
formaldeído (UF), e o carregamento de nano tubos
naturais de haloisita (HA).
Neste trabalho as duas técnicas de encapsulamento
estão sendo estudadas, para diferentes agentes
multifuncionais e sistemas de pinturas.
O sistema de microcápsulas (UF) está sendo
empregado para o encapsulamento de um óleo
alquídico dopado com duas variações de um inibidor
de corrosão para o aço carbono.
Na figura 1 é apresentada a imagem por Microscopia
Eletrônica de Varredura (MEV) das microcápsulas de
óleo sem o inibidor de corrosão.
Figura 1. Imagem das microcápsulas de UF contendo óleo alquídico, obtidas por MEV.
Pelo sistema de nanocápsulas (HA) serão
encapsulados o inibidor de corrosão para aço
carbono, um inibidor de corrosão eficiente para
revestimento de alumínio e um biocida para corpos
incrustantes.
Na figura 2 é apresentada a imagem obtida por MEV
dos nanotubos de haloisita natural.
Figura 2. Imagem por MEV dos nanotubos de haloisista natural.
Conclusões
- Foi possível obter as microcápsulas de UF, pelo
método proposto com dimensões e uniformidade
adequadas para o sistema de pintura.
- O pré-tratamento realizado nas HA não danificou os
nanotubos, deixando-os propícios para o
carregamento
Agradecimentos
Ao GPEL, ao LEC, a NANOCORR, a FAU, ao CNPq
e a UNICENTRO.
____________________ 1 Aoki, I. V. et al. Patente: WO 2014032130 A1, 2012. 2 Medeiros, H. E.; Gama, B. A. P. D.; Gallerani, G. Brazilian
Journal of Oceanography, 2007, 55, 4, 257-264. 3 Morikaea, S. et al..Patente: JP2007-162110, 2007. 4 Rochmadi, A. P.; Hasokowati, W. American Journal of Applied
Sciences, 2010, 7, 6, 739-745. 5 Ting, Z. et al. Applied Polymer Science, 2009, 115, 2162-2169.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 33
FQ 24
Síntese e caracterização de eletrodos a base de rGO/óxidos metálicos
para aplicação na fotoeletrooxidação de poluentes orgânicos.
Vanildo Souza Leão Neto1* (PG), Luiz Henrique Dall’Antonia1(PQ).
1Laboratório de Eletroquímica e Materiais – Departamento de Química – Universidade Estadual de Londrina - caixa postal 10011, 86057-970, Londrina, Paraná, Brazil.
Palavras Chave: rGO, óxidos metálicos, fotooxidação, fotoeletrocatálise.
Introdução
A fotoeletrocatálise vem sendo amplamente
estudada devido à eficiência na remoção de
contaminantes orgânicos até atingir a mineralização
destes poluentes. Historicamente os semicondutores
mais utilizados para essa aplicação possuem
absorção de luz na região UV. Porém, com a grande
radiação solar recebida pela Terra diariamente,
estudos vêm visando também a utilização de óxidos
que possuem o espectro de absorção de luz na
região do visível. O rGO tem se tornado foco de
grande interesse da comunidade científica devido as
suas propriedades eletrônicas únicas e outras
excelentes características. A síntese de compósitos
a base de óxidos metálicos/rGO busca a melhora da
atividade fotoeletrocatalítica dos óxidos. Portanto,
acredita-se que com a ancoragem de óxidos
metálicos na superfície do rGO obtenha-se um
material de maior eficiência que o filme dos óxidos
puros. O objetivo deste trabalho será sintetizar e
caracterizar diferentes óxidos metálicos ancorados
ao rGO e depositá-los sobre um substrato condutor
para que ocorra uma melhora na oxidação de
contaminantes orgânicos por meio da
fotoeletrocatálise.
Parte Experimental
O rGO será preparado a partir da oxidação do grafite
pelo método de Hummers modificado e sua redução
por via química através do uso de hidrazina
hidratada. Em seguida, serão realizadas suspensões
com diversas concentrações de rGO (0,5, 1,0, 1,5 e
2,0 mg.mL-1). Será adicionada certa quantidade fixa
de cada precursor do óxido metálico e agitado por 30
min. Após o tempo de agitação a solução é colocada
em uma autoclave e deixada por 12 h a 160 ºC. Em
seguida, o material será filtrado, lavado e seco em
estufa. A síntese se repetira para a formação dos
óxidos puros sem a presença de rGO com o mesmo
procedimento para efeito de comparação. Os
materiais sintetizados serão caracterizados por
diversas técnicas como, por exemplo, MEV, TEM,
DRX, TG/DTA, IV, Raman, BET, entre outras. Os
filmes dos materiais serão caracterizados
eletroquimicamente por meio de técnicas como PCA,
VC, cronoamperometria e IE. A oxidação dos
compostos orgânicos se dará por meio da
fotoeletrocatálise em um sistema de três eletrodos
(trabalho, contra eletrodo e referência) em um
potenciostato. Serão determinadas as constantes de
velocidade de reação pela leitura de absorvância no
espectro UV/Vis. A determinação quantitativa da taxa
de decaimento do poluente será medida através da
cromatografia líquida (HPLC) como também o estudo
de seus intermediários até a sua mineralização. A
mineralização do poluente foi medida através do
decaimento do cabrono orgânico total (TOC) e
demanda química do oxigênio (DQO).
Resultados Esperados
Obter o óxido ancorado na superfície do rGO pela
síntese hidrotermal e melhorar a atividade
fotoeletrocatalítica do material em relação ao óxido
puro. Conhecer as propriedades físicas, químicas e
eletroquímicas de cada material por meio das
técnicas de caracterização. Diminuir a concentração
dos poluentes bem como estudar o seus
mecanismos de mineralização.
Agradecimentos
Capes, Fundação Araucária e PROPPG/UEL.
___________________
1Wang, D; Wang, Q; Wang, T. Nanotech 2011, 22, 135604. 2Xiao, W; Wang, Z; Guo, H; Li, X; Wang, J; Huang, S; Gan, L. Appl Surf Sci 2013, 266, 148.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 35
QA 25
Análise de extratos de grãos verdes de Coffea arabica utilizando
Ressonância Magnética Nuclear
Amélia E. Terrile1*(PG), Guilherme S. de Oliveira1(IC), Danielle L. Yanashita1(IC), Ieda S. Scarmínio1(PQ).
1Laboratório de Quimiometria em Ciências Naturais. Departamento de Química. Universidade Estadual de Londrina.
Palavras Chave: Café arábica, Alta densidade de plantio, RMN H1, Quimiometria.
Introdução
O café é uma fonte de compostos bioativos1, mas
poucos estudos têm relacionado a produção de
metabólitos especializados com a densidade do
plantio. Este trabalho visa obter a impressão digital
espectroscópica de extratos de grãos verdes de C.
arabica cv. IAPAR 59, obtidos através de
planejamento experimental simplex centroide
(mistura-mistura) com quatro solventes (etanol=e,
acetona=a, diclorometano=d e hexano=h). Neste
período, 30 extratos foram analisados por
espectroscopia de RMN de H1.
Resultados e Discussão
Os grãos de café arábica, fornecidos pelo Instituto
Agronômico do Paraná, eram provenientes de
cafeeiros cultivados em arranjo quadrado (Q) e duas
densidades diferentes de plantio: 6.000 e 10.000
pts.ha-1, identificados como Q6 e Q10. Os espectros
de RMN de 1H foram obtidos a partir de 0,030 g de
extrato dissolvidos em 0,50 mL de DMSOd6. Os
dados foram submetidos à análise das componentes
principais (ACP).
A Fig. 1 mostra o gráfico dos escores de CP2xCP3.
Embora estas componentes expliquem apenas
15,7% da variância total dos dados, elas fornecem
informação química. A CP2 divide os extratos em
dois grupos. Nos escores positivos da CP2
encontram-se os extratos obtidos com os solventes
puros (a, d, h) e as misturas binárias destes solventes
(ad, ah, dh). As misturas binárias contendo etanol e
as ternárias (exceto edh) encontram-se nos escores
negativos da CP2.
A análise dos loadings das CP2 e CP3 mostrou que
os solventes agrupados nos escores negativos da
CP2 e positivos da CP3 extraem maiores teores de
ácidos clorogênicos, sacarose e trigonelina. Nos
escores positivos das duas componentes encontram-
se os solventes que extraem cafeína. Os ácidos
graxos (AG) estão presentes nos extratos agrupados
nos escores positivos da CP2 e negativos da CP32-3.
Figura 1 - Gráfico dos escores de CP2xCP3.
Os tratamentos Q10 e Q6 foram separados pelo
solvente etanol, na CP2 e pelo hexano, na CP3. Os
espectros de RMNH1 dos extratos obtidos com
hexano apresentam sinais característicos de ésteres
de cafestol e caveol, porém os sinais apresentam-se
mais intensos em Q6. O espectro RMNH1 do extrato
etanólico de Q10 evidenciou a presença de ACG,
sacarose e trigonelina enquanto que o de Q6
apresentou os sinais característicos de cafeína.
Conclusões Os espectros de RMNH1 dos extratos etanólicos
diferenciaram os tratamentos estudados,
caracterizando o mais adensado pela presença de
ACG, sacarose e trigonelina e o menos adensado,
pela cafeína.
Agradecimentos A CAPES, CNPq, Fundação Araucária,
Consórcio Brasileiro de Pesquisa Café, Laboratório
Multiusuário de Espectroscopia da UEL e UTFPR.
____________________ 1 Esquivel, P.; Jiménez, V. M. Food Res. Int., 2012, 46, 488–495. 2 Wei, f.; Furihata, K.; Hu, F.; Miyakawa, T.; Tanokura, M. Magn. Reson. Chem., 2010, 48, 857-865. 3 Kwon, D-J.; Jeong, H-J.; Moon, H.; Kim, H-N.; Cho, J-H.; Lee, J-E.; Hong, K. S.; Hong, Y-S. Food Res. Int., 2015, 67, 175-182.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 36
QA 26
Determinação dos Coeficientes de Difusão para Selenito e Selenato em Argilominerais
Angelita Aparecida Ribeiro da Silva1 (PG)*, Paulo S. Parreira2 (PQ), Maria Josefa Santos1
(PQ). *[email protected] 1 Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciência Exatas, Depto de Química; 2 UEL, CCE, Depto de Física.
Palavras Chave: Bentonita, Selênio, Contaminantes emergentes.
Introdução O selênio, um contaminante emergente, é considerado o mais tóxico dos elementos essenciais, e em águas naturais é freqüentemente encontrado na forma de íons selenito [(SeO3)]2–, e selenato [(SeO4)]2–. O conhecimento da concentração, bem como da mobilização de suas espécies no ambiente tem se tornado um desafio, devido ao caráter aniônico. Desta forma, materiais com potencial capacidade sortiva podem ser utilizados para sua especiação. Bentonita é uma rocha composta principalmente por montmorilonita, uma esmectita com estrutura 2:1, elevado poder de inchamento elevada área superficial e capacidade de sorção. A difusão neste meio, é um fenômeno de transporte passivo, influenciada pela natureza das espécies e por sua composição e porosidade. Na busca de materiais que viabilizem a especiação para o selênio, o objetivo desse estudo foi a determinação dos coeficientes de difusão de selenito e selenato em bentonita. Os experimentos de difusão foram realizados utilizando duas seringas de polipropileno (5 mL), recheadas com bentonita saturada com água em sua capacidade de campo (0,42 ± 0,04 cm3 água cm–3 solo), acopladas horizontalmente. Ao meio de cada conjunto foi adicionada uma lâmina de 2 mm de bentonita contaminada com Na2(SeO4) ou Na2(SeO3) (Sigma Aldrich). Os experimentos foram realizados em três diferentes tempos, 48, 96 e 192 horas. As seringas foram desacopladas e o conteúdo fatiado. As fatias foram secas, maceradas e analisadas por fluorescência de raios X (Ray-Ny EDX720–Shimadzu) no modo quantitativo com colimador de 3 mm, atmosfera de ar, tempo de análise de 50 s, 50 kV e corrente 30 μA.
Resultados e Discussão
A bentonita apresentou área superficial de 109 m2 g–
1 e composição de óxidos: SiO2 (40,62%), Al2O3 (22,75%) e Fe2O3 (20,87%), entre outros, em 59% de argila. Algumas propriedades físico-químicas estão reunidas na Tabela 1. Tabela 1. Caracterização físico química da bentonita
D (g cm–3) pH CTC (cmol dm–3) pHPCZ
2,50± 0,04 7,5±0,1 71,66 ±0,87 6,8
A concentração de selênio possibilitou construir um modelo matemático (MatLab 7.10.0TM 2010). Os
coeficientes de difusão foram da ordem de 10–10 m2 s–1 para o selenato e 10–12 m2 s–1 para o selenito. A diferença está ligada diretamente à interação entre os óxidos presentes na bentonita e as espécies em questão. A geometria tetraédrica do íon selenato promove menor interação, enquanto a do selenito, do tipo trigonal piramidal com um par de elétrons livre possibilita maior interação e menor difusão. A Fig. 1 refere-se à difusão do selenato. Acredita-se que a gaussiana dupla seja devido à coexistência de
selenato e selenito. O próximo passo desse trabalho é a especiação a partir do processo difusivo. Figura 1. Difusão de selenato em bentonita em um período de 48 horas. Da1=1,01.10 10 e Da2=5,99.10 12
m2 s 1
Conclusões O pHPCZ abaixo do valor do pH indica superfície negativa e boa capacidade para sorver espécies catiônicas. Assim, espécies aniônicas como selenito e selenato tendem a se difundir mais livremente. O íon selenito, graças à sua geometria, é mais fortemente sorvido pela bentonita que o selenato.
___________________________________
1Gutiérrez, M. G.; Cormenzana, J.L.; Missana, T.; Alonso, U.; Mingarro, M. Physics and Chemistry of the Earth 2011, 36, 1708–1713. 2Sharmasarkar.S; Vance.F.George. Elsevier. Advances in Environmental Research 2001, 7, 87-95.
-0.04 -0.03 -0.02 -0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.040
0.5
1
1.5
2
2.5
3x 10
5
Distância [m]
Concentr
ação [
cps]
g1(x)
g2(x)
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 37
QA 27
Determinação Total e Bioacessibilidade de Íons Metálicos em Alimentos
empregando Espectrometria de Absorção Atômica
Camila Kulek de Andrade (PG)1*, Patrícia M. K. de Brito (IC)1, Jéssika A. S. Almeida (IC)1, Vanessa Egéa
dos Anjos (PQ)2, Sueli Pércio Quináia (PQ)1.
1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) – Departamento de Química – Guarapuava, PR. 2Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – Departamento de Química – Ponta Grossa, PR.
Palavras Chave: Elementos traço, alimentos, absorção atômica, bioacessibilidade.
Introdução Os alimentos e bebidas em geral, são as principais fontes de nutrientes para os seres vivos. Dentre estes se tem os íons metálicos, que dependendo da concentração e especiação na matriz alimentar, possuem importantes funções biológicas no organismo1. No entanto, a ingestão destes elementos deve ser controlada, visto que excessos podem levar a efeitos tóxicos no organismo2. Além de metais essenciais (Ca, Mg, Na, Fe, Zn, Mn, etc.), os alimentos podem apresentar metais ou metalóides tóxicos (Pb, Cd, As, etc.), que quando ingeridos podem causar danos a saúde humana2. Procedimentos convencionais de tratamento de amostra (digestão via seca ou via úmida) frequentemente são utilizados na determinação de espécies metálicas em alimentos. Apesar de serem mais usuais, esses procedimentos podem ser fontes de contaminação e perda do analito de interesse3. Nesse sentido, o presente trabalho busca melhorar ou desenvolver metodologias analíticas para determinação rápida e direta de íons metálicos em alimentos funcionais como iogurte e chá mate empregando absorção atômica. Além disso, pretende-se determinar as frações bioacessíveis dos metais nestes alimentos, a fim de verificar a contribuição nutricional dos mesmos na rota de ingestão-digestão-absorção humana.
Resultados e Discussão Inicialmente, diferentes procedimentos para preparo da amostra de iogurte foram testados para determinar Zn e Cu por FAAS (digestão via úmida em béquer; digestão em tubo criogênico; calcinação; suspensão em meio de HCl e em meio de HNO3). Recuperações mais significativas de Cu e Zn foram obtidos para digestão em tubo criogênico (93,4%) e para amostragem em suspensão (102,2 a 102,8 %). Diante disso, amostragem em suspensão e digestão em tubo criogênico, tiveram a robustez avaliada por planejamento fatorial. Para Zn, observou-se que nenhum dos fatores avaliados causavam diferenças na recuperação do metal em iogurte. Para Cu,
verificou-se que para a amostragem em suspensão, baixas concentrações de HCl (0,2 mol L-1) forneceram recuperações adequadas de Cu na matriz de interesse (100-105%). Pela praticidade e rapidez, a amostragem em suspensão foi otimizada e validada para determinação direta de Zn (por FAAS), Cu, Pb, Cd e Cr (por GF AAS) em iogurte. Zn, Cu e Cr puderam ser quantificados usando o mesmo preparo de amostra (40 g L-1 de iogurte, 0,2 mol L-1 de HCl e 1 min de agitação ultrassônica). Na quantificação de Pb e Cd foi necessário substituir HCl por HNO3 (0,6 mol L-1). Para todos os metais, os métodos desenvolvidos apresentaram linearidade, precisão e exatidão adequados. Valores de LQ foram baixos e variaram de 1,40 a 35,42 ng g-1 para os metais traço e foi de 1,33 µg g-1 para Zn. Os íons metálicos estudados foram quantificados em amostras comerciais de iogurte adquiridas na cidade de Guarapuava-PR. Pb e Cd não foram detectados em algumas amostras. Para Zn a concentração média em iogurte foi de 4,36 ± 0,81. Para Cu e Cr as concentrações variaram entre 17 e 80 ng g-1. Para chá mate (Ilex Paraguarienses) foram realizadas cocções em amostras provenientes do Estado do Paraná e Santa Catarina (21 amostras ao total), sendo que concentrações médias de 15,10 ± 6,89; 6,14 ± 2,50; 40,64 ± 28,98; 0,52 ± 0,16; 0,15 ± 0,10; 0,10 ± 0,06 e 0,03 ± 0,02 (µg g-1) foram obtidas para Zn, Fe, Al, Cu, Cr, Pb e Cd, respectivamente.
Conclusões Parciais Amostragem em suspensão é viável na quantificação direta de íons metálicos em iogurte. Para chá mate, existe uma ampla variabilidade entre o teor de metais e os diferentes locais de industrialização dos chás.
Agradecimentos Unicentro, UEPG, C-Labmu, Capes, Finep, CNPq e
Fundação Araucária.
____________________ 1Gupta, U. C. e Gupta, S. C. Pedosphere, 2014, 24, 1, 13–38. 2Hu, J.; Wu, F.; Wu, S.; Cao, Z.; Lin, X. e Wong, M. H. Chemosphere. 2013, 91, 455. 3De Andrade, C. K; Dos Anjos, V. E.; Felsner, M. L.; Torres, Y. R. e Quináia, S. P. Food Chem., 2014, 146, 167.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 38
QA 28
Determinação Voltamétrica de Fármacos Psicoativos: Avaliação da
Ocorrência e Destino em Ambientes Aquáticos
Chalder N. Nunes1* (PG), Vanessa E. dos Anjos2 (PQ), Sueli P. Quináia1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Departamento de Química, Guarapuava-PR. 2Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Departamento de Química, Ponta Grossa, PR.
Palavras Chave: Voltametria, Benzodiazepínicos, Coeficiente de distribuição, Águas Naturais, Sedimentos
Introdução
Contaminantes de preocupação emergente vêm
sendo encontrados em diversos compartimentos
ambientais em todo o mundo1,2,3 e compreendem
fármacos, drogas ilícitas, hormônios, produtos de
higiene pessoal, etc. Fármacos benzodiazepínicos
(BDZs), entre eles o clonazepam, alprazolam e
diazepam, são largamente prescritos no cenário
nacional e internacional e vêm sendo detectados em
ambientes aquáticos1. Todavia, pouco se sabe a
respeito dos riscos associados ao aporte destes
fármacos no ambiente aquático. Estudos a respeito
do comportamento dos BDZs em águas superficiais
e sedimentos são poucos4. Assim, este trabalho tem
por objetivo avaliar o comportamento e dinâmica dos
BDZs em águas superficiais e sedimentos. Uma das
etapas envolve o desenvolvimento de um método
para quantificar de maneira rápida, seletiva e com
mínimas etapas de pré-tratamento os BDZs em
ambientes aquáticos empregando voltametria.
Parte Experimental
Estudos iniciais foram realizados a fim de possibilitar
a determinação simultânea dos BDZs por voltametria
adsortiva de redissolução catódica, eletrodo de gota
de Hg, em meio tamponado pH 8,0. Posteriormente,
os métodos voltamétricos vêm sendo otimizados de
maneira univariada e para cada fármaco. E estudos
de validação intra-laboratorial serão realizados.
Estudos sobre formas simples de pré-concentração e
extração dos BDZs em águas naturais e sedimentos
serão avaliadas.
Resultados e Discussão
A determinação simultânea dos três BDZs mostrou-
se inviável após inúmeras tentativas estudando
potencial de acumulação (Eacc), eletrólito suporte e
pH. Sendo assim, optou-se por realizar otimizações
e estudos de validação para cada fármaco,
individualmente. Nesse sentido, é proposto que a
determinação simultânea será realizada de modo
exploratório e na forma de um screening usando
tampão fosfato, pH 8,0, potencial de acumulação de
-0,8 V e varredura de -0,3 a -1,2 V. Uma vez,
observada a presença de um fármaco,
determinações voltamétricas serão realizadas
utilizando a condição previamente otimizada para
este fármaco. Para as determinações individuais
condições de análise distintas para cada fármaco
foram determinadas baseadas na intensidade de
corrente de picos e resolução do sinal voltamétrico.
O clonazepam apresentou uma melhor resposta
voltamétrica com Eacc de -0,3 V durante 120 s em pH
alcalino (8,0). O E1/2 do clonazepam para estas
condições de análise foi em -0,39 V. As condições de
pH (7,0) e Eacc (-0,8 V) para o alprazolam foram
otimizadas em um trabalho anterior1, apresentando
E1/2 de – 0,90 V. Para o diazepam, o melhor sinal
voltamétrico foi obtido com Eacc de -0,6 V e eletrólito
suporte em pH 6,0. Seu E1/2 foi de -0,92 V sob tais
condições de análise.
Conclusões
A determinação qualitativa dos BDZs pode ser
realizada simultaneamente, ao passo que as
determinações quantitativas tiveram seus
parâmetros voltamétricos otimizados
individualmente. Estudos de validação serão
realizados, bem como ensaios em sedimentos
enriquecidos com os fármacos de interesse.
Agradecimentos
Capes, CNPq, FINEP, Fundação Araucária,
UNICENTRO.
____________________ 1 Nunes, C.N.; Pauluk, L.E.; dos Anjos, V.E.; Lopes, M.C.; Quináia, S.P. Anal Bioanal Chem. 2015, Article In press. DOI: 10.1007/s00216-015-8792-1. 2 Ferreira, A.P. JCHR 2014, 4(3), 25-32. 3 Matongo, S.; Birungi, G.; Moodley, B.; Ndungu, P. Chemosphere. 2015, 134, 133-140. 4 da Silva, B. F.; Jelic, A.; López-Serna, R.; Mozeto, A. A.; Petrovic, M.; Barceló, D. Chemosphere. 2011, 85, 1331-1339.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 39
QA 29
Desenvolvimento de Dispositivos DGT empregando Biossorventes como
Fase Ligante para Especiação de Elementos Traço
Daniele C. H. Seremeta (PG)*1, Adriano G. Viana (PQ)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)1.
1Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, CEP 84.030-900 - Ponta Grossa – Paraná.
Palavras Chave: Especiação, Antimônio, Cromo, DGT, Biossorventes.
Introdução
O comportamento, a dinâmica, a disponibilidade
biológica e possíveis efeitos tóxicos de elementos
traço em ambientes aquáticos é dependente da
especiação dos mesmos. Apesar da sua importância,
a especiação de elementos traço em águas naturais
ainda é um desafio analítico. Contudo, o uso de
dispositivos que simulam o funcionamento da célula
de um organismo vivo e que ainda possibilita estudos
in situ pode contribuir para a implantação de métodos
simples para a análise de especiação. Para tal,
dispositivos DGT (Difusão em Filmes Finos por
Gradiente de Concentração) vem sendo utilizados e
modificados. As medidas se baseiam na difusão de
elementos metálicos lábeis através de um hidrogel
com posterior retenção em fase ligante, que
normalmente contém resinas comerciais como a
Chelex-100. Alguns trabalhos substituem a resina
Chelex-100 por outras resinas, argilominerais e
Saccharomyces cerevisiae visando a ampliação do
uso dos dispositivos para outros elementos e
redução dos custos. Os dispositivos DGT comerciais
não são indicados na especiação de elementos traço
com diferentes estados de oxidação. Sb e Cr são
elementos presentes em águas naturais que podem
atuar como interferentes endócrinos, e que
apresentam comportamento e efeitos tóxicos
dependentes dos estados de oxidação. Nesse
sentido, esse trabalho tem como objetivo avaliar a
aplicabilidade de alguns biossorventes tais como
algas e polissacarídeos como fase ligante nos
dispositivos DGT para avaliar a especiação do Sb e
Cr em águas naturais. O uso dos biossorventes nos
dispositivos DGT tem vantagens tais como custo e o
funcionamento da fase ligante de modo mais
fidedigno ao mecanismo de interação dos elementos
traço com os organismos vivos.
Parte Experimental
Estudos serão conduzidos a fim de verificar a
potencialidade de alguns substratos biológicos na
retenção seletiva de Sb(III), Sb(V), Cr(III) e Cr(VI)
para utilização nos dispositivos DGT. O processo de
sorção será avaliado em diversas condições de pH e
força iônica, etc. Os dispositivos DGT modificados
serão comparados com os dispositivos comerciais e
outras técnicas clássicas usadas na especiação.
Todas as medidas serão realizadas através da
espectrometria de absorção atômica com forno de
grafite (GF AAS).
Resultados e Discussão
Estudos iniciais foram realizados com 7,5 g L-1 de
alga vermelha (in natura e após tratamento ácido) na
sorção de 50 µg L-1 de Sb(III) com tempo de contato
de 10min e 24h. A concentração de Sb(III) que
permaneceu em solução após tempo de contato foi
determinado por GF AAS usando tubo de grafite
pirolítico. De um modo geral, foi observado que o
tempo de contato não influenciou o processo de
sorção de Sb(III) pela alga. Os valores de sorção
foram 39,0% e 39,1% para 10min e 24h,
respectivamente. O processo de lavagem ácida da
alga possibilitou um pequeno aumento na sorção de
Sb(III), aumentando de 39,0% para 41,1%. Os
resultados preliminares indicam que a alga vermelha
pode sorver espécies de Sb(III) e que o processo de
sorção pode estar relacionado com troca iônica,
devido a saturação dos sítios de ligação da alga com
H+ e retenção do Sb(III) na forma aniônica.
Conclusões
Alga vermelha se mostra como um biossorvente
promissor, pela capacidade de reter concentrações
elevadas de Sb(III). Porém, mais estudos se mostram
necessários para avaliar se a retenção é seletiva
para Sb(III) e Sb(V).
Agradecimentos
UEPG e CLAB-MU, UNICENTRO, Capes, CNPQ
(448270/2014-5).
____________________ 1Buzier, R. et al. Environmental Pollution, 2014, 192, 52-58 2Kumar, K.S.; Dahms, H.U.; Won, E.J.; Lee, J.S.; Shin, K.H.
Ecotoxicology and Environmental Safety, 2015, 113, 329–352.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 40
QA 30
Eletrodo de diamante dopado com boro para determinação simultânea
de diuron, 2,4-D e tebutiuron
Eduardo Henrique Duarte1* (PG), Elen Romão Sartori1 (PQ), César Ricardo Teixeira Tarley1,2 (PQ). *[email protected]
1 Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR, Brasil 2 Departamento de Química Analítica - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, Brasil.
Palavras Chave: Diuron, 2,4-D, Tebutiuron e eletrodo de diamante dopado com boro
Introdução Os cultivos agrícolas são de extrema importância na economia mundial e para uma maior rentabilidade do produto é necessário o tratamento químico do solo, bem como a utilização de pesticidas (Herbicidas, fungicidas, entre outros), a fim de combater plantas indesejáveis1. Dentre eles, encontram-se os herbicidas diuron (DI), 2,4-D e tebutiuron (TB). A técnica mais utilizada e recomendada para determinação de herbicidas em amostras ambientais é o HPLC2, no entanto, alguns métodos voltamétricos já são reportados na literatura. O eletrodo de diamante dopado com boro (EDDB) tem sido amplamente empregado, devido suas ótimas propriedades (fraca adsorção de moléculas e ampla janela de potencial). Em vista disso, neste trabalho, foi desenvolvido um método voltamétrico simples, rápido e inédito para determinação simultânea de DI, 2,4-D e TB. No sentido de aumentar a sensibilidade de detecção, fez-se uso da extração em fase sólida contendo como adsorvente um polímero de poli(vinilimidazol) reticulado com trimetilpropano trimetaacrilato para ser aplicado em amostras ambientais.
Resultados e Discussão Medidas eletroquímicas foram realizadas em H2SO4 0,1 mol L-1 em uma célula de vidro contendo três eletrodos: referência Ag/AgCl, contra eletrodo de platina e EDDB (8000 ppm de boro, com uma área de 0,26 cm2) como eletrodo de trabalho, utilizando um potenciostato/galvanostato PGSTAT 101 (Autolab). Inicialmente foi avaliado o efeito do pré-tratamento anódico (PTA: 0,5 A/cm2 durante 30 s) e catódico (PTC: 0,5 A/cm2 durante 120 s) em H2SO4 0,5 mol L-1. No tratamento catódico obtiveram-se maiores correntes de pico de oxidação para a determinação simultânea dos herbicidas. Posteriormente, mediante o uso do EDDB pré-tratado catodicamente avaliou-se o efeito do tipo de eletrólito (tampões BR e acetato, NaNO3, H2SO4 e HClO4 em concentrações de 0,1 mol L-1) para a determinação simultânea dos herbicidas. Foram obtidos voltamogramas com melhor separação de picos e maior intensidade de corrente em H2SO4. No estudo de velocidade de varredura cíclica (10 a 100 mV s-1),
observou-se que a Ipa varia linearmente com v1/2, indicando que o processo de oxidação é controlado por difusão das espécies. Foram obtidos coeficientes de difusão, fazendo uso da equação de Cottrell de 1,02 x10-4 cm2 s-1, 9,6x10-5 cm2 s-1 e 3,10x10-4 cm2 s-
1, respectivamente, para DI, 2,4-D e TB. Uma triagem com as técnicas de voltametria de pulso diferencial (VPD) e onda quadrada (VOQ) e posteriormente uma matriz de Doehlert foram realizadas para avaliar as melhores condições para a curva analítica. A técnica de VPD foi selecionada e as condições ótimas foram: Tempo de modulação 2 ms; Velocidade de varredura 92,39 mV s-1; Amplitude de pulso 108,42 mV. Na ausência da etapa de pré concentração foram obtidos limites de detecção (LD) de 1,46 µmol L-1 para o DI, 3,2 µmol L-1 para o 2,4-D e 13,64 µmol L-1
do TB. Em outra etapa um cartucho contendo 200 mg de polímero foi utilizado para pré concentração de uma solução ternária (pH 3,7) dos herbicidas e eluídos com 5,0 mL de etanol. Essa alíquota foi evaporada e recuperada em 10 mL de H2SO4 0,1 mol L-1 para a leitura no potenciostato. Assim sendo, houve um aumento na sensibilidade do método, obtendo-se LD de 0,035 µmol L-1, 0,12 µmol L-1 e 0,34 µmol L-1 para os respectivos analitos DI, 2,4-D e TB.
Conclusões Medidas em H2SO4 0,1mol L-1 empregando EDDB apresentaram separação adequada dos picos de oxidação dos herbicidas, permitindo a determinação simultânea de DI, 2,4-D e TB. A etapa de pré concentração aumentou a sensibilidade do método, possibilitando futura aplicação em amostras ambientais.
Agradecimentos UEL, INTCBio, CAPES e Fundação Araucária. _______________________________________ 1. J. A. R. Rodrigues, Quim. Nova 2011,34,1254. 2. S, H, G. Brondi.; F. M. Lanças,; J. Liq. Chromatogr. Relat. Technol. 2004,27,179.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 41
QA 31
Síntese e emprego de IIP-RAM para pré-concentração direta de Cu(II) em alimentos proteicos e posterior determinação por FAAS/TS-FF-AAS
Fabio Antonio Cajamarca Suquila (PG)1*, César Ricardo Teixeira Tarley (PQ)1,2.
1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química. Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária Zeferino Vaz s/n, CEP 13083-970, Campinas-SP.
Palavras Chave: íons, sorção, pH.
Introdução
O Cobre é um micronutriente necessário para a
realização de alguns processos bioquímicos que
ocorrem nos seres vivos, como a síntese de
carboidratos e lipídeos. Porém, níveis excessivos
podem ser extremadamente tóxicos e produzir
efeitos adversos para a saúde. Atualmente, existem
diversas técnicas espectrométricas que permitem
detectar e quantificar metais em amostras de
interesse ambiental, farmacêutica, clínica e
alimentícia1. Contudo, a determinação direta de
metais em amostras alimentícias é inviabilizada
devido à baixa concentração dos elementos traços e
a alta concentração de macromoléculas
(interferentes) presentes nas amostras. Assim
sendo, usualmente faz-se necessário realizar etapas
de pré-tratamento da amostra, para viabilizar a
análise e conferir aumento na sensibilidade do
método. O objetivo deste trabalho é sintetizar,
caracterizar e aplicar um polímero ionicamente
impresso (IIP, do inglês Ion Imprinted Polymer) com
acesso restrito (RAM, do inglês Restricted Access
Material) capaz de excluir macromoléculas
(proteínas), além de extrair e pré-concentrar íons de
Cu2+ presentes em alimentos proteicos sem
tratamento prévio, para posterior determinação por
FAAS ou TS-FF-AAS.
Resultados e Discussão
Como estudo preliminar, o IIP foi sintetizado a partir
de: nitrato de cobre trihidratado [Cu(NO3)2. 3H2O]; N-
alil-2-tioureia, como ligante bifuncional; dimetacrilato
de etileno glicol (EGDMA) e 2,2'-azobisisobutironitrila
(AIBN) como agente de reticulação e o iniciador de
radical, respectivamente. O IIP foi lavado com água
deionizada, filtrado sob vácuo e seco em estufa a
60°C. Uma mini-coluna de plástico, contendo 50 mg
do IIP, foi utilizada para o sistema de pré-
concentração do cobre (II), esta foi conectada a um
injetor comutador acoplado ao FAAS ou TS-FF-AAS,
para determinação on-line do metal. Inicialmente, um
volume de HCl 1 mol L-1 foi percolado pela mini-
coluna a fim de remover o Cu2+ presente no IIP.
Posteriormente, a etapa de pré-concentração foi
executada percolando, durante 4 minutos, soluções
de 30 µg L-1 de Cu (II), tamponadas em pH 5,75 e
8,00, a uma vazão de 5,0 mL min-1. A eluição foi
realizada com HCI 1 mol L-1 com vazão de 5,0 e 0,6
mL min-1 para determinação por FAAS e TS-FF-AAS,
respectivamente. Com base nos testes inicias, o sinal
de absorbância obtido com FAAS e TS-FF-AAS para
a solução de Cu2+ em pH 5,75 pré-concentrada foi 5,5
e 17,5 vezes maior, respectivamente, em relação à
solução sem pré-concentrar. Do mesmo modo,
obteve-se um ganho de sinal de 3,8 vezes no FAAS
e 12,0 vezes no TS-FF-AAS, quando comparado com
o sinal da solução sem pré-concentrar em pH 8,00. A
diferença entre os sinais de absorbância obtidos nos
diferentes pH pode ser explicada a partir da
disponibilidade do Cu nas respectivas soluções. O
cobre em meio ácido está disponível na forma Cu2+,
entretanto, em meio básico e concentrações baixas
está presente na forma de Cu(OH)+ e portanto,
apresenta menor interação com o ligante N-alil-2-
tioureia. Cabe salientar, que a sensibilidade obtida
com o TS-FF-AAS foi 3 vezes maior em relação ao
FAAS, devido à menor dispersão da solução na
chama e maior eficiência na atomização. Em estudos
futuros, pretende-se sintetizar o IIP com RAM,
otimizar o pH, caracterizar o material empregando
técnicas como FT-IR, TGA, SEM, TEM, entre outras
técnicas complementares, além de, determinar o
limite de detecção, quantificação, e seletividade.
Conclusões
O IIP sintetizado e utilizado em um sistema de pré-
concentração (mini-coluna/injetor) permitiu pré-
concentrar íons Cu2+ em solução aquosa, obtendo
um ganho na sensibilidade de 5,5 e 17,5 vezes com
FAAS e TS-FF-AAS, respectivamente, em pH 5,75.
Agradecimentos
CAPES, INCT-BIO, Fundação Araucária /SANEPAR.
1Marestoni, L. D. ; Segatelli, M. G. ; Sotomayor, M. P. T. ; Sartori, L. R. ; Tarley, C. R. T. Rev Quím. Nova, v. 36, n. 8, p. 1194-1207, 2013.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 42
QA 32
Ampliação Das Potencialidades De Polímeros Quimicamente Impressos
Para Determinação De Substâncias Psicoativas
Fernanda Midori de Oliveira (PG)1a*, Marcello Ferreira da Costa (PQ)1b, César Ricardo Teixeira Tarley
(PQ)1a,2.
1Universidade Estadual de Londrina (UEL), aDepartamento de Química, bDepartamento de Física. Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária Zeferino Vaz s/n, CEP 13083-970, Campinas-SP.
Palavras Chave: Polímeros com acesso restrito, amitriptilina, extração em fase sólida.
Introdução
O desenvolvimento de novas fases extratoras
seletivas e capazes de excluírem macromoléculas
tem apresentado destaque entre os adsorventes
usualmente utilizados para o preparo de amostra,
pois possibilitam a limpeza da amostra, diminuem
etapas de pré-tratamento da amostra e reduzem o
efeito de matriz. Dentre as novas fases extratoras
tem-se destaque para os polímeros molecularmente
impressos com acesso restrito (MIP-RAM), que
apresentam cavidades seletivas para o composto de
interesse e uma superfície hidrofílica capaz de excluir
macromoléculas.1,2 Neste sentido, o presente
trabalho tem como objetivo desenvolver um MIP-
RAM para amitriptilina visando à determinação desta
substância psicoativa em amostras de urina e plasma
sanguíneo.
Resultados e Discussão
A obtenção de MIPs seletivos para a molécula molde
de interesse é altamente dependente da interação
entre o monômero funcional com o template. Deste
modo, optou-se por realizar uma simulação
computacional utilizando o software Gaussian 09, a
fim de avaliar qual o monômero que apresenta a
maior energia de interação com a amitriptilina. Para
a simulação computacional os seguintes monômeros
foram avaliados: N,N'-metilenobisacrilamida (M1),
ácido 4-imidazolacrílico (M2), imidazol-4-acrílico
etilester (M3), ácido acrílico (M4), acrilamida (M5),
acroleína (M6), alilamina (M7), acrilonitrila (M8),
etileno glicol dimetacrilato (M9), 2-aminoetil
metacrilato (M10), ácido metilenosuccínico (M11),
ácido metacrílico (M12), 1,3-divinilbenzeno (M13),
1,4-divinilbenzeno (M14), estireno (M15), 1-
vinilimidazol (M16), 2-vinilpiridina (M17), 4-
vinilpiridina (M18), ácido 2-acrilamido-2-metil-1-
propanossulfonico (M19) e 2-hidroxietil metacrilato
(M20). De acordo com os resultados obtidos pela
simulação computacional verificou-se que o
monômero que apresentou maior energia de
interação com a amitriptilina foi o N,N’-metileno-
bisacrilamida, o qual foi utilizado para a síntese de
dois polímeros utilizando o método de polimerização
por precipitação. Além do monômero funcional
pretende-se avaliar a inclusão de comonômeros
hidrofílicos na estrutura do material, com a finalidade
de diminuir a adsorção de macromoléculas na
superfície do polímero. Como comonomeros
hidrofílicos serão utilizados o 2-hidroxietil metacrilato
(HEMA) e o glicil metacrilato, além imobilização de
albumina sérica bovina na superfície do MIP. A partir
dos polímeros que serão sintetizados espera-se
obter materiais seletivos para amitriptilina e que
apresentem eficiência na exclusão de
macromoléculas.
Conclusões
O desenvolvimento de novas metodologias que
eliminem ou diminuam as etapas de pré-tratamento
de amostras é crucial para a evolução das
metodologias de preparo de amostras existentes até
o momento. Com este projeto de pesquisa pretende-
se propor uma nova metodologia analítica para
preparo de amostra fazendo uso de uma nova fase
extratora seletiva e eficiente na exclusão de
macromoléculas.
Agradecimentos
UEL, CNPq, CAPES, Fundação Araucária, INCT de Bioanalítica e ao Programa de Doutorado Associado UEL- UEPG- UNICENTRO.
____________________
1Puoci, F.; Iemma, F.; Cirillo, G.; Curcio, M.; Parisi, O.I.; Spizzirri, U.G.; Picci, N.; Eur. Polym. J. 2009, 45, 1634. 2Parisi, O.I.; Cirillo, G.; Curcio, M.; Puoci, F.; Iemma, F.; Gianfranco, U.; Picci, N.; J. Polym. Res. 2010, 17, 355–362.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 43
QA 33
Pós-tratamento de efluente de reator anaeróbio utilizando
coagulação/oxidação seguida de dupla filtração
Grasiele Soares Cavallini1,2* (PG/PQ), Carlos Magno de Sousa Vidal3 (PQ), Jeanette Beber de Souza3
(PQ), Sandro Xavier de Campos1 (PQ).
1Doutorado Associado em Química (UEPG/UNICENTRO/UEL) 2Departamento de Química Ambiental UFT 3Departamento de Engenharia Ambiental - UNICENTRO
Palavras Chave: Dupla filtração; coagulação/oxidação; ácido peracético; efluente UASB.
Introdução
Este trabalho avalia a eficiência de um sistema de
tratamento de esgoto sanitário, propondo o pós-
tratamento do efluente gerado pelo reator UASB,
através de uma unidade piloto de dupla filtração (DF),
composta por filtro de escoamento ascendente de
pedregulho e filtro descendente de areia1 (Fig. 1).
Como etapa preliminar à dupla filtração utilizou-se a
coagulação/oxidação, adotando três combinações:
Sulfato ferroso (SF) e ácido peracético (APA); Cloreto
férrico (CF) e CF e APA, todas com a mesma
concentração de ferro e em pH 5,5. Após os ensaios
de tratabilidade a eficiência do sistema foi avaliada
através de parâmetros físico-químicos e
microbiológicos.
Figura 1 – Sistema de dupla filtração: A) Filtro de Pedregulho
Ascendente (FAP); B) Filtro Rápido de areia descendente (FRD);
C) Piezômetros; D) Bomba para retrolavagem; E) Rotâmetro; F)
Reservatório graduado de água tratada; G) Unidade de aplicação
do coagulante/oxidante e ajuste de pH; H) Dreno de descarte.
Resultados e Discussão
Nas três combinações realizadas na unidade piloto
os sólidos em suspensão (SST) foram totalmente
removidos o que refletiu em remoções, superiores a
90% de turbidez e próximas de 100% em relação a
fósforo total. Na combinação CF e APA houve a
oxigenação do efluente antes do processo de
filtração, o que possibilitou maior remoção de DBO,
caracterizando a degradação aeróbia mesmo em
filtro rápido de areia2. Os tratamentos com a
presença do oxidante APA demonstram uma
remoção maior da cor do efluente. Quanto aos
parâmetros microbiológicos, a aplicação do APA
simultaneamente ao CF contribuiu para inativação
parcial dos microrganismos avaliados, enquanto que
a aplicação do APA (8 mg/L) após a dupla filtração
com CF possibilitou a inativação total quanto aos
indicadores de contaminação E. coli, Coliformes
Totais (CT) e colifagos. O sistema de tratamento
proposto obteve aproveitamento de 65% do efluente,
considerando o volume gasto para as retrolavagens
dos filtros.
Conclusões
A utilização do processo de coagulação/oxidação
de forma simultânea simplifica o tratamento e torna
possível a filtração de um efluente mais oxigenado,
possibilitando uma degradação aeróbia, o qual
ocorreu de forma menos eficiente sem a adição do
APA. A utilização da etapa preliminar de
coagulação/oxidação viabiliza a utilização do
processo de dupla filtração para o tratamento de
efluentes com alta carga orgânica e de material
suspenso.
Agradecimentos
Ao CNPq, a SANEPAR e a Thech Desinfecção Ltda.
___________________
1Norton-Brandão, D. N.; Scherrenberg, S. M.; Lier, J. B. J Environ Manage. 2013, 122, 85. 2Zheng, X. Ernst, M. Jekel, M. Water Res. 2010, 44, 3203.
A
B
C
C
D
E
F
G
H
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 44
QA 34
Remoção de compostos causadores de odor e gosto em água potável
com utilização de técnicas combinadas em sistemas de tratamento de
águas
Graziella dos Santos Portes Silva1 (PG)*, Ana Paula Staben Pruchniak1 (IC), Liliane Schier de Lima1
(PQ), Sueli Pércio Quináia1 (PQ).
1 Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) – Departamento de Química – Guarapuava, PR.
Palavras Chave: Adsorção, água potável, Geosmina, MIB.
Introdução
Atividades antrópicas têm favorecido a contaminação de mananciais de abastecimento, acelerando a produção de microrganismos como algas e cianobactérias1, as quais são responsáveis por emitir compostos associados ao odor e gosto de terra e mofo à água, entre eles 2-metilisoborneol (MIB) e trans-1, 10-dimetil-trans-9-decalol (Geosmina)2. Notáveis a baixas concentrações (ng/L), os consumidores percebem a sua presença, pois normalmente avaliam a qualidade da água potável através de percepções sensoriais. A busca de solução para estes problemas nas companhias de saneamento e abastecimento é permanente, uma vez que o sistema tradicional tem se mostrado ineficaz para remoção total dos compostos citados3. Dentre os métodos de remoção destes compostos, a adsorção em carvão ativado pulverizado (pó) - CAP – tem sido o método preferido por sua flexibilidade. A remoção de compostos odoríferos apresenta em geral um custo operacional elevado, e a adsorção em carvão ativado (CA) é amplamente aceita como uma tecnologia avançada para esta remoção. Assim há um grande interesse no aprimoramento das tecnologias existentes e no desenvolvimento de tecnologias mais avançadas com a utilização de técnicas como oxidação, sorção e biofiltração3.
Metodologia proposta - Materiais adsorventes a serem avaliados: materiais
carbonáceos alternativos como o caroço de pêssego,
carvões ativados comerciais de diferentes origens,
resíduos de carvões de indústria de alimentos
(reativados).
- Caracterização dos materiais adsorventes:
umidade, cinzas, pH, número de iodo, azul de
metileno, adsorção de caramelo, distribuição de
poros, área superficial, microscopia eletrônica de
varredura, grupos funcionais da superfície.
- Otimização e validação da metodologia analítica
para determinação de MIB e Geosmina:
cromatografia gasosa acoplada à espectrofotometria
de massa (CG-MS), utilizando técnica de extração
líquido-líquido (LLE).
- Proposição de um método para remoção de
compostos causadores de gosto e odor através de
técnicas combinadas com adsorção em carvões
ativados.
Resultados Preliminares e Discussão
O método de LLE, empregando hexano como
solvente extrator e padrões analíticos de MIB e
Geosmina foi utilizado para a construção das curvas
de calibração4. A detecção foi realizada em CG-MS,
e as curvas apresentaram valores aceitáveis de
correlação linear e regressão linear com ajuste do
modelo proposto.
Figura 1. Curva de calibração de MIB em hexano (a)
e curva de calibração de Geosmina em Hexano (b).
Agradecimentos
UNICENTRO, FA-FPTI e CAPES. ____________________ 1 Tundisi, J. G.; Tundisi, T. M. (2008). Limnologia. São Paulo: Oficina de Textos. 630 p 2 Westrhoff, P.; Rodriguez-Hernandez, M.; Sommerfeld, M. Water Research, 2005, 39 (20), 4899-4912. 3 Ferreir Filho, S.S.; Marchetto, M. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2006, 11 (1), 7-15. 4 MA. Xiaoyan, G. Naiyun, C. Beibei, L. Qingsong, Z. Qiaoli, G.U. Front. Environ. Sci. Eng. China, 2007, 1, 286-291.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 45
QA 35
Pesquisa rápida de antidepressivos residuais em lodo de estação de
tratamento de esgoto empregando CLAE-UV
Ismael L. Costa Jr.1,2 (PG) *, Christiane S. M. Kolc1 (PG), Adelmo L. Plestsch2 (PQ), Yohandra R. Torres1
(PQ).
*[email protected] 1UNICENTRO – Campus Cedeteg, Guarapuava – PR; 2 UTFPR – Campus Medianeira, Medianeira - PR.
Palavras Chave: Poluentes emergentes, antidepressivos, lodo, monitoramento ambiental, Validação Analítica.
Introdução A maioria dos fármacos, incluindo os antidepressivos,
devido as suas propriedades, apresentam tendências a
aportarem na biota e nos sedimentos.1,2 As estações de
tratamento de esgotos possuem tecnologias baseadas
em processos convencionais, voltados à estabilização
da matéria orgânica, remoção de nutrientes e
desinfecção. Com isso, não há uma degradação efetiva
destes fármacos considerados novos contaminantes.
Esta pesquisa teve por objetivo determinar cinco
antidepressivos residuais em lodo de estações de
tratamento de esgoto, utilizando extração com solvente
auxiliada por micro-ondas e cromatografia líquida de
alta eficiência acoplada à detecção por arranjo de
diodos.
Resultados e Discussão Validação do método
A seletividade foi avaliada pela comparação dos
cromatogramas do extrato da matriz, de amostras
fortificadas com concentração prevista de 1 µg mL-1 e
solução padrão na mesma concentração (Figura 01).
Não foram verificados interferentes nos tempos de
retenção dos cinco antidepressivos analisados.
Figura 01. Cromatogramas CLAE-UV (λ=230 nm) correspondentes aos extratos de uma amostra de sedimento sem os analitos (A), de uma amostra fortificada (B) e uma solução padrão (C).
No estudo da linearidade verificou-se que a resposta do método na faixa de trabalho utilizada foi adequada para todos os analitos, com valores de R2 de 99,9 a 100% (Tabela 1). A regressão foi satisfatória, pois Fcalc. de regressão é maior que o Fcríti. Não foi verificada falta de ajuste, pois os valores de Fcrít. de falta de ajuste foram maiores do que os de Fcalc. para cada analito. Os LD e LQ variaram de 0,01 a 0,05 µg mL-1 e de 0,03 a 0,15 µg mL-1, respectivamente. Os valores de DPR para a repetitividade variaram de 1,6 a 6,4% e a precisão intermediária de 3,6 a 8,1%. Para o nível de fortificação testado, são aceitos coeficientes de
variação de até 8%.3 A exatidão foi avaliada por meio de ensaios de recuperação com fortificação em três níveis.
Tabela 01. Parâmetros de calibração e análise da linearidade.
Considerando o nível empregado, são adequadas as
recuperações de 80 a 110%.3 Neste estudo, as
recuperações variaram na faixa de 50,3 a 95,7%,
valores análogos aos encontrados na literatura para
antidepressivos em sedimentos.
Aplicação do Método.
As concentrações dos analitos determinadas nas
amostras de lodo são mostradas na figura 02.
Figura 02. Concentrações de antidepressivos em lodo de lagoas de estabilização.
Pode ser verificado que as determinações dos antidepressivos estudados foram mais comuns nas lagoas que iniciam o sistema de tratamento (L1 e L2).
Conclusões A proposição de métodos rápidos e menos onerosos é
uma etapa decisiva para o monitoramento ambiental.
Nesse sentido, a metodologia para antidepressivos
residuais, baseada em extração por solventes auxiliada
por micro-ondas e CLAE-UV é uma ferramenta
adequada pela simplicidade e disponibilidade.
Agradecimentos Unicentro, FINEP e CNPq. ____________________ 1Halling-Sorensen, B.; Nors Nielsen, S.; Lanzky, P. F.; Ingerslev, F.; Holten Lutzhoft, H. C.; Jorgensen, S. E. Chemosphere, 1998, 36, 357. 2Costa Junior, I. L.; Pletsch, A. L.; Torres, Y. R. Revista Virtual de Química. 2014, 6 1408. 3AOAC. Appendix F – Guidelines for standard method performance requirements, 2012, 16.
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4
CIT VEN FLU SER AMI
Co
ncen
tração
(µ
g g
-1)
Dez/2013
Fev/2014
Mar/2014
Parâmetros de Regressão Linearidade
Reg. Ajuste
Equação F calc. F calc.
ÁREA=116(±101) +17505(±91)[CIT] 36912 0,54
ÁREA=228(±66) +15667(±53)[VEN] 88695 2,09
ÁREA=1727(±37) +5411(±31)[FLU] 31047 2,94
ÁREA=-3333(±178) +54721(±152)[SER] 128318 2,51
ÁREA=-18258(±242) +58341 (±173)[AMI] 113603 3,20
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 46
QA 36
Otimização e validação de metodologias analíticas para a determinação
de minerais em geleia real, pólen apícola e alcachofra por FAAS
Jeferson Meira dos Santos1* (PG), Maria de Lurdes Felsner1 (PQ).
1Departamento de Química, Universidade Estadual do Centro-Oeste, 85015-430 Guarapuava, PR, Brasil
Palavras Chave: minerais, fitoterápicos, quimiometria. FAAS
Introdução
O consumo de produtos fitoterápicos na forma de chá, extratos, cápsulas e comprimidos ou alimentos que supostamente promovem o emagrecimento e manutenção da saúde das pessoas, têm aumentado significativamente nas últimas décadas com intuito de amenizar problemas como insônia, stress, hipertensão, obesidade dentre outros1. Grande parte dos fitoterápicos não possuem uma composição química conhecida, e há grande escassez de uma legislação vigente que realize o controle nutricional e até mesmo toxicológico desses produtos2. A elucidação do conteúdo de minerais em fitoterápicos é de grande importância, pois, estes desempenham diversas funções no metabolismo dos organismos vivos. A determinação de metais em alimentos e fitoterápicos é normalmente realizada por técnicas de espectrometria atômica tais como, a espectrometria de absorção atômica por chama (FAAS), espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica em forno de grafite (GFAAS), espectrometria de absorção atômica por plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). A FAAS é uma técnica que possui boa robustez, precisão, seletividade e baixo custo sendo normalmente empregada em laboratórios de pesquisas, indústrias e no controle de qualidade3. Entretanto, nem sempre a determinação direta dos minerais é uma tarefa simples, devido aos elevados teores de matéria orgânica. Para isso, vários métodos de mineralização da amostra podem ser empregados tais como: digestão por via seca e por via úmida, digestão assistida por ultrassom e microondas e os processos oxidativos avançados. O objetivo geral do trabalho é otimizar e validar metodologias analíticas para a determinação de metais (Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn) em cápsulas de geléia real, em pólen apícola desidratado e em cápsulas de alcachofra por FAAS empregando diversas ferramentas quimiométricas. Não foram encontrados estudos na literatura concernente ao conteúdo de minerais nessas matrizes.
Metodologia
1ª Etapa: Levantamento Bibliográfico 2ª Etapa: Otimização do preparo de amostra dos fitoterápicos para análise por FAAS aplicando metodologia por superfície de resposta. 3ª Etapa: Validação das metodologias analíticas para a determinação de metais por FAAS em amostras de fitoterápicos. 4ª Etapa: Determinação dos teores de minerais nas diferentes amostras usando as metodologias validadas. 5ª Etapa: Disseminação da pesquisa (Redação de artigos, Qualificação e defesa da tese de Doutorado)
Resultados Esperados
O projeto contribuirá para a otimização e validação de metodologias analíticas rápidas, exatas e precisas, para a determinação de metais em fitoterápicos, aplicando a técnica de FAAS e diferentes ferramentas quimiométricas. Esses resultados irão gerar publicações científicas em periódicos nacionais e internacionais, Os resultados do projeto contribuirão para a ampliação do conhecimento sobre a segurança alimentar de determinados fitoterápicos consumidos pela sociedade, podendo dessa forma agregar valor aos mesmos.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Capes, Cnpq e à Fundação Araucária.
_______________
1Ernst, E. Trends in Pharmacological Sciences 2002, 23, 136. 2Basgel, S.; Erdemoglu, S.B. Science of the Total Environment 2006, 359, 82. 3Pohl, P.; Sergiel, I. Microchimica Acta 2010, 168, 9.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 47
QA 37
Especiação de Antimônio Empregando Extração por Ponto Nuvem e
Absorção Atômica
Jucimara Kulek de Andrade (PG)1*, Maria Lurdes Felsner (PQ)2, Vanessa Egéa dos Anjos (PQ)1.
1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Departamento de Química - Ponta Grossa, PR. 2Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) - Departamento de Química - Guarapuava, PR.
Palavras Chave: especiação química, antimônio, absorção atômica, ponto nuvem.
Introdução
O antimônio é um elemento considerado tóxico à
saúde humana, e que pode atuar como interferente
endócrino. A exposição humana ao Sb pode ser
ocupacional, decorrente do ambiente, alimentação, e
terapias medicinais. A sua toxicidade é dependente
do seu estado de oxidação, sendo que o Sb(III) é
mais tóxico que o Sb(V)1. Assim, estimativas da
biodisponibilidade e toxicidade devem ser baseadas
na avaliação da sua especiação. Nesse sentido, este
trabalho visa avaliar a especiação do Sb em
amostras ambientais e alimentares. E como proposta
tem-se a implantação do procedimento de extração
por ponto nuvem (EPN) aliada a espectrometria de
absorção atômica com atomização eletrotérmica em
forno de grafite.
Parte Experimental
Inicialmente estudos foram conduzidos de modo
univariado e por planejamento fatorial a fim de
otimizar a formação do ponto nuvem (PN)1. Os
fatores avaliados foram o tipo e concentração de
surfactante (TritonX-100 e 114), a concentração de
complexante (pirrolidinaditiocarbamato de amônio –
APDC), pH, agente redutor (L-cisteína). A
determinação seletiva de Sb foi realizada após
procedimento de EPN e determinação por
espectrometria de absorção atômica com forno de
grafite pirolítico (Varian), empregando curva analítica
em meio de HNO3 e metanol (0,1 mol L-1) e Triton X-
114. As condições de aquecimento do forno de
grafite foram otimizadas.
Resultados e Discussão
A determinação seletiva das espécies de Sb é
possível pela formação de ponto nuvem devido a
formação de um complexo com Sb(III) e APDC em
meio de surfactante. Assim, o Sb(III) é complexado
seletivamente e pré-concentrado na fase rica de
surfactante que será utilizada na determinação por
absorção atômica. O Sb total pode ser determinado
após redução do Sb(V) para Sb(III) com L-cisteína e
formação do PN. Consequentemente o teor de Sb(V)
é obtido pela diferença entre o teor total e Sb(III). Na
otimização do PN, foi observado que o uso do Triton
X-100 requer o uso de temperaturas elevadas (90ºC)
em relação ao Triton X-114 (50ºC), podendo
acarretar perdas por volatilidade do analito, bem
como, morosidade ao procedimento. Para a
determinação total foi observado que a redução do
Sb(V) foi adequada usando L-cisteína (1,0 %, m/v)
com aquecimento em ebulição por 15 min. A
condição otimizada através de um planejamento
fatorial para formação do PN foi APDC (3,5 %, m/v) e
Triton X-114 (3,0 %, v/v). A formação do PN e
especiação do Sb foi adequada usando o pH do meio
em 2,0 devido a baixa afinidade do APDC pelo Sb(V)
e máxima afinidade pelo Sb(III). Nessas condições a
recuperação da determinação de Sb(III) foi 100,1 %
e 104,0 % para Sb(V). A aplicação do procedimento
em uma amostra de água mineral indicou a presença
de 0,154 e 0,24 μg L-1 para Sb(V) e Sb(III),
respectivamente.
Conclusões
Até o presente momento, o procedimento de
extração por ponto nuvem para especiação de Sb
apresentou resultados satisfatórios. Estudos de
validação estão sendo realizados.
Agradecimentos
UEPG, UNICENTRO, CAPES, CNPq, FINEP e C-
Labmu.
____________________ 1Jiang, X.; Wen, S. e Xiang, G. Journal of Hazardous Materials 2010, 175, 146-150.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 48
QA 38
Síntese e Caracterização de Polímeros para Extração de Imazetapir em
Meio Aquoso
Juliana Casarin1*(PG), Affonso Celso Gonçalves Junior2(PQ), César Ricardo Teixeira Tarley1,3(PQ).
1Universidade Estadual de Londrina, Dep. de Química. Rod. Celso Garcia Cid, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Agrárias. CEP 85960-000, Marechal Cândido Rondon – PR. 3Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas, CEP 13083-970, Campinas-SP.
Palavras Chave: impressão molecular, HPLC, poluentes emergentes
Introdução
A extração em fase sólida (SPE) é uma das técnicas
mais utilizadas no preparo de amostras pois
possibilita a extração/pré-concentração de analitos
de matrizes complexas em uma única etapa. Dentre
os materiais utilizados na SPE tem-se destaque para
os polímeros molecularmente impressos (MIP), que
consistem em materiais que possuem cavidades
seletivas com o analito de interesse.1 Estudos
referentes à síntese de novas fases extratoras
baseadas em polímeros orgânicos, inorgânico ou
híbridos contendo diferentes monômeros funcionais,
têm sido propostos com o intuito de melhorar o
desempenho da SPE.2 Neste sentido, o presente
trabalho visa sintetizar, caracterizar e avaliar quando
a sorção de imazetapir (IM) em meio aquoso em um
polímero híbrido e dois polímeros orgânicos.
Resultados e Discussão
Foram sintetizados três polímeros, sendo um deles
um polímero híbrido (PH), sintetizado pelo processo
sol-gel e reação radicalar, e os outros dois polímeros
orgânicos, Pol-MAA e Pol-1VN, provenientes dos
monômeros ácido metacrílico (MAA) e 1-
vinilmidazole (1VN). A síntese do PH consistiu na
utilização do monômero MAA, o agente de
acoplamento KH-570, o iniciador radicalar AIBN, o
precursor inorgânico TEOS, a molécula molde (MM)
IM e o íon Al3+ (cloreto de alumínio). Os outros dois
polímeros foram sintetizados por polimerização via
precipitação utilizando como agente de ligação
cruzada TRIM, iniciador radicalar AIBN, solvente uma
mistura de ACN e CHCl3 (19:1, v/v) e monômero
funcional 1VN ou MAA. Paralelamente, foram
sintetizados os materiais sem a MM (NIP) com o
intuito de avaliar a seletividade das fases poliméricas
obtidas. Os materiais foram caracterizados por FT-IR
e MEV. O tempo necessário para que o IM
estabelecesse o equilíbrio entre a fase sólida e a fase
líquida foi de 50 minutos para o PH, com adsorção de
0,42 mg g-1 e 60 min. para os polímeros orgânicos,
com adsorção de 2,40 e 4,01 mg g-1 para o Pol-MAA
e Pol-1VN, respectivamente. Os dados de cinética de
adsorção foram bem descritos pelo modelo de
pseudo-segunda ordem, o que indica que existem
diferentes sítios com energias na superfície dos
polímeros.2 O modelo de difusão intrapartícula
também apresentou bom ajuste aos dados cinéticos.
Para o PH o valor relacionado a espessura da
camada limite (C) foi próximo de zero, indicando que
a difusão intrapartícula é a etapa limitante do
processo. Para o Pol-MAA e Pol-1VN o modelo de
difusão apresentou segmentos multi-lineares com
valores de C superiores, sugerindo que a sorção
ocorre tanto pela difusão externa e intrapartícula nos
poros. A seletividade foi determinada a partir da
adsorção competitiva binária IM/imazapyr,
IM/imazapic, IM/tebutiuron, IM/hexazinona, IM/diuron
e IM/ametrina. Verificou-se que o Pol-1VN adsorve
maiores quantidades de IM (valores de Kd maiores)
em relação ao Pol-MAA e PH, e menores
quantidades dos compostos concomitantes. Estes
resultados revelam que o Pol-1VN apresenta efeito
de impressão para o IM.
Conclusões
Com base nos resultados obtidos pode-se concluir
que o Pol-1VN pode ser usado como adsorvente em
SPE para extração seletiva de IM. Uma metodologia
de pré-concentração em SPE para determinação do
IM utilizando esta fase polimérica está em
andamento.
Agradecimentos
UEL, CNPq, CAPES e INCT-BIO.
__________________ 1 Tarley C.R.T., Sotomayor M.D.P.T., Kubota L.T., Quim. Nova 2005, 28, 1076. 2Fonseca, R.J. ; Segatelli, M.G. ; Borges, K.B. ; Tarley, C.R.T. React Funct Polym 2015, 93, 1.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 49
QA 39
Teores Naturais dos Elementos Metálicos em Solos não Poluídos do
Estado do Paraná
Juliane Maria Bergamin Bocardi1 (PG)*, Adelmo Lowe Pletsch2 (PQ), Sueli Pércio Quinaia1 (PQ).
1UNICENTRO – Campus Cedeteg, Guarapuava – PR. 2UTFPR – Campus Santa Helena, Santa Helena - PR.
Palavras Chave: solo, metais, naturais, absorção atômica.
Introdução
O solo é considerado um sistema heterogêneo complexo, sendo constituído por componentes orgânicos, minerais, gasosos e líquidos. Quanto à origem dos metais presentes no solo, estes podem ser divididos em duas categorias: litogênicos (quando são provenientes de fontes geológicas, como resíduo de rocha ou liberados pelo intemperismo) e antropogênicos (quando são adicionados ao solo pela atividade humana, como mineração, aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes)1. Solos de Referência compõem um conjunto de classes de solos representativo de determinada região e, por esta razão, constituem valioso material de pesquisa. Comparativamente ao referencial, esses dados podem ser usados para estudos dos efeitos do uso do solo sobre suas características químicas e físicas2.
Os valores naturais de níveis de metais no solo são
específicos para cada ambiente, o que torna
inadequada a extrapolação destes valores para
países e áreas diferentes do local de obtenção dos
dados3. Por esse motivo, existe a necessidade de
estabelecer Níveis de Bases Naturais (NBN), para o
estado do Paraná, de modo que possa contribuir para
a construção de um banco de dados condizentes
com a realidade local.
Materiais e Métodos
O estudo dos teores naturais dos elementos metálicos será conduzido no estado do Paraná, do oeste à região central do estado. Os locais de amostragem serão definidos com base no mapa das áreas estratégicas para conservação da biodiversidade do estado do Paraná em áreas sem interferência antropogênica ou com interferência antropogênica desprezível.
As principais determinações e procedimentos desta
pesquisa são apresentados na Figura 01.
Resultados Esperados
Através desta proposta de pesquisa pretende-se atingir os seguintes resultados prioritários:
Identificar as áreas sem interferência antropogênica, o tipo de solo da região de estudo e determinar os NBN dos metais no solo destas regiões.
Construir uma base de dados de referência dos NBN e correlacionar à diversidade litológica do estado com a ocorrência desses elementos.
Agradecimentos
Agradecimento à Unicentro, FINEP e CNPQ.
____________________
1Alloway. Heavy metals in soils. 2. Ed. London: Blackie Academic, 1995. 368p. 2Oliveira, A. B.; Nascimento, C. W. A. Revista Brasileira de Ciências do Solo, 2006, 30, 99-110. 3Baize, D.; Sterckeman, T. The Science of the Total Environment 2001, 264, 127-139.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 50
QA 40
Desenvolvimento de métodos de DMSPE/SPE-magnética associado a
CPE para a pré-concentração/especiação redox de crômio e selênio
Kristiany Moreira Diniz1(PG), César Ricardo T. Tarley1,2(PQ)*.
1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química. Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária Zeferino Vaz s/n, CEP 13083-970, Campinas-SP.
Palavras Chave: Selênio, Crômio, especiação, partículas magnéticas, DMSPE, CPE
Introdução
A literatura dispõe de métodos de especiação redox de Cr(III)/(VI) e Se(IV)/(VI), onde frequentemente ocorre a determinação seletiva de uma espécie, à medida que a outra é realizada por subtração do total. Etapas de oxidação ou redução geralmente envolvidas, podem provocar erros e prolongar o processo. Assim, a associação de métodos seletivos a fim de se determinar a concentração individual de cada espécie são buscados1. Desta forma, este trabalho foi dividido em dois capítulos, onde o primeiro consiste na síntese de uma fase sólida magnética mesoporosa amino funcionalizada, capaz de extrair seletivamente a espécie de Cr(VI). A espécie trivalente, por sua vez, foi pré-concentrada seletivamente como complexo metálico com 4-(2-tiazolilazo)-resorcinol (TAR) por extração por ponto nuvem (CPE). Para a extração do Se(IV) e Se(VI) dois polímeros iônicamente impressos (IIIP)-magnético foram utilizados com fase sólida magnética dispersiva (DMSPE).
Resultados e Discussão
As partículas de Fe3O4 foram obtidas por precipitação de Fe(II) e Fe(III) na presença de NaOH em atmosfera de N2 à 80°C. O recobrimento com sílica mesoporosa foi realizado pelo processo sol gel com NH4OH, CTAB e TEOS. A amino funcionalização com foi realizada em refluxo por 12h a 110 ºC2. Os materiais obtidos em diferentes etapas da síntese foram caracterizados com FTIR, onde a formação do Fe3O4 foi comprovada por meio da presença do estiramento Fe-O-Fe em 580 cm-1 e o recobrimento com sílica com a presença da banda em 1080 cm-1 indicando a ligação de Si-O-Si. Em 964 cm-1 observou-se o sinal referente à ligação Si-OH. A presença da estrutura cristalina do Fe3O4 foi verificada com o Raio-X, e com TEM, tamanhos manométricos. Isotermas de BET mostraram que o material final foi mesoporoso e com grande área superficial (119,8m2 g-1). Observou-se que em pH 5,0 foi possível realizar a especiação de Cr(III) e Cr(VI) associando sequencialmente os dois métodos de extração. O sistema foi baseado na pré-concentração de Cr(VI) em 25 mg do adsorvente por 1 min auxiliada por vortex e a eluição em 5 min com 500μL de HCl 2,5 mol L-1. A espécie Cr(III) no sobrenadante foi submetida a CPE. A concentração de Triton x-114 e
do ligante TAR foram avaliadas por meio de uma matriz de Doehlert, e os valores ótimos foram de 0,3% e de 5,84x10-4 mol L-1, respectivamente. Foram obtidos limites de detecção de 1,08 μg L-1 para o Cr(VI) e 3,16 μg L-1 para o Cr(III). O estudo com íons interferentes não apresentou interferência no sinal analítico. O método foi aplicado em amostras de água, com satisfatória recuperação e a exatidão avaliada com o material certificado de referência DORM-3. Para o segundo capítulo, as partículas de Fe3O4/SiO2 foram funcionalizadas com grupos C=C para a posterior polimerização orgânica. Para o IIP de Se(VI) o monômero funcional N-alil tiuréia foi utilizado e para o IIP-Se(IV) o complexo Se(IV)-DAN foi formando e polimerizado com 4- vinil piridina. Cada um dos polímeros permaneceu sob atmosfera inerte a 60ºC por 24h, com a adição 1,5g das partículas magnéticas, o EDGMA foi utilizado como agente de ligação cruzada e o AIBN como iniciador radicalar.
Conclusões
A associação sequencial da DMSPE e CPE foi eficiente na especiação redox de crômio. Em um único valor de pH foi possível extrair seletivamente as duas espécies, apresentando baixos limites de detecção, satisfatória precisão e ausência de efeito de matriz em diferentes amostras de água. Como próximas etapas, a caracterização dos IIPs de selênio, bem como toda a otimização e aplicação analítica, serão realizados.
Agradecimentos
FAEPE-UEL, CAPES, CNPq, Fundação Araucária e INCT-Bioanalítica.
___________________
1 Tarley, C. R. T., et al. Talanta. 2012, 100, 71-79. 2 Yuan, Q. et al. J. Hazard. Mater. 2013, 254– 255, 157– 165.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 51
QA 41
Avaliação do Comportamento e Nimesulida em Águas Naturais empregando Voltametria
Luciane Miranda (PG)1*, Vanessa P. Carvalho (IC)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)2, Sueli P. Quináia (PQ)1. *[email protected]
1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENRO). Departamento de Química. 2Universidade Estadual de Ponta
Grossa (UEPG). Departamento de Química.
Palavras Chave: Fármacos, Ambientes Aquáticos, Voltametria.
Introdução
A presença de fármacos em amostras tais como
águas naturais, águas de abastecimento público,
sedimentos, é uma preocupação ambiental e de
saúde pública. Os efeitos ecotoxicológicos desses
contaminantes emergentes, que não legislados no
Brasil, ainda não são totalmente conhecidos. Assim,
o desenvolvimento de técnicas analíticas de baixo
custo e elevada sensibilidade que auxiliem na
implatanção de programas de monitoramento
ambiental é relevante.1 Além disso, poucos estudos
sobre a dinâmica dos fármacos no ambiente são
realizados.2 Nesse sentido, esse trabalho tem como
objetivo a avaliação do comportamento nimesulida
(NIM) em amostras de água natural simuladas em
laboratório a fim de conhecer a degradação e
interação com matéria orgânica. É proposto o
desenvolvimento de métodos analíticos empregado a
voltametria adsortiva de redissolução catódica com
eletrodo de gota pendente de mercúrio.
Resultados e Discussão
Inicialmente a otimização do método voltamétrico foi
realizado avaliando inúmeros parâmetros
instrumentais, pH, eletrólito de suporte para a
determinação de concentrações traço de NIM e STP
em amostras ambientais. Estudos de validação intra-
laboratorial foram realizados para NIM e atualmente,
estudos vêm sendo realizados para STP. O método
de quantificação para NIM foi a adição de padrão
com faixa linear de 0,50 a 50,0 µg L-1 para um tempo
de 60 s de pré-concentração no eletrodo de trabalho.
A linearidade apresentou regressão linear
significativa sem falta de ajuste ao modelo linear. O
método se mostrou preciso com valores de desvio
padrão relativo de 8,96% e 10,25% para a
repetibilidade e precisão intermediária,
respectivamente. A exatidão foi adequada, pois nos
estudos de adição e recuperação em solução aquosa
e água de rio os valores variaram entre 111 a 120%.
Os limites de detecção e quantificação foram baixos
com valores de 0,3 e 0,9 µg L-1, respectivamente para
60 s de pré-concentração. O método foi aplicado em
seis amostras de água superficial, coletas no Lago de
Itaipu (nos munícipios de Entre Rios o Oeste, Santa
Helena, São Miguel do Iguaçu e Foz do Iguaçu-PR),
pois é uma ampla área de barragens para a geração
de energia, utilizada também para recreação e
turismo, navegação, captações de água para fins
urbanos e industriais. Entre as amostras avaliadas
detectou-se 1191,5 e 230,9 µg L-1, no afluente e
efluente de estação de tratamento de esgoto,
respectivamente. Os teores são maiores que os
encontrados estudos da literatura, com teores de NIM
menores que 30 µg L-1 em amostras de água doce e
de mar. Neste trabalho, estudos também foram
realizados para avaliar a possível persistência do
NIM em águas naturais devido ação da radiação UV-
VIS. Assim, ensaios de fotodegradação em ambiente
isento de radiação solar foram realizados com
recipientes de vidro contendo amostra enriquecida
com NIM (150 µg L-1) e irradiação com lâmpada de
vapor de Hg, durante 12 h. Os resultados indicam
que conforme ocorre um aumento do tempo de
irradiação a concentração de NIM em solução
aquosa diminiu. Após 4 e 8 h de ensaio, o teor de NIM
diminuiu de 30,23 para 16,67 µg L-1,
respectivamente. Após 12h notou-se a completa
degradação do fármaco, caracterizada pela ausência
do pico voltamétrico. Outros fatores podem
influenciar na degradação do NIM. Dessa forma,
outros estudos serão realizados com amostras de
água sintética. Outros ensaios indicaram que o
aumento da temperatura do meio não contribui na
degradação do NIM.
Conclusões
A voltametria se mostrou uma técnica de baixo custo
adequada para a determinação de NIM em águas
naturais e em estudo de fotodegradação.
Agradecimentos
FA-FPTI, FINEP, Capes, CNPq, Unicentro, UEPG.
____________________ 1Miranda, L.; Felsner, M. L..; Hoss, I.; Galli, A. e Quináia, S. P. Quim. Nova. 2015, 38, 419. 2Curtis, M. D.; Shiu, K.; Butler, W. M. e Huffmann, J. C. J. Am. Chem. Soc. 1986, 108, 3335.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 52
QA 42
Análise de pesticidas em águas superficiais
Mariana Bortholazzi Almeida (PG)1 *, Suzana Lucy Nixdorf (PQ)1.
1.Universidade Estadual de Londrina – Centro de Ciências Exatas – Departamento de Química
Palavras Chave: agrotóxicos, atrazina, imazetapir, 2,4D, HPLC-UV, SPE.
Introdução
O comportamento do agrotóxico no ambiente é
bastante complexo. No ambiente as substâncias
sofrem processos físicos, químicos ou biológicos,
que modificam as suas propriedades e influenciam
no seu comportamento, toxicidade, além de gerarem
subprodutos. A análise de resíduos de agrotóxicos no
ambiente deve levar em consideração também a
baixa concentração e a presença de inúmeras
espécies interferentes. Adotando-se a técnica
consagrada da extração em fase sólida (SPE) para o
preparo das amostras, procurou-se desenvolver um
método cromatográfico capaz de analisar os
pesticidas 2,4 D, atrazina (ATZ) e imazetapir (IMZ)
em amostras de água superficial, possivelmente
contaminadas.
Resultados e Discussão
O método cromatográfico proposto para análise de
agrotóxicos em água de rio utilizou uma coluna
Hipersil Gold PFP (Thermo, EUA) que apresenta
maior seletividade e capacidade de separação de
compostos halogenados e aromáticos, como os
analitos de interesse, com fase móvel ácido fórmico
pH 3,00 e acetonitrila (75:25, v/v). As 9 amostras
coletadas foram previamente concentradas por SPE.
Os cromatogramas obtidos apresentaram uma
grande variedade de sinais analíticos (Fig. 1a), sendo
alguns em concentrações mais elevadas e presentes
em todos os pontos analisados. Dentre as 9 amostras
coletadas apenas 4 apresentaram IMZ e ATZ, não foi
detectado 2,4 D em nenhuma amostras. O
cromatograma típico para estes pesticidas e o
espectro UV estão apresentados na Fig. 1b. O
método cromatográfico apresentou-se linear na faixa
de 0,1 a 50 ppm com R2>0,999 para todas as curvas,
preciso (CV<5%), com LD e LQ de e 0,18 e 0,60
ppm para a ATZ; 0,15 e 0,51 ppm para o IMZ e 0,26
e 0,85 ppm para o 2,4 D. A amostra P4 apresentou
51,97 ppm para ATZ; a P5 476,27 ppm para IMZ; P7
e P9 142,80 e 148,5 ppm para ATZ e 368,22 e 148,45
ppm para IMZ. As amostras contendo ATZ
apresentaram valores muito acima do permitido pela
legislação vigente para águas superficiais, que é de
2 ppm. O IMZ não possui legislação. Não foi possível
detectar estes compostos nas demais amostras,
possivelmente devido a limitações do método de
detecção.
Figura 1. (a) Sobreposição do cromatograma das amostras.(b) Cromatograma típico e espectro UV para padrões de imazetapir(1), atrazina(2) e 2,4 D (3).
Conclusões O método cromatográfico mostrou-se adequado à
análise dos compostos alvo, com 4 amostras
contaminadas por dois destes. Estudos futuros
devem incluir a análise de demais contaminantes e
subprodutos, visto a variedade de sinal obtida, assim
como técnicas mais sensíveis como a espectrometria
de massas deverão ser empregadas para garantir a
detecção de compostos em concentração mais
baixa.
Agradecimentos À Capes pela bolsa concedida. 1Marchesan, E. et al., Ciência Rural. 2010, 40, 1053.
AU
0.000
0.005
0.010
0.015
0.020
0.025
0.030
0.035
0.040
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AU
0.00
0.05
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AU
0.00
0.02
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nm
300.00 400.00 500.00 600.00 700.00 800.00
a
b
1
2
3
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 53
QA 43
Análise de Fitohormônios de Café Arábica em Diferentes Etapas do Ciclo
Fenológico do Cafeeiro
Pedro Henrique Hatumura1*(PG), Ieda Spacino Scarminio1(PQ).
1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, CP 6001, Londrina – PR, 86051-990.
Palavras Chave: Coffee arabica, floração, fitohormônios, HPLC-DAD, métodos quimiométricos.
Introdução
Coffea arabica L. apresenta uma sucessão de fases
vegetativas e reprodutivas em função da sua reação
às condições do ambiente. No primeiro ano, são
formados os ramos vegetativos, depois se
desenvolvem as gemas florais que, quando maduras,
ficam prontas para a abertura das flores1. Os
cafeeiros são caracterizados por difícil manipulação
gênica, já que o seu florescimento é influenciado por
diversos fatores. Em todas as formas de indução
floral, os fitohormônios são as moléculas que
sinalizam para dar início ao surgimento de flores nas
plantas2. Com a florada, inicia-se o segundo ano a
partir do qual ocorre a formação dos grãos. Apesar
dos vários estudos sobre o café e seu ciclo
fenológico, a análise dos fitohormônios foi pouco
estudada. Por conseguinte, este projeto tem como
objetivo utilizar métodos quimiométricos associados
a dados espectroscópicos e cromatográficos para a
busca da quantificação dos fitohormônios na planta
do cafeeiro.
Parte Experimental
O plano de pesquisa foi constituído por manejo
relativo a quatro genótipos de Coffea arabica L.
(Iapar 59, IPR 106, Catuaí e Erreta). Os
fitohormônios serão determinados em frutos, folhas,
flores e gemas. A coleta das amostras foi realizada
60 dias antes da floração, durante a floração e 30,
100, 130, 190 e 250 dias após a floração. A Figura 1
detalha as posições onde foram feitas as coletas em
cada planta. A coleta foi realizada em triplicata nas
quatro cultivares, totalizando 12 plantas e 144 pontos
coletados para cada tipo de amostra. Todas as
coletas foram realizadas na sede do Instituto
Agronômico do Paraná (IAPAR) em Londrina. As
amostras obtidas serão utilizadas para a obtenção
dos extratos que serão analisados em HPLC-DAD.
Os resultados obtidos serão investigados por
métodos quimiométricos.
Figura 1. Esquema dos pontos coletados em cada planta.
Resultados Esperados
Será desenvolvida uma metodologia de extração de
fitohormônios de folhas, grãos, flores e gemas
originados de diferentes cultivares de plantas de café
arábica, na busca da quantificação da mesma em
diferentes partes e distintas fases fenológicas da
planta.
Agradecimentos
Os autores agradecem a CAPES, CNPq, Fundação
Araucária e Consórcio Brasileiro de Pesquisa Café.
____________________
1Camargo, A. P. de. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, 1985, 20, 831. 2Sauer, M.; Robert, S.; Kleine-Vehn, J. Auxin: simply complicated, Journal of Experimental Botany. 2013, 64, 2665.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 54
QA 44
Síntese, Caracterização e Aplicação de Adsorventes Poliméricos para
Pré-Concentração de Herbicidas e Posterior Determinação por HPLC-
DAD
Raquel Justo da Fonseca1,2 (PG)*, César Ricardo Teixeira Tarley 1,3(PQ).
*[email protected] 1 Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química. Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86050-
482, Londrina – PR. 2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Apucarana, CEP 86812-460, Apucarana – PR. 3 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária, CEP 13083-970, Campinas-SP.
Palavras Chave: herbicidas, multirresíduo, polímero orgânico, SPE, HPLC.
Introdução A SPE é umas das técnicas mais utilizadas antes de análises cromatográficas1, devido as suas vantagens com relação às técnicas de extração convencionais, sua facilidade de automação, simplicidade e custo reduzido. Comercialmente existe uma variedade de sorventes disponíveis, mas, estudos concernentes à síntese de novas fases extratoras baseadas em polímeros contendo agente de ligações cruzadas e monômeros funcionais, têm sido propostos para melhorar o desempenho da SPE no tocante a seletividade e resistência química. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo a síntese e avaliação as adsorventes poliméricos para a determinação de herbicida em águas com determinação por HPLC-DAD.
Resultados e Discussão Na síntese dos polímeros foram utilizados como agente de ligação cruzada trimetilpropano trimetacrilato (TRIM), iniciador radicalar (AIBN) e como solvente porogênico mistura de acetonitrila e clorofórmio (ACN:CHCl3,19:1, v/v) e monômero funcional 1-vinilidazol (VI) ou ácido metacríclico (MAA). Os materiais foram caracterizados por
FT-IR, MEV, BET, ATG e CHN. Para o estudo de caracterização foi escolhido como herbicida o Tebuthiuron. O efeito do pH na adsorção do herbicida nos materiais foi avaliado utilizando soluções em pH de 2 a 10 e agitados por 1 hora com 50 mg de adsorvente. Não houve diferença significativa na adsorção do herbicida em todas as faixas de pH para os dois polímeros. Estudos em batelada foram realizados para avaliar o tempo de equilíbrio do herbicida entre a fase sólida e a solução. Verificou-se que o tempo de equilíbrio foi de 20 min para ambos os polímeros. Modelos cinéticos foram aplicados aos dados experimentais e o que melhor se ajustou foi o de pseudo-segunda ordem para os dois materiais. Isotermas de adsorção em batelada foram realizadas para analisar o efeito do aumento da concentração na adsorção do herbicida nos materiais. Dentre os modelos de aplicados, o que melhor descreveu foi o de Langmuir-Freundlich para dois sítios com capacidade de máxima de adsorção de 213,89 e 186,76 mg de herbicida/g de polímero, para PVI e PMA respectivamente. Realizou-se estudos de pré-concentração e eluição em cartuchos de SPE, percolando 6 mL da solução do herbicida (20 mg L-1) em 200 mg de
PVI ou PMA condicionados no cartucho de SPE. Para a eluição foram testados diferentes solventes (diclorometano, acetona, etanol, clorofórmio, acetonitrila e metanol) utilizando alíquotas de 2mL (x3). A eluição quantitativa para os dois materiais foi obtida fazendo uso de metanol. Uma curva de ruptura foi construída percolando uma solução do herbicida de 100 mg L-1 em alíquotas de 5 mL. Através da leitura do efluente da coluna por HPLC determinou-se que a capacidade de adsorção no ponto de ruptura foi de 29,14 e 12,49 mg g-1 e a capacidade máxima de adsorção de 55,18 e 62,48 mg g-1 em condições dinâmicas para o PVI e o PMA, respectivamente. Para determinar as figuras de mérito do método, uma curva analítica foi construída com faixa linear de 0-200 µg L-1 percolando 50 mL de solução e eluindo com 3 mL de metanol. Os LOD para o PVI e PMA foram 0,07 e 0,11 µg L-1 e os LOQ foram 0,25 e 0,39 µg L-1 respectivamente, com fator de pré-concentração de 17,11 vezes para o PVI e 12,23 vezes para o PMA. A precisão analítica para o nível de 10 µg L-1 obteve RSD de 1,73 e 4,62 % e para o nível de 100 µg L-1 obteve-se 1,43 e 1,96% para o PVI e PMA respectivamente. O método foi aplicado em amostras reais de rio enriquecidas com 3 e 15 µg L-1 com recuperação de 100,26 e 99,83% para o PVI e 98,33 e 99,93% para o PMA respectivamente. Estudos de pré-concentração multirresíduo de herbicidas (diuron, tebuthiuron, ametrin e hexazinone) foram realizados onde se observou que os mateirais propostos possuem grande afinidade com os herbicidas.
Conclusões Os estudos mostraram que tanto o poli(vinilimidazol) quanto o poli (ácido metacrílico) são promissores na extração/pré-concentração do herbicida tebuthiuron em águas superficiais. Mediante as características satisfatórias obtidas até o momento, uma metodologia de pré-concentração e determinação multirresíduo de herbicidas está sendo desenvolvida e aplicada
Agradecimentos UEL, UTFPR, INCTBioAnalítica, Capes, CNPq e
Fundação Araucária. ____________________________________ 1Melo L.F.C.; Collins C.H.; Jardim I.C.S.F. J. Chromatogr. A. 2005, 1073, 75.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 55
QA 45
Tratamento em reator facultativo de lodo ativado gerado pela indústria
de alimentos
Rosimara Zittel¹ (PG)*, Sandro Xavier de Campos1(PQ).
1Universidade Estadual de Ponta Grossa, Doutorado em Química.
Palavras Chave: lodo ativado, reatores, razão C/N
Introdução
A destinação de resíduos sólidos é um dos maiores
problemas ambientais nos dias atuais. A
biodegradação é uma alternativa viável para o
tratamento de diferentes resíduos orgânicos sólidos.
Os lodos industriais são ricos em matéria orgânica e
micronutrientes e esse substrato necessita de
tratamento antes da disposição final para eliminação
de patógenos, sendo a biodegradação um processo
eficiente¹. Reatores tem sido uma tecnologia
promissora para o processo de degradação
microbiológica, oferecendo vantagens, tais como:
ausência de odor e de emissão de poluentes,
utilização de fontes diversas de resíduos orgânicos e
uma alternativa econômica². Os experimentos foram
realizados nas instalações da Universidade, com a
montagem de três reatores facultativos: R1 (lodo e
serragem); R2 (lodo e cepilho) e R3 (lodo e poda de
jardim). O monitoramento do processo será realizado
através de análises físico-químicas, biológicas e
espectroscópicas, no período de 180 dias. A
amostragem será realizada em diferentes camadas
dos reatores. Este trabalho tem como objetivo avaliar
a viabilidade de degradação de lodo industrial em
reator facultativo, utilizando diferentes tamanhos de
partículas de agentes estruturantes.
Resultados e Discussão
A razão C/N inicial para os reatores R1, R2 e R3 foi
de 12, 12 e 14, respectivamente. Essa razão é um
parâmetro importante na atividade microbiológica. O
lodo é um resíduo rico em nitrogênio, portanto
necessita ser misturado a resíduos ricos em carbono,
e estes devem ser adicionados para aumentar a
porosidade da mistura e melhorar o efeito da difusão
do oxigênio na massa. Além disso, afetam a duração
da fase termofílica³. Esta fase ocorre no período
inicial e é caracterizada por temperaturas entre 45ºC
e 55ºC, favorecendo a destruição dos agentes
patogênicos. No segundo dia após a deposição de
lodo, observou-se que a média de temperatura foi de
52ºC no reator R3 e, entre o terceiro e quinto dias, a
média alcançou 47ºC. Entretanto, nos reatores R1 e
R2, não ocorreu o acréscimo da temperatura, não
atingindo a fase termofílica. Nos reatores facultativos
existem regiões aeróbias e anaeróbias e o tamanho
das partículas dos resíduos exerce significativa
influência no processo. Os resultados iniciais para o
reator R3 mostraram que, a poda de jardim utilizada
como agente estruturante e razão C/N inicial de 14,
contribuíram para a elevada atividade microbiológica.
Para os reatores R1 e R2 a razão C/N inicial e o
tamanho das partículas influenciou
desfavoravelmente na atividade microbiológica e na
evolução do processo.
Conclusões
A biodegradação em reatores constitui uma
alternativa econômica e ambientalmente viável para
a estabilização de resíduos orgânicos industriais. Em
análise aos resultados, verificou-se que, o reator R3
apresentou parâmetros iniciais favoráveis à
degradação, entretanto, a partir da ineficiência dos
reatores R1 e R2, novos estudos serão realizados a
fim de verificar quais parâmetros iniciais são
eficientes para a degradação do resíduo de lodo
industrial em sistema de reatores facultativos.
____________________
¹ US-EPA, R-92. Control of Pathogens and Vector Attraction in Sewage Sludge, 2003. ² Kopcic, N. et al. Chemical Biochemical Engineering Quarterly, 2013, 27 (1), 57-64. ³ Chang, J. I.; Chen, Y. J. Bioresource Technology, 2010, 101, 5917-5924.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 56
QA 46
Adaptação de metodologia analítica de extração de pesticidas
organoclorados em peixe utilizando como detector CG-MS
Tatiana Roselena de Oliveira Stremel1* (PG), Sandro Xavier de Campos2 (PQ).
1Laboratório de Química Analítica Ambiental e Sanitária (QAAS).
Palavras Chave: pesticidas organoclorados, extração, ultrassom.
Introdução
O preparo da amostra é o processo de transformação de uma amostra em uma forma que é adequada para a análise. Envolve etapas como o pré-tratamento da amostra em função da complexidade das mesmas e das baixas concentrações dos compostos alvo, eliminando interferentes, alcançando os limites de detecção e quantificação requeridos pela técnica empregada. Várias são as técnicas empregadas para o preparo de amostras de peixe para determinação de pesticidas organoclorados, a maioria delas dispende um longo tempo de preparo e grandes volumes de solventes. Neste sentido o objetivo deste trabalho foi adaptar e otimizar uma metodologia de extração utilizando o ultrassom, tendo como ponto de partida a metodologia preconizada pela USEPA (3550b), 1996.
Resultados e Discussão
A espécie selecionada foi a Tilápia (Oreochromis niloticus). Inicialmente os solventes acetonitrila e acetona foram utilizados em testes para verificar a recuperação do padrão. Foi possível verificar que dos dois solventes utilizados o que apresentou a melhor recuperação nas condições teste foi a acetonitrila. Verificou-se ainda que nestas condições, utilizando a acetona como solvente de extração, tem-se a extração de colesterol. Como este composto pode diminuir a vida útil da coluna, a acetona foi descartada como solvente de extração. A metodologia adaptada consistiu em pesar 5 gramas de tecido, adicionou-se 10 gramas de Na2SO4, padrão surrogate e 50 mL de acetonitrila grau pesticida. Sonicou-se por 3 minutos e centrifugou-se a 2000 rpm. Reservou-se o solvente, o procedimento foi efetuado três vezes. O solvente foi rotaevaporado até 1 mL. À esse solvente em um tubo de centrifuga, foi adicionado 0,30 g de MgSO4 e 0,05 g de PSA e C18, agitou-se por 1 minuto no vórtex e centrifugou-se a 4000 rpm por 5 minutos. O sobrenadante foi retirado com uma micropipeta e armazenado em um vial para posterior injeção.
As recuperações estiveram entre 80 e 120%,
demonstrando que o método é eficaz para a extração
de pesticidas organoclorados em músculo de peixe.
Um cromatograma representativo da extração do
padrão analítico esta expresso na Figura 1.
Figura 1. Cromatograma representativo de padrão analítico por
utilizando acetonitrila como solvente de extração.
Conclusões
Pode-se concluir que a acetonitrila é um solvente
adequado para a extração de pesticidas
organoclorados em amostras de peixe utilizando
como método o ultrassom.
Agradecimentos
Os autores agradecem à CAPES pelo auxílio
financeiro e ao CLABMU pela disponibilidade de
equipamentos.
____________________
1USEPA. Ultrasonic extraction. Method 3550b. 1996
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 57
QA 47
Determinação de Pb, Cd e Ni em Amostras Biológicas de Bovinos para o
Biomonitoramento Ambiental
Tatiane Milão de Oliveira (PG)1a*, Karin Cristiane Justi (PQ)1a, Jayme Augusto Peres (PQ)1b.
1aDepartamento de Química, 1bDepartamento de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Centro-Oeste –
UNICENTRO, 85040-080 Guarapuava, PR, Brasil.
Palavras Chave: Chumbo, cádmio, níquel, animais bovinos, amostras biológicas.
Introdução
Os metais tóxicos podem ser inseridos no
meio ambiente pela atividade do homem ou por
origens geológicas. Estes metais podem transferir-se
nos solos pelo uso de fertilizantes e inseticidas,
deposição atmosférica e/ou intemperismo da rocha
matriz 1. As espécies metálicas constituem uma das
maiores fontes de contaminação do meio ambiente,
ocasionando grande impacto ambiental, econômico e
de saúde pública; se distinguem de outros poluentes
tóxicos pelo fato de não serem biodegradáveis 2.
Os animais devido ao seu prolongado
período de exposição aos contaminantes ambientais
acumulam os metais em seu organismo servindo
portanto como biomonitores ambientais. O
biomonitoramento ambiental é muito importante, já
que tem como finalidade prevenir a contaminação
humana por metais tóxicos devido ao consumo de
produtos derivados de animais contaminados, já que
os metais tóxicos tem grande valor acumulativo e não
são degradados com os métodos de preparo de
conservação e preparo dos alimentos 3.
Resultados Esperados
O trabalho tem como objetivo determinar a presença
de Pb, Cd e Ni em amostras biológicas de bovinos,
como sangue e leite. O foco principal do trabalho é
avaliar se há diferenças significativas dos metais,
avaliando o leite de cada teto do animal em
separado, considerando que cada teto possui
estrutura anatômica diferenciada, produzindo leite
em quantidade e qualidade diferentes.
Espera-se otimizar e validar uma metodologia
analítica para determinação de Pb, Cd e Ni para as
amostras de sangue e leite bovino. Analisar se há
diferenças significativas entre amostras de leite do
mesmo animal. Verificar se há diferenças na
concentração dos metais entre animais sadios e
doentes (mastite). Realizar um monitoramento da
região de Guarapuava-PR.
Agradecimentos
Coamig e CAPES.
____________________
1Mass, S.; Lucot, E.; Gimbert, F.; Crini, N.; Badot, P-M. Food Chemistry. 2011, 129, 7-12. 2Bakkali, k.; Martos, N.R.; Souhail, B.; Ballesteros, E. Food Chemistry. 2009, 116, 590-594. 3Peres, J.A.; Sakate, M. Tese de Doutorado, 2009.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 58
QA 48
Potenciais aplicações da espectroscopia NIR e cromatografia no estudo
da qualidade do café
Tiago B. Madeira1* (PG), Suzana L. Nixdorf1 (PQ).
1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445 Km 380, Campus
Universitário, Cx. Postal 10.011, CEP 86.057-970, Londrina – PR.
Palavras Chave: HPLC-HPAE-PAD, NIR, Café, Adulteração, Quimiometria.
Introdução O café é um dos produtos básicos mais valiosos,
sendo a 2ª mercadoria mais comercializada no
mundo, perdendo apenas para o petróleo1. A
qualidade final da bebida do café está
intrinsecamente relacionada à composição dos
grãos, sendo que outras variáveis como processos
pós-colheita e o grau de torra, afetam diretamente
seu sabor2. Segundo a legislação, o teor máximo de
impurezas permitido para o café torrado e moído é de
1%3. Consequentemente, várias têm sido as técnicas
analíticas empregadas na investigação dos
constituintes químicos do café, destacando-se a
cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC)4 e
espectroscopia no infravermelho próximo (NIR).
Aplicações do NIR estão em ascensão, pela rapidez,
simplicidade e sustentabilidade da técnica,
considerando sua capacidade em determinar
diversos parâmetros simultaneamente, sem a
necessidade do preparo de amostras, após
calibração5. O objetivo deste trabalho foi demonstrar
algumas das potenciais aplicações do HPLC e NIR
na diferenciação da qualidade de cafés,
considerando diferentes variedades de bebida
superior e inferior, além de adulterantes.
Resultados e Discussão Amostras de cafés arabica, premiados pela boa
qualidade sensorial em Concursos promovidos pela
EMATER - Café Qualidade Paraná (CQP), foram
analisadas por HPLC e NIR. Um banco de dados
espectral foi criado no NIR para amostras de cafés
crus (41 dos CQP de 2012 e 2013) e cafés torrados
(19 do CQP de 2013). Visando obter um espectro
representativo dos cafés de boa qualidade crus e
torrados, uma mistura (blend) contendo quantidades
iguais de todas as amostras foi analisada. Amostras
de diversos adulterantes torrados, comumente
adicionados ao café torrado e moído, também foram
avaliadas. Os espectros resultantes foram extraídos
do NIR sem nenhum tipo de tratamento matemático
e submetidos á técnicas de análise multivariada,
sendo que as técnicas de agrupamento hierárquico
(AH) e análises de componentes principais (ACP)
permitiram diferenciar as matrizes. Empregando o
método baseado na extração da ISO 11.292 (1995),
que utiliza a cromatografia líquida de alta eficiência
com troca aniônica e detecção eletroquímica pulso
amperométrico (HPLC-HPAE-PAD) através do
planejamento simplex-centroide de misturas foi
possível realizar a diferenciação entre cafés torrados
de qualidade superior (arábica) e bebida inferior
(robusta), após tratamento de dados por AH e ACP.
Conclusões Os espectros NIR das amostras premiadas
mostraram correlação com as classificações obtidas
nos Concursos pela análise sensorial.
A espectroscopia NIR associada á técnicas de
análise multivariada possibilitou separar em grupos
as diferentes matrizes de: adulterantes; cafés
premiados pela boa qualidade sensorial, crus e
torrados; e cafés comerciais.
O HPLC-HPAE-PAD associado à análise multivariada
permitiu diferenciar os cafés torrados e moídos
arábica, pelos menores teores de monossacarídeos,
em relação aos cafés robusta.
Agradecimentos À CAPES, ao CNPq e à Fundação Araucária pelas
bolsas de estudos.
1Nabais, J.V.; Carrott, P.; Carrott, M. M. L. R.; Luz, V.; Ortiiz, A. L. Bioresource Technology, 2008. v.99, p.7224-7231. 2MELO, W.L.B. Embrapa: Comunicado Técnico 58, São Carlos, 2004. 3BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº377 de 26 de abril de 1999. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, n.80, p.22-29, 1999. Seção 1. 4Domingues, D. S., Pauli, E. D., Abreu, J. E. M., Massura, F. W., Cristiano, V., Santos, M. J., Nixdorf, S. L. Food Chemistry. 146. 353–362., 2014. 5Santos, K. M.; Moura, M. F. V.; Azevedo, F. G.; Lima, K. M. G.; Raimundo Jr., I. M.; Pasquini, C. Anal. Chem. Lett., 2012 45, (7) 774-781.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 60
QI 49
Efeito da adição de FeO, Al2O3 e ZnO na fase vítrea no desenvolvimento
microestrutural e propriedades mecânicas de porcelanas triaxiais.
Aldo Przybysz1 (PQ)*, Adilson Luiz chinelatto2 (PQ), Fauze Jacó Anaissi1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro Oeste, UNICENTRO, R. Simão Camargo Varela de Sá, 03, CEP 85040-080,
Guarapuava, PR, Brasil. 2Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Av. General Carlos Cavalcante,4748, CEP 84030-900, Ponta Grossa,
PR, Brasil
Palavras Chave: Porcelanas, Sinterização, Microestruturas.
Introdução
Porcelanas são materiais multifásicos produzidos a
partir de matérias-primas naturais o que faz desses
produtos de baixo custo com uma grande variedade
de aplicação. Basicamente as porcelanas são
formadas por caulim, feldspato e quartzo e/ou
alumina. É durante o processo de sinterização que
ocorrem diversas reações químicas sendo essas
afetadas pela temperatura, tempo, atmosfera do
formo e composição da massa cerâmica. Após a
sinterização as principais fases cristalinas
encontradas são, a mulita e o quartzo e/ou alumina
dependendo do tipo de porcelana. Essas fases ficam
envolvidas por uma fase vítrea. Uma modificação na
composição das matérias-primas, quanto na massa
cerâmica altera as característica da fase líquida e por
consequência as propriedades do produto final.
Resultados e Discussão
Espera-se que os óxidos de ferro (FeO) e Zinco
(ZnO) caracterizados como elementos modificadores
de rede, atuem diretamente na fase vítrea durante o
processo de sinterização, modificando a viscosidade
desta, de maneira a diminuir a temperatura de
queima e melhorando a resistência do produto. O
óxido de alumínio (Al2O3) é caracterizado como
elemento intermediário formando uma das fases
cristalinas presentes, aumentando dessa maneira a
resistência mecânica do produto final, de acordo com
a microestrutura representada na Figura 1. A
resistência mecânica é adquirida pelo produto após
esse ser submetido ao processo de sinterização via
fase líquida, que após o resfriamento da origem a
fase vítrea. A viscosidade do líquido formado durante
a sinterização influência diretamente na resistência
mecânica final, devido a possível existência de poros
e formato desses também influência na resistência
mecânica. Poros com formas arredondadas tendem
a minimizar a concentração de tensão interna, ao
contrário dos poros com formatos irregular.
Dessa maneira à adequada temperatura e
composição da fase vítrea durante o processo de
sinterização é a chave para melhorar a resistência
mecânica final das porcelanas.
Figura 1. Microestrutura de porcelana triaxial aluminosa silicosa, composta por cristais de alumina e quartzo envolvidos pela fase vítrea.
Conclusões
Entre as fases presentes na estrutura das
porcelanas, a mais frágil é a fase vítrea, e a adição
de fontes de (FeO), (ZnO) e (Al2O3) alteram de
maneira significativa o desenvolvimento da
microestrutura e as propriedades mecânicas final.
Agradecimentos
Aos colegas do LabMat, que colaboram para o
desenvolvimento deste trabalho.
_____________________ 1-Chiang, Y. M; Birnie III, D.; Kingery, W. D., Physical Ceramics, J. Wiley 1997, 343 – 345. 2-Norton, F. H., Introdução a tecnologia cerâmica. Editora Edgard Blucher Ltda – São Paulo. 3-Sanchez, E., Ortz, M.J., García-Ten, J., Cantavella, V. Cerâmica Industrial, Setembro/Outubro, 15-20.
Cristais de
alumina
Poros
Fase vítrea
Cristais de
quartzo
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 61
QI 50
Estudos das propriedades estruturais e eletroquímicas do compósito
eletroativo Lap_CoO(OH)
Andréia Stadnik1 (PG)*, Fauze Jacó Anaissi1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Exatas e da Terra, Departamento de Química, Laboratório de
Materiais e Compostos Inorgânicos, Rua Simeão Varela de Sá, 03. CEP: 85040-080 – Guarapuava, Paraná.
Palavras Chave: Laponita, óxi-hidróxido de cobalto, compósito, caracterização
Introdução
A busca por novos materiais com características e propriedades específicas vem despertando interesse em argilominerais. Devido a formação de agregados moleculares e sistemas híbridos, as partículas servem como um andaime para as reações de polimerização [1]. Combinam-se á outros materiais como óxi-hidróxido de cobalto, que possui propriedades semicondutoras [2], boa atividade eletrocatalítica, estabilidade em condições alcalinas [3], entre outras. Desta forma, estudou-se as alterações nas propriedades de Lap_CoO(OH) a partir de Laponita e do CoO(OH).
Resultados e Discussão
O preparo do híbrido [Lap_CoO(OH)] ocorreu pela
mistura da argila Laponita com CoO(OH) coloidal
(adicionado lentamente), que foi mantida sob
agitação constante por 24 horas, e lavagem do
material. O TG-DTA, mostra as curvas de
decomposições térmicas para Laponita (A) e o
respectivo híbrido Lap_CoO(OH) (B) (Fig. 1).
Figura 1. TG-DTA para: A) Laponita e B) Lap_CoO(OH). Condições: temperatura ambiente até 1000°C, rampa de aquecimento de 15°C/min, atmosfera de ar comprimido (O2), panela de Pt e alumina como referência.
As imagens de MEV (Fig. 2) mostram os tamanhos e
formas das partículas diferenciadas, Laponita (Fig.
2.A) e Lap_CoO(OH) (Fig. 2.B). Diferenças no
comportamento eletroquímico Lap_CoO(OH) foram
avaliadas através da voltametria cíclica (VC), tanto
no eletrodo de Pt como de Au, para comparação, Fig.
3.
Figura 2. Imagens de MEV: A) Laponita, B) Lap_CoO(OH).
Figura 3. VCs dos EQM’s com o modificador Lap_CoO(OH): A) eletrodo de Platina (Pt), e B) eletrodo de ouro (Au).
Conclusões
O compósito Lap_CoO(OH) apresenta características estruturais e eletroquímicas do material intercalado CoO(OH) e demonstra melhor resposta em eletrodo de Au, devido a maior sensibilidade.
Agradecimentos
Os autores agradecem as agências de fomento CAPES, FINEP, CNPq. __________________ 1Hill, E. H.; Zhang, Y.; Whitten, D. G. Journal of Colloid and Interface Science, 2004. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcis.2014.12.006 2Tobias, J.R.; Wass, J.; Panas, I.; Ásbjörnsson, J.; Ahlberg, E. Journal of Electroanalytical Chemistry, 2007, 599, 295-312. 3Fan, L.F.; Wu, X.Q.; Guo, M.D.; Gao, Y.T. Electrochimica Acta, 2007, 52, 3654-3659.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 62
QI 51
Síntese do α-MoO3 obtido por método solvotérmico de baixo custo
Andressa Antunes Bortoti (PG)*, Amanda Gavanski (IC), Eryza Guimarães de Castro (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Exatas e da Terra, Departamento de Química, Laboratório de
Materiais e Compostos Inorgânicos - LabMat, Guarapuava, Paraná
Palavras Chave: Óxido de molibdênio, Síntese, Baixa temperatura, Caracterização, Defeitos
Introdução
O trióxido de molibdênio MoO3 representa uma
importante classe de materiais multifuncionais que
são intensivamente estudados devido ao seu rico
polimorfismo. A fase ortorrômbica (α-MoO3) é
termodinamicamente estável, apresenta coloração
branca ou cinza1, e apresenta estrutura lamelar.
Sendo empregado em catálise oxidativa de alcoóis1
e desidrogenação oxidativa de alcanos2 , baterias3,
supercapacitores4, em sensors de gás e células
solares5. Os métodos relatados na literatura sobre
obtenção de MoO3 tratam de rotas que demandam
precursores de molibdênio ou tratamentos de custo
elevado ou alta temperatura. E nem sempre essas
rotas conduzem ao material puro ou com tamanho
controlado. As vantagens do método solvotérmico é
que utiliza uma rota fácil e de baixo custo para
obtenção do óxido de molibdênio, com tamanho
reduzido.
Resultados e Discussão
O MoO3 foi obtido pelo método solvotérmico usando
refluxo em meio ácido a 100 °C a partir do MoS2 O
sólido obtido foi lavado com água, centrifugado várias
vezes e seco em estufa à vácuo a 50 °C. O produto
final é um pó de coloração cinza azulado. Medidas
estruturais e morfologicas foram realizadas para
caracterizar o material. A Figura 1 mostra os DRX dos
óxidos de molibdênio obtido pela rota proposta,
calcinado, comercial e o precursor MoS2. É possível
identificar que trata-se do polimorfo do tipo α-MoO32,
que o material sintetizado é policristalino e a
intensidade do pico (040) indica seu crescimento
preferencial em um sentido, esse comportamento
também foi observado pela imagem de HRSEM. A
imagem de HRTEM mostra um material com muitos
defeitos estruturais como pode ser observado pela
difração de elétrons, onde existe “pontos” que estão
bem definidos e que indicam a cristalinidade do
material e vários pontos com muita difração,
indicando esses defeitos estruturais.
Figura 1. DRX do MoO3 obtido por método solvotérmico,
calcinado, comercial e precursor MoS2. Imagens HRSEM,
difração de elétrons e HRTEM do MoO3_Cz.
Conclusões
O produto final obtido apresentou características
interessantes, mostrando que o método é eficiente
para obtenção de óxido de molibdênio em tamanho
reduzido, quando comparado ao obtido por métodos
convencionais como a calcinação. Estudos estão em
andamento para viabilizar seu uso em sensores e
dispositivos eletrônicos.
Agradecimentos
Os autores agradecem a GQM-UFPR e ICN2 pelas imagens e as agências de fomento CAPES, CNPq e Fundação Araucária. ___________________
1 Mizushima T, et al. Catal Comm. 2011, 13. 2 Chen K, et al.. In Studies in Surface Science and Catalysis, 2001, 507-512: Elsevier 3 Yang LC, et al. J Power Sources. 2008, 179. 4 Mendoza-Sánchez B, et al. Electrochimica Acta. 2013, 91. 5 Chiam SY, et al. Sol Energ Mat Sol C. 2012, 99.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 63
QI 52
Degradação Fotocalítica de poluentes emergentes empregando TiO2
imobilizado em acetato de celulose
Angélica de Sousa Hrysyk (PG)*1, Sérgio Toshio Fujiwara (PQ)1.
1Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Química, Avenida General Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
Palavras Chave: processos oxidativos avançados, sinvastatina, losartan.
Introdução A presença de produtos com atividade
farmacológica em águas naturais passou a ser considerado um sério problema de saúde pública, em função dos efeitos adversos que podem ser provocados pela sua presença e baixa eficiência de remoção apresentada pelos sistemas de tratamento da água 1,2. Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas na busca de novas formas de tratamento, apresentam destaque os processos de oxidação avançada (POA’s), que possuem eficiente degradação de micropoluentes 3.
Resultados e Discussão Para promover a degradação dos fármacos
sinvastatina e losartan, foi sintetizado o material constituído por dióxido de titânio e acetato de celulose. Caracterização do Material TiO2/AC - Termogravimetria e Análise Térmica Diferencial
Figura 1. Análises TG/DTA para TiO2/AC.
Observam-se três perdas de massas; pico
exotérmico, atribuída à perda de água; pico
exotérmico corresponde à perda pela queima da
matéria orgânica e pico endotérmico referente à
formação de óxidos cerâmicos.
Ensaios de degradação da sinvastatina e losartan foram realizados no reator fotoquímico com TiO2/AC. As porcentagens de degradação do losartan foram determinadas no UV/Vis (Figura 2).
Figura 2. Degradação de losartan com TiO2/AC.
As análises dos produtos obtidos da sinvastatina
foram realizadas utilizando GC/MS (figura 3).
Figura 3. Proposta de produtos de degradação para a sinvastatina.
Conclusões O material TiO2/AC tem se mostrado eficiente
obtendo em média 99% de degradação da sinvastatina e 85% do losartan.
Agradecimentos
___________________ 1Da Cruz, L. H.; Henning, F.; Dos Santos, A. B.; Peralta-Zamora, P. Quím. Nova. 2010, 33, 1270. 2Hereber T. Toxicology Letters. 2002. 131.5–17. 3Andreozzi, R; Caprio, V; Insola, A; Marotta, R; Catal. Today. 1999, 53, 51.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 64
QI 53
Síntese e caracterização de um novo material híbrido orgânico-
inorgânico aplicado na modificação de eletrodos eletroquímicos
Ariane Caroline Ribicki1 (PG)*, Bianca Chemin1 (IC), Luana Borges Soares1 (IC), Sérgio Toshio
Fujiwara1 (PQ).
1 Universidade Estadual de Ponta Grossa- PR
Palavras Chave: silsesquioxano, processo sol-gel, filmes.
Introdução
Os silsesquioxanos, classe de materiais híbridos
orgânicos- inorgânicos, sobressaem muitas vezes a
outros compostos de similar natureza, devido à sua
ampla gama de estruturas que podem ser
construídas, as quais permitem variadas aplicações
científicas e tecnológicas, tais como na área
eletroquímica1. O presente trabalho, apresenta a
síntese pelo método sol- gel e caracterização do
novo silsesquioxano denominado cloreto de 3-n-
propil-(4-aminometil)-piridínio e com a pretensão de
avaliar a sua eficácia na modificação de eletrodos,
visando determinações de espécies de interesse
biológico e ambiental, foram caracterizados filmes
crescidos por meio da técnica Layer-by-Layer (LBL)
com diferentes bicamadas contendo o novo
polieletrólito e ftalocianina tetrasulfonada de níquel
(NiTsPc).
Resultados e Discussão
A síntese envolve dois processos sintéticos. O
primeiro visa a formação da rede silícica formada
pelas reações de hidrólise e condensação dos
reagentes precursores. Após a formação da rede
inorgânica do material (precursor), a segunda parte
da síntese envolve a reação de substituição
nucleofílica, incorporando o 4- aminometilpiridina à
matriz do material, tendo o cloreto como grupo de
saída2. As caracterizações por UV- VIS e FTIR,
respectivamente apontam para a estrutura proposta.
Uma banda em 258 nm refere-se as transições *
do anel aromático da molécula. Bandas em 1124 cm-
1 e 1070 cm-1 correspondem a estiramento as(Si-O-
Si), em 794 cm-1 tem-se estiramento sim(Si-O-Si).
Bandas que justificam à ancoragem do grupamento
orgânico estão em 1311 cm-1 e 1614 cm-1 referentes
as vibrações de deformações axiais do anel. Foi
realizado também o RMN 13C, em que foram
verificados deslocamentos químicos na faixa de 150
ppm e 125 ppm atribuídos ao 4- aminometilpiridina.
Os deslocamentos químicos entre 9 ppm, 20 ppm e
62 ppm são relacionados à rede de sílica do material.
Com o propósito de analisar a morfologia do
silsesquioxano formado, foram realizadas
micrografias por FEG, mostrando diferenças entre o
precursor silícico e o composto final, o primeiro
apresentando- se com uma estrutura em camadas e
o segundo apresentando a formação de agregados,
já o mapeamento realizado por EDS, exibiu um
material com elevada homogeneidade. A
caracterização do filme por UV- VIS contendo o
polieletrólito sintetizado e a NiTsPc ambos crescidos
em ITO, revelou um crescimento linear em 632 nm
(R= 0,99859) e em 673 nm (R= 0,99839) da primeira
a décima primeira bicamada.
Conclusões
A síntese do cloreto de 3-n-propil-(4-aminometil)-
piridínio silsesquioxano foi executada e as
caracterizações mostradas foram bastante
promissoras, mas precisa-se de outras que
confirmem os resultados obtidos e que apresentem
novas informações como o RMN 29 Si. O crescimento
linear do filme também apresentou- se favorável para
a modificação de eletrodos.
Agradecimentos
UEPG, CAPES e C- LABMU.
________________
1 Mamede, N.; Prado, L. Química Nova, 2005, 28(2), 281-288. 2 Walcarius, A.; Collinson, M. M. Annual Rewiew of Analytical Chemistry, 2009, 121-143.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 65
QI 54
Desenvolvimento de Sensores e Biossensores Eletroquímicos utilizando diferentes metodologias de preparação
Cleverson S. Santos (PG)*, Rosana Mossanha (PG), Christiana A. Pessôa (PQ). *[email protected]
1Universidade Estadual de Ponta Grossa- PR.
Palavras Chave: Self assembled monolayer, imunossensor, carbono grafite, eletrodeposição.
Introdução
Sensores eletroquímicos são frequentemente empregados no controle de qualidade, em análises laboratoriais e também em diagnósticos clínicos. Há diversas técnicas que permitem a construção de sensores e biossensores eletroquímicos, dentre elas pode-se destacar: a eletrodeposição e a self assembled monolayer (SAM). Desta forma, a primeira parte deste trabalho consiste na modificação de eletrodos de carbono, extraídos de pilhas Zn/Mn exauridas, modificados pela eletrodeposição. Em uma segunda etapa do trabalho, será desenvolvido um imunosensor a base de um eletrodo de ouro modificado com o ácido 3-mercaptopropiônico (3-MPA) aplicado na detecção de anticorpos Tripanossoma cruzi (Ab) em amostras de soro.
Resultados e Discussão
1. Modificação do eletrodo de carbono extraído de pilhas exauridas por eletrodeposição (CG/Au). As caracterizações por energia dispersiva (EDS) e por difração de raios-X mostraram que a amostra é constituída por 99,0 % de carbonos arranjados em uma estrutura hexagonal, característico de amostras de carbono grafite. As variáveis concentração do precursor metálico (HAuCl4), tempo e potencial de eletrodeposição foram otimizadas e os melhores resultados obtidos foram: concentração de 10,0 mmol L-1, tempo de 700s e potencial de 0,3 V. Comparando os voltamogramas dos eletrodos não modificados de ouro e de carbono (CG), verificou-se que o eletrodo de carbono modificado com microestruturas de ouro (CG/Au) apresentou as maiores intensidades de correntes de picos (Ipa = 1,68 e Ipc = 1,74 mA.cm-2) e os menores potenciais de picos (Epa = 0,27 V e Epc = 0,18 V). Estes resultados corroboram com os resultados de impedância, pois o CG/Au foi o eletrodo que apresentou à menor resistência a transferência de
carga (Rct = 10,2 ), confirmando as propriedades eletrocatalíticas das microestruturas eletrodepositadas. O eletrodo poderá ser aplicado na detecção de dopamina na presença de possíveis interferentes. 2. Imunosensor a base de eletrodo de Au modificado com o ácido 3-mercaptopropiônico
(3-MPA) para detecção de anticorpos Tripanossoma cruzi (Ab) (Au/MPA/Ag/BSA). As condições otimizadas do processo de modificação do eletrodo de Au com 3-MPA foram: concentração de 3-MPA de 10,0 mmol L-1 com tempo de imersão de 180 min. Sobre a plataforma Au/MPA os Ag foram covalentemente imobilizados, sendo que a concentração de Ag foi avaliada e a melhor condição foi de 0,5 g L-1. Os possíveis sítios de ligação não específicos foram bloqueados com albumina de soro bovino. O tempo de imersão do Au/MPA/Ag/BSA na solução Ab foi 30 min. A seletividade do eletrodo foi avaliada tanto na presença de Ab T.cruzi como de Ab toxoplasmose. Os resultados de EIE mostraram que o Au/MPA/Ag/BSA na presença somente da
[Fe(CN)6]3-/4- apresentou Rct = 1,89 K. As medidas em amostras não infectadas e infectadas com Ab de toxoplasmose apresentaram Rct iguais a 2,31 e 2,75
K, respectivamente. No entanto, após a incubação
na solução de Ab T. cruzi a Rct foi de 4,16 K. Este aumento na Rct ocorreu devido à formação do imunocomplexo Ag-Ab.
Conclusões
O CG/Au apresentou-se como uma alternativa promissora no desenvolvimento de sensores, pois os resultados voltamétricos e de EIE mostram que o mesmo apresentou as maiores Ip e o menor ΔEp, fato que corrobora com a menor Rct em comparação aos eletrodos não modificados. Ressalta-se que o eletrodo é de baixo custo, ecologicamente correto e o processo de modificação pode ser aplicado em escala industrial.
As otimizações realizadas no processo de construção do imunossensor Au/MPA/Ag/BSA foram fundamentais para a detecção de Ab T. cruzi, pois o sensor apresentou-se sensível e seletivo no diagnóstico qualitativo da doença de chagas em amostras de soro.
Agradecimentos
CAPES, Fundação araucária.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 66
QI 55
Desenvolvimento de Imunossensor Impedanciométrico Label-Frre para a
detecção de doenças parasitárias endêmicas
Cristiane. A. Erdmann (PG)1*, Jarem R.Garcia (PQ)1, Karen Wohnrath (PQ)1.
1Universidade Estadual de Ponta Grossa, Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 – Ponta Grossa – PR – Brasil
Palavras Chave: Chagas, Layer by Layer, Imunossensor Impedanciométrico
Introdução
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS 2010), mais de um bilhão de pessoas estão infectadas com doenças parasitárias endêmicas, sendo assim os métodos de detecção são fundamentais para orientar ações corretas no caso de infecção. Esses métodos devem apresentar baixo custo, fácil uso e portabilidade. Sendo assim, os imunossensores apresentam-se como uma ferramenta promissora na detecção de doenças negligenciadas. Os imunossensores eletroquímicos são constituídos de um transdutor e sobre ele é imobilizado um antígeno (AG) ou anticorpo (AB)1. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a obtenção de eletrodos modificados para a detecção e anticorpos da Doença de Chagas. Para isto, dois eletrodos foram obtidos, sendo um contendo nanopartículas de ouro (AuNPs) incorporadas à matriz inorgânica cloreto de 3-n-propilpiridínio silsesquioxano (SiPy+) sobre o vidro condutor (ITO) e um eletrodo de carbono vítreo ativado por grupos OH. Em ambos os eletrodos são modificados com AG e posteriormente incubados em amostras contendo AB das doenças de Chagas.
Resultados e Discussão Primeiramente realizou-se uma otimização da
síntese de AuNPs incorporadoras ao SiPy+ por
planejamento fatorial completo 23 com triplicata do
ponto central. As variáveis e os níveis estudados
foram: [SiPy+]= 2 g L-1 (-1) e 4 g L-1 (+1); [Au]= 1 mmol
L-1 (-1) e 3 mmol L-1 (+1) e [NaBH4]= 6 mmol L-1 (-1)
e 8 mmol L-1 (+1). Baseado nos resultados do
diâmetro (nm) da NPs, obtido através da técnica de
espalhamento dinâmico de luz, a condição otimizada
com menor tamanho de AuNPs (12 nm) foi: [SiPy+]=
4 g L-1, [Au]= 3 mmol L-1 e [NaBH4]= 6 mmol L-1. Pela
técnica de UV-Vis observou-se apenas a banda
próxima a 519 nm, indicando a formação de AuNPs2.
Fez-se a modificação do ITO, por meio da técnica de
automontagem LbL, usando como polieletrólitos o
híbrido SiPy+Au e polivinilsulfônico (PVS). O estudo
de impedância do filme LbL/(SiPy+Au/PVS)nSiPy+Au
com diferentes números de bicamadas (n) mostrou
que o aumento de 4 para 6 bicamadas aumenta a
resistividade do filme, porém permanece menor em
relação ao ITO limpo. Sob a superfície do filme
(SiPy+Au/PVS)4SiPy+Au imobilizado o AG e BSA 1%.
Quando este filme foi incubado na suspensão
contendo AB a impedância diminuiu de 321 ohm para
o filme (SiPy+Au/PVS)4SiPy+Au/AG/BSA) para 165
ohm no filme LbL ((SiPy+Au/PVS)4SiPy+Au/
AG/BSA/AB) indicando a formação do
imunocomplexo entre o AG e AB. Quando o eletrodo
foi incubado em amostras de controle negativo, a
impedância do eletrodo aumentou (503 ohm), devido
à adsorção de outras moléculas na superfície do
eletrodo. Para os estudos realizados no eletrodo de
carbono vítreo (ECV)observou-se que a resistência a
transferência de carga do eletrodo modificado com o
AG e BSA 1% (ECV/AG/BSA) diminuiu quando este
foi incubado na amostra contendo o AB de Chagas
(ECV/AG/BSA/ABChagas) (1436 e 510 ohm,
respectivamente). A fim de avaliar a seletividade do
eletrodo, o filme (ECV/AG/BSA) foi imerso em
amostras de controle negativo, bem como em
amostra contendo AB de Toxoplasmose, a
impedância do filme aumentou em relação ao
(ECV/AG/BSA) (1509 e 2048 ohm, respectivamente).
Quando o eletrodo (ECV/AG/BSA) foi incubado em
amostras contendo AB de Leishmaniose
(ECV/AG/BSA/ABLeish), a impedância diminuiu (466
ohm) em relação ao (ECV/AG/BSA). A similaridade
dos valores de impedância entre
(ECV/AG/BSA/ABChagas) e (ECV/AG/BSA/ABLeish),
pode ser decoorrente das ligações cruzadas entre
antígenos de Chagas com anticorpos de
Leishmanioses, ou vice-versa.
Conclusões Este trabalho confirma a utilidade do SiPy+ como
estabilizante para a formação de AuNPs, e como um
polieletrólito para a obtenção de sensores. Os
imunosensores propostos a partir da modificação do
ITO e ECV são promissores para a detecção seletiva
label-free de anticorpos da doença de Chagas.
____________________
1Reillya T.A., Lee T.C., Biosensors, Bioelectronics, 2011, 19, 285-293. 2Menezes E.W. et al. J. Solid Stade Electrochem, 2012, 3703-3713.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 67
QI 56
Síntese e caracterização do óxido de cobre II pelo método dos
precursores poliméricos
Cristiane Antoniazzi1* (PG), Rafael Marangoni1 (PQ), Eryza Guimarães de Castro1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Laboratório de Materiais e Compostos Inorgânicos.
Palavras Chave: síntese, caracterização, óxidos
Introdução
Nos últimos anos o método de síntese de óxido de
cobre II (CuO) vem sendo largamente estudado
devido as vastas aplicações deste óxido. Na literatura
pouco se relata sobre a utilização do método dos
precursores poliméricos (método Pechini) para
obtenção do CuO, as sínteses comumente utilizadas
são processo sol-gel, técnica hidrotérmica, oxidação
térmica, método de precipitação, entre outros. Este
trabalho baseou-se no trabalho proposto por
Boursicot e colaboradores (2012)1, para a
preparação do CuO, por meio do método dos
precursores poliméricos, pois é versátil e de fácil
aplicação, a partir de nitrato de cobre trihidratado. A
síntese foi realizada a partir da mistura de nitrato de
cobre, ácido cítrico e etileno glicol, a 90ºC. O gel
resultante foi calcinado a 700ºC, resultando em um
pó de coloração preta, característica do óxido de
cobre II.
Resultados e Discussão
O difratograma de raios X apresenta os picos de
difração característicos do CuO, conforme a carta
cristalográfica PDF 01-073-6023. Os picos de
difração apresentam-se intensos e estreitos,
indicando a alta cristalinidade do óxido formado
(89%), e também não foram identificados picos
referentes a outras fases do óxido de cobre (Figura
1). Por análise térmica, TG/DTA, observa-se que a
amostra se mantém estável termicamente até
temperaturas 1000ºC. Transição de fase somente foi
observada acima de 1020 ºC, onde ocorreu a
transformação de CuO para Cu2O. A morfologia do
óxido, observada nas imagens de microscopia
eletrônica de varredura, constitui-se por um
aglomerado de partículas sem forma definida e com
tamanho variado. Ao realizar análise de UV-Vis
acima da região de 780 nm, a energia de banda de
gap encontrada foi de 0,54 eV, abaixo do valor
reportado pela literatura (1,2 eV)2, uma vez que
ocorreu a absorção de todo o feixe espectroscópico
pelo material, devido a sua coloração (Figura 2).
Conclusões
A partir do método dos precursores poliméricos foi possível obter o óxido de cobre II, o propósito inicial do trabalho, sendo esta síntese viável para tal objetivo. Este material será ainda caracterizado por técnicas eletroquímicas visando sua aplicação na construção de sensores para detecção de fármacos.
Agradecimentos
CAPES, CNPq, FINEP, e Fundação Araucária.
___________________
1S. BOURSICOT, et al, Synthesis of Cu2Mo6S8 powders and thin
films from intermediate oxides prepared by polimeric precursor
method, Solid State Sciences 14 (2012) 719-724. 2K. Phiwdang, S. Suphankij, W. Mekprasart, W. Pecharapa,
Synthesis of CuO Nanoparticles by Precipitation Method Using
Different Precursors, Energy Procedia 34 (2013) 740 – 745.
Figura 2: Gráfico obtido pelo método TAUC para o cálculo da energia da banda de gap.
Figura 1: Difratograma de raios X do óxido de cobre II
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 68
QI 57
Simulação da reação de transesterificação utilizando catalisadores
inorgânicos: aplicação do método de elementos finitos
Diego Galvan1* (PG), Dionísio Borsato1 (PQ), Marintho Bastos Quadri2 (PQ).
1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química - CP 10.011, 86057-970 Londrina – PR, Brasil. 2Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos –
CP 476, Florianópolis – SC, Brasil.
Palavras Chave: modelagem, biodiesel, reator batelada, reator contínuo.
Introdução
A principal reação química de obtenção do biodiesel
é a de transesterificação, que ocorre na presença de
óleo vegetal com um álcool de cadeia curta
promovida por um catalisador ácido ou básico, com
excesso de álcool para deslocar o equilíbrio no
sentido da formação de produtos, gerando ésteres e
glicerina.1
O estudo de modelagem e simulação é de grande
importância, pois possui a capacidade de predizer o
comportamento do sistema de produção, além de
auxiliar na solução dos problemas relacionados a
projetos e otimização de processos.2
O Método de Elementos Finitos (MEF) tem se
destacado nas áreas de engenharias e química.
Pacotes comerciais estabelecem relações para as
principais variáveis relacionadas ao escoamento de
fluidos e o transporte de calor e massa, viabilizado a
simulação de problemas considerados de resolução
complexa.3
O objetivo do presente trabalho será desenvolver um
modelo multifísico, empregando MEF, para a
produção de biodiesel em reator contínuo e em
batelada, utilizando diferentes catalisadores
inorgânicos e comparar seus comportamentos
reacionais através de simulação.
Materiais e Métodos
A reação de transesterificação será realizada
utilizando óleo de soja, por rota metílica com
diferentes catalisadores homogêneos e
heterogêneos (KOH, NaOH, NaOCH3, MgO/NaOH e
MgO/KOH) durante 2 h à 60 °C.
Durante as reações de transesterificação serão
retiradas alíquotas de amostras em intervalos de 15
min., até o término da reação, que serão
quantificadas por cromatografia gasosa (CG) para
acompanhamento da reação, que possibilitará a
simulação.
A simulação será realizada, utilizando os módulos
"Chemical Reaction Engineering Module",
“Computational Fluid Dynamics (CFD) Module” e
“Heat Transfer Module”, para avaliar a cinética da
reação, escoamento de fluidos e transporte de massa
e calor, respectivamente, utilizando-se uma malha
tetraédrica gerada automaticamente pelo software
COMSOL Multiphysics© 5.0.
Resultados Esperados
Melhor conhecimento do processo de obtenção do
biodiesel, extremamente importante em relação aos
custos com matérias primas e reagentes. Com isso
espera-se uma melhoria contínua da qualidade e
produtividade do processo.
A simulação computacional do processo de produção
do biodiesel através de modelagem, possibilitará
predizer o comportamento do sistema utilizando
diferentes catalisadores inorgânicos, através dos
parâmetros cinéticos determinados.
Agradecimentos
À UEL e UFSC pelo apoio técnico, e a CAPES pela
concessão de bolsas.
____________________
1Shahid, E. M.; Jamal, Y. Energy Reviews 2011, 15, 4732. 2Borsato, D.; Moreira, I.; Nóbrega, M. M.; Moreira, M. B.; Silva, R.
S. S. F.; Bona, E. Química Nova 2009, 32, 2109. 3Bona, E.; Silva, R. S. S. F.; Borsato, D.; Silva, L. H. M., Fidelis, D.
A. S. Journal of Food Engineering 2007, 79, 771.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 69
QI 58
Modificação de argilas com fotocatalisadores para degradação de
efluentes industriais.
Elenice Hass Caetano1* (PG), Juliana Regina Kloss2 (PQ), Sérgio Toshio Fujiwara1 (PQ).
1Universidade Estadual de Ponta Grossa-Departamento de Química 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Departamento de biologia.
Palavras Chave: processos oxidativos avançados, fotocatalisadores, argila bentonita, efluentes industriais.
Introdução
A poluição da água tem se tornado um problema ambiental realmente relevante em todo o mundo. Alguns processos convencionais para tratamento de efluentes não tem sido adequados para a remoção de metais pesados que se encontram em concentrações baixas. Logo, este cenário estimulou o desenvolvimento de novos sistemas de descontaminação de água mais eficiente e versátil Processos oxidativos avançados tem sido promissores para o tratamento de uma grande classe de compostos orgânicos de difícil degradação. Um dos processos oxidativos avançado muito utilizado para este fim é o conhecido processo Fenton, cujas espécies envolvidas na reação são íons de ferro e peróxido de hidrogênio produzindo hidroxilas altamente oxidativas e com alta capacidade de degradação.1 Argilas também podem ser utilizadas para tratamento de efluentes. Estudos mostram a afinidade destas para adsorção de diferentes íons de metais pesados devido a sua alta capacidade de adsorção e possibilitar a remoção de metais encontrados em baixas concentrações.2 Além disso, as argilas apresentam elevada área superficial, o que favorece a sua aplicação como catalisador em reações do tipo Fenton, introduzindo em sua estrutura íons ferro ou outros íons metálicos, processo esse chamado de pilarização, que consiste da inserção de íons inorgânicos entre as lamelas da argila e que tem o objetivo principal de aumentar o espaçamento basal da argila referente ao plano (001), e a área de superfície da argila, tornando esses materiais catalisadores atrativos para diversas reações, especialmente para reações do tipo fenton.3
Para o presente trabalho a argila que será utilizada para modificação será a argila bentonita. Sua estrutura cristalina é constituída por duas folhas de sílica tetraédrica com uma folha central octaédrica de alumina, ambas unidas entre si por um átomo de oxigênio em comum formando uma estrutura de camada do tipo 2:1. Essa espécie de argila apresenta elevada capacidade de troca catiônica, o que favorece a inserção de compostos na região interlamelar por meio do processo de troca iônica. Desse modo o objetivo geral deste trabalho é
modificar a argilas previamente caracterizadas com fotocatalisadores e aplicar na degradação de efluentes industriais através de processos oxidativos avançados. A caracterização parcial da argila bentonita foi obtida através da Fluorescência de raios X.
Resultados e Discussão Analisando os resultados obtidos por meio da caracterização parcial da argila bentonita evidenciou-se a fase argila na amostra pela % de alumínio e silício detectadas. Foram detectadas também quantidades diferentes de óxido de ferro, cálcio e titânio. Tabela 1. Composição química (%em peso) obtida por
Fluorescência de raios X das argilas bentonitas
% Peso SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO TiO2
Bentonita 57,16 18,51 4,78 1,16 0,53
Além dos resultados da caracterização parcial,
espera-se obter uma porcentagem alta de
degradação de efluentes por meio da modificação
que será realizada na argila.
Agradecimentos
Ao encontro de Discentes e Docentes do Doutorado
associado em Química, UEPG e demais
colaboradores deste trabalho.
_________________________________________ 1Teixeira, C. P. A. B.; Jardim, W. F. Processos Oxidativos Avançados: conceitos teóricos. Caderno temático, v. 3. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, 2004. 2Bertagnolli, C.; Kleinübing, S. J.; Da Silva, M. G. C. Applied Clay Science. 2011, 53 (1), 73–79. 3Bertella, F.; Pergher, S. B. C. Microporous and Mesoporous Materials. 2015, 201 (0), 116–123.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 70
QI 59
Materiais Multifuncionais Baseados em Compósitos de Polímeros
Condutores e Óxidos Inorgânicos
Fernando Ratuchne* (PG), Eryza Guimarães Castro (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Laboratório de Materiais e Compostos Inorgânicos.
Palavras Chave: compósitos, nanopartículas, pani
Introdução
Após a descoberta de suas propriedades elétricas na década de 80, a polianilina (PANI) tem se destacado entre os polímeros condutores,1 principalmente por apresentar fácil síntese e dopagem, alta condutividade, estabilidade térmica, ambiental e eletroquímica, propriedades eletroquímicas, ópticas e eletrônicas. Dentre suas aplicações, é utilizada em revestimentos anti-estáticos e anti-corrosão, sensores químicos, capacitores, diodos emissores de luz e células solares. Em contrapartida, apresenta baixa resistência mecânica e problemas de processabilidade.1,2
Materiais híbridos formados entre PANI e óxidos metálicos tem recebido grande atenção nos últimos anos devido à sua versatilidade, uma vez que as propriedades são diferenciadas em relação aos seus componentes individuais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como principal objetivo atribuir aplicações de materiais híbridos formados a partir da combinação entre polianilina e óxidos inorgânicos semicondutores. Óxidos metálicos (OxM) semicondutores apresentam crescente interesse devido as suas amplas propriedades que podem ser combinadas sinergicamente com os polímeros condutores, sendo aplicáveis a células solares, sensores, eletrônicos orgânicos, fotocatálise3, catálise e dispositivos de memória4.
Além disso, também serão estudadas estratégia para se melhorar a processabilidade da PANI e seus compósitos, bem como a obtenção de morfologias diferenciadas. Nesse sentido, a quitosana (chi) tem se mostrado como uma alternativa promissora, em trabalhos já reportados na literatura. A quitosana (chi) é um abundante biopolímero natural, de grande capacidade de formar filmes finos e compósitos, solúvel em água, não toxico, biocompativel, alta resistência mecânica e suscetível para modificações químicas devido a presença dos grupos funcionais amino e hidroxila.5
Parte Experimental
Na síntese, 0,25 g de quitosana serão
dissolvidos em 50 mL de ácido acético 4%, e
adicionado 2,5% (w/v) do sal precursor do óxido base
em 50 mL de água destilada, agitando por 1 h à 80
ºC até solubilizar. Em seguida será adicionado 50 mL
de NaOH 2 M, e o sistema deixado em repouso por
24 h; o precipitado será lavado e rotulado como
produto (A). Em um béquer, 1,02 g de anilina será
solubilizada em 50 mL de HCl 0,5 M e polimerizada
com (NH4)2S2O8 em banho de gelo por 1 h, rotulando
como produto (B). O produto (B) é misturada ao
produto (A) com agitação por 20 min, seguido de
repouso por 24 h. Em seguida o material final obtido
será centrifugado, lavado com água ultrapura e
isopropanol e seco 80 ºC.
Resultados Esperados
Apesar da síntese da PANI ser relativamente simples, necessita-se estudar os fatores que à influenciam e melhorar a processabilidade do material formado. Concluidas as etapas de otimização, ocorrerá a síntese do compósito PANI/quitosana/óxido metálico (pani/chi/OxM), a preparação dos filmes finos, caracterizações e estudo da aplicação desses materiais.
Agradecimentos
CAPES, CNPq, FINEP, e Fundação Araucária.
__________________ 1Li, D. e Kaner, R. JACS. 2006. 128. 968. 2Yavuz, A. G.; Uygum, A. e Can, H. K. Carbohyd. Res. 2011. 346. 2063. 3Janáky, C.; Tacconi, N. R.; Chanmanee, W. e Rajeshwar, K. J. Phys. Chem. C. 2012. 116. 4234. 4Oliveira, M. M.; et al J. Phys. Chem. B. 2006. 110. 17063. 5Kannusamy, P.; Sivalingam, T. Polym. Degrad. Stabil. 2013, 98, 988.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 71
QI 60
Síntese e Caracterização de Óxidos Magnéticos
Filipe Quadros Mariani (PG)1*, Fauze Jacó Anaissi (PQ)1.
1Universidade Estadual do Centro-Oeste.
Palavras Chave: biopolímeros, polissacarídeos, óxido magnéticos
Introdução
Os A preparação de materiais magnéticos está em
constan-te evolução, a classe dos óxidos de ferro que
inclui as ferritas são as mais estudadas nesse campo
da ciência aplicada. Geralmente esses materiais
possuem em sua composição as fases hematita (α-
Fe2O3) ou magnetita (FeO.Fe2O3), exemplo das
ferritas de cobalto (CoO.Fe2O3) e de níquel
(NiO.Fe2O3). As estruturas em geral se apresentam
na forma de espinélio invertido que se caracteriza
pela presença de íons Fe(II), e metade dos íons
trivalentes Fe(III) em sítios tetraédricos e outra
metade dos íons Fe(III) em sítios octaédricos1,2. Os
óxidos de ferro e espinélio de ferrita [MO.Fe2O3 (M =
Fe, Co, Ni, Cr, Mn, etc.] apresentam uma larga faixa
de aplicações, incluindo aplicações envolvendo
materiais magnéticos duros e moles (doces). Esses
óxidos, ao contrário das ligas metálicas exibem baixa
perda de correntes de Foucalt, o que favorece
aplicações como cabeçotes de gravação, indutores,
transformadores, catalisadores, carreadores de
fármacos, pigmentos, fluídos magnéticos, entre
outras.
Resultados e Discussão
Os difratogramas de raios X foram indexados e
apresen-tam perfis de fases distintas (Figure 1A).
Para Fe-MIO o DRX é característico de mistura de
fases, hematita (PDF 033-0664) e magnetita (PDF
01-071-6336) na proporção estimada de 14H:1M. Os
óxidos FeCo-MIO and FeNi-MIO foram identificados
e indexados como ferrita de cobalto (PDF 01-079-
1744) e ferrita de níquel (PDF No 01-070-8730),
respectivamente. Para o óxido ternário [Fe33Co33Ni33-
MIO] a indexação mostra a formação de uma solução
sólida com presença de três fases tipo espinélio,
formada por magnetita, ferritas de cobalto e níquel. A
indexação e identificação das fases possibilitou
realizar o cálculo da cristalinidade e tamanho de
partícula.
Figura 1. Os difratogramas (a) α-Fe2O3, (b, c) mostram a fase predominante das ferritas de cobalto e níquel respectivamente, (d) uma mistura de fases para o FeCoNi-MIO, (e) comportamento térmico (STA) para os MIO’s se mostram similares, com desidratação e perda de matéria orgânica residual, (f) comportamento térmico do gel de pectina usado como referência determinação energia (combustível) liberada na síntese, e (g) análise de área superficial BET, mostra um perfil típico de materiais mesoporosos.
Conclusões
A rota de síntese utilizando pectina cítrica e sais
inorgânicos se mostrou promissora para produção de
óxidos com tamanhos reduzidos, magnéticos e/ou
porosos, uma vez que os resultados mostram
características de óxidos puros e seus respectivos
mistos.
Agradecimentos
Unicentro, Capes, FINEP, Fundação Araucária,
CNPq e LabMat.
1Tan, Y.; Zhuang, Z.; Peng, Q.; Li, Y. Chem. Mater. 2008, 5029–5034. 2Mohapatra, M.; Anand, S. 2010, 2, 127–146.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 72
QI 61
Resistência oferecida pelo filme formado durante a difusão de sódio e
potássio em biossólidos 1*Hágata Cremasco (PG); 1Dionisio Borsato (PQ); 1Bruna A. D. Ferreira (IC).
1Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina.
Palavras Chave: lei de Fick, método de elementos finitos, cloreto de sódio e cloreto de potássio.
Introdução
A relação do NaCl com problemas de hipertensão arterial tem levado a uma redução dos níveis desse sal na produção de alimentos em geral. O KCl tem sido usado como substituto parcial do NaCl, durante a salga. Este processo pode ser feito por meio de agitação, que exige gasto de energia, ou estático. Neste trabalho foi simulada a difusão simultânea em salmoura estática e agitada, de composição salina (NaCl/KCl), com objetivo de verificar a influência da película formada na superfície do ovo durante a difusão dos sais.
Resultados e Discussão
O modelo teórico utilizado resultou de uma generalização da 2ª lei de Fick. O programa computacional COMSOL Multiphysics 5.0, que utiliza o método de elementos finitos (MEF), foi empregado para modelar a difusão multicomponente1. Foi utilizada uma malha extra-fina com 467674 elementos tetraédricos para a simulação. Em ambos os casos, estático e agitado, as concentrações iniciais dos sais no ovo e na salmoura foram os mesmos. Tabela 1. Concentrações iniciais de sais no ovo e na salmoura.
De acordo com o gráfico a seguir é possível verificar que tanto para o NaCl quanto para o KCl houve influência da película no sistema estático. Em ambos os casos estáticos, figuras b e d, é possível verificar que nos primeiros tempos a concentração de sais na superfície do ovo é bem menor que da salmoura. Enquanto que nos sistemas agitados esse fenômeno é menos pronunciado. O que é esperado uma vez que a agitação pode destruir a película formada inicialmente. Porém para o KCl mesmo no caso agitado, figura c, já existe um comportamento que indica a dificuldade de entrada de sólidos no alimento, onde a concentração da superfície no
tempo de 0,01h é em torno de 0,45 (g.100g-1 (NaCl + KCl + água). Mas ainda assim está mais próximo a concentração da salmoura do que no caso estático cuja a concentração para este mesmo tempo é 0,3 (g.100g-1 (NaCl + KCl + água)). Esse comportamento para o KCl em sistema agitado pode ser explicado por seu gradiente de concentração que é pequeno se comparado ao NaCl.
Figura 1. Variação da concentração em relação a espessura do ovo nos tempos de 0, 0.01, 0.05, 0.1, 0.5, a) NaCl- Agitado, b)NaCl- Estático, c) KCl- Agitado, d)KCl- Estático.
Conclusões
Foi possível verificar que existe influência da película
para salga feita de forma estática indicando que
ocorre formação de um filme fino que dificulta a
entrada dos solutos no alimento.
Agradecimentos
A UEL, CNPq e Capes pela concessão de bolsas.
__________________
1Borsato, D.; Moreira, M.B.; Moreira, I.; Pina, M.V.R.; Silva., R.S.S.F.; Bona, E. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2012, 32, 281.
NaCl KCl
Salmoura 2.1 (g 100 mL–1) 0.90(g.100 mL–1)
Ovo 0.47(g.100g-1
(NaCl+KCl+água)) 0.21(g.100g-1
(NaCl+KCl+água))
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 73
QI 62
Síntese e caracterização de complexo de Rutênio-areno contendo ligante
2-aminoetilpiridina.
Ivelise Dimbarre Lao Guimarães1*(PG), Juliana Paula da Silva2(PG), Márcio Peres de Araujo2(PQ),
Jarem Raul Garcia1(PQ), Karen Wonhrath1(PQ).
1Universidade Estadual de Ponta Grossa.UEPG. Paraná. Brasil. 2Universidade Federal do Paraná. UFPR. Paraná. Brasil.
Palavras Chave: Complexos de Ru-areno, organometálicos, ligantes amínicos.
Introdução
Segundo dados recentes do Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA),
aproximadamente 576 mil casos novos de câncer
são estimados somente para o ano de 2015 no
Brasil1. Por este motivo, complexos metálicos de
Rutênio têm sido sintetizados por apresentarem
características promissoras, pois este metal
mimetiza o ferro em ambientes fisiológicos. Os
complexos organometálicos com ligante areno
apresentam pequenas variações no anel
proporcionando uma versatilidade na molécula e
melhora de seu desempenho frente às propriedades
farmacológicas. Complexos de Ru-areno
apresentam atividade citotóxica promissora contra
as linhagens de câncer de ovário, pois o ligante
protege o centro metálico e diminui as taxas de
substituição e potenciais de redução2. Por outro
lado, complexos contendo o ligante amina, tal como
o cis-[RuCl2(NH3)4]Cl, pode apresentar uma
atividade citotóxica para células, similar ou superior
ao da cisplatina3. Neste sentido, aliando as
propriedades do ligante areno e amina, pretende-se
sintetizar o complexo [(n6-p-cimeno)RuCl (aepy)]+,
onde aepy = 2-aminoetilpiridina.
Resultados e Discussão
O complexo [(n6-p-cimeno)RuCl(aepy)]PF6 foi
sintetizado a partir do [RuCl2(p-cym)]2 (p-cym = p-
cimeno) e do ligante aepy, na proporção de 1:2
(complexo/ligante), conforme apresentado a seguir:
Esquema 1: Síntese do complexo [(n6-p-cimeno)RuCl(aepy)]PF6.
O espectro de RMN de {1H} do complexo obtido em
CDCl3, bem como as atribuições dos sinais, está
representado na Fig. 1.
Figura 1: Espectro de ressonância magnética nuclear RMN {1H} do complexo obtido em CDCl3.
A análise do espectro de RMN 1H revela a presença
de sinais característicos do p-cimeno e da aepy. Os
prótons metílicos do grupo isopropil do ligante p-
cimeno aparecem como multipletos em 1,25 ppm, e
os prótons arílicos apresentam-se na forma de
multipleto e dupleto em 5,85 e 5,16 ppm. Verifica-se
que os prótons do ligante 2-aminoetilpiridina
coordenado, apresentam-se na forma de multipletos
em 7,87 e 7,38 ppm. A integração dos hidrogênios no
espectro de RMN é compatível com a proporção
molar p-cimeno:aepy 1:1.
Conclusões
A análise de RMN apresentou sinais de
deslocamento que evidenciaram a coordenação do
aepy para a formação do complexo esperado.
Agradecimentos
UEPG, UFPR e CAPES.
___________________ 1http://www.cancer.org.br. 2Pizarro, A.M.; Sadler, P.J. Biochimie, 91,1198-1211, 2009. 3Lima, A. P. et al. Toxicol. in Vitro, 24, 1562-1568, 2010.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 74
QI 63
Preparação e caracterização de eletrodos compósitos de carbono
cerâmico modificados com óxido de estanho
Juliane Rutckeviski Ciórcero*(PG), Christiana Andrade Pessoa (PQ).
Universidade Estadual de Ponta grossa, UEPG, Brasil, Paraná.
Palavras Chave: Óxido de estanho, sol-gel,sensores.
Introdução
Os eletrodos de carbono cerâmico (ECC) consistem basicamente em uma matriz cerâmica de sílica oriunda do processo sol-gel juntamente com diferentes materiais de carbono. Estes materiais porosos possibilitam um aumento na superfície ativa, sensibilidade e velocidade das reações eletroquímicas, devido a sua extensa superfície ativa. O processo sol-gel para a síntese de óxidos mistos é favorável, pois proporciona a formação de materiais com alta pureza e homogeneidade, sem segregação de fases. Esta distribuição homogênea de todos os componentes (óxidos) garante propriedades diferentes do que se teria pela simples mistura de óxidos, como exemplo, sua resistividade apresentada devido a presença de sílica, característica não desejável, a qual pode ser contornada com a inserção de óxidos metálicos. Neste contexto, o presente projeto pretende
sintetizar ECC modificados com diferentes tipos de precursores inorgânicos para obtenção do SnO2 na rede de sílica, tendo como objetivo principal aumentar a condutividade destes materiais para uma futura aplicação como sensores eletroquímicos.
Resultados e Discussão
Estudos preliminares demonstraram uma melhor resposta voltamétrica ao utilizar o precursor Trimetilortometilsilicato (MTMOS) em relação ao Tetraetilortosilicato (TEOS). Dessa forma optou-se prosseguir os estudos utilizando este precursor orgânico. O ECC foi preparado pela técnica sol-gel através da mistura de MTMOS, HCl, e metanol com diferentes tipos de precursores inorgânicos: SnCl2
(ECCSnSin1), SnCl4 (ECCSnSin2), (C4H11)2Sn(OCOCH3)2 (ECCDM0 e ECCDM1). Neste último utilizou-se o dibutildiacetato de estanho em diferentes proporções de Sn/MTMOS: 10\90 e 30\70. Nas caracterizações por FTIR, todos os sistemas apresentam bandas entre 1064 cm-1 e 1134 cm-1 ( Si-O-Sisym), 771 cm-1 e 850 cm-1 ( Si-O-Siasym), 667 cm-1 e 670 cm-1 ( Sn-O-Snsym) e bandas entre 959 cm-1 e 1026 cm-1 referente a ligação Si-O-Sn devido ao deslocamento do estiramento Si-O em 975 cm-1. As respostas dos diferentes ECC foram analisadas por voltametria cíclica na presença de [Fe(CN)6]3-/4- 5,0 mmol.L-1, utilizando-se como eletrodo de referência Ag/AgCl e contra eletrodo de Pt. A faixa de potencial estudada foi de -0,6 a 0,9V e = 50 mV.s-1. A Figura 1A mostra os voltamogramas cíclicos obtidos para o ECCSnSin2, onde utilizou-se o precursor inorgânico SnCl4, Este apresentou um comportamento quase-reversível com uma relação
Ipa/Ipc=0,77 e ΔEp= 581 mV. No sistema onde utilizou-se o precursor SnCl2, não foram observados picos de oxidação ou redução nos intervalos de -0,05V e 0,6V. Porém como em ambos os sistemas houve interferência dos íons cloreto na resposta voltamétrica (cuja presença foi confirmada pelas imagens de MEV) dificultando o processo de transferência de elétrons na superfície do eletrodo, optou-se por utilizar o precursor (C4H11)2Sn(OCOCH3)2. Na Figura 1B, estão mostrados os voltamogramas do ECCDM1 e do ECCDM0. Pode-se observar uma maior resposta de corrente para o ECCDM0, indicando que o Sn ao substituir Si na rede facilita o processo de transferência de elétrons. Este apresentou Ipa= 31 µA e Ipc= 33,9µA (Ipa/Ipc= 0,914µA) e ΔEp= 292 V enquanto que o ECCDM0 Ipa= 10,7µA e Ipc= 17,26µA (Ipa/Ipc= 0,619µA) e ΔEp=160 V. Ambos os sistemas são caracterizados como processos quase-reversíveis.
-0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
-800
-600
-400
-200
0
200
400
600
800
ECCSnSin2
E(V)(VS.Ag/AgCl)
I (
A)
-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
E(V)(VS.Ag/AgCl)
I (
A)
ECCDM0
ECCDM1
Figura 1- Voltamogramas cíclicos dos sistemas: (A) ECCSnSin1 e ECCSnSin2 e (B) do sistema ECCDM0 e ECCDM1 na presença
de K3[Fe(CN)6] / K4 [Fe(CN)6] 5,0 mmol = 50 mV.s-1.
Conclusões
Ao utilizar o precursor dibutildiacetato de estanho em substituição ao cloreto de estanho obteve-se uma melhor resposta voltamétrica, com uma melhor resolução dos picos anódicos e catódicos. O sistema ECCDM1 obteve uma melhor resposta de corrente em relação ao ECCDM0 o qual apresenta uma menor quantidade do precursor inorgânico.
Agradecimentos
Ao GDEM, CAPES e a UEPG.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 75
QI 64
Aplicação de catalisadores inorgânicos homogêneos e heterogêneos na
obtenção de biodiesel: influência na estabilidade oxidativa.
Karina Gomes Angilelli1*(PG), Dionisio Borsato1(PQ).
1Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, PR-445 km 380 s/n, Campus Universitário, 86057-970,
Londrina, Paraná, Brasil.
Palavras Chave: Óxido de magnésio, teoria do complexo ativado.
Introdução Há uma grande variedade de catalisadores empregados na produção do biodiesel, entretanto a maior parte do biodiesel comercial é produzido com catalisador homogêneo básico por apresentarem maiores rendimentos de reação, além de permitirem o uso de temperaturas mais baixas durante o processo de transesterificação. Contudo, existem muitos estudos sobre o desenvolvimento e aplicação de catalisadores heterogêneos devido a possibilidade de reutilização e por eliminar etapas de neutralização do biodiesel. Esse trabalho tem por objetivo verificar a influência dos catalisadores inorgânicos na estabilidade oxidativa de biodiesel por meio da determinação dos parâmetros cinéticos e termodinâmicos da reação de oxidação
Resultados e Discussão
Os catalisadores homogêneos utilizados foram o
metóxido de sódio (95%, Sigma-Aldrich) e o hidróxido
de sódio (97%, F.Maia), e os catalisadores
heterogêneos foram o óxido de magnésio (PA,
F.Maia) tratado com hidróxido de potássio (PA,
F.Maia) e com hidróxido de sódio (97%, F.Maia). As
reações de oxidação do biodiesel produzido com
cada catalisador foram estudadas pelo método
acelerado (EN14112) e os dados de condutividade
por tempo foram plotados e forneceram as
constantes de velocidade de reação (k) para cada
caso. Com os k obtidos associados às equações de
Arrhenius e de Eyring foi possível calcular as
Energias de ativação, Entalpias e Entropias de
formação do complexo ativado. Estes parâmetros
fornecem informações sobre a susceptibilidade à
oxidação, em função da temperatura, e com isso a
estabilidade durante o armazenamento de cada
biodiesel. A tabela 1 mostra os valores obtidos e
indica que o catalisador heterogêneo MgO/KOH
produziu biodiesel com características de oxidação
semelhantes ao produzido com metóxido de sódio,
que é o mais utilizado industrialmente por suas
vantagens quanto ao rendimento de reação e
estabilidade oxidativa.
Tabela 1. Entalpia, entropia e energia de ativação da oxidação de biodiesel produzidos com os catalisadores avaliados.
Catalisador Ea
(kJ/mol)
∆H‡
(J/mol)
∆S‡
(J/K mol)
NaOCH3 92,07 88,81 -23,82
NaOH 90,51 87,24 -28,87
MgO/KOH 91,58 88,38 -28,36
MgO/NaOH 86,98 83,71 -35,32
A energia de ativação e a entalpia de formação do
complexo ativado são indicativos da energia
consumida para dar início à reação de oxidação,
portanto quanto maiores forem esses valores, mais
estável será o biodiesel. Já a entropia de ativação se
refere a quantos complexos ativados estão sendo
formados, sendo que valores mais negativos indicam
que muitos complexos ativados estão sendo
formados e uma taxa maior de oxidação. Neste ponto
o metóxido de sódio ainda apresenta vantagens,
sendo sua entropia a menos negativa entre os casos
estudados.
Conclusões
O metóxido de sódio produziu biodiesel com os
parâmetros de oxidação mais favoráveis, entretanto
o biodiesel catalisado por MgO/KOH teve resultados
comparáveis, o que é muito interessante por ser uma
alternativa com maiores vantagens, tanto ambientais
por produzir menos resíduo, quanto econômicas uma
vez que catalisadores heterogêneos são passiveis de
reutilização.
Agradecimentos
À UEL, à Capes e à Fundação Araucária.
____________________
1Xie, W. e Li, H. J Mol Catal A Chem. 2006, 255, 1. 2Tan, C. P.; Man, Y. B. C.; Selamat, J. e Yusoff, M. S. A. JAOCS, 2001, 78, 1133.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 76
QI 65
Sorção-Dessorção de Ag, Se e Sb em materiais com potencial para pré-
concentração de contaminantes inorgânicos emergentes
Leonel Vinicius Constantino1 (PG)*, Juliana Nunes Quirino1 (IC), Maria Josefa Santos1 (PQ).
1Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciência Exatas, Departamento de Química.
Palavras Chave: hidrotalcita, argilominerais, selênio, antimônio, prata.
Introdução
Atividades de origem antrópica são responsáveis
pelo aumento da concentração de contaminantes no
ambiente. Dentre as espécies consideradas
contaminantes emergentes, íons prata, selenato,
selenito, antimoniato e antimonito, têm se destacado
pelo seu uso atual na sociedade, representando um
risco para organismos aquáticos e terrestres1.
Diversos materiais têm sido utilizados na pré-
concentração de contaminantes inorgânicos em
ambientes aquáticos, entre eles argilominerais do
tipo esmectita e hidróxidos duplos lamelares, como a
hidrotalcita2. A esmectita é uma classe de
aluminossilicatos que possui alta capacidade de
troca de cátions e elevada área superficial. Seu
principal representante é a montmorilonita,
predominante em rochas bentoníticas. A hidrotalcita
é um trocador aniônico, que possui carbonato
interlamelar3. Estudos de sorção e dessorção foram
realizados para avaliar o potencial de pré-
concentração de hidrotalcita com íons de Se e Sb, e
de bentonita e montmorilonita com íons prata,
subsidiando a modificação de filmes finos em
amostradores passivos ambientais para uso em
sistemas aquáticos.
Resultados e Discussão
Foram promovidos estudos de solução-padrão das
espécies mais relevantes de Ag, Se e Sb. Os dados
obtidos foram ajustados com o modelo duplo de
Langmuir-Freundilch e/ou Langmuir simples,
utilizando o software Matlab7.10.0®2010.
Tabela 1. Parâmetros de sorção e dessorção de Ag+ em montmorilonita (M) e bentonita (B), e espécies de Se e Sb em hidrotalcita, na presença de NO3
-, SO42-
e PO43-. HI: índice de histeresse; MF: fator de
mobilização do sorvato
A Tabela 1 mostra que a dessorção de íons prata em
bentonita acontece em maior proporção (Histerese
negativa), enquanto a dessorção dos ânions em
hidrotalcita, e íons prata em montmorilonita, acontece
em menor proporção (Histerese positiva). O MF de
Ag+ em bentonita foi elevado (96,19%), enquanto
para os ânions em hidrotalcita foi menor que 2%.
Espécies de antimonio apresentaram os maiores
valores de interação (K) com a hidrotalcita.
Conclusões
Íons Ag+ foram tão facilmente sorvidos quanto
mobilizados, enquanto os ânions mostraram uma
capacidade de mobilização mínima em hidrotalcita.
Fácil sorção e dessorção são requisitos básicos para
um material com potencial aplicação na pré-
concentração. No entanto, extratores específicos
podem ser utilizados.
Agradecimentos
Ao FINEP, CAPES e CNPq, pelas condições de
trabalho, laboratórios e bolsa concedida.
____________________
1Gorsuch, J. W.; Klaine, S. J. Environmental Toxicology and Chemistry, 1998, 17 (4), 537–538. 2Goh, K. H.; Lim, T. T.; Dong, Z. Water Research, 2008, 42. 3Lazaridis, N. K.; Karapantsios, T. D.; Georgantas, D. Water Research, 2003, 37, 3023.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 77
QI 66
Óxidos de Ferro Derivados de Pó de Ferro e Ácidos Minerais:
Identificação e Aplicação
Marcelo Müller1 (PG), Filipe Q. Mariani1 (PG), Juan Carlo Villalba1 (PQ), Fauze Jaco Anaissi1(PQ).
1Univeridade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO - Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03.
Palavras Chave: Óxidos de ferro, Ferro Metálico, Pó de Ferro.
Introdução
Óxidos de ferro (Fe) compreendem um grupo de compostos inorgânicos que tem vasta aplicação em vários segmentos industriais e científicos (pigmentos, semicondutores, catalisadores, adsorventes). Óxidos de Fe fazem parte da constituição dos solos, exibem várias propriedades químicas e participam de vários processos físicos (KAMPF, N.; SCHEINOST, A. & SCHULZE, D.G., 2000). As colorações desses latossolos podem variar conforme a região, solos mais ácidos predominam coloração vermelha, outras cores de solos como amarelo, marrom, preto ( Aitkenhead et al., 2013)(KUMARAVEL et al., 2010) podem ser obtidos em função da variação de pressão e temperatura, determinando desta maneira a formação das fases. Atualmente são conhecidos mais de 15 (quinze) óxidos de Fe, todos já identificados, 12 (doze) ocorrem naturalmente, sendo eles: Óxidos - Hematita, Maghetita, Magnetita; Hidróxidos - Ferrihidrita, Fougerita; Óxi-hidróxidos - Goethita, Lepidocrocita e Schwertmannita (Cornell, R. M.; Schwertmann). Atualmente, os óxidos de ferro são obtidos por meio de processos de separação dos solos, estes demandam elevado custo, gerando grandes danos ao meio ambiente. Outras formas de obtenção dos óxidos de ferro são reações que envolvem processos de eletrólise, reações redox, precipitação em meio básico. Porém, todas essas formas demandam muita energia elétrica ou térmica e consumo de água. Rotas com etapas reduzidas que gerem pouco resíduos e que possam ser reutilizados, que envolvam menor tempo de preparo são de extrema importância no contexto atual socioeconômico. Ou seja, processos químicos mais seguros e ambientalmente corretos são necessários.
Resultados e Discussão
Este trabalho tem como principal objetivo sintetizar óxidos de ferro por meio de processos de síntese simples utilizando rejeitos metálicos. A primeira etapa deste trabalho consiste em realizar um estudo bibliográfico. Métodos de sínteses estão sendo testados com o intuito de verificar quais as melhores opções de síntese.
Conclusões
O trabalho está em fase inicial estamos realizando pesquisa bibliográfica e testando metodologias de síntese. Desta maneira ainda não apresenta resultados satisfatórios. Este trabalho visa à conscientização social firmada no conceito de desenvolvimento sustentável, que exige a produção de materiais ecológicos de baixo custo e baixo consumo de energia. Ainda como objetivo deste trabalho, tem a busca de novos métodos para trabalhar de forma ecológica e socialmente correta, alinhada com o desenvolvimento de um produto inovador oriundo da utilização de matérias-primas residuais (sucatas de ferro), promovendo assim a educação ambiental e a inclusão social, bem como trazendo benefícios importantes para setores de grande importância em nosso país.
Agradecimentos
Ao Grupo LabMat (Laboratório de Matérias e
Compostos Inorgânicos)
____________________ 1Aitkenhead, M. J. et al.. Geoderma. 2013, 200-201, 99-107. 2Cornell, R. M.; Schwertmann, U. The Iron Oxides: Structure, 3Properties, Reactions, Occurrences and Uses. 2003. 4Gonçalves, M. et al. Quím. Nova, 2009, 32, 7, 1723–1726. 5Jaiswal, A. et al. J. of E. C. E., 2013, 1, 3, 281-289.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 78
QI 67
Estudo colorimétrico de pigmentos inorgânicos sintéticos a base de
alumínio e pectina cítrica obtidos por diferentes métodos de preparação
Mariane Dalpasquale¹ (PG)*, Cristiane Regina Budziak Parabocz² (PQ), Fauze Jacó Anaissi¹ (PQ).
¹ Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Química, Laboratório de Materiais e Compostos Inorgânicos
– LabMat, Rua Simeão Varela de Sá, 03, Vila Carli. CEP:85040-080 - Guarapuava, Paraná.
² Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Coordenação de Química, Via do Conhecimento, KM 01, CEP 85503390
– Pato Branco, Paraná.
Palavras Chave: Colorimetria, aluminatos, pó.
Introdução
Pigmentos Inorgânicos Sintéticos (PIS) têm ampla
aplicação em indústrias de plástico, cerâmicas e
tintas e por isso constantemente se torna necessária
à busca por novos materiais, novas propriedades e
novas tonalidades¹, visando sempre métodos
simples e de baixo custo que incluem reagentes e
equipamentos usuais e principalmente processos
ambientalmente corretos. Nesse sentido, o objetivo
deste trabalho é comparar duas metodologias de
síntese para a preparação de pigmentos (PIS) a partir
de dados colorimétricos.
Resultados e Discussão
No processo 1 utilizou-se a metodologia de mistura
sólida e no processo 2 aplicou-se a rota de
gelificação em meio aquoso. Nos dois métodos foram
utilizados os mesmos reagentes: nitrato de alumínio
nonahidratado, pectina cítrica (subproduto da
indústria de alimentos) e íons colorantes de ferro,
cobalto e níquel, também na forma de nitratos
hidratados.
A Tabela 1 apresenta os dados de colorimetria
(CIELab) dos pigmentos preparados.
Tabela 1. Medidas dos parâmetros colorimétricos para os pigmentos em pó.
Pigmentos Síntese 1 Síntese 2
L* a* b* ∆E L* a* b*
Al(pec) 75,67 -0,09 1,45 4,77 80,28 -0,76 0,40
Al(pec) – Co 45,32 1,42 -6,05 3,71 43,69 -1,42 -2,72
Al(pec) -Fe 57,39 7,52 21,59 8,94 65,20 3,28 22,54
Al(pec) - Ni 60,14 -2,11 10,90 6,93 66,71 -3,24 9,01
A Figura 1 apresenta as imagens dos PIS obtidos na
forma de pó de acordo com os processos 1 e 2.
Processo 1 a) b) c) d)
Processo 2 e) f) g) h)
Figura 1. Imagens do óxido Al(pec) (a/e) e dos
aluminatos de cobalto (b/f), ferro (c/g) e níquel (d/h)
obtidos a partir das processos 1 e 2.
Conclusões
Visualmente comparando-se os mesmos pigmentos
obtidos através das duas sínteses, existem poucas
diferenças nas colorações dos materiais. Ao calcular
a diferença de cor (∆E) a partir das medidas
colorimétricas é possível verificar diferenças
significativas de cor para os valores de ∆E maior que
5.
Agradecimentos
Os autores agradecem as agências de fomento
CAPES, FINEP e CNPq. À UTFPR (Pato Branco)
pelas medidas de colorimetria.
____________________ ¹Buxbaum, G. Introduction to Inorganic High Performance Pigments. New York: Wiley – VCH, (Chapter 1), 2009.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 79
QI 68
Modelagem da difusão multicomponente de espécies inorgânicas em
batata pré-cozida.
Mirian Souza Prado Bordin1 (PG)*, Dionísio Borsato1(PQ).
1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, CP 6001, 86051-990. Londrina – PR.
Palavras Chave: 2º Lei Fick, coeficientes de difusão, número de Biot, sódio, potássio, ferro.
Introdução
A difusão multicomponentes de espécies químicas é um processo complexo de transferência de massa contra-corrente entre uma matriz sólida e uma solução hipertônica1. É uma técnica bastante útil na conservação de alimento, além disso, pode ser adicionados intencionalmente solutos para agregar valor no alimento com a importância biológica.
O objetivo deste trabalho será modelar a
difusão de espécies químicas inorgânicas (sódio, potássio, e ferro) e com isso, determinar os coeficientes de difusão, número de Biot e o coeficiente de película simulando o processo por meio do método de elementos finitos e otimizando pelo método simplex.
Metodologia
A proporção biossólido: solução 1:20. As
amostras serão coletadas, em triplicatas, a cada
meia hora de imersão.
Determinação
Resultado Esperado
A pesquisa a ser desenvolvida, permitirá um controle e uniformidade do conteúdo de sais no produto final bem como diminuir o teor de sódio e agregar valor nutricional.
Agradecimentos
A UEL pelo apoio.
_________________
1Lewicki, P. P.; Lenart, A. In: MUJUMDAR, A. S. (Ed.) Handbook of industrial drying. 3rd ed. Boca Raton, FL: Taylor & Francis, 2007. p. 665-687.
Matriz Sólida Pré- Cozida
Salmoura estática e agitada (Sódio, Potássio, Ferro)
Umidade
Estufa 105ºC Na, K e Fe
Espectrômetro de Fluorescência de
Raio X por Dispersão de energia
(EDXRF). Shimadzu-720
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 80
QI 69
Preparação e caracterização de filmes LbL de PANI-GA e nanopartículas
de prata estabilizadas em amido.
Rafaela Daiane de Oliveira1* (PG), Marcio Vidotti3 (PQ), Luís Fernando Marchesi2,3 (PQ), Christiana
Andrade Pessôa1 (PQ).
1Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 3Grupo de Pesquisa em Macromoléculas e Interface - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.
Palavras Chave: Layer-by-Layer, nanopartículas de prata, goma arábica, polianilina, filmes finos.
Introdução Os polímeros naturais têm apresentado
características promissoras para aplicação como
estabilizantes em sínteses de nanopartículas (NPs)
metálicas, evitando a formação de clusters e controle
do tamanho.1 Além disso, estes também podem ser
utilizados em compósitos com polímeros condutores,
melhorando a processabilidade desses materiais.2
Esses materiais podem ser utilizados para
modificação de eletrodos a partir da obtenção de
filmes finos. Recentemente estudos com a
incorporação do compósito de polianilina e goma
arábica (PANI-GA) em filmes LbL revelaram boa
eletroatividade, reversibilidade e durabilidade
eletroquímica.3 Desta forma, neste trabalho foram
construídos filmes LbL utilizando nanopartículas de
Ag estabilizadas em amido (AgNPs-Am) como
poliânion e PANI-GA como policátion para a
construção de sensores eletroquímicos.
Resultados e Discussão As AgNPs-Am foram sintetizadas por redução
química de AgNO3 1,0.10-3 mol.L-1 em NaBH4 3,6.10-
3 mol.L-1, em banho de gelo (5°C) e solução de 1%
(m/V) de amido. A PANI-GA foi sintetizada conforme
método previamente descrito na literatura.2 Os filmes
LbL PANI-GA/AgNPs-Am foram construídos com
tempo de imersão de 5 min. Por espectroscopia de
UV-Vis observa-se que o filme LbL PANI-GA/AgNPs-
Am apresenta tanto as bandas referentes a PANI-GA
(≈200, 340 e 800 nm), quanto a banda característica
das AgNPs (≈420 nm). Para monitorar o crescimento
dos filmes observou-se a absorbância da banda das
AgNPs em 422 nm. Observou-se um aumento linear
da absorbância em função do número de bicamadas
(Figura 1A). No espectro FTIR da PANI-GA/AgNPs-
Am (Figura 2B) observa-se as bandas 998 e 1078 cm-
1, características da GA referentes C-O das cadeias
de arabinogalactanas. As bandas em 1640 e 1420
cm-1 referem-se ao anel quinóide e benzenóide da
PANI, respectivamente. A voltametria cíclica do filme
LbL (PANI-GA/AgNPs-Am)4 apresentou picos de
oxidação em 0,19 V e 0,70 V referentes aos
processos da PANI. Além disso, pode ser observado
também o pico de oxidação da prata em 0,32 V.
Figura 1. (A) Espectro de UV-Vis da PANI-GA, AgNPs-Am e (PANI-GA/AgNPs-Am)8 e relação entre o número de bicamadas e a absorbância (Figura inserida) (B) FTIR do filme PANI-GA/AgNPs-Am.
A espectroscopia de impedância eletroquímica
(EIS) mostrou 4 processos dependentes do potencial
aplicado, dois em altas frequências relacionados com
os processos faradaicos e com a difusão eletrônica
no polímero condutor, e dois em baixas frequências
relacionados com a quantidade de contra-íon
intercalado no polímero condutor e possivelmente
com os processos faradaicos referente a AgNPs.
Figura 2. Diagrama de Nyquist obtidos a partir dos eletrodos de filme LbL (PANI-GA/AgNPs-Am)4 em função do potencial aplicado.H2SO4 pH = 1,28.
Conclusões Os filmes LbL construídos com AgNPs-Am e PANI-
GA apresentaram crescimento linear. A VC do filme
(PANI-GA/AgNPs-Am)4 apresentou tanto os picos de
oxidação da Ag quanto os picos de oxidação da
PANI, o que confirma a formação do filme. Estes
filmes apresentam potencialidade para uma futura
aplicação como sensores eletroquímicos.
Agradecimentos UEPG e Programa de Doutorado Associado em
Química (UEL – UEPG – UNICENTRO) e CNPq. __________________________ 1 Manno, D. et al. J. Non-Cryst. Solids. 2008, 354, 5515. 2 Quintanilha, R. C. et al. J. Colloid Interface Sci. 2014, 434, 18. 3 Marchesi, L. F. et al. Electrochim Acta. 2015, 174, 864.
3400 3200 3000 1800 1600 1400 1200 1000
B
B
3280
2928
1640
1338
1420
1151
1078
998
Número de onda (cm-1)
200 300 400 500 600 700 800
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
0.10
0.12
Ab
so
rbâ
ncia
(u
.a.)
Número de bicamadas
A
Ab
so
rbâ
ncia
(u
.a.)
Comprimento de onda (nm)
AgNPs-Am
PANI-GA
PANI-GA/AgNPs-Am
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
-Z''/
.cm
2
Z'/.cm2
B
0 5 10 15 20 25 30 35
0
5
10
15
20
25
30
35
-Z''/
.cm
2
Z'/.cm2
0 mV
50 mV
100 mV
150 mV
200 mV
A
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 81
QI 71
Partículas de Hidróxido de Níquel - Ni(OH)2: Comportamento térmico (TG-
DTG-DTA)
Tamara Maria de Andrade1* (PG), Fauze Jacó Anaissi1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Exatas e da Terra, Laboratório de Materiais e Compostos
Inorgânicos – LabMat, Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03, Vila Carli. CEP 85040-080- Guarapuava-Paraná.
Palavras Chave: Hidróxido de Níquel, análise térmica.
Introdução
Segundo Bode e col.1 o hidróxido de níquel – NI(OH)2
- pode ser encontrado sob forma de polimorfos α-
Ni(OH)2 e β-Ni(OH)2. Neste trabalho se propõe a
preparação do material eletroativo Ni(OH)2 a partir de
diferentes precursores, afim de estudar o efeito dos
cátions provenientes das bases (KOH, NH4OH e
NaOH) e dos ânions provenientes dos sais de partida
(NiCl2.6H2O, Ni(NO3)2.6H2O e Ni(CH3COO)2.4H2O)
para entender a influência no comportamento
térmico.
Resultados e Discussão
As curvas de análise térmica foram realizadas em um
analisador térmico simultâneo (TG-DTG-DTA) SII
NanoTechnology Inc., modelo TG/DTA 6300, rampa
de aquecimento a 20 ºC min-1, atmosfera dinâmica de
ar comprimido (vazão 200 mL min-1), porta amostra
de alumina e faixa de temperatura 30ºC e 1200ºC. Os
valores de perda de massa em cada evento estão
apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Perda de massa (%) para cada evento da análise térmica.
% Acetato Cloreto Nitrato
K+ Na+ NH4+ K+ Na+ NH4
+ K+ Na+ NH4+
E1* 7,7 6,1 9,5 5,0 4,3 1,2 3,2 1,8 2,2
E2* 23,0 17,9 18,4 12,5 20,9 19,1 17,0 20,7 19,9
E3* 4,3 4,5 8,0 31,7 4,5 1,9 29,5 2,0 1,7
R** 65,0 71,5 64,1 50,8 70,3 77,8 50,3 75,7 76,2
* Evento 1, 2 e 3. ** Resíduo
As curvas térmicas (TG) (Figura 1) evidência que a amostra de Ni(OH)2 obtida por Ac-K+ apresenta comportamento diferenciado quando comparada com Cl-K+ e Nit-K+, o que sugere grande influência do grupo acetato no processo de síntese, a qual deve ser investigada.
Figura 1. Curvas térmicas (TG) do Ni(OH)2,
precursores: a) acetato, b) cloreto e c) nitrato de
níquel.
Conclusões
A variação de perda de massa referente ao segundo evento, deve-se a quantidade de água intercalada no Ni(OH)2, que varia de acordo com o polimorfo formado (α, β ou mistura desses), com estrutura lamelar possibilita maior retenção de moléculas de água.
Agradecimentos
Á CAPES; Á UNICENTRO.
____________________
1Bode, H.; Delmelt, K.; Witte, J. Electrochim. Acta. 1966, 11, 1079
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 82
QI 71
O emprego de surfactantes na formação de filmes automontados com
Sipy+Cl- e Ftalocianina Tetrasulfonada de Níquel
Rolf de C. Intema1* (PG), Christiana A. Pessoa1 (PQ), Karen Wohnrath1 (PQ)
Universidade Estadual de Ponta Grossa1
Palavras Chave: Triton X 100, SDS, Ftalocianina de níquel, silsesquioxano
Introdução
Surfactantes modificados podem ser rápida e convenientemente integrados em estruturas de multicamadas contendo polieletrólitos para gerar materiais com aplicações funcionais. Entender o mecanismo da complexação entre polieletrólitos e surfactantes em filmes LbL pode nos levar a desenvolver melhores estratégias para imobilização de moléculas anfifílicas funcionais em tais estruturas1,2.
Neste trabalho, visou-se estudar a interação entre polieletrólitos e surfactantes não-iônicos. A técnica LbL foi utilizada para a preparação de filmes ultrafinos fazendo uso do polieletrólito 3-n-propilpiridinio silsesquioxano (SiPy+Cl-) e da ftalocianina tetrasultadonada de níquel (NiTsPc), formando a arquitetura (SiPy/NiTsPc). Para estudar a interação surfactante-polieletrólitos, os surfactantes Triton X e o SDS, foram adicionados à solução do polieletrólito SiPy+Cl-, para então serem depositados sobre a superfície do substrato (ITO).
Resultados e Discussão
O processo de formação de micelas na presença de
um polieletrólito, pode ser monitorado por medidas
de tensão superficial da solução correspondente. A
Figura 1 ilustra a variação de tensão com adições
consecutivas de Triton X em água, e em soluções
aquosas contendo SiPy+ em concentrações de 20 e
40 ppm.
1E-5 1E-4 1E-3 0.01 0.1 130
35
40
45
50
55
60
65
70
75 Triton
Triton+SiPy 2mg/mL
Tensão S
uperf
icia
l
[Triton]
Figura 1: Tensão superficial das soluções aquosas do
surfactante Triton na presença e ausência de SiPy+.
A adição de SiPy+ induz à redução da tensão superficial mesmo a concentrações baixas de surfactante, pois o polímero aumenta a adsorção do surfactante na interface água-ar, onde a complexação polímero-surfactante acontece. Tal complexação interfacial minimiza as interações repulsivas entre grupos polares dos surfactantes na superfície. O aumento da tensão superficial além deste ponto indica a redução da concentração de surfactante na superfície do líquido causada pela formação de agregados estáveis, no bulk da solução, entre surfactante e polímero. Para determinar o tamanho dos agregados formados utilizou-se a técnica de espalhamento dinâmico de luz (DLS) (Figura 2).
1E-4 1E-3 0,01 0,1 1
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
Pa
rtic
le s
ize
/ n
m
[surfacant] Mol L-1
x CMC
Triton X+SiPy+Cl
- 2mg/mL
SDS +SiPy+Cl
- 2mg/mL
Figura 2: Mudança no tamanho dos agregados em função da concentração de Triton X e SDS.
Conclusões
A partir do estudo da tensão superficial constatou-se
a interação entre surfactante e polieletrólito.
Confirmada a formação de agregados, utilizou-se a
técnica de DLS para determinar a melhor relação de
concentração entre surfactante e polieletrólito, sendo
essa 0,075xCMC do surfactante.
Agradecimentos
Capes e GDEM/UEPG.
1 DEO, et. Al Langmuir 2013, 21, 3950-3956
2 Dedinaite, et al. Langmuir 2011, 16, 1951-1959
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 84
QO 72
Análise Espectroscópica de Grãos e Sementes Oleaginosas através de
RMN e RPE para Avaliação do Teor de Óleo, Radicais Livres e Compostos
Organometálicos. Bruna F. Gazzoni1 (PG)*, Eduardo Di Mauro1 (PQ), Carmen L. B. Guedes1 (PQ)
*[email protected] 1Centro de Ciências Exatas (CCE), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 km 380,
Campus Universitário, Cx. Postal 10.011, CEP 86.057-970, Londrina, PR
Palavras Chave: espécie paramagnética, fator espectroscópico, largura de linha, spin.
Introdução
Dentre as várias possibilidades de combustíveis
obtidos de fontes renováveis se encontra o biodiesel
produzido a partir de óleos e gorduras. A principal
matéria prima para síntese de biodiesel pode ser
extraída de diversas sementes oleaginosas. Com o
objetivo de investigar a presença de espécies
paramagnéticas em sementes de plantas
oleaginosas foi utilizada a técnica espectroscópica de
Ressonância Paramagnética Eletrônica (RPE).
Resultados e Discussão
Foram analisadas por RPE dez variedades de
sementes oleaginosas, entre as quais, apenas quatro
(algodão, girassol cinza, girassol preto e pinhão
manso) apresentaram sinal de espécie
paramagnética com característica de radical livre
orgânico. Os parâmetros de RPE calculados com
base nos sinais dos espectros foram fator
espectroscópico (fator g), largura de linha pico a pico
(ΔHPP) e número de spins/g de amostra.
Tabela 1. Parâmetros de RPE obtidos para o sinal de radical livre orgânico em sementes oleaginosas.
Semente oleaginosa
N° de spins/ g de amostra
(x1015)
Fator g
ΔHPP (Gauss)
Algodão 3,4 2,0039 6,6
Girassol (cinza) 8,5 2,0033 6,0
Girassol (preto) 8,6 2,0033 6,6
Pinhão Manso 4,9 2,0047 7,0
O valor calculado para o fator espectroscópico (fator
g) em cada uma das sementes foi g=2,0040± 0,0007.
O fator g calculado para o elétron livre é 2,0023. Os
fatores g de RPE, com valores de 2,0033 a 2,0034,
correspondem a estruturas de orto- e/ou para-
semiquinonas. As semiquinonas (Figura 1) são
intermediárias nas reações de redox de orto- e/ou
para-difenolatos a orto- e/ou para-quinonas e
geralmente estão presentes na biomassa
lignocelulósica1,2.
Os espectros de EPR (Figura 2) apresentaram
aspecto semelhante em todas as sementes
analisadas, sendo encontrada a maior quantidade
relativa de spin/g de amostra nas sementes de
girassol, ou seja, a semente de girassol apresentou
maior concentração de radicais livres. Na Figura 2
está representado o espectro de EPR obtido na
semente de girassol (cinza).
Figura 1. Equilíbrio redox entre a) p-quinona b) p-semiquinona e c) p-hidroquinona.
Figura 2. Espectro de EPR da semente de girassol.
Conclusões
Dentre as sementes estudadas não foi detectado
sinal de espécie paramagnética nas semente s de
amendoim, girassol branco, milho, nabo, soja e
sorgo. Foi detectada a presença de radical
semiquinona nas sementes de algodão, girassol
(cinza e preto) e pinhão manso. Outras técnicas
espectroscópicas como RMN estão sendo utilizadas
para confirmação dos radicais livres semiquinonas.
Agradecimentos
CAPES e Fundação Araucária.
____________________ 1 Saab, S. C.; Martin-Neto, L. J. Braz. Chem. Soc. 2008, 19, 413. 2 Saifutdinov, R. G.; et al. Electron paramagnetic resonance in
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 85
QO 72
biochemistry and medicine. New York: Kluwer Academic/ Plenum Publishers, 2001, 268 p.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 86
QO 73
Regiosseletividade da abertura de epóxidos terminais por silil-enóis
éteres: Síntese de centros quaternários benzílicos
Camila B. Nascimento1 (PG)*, Fernando Macedo Jr1. (PQ).
1Laboratório de Pesquisas em Moléculas Bioativas, Dep. de Quím., Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR Palavras Chave: regiosseletividade, abertura de epóxidos, centros estereogênicos
Introdução
A reação de abertura de epóxidos não-simétricos por
enolatos tem sido empregada rotineiramente para a
síntese de adutos do tipo homoaldol.1 Estas
transformações são acompanhadas por altas
regiosseletividades em favor do ataque do ânion ao
carbono menos substituído do epóxido (Esquema 1).
Por outro lado, a utilização de espécies enólicas
neutras como nucleófilos para fornecer 4-hidroxi-
cetonas com a regioquímica inversa, representa uma
estratégia quase inexplorada.2
A reação abertura regiosseletiva da 2-(4-metil-2,5-dimetoxifenil)-2-metiloxirana pelo silil-enol éter da acetona catalisada por TiCl4 foi otimizada no nosso grupo de pesquisa3. Motivados por estes resultados, propomos neste trabalho mapear esta metodologia através de uma triagem de substratos similares. Epóxidos benzílicos e silil-enóis éteres com substituintes de diferentes tendências eletrônicas e estéricas serão empregados para se avaliar o efeito sobre a reatividade e a regioquímica da reação.
Além disso, deseja-se aplicar a metodologia desenvolvida na síntese das enoquipodinas A/B4 (Esquema 2), proporcionando assim a avaliação abrangente do potencial farmacológico destes sesquiterpenos.
Resultados e Discussão
Cetonas aromáticas comercialmente disponíveis
foram convertidas nas olefinas correspondentes
através da reação de Wittig5. Os epóxidos de
interesse foram obtidos pelo tratamento das olefinas
com a dioxirana da acetona gerada in situ na
presença de oxona6. Ambas etapas de síntese se
encontram otimizadas no nosso grupo de pesquisa.
(Esquema 3).
Com a obtenção dos epóxidos correspondentes pretende-se avaliar as reações de abertura
catalisada por TiCl4 frente a diferentes silil-enóis éteres (Esquema 4).
Conclusões O sucesso da metodologia de síntese de olefinas
terminais, bem como o emprego da metodologia de
para a síntese dos epóxidos benzílicos
correspondentes e os bons resultados prévios da
reação de abertura regiosseletiva de 2-(4-metil-2,5-
dimetoxifenil)-2-metiloxirana indicam um elevado
potencial deste processo para a síntese de centros
quaternários benzílicos e demonstram a viabilidade
de uma rota sintética alternativa para preparação das
enoquipodinas.
Agradecimentos
Ao LPMBA e LABSPEC (UEL) e a CAPES pela concessão de bolsa. _______________ 1Taylor, S. K. Tetrahedron, 2000, 56, 1149. 2Hernández, C. et al. Current Organic Chemistry, 2014, 18, 5,
525. 3Nascimento, C. B. Dissertação de Mestrado em Química – UEL,
2013. 4Ishikawa, N. K. et al. Phytochemistry, 2000, 54, 777 5Berens, U. The Journal of Organic Chemistry, 1995, 60, 16, 127. 6Shi, Y. et al. The Journal of Organic Chemistry, 1997, 62, 2328.
Esquema 1 - Abertura de epóxidos por espécies enólicas
Esquema 2 - Proposta de síntese para as enoquipodinas A e B
Esquema 3 – Síntese de epóxidos
Esquema 4 – Avaliação das reações de abertura de epóxidos catalisada por TiCl4
Ph3PCH3I;
t-ButOK; THF0ºC-t.a.
O
R R
R = -4-Me-2,5-OMe 2,5-OMe 2-OMe -H
R
KHSO5, Acetona
TBAHS, CH3CN
O
O
R2 R1
O
R2R1
O
R2
OH
R1
OM
R1
OTMSHO
Enolatos(meio básico)Controle estérico
Sililenóis éteres(+ Ac. Lewis)Controle eletrônico
R2 = grupo
doador de elétrons
O
MeMe
HO
Me OH
Me
Enoquipodina A (4)
Redução/Ciclização
MeO
OMe
O
Abertura regiosseletivade epóxido
O
O
Me
Me
OMe
Me
Enoquipodina B (3)
HO
(R)-2
5 etapas
R1
OTMSR = -4-Me-2,5-OMe 2,5-OMe 2-OMe -H
R
O
R
HO
R1
O
; TiCl4
CH2Cl2 R1 = Me Ph
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 87
QO 74
Validação de método cromatográfico CLAE-DAD para a determinação
compostos fenólicos em própolis brasileira.
Christiane Schineider Machado Kolc1 (PG)*, Yohandra Reyes Torres1 (PQ).
*[email protected] 1Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro.
Palavras Chave: Própolis, validação analítica, compostos fenólicos
Introdução
A própolis é um produto resinoso produzido pelas
abelhas e utilizada na medicina popular desde a
antiguidade, devido às suas inúmeras propriedades
farmacológicas 1. O objetivo do presente estudo foi
validar o método CLAE-DAD para a determinação
simultânea de compostos bioativos na própolis do
Paraná.
Resultados e Discussão
O estudo de validação foi realizado de acordo com
diretrizes internacionais e nacionais (AOAC 2012,
ICH 1996, o Inmetro 2011) 2,3,4. Os resultados
indicam que o modelo linear é adequado para
estabelecer a relação entre a altura do pico
cromatográfico e a concentração (Tabela 1). Os LD
e LQ variaram entre 1,04-2,74 µg mL-1 e 3,15-8,30 µg
mL-1, respectivamente. As estimativas de RSD (%)
para a repetitividade (r) e precisão intermediária
(tempo e analista) foram < 11,76, 13,36 e 14,56,
respectivamente. A exatidão do método, avaliada
através de estudos de adição/recuperação,
demostrou % de recuperação de 88,55 a 119,525,
com exceção o ácido 3,4-di-O-cafeoilquinico, 138,77
de recuperação.
Figura 1. CLAE-DAD dos padrões (40 µL mL-1) (A) e amostra 14 (20 mg mL-1) (B). (1)
ácido gálico, (2) ácido 4-O-cafeoilquínico, (3) ácido clorogênico, (4) ácido p-cumárico, (5)
ácido 3,5-di-O cafeoilquínico, (6) ácido 3,4 -di-O-cafeoilquínico, (7) quercetina, (8)
dihidrokaempferida e (9) galangina.
Conclusões
A determinação simultânea de produtos naturais da própolis através de CLAE-UV apresentou seletividade, linearidade e excelente precisão e exatidão.
Agradecimentos Unicentro e FINEP.
________________ 1 Bankova, V., de Castro, S. L., & Marcucci, M. C. Apidologie 2000, 31(1), 3-15. 2 ANVISA. Resolução - RE nº899, de 29 de maio de 2003. Available in: www.anvisa.gov.br. Accessed in maio, 2013. (in Portuguese). 3 AOAC (Association of Official Analytical Chemists). (2012). Official methods of analysis of AOAC international (19th ed.). Appendix F - Guidelines for standard method performance requirements, 16. 4 Inmetro (2011). DOQCGCRE008 - Orientação sobre Validação de Métodos Analíticos, Revisão 04, julho, 19.
Tabela 1. Resultados do estudo de linearidade, precisão (repetitividade e precisão intermediária) e exatidão.
Compostos tR
(min)
λmax
(nm)
Parâmetros Regressão Linearidade Precisão Exatidão (%)
Regressão Falta de ajuste Precisão intermediária
40 µg mL-1 Equação R2
Fobservado (Fcritico)
Valor do p
Ffaj (Fcritico)
Valor do p
LD (µg mL-1)
LQ (µg mL-1)
r RSD%
Tempo
Analista
Ácido gálico 4.6 275 y = 3973x +3749 99.9% 21236.27
(9.33) 0.000
0.54 (6.55)
0.663 1.04 3.15 1.89 1.76 4.19 91.88 ± 1.00
Ácido Clorogênico 9.9 330 y = 2771x - 4694 99.6% 4595.22
(8.10) 0.000
2.89
(4.56) 0.054 2.74 8.30 2.50 9.78 14.16 116.67 ± 4.35
Ácido 4-O-
Cafeoylquinico 10.2 330 y = 1936x - 4608 99.7%
6246.10 (8.68)
0.000 2.80
(5.99) 0.079 2.30 6.97 1.54 8.22 11.16 119.32 ± 2.45
Ácido p-Cumárico 13.3 315 y = 8501x - 4289 99.8% 6415.07
(9.33) 0.000
2.79
(6.55) 0.086 1.73 5.25 1.04 8.35 2.51 88.55 ± 1.30
Ácido 3,5-di-O-
Cafeoilquinico 14.0 330 y = 2329x - 8011 99.7%
3381.82 (10.6)
0.000 4.78
(9.78) 0.049 2.50 7.70 11.76 13.36 14.56 93.10 ± 2.07
Ácido 3,4-di-O-
cafeoilquinico 14.3 330 y = 2156x - 4463 99.7%
4465.10 (9.33)
0.000 3.22
(7.01) 0.075 2.69 8.15 2.81 3.80 1.60 138.77 ± 1.40
Quercetina 17.1 370 y = 5298x- 2915 99.0% 8517.96
(8.68) 0.000
1.33
(5.99) 0.332 1.60 5.33 2.09 2.07 1.40 119.525 ± 6.78
Dihidrokaempferida
19.2 292 y = 16736x +14807 99.9% 14691.05
(10.6) 0.000
0.44 (9.78)
0.731 1.25 3.78 1.18 1.81 1.17 101.58 ± 1.14
Galangina 23.0 268 y = 4133x + 913 99.9% 10502.96
(8.68) 0.000
1.45
(6.55) 0.267 1.47 4.48 1.83 4.26 1.17 106.9 ± 0.72
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 88
QO 75
Desenvolvimento de Nanopartículas à Base de Caseína e Curcumina Decoradas com Quitosana
*Daniele Gonçalves Vieira1 (PG), Najeh Maissar Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). *[email protected] 1Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica. Programa de Pós-Graduação em Química (Associação UNICENTRO/UEPG /UEL). Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03 – Vila Carli. Guarapuava-PR. Palavras Chave: Câncer, Nanopartículas, Curcumina, Caseína, Caseinato de Sódio, Quitosana
Introdução A curcumina é um pigmento extraído da raíz do
açafrão-da-índia (Curcuma longa), é utilizada como um
estimulante aromático e possui coloração amarela característica1. Além disso, a curcumina está entre os mais promissores e eficazes agentes quimiopreventivos e tem se mostrado potencialmente efetiva contra inúmeros tipos de câncer2. Entretanto, diversos fatores afetam a sua biodisponibilidade, tais como a sua baixa absorção intestinal e rápida metabolização e excreção3.
Dentro deste contexto, os sistemas nanoestruturados vêm sendo amplamente empregados, já que nanocarreadores de fármacos podem potencializar as propriedades físico-químicas e fornecer um meio de modificar a distribuição de uma substância ativa, aumentando a sua concentração no sítio-alvo, melhorando a eficácia e reduzindo a toxicidade, com várias possibilidades de aplicações devido ao tamanho reduzido e e grande área superficial4,5,6,7.
A liberação de fármacos a partir de sistemas poliméricos nanoestruturados depende de diferentes fatores, sendo o tipo de polímero utilizado um dos principais, já que determina o mecanismo de liberação envolvido8,9. Diversos estudos vêm sendo realizados baseados na utilização do caseinato de sódio, um biopolímero na forma de sal de sódio derivado da caseína, principal proteína existente no leite de vaca10. Assim como, outros estudos têm demonstrado a promissora utilização de nanopartículas decoradas com polissacarídeos e que a utilização de quitosana forma um sistema eficiente para a incorporação de drogas, mantendo-se estável sob condições fisiológicas, com aumento significativo da absorção do fármaco nanoparticulado11.
Diante do exposto, o presente trabalho propõe o desenvolvimento de nanopartículas à base de caseína, contendo curcumina, decoradas com quitosana, bem como a sua caracterização físico-química e biológica, avaliação da estabilidade em meio enzimático e avaliação da atividade anti-tumoral.
Resultados Os resultados esperados com o desenvolvimento
deste trabalho vão no sentido tanto da validação do método de obtenção das nanopartículas, quanto no de contribuir com a comunidade científica sobre os dados verificados com a análise das caracterizações e avaliações propostas.
Conclusões Avanços tecnológicos visam melhorar os perfis
farmacocinéticos de fármacos amplamente utilizados em tratamentos quimioterápicos. Sendo que, nanopartículas poliméricas são sistemas capazes de melhorar a biodisponibilidade de fármacos utilizados em tratamentos onerosos e que acarretam diversos efeitos colaterais aos pacientes, fazendo muitas vezes, desistirem do tratamento.
Agradecimentos Aos coordenadores do Laboratório de
Nanotecnologia Farmacêutica e demais Laboratórios pertencentes ao Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), pois para o desenvolvimento deste trabalho serão utilizados tanto o espaço físico, bem como os equipamentos, materiais e recursos pertencentes à estes locais.
_____________________ 1ARAÚJO, C.A.C.; LEON, L.L.; Biological activities of Curcuma longa L; Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; v. 96; p. 723-728; 2001. 2SINGH, S.; KHAR, A.; Biological effects of curcumin and its role in cancer chemoprevention and therapy; Anticancer Agents in Medicinal Chemistry; v. 6; p. 259-270; 2006. 3ANAND, P. et al. Curcumin and câncer: an “old-age” disease with an “age-old”solution; Cancer Letters; v. 267; p. 133-164; 2008. 4KAYSER, O.; LEMKE, A.; TREJO, N. The impact of nanobiotechnology on the development of new drug delivery systems. Current Pharmaceutic Biolotechnology, v. 6, p. 3-5, 2005. 5LEGRAND, P. et al. Influence of polymer behavior in organic solution on the production of polylactide nanoparticles by nanoprecipitation. International Journal of Pharmaceutics, v. 344, p. 33-43, 2007. 6FERREIRA, H. S.; RANGEL, M. C. Nanotecnologia: Aspectos gerais e potencial de aplicação em catálise. Química Nova, v. 32, n. 7, p. 1860-1870, 2009. 7SUNDAR, S.; KUNDU, J.; KUNDU, S. C. Biopolymeric nanoparticles. Science and Technology of Advanced Materials, v. 11, p. 014104-13, 2010. 8MOHANRAJ, V. J.; CHEN, Y. Nanoparticles – A review. Tropical Journal of Pharmaceutical Research, Stuttgart, v. 5, n. 1, p. 561-573, 2006. 9SILVA JÚNIOR, A. A. Micropartículas de ácido poli lático-co-glicólico obtidas por “spray drying” para liberação prolongada intra-ocular de fármacos. 2008. 177 f. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas) – UNESP, Araraquara, 2008. 10NEHA A. et al. Review on Casein Production and Casein based Nano-Formulations. IRJP 2012, 3 (1). 11MAZZARINO L. et al. Elaboration of chitosan-coated nanoparticles loaded with curcumin for mucoadhesive applications. Journal of Colloid and Interface Science 2012, 370 (58–66).
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 89
QO 76
Estudo da potencialidade de processos oxidativos avançados para
remediação de águas contaminadas por contraceptivos
Erivelton César Stroparo1* (PG), Kely Viviane de Souza (PQ)2, Yohandra Reyes Torres (PQ)1.
1Universidade Estadual do Centro Oeste, Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03 Vila Carli, Guarapuava – PR. 2Universidade Estadual do Centro Oeste, PR 153-Km 7, Bairro Riozinho, Irati - PR
Palavras Chave: Estrogênios, foto-Fenton, contaminantes emergentes.
Introdução A preocupação com micropoluentes tem aumentado
expressivamente. Fármacos, desreguladores
endócrinos e poluentes orgânicos persistentes estão
sendo investigados devido à possibilidade de
gerarem efeitos adversos aos organismos expostos
em concentrações muito baixas (Roing et al., 2010).
Pesquisas comprovam a presença destes compostos
em águas naturais, residuárias ou potáveis (Azzouz,
2012). Em contrapartida, sistemas de tratamento
convencionais de água e esgoto vêm se mostrando
ineficientes na remoção destes poluentes (Mazerllier,
2008).
Diante do exposto, pretende-se desenvolver um
método confiável para quantificação e identificação
dos contraceptivos em estudo assim como propor um
tratamento oxidativo avançado eficiente para a
degradação desta classe de poluentes.
Metodologia Coleta das amostras e local de trabalho
A amostragem será realizada na entrada e na saída da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Guarapuava-PR. A caracterização e quantificação dos analitos (hormônios) de interesse (estriol e 17 β- estradiol) serão realizadas nos laboratórios de Cromatografia e Produtos Naturais (CRONAT) e os tratamentos oxidativos no laboratório de Química do Departamento de Engenharia Ambiental/Irati.
Validação do método Será desenvolvido um método fundamentado em cromatografia gasosa (GC-MS). Para tanto serão analisados os parâmetros: Seletividade, linearidade, limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ), precisão, exatidão.
Tratamentos Oxidativos Avançados (POAs) Estudos preliminares de degradação via processo foto-Fenton, serão conduzidos com o auxílio de um
reator fotoquímico (250 mL), equipado com agitação magnética e lâmpada a vapor de mercúrio (125 W), (Figura 1a) (Nogueira et al.; 2007). As melhores condições em função as variáveis [H202], [Fe2+] e tempo serão determinados por planejamento fatorial.
Os processos foto-Fenton (solar) serão
desenvolvidos em reator cilíndrico parabólico
composto, área de 1,25 m2, vazão de 0,5 L min-1,
volume de 1,5 L, e tempo de retenção de 0,6 min por
reator (Figura 1b). Figura 1. Reator fotoquímico com luz artificial (a), Reator com luz solar (b).
(a) (b)
A eficiência das metodologias de tratamento
propostas será avaliada em função dos parâmetros
experimentais e metodologias analíticas:
Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de
massas em condições previamente validadas,
Análises espectrofotométricas por UV-vis bem como
determinação do DQO e DBO (APHA, 2002).
Resultados Esperados * Obter um método confiável para identificação e
quantificação dos poluentes em estudo;
* Eficiência nos tratamentos propostos no ponto de vista químico e econômico; * Desenvolver uma unidade de tratamento de maior porte que permita o tratamento contínuo de águas contaminadas para este tipo de poluentes.
Agradecimentos UNICENTRO, UFPR
___________________ 1APHA. American Standard Test Methods, 2002. 2Azzouz, A. e Ballesteros, E. Sci. Total Environ. 2012, 419, 208. 3Mazerlier, P.; Méité, L. e Laat, J. Chemosphere. 2008, 73, 1216. 4Nogueira, R. F. P.; Trovó, A. G.; Silva, M. R. A. e Villa, R. D. Quim. Nova, 2007, 30, 400. 5Roing, P. V.; Segarra, R.; Blasco, C.; Andreu, V. e Picó, Y. J. Chromatogr. A. 2010, 1217, 2471.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 90
QO 77
Derivatização da beta-glucana botriosferana e avaliação do seu potencial
de aplicações.
Fabiana S. T. Rodrigues1* (PG), Aneli M. Barbosa Dekker1 (PQ).
1Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina, Caixa postal 6001, 86051-
990, Londrina, PR, Brasil.
Palavras Chave: Botryosphaeria rhodina MAMB-05,
Carboximetilação, Acetilação, Atividade antioxidante,
Atividade hipoglicemiante
Introdução
O Botryosphaeria rhodina MAMB-05 é um fungo
ascomiceto que secreta em meio liquido de cultivo
uma beta-glucana do tipo β-(1→3; 1→6), também
denominada de botriosferana. A cadeia principal
deste exopolissacarídeo (EPS) é composta por
resíduos de D-glucose unidos por ligações
glicosídicas do tipo β-(1→3), com ramificações de
resíduos de glucose e gentiobiose ligados à cadeia
principal por ligações β-(1→6)1 (Fig. 1).
Ensaios biológicos, in vivo, demonstraram
que a botriosferana não é genotóxica, possui
propriedades anticlastogênica2, hipocolesterolêmica,
hipoglicemiante3, além de atividade anticancerígena
em células MCF-07 de câncer de mama (manuscrito
submetido). Pesquisas recentes comprovaram que
este EPS também pode ser um antioxidante natural
eficaz in vitro4.
Quando congelada e liofilizada a
botriosferana tem sua solubilidade em água
diminuída. Recentemente foi relatado que
derivatizações de beta-glucanas podem aumentar
sua solubilidade e potencializar algumas
propriedades biológicas5, facilitando sua aplicação
em cosméticos, alimentos e medicamentos.
Neste projeto pretende-se aumentar a
produção da botriosferana pelo Botryosphaeria
rodhina MAMB-05, por meio de alguns parâmetros
fermentativos, derivatizá-la por carboximetilação e
acetilação, determinar o grau de derivatização e
avaliar a ecotoxicidade. Além disso, serão
comparadas as atividades antioxidante (in vitro),
cicatrizante e hipoglicemiante (in vivo) entre a
botriosferana original e a carboximetilada.
Figura 1. A) Estrutura química da botriosferana. B)
Botriosferana precipitada com etanol.
Resultados e Discussão
Espera-se modificar quimicamente a beta-glucana
botriosferana tornando-a mais solúvel, bem como
demonstrar se a derivatização proporcionará a
obtenção de uma beta-glucana não tóxica para o
ambiente, com atividades antioxidantes e
hipoglicemiantes potencializadas. Poderá ser
demonstrada, pela primeira vez, a atividade
cicatrizante das botriosferanas original e
carboximetilada.
Conclusão
Os resultados a serem obtidos neste projeto,
pretendem originar novos produtos, agregar valor e
ampliar as aplicações das botriosferanas em
indústrias de cosméticos, alimentos e medicamentos.
Agradecimentos
CAPES, PROPPG-UEL, Fundação Araucária.
____________________
1Barbosa, A. M. et al., Carbohydr. Res. 2003, 338, 1691. 2Miranda, C. C. B. O. et al., Int. J. Biol. Macromol. 2008, 42, 172. 3Miranda-Nantes, C. C. B. O. et al., Mycobiology. 2011, 39, 187. 4Giese, E. C. et al., Int. J. Biol. Macromol. 2015, 72, 125. 5Kagimura, F. Y. et al., Int. J. Biol. Macromol. 2015, 72, 588.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 91
QO 78
Efeito da administração crônica de Baccharis dracunculifolia e glucana
em modelo de diabetes tipo I.
Genice Iurckevicz1 (PG)*; Carlos Ricardo Maneck Malfatti¹ (PQ).
1Universidade Estadual do Centro Oeste – Rua Simeão Camargo Varela de Sá 03- Vila Carli CEP 85040-080 Guarapuava
– PR.
Palavras Chave: Diabetes, Baccharis Dracunculifolia, β-glucana.
Introdução O diabetes atinge 8,3% da população mundial e 8,7%
da população brasileira (SBD, 2014). Caso não se
efetue o tratamento dessa doença, ela pode provocar
vários problemas de saúde e até a morte. A projeção
do diabetes ao longo dos últimos anos foi de
crescimento, devido principalmente ao estilo de vida
atual, onde a falta de atividade física aliada à
alimentação inadequada, propiciam o aparecimento
da doença. Deste modo, os estudos para o seu
tratamento também vêm crescendo muito,
principalmente envolvendo a utilização de
substâncias naturais. Muitos dos compostos naturais
apresentam o efeito de reduzir o nível de glicose no
sangue, porém a diversidade química presente
nesses compostos leva a considerar que muitos
mecanismos podem estar envolvidos nesse
processo, tornando-se necessária uma extensa
investigação dessas substâncias e também um
amplo acompanhamento dos seus efeitos durante o
tratamento. Nesse trabalho será realizada a
investigação da 16-β-glucana e também do extrato
de Baccharis dracunculifolia, substâncias que já
possuem potencial antidiabético descrito na
literatura, no tratamento de diabetes tipo I em ratos.
A β-glucana é um exopolissacarídeo do fungo
Lasiodiplodia theobromae MMPI, e possuí atividade
antidiabética relacionada ao fato de se tratar de uma
fibra viscosa, e limitar o aumento da glicemia pós
prandial. A Baccharis dracunculifolia é uma planta
medicinal e sua atividade antidiabética vem sendo
estudada devido ao fato de apresentar
características antioxidantes, relacionadas aos seus
compostos fenólicos e cumarínicos.
Nesse estudo o diabetes tipo I será induzido em
ratos, pela utilização de estreptozotocina. Os animais
serão tratados durante 30 dias com 16-β-glucana e
extrato de Baccharis dracunculifolia, previamente
caracterizados através de técnicas espectroscópicas
e cromatográficas. Nesse período serão monitoradas
as alterações químicas e biológicas, provocadas nos
animais pelos tratamentos, e também serão
padronizadas as técnicas de necrose e apoptose, a
fim de analisar a morte celular envolvida no estudo.
Resultados e Discussão
Os resultados esperados neste trabalho são: a
obtenção da glucana de conformação β
carboximetilada. A caracterização cromatográfica do
extrato da Baccharis dracunculifolia relacionando os
compostos encontrados com as propriedades
antidiabéticas. A obtenção de ratos diabéticos,
porém, após o tratamento com β-glucana e Baccharis
dracunculifolia espera-se a melhora dessa condição,
com a redução do alto nível glicêmico, bem como,
que a diminuição da produção de insulina, e aumento
do nível de colesterol, triglicerídeos e possível
comprometimento da função hepática, efeitos do
diabetes, sejam revertidos com o tratamento.
Também a diminuição de alterações histológicas e
estresse oxidativo nos animais tratados, e a relação
entre a morte celular e o tratamento para o diabetes.
Conclusões
Esse trabalho irá correlacionar os diferentes
compostos químicos presentes nos tratamentos
individuais e associado, analisando os prováveis
princípios ativos que atuam de forma benéfica para o
tratamento de complicações advindas do diabetes
tipo 1.
Agradecimentos
A todos os integrantes do grupo de pesquisa
Biomed/Laben/Lanci.
____________________
1SBD. Sociedade brasileira de diabetes. Atlas do Diabetes 2014 - Atualização 6º edição - IDF. 2014. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/images/pdf/Atlas-IDF-2014.pdf>. Acesso em: Jan. 2015.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 92
QO 79
Lacases Fúngicas na Biotransformação de Compostos Orgânicos
Jéseka Gabriela Schirmann1 (PG)*, Fernando César de Macedo Júnior1 (PQ), Aneli M. Barbosa1 (PQ).
1Universidade Estadual de Londrina - Centro de Ciências Exatas - Departamento de Química.
Palavras Chave: Polifenol oxidases, Botryospharia rhodina, síntese orgânica.
Introdução
O uso de enzimas como biocatalisadores em reações de síntese orgânica favorecem o desenvolvimento de tecnologias limpas, que estão vinculadas aos objetivos da química verde. Dentre as enzimas que possuem grande potencial de aplicação, porém ainda não tem sido suficientemente exploradas, estão as lacases. Lacases (p-difenol: oxigênio oxidoredutase, EC 1.10.3.2) são oxidases multicúpricas que oxidam uma grande variedade de compostos fenólicos e não fenólicos, na presença de mediadores, pela redução do oxigênio molecular à água. São produzidas por plantas, insetos, fungos e bactérias, entretanto, as lacases extracelulares fúngicas tem demonstrado maior estabilidade e amplas aplicações industriais nas áreas de degradação e despolimerização de lignina, clareamento de polpas de celulose, biorremediação de poluentes ambientais, descoloração de efluentes têxteis, produção de biosensores e de compostos químicos através de síntese orgânica1. Neste projeto pretende-se produzir lacases pelos fungos Botryosphaeria rhodina MAMB-05, Pleurotus ostreatus var. Florida e por uma cepa fúngica isolada de madeira em decomposição, em um bairro de Londrina-PR. A atividade catalítica destas lacases serão comparadas na presença de diferentes solventes orgânicos, bem como em compostos orgânicos relevantes para processos de síntese.
Fig.1. Esquema do ciclo catalítico da atividade de lacase1.
Resultados e Discussão
Os resultados deste projeto irão proporcionar o uso de lacases em etapas de processos de síntese, favorecendo o desenvolvimento de reações com alta produção de compostos químicos de interesse e baixos produtos colaterais. As lacases a serem utilizadas não estão disponíveis comercialmente.
Portanto, a comparação entre as três fontes de lacases mostrará a diversidade catalítica destas enzimas em síntese orgânica.
Conclusões
Ampliar o uso de lacases em reações de síntese.
Agradecimentos
A PROPPG-UEL, CAPES e Fundação Araucária. __________________ 1Polak, J.; Jarosz-Wilkolazka, A. Process Biochemistry. 2012, 47,
1295-1307.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 93
QO 80
Fermentação de diferentes matérias primas e acompanhamento do perfil
químico, análise do teor de fenólicos e atividade antioxidante.
João Paulo Niemes (PG)*, Yohandra Reyes Torres (PQ), Maria de Lurdes Felsner (PQ), Marcos Roberto
da Rosa (PQ).
Palavras Chave: Mel, Fermentação alcoólica, GC/MS, Fenólicos totais, Melado de cana, Xarope de glicose.
Introdução
O hidromel é um produto natural obtido através da
fermentação do mel diluído e conhecido a milhares
de anos pelo homem. Contudo até o momento ainda
não se tem estudos mais aprofundados sobre o
assunto, ou seja, sobre o que acontece em seu
processo, quais compostos são consumidos ou
liberados durante o processo fermentativo. Outro fato
a se levar em consideração é atividade antioxidante,
a fim de se determinar se há perda ou
potencialização da mesma.
Tendo isto em vista o presente trabalho realizou o
estudo com mel de Apis e melípona e comparou os
resultados com os de melado de cana e xarope de
glicose que apresentam também alta concentração
de carboidratos mas que passam por
processamentos industriais. Para o processo de
fermentação foram empregado duas diferentes
cepas (alta e baixa fermentação) e condições
experimentais com variação do tempo e da
temperatura.
Resultados e Discussão
A eficiência de fermentação apresentou variação em
relação as temperaturas utilizadas. O maior
rendimento de etanol foi apresentado na temperatura
de 28oC por ambas as cepas. Já na temperatura de
baixa a levedura de baixa apresentou melhor
rendimento em relação a de alta. A exceção a este
comportamento é o mel de melípona fermentado que
mesmo na condição ideal para a cepa de baixa
apresentou cerca de 50% do rendimento de etanol
em relação a temperatura de 28oC.
Tendo a cepa de levedura de alta na temperatura de
10oC apresentado as menores eficiências
fermentativas. Já a levedura de baixa combinada
com a temperatura de 28ºC teve maior eficiência
frente sua condição ideal (10ºC). A exceção a este
comportamento é o hidromel de melípona, que na
temperatura de 10ºC e cepa de baixa apresentou
aproximadamente 50% da eficiência de fermentação
em comparação a mesma cepa na temperatura de
28ºC.
O perfil de fenólicos para os méis de Apis e
meliponídeos, melado de cana e xarope de glicose
apresentaram pequena redução na concentração
nos fermentados. Nos hidroméis de méis de Apis e
meliponídeos e fermentado xarope de glicose as
atividades antioxidantes foram maiores para os
radicais ABTS e HOCl, já o fermentado de melado de
cana teve redução na atividade antioxidante sobre os
radicais ABTS e aumento sobre o HOCl.
O perfil de compostos químicos avaliado aponta
compostos consumidos e outros formados durante o
processo fermentativo. Tendo-se a formação de
compostos intrínsecos de alta e baixa temperatura de
fermentação, e compostos característicos de cada
tipo de levedura e matéria prima utilizada.
Conclusões
Os tipos de matérias primas e condições
experimentais promovem mudanças significativas no
perfil químico, capacidade antioxidante e rendimento
de produção de etanol.
A cepa de alta e 28º C é a melhor opção para
preparação dos fermentados. O maior rendimento de
produção de etanol foi a fermentação do melado de
cana combinado a levedura de alta e 28oC
O xarope de glicose apresentou grande aumento na
atividade antioxidante após o processo fermentativo.
Agradecimentos
Ao Doutorado Associado UEL/UEPG/Unicentro pelo
incentivo a pesquisa e a Capes pela bolsa concedida.
1Alvarez-Suarez, J. M. et al. Food and Chem Toxi 2010, 48, 8-9, 2490–2499. 2Asikin, Y. et al. Food Chem 2013, 141, 1, 466–472. 3Ferreira, I. C. F. R. et al. Food Chem 2009, 114, 4, 1438–1443. 4Quispe, C. et al. Food Res Inter 2014, 56, 174–181. 5Silva, T. M. S. et al. Jour of Food Comp and Analy 2013, 29, 1, 10–18.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 94
QO 81
Aproveitamento da Glicerina da Indústria do Biodiesel e do Óleo Fúsel
da Indústria Sucroalcooleira
Jonathan Baumi (PG)1, Caroline Milani Bertosse (IC)1, Carmen Luisa Barbosa Guedes (PQ)*1.
*[email protected] 1Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Exatas (CCE), Departamento de Química, Laboratório de
Fluorescência e Ressonância Paramagnética Eletrônica (LAFLURPE), Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 km 380,
Campus Universitário, Cx. Postal 10.011, CEP 86.057-970, Londrina, PR.
Palavras Chave: Glicerina, resíduo, biodiesel, bioetanol
Introdução
Atualmente a procura por fontes renováveis de
energia é crescente, visando à redução da emissão
antrópica de CO2 e diminuição da dependência da
sociedade ao petróleo. A partir de fontes renováveis
são produzidos os biocombustíveis, dentre eles o
biodiesel e o etanol possuem grande destaque. As
projeções mostram uma produção de glicerina, muito
superior ao consumo nacional atual1. O óleo fúsel é
a fração menos volátil obtida durante o processo de
destilação do álcool combustível. A produção de
álcool em uma usina de porte médio pode alcançar
até 1,5 milhões de litros por dia, sendo que este
resíduo não tem destinação adequada2. Este
trabalho tem como objetivo sintetizar derivados a
partir desses resíduos para a utilização como aditivos
oxigenados para combustíveis. A síntese baseia-se
em oxidação e esterificação dos álcoois em
condições brandas com ácido tricloroisocianúrico,
um reagente barato, sem uso de metais pesados e
de baixa toxicidade3.
Resultados Esperados Considerando os resultados obtidos na literatura em condições reacionais semelhantes às quais serão aplicadas nesse projeto, espera-se que a oxidação da glicerina pelo ácido tricloroisocianúrico (TCCA) produza como produto principal um hidroxicetoester (hidroxipiruvato de metila). A proposta de síntese está representada na Figura 1.
Figura 1. Síntese de éster e produto principal
esperado
Analogamente pode-se aplicar o TCCA na produção de ésteres de derivados de frações maiores do óleo
fúsel produzindo isopentanoato de metila e isobutanoato de metila. A rota sintética está representada na Figura 2:
Figura 2. Síntese de ésteres metílicos a partir da maior fração do óleo fúsel
Os produtos serão caracterizados por espectroscopia de infravermelho, ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C, cromatografia gasosa (CG-MS) e líquida (HPLC).
Conclusões
Espera-se que através das reações de oxidação e
esterificação possibilitem a destinação desses
resíduos da indústria bioenergética na melhoria da
qualidade dos combustíveis fósseis, diminuindo o
impacto ambiental negativo resultante de sua
queima.
Agradecimentos
A CAPES pela bolsa concedida e USIBAN e a
BIOPAR pela matéria prima fornecida.
____________________
1 Mota, C. J. A. ; Silva C. X. A.;Gonçalves, V. L. C. Química Nova. 2009, 32, 689. 2Clark, W. C.; Carbon Dioxide Rev. 1982 p. 303 3Cunha, A. C.; Paixão, F. M.; Souza, M. C. B. V.; Ferreira, V. F.
Química Nova.2006, 29, 520.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 95
QO 82
Desenvolvimento tecnológico e avaliação de nanopartículas de de
albumina bovina contendo curcumina.
*Luciana E. Alves de Camargo1 (PG), Rubiana Mara Mainardes1(PQ), Najeh Maissar Khalil1(PQ).
1Departamento de Farmácia, Universidade Estadual do Centro Oeste, Campus CEDETEG, Guarapuava- Paraná.
Palavras Chave: Câncer, curcumina, nanopartículas poliméricas, nanotecnologia.
Introdução Câncer, conjunto de doenças com crescimento
celular desordenado e capacidade invasiva1. Os
quimioterápicos matam as células tumorais, mas
induzem o surgimento de severos danos às células
normais, causando dificuldade de adesão ao
tratamento por parte dos pacientes2. A cucumina
[1.7-bis (4-hydroxy- 3methoxyphenyl)-1, 6-
heptadiene-3,5-dione] é um pigmento, componente
ativo do açafrão da Índia, destaca-se, pela habilidade
de modular enzimas e a expressão gênica das
células tumorais3, sobre tumores de pele4, cólon5,
pituitária6, entre outros. Entretanto, seu uso clinico é
limitado pela baixa biodisponobilidade após ingestão
oral, rápido metabolismo e alta taxa de eliminação7.
Objetiva-se o uso de sistemas nanoparticulados para
minimizar os problemas de biodisponibilidade,
aumentando assim a solubilidade, com o objetivo de
atuarem como carreadores de fármacos8.
Resultados e Discussão
Foi obtido pelo método de dessolvatação
nanopartículas de albumina Bovina (BSA) contendo
curcumina conforme o resultado na tabela 1.
Tabela 1. Características das nanopartículas de
albumina bovina contendo curcumina.
Tamanho Médio (nm)
PDI Potencial zeta
E.E. (%)
140±7,55 0,152±0,02 -31,9±2,2 45±7,41 *Data are presented by means ±SDs (n= 10)
Os ensaios de caracterização obtidos por FEG, MEV, DRX, FTIR e DSC, confirmaram presença das nanopartículas em tamanho reduzido e a grande interacão entre curcumina e polímero caraceterizando uma amorfização da molecula de curcumina, fortemente cristalina, fato esse que melhora a solubilidade da curcumina livre em PBS.
Conclusões
Conclui-se a notável melhora na solubilidade da
curcumina em PBS à partir de sua amorfização da
molecula, antes com característica fortemente
cristalina.
Agradecimentos
Ao Laboratório de Nanotecnologia da UNICENTRO __________________ 1INCA - Instituto Nacional de Câncer. 2012. 2Santos H.S.; Cruz W.M.S. Rev. Bras. Canc. 2001,47, 303. Curtis, M. D.; Shiu, K.; Butler, W. M. e Huffmann, J. C. J. Am. Chem. Soc. 1986, 108, 3335. 3Wu, N.C.; Jour.Altern.Compl. Med. 2003, 9, 161. 4Limtrakul, P.; Lipigorngoson, S.; Namwong, O.; Apisariyakul, A.; Dunn F.W. Canc. Lett. 1997, 116, 197. 5Kawamori, T.;Lubert R.; Steele V.E.; Kelloff G.J.;Kaskey R.B.; Rao C.V.; Reddy B.S. Canc. Res. 1999, 59, 597. 6Miller, M.; Chen, S.; Woodliff, J.; Kansas, S. Endoc. 2008, 149, 4158. 7Shoba, G.; Joy, D.; Joseph, T.; Majeed, M.; Rejendran, R.; Srinnivas, P.S. Plan. Med. 1998, 64, 353. 8Shaffazick, S.R.; Guterres, S.S.; Freitas, L.L; Pohlmann A.R. Quim. Nova. 2003, 26, 726.
0 30 60 900
200
400
600
800
10000
200
400
600
800
10000
2000
4000
6000
8000
100000 30 60 90
2 degree
C - Blank nanoparticles
Count
(a.u)
B - curcumin-loaded BSA
A - Curcumin
Figura 1. Tamanho e formato das nanopartículas de BSA
contendo curcumina, por FEG (A) e TEM (B).
Figura 2. Perfil de DRX de (A) curcumina livre, (B)
nanopartículas de BSA contendo curcumina e (C)
nanopartículas vazias e foto da capacidade de dissolução
da curcumina livre em etanol (A), curcumina livre em PBS
em (B) e nanopartículas em PBS (C).
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 96
QO 83
Estudo do mecanismo de ação citotóxica do peptídeo β-amilóide por
metabolômica baseada em RMN.
Márcio Leandro de Oliveira1*(PG), Fernando Macedo Jr1 (PQ).
1Universidade Estadual de Londrina -Departamento de Química – Laboratório de Pesquisa de Moléculas
Bioativas (LPMBA).
Palavras Chave: Doença de Alzheimer, β-amilóide, RMN.
Introdução
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença
neurodegenarativa progressiva com a perda do
processo cognitivo, fisiologicamente definida pela
deposição de placas β-amilóides (Aβ)1. A agregação
destas placas de Aβ possui resíduos de peptídeos
com 40 a 42 aminoácidos resultantes da clivagem
enzimática da Proteína Precursora Amilóide (APP)
associada à membrana celular2 (Figura 1).
Figura 1 – Formação das placas β-amilóides.
A agregação espontânea para as formas
oligoméricas, protofibrilas e fibrilas amilóides ocorre
uma conversão na sua solubilidade; assim o
processo necessita de uma fase de nucleação com
um aumento de β-estruturas encaminhando o
processo para oligomerização, com incremento das
estruturas Aβ ocorre a enlogação formando as
cadeias de fibrilas amilóides. Desta forma pequenas
concentrações de Aβ são produzidas no cérebro,
mas as concentrações normais não favorecem a
formação das placas amilóides, entretanto, algum
fator endógeno favorece a formação das cadeias
fibrilares de Aβ desencadeando a DA3.
Os oligômeros e as placas fribrilares não são tóxicos
para as células neuronais2, no entanto, durante a
formação das placas é que ocorre a morte dos
neurônios. O objetivo deste trabalho é monitorar a
composição metabólica de culturas de células
neuronais por RMN de 1H de alta resolução para
avaliar as alterações bioquímicas provocadas pelo
peptídeo β-amilóide . Este estudo se faz necessário
para melhor entendimento do mecanismo de ação da
toxicidade do AB.
Resultados e Discussão
As células neuronais fetais de ratos Wistar serão
preparadas conforme descrito na literatura4, sendo
suplementadas com soro bovino fetal. As culturas
celulares serão analisadas na presença do peptídeo
Aβ40 nas concentrações de 50μM a 200μM até 72
horas. A extração do conteúdo celular será feita com
a maceração em N2 com HClO4; a suspensão será
centrifugada e o sobrenadante liofilizado. O liofilizado
será ressuspendido com tampão PBS contendo
TMSP-d4 e analisados por RMN.
Conclusões
Com este estudo esperamos obter informações
sobre as alterações metabólicas nas células
neuronais na presença do β-amilóide em suas formas
monomérica e oligomérica. Estas informações são o
ponto de partida para uma nova abordagem
buscando o entendimento do mecanismo de ação da
morte das células neuronais na presença do peptídeo
β-amilóide para uma possível intervenção futura na
prevenção e tratamento da doença de Alzheimer
Agradecimentos
Universidade Estadual de Londrina, Laboratório de
Pesquisa de Moléculas Bioativas – LPMBA, CAPES.
__________________________________________
1Lucey, B. P.; Bateman, R. J.; Neurobiology of Aging 2014, 35, S29-S34. 2Quiang, W.; Yau, W-M.; Schulte, J.; Biochímica et Biophysica Acta 2015, 1948, 266-276. 3Losic, D.; et al.; Biopolymers (Peptide Science) 2006, 84, 519-526. 4Tienari, P. J.; et al.; Proc. Natl. Acad. Sci. USA 2001, 98(10), 5856-5861.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 97
QO 84
Metabólitos secundários de Baccharis trimera: reação do acetato de
carquejila com LiAlH4 e análise dos ácidos cafeoilquínicos por CLAE.
Michele A. Besten (PG)*, Domingos S. Nunes (PQ).
1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Av. Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900 - Programa de Pós-
Graduação em Química - Doutorado em Química Associação UEL/UEPG/UNICENTRO, Ponta Grossa - PR - Brasil.
Palavras Chave: Baccharis trimera, carquejol, ácidos cafeoilquínicos.
Introdução
Baccharis trimera é conhecida popularmente como
carqueja. Estudos anteriores sobre esta espécie
mostraram a ocorrência do acetato de carquejila
como componente majoritário em seu óleo
essencial.1 Porém, a ausência deste componente em
amostras coletadas em outras regiões do país2
indicam a existência de dois quimiotipos.3
Metodologia
Amostras de espécimes masculinos e femininos
analisadas foram coletadas em Ponta Grossa-PR ou
cultivadas no CPQBA (Paulínia-SP). As amostras
foram secadas ao ar e hidrodestiladas obtendo-se os
voláteis. Uma alíquota do extrato aquoso restante foi
armazenada para análise dos fenólicos por CLAE. O
óleo essencial foi analisado por CG-MS-DIC, e o
acetato de carquejila foi isolado em coluna de sílica.
O próprio óleo bruto ou o acetato de carquejila
isolado foram reduzidos com LiAlH4 garantindo
excesso de hidreto, temperatura mantida abaixo de
20ºC, atmosfera inerte de He e agitação por 24 horas.
O produto da reação foi purificado em coluna de
sílica, resultando no isolamento de duas substâncias
como produtos principais da reação: o carquejol, que
é o produto esperado da hidrólise, e uma segunda
substância em análise no momento.
Resultados e Discussão
Tabela 1. Análises CLAE dos ácidos cafeoilquínicos em cladódios de B. trimera coletadas no Paraná e em São Paulo.
+ s 1 2 3 4 5 6
PF 37,1 48,1 95,3 58,5 48,7 107,7 PM 46,4 53,4 70,5 44,0 26,1 68,4 SF 132,5 280,1 502,1 178,4 165,2 280,28 SM 60,7 151,8 274,0 131,9 140,1 211,9
1= ácido 5-cafeoilquínico; 2= ácido 4-cafeoilquínico; 3= ácido clorogênico;
4= ácido 3,4-dicafeoilquínico; 5= ácido 3,5 dicfeoilquínico; 6= ácido 4,5-
dicafeoilquínico; P=Ponta Grossa; S=São Paulo; M=masculino;
F=feminino.
A Tabela 1 mostra os resultados das análises por
CLAE dos ácidos cafeoilquínicos nos espécimes
femininos e masculinos de B. trimera das duas
procedências. As amostras provenientes do cultivo
em Paulínia apresentam maiores teores de ácidos
cafeoilquínicos que as amostras que crescem ao
natural em Ponta Grossa. Os espécimes femininos
de Paulínia apresentam os índices mais elevados.
As análises espectroscópicas permitiram identificar o
principal produto oriundo da redução do acetato de
carquejila, o carquejol (Figura 1). O segundo produto
da reação (R148), tem peso molecular 148, duas
unidades a menos que o carquejol; outras análises
deste produto estão em realização.
Figura 1. Estrutura química do carquejol.
HO
carquejol
Conclusões
As análises dos ácidos cafeoilquínicos indicaram
grandes diferenças nas concentrações, observando-
se maiores teores nas amostras de carqueja de
Paulínia-SP. Estes dados acrescentam-se aos já
publicados sobre os voláteis, os quais indicaram a
ocorrência de quimiotipos.1,3 A hidrólise do acetato de
carquejila leva à formação do carquejol, como
esperado, e de um segundo produto em menores
proporções.
Agradecimentos
À CAPES, pela bolsa de doutorado. ____________________ 1Simões-Pires, C.; Debenedetti, S.; Spegazzini, E.; Mentz, L. A.; Matzenbacher, N. I.; Limberguer, R.P.; Henriques, A.T. Plant Syst. Evol. 2005, 253, 23. 2Lago, J. H. G.; Romoff, P.; Fávero, O. Quím. Nova 2008, 31, 727. 3Besten, A .M.; Nunes, D.S.; Wisniewski Jr, A.; Sens, S.L.; Granato, D.; Simionatto, E.L.; Riva, D.; Dalmarco, J.B. Quím. Nova 2013, 36, 1096.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 98
QO 85
Desenvolvimento e Avaliação de um Sistema Nanoestruturado de
Disseleneto de Difenila
Osmar Dos Reis Antunes Junior1 (PG)*, Emilli Antônio1 (PG), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ), Najeh
Maissar Khalil1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro Oeste – Campus Cedeteg, Rua Simeão Varela de Sá, Vila Carli, Guarapuava/PR,
Laboratório de Nanotecnologia.
Palavras Chave: nanopartículas, precisão, exatidão, validação, disseleneto difenila.
Introdução
O disseleneto difenila (PhSe)2 é um composto
altamente lipofílico, essa lipofilicidade resulta em
uma baixa biodisponibilidade1 e consequentemente
uma eficácia reduzida. Por esta razão, a utilização da
nanotecnologia é uma excelente opção para
aumentar a biodisponibilidade de moléculas
lipofílicas, uma vez que as características físico-
químicas das nanopartículas influenciam a
farmacocinética da droga, que afetam a sua
biodistribuição e biodisponibilidade, além de permitir
um controle muito maior da velocidade com que o
ativo é liberado, fazendo com que as concentrações
dos ativos não atinjam limites tóxicos. O objetivo do
presente estudo foi desenvolver e validar um método
analítico empregando HPLC para a determinação da
eficiência de encapsulação do (PhSe)2 em
nanoparticulas de PLA.
Resultados e Discussão
O método analítico por HPLC para quantificação do (PhSe)2 nas nanopartículas foi validado segundo as normas da International Conference on Harmonization9 e da resolução R.E. 899, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária2.
Linearidade
Esta análise gerou um r = 0,999 e a equação dada por: Y = 1,53x105 C + 2,37x105 Equação 1. Exatidão
A porcentagem média de recuperação de (PhSe)2 para as amostras foi de 99,54% (DPR = 0,44 %, n = 9). Esses dados demonstram a concordância entre os valores experimentais e os teóricos.
Precisão
Os desvios padrão das respostas foram calculados em cada caso, e a precisão foi obtida, uma vez que o valor máximo de DPR foi de 3,517%.
Robustez O método foi robusto no que diz respeito as alterações como fase móvel e fluxo. O DPR máximo obtido foi de 1,984%.
Limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ) O método foi linear neste intervalo, pois o valor de r2 foi 0,999. O LD e LQ obtidos foram 0,219 e 0,666 µg/mL, respectivamente.
Especificidade
No cromatograma obtido a partir das nanopartículas controle negativo não foram encontrados picos neste mesmo tempo, o que indica que não houve interferência na determinação quantitativa de (PhSe)2 a partir dos componentes da formulação.
Conclusões
Foi desenvolvido e validado um método analítico por HPLC com detecção PDA com características de específicidade, sensibilidade, linearidade, precisão, exatidão e robustez útil para quantificação de (PhSe)2.
Agradecimentos
Agradecimentos a Capes e ao CNPq.
____________________
1Prigol, M.; Nogueira, C. W.; Zeni, G.; Bronze, M. R. Chem. Biol.
Interact., 2012, 200, 65. 2AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução – RE n° 889, de 29 de maio de 2003. Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 99
QO 86
Desenvolvimento de Nanopartículas de Albumina Contendo Melatonina
Rebeca Caparica1* (PG), Najeh Maissar KhalilI1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ).
1Universidade Estadual do Centro-Oeste, aDepartamento de Química, bDepartamento de Farmácia, Guarapuava – PR.
Palavras Chave: Nanopatículas, Albumina, Melatonina.
Introdução
A nanotecnologia é um campo da ciência que tem se
desenvolvido de maneira impressionante,
juntamente com a biotecnologia e está rapidamente
se tornando um campo intermultidisciplinar, Ela está
envolvida com a manipulação de átomos e
moléculas, naquilo que chamamos de “nanoescala”.
A albumina refere-se de forma genérica a qualquer
proteína que é solúvel em água, que biologicamente
tem a função de transporte de substâncias de baixo
peso molecular.
Melatonina um hormônio produzido pela glândula
pineal, em animais superiores, no organismo sua
principal função reconhecida é regular o sono. Neste
trabalho vamos formar nanopartículas poliméricas de
albumina que servirão como transportadoras para o
composto melatonina.
Resultados e Discussão
As nanopartículas são obtidas pela técnica
modificada de Coacervação/Dessolvatação, a 1ª fase
do projeto foi preparar as nanopartículas e medir o
tamanho no lote experimental. Foi preparado um lote
de nanopartículas em triplicata, com medidas de
tamanho médio de 204,5 nm e uma polidispersão de
0,06.
Para a determinação da eficiência de encapsulação
foi utilizado um espectrofotômetro de UV/vis, comp.
de onda 365 nm.
Esta medida é realizada de forma indireta, com a
determinação da melatonina livre no sobrenadante.
Através da curva padrão determinou-se uma media
75% de encapsulação da melatonina.
Fig. 01: esquema de comparação entre fármaco
comum e um nanoestruturado. (Curso de
Nanotecnologia UNICAMP - AULA 4 QF-933-2008)
Conclusões
Como a melatonina já e amplamente utilizada na
farmacopeia, mas em virtude de sua baixa retenção
dentro o organismo, existe uma grande possibilidade
de que em forma de nanopartículas aumentarmos
seu tempo de atuação.
Agradecimentos
Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica –
UNICENTRO
____________________
1Riet, M., In: Series on the Foundations of Natural Science and
Technology, World Scientific, New Jersey 2003, 6, 164. 2Silva, Catarina ET AL. Rev. Bras. Cienc. Farm. 2003, 39, 1. 3Ferrari, M. Nature Reviews 2005, 5, 161-171.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 100
QO 87
Síntese, caracterização e estudo teórico de amido modificado e sua
aplicação em eletrodos de pasta de carbono.
Rodrigo A. Sayka1 * (PG), Bianca Scharr1 (IC) Adriano G. Viana1 (PQ), Christiana A. Pessoa1 (PQ),
Barbara C. Fiorin1 (PQ).
1 Departamento de Química – Universidade Estadual de Ponta Grossa, CEP: 84030-900 – Ponta Grossa – PR
Palavras Chave: Amido modificado, eletrodos de pasta de carbono, succinilação.
Introdução A estrutura do amido corresponde a um
homopolímero de α-D-glucose, constituído de
amilose e amilopectina1. Polissacarídeos iônicos
naturais têm sido utilizados para a construção de
eletrodos quimicamente modificados para aplicação
na pré-concentração de metais2. O presente trabalho
tem por objetivo modificar a estrutura do amido
através da incorporação de grupamentos químicos
carregados eletricamente, caracterizar tais estruturas
e verificar suas potenciais aplicações tecnológicas,
especialmente na modificação de sensores
eletroquímicos.
Resultados e Discussão
A primeira modificação estudada foi a succinilação do
amido, na qual 3g do polissacarídeo (Aldrich)
previamente liofilizado foi adicionado em 20mL de
solução aquosa de anidrido succínico 20g.L-1 (pH 8
sob agitação por 24 horas). Decorrido este tempo,
ajustou-se o pH para 5 e o produto obtido foi filtrado
e caracterizado pelas espectroscopias de IV e RMN
de 13C e 1H. O espectro de IV do amido succinilado
apresentou sinais em torno de 1724 cm-1 referente
aos estiramentos C=O do grupamento introduzido,
não verificada no espectro de amido nativo. Em
relação a análise de RMN de 13C, verificou-se que o
amido nativo apresentou picos principais em 100,54,
72,61, 73,66, 79,44, 72,17 e 61,17ppm referente aos
carbonos da →4)-Glup-(1→. Quando analisado o
espectro do amido modificado, além dos sinais
citados anteriormente, observou-se um pico alargado
na região de 175 ppm e outros dois sinais na região
de 31 ppm, referente aos carbonos carbonílicos e aos
grupos metilênicos respectivamente, pertencentes
ao grupamento introduzido. Uma vez comprovada a
modificação do polissacarídeo, o mesmo foi
empregado na modificação de eletrodos de pasta de
carbono (EPC). O EPC foi preparado através da
mistura de 80mg grafite em pó com 30 μL de óleo
mineral (Nujol®). Depois de preparada, a pasta foi
devidamente introduzida e compactada na
extremidade do eletrodo de trabalho. Para a
confecção dos EPCs modificados (EPC/amido), além
do grafite em pó e do óleo mineral, foram utilizados
na preparação da pasta uma solução 10mg.mL-1do
amido (nativo ou succinilado) em tampão fosfato pH
7. O comportamento voltamétrico dos EPC, e dos
EPC/amido foram investigados por voltametria cíclica
em meio de uma solução equimolar de
K4Fe(CN)6/K3Fe(CN)6 0,1mol.L-1 em tampão PBS pH
6,5. Os voltamogramas cíclicos foram registrados na
faixa de -0,4 V a +0,9 V, com uma velocidade de
varredura de potencial de 50 mV.s-1. Os
voltamogramas obtidos demonstraram que o amido
succinilado resultou em maiores valores de potencial
de pico anódico e catódico quando comparado ao
EPC e EPC/amido nativo. Esse comportamento pode
ser atribuído a presença do grupamento introduzido
na estrutura do amido que estará desprotonado em
pH 6,5, o que lhe conferiria potencial eletroquímico.
Conclusões
Os resultados das análises de IV e RMN, sugerem
que houve a formação do produto succinilado. O
eletrodo com amido modificado apresentou maiores
valores de corrente de pico anódico e de pico catódico,
comparando-se com o eletrodo construído com o amido
nativo e não modificado. Estes resultados sugerem
perspectivas positivas para o andamento deste projeto
de pesquisa.
Agradecimentos
C-LABMU, CAPES, Fundação Araucária ____________________ 1Sweedman, M.C.; Tizzotti, M.J.; Schafer, C.; Gilbert, R.G.
Carbohydrate Polymers 2013, 92, 905-920. 2Wang, J.; Taha, Z.; Naser, N. Talanta 1991, 38(1), 81-88.
Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 101
QO 88
Síntese e avaliação da relação entre estrutura e atividade de tioureias e
guanidinas como inibidores de Urease.
Tiago de Oliveira Brito1(PG)*, Ângelo de Fátima2(PQ), Fernando Macedo Jr.1(PQ).
1 Laboratório de Pesquisas em Moléculas Bioativas (LPMBA), Departamento de Química, Universidade Estadual de
Londrina, Londrina, PR. 2 Grupo de Estudos em Química Orgânica e Biológica (GEQOB), Departamento de Química, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.
Palavras Chave: ureia, tioureias, guanidinas, urease, fertilizantes.
Introdução
A ureia é um dos fertilizantes nitrogenados mais
utilizados em todo o mundo. No entanto, a ocorrência
da hidrólise da ureia em amonia e dióxido de carbono
na superfície do solo, catalisada por urease de solo,
reduz consideravelmente a disponibilidade de
nitrogênio para as culturas. Neste estudo, relatamos
a síntese e avaliação de sessenta e cinco
benzoiltioureias (BTUs) e sua capacidade de inibir
urease purificada de feijão-de-porco (Jack bean) e
contidas em amostras de solo in natura.
Resultados e Discussão
As tioureias N,N’-dissubstituídas foram preparadas
através da reação de aminas primárias com benzoil
isotiocanatos produzidos in situ para fornecer as
benzoiltioureias (65 BTUs) (Figura 1).
Figura 1. Síntese das benzoiltioureias.
Os ensaios in vitro revelaram 18 BTUs como os
inibidores mais ativos frente à urease Jack bean, com
valores iguais ou superiores a 40%. Hidroxiureia (HU)
e tioureia (TU) foram utilizadas como referencias
para inibidores de urease, estes apresentaram
inibição de 22,6% e 73,6%, respectivamente.
Oito BTUs, que causaram inibição da urease maior
que 50%, foram selecionadas para o estudo do
mecanismo de inibição da urease Jack bean. Neste
ensaio, verificou-se que estas BTUs foram capazes
de se ligar a ambos os sítios, catalítico e alostérico
da urease, atuando, portanto, como inibidores do tipo
misto.
Os testes de inibição de ureases presentes no solo
revelaram 28 compostos que inibiram eficazmente a
atividade de ureases, dentre estas, sete BTUs foram
determinadas como sendo mais potentes do que o
inibidor de referência N-(butil)triamidatiofosfórico
(NBPT; 40% de inibição).
Uma série de benzoilguanidinas também foram
obtidas em bons rendimentos a partir das BTUs e
espera-se que estas também possuam elevada
capacidade em inibir ureases conforme verificado em
testes preliminares.
O próximo passo deste trabalho será a investigação
em nível molecular dos epítopos de ligação entre a
urease e os inibidores. Para tanto, serão empregues
técnicas de Espectroscopia de Ressonância
Magnética Nuclear em soluções contendo a enzima
e os compostos identificados como inibidores.
Conclusões
A tolerância à temperatura das BTUs, juntamente
com a sua capacidade em inibir as ureases do solo,
faz desta classe de compostos potenciais aditivos
para fertilizantes à base de ureia.
Agradecimentos
Às agências de fomento: FAPEMIG, CNPq e CAPES
(Bolsa T. O. Brito). Este trabalho faz parte da
REDNIU (www.redniu.org).
____________________
1Brito, T. O.; Souza, A. X.; Mota, Y. C. C.; Morais, V. S. S.; de Souza, L. T.; de Fátima, A.; Macedo Jr, F.; Modolo, L. V. RSC Adv. 2015, 5, 44507.
Cl
O
NH4SCN
Me2COR2
NCS
O
R2
NH
O
R2
S
HNR1
Me2CO
R1-NH2
A
Agnes T. P. Machado1 (PG)*, Marcio Silva2 (PQ)
e Jorge Iulek1 (PQ). ............................................ 10
Aldo Przybysz1 (PQ)*, Adilson Luiz chinelatto2
(PQ), Fauze Jacó Anaissi1 (PQ). ...................... 60
Aline Merci (PG)1*, Gizilene M. de Carvalho (PQ)1.
............................................................................... 11
Aline Viomar1* (PG), Guilherme A. R. Maia1 (PG),
Fernando R. Scremin1 (PQ), Augusto C.
Antunes2 (PQ), Paulo R. P. Rodrigues1 (PQ) .. 12
Amélia E. Terrile1*(PG), Guilherme S. de
Oliveira1(IC), Danielle L. Yanashita1(IC), Ieda S.
Scarmínio1(PQ). .................................................. 35
Andréia Stadnik1 (PG)*, Fauze Jacó Anaissi1
(PQ). ...................................................................... 61
Andressa Antunes Bortoti (PG)*, Amanda
Gavanski (IC), Eryza Guimarães de Castro
(PQ). ...................................................................... 62
Angélica de Sousa Hrysyk (PG)*1, Sérgio Toshio
Fujiwara (PQ)1. .................................................... 63
Angelita Aparecida Ribeiro da Silva1 (PG)*, Paulo
S. Parreira2 (PQ), Maria Josefa Santos1 (PQ). 36
Ariane Caroline Ribicki1 (PG)*, Bianca Chemin1
(IC), Luana Borges Soares1 (IC), Sérgio Toshio
Fujiwara1 (PQ). .................................................... 64
B
Bruna F. Gazzoni1 (PG)*, Eduardo Di Mauro1
(PQ), Carmen L. B. Guedes1 (PQ) ................... 84
C
Camila B. Nascimento1 (PG)*, Fernando Macedo
Jr1. (PQ). ............................................................... 86
Camila Kulek de Andrade (PG)1*, Patrícia M. K.
de Brito (IC)1, Jéssika A. S. Almeida (IC)1,
Vanessa Egéa dos Anjos (PQ)2, Sueli Pércio
Quináia (PQ)1. ...................................................... 37
Ch
Chalder N. Nunes1* (PG), Vanessa E. dos Anjos2
(PQ), Sueli P. Quináia1 (PQ). ............................ 38
Christiane Schineider Machado Kolc1 (PG)*,
Yohandra Reyes Torres1 (PQ). ......................... 87
C
Cibeli May Arévalos Villalba1 (PG)*, Fábio
Santana (PQ)1, Jarem Raul Garcia (PQ)1. ...... 13
Cleverson S. Santos (PG)*, Rosana Mossanha
(PG), Christiana A. Pessôa (PQ). ..................... 65
Cristiane Antoniazzi1* (PG), Rafael Marangoni1
(PQ), Eryza Guimarães de Castro1 (PQ)......... 67
Cristiane. A. Erdmann (PG)1*, Jarem R.Garcia
(PQ)1, Karen Wohnrath (PQ)1. .......................... 66
D
Daniel Brustolin Ludwig1(PG), Najeh Maissar
Khalil1(PQ), Rubiana Mara Mainardes1(PQ). .. 14
Daniele C. H. Seremeta (PG)*1, Adriano G. Viana
(PQ)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)1. ................ 39
Daniele Gonçalves Vieira1 (PG), Najeh Maissar
Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). 88
Danielly Cristina Bento1(PG)*, Henrique de
Santana1(PQ). ...................................................... 15
Diego Galvan1* (PG), Dionísio Borsato1 (PQ),
Marintho Bastos Quadri2 (PQ). .......................... 68
E
Edson Archela* (PG), Luiz Henrique Dall’Antonia
(PQ), José Luiz dos Santos Neto (IC). ............. 16
Eduardo Henrique Duarte1* (PG), Elen Romão
Sartori1 (PQ), César Ricardo Teixeira Tarley1,2
(PQ). ...................................................................... 40
Elenice Hass Caetano1* (PG), Juliana Regina
Kloss2 (PQ), Sérgio Toshio Fujiwara1 (PQ). .... 69
Erivelton César Stroparo1* (PG), Kely Viviane de
Souza (PQ)2, Yohandra Reyes Torres (PQ)1. . 89
Evaldo Batista Carneiro Neto1 (PG)*, Mauro
Chierici Lopes1 (PQ). .......................................... 17
F
Fabiana S. T. Rodrigues1* (PG), Aneli M. Barbosa
Dekker1 (PQ). ....................................................... 90
Fabio Antonio Cajamarca Suquila (PG)1*, César
Ricardo Teixeira Tarley (PQ)1,2. ........................ 41
Fernanda Midori de Oliveira (PG)1a*, Marcello
Ferreira da Costa (PQ)1b, César Ricardo
Teixeira Tarley (PQ)1a,2. ..................................... 42
Fernando Ratuchne* (PG), Eryza Guimarães
Castro (PQ). ......................................................... 70
Filipe Quadros Mariani (PG)1*, Fauze Jacó
Anaissi (PQ)1........................................................ 71
G
Genice Iurckevicz1 (PG)*; Carlos Ricardo Maneck
Malfatti¹ (PQ). ....................................................... 91
Geraldo de Aguiar Coelho1* (PG), Palloma
Amaressa Costa Cortez2 (IC), Jarem Raul
Garcia1 (PQ). ........................................................ 18
Grasiele Soares Cavallini1,2* (PG/PQ), Carlos
Magno de Sousa Vidal3 (PQ), Jeanette Beber
de Souza3 (PQ), Sandro Xavier de Campos1
(PQ). ...................................................................... 43
Graziella dos Santos Portes Silva1 (PG)*, Ana
Paula Staben Pruchniak1 (IC), Liliane Schier de
Lima1 (PQ), Sueli Pércio Quináia1 (PQ).......... 44
Guilherme Arielo Rodrigues Maia (PG)1*,
Letícia Fernanda Gonçalves Larsson (IC)1,
Aline Viomar1(PG), Fernando Reinoldo Scremin
(PQ)¹, Augusto Celso Antunes2 (PQ), Paulo
Rogério Pinto Rodrigues1(PQ). ......................... 19
Guilherme J. T. Alves (PG)1* e Paulo R. P.
Rodrigues (PQ)1. ................................................. 20
Gustavo Marciniuk1(PG)*, Ariane Ribas1(IC),
Jarem Raul Garcia1(PQ) .................................... 21
H
Hágata Cremasco (PG); 1Dionisio Borsato (PQ); 1Bruna A. D. Ferreira (IC). ................................. 72
Hélcio Marcos Vileski1 (PG)*, Mauro Chierici
Lopes1 (PQ). ....................................................... 22
I
Isabela Angeli de Lima*,1 (PG), Najeh Naissar
Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). 23
Ismael L. Costa Jr.1,2 (PG) *, Christiane S. M.
Kolc1 (PG), Adelmo L. Plestsch2 (PQ),
Yohandra R. Torres1 (PQ). ................................. 45
Ivelise Dimbarre Lao Guimarães1*(PG), Juliana
Paula da Silva2(PG), Márcio Peres de
Araujo2(PQ), Jarem Raul Garcia1(PQ), Karen
Wonhrath1(PQ). ................................................... 73
J
Jeferson Meira dos Santos1* (PG), Maria de
Lurdes Felsner1 (PQ). ......................................... 46
Jéseka Gabriela Schirmann1 (PG)*, Fernando
César de Macedo Júnior1 (PQ), Aneli M.
Barbosa1 (PQ). .................................................... 92
João Paulo Niemes (PG)*, Yohandra Reyes
Torres (PQ), Maria de Lurdes Felsner (PQ),
Marcos Roberto da Rosa (PQ). ........................ 93
João Paulo T. Baú1* (PG), Cristine E. A. Carneiro1
(PQ), Dimas A. M. Zaia1 (PQ). .......................... 24
Jonathan Baumi (PG)1, Caroline Milani Bertosse
(IC)1, Carmen Luisa Barbosa Guedes (PQ)*1. 94
Jucimara Kulek de Andrade (PG)1*, Maria Lurdes
Felsner (PQ)2, Vanessa Egéa dos Anjos (PQ)1.
............................................................................... 47
Juliana Casarin1*(PG), Affonso Celso Gonçalves
Junior2(PQ), César Ricardo Teixeira
Tarley1,3(PQ). ....................................................... 48
Juliane Maria Bergamin Bocardi1 (PG)*, Adelmo
Lowe Pletsch2 (PQ), Sueli Pércio Quinaia1
(PQ). ...................................................................... 49
Juliane Rutckeviski Ciórcero*(PG), Christiana
Andrade Pessoa (PQ). ........................................ 74
K
Karina Gomes Angilelli1*(PG), Dionisio
Borsato1(PQ)........................................................ 75
Kristiany Moreira Diniz1(PG), César Ricardo T.
Tarley1,2(PQ)*. ..................................................... 50
L
Larissa Aparecida Corrêa Matos*¹ (PG), Eliane
D’Elia² (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues¹
(PQ). ...................................................................... 25
Leonel Vinicius Constantino1 (PG)*, Juliana
Nunes Quirino1 (IC), Maria Josefa Santos1
(PQ). ...................................................................... 76
Lígia Santos Pedroso(PG)1, Najeh Maissar Khalil
(PQ)1 , Rubiana Mara Mainardes(PQ)1. ........... 26
Luciana E. Alves de Camargo1 (PG), Rubiana
Mara Mainardes1(PQ), Najeh Maissar
Khalil1(PQ). ........................................................... 95
Luciane Miranda (PG)1*, Vanessa P. Carvalho
(IC)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)2, Sueli P.
Quináia (PQ)1. ...................................................... 51
Luis Henrique da Silveira Lacerda1
(PG)*, Sérgio
Ricardo de Lazaro1
(PQ), Jarem Raul Garcia1
(PQ). ...................................................................... 27
M
Marcelo Müller1 (PG), Filipe Q. Mariani1 (PG),
Juan Carlo Villalba1 (PQ), Fauze Jaco
Anaissi1(PQ). ........................................................ 77
Márcio Leandro de Oliveira1*(PG), Fernando
Macedo Jr1 (PQ). ................................................. 96
Mariana Bortholazzi Almeida (PG)1 *, Suzana
Lucy Nixdorf (PQ)1. ............................................. 52
Mariane Dalpasquale¹ (PG)*, Cristiane Regina
Budziak Parabocz² (PQ), Fauze Jacó Anaissi¹
(PQ). ...................................................................... 78
Michele A. Besten (PG)*, Domingos S. Nunes
(PQ). ...................................................................... 97
Mirian Souza Prado Bordin1 (PG)*, Dionísio
Borsato1(PQ). ....................................................... 79
O
Osmar Dos Reis Antunes Junior1 (PG)*, Emilli
Antônio1 (PG), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ),
Najeh Maissar Khalil1 (PQ). ............................... 98
P
Paulo Vitor Sochodolak1 (PG)*, Aline Viomar1
(PG), Everson do Prado Baczek1 (PQ), Paulo
Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ). ........................ 28
Pedro Henrique Hatumura1*(PG), Ieda Spacino
Scarminio1(PQ). ................................................... 53
R
Rafaela Daiane de Oliveira1* (PG), Marcio Vidotti3
(PQ), Luís Fernando Marchesi2,3 (PQ),
Christiana Andrade Pessôa1 (PQ). ................... 80
Raquel Justo da Fonseca1,2 (PG)*, César Ricardo
Teixeira Tarley 1,3(PQ). ....................................... 54
Rebeca Caparica1* (PG), Najeh Maissar KhalilI1
(PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). ............ 99
Renan A. P. Ribeiro (PG)1*, Sergio R. de Lázaro
(PQ)1. .................................................................... 29
Rodrigo A. Sayka1 * (PG), Bianca Scharr1 (IC)
Adriano G. Viana1 (PQ), Christiana A. Pessoa1
(PQ), Barbara C. Fiorin1 (PQ). ......................... 100
Rolf de C. Intema1* (PG), Christiana A. Pessoa1
(PQ), Karen Wohnrath1 (PQ) ............................. 82
Rosimara Zittel¹ (PG)*, Sandro Xavier de
Campos1(PQ). ..................................................... 55
T
Tamara Maria de Andrade1* (PG), Fauze Jacó
Anaissi1 (PQ). ...................................................... 81
Tatiana Roselena de Oliveira Stremel1* (PG),
Sandro Xavier de Campos2 (PQ). ..................... 56
Tatiane Milão de Oliveira (PG)1a*, Karin Cristiane
Justi (PQ)1a, Jayme Augusto Peres (PQ)1b. .... 57
Thiago N. M. Cervantes1* (PG), Danielly C.
Bento1 (PG), Elaine C. R. Maia1 (PQ), Ricardo
V. Fernandes1 (PQ), Edson Laureto1 (PQ),
Gregory J. Moore2 (PQ), Guy Louarn3 (PQ),
Henrique de Santana1 (PQ). .............................. 30
Thiago Orcelli1 (PG)*, Dimas A. M. Zaia1 (PQ). .. 31
Tiago B. Madeira1* (PG), Suzana L. Nixdorf1 (PQ).
............................................................................... 58
Tiago de Oliveira Brito1(PG)*, Ângelo de
Fátima2(PQ), Fernando Macedo Jr.1(PQ)...... 101
Tiago Sawczen1 (PG), Idalina Vieira Aoki2 (PQ),
Paulo Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ). ............. 32
V
Vanildo Souza Leão Neto1* (PG), Luiz Henrique
Dall’Antonia1(PQ). ............................................... 33