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COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO - Unicentro · Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo micro e nano cápsulas com agentes ... Radicais Livres e Compostos

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COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

Coordenação geral do evento Dra. Sueli Pércio Quináia

Coordenação do programa de doutorado UNICENTRO

Dra. Sueli Pércio Quináia (coordenadora) Dra. Eryza Guimarães de Castro (vice coordenadora)

Dra. Yohandra Reyes Torres (vice coordenadora)

Coordenação do programa de doutorado UEL Dr. Dimas Augusto Morozin Zaia (coordenador)

Dr. Luiz Henrique Dall’Antonia (vice coordenador) Dra. Maria Cristina Solci (vice coordenadora)

Coordenação do programa de doutorado UEPG

Dra. Barbara Celânia Fiorin (coordenadora) Dr. Sergio Toshio Fujiwara (vice coordenador)

Dra. Vanessa Égea dos Anjos (vice coordenador)

Comissão avaliadora de cada área Físico Química (FQ) – Wilker Caetano

Química Analítica (QA) – Gilberto Abate Química Inorgânica (QI) – Andrelson Rinaldi

Química Orgânica (QO) – Diego Alves

Palestra de abertura (FQ) Dr. Noburo Hioka

"Terapia fotodinâmica (TFD): das ciências básicas a aplicações clínicas médicas".

Cerimonial Cristiane Antoniazzi João Paulo Niemes

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COMISSÕES ORGANIZADORAS

Comissão científica, certificado e programação Camila Kulek de Andrade

Jucimara Kulek de Andrade

Site e caderno de resumos João Paulo Niemes Fernando Ratuchne

Comissão levantamento de recursos

Aline Viomar Chalder Nogueira Nunes

Cristiane Antoniazzi Luciana Erzinger Alves de Camargo

Comissão cultural

Carlos Roberto Manek Malfatti Eryza Guimarães de Castro

Filipe Quadros Mariani

Comissão da entrega do material Christiane Schineider Machado Kolc

Daniel Brustolin Ludwig Larissa Apª Corrêa Matos

Lígia Santos Pedroso

Comissão de apoio Andressa Galli

Emanuele Schwab Felipe Ianesko

Graziella Santos Portes Silva Guilherme Arielo Rodrigues Maia

Guilherme Pimpão Luciane Miranda

Mariane Dalpasquale Marieli Apª Ferreira

Neusa Delgado de Souza Sabrina Valeria Alves de Souza

Suelen Andolfatto Tamara Maria de Andrade

Verônica Nilza Olmos Yanarico

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PROGRAMAÇÃO Quinta-Feira 10/09

Horário Programação

08:00 – 08:30 Recepção com entrega de materiais

08:30 – 10:00 Conferência de Abertura: Prof. Dr. Noburu Hioka (UEM)*

Coffee-Break

10:30 – 12:00 Apresentação de Pôster dos projetos discentes – 2° Ano

Almoço

Apresentações orais

13:40 – 15:00 Analítica* Físico-Química** Inorgânica***

Coffee-Break

15:20 – 16:40 Analítica* Físico-Química** Inorgânica***

16:45 – 18:00 Apresentação de Pôster dos projetos discentes – 1° Ano

20:00 Jantar de confraternização

Sexta-Feira 11/09

Apresentações orais

08:20 – 10:00 Analítica* Físico-Química** Orgânica***

Coffee-Break

10:20 – 11:00 Reunião de discentes** Reunião dos docentes do Curso***

11:00 – 12:00 Mesa redonda: Síntese Conclusiva dos resultados Técnico-Científicos dos discentes do DOQAS*

*Auditório Cedeteg

**Mini-auditório da Pós-graduação em Química

***Sala 01 da Pós-graduação em Química

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Físico-Química (10-33)

Estudos estruturais das proteínas gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase de N. gruberi e alanina racemase de

T. cruzi ............................................................................................................................................................. 10 Síntese e caracterização de membranas de amido reticulado para aplicação biomédica ............................. 11 Obtenção de PPP a Partir d Benzeno Utilizando o Líquido Iônico1-Butyl-2,3-dimethylimidazolium bis-

(trifluoromethylsulfonyl) imide .......................................................................................................................... 13 Avaliação da eficácia terapêutica e toxicidade in vivo de nanopartículas poliméricas contendo anfotericina B.

......................................................................................................................................................................... 14 Síntese eletroquímica, caracterização e aplicações de copolímeros dos poli(3-alquiltiofenos) ..................... 15 Eletrodos fotovoltáicos de ZnO e Ag depositados sobre lâminas FTO ........................................................... 16 Uma Modelagem por Elementos Finitos para a Interpretação da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica

em Microeletrodos ........................................................................................................................................... 17 Avaliação da aplicação de nanocelulose para incremento de propriedades físicas na fabricação de papel. 18 Estudo da produção de óxido de zinco para aplicação em célula solar ......................................................... 19 Tratamento de superfície a base de nióbio com e sem coloração para o alumínio anodizado. ..................... 20 Preparação de heteroarquiteturas contendo óxido de grafeno, polímeros condutores e dióxido de manganês:

Aplicação em supercapacitores de alta performance. .................................................................................... 21 Investigação Sistemática da Eletrodeposição de Ni-Mn-Zn, para a Reação de Evolução de Hidrogênio em

Meio Alcalino ................................................................................................................................................... 22 Desenvolvimento de Nanopartículas de PLGA Revestidas com Quitosana Como Carreadoras de Ácido

Ferúlico ............................................................................................................................................................ 23 Interação de glicina e alanina com Goethita sob aquecimento: Um estudo de química prebiótica. ............... 24 Estudo do comportamento eletroquímico de extrato ácido de resíduo agroindustrial para o aço inoxidável AISI

304 em H2SO4. ................................................................................................................................................ 25 Nanopartículas de albumina bovina revestidas com PS80 como carreadores de anfotericina B ................... 26 Investigação teórica de materiais semicondutores multiferróicos ................................................................... 27 Desenvolvimento de catalisador sólido a base de nióbio para obtenção de biocombustíveis ....................... 28 Investigação Teórica de materiais com estrutura ilmenita para aplicações multiferróicas ............................. 29 Síntese eletroquímica e caracterização vibracional dos filmes de P3HT, CP3(HT-OT) e P3HT/PCBM e

CP3(HT-OT)/PCBM. ........................................................................................................................................ 30 Adsorção de glifosato em Goethita ................................................................................................................. 31 Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo micro e nano cápsulas com agentes

multifuncionais ................................................................................................................................................. 32 Síntese e caracterização de eletrodos a base de rGO/óxidos metálicos para aplicação na fotoeletrooxidação

de poluentes orgânicos.................................................................................................................................... 33 Química Analítica (34-58)

Análise de extratos de grãos verdes de Coffea arabica utilizando Ressonância Magnética Nuclear ............ 35 Determinação dos Coeficientes de Difusão para Selenito e Selenato em Argilominerais .............................. 36 Determinação Total e Bioacessibilidade de Íons Metálicos em Alimentos empregando Espectrometria de

Absorção Atômica ............................................................................................................................................ 37 Determinação Voltamétrica de Fármacos Psicoativos: Avaliação da Ocorrência e Destino em Ambientes

Aquáticos ......................................................................................................................................................... 38 Desenvolvimento de Dispositivos DGT empregando Biossorventes como Fase Ligante para Especiação de

Elementos Traço .............................................................................................................................................. 39 Eletrodo de diamante dopado com boro para determinação simultânea de diuron, 2,4-D e tebutiuron ........ 40 Síntese e emprego de IIP-RAM para pré-concentração direta de Cu(II) em alimentos proteicos e posterior

determinação por FAAS/TS-FF-AAS ............................................................................................................... 41 Ampliação Das Potencialidades De Polímeros Quimicamente Impressos Para Determinação De Substâncias

Psicoativas ....................................................................................................................................................... 42 Pós-tratamento de efluente de reator anaeróbio utilizando coagulação/oxidação seguida de dupla filtração 43 Remoção de compostos causadores de odor e gosto em água potável com utilização de técnicas combinadas

em sistemas de tratamento de águas ............................................................................................................. 44 Pesquisa rápida de antidepressivos residuais em lodo de estação de tratamento de esgoto empregando

CLAE-UV ......................................................................................................................................................... 45 Otimização e validação de metodologias analíticas para a determinação de minerais em geleia real, pólen

apícola e alcachofra por FAAS ........................................................................................................................ 46 Especiação de Antimônio Empregando Extração por Ponto Nuvem e Absorção Atômica ............................ 47 Síntese e Caracterização de Polímeros para Extração de Imazetapir em Meio Aquoso ............................... 48 Teores Naturais dos Elementos Metálicos em Solos não Poluídos do Estado do Paraná ............................. 49

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Desenvolvimento de métodos de DMSPE/SPE-magnética associado a CPE para a pré-

concentração/especiação redox de crômio e selênio ..................................................................................... 50 Avaliação do Comportamento e Nimesulida em Águas Naturais empregando Voltametria ........................... 51 Análise de pesticidas em águas superficiais ................................................................................................... 52 Análise de Fitohormônios de Café Arábica em Diferentes Etapas do Ciclo Fenológico do Cafeeiro ............. 53 Síntese, Caracterização e Aplicação de Adsorventes Poliméricos para Pré-Concentração de Herbicidas e

Posterior Determinação por HPLC-DAD ......................................................................................................... 54 Tratamento em reator facultativo de lodo ativado gerado pela indústria de alimentos ................................... 55 Adaptação de metodologia analítica de extração de pesticidas organoclorados em peixe utilizando como

detector CG-MS ............................................................................................................................................... 56 Determinação de Pb, Cd e Ni em Amostras Biológicas de Bovinos para o Biomonitoramento Ambiental .... 57 Potenciais aplicações da espectroscopia NIR e cromatografia no estudo da qualidade do café ................... 58 Química Inorgânica (59-82)

Efeito da adição de FeO, Al2O3 e ZnO na fase vítrea no desenvolvimento microestrutural e propriedades

mecânicas de porcelanas triaxiais. .................................................................................................................. 60 Estudos das propriedades estruturais e eletroquímicas do compósito eletroativo Lap_CoO(OH) ................. 61 Síntese do α-MoO3 obtido por método solvotérmico de baixo custo .............................................................. 62 Degradação Fotocalítica de poluentes emergentes empregando TiO2 imobilizado em acetato de celulose . 63 Síntese e caracterização de um novo material híbrido orgânico- inorgânico aplicado na modificação de

eletrodos eletroquímicos.................................................................................................................................. 64 Desenvolvimento de Sensores e Biossensores Eletroquímicos utilizando diferentes metodologias de

preparação ....................................................................................................................................................... 65 Desenvolvimento de Imunossensor Impedanciométrico Label-Frre para a detecção de doenças parasitárias

endêmicas ....................................................................................................................................................... 66 Síntese e caracterização do óxido de cobre II pelo método dos precursores poliméricos ............................. 67 Simulação da reação de transesterificação utilizando catalisadores inorgânicos: aplicação do método de

elementos finitos .............................................................................................................................................. 68 Modificação de argilas com fotocatalisadores para degradação de efluentes industriais. ............................. 69 Materiais Multifuncionais Baseados em Compósitos de Polímeros Condutores e Óxidos Inorgânicos ......... 70 Síntese e Caracterização de Óxidos Magnéticos ........................................................................................... 71 Resistência oferecida pelo filme formado durante a difusão de sódio e potássio em biossólidos ................. 72 Síntese e caracterização de complexo de Rutênio-areno contendo ligante 2-aminoetilpiridina..................... 73 Preparação e caracterização de eletrodos compósitos de carbono cerâmico modificados com óxido de

estanho ............................................................................................................................................................ 74 Aplicação de catalisadores inorgânicos homogêneos e heterogêneos na obtenção de biodiesel: influência na

estabilidade oxidativa. ..................................................................................................................................... 75 Sorção-Dessorção de Ag, Se e Sb em materiais com potencial para pré- concentração de contaminantes

inorgânicos emergentes .................................................................................................................................. 76 Óxidos de Ferro Derivados de Pó de Ferro e Ácidos Minerais: Identificação e Aplicação ............................. 77 Estudo colorimétrico de pigmentos inorgânicos sintéticos a base de alumínio e pectina cítrica obtidos por

diferentes métodos de preparação .................................................................................................................. 78 Modelagem da difusão multicomponente de espécies inorgânicas em batata pré-cozida. ............................ 79 Preparação e caracterização de filmes LbL de PANI-GA e nanopartículas de prata estabilizadas em amido.

......................................................................................................................................................................... 80 Partículas de Hidróxido de Níquel - Ni(OH)2: Comportamento térmico (TG-DTG-DTA) ................................. 81 O emprego de surfactantes na formação de filmes automontados com Sipy+Cl- e Ftalocianina Tetrasulfonada

de Níquel ......................................................................................................................................................... 82 Química Orgânica (83-100)

Análise Espectroscópica de Grãos e Sementes Oleaginosas através de RMN e RPE para Avaliação do Teor

de Óleo, Radicais Livres e Compostos Organometálicos. .............................................................................. 84 Regiosseletividade da abertura de epóxidos terminais por silil-enóis éteres: Síntese de centros quaternários

benzílicos ......................................................................................................................................................... 86 Validação de método cromatográfico CLAE-DAD para a determinação compostos fenólicos em própolis

brasileira. ......................................................................................................................................................... 87 Desenvolvimento de Nanopartículas à Base de Caseína e Curcumina Decoradas com Quitosana.............. 88 Estudo da potencialidade de processos oxidativos avançados para remediação de águas contaminadas por

contraceptivos .................................................................................................................................................. 89 Derivatização da beta-glucana botriosferana e avaliação do seu potencial de aplicações. ........................... 90 Efeito da administração crônica de Baccharis dracunculifolia e glucana em modelo de diabetes tipo I. ....... 91

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Lacases Fúngicas na Biotransformação de Compostos Orgânicos ............................................................... 92 Fermentação de diferentes matérias primas e acompanhamento do perfil químico, análise do teor de fenólicos

e atividade antioxidante. .................................................................................................................................. 93 Aproveitamento da Glicerina da Indústria do Biodiesel e do Óleo Fúsel da Indústria Sucroalcooleira .......... 94 Desenvolvimento tecnológico e avaliação de nanopartículas de de albumina bovina contendo curcumina. . 95 Estudo do mecanismo de ação citotóxica do peptídeo β-amilóide por metabolômica baseada em RMN. .... 96 Metabólitos secundários de Baccharis trimera: reação do acetato de carquejila com LiAlH4 e análise dos

ácidos cafeoilquínicos por CLAE. .................................................................................................................... 97 Desenvolvimento e Avaliação de um Sistema Nanoestruturado de Disseleneto de Difenila ......................... 98 Desenvolvimento de Nanopartículas de Albumina Contendo Melatonina ...................................................... 99 Síntese, caracterização e estudo teórico de amido modificado e sua aplicação em eletrodos de pasta de

carbono. ......................................................................................................................................................... 100 Síntese e avaliação da relação entre estrutura e atividade de tioureias e guanidinas como inibidores de

Urease. .......................................................................................................................................................... 101

ÍNDICE DE AUTORES 102

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 10

FQ 1

Estudos estruturais das proteínas gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase

de N. gruberi e alanina racemase de T. cruzi

Agnes T. P. Machado1 (PG)*, Marcio Silva2 (PQ) e Jorge Iulek1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Palavras Chave: Estudos estruturais, cristalização, reenovelamento in vitro.

Introdução

A proteína Gliceraldeído 3-fosfato

desidrogenase de Naegleria gruberi (NgGAPDH)

desempenha papel central no metabolismo da via

glicolítica. A determinação da estrutura

tridimensional desta proteína contribuirá para

estudos de evolução do ponto de vista estrutural,

considerando a relação do metabolismo com o de

demais grupos basais1. Por sua vez, a Alanina

racemases de Trypanosoma cruzi (TcAr) participa de

uma das vias metabólicas energéticas para

obtenção de energia, o que a torna potencial alvo

terapêutico2.

Resultados e Discussão

- Expressão, purificação e cristalização da

NgGAPDH.

Após testes das condições de expressão em

E. coli, determinou-se a melhor para obter a

NgGAPDH expressa na fração solúvel. A purificação

foi realizada em duas etapas de cromatografia: a

primeira por afinidade a níquel da qual o pico

correspondente à proteína que, após clivagem da

cauda His-tag, foi levado à segunda, por exclusão de

tamanho. Dialisou-se contra o tampão 20 mM tris-HCl

pH 8,0, 500 mM NaCl e 25 mM NAD+ e realizaram-

se os ensaios de cristalização pelo método de gota

suspensa. Após 3 dias, foi possível observar cristais

de NgGAPDH (Figura 1a). Os cristais foram

submetidos à difração de raios X, sendo possível

obter quatro conjuntos de dados, dentre eles, o de

melhor resolução a 1.94 Å (Figura 1b).

Figura 1: a) Cristalização da NgGAPDH, b) padrão

de difração.

a) b)

- Superexpressão, purificação e reenovelamento in

vitro da proteína TcAr.

Após várias tentativas, com mudanças de

protocolos de expressão e purificação, a proteína

TcAr foi obtida em grande quantidade na fração

insolúvel. Entretanto, para os estudos estruturais e

cinéticos, é necessário que a proteína esteja solúvel.

A fração insolúvel da proteína (a partir dos corpos de

inclusão) foi solubilizada em solução tampão

contendo 8 mol L-1 de ureia. Após a desnaturação,

desenvolveu-se um protocolo de reenovelamento in

vitro, com vários passos de diálise para a retirada

gradual da ureia. Para confirmar a atividade da

proteína após o reenovelamento, realizou-se o

ensaio de atividade, que mostrou a proteína ativa.

Dados de dicroísmo circular revelaram alta

percentagem de estruturas secundárias presentes na

proteína reenovelada. O teste de desnaturação

térmica indicou que esta proteína é resistente a alta

temperatura, característica para as alaninas

racemases.

Conclusões

Com o conjunto de dados de difração de

raios X de NgGAPDH será possível obter a estrutura

tridimensional para as comparações do ponto de

vista de evolução deste protozoário. Os dados de

dicroísmo e ensaio de atividade revelaram o sucesso

de reenovelamento in vitro da TcAr, contribuição

importante para estudos cinéticos.

Agradecimentos

Instituto Nacional de Biotecnologia Estrutural e Química

Medicinal (INBEQMeDI), membro dos Institutos Brasileiros

de Ciência e Tecnologia (INCT, consórcio de CNPq,

FAPESP, e o Ministério da Saúde, 573607/2008-7 and

08/57910-0) e CAPES.

1Opperdoes, F.R., De Jonckheere, J.F. and Tielens, A.G.M. International Journal for Parasitology 2011, 9, 924. 2Silber, A. M., W. Colli, et al. Curr Drug Targets Infect Disord. 2005, 53-64.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 11

FQ 2

Síntese e caracterização de membranas de amido reticulado para

aplicação biomédica

Aline Merci (PG)1*, Gizilene M. de Carvalho (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina – Departamento de Química Caixa Postal 10.011 – 86057-970 Londrina – PR.

Palavras Chave: Biopolímeros, adesivo transdérmico.

Introdução

Os fármacos podem ser administrados sob a forma de adesivos transdérmicos entregando-os a uma taxa controlada e pré-determinada através da pele1. A utilização de materiais de fontes renováveis como o amido para a produção de tais dispositivos tem recebido atenção dos pesquisadores, entretanto, suas propriedades físico-químicas precisam ser melhoradas para aprimorar esta aplicação2. A incorporação do gluconato de clorexidina nestas membranas de amido reticulado com trimetafosfato é um material que apresenta potencial para utilização em tratamento de feridas cutâneas. Os objetivos do trabalho são sintetizar e caracterizar membranas de amido reticulado contendo clorexidina através do processo ‘casting’ e estudar a liberação do anti-séptico in vitro.

Metodologia

As membranas serão sintetizadas pelo método ‘casting’, através da plastificação com o glicerol, reticulação com trimetafosfato trisódico (TMFT) e incorporação da clorexidina, onde serão estudados os fatores que influenciam nas suas produções como concentração de amido, glicerol, TMFT e tempo de agitação. As membranas controles serão sintetizadas com proporções de amido e glicerol de 3, 5 e 10%; e 10 e 15%, respectivamente. A dispersão do amido será feita em água destilada a temperatura ambiente, e passará por aquecimento, em banho-maria, e agitação magnética a 70 ºC por 30 min, em seguida, será adicionado o glicerol. Para as membranas reticuladas o processo inicial será o mesmo para as controle, após, a plastificação com o glicerol, será adicionado sulfato de sódio a 4%, e o sistema passará para outro banho a 45 °C, o pH será ajustado para 9,5 e será adicionado TMFT nas proporções de 15, 22,5 e 30%; o tempo vão ser de 2, 4 e 12 horas. Após o tempo de agitação, o pH será ajustado para 6, e será vertida em placas acrílicas e secas a 70 ºC por 6 horas em estufa. Posterior a secagem as

amostras das membranas serão armazenadas em estuda DBO a 25 ºC e UR 58%. Para a produção das membranas de amido contendo clorexidina o procedimento será o mesmo, sendo que a solução de clorexidina em diferentes concentrações será adicionada após o pH ser ajustado para 6 e a agitação será mantida por diferentes tempos a serem determinados. A caracterização destas membranas irá permitir determinar suas propriedades físico-químicas, térmicas, mecânicas e de barreira. Estas propriedades serão verificadas através das técnicas de microscopia eletrônica de varredura (MEV), infravermelho com transformada de Fourrier (FT-IR), análise termogravimétrica (TGA), calorimetria diferencial exploratória (DSC); propriedades mecânicas; solubilidade, índice de absorção de água (IAA), permeabilidade ao vapor de água (PVA).

A avaliação da liberação in vitro do fármaco será realizada por estudos cinéticos. O estudo de atividade antimicrobiana será realizado por inibição de halo por método a ser definido3. As propriedades das membranas sintetizadas neste trabalho serão comparadas com as propriedades de adesivos similares disponíveis no mercado.

Resultados Esperados

Por intermédio deste trabalho espera-se obter membranas de amido e glicerol reticulados com trimetafosfato trisódico (TMFT) incorporados com clorexidina, que apresentem propriedades adequadas para utilização como biocurativos.

Agradecimentos

CAPES e Cnpq.

___________________ 1 Roberts, M. S. CLIN EXP PHARMACOL P. 1997, 24, 874. 2 Satyam, G.; Shivani, S.; Shivam, G.; Shobhit, J.; Sanjeev, V.; Arvind, K. IJBPR. 2010, 1, 2. 3Ostrosky, E. A.; Mizumoto, M. K.; Lima, M. E. L.; Kaneko, T. M.; Nishikawa, S. O.; Freitas, B. R. REV. BRAS. FARMACOGN 2008, 18,

2.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 12

FQ-3

Estudo da aplicação de misturas de óxido TiO2 e Nb2O5 em DSSC

Aline Viomar1* (PG), Guilherme A. R. Maia1 (PG), Fernando R. Scremin1 (PQ), Augusto C. Antunes2 (PQ),

Paulo R. P. Rodrigues1 (PQ)

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO/Campus CEDETEG – Rua Simeão Varela de Sá, n3, Vila Carli,

Guarapuava/PR.

2Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG/Campus Uvaranas – Av. General Carlos Cavalcanti, 4748,

Uvaranas, Ponta Grossa/PR

Palavras Chave: nanotecnologia, sustentabilidade, energia renovável, pechini, energia solar

Introdução

O desenvolvimento de partículas nanométricas de

óxidos metálicos é um desafio na produção de

dispositivos fotovoltaicos com alta eficiência de

conversão de energia1. Neste contexto, o Nb2O5 é

promissor por apresentar band gap largo, que

minimiza efeitos de recombinação em células solares

sensibilizadas por corante (DSSC)2, além de ser

abundante no Brasil. O objetivo deste trabalho é

avaliar o desempenho de DSSC’s produzidas com

mistura de óxidos TiO2 e Nb2O5

Resultados e Discussão

As partículas de Nb2O5 foram obtidas pelo método

Pechini utilizando como precursor metálico o

complexo amoniacal de nióbio, fornecido pela

CBMM. Após obtenção da resina polimérica

procedeu-se a queima da mesma a 600 oC por 2

horas. A caracterização estrutural foi feita por DRX e

é apresentada na Figura 1.

Figura 1. Difratograma obtido para a amostra de

Nb2O5 obtida pelo método Pechini.

O espectro apresentado da Figura 1 corresponde ao

Nb2O5-T com estrutura otorrombica, ficha PDF01-

071-0336. O tamanho de cristalito estimado por

Scherrer foi de 40 nm.

A eficiência da célula solar montada em sanduíche

foi obtida sob incidência de luz com potência de 100

mW/cm2 a partir de curvas de j-v. Foram feitas

misturas de óxidos em diferentes porcentagens

(m/m) e comparadas com o TiO2 puro e

sensibilizadas com corante N719. Os resultados são

apresentados na Figura 2.

Figura 2. Curvas j-v para DSSC’s de TiO2 e misturas

de TiO2 e 2, 5 e 10 % (m/m) de Nb2O5 as respectivas

eficiências de conversão.

Nota-se na Figura 2 que as células que contem nióbio

apresentaram potencial de circuito aberto (Eoc) mais

alto em relação a célula de TiO2 devido sugerindo

que processos de recombinação foram minimizados.

A eficiência de conversão mais alta foi constatada

para a célula contendo 2% de Nb2O5.

Conclusões

DSSC’s produzidas com Nb2O5 apresentam maiores

valores de Eoc. A mistura de TiO2+2% de Nb2O5 na

célula aumenta a eficiência de conversão.

Agradecimentos

Á CAPES, ao CNPq, a Finep, a Unicentro.

____________________ 1Katoh, R. et.al. Journal Of Physical Chemistry B. 2004, 108, 4818.

2Sayama, K.; Sugihara, H.; Arakawa, H. Chem. Mater., 1998, 10,3825.

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,90

1

2

3

4

5

6

7

= 0,78 %

= 0,94 %

= 2,22 %

j/m

Acm

-2

E/V

TiO2

TiO2 + 2% Nb

2O

5

TiO2 + 5% Nb

2O

5

TiO2 + 10% Nb

2O

5 = 1,84 %

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 13

FQ 4

Obtenção de PPP a Partir d Benzeno Utilizando o Líquido Iônico1-Butyl-

2,3-dimethylimidazolium bis-(trifluoromethylsulfonyl) imide

Cibeli May Arévalos Villalba1 (PG)*, Fábio Santana (PQ)1, Jarem Raul Garcia (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.

Palavras Chave: benzeno, liquído iônico, acetonitrila, polímeros.

Introdução

O primeiro polímero p-fenileno (PPP) foi sintetizado em 1966 1, ele pode ser obtido por reações orgânicas ou eletroquímicas, a partir do benzeno, polipirrol ou do p-terfenil 2. Reações de eletropolimerização para obtenção de filmes PPP a partir do benzeno foram realizadas em 1986, eram realizadas em meios ácidos fortes e em altos potenciais. Atualmente tem-se obtido filmes de PPP em potenciais mais baixos por meio da utilização de trifluoreto de boro dietil eteroato (BFEE) juntamente com p-terfenil3. Também estão sendo obtidos excelentes filmes por meio da utilização de líquidos iônicos, como eletrólitos, nas sínteses. Os polímeros condutores possuem diversas aplicações, uma das principais é em células solares. O objetivo deste trabalho foi obter o polímero PPP utilizando como solvente/eletrólito o líquido iônico 1-Butyl-2,3-dimethylimidazolium bis (trifluoromethylsulfonyl) imide, 99%. Os polímeros foram obtidos por meio de voltametria cíclica, usando-se como eletrodo, contra-eletrodo e eletrodo de trabalho fios de platina, tendo como referência de potencial o ferrocianeto. O polímero obtido foi comparado com o PPP obtido em acetonitrila/TBAP, que é muito discutido na literatura. As sínteses ocorreram na faixa de - 0,5-2,0 v para o PPP obtido usando líquido iônico e - 0,5-2,5 v para o PPP obtido com acetonitrila/TBAP, ambos a 50 mV/s. As voltametrias foram repetidas para ambos substituindo-se o eletrodo de trabalho (fio de platina) por ITO.

Resultados e Discussão

Os voltamogramas obtidos se encontram na figura 1,

nota-se que a oxidação usando o líquido iônico se

inicia em potenciais menos positivos. Esta

observação indica um processo de transferência de

carga mais rápido em meio de líquido iônico

comparativamente ao sistema ACN/TBAP, porém no

sistema ACN/TBAP. Figura 1. Voltamogramas cíclicos de um eletrodo de

platina para obtenção de PPP utilizando-se líquido iônico

dissolvido em benzeno, comparado com PPP obtido em ACN/TBAP, taxa de varredura 50 mV/s.

-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

0.0000

0.0001

0.0002

0.0003

Co

rre

nte

(A

)

Potencial/[Fe(CN)6]-4 (v)

PPP-ACN/TBAP

PPP-Líquido iônico

Quando a eletropolimerização do PPP foi realizada sobre superfície de ITO (resultado não mostrado) observou-se que o início da oxidação do benzeno também ocorre em potenciais menos negativos no líquido iônico, entretanto, em potenciais mais positivos a oxidação atinge valores de correntes mais altos no sistema ACN/TBAP do que no líquido iônico. Este fato pode estar relacionado à alta viscosidade do líquido iônico e a menor atividade catalítica da superfície de ITO.

Conclusões

Foi possível obter PPP utilizando-se como sovente/eletrólito líquido iônico, sendo que este possui a vantagem de formar polímeros em potenciais menos positivos.

Agradecimentos Dr. Fábio Santana, à UEPG, à CAPES, CNPq. _________________ 1 Goldenberg, L.M. Lacaze, P.C. Synthetic Metals. 1993, 58 (3), 271-293. 2 Soares, J. C. et al. Materials Research. 2014, 17 (2), 332-337. 3 Zhou, W. et al. Journal of Applied Polymer Science. 2010, 117, 2688-2694.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 14

FQ 5

Avaliação da eficácia terapêutica e toxicidade in vivo de nanopartículas

poliméricas contendo anfotericina B.

*Daniel Brustolin Ludwig1(PG), Najeh Maissar Khalil1(PQ), Rubiana Mara Mainardes1(PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), CEP: 85040-080, Guarapuava, Paraná, Brasil.

Palavras Chave: Anfotericina B, nanopartícula, citotoxicidade, candidíase

Introdução

Infecções fúngicas invasivas são causa de aumento de morbidade e mortalidade em pacientes com enfermidades críticas e imunocomprometidos1.

Dentre as principais espécies causadoras de infecções fúngicas sistêmicas, encontram-se as do gênero Candida2. Uma droga disponível, a anfotericina B (AFB), macrolídeo pertencente à classe dos polienos, é amplamente utilizada no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas3. A AFB possui diversos problemas em relação à eficácia terapêutica por possuir alta toxicidade renal, hepática, hematológica e cardíaca4. Também possui baixa solubilidade aquosa e aumento da toxicidade pela formação de agregados5. A nanotecnologia farmacêutica compreende a pesquisa e desenvolvimento de sistemas nanoestruturados tendo como importante aplicação o desenvolvimento de sistemas de carreamento e liberação de fármacos, com o intuito de melhorar a eficácia terapêutica dos mesmos6. Desta maneira, o presente projeto propõe o desenvolvimento tecnológico, caracterização e avaliação de nanopartículas poliméricas contendo AFB, com o objetivo de reduzir sua toxicidade e melhorar sua eficácia terapêutica.

Resultados e Discussão

A presente proposta visa o desenvolvimento de nanopartículas poliméricas compostas por ácido polilático (PLA) contendo AFB e a realização do ensaio de eficácia e toxicidade in vivo em ratos, bem como a avaliação da citotoxicidade sobre hemácias ex vivo e atividade antifúngica in vitro. Tendo como princípio o desenvolvimento de uma nova formulação farmacêutica para veiculação de AFB que apresente propriedades físico-químicas superiores e toxicidade reduzida. Os resultados iniciais para desenvolvimento das nanopartículas pelo método do nanospray drier não apresentaram-se satisfatórios pois as nanopartículas de AFB e PLA apresentaram um diâmetro médio de 11 μm e um índice de polidispersão de 0,634. Novas tentativas foram realizadas alterando o polímero utilizado, desta vez utilizando a albumina. O diâmetro médio reduziu, passando para um tamanho de 7 μm, porém, este

não é um resultado satisfatório pois neste caso também o índice de polidispersão se manteve alto, 0,547, além de as nanopartículas estarem que tamanho micrométrico e não nanométrico.

Conclusões

O desenvolvimento destas nanopartículas depende de ajustes na técnica de preparo das mesmas e a escolha do melhor polímero, podendo ocorrer a alteração do método utilizado para preparo.

Agradecimentos

CNPq, UNICENTRO e Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica.

____________________

1Sipsas, V. N.; Kontoyiannis, P. D. Int J Antimicrob Ag. 2012, 39, 464. 2Leroy, O.; Gangneux, J. P.; Montravers, P.; Mira, J. P.; Gouin, F.; Sollet, J. P. Crit Care Med. 2009, 37, 1612. 3Pappas, P. G.; Kauffman, C. A.; Andes, D.; Benjamin, JR, D. K.; Calandra, T. F.; Edwards, JR, J. E. Clin Infect Dis. 2009, 48, 503. 4Annaloro, C.; Olivares, C.; Usardi, P.; Onida, F.; Della Volpe, A. J Antimicrob Chemother. 2009, 63, 625. 5Nahar, M.; Mishra, D.; Dubey, V.; Jain, N. K. Nanomedicine. 2008, 4, 252. 6Shaffer, C. Drug Discov Today. 2005, 10, 1581.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 15

FQ 6

Síntese eletroquímica, caracterização e aplicações de copolímeros dos

poli(3-alquiltiofenos)

Danielly Cristina Bento1(PG)*, Henrique de Santana1(PQ).

*[email protected]

1 Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, 86051-990, Londrina, PR, Brasil.

Palavras Chave: Poli(3-alquiltiofenos), Copolímeros Condutores, Raman, Impedância Eletroquímica.

Introdução

O estudo em torno da geração de energia elétrica a

partir de células fotovoltaicas orgânicas (OPVs) tem

crescido de forma significativa. Os poli(3-

alquiltiofenos) (P3ATs) por serem altamente

fotossensível e por apresentarem em sua estrutura

espécies como cátion radical e dicátion podem ser

doadores de elétron do tipo-p em camada ativa nas

OPVs1,2. Assim esse trabalho apresenta o estudo da

influencia das espécies cátion radical e dicátion, nos

processos de resistência de transferência de carga

(RTC) nos P3ATs e nos seus copolímeros, por meio

da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica

(EIS) e Raman.

Resultados e Discussão

Na Figura 1 estão apresentados os diagramas de

Nyquist e Bode-Fase dos filmes de poli(3-

metiltiofeno) (P3MT), poli(3-hexiltiofeno) (P3HT) e do

copolímero sintetizado eletroquimicamente entre

eles CP3(MT-HT).

Figura 1. Diagramas de Nyquist (a) e Bode-Fase (b) do P3MT (□), P3HT (Δ) e CP3(MT-HT) (●) depositados sobre ITO em 0,100mol L-1 de LiClO4/ACN.

Nos diagramas de Nyquist foi observada a

diminuição no diâmetro do semicírculo do CP3(MT-

HT) demonstrando a diminuição da RTC com a

copolimerização. Nos diagramas de Bode-Fase são

observadas duas constantes de fase referente à

contribuição da condução polarônica e bipolarônica.

Na Figura 2 é apresentado o espectro Raman

deconvoluído do copolímero CP3(MT-HT).

Figura 2. Deconvolução espectro Raman do

CP3(MT-HT). Radiação 532 nm.

Na deconvolução Raman foi observada uma banda

intensa em 1460 cm-1 referente à estabilização da

espécie cátion radical proveniente do P3HT na matriz

polimérica do CP3(MT-HT).

Conclusões

O CP3(MT-HT) apresentou uma menor RTC, sendo

essa influenciada pela condução polarônica e

bipolarônica. E por espectroscopia Raman a menor

RTC foi relacionada a estabilização da espécie cátion

radical na matriz do copolímero.

Agradecimentos

A CAPEs e ao Laboratório de Espectroscopia da

Central de Multiusuários da PROPPG/UEL.

____________________ 1 Bento, D. C.; Maia, E. C. R.; Cervantes, T. N. M., Olivat, C. A., Louarn, G.; De Santana, H. J. Mater. Sci.: Mater. Electron. 2015, 26, 149. 2 Chen, L-M.; Hong, Z.; Li, G.; Yang, Y. Adv. Mater. (Weinheim, Ger.) 2009, 21, 1434.

(a) (b)

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FQ 7

Eletrodos fotovoltáicos de ZnO e Ag depositados sobre lâminas FTO

Edson Archela* (PG), Luiz Henrique Dall’Antonia (PQ), José Luiz dos Santos Neto (IC).

*[email protected]

Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, Laboratório de Eletroquímica e Materiais

Palavras Chave: semicondutores, nanopartículas, óxido de zinco

Introdução

A demanda crescente por energia elétrica e o

decréscimo dos reservatórios de carvão e petróleo

têm incentivado pesquisas para produção energética

eficiente e de fontes renováveis. Energia solar é uma

opção a ser considerada já que a energia incidida por

este sobre a Terra excede, em abundância, a

demanda energética atual1 (Prado 2008). Células

solares baseadas em elementos semicondutores são

baseadas na excitação eletrônica através da

incidência de radiação eletromagnética. Nas células

sensibilizadas por corante (DSSC) um óxido de metal

semicondutor tem a função de transporte de cargas,

oriunda da excitação do corante, aderido a este. Esta

cama de óxido deve possuir grande extensão de área

ativa, alta porosidade e transferência eficiente de

carga2. O óxido de zinco é bastante utilizado nas

DSSCs por possuir boa mobilidade elétrica e tempo

de vida, para o elétron excitado. O presente teste visa

estudar a deposição do óxido de zinco utilizando

partículas de prata com o objetivo de diminuir o

bandgap deste, melhorando sua interação com

corantes orgânicos.

Resultados e Discussão

Os filmes de ZnO:Ag foram preparados por três

etapas, sobre lâminas de vidro recobertas com filme

de óxido de estanho dopadas com flúor (FTO). Na

primeira etapa o óxido de zinco foi eletrodepositado

através de aplicação de corrente constante,

calcinado; em seguida, uma deposição de

nanopartículas de prata foi realizada por SILAR

(successive ionic layer adsorption and reaction); e

nova deposição de zinco realizada, seguida de outra

calcinação.

A fotocorrente dos filmes foi avaliada por meio da

incidência de radiação eletromagnética na região do

ultravioleta cujos dados são apresentados na Figura1

para filmes dopados com prata e apenas com óxido

de zinco.

0,0 0,5 1,0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Re

sp

osta

Am

pe

rom

étr

ica

(

A/c

m2)

WE(1).Potential (V)

ZnO

ZnO:Ag

Figura 1. Comparação da resposta amperométrica de filmes de óxido de zinco dopados com prata e não dopados. Voltametria linear com velocidade de varredura de 5 mV.s-1 em solução de sulfato de sódio

É possível observar um aumento de 1,77 vezes na

resposta amperométrica, quando este contem prata

como dopante.

Conclusões

A presença de prata no filme de óxido de zinco influi

positivamente na fotocorrente dos filmes testados por

auxiliar no transporte dos elétrons gerados durante a

absorção da radiação eletromagnética incidida.

Agradecimentos

Ao Laboratório de Eletroquímica e Materiais da

Universidade Estadual de Londrina.

____________________

1Lucilha, Adriana Campano. Fotoeletrodos de ZnO: métodos de deposição, caracterização e aplicação em fotoeletrocatálise. 2015. 170 fls. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2015. 2Prado, D. A.; Fabricação e caracterização de uma célula solar à partir do polímero poli (N-vinilcarbazol) PVK dopado com perclorato de lítio. 2008. 74 p. Dissertação (Mestrado – Engenharia Elétrica). Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos. Universidade de São Paulo. São Paulo.

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FQ 8

Uma Modelagem por Elementos Finitos para a Interpretação da

Espectroscopia de Impedância Eletroquímica em Microeletrodos

Evaldo Batista Carneiro Neto1 (PG)*, Mauro Chierici Lopes1 (PQ).

*[email protected]

1Departamento de Química – UNICENTRO, Guarapuava – PR – Brasil.

Palavras Chave: Espectroscopia de Impedância Eletroquímica, Método dos Elementos Finitos,

Eletroquímica Computacional, Microeletrodos.

Introdução

As simulações consistem da solução pelo

método dos elementos finitos1 (FEM) do conjunto de

equações Nernst-Planck-Poisson1-3 em uma

geometria esférica unidimensional. A descrição da

dupla camada elétrica (EDL) está fundamentada nos

trabalhos de He et al4 e Streeter e Compton5.

Neste trabalho, através da simulação da

técnica de espectroscopia de impedância

eletroquímica (EIS), apresentamos um estudo

conjunto dos efeitos do tamanho do eletrodo (re) e da

constante padrão de velocidade para o processo

eletroquímico (k0) no diagrama de Nyquist.

Resultados e Discussão

Fenômenos eletroquímicos muito rápidos

fazem com que a componente difusional surja

mesmo nas freqüências mais altas (Figura 1).

Figura 1. Diagrama de Nyquist para um macroeletrodo (re=1 mm) com diferentes k0: (○) 10-4 cm s-1 e (●) 10-2 cm s-1.

Entretanto, em microeletrodos a limitação

difusional possui efeito pouco significativo

considerando-se o intervalo de freqüências analisado

(10-3 à 105 Hz) e amplitude do sinal sinusoidal de

potencial (5 mV) atribuído3, logo, para esta

geometria, as simulações das mesmas reações

mostram que o processo eletroquímico tem efeito

dominante no comportamento do diagrama de

Nyquist (Figura 2).

Figura 2. Diagrama de Nyquist para um microeletrodo (re=10 µm) com diferentes k0: (□) 10-4 cm s-1 e (∆) 10-2 cm s-1.

Conclusões

As simulações demonstraram que o modelo

proposto descreve tanto macroeletrodos quanto

microeletrodos.

Se comparados aos macroeletrodos, os

microeletrodos permitem o estudo de fenômenos

eletroquímicos com constantes de velocidade

maiores2-6.

Agradecimentos

À Capes pela concessão da bolsa de estudos.

____________________

1 Britz, D. Digital Simulation in Electrochemistry, Springer-Verlag, New York, 2005. 2 Bard, A. J. e Faulkner, L. R. Electrochemical Methods Fundamentals and Applications, Wiley, New York, 2001. 3 Tribollet, B. e Ozarem M. Electrochemical Impedance Spectroscopy, Wiley, New Jersey, 2001. 4 He, R., Chen, S., Yang, F., e Wu, B. J. Phys. Chem. B, 2006, 110, 3262–70. 5 Streeter, I., e Compton, R. G. J. Phys. Chem. C, 2008, 112, 13716-28. 6 Chen, S., e Liu, Y. PCCP, 2014, 16, 635-652.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 18

FQ 9

Avaliação da aplicação de nanocelulose para incremento de propriedades físicas na fabricação de papel.

*Geraldo de Aguiar Coelho1* (PG), Palloma Amaressa Costa Cortez2 (IC), Jarem Raul Garcia1 (PQ). *[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Departamento de Química - Ponta Grossa, PR. 2Senai de Telêmaco Borba – Serviços Técnicos e Inovação – Telêmaco

Borba, PR

Palavras Chave: Nanocelulose, papel, propriedades físicas, celulose nanocristalina,

Introdução

Atualmente a reciclagem de papel fornece

considerável matéria-prima para a indústria

papeleira, na ordem de 56,6%.

É sabido que reciclagem reduz as resistências

físicas das fibras, pois passaram por tratamentos de

refinação, secagem e redesfibramento, que alteram

suas características morfológicas e físicas.

Desta forma, para que seja possível a reutilização

de tais fibras para papéis mais nobres, deve-se

incrementar suas resistências. Uma alternativa que

agora desponta é o uso de nanocelulose na

constituição dos papeis.

Resultados e Discussão

Tabela 1. Resultados em percentagem de acréscimo

(em negativo redução) observado nas propriedades

ensaiadas, comparado ao branco.

Adiç

ão (

%)

Espessura

Densid

ade

Apare

nte

Perm

eância

ao

ar

Resis

tência

Tra

ção

Resis

tência

ao

Rasgo

Resis

tência

ao

Arr

ebenta

me

nto

3 -1,06 2,33 -31,52 17,41 7,35 3,57

6 -12,34 11,63 -66,20 34,89 11,76 18,75

9 -15,43 13,95 -79,29 40,88 13,24 30,36

A Tabela 1 mostra que com o incremento de

nanocelulose na composição das folhas houve maior

densidade do papel obtido, confirmado pela redução

da espessura do papel para a mesma gramatura (no

caso, 100g/m²). Isso pode ser explicado em parte

pela redução de fibras adicionadas à formação e pela

melhor união entre as fibras proporcionado pelas

microfibrilas e nanocelulose adicionada. Isso se

traduz em menores espaços de armazenamento para

o papel produzido e menor espaço ocupado para

transportes.

A redução da permeância ao ar (Tabela 1) deve-se

ao acomodamento das nanoceluloses entre as fibras

com consequente redução de espaços vazios. Dessa

forma o ar tem menos espaços por onde fluir através

da estrutura do papel. Essa menor permeabilidade

diminui o volume de tinta necessário para

recobrimento do papel e impressão.

Foi observado o incremento na resistência à tração

ao rasgo e ao arrebentamento. Esses aumentos

podem ser creditados à melhor interação entre as

fibras, intermediada pelas microfibrilas e

nanoceluloses adicionadas. As nanofibras ao se

posicionarem nos interstícios interfibrilares fornecem

mais pontos de ligações hidrogênios e com isto a

estrutura do papel se torna mais forte.

Conclusões

As propriedades físicas do papel espessura e

permeância tiveram seus valores reduzidos.

As resistências à tração, ao rasgo e ao

arrebentamento e também a densidade foram

aumentadas com adição de nanocelulose.

A adição de nanocelulose e nanofibras na

fabricação do papel é uma alternativa técnica viável

para incremento de propriedades físicas importantes.

Agradecimentos

Agradeço ao Senai de Telêmaco Borba e à Universidade Federal do Paraná pela cedência dos equipamentos para realização dos ensaios físicos e experimentos. À Palloma Cortez pela colaboração no desenvolvimento do trabalho.

____________________

1Coelho, G.A., Comparação da fotodegradação catalítica (TiO2) do efluente de branqueamento de polpa kraft com uso de radiação visível ou ultravioleta, Dissertação, UFPR, 2011. 2Cortez, P. A. C. - Produção de nanocelulose e aplicação em folhas de celulose – Trabalho conclusão de curso, FATEB 2015.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 19

FQ 10

Estudo da produção de óxido de zinco para aplicação em célula solar

Guilherme Arielo Rodrigues Maia (PG)1*, Letícia Fernanda Gonçalves Larsson (IC)1, Aline Viomar1(PG),

Fernando Reinoldo Scremin (PQ)¹, Augusto Celso Antunes2 (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues1(PQ).

*[email protected]

1 Universidade do Centro Oeste – UNICENTRO, Grupo de Pesquisa em Eletroquímica e Biocombustíveis- GPEL,

Departamento de Química, CEP 85040-080, Guarapuava – PR. 2 Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG/ Campus Uvaranas, Departamento de Química, CEP 84030-900, Ponta

Grossa - PR.

Palavras Chave: energia solar, delineamento experimental, sustentabilidade.

Introdução

O ZnO nanoestruturado contém características físico-químicas importantes para utilização em células solares. A padronização e regularidade das dimensões das partículas nanométricas é de difícil obtenção, fatores como: natureza do ânion do sal precursor, temperatura de reação e quantidade de água podem interferir no tamanho das partículas. O objetivo é estudar a influência das variáveis do processo de síntese das nanopartículas de ZnO, visando a aplicação em células solares.

Resultados e Discussão

Foi aplicado delineamento fatorial incompleto Box-

Behnken (33), de acordo com o método de co-

precipitação, para as três variáveis: concentração de

Zn(NO3)2 (mol L-1), temperatura do meio reacional

(°C) e tempo de reação (h).

Figura 1. Curvas de contorno para o tamanho médio das partículas de ZnO (nm) fixando-se a variável Zn(NO3)2 em 0,05 g L-1.

A Figura 1 mostra que em uma concentração de Zn(NO3)2 igual a 0,05 mol L-1, tempo de reação de 16 h e temperatura de 80 ºC, o menor valor para o tamanho de partícula de ZnO mostrado pelo modelo, foi de um de 200 nm. O espectro Raman (figura 2) obtido mostra que o pico principal é o E2High em 437 cm−1, conhecido como o modo de fônons ópticos de Raman ativo, que é o modo característico da fase hexagonal wurtzita do ZnO, sendo o pico relativo a movimentação de Zn na rede.

Figura 2. Espectroscopia Raman para as partículas de ZnO.

Conclusões

O delineamento utilizando as curvas de contorno

mostrou ser eficiente como estratégia para encontrar

os valores ideais das variáveis do processo de

produção de ZnO nanoestruturado. De acordo com a

espectroscopia Raman o método se mostrou

eficiente na preparação do ZnO nanométrico e

cristalino.

Agradecimentos

À CAPES, ao CNPq, à Finep, à Fundação Araucária

e ao Laboratório de Espectroscopia da Central de

Multiusuários da PROPPG da UEL.

__________________ 1Mayrinck, C.; Raphael, E.; Ferrari, J. L.; Schiavon, M. A., Rev. Virtual de química, 2014, 6, 5, 1185-1204. 2Maia, G.A.R., Antunes, S.R.M., Weirich-Neto, P. H., Borba, S., Coppo, R.L., Borsato, D., Acta. Scie. Technology, 2014, 36, 4, 699-705. 3Mohajerani, M.S., Mazloumi, M., Lak, A., Kajbafvala, A., Zanganeh, S., Sadrnezhaad, S.K., Journal of Crystal Growth, 2008, 310, 3621.

200 400 600 800 1000 12000

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Inte

nsi

dad

e (u

.a)

Deslocamento Raman (cm-1)

232

332

437

546 580

1047

1153662

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 20

FQ 11

Tratamento de superfície a base de nióbio com e sem coloração para o

alumínio anodizado.

Guilherme J. T. Alves (PG)1* e Paulo R. P. Rodrigues (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO.

Palavras Chave: anodização, corrosão, inibidor.

Introdução

A anodização é uma técnica que desenvolve um

revestimento de conversão e é um dos tratamentos

de superfície mais empregados industrialmente. A

camada anódica formada tem a característica de ser

porosa e permite a absorção de diversos compostos,

tais como corantes. Com o devido controle dos

parâmetros do processo, pode-se obter uma camada

colorida com alta resistência à corrosão aliada a

economia de energia e reagentes1. Na camada

anódica porosa formada na anodização também

pode ser inserido alguns metais, como o nióbio, que

promovem a regeneração da camada protetora2. O

presente trabalho tem como principal proposta a

utilização de compostos de nióbio e corantes em

diferentes ligas de alumínio previamente anodizadas

para ser empregado como tratamento de superfície.

Metodologia e discussão

Para o desenvolvimento do trabalho serão utilizadas

diferentes ligas de alumínio, as quais são

empregadas na indústria aeronáutica e naval. Assim,

os meios escolhidos para o estudo serão o sulfato

(Na2SO4) e o cloreto (NaCl).

Após o polimento das peças de alumínio, o processo

de anodização será realizado em meio ácido com

temperatura fixada em 35°C por banho termostático.

As variáveis t e j serão otimizadas e estudadas por

meio de planejamento fatorial para cada liga

utilizada, tendo como resposta a resistência de

polarização. Os experimentos com melhores

respostas serão utilizados para tratamento com

corante e nióbio. Será elaborado então, um segundo

planejamento fatorial com as variáveis: concentração

de nióbio e de corante com a resposta sendo o

potencial de transpassivação, que mostra a

resistência do metal nos diferentes meios estudados.

Para caracterização eletroquímica serão utilizadas

as técnicas de potencial de circuito aberto,

polarização potenciostática anódica e catódica e

impedância. Já para a caracterização morfológica

serão utilizadas as técnicas de microscopia

eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de

energia dispersiva, espectroscopia Raman e

microscopia óptica.

A figura 1 mostra as imagens geradas por MEV dos

nanoporos do alumínio obtidos por anodização3.

Figura 1. Imagens geradas por microscopia eletrônica de varredura dos nanoporos do alumínio formados com (A) 20 minutos e (B) 40 minutos de anodização3. Aumento de 30.000 x.

As imagens de MEV da figura 1 mostra os nanoporos

formados pela anodização do alumínio. Nestes é

possível a inserção dos corantes e íons metálicos. No

desenvolvimento deste trabalho, é esperado obter

nanoporos com diâmetro entre 50 e 100 nm.

Considerações finais

Com a otimização dos os parâmetros do processo

para formação da camada anódica colorida com

nióbio será possível a elaboração de um novo

processo de tratamento de superfície para o

alumínio.

Agradecimentos

Ao CNPq, CAPES e UNICENTRO.

____________________ 1Alves, G. J. T. et al. Optimization of aluminum anodizing and coloring process employing organic pigment. Materials Science Forum. 2015, 805, 137. 2 Nazemi, A. Najafian, A. Sadjadi, S. A. S. Aluminium oxide nanowires synthesis from high purity aluminium film via two-step anodization. Superlattices and Microstructures. 2015, 81, 1. 3 Tussolini, M. et al. Planejamento experimental no estudo eletroquímico de camadas de óxido de nióbio em liga de alumínio 3003. Cerâmica. 2014, 60, 417.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 21

FQ 12

10 20 30 40 50 60 70

0

200

400

600

800

1000

-MnO2 sintetizado

-MnO2 PDF (44-0141)

2 / Graus

Inte

nsid

ade (

u.a

.)

A

4000 3500 3000 25002000 1500 1000 500

Tra

nsm

itância

(%

)

Número de onda (cm-1)

-MnO2

B

Mn-O

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

In

ten

sid

ad

e (

u.a

.)

OG

OG/-MnO2

Deslocamento Raman (cm-1)

D

G

2D

- MnO2

Preparação de heteroarquiteturas contendo óxido de grafeno, polímeros condutores e dióxido de manganês: Aplicação em supercapacitores de alta performance.

Gustavo Marciniuk1(PG)*, Ariane Ribas1(IC), Jarem Raul Garcia1(PQ)

[email protected]

1 Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Palavras Chave: Óxido de Grafeno, α-MnO2, supercapacitores.

Introdução

Recentemente, supercapacitores tem recebido

grande atenção no campo do armazenamento

eletroquímico de energia, devido a sua alta

densidade de potência e longa vida cíclica. Óxidos de

manganês, como o MnO2, têm sido considerados os

óxidos de metais de transição mais promissores para

a próxima geração destes dispositivos, devido à sua

alta capacitância teórica (1370Fg-1), baixo custo,

reduzido impacto ambiental e abundância natural,

desde que apresentem estrutura cristalográfica

funcional. Uma das maiores limitações atuais é a

obtenção do MnO2 de uma estrutura cristalográfica

otimizada que esteja eficientemente suportada em

uma matriz de alta área superficial, facilitando os

processos faradaicos que originam a capacitância.

Dessa maneira, o presente trabalho refere-se à

síntese efetiva do α-MnO2 sobre uma matriz de óxido

de grafeno (OG) não reduzido para uma futura

aplicação como eletrodo de supercapacitor. O

processo consiste basicamente na oxidação do

precursor Mn2+ com KMnO4 sobre a matriz de OG,

produzindo OG/MnO2. A mistura é então transferida

para um reator de teflon e mantida a 160º por 12

horas. O α-MnO2 sem a presença de OG também foi

sintetizado.

Resultados e Discussão A caracterização dos materiais sintetizados foi realizada por DRX, FTIR, FEG e Raman, permitindo identificar e comparar as características estruturais e morfológicas do compósito com seus componentes individuais.

Figura 1. (a) Difratograma do α-MnO2 sintetizado e α-MnO2 PDF 44-0141; (b) Espectro de infravermelho do α-MnO2.

Figura 2. Imagens de FEG (a) α-MnO2 (b) binário

OG/α-MnO2, ambos a 25Kx.

Figura 3. (a) Espectro de deslocamento Raman do

α-MnO2 e binário OG/α-MNO2.

Conclusões

Os resultados apresentados pela caracterização estrutural do compósito evidenciam a formação do compósito de óxido de grafeno contendo a fase α de MnO2, amplamente desejável para aplicação em supercapacitores devido principalmente ao otimizado mecanismo de inserção e extração de íons da sua estrutura pela formação de túneis de magnitude 2x2. Demais caracterizações estruturais e eletroquímicas estão sendo realizadas e serão futuramente apresentadas.

Agradecimentos

____________________

Zhang, X. et al, J.Cr.Growt 2008, 310, 716. Devaraj, S., Munichandraiah, N. J. Phys. Chem. C 2008, 112, 4406. Cetinkaya, T. et al, Microeletronic Engineering 2014, 126, 54.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 22

FQ 13

Investigação Sistemática da Eletrodeposição de Ni-Mn-Zn, para a Reação

de Evolução de Hidrogênio em Meio Alcalino

Hélcio Marcos Vileski1 (PG)*, Mauro Chierici Lopes1 (PQ).

*[email protected]

1Departamento de Química - UNICENTRO, Guarapuava - PR – Brasil.

Palavras Chave Eletrodeposição,voltametria linear, Ni, Zn, Mn.

Introdução

Atualmente o Brasil vêm enfrentando uma crise

energética, uma tendência mundial, ocasionada

através dos avanços da tecnologia. Onde sempre há

uma necessidade de uma densidade energética cada

vez maior.

Formas limpas de geração de energia são fontes

de pesquisas, entre elas a reação de evolução de

hidrogênio (HER). Ligas constituídas de Ni são

promissoras para a eletrocatálise da HER, entretanto

o sobrepontencial para evolução de hidrogênio em

ligas de Ni, ainda é relativamente alto comparado a

Pt1,2.

A busca de uma liga metálica ou mesmo amorfa, que

possua características vantajosas com custo

relativamente baixos para a evolução de hidrogênio,

utilizando a menor energia possível pode se tornar o

futuro energético limpo e renovável, a contribuição

através deste trabalho é obter uma liga ternária de

Ni-Mn-Zn, através da co-eletrodeposição, em um

banho contendo estes três metais, onde

posteriormente parte do zinco será dissolvido da liga,

método conhecido como “Raney”, aumentando a

área superficial e possivelmente aumentará a

atividade eletrocatalítica.

Resultados e Discussão

Figura 1. Cronopotenciometria realizada com o banho composto por NiSO4 (0,0646mol.L-1), MnSO4 (0,132mol.L-

1), ZnSO4 (0,0185mol.L-1), (NH4)2SO4 (0,227mol.L-1), tiouréia (0,236mol.L-1) e ácido ascórbico (0,0045mol.L-1), pH de 3,7 e temperatura de 30ºC. Eletrodo de trabalho uma placa de platina 0,5cm² e contra-eletrodo uma placa com 2cm², com carga constante de 0,471C.

(a) (b)

Figura 2. a) medida em EDS – percentual superficial

da liga em diferentes densidades de correntes. b)

medidas de EAA – percentual em massa da liga em

diferentes densidades de correntes.

Conclusões

Na deposição da liga Ni-Mn-Zn aumenta a

quantidade em massa de Mn, com o aumento da

evolução de hidrogênio. O aumento de evolução de

hidrogênio na deposição ocorre em potencias mais

catódicos.

De acordo com medidas de EDS e EAA, mostrou que

tem um percentual superficial maior de Zn, entretanto

em relação a massa total da liga o percentual ainda

é maior de níquel.

Agradecimentos

Capes, Unicentro, Doutorado Associado em Química

UEL/UEPG/UNICENTRO, LINE.

____________________

1 - MARINI, S. et al. Advanced alkaline water electrolysis. Jounal Electrochimica Acta. 2012. 2 - Cardona, I. H.; Ortega, E. e Herranz, V. P. Electrochimica Acta. 2011, 56, 1308–1315.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 23

FQ 14

Desenvolvimento de Nanopartículas de PLGA Revestidas com Quitosana

Como Carreadoras de Ácido Ferúlico

Isabela Angeli de Lima*,1 (PG), Najeh Naissar Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ).

*[email protected]

1Laboratório de Nanotecnologia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava - PR.

Palavras Chave: nanopartículas poliméricas, PLGA, ácido ferúlico, quitosana, sistema de liberação de fármacos.

Introdução

O ácido trans-ferúlico (FA) é um polifenol encontrado

ligado a parede celular de uma grande variedade de

vegetais. Apresenta atividade antioxidante,

antitumoral, antitrombótica, antiviral, imunoprotetora,

microbiológica e protetora contra a radiação

ultravioleta.1,2 Porém este composto exibe algumas

limitações, como um tempo de meia vida reduzido,

uma baixa solubilidade em água, instabilidades

contra a oxidação e uma limitada absorção celular.1,3

Para contornar esses problemas relacionados à

administração medicamentosa do FA, a liberação

modificada de fármacos a partir de nanopartículas

poliméricas pode ser uma alternativa. Estas

propiciam uma liberação sítio-específica do

composto ativo, pois permitem a incorporação em

sua superfície de ligantes peculiares às células alvo.

Deste modo, os efeitos adversos ao organismo, o

número e concentração de doses necessárias de

administração são reduzidos, o que proporciona uma

maior adesão farmacoterapêutica do paciente.4

O tamanho nanométrico das nanopartículas permite

uma maior captação intracelular nas células alvo,

principalmente em células tumorais.4 Além disso,

dependendo dos materiais poliméricos utilizados, os

sistemas nanoparticulados podem atravessar

membranas biológicas e possibilitar que o ativo não

seja opsonizado e fagocitado pelo sistema

mononuclear fagocítico.5

Polímeros biodegradáveis são bastante utilizados em

aplicações biomédicas devido a sua

biocompatibilidade e atotoxicidade ao organismo.4

Os poliésteres, como o poli (l-láctico-co ácido

glicólico) (PLGA), permitem alta estabilidade em

fluídos biológicos e boas propriedades mecânicas.

Sendo portanto, um bom material para uso em

sistemas de liberação controlada e prolongada. O

biopolímero quitosana apresenta natureza muco-

adesiva, e o consequente aumento do tempo de

retenção das formas farmacêuticas no trato

gastrointestinal, possibilita uma melhora na

biodisponibilidade da droga.6

De forma a se obter uma melhor eficácia terapêutica

na administração oral de FA, nanopartículas de

PLGA revestidas com quitosana contendo FA serão

produzidas. Estas deverão ser caracterizadas físico-

química e biologicamente.

Resultados e Discussão

Espera-se obter uma produção tecnologicamente

viável de nanopartículas de PLGA revestidas com

quitosana como nanocarreadoras de FA. A partir da

avaliação das propriedades físico-químicas,

liberação in vitro e farmacocinética em ratos, almeja-

se obter um sistema de liberação adequado para a

administração oral do FA. Além disso pretende-se

conhecer as propriedades terapêuticas das

nanopartículas produzidas quanto a sua atividade

antitumoral, antifúngica e antioxidante.

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico

e Tecnológico e à Fundação Araucária.

____________________

1Kim, H. J.; Ryu, K.; Kang, J. H.; Choi, A. J.; Kim, T. I.; Oh, J. M. ScientificWorldJournal. 2013, Article ID 421967. 2Lima, E.; Flores, J.; Cruz, A. S.; Leyva-Gomez, G.; Krotzsch, E. Microporous and Mesoporous Materials. 2013, 181, 1. 3Zhou, Y.; Hua, S.; Yu, J. H.; Dong, P.; Liu, F. J.; Hua, D. B. Journal of Materials Chemistry B. 2015, 3, 15, 2931. 4Wu, C.; Jim, T. F.; Gan, Z.; Zhao, Y.; Wang, S. Polymer. 2000, 41, 10, 3593. 5Li, J.; Zhang, Y.; Chen, J.; Wang, C.; Lang, M. Journal of Macromolecular Science, Part A. 2009, 46, 11, 1103. 6Sarmento, B.; Ribeiro, A.; Veiga, F.; Sampaio, P.; Neufeld, R.; Ferreira, D. Pharmaceutical Research. 2007, 24, 12, 2198.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 24

FQ 15

Interação de glicina e alanina com Goethita sob aquecimento: Um estudo

de química prebiótica.

João Paulo T. Baú1* (PG), Cristine E. A. Carneiro1 (PQ), Dimas A. M. Zaia1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química-CCE, Laboratório de Química Prebiótica.

Palavras Chave: Polimerização, peptídeos, evolução química, química prebiótica.

Introdução

A polimerização de aminoácidos em peptídeos é uma reação importante para a química prebiótica1. No entanto, ainda não é certo qual é o papel da superfície mineral, se age como um catalisador ou participa da reação.

Este projeto tem o objetivo de investigar as interações entre os aminoácidos (AA) glicina (Gly) e alanina (Ala) com o mineral Goethita, este obtido de duas sínteses distintas (GI e GII).

Foram preparados três métodos (A, B e C), cada um representando um ambiente plausível na Terra prebiótica. Os ensaios foram realizados em quadruplicada, em uma estufa a 90°C por 10 dias. Em um cadinho foram adicionados 100 mg do mineral e 50 mg do aminoácido. Os experimentos foram realizados das seguintes formas: A) aminoácido mais o mineral sólidos misturados mecanicamente; B) ao mineral sólido foi adicionado 0,5 mL de uma solução 100 mg mL-1do aminoácido; C) vide B, mais 4,5 mL de água ultra pura e a cada 24h adicionados mais 5mL de água ultra pura.

As amostras foram analisadas por espectroscopias no infravermelho FT-IR (Far e Mid),ressonância paramagnética eletrônica (RPE), isoterma de adsorção de H2 (BET), difratometria de raios-X (DRX) e analise térmica (TG/DTG). Para verificar a formação de peptídeos foi realizada a extração da fase orgânica e analisadas por cromatografia líquida (HPLC), espectrometria de massas(MS) e FT-IR (Mid).

Resultados e Discussão

Os dois minerais foram caracterizados por FT-IR, RPE, DRX, BET e TG/DTG. Foi confirmada a síntese de Goethita para os dois casos. A diferença de resultados ocorreu para RPE. Onde a Goethita GI apresentou um sinal em g≈2 de alta intensidade, enquanto que GII não apresentou sinal. Em princípio, o mineral Goethita não deve apresentar sinal RPE, pois é um material antiferromagnético. Dessa forma, o sinal para GI pode ser interpretado como alguma interação dos íons Fe(III), ou vacâncias (defeitos) no mineral sintetizado.

As amostras submetidas a aquecimento não apresentaram mudanças no espectro FT-IR. O que foi observado é uma somatória dos espectros dos AA com GI e GII.

Os extratos foram preparados para injeção no HPLC e MS. Na espectrometria de massas foi observada uma diferença nos peptídeos formados entre as duas goethitas diferentes. A GI não promoveu a formação de peptídeos para Gly, mas para Ala é observada a formação de ciclo peptídeo nos três métodos e o dipeptídeo no método C. A amostra GII para Ala o resultado foi o mesmo. No entanto, com a Gly ocorre a formação de dipeptídeos.

Já na cromatografia foram observados alguns picos que podem ser atribuídos a ciclo peptídeo, dipeptídeo e outros picos não identificados. No entanto, a intensidade dos picos é muito baixa. A quantidade formada de ciclo peptídeos e dipeptídeos foram menores do que 1% para todos os casos. Quantidade essa, que é abaixo do limite identificação por FT-IR.

Estes resultados mostram menores rendimentos dos que encontrado por Shanker et al2, onde são sintetizados outros peptídeos não encontrados neste trabalho.

A espectroscopia RPE das amostras submetidas a aquecimento apresentou uma diminuição do sinal em g≈2 para o grupo GI. E isto pode ser explicado devido a uma reorganização dos íons Fe (III) no material.

Conclusões

A formação de peptídeos em Goethita sob aquecimento foi observada. O fato de que o peptídeo mais comum formado tenha sido o ciclo peptídeo mostra que talvez estes sistemas não tenham sido os mais prováveis para a evolução química na Terra primitiva.

Agradecimentos

JPTB agradece a CAPES pela bolsa de doutorado. ____________________ 1Lambert, J. F. Orig Life EvolBiosph. 2008, 38, 201. 2Shanker, U. B. et. al.Orig Life EvolBiosph., 2012, 42(1), 31.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 25

FQ 16

Estudo do comportamento eletroquímico de extrato ácido de resíduo

agroindustrial para o aço inoxidável AISI 304 em H2SO4.

Larissa Aparecida Corrêa Matos*¹ (PG), Eliane D’Elia² (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues¹ (PQ).

*[email protected]

¹ Laboratório do Grupo de Pesquisas em Eletroquímica – GPEL ®. Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03. CEP 85040-

080. Guarapuava – PR, Brasil.

² Instituto de Química, UFRJ. Avenida Athos da Silveira Ramos, 149. Centro de Tecnologia, Bloco A, Laboratório 634 A.

Cidade Universitária, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.

Palavras Chave: corrosão, inibidor de corrosão, química verde,

sustentabilidade.

Introdução

A utilização de inibidores de corrosão é comum para

a redução dos efeitos indesejados dos processos de

oxidação de metais. Muitos dos compostos

utilizados, no entanto, apresentam efeitos

indesejáveis ao meio ambiente e são tóxicos. O

estudo de resíduos de indústrias são promissores

fontes naturais de compostos com características

inibidoras. O uso de resíduos agroindustriais é de

grande interesse, uma vez que proporciona a gestão

responsável de resíduos¹. O objetivo desse trabalho

é a avaliação de extrato ácido de resíduos

agroindustriais (EARA) para a inibição das reações

de oxidação do aço inoxidável AISI 304 em H2SO4

1,5 mol L-1.

Resultados e Discussão Foram realizados ensaios de potencial de circuito

aberto (PCA), e polarização potenciodinâmica

anódica (PPA). Todos os ensaios foram realizados

em triplicata no AUTOLAB PGSTAT 302N, em uma

célula de três eletrodos convencional.

Tabela 1. PCA das amostras de aço inoxidável em H2SO4 1,5 mol L-1, monitoradas por 2h. [RA] / g L-1 em H2SO4 1,5 mol L-

1

0 1 2 3 4 5

PCA / mV vs. ESM

-762 -796 -743 -193 -18 -246

Percebe-se que o potencial foi deslocado para

valores mais positivos conforme houve a adição de

EARA, indicando que o extrato se adsorve na

superfície, tornando-a mais nobre.

Os resultados de PPA são apresentados na figura 1.

Figura 1. Curvas de PPA para o aço inoxidável AISI

304, obtidas em H2SO4 1,5 mol L-1, na presença e

ausência de EARA. Velocidade de varredura de 1 mV

s-1.

O aço inoxidável apresenta comportamento passivo,

com elevação na densidade de corrente em

sobrepotenciais na ordem de +0,6 V,

correspondendo às reações com a camada passiva

do metal e em +1,25 V, correspondente às reações

de oxidação do metal.

Quando se adiciona EARA ao eletrólito, há a

diminuição das densidades de corrente, indicando

que o RA atua como inibidor de corrosão.

Conclusões

O EARA atua como inibidor das reações de corrosão

do aço inoxidável AISI 304 em H2SO4 1,5 mol L-1 em

todas as concentrações estudadas. Maiores estudos

devem ser realizados para elucidar qual componente

do extrato atua como inibidor.

Agradecimentos

À CAPES, ao CNPq e à Fundação Araucária.

____________________

1Assunção Araújo Pereira, S. S et al. Corrosion Science. 2012, 65, 36--366.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 26

FQ 17

Nanopartículas de albumina bovina revestidas com PS80 como carreadores de anfotericina B

*Lígia Santos Pedroso(PG)1, Najeh Maissar Khalil (PQ)1 , Rubiana Mara Mainardes(PQ)1. *[email protected]

1.Departamento de Química, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná,85040-080, Brasil.

Palavras Chave: anfotericina b, nanopartículas

Introdução

A incidência de infecções fúngicas aumentou

significativamente1. Embora a anfotericina B continua

a ser o fármaco de escolha para o tratamento2, a sua

aplicação clínica contra meningite criptocócica é

limitada devido à sua incapacidade de transpor a

barreira hematoencefálica3. Além disso, os efeitos

adversos e a grave toxicidade dose-dependente

limitam a sua utilização4. As nanopartículas

propiciam importantes propriedades in vivo como

maior capacidade de ultrapassar barreiras

biológicas, capacidade de manter a integridade do

fármaco veiculado nos meios biológicos, podendo

ser direcionadas para tecidos específicos, além de

prolongarem a liberação do fármaco, uma vez que

o índice terapêutico é aumentado e as

propriedades farmacocinéticas melhoradas,

possibilitando a sua administração por diferentes

vias5,6,7,8,9.

Resultados e Discussão

As nanopartículas foram obtidas com êxito através da

técnica de coaservação. Além da estreita faixa de

distribuição e tamanho reduzido, as nanopartículas

apresentaram boa estabilidade e mantiveram a

integridade do fármaco, como podemos observar nos

dados abaixo.

Figura 1.Nanopartículas-FEG

Tabela 1. Características físico-químicas das nanopartículas.

* os resultados estão expressos como media ± desvio-padrão.

Na análise da atividade antifúngica, as

nanopartículas desenvolvidas se mostraram tão

eficientes na inibição do crescimento de Criptococcus

neoformans, quanto o fármaco livre.

Conclusões

As análises mostram que as nanopartículas

desenvolvidas são promissoras quanto às suas

vantagens farmacocinéticas e farmacodinâmicas.

Agradecimentos

Ao Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica da

Unicentro.

___________________ 1Hunter, P.R; Nichols, G. Clin Microbiol Rev. 2002, 15, 145–154. 2Laniado-Laborín, R.; Cabrales-Vargas, M.N. Rev Iberoam Micol. 2009, 26, 223–227. 3Ostrosky-Zeichner, L.; Mart, K.A.; Rex, J.H.; Cohen, S.H. Clin Infect Dis. 2003, 37, 415–442. 4Tonomura, Y.; Yamamoto, E.; Kondo, C. Hum Exp Toxicol. 2009, 28, 293–300. 5Mainardes, R.M.; Urban, M.C.; Cinto, P.O.; Khalil, N.M.; Chaud, M.V.; Evangelista, R.C.; Gremiao, M.P. Cur. Drug Targets. 2005, 6, 363-71. 6Mainardes, R.M.; Urban, M.C.; Cinto, P.O.; Chaud, M.V.; Evangelista, R.C.; Gremião, M.P.D. Cur. Drug Deliv. 2006, 3, 275-85. 7Damagé, C.; Reis, C.P.; Maincent, P. Expert Opin. Drug Deliv. 2008, 5, 45-68. 8Mainardes, R.M.; Khalil, N.M.; Gremião, M.P.D. Int. J. Pharm. 2010, 16, 266-271. 9Khalil, N.M.; Mainardes, R.M. Cur. Drug Deliv. 2009, 6, 261-273

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 27

FQ 18

Investigação teórica de materiais semicondutores multiferróicos

Luis Henrique da Silveira Lacerda1

(PG)*, Sérgio Ricardo de Lazaro1

(PQ), Jarem Raul Garcia1

(PQ).

*[email protected]

1Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Paraná, Brasil.

Palavras Chave: Teoria, DFT, LiNbO3, DFT, ferroeletricidade.

Introdução

Atualmente, os materiais semicondutores são responsáveis pelo avanço tecnológico acelerado, uma vez que, um mesmo material pode ser aplicado em diversos dispositivos eletrônicos. Outras características que possibilitam sua grande aplicação no mercado tecnológico é o baixo custo para obtenção de matéria prima e produção, aliado às excelentes propriedades eletrônicas, ópticas, ferroelásticas, ferroelétricas e ferromagnéticas. Dentre os materiais semicondutores, destacam-se os materiais multiferróicos. Esses tipos de materiais apresentam ao menos duas das seguintes propriedades: ferroelasticidade, ferroeletricidade e ferro ou antiferromagnetismo. Observa-se então o acoplamento das propriedades ferroelétricas e magnéticas, de tal modo que a polarização elétrica pode ser induzida através de um campo magnético ou vice-versa. De tal modo que essa classe de materiais apresenta-se como alternativa em potencial para o desenvolvimento de tecnologias futuras e sua aplicação pode originar uma nova geração de dispositivos spintrônicos eletronicamente controlados. Dentre tais aplicações, destacam-se dispositivos de armazenamento de dados e sensores1-6. O presente trabalho tem como objetivo propor novos materiais multiferróicos, por meio da substituição de cátions de estruturas cristalinas LiNbO3 (R3c) através de simulações computacionais empregando a metodologia DFT/B3LYP no software CRYSTAL09. A partir dos cálculos computacionais realizou-se a avaliação das propriedades eletrônicas, ópticas, estruturais, elásticas, ferroelétricas e magnéticas do material. Com base nesses resultados, discute-se o acoplamento entre as propriedades e a possibilidade de miniaturização e formação de filmes finos por meio dos valores de bulk modulus para cada estrutura.

Resultados e Discussão

Espera-se que os materiais avaliados apresentem propriedades eletrônicas e ópticas características de materiais semicondutores. Da mesma forma, espera-se que as propriedades ferroelétricas elevadas para o material, bem como estabilidade elevada para os estados magnéticos sejam observados para cada

material, construindo a proposta de acoplamento entre a ferroeletricidade e o magnetismo mostrando qual material tem características multiferróicas. Os resultados esperados por meio do bulk modulus do material podem ser usados como indicativos da possibilidade de miniaturização e formação de filmes finos; enquanto que, a análise de superfície fornecerá os resultados sobre a influência nessas propriedades acopladas ou não. Assim, espera-se que relação entre todas essas propriedades seja suficiente para estudo e conclusão de materiais multiferróicos na forma de filmes finos como candidatos para diferenciar drasticamente dos materiais atualmente usados. Para que um material possa ser aplicado no desenvolvimento de dispositivos multiferróicos é necessário que tais propriedades sejam mantidas ou aprimoradas no processo de formação do filme fino.

Agradecimentos

Os autores agradecem a CAPES, CNPq e Fundação Araucária.

____________________

1Hill, N. A. Annu. Rev. Mater. Res., 2002, 32, 1. 2Martin, L. W.; Chu, Y. H.; Ramesh, R. Mater. Sci. Eng., R, 2010, 68, 89. 3Picozzi, S.; Ederer, C. J. Phys.: Condens. Matter, 2009, 21, 303201. 4Picozzi, S.; Yamauchi, K.; Sergienko, I. A.; Sen, C.; Sanyal, B.; Dagotto, E. J. Phys.: Condens. Matter, 2008, 20, 434208. 5Velev, J. P.; Jaswal, S. S.; Tsymbal, E. Y. Proc. R. Soc. A, 2011, 369, 3069. 6Wang, Y.; Hu, J.; Lin, Y.; Nan, C.-W. NPG Asia Mater, 2010, 2, 61.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 28

FQ 19

Desenvolvimento de catalisador sólido a base de nióbio para obtenção

de biocombustíveis

Paulo Vitor Sochodolak1 (PG)*, Aline Viomar1 (PG), Everson do Prado Baczek1 (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ). *[email protected] 1Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO/ Grupo de Pesquisa em Eletroquímica - Campus CEDETEG, Rua Simeão Varela de Sá, n° 3, Vila Carli, CEP 85040-080, Guarapuava/PR. Palavras Chave: sustentabilidade, transesterificação, catálise heterogênea, biodiesel.

Introdução A crescente demanda por recursos energéticos, seu uso sem limites e a consequente degradação ecológica, constituem hoje um controverso aspecto do problema ambiental. Se forem mantidos os mesmos níveis de consumo energético atual será necessário gerar 60 % a mais de energia até o ano de 2025 (ANTOLIN, 2002). Novos sistemas de geração de energias tem sido estudados a partir de fontes renováveis, dentre as alternativas destaca-se os combustíveis obtidos a partir da biomassa, o qual destaca-se o biodiesel, Atualmente, um dos empecilhos para a utilização do biodiesel é o número de variáveis envolvidas no processo de produção. Os catalisadores heterogêneos apresentam algumas vantagens em relação aos homogêneos, pois existe a possibilidade de serem reutilizados. Em teoria, os catalisadores heterogêneos são facilmente separados do produto final e têm como vantagem a capacidade de gerar produtos de maior qualidade (BRAGA, 2007; SAMPAIO, 2008, MONTEIRO, 2005).

. Resultados e Discussão A fim de analisar a composição e a estrutura do

composto a base de nióbio aderido ao alumínio foram

realizadas análises de difração de raios X, o

difratograma está apresentado na figura 1.

A fim testar o material obtido na transesterificação do

óleo de soja foi realizado analises por cromatografia

gasosa (CG-MS) da amostra obtida a 150 ºC e tempo

de exposição de 12 horas (ARANDA, 2008), cujo o

qual os resultados estão apresentados na tabela 1.

Tabela 1. Principais componentes encontrados na

amostra de óleo submetida ao teste de transesterificação.

Conclusões O catalisador Nb2O5 se aderiu a superfície do

alumínio, a fim de ser utilizado como catalisador; A

utilização do Nb2O5 como catalisador promoveu o

aumento do teor de ésteres; O Nb2O5 mostrou-se

promissor no craqueamento térmico de óleo,

aumentando e as porcentagens de hidrocarbonetos

com número de carbonos na mesma faixa das

cadeias carbonílicas que compõe a gasolina.

Agradecimentos

A CAPES, CNPQ, PPGQ, e GEPEL.

___________________

Antolin G., F. Tinaut, Y. Brinceno, V. Castano, C. Perez and A. Ramirez, Bioresource Technology, 2002, 83 (2), 111-114. Aranda, D.A.G. et al; Journal of Physical Organic Chemistry, 2009, 22, 709-716. Braga, V. S.; Barros, I. C. L.; Garcia, F. A. C.; Dias, S. C. L.; Dias, J. A. Catalysis Today, 2008, 133, 106-112. Monteiro, R. S.; Santos, R.T.P.; Monteiro Jr, N.; Aranda, D.A.G. Biodiesel metílico e etílico de palma sobre ácido nióbico. 3º Congresso Brasileiro de Petróleo e Gás, 2005. Sampaio, M. J. F. Produção de biodiesel por catalise heterogênea. 2008, 70 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) Instituto Politécnico de Bragança, Bragança.

10 20 30 40 50 60

0

1000

2000

3000

4000

Inte

nsid

ad

e (

u.a

.)

2

Subtrato de Al

Amostra recoberta

10 20 30 40 50 60 70

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Inte

nsi

da

de

(u

.a.)

2

Nb2O5

Al2O3

Figura 1. Difratograma de raios-X da amostra de alumínio recoberta com Nb

2O

5.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 29

FQ 20

Investigação Teórica de materiais com estrutura ilmenita para aplicações

multiferróicas

Renan A. P. Ribeiro (PG)1*, Sergio R. de Lázaro (PQ)1.

*[email protected]

1Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Av. Gen. Carlos Cavalcanti nº 4748, 84030-900, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Palavras Chave: DFT, Ilmenita, Multiferróicos, Magnetismo, Ferroeletricidade, Spintrônica.

Introdução

Ultimamente, o interesse científico e tecnológico

sobre materiais com propriedades ferróicas

(ferroeletricidade, ferromagnetismo e

ferroelasticidade) aumentou consideravelmente

devido à possibilidade de acoplamento entre esses

comportamentos em uma única estrutura cristalina

originando o termo multiferróico. Recentemente, as

pesquisas nesse campo tem evoluído rapidamente

devido as potenciais aplicações desses materiais

para o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos

ultra-rápidos, densos e com baixo consumo de

energia.1 Até o momento, a estratégia mais comum

para a obtenção de materiais multiferróicos consiste

do estudo de óxidos complexos, que são materiais

que apresentam sua rede cristalina constituída por

dois sítios ocupados por metais de transição

(usualmente 3d) e o oxigênio, como os de fórmula

geral ABO3. Uma estratégia alternativa consiste na

obtenção da ferroeletricidade em materiais

magnéticos via distorções estruturais, como em

materiais polares (não-centrosimétricos), facilitando

a busca por novos materiais multiferróicos.2 Dentro

dessa perspectiva, nesse trabalho, propomos a

investigação de novos materiais multiferróicos

baseados em minerais com estrutura ilmenita ATiO3

(A = Mn, Fe, Co, Ni) através de cálculos teóricos

baseados na Teoria do Funcional de Densidade.

Metodologia

A metodologia empregada nesse trabalho é baseada

na Teoria do Funcional de Densidade (TFD)

juntamente com o funcional híbrido B3LYP e funções

de base triplo-zeta, implementados no software

CRYSTAL09. Em um primeiro momento, com

objetivo de descrever as propriedades estruturais dos

materiais ATiO3 (A = Mn, Fe, Co, Ni) com estrutura

ilmenita foi proposto a otimização estrutural a partir

dos respectivos parâmetros experimentais.3

Resultados e Discussão

Os resultados obtidos a partir das simulações

computacionais estão descritos na Tabela 1. Tais

resultados evidenciam a variação dos parâmetros de

rede em função do raio iônico dos cátions A que

seguem a ordem: Mn2+ (0,83 Å) > Fe2+ (0,78 Å) > Co2+

(0,75 Å) > Ni2+ (0,69 Å). Essa distorção também é

observada para as ligações A-O nos planos axial e

equatorial evidenciando o efeito do preenchimento

dos níveis eg e t2g sobre as propriedades estruturais

dos materiais baseados em metais de transição.

Tabela 1. Resultados teóricos para os parâmetros estruturais (Å) dos materiais ATiO3 (A = Mn, Fe, Co, Ni) na estrutura ilmenita.

Modelos

Parâmetros de Rede Distância de Ligação

a c A-Oax A-Oeq Ti-Oax Ti-

Oeq

MnTiO3 5,18 14,4

1 2,30 2,13 2,12 1,88

FeTiO3 5,09 14,2

4 2,18 2,10 2,13 1,87

CoTiO3 5,12 14,0

4 2,20 2,08 2,12 1,87

NiTiO3 5,08 13,9

2 2,12 2,08 2,13 1,87

Conclusões

Os resultados obtidos permitem concluir que a

metodologia empregada (DFT/B3LYP-TZVP)

reproduz satisfatoriamente as propriedades

estruturais dos materiais ilmenita.

Agradecimentos

Os autores agradecem a UEPG, CAPES e Fundação

Araucária pelo suporte financeiro.

__________________

1Cheong, S-W.; Mostovoy, M. Nature. Mat. 2007, 6, 13. 2Erestein, W.; Mathur, N. D.; Scott, J. F.. Nature 2006, 442, 759. 3Agui, A.; Mizumaki, M. J. Spectrosc. Relat. Phenom. 2011, 184, 463.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 30

FQ 21

Síntese eletroquímica e caracterização vibracional dos filmes de P3HT, CP3(HT-OT) e P3HT/PCBM e CP3(HT-OT)/PCBM. Thiago N. M. Cervantes1* (PG), Danielly C. Bento1 (PG), Elaine C. R. Maia1 (PQ), Ricardo V. Fernandes1 (PQ), Edson Laureto1 (PQ), Gregory J. Moore2 (PQ), Guy Louarn3 (PQ), Henrique de Santana1 (PQ). *[email protected] 1Universidade Estadual de Londrina, Rod. Celso Garcia Cid s/n, CP 6001, Londrina-PR, 86051-990, Brasil. 2Yardney Technical Products, Inc., Pawcatuck, CT, USA. 4 Institut des Matériaux Jean Rouxel, Université de Nantes – CNRS, 44322 Nantes, France.

Palavras Chave: politiofenos, síntese eletroquímica, EIE.

Introdução

O presente trabalho tem como objetivo estudar as alterações nas propriedades optoeletrônicas dos filmes de P3HT e CP3(HT-OT) com adição de um derivado de fulereno, PCBM, a partir das técnicas de espectrocopia Raman in situ (532 nm) e de impedância eletroquímica (EIE).

Resultados e Discussão

Na Figura 1 são apresentados os espectros Raman

in situ (532 nm) dos filmes de (a) P3HT, (b) CP3(HT-

OT), P3HT/PCBM e CP3(HT-OT)/PCBM, obtidos

entre os potenciais de 0,0V e +1,4V.

(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 1. Espectros de Raman in situ (532 nm) dos filmes sintetizados em Et4NBF4/ACN. * Sinal relativo ao modo C-C + do solvente (acetonitrila). Nos espectros apresentados não foi possível verificar um grande deslocamento para o modo C=C do anel tiofênico1 (~ 1450 cm-1). Apenas foi observado um alargamento das bandas em função do potencial anódico aplicado (devido ao aumento do número de segmentos carregados positivamente na matriz dos filmes), sendo mais evidente para os filmes contendo PCBM. Nestes filmes, em 0,0V, foi possível observar que banda centrada entre 1400-1500 cm-1

apresentou um pequeno deslocamento (para 1461 cm-1). Isto está associado ao Raman ressonante para o modo C60 do PCBM, já que a linha do laser, 532 nm, encontra-se dentro da banda de absorção deste polímero. Na Figura 2 são apresentados os diagramas de Nyquist dos filmes de (■) P3HT, (●) CP3(HT-OT), (□) P3HT/PCBM e (○) CP3(HT-OT)/PCBM.

Figura 2. Diagramas de Nyquist dos filmes sintetizados em Et4NBF4/ACN.

A partir dos diagramas demonstrados na Figura 2 e considerando que a etapa determinante na interface polímero/solução é o transporte de íons1, conclui-se que a introdução do PCBM, para os filmes de P3HT e CP3(HT-OT), não aumentou significativamente este transporte nestas blendas, gerando uma pequena redução em suas resistências.

Conclusões

No presente trabalho foi possível observar que a

adição de PCBM aumentou a dopagem dos filmes de

P3HT e CP3(HT-OT), porém não resultou em uma

redução efetiva em suas resistências.

Agradecimentos

Fundação Araucária (processo n° 07/2012), CAPES (processo n° 124/2012) e ao CNPq. ____________________ 1Cervantes, T.N.M.; Bento, D. C.; Maia, E.C.R.; Fernandes, R. V.; Laureto, E.;Moore, G. J.; Louarn, G.; de Santana, H. J. Mater. Sci.: Mater. Electron. 2014, 25, 1703-1715.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 31

FQ 22

Adsorção de glifosato em Goethita

Thiago Orcelli1 (PG)*, Dimas A. M. Zaia1 (PQ).

*[email protected] 1Universidade Estadual de Londrina – Centro de Ciências Exatas - Departamento de Química – Laboratório de Química

Prebiótica

Palavras Chave: Glifosato, AMPA, óxido de ferro, solo.

Introdução O glifosato (N-(fosfonometil)glicina) é utilizado como

um herbicida de aplicação foliar, não seletivo, pós-

emergente de amplo espectro de ação, eficaz contra

a maioria dos capins anuais e perenes e plantas

invasoras de folhas largas. Um dos principais objetos

de estudo sobre a aplicação de glifosato em culturas

agrícolas são as interações com o solo através da

adsorção de glifosato com óxihidroóxidos de ferro,

óxidos de alumínio e matéria orgânica. Dentre os

oxihidroxidos de ferro a goethita, α-FeOOH, mostra-

se interessante pela sua baixa cristalinidade e alta

área superficial. Os objetivos gerais desse trabalho

se concentram na interpretação das interações de

moléculas do glifosato frente ao óxihidroxido de ferro,

goethita.

Resultados e Discussão A goethita utilizada nos experimentos de adsorção foi

sintetizada a partir da adição de 400 mL de KOH 2,5

mol L-1 lentamente em 1650 mL de Fe(NO3)3 0,15 mol

L-1 em frasco plástico sob agitação. Após foi deixado

em estufa a 70°C por 60 horas (2,5 dias). O

rendimento da reação foi de 54,75%. A adsorção de

glifosato em goethita, foi realizada a partir da adição

de 60 mg de goethita em tubo Falcon 15 mL,

posteriormente foram colocados 10 mL de soluções

com concentrações de glifosato de 0 à 2500 μg.mL-1,

em forças iônicas de 0,1 e 0,01 mol L-1 NaCl, com

ajuste de pH=5 utilizando NaCl e HCl 0,01 mol L-1. As

suspensões foram deixadas sob agitação durante 24

h, após centrifugada a 9000 rpm. O sobrenadante foi

quantificado através do método espectrofotométrico

envolvendo reações do glifosato com ninhidrina e

catalisador molibidato de sódio, com leitura da

solução em 507 nm no espectrofotômetro. Os

resultados das adsorções de I= 0,1 e 0,01 mol kg-1

são mostrados na Figura 1. Na Tabela 1 são

mostrados o coeficiente de adsorção, Kf, o parâmetro

adimensional, n, para o modelo de Freundlich e a

energia de ligação da adsorção, k, a capacidade

máxima de adsorção do íon na goethita, b para os

Langmuir. O comportamento da adsorção segue o

modelo de Freundlich, isto é, a adsorção ocorre com

formação de multicamadas Os valores de Kf e n

mostram que não há modificação na capacidade

adsortiva da goethita quando existem diferentes

forças iônicas.

0 100 200 300 400 500 600 700 800

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

C /

C g mL-1

Equation y = a + b*x

Adj. R-Square 0,78336

Value Standard Error

B Intercept 1,40857 0,06285

B Slope 0,0013 1,44951E-4

(a)

0 200 400 600 800 1000

1,4

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

2,6

2,8

3,0

3,2

3,4

C /

C g mL-1

Equation y = a + b*x

Adj. R-Square 0,85855

Value Standard Error

B Intercept 1,7445 0,07558

B Slope 0,00177 1,52484E-4

(b)

1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

2,6

Lo

g

Log C

Equation y = a + b*x

Adj. R-Square 0,98826

Value Standard Error

B Intercept 0,28444 0,04523

B Slope 0,7759 0,01803

(c)

1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0

1,6

1,8

2,0

2,2

2,4

2,6

Lo

g

Log C

Equation y = a + b*

Adj. R-Squar 0,99199

Value Standard Err

B Intercept 0,2883 0,03599

B Slope 0,7326 0,01403

(d)

Figura 1. Aplicação de modelos de Isotermas de adsorção, Langmuir (a) 0,01 e (b) 0,1 mol kg-1 de NaCl, Freundilich (c) 0,01 e (d) 0,1 mol kg-1 de NaCl em suspensões com 60 mg de goethita, pH = 5, agitadas durante 24 h a 25 °C.

Tabela 1. Dados referentes a aplicação dos modelos de Freundilich e Langmuir na adsorção de glifosato em goethita, soluções com 60 mg de goethita, força iônica de 0,1 e 0,01 mol kg-1, pH = 5, agitadas durante 24 h a 25 °C.

Força Iônica / mol kg-1

Freundilich Langmuir

log θ = log kf + 1/n log C C/θ = 1/kb + C/b

kf 1/n r2 k b r2

0,01 1,92 0,775 0,988 9,23E-4 769 0,783

0,1 1,94 0,732 0,992 8,73E-5 6561 0,859

Conclusões Nos experimentos conclui-se que a capacidade

adsortiva do oxihidróxido não sofre grandes

alterações frente as forças iônicas estudadas, e que

as isotermas obedecem ao modelo de Freundlich.

Agradecimentos Uel, CCE, Dep. de Química, Programa de pós-graduação, CNPQ. ___________________ 1 Barja B. C., Afonso, M. S.. Environ. Sci. Technol. 2005 39, 585.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 32

FQ 23

Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo

micro e nano cápsulas com agentes multifuncionais

*Tiago Sawczen1 (PG), Idalina Vieira Aoki2 (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ).

*[email protected]

1 Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Química, Guarapuava – PR. 2 Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia Química, São Paulo – SP.

Palavras Chave: Revestimentos Inteligentes, Corrosão, Anti-incrustante, Estruturas metálicas.

Introdução

Em diferentes ramos da indústria de revestimentos,

são relatados problemas relacionados com a

manutenção, resistência, durabilidade nos diferentes

ambientes em que os revestimentos são expostos.

Na indústria petrolífera a preocupação é constante

com a corrosão das estruturas e dutos metálicos1. Já

na indústria naval o acúmulo de incrustações em

portos e navios é um grande problema2. Atualmente

a pesquisa para o desenvolvimento de revestimentos

inteligentes se tornou uma tendência3,4,5.

Resultados e Discussão

Diversas técnicas de micro e nano encapsulamento

podem ser encontradas na literatura, como por

exemplo, o micro encapsulamento pelo sistema de

micro emulsão e polimerização superficial de ureia-

formaldeído (UF), e o carregamento de nano tubos

naturais de haloisita (HA).

Neste trabalho as duas técnicas de encapsulamento

estão sendo estudadas, para diferentes agentes

multifuncionais e sistemas de pinturas.

O sistema de microcápsulas (UF) está sendo

empregado para o encapsulamento de um óleo

alquídico dopado com duas variações de um inibidor

de corrosão para o aço carbono.

Na figura 1 é apresentada a imagem por Microscopia

Eletrônica de Varredura (MEV) das microcápsulas de

óleo sem o inibidor de corrosão.

Figura 1. Imagem das microcápsulas de UF contendo óleo alquídico, obtidas por MEV.

Pelo sistema de nanocápsulas (HA) serão

encapsulados o inibidor de corrosão para aço

carbono, um inibidor de corrosão eficiente para

revestimento de alumínio e um biocida para corpos

incrustantes.

Na figura 2 é apresentada a imagem obtida por MEV

dos nanotubos de haloisita natural.

Figura 2. Imagem por MEV dos nanotubos de haloisista natural.

Conclusões

- Foi possível obter as microcápsulas de UF, pelo

método proposto com dimensões e uniformidade

adequadas para o sistema de pintura.

- O pré-tratamento realizado nas HA não danificou os

nanotubos, deixando-os propícios para o

carregamento

Agradecimentos

Ao GPEL, ao LEC, a NANOCORR, a FAU, ao CNPq

e a UNICENTRO.

____________________ 1 Aoki, I. V. et al. Patente: WO 2014032130 A1, 2012. 2 Medeiros, H. E.; Gama, B. A. P. D.; Gallerani, G. Brazilian

Journal of Oceanography, 2007, 55, 4, 257-264. 3 Morikaea, S. et al..Patente: JP2007-162110, 2007. 4 Rochmadi, A. P.; Hasokowati, W. American Journal of Applied

Sciences, 2010, 7, 6, 739-745. 5 Ting, Z. et al. Applied Polymer Science, 2009, 115, 2162-2169.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 33

FQ 24

Síntese e caracterização de eletrodos a base de rGO/óxidos metálicos

para aplicação na fotoeletrooxidação de poluentes orgânicos.

Vanildo Souza Leão Neto1* (PG), Luiz Henrique Dall’Antonia1(PQ).

*[email protected]

1Laboratório de Eletroquímica e Materiais – Departamento de Química – Universidade Estadual de Londrina - caixa postal 10011, 86057-970, Londrina, Paraná, Brazil.

Palavras Chave: rGO, óxidos metálicos, fotooxidação, fotoeletrocatálise.

Introdução

A fotoeletrocatálise vem sendo amplamente

estudada devido à eficiência na remoção de

contaminantes orgânicos até atingir a mineralização

destes poluentes. Historicamente os semicondutores

mais utilizados para essa aplicação possuem

absorção de luz na região UV. Porém, com a grande

radiação solar recebida pela Terra diariamente,

estudos vêm visando também a utilização de óxidos

que possuem o espectro de absorção de luz na

região do visível. O rGO tem se tornado foco de

grande interesse da comunidade científica devido as

suas propriedades eletrônicas únicas e outras

excelentes características. A síntese de compósitos

a base de óxidos metálicos/rGO busca a melhora da

atividade fotoeletrocatalítica dos óxidos. Portanto,

acredita-se que com a ancoragem de óxidos

metálicos na superfície do rGO obtenha-se um

material de maior eficiência que o filme dos óxidos

puros. O objetivo deste trabalho será sintetizar e

caracterizar diferentes óxidos metálicos ancorados

ao rGO e depositá-los sobre um substrato condutor

para que ocorra uma melhora na oxidação de

contaminantes orgânicos por meio da

fotoeletrocatálise.

Parte Experimental

O rGO será preparado a partir da oxidação do grafite

pelo método de Hummers modificado e sua redução

por via química através do uso de hidrazina

hidratada. Em seguida, serão realizadas suspensões

com diversas concentrações de rGO (0,5, 1,0, 1,5 e

2,0 mg.mL-1). Será adicionada certa quantidade fixa

de cada precursor do óxido metálico e agitado por 30

min. Após o tempo de agitação a solução é colocada

em uma autoclave e deixada por 12 h a 160 ºC. Em

seguida, o material será filtrado, lavado e seco em

estufa. A síntese se repetira para a formação dos

óxidos puros sem a presença de rGO com o mesmo

procedimento para efeito de comparação. Os

materiais sintetizados serão caracterizados por

diversas técnicas como, por exemplo, MEV, TEM,

DRX, TG/DTA, IV, Raman, BET, entre outras. Os

filmes dos materiais serão caracterizados

eletroquimicamente por meio de técnicas como PCA,

VC, cronoamperometria e IE. A oxidação dos

compostos orgânicos se dará por meio da

fotoeletrocatálise em um sistema de três eletrodos

(trabalho, contra eletrodo e referência) em um

potenciostato. Serão determinadas as constantes de

velocidade de reação pela leitura de absorvância no

espectro UV/Vis. A determinação quantitativa da taxa

de decaimento do poluente será medida através da

cromatografia líquida (HPLC) como também o estudo

de seus intermediários até a sua mineralização. A

mineralização do poluente foi medida através do

decaimento do cabrono orgânico total (TOC) e

demanda química do oxigênio (DQO).

Resultados Esperados

Obter o óxido ancorado na superfície do rGO pela

síntese hidrotermal e melhorar a atividade

fotoeletrocatalítica do material em relação ao óxido

puro. Conhecer as propriedades físicas, químicas e

eletroquímicas de cada material por meio das

técnicas de caracterização. Diminuir a concentração

dos poluentes bem como estudar o seus

mecanismos de mineralização.

Agradecimentos

Capes, Fundação Araucária e PROPPG/UEL.

___________________

1Wang, D; Wang, Q; Wang, T. Nanotech 2011, 22, 135604. 2Xiao, W; Wang, Z; Guo, H; Li, X; Wang, J; Huang, S; Gan, L. Appl Surf Sci 2013, 266, 148.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 35

QA 25

Análise de extratos de grãos verdes de Coffea arabica utilizando

Ressonância Magnética Nuclear

Amélia E. Terrile1*(PG), Guilherme S. de Oliveira1(IC), Danielle L. Yanashita1(IC), Ieda S. Scarmínio1(PQ).

*[email protected]

1Laboratório de Quimiometria em Ciências Naturais. Departamento de Química. Universidade Estadual de Londrina.

Palavras Chave: Café arábica, Alta densidade de plantio, RMN H1, Quimiometria.

Introdução

O café é uma fonte de compostos bioativos1, mas

poucos estudos têm relacionado a produção de

metabólitos especializados com a densidade do

plantio. Este trabalho visa obter a impressão digital

espectroscópica de extratos de grãos verdes de C.

arabica cv. IAPAR 59, obtidos através de

planejamento experimental simplex centroide

(mistura-mistura) com quatro solventes (etanol=e,

acetona=a, diclorometano=d e hexano=h). Neste

período, 30 extratos foram analisados por

espectroscopia de RMN de H1.

Resultados e Discussão

Os grãos de café arábica, fornecidos pelo Instituto

Agronômico do Paraná, eram provenientes de

cafeeiros cultivados em arranjo quadrado (Q) e duas

densidades diferentes de plantio: 6.000 e 10.000

pts.ha-1, identificados como Q6 e Q10. Os espectros

de RMN de 1H foram obtidos a partir de 0,030 g de

extrato dissolvidos em 0,50 mL de DMSOd6. Os

dados foram submetidos à análise das componentes

principais (ACP).

A Fig. 1 mostra o gráfico dos escores de CP2xCP3.

Embora estas componentes expliquem apenas

15,7% da variância total dos dados, elas fornecem

informação química. A CP2 divide os extratos em

dois grupos. Nos escores positivos da CP2

encontram-se os extratos obtidos com os solventes

puros (a, d, h) e as misturas binárias destes solventes

(ad, ah, dh). As misturas binárias contendo etanol e

as ternárias (exceto edh) encontram-se nos escores

negativos da CP2.

A análise dos loadings das CP2 e CP3 mostrou que

os solventes agrupados nos escores negativos da

CP2 e positivos da CP3 extraem maiores teores de

ácidos clorogênicos, sacarose e trigonelina. Nos

escores positivos das duas componentes encontram-

se os solventes que extraem cafeína. Os ácidos

graxos (AG) estão presentes nos extratos agrupados

nos escores positivos da CP2 e negativos da CP32-3.

Figura 1 - Gráfico dos escores de CP2xCP3.

Os tratamentos Q10 e Q6 foram separados pelo

solvente etanol, na CP2 e pelo hexano, na CP3. Os

espectros de RMNH1 dos extratos obtidos com

hexano apresentam sinais característicos de ésteres

de cafestol e caveol, porém os sinais apresentam-se

mais intensos em Q6. O espectro RMNH1 do extrato

etanólico de Q10 evidenciou a presença de ACG,

sacarose e trigonelina enquanto que o de Q6

apresentou os sinais característicos de cafeína.

Conclusões Os espectros de RMNH1 dos extratos etanólicos

diferenciaram os tratamentos estudados,

caracterizando o mais adensado pela presença de

ACG, sacarose e trigonelina e o menos adensado,

pela cafeína.

Agradecimentos A CAPES, CNPq, Fundação Araucária,

Consórcio Brasileiro de Pesquisa Café, Laboratório

Multiusuário de Espectroscopia da UEL e UTFPR.

____________________ 1 Esquivel, P.; Jiménez, V. M. Food Res. Int., 2012, 46, 488–495. 2 Wei, f.; Furihata, K.; Hu, F.; Miyakawa, T.; Tanokura, M. Magn. Reson. Chem., 2010, 48, 857-865. 3 Kwon, D-J.; Jeong, H-J.; Moon, H.; Kim, H-N.; Cho, J-H.; Lee, J-E.; Hong, K. S.; Hong, Y-S. Food Res. Int., 2015, 67, 175-182.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 36

QA 26

Determinação dos Coeficientes de Difusão para Selenito e Selenato em Argilominerais

Angelita Aparecida Ribeiro da Silva1 (PG)*, Paulo S. Parreira2 (PQ), Maria Josefa Santos1

(PQ). *[email protected] 1 Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciência Exatas, Depto de Química; 2 UEL, CCE, Depto de Física.

Palavras Chave: Bentonita, Selênio, Contaminantes emergentes.

Introdução O selênio, um contaminante emergente, é considerado o mais tóxico dos elementos essenciais, e em águas naturais é freqüentemente encontrado na forma de íons selenito [(SeO3)]2–, e selenato [(SeO4)]2–. O conhecimento da concentração, bem como da mobilização de suas espécies no ambiente tem se tornado um desafio, devido ao caráter aniônico. Desta forma, materiais com potencial capacidade sortiva podem ser utilizados para sua especiação. Bentonita é uma rocha composta principalmente por montmorilonita, uma esmectita com estrutura 2:1, elevado poder de inchamento elevada área superficial e capacidade de sorção. A difusão neste meio, é um fenômeno de transporte passivo, influenciada pela natureza das espécies e por sua composição e porosidade. Na busca de materiais que viabilizem a especiação para o selênio, o objetivo desse estudo foi a determinação dos coeficientes de difusão de selenito e selenato em bentonita. Os experimentos de difusão foram realizados utilizando duas seringas de polipropileno (5 mL), recheadas com bentonita saturada com água em sua capacidade de campo (0,42 ± 0,04 cm3 água cm–3 solo), acopladas horizontalmente. Ao meio de cada conjunto foi adicionada uma lâmina de 2 mm de bentonita contaminada com Na2(SeO4) ou Na2(SeO3) (Sigma Aldrich). Os experimentos foram realizados em três diferentes tempos, 48, 96 e 192 horas. As seringas foram desacopladas e o conteúdo fatiado. As fatias foram secas, maceradas e analisadas por fluorescência de raios X (Ray-Ny EDX720–Shimadzu) no modo quantitativo com colimador de 3 mm, atmosfera de ar, tempo de análise de 50 s, 50 kV e corrente 30 μA.

Resultados e Discussão

A bentonita apresentou área superficial de 109 m2 g–

1 e composição de óxidos: SiO2 (40,62%), Al2O3 (22,75%) e Fe2O3 (20,87%), entre outros, em 59% de argila. Algumas propriedades físico-químicas estão reunidas na Tabela 1. Tabela 1. Caracterização físico química da bentonita

D (g cm–3) pH CTC (cmol dm–3) pHPCZ

2,50± 0,04 7,5±0,1 71,66 ±0,87 6,8

A concentração de selênio possibilitou construir um modelo matemático (MatLab 7.10.0TM 2010). Os

coeficientes de difusão foram da ordem de 10–10 m2 s–1 para o selenato e 10–12 m2 s–1 para o selenito. A diferença está ligada diretamente à interação entre os óxidos presentes na bentonita e as espécies em questão. A geometria tetraédrica do íon selenato promove menor interação, enquanto a do selenito, do tipo trigonal piramidal com um par de elétrons livre possibilita maior interação e menor difusão. A Fig. 1 refere-se à difusão do selenato. Acredita-se que a gaussiana dupla seja devido à coexistência de

selenato e selenito. O próximo passo desse trabalho é a especiação a partir do processo difusivo. Figura 1. Difusão de selenato em bentonita em um período de 48 horas. Da1=1,01.10 10 e Da2=5,99.10 12

m2 s 1

Conclusões O pHPCZ abaixo do valor do pH indica superfície negativa e boa capacidade para sorver espécies catiônicas. Assim, espécies aniônicas como selenito e selenato tendem a se difundir mais livremente. O íon selenito, graças à sua geometria, é mais fortemente sorvido pela bentonita que o selenato.

___________________________________

1Gutiérrez, M. G.; Cormenzana, J.L.; Missana, T.; Alonso, U.; Mingarro, M. Physics and Chemistry of the Earth 2011, 36, 1708–1713. 2Sharmasarkar.S; Vance.F.George. Elsevier. Advances in Environmental Research 2001, 7, 87-95.

-0.04 -0.03 -0.02 -0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.040

0.5

1

1.5

2

2.5

3x 10

5

Distância [m]

Concentr

ação [

cps]

g1(x)

g2(x)

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 37

QA 27

Determinação Total e Bioacessibilidade de Íons Metálicos em Alimentos

empregando Espectrometria de Absorção Atômica

Camila Kulek de Andrade (PG)1*, Patrícia M. K. de Brito (IC)1, Jéssika A. S. Almeida (IC)1, Vanessa Egéa

dos Anjos (PQ)2, Sueli Pércio Quináia (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) – Departamento de Química – Guarapuava, PR. 2Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – Departamento de Química – Ponta Grossa, PR.

Palavras Chave: Elementos traço, alimentos, absorção atômica, bioacessibilidade.

Introdução Os alimentos e bebidas em geral, são as principais fontes de nutrientes para os seres vivos. Dentre estes se tem os íons metálicos, que dependendo da concentração e especiação na matriz alimentar, possuem importantes funções biológicas no organismo1. No entanto, a ingestão destes elementos deve ser controlada, visto que excessos podem levar a efeitos tóxicos no organismo2. Além de metais essenciais (Ca, Mg, Na, Fe, Zn, Mn, etc.), os alimentos podem apresentar metais ou metalóides tóxicos (Pb, Cd, As, etc.), que quando ingeridos podem causar danos a saúde humana2. Procedimentos convencionais de tratamento de amostra (digestão via seca ou via úmida) frequentemente são utilizados na determinação de espécies metálicas em alimentos. Apesar de serem mais usuais, esses procedimentos podem ser fontes de contaminação e perda do analito de interesse3. Nesse sentido, o presente trabalho busca melhorar ou desenvolver metodologias analíticas para determinação rápida e direta de íons metálicos em alimentos funcionais como iogurte e chá mate empregando absorção atômica. Além disso, pretende-se determinar as frações bioacessíveis dos metais nestes alimentos, a fim de verificar a contribuição nutricional dos mesmos na rota de ingestão-digestão-absorção humana.

Resultados e Discussão Inicialmente, diferentes procedimentos para preparo da amostra de iogurte foram testados para determinar Zn e Cu por FAAS (digestão via úmida em béquer; digestão em tubo criogênico; calcinação; suspensão em meio de HCl e em meio de HNO3). Recuperações mais significativas de Cu e Zn foram obtidos para digestão em tubo criogênico (93,4%) e para amostragem em suspensão (102,2 a 102,8 %). Diante disso, amostragem em suspensão e digestão em tubo criogênico, tiveram a robustez avaliada por planejamento fatorial. Para Zn, observou-se que nenhum dos fatores avaliados causavam diferenças na recuperação do metal em iogurte. Para Cu,

verificou-se que para a amostragem em suspensão, baixas concentrações de HCl (0,2 mol L-1) forneceram recuperações adequadas de Cu na matriz de interesse (100-105%). Pela praticidade e rapidez, a amostragem em suspensão foi otimizada e validada para determinação direta de Zn (por FAAS), Cu, Pb, Cd e Cr (por GF AAS) em iogurte. Zn, Cu e Cr puderam ser quantificados usando o mesmo preparo de amostra (40 g L-1 de iogurte, 0,2 mol L-1 de HCl e 1 min de agitação ultrassônica). Na quantificação de Pb e Cd foi necessário substituir HCl por HNO3 (0,6 mol L-1). Para todos os metais, os métodos desenvolvidos apresentaram linearidade, precisão e exatidão adequados. Valores de LQ foram baixos e variaram de 1,40 a 35,42 ng g-1 para os metais traço e foi de 1,33 µg g-1 para Zn. Os íons metálicos estudados foram quantificados em amostras comerciais de iogurte adquiridas na cidade de Guarapuava-PR. Pb e Cd não foram detectados em algumas amostras. Para Zn a concentração média em iogurte foi de 4,36 ± 0,81. Para Cu e Cr as concentrações variaram entre 17 e 80 ng g-1. Para chá mate (Ilex Paraguarienses) foram realizadas cocções em amostras provenientes do Estado do Paraná e Santa Catarina (21 amostras ao total), sendo que concentrações médias de 15,10 ± 6,89; 6,14 ± 2,50; 40,64 ± 28,98; 0,52 ± 0,16; 0,15 ± 0,10; 0,10 ± 0,06 e 0,03 ± 0,02 (µg g-1) foram obtidas para Zn, Fe, Al, Cu, Cr, Pb e Cd, respectivamente.

Conclusões Parciais Amostragem em suspensão é viável na quantificação direta de íons metálicos em iogurte. Para chá mate, existe uma ampla variabilidade entre o teor de metais e os diferentes locais de industrialização dos chás.

Agradecimentos Unicentro, UEPG, C-Labmu, Capes, Finep, CNPq e

Fundação Araucária.

____________________ 1Gupta, U. C. e Gupta, S. C. Pedosphere, 2014, 24, 1, 13–38. 2Hu, J.; Wu, F.; Wu, S.; Cao, Z.; Lin, X. e Wong, M. H. Chemosphere. 2013, 91, 455. 3De Andrade, C. K; Dos Anjos, V. E.; Felsner, M. L.; Torres, Y. R. e Quináia, S. P. Food Chem., 2014, 146, 167.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 38

QA 28

Determinação Voltamétrica de Fármacos Psicoativos: Avaliação da

Ocorrência e Destino em Ambientes Aquáticos

Chalder N. Nunes1* (PG), Vanessa E. dos Anjos2 (PQ), Sueli P. Quináia1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Departamento de Química, Guarapuava-PR. 2Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Departamento de Química, Ponta Grossa, PR.

Palavras Chave: Voltametria, Benzodiazepínicos, Coeficiente de distribuição, Águas Naturais, Sedimentos

Introdução

Contaminantes de preocupação emergente vêm

sendo encontrados em diversos compartimentos

ambientais em todo o mundo1,2,3 e compreendem

fármacos, drogas ilícitas, hormônios, produtos de

higiene pessoal, etc. Fármacos benzodiazepínicos

(BDZs), entre eles o clonazepam, alprazolam e

diazepam, são largamente prescritos no cenário

nacional e internacional e vêm sendo detectados em

ambientes aquáticos1. Todavia, pouco se sabe a

respeito dos riscos associados ao aporte destes

fármacos no ambiente aquático. Estudos a respeito

do comportamento dos BDZs em águas superficiais

e sedimentos são poucos4. Assim, este trabalho tem

por objetivo avaliar o comportamento e dinâmica dos

BDZs em águas superficiais e sedimentos. Uma das

etapas envolve o desenvolvimento de um método

para quantificar de maneira rápida, seletiva e com

mínimas etapas de pré-tratamento os BDZs em

ambientes aquáticos empregando voltametria.

Parte Experimental

Estudos iniciais foram realizados a fim de possibilitar

a determinação simultânea dos BDZs por voltametria

adsortiva de redissolução catódica, eletrodo de gota

de Hg, em meio tamponado pH 8,0. Posteriormente,

os métodos voltamétricos vêm sendo otimizados de

maneira univariada e para cada fármaco. E estudos

de validação intra-laboratorial serão realizados.

Estudos sobre formas simples de pré-concentração e

extração dos BDZs em águas naturais e sedimentos

serão avaliadas.

Resultados e Discussão

A determinação simultânea dos três BDZs mostrou-

se inviável após inúmeras tentativas estudando

potencial de acumulação (Eacc), eletrólito suporte e

pH. Sendo assim, optou-se por realizar otimizações

e estudos de validação para cada fármaco,

individualmente. Nesse sentido, é proposto que a

determinação simultânea será realizada de modo

exploratório e na forma de um screening usando

tampão fosfato, pH 8,0, potencial de acumulação de

-0,8 V e varredura de -0,3 a -1,2 V. Uma vez,

observada a presença de um fármaco,

determinações voltamétricas serão realizadas

utilizando a condição previamente otimizada para

este fármaco. Para as determinações individuais

condições de análise distintas para cada fármaco

foram determinadas baseadas na intensidade de

corrente de picos e resolução do sinal voltamétrico.

O clonazepam apresentou uma melhor resposta

voltamétrica com Eacc de -0,3 V durante 120 s em pH

alcalino (8,0). O E1/2 do clonazepam para estas

condições de análise foi em -0,39 V. As condições de

pH (7,0) e Eacc (-0,8 V) para o alprazolam foram

otimizadas em um trabalho anterior1, apresentando

E1/2 de – 0,90 V. Para o diazepam, o melhor sinal

voltamétrico foi obtido com Eacc de -0,6 V e eletrólito

suporte em pH 6,0. Seu E1/2 foi de -0,92 V sob tais

condições de análise.

Conclusões

A determinação qualitativa dos BDZs pode ser

realizada simultaneamente, ao passo que as

determinações quantitativas tiveram seus

parâmetros voltamétricos otimizados

individualmente. Estudos de validação serão

realizados, bem como ensaios em sedimentos

enriquecidos com os fármacos de interesse.

Agradecimentos

Capes, CNPq, FINEP, Fundação Araucária,

UNICENTRO.

____________________ 1 Nunes, C.N.; Pauluk, L.E.; dos Anjos, V.E.; Lopes, M.C.; Quináia, S.P. Anal Bioanal Chem. 2015, Article In press. DOI: 10.1007/s00216-015-8792-1. 2 Ferreira, A.P. JCHR 2014, 4(3), 25-32. 3 Matongo, S.; Birungi, G.; Moodley, B.; Ndungu, P. Chemosphere. 2015, 134, 133-140. 4 da Silva, B. F.; Jelic, A.; López-Serna, R.; Mozeto, A. A.; Petrovic, M.; Barceló, D. Chemosphere. 2011, 85, 1331-1339.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 39

QA 29

Desenvolvimento de Dispositivos DGT empregando Biossorventes como

Fase Ligante para Especiação de Elementos Traço

Daniele C. H. Seremeta (PG)*1, Adriano G. Viana (PQ)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, CEP 84.030-900 - Ponta Grossa – Paraná.

Palavras Chave: Especiação, Antimônio, Cromo, DGT, Biossorventes.

Introdução

O comportamento, a dinâmica, a disponibilidade

biológica e possíveis efeitos tóxicos de elementos

traço em ambientes aquáticos é dependente da

especiação dos mesmos. Apesar da sua importância,

a especiação de elementos traço em águas naturais

ainda é um desafio analítico. Contudo, o uso de

dispositivos que simulam o funcionamento da célula

de um organismo vivo e que ainda possibilita estudos

in situ pode contribuir para a implantação de métodos

simples para a análise de especiação. Para tal,

dispositivos DGT (Difusão em Filmes Finos por

Gradiente de Concentração) vem sendo utilizados e

modificados. As medidas se baseiam na difusão de

elementos metálicos lábeis através de um hidrogel

com posterior retenção em fase ligante, que

normalmente contém resinas comerciais como a

Chelex-100. Alguns trabalhos substituem a resina

Chelex-100 por outras resinas, argilominerais e

Saccharomyces cerevisiae visando a ampliação do

uso dos dispositivos para outros elementos e

redução dos custos. Os dispositivos DGT comerciais

não são indicados na especiação de elementos traço

com diferentes estados de oxidação. Sb e Cr são

elementos presentes em águas naturais que podem

atuar como interferentes endócrinos, e que

apresentam comportamento e efeitos tóxicos

dependentes dos estados de oxidação. Nesse

sentido, esse trabalho tem como objetivo avaliar a

aplicabilidade de alguns biossorventes tais como

algas e polissacarídeos como fase ligante nos

dispositivos DGT para avaliar a especiação do Sb e

Cr em águas naturais. O uso dos biossorventes nos

dispositivos DGT tem vantagens tais como custo e o

funcionamento da fase ligante de modo mais

fidedigno ao mecanismo de interação dos elementos

traço com os organismos vivos.

Parte Experimental

Estudos serão conduzidos a fim de verificar a

potencialidade de alguns substratos biológicos na

retenção seletiva de Sb(III), Sb(V), Cr(III) e Cr(VI)

para utilização nos dispositivos DGT. O processo de

sorção será avaliado em diversas condições de pH e

força iônica, etc. Os dispositivos DGT modificados

serão comparados com os dispositivos comerciais e

outras técnicas clássicas usadas na especiação.

Todas as medidas serão realizadas através da

espectrometria de absorção atômica com forno de

grafite (GF AAS).

Resultados e Discussão

Estudos iniciais foram realizados com 7,5 g L-1 de

alga vermelha (in natura e após tratamento ácido) na

sorção de 50 µg L-1 de Sb(III) com tempo de contato

de 10min e 24h. A concentração de Sb(III) que

permaneceu em solução após tempo de contato foi

determinado por GF AAS usando tubo de grafite

pirolítico. De um modo geral, foi observado que o

tempo de contato não influenciou o processo de

sorção de Sb(III) pela alga. Os valores de sorção

foram 39,0% e 39,1% para 10min e 24h,

respectivamente. O processo de lavagem ácida da

alga possibilitou um pequeno aumento na sorção de

Sb(III), aumentando de 39,0% para 41,1%. Os

resultados preliminares indicam que a alga vermelha

pode sorver espécies de Sb(III) e que o processo de

sorção pode estar relacionado com troca iônica,

devido a saturação dos sítios de ligação da alga com

H+ e retenção do Sb(III) na forma aniônica.

Conclusões

Alga vermelha se mostra como um biossorvente

promissor, pela capacidade de reter concentrações

elevadas de Sb(III). Porém, mais estudos se mostram

necessários para avaliar se a retenção é seletiva

para Sb(III) e Sb(V).

Agradecimentos

UEPG e CLAB-MU, UNICENTRO, Capes, CNPQ

(448270/2014-5).

____________________ 1Buzier, R. et al. Environmental Pollution, 2014, 192, 52-58 2Kumar, K.S.; Dahms, H.U.; Won, E.J.; Lee, J.S.; Shin, K.H.

Ecotoxicology and Environmental Safety, 2015, 113, 329–352.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 40

QA 30

Eletrodo de diamante dopado com boro para determinação simultânea

de diuron, 2,4-D e tebutiuron

Eduardo Henrique Duarte1* (PG), Elen Romão Sartori1 (PQ), César Ricardo Teixeira Tarley1,2 (PQ). *[email protected]

1 Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR, Brasil 2 Departamento de Química Analítica - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, Brasil.

Palavras Chave: Diuron, 2,4-D, Tebutiuron e eletrodo de diamante dopado com boro

Introdução Os cultivos agrícolas são de extrema importância na economia mundial e para uma maior rentabilidade do produto é necessário o tratamento químico do solo, bem como a utilização de pesticidas (Herbicidas, fungicidas, entre outros), a fim de combater plantas indesejáveis1. Dentre eles, encontram-se os herbicidas diuron (DI), 2,4-D e tebutiuron (TB). A técnica mais utilizada e recomendada para determinação de herbicidas em amostras ambientais é o HPLC2, no entanto, alguns métodos voltamétricos já são reportados na literatura. O eletrodo de diamante dopado com boro (EDDB) tem sido amplamente empregado, devido suas ótimas propriedades (fraca adsorção de moléculas e ampla janela de potencial). Em vista disso, neste trabalho, foi desenvolvido um método voltamétrico simples, rápido e inédito para determinação simultânea de DI, 2,4-D e TB. No sentido de aumentar a sensibilidade de detecção, fez-se uso da extração em fase sólida contendo como adsorvente um polímero de poli(vinilimidazol) reticulado com trimetilpropano trimetaacrilato para ser aplicado em amostras ambientais.

Resultados e Discussão Medidas eletroquímicas foram realizadas em H2SO4 0,1 mol L-1 em uma célula de vidro contendo três eletrodos: referência Ag/AgCl, contra eletrodo de platina e EDDB (8000 ppm de boro, com uma área de 0,26 cm2) como eletrodo de trabalho, utilizando um potenciostato/galvanostato PGSTAT 101 (Autolab). Inicialmente foi avaliado o efeito do pré-tratamento anódico (PTA: 0,5 A/cm2 durante 30 s) e catódico (PTC: 0,5 A/cm2 durante 120 s) em H2SO4 0,5 mol L-1. No tratamento catódico obtiveram-se maiores correntes de pico de oxidação para a determinação simultânea dos herbicidas. Posteriormente, mediante o uso do EDDB pré-tratado catodicamente avaliou-se o efeito do tipo de eletrólito (tampões BR e acetato, NaNO3, H2SO4 e HClO4 em concentrações de 0,1 mol L-1) para a determinação simultânea dos herbicidas. Foram obtidos voltamogramas com melhor separação de picos e maior intensidade de corrente em H2SO4. No estudo de velocidade de varredura cíclica (10 a 100 mV s-1),

observou-se que a Ipa varia linearmente com v1/2, indicando que o processo de oxidação é controlado por difusão das espécies. Foram obtidos coeficientes de difusão, fazendo uso da equação de Cottrell de 1,02 x10-4 cm2 s-1, 9,6x10-5 cm2 s-1 e 3,10x10-4 cm2 s-

1, respectivamente, para DI, 2,4-D e TB. Uma triagem com as técnicas de voltametria de pulso diferencial (VPD) e onda quadrada (VOQ) e posteriormente uma matriz de Doehlert foram realizadas para avaliar as melhores condições para a curva analítica. A técnica de VPD foi selecionada e as condições ótimas foram: Tempo de modulação 2 ms; Velocidade de varredura 92,39 mV s-1; Amplitude de pulso 108,42 mV. Na ausência da etapa de pré concentração foram obtidos limites de detecção (LD) de 1,46 µmol L-1 para o DI, 3,2 µmol L-1 para o 2,4-D e 13,64 µmol L-1

do TB. Em outra etapa um cartucho contendo 200 mg de polímero foi utilizado para pré concentração de uma solução ternária (pH 3,7) dos herbicidas e eluídos com 5,0 mL de etanol. Essa alíquota foi evaporada e recuperada em 10 mL de H2SO4 0,1 mol L-1 para a leitura no potenciostato. Assim sendo, houve um aumento na sensibilidade do método, obtendo-se LD de 0,035 µmol L-1, 0,12 µmol L-1 e 0,34 µmol L-1 para os respectivos analitos DI, 2,4-D e TB.

Conclusões Medidas em H2SO4 0,1mol L-1 empregando EDDB apresentaram separação adequada dos picos de oxidação dos herbicidas, permitindo a determinação simultânea de DI, 2,4-D e TB. A etapa de pré concentração aumentou a sensibilidade do método, possibilitando futura aplicação em amostras ambientais.

Agradecimentos UEL, INTCBio, CAPES e Fundação Araucária. _______________________________________ 1. J. A. R. Rodrigues, Quim. Nova 2011,34,1254. 2. S, H, G. Brondi.; F. M. Lanças,; J. Liq. Chromatogr. Relat. Technol. 2004,27,179.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 41

QA 31

Síntese e emprego de IIP-RAM para pré-concentração direta de Cu(II) em alimentos proteicos e posterior determinação por FAAS/TS-FF-AAS

Fabio Antonio Cajamarca Suquila (PG)1*, César Ricardo Teixeira Tarley (PQ)1,2.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química. Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária Zeferino Vaz s/n, CEP 13083-970, Campinas-SP.

Palavras Chave: íons, sorção, pH.

Introdução

O Cobre é um micronutriente necessário para a

realização de alguns processos bioquímicos que

ocorrem nos seres vivos, como a síntese de

carboidratos e lipídeos. Porém, níveis excessivos

podem ser extremadamente tóxicos e produzir

efeitos adversos para a saúde. Atualmente, existem

diversas técnicas espectrométricas que permitem

detectar e quantificar metais em amostras de

interesse ambiental, farmacêutica, clínica e

alimentícia1. Contudo, a determinação direta de

metais em amostras alimentícias é inviabilizada

devido à baixa concentração dos elementos traços e

a alta concentração de macromoléculas

(interferentes) presentes nas amostras. Assim

sendo, usualmente faz-se necessário realizar etapas

de pré-tratamento da amostra, para viabilizar a

análise e conferir aumento na sensibilidade do

método. O objetivo deste trabalho é sintetizar,

caracterizar e aplicar um polímero ionicamente

impresso (IIP, do inglês Ion Imprinted Polymer) com

acesso restrito (RAM, do inglês Restricted Access

Material) capaz de excluir macromoléculas

(proteínas), além de extrair e pré-concentrar íons de

Cu2+ presentes em alimentos proteicos sem

tratamento prévio, para posterior determinação por

FAAS ou TS-FF-AAS.

Resultados e Discussão

Como estudo preliminar, o IIP foi sintetizado a partir

de: nitrato de cobre trihidratado [Cu(NO3)2. 3H2O]; N-

alil-2-tioureia, como ligante bifuncional; dimetacrilato

de etileno glicol (EGDMA) e 2,2'-azobisisobutironitrila

(AIBN) como agente de reticulação e o iniciador de

radical, respectivamente. O IIP foi lavado com água

deionizada, filtrado sob vácuo e seco em estufa a

60°C. Uma mini-coluna de plástico, contendo 50 mg

do IIP, foi utilizada para o sistema de pré-

concentração do cobre (II), esta foi conectada a um

injetor comutador acoplado ao FAAS ou TS-FF-AAS,

para determinação on-line do metal. Inicialmente, um

volume de HCl 1 mol L-1 foi percolado pela mini-

coluna a fim de remover o Cu2+ presente no IIP.

Posteriormente, a etapa de pré-concentração foi

executada percolando, durante 4 minutos, soluções

de 30 µg L-1 de Cu (II), tamponadas em pH 5,75 e

8,00, a uma vazão de 5,0 mL min-1. A eluição foi

realizada com HCI 1 mol L-1 com vazão de 5,0 e 0,6

mL min-1 para determinação por FAAS e TS-FF-AAS,

respectivamente. Com base nos testes inicias, o sinal

de absorbância obtido com FAAS e TS-FF-AAS para

a solução de Cu2+ em pH 5,75 pré-concentrada foi 5,5

e 17,5 vezes maior, respectivamente, em relação à

solução sem pré-concentrar. Do mesmo modo,

obteve-se um ganho de sinal de 3,8 vezes no FAAS

e 12,0 vezes no TS-FF-AAS, quando comparado com

o sinal da solução sem pré-concentrar em pH 8,00. A

diferença entre os sinais de absorbância obtidos nos

diferentes pH pode ser explicada a partir da

disponibilidade do Cu nas respectivas soluções. O

cobre em meio ácido está disponível na forma Cu2+,

entretanto, em meio básico e concentrações baixas

está presente na forma de Cu(OH)+ e portanto,

apresenta menor interação com o ligante N-alil-2-

tioureia. Cabe salientar, que a sensibilidade obtida

com o TS-FF-AAS foi 3 vezes maior em relação ao

FAAS, devido à menor dispersão da solução na

chama e maior eficiência na atomização. Em estudos

futuros, pretende-se sintetizar o IIP com RAM,

otimizar o pH, caracterizar o material empregando

técnicas como FT-IR, TGA, SEM, TEM, entre outras

técnicas complementares, além de, determinar o

limite de detecção, quantificação, e seletividade.

Conclusões

O IIP sintetizado e utilizado em um sistema de pré-

concentração (mini-coluna/injetor) permitiu pré-

concentrar íons Cu2+ em solução aquosa, obtendo

um ganho na sensibilidade de 5,5 e 17,5 vezes com

FAAS e TS-FF-AAS, respectivamente, em pH 5,75.

Agradecimentos

CAPES, INCT-BIO, Fundação Araucária /SANEPAR.

1Marestoni, L. D. ; Segatelli, M. G. ; Sotomayor, M. P. T. ; Sartori, L. R. ; Tarley, C. R. T. Rev Quím. Nova, v. 36, n. 8, p. 1194-1207, 2013.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 42

QA 32

Ampliação Das Potencialidades De Polímeros Quimicamente Impressos

Para Determinação De Substâncias Psicoativas

Fernanda Midori de Oliveira (PG)1a*, Marcello Ferreira da Costa (PQ)1b, César Ricardo Teixeira Tarley

(PQ)1a,2.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina (UEL), aDepartamento de Química, bDepartamento de Física. Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária Zeferino Vaz s/n, CEP 13083-970, Campinas-SP.

Palavras Chave: Polímeros com acesso restrito, amitriptilina, extração em fase sólida.

Introdução

O desenvolvimento de novas fases extratoras

seletivas e capazes de excluírem macromoléculas

tem apresentado destaque entre os adsorventes

usualmente utilizados para o preparo de amostra,

pois possibilitam a limpeza da amostra, diminuem

etapas de pré-tratamento da amostra e reduzem o

efeito de matriz. Dentre as novas fases extratoras

tem-se destaque para os polímeros molecularmente

impressos com acesso restrito (MIP-RAM), que

apresentam cavidades seletivas para o composto de

interesse e uma superfície hidrofílica capaz de excluir

macromoléculas.1,2 Neste sentido, o presente

trabalho tem como objetivo desenvolver um MIP-

RAM para amitriptilina visando à determinação desta

substância psicoativa em amostras de urina e plasma

sanguíneo.

Resultados e Discussão

A obtenção de MIPs seletivos para a molécula molde

de interesse é altamente dependente da interação

entre o monômero funcional com o template. Deste

modo, optou-se por realizar uma simulação

computacional utilizando o software Gaussian 09, a

fim de avaliar qual o monômero que apresenta a

maior energia de interação com a amitriptilina. Para

a simulação computacional os seguintes monômeros

foram avaliados: N,N'-metilenobisacrilamida (M1),

ácido 4-imidazolacrílico (M2), imidazol-4-acrílico

etilester (M3), ácido acrílico (M4), acrilamida (M5),

acroleína (M6), alilamina (M7), acrilonitrila (M8),

etileno glicol dimetacrilato (M9), 2-aminoetil

metacrilato (M10), ácido metilenosuccínico (M11),

ácido metacrílico (M12), 1,3-divinilbenzeno (M13),

1,4-divinilbenzeno (M14), estireno (M15), 1-

vinilimidazol (M16), 2-vinilpiridina (M17), 4-

vinilpiridina (M18), ácido 2-acrilamido-2-metil-1-

propanossulfonico (M19) e 2-hidroxietil metacrilato

(M20). De acordo com os resultados obtidos pela

simulação computacional verificou-se que o

monômero que apresentou maior energia de

interação com a amitriptilina foi o N,N’-metileno-

bisacrilamida, o qual foi utilizado para a síntese de

dois polímeros utilizando o método de polimerização

por precipitação. Além do monômero funcional

pretende-se avaliar a inclusão de comonômeros

hidrofílicos na estrutura do material, com a finalidade

de diminuir a adsorção de macromoléculas na

superfície do polímero. Como comonomeros

hidrofílicos serão utilizados o 2-hidroxietil metacrilato

(HEMA) e o glicil metacrilato, além imobilização de

albumina sérica bovina na superfície do MIP. A partir

dos polímeros que serão sintetizados espera-se

obter materiais seletivos para amitriptilina e que

apresentem eficiência na exclusão de

macromoléculas.

Conclusões

O desenvolvimento de novas metodologias que

eliminem ou diminuam as etapas de pré-tratamento

de amostras é crucial para a evolução das

metodologias de preparo de amostras existentes até

o momento. Com este projeto de pesquisa pretende-

se propor uma nova metodologia analítica para

preparo de amostra fazendo uso de uma nova fase

extratora seletiva e eficiente na exclusão de

macromoléculas.

Agradecimentos

UEL, CNPq, CAPES, Fundação Araucária, INCT de Bioanalítica e ao Programa de Doutorado Associado UEL- UEPG- UNICENTRO.

____________________

1Puoci, F.; Iemma, F.; Cirillo, G.; Curcio, M.; Parisi, O.I.; Spizzirri, U.G.; Picci, N.; Eur. Polym. J. 2009, 45, 1634. 2Parisi, O.I.; Cirillo, G.; Curcio, M.; Puoci, F.; Iemma, F.; Gianfranco, U.; Picci, N.; J. Polym. Res. 2010, 17, 355–362.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 43

QA 33

Pós-tratamento de efluente de reator anaeróbio utilizando

coagulação/oxidação seguida de dupla filtração

Grasiele Soares Cavallini1,2* (PG/PQ), Carlos Magno de Sousa Vidal3 (PQ), Jeanette Beber de Souza3

(PQ), Sandro Xavier de Campos1 (PQ).

*[email protected]

1Doutorado Associado em Química (UEPG/UNICENTRO/UEL) 2Departamento de Química Ambiental UFT 3Departamento de Engenharia Ambiental - UNICENTRO

Palavras Chave: Dupla filtração; coagulação/oxidação; ácido peracético; efluente UASB.

Introdução

Este trabalho avalia a eficiência de um sistema de

tratamento de esgoto sanitário, propondo o pós-

tratamento do efluente gerado pelo reator UASB,

através de uma unidade piloto de dupla filtração (DF),

composta por filtro de escoamento ascendente de

pedregulho e filtro descendente de areia1 (Fig. 1).

Como etapa preliminar à dupla filtração utilizou-se a

coagulação/oxidação, adotando três combinações:

Sulfato ferroso (SF) e ácido peracético (APA); Cloreto

férrico (CF) e CF e APA, todas com a mesma

concentração de ferro e em pH 5,5. Após os ensaios

de tratabilidade a eficiência do sistema foi avaliada

através de parâmetros físico-químicos e

microbiológicos.

Figura 1 – Sistema de dupla filtração: A) Filtro de Pedregulho

Ascendente (FAP); B) Filtro Rápido de areia descendente (FRD);

C) Piezômetros; D) Bomba para retrolavagem; E) Rotâmetro; F)

Reservatório graduado de água tratada; G) Unidade de aplicação

do coagulante/oxidante e ajuste de pH; H) Dreno de descarte.

Resultados e Discussão

Nas três combinações realizadas na unidade piloto

os sólidos em suspensão (SST) foram totalmente

removidos o que refletiu em remoções, superiores a

90% de turbidez e próximas de 100% em relação a

fósforo total. Na combinação CF e APA houve a

oxigenação do efluente antes do processo de

filtração, o que possibilitou maior remoção de DBO,

caracterizando a degradação aeróbia mesmo em

filtro rápido de areia2. Os tratamentos com a

presença do oxidante APA demonstram uma

remoção maior da cor do efluente. Quanto aos

parâmetros microbiológicos, a aplicação do APA

simultaneamente ao CF contribuiu para inativação

parcial dos microrganismos avaliados, enquanto que

a aplicação do APA (8 mg/L) após a dupla filtração

com CF possibilitou a inativação total quanto aos

indicadores de contaminação E. coli, Coliformes

Totais (CT) e colifagos. O sistema de tratamento

proposto obteve aproveitamento de 65% do efluente,

considerando o volume gasto para as retrolavagens

dos filtros.

Conclusões

A utilização do processo de coagulação/oxidação

de forma simultânea simplifica o tratamento e torna

possível a filtração de um efluente mais oxigenado,

possibilitando uma degradação aeróbia, o qual

ocorreu de forma menos eficiente sem a adição do

APA. A utilização da etapa preliminar de

coagulação/oxidação viabiliza a utilização do

processo de dupla filtração para o tratamento de

efluentes com alta carga orgânica e de material

suspenso.

Agradecimentos

Ao CNPq, a SANEPAR e a Thech Desinfecção Ltda.

___________________

1Norton-Brandão, D. N.; Scherrenberg, S. M.; Lier, J. B. J Environ Manage. 2013, 122, 85. 2Zheng, X. Ernst, M. Jekel, M. Water Res. 2010, 44, 3203.

A

B

C

C

D

E

F

G

H

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 44

QA 34

Remoção de compostos causadores de odor e gosto em água potável

com utilização de técnicas combinadas em sistemas de tratamento de

águas

Graziella dos Santos Portes Silva1 (PG)*, Ana Paula Staben Pruchniak1 (IC), Liliane Schier de Lima1

(PQ), Sueli Pércio Quináia1 (PQ).

*[email protected]

1 Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) – Departamento de Química – Guarapuava, PR.

Palavras Chave: Adsorção, água potável, Geosmina, MIB.

Introdução

Atividades antrópicas têm favorecido a contaminação de mananciais de abastecimento, acelerando a produção de microrganismos como algas e cianobactérias1, as quais são responsáveis por emitir compostos associados ao odor e gosto de terra e mofo à água, entre eles 2-metilisoborneol (MIB) e trans-1, 10-dimetil-trans-9-decalol (Geosmina)2. Notáveis a baixas concentrações (ng/L), os consumidores percebem a sua presença, pois normalmente avaliam a qualidade da água potável através de percepções sensoriais. A busca de solução para estes problemas nas companhias de saneamento e abastecimento é permanente, uma vez que o sistema tradicional tem se mostrado ineficaz para remoção total dos compostos citados3. Dentre os métodos de remoção destes compostos, a adsorção em carvão ativado pulverizado (pó) - CAP – tem sido o método preferido por sua flexibilidade. A remoção de compostos odoríferos apresenta em geral um custo operacional elevado, e a adsorção em carvão ativado (CA) é amplamente aceita como uma tecnologia avançada para esta remoção. Assim há um grande interesse no aprimoramento das tecnologias existentes e no desenvolvimento de tecnologias mais avançadas com a utilização de técnicas como oxidação, sorção e biofiltração3.

Metodologia proposta - Materiais adsorventes a serem avaliados: materiais

carbonáceos alternativos como o caroço de pêssego,

carvões ativados comerciais de diferentes origens,

resíduos de carvões de indústria de alimentos

(reativados).

- Caracterização dos materiais adsorventes:

umidade, cinzas, pH, número de iodo, azul de

metileno, adsorção de caramelo, distribuição de

poros, área superficial, microscopia eletrônica de

varredura, grupos funcionais da superfície.

- Otimização e validação da metodologia analítica

para determinação de MIB e Geosmina:

cromatografia gasosa acoplada à espectrofotometria

de massa (CG-MS), utilizando técnica de extração

líquido-líquido (LLE).

- Proposição de um método para remoção de

compostos causadores de gosto e odor através de

técnicas combinadas com adsorção em carvões

ativados.

Resultados Preliminares e Discussão

O método de LLE, empregando hexano como

solvente extrator e padrões analíticos de MIB e

Geosmina foi utilizado para a construção das curvas

de calibração4. A detecção foi realizada em CG-MS,

e as curvas apresentaram valores aceitáveis de

correlação linear e regressão linear com ajuste do

modelo proposto.

Figura 1. Curva de calibração de MIB em hexano (a)

e curva de calibração de Geosmina em Hexano (b).

Agradecimentos

UNICENTRO, FA-FPTI e CAPES. ____________________ 1 Tundisi, J. G.; Tundisi, T. M. (2008). Limnologia. São Paulo: Oficina de Textos. 630 p 2 Westrhoff, P.; Rodriguez-Hernandez, M.; Sommerfeld, M. Water Research, 2005, 39 (20), 4899-4912. 3 Ferreir Filho, S.S.; Marchetto, M. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2006, 11 (1), 7-15. 4 MA. Xiaoyan, G. Naiyun, C. Beibei, L. Qingsong, Z. Qiaoli, G.U. Front. Environ. Sci. Eng. China, 2007, 1, 286-291.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 45

QA 35

Pesquisa rápida de antidepressivos residuais em lodo de estação de

tratamento de esgoto empregando CLAE-UV

Ismael L. Costa Jr.1,2 (PG) *, Christiane S. M. Kolc1 (PG), Adelmo L. Plestsch2 (PQ), Yohandra R. Torres1

(PQ).

*[email protected] 1UNICENTRO – Campus Cedeteg, Guarapuava – PR; 2 UTFPR – Campus Medianeira, Medianeira - PR.

Palavras Chave: Poluentes emergentes, antidepressivos, lodo, monitoramento ambiental, Validação Analítica.

Introdução A maioria dos fármacos, incluindo os antidepressivos,

devido as suas propriedades, apresentam tendências a

aportarem na biota e nos sedimentos.1,2 As estações de

tratamento de esgotos possuem tecnologias baseadas

em processos convencionais, voltados à estabilização

da matéria orgânica, remoção de nutrientes e

desinfecção. Com isso, não há uma degradação efetiva

destes fármacos considerados novos contaminantes.

Esta pesquisa teve por objetivo determinar cinco

antidepressivos residuais em lodo de estações de

tratamento de esgoto, utilizando extração com solvente

auxiliada por micro-ondas e cromatografia líquida de

alta eficiência acoplada à detecção por arranjo de

diodos.

Resultados e Discussão Validação do método

A seletividade foi avaliada pela comparação dos

cromatogramas do extrato da matriz, de amostras

fortificadas com concentração prevista de 1 µg mL-1 e

solução padrão na mesma concentração (Figura 01).

Não foram verificados interferentes nos tempos de

retenção dos cinco antidepressivos analisados.

Figura 01. Cromatogramas CLAE-UV (λ=230 nm) correspondentes aos extratos de uma amostra de sedimento sem os analitos (A), de uma amostra fortificada (B) e uma solução padrão (C).

No estudo da linearidade verificou-se que a resposta do método na faixa de trabalho utilizada foi adequada para todos os analitos, com valores de R2 de 99,9 a 100% (Tabela 1). A regressão foi satisfatória, pois Fcalc. de regressão é maior que o Fcríti. Não foi verificada falta de ajuste, pois os valores de Fcrít. de falta de ajuste foram maiores do que os de Fcalc. para cada analito. Os LD e LQ variaram de 0,01 a 0,05 µg mL-1 e de 0,03 a 0,15 µg mL-1, respectivamente. Os valores de DPR para a repetitividade variaram de 1,6 a 6,4% e a precisão intermediária de 3,6 a 8,1%. Para o nível de fortificação testado, são aceitos coeficientes de

variação de até 8%.3 A exatidão foi avaliada por meio de ensaios de recuperação com fortificação em três níveis.

Tabela 01. Parâmetros de calibração e análise da linearidade.

Considerando o nível empregado, são adequadas as

recuperações de 80 a 110%.3 Neste estudo, as

recuperações variaram na faixa de 50,3 a 95,7%,

valores análogos aos encontrados na literatura para

antidepressivos em sedimentos.

Aplicação do Método.

As concentrações dos analitos determinadas nas

amostras de lodo são mostradas na figura 02.

Figura 02. Concentrações de antidepressivos em lodo de lagoas de estabilização.

Pode ser verificado que as determinações dos antidepressivos estudados foram mais comuns nas lagoas que iniciam o sistema de tratamento (L1 e L2).

Conclusões A proposição de métodos rápidos e menos onerosos é

uma etapa decisiva para o monitoramento ambiental.

Nesse sentido, a metodologia para antidepressivos

residuais, baseada em extração por solventes auxiliada

por micro-ondas e CLAE-UV é uma ferramenta

adequada pela simplicidade e disponibilidade.

Agradecimentos Unicentro, FINEP e CNPq. ____________________ 1Halling-Sorensen, B.; Nors Nielsen, S.; Lanzky, P. F.; Ingerslev, F.; Holten Lutzhoft, H. C.; Jorgensen, S. E. Chemosphere, 1998, 36, 357. 2Costa Junior, I. L.; Pletsch, A. L.; Torres, Y. R. Revista Virtual de Química. 2014, 6 1408. 3AOAC. Appendix F – Guidelines for standard method performance requirements, 2012, 16.

0,0

0,4

0,8

1,2

1,6

2,0

L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4

CIT VEN FLU SER AMI

Co

ncen

tração

g g

-1)

Dez/2013

Fev/2014

Mar/2014

Parâmetros de Regressão Linearidade

Reg. Ajuste

Equação F calc. F calc.

ÁREA=116(±101) +17505(±91)[CIT] 36912 0,54

ÁREA=228(±66) +15667(±53)[VEN] 88695 2,09

ÁREA=1727(±37) +5411(±31)[FLU] 31047 2,94

ÁREA=-3333(±178) +54721(±152)[SER] 128318 2,51

ÁREA=-18258(±242) +58341 (±173)[AMI] 113603 3,20

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 46

QA 36

Otimização e validação de metodologias analíticas para a determinação

de minerais em geleia real, pólen apícola e alcachofra por FAAS

Jeferson Meira dos Santos1* (PG), Maria de Lurdes Felsner1 (PQ).

*[email protected]

1Departamento de Química, Universidade Estadual do Centro-Oeste, 85015-430 Guarapuava, PR, Brasil

Palavras Chave: minerais, fitoterápicos, quimiometria. FAAS

Introdução

O consumo de produtos fitoterápicos na forma de chá, extratos, cápsulas e comprimidos ou alimentos que supostamente promovem o emagrecimento e manutenção da saúde das pessoas, têm aumentado significativamente nas últimas décadas com intuito de amenizar problemas como insônia, stress, hipertensão, obesidade dentre outros1. Grande parte dos fitoterápicos não possuem uma composição química conhecida, e há grande escassez de uma legislação vigente que realize o controle nutricional e até mesmo toxicológico desses produtos2. A elucidação do conteúdo de minerais em fitoterápicos é de grande importância, pois, estes desempenham diversas funções no metabolismo dos organismos vivos. A determinação de metais em alimentos e fitoterápicos é normalmente realizada por técnicas de espectrometria atômica tais como, a espectrometria de absorção atômica por chama (FAAS), espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica em forno de grafite (GFAAS), espectrometria de absorção atômica por plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). A FAAS é uma técnica que possui boa robustez, precisão, seletividade e baixo custo sendo normalmente empregada em laboratórios de pesquisas, indústrias e no controle de qualidade3. Entretanto, nem sempre a determinação direta dos minerais é uma tarefa simples, devido aos elevados teores de matéria orgânica. Para isso, vários métodos de mineralização da amostra podem ser empregados tais como: digestão por via seca e por via úmida, digestão assistida por ultrassom e microondas e os processos oxidativos avançados. O objetivo geral do trabalho é otimizar e validar metodologias analíticas para a determinação de metais (Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn) em cápsulas de geléia real, em pólen apícola desidratado e em cápsulas de alcachofra por FAAS empregando diversas ferramentas quimiométricas. Não foram encontrados estudos na literatura concernente ao conteúdo de minerais nessas matrizes.

Metodologia

1ª Etapa: Levantamento Bibliográfico 2ª Etapa: Otimização do preparo de amostra dos fitoterápicos para análise por FAAS aplicando metodologia por superfície de resposta. 3ª Etapa: Validação das metodologias analíticas para a determinação de metais por FAAS em amostras de fitoterápicos. 4ª Etapa: Determinação dos teores de minerais nas diferentes amostras usando as metodologias validadas. 5ª Etapa: Disseminação da pesquisa (Redação de artigos, Qualificação e defesa da tese de Doutorado)

Resultados Esperados

O projeto contribuirá para a otimização e validação de metodologias analíticas rápidas, exatas e precisas, para a determinação de metais em fitoterápicos, aplicando a técnica de FAAS e diferentes ferramentas quimiométricas. Esses resultados irão gerar publicações científicas em periódicos nacionais e internacionais, Os resultados do projeto contribuirão para a ampliação do conhecimento sobre a segurança alimentar de determinados fitoterápicos consumidos pela sociedade, podendo dessa forma agregar valor aos mesmos.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Capes, Cnpq e à Fundação Araucária.

_______________

1Ernst, E. Trends in Pharmacological Sciences 2002, 23, 136. 2Basgel, S.; Erdemoglu, S.B. Science of the Total Environment 2006, 359, 82. 3Pohl, P.; Sergiel, I. Microchimica Acta 2010, 168, 9.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 47

QA 37

Especiação de Antimônio Empregando Extração por Ponto Nuvem e

Absorção Atômica

Jucimara Kulek de Andrade (PG)1*, Maria Lurdes Felsner (PQ)2, Vanessa Egéa dos Anjos (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Departamento de Química - Ponta Grossa, PR. 2Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) - Departamento de Química - Guarapuava, PR.

Palavras Chave: especiação química, antimônio, absorção atômica, ponto nuvem.

Introdução

O antimônio é um elemento considerado tóxico à

saúde humana, e que pode atuar como interferente

endócrino. A exposição humana ao Sb pode ser

ocupacional, decorrente do ambiente, alimentação, e

terapias medicinais. A sua toxicidade é dependente

do seu estado de oxidação, sendo que o Sb(III) é

mais tóxico que o Sb(V)1. Assim, estimativas da

biodisponibilidade e toxicidade devem ser baseadas

na avaliação da sua especiação. Nesse sentido, este

trabalho visa avaliar a especiação do Sb em

amostras ambientais e alimentares. E como proposta

tem-se a implantação do procedimento de extração

por ponto nuvem (EPN) aliada a espectrometria de

absorção atômica com atomização eletrotérmica em

forno de grafite.

Parte Experimental

Inicialmente estudos foram conduzidos de modo

univariado e por planejamento fatorial a fim de

otimizar a formação do ponto nuvem (PN)1. Os

fatores avaliados foram o tipo e concentração de

surfactante (TritonX-100 e 114), a concentração de

complexante (pirrolidinaditiocarbamato de amônio –

APDC), pH, agente redutor (L-cisteína). A

determinação seletiva de Sb foi realizada após

procedimento de EPN e determinação por

espectrometria de absorção atômica com forno de

grafite pirolítico (Varian), empregando curva analítica

em meio de HNO3 e metanol (0,1 mol L-1) e Triton X-

114. As condições de aquecimento do forno de

grafite foram otimizadas.

Resultados e Discussão

A determinação seletiva das espécies de Sb é

possível pela formação de ponto nuvem devido a

formação de um complexo com Sb(III) e APDC em

meio de surfactante. Assim, o Sb(III) é complexado

seletivamente e pré-concentrado na fase rica de

surfactante que será utilizada na determinação por

absorção atômica. O Sb total pode ser determinado

após redução do Sb(V) para Sb(III) com L-cisteína e

formação do PN. Consequentemente o teor de Sb(V)

é obtido pela diferença entre o teor total e Sb(III). Na

otimização do PN, foi observado que o uso do Triton

X-100 requer o uso de temperaturas elevadas (90ºC)

em relação ao Triton X-114 (50ºC), podendo

acarretar perdas por volatilidade do analito, bem

como, morosidade ao procedimento. Para a

determinação total foi observado que a redução do

Sb(V) foi adequada usando L-cisteína (1,0 %, m/v)

com aquecimento em ebulição por 15 min. A

condição otimizada através de um planejamento

fatorial para formação do PN foi APDC (3,5 %, m/v) e

Triton X-114 (3,0 %, v/v). A formação do PN e

especiação do Sb foi adequada usando o pH do meio

em 2,0 devido a baixa afinidade do APDC pelo Sb(V)

e máxima afinidade pelo Sb(III). Nessas condições a

recuperação da determinação de Sb(III) foi 100,1 %

e 104,0 % para Sb(V). A aplicação do procedimento

em uma amostra de água mineral indicou a presença

de 0,154 e 0,24 μg L-1 para Sb(V) e Sb(III),

respectivamente.

Conclusões

Até o presente momento, o procedimento de

extração por ponto nuvem para especiação de Sb

apresentou resultados satisfatórios. Estudos de

validação estão sendo realizados.

Agradecimentos

UEPG, UNICENTRO, CAPES, CNPq, FINEP e C-

Labmu.

____________________ 1Jiang, X.; Wen, S. e Xiang, G. Journal of Hazardous Materials 2010, 175, 146-150.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 48

QA 38

Síntese e Caracterização de Polímeros para Extração de Imazetapir em

Meio Aquoso

Juliana Casarin1*(PG), Affonso Celso Gonçalves Junior2(PQ), César Ricardo Teixeira Tarley1,3(PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina, Dep. de Química. Rod. Celso Garcia Cid, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Centro de Ciências Agrárias. CEP 85960-000, Marechal Cândido Rondon – PR. 3Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas, CEP 13083-970, Campinas-SP.

Palavras Chave: impressão molecular, HPLC, poluentes emergentes

Introdução

A extração em fase sólida (SPE) é uma das técnicas

mais utilizadas no preparo de amostras pois

possibilita a extração/pré-concentração de analitos

de matrizes complexas em uma única etapa. Dentre

os materiais utilizados na SPE tem-se destaque para

os polímeros molecularmente impressos (MIP), que

consistem em materiais que possuem cavidades

seletivas com o analito de interesse.1 Estudos

referentes à síntese de novas fases extratoras

baseadas em polímeros orgânicos, inorgânico ou

híbridos contendo diferentes monômeros funcionais,

têm sido propostos com o intuito de melhorar o

desempenho da SPE.2 Neste sentido, o presente

trabalho visa sintetizar, caracterizar e avaliar quando

a sorção de imazetapir (IM) em meio aquoso em um

polímero híbrido e dois polímeros orgânicos.

Resultados e Discussão

Foram sintetizados três polímeros, sendo um deles

um polímero híbrido (PH), sintetizado pelo processo

sol-gel e reação radicalar, e os outros dois polímeros

orgânicos, Pol-MAA e Pol-1VN, provenientes dos

monômeros ácido metacrílico (MAA) e 1-

vinilmidazole (1VN). A síntese do PH consistiu na

utilização do monômero MAA, o agente de

acoplamento KH-570, o iniciador radicalar AIBN, o

precursor inorgânico TEOS, a molécula molde (MM)

IM e o íon Al3+ (cloreto de alumínio). Os outros dois

polímeros foram sintetizados por polimerização via

precipitação utilizando como agente de ligação

cruzada TRIM, iniciador radicalar AIBN, solvente uma

mistura de ACN e CHCl3 (19:1, v/v) e monômero

funcional 1VN ou MAA. Paralelamente, foram

sintetizados os materiais sem a MM (NIP) com o

intuito de avaliar a seletividade das fases poliméricas

obtidas. Os materiais foram caracterizados por FT-IR

e MEV. O tempo necessário para que o IM

estabelecesse o equilíbrio entre a fase sólida e a fase

líquida foi de 50 minutos para o PH, com adsorção de

0,42 mg g-1 e 60 min. para os polímeros orgânicos,

com adsorção de 2,40 e 4,01 mg g-1 para o Pol-MAA

e Pol-1VN, respectivamente. Os dados de cinética de

adsorção foram bem descritos pelo modelo de

pseudo-segunda ordem, o que indica que existem

diferentes sítios com energias na superfície dos

polímeros.2 O modelo de difusão intrapartícula

também apresentou bom ajuste aos dados cinéticos.

Para o PH o valor relacionado a espessura da

camada limite (C) foi próximo de zero, indicando que

a difusão intrapartícula é a etapa limitante do

processo. Para o Pol-MAA e Pol-1VN o modelo de

difusão apresentou segmentos multi-lineares com

valores de C superiores, sugerindo que a sorção

ocorre tanto pela difusão externa e intrapartícula nos

poros. A seletividade foi determinada a partir da

adsorção competitiva binária IM/imazapyr,

IM/imazapic, IM/tebutiuron, IM/hexazinona, IM/diuron

e IM/ametrina. Verificou-se que o Pol-1VN adsorve

maiores quantidades de IM (valores de Kd maiores)

em relação ao Pol-MAA e PH, e menores

quantidades dos compostos concomitantes. Estes

resultados revelam que o Pol-1VN apresenta efeito

de impressão para o IM.

Conclusões

Com base nos resultados obtidos pode-se concluir

que o Pol-1VN pode ser usado como adsorvente em

SPE para extração seletiva de IM. Uma metodologia

de pré-concentração em SPE para determinação do

IM utilizando esta fase polimérica está em

andamento.

Agradecimentos

UEL, CNPq, CAPES e INCT-BIO.

__________________ 1 Tarley C.R.T., Sotomayor M.D.P.T., Kubota L.T., Quim. Nova 2005, 28, 1076. 2Fonseca, R.J. ; Segatelli, M.G. ; Borges, K.B. ; Tarley, C.R.T. React Funct Polym 2015, 93, 1.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 49

QA 39

Teores Naturais dos Elementos Metálicos em Solos não Poluídos do

Estado do Paraná

Juliane Maria Bergamin Bocardi1 (PG)*, Adelmo Lowe Pletsch2 (PQ), Sueli Pércio Quinaia1 (PQ).

*[email protected]

1UNICENTRO – Campus Cedeteg, Guarapuava – PR. 2UTFPR – Campus Santa Helena, Santa Helena - PR.

Palavras Chave: solo, metais, naturais, absorção atômica.

Introdução

O solo é considerado um sistema heterogêneo complexo, sendo constituído por componentes orgânicos, minerais, gasosos e líquidos. Quanto à origem dos metais presentes no solo, estes podem ser divididos em duas categorias: litogênicos (quando são provenientes de fontes geológicas, como resíduo de rocha ou liberados pelo intemperismo) e antropogênicos (quando são adicionados ao solo pela atividade humana, como mineração, aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes)1. Solos de Referência compõem um conjunto de classes de solos representativo de determinada região e, por esta razão, constituem valioso material de pesquisa. Comparativamente ao referencial, esses dados podem ser usados para estudos dos efeitos do uso do solo sobre suas características químicas e físicas2.

Os valores naturais de níveis de metais no solo são

específicos para cada ambiente, o que torna

inadequada a extrapolação destes valores para

países e áreas diferentes do local de obtenção dos

dados3. Por esse motivo, existe a necessidade de

estabelecer Níveis de Bases Naturais (NBN), para o

estado do Paraná, de modo que possa contribuir para

a construção de um banco de dados condizentes

com a realidade local.

Materiais e Métodos

O estudo dos teores naturais dos elementos metálicos será conduzido no estado do Paraná, do oeste à região central do estado. Os locais de amostragem serão definidos com base no mapa das áreas estratégicas para conservação da biodiversidade do estado do Paraná em áreas sem interferência antropogênica ou com interferência antropogênica desprezível.

As principais determinações e procedimentos desta

pesquisa são apresentados na Figura 01.

Resultados Esperados

Através desta proposta de pesquisa pretende-se atingir os seguintes resultados prioritários:

Identificar as áreas sem interferência antropogênica, o tipo de solo da região de estudo e determinar os NBN dos metais no solo destas regiões.

Construir uma base de dados de referência dos NBN e correlacionar à diversidade litológica do estado com a ocorrência desses elementos.

Agradecimentos

Agradecimento à Unicentro, FINEP e CNPQ.

____________________

1Alloway. Heavy metals in soils. 2. Ed. London: Blackie Academic, 1995. 368p. 2Oliveira, A. B.; Nascimento, C. W. A. Revista Brasileira de Ciências do Solo, 2006, 30, 99-110. 3Baize, D.; Sterckeman, T. The Science of the Total Environment 2001, 264, 127-139.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 50

QA 40

Desenvolvimento de métodos de DMSPE/SPE-magnética associado a

CPE para a pré-concentração/especiação redox de crômio e selênio

Kristiany Moreira Diniz1(PG), César Ricardo T. Tarley1,2(PQ)*.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química. Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, CEP 86050-482, Londrina – PR. 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária Zeferino Vaz s/n, CEP 13083-970, Campinas-SP.

Palavras Chave: Selênio, Crômio, especiação, partículas magnéticas, DMSPE, CPE

Introdução

A literatura dispõe de métodos de especiação redox de Cr(III)/(VI) e Se(IV)/(VI), onde frequentemente ocorre a determinação seletiva de uma espécie, à medida que a outra é realizada por subtração do total. Etapas de oxidação ou redução geralmente envolvidas, podem provocar erros e prolongar o processo. Assim, a associação de métodos seletivos a fim de se determinar a concentração individual de cada espécie são buscados1. Desta forma, este trabalho foi dividido em dois capítulos, onde o primeiro consiste na síntese de uma fase sólida magnética mesoporosa amino funcionalizada, capaz de extrair seletivamente a espécie de Cr(VI). A espécie trivalente, por sua vez, foi pré-concentrada seletivamente como complexo metálico com 4-(2-tiazolilazo)-resorcinol (TAR) por extração por ponto nuvem (CPE). Para a extração do Se(IV) e Se(VI) dois polímeros iônicamente impressos (IIIP)-magnético foram utilizados com fase sólida magnética dispersiva (DMSPE).

Resultados e Discussão

As partículas de Fe3O4 foram obtidas por precipitação de Fe(II) e Fe(III) na presença de NaOH em atmosfera de N2 à 80°C. O recobrimento com sílica mesoporosa foi realizado pelo processo sol gel com NH4OH, CTAB e TEOS. A amino funcionalização com foi realizada em refluxo por 12h a 110 ºC2. Os materiais obtidos em diferentes etapas da síntese foram caracterizados com FTIR, onde a formação do Fe3O4 foi comprovada por meio da presença do estiramento Fe-O-Fe em 580 cm-1 e o recobrimento com sílica com a presença da banda em 1080 cm-1 indicando a ligação de Si-O-Si. Em 964 cm-1 observou-se o sinal referente à ligação Si-OH. A presença da estrutura cristalina do Fe3O4 foi verificada com o Raio-X, e com TEM, tamanhos manométricos. Isotermas de BET mostraram que o material final foi mesoporoso e com grande área superficial (119,8m2 g-1). Observou-se que em pH 5,0 foi possível realizar a especiação de Cr(III) e Cr(VI) associando sequencialmente os dois métodos de extração. O sistema foi baseado na pré-concentração de Cr(VI) em 25 mg do adsorvente por 1 min auxiliada por vortex e a eluição em 5 min com 500μL de HCl 2,5 mol L-1. A espécie Cr(III) no sobrenadante foi submetida a CPE. A concentração de Triton x-114 e

do ligante TAR foram avaliadas por meio de uma matriz de Doehlert, e os valores ótimos foram de 0,3% e de 5,84x10-4 mol L-1, respectivamente. Foram obtidos limites de detecção de 1,08 μg L-1 para o Cr(VI) e 3,16 μg L-1 para o Cr(III). O estudo com íons interferentes não apresentou interferência no sinal analítico. O método foi aplicado em amostras de água, com satisfatória recuperação e a exatidão avaliada com o material certificado de referência DORM-3. Para o segundo capítulo, as partículas de Fe3O4/SiO2 foram funcionalizadas com grupos C=C para a posterior polimerização orgânica. Para o IIP de Se(VI) o monômero funcional N-alil tiuréia foi utilizado e para o IIP-Se(IV) o complexo Se(IV)-DAN foi formando e polimerizado com 4- vinil piridina. Cada um dos polímeros permaneceu sob atmosfera inerte a 60ºC por 24h, com a adição 1,5g das partículas magnéticas, o EDGMA foi utilizado como agente de ligação cruzada e o AIBN como iniciador radicalar.

Conclusões

A associação sequencial da DMSPE e CPE foi eficiente na especiação redox de crômio. Em um único valor de pH foi possível extrair seletivamente as duas espécies, apresentando baixos limites de detecção, satisfatória precisão e ausência de efeito de matriz em diferentes amostras de água. Como próximas etapas, a caracterização dos IIPs de selênio, bem como toda a otimização e aplicação analítica, serão realizados.

Agradecimentos

FAEPE-UEL, CAPES, CNPq, Fundação Araucária e INCT-Bioanalítica.

___________________

1 Tarley, C. R. T., et al. Talanta. 2012, 100, 71-79. 2 Yuan, Q. et al. J. Hazard. Mater. 2013, 254– 255, 157– 165.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 51

QA 41

Avaliação do Comportamento e Nimesulida em Águas Naturais empregando Voltametria

Luciane Miranda (PG)1*, Vanessa P. Carvalho (IC)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)2, Sueli P. Quináia (PQ)1. *[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENRO). Departamento de Química. 2Universidade Estadual de Ponta

Grossa (UEPG). Departamento de Química.

Palavras Chave: Fármacos, Ambientes Aquáticos, Voltametria.

Introdução

A presença de fármacos em amostras tais como

águas naturais, águas de abastecimento público,

sedimentos, é uma preocupação ambiental e de

saúde pública. Os efeitos ecotoxicológicos desses

contaminantes emergentes, que não legislados no

Brasil, ainda não são totalmente conhecidos. Assim,

o desenvolvimento de técnicas analíticas de baixo

custo e elevada sensibilidade que auxiliem na

implatanção de programas de monitoramento

ambiental é relevante.1 Além disso, poucos estudos

sobre a dinâmica dos fármacos no ambiente são

realizados.2 Nesse sentido, esse trabalho tem como

objetivo a avaliação do comportamento nimesulida

(NIM) em amostras de água natural simuladas em

laboratório a fim de conhecer a degradação e

interação com matéria orgânica. É proposto o

desenvolvimento de métodos analíticos empregado a

voltametria adsortiva de redissolução catódica com

eletrodo de gota pendente de mercúrio.

Resultados e Discussão

Inicialmente a otimização do método voltamétrico foi

realizado avaliando inúmeros parâmetros

instrumentais, pH, eletrólito de suporte para a

determinação de concentrações traço de NIM e STP

em amostras ambientais. Estudos de validação intra-

laboratorial foram realizados para NIM e atualmente,

estudos vêm sendo realizados para STP. O método

de quantificação para NIM foi a adição de padrão

com faixa linear de 0,50 a 50,0 µg L-1 para um tempo

de 60 s de pré-concentração no eletrodo de trabalho.

A linearidade apresentou regressão linear

significativa sem falta de ajuste ao modelo linear. O

método se mostrou preciso com valores de desvio

padrão relativo de 8,96% e 10,25% para a

repetibilidade e precisão intermediária,

respectivamente. A exatidão foi adequada, pois nos

estudos de adição e recuperação em solução aquosa

e água de rio os valores variaram entre 111 a 120%.

Os limites de detecção e quantificação foram baixos

com valores de 0,3 e 0,9 µg L-1, respectivamente para

60 s de pré-concentração. O método foi aplicado em

seis amostras de água superficial, coletas no Lago de

Itaipu (nos munícipios de Entre Rios o Oeste, Santa

Helena, São Miguel do Iguaçu e Foz do Iguaçu-PR),

pois é uma ampla área de barragens para a geração

de energia, utilizada também para recreação e

turismo, navegação, captações de água para fins

urbanos e industriais. Entre as amostras avaliadas

detectou-se 1191,5 e 230,9 µg L-1, no afluente e

efluente de estação de tratamento de esgoto,

respectivamente. Os teores são maiores que os

encontrados estudos da literatura, com teores de NIM

menores que 30 µg L-1 em amostras de água doce e

de mar. Neste trabalho, estudos também foram

realizados para avaliar a possível persistência do

NIM em águas naturais devido ação da radiação UV-

VIS. Assim, ensaios de fotodegradação em ambiente

isento de radiação solar foram realizados com

recipientes de vidro contendo amostra enriquecida

com NIM (150 µg L-1) e irradiação com lâmpada de

vapor de Hg, durante 12 h. Os resultados indicam

que conforme ocorre um aumento do tempo de

irradiação a concentração de NIM em solução

aquosa diminiu. Após 4 e 8 h de ensaio, o teor de NIM

diminuiu de 30,23 para 16,67 µg L-1,

respectivamente. Após 12h notou-se a completa

degradação do fármaco, caracterizada pela ausência

do pico voltamétrico. Outros fatores podem

influenciar na degradação do NIM. Dessa forma,

outros estudos serão realizados com amostras de

água sintética. Outros ensaios indicaram que o

aumento da temperatura do meio não contribui na

degradação do NIM.

Conclusões

A voltametria se mostrou uma técnica de baixo custo

adequada para a determinação de NIM em águas

naturais e em estudo de fotodegradação.

Agradecimentos

FA-FPTI, FINEP, Capes, CNPq, Unicentro, UEPG.

____________________ 1Miranda, L.; Felsner, M. L..; Hoss, I.; Galli, A. e Quináia, S. P. Quim. Nova. 2015, 38, 419. 2Curtis, M. D.; Shiu, K.; Butler, W. M. e Huffmann, J. C. J. Am. Chem. Soc. 1986, 108, 3335.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 52

QA 42

Análise de pesticidas em águas superficiais

Mariana Bortholazzi Almeida (PG)1 *, Suzana Lucy Nixdorf (PQ)1.

*[email protected]

1.Universidade Estadual de Londrina – Centro de Ciências Exatas – Departamento de Química

Palavras Chave: agrotóxicos, atrazina, imazetapir, 2,4D, HPLC-UV, SPE.

Introdução

O comportamento do agrotóxico no ambiente é

bastante complexo. No ambiente as substâncias

sofrem processos físicos, químicos ou biológicos,

que modificam as suas propriedades e influenciam

no seu comportamento, toxicidade, além de gerarem

subprodutos. A análise de resíduos de agrotóxicos no

ambiente deve levar em consideração também a

baixa concentração e a presença de inúmeras

espécies interferentes. Adotando-se a técnica

consagrada da extração em fase sólida (SPE) para o

preparo das amostras, procurou-se desenvolver um

método cromatográfico capaz de analisar os

pesticidas 2,4 D, atrazina (ATZ) e imazetapir (IMZ)

em amostras de água superficial, possivelmente

contaminadas.

Resultados e Discussão

O método cromatográfico proposto para análise de

agrotóxicos em água de rio utilizou uma coluna

Hipersil Gold PFP (Thermo, EUA) que apresenta

maior seletividade e capacidade de separação de

compostos halogenados e aromáticos, como os

analitos de interesse, com fase móvel ácido fórmico

pH 3,00 e acetonitrila (75:25, v/v). As 9 amostras

coletadas foram previamente concentradas por SPE.

Os cromatogramas obtidos apresentaram uma

grande variedade de sinais analíticos (Fig. 1a), sendo

alguns em concentrações mais elevadas e presentes

em todos os pontos analisados. Dentre as 9 amostras

coletadas apenas 4 apresentaram IMZ e ATZ, não foi

detectado 2,4 D em nenhuma amostras. O

cromatograma típico para estes pesticidas e o

espectro UV estão apresentados na Fig. 1b. O

método cromatográfico apresentou-se linear na faixa

de 0,1 a 50 ppm com R2>0,999 para todas as curvas,

preciso (CV<5%), com LD e LQ de e 0,18 e 0,60

ppm para a ATZ; 0,15 e 0,51 ppm para o IMZ e 0,26

e 0,85 ppm para o 2,4 D. A amostra P4 apresentou

51,97 ppm para ATZ; a P5 476,27 ppm para IMZ; P7

e P9 142,80 e 148,5 ppm para ATZ e 368,22 e 148,45

ppm para IMZ. As amostras contendo ATZ

apresentaram valores muito acima do permitido pela

legislação vigente para águas superficiais, que é de

2 ppm. O IMZ não possui legislação. Não foi possível

detectar estes compostos nas demais amostras,

possivelmente devido a limitações do método de

detecção.

Figura 1. (a) Sobreposição do cromatograma das amostras.(b) Cromatograma típico e espectro UV para padrões de imazetapir(1), atrazina(2) e 2,4 D (3).

Conclusões O método cromatográfico mostrou-se adequado à

análise dos compostos alvo, com 4 amostras

contaminadas por dois destes. Estudos futuros

devem incluir a análise de demais contaminantes e

subprodutos, visto a variedade de sinal obtida, assim

como técnicas mais sensíveis como a espectrometria

de massas deverão ser empregadas para garantir a

detecção de compostos em concentração mais

baixa.

Agradecimentos À Capes pela bolsa concedida. 1Marchesan, E. et al., Ciência Rural. 2010, 40, 1053.

AU

0.000

0.005

0.010

0.015

0.020

0.025

0.030

0.035

0.040

Minutes

1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00 11.00 12.00 13.00 14.00 15.00 16.00 17.00 18.00 19.00

AU

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

Minutes

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00 11.00 12.00 13.00 14.00 15.00 16.00 17.00 18.00 19.00 20.00

5.444 Extracted

258.2

483.9

AU

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

0.22

nm

300.00 400.00 500.00 600.00 700.00 800.00

9.685 Extracted

222.7

262.9

483.9

AU

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

nm

300.00 400.00 500.00 600.00 700.00 800.0014.768 Extracted

228.6

283.1

385.7402.6431.7 483.9 554.6 614.6684.5696.8730.0

AU

0.000

0.010

0.020

0.030

0.040

0.050

0.060

0.070

0.080

0.090

0.100

0.110

nm

300.00 400.00 500.00 600.00 700.00 800.00

a

b

1

2

3

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 53

QA 43

Análise de Fitohormônios de Café Arábica em Diferentes Etapas do Ciclo

Fenológico do Cafeeiro

Pedro Henrique Hatumura1*(PG), Ieda Spacino Scarminio1(PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, CP 6001, Londrina – PR, 86051-990.

Palavras Chave: Coffee arabica, floração, fitohormônios, HPLC-DAD, métodos quimiométricos.

Introdução

Coffea arabica L. apresenta uma sucessão de fases

vegetativas e reprodutivas em função da sua reação

às condições do ambiente. No primeiro ano, são

formados os ramos vegetativos, depois se

desenvolvem as gemas florais que, quando maduras,

ficam prontas para a abertura das flores1. Os

cafeeiros são caracterizados por difícil manipulação

gênica, já que o seu florescimento é influenciado por

diversos fatores. Em todas as formas de indução

floral, os fitohormônios são as moléculas que

sinalizam para dar início ao surgimento de flores nas

plantas2. Com a florada, inicia-se o segundo ano a

partir do qual ocorre a formação dos grãos. Apesar

dos vários estudos sobre o café e seu ciclo

fenológico, a análise dos fitohormônios foi pouco

estudada. Por conseguinte, este projeto tem como

objetivo utilizar métodos quimiométricos associados

a dados espectroscópicos e cromatográficos para a

busca da quantificação dos fitohormônios na planta

do cafeeiro.

Parte Experimental

O plano de pesquisa foi constituído por manejo

relativo a quatro genótipos de Coffea arabica L.

(Iapar 59, IPR 106, Catuaí e Erreta). Os

fitohormônios serão determinados em frutos, folhas,

flores e gemas. A coleta das amostras foi realizada

60 dias antes da floração, durante a floração e 30,

100, 130, 190 e 250 dias após a floração. A Figura 1

detalha as posições onde foram feitas as coletas em

cada planta. A coleta foi realizada em triplicata nas

quatro cultivares, totalizando 12 plantas e 144 pontos

coletados para cada tipo de amostra. Todas as

coletas foram realizadas na sede do Instituto

Agronômico do Paraná (IAPAR) em Londrina. As

amostras obtidas serão utilizadas para a obtenção

dos extratos que serão analisados em HPLC-DAD.

Os resultados obtidos serão investigados por

métodos quimiométricos.

Figura 1. Esquema dos pontos coletados em cada planta.

Resultados Esperados

Será desenvolvida uma metodologia de extração de

fitohormônios de folhas, grãos, flores e gemas

originados de diferentes cultivares de plantas de café

arábica, na busca da quantificação da mesma em

diferentes partes e distintas fases fenológicas da

planta.

Agradecimentos

Os autores agradecem a CAPES, CNPq, Fundação

Araucária e Consórcio Brasileiro de Pesquisa Café.

____________________

1Camargo, A. P. de. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, 1985, 20, 831. 2Sauer, M.; Robert, S.; Kleine-Vehn, J. Auxin: simply complicated, Journal of Experimental Botany. 2013, 64, 2665.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 54

QA 44

Síntese, Caracterização e Aplicação de Adsorventes Poliméricos para

Pré-Concentração de Herbicidas e Posterior Determinação por HPLC-

DAD

Raquel Justo da Fonseca1,2 (PG)*, César Ricardo Teixeira Tarley 1,3(PQ).

*[email protected] 1 Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química. Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380, CEP 86050-

482, Londrina – PR. 2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Apucarana, CEP 86812-460, Apucarana – PR. 3 Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Bioanalítica, Departamento de Química Analítica - Universidade

Estadual de Campinas (UNICAMP), Cidade Universitária, CEP 13083-970, Campinas-SP.

Palavras Chave: herbicidas, multirresíduo, polímero orgânico, SPE, HPLC.

Introdução A SPE é umas das técnicas mais utilizadas antes de análises cromatográficas1, devido as suas vantagens com relação às técnicas de extração convencionais, sua facilidade de automação, simplicidade e custo reduzido. Comercialmente existe uma variedade de sorventes disponíveis, mas, estudos concernentes à síntese de novas fases extratoras baseadas em polímeros contendo agente de ligações cruzadas e monômeros funcionais, têm sido propostos para melhorar o desempenho da SPE no tocante a seletividade e resistência química. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo a síntese e avaliação as adsorventes poliméricos para a determinação de herbicida em águas com determinação por HPLC-DAD.

Resultados e Discussão Na síntese dos polímeros foram utilizados como agente de ligação cruzada trimetilpropano trimetacrilato (TRIM), iniciador radicalar (AIBN) e como solvente porogênico mistura de acetonitrila e clorofórmio (ACN:CHCl3,19:1, v/v) e monômero funcional 1-vinilidazol (VI) ou ácido metacríclico (MAA). Os materiais foram caracterizados por

FT-IR, MEV, BET, ATG e CHN. Para o estudo de caracterização foi escolhido como herbicida o Tebuthiuron. O efeito do pH na adsorção do herbicida nos materiais foi avaliado utilizando soluções em pH de 2 a 10 e agitados por 1 hora com 50 mg de adsorvente. Não houve diferença significativa na adsorção do herbicida em todas as faixas de pH para os dois polímeros. Estudos em batelada foram realizados para avaliar o tempo de equilíbrio do herbicida entre a fase sólida e a solução. Verificou-se que o tempo de equilíbrio foi de 20 min para ambos os polímeros. Modelos cinéticos foram aplicados aos dados experimentais e o que melhor se ajustou foi o de pseudo-segunda ordem para os dois materiais. Isotermas de adsorção em batelada foram realizadas para analisar o efeito do aumento da concentração na adsorção do herbicida nos materiais. Dentre os modelos de aplicados, o que melhor descreveu foi o de Langmuir-Freundlich para dois sítios com capacidade de máxima de adsorção de 213,89 e 186,76 mg de herbicida/g de polímero, para PVI e PMA respectivamente. Realizou-se estudos de pré-concentração e eluição em cartuchos de SPE, percolando 6 mL da solução do herbicida (20 mg L-1) em 200 mg de

PVI ou PMA condicionados no cartucho de SPE. Para a eluição foram testados diferentes solventes (diclorometano, acetona, etanol, clorofórmio, acetonitrila e metanol) utilizando alíquotas de 2mL (x3). A eluição quantitativa para os dois materiais foi obtida fazendo uso de metanol. Uma curva de ruptura foi construída percolando uma solução do herbicida de 100 mg L-1 em alíquotas de 5 mL. Através da leitura do efluente da coluna por HPLC determinou-se que a capacidade de adsorção no ponto de ruptura foi de 29,14 e 12,49 mg g-1 e a capacidade máxima de adsorção de 55,18 e 62,48 mg g-1 em condições dinâmicas para o PVI e o PMA, respectivamente. Para determinar as figuras de mérito do método, uma curva analítica foi construída com faixa linear de 0-200 µg L-1 percolando 50 mL de solução e eluindo com 3 mL de metanol. Os LOD para o PVI e PMA foram 0,07 e 0,11 µg L-1 e os LOQ foram 0,25 e 0,39 µg L-1 respectivamente, com fator de pré-concentração de 17,11 vezes para o PVI e 12,23 vezes para o PMA. A precisão analítica para o nível de 10 µg L-1 obteve RSD de 1,73 e 4,62 % e para o nível de 100 µg L-1 obteve-se 1,43 e 1,96% para o PVI e PMA respectivamente. O método foi aplicado em amostras reais de rio enriquecidas com 3 e 15 µg L-1 com recuperação de 100,26 e 99,83% para o PVI e 98,33 e 99,93% para o PMA respectivamente. Estudos de pré-concentração multirresíduo de herbicidas (diuron, tebuthiuron, ametrin e hexazinone) foram realizados onde se observou que os mateirais propostos possuem grande afinidade com os herbicidas.

Conclusões Os estudos mostraram que tanto o poli(vinilimidazol) quanto o poli (ácido metacrílico) são promissores na extração/pré-concentração do herbicida tebuthiuron em águas superficiais. Mediante as características satisfatórias obtidas até o momento, uma metodologia de pré-concentração e determinação multirresíduo de herbicidas está sendo desenvolvida e aplicada

Agradecimentos UEL, UTFPR, INCTBioAnalítica, Capes, CNPq e

Fundação Araucária. ____________________________________ 1Melo L.F.C.; Collins C.H.; Jardim I.C.S.F. J. Chromatogr. A. 2005, 1073, 75.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 55

QA 45

Tratamento em reator facultativo de lodo ativado gerado pela indústria

de alimentos

Rosimara Zittel¹ (PG)*, Sandro Xavier de Campos1(PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa, Doutorado em Química.

Palavras Chave: lodo ativado, reatores, razão C/N

Introdução

A destinação de resíduos sólidos é um dos maiores

problemas ambientais nos dias atuais. A

biodegradação é uma alternativa viável para o

tratamento de diferentes resíduos orgânicos sólidos.

Os lodos industriais são ricos em matéria orgânica e

micronutrientes e esse substrato necessita de

tratamento antes da disposição final para eliminação

de patógenos, sendo a biodegradação um processo

eficiente¹. Reatores tem sido uma tecnologia

promissora para o processo de degradação

microbiológica, oferecendo vantagens, tais como:

ausência de odor e de emissão de poluentes,

utilização de fontes diversas de resíduos orgânicos e

uma alternativa econômica². Os experimentos foram

realizados nas instalações da Universidade, com a

montagem de três reatores facultativos: R1 (lodo e

serragem); R2 (lodo e cepilho) e R3 (lodo e poda de

jardim). O monitoramento do processo será realizado

através de análises físico-químicas, biológicas e

espectroscópicas, no período de 180 dias. A

amostragem será realizada em diferentes camadas

dos reatores. Este trabalho tem como objetivo avaliar

a viabilidade de degradação de lodo industrial em

reator facultativo, utilizando diferentes tamanhos de

partículas de agentes estruturantes.

Resultados e Discussão

A razão C/N inicial para os reatores R1, R2 e R3 foi

de 12, 12 e 14, respectivamente. Essa razão é um

parâmetro importante na atividade microbiológica. O

lodo é um resíduo rico em nitrogênio, portanto

necessita ser misturado a resíduos ricos em carbono,

e estes devem ser adicionados para aumentar a

porosidade da mistura e melhorar o efeito da difusão

do oxigênio na massa. Além disso, afetam a duração

da fase termofílica³. Esta fase ocorre no período

inicial e é caracterizada por temperaturas entre 45ºC

e 55ºC, favorecendo a destruição dos agentes

patogênicos. No segundo dia após a deposição de

lodo, observou-se que a média de temperatura foi de

52ºC no reator R3 e, entre o terceiro e quinto dias, a

média alcançou 47ºC. Entretanto, nos reatores R1 e

R2, não ocorreu o acréscimo da temperatura, não

atingindo a fase termofílica. Nos reatores facultativos

existem regiões aeróbias e anaeróbias e o tamanho

das partículas dos resíduos exerce significativa

influência no processo. Os resultados iniciais para o

reator R3 mostraram que, a poda de jardim utilizada

como agente estruturante e razão C/N inicial de 14,

contribuíram para a elevada atividade microbiológica.

Para os reatores R1 e R2 a razão C/N inicial e o

tamanho das partículas influenciou

desfavoravelmente na atividade microbiológica e na

evolução do processo.

Conclusões

A biodegradação em reatores constitui uma

alternativa econômica e ambientalmente viável para

a estabilização de resíduos orgânicos industriais. Em

análise aos resultados, verificou-se que, o reator R3

apresentou parâmetros iniciais favoráveis à

degradação, entretanto, a partir da ineficiência dos

reatores R1 e R2, novos estudos serão realizados a

fim de verificar quais parâmetros iniciais são

eficientes para a degradação do resíduo de lodo

industrial em sistema de reatores facultativos.

____________________

¹ US-EPA, R-92. Control of Pathogens and Vector Attraction in Sewage Sludge, 2003. ² Kopcic, N. et al. Chemical Biochemical Engineering Quarterly, 2013, 27 (1), 57-64. ³ Chang, J. I.; Chen, Y. J. Bioresource Technology, 2010, 101, 5917-5924.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 56

QA 46

Adaptação de metodologia analítica de extração de pesticidas

organoclorados em peixe utilizando como detector CG-MS

Tatiana Roselena de Oliveira Stremel1* (PG), Sandro Xavier de Campos2 (PQ).

*[email protected]

1Laboratório de Química Analítica Ambiental e Sanitária (QAAS).

Palavras Chave: pesticidas organoclorados, extração, ultrassom.

Introdução

O preparo da amostra é o processo de transformação de uma amostra em uma forma que é adequada para a análise. Envolve etapas como o pré-tratamento da amostra em função da complexidade das mesmas e das baixas concentrações dos compostos alvo, eliminando interferentes, alcançando os limites de detecção e quantificação requeridos pela técnica empregada. Várias são as técnicas empregadas para o preparo de amostras de peixe para determinação de pesticidas organoclorados, a maioria delas dispende um longo tempo de preparo e grandes volumes de solventes. Neste sentido o objetivo deste trabalho foi adaptar e otimizar uma metodologia de extração utilizando o ultrassom, tendo como ponto de partida a metodologia preconizada pela USEPA (3550b), 1996.

Resultados e Discussão

A espécie selecionada foi a Tilápia (Oreochromis niloticus). Inicialmente os solventes acetonitrila e acetona foram utilizados em testes para verificar a recuperação do padrão. Foi possível verificar que dos dois solventes utilizados o que apresentou a melhor recuperação nas condições teste foi a acetonitrila. Verificou-se ainda que nestas condições, utilizando a acetona como solvente de extração, tem-se a extração de colesterol. Como este composto pode diminuir a vida útil da coluna, a acetona foi descartada como solvente de extração. A metodologia adaptada consistiu em pesar 5 gramas de tecido, adicionou-se 10 gramas de Na2SO4, padrão surrogate e 50 mL de acetonitrila grau pesticida. Sonicou-se por 3 minutos e centrifugou-se a 2000 rpm. Reservou-se o solvente, o procedimento foi efetuado três vezes. O solvente foi rotaevaporado até 1 mL. À esse solvente em um tubo de centrifuga, foi adicionado 0,30 g de MgSO4 e 0,05 g de PSA e C18, agitou-se por 1 minuto no vórtex e centrifugou-se a 4000 rpm por 5 minutos. O sobrenadante foi retirado com uma micropipeta e armazenado em um vial para posterior injeção.

As recuperações estiveram entre 80 e 120%,

demonstrando que o método é eficaz para a extração

de pesticidas organoclorados em músculo de peixe.

Um cromatograma representativo da extração do

padrão analítico esta expresso na Figura 1.

Figura 1. Cromatograma representativo de padrão analítico por

utilizando acetonitrila como solvente de extração.

Conclusões

Pode-se concluir que a acetonitrila é um solvente

adequado para a extração de pesticidas

organoclorados em amostras de peixe utilizando

como método o ultrassom.

Agradecimentos

Os autores agradecem à CAPES pelo auxílio

financeiro e ao CLABMU pela disponibilidade de

equipamentos.

____________________

1USEPA. Ultrasonic extraction. Method 3550b. 1996

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 57

QA 47

Determinação de Pb, Cd e Ni em Amostras Biológicas de Bovinos para o

Biomonitoramento Ambiental

Tatiane Milão de Oliveira (PG)1a*, Karin Cristiane Justi (PQ)1a, Jayme Augusto Peres (PQ)1b.

*[email protected]

1aDepartamento de Química, 1bDepartamento de Medicina Veterinária, Universidade Estadual do Centro-Oeste –

UNICENTRO, 85040-080 Guarapuava, PR, Brasil.

Palavras Chave: Chumbo, cádmio, níquel, animais bovinos, amostras biológicas.

Introdução

Os metais tóxicos podem ser inseridos no

meio ambiente pela atividade do homem ou por

origens geológicas. Estes metais podem transferir-se

nos solos pelo uso de fertilizantes e inseticidas,

deposição atmosférica e/ou intemperismo da rocha

matriz 1. As espécies metálicas constituem uma das

maiores fontes de contaminação do meio ambiente,

ocasionando grande impacto ambiental, econômico e

de saúde pública; se distinguem de outros poluentes

tóxicos pelo fato de não serem biodegradáveis 2.

Os animais devido ao seu prolongado

período de exposição aos contaminantes ambientais

acumulam os metais em seu organismo servindo

portanto como biomonitores ambientais. O

biomonitoramento ambiental é muito importante, já

que tem como finalidade prevenir a contaminação

humana por metais tóxicos devido ao consumo de

produtos derivados de animais contaminados, já que

os metais tóxicos tem grande valor acumulativo e não

são degradados com os métodos de preparo de

conservação e preparo dos alimentos 3.

Resultados Esperados

O trabalho tem como objetivo determinar a presença

de Pb, Cd e Ni em amostras biológicas de bovinos,

como sangue e leite. O foco principal do trabalho é

avaliar se há diferenças significativas dos metais,

avaliando o leite de cada teto do animal em

separado, considerando que cada teto possui

estrutura anatômica diferenciada, produzindo leite

em quantidade e qualidade diferentes.

Espera-se otimizar e validar uma metodologia

analítica para determinação de Pb, Cd e Ni para as

amostras de sangue e leite bovino. Analisar se há

diferenças significativas entre amostras de leite do

mesmo animal. Verificar se há diferenças na

concentração dos metais entre animais sadios e

doentes (mastite). Realizar um monitoramento da

região de Guarapuava-PR.

Agradecimentos

Coamig e CAPES.

____________________

1Mass, S.; Lucot, E.; Gimbert, F.; Crini, N.; Badot, P-M. Food Chemistry. 2011, 129, 7-12. 2Bakkali, k.; Martos, N.R.; Souhail, B.; Ballesteros, E. Food Chemistry. 2009, 116, 590-594. 3Peres, J.A.; Sakate, M. Tese de Doutorado, 2009.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 58

QA 48

Potenciais aplicações da espectroscopia NIR e cromatografia no estudo

da qualidade do café

Tiago B. Madeira1* (PG), Suzana L. Nixdorf1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445 Km 380, Campus

Universitário, Cx. Postal 10.011, CEP 86.057-970, Londrina – PR.

Palavras Chave: HPLC-HPAE-PAD, NIR, Café, Adulteração, Quimiometria.

Introdução O café é um dos produtos básicos mais valiosos,

sendo a 2ª mercadoria mais comercializada no

mundo, perdendo apenas para o petróleo1. A

qualidade final da bebida do café está

intrinsecamente relacionada à composição dos

grãos, sendo que outras variáveis como processos

pós-colheita e o grau de torra, afetam diretamente

seu sabor2. Segundo a legislação, o teor máximo de

impurezas permitido para o café torrado e moído é de

1%3. Consequentemente, várias têm sido as técnicas

analíticas empregadas na investigação dos

constituintes químicos do café, destacando-se a

cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC)4 e

espectroscopia no infravermelho próximo (NIR).

Aplicações do NIR estão em ascensão, pela rapidez,

simplicidade e sustentabilidade da técnica,

considerando sua capacidade em determinar

diversos parâmetros simultaneamente, sem a

necessidade do preparo de amostras, após

calibração5. O objetivo deste trabalho foi demonstrar

algumas das potenciais aplicações do HPLC e NIR

na diferenciação da qualidade de cafés,

considerando diferentes variedades de bebida

superior e inferior, além de adulterantes.

Resultados e Discussão Amostras de cafés arabica, premiados pela boa

qualidade sensorial em Concursos promovidos pela

EMATER - Café Qualidade Paraná (CQP), foram

analisadas por HPLC e NIR. Um banco de dados

espectral foi criado no NIR para amostras de cafés

crus (41 dos CQP de 2012 e 2013) e cafés torrados

(19 do CQP de 2013). Visando obter um espectro

representativo dos cafés de boa qualidade crus e

torrados, uma mistura (blend) contendo quantidades

iguais de todas as amostras foi analisada. Amostras

de diversos adulterantes torrados, comumente

adicionados ao café torrado e moído, também foram

avaliadas. Os espectros resultantes foram extraídos

do NIR sem nenhum tipo de tratamento matemático

e submetidos á técnicas de análise multivariada,

sendo que as técnicas de agrupamento hierárquico

(AH) e análises de componentes principais (ACP)

permitiram diferenciar as matrizes. Empregando o

método baseado na extração da ISO 11.292 (1995),

que utiliza a cromatografia líquida de alta eficiência

com troca aniônica e detecção eletroquímica pulso

amperométrico (HPLC-HPAE-PAD) através do

planejamento simplex-centroide de misturas foi

possível realizar a diferenciação entre cafés torrados

de qualidade superior (arábica) e bebida inferior

(robusta), após tratamento de dados por AH e ACP.

Conclusões Os espectros NIR das amostras premiadas

mostraram correlação com as classificações obtidas

nos Concursos pela análise sensorial.

A espectroscopia NIR associada á técnicas de

análise multivariada possibilitou separar em grupos

as diferentes matrizes de: adulterantes; cafés

premiados pela boa qualidade sensorial, crus e

torrados; e cafés comerciais.

O HPLC-HPAE-PAD associado à análise multivariada

permitiu diferenciar os cafés torrados e moídos

arábica, pelos menores teores de monossacarídeos,

em relação aos cafés robusta.

Agradecimentos À CAPES, ao CNPq e à Fundação Araucária pelas

bolsas de estudos.

1Nabais, J.V.; Carrott, P.; Carrott, M. M. L. R.; Luz, V.; Ortiiz, A. L. Bioresource Technology, 2008. v.99, p.7224-7231. 2MELO, W.L.B. Embrapa: Comunicado Técnico 58, São Carlos, 2004. 3BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº377 de 26 de abril de 1999. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, n.80, p.22-29, 1999. Seção 1. 4Domingues, D. S., Pauli, E. D., Abreu, J. E. M., Massura, F. W., Cristiano, V., Santos, M. J., Nixdorf, S. L. Food Chemistry. 146. 353–362., 2014. 5Santos, K. M.; Moura, M. F. V.; Azevedo, F. G.; Lima, K. M. G.; Raimundo Jr., I. M.; Pasquini, C. Anal. Chem. Lett., 2012 45, (7) 774-781.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 60

QI 49

Efeito da adição de FeO, Al2O3 e ZnO na fase vítrea no desenvolvimento

microestrutural e propriedades mecânicas de porcelanas triaxiais.

Aldo Przybysz1 (PQ)*, Adilson Luiz chinelatto2 (PQ), Fauze Jacó Anaissi1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro Oeste, UNICENTRO, R. Simão Camargo Varela de Sá, 03, CEP 85040-080,

Guarapuava, PR, Brasil. 2Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Av. General Carlos Cavalcante,4748, CEP 84030-900, Ponta Grossa,

PR, Brasil

Palavras Chave: Porcelanas, Sinterização, Microestruturas.

Introdução

Porcelanas são materiais multifásicos produzidos a

partir de matérias-primas naturais o que faz desses

produtos de baixo custo com uma grande variedade

de aplicação. Basicamente as porcelanas são

formadas por caulim, feldspato e quartzo e/ou

alumina. É durante o processo de sinterização que

ocorrem diversas reações químicas sendo essas

afetadas pela temperatura, tempo, atmosfera do

formo e composição da massa cerâmica. Após a

sinterização as principais fases cristalinas

encontradas são, a mulita e o quartzo e/ou alumina

dependendo do tipo de porcelana. Essas fases ficam

envolvidas por uma fase vítrea. Uma modificação na

composição das matérias-primas, quanto na massa

cerâmica altera as característica da fase líquida e por

consequência as propriedades do produto final.

Resultados e Discussão

Espera-se que os óxidos de ferro (FeO) e Zinco

(ZnO) caracterizados como elementos modificadores

de rede, atuem diretamente na fase vítrea durante o

processo de sinterização, modificando a viscosidade

desta, de maneira a diminuir a temperatura de

queima e melhorando a resistência do produto. O

óxido de alumínio (Al2O3) é caracterizado como

elemento intermediário formando uma das fases

cristalinas presentes, aumentando dessa maneira a

resistência mecânica do produto final, de acordo com

a microestrutura representada na Figura 1. A

resistência mecânica é adquirida pelo produto após

esse ser submetido ao processo de sinterização via

fase líquida, que após o resfriamento da origem a

fase vítrea. A viscosidade do líquido formado durante

a sinterização influência diretamente na resistência

mecânica final, devido a possível existência de poros

e formato desses também influência na resistência

mecânica. Poros com formas arredondadas tendem

a minimizar a concentração de tensão interna, ao

contrário dos poros com formatos irregular.

Dessa maneira à adequada temperatura e

composição da fase vítrea durante o processo de

sinterização é a chave para melhorar a resistência

mecânica final das porcelanas.

Figura 1. Microestrutura de porcelana triaxial aluminosa silicosa, composta por cristais de alumina e quartzo envolvidos pela fase vítrea.

Conclusões

Entre as fases presentes na estrutura das

porcelanas, a mais frágil é a fase vítrea, e a adição

de fontes de (FeO), (ZnO) e (Al2O3) alteram de

maneira significativa o desenvolvimento da

microestrutura e as propriedades mecânicas final.

Agradecimentos

Aos colegas do LabMat, que colaboram para o

desenvolvimento deste trabalho.

_____________________ 1-Chiang, Y. M; Birnie III, D.; Kingery, W. D., Physical Ceramics, J. Wiley 1997, 343 – 345. 2-Norton, F. H., Introdução a tecnologia cerâmica. Editora Edgard Blucher Ltda – São Paulo. 3-Sanchez, E., Ortz, M.J., García-Ten, J., Cantavella, V. Cerâmica Industrial, Setembro/Outubro, 15-20.

Cristais de

alumina

Poros

Fase vítrea

Cristais de

quartzo

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 61

QI 50

Estudos das propriedades estruturais e eletroquímicas do compósito

eletroativo Lap_CoO(OH)

Andréia Stadnik1 (PG)*, Fauze Jacó Anaissi1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Exatas e da Terra, Departamento de Química, Laboratório de

Materiais e Compostos Inorgânicos, Rua Simeão Varela de Sá, 03. CEP: 85040-080 – Guarapuava, Paraná.

Palavras Chave: Laponita, óxi-hidróxido de cobalto, compósito, caracterização

Introdução

A busca por novos materiais com características e propriedades específicas vem despertando interesse em argilominerais. Devido a formação de agregados moleculares e sistemas híbridos, as partículas servem como um andaime para as reações de polimerização [1]. Combinam-se á outros materiais como óxi-hidróxido de cobalto, que possui propriedades semicondutoras [2], boa atividade eletrocatalítica, estabilidade em condições alcalinas [3], entre outras. Desta forma, estudou-se as alterações nas propriedades de Lap_CoO(OH) a partir de Laponita e do CoO(OH).

Resultados e Discussão

O preparo do híbrido [Lap_CoO(OH)] ocorreu pela

mistura da argila Laponita com CoO(OH) coloidal

(adicionado lentamente), que foi mantida sob

agitação constante por 24 horas, e lavagem do

material. O TG-DTA, mostra as curvas de

decomposições térmicas para Laponita (A) e o

respectivo híbrido Lap_CoO(OH) (B) (Fig. 1).

Figura 1. TG-DTA para: A) Laponita e B) Lap_CoO(OH). Condições: temperatura ambiente até 1000°C, rampa de aquecimento de 15°C/min, atmosfera de ar comprimido (O2), panela de Pt e alumina como referência.

As imagens de MEV (Fig. 2) mostram os tamanhos e

formas das partículas diferenciadas, Laponita (Fig.

2.A) e Lap_CoO(OH) (Fig. 2.B). Diferenças no

comportamento eletroquímico Lap_CoO(OH) foram

avaliadas através da voltametria cíclica (VC), tanto

no eletrodo de Pt como de Au, para comparação, Fig.

3.

Figura 2. Imagens de MEV: A) Laponita, B) Lap_CoO(OH).

Figura 3. VCs dos EQM’s com o modificador Lap_CoO(OH): A) eletrodo de Platina (Pt), e B) eletrodo de ouro (Au).

Conclusões

O compósito Lap_CoO(OH) apresenta características estruturais e eletroquímicas do material intercalado CoO(OH) e demonstra melhor resposta em eletrodo de Au, devido a maior sensibilidade.

Agradecimentos

Os autores agradecem as agências de fomento CAPES, FINEP, CNPq. __________________ 1Hill, E. H.; Zhang, Y.; Whitten, D. G. Journal of Colloid and Interface Science, 2004. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcis.2014.12.006 2Tobias, J.R.; Wass, J.; Panas, I.; Ásbjörnsson, J.; Ahlberg, E. Journal of Electroanalytical Chemistry, 2007, 599, 295-312. 3Fan, L.F.; Wu, X.Q.; Guo, M.D.; Gao, Y.T. Electrochimica Acta, 2007, 52, 3654-3659.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 62

QI 51

Síntese do α-MoO3 obtido por método solvotérmico de baixo custo

Andressa Antunes Bortoti (PG)*, Amanda Gavanski (IC), Eryza Guimarães de Castro (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Exatas e da Terra, Departamento de Química, Laboratório de

Materiais e Compostos Inorgânicos - LabMat, Guarapuava, Paraná

Palavras Chave: Óxido de molibdênio, Síntese, Baixa temperatura, Caracterização, Defeitos

Introdução

O trióxido de molibdênio MoO3 representa uma

importante classe de materiais multifuncionais que

são intensivamente estudados devido ao seu rico

polimorfismo. A fase ortorrômbica (α-MoO3) é

termodinamicamente estável, apresenta coloração

branca ou cinza1, e apresenta estrutura lamelar.

Sendo empregado em catálise oxidativa de alcoóis1

e desidrogenação oxidativa de alcanos2 , baterias3,

supercapacitores4, em sensors de gás e células

solares5. Os métodos relatados na literatura sobre

obtenção de MoO3 tratam de rotas que demandam

precursores de molibdênio ou tratamentos de custo

elevado ou alta temperatura. E nem sempre essas

rotas conduzem ao material puro ou com tamanho

controlado. As vantagens do método solvotérmico é

que utiliza uma rota fácil e de baixo custo para

obtenção do óxido de molibdênio, com tamanho

reduzido.

Resultados e Discussão

O MoO3 foi obtido pelo método solvotérmico usando

refluxo em meio ácido a 100 °C a partir do MoS2 O

sólido obtido foi lavado com água, centrifugado várias

vezes e seco em estufa à vácuo a 50 °C. O produto

final é um pó de coloração cinza azulado. Medidas

estruturais e morfologicas foram realizadas para

caracterizar o material. A Figura 1 mostra os DRX dos

óxidos de molibdênio obtido pela rota proposta,

calcinado, comercial e o precursor MoS2. É possível

identificar que trata-se do polimorfo do tipo α-MoO32,

que o material sintetizado é policristalino e a

intensidade do pico (040) indica seu crescimento

preferencial em um sentido, esse comportamento

também foi observado pela imagem de HRSEM. A

imagem de HRTEM mostra um material com muitos

defeitos estruturais como pode ser observado pela

difração de elétrons, onde existe “pontos” que estão

bem definidos e que indicam a cristalinidade do

material e vários pontos com muita difração,

indicando esses defeitos estruturais.

Figura 1. DRX do MoO3 obtido por método solvotérmico,

calcinado, comercial e precursor MoS2. Imagens HRSEM,

difração de elétrons e HRTEM do MoO3_Cz.

Conclusões

O produto final obtido apresentou características

interessantes, mostrando que o método é eficiente

para obtenção de óxido de molibdênio em tamanho

reduzido, quando comparado ao obtido por métodos

convencionais como a calcinação. Estudos estão em

andamento para viabilizar seu uso em sensores e

dispositivos eletrônicos.

Agradecimentos

Os autores agradecem a GQM-UFPR e ICN2 pelas imagens e as agências de fomento CAPES, CNPq e Fundação Araucária. ___________________

1 Mizushima T, et al. Catal Comm. 2011, 13. 2 Chen K, et al.. In Studies in Surface Science and Catalysis, 2001, 507-512: Elsevier 3 Yang LC, et al. J Power Sources. 2008, 179. 4 Mendoza-Sánchez B, et al. Electrochimica Acta. 2013, 91. 5 Chiam SY, et al. Sol Energ Mat Sol C. 2012, 99.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 63

QI 52

Degradação Fotocalítica de poluentes emergentes empregando TiO2

imobilizado em acetato de celulose

Angélica de Sousa Hrysyk (PG)*1, Sérgio Toshio Fujiwara (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Química, Avenida General Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.

Palavras Chave: processos oxidativos avançados, sinvastatina, losartan.

Introdução A presença de produtos com atividade

farmacológica em águas naturais passou a ser considerado um sério problema de saúde pública, em função dos efeitos adversos que podem ser provocados pela sua presença e baixa eficiência de remoção apresentada pelos sistemas de tratamento da água 1,2. Diversas pesquisas têm sido desenvolvidas na busca de novas formas de tratamento, apresentam destaque os processos de oxidação avançada (POA’s), que possuem eficiente degradação de micropoluentes 3.

Resultados e Discussão Para promover a degradação dos fármacos

sinvastatina e losartan, foi sintetizado o material constituído por dióxido de titânio e acetato de celulose. Caracterização do Material TiO2/AC - Termogravimetria e Análise Térmica Diferencial

Figura 1. Análises TG/DTA para TiO2/AC.

Observam-se três perdas de massas; pico

exotérmico, atribuída à perda de água; pico

exotérmico corresponde à perda pela queima da

matéria orgânica e pico endotérmico referente à

formação de óxidos cerâmicos.

Ensaios de degradação da sinvastatina e losartan foram realizados no reator fotoquímico com TiO2/AC. As porcentagens de degradação do losartan foram determinadas no UV/Vis (Figura 2).

Figura 2. Degradação de losartan com TiO2/AC.

As análises dos produtos obtidos da sinvastatina

foram realizadas utilizando GC/MS (figura 3).

Figura 3. Proposta de produtos de degradação para a sinvastatina.

Conclusões O material TiO2/AC tem se mostrado eficiente

obtendo em média 99% de degradação da sinvastatina e 85% do losartan.

Agradecimentos

___________________ 1Da Cruz, L. H.; Henning, F.; Dos Santos, A. B.; Peralta-Zamora, P. Quím. Nova. 2010, 33, 1270. 2Hereber T. Toxicology Letters. 2002. 131.5–17. 3Andreozzi, R; Caprio, V; Insola, A; Marotta, R; Catal. Today. 1999, 53, 51.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 64

QI 53

Síntese e caracterização de um novo material híbrido orgânico-

inorgânico aplicado na modificação de eletrodos eletroquímicos

Ariane Caroline Ribicki1 (PG)*, Bianca Chemin1 (IC), Luana Borges Soares1 (IC), Sérgio Toshio

Fujiwara1 (PQ).

*[email protected]

1 Universidade Estadual de Ponta Grossa- PR

Palavras Chave: silsesquioxano, processo sol-gel, filmes.

Introdução

Os silsesquioxanos, classe de materiais híbridos

orgânicos- inorgânicos, sobressaem muitas vezes a

outros compostos de similar natureza, devido à sua

ampla gama de estruturas que podem ser

construídas, as quais permitem variadas aplicações

científicas e tecnológicas, tais como na área

eletroquímica1. O presente trabalho, apresenta a

síntese pelo método sol- gel e caracterização do

novo silsesquioxano denominado cloreto de 3-n-

propil-(4-aminometil)-piridínio e com a pretensão de

avaliar a sua eficácia na modificação de eletrodos,

visando determinações de espécies de interesse

biológico e ambiental, foram caracterizados filmes

crescidos por meio da técnica Layer-by-Layer (LBL)

com diferentes bicamadas contendo o novo

polieletrólito e ftalocianina tetrasulfonada de níquel

(NiTsPc).

Resultados e Discussão

A síntese envolve dois processos sintéticos. O

primeiro visa a formação da rede silícica formada

pelas reações de hidrólise e condensação dos

reagentes precursores. Após a formação da rede

inorgânica do material (precursor), a segunda parte

da síntese envolve a reação de substituição

nucleofílica, incorporando o 4- aminometilpiridina à

matriz do material, tendo o cloreto como grupo de

saída2. As caracterizações por UV- VIS e FTIR,

respectivamente apontam para a estrutura proposta.

Uma banda em 258 nm refere-se as transições *

do anel aromático da molécula. Bandas em 1124 cm-

1 e 1070 cm-1 correspondem a estiramento as(Si-O-

Si), em 794 cm-1 tem-se estiramento sim(Si-O-Si).

Bandas que justificam à ancoragem do grupamento

orgânico estão em 1311 cm-1 e 1614 cm-1 referentes

as vibrações de deformações axiais do anel. Foi

realizado também o RMN 13C, em que foram

verificados deslocamentos químicos na faixa de 150

ppm e 125 ppm atribuídos ao 4- aminometilpiridina.

Os deslocamentos químicos entre 9 ppm, 20 ppm e

62 ppm são relacionados à rede de sílica do material.

Com o propósito de analisar a morfologia do

silsesquioxano formado, foram realizadas

micrografias por FEG, mostrando diferenças entre o

precursor silícico e o composto final, o primeiro

apresentando- se com uma estrutura em camadas e

o segundo apresentando a formação de agregados,

já o mapeamento realizado por EDS, exibiu um

material com elevada homogeneidade. A

caracterização do filme por UV- VIS contendo o

polieletrólito sintetizado e a NiTsPc ambos crescidos

em ITO, revelou um crescimento linear em 632 nm

(R= 0,99859) e em 673 nm (R= 0,99839) da primeira

a décima primeira bicamada.

Conclusões

A síntese do cloreto de 3-n-propil-(4-aminometil)-

piridínio silsesquioxano foi executada e as

caracterizações mostradas foram bastante

promissoras, mas precisa-se de outras que

confirmem os resultados obtidos e que apresentem

novas informações como o RMN 29 Si. O crescimento

linear do filme também apresentou- se favorável para

a modificação de eletrodos.

Agradecimentos

UEPG, CAPES e C- LABMU.

________________

1 Mamede, N.; Prado, L. Química Nova, 2005, 28(2), 281-288. 2 Walcarius, A.; Collinson, M. M. Annual Rewiew of Analytical Chemistry, 2009, 121-143.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 65

QI 54

Desenvolvimento de Sensores e Biossensores Eletroquímicos utilizando diferentes metodologias de preparação

Cleverson S. Santos (PG)*, Rosana Mossanha (PG), Christiana A. Pessôa (PQ). *[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa- PR.

Palavras Chave: Self assembled monolayer, imunossensor, carbono grafite, eletrodeposição.

Introdução

Sensores eletroquímicos são frequentemente empregados no controle de qualidade, em análises laboratoriais e também em diagnósticos clínicos. Há diversas técnicas que permitem a construção de sensores e biossensores eletroquímicos, dentre elas pode-se destacar: a eletrodeposição e a self assembled monolayer (SAM). Desta forma, a primeira parte deste trabalho consiste na modificação de eletrodos de carbono, extraídos de pilhas Zn/Mn exauridas, modificados pela eletrodeposição. Em uma segunda etapa do trabalho, será desenvolvido um imunosensor a base de um eletrodo de ouro modificado com o ácido 3-mercaptopropiônico (3-MPA) aplicado na detecção de anticorpos Tripanossoma cruzi (Ab) em amostras de soro.

Resultados e Discussão

1. Modificação do eletrodo de carbono extraído de pilhas exauridas por eletrodeposição (CG/Au). As caracterizações por energia dispersiva (EDS) e por difração de raios-X mostraram que a amostra é constituída por 99,0 % de carbonos arranjados em uma estrutura hexagonal, característico de amostras de carbono grafite. As variáveis concentração do precursor metálico (HAuCl4), tempo e potencial de eletrodeposição foram otimizadas e os melhores resultados obtidos foram: concentração de 10,0 mmol L-1, tempo de 700s e potencial de 0,3 V. Comparando os voltamogramas dos eletrodos não modificados de ouro e de carbono (CG), verificou-se que o eletrodo de carbono modificado com microestruturas de ouro (CG/Au) apresentou as maiores intensidades de correntes de picos (Ipa = 1,68 e Ipc = 1,74 mA.cm-2) e os menores potenciais de picos (Epa = 0,27 V e Epc = 0,18 V). Estes resultados corroboram com os resultados de impedância, pois o CG/Au foi o eletrodo que apresentou à menor resistência a transferência de

carga (Rct = 10,2 ), confirmando as propriedades eletrocatalíticas das microestruturas eletrodepositadas. O eletrodo poderá ser aplicado na detecção de dopamina na presença de possíveis interferentes. 2. Imunosensor a base de eletrodo de Au modificado com o ácido 3-mercaptopropiônico

(3-MPA) para detecção de anticorpos Tripanossoma cruzi (Ab) (Au/MPA/Ag/BSA). As condições otimizadas do processo de modificação do eletrodo de Au com 3-MPA foram: concentração de 3-MPA de 10,0 mmol L-1 com tempo de imersão de 180 min. Sobre a plataforma Au/MPA os Ag foram covalentemente imobilizados, sendo que a concentração de Ag foi avaliada e a melhor condição foi de 0,5 g L-1. Os possíveis sítios de ligação não específicos foram bloqueados com albumina de soro bovino. O tempo de imersão do Au/MPA/Ag/BSA na solução Ab foi 30 min. A seletividade do eletrodo foi avaliada tanto na presença de Ab T.cruzi como de Ab toxoplasmose. Os resultados de EIE mostraram que o Au/MPA/Ag/BSA na presença somente da

[Fe(CN)6]3-/4- apresentou Rct = 1,89 K. As medidas em amostras não infectadas e infectadas com Ab de toxoplasmose apresentaram Rct iguais a 2,31 e 2,75

K, respectivamente. No entanto, após a incubação

na solução de Ab T. cruzi a Rct foi de 4,16 K. Este aumento na Rct ocorreu devido à formação do imunocomplexo Ag-Ab.

Conclusões

O CG/Au apresentou-se como uma alternativa promissora no desenvolvimento de sensores, pois os resultados voltamétricos e de EIE mostram que o mesmo apresentou as maiores Ip e o menor ΔEp, fato que corrobora com a menor Rct em comparação aos eletrodos não modificados. Ressalta-se que o eletrodo é de baixo custo, ecologicamente correto e o processo de modificação pode ser aplicado em escala industrial.

As otimizações realizadas no processo de construção do imunossensor Au/MPA/Ag/BSA foram fundamentais para a detecção de Ab T. cruzi, pois o sensor apresentou-se sensível e seletivo no diagnóstico qualitativo da doença de chagas em amostras de soro.

Agradecimentos

CAPES, Fundação araucária.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 66

QI 55

Desenvolvimento de Imunossensor Impedanciométrico Label-Frre para a

detecção de doenças parasitárias endêmicas

Cristiane. A. Erdmann (PG)1*, Jarem R.Garcia (PQ)1, Karen Wohnrath (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa, Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 – Ponta Grossa – PR – Brasil

Palavras Chave: Chagas, Layer by Layer, Imunossensor Impedanciométrico

Introdução

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS 2010), mais de um bilhão de pessoas estão infectadas com doenças parasitárias endêmicas, sendo assim os métodos de detecção são fundamentais para orientar ações corretas no caso de infecção. Esses métodos devem apresentar baixo custo, fácil uso e portabilidade. Sendo assim, os imunossensores apresentam-se como uma ferramenta promissora na detecção de doenças negligenciadas. Os imunossensores eletroquímicos são constituídos de um transdutor e sobre ele é imobilizado um antígeno (AG) ou anticorpo (AB)1. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a obtenção de eletrodos modificados para a detecção e anticorpos da Doença de Chagas. Para isto, dois eletrodos foram obtidos, sendo um contendo nanopartículas de ouro (AuNPs) incorporadas à matriz inorgânica cloreto de 3-n-propilpiridínio silsesquioxano (SiPy+) sobre o vidro condutor (ITO) e um eletrodo de carbono vítreo ativado por grupos OH. Em ambos os eletrodos são modificados com AG e posteriormente incubados em amostras contendo AB das doenças de Chagas.

Resultados e Discussão Primeiramente realizou-se uma otimização da

síntese de AuNPs incorporadoras ao SiPy+ por

planejamento fatorial completo 23 com triplicata do

ponto central. As variáveis e os níveis estudados

foram: [SiPy+]= 2 g L-1 (-1) e 4 g L-1 (+1); [Au]= 1 mmol

L-1 (-1) e 3 mmol L-1 (+1) e [NaBH4]= 6 mmol L-1 (-1)

e 8 mmol L-1 (+1). Baseado nos resultados do

diâmetro (nm) da NPs, obtido através da técnica de

espalhamento dinâmico de luz, a condição otimizada

com menor tamanho de AuNPs (12 nm) foi: [SiPy+]=

4 g L-1, [Au]= 3 mmol L-1 e [NaBH4]= 6 mmol L-1. Pela

técnica de UV-Vis observou-se apenas a banda

próxima a 519 nm, indicando a formação de AuNPs2.

Fez-se a modificação do ITO, por meio da técnica de

automontagem LbL, usando como polieletrólitos o

híbrido SiPy+Au e polivinilsulfônico (PVS). O estudo

de impedância do filme LbL/(SiPy+Au/PVS)nSiPy+Au

com diferentes números de bicamadas (n) mostrou

que o aumento de 4 para 6 bicamadas aumenta a

resistividade do filme, porém permanece menor em

relação ao ITO limpo. Sob a superfície do filme

(SiPy+Au/PVS)4SiPy+Au imobilizado o AG e BSA 1%.

Quando este filme foi incubado na suspensão

contendo AB a impedância diminuiu de 321 ohm para

o filme (SiPy+Au/PVS)4SiPy+Au/AG/BSA) para 165

ohm no filme LbL ((SiPy+Au/PVS)4SiPy+Au/

AG/BSA/AB) indicando a formação do

imunocomplexo entre o AG e AB. Quando o eletrodo

foi incubado em amostras de controle negativo, a

impedância do eletrodo aumentou (503 ohm), devido

à adsorção de outras moléculas na superfície do

eletrodo. Para os estudos realizados no eletrodo de

carbono vítreo (ECV)observou-se que a resistência a

transferência de carga do eletrodo modificado com o

AG e BSA 1% (ECV/AG/BSA) diminuiu quando este

foi incubado na amostra contendo o AB de Chagas

(ECV/AG/BSA/ABChagas) (1436 e 510 ohm,

respectivamente). A fim de avaliar a seletividade do

eletrodo, o filme (ECV/AG/BSA) foi imerso em

amostras de controle negativo, bem como em

amostra contendo AB de Toxoplasmose, a

impedância do filme aumentou em relação ao

(ECV/AG/BSA) (1509 e 2048 ohm, respectivamente).

Quando o eletrodo (ECV/AG/BSA) foi incubado em

amostras contendo AB de Leishmaniose

(ECV/AG/BSA/ABLeish), a impedância diminuiu (466

ohm) em relação ao (ECV/AG/BSA). A similaridade

dos valores de impedância entre

(ECV/AG/BSA/ABChagas) e (ECV/AG/BSA/ABLeish),

pode ser decoorrente das ligações cruzadas entre

antígenos de Chagas com anticorpos de

Leishmanioses, ou vice-versa.

Conclusões Este trabalho confirma a utilidade do SiPy+ como

estabilizante para a formação de AuNPs, e como um

polieletrólito para a obtenção de sensores. Os

imunosensores propostos a partir da modificação do

ITO e ECV são promissores para a detecção seletiva

label-free de anticorpos da doença de Chagas.

____________________

1Reillya T.A., Lee T.C., Biosensors, Bioelectronics, 2011, 19, 285-293. 2Menezes E.W. et al. J. Solid Stade Electrochem, 2012, 3703-3713.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 67

QI 56

Síntese e caracterização do óxido de cobre II pelo método dos

precursores poliméricos

Cristiane Antoniazzi1* (PG), Rafael Marangoni1 (PQ), Eryza Guimarães de Castro1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Laboratório de Materiais e Compostos Inorgânicos.

Palavras Chave: síntese, caracterização, óxidos

Introdução

Nos últimos anos o método de síntese de óxido de

cobre II (CuO) vem sendo largamente estudado

devido as vastas aplicações deste óxido. Na literatura

pouco se relata sobre a utilização do método dos

precursores poliméricos (método Pechini) para

obtenção do CuO, as sínteses comumente utilizadas

são processo sol-gel, técnica hidrotérmica, oxidação

térmica, método de precipitação, entre outros. Este

trabalho baseou-se no trabalho proposto por

Boursicot e colaboradores (2012)1, para a

preparação do CuO, por meio do método dos

precursores poliméricos, pois é versátil e de fácil

aplicação, a partir de nitrato de cobre trihidratado. A

síntese foi realizada a partir da mistura de nitrato de

cobre, ácido cítrico e etileno glicol, a 90ºC. O gel

resultante foi calcinado a 700ºC, resultando em um

pó de coloração preta, característica do óxido de

cobre II.

Resultados e Discussão

O difratograma de raios X apresenta os picos de

difração característicos do CuO, conforme a carta

cristalográfica PDF 01-073-6023. Os picos de

difração apresentam-se intensos e estreitos,

indicando a alta cristalinidade do óxido formado

(89%), e também não foram identificados picos

referentes a outras fases do óxido de cobre (Figura

1). Por análise térmica, TG/DTA, observa-se que a

amostra se mantém estável termicamente até

temperaturas 1000ºC. Transição de fase somente foi

observada acima de 1020 ºC, onde ocorreu a

transformação de CuO para Cu2O. A morfologia do

óxido, observada nas imagens de microscopia

eletrônica de varredura, constitui-se por um

aglomerado de partículas sem forma definida e com

tamanho variado. Ao realizar análise de UV-Vis

acima da região de 780 nm, a energia de banda de

gap encontrada foi de 0,54 eV, abaixo do valor

reportado pela literatura (1,2 eV)2, uma vez que

ocorreu a absorção de todo o feixe espectroscópico

pelo material, devido a sua coloração (Figura 2).

Conclusões

A partir do método dos precursores poliméricos foi possível obter o óxido de cobre II, o propósito inicial do trabalho, sendo esta síntese viável para tal objetivo. Este material será ainda caracterizado por técnicas eletroquímicas visando sua aplicação na construção de sensores para detecção de fármacos.

Agradecimentos

CAPES, CNPq, FINEP, e Fundação Araucária.

___________________

1S. BOURSICOT, et al, Synthesis of Cu2Mo6S8 powders and thin

films from intermediate oxides prepared by polimeric precursor

method, Solid State Sciences 14 (2012) 719-724. 2K. Phiwdang, S. Suphankij, W. Mekprasart, W. Pecharapa,

Synthesis of CuO Nanoparticles by Precipitation Method Using

Different Precursors, Energy Procedia 34 (2013) 740 – 745.

Figura 2: Gráfico obtido pelo método TAUC para o cálculo da energia da banda de gap.

Figura 1: Difratograma de raios X do óxido de cobre II

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 68

QI 57

Simulação da reação de transesterificação utilizando catalisadores

inorgânicos: aplicação do método de elementos finitos

Diego Galvan1* (PG), Dionísio Borsato1 (PQ), Marintho Bastos Quadri2 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Química - CP 10.011, 86057-970 Londrina – PR, Brasil. 2Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos –

CP 476, Florianópolis – SC, Brasil.

Palavras Chave: modelagem, biodiesel, reator batelada, reator contínuo.

Introdução

A principal reação química de obtenção do biodiesel

é a de transesterificação, que ocorre na presença de

óleo vegetal com um álcool de cadeia curta

promovida por um catalisador ácido ou básico, com

excesso de álcool para deslocar o equilíbrio no

sentido da formação de produtos, gerando ésteres e

glicerina.1

O estudo de modelagem e simulação é de grande

importância, pois possui a capacidade de predizer o

comportamento do sistema de produção, além de

auxiliar na solução dos problemas relacionados a

projetos e otimização de processos.2

O Método de Elementos Finitos (MEF) tem se

destacado nas áreas de engenharias e química.

Pacotes comerciais estabelecem relações para as

principais variáveis relacionadas ao escoamento de

fluidos e o transporte de calor e massa, viabilizado a

simulação de problemas considerados de resolução

complexa.3

O objetivo do presente trabalho será desenvolver um

modelo multifísico, empregando MEF, para a

produção de biodiesel em reator contínuo e em

batelada, utilizando diferentes catalisadores

inorgânicos e comparar seus comportamentos

reacionais através de simulação.

Materiais e Métodos

A reação de transesterificação será realizada

utilizando óleo de soja, por rota metílica com

diferentes catalisadores homogêneos e

heterogêneos (KOH, NaOH, NaOCH3, MgO/NaOH e

MgO/KOH) durante 2 h à 60 °C.

Durante as reações de transesterificação serão

retiradas alíquotas de amostras em intervalos de 15

min., até o término da reação, que serão

quantificadas por cromatografia gasosa (CG) para

acompanhamento da reação, que possibilitará a

simulação.

A simulação será realizada, utilizando os módulos

"Chemical Reaction Engineering Module",

“Computational Fluid Dynamics (CFD) Module” e

“Heat Transfer Module”, para avaliar a cinética da

reação, escoamento de fluidos e transporte de massa

e calor, respectivamente, utilizando-se uma malha

tetraédrica gerada automaticamente pelo software

COMSOL Multiphysics© 5.0.

Resultados Esperados

Melhor conhecimento do processo de obtenção do

biodiesel, extremamente importante em relação aos

custos com matérias primas e reagentes. Com isso

espera-se uma melhoria contínua da qualidade e

produtividade do processo.

A simulação computacional do processo de produção

do biodiesel através de modelagem, possibilitará

predizer o comportamento do sistema utilizando

diferentes catalisadores inorgânicos, através dos

parâmetros cinéticos determinados.

Agradecimentos

À UEL e UFSC pelo apoio técnico, e a CAPES pela

concessão de bolsas.

____________________

1Shahid, E. M.; Jamal, Y. Energy Reviews 2011, 15, 4732. 2Borsato, D.; Moreira, I.; Nóbrega, M. M.; Moreira, M. B.; Silva, R.

S. S. F.; Bona, E. Química Nova 2009, 32, 2109. 3Bona, E.; Silva, R. S. S. F.; Borsato, D.; Silva, L. H. M., Fidelis, D.

A. S. Journal of Food Engineering 2007, 79, 771.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 69

QI 58

Modificação de argilas com fotocatalisadores para degradação de

efluentes industriais.

Elenice Hass Caetano1* (PG), Juliana Regina Kloss2 (PQ), Sérgio Toshio Fujiwara1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa-Departamento de Química 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Departamento de biologia.

Palavras Chave: processos oxidativos avançados, fotocatalisadores, argila bentonita, efluentes industriais.

Introdução

A poluição da água tem se tornado um problema ambiental realmente relevante em todo o mundo. Alguns processos convencionais para tratamento de efluentes não tem sido adequados para a remoção de metais pesados que se encontram em concentrações baixas. Logo, este cenário estimulou o desenvolvimento de novos sistemas de descontaminação de água mais eficiente e versátil Processos oxidativos avançados tem sido promissores para o tratamento de uma grande classe de compostos orgânicos de difícil degradação. Um dos processos oxidativos avançado muito utilizado para este fim é o conhecido processo Fenton, cujas espécies envolvidas na reação são íons de ferro e peróxido de hidrogênio produzindo hidroxilas altamente oxidativas e com alta capacidade de degradação.1 Argilas também podem ser utilizadas para tratamento de efluentes. Estudos mostram a afinidade destas para adsorção de diferentes íons de metais pesados devido a sua alta capacidade de adsorção e possibilitar a remoção de metais encontrados em baixas concentrações.2 Além disso, as argilas apresentam elevada área superficial, o que favorece a sua aplicação como catalisador em reações do tipo Fenton, introduzindo em sua estrutura íons ferro ou outros íons metálicos, processo esse chamado de pilarização, que consiste da inserção de íons inorgânicos entre as lamelas da argila e que tem o objetivo principal de aumentar o espaçamento basal da argila referente ao plano (001), e a área de superfície da argila, tornando esses materiais catalisadores atrativos para diversas reações, especialmente para reações do tipo fenton.3

Para o presente trabalho a argila que será utilizada para modificação será a argila bentonita. Sua estrutura cristalina é constituída por duas folhas de sílica tetraédrica com uma folha central octaédrica de alumina, ambas unidas entre si por um átomo de oxigênio em comum formando uma estrutura de camada do tipo 2:1. Essa espécie de argila apresenta elevada capacidade de troca catiônica, o que favorece a inserção de compostos na região interlamelar por meio do processo de troca iônica. Desse modo o objetivo geral deste trabalho é

modificar a argilas previamente caracterizadas com fotocatalisadores e aplicar na degradação de efluentes industriais através de processos oxidativos avançados. A caracterização parcial da argila bentonita foi obtida através da Fluorescência de raios X.

Resultados e Discussão Analisando os resultados obtidos por meio da caracterização parcial da argila bentonita evidenciou-se a fase argila na amostra pela % de alumínio e silício detectadas. Foram detectadas também quantidades diferentes de óxido de ferro, cálcio e titânio. Tabela 1. Composição química (%em peso) obtida por

Fluorescência de raios X das argilas bentonitas

% Peso SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO TiO2

Bentonita 57,16 18,51 4,78 1,16 0,53

Além dos resultados da caracterização parcial,

espera-se obter uma porcentagem alta de

degradação de efluentes por meio da modificação

que será realizada na argila.

Agradecimentos

Ao encontro de Discentes e Docentes do Doutorado

associado em Química, UEPG e demais

colaboradores deste trabalho.

_________________________________________ 1Teixeira, C. P. A. B.; Jardim, W. F. Processos Oxidativos Avançados: conceitos teóricos. Caderno temático, v. 3. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, 2004. 2Bertagnolli, C.; Kleinübing, S. J.; Da Silva, M. G. C. Applied Clay Science. 2011, 53 (1), 73–79. 3Bertella, F.; Pergher, S. B. C. Microporous and Mesoporous Materials. 2015, 201 (0), 116–123.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 70

QI 59

Materiais Multifuncionais Baseados em Compósitos de Polímeros

Condutores e Óxidos Inorgânicos

Fernando Ratuchne* (PG), Eryza Guimarães Castro (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Laboratório de Materiais e Compostos Inorgânicos.

Palavras Chave: compósitos, nanopartículas, pani

Introdução

Após a descoberta de suas propriedades elétricas na década de 80, a polianilina (PANI) tem se destacado entre os polímeros condutores,1 principalmente por apresentar fácil síntese e dopagem, alta condutividade, estabilidade térmica, ambiental e eletroquímica, propriedades eletroquímicas, ópticas e eletrônicas. Dentre suas aplicações, é utilizada em revestimentos anti-estáticos e anti-corrosão, sensores químicos, capacitores, diodos emissores de luz e células solares. Em contrapartida, apresenta baixa resistência mecânica e problemas de processabilidade.1,2

Materiais híbridos formados entre PANI e óxidos metálicos tem recebido grande atenção nos últimos anos devido à sua versatilidade, uma vez que as propriedades são diferenciadas em relação aos seus componentes individuais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como principal objetivo atribuir aplicações de materiais híbridos formados a partir da combinação entre polianilina e óxidos inorgânicos semicondutores. Óxidos metálicos (OxM) semicondutores apresentam crescente interesse devido as suas amplas propriedades que podem ser combinadas sinergicamente com os polímeros condutores, sendo aplicáveis a células solares, sensores, eletrônicos orgânicos, fotocatálise3, catálise e dispositivos de memória4.

Além disso, também serão estudadas estratégia para se melhorar a processabilidade da PANI e seus compósitos, bem como a obtenção de morfologias diferenciadas. Nesse sentido, a quitosana (chi) tem se mostrado como uma alternativa promissora, em trabalhos já reportados na literatura. A quitosana (chi) é um abundante biopolímero natural, de grande capacidade de formar filmes finos e compósitos, solúvel em água, não toxico, biocompativel, alta resistência mecânica e suscetível para modificações químicas devido a presença dos grupos funcionais amino e hidroxila.5

Parte Experimental

Na síntese, 0,25 g de quitosana serão

dissolvidos em 50 mL de ácido acético 4%, e

adicionado 2,5% (w/v) do sal precursor do óxido base

em 50 mL de água destilada, agitando por 1 h à 80

ºC até solubilizar. Em seguida será adicionado 50 mL

de NaOH 2 M, e o sistema deixado em repouso por

24 h; o precipitado será lavado e rotulado como

produto (A). Em um béquer, 1,02 g de anilina será

solubilizada em 50 mL de HCl 0,5 M e polimerizada

com (NH4)2S2O8 em banho de gelo por 1 h, rotulando

como produto (B). O produto (B) é misturada ao

produto (A) com agitação por 20 min, seguido de

repouso por 24 h. Em seguida o material final obtido

será centrifugado, lavado com água ultrapura e

isopropanol e seco 80 ºC.

Resultados Esperados

Apesar da síntese da PANI ser relativamente simples, necessita-se estudar os fatores que à influenciam e melhorar a processabilidade do material formado. Concluidas as etapas de otimização, ocorrerá a síntese do compósito PANI/quitosana/óxido metálico (pani/chi/OxM), a preparação dos filmes finos, caracterizações e estudo da aplicação desses materiais.

Agradecimentos

CAPES, CNPq, FINEP, e Fundação Araucária.

__________________ 1Li, D. e Kaner, R. JACS. 2006. 128. 968. 2Yavuz, A. G.; Uygum, A. e Can, H. K. Carbohyd. Res. 2011. 346. 2063. 3Janáky, C.; Tacconi, N. R.; Chanmanee, W. e Rajeshwar, K. J. Phys. Chem. C. 2012. 116. 4234. 4Oliveira, M. M.; et al J. Phys. Chem. B. 2006. 110. 17063. 5Kannusamy, P.; Sivalingam, T. Polym. Degrad. Stabil. 2013, 98, 988.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 71

QI 60

Síntese e Caracterização de Óxidos Magnéticos

Filipe Quadros Mariani (PG)1*, Fauze Jacó Anaissi (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste.

Palavras Chave: biopolímeros, polissacarídeos, óxido magnéticos

Introdução

Os A preparação de materiais magnéticos está em

constan-te evolução, a classe dos óxidos de ferro que

inclui as ferritas são as mais estudadas nesse campo

da ciência aplicada. Geralmente esses materiais

possuem em sua composição as fases hematita (α-

Fe2O3) ou magnetita (FeO.Fe2O3), exemplo das

ferritas de cobalto (CoO.Fe2O3) e de níquel

(NiO.Fe2O3). As estruturas em geral se apresentam

na forma de espinélio invertido que se caracteriza

pela presença de íons Fe(II), e metade dos íons

trivalentes Fe(III) em sítios tetraédricos e outra

metade dos íons Fe(III) em sítios octaédricos1,2. Os

óxidos de ferro e espinélio de ferrita [MO.Fe2O3 (M =

Fe, Co, Ni, Cr, Mn, etc.] apresentam uma larga faixa

de aplicações, incluindo aplicações envolvendo

materiais magnéticos duros e moles (doces). Esses

óxidos, ao contrário das ligas metálicas exibem baixa

perda de correntes de Foucalt, o que favorece

aplicações como cabeçotes de gravação, indutores,

transformadores, catalisadores, carreadores de

fármacos, pigmentos, fluídos magnéticos, entre

outras.

Resultados e Discussão

Os difratogramas de raios X foram indexados e

apresen-tam perfis de fases distintas (Figure 1A).

Para Fe-MIO o DRX é característico de mistura de

fases, hematita (PDF 033-0664) e magnetita (PDF

01-071-6336) na proporção estimada de 14H:1M. Os

óxidos FeCo-MIO and FeNi-MIO foram identificados

e indexados como ferrita de cobalto (PDF 01-079-

1744) e ferrita de níquel (PDF No 01-070-8730),

respectivamente. Para o óxido ternário [Fe33Co33Ni33-

MIO] a indexação mostra a formação de uma solução

sólida com presença de três fases tipo espinélio,

formada por magnetita, ferritas de cobalto e níquel. A

indexação e identificação das fases possibilitou

realizar o cálculo da cristalinidade e tamanho de

partícula.

Figura 1. Os difratogramas (a) α-Fe2O3, (b, c) mostram a fase predominante das ferritas de cobalto e níquel respectivamente, (d) uma mistura de fases para o FeCoNi-MIO, (e) comportamento térmico (STA) para os MIO’s se mostram similares, com desidratação e perda de matéria orgânica residual, (f) comportamento térmico do gel de pectina usado como referência determinação energia (combustível) liberada na síntese, e (g) análise de área superficial BET, mostra um perfil típico de materiais mesoporosos.

Conclusões

A rota de síntese utilizando pectina cítrica e sais

inorgânicos se mostrou promissora para produção de

óxidos com tamanhos reduzidos, magnéticos e/ou

porosos, uma vez que os resultados mostram

características de óxidos puros e seus respectivos

mistos.

Agradecimentos

Unicentro, Capes, FINEP, Fundação Araucária,

CNPq e LabMat.

1Tan, Y.; Zhuang, Z.; Peng, Q.; Li, Y. Chem. Mater. 2008, 5029–5034. 2Mohapatra, M.; Anand, S. 2010, 2, 127–146.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 72

QI 61

Resistência oferecida pelo filme formado durante a difusão de sódio e

potássio em biossólidos 1*Hágata Cremasco (PG); 1Dionisio Borsato (PQ); 1Bruna A. D. Ferreira (IC).

*[email protected]

1Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina.

Palavras Chave: lei de Fick, método de elementos finitos, cloreto de sódio e cloreto de potássio.

Introdução

A relação do NaCl com problemas de hipertensão arterial tem levado a uma redução dos níveis desse sal na produção de alimentos em geral. O KCl tem sido usado como substituto parcial do NaCl, durante a salga. Este processo pode ser feito por meio de agitação, que exige gasto de energia, ou estático. Neste trabalho foi simulada a difusão simultânea em salmoura estática e agitada, de composição salina (NaCl/KCl), com objetivo de verificar a influência da película formada na superfície do ovo durante a difusão dos sais.

Resultados e Discussão

O modelo teórico utilizado resultou de uma generalização da 2ª lei de Fick. O programa computacional COMSOL Multiphysics 5.0, que utiliza o método de elementos finitos (MEF), foi empregado para modelar a difusão multicomponente1. Foi utilizada uma malha extra-fina com 467674 elementos tetraédricos para a simulação. Em ambos os casos, estático e agitado, as concentrações iniciais dos sais no ovo e na salmoura foram os mesmos. Tabela 1. Concentrações iniciais de sais no ovo e na salmoura.

De acordo com o gráfico a seguir é possível verificar que tanto para o NaCl quanto para o KCl houve influência da película no sistema estático. Em ambos os casos estáticos, figuras b e d, é possível verificar que nos primeiros tempos a concentração de sais na superfície do ovo é bem menor que da salmoura. Enquanto que nos sistemas agitados esse fenômeno é menos pronunciado. O que é esperado uma vez que a agitação pode destruir a película formada inicialmente. Porém para o KCl mesmo no caso agitado, figura c, já existe um comportamento que indica a dificuldade de entrada de sólidos no alimento, onde a concentração da superfície no

tempo de 0,01h é em torno de 0,45 (g.100g-1 (NaCl + KCl + água). Mas ainda assim está mais próximo a concentração da salmoura do que no caso estático cuja a concentração para este mesmo tempo é 0,3 (g.100g-1 (NaCl + KCl + água)). Esse comportamento para o KCl em sistema agitado pode ser explicado por seu gradiente de concentração que é pequeno se comparado ao NaCl.

Figura 1. Variação da concentração em relação a espessura do ovo nos tempos de 0, 0.01, 0.05, 0.1, 0.5, a) NaCl- Agitado, b)NaCl- Estático, c) KCl- Agitado, d)KCl- Estático.

Conclusões

Foi possível verificar que existe influência da película

para salga feita de forma estática indicando que

ocorre formação de um filme fino que dificulta a

entrada dos solutos no alimento.

Agradecimentos

A UEL, CNPq e Capes pela concessão de bolsas.

__________________

1Borsato, D.; Moreira, M.B.; Moreira, I.; Pina, M.V.R.; Silva., R.S.S.F.; Bona, E. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2012, 32, 281.

NaCl KCl

Salmoura 2.1 (g 100 mL–1) 0.90(g.100 mL–1)

Ovo 0.47(g.100g-1

(NaCl+KCl+água)) 0.21(g.100g-1

(NaCl+KCl+água))

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 73

QI 62

Síntese e caracterização de complexo de Rutênio-areno contendo ligante

2-aminoetilpiridina.

Ivelise Dimbarre Lao Guimarães1*(PG), Juliana Paula da Silva2(PG), Márcio Peres de Araujo2(PQ),

Jarem Raul Garcia1(PQ), Karen Wonhrath1(PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa.UEPG. Paraná. Brasil. 2Universidade Federal do Paraná. UFPR. Paraná. Brasil.

Palavras Chave: Complexos de Ru-areno, organometálicos, ligantes amínicos.

Introdução

Segundo dados recentes do Instituto Nacional de

Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA),

aproximadamente 576 mil casos novos de câncer

são estimados somente para o ano de 2015 no

Brasil1. Por este motivo, complexos metálicos de

Rutênio têm sido sintetizados por apresentarem

características promissoras, pois este metal

mimetiza o ferro em ambientes fisiológicos. Os

complexos organometálicos com ligante areno

apresentam pequenas variações no anel

proporcionando uma versatilidade na molécula e

melhora de seu desempenho frente às propriedades

farmacológicas. Complexos de Ru-areno

apresentam atividade citotóxica promissora contra

as linhagens de câncer de ovário, pois o ligante

protege o centro metálico e diminui as taxas de

substituição e potenciais de redução2. Por outro

lado, complexos contendo o ligante amina, tal como

o cis-[RuCl2(NH3)4]Cl, pode apresentar uma

atividade citotóxica para células, similar ou superior

ao da cisplatina3. Neste sentido, aliando as

propriedades do ligante areno e amina, pretende-se

sintetizar o complexo [(n6-p-cimeno)RuCl (aepy)]+,

onde aepy = 2-aminoetilpiridina.

Resultados e Discussão

O complexo [(n6-p-cimeno)RuCl(aepy)]PF6 foi

sintetizado a partir do [RuCl2(p-cym)]2 (p-cym = p-

cimeno) e do ligante aepy, na proporção de 1:2

(complexo/ligante), conforme apresentado a seguir:

Esquema 1: Síntese do complexo [(n6-p-cimeno)RuCl(aepy)]PF6.

O espectro de RMN de {1H} do complexo obtido em

CDCl3, bem como as atribuições dos sinais, está

representado na Fig. 1.

Figura 1: Espectro de ressonância magnética nuclear RMN {1H} do complexo obtido em CDCl3.

A análise do espectro de RMN 1H revela a presença

de sinais característicos do p-cimeno e da aepy. Os

prótons metílicos do grupo isopropil do ligante p-

cimeno aparecem como multipletos em 1,25 ppm, e

os prótons arílicos apresentam-se na forma de

multipleto e dupleto em 5,85 e 5,16 ppm. Verifica-se

que os prótons do ligante 2-aminoetilpiridina

coordenado, apresentam-se na forma de multipletos

em 7,87 e 7,38 ppm. A integração dos hidrogênios no

espectro de RMN é compatível com a proporção

molar p-cimeno:aepy 1:1.

Conclusões

A análise de RMN apresentou sinais de

deslocamento que evidenciaram a coordenação do

aepy para a formação do complexo esperado.

Agradecimentos

UEPG, UFPR e CAPES.

___________________ 1http://www.cancer.org.br. 2Pizarro, A.M.; Sadler, P.J. Biochimie, 91,1198-1211, 2009. 3Lima, A. P. et al. Toxicol. in Vitro, 24, 1562-1568, 2010.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 74

QI 63

Preparação e caracterização de eletrodos compósitos de carbono

cerâmico modificados com óxido de estanho

Juliane Rutckeviski Ciórcero*(PG), Christiana Andrade Pessoa (PQ).

*[email protected]

Universidade Estadual de Ponta grossa, UEPG, Brasil, Paraná.

Palavras Chave: Óxido de estanho, sol-gel,sensores.

Introdução

Os eletrodos de carbono cerâmico (ECC) consistem basicamente em uma matriz cerâmica de sílica oriunda do processo sol-gel juntamente com diferentes materiais de carbono. Estes materiais porosos possibilitam um aumento na superfície ativa, sensibilidade e velocidade das reações eletroquímicas, devido a sua extensa superfície ativa. O processo sol-gel para a síntese de óxidos mistos é favorável, pois proporciona a formação de materiais com alta pureza e homogeneidade, sem segregação de fases. Esta distribuição homogênea de todos os componentes (óxidos) garante propriedades diferentes do que se teria pela simples mistura de óxidos, como exemplo, sua resistividade apresentada devido a presença de sílica, característica não desejável, a qual pode ser contornada com a inserção de óxidos metálicos. Neste contexto, o presente projeto pretende

sintetizar ECC modificados com diferentes tipos de precursores inorgânicos para obtenção do SnO2 na rede de sílica, tendo como objetivo principal aumentar a condutividade destes materiais para uma futura aplicação como sensores eletroquímicos.

Resultados e Discussão

Estudos preliminares demonstraram uma melhor resposta voltamétrica ao utilizar o precursor Trimetilortometilsilicato (MTMOS) em relação ao Tetraetilortosilicato (TEOS). Dessa forma optou-se prosseguir os estudos utilizando este precursor orgânico. O ECC foi preparado pela técnica sol-gel através da mistura de MTMOS, HCl, e metanol com diferentes tipos de precursores inorgânicos: SnCl2

(ECCSnSin1), SnCl4 (ECCSnSin2), (C4H11)2Sn(OCOCH3)2 (ECCDM0 e ECCDM1). Neste último utilizou-se o dibutildiacetato de estanho em diferentes proporções de Sn/MTMOS: 10\90 e 30\70. Nas caracterizações por FTIR, todos os sistemas apresentam bandas entre 1064 cm-1 e 1134 cm-1 ( Si-O-Sisym), 771 cm-1 e 850 cm-1 ( Si-O-Siasym), 667 cm-1 e 670 cm-1 ( Sn-O-Snsym) e bandas entre 959 cm-1 e 1026 cm-1 referente a ligação Si-O-Sn devido ao deslocamento do estiramento Si-O em 975 cm-1. As respostas dos diferentes ECC foram analisadas por voltametria cíclica na presença de [Fe(CN)6]3-/4- 5,0 mmol.L-1, utilizando-se como eletrodo de referência Ag/AgCl e contra eletrodo de Pt. A faixa de potencial estudada foi de -0,6 a 0,9V e = 50 mV.s-1. A Figura 1A mostra os voltamogramas cíclicos obtidos para o ECCSnSin2, onde utilizou-se o precursor inorgânico SnCl4, Este apresentou um comportamento quase-reversível com uma relação

Ipa/Ipc=0,77 e ΔEp= 581 mV. No sistema onde utilizou-se o precursor SnCl2, não foram observados picos de oxidação ou redução nos intervalos de -0,05V e 0,6V. Porém como em ambos os sistemas houve interferência dos íons cloreto na resposta voltamétrica (cuja presença foi confirmada pelas imagens de MEV) dificultando o processo de transferência de elétrons na superfície do eletrodo, optou-se por utilizar o precursor (C4H11)2Sn(OCOCH3)2. Na Figura 1B, estão mostrados os voltamogramas do ECCDM1 e do ECCDM0. Pode-se observar uma maior resposta de corrente para o ECCDM0, indicando que o Sn ao substituir Si na rede facilita o processo de transferência de elétrons. Este apresentou Ipa= 31 µA e Ipc= 33,9µA (Ipa/Ipc= 0,914µA) e ΔEp= 292 V enquanto que o ECCDM0 Ipa= 10,7µA e Ipc= 17,26µA (Ipa/Ipc= 0,619µA) e ΔEp=160 V. Ambos os sistemas são caracterizados como processos quase-reversíveis.

-0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

-800

-600

-400

-200

0

200

400

600

800

ECCSnSin2

E(V)(VS.Ag/AgCl)

I (

A)

-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50

60

E(V)(VS.Ag/AgCl)

I (

A)

ECCDM0

ECCDM1

Figura 1- Voltamogramas cíclicos dos sistemas: (A) ECCSnSin1 e ECCSnSin2 e (B) do sistema ECCDM0 e ECCDM1 na presença

de K3[Fe(CN)6] / K4 [Fe(CN)6] 5,0 mmol = 50 mV.s-1.

Conclusões

Ao utilizar o precursor dibutildiacetato de estanho em substituição ao cloreto de estanho obteve-se uma melhor resposta voltamétrica, com uma melhor resolução dos picos anódicos e catódicos. O sistema ECCDM1 obteve uma melhor resposta de corrente em relação ao ECCDM0 o qual apresenta uma menor quantidade do precursor inorgânico.

Agradecimentos

Ao GDEM, CAPES e a UEPG.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 75

QI 64

Aplicação de catalisadores inorgânicos homogêneos e heterogêneos na

obtenção de biodiesel: influência na estabilidade oxidativa.

Karina Gomes Angilelli1*(PG), Dionisio Borsato1(PQ).

*[email protected]

1Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina, PR-445 km 380 s/n, Campus Universitário, 86057-970,

Londrina, Paraná, Brasil.

Palavras Chave: Óxido de magnésio, teoria do complexo ativado.

Introdução Há uma grande variedade de catalisadores empregados na produção do biodiesel, entretanto a maior parte do biodiesel comercial é produzido com catalisador homogêneo básico por apresentarem maiores rendimentos de reação, além de permitirem o uso de temperaturas mais baixas durante o processo de transesterificação. Contudo, existem muitos estudos sobre o desenvolvimento e aplicação de catalisadores heterogêneos devido a possibilidade de reutilização e por eliminar etapas de neutralização do biodiesel. Esse trabalho tem por objetivo verificar a influência dos catalisadores inorgânicos na estabilidade oxidativa de biodiesel por meio da determinação dos parâmetros cinéticos e termodinâmicos da reação de oxidação

Resultados e Discussão

Os catalisadores homogêneos utilizados foram o

metóxido de sódio (95%, Sigma-Aldrich) e o hidróxido

de sódio (97%, F.Maia), e os catalisadores

heterogêneos foram o óxido de magnésio (PA,

F.Maia) tratado com hidróxido de potássio (PA,

F.Maia) e com hidróxido de sódio (97%, F.Maia). As

reações de oxidação do biodiesel produzido com

cada catalisador foram estudadas pelo método

acelerado (EN14112) e os dados de condutividade

por tempo foram plotados e forneceram as

constantes de velocidade de reação (k) para cada

caso. Com os k obtidos associados às equações de

Arrhenius e de Eyring foi possível calcular as

Energias de ativação, Entalpias e Entropias de

formação do complexo ativado. Estes parâmetros

fornecem informações sobre a susceptibilidade à

oxidação, em função da temperatura, e com isso a

estabilidade durante o armazenamento de cada

biodiesel. A tabela 1 mostra os valores obtidos e

indica que o catalisador heterogêneo MgO/KOH

produziu biodiesel com características de oxidação

semelhantes ao produzido com metóxido de sódio,

que é o mais utilizado industrialmente por suas

vantagens quanto ao rendimento de reação e

estabilidade oxidativa.

Tabela 1. Entalpia, entropia e energia de ativação da oxidação de biodiesel produzidos com os catalisadores avaliados.

Catalisador Ea

(kJ/mol)

∆H‡

(J/mol)

∆S‡

(J/K mol)

NaOCH3 92,07 88,81 -23,82

NaOH 90,51 87,24 -28,87

MgO/KOH 91,58 88,38 -28,36

MgO/NaOH 86,98 83,71 -35,32

A energia de ativação e a entalpia de formação do

complexo ativado são indicativos da energia

consumida para dar início à reação de oxidação,

portanto quanto maiores forem esses valores, mais

estável será o biodiesel. Já a entropia de ativação se

refere a quantos complexos ativados estão sendo

formados, sendo que valores mais negativos indicam

que muitos complexos ativados estão sendo

formados e uma taxa maior de oxidação. Neste ponto

o metóxido de sódio ainda apresenta vantagens,

sendo sua entropia a menos negativa entre os casos

estudados.

Conclusões

O metóxido de sódio produziu biodiesel com os

parâmetros de oxidação mais favoráveis, entretanto

o biodiesel catalisado por MgO/KOH teve resultados

comparáveis, o que é muito interessante por ser uma

alternativa com maiores vantagens, tanto ambientais

por produzir menos resíduo, quanto econômicas uma

vez que catalisadores heterogêneos são passiveis de

reutilização.

Agradecimentos

À UEL, à Capes e à Fundação Araucária.

____________________

1Xie, W. e Li, H. J Mol Catal A Chem. 2006, 255, 1. 2Tan, C. P.; Man, Y. B. C.; Selamat, J. e Yusoff, M. S. A. JAOCS, 2001, 78, 1133.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 76

QI 65

Sorção-Dessorção de Ag, Se e Sb em materiais com potencial para pré-

concentração de contaminantes inorgânicos emergentes

Leonel Vinicius Constantino1 (PG)*, Juliana Nunes Quirino1 (IC), Maria Josefa Santos1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciência Exatas, Departamento de Química.

Palavras Chave: hidrotalcita, argilominerais, selênio, antimônio, prata.

Introdução

Atividades de origem antrópica são responsáveis

pelo aumento da concentração de contaminantes no

ambiente. Dentre as espécies consideradas

contaminantes emergentes, íons prata, selenato,

selenito, antimoniato e antimonito, têm se destacado

pelo seu uso atual na sociedade, representando um

risco para organismos aquáticos e terrestres1.

Diversos materiais têm sido utilizados na pré-

concentração de contaminantes inorgânicos em

ambientes aquáticos, entre eles argilominerais do

tipo esmectita e hidróxidos duplos lamelares, como a

hidrotalcita2. A esmectita é uma classe de

aluminossilicatos que possui alta capacidade de

troca de cátions e elevada área superficial. Seu

principal representante é a montmorilonita,

predominante em rochas bentoníticas. A hidrotalcita

é um trocador aniônico, que possui carbonato

interlamelar3. Estudos de sorção e dessorção foram

realizados para avaliar o potencial de pré-

concentração de hidrotalcita com íons de Se e Sb, e

de bentonita e montmorilonita com íons prata,

subsidiando a modificação de filmes finos em

amostradores passivos ambientais para uso em

sistemas aquáticos.

Resultados e Discussão

Foram promovidos estudos de solução-padrão das

espécies mais relevantes de Ag, Se e Sb. Os dados

obtidos foram ajustados com o modelo duplo de

Langmuir-Freundilch e/ou Langmuir simples,

utilizando o software Matlab7.10.0®2010.

Tabela 1. Parâmetros de sorção e dessorção de Ag+ em montmorilonita (M) e bentonita (B), e espécies de Se e Sb em hidrotalcita, na presença de NO3

-, SO42-

e PO43-. HI: índice de histeresse; MF: fator de

mobilização do sorvato

A Tabela 1 mostra que a dessorção de íons prata em

bentonita acontece em maior proporção (Histerese

negativa), enquanto a dessorção dos ânions em

hidrotalcita, e íons prata em montmorilonita, acontece

em menor proporção (Histerese positiva). O MF de

Ag+ em bentonita foi elevado (96,19%), enquanto

para os ânions em hidrotalcita foi menor que 2%.

Espécies de antimonio apresentaram os maiores

valores de interação (K) com a hidrotalcita.

Conclusões

Íons Ag+ foram tão facilmente sorvidos quanto

mobilizados, enquanto os ânions mostraram uma

capacidade de mobilização mínima em hidrotalcita.

Fácil sorção e dessorção são requisitos básicos para

um material com potencial aplicação na pré-

concentração. No entanto, extratores específicos

podem ser utilizados.

Agradecimentos

Ao FINEP, CAPES e CNPq, pelas condições de

trabalho, laboratórios e bolsa concedida.

____________________

1Gorsuch, J. W.; Klaine, S. J. Environmental Toxicology and Chemistry, 1998, 17 (4), 537–538. 2Goh, K. H.; Lim, T. T.; Dong, Z. Water Research, 2008, 42. 3Lazaridis, N. K.; Karapantsios, T. D.; Georgantas, D. Water Research, 2003, 37, 3023.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 77

QI 66

Óxidos de Ferro Derivados de Pó de Ferro e Ácidos Minerais:

Identificação e Aplicação

Marcelo Müller1 (PG), Filipe Q. Mariani1 (PG), Juan Carlo Villalba1 (PQ), Fauze Jaco Anaissi1(PQ).

*[email protected]

1Univeridade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO - Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03.

Palavras Chave: Óxidos de ferro, Ferro Metálico, Pó de Ferro.

Introdução

Óxidos de ferro (Fe) compreendem um grupo de compostos inorgânicos que tem vasta aplicação em vários segmentos industriais e científicos (pigmentos, semicondutores, catalisadores, adsorventes). Óxidos de Fe fazem parte da constituição dos solos, exibem várias propriedades químicas e participam de vários processos físicos (KAMPF, N.; SCHEINOST, A. & SCHULZE, D.G., 2000). As colorações desses latossolos podem variar conforme a região, solos mais ácidos predominam coloração vermelha, outras cores de solos como amarelo, marrom, preto ( Aitkenhead et al., 2013)(KUMARAVEL et al., 2010) podem ser obtidos em função da variação de pressão e temperatura, determinando desta maneira a formação das fases. Atualmente são conhecidos mais de 15 (quinze) óxidos de Fe, todos já identificados, 12 (doze) ocorrem naturalmente, sendo eles: Óxidos - Hematita, Maghetita, Magnetita; Hidróxidos - Ferrihidrita, Fougerita; Óxi-hidróxidos - Goethita, Lepidocrocita e Schwertmannita (Cornell, R. M.; Schwertmann). Atualmente, os óxidos de ferro são obtidos por meio de processos de separação dos solos, estes demandam elevado custo, gerando grandes danos ao meio ambiente. Outras formas de obtenção dos óxidos de ferro são reações que envolvem processos de eletrólise, reações redox, precipitação em meio básico. Porém, todas essas formas demandam muita energia elétrica ou térmica e consumo de água. Rotas com etapas reduzidas que gerem pouco resíduos e que possam ser reutilizados, que envolvam menor tempo de preparo são de extrema importância no contexto atual socioeconômico. Ou seja, processos químicos mais seguros e ambientalmente corretos são necessários.

Resultados e Discussão

Este trabalho tem como principal objetivo sintetizar óxidos de ferro por meio de processos de síntese simples utilizando rejeitos metálicos. A primeira etapa deste trabalho consiste em realizar um estudo bibliográfico. Métodos de sínteses estão sendo testados com o intuito de verificar quais as melhores opções de síntese.

Conclusões

O trabalho está em fase inicial estamos realizando pesquisa bibliográfica e testando metodologias de síntese. Desta maneira ainda não apresenta resultados satisfatórios. Este trabalho visa à conscientização social firmada no conceito de desenvolvimento sustentável, que exige a produção de materiais ecológicos de baixo custo e baixo consumo de energia. Ainda como objetivo deste trabalho, tem a busca de novos métodos para trabalhar de forma ecológica e socialmente correta, alinhada com o desenvolvimento de um produto inovador oriundo da utilização de matérias-primas residuais (sucatas de ferro), promovendo assim a educação ambiental e a inclusão social, bem como trazendo benefícios importantes para setores de grande importância em nosso país.

Agradecimentos

Ao Grupo LabMat (Laboratório de Matérias e

Compostos Inorgânicos)

____________________ 1Aitkenhead, M. J. et al.. Geoderma. 2013, 200-201, 99-107. 2Cornell, R. M.; Schwertmann, U. The Iron Oxides: Structure, 3Properties, Reactions, Occurrences and Uses. 2003. 4Gonçalves, M. et al. Quím. Nova, 2009, 32, 7, 1723–1726. 5Jaiswal, A. et al. J. of E. C. E., 2013, 1, 3, 281-289.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 78

QI 67

Estudo colorimétrico de pigmentos inorgânicos sintéticos a base de

alumínio e pectina cítrica obtidos por diferentes métodos de preparação

Mariane Dalpasquale¹ (PG)*, Cristiane Regina Budziak Parabocz² (PQ), Fauze Jacó Anaissi¹ (PQ).

*[email protected]

¹ Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Química, Laboratório de Materiais e Compostos Inorgânicos

– LabMat, Rua Simeão Varela de Sá, 03, Vila Carli. CEP:85040-080 - Guarapuava, Paraná.

² Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Coordenação de Química, Via do Conhecimento, KM 01, CEP 85503390

– Pato Branco, Paraná.

Palavras Chave: Colorimetria, aluminatos, pó.

Introdução

Pigmentos Inorgânicos Sintéticos (PIS) têm ampla

aplicação em indústrias de plástico, cerâmicas e

tintas e por isso constantemente se torna necessária

à busca por novos materiais, novas propriedades e

novas tonalidades¹, visando sempre métodos

simples e de baixo custo que incluem reagentes e

equipamentos usuais e principalmente processos

ambientalmente corretos. Nesse sentido, o objetivo

deste trabalho é comparar duas metodologias de

síntese para a preparação de pigmentos (PIS) a partir

de dados colorimétricos.

Resultados e Discussão

No processo 1 utilizou-se a metodologia de mistura

sólida e no processo 2 aplicou-se a rota de

gelificação em meio aquoso. Nos dois métodos foram

utilizados os mesmos reagentes: nitrato de alumínio

nonahidratado, pectina cítrica (subproduto da

indústria de alimentos) e íons colorantes de ferro,

cobalto e níquel, também na forma de nitratos

hidratados.

A Tabela 1 apresenta os dados de colorimetria

(CIELab) dos pigmentos preparados.

Tabela 1. Medidas dos parâmetros colorimétricos para os pigmentos em pó.

Pigmentos Síntese 1 Síntese 2

L* a* b* ∆E L* a* b*

Al(pec) 75,67 -0,09 1,45 4,77 80,28 -0,76 0,40

Al(pec) – Co 45,32 1,42 -6,05 3,71 43,69 -1,42 -2,72

Al(pec) -Fe 57,39 7,52 21,59 8,94 65,20 3,28 22,54

Al(pec) - Ni 60,14 -2,11 10,90 6,93 66,71 -3,24 9,01

A Figura 1 apresenta as imagens dos PIS obtidos na

forma de pó de acordo com os processos 1 e 2.

Processo 1 a) b) c) d)

Processo 2 e) f) g) h)

Figura 1. Imagens do óxido Al(pec) (a/e) e dos

aluminatos de cobalto (b/f), ferro (c/g) e níquel (d/h)

obtidos a partir das processos 1 e 2.

Conclusões

Visualmente comparando-se os mesmos pigmentos

obtidos através das duas sínteses, existem poucas

diferenças nas colorações dos materiais. Ao calcular

a diferença de cor (∆E) a partir das medidas

colorimétricas é possível verificar diferenças

significativas de cor para os valores de ∆E maior que

5.

Agradecimentos

Os autores agradecem as agências de fomento

CAPES, FINEP e CNPq. À UTFPR (Pato Branco)

pelas medidas de colorimetria.

____________________ ¹Buxbaum, G. Introduction to Inorganic High Performance Pigments. New York: Wiley – VCH, (Chapter 1), 2009.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 79

QI 68

Modelagem da difusão multicomponente de espécies inorgânicas em

batata pré-cozida.

Mirian Souza Prado Bordin1 (PG)*, Dionísio Borsato1(PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Química, CP 6001, 86051-990. Londrina – PR.

Palavras Chave: 2º Lei Fick, coeficientes de difusão, número de Biot, sódio, potássio, ferro.

Introdução

A difusão multicomponentes de espécies químicas é um processo complexo de transferência de massa contra-corrente entre uma matriz sólida e uma solução hipertônica1. É uma técnica bastante útil na conservação de alimento, além disso, pode ser adicionados intencionalmente solutos para agregar valor no alimento com a importância biológica.

O objetivo deste trabalho será modelar a

difusão de espécies químicas inorgânicas (sódio, potássio, e ferro) e com isso, determinar os coeficientes de difusão, número de Biot e o coeficiente de película simulando o processo por meio do método de elementos finitos e otimizando pelo método simplex.

Metodologia

A proporção biossólido: solução 1:20. As

amostras serão coletadas, em triplicatas, a cada

meia hora de imersão.

Determinação

Resultado Esperado

A pesquisa a ser desenvolvida, permitirá um controle e uniformidade do conteúdo de sais no produto final bem como diminuir o teor de sódio e agregar valor nutricional.

Agradecimentos

A UEL pelo apoio.

_________________

1Lewicki, P. P.; Lenart, A. In: MUJUMDAR, A. S. (Ed.) Handbook of industrial drying. 3rd ed. Boca Raton, FL: Taylor & Francis, 2007. p. 665-687.

Matriz Sólida Pré- Cozida

Salmoura estática e agitada (Sódio, Potássio, Ferro)

Umidade

Estufa 105ºC Na, K e Fe

Espectrômetro de Fluorescência de

Raio X por Dispersão de energia

(EDXRF). Shimadzu-720

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 80

QI 69

Preparação e caracterização de filmes LbL de PANI-GA e nanopartículas

de prata estabilizadas em amido.

Rafaela Daiane de Oliveira1* (PG), Marcio Vidotti3 (PQ), Luís Fernando Marchesi2,3 (PQ), Christiana

Andrade Pessôa1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 3Grupo de Pesquisa em Macromoléculas e Interface - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.

Palavras Chave: Layer-by-Layer, nanopartículas de prata, goma arábica, polianilina, filmes finos.

Introdução Os polímeros naturais têm apresentado

características promissoras para aplicação como

estabilizantes em sínteses de nanopartículas (NPs)

metálicas, evitando a formação de clusters e controle

do tamanho.1 Além disso, estes também podem ser

utilizados em compósitos com polímeros condutores,

melhorando a processabilidade desses materiais.2

Esses materiais podem ser utilizados para

modificação de eletrodos a partir da obtenção de

filmes finos. Recentemente estudos com a

incorporação do compósito de polianilina e goma

arábica (PANI-GA) em filmes LbL revelaram boa

eletroatividade, reversibilidade e durabilidade

eletroquímica.3 Desta forma, neste trabalho foram

construídos filmes LbL utilizando nanopartículas de

Ag estabilizadas em amido (AgNPs-Am) como

poliânion e PANI-GA como policátion para a

construção de sensores eletroquímicos.

Resultados e Discussão As AgNPs-Am foram sintetizadas por redução

química de AgNO3 1,0.10-3 mol.L-1 em NaBH4 3,6.10-

3 mol.L-1, em banho de gelo (5°C) e solução de 1%

(m/V) de amido. A PANI-GA foi sintetizada conforme

método previamente descrito na literatura.2 Os filmes

LbL PANI-GA/AgNPs-Am foram construídos com

tempo de imersão de 5 min. Por espectroscopia de

UV-Vis observa-se que o filme LbL PANI-GA/AgNPs-

Am apresenta tanto as bandas referentes a PANI-GA

(≈200, 340 e 800 nm), quanto a banda característica

das AgNPs (≈420 nm). Para monitorar o crescimento

dos filmes observou-se a absorbância da banda das

AgNPs em 422 nm. Observou-se um aumento linear

da absorbância em função do número de bicamadas

(Figura 1A). No espectro FTIR da PANI-GA/AgNPs-

Am (Figura 2B) observa-se as bandas 998 e 1078 cm-

1, características da GA referentes C-O das cadeias

de arabinogalactanas. As bandas em 1640 e 1420

cm-1 referem-se ao anel quinóide e benzenóide da

PANI, respectivamente. A voltametria cíclica do filme

LbL (PANI-GA/AgNPs-Am)4 apresentou picos de

oxidação em 0,19 V e 0,70 V referentes aos

processos da PANI. Além disso, pode ser observado

também o pico de oxidação da prata em 0,32 V.

Figura 1. (A) Espectro de UV-Vis da PANI-GA, AgNPs-Am e (PANI-GA/AgNPs-Am)8 e relação entre o número de bicamadas e a absorbância (Figura inserida) (B) FTIR do filme PANI-GA/AgNPs-Am.

A espectroscopia de impedância eletroquímica

(EIS) mostrou 4 processos dependentes do potencial

aplicado, dois em altas frequências relacionados com

os processos faradaicos e com a difusão eletrônica

no polímero condutor, e dois em baixas frequências

relacionados com a quantidade de contra-íon

intercalado no polímero condutor e possivelmente

com os processos faradaicos referente a AgNPs.

Figura 2. Diagrama de Nyquist obtidos a partir dos eletrodos de filme LbL (PANI-GA/AgNPs-Am)4 em função do potencial aplicado.H2SO4 pH = 1,28.

Conclusões Os filmes LbL construídos com AgNPs-Am e PANI-

GA apresentaram crescimento linear. A VC do filme

(PANI-GA/AgNPs-Am)4 apresentou tanto os picos de

oxidação da Ag quanto os picos de oxidação da

PANI, o que confirma a formação do filme. Estes

filmes apresentam potencialidade para uma futura

aplicação como sensores eletroquímicos.

Agradecimentos UEPG e Programa de Doutorado Associado em

Química (UEL – UEPG – UNICENTRO) e CNPq. __________________________ 1 Manno, D. et al. J. Non-Cryst. Solids. 2008, 354, 5515. 2 Quintanilha, R. C. et al. J. Colloid Interface Sci. 2014, 434, 18. 3 Marchesi, L. F. et al. Electrochim Acta. 2015, 174, 864.

3400 3200 3000 1800 1600 1400 1200 1000

B

B

3280

2928

1640

1338

1420

1151

1078

998

Número de onda (cm-1)

200 300 400 500 600 700 800

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

Ab

so

rbâ

ncia

(u

.a.)

Número de bicamadas

A

Ab

so

rbâ

ncia

(u

.a.)

Comprimento de onda (nm)

AgNPs-Am

PANI-GA

PANI-GA/AgNPs-Am

0.00 0.05 0.10 0.15 0.20

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

-Z''/

.cm

2

Z'/.cm2

B

0 5 10 15 20 25 30 35

0

5

10

15

20

25

30

35

-Z''/

.cm

2

Z'/.cm2

0 mV

50 mV

100 mV

150 mV

200 mV

A

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 81

QI 71

Partículas de Hidróxido de Níquel - Ni(OH)2: Comportamento térmico (TG-

DTG-DTA)

Tamara Maria de Andrade1* (PG), Fauze Jacó Anaissi1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste, Setor de Ciências Exatas e da Terra, Laboratório de Materiais e Compostos

Inorgânicos – LabMat, Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03, Vila Carli. CEP 85040-080- Guarapuava-Paraná.

Palavras Chave: Hidróxido de Níquel, análise térmica.

Introdução

Segundo Bode e col.1 o hidróxido de níquel – NI(OH)2

- pode ser encontrado sob forma de polimorfos α-

Ni(OH)2 e β-Ni(OH)2. Neste trabalho se propõe a

preparação do material eletroativo Ni(OH)2 a partir de

diferentes precursores, afim de estudar o efeito dos

cátions provenientes das bases (KOH, NH4OH e

NaOH) e dos ânions provenientes dos sais de partida

(NiCl2.6H2O, Ni(NO3)2.6H2O e Ni(CH3COO)2.4H2O)

para entender a influência no comportamento

térmico.

Resultados e Discussão

As curvas de análise térmica foram realizadas em um

analisador térmico simultâneo (TG-DTG-DTA) SII

NanoTechnology Inc., modelo TG/DTA 6300, rampa

de aquecimento a 20 ºC min-1, atmosfera dinâmica de

ar comprimido (vazão 200 mL min-1), porta amostra

de alumina e faixa de temperatura 30ºC e 1200ºC. Os

valores de perda de massa em cada evento estão

apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Perda de massa (%) para cada evento da análise térmica.

% Acetato Cloreto Nitrato

K+ Na+ NH4+ K+ Na+ NH4

+ K+ Na+ NH4+

E1* 7,7 6,1 9,5 5,0 4,3 1,2 3,2 1,8 2,2

E2* 23,0 17,9 18,4 12,5 20,9 19,1 17,0 20,7 19,9

E3* 4,3 4,5 8,0 31,7 4,5 1,9 29,5 2,0 1,7

R** 65,0 71,5 64,1 50,8 70,3 77,8 50,3 75,7 76,2

* Evento 1, 2 e 3. ** Resíduo

As curvas térmicas (TG) (Figura 1) evidência que a amostra de Ni(OH)2 obtida por Ac-K+ apresenta comportamento diferenciado quando comparada com Cl-K+ e Nit-K+, o que sugere grande influência do grupo acetato no processo de síntese, a qual deve ser investigada.

Figura 1. Curvas térmicas (TG) do Ni(OH)2,

precursores: a) acetato, b) cloreto e c) nitrato de

níquel.

Conclusões

A variação de perda de massa referente ao segundo evento, deve-se a quantidade de água intercalada no Ni(OH)2, que varia de acordo com o polimorfo formado (α, β ou mistura desses), com estrutura lamelar possibilita maior retenção de moléculas de água.

Agradecimentos

Á CAPES; Á UNICENTRO.

____________________

1Bode, H.; Delmelt, K.; Witte, J. Electrochim. Acta. 1966, 11, 1079

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 82

QI 71

O emprego de surfactantes na formação de filmes automontados com

Sipy+Cl- e Ftalocianina Tetrasulfonada de Níquel

Rolf de C. Intema1* (PG), Christiana A. Pessoa1 (PQ), Karen Wohnrath1 (PQ)

[email protected]

Universidade Estadual de Ponta Grossa1

Palavras Chave: Triton X 100, SDS, Ftalocianina de níquel, silsesquioxano

Introdução

Surfactantes modificados podem ser rápida e convenientemente integrados em estruturas de multicamadas contendo polieletrólitos para gerar materiais com aplicações funcionais. Entender o mecanismo da complexação entre polieletrólitos e surfactantes em filmes LbL pode nos levar a desenvolver melhores estratégias para imobilização de moléculas anfifílicas funcionais em tais estruturas1,2.

Neste trabalho, visou-se estudar a interação entre polieletrólitos e surfactantes não-iônicos. A técnica LbL foi utilizada para a preparação de filmes ultrafinos fazendo uso do polieletrólito 3-n-propilpiridinio silsesquioxano (SiPy+Cl-) e da ftalocianina tetrasultadonada de níquel (NiTsPc), formando a arquitetura (SiPy/NiTsPc). Para estudar a interação surfactante-polieletrólitos, os surfactantes Triton X e o SDS, foram adicionados à solução do polieletrólito SiPy+Cl-, para então serem depositados sobre a superfície do substrato (ITO).

Resultados e Discussão

O processo de formação de micelas na presença de

um polieletrólito, pode ser monitorado por medidas

de tensão superficial da solução correspondente. A

Figura 1 ilustra a variação de tensão com adições

consecutivas de Triton X em água, e em soluções

aquosas contendo SiPy+ em concentrações de 20 e

40 ppm.

1E-5 1E-4 1E-3 0.01 0.1 130

35

40

45

50

55

60

65

70

75 Triton

Triton+SiPy 2mg/mL

Tensão S

uperf

icia

l

[Triton]

Figura 1: Tensão superficial das soluções aquosas do

surfactante Triton na presença e ausência de SiPy+.

A adição de SiPy+ induz à redução da tensão superficial mesmo a concentrações baixas de surfactante, pois o polímero aumenta a adsorção do surfactante na interface água-ar, onde a complexação polímero-surfactante acontece. Tal complexação interfacial minimiza as interações repulsivas entre grupos polares dos surfactantes na superfície. O aumento da tensão superficial além deste ponto indica a redução da concentração de surfactante na superfície do líquido causada pela formação de agregados estáveis, no bulk da solução, entre surfactante e polímero. Para determinar o tamanho dos agregados formados utilizou-se a técnica de espalhamento dinâmico de luz (DLS) (Figura 2).

1E-4 1E-3 0,01 0,1 1

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Pa

rtic

le s

ize

/ n

m

[surfacant] Mol L-1

x CMC

Triton X+SiPy+Cl

- 2mg/mL

SDS +SiPy+Cl

- 2mg/mL

Figura 2: Mudança no tamanho dos agregados em função da concentração de Triton X e SDS.

Conclusões

A partir do estudo da tensão superficial constatou-se

a interação entre surfactante e polieletrólito.

Confirmada a formação de agregados, utilizou-se a

técnica de DLS para determinar a melhor relação de

concentração entre surfactante e polieletrólito, sendo

essa 0,075xCMC do surfactante.

Agradecimentos

Capes e GDEM/UEPG.

1 DEO, et. Al Langmuir 2013, 21, 3950-3956

2 Dedinaite, et al. Langmuir 2011, 16, 1951-1959

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 84

QO 72

Análise Espectroscópica de Grãos e Sementes Oleaginosas através de

RMN e RPE para Avaliação do Teor de Óleo, Radicais Livres e Compostos

Organometálicos. Bruna F. Gazzoni1 (PG)*, Eduardo Di Mauro1 (PQ), Carmen L. B. Guedes1 (PQ)

*[email protected] 1Centro de Ciências Exatas (CCE), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 km 380,

Campus Universitário, Cx. Postal 10.011, CEP 86.057-970, Londrina, PR

Palavras Chave: espécie paramagnética, fator espectroscópico, largura de linha, spin.

Introdução

Dentre as várias possibilidades de combustíveis

obtidos de fontes renováveis se encontra o biodiesel

produzido a partir de óleos e gorduras. A principal

matéria prima para síntese de biodiesel pode ser

extraída de diversas sementes oleaginosas. Com o

objetivo de investigar a presença de espécies

paramagnéticas em sementes de plantas

oleaginosas foi utilizada a técnica espectroscópica de

Ressonância Paramagnética Eletrônica (RPE).

Resultados e Discussão

Foram analisadas por RPE dez variedades de

sementes oleaginosas, entre as quais, apenas quatro

(algodão, girassol cinza, girassol preto e pinhão

manso) apresentaram sinal de espécie

paramagnética com característica de radical livre

orgânico. Os parâmetros de RPE calculados com

base nos sinais dos espectros foram fator

espectroscópico (fator g), largura de linha pico a pico

(ΔHPP) e número de spins/g de amostra.

Tabela 1. Parâmetros de RPE obtidos para o sinal de radical livre orgânico em sementes oleaginosas.

Semente oleaginosa

N° de spins/ g de amostra

(x1015)

Fator g

ΔHPP (Gauss)

Algodão 3,4 2,0039 6,6

Girassol (cinza) 8,5 2,0033 6,0

Girassol (preto) 8,6 2,0033 6,6

Pinhão Manso 4,9 2,0047 7,0

O valor calculado para o fator espectroscópico (fator

g) em cada uma das sementes foi g=2,0040± 0,0007.

O fator g calculado para o elétron livre é 2,0023. Os

fatores g de RPE, com valores de 2,0033 a 2,0034,

correspondem a estruturas de orto- e/ou para-

semiquinonas. As semiquinonas (Figura 1) são

intermediárias nas reações de redox de orto- e/ou

para-difenolatos a orto- e/ou para-quinonas e

geralmente estão presentes na biomassa

lignocelulósica1,2.

Os espectros de EPR (Figura 2) apresentaram

aspecto semelhante em todas as sementes

analisadas, sendo encontrada a maior quantidade

relativa de spin/g de amostra nas sementes de

girassol, ou seja, a semente de girassol apresentou

maior concentração de radicais livres. Na Figura 2

está representado o espectro de EPR obtido na

semente de girassol (cinza).

Figura 1. Equilíbrio redox entre a) p-quinona b) p-semiquinona e c) p-hidroquinona.

Figura 2. Espectro de EPR da semente de girassol.

Conclusões

Dentre as sementes estudadas não foi detectado

sinal de espécie paramagnética nas semente s de

amendoim, girassol branco, milho, nabo, soja e

sorgo. Foi detectada a presença de radical

semiquinona nas sementes de algodão, girassol

(cinza e preto) e pinhão manso. Outras técnicas

espectroscópicas como RMN estão sendo utilizadas

para confirmação dos radicais livres semiquinonas.

Agradecimentos

CAPES e Fundação Araucária.

____________________ 1 Saab, S. C.; Martin-Neto, L. J. Braz. Chem. Soc. 2008, 19, 413. 2 Saifutdinov, R. G.; et al. Electron paramagnetic resonance in

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 85

QO 72

biochemistry and medicine. New York: Kluwer Academic/ Plenum Publishers, 2001, 268 p.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 86

QO 73

Regiosseletividade da abertura de epóxidos terminais por silil-enóis

éteres: Síntese de centros quaternários benzílicos

Camila B. Nascimento1 (PG)*, Fernando Macedo Jr1. (PQ).

*[email protected]

1Laboratório de Pesquisas em Moléculas Bioativas, Dep. de Quím., Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR Palavras Chave: regiosseletividade, abertura de epóxidos, centros estereogênicos

Introdução

A reação de abertura de epóxidos não-simétricos por

enolatos tem sido empregada rotineiramente para a

síntese de adutos do tipo homoaldol.1 Estas

transformações são acompanhadas por altas

regiosseletividades em favor do ataque do ânion ao

carbono menos substituído do epóxido (Esquema 1).

Por outro lado, a utilização de espécies enólicas

neutras como nucleófilos para fornecer 4-hidroxi-

cetonas com a regioquímica inversa, representa uma

estratégia quase inexplorada.2

A reação abertura regiosseletiva da 2-(4-metil-2,5-dimetoxifenil)-2-metiloxirana pelo silil-enol éter da acetona catalisada por TiCl4 foi otimizada no nosso grupo de pesquisa3. Motivados por estes resultados, propomos neste trabalho mapear esta metodologia através de uma triagem de substratos similares. Epóxidos benzílicos e silil-enóis éteres com substituintes de diferentes tendências eletrônicas e estéricas serão empregados para se avaliar o efeito sobre a reatividade e a regioquímica da reação.

Além disso, deseja-se aplicar a metodologia desenvolvida na síntese das enoquipodinas A/B4 (Esquema 2), proporcionando assim a avaliação abrangente do potencial farmacológico destes sesquiterpenos.

Resultados e Discussão

Cetonas aromáticas comercialmente disponíveis

foram convertidas nas olefinas correspondentes

através da reação de Wittig5. Os epóxidos de

interesse foram obtidos pelo tratamento das olefinas

com a dioxirana da acetona gerada in situ na

presença de oxona6. Ambas etapas de síntese se

encontram otimizadas no nosso grupo de pesquisa.

(Esquema 3).

Com a obtenção dos epóxidos correspondentes pretende-se avaliar as reações de abertura

catalisada por TiCl4 frente a diferentes silil-enóis éteres (Esquema 4).

Conclusões O sucesso da metodologia de síntese de olefinas

terminais, bem como o emprego da metodologia de

para a síntese dos epóxidos benzílicos

correspondentes e os bons resultados prévios da

reação de abertura regiosseletiva de 2-(4-metil-2,5-

dimetoxifenil)-2-metiloxirana indicam um elevado

potencial deste processo para a síntese de centros

quaternários benzílicos e demonstram a viabilidade

de uma rota sintética alternativa para preparação das

enoquipodinas.

Agradecimentos

Ao LPMBA e LABSPEC (UEL) e a CAPES pela concessão de bolsa. _______________ 1Taylor, S. K. Tetrahedron, 2000, 56, 1149. 2Hernández, C. et al. Current Organic Chemistry, 2014, 18, 5,

525. 3Nascimento, C. B. Dissertação de Mestrado em Química – UEL,

2013. 4Ishikawa, N. K. et al. Phytochemistry, 2000, 54, 777 5Berens, U. The Journal of Organic Chemistry, 1995, 60, 16, 127. 6Shi, Y. et al. The Journal of Organic Chemistry, 1997, 62, 2328.

Esquema 1 - Abertura de epóxidos por espécies enólicas

Esquema 2 - Proposta de síntese para as enoquipodinas A e B

Esquema 3 – Síntese de epóxidos

Esquema 4 – Avaliação das reações de abertura de epóxidos catalisada por TiCl4

Ph3PCH3I;

t-ButOK; THF0ºC-t.a.

O

R R

R = -4-Me-2,5-OMe 2,5-OMe 2-OMe -H

R

KHSO5, Acetona

TBAHS, CH3CN

O

O

R2 R1

O

R2R1

O

R2

OH

R1

OM

R1

OTMSHO

Enolatos(meio básico)Controle estérico

Sililenóis éteres(+ Ac. Lewis)Controle eletrônico

R2 = grupo

doador de elétrons

O

MeMe

HO

Me OH

Me

Enoquipodina A (4)

Redução/Ciclização

MeO

OMe

O

Abertura regiosseletivade epóxido

O

O

Me

Me

OMe

Me

Enoquipodina B (3)

HO

(R)-2

5 etapas

R1

OTMSR = -4-Me-2,5-OMe 2,5-OMe 2-OMe -H

R

O

R

HO

R1

O

; TiCl4

CH2Cl2 R1 = Me Ph

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 87

QO 74

Validação de método cromatográfico CLAE-DAD para a determinação

compostos fenólicos em própolis brasileira.

Christiane Schineider Machado Kolc1 (PG)*, Yohandra Reyes Torres1 (PQ).

*[email protected] 1Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro.

Palavras Chave: Própolis, validação analítica, compostos fenólicos

Introdução

A própolis é um produto resinoso produzido pelas

abelhas e utilizada na medicina popular desde a

antiguidade, devido às suas inúmeras propriedades

farmacológicas 1. O objetivo do presente estudo foi

validar o método CLAE-DAD para a determinação

simultânea de compostos bioativos na própolis do

Paraná.

Resultados e Discussão

O estudo de validação foi realizado de acordo com

diretrizes internacionais e nacionais (AOAC 2012,

ICH 1996, o Inmetro 2011) 2,3,4. Os resultados

indicam que o modelo linear é adequado para

estabelecer a relação entre a altura do pico

cromatográfico e a concentração (Tabela 1). Os LD

e LQ variaram entre 1,04-2,74 µg mL-1 e 3,15-8,30 µg

mL-1, respectivamente. As estimativas de RSD (%)

para a repetitividade (r) e precisão intermediária

(tempo e analista) foram < 11,76, 13,36 e 14,56,

respectivamente. A exatidão do método, avaliada

através de estudos de adição/recuperação,

demostrou % de recuperação de 88,55 a 119,525,

com exceção o ácido 3,4-di-O-cafeoilquinico, 138,77

de recuperação.

Figura 1. CLAE-DAD dos padrões (40 µL mL-1) (A) e amostra 14 (20 mg mL-1) (B). (1)

ácido gálico, (2) ácido 4-O-cafeoilquínico, (3) ácido clorogênico, (4) ácido p-cumárico, (5)

ácido 3,5-di-O cafeoilquínico, (6) ácido 3,4 -di-O-cafeoilquínico, (7) quercetina, (8)

dihidrokaempferida e (9) galangina.

Conclusões

A determinação simultânea de produtos naturais da própolis através de CLAE-UV apresentou seletividade, linearidade e excelente precisão e exatidão.

Agradecimentos Unicentro e FINEP.

________________ 1 Bankova, V., de Castro, S. L., & Marcucci, M. C. Apidologie 2000, 31(1), 3-15. 2 ANVISA. Resolução - RE nº899, de 29 de maio de 2003. Available in: www.anvisa.gov.br. Accessed in maio, 2013. (in Portuguese). 3 AOAC (Association of Official Analytical Chemists). (2012). Official methods of analysis of AOAC international (19th ed.). Appendix F - Guidelines for standard method performance requirements, 16. 4 Inmetro (2011). DOQCGCRE008 - Orientação sobre Validação de Métodos Analíticos, Revisão 04, julho, 19.

Tabela 1. Resultados do estudo de linearidade, precisão (repetitividade e precisão intermediária) e exatidão.

Compostos tR

(min)

λmax

(nm)

Parâmetros Regressão Linearidade Precisão Exatidão (%)

Regressão Falta de ajuste Precisão intermediária

40 µg mL-1 Equação R2

Fobservado (Fcritico)

Valor do p

Ffaj (Fcritico)

Valor do p

LD (µg mL-1)

LQ (µg mL-1)

r RSD%

Tempo

Analista

Ácido gálico 4.6 275 y = 3973x +3749 99.9% 21236.27

(9.33) 0.000

0.54 (6.55)

0.663 1.04 3.15 1.89 1.76 4.19 91.88 ± 1.00

Ácido Clorogênico 9.9 330 y = 2771x - 4694 99.6% 4595.22

(8.10) 0.000

2.89

(4.56) 0.054 2.74 8.30 2.50 9.78 14.16 116.67 ± 4.35

Ácido 4-O-

Cafeoylquinico 10.2 330 y = 1936x - 4608 99.7%

6246.10 (8.68)

0.000 2.80

(5.99) 0.079 2.30 6.97 1.54 8.22 11.16 119.32 ± 2.45

Ácido p-Cumárico 13.3 315 y = 8501x - 4289 99.8% 6415.07

(9.33) 0.000

2.79

(6.55) 0.086 1.73 5.25 1.04 8.35 2.51 88.55 ± 1.30

Ácido 3,5-di-O-

Cafeoilquinico 14.0 330 y = 2329x - 8011 99.7%

3381.82 (10.6)

0.000 4.78

(9.78) 0.049 2.50 7.70 11.76 13.36 14.56 93.10 ± 2.07

Ácido 3,4-di-O-

cafeoilquinico 14.3 330 y = 2156x - 4463 99.7%

4465.10 (9.33)

0.000 3.22

(7.01) 0.075 2.69 8.15 2.81 3.80 1.60 138.77 ± 1.40

Quercetina 17.1 370 y = 5298x- 2915 99.0% 8517.96

(8.68) 0.000

1.33

(5.99) 0.332 1.60 5.33 2.09 2.07 1.40 119.525 ± 6.78

Dihidrokaempferida

19.2 292 y = 16736x +14807 99.9% 14691.05

(10.6) 0.000

0.44 (9.78)

0.731 1.25 3.78 1.18 1.81 1.17 101.58 ± 1.14

Galangina 23.0 268 y = 4133x + 913 99.9% 10502.96

(8.68) 0.000

1.45

(6.55) 0.267 1.47 4.48 1.83 4.26 1.17 106.9 ± 0.72

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 88

QO 75

Desenvolvimento de Nanopartículas à Base de Caseína e Curcumina Decoradas com Quitosana

*Daniele Gonçalves Vieira1 (PG), Najeh Maissar Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). *[email protected] 1Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica. Programa de Pós-Graduação em Química (Associação UNICENTRO/UEPG /UEL). Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03 – Vila Carli. Guarapuava-PR. Palavras Chave: Câncer, Nanopartículas, Curcumina, Caseína, Caseinato de Sódio, Quitosana

Introdução A curcumina é um pigmento extraído da raíz do

açafrão-da-índia (Curcuma longa), é utilizada como um

estimulante aromático e possui coloração amarela característica1. Além disso, a curcumina está entre os mais promissores e eficazes agentes quimiopreventivos e tem se mostrado potencialmente efetiva contra inúmeros tipos de câncer2. Entretanto, diversos fatores afetam a sua biodisponibilidade, tais como a sua baixa absorção intestinal e rápida metabolização e excreção3.

Dentro deste contexto, os sistemas nanoestruturados vêm sendo amplamente empregados, já que nanocarreadores de fármacos podem potencializar as propriedades físico-químicas e fornecer um meio de modificar a distribuição de uma substância ativa, aumentando a sua concentração no sítio-alvo, melhorando a eficácia e reduzindo a toxicidade, com várias possibilidades de aplicações devido ao tamanho reduzido e e grande área superficial4,5,6,7.

A liberação de fármacos a partir de sistemas poliméricos nanoestruturados depende de diferentes fatores, sendo o tipo de polímero utilizado um dos principais, já que determina o mecanismo de liberação envolvido8,9. Diversos estudos vêm sendo realizados baseados na utilização do caseinato de sódio, um biopolímero na forma de sal de sódio derivado da caseína, principal proteína existente no leite de vaca10. Assim como, outros estudos têm demonstrado a promissora utilização de nanopartículas decoradas com polissacarídeos e que a utilização de quitosana forma um sistema eficiente para a incorporação de drogas, mantendo-se estável sob condições fisiológicas, com aumento significativo da absorção do fármaco nanoparticulado11.

Diante do exposto, o presente trabalho propõe o desenvolvimento de nanopartículas à base de caseína, contendo curcumina, decoradas com quitosana, bem como a sua caracterização físico-química e biológica, avaliação da estabilidade em meio enzimático e avaliação da atividade anti-tumoral.

Resultados Os resultados esperados com o desenvolvimento

deste trabalho vão no sentido tanto da validação do método de obtenção das nanopartículas, quanto no de contribuir com a comunidade científica sobre os dados verificados com a análise das caracterizações e avaliações propostas.

Conclusões Avanços tecnológicos visam melhorar os perfis

farmacocinéticos de fármacos amplamente utilizados em tratamentos quimioterápicos. Sendo que, nanopartículas poliméricas são sistemas capazes de melhorar a biodisponibilidade de fármacos utilizados em tratamentos onerosos e que acarretam diversos efeitos colaterais aos pacientes, fazendo muitas vezes, desistirem do tratamento.

Agradecimentos Aos coordenadores do Laboratório de

Nanotecnologia Farmacêutica e demais Laboratórios pertencentes ao Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), pois para o desenvolvimento deste trabalho serão utilizados tanto o espaço físico, bem como os equipamentos, materiais e recursos pertencentes à estes locais.

_____________________ 1ARAÚJO, C.A.C.; LEON, L.L.; Biological activities of Curcuma longa L; Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; v. 96; p. 723-728; 2001. 2SINGH, S.; KHAR, A.; Biological effects of curcumin and its role in cancer chemoprevention and therapy; Anticancer Agents in Medicinal Chemistry; v. 6; p. 259-270; 2006. 3ANAND, P. et al. Curcumin and câncer: an “old-age” disease with an “age-old”solution; Cancer Letters; v. 267; p. 133-164; 2008. 4KAYSER, O.; LEMKE, A.; TREJO, N. The impact of nanobiotechnology on the development of new drug delivery systems. Current Pharmaceutic Biolotechnology, v. 6, p. 3-5, 2005. 5LEGRAND, P. et al. Influence of polymer behavior in organic solution on the production of polylactide nanoparticles by nanoprecipitation. International Journal of Pharmaceutics, v. 344, p. 33-43, 2007. 6FERREIRA, H. S.; RANGEL, M. C. Nanotecnologia: Aspectos gerais e potencial de aplicação em catálise. Química Nova, v. 32, n. 7, p. 1860-1870, 2009. 7SUNDAR, S.; KUNDU, J.; KUNDU, S. C. Biopolymeric nanoparticles. Science and Technology of Advanced Materials, v. 11, p. 014104-13, 2010. 8MOHANRAJ, V. J.; CHEN, Y. Nanoparticles – A review. Tropical Journal of Pharmaceutical Research, Stuttgart, v. 5, n. 1, p. 561-573, 2006. 9SILVA JÚNIOR, A. A. Micropartículas de ácido poli lático-co-glicólico obtidas por “spray drying” para liberação prolongada intra-ocular de fármacos. 2008. 177 f. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas) – UNESP, Araraquara, 2008. 10NEHA A. et al. Review on Casein Production and Casein based Nano-Formulations. IRJP 2012, 3 (1). 11MAZZARINO L. et al. Elaboration of chitosan-coated nanoparticles loaded with curcumin for mucoadhesive applications. Journal of Colloid and Interface Science 2012, 370 (58–66).

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 89

QO 76

Estudo da potencialidade de processos oxidativos avançados para

remediação de águas contaminadas por contraceptivos

Erivelton César Stroparo1* (PG), Kely Viviane de Souza (PQ)2, Yohandra Reyes Torres (PQ)1.

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro Oeste, Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03 Vila Carli, Guarapuava – PR. 2Universidade Estadual do Centro Oeste, PR 153-Km 7, Bairro Riozinho, Irati - PR

Palavras Chave: Estrogênios, foto-Fenton, contaminantes emergentes.

Introdução A preocupação com micropoluentes tem aumentado

expressivamente. Fármacos, desreguladores

endócrinos e poluentes orgânicos persistentes estão

sendo investigados devido à possibilidade de

gerarem efeitos adversos aos organismos expostos

em concentrações muito baixas (Roing et al., 2010).

Pesquisas comprovam a presença destes compostos

em águas naturais, residuárias ou potáveis (Azzouz,

2012). Em contrapartida, sistemas de tratamento

convencionais de água e esgoto vêm se mostrando

ineficientes na remoção destes poluentes (Mazerllier,

2008).

Diante do exposto, pretende-se desenvolver um

método confiável para quantificação e identificação

dos contraceptivos em estudo assim como propor um

tratamento oxidativo avançado eficiente para a

degradação desta classe de poluentes.

Metodologia Coleta das amostras e local de trabalho

A amostragem será realizada na entrada e na saída da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Guarapuava-PR. A caracterização e quantificação dos analitos (hormônios) de interesse (estriol e 17 β- estradiol) serão realizadas nos laboratórios de Cromatografia e Produtos Naturais (CRONAT) e os tratamentos oxidativos no laboratório de Química do Departamento de Engenharia Ambiental/Irati.

Validação do método Será desenvolvido um método fundamentado em cromatografia gasosa (GC-MS). Para tanto serão analisados os parâmetros: Seletividade, linearidade, limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ), precisão, exatidão.

Tratamentos Oxidativos Avançados (POAs) Estudos preliminares de degradação via processo foto-Fenton, serão conduzidos com o auxílio de um

reator fotoquímico (250 mL), equipado com agitação magnética e lâmpada a vapor de mercúrio (125 W), (Figura 1a) (Nogueira et al.; 2007). As melhores condições em função as variáveis [H202], [Fe2+] e tempo serão determinados por planejamento fatorial.

Os processos foto-Fenton (solar) serão

desenvolvidos em reator cilíndrico parabólico

composto, área de 1,25 m2, vazão de 0,5 L min-1,

volume de 1,5 L, e tempo de retenção de 0,6 min por

reator (Figura 1b). Figura 1. Reator fotoquímico com luz artificial (a), Reator com luz solar (b).

(a) (b)

A eficiência das metodologias de tratamento

propostas será avaliada em função dos parâmetros

experimentais e metodologias analíticas:

Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de

massas em condições previamente validadas,

Análises espectrofotométricas por UV-vis bem como

determinação do DQO e DBO (APHA, 2002).

Resultados Esperados * Obter um método confiável para identificação e

quantificação dos poluentes em estudo;

* Eficiência nos tratamentos propostos no ponto de vista químico e econômico; * Desenvolver uma unidade de tratamento de maior porte que permita o tratamento contínuo de águas contaminadas para este tipo de poluentes.

Agradecimentos UNICENTRO, UFPR

___________________ 1APHA. American Standard Test Methods, 2002. 2Azzouz, A. e Ballesteros, E. Sci. Total Environ. 2012, 419, 208. 3Mazerlier, P.; Méité, L. e Laat, J. Chemosphere. 2008, 73, 1216. 4Nogueira, R. F. P.; Trovó, A. G.; Silva, M. R. A. e Villa, R. D. Quim. Nova, 2007, 30, 400. 5Roing, P. V.; Segarra, R.; Blasco, C.; Andreu, V. e Picó, Y. J. Chromatogr. A. 2010, 1217, 2471.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 90

QO 77

Derivatização da beta-glucana botriosferana e avaliação do seu potencial

de aplicações.

Fabiana S. T. Rodrigues1* (PG), Aneli M. Barbosa Dekker1 (PQ).

*[email protected]

1Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina, Caixa postal 6001, 86051-

990, Londrina, PR, Brasil.

Palavras Chave: Botryosphaeria rhodina MAMB-05,

Carboximetilação, Acetilação, Atividade antioxidante,

Atividade hipoglicemiante

Introdução

O Botryosphaeria rhodina MAMB-05 é um fungo

ascomiceto que secreta em meio liquido de cultivo

uma beta-glucana do tipo β-(1→3; 1→6), também

denominada de botriosferana. A cadeia principal

deste exopolissacarídeo (EPS) é composta por

resíduos de D-glucose unidos por ligações

glicosídicas do tipo β-(1→3), com ramificações de

resíduos de glucose e gentiobiose ligados à cadeia

principal por ligações β-(1→6)1 (Fig. 1).

Ensaios biológicos, in vivo, demonstraram

que a botriosferana não é genotóxica, possui

propriedades anticlastogênica2, hipocolesterolêmica,

hipoglicemiante3, além de atividade anticancerígena

em células MCF-07 de câncer de mama (manuscrito

submetido). Pesquisas recentes comprovaram que

este EPS também pode ser um antioxidante natural

eficaz in vitro4.

Quando congelada e liofilizada a

botriosferana tem sua solubilidade em água

diminuída. Recentemente foi relatado que

derivatizações de beta-glucanas podem aumentar

sua solubilidade e potencializar algumas

propriedades biológicas5, facilitando sua aplicação

em cosméticos, alimentos e medicamentos.

Neste projeto pretende-se aumentar a

produção da botriosferana pelo Botryosphaeria

rodhina MAMB-05, por meio de alguns parâmetros

fermentativos, derivatizá-la por carboximetilação e

acetilação, determinar o grau de derivatização e

avaliar a ecotoxicidade. Além disso, serão

comparadas as atividades antioxidante (in vitro),

cicatrizante e hipoglicemiante (in vivo) entre a

botriosferana original e a carboximetilada.

Figura 1. A) Estrutura química da botriosferana. B)

Botriosferana precipitada com etanol.

Resultados e Discussão

Espera-se modificar quimicamente a beta-glucana

botriosferana tornando-a mais solúvel, bem como

demonstrar se a derivatização proporcionará a

obtenção de uma beta-glucana não tóxica para o

ambiente, com atividades antioxidantes e

hipoglicemiantes potencializadas. Poderá ser

demonstrada, pela primeira vez, a atividade

cicatrizante das botriosferanas original e

carboximetilada.

Conclusão

Os resultados a serem obtidos neste projeto,

pretendem originar novos produtos, agregar valor e

ampliar as aplicações das botriosferanas em

indústrias de cosméticos, alimentos e medicamentos.

Agradecimentos

CAPES, PROPPG-UEL, Fundação Araucária.

____________________

1Barbosa, A. M. et al., Carbohydr. Res. 2003, 338, 1691. 2Miranda, C. C. B. O. et al., Int. J. Biol. Macromol. 2008, 42, 172. 3Miranda-Nantes, C. C. B. O. et al., Mycobiology. 2011, 39, 187. 4Giese, E. C. et al., Int. J. Biol. Macromol. 2015, 72, 125. 5Kagimura, F. Y. et al., Int. J. Biol. Macromol. 2015, 72, 588.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 91

QO 78

Efeito da administração crônica de Baccharis dracunculifolia e glucana

em modelo de diabetes tipo I.

Genice Iurckevicz1 (PG)*; Carlos Ricardo Maneck Malfatti¹ (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro Oeste – Rua Simeão Camargo Varela de Sá 03- Vila Carli CEP 85040-080 Guarapuava

– PR.

Palavras Chave: Diabetes, Baccharis Dracunculifolia, β-glucana.

Introdução O diabetes atinge 8,3% da população mundial e 8,7%

da população brasileira (SBD, 2014). Caso não se

efetue o tratamento dessa doença, ela pode provocar

vários problemas de saúde e até a morte. A projeção

do diabetes ao longo dos últimos anos foi de

crescimento, devido principalmente ao estilo de vida

atual, onde a falta de atividade física aliada à

alimentação inadequada, propiciam o aparecimento

da doença. Deste modo, os estudos para o seu

tratamento também vêm crescendo muito,

principalmente envolvendo a utilização de

substâncias naturais. Muitos dos compostos naturais

apresentam o efeito de reduzir o nível de glicose no

sangue, porém a diversidade química presente

nesses compostos leva a considerar que muitos

mecanismos podem estar envolvidos nesse

processo, tornando-se necessária uma extensa

investigação dessas substâncias e também um

amplo acompanhamento dos seus efeitos durante o

tratamento. Nesse trabalho será realizada a

investigação da 16-β-glucana e também do extrato

de Baccharis dracunculifolia, substâncias que já

possuem potencial antidiabético descrito na

literatura, no tratamento de diabetes tipo I em ratos.

A β-glucana é um exopolissacarídeo do fungo

Lasiodiplodia theobromae MMPI, e possuí atividade

antidiabética relacionada ao fato de se tratar de uma

fibra viscosa, e limitar o aumento da glicemia pós

prandial. A Baccharis dracunculifolia é uma planta

medicinal e sua atividade antidiabética vem sendo

estudada devido ao fato de apresentar

características antioxidantes, relacionadas aos seus

compostos fenólicos e cumarínicos.

Nesse estudo o diabetes tipo I será induzido em

ratos, pela utilização de estreptozotocina. Os animais

serão tratados durante 30 dias com 16-β-glucana e

extrato de Baccharis dracunculifolia, previamente

caracterizados através de técnicas espectroscópicas

e cromatográficas. Nesse período serão monitoradas

as alterações químicas e biológicas, provocadas nos

animais pelos tratamentos, e também serão

padronizadas as técnicas de necrose e apoptose, a

fim de analisar a morte celular envolvida no estudo.

Resultados e Discussão

Os resultados esperados neste trabalho são: a

obtenção da glucana de conformação β

carboximetilada. A caracterização cromatográfica do

extrato da Baccharis dracunculifolia relacionando os

compostos encontrados com as propriedades

antidiabéticas. A obtenção de ratos diabéticos,

porém, após o tratamento com β-glucana e Baccharis

dracunculifolia espera-se a melhora dessa condição,

com a redução do alto nível glicêmico, bem como,

que a diminuição da produção de insulina, e aumento

do nível de colesterol, triglicerídeos e possível

comprometimento da função hepática, efeitos do

diabetes, sejam revertidos com o tratamento.

Também a diminuição de alterações histológicas e

estresse oxidativo nos animais tratados, e a relação

entre a morte celular e o tratamento para o diabetes.

Conclusões

Esse trabalho irá correlacionar os diferentes

compostos químicos presentes nos tratamentos

individuais e associado, analisando os prováveis

princípios ativos que atuam de forma benéfica para o

tratamento de complicações advindas do diabetes

tipo 1.

Agradecimentos

A todos os integrantes do grupo de pesquisa

Biomed/Laben/Lanci.

____________________

1SBD. Sociedade brasileira de diabetes. Atlas do Diabetes 2014 - Atualização 6º edição - IDF. 2014. Disponível em: <http://www.diabetes.org.br/images/pdf/Atlas-IDF-2014.pdf>. Acesso em: Jan. 2015.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 92

QO 79

Lacases Fúngicas na Biotransformação de Compostos Orgânicos

Jéseka Gabriela Schirmann1 (PG)*, Fernando César de Macedo Júnior1 (PQ), Aneli M. Barbosa1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina - Centro de Ciências Exatas - Departamento de Química.

Palavras Chave: Polifenol oxidases, Botryospharia rhodina, síntese orgânica.

Introdução

O uso de enzimas como biocatalisadores em reações de síntese orgânica favorecem o desenvolvimento de tecnologias limpas, que estão vinculadas aos objetivos da química verde. Dentre as enzimas que possuem grande potencial de aplicação, porém ainda não tem sido suficientemente exploradas, estão as lacases. Lacases (p-difenol: oxigênio oxidoredutase, EC 1.10.3.2) são oxidases multicúpricas que oxidam uma grande variedade de compostos fenólicos e não fenólicos, na presença de mediadores, pela redução do oxigênio molecular à água. São produzidas por plantas, insetos, fungos e bactérias, entretanto, as lacases extracelulares fúngicas tem demonstrado maior estabilidade e amplas aplicações industriais nas áreas de degradação e despolimerização de lignina, clareamento de polpas de celulose, biorremediação de poluentes ambientais, descoloração de efluentes têxteis, produção de biosensores e de compostos químicos através de síntese orgânica1. Neste projeto pretende-se produzir lacases pelos fungos Botryosphaeria rhodina MAMB-05, Pleurotus ostreatus var. Florida e por uma cepa fúngica isolada de madeira em decomposição, em um bairro de Londrina-PR. A atividade catalítica destas lacases serão comparadas na presença de diferentes solventes orgânicos, bem como em compostos orgânicos relevantes para processos de síntese.

Fig.1. Esquema do ciclo catalítico da atividade de lacase1.

Resultados e Discussão

Os resultados deste projeto irão proporcionar o uso de lacases em etapas de processos de síntese, favorecendo o desenvolvimento de reações com alta produção de compostos químicos de interesse e baixos produtos colaterais. As lacases a serem utilizadas não estão disponíveis comercialmente.

Portanto, a comparação entre as três fontes de lacases mostrará a diversidade catalítica destas enzimas em síntese orgânica.

Conclusões

Ampliar o uso de lacases em reações de síntese.

Agradecimentos

A PROPPG-UEL, CAPES e Fundação Araucária. __________________ 1Polak, J.; Jarosz-Wilkolazka, A. Process Biochemistry. 2012, 47,

1295-1307.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 93

QO 80

Fermentação de diferentes matérias primas e acompanhamento do perfil

químico, análise do teor de fenólicos e atividade antioxidante.

João Paulo Niemes (PG)*, Yohandra Reyes Torres (PQ), Maria de Lurdes Felsner (PQ), Marcos Roberto

da Rosa (PQ).

*[email protected]

Palavras Chave: Mel, Fermentação alcoólica, GC/MS, Fenólicos totais, Melado de cana, Xarope de glicose.

Introdução

O hidromel é um produto natural obtido através da

fermentação do mel diluído e conhecido a milhares

de anos pelo homem. Contudo até o momento ainda

não se tem estudos mais aprofundados sobre o

assunto, ou seja, sobre o que acontece em seu

processo, quais compostos são consumidos ou

liberados durante o processo fermentativo. Outro fato

a se levar em consideração é atividade antioxidante,

a fim de se determinar se há perda ou

potencialização da mesma.

Tendo isto em vista o presente trabalho realizou o

estudo com mel de Apis e melípona e comparou os

resultados com os de melado de cana e xarope de

glicose que apresentam também alta concentração

de carboidratos mas que passam por

processamentos industriais. Para o processo de

fermentação foram empregado duas diferentes

cepas (alta e baixa fermentação) e condições

experimentais com variação do tempo e da

temperatura.

Resultados e Discussão

A eficiência de fermentação apresentou variação em

relação as temperaturas utilizadas. O maior

rendimento de etanol foi apresentado na temperatura

de 28oC por ambas as cepas. Já na temperatura de

baixa a levedura de baixa apresentou melhor

rendimento em relação a de alta. A exceção a este

comportamento é o mel de melípona fermentado que

mesmo na condição ideal para a cepa de baixa

apresentou cerca de 50% do rendimento de etanol

em relação a temperatura de 28oC.

Tendo a cepa de levedura de alta na temperatura de

10oC apresentado as menores eficiências

fermentativas. Já a levedura de baixa combinada

com a temperatura de 28ºC teve maior eficiência

frente sua condição ideal (10ºC). A exceção a este

comportamento é o hidromel de melípona, que na

temperatura de 10ºC e cepa de baixa apresentou

aproximadamente 50% da eficiência de fermentação

em comparação a mesma cepa na temperatura de

28ºC.

O perfil de fenólicos para os méis de Apis e

meliponídeos, melado de cana e xarope de glicose

apresentaram pequena redução na concentração

nos fermentados. Nos hidroméis de méis de Apis e

meliponídeos e fermentado xarope de glicose as

atividades antioxidantes foram maiores para os

radicais ABTS e HOCl, já o fermentado de melado de

cana teve redução na atividade antioxidante sobre os

radicais ABTS e aumento sobre o HOCl.

O perfil de compostos químicos avaliado aponta

compostos consumidos e outros formados durante o

processo fermentativo. Tendo-se a formação de

compostos intrínsecos de alta e baixa temperatura de

fermentação, e compostos característicos de cada

tipo de levedura e matéria prima utilizada.

Conclusões

Os tipos de matérias primas e condições

experimentais promovem mudanças significativas no

perfil químico, capacidade antioxidante e rendimento

de produção de etanol.

A cepa de alta e 28º C é a melhor opção para

preparação dos fermentados. O maior rendimento de

produção de etanol foi a fermentação do melado de

cana combinado a levedura de alta e 28oC

O xarope de glicose apresentou grande aumento na

atividade antioxidante após o processo fermentativo.

Agradecimentos

Ao Doutorado Associado UEL/UEPG/Unicentro pelo

incentivo a pesquisa e a Capes pela bolsa concedida.

1Alvarez-Suarez, J. M. et al. Food and Chem Toxi 2010, 48, 8-9, 2490–2499. 2Asikin, Y. et al. Food Chem 2013, 141, 1, 466–472. 3Ferreira, I. C. F. R. et al. Food Chem 2009, 114, 4, 1438–1443. 4Quispe, C. et al. Food Res Inter 2014, 56, 174–181. 5Silva, T. M. S. et al. Jour of Food Comp and Analy 2013, 29, 1, 10–18.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 94

QO 81

Aproveitamento da Glicerina da Indústria do Biodiesel e do Óleo Fúsel

da Indústria Sucroalcooleira

Jonathan Baumi (PG)1, Caroline Milani Bertosse (IC)1, Carmen Luisa Barbosa Guedes (PQ)*1.

*[email protected] 1Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Exatas (CCE), Departamento de Química, Laboratório de

Fluorescência e Ressonância Paramagnética Eletrônica (LAFLURPE), Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 km 380,

Campus Universitário, Cx. Postal 10.011, CEP 86.057-970, Londrina, PR.

Palavras Chave: Glicerina, resíduo, biodiesel, bioetanol

Introdução

Atualmente a procura por fontes renováveis de

energia é crescente, visando à redução da emissão

antrópica de CO2 e diminuição da dependência da

sociedade ao petróleo. A partir de fontes renováveis

são produzidos os biocombustíveis, dentre eles o

biodiesel e o etanol possuem grande destaque. As

projeções mostram uma produção de glicerina, muito

superior ao consumo nacional atual1. O óleo fúsel é

a fração menos volátil obtida durante o processo de

destilação do álcool combustível. A produção de

álcool em uma usina de porte médio pode alcançar

até 1,5 milhões de litros por dia, sendo que este

resíduo não tem destinação adequada2. Este

trabalho tem como objetivo sintetizar derivados a

partir desses resíduos para a utilização como aditivos

oxigenados para combustíveis. A síntese baseia-se

em oxidação e esterificação dos álcoois em

condições brandas com ácido tricloroisocianúrico,

um reagente barato, sem uso de metais pesados e

de baixa toxicidade3.

Resultados Esperados Considerando os resultados obtidos na literatura em condições reacionais semelhantes às quais serão aplicadas nesse projeto, espera-se que a oxidação da glicerina pelo ácido tricloroisocianúrico (TCCA) produza como produto principal um hidroxicetoester (hidroxipiruvato de metila). A proposta de síntese está representada na Figura 1.

Figura 1. Síntese de éster e produto principal

esperado

Analogamente pode-se aplicar o TCCA na produção de ésteres de derivados de frações maiores do óleo

fúsel produzindo isopentanoato de metila e isobutanoato de metila. A rota sintética está representada na Figura 2:

Figura 2. Síntese de ésteres metílicos a partir da maior fração do óleo fúsel

Os produtos serão caracterizados por espectroscopia de infravermelho, ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C, cromatografia gasosa (CG-MS) e líquida (HPLC).

Conclusões

Espera-se que através das reações de oxidação e

esterificação possibilitem a destinação desses

resíduos da indústria bioenergética na melhoria da

qualidade dos combustíveis fósseis, diminuindo o

impacto ambiental negativo resultante de sua

queima.

Agradecimentos

A CAPES pela bolsa concedida e USIBAN e a

BIOPAR pela matéria prima fornecida.

____________________

1 Mota, C. J. A. ; Silva C. X. A.;Gonçalves, V. L. C. Química Nova. 2009, 32, 689. 2Clark, W. C.; Carbon Dioxide Rev. 1982 p. 303 3Cunha, A. C.; Paixão, F. M.; Souza, M. C. B. V.; Ferreira, V. F.

Química Nova.2006, 29, 520.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 95

QO 82

Desenvolvimento tecnológico e avaliação de nanopartículas de de

albumina bovina contendo curcumina.

*Luciana E. Alves de Camargo1 (PG), Rubiana Mara Mainardes1(PQ), Najeh Maissar Khalil1(PQ).

*[email protected]

1Departamento de Farmácia, Universidade Estadual do Centro Oeste, Campus CEDETEG, Guarapuava- Paraná.

Palavras Chave: Câncer, curcumina, nanopartículas poliméricas, nanotecnologia.

Introdução Câncer, conjunto de doenças com crescimento

celular desordenado e capacidade invasiva1. Os

quimioterápicos matam as células tumorais, mas

induzem o surgimento de severos danos às células

normais, causando dificuldade de adesão ao

tratamento por parte dos pacientes2. A cucumina

[1.7-bis (4-hydroxy- 3methoxyphenyl)-1, 6-

heptadiene-3,5-dione] é um pigmento, componente

ativo do açafrão da Índia, destaca-se, pela habilidade

de modular enzimas e a expressão gênica das

células tumorais3, sobre tumores de pele4, cólon5,

pituitária6, entre outros. Entretanto, seu uso clinico é

limitado pela baixa biodisponobilidade após ingestão

oral, rápido metabolismo e alta taxa de eliminação7.

Objetiva-se o uso de sistemas nanoparticulados para

minimizar os problemas de biodisponibilidade,

aumentando assim a solubilidade, com o objetivo de

atuarem como carreadores de fármacos8.

Resultados e Discussão

Foi obtido pelo método de dessolvatação

nanopartículas de albumina Bovina (BSA) contendo

curcumina conforme o resultado na tabela 1.

Tabela 1. Características das nanopartículas de

albumina bovina contendo curcumina.

Tamanho Médio (nm)

PDI Potencial zeta

E.E. (%)

140±7,55 0,152±0,02 -31,9±2,2 45±7,41 *Data are presented by means ±SDs (n= 10)

Os ensaios de caracterização obtidos por FEG, MEV, DRX, FTIR e DSC, confirmaram presença das nanopartículas em tamanho reduzido e a grande interacão entre curcumina e polímero caraceterizando uma amorfização da molecula de curcumina, fortemente cristalina, fato esse que melhora a solubilidade da curcumina livre em PBS.

Conclusões

Conclui-se a notável melhora na solubilidade da

curcumina em PBS à partir de sua amorfização da

molecula, antes com característica fortemente

cristalina.

Agradecimentos

Ao Laboratório de Nanotecnologia da UNICENTRO __________________ 1INCA - Instituto Nacional de Câncer. 2012. 2Santos H.S.; Cruz W.M.S. Rev. Bras. Canc. 2001,47, 303. Curtis, M. D.; Shiu, K.; Butler, W. M. e Huffmann, J. C. J. Am. Chem. Soc. 1986, 108, 3335. 3Wu, N.C.; Jour.Altern.Compl. Med. 2003, 9, 161. 4Limtrakul, P.; Lipigorngoson, S.; Namwong, O.; Apisariyakul, A.; Dunn F.W. Canc. Lett. 1997, 116, 197. 5Kawamori, T.;Lubert R.; Steele V.E.; Kelloff G.J.;Kaskey R.B.; Rao C.V.; Reddy B.S. Canc. Res. 1999, 59, 597. 6Miller, M.; Chen, S.; Woodliff, J.; Kansas, S. Endoc. 2008, 149, 4158. 7Shoba, G.; Joy, D.; Joseph, T.; Majeed, M.; Rejendran, R.; Srinnivas, P.S. Plan. Med. 1998, 64, 353. 8Shaffazick, S.R.; Guterres, S.S.; Freitas, L.L; Pohlmann A.R. Quim. Nova. 2003, 26, 726.

0 30 60 900

200

400

600

800

10000

200

400

600

800

10000

2000

4000

6000

8000

100000 30 60 90

2 degree

C - Blank nanoparticles

Count

(a.u)

B - curcumin-loaded BSA

A - Curcumin

Figura 1. Tamanho e formato das nanopartículas de BSA

contendo curcumina, por FEG (A) e TEM (B).

Figura 2. Perfil de DRX de (A) curcumina livre, (B)

nanopartículas de BSA contendo curcumina e (C)

nanopartículas vazias e foto da capacidade de dissolução

da curcumina livre em etanol (A), curcumina livre em PBS

em (B) e nanopartículas em PBS (C).

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 96

QO 83

Estudo do mecanismo de ação citotóxica do peptídeo β-amilóide por

metabolômica baseada em RMN.

Márcio Leandro de Oliveira1*(PG), Fernando Macedo Jr1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Londrina -Departamento de Química – Laboratório de Pesquisa de Moléculas

Bioativas (LPMBA).

Palavras Chave: Doença de Alzheimer, β-amilóide, RMN.

Introdução

A doença de Alzheimer (DA) é uma doença

neurodegenarativa progressiva com a perda do

processo cognitivo, fisiologicamente definida pela

deposição de placas β-amilóides (Aβ)1. A agregação

destas placas de Aβ possui resíduos de peptídeos

com 40 a 42 aminoácidos resultantes da clivagem

enzimática da Proteína Precursora Amilóide (APP)

associada à membrana celular2 (Figura 1).

Figura 1 – Formação das placas β-amilóides.

A agregação espontânea para as formas

oligoméricas, protofibrilas e fibrilas amilóides ocorre

uma conversão na sua solubilidade; assim o

processo necessita de uma fase de nucleação com

um aumento de β-estruturas encaminhando o

processo para oligomerização, com incremento das

estruturas Aβ ocorre a enlogação formando as

cadeias de fibrilas amilóides. Desta forma pequenas

concentrações de Aβ são produzidas no cérebro,

mas as concentrações normais não favorecem a

formação das placas amilóides, entretanto, algum

fator endógeno favorece a formação das cadeias

fibrilares de Aβ desencadeando a DA3.

Os oligômeros e as placas fribrilares não são tóxicos

para as células neuronais2, no entanto, durante a

formação das placas é que ocorre a morte dos

neurônios. O objetivo deste trabalho é monitorar a

composição metabólica de culturas de células

neuronais por RMN de 1H de alta resolução para

avaliar as alterações bioquímicas provocadas pelo

peptídeo β-amilóide . Este estudo se faz necessário

para melhor entendimento do mecanismo de ação da

toxicidade do AB.

Resultados e Discussão

As células neuronais fetais de ratos Wistar serão

preparadas conforme descrito na literatura4, sendo

suplementadas com soro bovino fetal. As culturas

celulares serão analisadas na presença do peptídeo

Aβ40 nas concentrações de 50μM a 200μM até 72

horas. A extração do conteúdo celular será feita com

a maceração em N2 com HClO4; a suspensão será

centrifugada e o sobrenadante liofilizado. O liofilizado

será ressuspendido com tampão PBS contendo

TMSP-d4 e analisados por RMN.

Conclusões

Com este estudo esperamos obter informações

sobre as alterações metabólicas nas células

neuronais na presença do β-amilóide em suas formas

monomérica e oligomérica. Estas informações são o

ponto de partida para uma nova abordagem

buscando o entendimento do mecanismo de ação da

morte das células neuronais na presença do peptídeo

β-amilóide para uma possível intervenção futura na

prevenção e tratamento da doença de Alzheimer

Agradecimentos

Universidade Estadual de Londrina, Laboratório de

Pesquisa de Moléculas Bioativas – LPMBA, CAPES.

__________________________________________

1Lucey, B. P.; Bateman, R. J.; Neurobiology of Aging 2014, 35, S29-S34. 2Quiang, W.; Yau, W-M.; Schulte, J.; Biochímica et Biophysica Acta 2015, 1948, 266-276. 3Losic, D.; et al.; Biopolymers (Peptide Science) 2006, 84, 519-526. 4Tienari, P. J.; et al.; Proc. Natl. Acad. Sci. USA 2001, 98(10), 5856-5861.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 97

QO 84

Metabólitos secundários de Baccharis trimera: reação do acetato de

carquejila com LiAlH4 e análise dos ácidos cafeoilquínicos por CLAE.

Michele A. Besten (PG)*, Domingos S. Nunes (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Av. Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900 - Programa de Pós-

Graduação em Química - Doutorado em Química Associação UEL/UEPG/UNICENTRO, Ponta Grossa - PR - Brasil.

Palavras Chave: Baccharis trimera, carquejol, ácidos cafeoilquínicos.

Introdução

Baccharis trimera é conhecida popularmente como

carqueja. Estudos anteriores sobre esta espécie

mostraram a ocorrência do acetato de carquejila

como componente majoritário em seu óleo

essencial.1 Porém, a ausência deste componente em

amostras coletadas em outras regiões do país2

indicam a existência de dois quimiotipos.3

Metodologia

Amostras de espécimes masculinos e femininos

analisadas foram coletadas em Ponta Grossa-PR ou

cultivadas no CPQBA (Paulínia-SP). As amostras

foram secadas ao ar e hidrodestiladas obtendo-se os

voláteis. Uma alíquota do extrato aquoso restante foi

armazenada para análise dos fenólicos por CLAE. O

óleo essencial foi analisado por CG-MS-DIC, e o

acetato de carquejila foi isolado em coluna de sílica.

O próprio óleo bruto ou o acetato de carquejila

isolado foram reduzidos com LiAlH4 garantindo

excesso de hidreto, temperatura mantida abaixo de

20ºC, atmosfera inerte de He e agitação por 24 horas.

O produto da reação foi purificado em coluna de

sílica, resultando no isolamento de duas substâncias

como produtos principais da reação: o carquejol, que

é o produto esperado da hidrólise, e uma segunda

substância em análise no momento.

Resultados e Discussão

Tabela 1. Análises CLAE dos ácidos cafeoilquínicos em cladódios de B. trimera coletadas no Paraná e em São Paulo.

+ s 1 2 3 4 5 6

PF 37,1 48,1 95,3 58,5 48,7 107,7 PM 46,4 53,4 70,5 44,0 26,1 68,4 SF 132,5 280,1 502,1 178,4 165,2 280,28 SM 60,7 151,8 274,0 131,9 140,1 211,9

1= ácido 5-cafeoilquínico; 2= ácido 4-cafeoilquínico; 3= ácido clorogênico;

4= ácido 3,4-dicafeoilquínico; 5= ácido 3,5 dicfeoilquínico; 6= ácido 4,5-

dicafeoilquínico; P=Ponta Grossa; S=São Paulo; M=masculino;

F=feminino.

A Tabela 1 mostra os resultados das análises por

CLAE dos ácidos cafeoilquínicos nos espécimes

femininos e masculinos de B. trimera das duas

procedências. As amostras provenientes do cultivo

em Paulínia apresentam maiores teores de ácidos

cafeoilquínicos que as amostras que crescem ao

natural em Ponta Grossa. Os espécimes femininos

de Paulínia apresentam os índices mais elevados.

As análises espectroscópicas permitiram identificar o

principal produto oriundo da redução do acetato de

carquejila, o carquejol (Figura 1). O segundo produto

da reação (R148), tem peso molecular 148, duas

unidades a menos que o carquejol; outras análises

deste produto estão em realização.

Figura 1. Estrutura química do carquejol.

HO

carquejol

Conclusões

As análises dos ácidos cafeoilquínicos indicaram

grandes diferenças nas concentrações, observando-

se maiores teores nas amostras de carqueja de

Paulínia-SP. Estes dados acrescentam-se aos já

publicados sobre os voláteis, os quais indicaram a

ocorrência de quimiotipos.1,3 A hidrólise do acetato de

carquejila leva à formação do carquejol, como

esperado, e de um segundo produto em menores

proporções.

Agradecimentos

À CAPES, pela bolsa de doutorado. ____________________ 1Simões-Pires, C.; Debenedetti, S.; Spegazzini, E.; Mentz, L. A.; Matzenbacher, N. I.; Limberguer, R.P.; Henriques, A.T. Plant Syst. Evol. 2005, 253, 23. 2Lago, J. H. G.; Romoff, P.; Fávero, O. Quím. Nova 2008, 31, 727. 3Besten, A .M.; Nunes, D.S.; Wisniewski Jr, A.; Sens, S.L.; Granato, D.; Simionatto, E.L.; Riva, D.; Dalmarco, J.B. Quím. Nova 2013, 36, 1096.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 98

QO 85

Desenvolvimento e Avaliação de um Sistema Nanoestruturado de

Disseleneto de Difenila

Osmar Dos Reis Antunes Junior1 (PG)*, Emilli Antônio1 (PG), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ), Najeh

Maissar Khalil1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro Oeste – Campus Cedeteg, Rua Simeão Varela de Sá, Vila Carli, Guarapuava/PR,

Laboratório de Nanotecnologia.

Palavras Chave: nanopartículas, precisão, exatidão, validação, disseleneto difenila.

Introdução

O disseleneto difenila (PhSe)2 é um composto

altamente lipofílico, essa lipofilicidade resulta em

uma baixa biodisponibilidade1 e consequentemente

uma eficácia reduzida. Por esta razão, a utilização da

nanotecnologia é uma excelente opção para

aumentar a biodisponibilidade de moléculas

lipofílicas, uma vez que as características físico-

químicas das nanopartículas influenciam a

farmacocinética da droga, que afetam a sua

biodistribuição e biodisponibilidade, além de permitir

um controle muito maior da velocidade com que o

ativo é liberado, fazendo com que as concentrações

dos ativos não atinjam limites tóxicos. O objetivo do

presente estudo foi desenvolver e validar um método

analítico empregando HPLC para a determinação da

eficiência de encapsulação do (PhSe)2 em

nanoparticulas de PLA.

Resultados e Discussão

O método analítico por HPLC para quantificação do (PhSe)2 nas nanopartículas foi validado segundo as normas da International Conference on Harmonization9 e da resolução R.E. 899, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária2.

Linearidade

Esta análise gerou um r = 0,999 e a equação dada por: Y = 1,53x105 C + 2,37x105 Equação 1. Exatidão

A porcentagem média de recuperação de (PhSe)2 para as amostras foi de 99,54% (DPR = 0,44 %, n = 9). Esses dados demonstram a concordância entre os valores experimentais e os teóricos.

Precisão

Os desvios padrão das respostas foram calculados em cada caso, e a precisão foi obtida, uma vez que o valor máximo de DPR foi de 3,517%.

Robustez O método foi robusto no que diz respeito as alterações como fase móvel e fluxo. O DPR máximo obtido foi de 1,984%.

Limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ) O método foi linear neste intervalo, pois o valor de r2 foi 0,999. O LD e LQ obtidos foram 0,219 e 0,666 µg/mL, respectivamente.

Especificidade

No cromatograma obtido a partir das nanopartículas controle negativo não foram encontrados picos neste mesmo tempo, o que indica que não houve interferência na determinação quantitativa de (PhSe)2 a partir dos componentes da formulação.

Conclusões

Foi desenvolvido e validado um método analítico por HPLC com detecção PDA com características de específicidade, sensibilidade, linearidade, precisão, exatidão e robustez útil para quantificação de (PhSe)2.

Agradecimentos

Agradecimentos a Capes e ao CNPq.

____________________

1Prigol, M.; Nogueira, C. W.; Zeni, G.; Bronze, M. R. Chem. Biol.

Interact., 2012, 200, 65. 2AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução – RE n° 889, de 29 de maio de 2003. Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 99

QO 86

Desenvolvimento de Nanopartículas de Albumina Contendo Melatonina

Rebeca Caparica1* (PG), Najeh Maissar KhalilI1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ).

*[email protected]

1Universidade Estadual do Centro-Oeste, aDepartamento de Química, bDepartamento de Farmácia, Guarapuava – PR.

Palavras Chave: Nanopatículas, Albumina, Melatonina.

Introdução

A nanotecnologia é um campo da ciência que tem se

desenvolvido de maneira impressionante,

juntamente com a biotecnologia e está rapidamente

se tornando um campo intermultidisciplinar, Ela está

envolvida com a manipulação de átomos e

moléculas, naquilo que chamamos de “nanoescala”.

A albumina refere-se de forma genérica a qualquer

proteína que é solúvel em água, que biologicamente

tem a função de transporte de substâncias de baixo

peso molecular.

Melatonina um hormônio produzido pela glândula

pineal, em animais superiores, no organismo sua

principal função reconhecida é regular o sono. Neste

trabalho vamos formar nanopartículas poliméricas de

albumina que servirão como transportadoras para o

composto melatonina.

Resultados e Discussão

As nanopartículas são obtidas pela técnica

modificada de Coacervação/Dessolvatação, a 1ª fase

do projeto foi preparar as nanopartículas e medir o

tamanho no lote experimental. Foi preparado um lote

de nanopartículas em triplicata, com medidas de

tamanho médio de 204,5 nm e uma polidispersão de

0,06.

Para a determinação da eficiência de encapsulação

foi utilizado um espectrofotômetro de UV/vis, comp.

de onda 365 nm.

Esta medida é realizada de forma indireta, com a

determinação da melatonina livre no sobrenadante.

Através da curva padrão determinou-se uma media

75% de encapsulação da melatonina.

Fig. 01: esquema de comparação entre fármaco

comum e um nanoestruturado. (Curso de

Nanotecnologia UNICAMP - AULA 4 QF-933-2008)

Conclusões

Como a melatonina já e amplamente utilizada na

farmacopeia, mas em virtude de sua baixa retenção

dentro o organismo, existe uma grande possibilidade

de que em forma de nanopartículas aumentarmos

seu tempo de atuação.

Agradecimentos

Laboratório de Nanotecnologia Farmacêutica –

UNICENTRO

____________________

1Riet, M., In: Series on the Foundations of Natural Science and

Technology, World Scientific, New Jersey 2003, 6, 164. 2Silva, Catarina ET AL. Rev. Bras. Cienc. Farm. 2003, 39, 1. 3Ferrari, M. Nature Reviews 2005, 5, 161-171.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 100

QO 87

Síntese, caracterização e estudo teórico de amido modificado e sua

aplicação em eletrodos de pasta de carbono.

Rodrigo A. Sayka1 * (PG), Bianca Scharr1 (IC) Adriano G. Viana1 (PQ), Christiana A. Pessoa1 (PQ),

Barbara C. Fiorin1 (PQ).

*[email protected]

1 Departamento de Química – Universidade Estadual de Ponta Grossa, CEP: 84030-900 – Ponta Grossa – PR

Palavras Chave: Amido modificado, eletrodos de pasta de carbono, succinilação.

Introdução A estrutura do amido corresponde a um

homopolímero de α-D-glucose, constituído de

amilose e amilopectina1. Polissacarídeos iônicos

naturais têm sido utilizados para a construção de

eletrodos quimicamente modificados para aplicação

na pré-concentração de metais2. O presente trabalho

tem por objetivo modificar a estrutura do amido

através da incorporação de grupamentos químicos

carregados eletricamente, caracterizar tais estruturas

e verificar suas potenciais aplicações tecnológicas,

especialmente na modificação de sensores

eletroquímicos.

Resultados e Discussão

A primeira modificação estudada foi a succinilação do

amido, na qual 3g do polissacarídeo (Aldrich)

previamente liofilizado foi adicionado em 20mL de

solução aquosa de anidrido succínico 20g.L-1 (pH 8

sob agitação por 24 horas). Decorrido este tempo,

ajustou-se o pH para 5 e o produto obtido foi filtrado

e caracterizado pelas espectroscopias de IV e RMN

de 13C e 1H. O espectro de IV do amido succinilado

apresentou sinais em torno de 1724 cm-1 referente

aos estiramentos C=O do grupamento introduzido,

não verificada no espectro de amido nativo. Em

relação a análise de RMN de 13C, verificou-se que o

amido nativo apresentou picos principais em 100,54,

72,61, 73,66, 79,44, 72,17 e 61,17ppm referente aos

carbonos da →4)-Glup-(1→. Quando analisado o

espectro do amido modificado, além dos sinais

citados anteriormente, observou-se um pico alargado

na região de 175 ppm e outros dois sinais na região

de 31 ppm, referente aos carbonos carbonílicos e aos

grupos metilênicos respectivamente, pertencentes

ao grupamento introduzido. Uma vez comprovada a

modificação do polissacarídeo, o mesmo foi

empregado na modificação de eletrodos de pasta de

carbono (EPC). O EPC foi preparado através da

mistura de 80mg grafite em pó com 30 μL de óleo

mineral (Nujol®). Depois de preparada, a pasta foi

devidamente introduzida e compactada na

extremidade do eletrodo de trabalho. Para a

confecção dos EPCs modificados (EPC/amido), além

do grafite em pó e do óleo mineral, foram utilizados

na preparação da pasta uma solução 10mg.mL-1do

amido (nativo ou succinilado) em tampão fosfato pH

7. O comportamento voltamétrico dos EPC, e dos

EPC/amido foram investigados por voltametria cíclica

em meio de uma solução equimolar de

K4Fe(CN)6/K3Fe(CN)6 0,1mol.L-1 em tampão PBS pH

6,5. Os voltamogramas cíclicos foram registrados na

faixa de -0,4 V a +0,9 V, com uma velocidade de

varredura de potencial de 50 mV.s-1. Os

voltamogramas obtidos demonstraram que o amido

succinilado resultou em maiores valores de potencial

de pico anódico e catódico quando comparado ao

EPC e EPC/amido nativo. Esse comportamento pode

ser atribuído a presença do grupamento introduzido

na estrutura do amido que estará desprotonado em

pH 6,5, o que lhe conferiria potencial eletroquímico.

Conclusões

Os resultados das análises de IV e RMN, sugerem

que houve a formação do produto succinilado. O

eletrodo com amido modificado apresentou maiores

valores de corrente de pico anódico e de pico catódico,

comparando-se com o eletrodo construído com o amido

nativo e não modificado. Estes resultados sugerem

perspectivas positivas para o andamento deste projeto

de pesquisa.

Agradecimentos

C-LABMU, CAPES, Fundação Araucária ____________________ 1Sweedman, M.C.; Tizzotti, M.J.; Schafer, C.; Gilbert, R.G.

Carbohydrate Polymers 2013, 92, 905-920. 2Wang, J.; Taha, Z.; Naser, N. Talanta 1991, 38(1), 81-88.

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Guarapuava, 10 e 11 de setembro de 2015 101

QO 88

Síntese e avaliação da relação entre estrutura e atividade de tioureias e

guanidinas como inibidores de Urease.

Tiago de Oliveira Brito1(PG)*, Ângelo de Fátima2(PQ), Fernando Macedo Jr.1(PQ).

*[email protected]

1 Laboratório de Pesquisas em Moléculas Bioativas (LPMBA), Departamento de Química, Universidade Estadual de

Londrina, Londrina, PR. 2 Grupo de Estudos em Química Orgânica e Biológica (GEQOB), Departamento de Química, Universidade Federal de

Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.

Palavras Chave: ureia, tioureias, guanidinas, urease, fertilizantes.

Introdução

A ureia é um dos fertilizantes nitrogenados mais

utilizados em todo o mundo. No entanto, a ocorrência

da hidrólise da ureia em amonia e dióxido de carbono

na superfície do solo, catalisada por urease de solo,

reduz consideravelmente a disponibilidade de

nitrogênio para as culturas. Neste estudo, relatamos

a síntese e avaliação de sessenta e cinco

benzoiltioureias (BTUs) e sua capacidade de inibir

urease purificada de feijão-de-porco (Jack bean) e

contidas em amostras de solo in natura.

Resultados e Discussão

As tioureias N,N’-dissubstituídas foram preparadas

através da reação de aminas primárias com benzoil

isotiocanatos produzidos in situ para fornecer as

benzoiltioureias (65 BTUs) (Figura 1).

Figura 1. Síntese das benzoiltioureias.

Os ensaios in vitro revelaram 18 BTUs como os

inibidores mais ativos frente à urease Jack bean, com

valores iguais ou superiores a 40%. Hidroxiureia (HU)

e tioureia (TU) foram utilizadas como referencias

para inibidores de urease, estes apresentaram

inibição de 22,6% e 73,6%, respectivamente.

Oito BTUs, que causaram inibição da urease maior

que 50%, foram selecionadas para o estudo do

mecanismo de inibição da urease Jack bean. Neste

ensaio, verificou-se que estas BTUs foram capazes

de se ligar a ambos os sítios, catalítico e alostérico

da urease, atuando, portanto, como inibidores do tipo

misto.

Os testes de inibição de ureases presentes no solo

revelaram 28 compostos que inibiram eficazmente a

atividade de ureases, dentre estas, sete BTUs foram

determinadas como sendo mais potentes do que o

inibidor de referência N-(butil)triamidatiofosfórico

(NBPT; 40% de inibição).

Uma série de benzoilguanidinas também foram

obtidas em bons rendimentos a partir das BTUs e

espera-se que estas também possuam elevada

capacidade em inibir ureases conforme verificado em

testes preliminares.

O próximo passo deste trabalho será a investigação

em nível molecular dos epítopos de ligação entre a

urease e os inibidores. Para tanto, serão empregues

técnicas de Espectroscopia de Ressonância

Magnética Nuclear em soluções contendo a enzima

e os compostos identificados como inibidores.

Conclusões

A tolerância à temperatura das BTUs, juntamente

com a sua capacidade em inibir as ureases do solo,

faz desta classe de compostos potenciais aditivos

para fertilizantes à base de ureia.

Agradecimentos

Às agências de fomento: FAPEMIG, CNPq e CAPES

(Bolsa T. O. Brito). Este trabalho faz parte da

REDNIU (www.redniu.org).

____________________

1Brito, T. O.; Souza, A. X.; Mota, Y. C. C.; Morais, V. S. S.; de Souza, L. T.; de Fátima, A.; Macedo Jr, F.; Modolo, L. V. RSC Adv. 2015, 5, 44507.

Cl

O

NH4SCN

Me2COR2

NCS

O

R2

NH

O

R2

S

HNR1

Me2CO

R1-NH2

Page 102: COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO - Unicentro · Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo micro e nano cápsulas com agentes ... Radicais Livres e Compostos

A

Agnes T. P. Machado1 (PG)*, Marcio Silva2 (PQ)

e Jorge Iulek1 (PQ). ............................................ 10

Aldo Przybysz1 (PQ)*, Adilson Luiz chinelatto2

(PQ), Fauze Jacó Anaissi1 (PQ). ...................... 60

Aline Merci (PG)1*, Gizilene M. de Carvalho (PQ)1.

............................................................................... 11

Aline Viomar1* (PG), Guilherme A. R. Maia1 (PG),

Fernando R. Scremin1 (PQ), Augusto C.

Antunes2 (PQ), Paulo R. P. Rodrigues1 (PQ) .. 12

Amélia E. Terrile1*(PG), Guilherme S. de

Oliveira1(IC), Danielle L. Yanashita1(IC), Ieda S.

Scarmínio1(PQ). .................................................. 35

Andréia Stadnik1 (PG)*, Fauze Jacó Anaissi1

(PQ). ...................................................................... 61

Andressa Antunes Bortoti (PG)*, Amanda

Gavanski (IC), Eryza Guimarães de Castro

(PQ). ...................................................................... 62

Angélica de Sousa Hrysyk (PG)*1, Sérgio Toshio

Fujiwara (PQ)1. .................................................... 63

Angelita Aparecida Ribeiro da Silva1 (PG)*, Paulo

S. Parreira2 (PQ), Maria Josefa Santos1 (PQ). 36

Ariane Caroline Ribicki1 (PG)*, Bianca Chemin1

(IC), Luana Borges Soares1 (IC), Sérgio Toshio

Fujiwara1 (PQ). .................................................... 64

B

Bruna F. Gazzoni1 (PG)*, Eduardo Di Mauro1

(PQ), Carmen L. B. Guedes1 (PQ) ................... 84

C

Camila B. Nascimento1 (PG)*, Fernando Macedo

Jr1. (PQ). ............................................................... 86

Camila Kulek de Andrade (PG)1*, Patrícia M. K.

de Brito (IC)1, Jéssika A. S. Almeida (IC)1,

Vanessa Egéa dos Anjos (PQ)2, Sueli Pércio

Quináia (PQ)1. ...................................................... 37

Ch

Chalder N. Nunes1* (PG), Vanessa E. dos Anjos2

(PQ), Sueli P. Quináia1 (PQ). ............................ 38

Christiane Schineider Machado Kolc1 (PG)*,

Yohandra Reyes Torres1 (PQ). ......................... 87

C

Cibeli May Arévalos Villalba1 (PG)*, Fábio

Santana (PQ)1, Jarem Raul Garcia (PQ)1. ...... 13

Cleverson S. Santos (PG)*, Rosana Mossanha

(PG), Christiana A. Pessôa (PQ). ..................... 65

Cristiane Antoniazzi1* (PG), Rafael Marangoni1

(PQ), Eryza Guimarães de Castro1 (PQ)......... 67

Cristiane. A. Erdmann (PG)1*, Jarem R.Garcia

(PQ)1, Karen Wohnrath (PQ)1. .......................... 66

D

Daniel Brustolin Ludwig1(PG), Najeh Maissar

Khalil1(PQ), Rubiana Mara Mainardes1(PQ). .. 14

Daniele C. H. Seremeta (PG)*1, Adriano G. Viana

(PQ)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)1. ................ 39

Daniele Gonçalves Vieira1 (PG), Najeh Maissar

Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). 88

Danielly Cristina Bento1(PG)*, Henrique de

Santana1(PQ). ...................................................... 15

Diego Galvan1* (PG), Dionísio Borsato1 (PQ),

Marintho Bastos Quadri2 (PQ). .......................... 68

E

Edson Archela* (PG), Luiz Henrique Dall’Antonia

(PQ), José Luiz dos Santos Neto (IC). ............. 16

Eduardo Henrique Duarte1* (PG), Elen Romão

Sartori1 (PQ), César Ricardo Teixeira Tarley1,2

(PQ). ...................................................................... 40

Elenice Hass Caetano1* (PG), Juliana Regina

Kloss2 (PQ), Sérgio Toshio Fujiwara1 (PQ). .... 69

Erivelton César Stroparo1* (PG), Kely Viviane de

Souza (PQ)2, Yohandra Reyes Torres (PQ)1. . 89

Evaldo Batista Carneiro Neto1 (PG)*, Mauro

Chierici Lopes1 (PQ). .......................................... 17

F

Fabiana S. T. Rodrigues1* (PG), Aneli M. Barbosa

Dekker1 (PQ). ....................................................... 90

Fabio Antonio Cajamarca Suquila (PG)1*, César

Ricardo Teixeira Tarley (PQ)1,2. ........................ 41

Fernanda Midori de Oliveira (PG)1a*, Marcello

Ferreira da Costa (PQ)1b, César Ricardo

Teixeira Tarley (PQ)1a,2. ..................................... 42

Fernando Ratuchne* (PG), Eryza Guimarães

Castro (PQ). ......................................................... 70

Filipe Quadros Mariani (PG)1*, Fauze Jacó

Anaissi (PQ)1........................................................ 71

G

Genice Iurckevicz1 (PG)*; Carlos Ricardo Maneck

Malfatti¹ (PQ). ....................................................... 91

Geraldo de Aguiar Coelho1* (PG), Palloma

Amaressa Costa Cortez2 (IC), Jarem Raul

Garcia1 (PQ). ........................................................ 18

Grasiele Soares Cavallini1,2* (PG/PQ), Carlos

Magno de Sousa Vidal3 (PQ), Jeanette Beber

de Souza3 (PQ), Sandro Xavier de Campos1

(PQ). ...................................................................... 43

Graziella dos Santos Portes Silva1 (PG)*, Ana

Paula Staben Pruchniak1 (IC), Liliane Schier de

Lima1 (PQ), Sueli Pércio Quináia1 (PQ).......... 44

Guilherme Arielo Rodrigues Maia (PG)1*,

Letícia Fernanda Gonçalves Larsson (IC)1,

Aline Viomar1(PG), Fernando Reinoldo Scremin

Page 103: COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO - Unicentro · Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo micro e nano cápsulas com agentes ... Radicais Livres e Compostos

(PQ)¹, Augusto Celso Antunes2 (PQ), Paulo

Rogério Pinto Rodrigues1(PQ). ......................... 19

Guilherme J. T. Alves (PG)1* e Paulo R. P.

Rodrigues (PQ)1. ................................................. 20

Gustavo Marciniuk1(PG)*, Ariane Ribas1(IC),

Jarem Raul Garcia1(PQ) .................................... 21

H

Hágata Cremasco (PG); 1Dionisio Borsato (PQ); 1Bruna A. D. Ferreira (IC). ................................. 72

Hélcio Marcos Vileski1 (PG)*, Mauro Chierici

Lopes1 (PQ). ....................................................... 22

I

Isabela Angeli de Lima*,1 (PG), Najeh Naissar

Khalil1 (PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). 23

Ismael L. Costa Jr.1,2 (PG) *, Christiane S. M.

Kolc1 (PG), Adelmo L. Plestsch2 (PQ),

Yohandra R. Torres1 (PQ). ................................. 45

Ivelise Dimbarre Lao Guimarães1*(PG), Juliana

Paula da Silva2(PG), Márcio Peres de

Araujo2(PQ), Jarem Raul Garcia1(PQ), Karen

Wonhrath1(PQ). ................................................... 73

J

Jeferson Meira dos Santos1* (PG), Maria de

Lurdes Felsner1 (PQ). ......................................... 46

Jéseka Gabriela Schirmann1 (PG)*, Fernando

César de Macedo Júnior1 (PQ), Aneli M.

Barbosa1 (PQ). .................................................... 92

João Paulo Niemes (PG)*, Yohandra Reyes

Torres (PQ), Maria de Lurdes Felsner (PQ),

Marcos Roberto da Rosa (PQ). ........................ 93

João Paulo T. Baú1* (PG), Cristine E. A. Carneiro1

(PQ), Dimas A. M. Zaia1 (PQ). .......................... 24

Jonathan Baumi (PG)1, Caroline Milani Bertosse

(IC)1, Carmen Luisa Barbosa Guedes (PQ)*1. 94

Jucimara Kulek de Andrade (PG)1*, Maria Lurdes

Felsner (PQ)2, Vanessa Egéa dos Anjos (PQ)1.

............................................................................... 47

Juliana Casarin1*(PG), Affonso Celso Gonçalves

Junior2(PQ), César Ricardo Teixeira

Tarley1,3(PQ). ....................................................... 48

Juliane Maria Bergamin Bocardi1 (PG)*, Adelmo

Lowe Pletsch2 (PQ), Sueli Pércio Quinaia1

(PQ). ...................................................................... 49

Juliane Rutckeviski Ciórcero*(PG), Christiana

Andrade Pessoa (PQ). ........................................ 74

K

Karina Gomes Angilelli1*(PG), Dionisio

Borsato1(PQ)........................................................ 75

Kristiany Moreira Diniz1(PG), César Ricardo T.

Tarley1,2(PQ)*. ..................................................... 50

L

Larissa Aparecida Corrêa Matos*¹ (PG), Eliane

D’Elia² (PQ), Paulo Rogério Pinto Rodrigues¹

(PQ). ...................................................................... 25

Leonel Vinicius Constantino1 (PG)*, Juliana

Nunes Quirino1 (IC), Maria Josefa Santos1

(PQ). ...................................................................... 76

Lígia Santos Pedroso(PG)1, Najeh Maissar Khalil

(PQ)1 , Rubiana Mara Mainardes(PQ)1. ........... 26

Luciana E. Alves de Camargo1 (PG), Rubiana

Mara Mainardes1(PQ), Najeh Maissar

Khalil1(PQ). ........................................................... 95

Luciane Miranda (PG)1*, Vanessa P. Carvalho

(IC)1, Vanessa E. dos Anjos (PQ)2, Sueli P.

Quináia (PQ)1. ...................................................... 51

Luis Henrique da Silveira Lacerda1

(PG)*, Sérgio

Ricardo de Lazaro1

(PQ), Jarem Raul Garcia1

(PQ). ...................................................................... 27

M

Marcelo Müller1 (PG), Filipe Q. Mariani1 (PG),

Juan Carlo Villalba1 (PQ), Fauze Jaco

Anaissi1(PQ). ........................................................ 77

Márcio Leandro de Oliveira1*(PG), Fernando

Macedo Jr1 (PQ). ................................................. 96

Mariana Bortholazzi Almeida (PG)1 *, Suzana

Lucy Nixdorf (PQ)1. ............................................. 52

Mariane Dalpasquale¹ (PG)*, Cristiane Regina

Budziak Parabocz² (PQ), Fauze Jacó Anaissi¹

(PQ). ...................................................................... 78

Michele A. Besten (PG)*, Domingos S. Nunes

(PQ). ...................................................................... 97

Mirian Souza Prado Bordin1 (PG)*, Dionísio

Borsato1(PQ). ....................................................... 79

O

Osmar Dos Reis Antunes Junior1 (PG)*, Emilli

Antônio1 (PG), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ),

Najeh Maissar Khalil1 (PQ). ............................... 98

P

Paulo Vitor Sochodolak1 (PG)*, Aline Viomar1

(PG), Everson do Prado Baczek1 (PQ), Paulo

Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ). ........................ 28

Pedro Henrique Hatumura1*(PG), Ieda Spacino

Scarminio1(PQ). ................................................... 53

R

Rafaela Daiane de Oliveira1* (PG), Marcio Vidotti3

(PQ), Luís Fernando Marchesi2,3 (PQ),

Christiana Andrade Pessôa1 (PQ). ................... 80

Raquel Justo da Fonseca1,2 (PG)*, César Ricardo

Teixeira Tarley 1,3(PQ). ....................................... 54

Rebeca Caparica1* (PG), Najeh Maissar KhalilI1

(PQ), Rubiana Mara Mainardes1 (PQ). ............ 99

Page 104: COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO - Unicentro · Caracterização e produção de revestimentos poliméricos contendo micro e nano cápsulas com agentes ... Radicais Livres e Compostos

Renan A. P. Ribeiro (PG)1*, Sergio R. de Lázaro

(PQ)1. .................................................................... 29

Rodrigo A. Sayka1 * (PG), Bianca Scharr1 (IC)

Adriano G. Viana1 (PQ), Christiana A. Pessoa1

(PQ), Barbara C. Fiorin1 (PQ). ......................... 100

Rolf de C. Intema1* (PG), Christiana A. Pessoa1

(PQ), Karen Wohnrath1 (PQ) ............................. 82

Rosimara Zittel¹ (PG)*, Sandro Xavier de

Campos1(PQ). ..................................................... 55

T

Tamara Maria de Andrade1* (PG), Fauze Jacó

Anaissi1 (PQ). ...................................................... 81

Tatiana Roselena de Oliveira Stremel1* (PG),

Sandro Xavier de Campos2 (PQ). ..................... 56

Tatiane Milão de Oliveira (PG)1a*, Karin Cristiane

Justi (PQ)1a, Jayme Augusto Peres (PQ)1b. .... 57

Thiago N. M. Cervantes1* (PG), Danielly C.

Bento1 (PG), Elaine C. R. Maia1 (PQ), Ricardo

V. Fernandes1 (PQ), Edson Laureto1 (PQ),

Gregory J. Moore2 (PQ), Guy Louarn3 (PQ),

Henrique de Santana1 (PQ). .............................. 30

Thiago Orcelli1 (PG)*, Dimas A. M. Zaia1 (PQ). .. 31

Tiago B. Madeira1* (PG), Suzana L. Nixdorf1 (PQ).

............................................................................... 58

Tiago de Oliveira Brito1(PG)*, Ângelo de

Fátima2(PQ), Fernando Macedo Jr.1(PQ)...... 101

Tiago Sawczen1 (PG), Idalina Vieira Aoki2 (PQ),

Paulo Rogério Pinto Rodrigues1 (PQ). ............. 32

V

Vanildo Souza Leão Neto1* (PG), Luiz Henrique

Dall’Antonia1(PQ). ............................................... 33