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Copel Distribuição S.A.
CNPJ/MF 04.368.898/0001-06
Inscrição Estadual 90.233.073-99
Subsidiária Integral da Companhia Paranaense de Energia - Copel
www.copel.com [email protected]
Rua José Izidoro Biazetto, 158 - Bloco C - Mossungue - Curitiba - PR
CEP 81200 - 240
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2014
COPEL
COPEL Copel Distribuição S.A.
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SUMÁRIO
MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE .................................................................................................................... 3 1. PERFIL ORGANIZACIONAL ..................................................................................................................................... 5
1.1.A Copel Distribuição ....................................................................................................................................... 5 1.2.Certificações e Prêmios.................................................................................................................................. 5 1.3.Governança Corporativa ................................................................................................................................ 6 1.4.Referencial Estratégico .................................................................................................................................. 6 1.5.Estrutura e Boas Práticas de Governança ...................................................................................................... 7 1.6.Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial .................................................................................. 10
2. AMBIENTE MACROECONÔMICO .......................................................................................................................... 11 3. AMBIENTE REGULATÓRIO ................................................................................................................................... 12
3.1.Aditivo ao Contrato de Concessão e Ativos e Passivos Financeiros Setoriais .............................................. 13 3.2.Reajuste Tarifário de 2014 ........................................................................................................................... 14 3.3.CDE e Conta ACR........................................................................................................................................ 14 3.4.Revisão Tarifária Extraordinária 2015 .......................................................................................................... 15 3.5.Bandeiras Tarifárias ..................................................................................................................................... 15 3.6.Prorrogação da Concessão .......................................................................................................................... 16 3.7.Risco de Racionamento ............................................................................................................................... 17
4. DESEMPENHO OPERACIONAL ............................................................................................................................. 18 4.1.Compra de energia....................................................................................................................................... 18 4.2.Mercado de energia ..................................................................................................................................... 19 4.3.Desempenho ................................................................................................................................................ 21
5. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ......................................................................................................... 23 5.1.Copel Distribuição em Números ................................................................................................................... 23 5.2.Receita Operacional Líquida ........................................................................................................................ 24 5.3.Custos e Despesas Operacionais................................................................................................................. 26 5.4.Resultado Financeiro ................................................................................................................................... 27 5.5.EBITDA ou LAJIDA ...................................................................................................................................... 27 5.6.Lucro Líquido ............................................................................................................................................... 28 5.7.Estrutura de Capital ...................................................................................................................................... 28 5.8.Valor Adicionado .......................................................................................................................................... 28 5.9.Inadimplência de Consumidores .................................................................................................................. 29 5.10.Investimentos ............................................................................................................................................. 29
6. GESTÃO DE PESSOAS .......................................................................................................................................... 30 6.1.Quadro de Pessoal....................................................................................................................................... 30 6.2.Saúde e Segurança do Trabalho .................................................................................................................. 30 6.3.Desenvolvimento e Capacitação .................................................................................................................. 31 6.4.Política Salarial e Benefícios ........................................................................................................................ 32 6.5.Relações Trabalhistas .................................................................................................................................. 32 6.6.Clima Organizacional ................................................................................................................................... 33 6.7.Programa Nossa Energia ............................................................................................................................. 34
7. MEIO AMBIENTE E COMUNIDADE ........................................................................................................................ 35 7.1.Fornecedores ............................................................................................................................................... 35 7.2.Clientes....... ................................................................................................................................................. 35 7.3.Comunidade ................................................................................................................................................. 36 7.4.Educação para sustentabilidade ................................................................................................................... 37 7.5.Projetos e Programas Corporativos .............................................................................................................. 37 7.6.Meio ambiente .............................................................................................................................................. 39
8. BALANÇO SOCIAL ................................................................................................................................................. 43 9. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA .............................................................. 46
COPEL Copel Distribuição S.A.
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MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE
Apresentamos o Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras da Copel Distribuição S.A.,
subsidiária integral da Copel, referente ao exercício de 2014.
Em um ano de desafios para o setor elétrico - frente ao cenário crítico de risco hidrológico e escassez de
energia - a Copel Distribuição dedicou-se a consolidar sua estratégia de recuperar resultados e indicadores
financeiros visando o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. Esta estratégia se articula por meio do
ganho de eficiência operacional e equilíbrio de custos, sem comprometer a qualidade do serviço.
A satisfação dos consumidores com a qualidade dos nossos serviços ficou evidenciada nas diversas
premiações recebidas pela Copel Distribuição em 2014, dentre elas a de melhor distribuidora do Brasil na
avaliação do cliente pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), e da
América Latina, em premiação conferida pela Comissão de Integração Energética Regional (CIER), além de
ser avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelo melhor índice de satisfação dos clientes
na região Sul.
Em relação aos resultados financeiros de 2014, a Copel Distribuição alcançou um EBITDA de R$ 810,7
milhões (R$ -138,1 milhões em 2013) que reflete, além de uma gestão austera, um amplo trabalho realizado
no setor elétrico pelas distribuidoras em conjunto com Abradee, Aneel, Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), entre outras organizações, e que resultou
no reconhecimento dos Ativos e Passivos Financeiros Setoriais no resultado das distribuidoras. Estes ativos
abrangem os custos adicionais da Parcela A e outros componentes financeiros, que em 2014 foram
significativos para as empresas, e sua contabilização reflete a real situação econômica apresentada nas
Demonstrações Financeiras.
Tais resultados se mostram especialmente promissores se considerarmos o contexto macroeconômico e
regulatório, com uma retração do PIB da ordem de 0,15%, significativas alterações na formação da Conta
de Desenvolvimento Energético (CDE), e uma transferência parcial do ônus do risco hidrológico às
distribuidoras cotistas referente aos geradores que aceitaram a prorrogação antecipada das concessões.
Mesmo neste cenário adverso, a Copel Distribuição pôde investir de modo consistente na melhoria do
sistema de distribuição, com um programa de obras de R$ 857,7 milhões - 5,1% maior que no ano anterior.
Foram conectadas três novas subestações ao sistema elétrico, em Morretes, Curitiba e Chopinzinho, e
adicionados 166,7 MVA ao sistema, que ao final de 2014 totalizava uma potência de 10,6 mil MVA em 361
subestações automatizadas. Os novos empreendimentos incluíram ainda 576 quilômetros em linhas de
transmissão em todo o Paraná.
Para melhorar a qualidade do fornecimento de energia, foram realizadas obras para a automatização da
rede elétrica com substituição da rede convencional por redes compactas protegidas, conferindo maior
segurança e continuidade ao fornecimento. Um dos principais testes da qualidade do sistema ocorreu
COPEL Copel Distribuição S.A.
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durante a realização da Copa do Mundo de 2014, em que não houve registros de problemas de
abastecimento de qualquer ordem.
Em relação aos clientes atendidos pela Copel Distribuição, pela primeira vez o número de atendimentos
virtuais superou o presencial, com 52% do total de solicitações. O resultado ratifica a estratégia adotada
para ampliar os canais de acesso portátil e autoatendimento disponibilizados aos clientes, reduzindo custos
e agilizando o atendimento.
Nossos resultados demonstram que a Copel Distribuição se mostra cada vez mais eficiente, o que nos
deixa tranquilos quanto à renovação da concessão em 2015. Ancorada na excelência técnica de seu quadro
de empregados, a Companhia se mostra preparada para os desafios que atualmente se impõem ao setor
elétrico, sendo competitiva, ousada e inovadora sem descuidar da responsabilidade no uso dos recursos
naturais, na eficiência de sua gestão econômica e no atendimento às demandas sociais sobre suas
atividades.
Curitiba, 26 de março de 2015
Vlademir Santo Daleffe
Diretor Presidente
COPEL Copel Distribuição S.A.
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1. PERFIL ORGANIZACIONAL
1.1. A Copel Distribuição
A Copel Distribuição S.A. (Copel Distribuição ou Companhia) é uma sociedade anônima de capital fechado
e subsidiária integral da Companhia Paranaense de Energia (Copel ou Controladora). Nossas atividades
visam ao atendimento dos mais de 4,3 milhões de consumidores de energia, em 1.113 localidades
pertencentes a 394 municípios do Paraná e um em Santa Catarina, Porto União. Os municípios de
Guarapuava e Coronel Vivida são atendidos parcialmente. Além de operar e manter as instalações nos
níveis de tensão até 34,5 kV, a Copel Distribuição também opera nas instalações de níveis de tensão 69 e
138 kV.
No âmbito da distribuição de energia elétrica, a Copel Distribuição tem como principais atividades prover,
operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos, descritos no Contrato de Concessão
nº 046/1999, firmado em 24.06.1999.
O prazo de concessão foi prorrogado pela Portaria MME nº 196, de 22.06.1999, até 7 de julho de 2015. O
contrato prevê a possibilidade de prorrogação por mais 20 anos.
A participação no mercado da Copel Distribuição abrange 6,1% do mercado brasileiro e 33,8% do mercado
da Região Sul e no Paraná, sua participação é estimada em 97,1%.
1.2. Certificações e Prêmios
O compromisso da Copel é atender o cliente com qualidade, soluções e facilidades que melhore o
desempenho no seu dia a dia. E em 2014 este empenho foi reconhecido com muitos prêmios e
certificações:
Prêmio IASC - Melhor índice de Satisfação dos Clientes na Região Sul (distribuidoras com mais de
quatrocentos mil consumidores): Pesquisa realizada com consumidores residenciais em todo o Brasil,
certificada pela Comissão de Integração Energética Regional - CIER América Latina.
Prêmio CIER Melhor Distribuidora - categoria Ouro: É a terceira vez, em quatro anos que a Copel
conquista o Prêmio de melhor distribuidora da América Latina, certificada pela Comissão de Integração
Energética Regional - CIER América Latina.
Prêmio CIER Responsabilidade Socioambiental: A Copel Distribuição foi eleita a empresa com
melhor avaliação em Responsabilidade Social, o troféu de destaque na área à distribuidora com melhor
desempenho geral em 14 diferentes atributos, como apoiar programas sociais, ambientais e eventos
culturais, levar energia a localidades remotas e contribuir para o desenvolvimento regional, conferido
pela Comissão de Integração Energética Regional - CIER América Latina.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Prêmio PNQ - Destaque em clientes: O reconhecimento é concedido à Companhia com base na
avaliação de ações desenvolvidas para a satisfação do cliente, conferido pela Fundação Nacional de
Qualidade.
Prêmio Abradee - Melhor Avaliação pelo Cliente: A Copel foi considerada a melhor distribuidora do
Brasil pelos consumidores. Pela terceira vez nos últimos quatro anos, a Copel Distribuição foi eleita a
melhor nesta categoria, premiação conferida pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia
Elétrica - Abradee.
1.3. Governança Corporativa
A Copel Distribuição, segundo as diretrizes de sua Controladora, busca constantemente aprimorar a
aplicação de boas práticas de governança corporativa e utiliza como parâmetro o modelo proposto pelo
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, nos termos de seu Código das Melhores Práticas. Os
administradores procuram, dessa forma, contribuir para sua perenidade, com visão de longo prazo na busca
de sustentabilidade econômica, social e ambiental; aprimorar o relacionamento e a comunicação com todas
as partes interessadas; minimizar os riscos estratégicos, operacionais e financeiros; e aumentar o valor da
Companhia, viabilizando a estratégia de captação de recursos.
1.4. Referencial Estratégico
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Princípios e Valores:
Ética Resultado de um pacto coletivo que define comportamentos individuais alinhados a um objetivo comum.
Respeito às pessoas Consideração com o próximo.
DedicaçãoCapacidade de se envolver de forma intensa e completa no trabalho, contribuindo para a realização dos
objetivos da organização.
TransparênciaPrestação de contas das decisões e realizações da Companhia para informar seus aspectos positivos ou
negativos a todas as partes interessadas.
SegurançaAmbiente de trabalho saudável em que os empregados e os gestores colaboram para o uso de um
processo de melhoria contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e bem-estar de todos.
Responsabilidade
Condução da vida da Companhia de maneira sustentável, respeitando os direitos de todas as partes
interessadas, inclusive das futuras gerações, e o compromisso com a sustentação de todas as formas de
vida.
InovaçãoAplicação de ideias em processos, produtos ou serviços de forma a melhorar algo existente ou construir
algo diferente e melhor.
1.5. Estrutura e Boas Práticas de Governança
O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional da Companhia:
COPEL Copel Distribuição S.A.
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A Companhia segue as práticas e políticas de governança adotadas pela Controladora no tocante a
Assembleia Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Diretoria Executiva,
Código de Conduta, Conselho de Orientação Ética e Comissão de Análises de Denúncia de Assédio Moral.
Além destes, a Controladora mantém o Comitê de Gestão de Riscos Corporativos, o qual destacamos a
seguir:
Ética, Transparência e Prestação de Contas
No dia a dia, a Companhia procura assegurar uma conduta ética e uma atuação transparente por parte de
todo o seu corpo funcional por meio de diretrizes como o Código de Conduta e dos diversos canais de
diálogo que mantém com seus stakeholders. Instituído com base em valores empresariais, na cultura
corporativa e no respeito aos princípios internacionais da Lei Sarbanes-Oxley, o Código de Conduta é um
documento que reflete a integridade dos procedimentos da empresa nas relações com seus empregados e
demais partes interessadas. Cada funcionário da Companhia recebe uma via impressa do Código de
Conduta e declara ciência de seu conteúdo.
A Copel Distribuição, através de sua Controladora, disponibiliza o Canal de Comunicação Confidencial, um
recurso para o reporte de situações relacionadas à contabilidade, auditoria, controles internos e ao
descumprimento do Código de Conduta, entre outros. O canal está disponível pelo telefone 0800 643 5665.
Para clientes, poderes públicos, sociedade em geral e também empregados, a Companhia possui uma
Ouvidoria, cujo acesso é feito por meio do telefone 0800 647 0606, e-mail [email protected], ou
pessoalmente no endereço Rua Professor Brasílio Ovídio da Costa, 1703 CEP: 80310-130 - Santa Quitéria -
Curitiba/PR.
A empresa está aberta a demandas por informação, críticas ou sugestões de seus públicos de interesse
também por meio dos canais de Diálogo com Partes Interessadas. E, para os clientes, disponibiliza o
Conselho de Consumidores, canal acessível por e-mail ou pessoalmente, na sede da Controladora, em
Curitiba. O órgão atua em questões relacionadas ao fornecimento de energia elétrica, tarifas e adequação
dos serviços prestados.
Gestão de Riscos
A Copel Distribuição adota a Política de Gestão de Riscos Corporativos da Controladora, que estabelece a
composição de um Comitê de Gestão de Riscos Corporativos, hierarquicamente subordinado ao Comitê de
Auditoria. As diretrizes adotadas são baseadas em estruturas e padrões reconhecidos, como COSO
(Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) e ISO 31000, e têm como objetivos
maximizar os valores econômico, social e ambiental para todas as partes interessadas e assegurar a
conformidade com as leis e regulamentos vigentes.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Em função da incerteza intrínseca aos riscos e à natureza do setor em que opera, o modelo de gestão de
riscos da Copel adota parâmetros de apetite ao risco; considera sua possibilidade de ocorrência e seus
impactos financeiros, operacionais e de imagem; e prevê ferramentas para seu tratamento e mitigação. A
estratégia de gestão de riscos adotada pela Controladora contempla riscos legais, regulatórios,
socioambientais, entre outros. Sua identificação e análise servem de base ao processo decisório e às
atividades operacionais e é realizada a partir do seguinte perfil:
• Riscos Estratégicos: são associados à tomada de decisão da alta administração e podem gerar perdas
substanciais no valor econômico da Companhia;
• Riscos Operacionais: são aqueles relacionados a eventos originados na própria estrutura da organização -
por meio de seus processos, seu quadro funcional ou seu ambiente de tecnologia - e a eventos externos
associados ao aspecto econômico, político, socioambiental, natural ou setorial em que a organização atua;
• Riscos Financeiros: são aqueles relacionados às operações financeiras da Companhia, incluindo riscos de
mercado, crédito e liquidez.
Como forma de dar continuidade ao aprimoramento do modelo de gestão de riscos corporativos, em 2014 a
Copel intensificou a utilização de seu software de gerenciamento de riscos (SAP-GRC), o qual é integrado
ao seu sistema de gestão, e, auxilia no controle dos principais indicadores de risco, alinhando os eventos de
risco com seu potencial impacto, propiciando a tomada de decisão dos gestores de riscos nos diversos
níveis da Companhia.
Como parte da sistemática para avaliação de riscos de corrupção adotada pela Copel, as unidades
operacionais são submetidas anualmente à avaliação de riscos relacionados à corrupção e a erros que
possam interferir nos resultados de suas demonstrações financeiras.
Os controles internos são testados pela Auditoria Interna da Controladora visando avaliar a efetividade
quanto à mitigação dos riscos identificados. Nesse contexto são consideradas as atividades mais
suscetíveis a fraudes, as melhores práticas de auditoria do mercado e a experiência dos auditores. Os
resultados de tais testes são reportados à alta administração e, para os casos de não conformidades, são
demandadas ações corretivas.
A Companhia também submete seus processos e controles internos à empresa de auditoria independente,
a qual realiza novos testes de conformidade dos controles internos, inclusive contra riscos de fraude.
Além de tais procedimentos a Companhia adota como prática a emissão, pelos gestores dos processos, de
Certificados de Controles Internos, semestrais e anuais, pelo qual os gerentes formalizam sua ciência
quanto às não conformidades encontradas pela Auditoria Interna nos processos sob sua gestão, bem como
seu compromisso de regularizá-las.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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1.6. Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial
A Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial, criada em 2006, estabelece as diretrizes de
sustentabilidade e cidadania empresarial norteadoras das decisões e ações da Companhia. A Política está
baseada na missão e valores corporativos, nos Princípios do Pacto Global da Organização das Nações
Unidas, bem como nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, além de ser complementar ao Código de
Conduta da Copel. Cabe ressaltar que a política passa por revisões e constantes aprimoramentos.
A versão integral da Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial da Copel está disponível no site
da Companhia: www.copel.com.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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2. AMBIENTE MACROECONÔMICO
A conjuntura econômica internacional em 2014 foi marcada positivamente pelo maior vigor da economia
americana, que apresentou expansão de 2,4% em relação à registrada em 2013. Paralelamente a esse
quadro de maior prosperidade, a zona do euro encerrou o ano num ambiente de baixo crescimento e
inflação, o Japão entrou em recessão técnica e a China, considerada o motor da pujança global, foi atingida
pelo desaquecimento do setor imobiliário, pelo enfraquecimento da demanda doméstica e pela redução da
produção industrial, fatores que determinaram o crescimento de 7,4% para o PIB, o menor nível dos últimos
24 anos. Em um contexto de riscos cada vez mais presentes, projeta-se que, para 2015, os Estados Unidos
deverão crescer a uma taxa de 3,6% motivados pela inovação tecnológica e pelo comércio exterior com o
Canadá, México e China; a zona do euro, com sinais de fragilidade espalhados pelos países do grupo, terá
uma melhora modesta (1,2%) se considerado um cenário mais otimista e a China, que se moverá em
direção ao segmento de serviços, alcançará um desempenho de 6,8%.
Internamente, com resultados de 2014 inferiores aos de seus pares, o Brasil apresentou variação no PIB
estimada em -0,15%, inflação próxima ao teto da banda de flutuação (6,41%), déficit na balança comercial
de US$ 3,93 bilhões e aumento da dívida pública (déficit primário equivalente a 0,63% do PIB) em um ano
marcado pela queda nos preços das commodities, pela crise da Argentina, um dos seus principais parceiros
comerciais, pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato e pela alta na taxa Selic que, em última análise,
deverá ajudar a amortecer os efeitos do ajuste a ser promovido na curva de juros americana. Para 2015,
estima-se retração de 0,7% do Produto Interno Bruto e inflação de 7,8% pressionada pelos preços
administrados. A maneira como a economia irá reagir às medidas fiscais e monetárias a serem adotadas ao
longo do ano será decisiva para recolocar o país na rota de investimento dos agentes estrangeiros.
No Paraná, dado preliminar do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - Ipardes
indica que o Produto Interno Bruto do estado, em 2014, expandiu 0,8% e, em 2015, expandirá 1,0%. Depois
de três anos ininterruptos de maior crescimento, os vetores do dinamismo da base produtiva local foram
atingidos pelos elementos de perturbação que acompanham a economia brasileira desde 2011.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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3. AMBIENTE REGULATÓRIO
O Setor Elétrico tem enfrentado grandes mudanças principalmente após a MP nº 579, de 2012, convertida
em Lei nº 12.783 de 11.01.2013, que, dentre outras medidas, tratou das condições para a adesão à
prorrogação antecipada de concessões de energia elétrica, da modicidade tarifária e da redução dos
encargos setoriais.
Os riscos hidrológicos dos geradores que aceitaram a prorrogação antecipada das concessões, foi
transferido aos distribuidores cotistas, o que representou significativo aumento de custo para os cotistas em
2014, em razão da falta de chuvas.
Na questão de encargos setoriais, o regime de formação e utilização dos recursos da Conta de
Desenvolvimento Energético - CDE, de que trata o art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002, foi alterado de forma
significativa. Originalmente foi criada com os objetivos de (i) promover a universalização do serviço de
energia elétrica em todo o território nacional, (ii) garantir recursos para atendimento à subvenção econômica
destinada à modicidade da tarifa de fornecimento de energia elétrica aos consumidores da Subclasse
Residencial Baixa Renda (Tarifa Social de Energia Elétrica - TSEE), (iii) promover o desenvolvimento
energético dos Estados e a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, pequenas
centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional nas áreas atendidas pelos sistemas
interligados.
No novo regime, a CDE, além dos objetivos originais, passou a prover os recursos necessários para custear
parcela da geração de energia elétrica nos sistemas elétricos isolados (Conta de Consumo de Combustíveis
- CCC), conforme Lei nº 12.111, de 2009, e assumiu objetivos similares ao da Reserva Geral de Reversão -
RGR, criada pelo art. 4º da Lei nº 5.655, de 1971, como o de amortizar operações financeiras vinculadas à
indenização por ocasião da reversão de concessões ou atender a finalidade de modicidade tarifária. Além
disso, a Lei nº 12.839, de 2013, atribuiu à CDE as funções de prover os recursos para compensar
descontos aplicados aos usuários dos serviços de distribuição de energia.
Durante os anos de 2013 e 2014, em função da conjuntura hidrológica desfavorável e de seus impactos no
equilíbrio econômico e financeiro das concessionárias, foram instituídas medidas extraordinárias na CDE,
mediante a edição de Decretos do Poder Executivo.
Para competência de janeiro de 2014, o Decreto nº 8.203 de 07.03.2014, permitiu o repasse de recursos da
CDE para a cobertura das exposições involuntárias das distribuidoras no mercado de curto prazo
decorrente da compra frustrada no leilão de energia de empreendimentos existentes realizado em
dezembro de 2013. Mediante a publicação do Decreto nº 8.221 de 01.04.2014, foi instituída a Conta no
Ambiente de Contratação Regulada - Conta-ACR, mantida pela CCEE, que teve por finalidade cobrir total
ou parcialmente os custos adicionais de exposição involuntária no mercado de curto prazo e do despacho
COPEL Copel Distribuição S.A.
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de usinas termoelétricas vinculadas a Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente
Regulado - CCEAR, na modalidade por disponibilidade de energia elétrica, durante o período de fevereiro a
dezembro de 2014. Os recursos recebidos pelas distribuidoras, vindos da CDE e da conta ACR, foram no
montante de R$ 19,0 bilhões em 2014, ainda assim insuficientes.
3.1. Aditivo ao Contrato de Concessão e Ativos e Passivos Financeiros
Setoriais
Um avanço ocorrido ao final do ano para as concessionárias de distribuição, foi a assinatura do termo
aditivo ao contrato de concessão, aprovado pelo Despacho Aneel nº 4.621 de 25.11.2014, o qual prevê que,
no caso de extinção da concessão por qualquer motivo, os valores residuais de itens da Parcela A e outros
componentes financeiros não recuperados ou devolvidos via tarifa, sejam incorporados no cálculo da
indenização ou descontados dos valores da indenização de ativos não amortizados, resguardando assim o
direito ou a obrigação do concessionário junto ao Poder Concedente na realização desses ativos e
passivos.
O setor de Distribuição de Energia Elétrica se utilizou a partir de 2002 do reconhecimento dos Ativos e
Passivos Financeiros Setoriais, anteriormente chamados de Ativos e Passivos Regulatórios, compostos de
variações da Parcela A, de forma a evidenciar as diferenças entre os valores previstos na tarifa e os
efetivamente incorridos, possibilitando a evidenciação do desempenho das companhias em suas
Demonstrações Financeiras onde efetivamente possuem gestão e são remuneradas. As variações
positivas ou negativas dos Ativos e Passivos Financeiros Setoriais são consideradas nas tarifas no próximo
reajuste anual e consequentemente repassadas ao consumidor.
Em 2010, com a adesão do Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade, os Ativos e Passivos
Regulatórios deixaram de ser registrados nas Demonstrações Financeiras Societárias, considerando que
sua realização ou exigibilidade dependia de evento futuro não totalmente controlável pela entidade - a
entrega futura de energia elétrica; e que não seria praticável prever, no momento do surgimento desses
direitos ou obrigações, a sua efetiva realização e quais os efetivos compradores dessa energia no futuro. No
entanto, o reconhecimento destes ativos e passivos foram mantidos na Contabilidade Regulatória instituída
e regulamentada pela Aneel, conforme Resolução nº 396 de 23.02.2010.
Com a assinatura do Aditivo do Contrato de Concessão da Copel Distribuição em 10.12.2014, eliminou-se a
natureza contingente dos Ativos e Passivos Regulatórios permitindo o reconhecimento como instrumentos
financeiros de quaisquer diferenças da Parcela A e outros componentes financeiros ainda não recuperados
ou liquidados. O efeito imediato na Contabilidade Societária foi o reconhecimento dos Ativos Financeiros
Setoriais, levantados até a data da assinatura do aditivo contratual, no montante de R$ 1.004,9 milhões em
contrapartida à receita operacional líquida, de acordo com OCPC 08, e constituição líquida positiva do
período subsequente entre 10 a 31.12.2014 de R$ 28,9 milhões na receita operacional e correção financeira
COPEL Copel Distribuição S.A.
14
de R$ 7,3 milhões, totalizando R$ 1.041,1 milhões em 31.12.2014.
3.2. Reajuste Tarifário de 2014
Em junho de 2014, a Aneel homologou o resultado do
reajuste tarifário anual da Copel Distribuição em 30,78%,
sendo 24,78% relativos ao reajuste econômico, 6,00%
relativos aos componentes financeiros pertinentes e
4,27% referente a retirada de componente financeiro no
reajuste tarifário de 2013, o que representaria um efeito
médio de 35,05% para o consumidor. A Companhia
solicitou a suspensão deste reajuste, bem como o
diferimento parcial, e, sendo autorizado pela Aneel, foi
diferido o montante de R$ 622,4 milhões. Este valor
somado aos R$ 275,9 milhões (a valores de junho de
2014) já diferidos no reajuste de 2013, resulta no montante de R$ 898,3 milhões a ser considerado como
componente financeiro nos próximos reajustes tarifários da Companhia, reduzindo, desta forma, o efeito
médio a ser percebido pelos consumidores de 35,05% para 24,86%.
Composição do Reajuste Tarifário %
Parcela A
Compra de energia 21,12
Encargos setoriais 1,67
Transporte de energia 0,34
Total da Parcela A 23,13
Total da Parcela B 1,66
Reajuste econômico - parcelas A e B 24,78
Componentes f inanceiros IRT 2014 6,00
Ajustes dos componentes f inanceiros IRT 2013 4,27
Total do reajuste tarifário IRT 2014 35,05
Total do reajuste tarifário incluindo diferimento do IRT 2013 39,71
Reajuste efetivo aplicado em 2014 24,86
3.3. CDE e Conta ACR
Em 07.03.2014 foi publicado o Decreto nº 8.203, que repassou recursos da CDE referentes à competência
de janeiro de 2014, onde a Copel Distribuição recebeu o montante de R$ 114,5 milhões, para neutralizar a
exposição contratual involuntária no mercado de curto prazo, decorrente da compra frustrada no leilão de
Custo
Energia; 64,6%
Custo
Dis tribuição; 23,4%
Encargos
Setoriais; 8,3%
Custo de Transmissão;
3,7%
Composição da Tarifa - IRT 2014
COPEL Copel Distribuição S.A.
15
energia proveniente de empreendimentos existentes realizado em dezembro de 2013.
Mediante a publicação do Decreto nº 8.221 de 01.04.2014, foi instituída a Conta no Ambiente de
Contratação Regulada - Conta-ACR, mantida pela CCEE, que teve por finalidade cobrir total ou
parcialmente os custos adicionais de exposição involuntária no mercado de curto prazo e do despacho de
usinas termoelétricas vinculadas a Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado
- CCEAR, na modalidade por disponibilidade de energia elétrica, durante o período de fevereiro a dezembro
de 2014. Os repasses recebidos durante o ano de 2014 pela Copel Distribuição foram no montante de R$
1.137,5 milhões.
3.4. Revisão Tarifária Extraordinária 2015
A Revisão Tarifária Extraordinária se dá em decorrência de uma série de eventos que impactaram de
maneira significativa os custos das concessionárias de energia, os quais não foram previstos no reajuste
tarifário de 2014, com destaque para o aumento da quota de CDE, dos custos com compra de energia em
função do reajuste da tarifa de Itaipu (46,1%) e alteração do dólar, e dos elevados preços praticados no 14º
Leilão de Energia Existente (A-1 2014) e no 18º Leilão de Ajuste, realizado em 15.01.2015.
O reajuste tarifário médio da Copel Distribuição aprovado pela Aneel é de 36,79% a partir de 02 de março
de 2015. Desse total, 22,14% está relacionado à quota de Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, e
14,65% ao reposicionamento dos custos com aquisição de energia.
3.5. Bandeiras Tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias tem como finalidade sinalizar aos consumidores as condições de geração
de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, por meio da cobrança de valor adicional na Tarifa
de Energia - TE, permitindo a oportunidade de adequação de seu consumo ao preço real da energia
elétrica. Em 2013 e 2014 foram anos testes com finalidade educativa dos consumidores ao novo sistema,
onde a Aneel divulgou mês a mês as bandeiras que estariam em funcionamento.
A partir de 01.01.2015, conforme regulamentação Aneel, teve início a cobrança das bandeiras tarifárias nas
faturas de energia elétrica. Este mecanismo foi revisto a partir de 02.03.2015 com a criação da Conta
Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias - CCRBT. As mudanças propostas estão em
consonância com o estabelecido no Decreto nº 8.401 de 04.02.2015, a Aneel homologa as bandeiras
tarifárias a cada ano civil, considerando a previsão das variações relativas ao custos de geração por fonte
termelétrica e a exposição aos preços de liquidação no mercado de curto prazo que afetam os agentes de
distribuição de energia elétrica conectados ao SIN.
Frente às variações dos custos de geração por fonte termelétrica e da exposição aos preços de liquidação
COPEL Copel Distribuição S.A.
16
no mercado de curto prazo, os adicionais referentes às bandeiras tarifárias amarela e vermelha foram
recalculados para o ano civil de 2015, de forma a refletir a expectativa de custo dos seguintes itens:
a) Variação do custo da parcela variável dos CCEARs na modalidade por disponibilidade em relação à cobertura tarifária concedida;
b) ESS gerado por usinas despachadas por ordem de mérito com CVU acima do valor teto do PLD;
c) ESS gerado por segurança energética;
d) Exposição involuntária ao mercado de curto prazo decorrente de insuficiência contratual;
e) Risco hidrológico associado à geração dos CCGFs;
f) Risco hidrológico associado à geração de ITAIPU;
g) Estimativa de excedente da CONER associado aos Leilões de Energia de Reserva.
Inicialmente a Aneel havia definido o adicional da bandeira vermelha no valor de 30,00 R$/MWh e para a
bandeira amarela o valor de 15,00 R$/MWh. Mediante o aumento de custos de energia, estes valores foram
revistos sendo atualmente o adicional da bandeira vermelha no valor de 55,00 R$/MWh e para o valor do
adicional da bandeira amarela 25,00 R$/MWh.
Importa destacar que, estes custos estariam incluídos no cálculo de reajuste tarifário e então repassados
aos consumidores um ano depois de ocorridos. Assim, o novo sistema de bandeiras sinaliza mensalmente o
custo de geração da energia elétrica que será cobrada com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha,
proporcionando ao consumidor a oportunidade de administrar o seu consumo.
3.6. Prorrogação da Concessão
Em 12.09.2012, publicou-se a Medida Provisória nº 579, de 11.09.2012, convertida na Lei nº 12.783/2013,
dispondo dentre outras, sobre o tratamento a ser dado à concessão de distribuição. Conforme a Lei, as
concessões de distribuição poderão ser prorrogadas por até 30 anos. A prorrogação é facultada ao
concessionário e sua adesão depende da aceitação expressa das seguintes condições: receita fixada
conforme critérios estabelecidos pela Aneel; nível dos investimentos a fazer e submissão aos padrões de
qualidade do serviço fixados pela Aneel.
O pedido de prorrogação das concessões de distribuição da Copel Distribuição foi encaminhado para Aneel
em 31.05.2012, e ratificado nos termos da Lei nº 12.783/2013. No momento, aguarda-se a decisão do
Poder Concedente pela prorrogação. Caso as condições estabelecidas pelo Poder Concedente garantam os
níveis de rentabilidade da empresa, a Companhia assinará o contrato de concessão ou termo aditivo, por
um período de até 30 anos. Apesar do contexto de incertezas no cenário regulatório, a Companhia confia na
possibilidade de prorrogação do referido contrato de concessão, embora não possua informações
suficientes para garantir a prorrogação do contrato de concessão de distribuição em termos favoráveis.
COPEL Copel Distribuição S.A.
17
Em 10.12.2014 foi assinado o quarto aditivo contratual que estabelece as condições para eventual reversão
dos bens e instalações vinculados, garantindo a indenização total dos bens reversíveis bem como de todos
os saldos remanescentes ativos ou passivos financeiros setoriais decorrentes de eventual insuficiência ou
ressarcimento pela tarifa.
3.7. Risco de Racionamento
Aproximadamente 63,0% da capacidade instalada no País atualmente é proveniente de geração
hidrelétrica, o que torna o Brasil, assim como a região geográfica em que operamos, sujeitos a condições
hidrológicas que são imprevisíveis, devido a desvios não cíclicos da precipitação média. Condições
hidrológicas desfavoráveis podem causar, entre outras coisas, a implementação de programas abrangentes
de economia de eletricidade, tais como, uma racionalização ou até uma redução obrigatória de consumo,
que é o caso de um racionamento. O período mais recente de poucas chuvas foi nos anos anteriores a
2001, quando o governo brasileiro instituiu o Programa de Racionamento para reduzir o consumo de
eletricidade, que esteve em vigor de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002.
Tanto a racionalização quanto o racionamento desencadeiam efeitos adversos às distribuidoras de energia
elétrica, entretanto, ainda não é possível dimensionar totalmente a magnitude desse impacto, pois ainda
aguarda-se o resultado do volume que os reservatórios apresentarão até o final do período chuvoso e
simultaneamente, o crescimento que o mercado de energia elétrica deverá apresentar em função do atual
contexto econômico, pois tais fatores poderão minimizar a severidade dos programas de redução do
consumo se implementados. As distribuidoras, em conjunto com o setor elétrico estudam medidas para
minimizar os impactos tanto para as empresas quanto para a sociedade.
COPEL Copel Distribuição S.A.
18
4. DESEMPENHO OPERACIONAL
4.1. Compra de energia
O cenário do Setor Elétrico em 2014 apresentou desafios para as distribuidoras quanto à cobertura dos
contratos de energia e equilíbrio do nível de contratação, em consequência dos seguintes eventos:
i. Insuficiência de Cotas de Garantia Física oriundas de usinas que não aderiram aos termos da MP nº
579, de 2012, cujos contratos de concessão se encerram até 2015;
ii. Frustração dos Leilões de Energia Existente, que têm por objetivo a recontratação dos montantes
de energia reduzidos pelo término de vigência de contratos (denominados Montantes de
Reposição);
iii. Frustração de contratos de Energia Nova, motivada pela rescisão antecipada de contratos com
usinas que tiveram revogadas suas autorizações de implantação e exploração e também pelo
postergação de início de suprimento de contratos celebrados com as UHE Jirau e Santo Antônio.
Adicionalmente, a redução acentuada das afluências, em níveis sensivelmente inferiores à média histórica,
impactou em custos significativos associados ao risco hidrológico das usinas convertidas em cotas, que
passaram a ser arcadas pelas distribuidoras.
Na tentativa de reduzir a exposição das distribuidoras, a Aneel, ao longo de 2014, realizou leilões de
energia e que foram insuficientes para a reposição dos contratos. Todos estes fatores resultaram em
gradativo aumento da exposição involuntária das distribuidoras, que foram obrigadas a comprar energia no
mercado de curto prazo, submetendo-se ao Preço de Liquidação das Diferenças - PLD.
A Copel Distribuição participou dos Leilões A-1/2013 e A-0/2014, contratando o montante de 511 MWmed e
388 MWmed, respectivamente, que reduzindo parte de sua exposição, fazendo com que atingisse, ao final
de 2014 um nível de contratação de cerca de 96,0%, estando resguardada de quaisquer penalidades por
subcontratação, uma vez que a exposição contratual teve caráter involuntário.
Para o ano de 2015, a projeção do balanço de contratação, considerando-se apenas os resultados dos
Leilões de Ajuste e A-1/2014, aponta o atingimento do nível desejado, entre 100,0% e 105,0% do mercado.
Contudo, esta perspectiva é objeto de acompanhamento e revisão frente ao não recebimento das Cotas de
Garantia Física proveniente da usina de São Simão; e eventual redução da projeção de carga, reflexo das
campanhas de racionalização de energia.
COPEL Copel Distribuição S.A.
19
Fluxo de Energia (em % e GW/hora)
Fluxo de energia (GWh)
CCEAR 16.692 - 58,1%
CCEAR GET 411 Energia vendida 25.269 - 87,9%
CCEAR 16.281 Distribuição direta 24.208
Concessionárias e permissionárias 699
Mercado Curto Prazo 362
Energia comprada
28.733
Perdas e diferenças 3.464 - 12,1%
Perdas rede básica 544
Perdas distribuição 2.598
Alocação de contratos no CG 322
Outros 1.638 - 5,7%
Elejor 1.186
Itiquira 452
CCEAR = Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado
CCEE = Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
CCGF = Contrato de Cota de Garantia Física
CG = Centro de gravidade do Submercado (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em
em Contrato)
- 4,6%
Itaipu 5.870 - 20,4%
Proinfa 599 - 2,1%
CCEE 1.573 - 5,5%
Angra 1.046 - 3,6%
CCGF 1.315
4.2. Mercado de energia
O mercado cativo de energia elétrica da Copel apresentou crescimento de 5,6% em 2014, influenciado
principalmente pelo comportamento das classes residencial e comercial, que representaram mais de 50%
do consumo e refletiram a intensificação do uso da climatização, decorrente das elevadas temperaturas
observadas no primeiro e no último trimestre do ano. O consumo da classe industrial cresceu 3,5% no ano,
sob influência principalmente dos segmentos “alimentício” e “celulose, papel & derivados". O consumo rural
apresentou variação positiva de 8,2%, em função de fatores tais como acréscimo da renda, diversificação e
aumento do nível de tecnicismo aplicado ao setor.
A tabela a seguir apresenta o comportamento do mercado cativo aberto por classe de consumo:
COPEL Copel Distribuição S.A.
20
Dez/14 Dez/13 % 2014 2013 %
Residencial 3.437.030 3.320.098 3,5 7.267 6.888 5,5
Industrial 91.068 93.491 (2,6) 6.838 6.605 3,5
Comercial 369.205 338.502 9,1 5.470 5.074 7,8
Rural 372.464 372.835 (0,1) 2.252 2.081 8,2
Outros 57.203 56.567 1,1 2.381 2.278 4,5
Mercado Cativo 4.326.970 4.181.493 3,5 24.208 22.926 5,6
Mercado Cativo - Copel Distribuição
No de consumidores Energia vendida (GWh)
Residencial79,4%
Industrial2,1%
Comercial8,6%
Rural8,6%
Outros1,3%
Mercado CativoPor Nº de Consumidores
Residencial30,0%
Industrial28,2%
Comercial22,6%
Rural9,3%
Outros9,9%
Mercado CativoPor consumo de Energia
Mercado Fio (TUSD)
O mercado fio da Copel Distribuição, composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e
permissionárias dentro do Estado do Paraná e pela totalidade dos consumidores livres existentes na sua
área de concessão, avançou 5,0% em doze meses, conforme verificado na tabela abaixo:
Dez/14 Dez/13 % 2014 2013 %
Mercado Cativo 4.326.970 4.181.493 3,5 24.208 22.926 5,6
Concessionárias e Permissionárias 4 4 - 699 620 12,7
Consumidores Livres (1) 132 128 3,1 4.521 4.485 0,8
Mercado Fio 4.327.106 4.181.625 3,5 29.428 28.031 5,0
No de consumidores/contratos Energia distribuída (GWh)
(1) Total de consumidores livres atendidos pela Copel Geração e Transmissão e por outros fornecedores dentro da área de
concessão da Copel Distribuição.
Mercado Fio de Energia - Copel Distribuição
COPEL Copel Distribuição S.A.
21
4.3. Desempenho
Em 2014, foram conectadas novas subestações e linhas em alta tensão para reforçar o sistema elétrico de
distribuição, melhorando a qualidade e aumentando a disponibilidade de energia aos consumidores. As
obras de novas subestações concluídas são:
Subestação Potência Localidade
SE Morretes 138 kV 41,67 MVA Morretes
SE Capanema 69 kV 41,67 MVA Curitiba
SE Chopinzinho138 kV 41,67 MVA Chopinzinho
Novas linhas de alta tensão em 69 kV e 138 kV que foram concluídas:
Local Tensão Extensão
Santa Terezinha - Paranavaí 138 kV 51,7 km
Rosana - Paranavaí 138 kV 73,9 km
Ibiporã - Igapó 138 kV 13,8 km
Ibiporã - Palermo 138 kV 6,8 km
Astorga - Jaguapitã 138 kV 18,0 km
Santo Antonio da Platina - Siqueira Campos 138 kV 53,0 km
Londrina - Palermo 138 kV 22,0 km
Pato Branco - Chopinzinho 138 kV 45,0 km
Parolin - Xaxim 138 kV 4,0 km
Santa Quitéria - Parolin 138 kV 3,0 km
Santa Quitéria - Batel 2 138 kV 2,0 km
Santa Quitéria - Novo Mundo 138 kV 0,8 km
Pilarzinho - Bom Retiro 138 kV 6,8 km
Jardim Bandeirantes 2 - Igapó 138 kV 9,3 km
Distr. Ind. São José dos Pinhais - Guatupê 69 kV 6,8 km
Distr. Ind. São José dos Pinhais - Piraquara 69 kV 14,2 km
Bateias - Almirante Tamandaré/Rio Branco do Sul (1ª fase) 138 kV 27,0 km
Bateias - Rio Branco do Sul (2ª fase) 138 kV 13,0 km
Rio Branco do Sul - Tunas 138 kV 38,0 km
Guatupê - Pinhais 138 kV 9,0 km
Morretes - Secc (Gov. Parigot de Souza -Posto Fiscal) 138 kV 56,7 km
Tarumã - Secc (Uberaba - Atuba) 138 kV 0,3 km
Campo Comprido - Campina do Siqueira 138 kV 6,7 km
Santa Quitéria - Batel 1 138 kV 0,1 km
Santa Quitéria - Campina do Siqueira 138 kV 0,5 km
Umuarama -Umuarama Sul 1 138 kV 1,8 km
Umuarama -Umuarama Sul 2 138 kV 1,9 km
Umuarma - Tamoio 138 kV 9,7 km
Santa Terezinha - Cianorte 138 kV 32,2 km
Santos Dumont - Cianorte 138 kV 44,8 km
Cascavel Norte - Secc (Pinheiros - Assis Chateaubriand) 138 kV 0,7 km
Rio Azul - Sepac 138 kV 2,1 km
Ao todo, em 2014 estes empreendimentos adicionaram aproximadamente 166,7 MVA ao sistema de
distribuição e 575,6 km de novas linhas de transmissão de 69 ou 138 kV.
Linhas de Distribuição
Na tabela a seguir são apresentadas as extensões de linhas de distribuição da Copel Distribuição:
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Linhas de Distribuição Extensão (em km)
13,8 kV 101.688,7
34,5 kV 82.232,5
69 kV 727,2
138 kV 5.153,5
230 kV 123,5
Total 189.925,4
Subestações
A tabela a seguir apresenta o parque de subestações da Copel Distribuição, aberto por tensão:
Tensão Subestações automatizadas MVA
34,5 kV 230 1.545,0
69 kV 35 2.412,5
88 kV - 5,0
138 kV 96 6.730,2
Total 361 10.692,7
Qualidade de Fornecimento
O resultado dos indicadores DEC, FEC e do tempo de espera é mostrado no quadro a seguir:
Jan/Dez DEC (horas) (1) FEC (interrupções) Tempo de espera (horas)
2012 10,25 7,84 01:51
2013 11,62 8,06 02:08
2014 14,01 9,08 01:49
(1) DEC medido em horas e centesimal de horas.
Pesquisa & Desenvolvimento - P&D
Em conformidade com a Lei n.º 9.991/2000, as concessionárias de distribuição devem aplicar anualmente
um percentual mínimo de sua Receita Operacional Líquida - ROL em projetos de Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica - P&D, segundo regulamentos estabelecidos
pela Aneel. O projeto de P& D no setor de energia elétrica deve ser original e inovador.
Em 2014, foram contratados 10 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D, continuam em execução 9
projetos e 43 projetos estão em fase de elaboração para contratação, sendo um estratégico cooperado -
Sistema de Inteligência Analítica do Setor Elétrico - Siase, no qual a Copel Distribuição participa como
cooperada juntamente com outras empresas do setor elétrico. Foram aplicados em projetos de P&D
aproximadamente R$ 8,4 milhões.
COPEL Copel Distribuição S.A.
23
5. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
5.1. Copel Distribuição em Números
Indicadores Contábeis
Receita operacional bruta 11.872.374 8.820.912 34,6
Deduções da receita 3.525.338 2.859.337 23,3
Receita operacional líquida 8.347.036 5.961.575 40,0
Custos e despesas operacionais 7.757.776 6.304.797 23,0
Resultado das atividades 589.260 (343.222) (271,7)
EBITDA ou LAJIDA 810.661 (138.112) (687,0)
Resultado financeiro 81.693 228.938 (64,3)
IRPJ/CSLL 233.089 (35.775) (751,5)
Lucro (prejuízo) líquido do exercício 437.864 (78.509) (657,7)
Patrimônio líquido 4.329.575 3.366.685 28,6
Dividendos 124.791 - -
Indicadores Econômico-Financeiros
Liquidez corrente (índice) 1,4 1,4 (0,3)
Liquidez geral (índice) 1,9 1,8 8,8
Margem do EBITDA ou LAJIDA (%) 9,7 (2,3) (519,2)
Dívida sobre o patrimônio líquido (%) 44,9 54,2 (17,2)
Margem líquida (lucro líquido/receita operacional líquida) (%) 5,2 (1,3) (498,3)
Rentabilidade do patrimônio líquido (%) (1) 13,0 (2,2) (685,7)
(1) LL ÷ (PL inicial)
Em R$ mil (exceto quando indicado de outra forma) 2014 2013
Variação %
2014 X 2013
COPEL Copel Distribuição S.A.
24
5.2. Receita Operacional Líquida
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 8.347.036 5.961.575 40,0% 100,0%
Fornecimento de Energia Elétrica 3.860.461 2.885.997 33,8% 48,4%
Residencial 1.429.594 1.074.118 33,1% 18,0%
Industrial 1.051.069 803.434 30,8% 13,5%
Comercial, Serviços e Outras Atividades 839.671 627.864 33,7% 10,5%
Rural 260.801 165.078 58,0% 2,8%
Poder Público 108.348 83.811 29,3% 1,4%
Iluminação Pública 78.626 60.070 30,9% 1,0%
Serviço Público 92.352 71.622 28,9% 1,2%
Suprimento de Energia Elétrica 297.652 100.055 197,5% 1,7%
Câmara Comercialização Energia Elétrica-CCEE 176.967 12.047 1369,0% 0,2%
Contratos Bilaterais 120.685 88.008 37,1% 1,5%
Disponibilidade da Rede Elétrica 2.113.863 1.947.306 8,6% 32,7%
Residencial 793.022 720.321 10,1% 12,1%
Industrial 399.986 358.609 11,5% 6,0%
Comercial, Serviços e Outras Atividades 517.966 456.872 13,4% 7,7%
Rural 109.278 136.798 -20,1% 2,3%
Poder Público 72.590 66.815 8,6% 1,1%
Iluminação Pública 56.376 51.198 10,1% 0,9%
Serviço Público 37.212 34.025 9,4% 0,6%
Consumidores Livres 126.534 121.705 4,0% 2,0%
Rede básica, de fronteira e de conexão 899 963 -6,6% 0,0%
Receita de Construção 991.356 898.606 10,3% 15,1%
Resultado de Ativos e Passivos Financeiros Setoriais 1.033.866 - 0,0%
Outras Receitas Operacionais 49.838 129.611 -61,5% 2,2%
% ROL 2014Variação da Receita (em Milhares de Reais) 2014 2013
Variação
2014 x 2013
Em 2014, a Receita Operacional Líquida teve
acréscimo de R$ 2.385,5 milhões, representando
40,0% de aumento em relação a 2013. Tal variação
decorre principalmente do acréscimo de R$ 974,5
milhões na Receita de Fornecimento de Energia
Elétrica, em virtude do aumento de 33,8% na
receita de fornecimento de energia elétrica que
reflete o reajuste tarifário ocorrido em junho de
2014 de 24,86% e aumento de mercado.
Em Suprimento de Energia Elétrica houve um
aumento de R$ 197,6 milhões (197,5%) em relação
a 2013 devido principalmente à operações venda
de energia no curto prazo liquidada junto à CCEE.
Fornecimento52,5%
Suprimento4,0%
Disponibilidade da Rede
28,7%
Ativos Financeiros
Setoriais
14,1%
Outras Receitas
0,7%
Receita Operacional Líquida 2014
COPEL Copel Distribuição S.A.
25
Na Receita de Disponibilidade da Rede Elétrica verifica-se acréscimo de R$ 166,6 milhões (8,6%) devido
a recomposição da tarifa em junho de 2014.
Na Receita de Construção a Companhia contabiliza receitas relativas a serviços de construção ou
melhoria da infraestrutura utilizada na prestação de serviços de distribuição de energia elétrica, as quais
totalizaram R$ 991,3 milhões em 2014 e R$ 898,6 milhões em 2013. Os respectivos gastos são
reconhecidos na demonstração do resultado do período, como custo de construção, quando incorridos.
O maior impacto na Receita Operacional Líquida decorreu principalmente pelo reconhecimento de R$
1.033,8 milhões em Resultado dos Ativos Financeiros Setoriais, em virtude do Aditivo do Contrato de
Concessão, contabilizados de acordo com OCPC nº 08/2014 e Deliberação CMV nº 732/2014, os quais
normatizam o reconhecimento de determinados Ativos e Passivos nos Relatórios Contábil-Financeiros de
Propósito Geral das Distribuidoras de Energia Elétrica, emitidos de acordo com as Normas Brasileiras e
Internacionais de Contabilidade, anteriormente contabilizados somente para fins Regulatórios, conforme
detalhado no item 3.1.
A composição dos valores de Ativos Financeiros Setoriais Líquidos reconhecidos na Contabilidade
Societária em dezembro de 2014 foi de R$ 1.041,1 milhões, demonstrada no quadro abaixo, sendo R$
1.033,8 milhões registrados na Receita Operacional e R$ 7,3 milhões referente a atualização financeira do
período de 10 a 31/12/2014 registrada no Resultado Financeiro.
Ciclo 2015 Ciclo 2014Saldo em
31.12.2014
Receita
Operacional
Resultado
Financeiro
CVA
Conta de Consumo de Combustível - 4.254 4.254 4.254 -
Transporte de EE para Rede Básica 82.548 14.304 96.851 96.466 386
Custo de Energia - ITAIPU (111.171) 2.469 (108.702) (108.314) (388)
Encargos de Serviços de Sistema - ESS/EER (289.062) (81.703) (370.765) (369.090) (1.674)
Conta de Desenvolvimento Energético 15.732 1.160 16.892 16.802 90
Proinfa - 4.604 4.604 4.603 (0)
Custos de Aquisição de Energia 441.361 162.114 603.475 600.901 2.574
Transporte EE - Itaipu 1.892 165 2.057 2.049 9
Total CVA 141.300 107.367 248.668 247.670 997
Componentes Financeiros 722.392 70.085 792.477 786.196 6.281
Total Ativos Financeiros Setoriais 863.692 177.452 1.041.144 1.033.866 7.278
Excluindo os Ativos e Passivos Financeiros Setoriais, a variação da Receita Operacional Líquida de 2014 foi
de 22,7% em relação a 2013.
COPEL Copel Distribuição S.A.
26
5.3. Custos e Despesas Operacionais
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS 7.757.776 6.304.797 23,0% 100,0%
Custos Não Gerenciáveis (Parcela A) 5.118.691 3.779.546 35,4% 59,9%
Energia Elétrica Comprada para Revenda 4.904.034 3.518.865 39,4% 55,8%
Encargos de Uso da Rede Elétrica 209.066 249.465 -16,2% 4,0%
Taxa de Fiscalização 5.591 11.216 -50,2% 0,2%
Custos Gerenciáveis (Parcela B) 2.639.085 2.525.251 4,5% 40,1%
Pessoal e Administradores 633.236 723.734 -12,5% 11,5%
Planos Previdenciário e Assistencial 126.961 118.211 7,4% 1,9%
Material 53.918 50.531 6,7% 0,8%
Serviços de Terceiros 289.717 292.644 -1,0% 4,6%
Custo de Construção 991.356 898.606 10,3% 14,3%
Amortização 221.401 205.110 7,9% 3,3%
Provisões e Reversões 185.207 118.233 56,6% 1,9%
Outros Custos e Despesas Operacionais* 137.289 118.182 16,2% 1,9%
*Desconsiderado a Taxa de Fiscalização
% ROL 2014
Variação dos Custos e Despesas (em Milhares
de Reais) 2014 2013
Variação
2014 x 2013
Os Custos e Despesas Operacionais da Parcela A
totalizaram R$ 5.118,7 milhões em 2014, R$
1.339,1 milhões (35,4%) superiores ao verificado
em 2013, devido principalmente aos custos com
Energia Elétrica Comprada para Revenda que
em 2014 apresentaram acréscimo de R$ 1.385,1
milhões (39,4%) em relação a 2013, influenciados,
principalmente pelos montantes de energia
adquirida em Leilões, bem como da energia
comprada no curto prazo na CCEE e de Compra
de energia no Ambiente Regulado - CCEAR,
impacto da exposição involuntária e dos maiores
preços de energia.
Os Custos e Despesas Operacionais da Parcela B tiveram aumento de R$ 113,8 (4,5%) superiores a 2013,
quando a inflação medida pelo INPC acumulado de janeiro a dezembro de 2014 foi de 6,2%. Contribuiu
para o equilíbrio destes custos o decréscimo de R$ 90,5 milhões (-12,5%) em Pessoal e Administradores,
influenciado principalmente pela redução da Provisão para indenização por demissões voluntárias e
aposentadorias que ocorreu em menor nível em 2014, e pela economia verificada em remunerações e
encargos sociais decorrente da redução do quadro de pessoal da Companhia. Por outro lado, houve
COPEL Copel Distribuição S.A.
27
acréscimo de R$ 67,0 milhões em Provisões e Reversões devido principalmente às provisões para perdas
de créditos de liquidação duvidosa e provisão para contingências.
Considerando uma Parcela B, excetuando os Custos de Construção, que são reflexos dos investimentos
realizados pela distribuidora, verificamos que houve aumento dos custos na ordem de 1,3% em relação a
2013. Analisando exclusivamente os custos de PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros), verifica-se um
aumento de apenas 0,3%, que reflete as ações adotadas pela Companhia para equacionamento dos custos
em virtude do equilíbrio econômico e financeiro da concessão.
5.4. Resultado Financeiro
O resultado financeiro apresentou decréscimo de R$ 147,2 milhões devido redução na receita com juros e
variações monetárias (R$ 159,3 milhões) decorrente da transferência à Copel da CRC do Governo do
Estado do Paraná, conforme anuência da Aneel mediante Despacho nº 4.222 de 11.12.2013, com a
quitação do mútuo, e consequente, redução de rendas de Aplicações Financeiras (R$ 47,7 milhões), além
da redução de R$ 31,3 milhões quanto a atualização do Ativo Financeiro devido à queda do IGP-M
verificada em 2014. Os fatores negativos foram compensados pela redução na despesa com encargos de
dívidas (R$ 55,2 milhões) com a quitação do mútuo junto à Copel decorrente da transferência da CRC, e
pela receita de acréscimos moratórios sobre faturas (R$ 32,3 milhões).
5.5. EBITDA ou LAJIDA
Apresentamos no quadro abaixo o Demonstrativo do EBITDA ou LAJIDA - Lucro Antes dos Juros, Impostos,
Depreciação e Amortização, conforme Instrução CVM nº 527.
Em R$ mil 2014
Lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora 437.864 (78.509)
IRPJ e CSLL diferidos 233.089 (35.775)
Provisão para IRPJ e CSLL - -
Despesas (receitas) f inanceiras, líquidas (81.693) (228.938)
Lajir/Ebit 589.260 (343.222)
Amortização 221.401 205.110
Lajida/Ebitda 810.661 (138.112)
Receita Operacional Líquida - ROL 8.347.036 5.961.575
Margem do Ebitda% (Ebitda ÷ ROL) 9,7% -2,3%
2013
COPEL Copel Distribuição S.A.
28
5.6. Lucro Líquido
Em 2014, mediante os fatores expostos, a Copel Distribuição obteve lucro líquido de R$ 437,9 milhões,
acréscimo de R$ 516,4 milhões em relação ao resultado negativo obtido em 2013, alcançando uma
rentabilidade do patrimônio de 13,0%.
5.7. Estrutura de Capital
O total da dívida da Copel Distribuição em 31.12.2014 somava R$ 1.942,1 milhões, representando
endividamento de 44,9% sobre o patrimônio líquido, o qual, ao final do período, era de R$ 4.329,6 milhões.
Considerando o saldo de caixa e aplicações financeiras de R$ 160,4 milhões, a dívida líquida da
Companhia atingiu R$ 1.781,6 milhões.
Ao longo do ano de 2014 foi efetivada a operação no valor de R$ 139 milhões referente à aprovação do
contrato de financiamento para implementação do plano de investimento, visando o aumento da
confiabilidade do sistema de distribuição de Curitiba/PR e arredores, cidade sede da Copa do Mundo de
2014 (Obras da Copa). O contrato em questão fora dividido em 3 subcréditos, com a primeira liberação no
valor de R$ 100 milhões realizada em Dezembro do mesmo ano, restando R$ 39 milhões a serem liberados
no 1º semestre de 2015.
Em 31 de dezembro de 2014, o endividamento total da Copel Distribuição apresentava a seguinte
composição:
Passivo Circulante Passivo Não Circulante Total
Moeda estrangeira 596 70.601 71.197
STN 596 70.601 71.197
Moeda nacional 404.639 447.203 851.842
Banco do Brasil 378.882 292.384 671.266
Eletrobras 15.903 64.621 80.524
BNDES 9.854 90.198 100.052
Debêntures 20.088 998.949 1.019.037
425.323 1.516.753 1.942.076
5.8. Valor Adicionado
No exercício de 2014, a Copel apurou R$ 4.775,0 milhões de Valor Adicionado Total, 31,1% superior ao
apurado no ano anterior. A demonstração, na íntegra, encontra-se nas Demonstrações Financeiras.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Distribuição do Valor Adicionado 2014 2013 Variação %
Acionistas 2,6% 0,0% -
Retido 6,6% -2,2% (404,3)
Terceiros 5,2% 7,4% (29,8)
Pessoal 15,7% 22,5% (29,9)
Governo 69,9% 72,3% (3,3)
Estadual e Municipal 52,1% 54,5% (4,5)
Federal 17,8% 17,8% 0,3
Total 100,0% 100,0% -
Acionistas; 2,6% Retido; 6,6%
Terceiros; 5,2%
Pessoal; 15,7%
Governo;
69,9%
Distribuição do Valor Adicionado 2014
5.9. Inadimplência de Consumidores
Em dezembro de 2014, a inadimplência de consumidores da Copel Distribuição foi de R$ 132,4 milhões,
que equivale a 1,51% do seu faturamento. Para o cálculo, considera-se inadimplente o consumidor com
débito vencido há mais de 15 dias até 360 dias, em conformidade com o prazo de aviso de vencimento
(Resolução Aneel nº 414/2010), e é excluído o reconhecimento de perdas dos débitos vencidos.
Inadimplência (%) = ∑ Déb itos vencidos > 15 dias ≤ 360 dias
∑ Faturamento no período de 12 meses
5.10. Investimentos
O programa de investimentos da Copel Distribuição em 2014 foi de R$ 857,7 milhões, 5,1% maior que em
2013, que foi de R$ 816,5 milhões. O investimento previsto para 2015 é da ordem de R$ 784,7 milhões.
COPEL Copel Distribuição S.A.
30
6. GESTÃO DE PESSOAS
A Copel tem como visão ser "Simplesmente a melhor da década" e, para alcançá-la, faz uso de ferramentas
de gestão, tais como balanced scorecard (BSC), modelo de excelência de gestão (MEG), gestão de
projetos, 5S, entre outros. Contudo, é por meio de seus empregados que a empresa poderá atingir sua
Visão. Assim, a Companhia reconhece o trabalho e dedicação dos seus colaboradores que aplicaram seus
esforços na busca por melhorias em processos e produtividade e na manutenção da qualidade do serviços,
pela qual a Copel Distribuição é amplamente reconhecida.
Como resultado destes esforços, a Companhia está sempre buscando manter e oferecer benefícios
compatíveis com os oferecidos pelas melhores empresas para se trabalhar, desenvolvendo ações que
visam segurança e saúde no trabalho, qualidade de vida, desenvolvimento e capacitação, que estão
alinhados às diretrizes estratégicas as quais se realizam através do empenho das Pessoas.
6.1. Quadro de Pessoal
Os 6.071 empregados do quadro próprio da Copel Distribuição estão distribuídos em quatro carreiras:
profissional de nível médio (4.198 empregados), profissional técnico de nível médio (1.251 empregados),
profissional de nível superior (583 empregados) e operacional (39 empregados). A Companhia vem
redimensionando seu quadro funcional, tendo admitido 106 novos empregados em 2014, mediante
concurso público. Durante o mesmo período, 206 empregados desligaram-se da Companhia. A taxa de
rotatividade foi de 2,5% em 2014 e 8,9% em 2013.
6.2. Saúde e Segurança do Trabalho
Uma das diretrizes estratégicas da Copel Distribuição é promover excelência da Segurança e Saúde do
Trabalho. Para tanto, a Companhia vem promovendo ações junto a seus colaboradores e trabalhadores de
empresas contratadas, como o “Programa Preservando a Vida” que tem por objetivo a prevenção de
acidentes. O resultado das ações foi a redução de 11,0% do número total de acidentes do trabalho
ocorridos no período entre 2013 e 2014 considerando os empregados e contratados.
As principais ações para promoção contínua da Segurança do Trabalho realizadas pela Copel Distribuição
são:
Boletim mensal de acidentes que tem por objetivo informar de forma sucinta os acidentes ocorridos com
empregados próprios e terceirizados.
Comunicação interna com reuniões de orientação a gerentes abordando aspectos de Segurança do
Trabalho, EPI, uniformes, CET, integração, treinamento, PPV e procedimentos caso ocorra um acidente
de trabalho.
COPEL Copel Distribuição S.A.
31
Vídeos orientativos - Elaboração de vídeos que demonstram a maneira correta de executar as tarefas
de forma segura, seguindo os padrões vigentes, para divulgação a todos os empregados durante as
Reuniões de Segurança, Integrações, CIPAS, Setoriais e eventos específicos.
Encontro de segurança para contratados - anualmente é realizado um "Encontro com as Empreiteiras“,
por objeto de Contrato, a fim de repassar, reforçar e atualizar os procedimentos e instruções técnicas e
de Segurança do Trabalho.
Programa Preservando a Vida - PPV - Tem por objetivo a fiscalização em campo dos procedimentos
técnicos e de segurança, durante a execução das atividades, conforme os padrões do GSST, onde um
técnico de segurança do trabalho ou técnico das áreas, realizam o acompanhamento das equipes e
emitem relatório com pontuação para as falhas encontradas. Foram realizados 4.917 inspeções em
campo de empregados próprios e 5.182 de terceirizados, totalizando 10.099 inspeções.
Em 2015, será implementado treinamento para encarregados de equipes de empreiteiras, elaborado e
realizado pela Copel aos encarregados das equipes contratadas, abordando questões de segurança,
PPV, Padrões GSST, Responsabilidade Civil e Criminal, Liderança, EPI e EPC.
No âmbito da saúde ocupacional, a empresa mantêm política de avaliação ampliada do estado de saúde
dos seus trabalhadores, não apenas monitorando periodicamente sua aptidão para o trabalho como
investindo em programas de prevenção e promoção da saúde - incluindo o monitoramento de doenças
cardíacas, ginecológicas e urológicas de maior gravidade e, com isso, possibilitando a médio e longo prazo
melhores condições de saúde, refletindo-se em um trabalho mais seguro e com melhor qualidade.
Somam-se às ações de saúde da Companhia, estas através de profissionais especializados no quadro
próprio, as ações mantidas pela Fundação Copel, operadora de saúde patrocinada pela Copel e que vem
ampliando suas ações, além do custeio co-participado de amplo plano de saúde - médico, odontológico e
farmacêutico, também programas específicos de acompanhamento de doentes crônicos e promoção da
saúde.
6.3. Desenvolvimento e Capacitação
Outro ponto constante das diretrizes estratégicas da Companhia é a promoção da gestão do conhecimento
e a capacitação das pessoas. O Desenvolvimento de Pessoal se desdobra em programas corporativos,
cursos de formação e obrigatórios. Em 2014, a Copel Distribuição investiu R$ 3,5 milhões em treinamento e
desenvolvimento de seus empregados e público estratégico, e as ações de T&D resultaram em 14.020
participações.
Em relação à liderança, em 2014 houve a continuidade de duas turmas do curso MBA Executivo em Gestão
Empresarial, iniciado no segundo semestre de 2013, realizado in company, e que contou com a
participação de 38 empregados. Os módulos e os assuntos trabalhados no MBA foram desenvolvidos para
COPEL Copel Distribuição S.A.
32
capacitar o gerente para realizar uma gestão eficaz, desenvolver visão estratégica dos negócios da
empresa e ser um líder que valoriza e promove o desenvolvimento das pessoas.
Em 2014 a Universidade Copel - UniCOPEL se tornou signatária do PRME - Principles for Responsible
Management Education. Esta iniciativa, desenvolvida pela Organização das Nações Unidas, tem objetivo de
estabelecer um processo de contínuo aprimoramento das escolas de negócio do mundo inteiro, a fim de
que estas sejam capazes de formar uma nova geração de líderes, preparados para enfrentar os desafios
complexos que o século XXI. Além de desenvolver políticas e diretrizes sobre T&D na Copel, a UniCOPEL
busca novas metodologias, tecnologias, parcerias e novas práticas de treinamento e desenvolvimento para
implementação nos programas de treinamento da empresa com base nos direcionamentos estratégicos da
Companhia.
A Copel possui também o programa Babel, custeado parcialmente pela Companhia, que tem por finalidade
propiciar a obtenção de proficiência para os empregados que necessitem do uso de um idioma estrangeiro
para exercer suas atividades na Companhia. Em 2014, 48 empregados participaram do programa.
6.4. Política Salarial e Benefícios
As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de remuneração
estruturado pela Companhia que considera a remuneração fixa baseada em critérios de comparação de
mercado e de mérito, e remuneração variável pela Participação dos Empregados nos Lucros e/ou
Resultados - PLR, sendo este montante do lucro distribuído de forma igualitária a cada empregado.
A proporção entre o menor salário praticado pela Companhia em dezembro de 2014 (R$ 1.447,60) e o
salário mínimo nacional vigente naquela data (R$ 724,00) era de duas vezes, não havendo diferença
significativa no mesmo período relativamente à proporção de salário-base entre homens e mulheres.
Entre os benefícios concedidos a todos os empregados, além dos previstos pela legislação, destacam-se: o
plano de previdência privada através da Fundação Copel, da qual a Copel é mantenedora; auxílio-educação
ao empregado, no qual a empresa reembolsa até 70% das mensalidades em cursos técnicos de nível
médio, graduações e pós-graduações; auxílio-alimentação e refeição; vale lanche; auxílio-creche; auxílio
empregados com deficiência e a empregados com dependentes deficientes; complementação de auxílio
doença; adicional de férias além do percentual legal. Além disso, a Companhia proporciona os benefícios
não financeiros como incentivo à qualidade de vida, com iniciativas como o Coral da Copel e os Jogos
Internos, prorrogação da licença maternidade por mais 60 dias, jornada de trabalho flexível, entre outros.
6.5. Relações Trabalhistas
Além de cumprir totalmente com suas obrigações trabalhistas, garantindo aos empregados os seus direitos
instituídos pela legislação, a Controladora realiza uma série de ações, com o intuito de aprimorar as
relações trabalhistas, dentre as quais destacamos:
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Comissão de Análise de Denúncias de Assédio Moral - Cadam, instituída com o objetivo de estabelecer
regras para investigação e tratamento das denúncias de assédio moral, garantindo a imparcialidade nas
análises dos processos;
Ouvidoria: por meio deste canal, qualquer pessoa, mesmo que não seja empregado da Copel
Distribuição, pode solicitar informações, dar sugestões, fazer reclamações, denúncias e
questionamentos em relação à Companhia.
Canal de Comunicação Confidencial: canal que pode ser utilizado por empregados de qualquer nível
hierárquico, diretores, estagiários, contratados e demais partes interessadas. O objetivo desse recurso é
a comunicação de irregularidades relacionadas à contabilidade, bem como sobre o descumprimento de
dispositivos legais e regulamentares e de normas internas da Copel.
Conselho de Orientação Ética - COE: este canal é formado por empregados indicados pela Copel e
coordenado por pessoa da sociedade civil com notório conhecimento sobre o assunto. O grupo avalia
denúncias sobre descumprimento do Código de Conduta e tem prazo para resposta final com as
orientações pertinentes.
A Controladora se relaciona com sindicatos representativos das diversas classes de trabalhadores e, ao
longo do ano, promove reuniões para discussão de assuntos de interesse mútuo. Por ocasião da data
base (outubro) esse relacionamento se intensifica quando os sindicatos e Copel discutem as
reivindicações para chegar ao Acordo Coletivo de Trabalho - ACT. O cumprimento das cláusulas dos
ACTs mitiga possíveis problemas com sindicatos e empregados; e
As dispensas por justa causa são precedidas de processo administrativo sumário, regulado por norma
administrativa interna, que garante ao empregado o direito de defesa.
6.6. Clima Organizacional
A Companhia busca ouvir seus profissionais, procurando identificar suas expectativas e necessidades de
melhoria no ambiente de trabalho e no clima organizacional. Para tanto, realiza anualmente a Pesquisa de
Opinião do Empregado - POE, ocasião em que são investigados diferentes fatores, como motivação em
relação ao trabalho, satisfação em relação a salários e benefícios, relacionamento com colegas e gerentes,
desempenho da Diretoria, entre outros desta natureza. Ao final do processo, os resultados são divulgados a
todos os empregados.
A pesquisa de 2014 demonstrou que 75,8% dos empregados consideraram a Copel DIS uma empresa
ótima ou boa para se trabalhar. A última POE foi realizada no mês de julho/2014, tendo a participação de
56,1% dos empregados e obtendo-se um grau de satisfação de 67,7%. Os pontos de atenção apresentados
estão sendo tratados de forma corporativa.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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6.7. Programa Nossa Energia
O Nossa Energia é o programa de gestão de desempenho da Copel, sendo composto por dois eixos:
Competências Organizacionais, relacionado aos comportamentos esperados de cada empregado, e
Resultados, que está associado à produtividade e é formado por metas corporativas.
De acordo com o Nossa Energia, o desempenho de cada empregado associa-se a um dos três grupos de
desempenho definidos pela Companhia. Esses grupos servem como subsídio para a aplicação de
diferentes tratativas em relação à Carreira e Remuneração e ao Desenvolvimento Profissional, tais como
promoções funcionais, meritocracia, adequação funcional, conferências, treinamentos, bolsas para pós
graduação e línguas estrangeiras, entre outros.
O programa foi implantado em 2013 e, no ciclo de 2014 teve melhorias pontuais e assertivas
proporcionadas pela experiência do ciclo de implantação e pelas práticas de gestão de desempenho na
Copel. Neste sentido, o Nossa Energia, a cada ciclo, permitirá aprendizados e, assim, aprimoramentos que
visam o atingimento dos seus objetivos e maior aderência com a cultura e realidade da Companhia.
COPEL Copel Distribuição S.A.
35
7. MEIO AMBIENTE E COMUNIDADE
7.1. Fornecedores
Desde 2005, a Companhia vem estruturando formas de dinamizar o relacionamento com os fornecedores e
melhorar o processo de gestão da cadeia de suprimentos, adotando em seus editais alguns critérios
relacionados a questões socioambientais, como a vedação de trabalho infantil, o respeito ao meio ambiente,
a implantação de requisitos mínimos para destinação de resíduos potencialmente poluidores, dentre outros.
A Companhia disponibiliza o manual do Fornecedor que tem a finalidade de orientar os fornecedores quanto
a questões cotidianas da Companhia, aprimorar o relacionamento entre as partes e buscar o alinhamento
dos princípios e diretrizes relacionados ao processo da cadeia de suprimentos. O documento pode ser
acessado no site www.copel.com.
Principais ações em 2014
Identificação e avaliação de fornecedores críticos, considerando aspectos legais, financeiros,
ambientais, de saúde e segurança no trabalho, segurança da população, de imagem da empresa, da
percepção do cliente e sociedade, e dos processos envolvidos.
Consulta a Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego para contratação de fornecedores como
prevenção ao risco de envolvimento da empresa como corresponsável em processos contra
empregadores que utilizaram mão-de-obra escrava.
7.2. Clientes
Alinhada aos valores presentes em seu referencial estratégico de Respeito às pessoas e Inovação, a Copel
Distribuição investiu na diversificação de canais de atendimento visando facilitar o relacionamento com o
cliente e, consequentemente, sua satisfação com os serviços prestados. Dentro dessa política de ampliação
dos meios de contato com os consumidores destacamos a Agência Virtual e a disponibilização de novas
funcionalidades no Copel Mobile, cujo grande diferencial é oferecer o autoatendimento na palma das mãos,
de forma ágil, segura e eficiente.
A popularização de aparelhos portáteis como celulares, smartphones e tablets impulsionou a adesão
crescente dos consumidores aos serviços online. Adaptando-se a essa nova realidade e antecipando-se às
necessidades e expectativas de seus usuários, a Copel disponibiliza sete canais de atendimento virtuais
dentre as nove formas de contato atualmente existentes: Agência Virtual, Copel Mobile, site, e-mail, SMS,
chat e Redes Sociais - Twitter e Facebook. Estes canais virtuais dinamizam o atendimento ao cliente e são
ferramentas primordiais ao alcance do objetivo de redução da demanda de chamadas no atendimento
telefônico e de visitas no atendimento presencial.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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A tabela a seguir ilustra o crescimento na utilização dos canais virtuais em comparação ao atendimento
telefônico e presencial.
2012 2013 2014
Atendimento virtual 41,0% 45,0% 52,0%
Atendimento pessoal 59,0% 55,0% 48,0%
Total 100,0% 100,0% 100,0%
A Copel Distribuição entende que o cliente é seu maior patrimônio e busca o constante aprimoramento das
relações da Companhia com seus consumidores e com a comunidade em geral. Isso se dá por meio do
Conselho de Consumidores, órgão de caráter consultivo e sem personalidade jurídica instituído pela
Diretoria da Companhia em novembro de 1993, em atendimento à Lei nº 8.631/1993. Suas atribuições são
regidas pela Resolução nº 451/2011 da Aneel, e consistem em examinar questões ligadas ao fornecimento
de energia elétrica, tarifas e adequação dos serviços prestados ao consumidor final.
O Conselho é composto por usuários das classes de clientes residencial, comercial, rural, poder público e
industrial, empregados da Companhia e também por um de representante da Coordenadoria Estadual de
Proteção e Defesa do Consumidor - Procon.
Todas as ações buscando a melhoria do relacionamento com o cliente vêm alcançando bons resultados e
sendo reconhecidas. Entre todas as grandes distribuidoras do Brasil, a Copel Distribuição obteve o menor
índice de reclamações procedentes na ouvidoria da Aneel: 0,66 enquanto a média nacional foi de 4,47. Este
foi um dos fatores que possibilitaram a conquista do melhor Índice Aneel de Satisfação do Consumidor -
IASC entre as empresas de grande porte. A Companhia foi destaque no Prêmio Nacional da Qualidade -
PNQ pelo atendimento prestado a seus consumidores. Além disso, em 2014 a Companhia também obteve a
premiação de melhor distribuidora da América Latina pela Comisión de Integración Energética Regional -
CIER, e foi eleita a melhor distribuidora do Brasil na avaliação do cliente em pesquisa feita pela Associação
Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - Abradee.
7.3. Comunidade
Historicamente, por força de seu estatuto, a Copel Distribuição tem um forte envolvimento com a sociedade,
tendo como propósito promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Com sua expansão para
outros Estados esse compromisso está se ampliando.
A prevenção de acidentes com a comunidade é realizada com treinamentos nas escolas, empresas,
canteiros de obras e reuniões nas comunidades, utilizando-se material didático padronizado com instrutores
formados, entrevistas em emissoras de rádio por todo Estado do Paraná em convênio com a Secretaria de
Estado da Saúde, acordos diretos com as emissoras para a divulgação diária de informações sobre o uso
seguro da eletricidade e mensagens mensais na fatura de energia elétrica encaminhada a todos os clientes.
Anualmente é promovida a Semana Nacional de Segurança, em parceria com a Abradee e demais
distribuidoras.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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7.4. Educação para sustentabilidade
Rede Copel de Agentes para Sustentabilidade
A Rede Copel de Agentes para a Sustentabilidade atua na mobilização, sensibilização e conscientização do
público interno para questões afetas à sustentabilidade.
Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais
O V Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais, focou na temática da sustentabilidade como
geradora de valor e contou com a apresentação de palestras de renomados profissionais contribuindo para
o processo de compartilhamento e envolvimento de empregados e público externo para questões
socioambientais e de sustentabilidade.
Feira Copel de Boas Práticas Socioambientais
Em paralelo ao V Seminário Copel de Boas Práticas Socioambiental, foi realizada a II Feira Copel de Boas
Práticas Socioambientais, que contou com a participação de 27 expositores, assim distribuídos: 3
empresas, 5 instituições de ensino e pesquisa, 5 institutos empresarias, 11 instituições sociais e 3 parceiros
estratégicos. A Feira foi visitada por aproximadamente 400 pessoas.
Troféu Susie Pontarolli
O Troféu Susie Pontarolli de Sustentabilidade tem por objetivo reconhecer e apoiar iniciativas que visam
contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria de qualidade de vida. A 2ª Edição do
Troféu, oportunizou a participação de empregados e fornecedores e premiou as três melhores práticas nas
Categorias:
Categoria Empregados - onde os prêmios em dinheiro deverão ser destinados, exclusivamente, para
a manutenção ou ampliação dos projetos vencedores.
Categoria Fornecedores Consciente - visa destacar projetos em prol da comunidade ou de seus
empregados como forma de valorização da pessoa, de estímulo à igualdade e justiça social.
7.5. Projetos e Programas Corporativos
Voluntariado Corporativo - EletriCidadania
O Programa permite que os empregados utilizem até 4 horas mensais do seu tempo de trabalho para a
execução, de forma voluntária e espontânea, de ações comunitárias que, muito além do simples
assistencialismo, levem ao desenvolvimento sustentável da sociedade em todos os aspectos, sejam eles
culturais, educacionais ou profissionais. Em 2014 foram realizadas 719 horas de voluntariado.
COPEL Copel Distribuição S.A.
38
Programa Corporativo de Acessibilidade
O Programa Corporativo de Acessibilidade tem o objetivo de tornar a Companhia rigorosamente adaptada
no que diz respeito às questões de acessibilidade, por meio de reformas, projetos arquitetônicos e
urbanísticos, implementação de recursos tecnológicos, aplicação de treinamento e campanhas educativas,
para que seus empregados e partes interessadas, com algum tipo de deficiência, tenham pleno acesso às
suas instalações, informações e serviços. Em 2014, a Copel Distribuição conta com 81,7% das agências e
postos de atendimento adaptados arquitetonicamente.
Programa Luz para Todos - LPT
Em 2011, o Governo Federal, por meio do Decreto nº 7.520/2011, instituiu novo Programa LPT para o
período de 2011 a 2014, destinado a propiciar atendimento exclusivamente às famílias prioritárias, ou seja:
moradores dos Territórios da Cidadania, assentamentos rurais, comunidades indígenas, quilombolas, como
também a escolas, postos de saúde e poços de água comunitários. Até dezembro de 2014 foram ligadas
4.092 unidades consumidoras.
Programa Morar Bem Paraná
Em 2011, através do Decreto nº 2845/2011, foi instituído o Programa Morar Bem Paraná. Este convênio tem
o objetivo de incentivar a produção e a aquisição de novas unidades habitacionais, requalificação,
ampliação ou reformas de imóveis urbanos e rurais, regularização fundiária e urbanização para famílias com
renda mensal de até seis salários mínimos nacional, bem como o desenvolvimento Estadual de Habitação
de Interesse Social.
Dentre as atribuições da Copel no convênio, a principal é a construção das redes de distribuição de energia
elétrica e das entradas de serviços das unidades consumidoras dos conjuntos habitacionais. A gestão do
convênio é realizada pela Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar.
Programa Luz Fraterna
Programa em parceria com o Governo do Estado do Paraná, pelo qual as unidades consumidoras
classificadas como residencial baixa renda e com consumo de até 120 kWh têm isenção total da fatura, cujo
débito é assumido pelo Governo do Estado. Em 2014 foram beneficiadas cerca de 182 mil famílias.
Programa de Irrigação Noturna
Realizado em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente -
Sema, entre outros órgãos, o programa tem como objetivo incentivar o aumento da produtividade agrícola
mediante vantagens na construção da rede e desconto na energia elétrica utilizada à noite para
COPEL Copel Distribuição S.A.
39
acionamento de sistemas de irrigação, o que resulta em aumento da renda e melhoria da qualidade de vida
do produtor rural. Em 2014 foram beneficiados cerca de 4 mil agricultores pela tarifa especial de irrigação.
Programa Tarifa Rural Noturna
O programa tem o objetivo de incentivar os produtores rurais paranaenses, classificados como
consumidores rurais atendidos em rede de baixa tensão, a utilizar a energia elétrica no período
compreendido entre 21h30 e 06h, mediante desconto de 60% na tarifa, proporcionando minimização de
custos e incremento da produção rural no Estado do Paraná. Em 2014, foram beneficiadas cerca de 8,6 mil
propriedades pela tarifa especial noturna.
Programa de Eficiência Energética - PEE
O PEE tem o objetivo de promover a eficiência no uso final da energia elétrica, por meio da aplicação de
recursos financeiros determinados pela Lei nº 9.991/2000, de modo a contribuir para a otimização do
sistema elétrico e postergação de investimentos em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Em 2014 foram aplicados aproximadamente R$ 15,9 milhões em 18 projetos, que colaboraram para
melhoria da eficiência energética nas instalações de consumidores residenciais de baixa renda, prédios
públicos, escolas estaduais, estabelecimentos comerciais e de serviços e em projetos educacionais.
Ainda em 2014 foi aberta Chamada Pública nº 001/2014 para consumidores com ou sem fins lucrativos,
com investimento previsto de R$ 11,0 milhões, sendo R$ 7,0 milhões para os segmentos industrial e
residencial e outros R$ 4,0 milhões para outras tipologias. Simultaneamente com o lançamento da
Chamada Pública, foi realizado o “I Workshop - Projetos de Eficiência Energética - Chamada Pública
Copel”, visando a disseminação de boas práticas na elaboração e proposição de projetos de eficiência
energética desenvolvidos no âmbito do Programa de Eficiência Energética regulado pela Aneel. Um dos
principais objetivos foi divulgar as principais diretrizes que regem o programa com intuito de melhor orientar
os envolvidos, para que assim se eleve a quantidade e a qualidade dos projetos apresentados na chamada
pública. A Copel Distribuição foi a primeira empresa a realizar Chamada Pública nos moldes do novo
regulamento da Aneel.
7.6. Meio ambiente
Programa de Arborização Urbana
Incentiva a melhoria da arborização urbana dos municípios da área de concessão da Copel, por meio de
ações junto às Prefeituras, visando à convivência das redes de distribuição de energia com as árvores
urbanas. O plantio de árvores adequadas em locais corretos resulta em uma menor necessidade de
intervenções com podas drásticas e na redução de interrupções no fornecimento de energia.
COPEL Copel Distribuição S.A.
40
Em 2014, por meio de cinco convênios firmados, foram removidas 422 árvores que ofereciam riscos às
redes de energia e fornecidas 3.350 mudas adequadas à arborização de vias públicas. Também foram
realizados seis cursos técnicos de arborização urbana, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento
Urbano e o Instituto Ambiental do Paraná, no qual foram treinados 236 gestores e servidores de 141
municípios do Estado.
Programa de gestão de riscos de desastres naturais
Em fevereiro de 2014 foi celebrado o Termo de Cooperação Técnica entre a Copel e a Mineropar, cujo
objetivo é gerar dados cartográficos para a gestão de riscos naturais, visando a prevenção de desastres no
Estado do Paraná. A obrigação da Copel é o fornecimento de bases cartográficas para que a Mineropar
possa fazer os estudos geológicos e gerar os mapas de riscos. O trabalho iniciou contemplando os
municípios do Litoral do Paraná.
Tecnologias de redes de distribuição de energia
Os impactos socioambientais mais significativos das redes de distribuição são: riscos de acidentes com
terceiros, conflitos com a arborização e animais silvestres e poluição visual. Para mitigar estes impactos,
sempre que há viabilidade técnica e econômica, a Copel Distribuição adota tecnologias alternativas às
redes nuas, como:
Rede de Distribuição Compacta Protegida - RDC e Rede de Distribuição Secundária Isolada - RSI: As
RDCs minimizam a área de interferência com a vegetação, a necessidade de poda das árvores. As RSIs
permitem maior proximidade dos galhos de árvores, sem risco de provocar interrupções em caso de contato
eventual e não permanente nos condutores. Juntas, as RDCs e RSIs representam nas áreas urbana e rural
26,0% e 2,1% do total de redes construídas até 2014, respectivamente. Importante ressaltar que desde
2010 a RDC é o padrão construtivo preferencial da Copel Distribuição para redes aéreas.
Rede isolada: Outra tecnologia de rede que tem sido estudada e aplicada pela Copel Distribuição é a rede
aérea isolada de média tensão (13.800 Volts e 34.500 Volts). Trata-se de uma tecnologia de cabos isolados
que permite o contato permanente com a arborização. Este tipo de rede torna a necessidade de poda de
árvores quase nula.
Rede Subterrânea: Em certas situações de alta demanda de energia e confiabilidade, a Copel Distribuição
pode projetar e construir redes subterrâneas, que eliminam a necessidade de poda de árvores e reduzem a
possibilidade de acidentes com terceiros, além de melhorar o impacto visual causado em relação às redes
aéreas.
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Emissões
Emissões de gases do efeito estufa - GEE
A Copel Distribuição, através da sua Controladora, elabora anualmente o inventário de gases do efeito
estufa - GEE da Companhia, baseado no programa brasileiro GHG Protocol. O resultado dos inventários de
emissões de GEE da Copel estão disponíveis no site do GHG Protocol:
www.registropublicodeemissoes.com.br. Desde 2012 os inventários passam por verificação de entidade
externa, para validação e certificação, dando maior transparência às informações.
Em 2014, por meio do Comitê Gestor de Mudanças Climáticas, foram desenvolvidas ações para
padronização das informações para compor o inventário, visando a sua melhoria. Além disso, foram
realizados treinamentos internos para disseminar os conhecimentos sobre gestão de riscos e oportunidades
em mudanças climáticas.
Está em andamento a atualização da Agenda Copel de Mudanças Climáticas, documento que traz os
compromissos, gestão e diretrizes sobre o tema de mudanças climáticas dentro da Companhia, disponível
no web site da Copel.
Resíduos
Durante 2014 foram realizadas as seguintes ações através da Controladora:
Avaliação para integração entre o software Registro Corporativo de Resíduos - RCR e o SAP/ERP
(Módulo Materiais), visando a otimização de registro dos resíduos gerados no âmbito da Companhia.
Revisão da nomenclatura atual dos resíduos, de acordo com a nova Lista Brasileira de Resíduos
Sólidos, conforme Instrução Normativa nº 13/2012 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
Elaboração do Manual de Gerenciamento de Resíduos, com o objetivo de alinhar os conceitos e
procedimentos sobre gerenciamento de resíduos com os empregados que manuseiam resíduos
sólidos.
Participação na elaboração do Plano de Logística Reversa Setorial, coordenado pelo Sindicato das
Empresas de Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná - Sineltepar e
elaborado pelo Senai, protocolado em janeiro de 2014 na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos, cujo Termo de Compromisso foi assinado em dezembro de 2014.
Assinados seis termos de compromissos com associações ou cooperativas de catadores para coleta
de resíduos sólidos recicláveis oriundos de atividades administrativas, em atendimento ao Decreto
Estadual n° 4.167/2009.
Participação mensal nos Fóruns do Lixo e Cidadania, promovido pelo Ministério Público do Trabalho.
COPEL Copel Distribuição S.A.
42
Realizado treinamento sobre Gerenciamento de Resíduos para as Comissões Internas
Sociambientais - CISAs, com a participação de 95 empregados de todo Paraná.
COPEL Copel Distribuição S.A.
43
8. BALANÇO SOCIAL
2014 2013
1 - BASE DE CÁLCULO
NE 25 Receita Líquida - RL 8.347.036 5.961.575
2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS
NE 26.3 Remuneração dos administradores 1.386 - 715 -
Remuneração dos empregados 462.244 5,5 512.975 8,6
Alimentação (Auxílio alimentação e outros) 72.675 0,9 76.091 1,3
Encargos sociais compulsórios 150.407 1,8 165.018 2,8
Plano previdenciário 38.837 0,5 40.145 0,7
Saúde (Plano assistencial) 101.962 1,2 90.517 1,5
Capacitação e desenvolvimento profissional 5.233 0,1 7.925 0,1
NE 26.3 Participação nos lucros e/ou resultados 63.629 0,8 58.134 1,0
NE 26.3 Indenizações Trabalhistas 4.253 0,1 27.673 0,5
(1) Outros benefícios 7.307 0,1 9.527 0,2
Total 907.933 10,9 988.720 16,6
3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS
Cultura 114 - 253 0,0
Outros 34.337 0,4 32.760 0,5
Programa Luz para Todos 8.181 0,1 20.200 0,3
Programa Morar bem 19.692 0,2 5.697 0,1
Programa Tarifa noturna 4.665 0,1 6.362 0,1
Outros 1.799 - 501 -
Total das contribuições para a sociedade 34.451 0,4 33.013 0,6
Tributos (excluídos encargos sociais) 3.382.307 40,5 2.507.460 42,1
Total 3.416.758 40,9 2.540.473 42,6
4 - INDICADORES AMBIENTAIS
Investimentos relacionados com as operações
da empresa 253.865 3,0 181.087 3,0
Investimentos em programas e/ou projetos
externos - - - -
Total 253.865 3,0 181.087 2,9
(2) Quantidade de sanções ambientais - 3
Valor das sanções ambientais (R$ Mil) - 45
NE - Nota Explicativa
% Sobre RL % Sobre RL
% Sobre RL % Sobre RL
BALANÇO SOCIAL ANUAL
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
% Sobre RL % Sobre RL
COPEL Copel Distribuição S.A.
44
2014 2013
5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL
Empregados no final do período 6.071 6.375
Admissões durante o período 106 286
Escolaridade dos empregados(as): Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total Superior e extensão universitária 2.294 1.597 697 2.461 1.730 731
Total 2º Grau 3.675 3.088 587 3.791 3.179 612
Total 1º Grau 102 101 1 123 117 6
Faixa etária dos empregados(as):
(3) Abaixo de 18 anos - 11
De 18 até 30 anos (exclusive) 988 1.253
De 30 até 45 anos (exclusive) 2.896 2.925
De 45 até 60 anos (exclusive) 2.163 2.167
Acima de 60 anos 24 19
Mulheres que trabalham na empresa 1.285 1.349
% Mulheres em cargos gerenciais:
em relação ao nº total de mulheres 2,6 2,5
em relação ao nº total de gerentes 13,8 13,1
Negros(as) que trabalham na empresa 772 783
% Negros(as) em cargos gerenciais:
em relação ao nº total de negros(as) 2,1 2,7
em relação ao nº total de gerentes 6,5 8,1
Portadores(as) de necessidades especiais 167 153
Dependentes 11.414 11.686
(4) Terceirizados 5.016 4.739
(5) Aprendiz (es) 177 233
(5) Estagiários(as) 240 221
Nº de processos trabalhistas em andamento no
final do exercício 3.746 2.713
Nº de processos trabalhistas encerrados no
exercício 379 737
Relação entre a maior e a menor remuneração
na empresa 16 21
Número total de Acidentes de Trahalho
(inclui acidentes com contratados) 187 210
na empresa 34.106 46.958
no Procon 502 507
na Justiça 2.680 1.703
na empresa 100,0% 100,0%
no Procon 97,4% 94,9%
na Justiça 17,2% 24,0%
6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA
EMPRESARIAL
Número total de reclamações e críticas de consumidores:
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:
COPEL Copel Distribuição S.A.
45
2014 Metas 2015
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela
empresa foram definidos por
Os padrões de segurança e salubridade no
ambiente de trabalho foram definidos por:
Quanto à liberdade sindical, ao direito de
negociação coletiva e à representação interna dos
trabalhadores, a empresa:
A previdência privada contempla:
A participação dos lucros ou resultados contempla:
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões
éticos e de responsabilidade social e ambiental
adotados pela empresa:
Quanto à participação dos empregados em
programas de trabalho voluntário, a empresa:
7- GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA 2014 2013
Valor adicionado total a distribuir
Distribuição do Valor Adicionado (DVA):
Terceiros 5,2% 7,4%
Pessoal 15,7% 22,5%
Governo 69,9% 72,3%
Acionistas 2,6% 0,0%
Retido 6,6% -2,2%
8 - OUTRAS INFORMAÇÕES
todos
todos
serão exigidos
direção e gerências
todos + Cipa
incentivará e seguirá a OIT
organizará e incentivará
4.774.977 3.643.578
• A partir de 2010, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase não mais prescreve seu modelo padrão de
Balanço Social por entender que esta ferramenta e metodologia já se encontram amplamente difundidas entre empresas,
consultorias e institutos que promovem a responsabilidade social corporativa no Brasil. Assim sendo, a Copel, que já utilizava este
modelo desde 1999, resolveu, fundamentada na orientação do Ibase, melhorar sua demonstração de Balanço Social, abordando
também informações solicitadas na NBCT 15, visando à transparência de suas informações.
• As notas explicativas - NEs são parte integrante das Demonstrações Financeiras e também contêm outras informações de
natureza socioambiental não contempladas neste Balanço Social.
(1) O item Outros benefícios é composto por: Auxílio doença complementar, Auxílio maternidade prorrogado, Seguros, Vale
transporte excedente e Auxílio invalidez, Morte acidental, Auxílio creche, Auxílio educação, Cultura e Segurança e Medicina no
trabalho.
(2) Estas informações referem-se a multas e notificações socioambientais. Valores referente aos Termos de Compromisso - TCs e
Termos de Ajustamento de Conduta - TACs são considerados em sociais externos ou ambientais, dependendo de sua natureza.
(3) Referem-se ao programa de aprendiz em conflito com a lei.
direção e gerências
todos + Cipa
incentiva e segue a OIT
todos
todos
são exigidos
organiza e incentiva
(5) Não compõem o quadro de empregados.
(4) Este número corresponde ao total de trabalhadores terceirizados contratados no período independentemente do número de
horas trabalhadas. Não representa o número de postos de trabalho terceirizados.
COPEL Copel Distribuição S.A.
46
9. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente CRISTIANO HOTZ
Secretário Executivo
VLADEMIR SANTO DALEFFE
Membro SERGIO LUIZ LAMY
CONSELHO FISCAL Presidente JOAQUIM ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA PORTES
Membros Titulares GEORGE HERMANN RODOLFO TORMIN
JOSÉ TAVARES DA SILVA NETO
Membros Suplentes OSNI RISTOW
ROBERTO BRUNNER
GILMAR MENDES LOURENÇO
DIRETORIA
Diretor Presidente VLADEMIR SANTO DALEFFE
Diretor de Finanças LUIZ EDUARDO DA VEIGA SEBASTIANI
Diretor Adjunto ACÁCIO MASSATO NAKAYAMA
CONTADOR
Contador - CRC-PR- 047941/O-4 ROBSON CARLOS NOGUEIRA
COPEL
Copel Distribuição S.A.
CNPJ/MF 04.368.898/0001-06
Inscrição Estadual 90.233.073-99
Subsidiária Integral da Companhia Paranaense de Energia
www.copel.com [email protected]
Rua José Izidoro Biazetto, 158 - Bloco C - Mossunguê - Curitiba - PR
CEP 81200-240
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2014
COPEL Copel Distribuição S.A.
SUMÁRIO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................................................................................. 3
Balanços Patrimoniais ........................................................................................................................................... 3 Demonstrações de Resultados .............................................................................................................................. 5 Demonstrações de Resultados Abrangentes ......................................................................................................... 6 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ........................................................................................... 7 Demonstrações dos Fluxos de Caixa .................................................................................................................... 8 Demonstrações do Valor Adicionado ................................................................................................................... 10
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................... 12 1 Contexto Operacional ........................................................................................................................... 12 2 Base de Preparação ............................................................................................................................. 12 3 Principais Políticas Contábeis ............................................................................................................... 13 4 Caixa e Equivalentes de Caixa.............................................................................................................. 22 5 Títulos e Valores Mobiliários ................................................................................................................. 23 6 Cauções e Depósitos Vinculados .......................................................................................................... 23 7 Clientes ................................................................................................................................................ 24 8 Ativos Financeiros Setoriais Líquidos .................................................................................................... 25 9 Contas a Receber Vinculadas à Concessão ......................................................................................... 26 10 Outros Créditos ..................................................................................................................................... 27 11 Tributos ................................................................................................................................................ 28 12 Depósitos Judiciais ............................................................................................................................... 29 13 Créditos com Partes Relacionadas ....................................................................................................... 30 14 Intangível .............................................................................................................................................. 30 15 Obrigações Sociais e Trabalhistas ........................................................................................................ 32 16 Fornecedores ........................................................................................................................................ 32 17 Empréstimos e Financiamentos ............................................................................................................ 33 18 Debêntures ........................................................................................................................................... 37 19 Benefícios Pós-Emprego....................................................................................................................... 38 20 Encargos do Consumidor a Recolher .................................................................................................... 42 21 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética ........................................................................... 43 22 Outras Contas a Pagar ......................................................................................................................... 43 23 Provisões para Litígios e Passivo Contingente ...................................................................................... 44 24 Patrimônio Líquido ................................................................................................................................ 46 25 Receita Operacional Líquida ................................................................................................................. 47 26 Custos e Despesas Operacionais ......................................................................................................... 49 27 Resultado Financeiro ............................................................................................................................ 52 28 Instrumentos Financeiros ...................................................................................................................... 53 29 Transações com Partes Relacionadas .................................................................................................. 60 30 Seguros ................................................................................................................................................ 62 31 Evento Subsequente ............................................................................................................................. 63
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................... 64 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2014 ................................................................................................................................................... 66
COPEL Copel Distribuição S.A.
3
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanços Patrimoniais
levantados em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
ATIVO NE nº 31.12.2014 31.12.2013
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 4 160.417 247.045
Títulos e valores mobiliários 5 3 377
Cauções e depósitos vinculados 6 38 1.072
Clientes 7 1.387.792 1.005.703
Ativos financeiros setoriais líquidos 8 609.298 -
Outros créditos 10 302.782 180.963
Estoques 3.7 101.399 96.866
Imposto de renda e contribuição social 11.1 18.814 77.288
Outros tributos a recuperar 11.3 41.642 48.609
Despesas antecipadas - 16.193 16.414
Partes relacionadas 13 - 468.317
2.638.378 2.142.654
NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Títulos e valores mobiliários 5 2.073 54.271
Cauções e depósitos vinculados 6 56.956 45.371
Clientes 7 41.859 115.020
Depósitos judiciais 12 398.877 356.393
Ativos financeiros setoriais líquidos 8 431.846 -
Contas a receber vinculadas à concessão 9 3.792.476 3.075.795
Outros créditos 10 18.899 10.799
Imposto de renda e contribuição social 11.1 13.875 12.967
Imposto de renda e contribuição social diferidos 11.2 360.050 617.257
Outros tributos a recuperar 11.3 52.486 64.752
5.169.397 4.352.625
Investimentos - 1.374 4.012
Intangível 14 1.214.550 1.261.273
6.385.321 5.617.910
TOTAL DO ATIVO 9.023.699 7.760.564
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
4
Balanços Patrimoniais
levantados em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 (continuação)
em milhares de reais
PASSIVO NE nº 31.12.2014 31.12.2013
CIRCULANTE
Obrigações sociais e trabalhistas 15 160.423 155.337
Fornecedores 16 843.512 771.815
Obrigações fiscais 11.3 77.572 200.767
Empréstimos e financiamentos 17 405.235 173.482
Debêntures 18 20.088 16.972
Dividendos a pagar 24.3 124.791 -
Benefícios pós-emprego 19 26.548 21.043
Encargos do consumidor a recolher 20 16.442 11.074
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 21 129.293 107.744
Outras contas a pagar 22 104.702 86.983
1.908.606 1.545.217
NÃO CIRCULANTE
Fornecedores 16 3.376 27.934
Obrigações fiscais 11.3 63.952 50.354
Empréstimos e financiamentos 17 517.804 635.956
Debêntures 18 998.949 998.417
Benefícios pós-emprego 19 576.575 608.391
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 21 101.783 99.122
Provisões para litígios 23 523.079 428.488
2.785.518 2.848.662
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24
Atribuível aos acionistas da empresa controladora
Capital social 2.624.841 2.624.841
Afac - Adiantamento para futuro aumento de capital 603.000 -
Ajustes de avaliação patrimonial (108.279) (155.096)
Reserva legal 157.187 135.294
Reserva de retenção de lucros 1.052.826 761.646
4.329.575 3.366.685
TOTAL DO PASSIVO 9.023.699 7.760.564
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
5
Demonstrações de Resultados
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
OPERAÇÕES CONTINUADAS NE nº 31.12.2014 31.12.2013
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 25 8.347.036 5.961.575
Custos Operacionais 26 (7.260.708) (5.777.438)
LUCRO OPERACIONAL BRUTO 1.086.328 184.137
Outras Receitas (Despesas) Operacionais
Despesas com vendas 26 (81.089) (67.262)
Despesas gerais e administrativas 26 (249.364) (297.533)
Outras receitas (despesas), líquidas 26 (166.615) (162.564)
(497.068) (527.359)
LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS 589.260 (343.222)
Resultado Financeiro
Receitas financeiras 27 261.150 452.565
Despesas financeiras 27 (179.457) (223.627)
81.693 228.938
LUCRO OPERACIONAL 670.953 (114.284)
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Imposto de renda e contribuição social diferidos 11.4 (233.089) 35.775
(233.089) 35.775
LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 437.864 (78.509)
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
6
Demonstrações de Resultados Abrangentes
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
NE nº 31.12.2014 31.12.2013
LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 437.864 (78.509)
Outros resultados abrangentes
Itens que nunca serão reclassificados para o resultado
Ganhos (perdas) com passivos atuariais 24.2
benefícios pós-emprego 71.066 (134.792)
Tributos sobre outros resultados abrangentes 24.2 (24.163) 45.829
Itens que são ou talvez sejam reclassificados para o resultado
Perdas com ativos financeiros disponíveis para venda 24.2
aplicações financeiras (131) (1.865)
Tributos sobre outros resultados abrangentes 24.2 45 634
Total de outros resultados abrangentes, líquido de tributos 46.817 (90.194)
RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 484.681 (168.703)
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
7
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
Adiantamento
para futuro Ajustes de Reserva Lucros
Capital aumento de avaliação Reserva de retenção (prejuízos)
social de capital patrimonial legal de lucros acumulados Total
Saldo em 1º de janeiro de 2013 2.624.841 - (64.902) 135.294 840.155 - 3.535.388
Prejuízo do exercício - - - - - (78.509) (78.509)
Outros resultados abrangentes
Perdas com ativos financeiros, líquidas de tributos 24.2 - - (1.231) - - - (1.231)
Perdas atuariais, líquidas de tributos 24.2 - - (88.963) - - - (88.963)
Resultado abrangente total do excercício - - (90.194) - - (78.509) (168.703)
Destinação proposta à A.G.O.:
Absorção do prejuízo do exercício - - - (78.509) 78.509 -
Saldo em 31 de dezembro de 2013 2.624.841 - (155.096) 135.294 761.646 - 3.366.685
Lucro líquido do exercício - - - - - 437.864 437.864
Outros resultados abrangentes
Perdas com ativos financeiros, líquidas de tributos 24.2 - - (86) - - - (86)
Ganhos (perdas) atuariais, líquidos de tributos 24.2 - - 46.903 - - - 46.903
Resultado abrangente total do excercício - - 46.817 - - 437.864 484.681
Adiantamento para futuro aumento de capital - 603.000 - - - - 603.000
Destinação proposta à A.G.O.:
Reserva legal - - 21.893 - (21.893) -
Dividendos 24.3 - - - - (124.791) (124.791)
Reserva de retenção de lucros - - - 291.180 (291.180) -
Saldo em 31 de dezembro de 2014 2.624.841 603.000 (108.279) 157.187 1.052.826 - 4.329.575
Reservas de lucros
NE nº
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
8
Demonstrações dos Fluxos de Caixa
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
NE nº 31.12.2014 31.12.2013
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 437.864 (78.509)
Ajustes para a reconciliação do lucro líquido (prejuízo) do exercício
com a geração (utilização) de caixa das atividades operacionais:
Amortização 14.1 221.401 205.110
Variações monetárias e cambiais não realizadas - líquidas 136.977 (12.293)
Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais 25 (1.033.866) -
Imposto de renda e contribuição social diferidos 11.2.1 233.089 (35.775)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 26.5 49.988 39.698
Provisão para litígios 26.5 135.219 78.573
Provisão para benefícios pós-emprego 140.799 130.661
Provisão para pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 21.2 64.530 52.088
Baixas de contas a receber vinculadas à concessão 9 23.884 45.795
Resultado das baixas de intangível 14.1 10.241 14.086
Redução (aumento) dos ativos
Clientes (358.798) 66.110
Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 163.078
Depósitos judiciais (42.484) (79.852)
Outros créditos (130.037) (61.126)
Estoques (4.533) (11.871)
Imposto de renda e contribuição social 57.566 (66.526)
Outros tributos a recuperar 31.075 (9.563)
Despesas antecipadas 221 (14.827)
Aumento (redução) dos passivos
Obrigações sociais e trabalhistas 5.086 (87.791)
Fornecedores 47.139 104.846
Outras obrigações fiscais (109.597) 21.982
Encargos de empréstimos e financiamentos pagos 17.7 (58.498) (174.939)
Encargos de debêntures pagos 18.1 (112.685) (85.139)
Benefícios pós-emprego 19.4 (96.044) (97.807)
Encargos do consumidor a recolher 5.368 (38.188)
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 21.2 (56.417) (60.104)
Outras contas a pagar 17.719 19.460
Provisões para litígios 23.1 (40.628) (26.981)
CAIXA LÍQUIDO GERADO (UTILIZADO) PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (425.421) 196
(continua)
COPEL Copel Distribuição S.A.
9
Demonstrações dos Fluxos de Caixa
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 (continuação)
em milhares de reais
(continuação)
NE nº 31.12.2014 31.12.2013
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aplicações financeiras 41.890 168.478
Recebimento de empréstimos concedidos a partes relacionadas 468.317 -
Aquisições no intangível 14.1 (1.026.632) (977.078)
Participação financeira do consumidor 14.1 168.933 160.614
CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (347.492) (647.986)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Ingresso de empréstimos e financiamentos obtidos com terceiros 17.7 216.667 151.000
Recebimento de adiantamento para futuro aumento de capital 603.000 -
Amortização de principal de empréstimos e financiamentos 17.7 (133.382) (10.663)
Juros sobre o capital próprio pagos - (371.863)
CAIXA LÍQUIDO GERADO (UTILIZADO) PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 686.285 (231.526)
TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (86.628) (879.316)
Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 4 247.045 1.126.361
Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 4 160.417 247.045
VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (86.628) (879.316)
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
10
Demonstrações do Valor Adicionado
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 31.12.2014 31.12.2013
Receitas
Venda de energia e outros serviços 9.758.668 7.846.107
Receita de construção 991.356 898.606
Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais 1.033.866 -
Outras receitas 11.178 15.143
Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa (49.988) (39.698)
11.745.080 8.720.158
( - ) Insumos adquiridos de terceiros
Energia elétrica comprada para revenda 5.338.730 3.844.913
Encargos de uso da rede elétrica ( - ) ESS e EER 385.909 267.871
Material, insumos e serviços de terceiros 347.215 347.976
Custo de construção 825.176 752.944
Perda / Recuperação de valores ativos 41.894 82.174
Outros insumos 159.412 104.356
7.098.336 5.400.234
( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO 4.646.744 3.319.924
( - ) Amortização 221.401 205.110
( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 4.425.343 3.114.814
( + ) Valor adicionado transferido
Receitas financeiras 261.150 452.565
Outras receitas 88.484 76.199
349.634 528.764
4.774.977 3.643.578
(continua)
COPEL Copel Distribuição S.A.
11
Demonstrações do Valor Adicionado
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 (continuação)
em milhares de reais
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 31.12.2014 % 31.12.2013 %
Pessoal
Remunerações e honorários 464.106 514.334
Planos previdenciário e assistencial 140.799 130.661
Auxílio alimentação e educação 69.062 72.837
Encargos sociais - FGTS 32.798 36.415
Indenizações trabalhistas 4.253 27.673
Participação nos lucros e/ou resultados 63.629 58.134
Apropriação em ordens em curso (23.040) (21.988)
751.607 15,7 818.066 22,5
Governo
Federal 851.964 648.187
Estadual 2.486.081 1.986.954
Municipal 1.030 934
3.339.075 69,9 2.636.075 72,3
Terceiros
Juros e multas 234.271 251.918
Arrendamentos e aluguéis 12.160 15.868
Doações, subvenções e contribuições - 160
246.431 5,2 267.946 7,4
Acionistas
Dividendos 124.791 -
Lucros (prejuízos) retidos na empresa 313.073 (78.509)
437.864 9,2 (78.509) (2,2)
4.774.977 100,0 3.643.578 100,0
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras
COPEL Copel Distribuição S.A.
12
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
em milhares de reais
1 Contexto Operacional
A Copel Distribuição S.A. (Copel Distribuição ou Companhia), com sede na rua José Izidoro Biazetto, 158,
bloco C, Curitiba, Estado do Paraná, é uma sociedade anônima, de capital fechado, subsidiária integral da
Companhia Paranaense de Energia (Copel ou Controladora). Explora a distribuição e a comercialização
regulada de energia elétrica em 1.113 localidades, pertencentes a 394 municípios do Paraná e um em Santa
Catarina, Porto União. Os municípios de Guarapuava e Coronel Vivida são atendidos parcialmente.
2 Base de Preparação
2.1 Declaração de conformidade
As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas de acordo com Normas Internacionais de
Contabilidade (Internacional Financial Reporting Standards - IFRS), emitidas pelo Internacional Accounting
Standards Board - IASB e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), que
compreendem os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC.
A emissão das demonstrações financeiras da Companhia foi autorizada pela da Administração em
26.03.2015.
2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação
As demonstrações financeiras são apresentadas em real, que é a moeda funcional da Companhia. As
informações financeiras foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra
forma.
2.3 Base de mensuração
As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico com exceção dos seguintes
itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais:
os instrumentos financeiros não-derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado, são
mensurados pelo valor justo;
os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo valor justo; e
O valor do passivo assistencial líquido é reconhecido pela dedução do valor justo dos ativos do plano
do valor presente da obrigação atuarial calculada por atuário contratado.
COPEL Copel Distribuição S.A.
13
2.4 Uso de estimativas e julgamentos
Na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e
premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis da Companhia e os valores reportados dos ativos,
passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.
As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas
prospectivamente.
2.4.1 Julgamentos
As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos
significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras estão incluídas nas seguintes
notas explicativas:
NE nº 3.6 - Contas a receber vinculadas à concessão;
NE nº 3.9 - Intangível; e
NE nº 3.21 - Arrendamento operacional;
2.4.2 Incertezas sobre premissas e estimativas
As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuem um risco
significativo de resultar em um ajuste material no próximo exercício financeiro, estão incluídas nas seguintes
notas explicativas:
NEs nºs
3.2 e 28 - Instrumentos financeiros.
NE nº 3.4 - Clientes (PCLD);
NE nºs
3.5 e 8 - Ativos e passivos financeiros setoriais;
NEs nºs
3.8 e 11.2 - Imposto de renda e contribuição social diferidos;
NEs nºs
3.9 e 14 - Intangível;
NE nº 3.10 - Redução ao valor recuperável de ativos;
NEs nºs
3.12 e 19 - Benefícios pós-emprego;
NEs nºs
3.15 e 23 - Provisões para litígios e passivo contingente.
3 Principais Políticas Contábeis
3.1 Mudanças nas políticas contábeis
Durante o exercício de 2014, o CPC emitiu revisões de pronunciamentos as quais não produziram efeitos
nas principais políticas contábeis e nas demonstrações financeiras da Companhia.
3.2 Instrumentos financeiros
A Companhia mantém fundos de investimentos que operam com instrumentos financeiros derivativos, com
objetivo exclusivo de proteger a carteira desses fundos.
COPEL Copel Distribuição S.A.
14
Os instrumentos financeiros não derivativos são reconhecidos imediatamente na data de negociação, ou
seja, na concretização do surgimento da obrigação ou do direito. São inicialmente registrados pelo valor
justo acrescido ou deduzido de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis.
Os valores justos são apurados com base em cotação no mercado para instrumentos financeiros com
mercado ativo e, aos sem cotação disponível no mercado, os valores justos são apurados pelo método do
valor presente de fluxos de caixa esperados.
Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros não derivativos são mensurados
conforme descrito a seguir:
Ativos financeiros
3.2.1 Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Um instrumento financeiro é assim classificado se for designado como mantido para negociação no seu
reconhecimento inicial e se a Companhia gerencia esses investimentos e toma as decisões de compra e
venda com base em seu valor justo, de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco.
Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos, são
reconhecidos no resultado.
3.2.2 Empréstimos e recebíveis
Ativos não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em um mercado ativo,
reconhecidos pelo método do custo amortizado com base na taxa de juros efetiva.
3.2.3 Instrumentos financeiros disponíveis para venda
São instrumentos financeiros cujo reconhecimento inicial é efetuado com base no valor justo e sua variação,
proveniente da diferença entre a taxa de juros de mercado e a taxa de juros efetiva, é registrada diretamente
no patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários. A parcela dos juros definidos no início do contrato,
calculada com base no método de juros efetivos, assim como quaisquer mudanças na expectativa de fluxo
de caixa, é registrada no resultado do exercício. No momento da liquidação, as perdas ou os ganhos
acumulados no patrimônio líquido são reclassificados no resultado do exercício.
3.2.4 Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento
Os instrumentos financeiros são classificados nesta categoria se a Companhia tem intenção e capacidade
de mantê-los até o seu vencimento. São mensurados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de
juros efetiva, deduzido de eventuais reduções em seu valor recuperável.
COPEL Copel Distribuição S.A.
15
Passivos financeiros
3.2.5 Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado
São os passivos financeiros designados dessa forma no reconhecimento inicial e os classificados como
mantidos para negociação. São demonstrados ao valor justo e os respectivos ganhos ou perdas são
reconhecidos no resultado. Os ganhos ou as perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os juros
pagos pelo passivo financeiro.
3.2.6 Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros (incluindo empréstimos) são mensurados pelo valor de custo amortizado
utilizando o método de juros efetivos. Esse método também é utilizado para alocar a despesa de juros
desses passivos pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos
de caixa futuros estimados (inclusive honorários pagos ou recebidos que constituem parte integrante da taxa
de juros efetiva, custos da transação e outros prêmios ou descontos), ao longo da vida estimada do passivo
financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil
líquido.
3.2.7 Baixas de passivos financeiros
Os passivos financeiros somente são baixados quando as obrigações são extintas, canceladas ou
liquidadas. A diferença entre o valor contábil do passivo financeiro baixado e a contrapartida paga e a pagar
é reconhecida no resultado.
3.3 Caixa e equivalentes de caixa
Compreendem numerários em espécie, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de curto prazo
com alta liquidez, que possam ser resgatadas no prazo de 90 dias da data de contratação em caixa. Essas
aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data de
encerramento do exercício e com risco insignificante de mudança de valor.
3.4 Clientes
São considerados ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis.
Os saldos de parcelamento de débitos de clientes são trazidos a valor presente, considerando o montante a
ser descontado, as datas de realização, as datas de liquidação e a taxa de desconto.
O saldo de clientes é apresentado líquido da provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD,
reconhecida em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas na realização de
contas a receber de consumidores e de títulos a receber, cuja recuperação é considerada improvável.
A PCLD dos consumidores é constituída considerando os parâmetros recomendados pela Aneel, com base
nos valores a receber da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe comercial vencidos há
mais de 180 dias e das classes industrial, rural, poderes públicos, iluminação pública e serviços públicos
vencidos há mais de 360 dias, além da experiência em relação ao histórico das perdas efetivas.
COPEL Copel Distribuição S.A.
16
3.5 Ativos e passivos financeiros setoriais líquidos
As normas contábeis vigentes no Brasil até 2009 permitiam o reconhecimento das variações entre os valores
previstos nas tarifas e os valores efetivamente desembolsados pelas concessionárias de distribuição de
energia elétrica - denominados ativos e passivos regulatórios, sendo as variações positivas ou negativas
consideradas nas tarifas no próximo reajuste anual. A partir da adoção das IFRS, em 2010, estes ativos e
passivos deixaram de ser registrados nas demonstrações financeiras societárias das concessionárias de
distribuição, sendo assim totalmente apropriados no resultado.
Com o advento do termo aditivo ao contrato de concessão das concessionárias de distribuição, aprovado
pelo Despacho Aneel nº 4.621 de 25.11.2014, o qual prevê que, no caso de extinção da concessão por
qualquer motivo, os valores residuais de itens da Parcela A e outros componentes financeiros não
recuperados ou devolvidos via tarifa sejam incorporados no cálculo da indenização ou descontados dos
valores da indenização de ativos não amortizados, fica resguardado o direito ou a obrigação do
concessionário junto ao Poder Concedente quanto a esses ativos e passivos.
Por meio da Deliberação CVM nº 732, o CPC aprovou a Orientação Técnica OCPC 08 de 09.12.2014,
tornando obrigatório o reconhecimento de determinados ativos ou passivos financeiros setoriais nas
distribuidoras de energia elétrica a partir do exercício de 2014. Assim, a Copel Distribuição reconheceu os
correspondentes ativos e passivos financeiros setoriais em suas demonstrações financeiras societárias em
10.12.2014.
Considerando o previsto no OCPC 08, item 13, os efeitos do aditamento dos contratos de concessão e
permissão não caracterizam mudança de política contábil, mas sim de uma nova situação,
consequentemente, a sua aplicação foi prospectiva ao evento e o reconhecimento inicial adotado baseou-se
na composição dos valores dos ativos e passivos financeiros setoriais levantados até a data da assinatura
dos aditivos dos contratos de concessão, ocorrida em 10.12.2014. Portanto, o seu reconhecimento inicial foi
registrado como um componente da receita líquida.
3.6 Contas a receber vinculadas à concessão
Refere-se à indenização prevista no contrato de concessão de serviços públicos de distribuição de energia
elétrica e que, no entendimento da Administração, assegura o direito incondicional de receber caixa ao final
da concessão, a ser pago pelo Poder Concedente. Essa indenização tem como objetivo reembolsar a Copel
Distribuição pelos investimentos efetuados em infraestrutura e que não foram recuperados, por meio da
tarifa, até o vencimento da concessão, por possuírem vida útil superior ao prazo da concessão.
Esses ativos financeiros, por não possuírem fluxos de caixa fixos determináveis, uma vez que a premissa da
indenização terá como base o custo de reposição dos ativos da concessão, e por não possuírem as
características necessárias para serem classificados nas demais categorias de ativos financeiros, são
classificados como “disponíveis para venda”. Os fluxos de caixa atrelados a esses ativos são determinados
considerando o valor da base tarifária denominada Base de Remuneração Regulatória - BRR, definida pelo
Poder Concedente, cuja metodologia utilizada é o custo de reposição dos bens integrantes da infraestrutura
de distribuição vinculada à concessão. Essa base tarifária (BRR) é revisada a cada quatro anos
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considerando diversos fatores e tem como objetivo refletir a variação de preços dos ativos físicos, incluindo
as baixas, depreciações e adições dos bens integrantes desta infraestrutura (ativo físico).
A remuneração deste ativo financeiro é baseada no Custo Médio Ponderado de Capital - WACC regulatório
homologado pela Aneel no processo de revisão tarifária periódica a cada quatro anos e seu montante está
incluído na composição da receita de tarifa faturada aos consumidores e recebida mensalmente.
3.7 Estoque
Os materiais no almoxarifado classificados no ativo circulante estão registrados pelo custo médio de
aquisição. Os valores contabilizados não excedem seus valores de realização.
3.8 Tributos
As receitas de vendas e de serviços estão sujeitas à tributação pelo Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços - ICMS e Imposto sobre Serviços - ISS às alíquotas vigentes, assim como à
tributação pelo Programa de Integração Social - PIS e pela Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social - Cofins.
As receitas de ativos financeiros setoriais reconhecidas na demonstração do resultado conforme OCPC 08,
estão sendo tributadas no momento do faturamento ao consumidor final.
Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS e da Cofins são apresentados deduzindo os custos
operacionais na demonstração do resultado.
Os créditos decorrentes da não cumulatividade do ICMS, PIS e da Cofins relacionados às aquisições de
bens são apresentados deduzindo o custo de aquisição dos respectivos ativos.
As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não
circulante, de acordo com a previsão de sua realização.
A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social calculados com base nos
resultados tributáveis (lucro ajustado) de cada entidade tributável e às alíquotas aplicáveis segundo a
legislação vigente, sendo 15%, acrescido de 10% sobre o que exceder a R$ 240 anuais, para o imposto de
renda, e 9% para a contribuição social.
Para fins de apuração dos resultados tributáveis foi adotado o Regime Tributário de Transição - RTT,
conforme previsto na Lei 11.941/09, ou seja, considerou-se os critérios contábeis da Lei 6.404/76, antes das
alterações da Lei 11.638/07. A Companhia não optou em 2014 pela adoção inicial da Lei 12.973 de
13.05.2014.
O prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são compensáveis com lucros tributáveis futuros,
observado o limite de 30% do lucro tributável no período, não estando sujeitos a prazo prescricional.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças entre os ativos e
passivos reconhecidos para fins fiscais e os correspondentes valores reconhecidos nas demonstrações
financeiras.
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O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que
seja provável que existirá base tributável positiva, para a qual as diferenças temporárias possam ser
utilizadas e os prejuízos fiscais possam ser compensados.
Os ativos e passivos fiscais diferidos são divulgados por seu valor líquido caso haja um direito legal de
compensar passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a tributos lançados pela mesma
autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação.
3.9 Intangível
3.9.1 Contrato de concessão - distribuição de energia elétrica
Compreende o direito ao acesso e de exploração da infraestrutura, construída ou adquirida pelo operador ou
fornecida para ser utilizada pelo operador como parte do contrato de concessão do serviço público de
energia elétrica (direito de cobrar dos usuários do serviço público por ela prestado), em consonância com o
CPC 04 - Ativos Intangíveis, o ICPC 01 e o OCPC 05 - Contratos de Concessão.
O ativo intangível é determinado como sendo a parcela remanescente após a determinação do ativo
financeiro (valor residual), em virtude de sua recuperação estar condicionada à utilização do serviço público,
neste caso, do consumo de energia pelos consumidores, portanto, com risco de demanda.
É reconhecido pelo valor justo de aquisição e de construção, deduzido da amortização acumulada e das
perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável.
A amortização do intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do
ativo sejam consumidos pela Copel Distribuição, com expectativa de amortização durante o prazo da
concessão.
3.9.2 Ativos intangíveis adquiridos separadamente
Ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente, são registrados ao custo, deduzido da
amortização e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. A amortização é reconhecida
linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são
revisados no fim de cada exercício e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado
prospectivamente.
3.9.3 Baixa de ativos intangíveis
Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do
uso ou da alienação. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como
a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado
quando o ativo é baixado.
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3.10 Redução ao valor recuperável de ativos
Os ativos são avaliados anualmente para identificar evidências de perdas não recuperáveis ou, ainda,
sempre que eventos ou alterações significativas nas circunstâncias indiquem que o valor contábil pode não
ser recuperável. Quando houver perda, decorrente das situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse
seu valor recuperável, definido pelo maior valor entre o valor em uso do ativo e o valor de preço líquido de
venda do ativo, esta é reconhecida no resultado do exercício.
3.11 Dividendos
Conforme as disposições legais e estatutárias vigentes, a base de cálculo dos dividendos mínimos
obrigatórios é obtida a partir do lucro líquido, diminuído da quota destinada à reserva legal.
A distribuição de dividendos mínimos obrigatórios é reconhecida como um passivo nas demonstrações
financeiras da Companhia ao final do exercício.
3.12 Benefícios pós-emprego
A Companhia patrocina planos de benefícios a empregados. Os valores destes compromissos atuariais
(contribuições, custos, passivos e/ou ativos) são calculados anualmente por atuário independente, com data
base que coincide com o encerramento do exercício.
A adoção do método da unidade de crédito projetada agrega cada ano de serviço como fato gerador de uma
unidade adicional de benefício, somando-se até o cálculo da obrigação final.
Os ativos do plano de benefícios são avaliados pelos valores de mercado (marcação a mercado).
São utilizadas outras premissas atuariais que levam em conta tabelas biométricas e econômicas, além de
dados históricos dos planos de benefícios, obtidos da Fundação Copel de Previdência e Assistência,
entidade que administra estes planos.
Ganhos ou perdas atuariais, motivados por alterações de premissas e/ou ajustes atuariais, são reconhecidos
em outros resultados abrangentes.
3.13 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D e Programa de Eficiência Energética - PEE
As concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição, geração e transmissão de energia
elétrica estão obrigadas a destinar anualmente o percentual de 1% de sua receita operacional líquida em
pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e em programas de eficiência energética, conforme Lei nº
9.991/00 e Resoluções Normativas Aneel nº 504/12 e 556/13.
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3.14 Provisão de custos socioambientais ou obrigações socioambientais
É registrada à medida que a Companhia assume obrigações formais com reguladores ou tenha
conhecimento de potencial risco relacionado às questões socioambientais, cujos desembolsos de caixa
sejam considerados prováveis e seus valores possam ser estimados. Durante a fase de implantação do
empreendimento, os valores provisionados são registrados em contrapartida ao ativo imobilizado ou
intangível em curso. Após a entrada em operação comercial do empreendimento, todos os custos ou
despesas incorridos com programas socioambientais relacionados com as licenças de operação e
manutenção do empreendimento são registrados diretamente no resultado do exercício.
3.15 Provisões
As provisões são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou constituída) resultantes de eventos
passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja mais provável
que sim do que não ocorrer.
As estimativas de desfechos e de efeitos financeiros são determinadas pelo julgamento da Administração da
Companhia, complementados pela experiência de transações semelhantes e, em alguns casos, por
relatórios de peritos independentes.
Quando alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão são
esperados que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso for
virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável.
3.16 Ajustes de avaliação patrimonial
Nessa conta são registrados os ajustes decorrentes das variações de valor justo envolvendo os ativos
financeiros disponíveis para venda, bem como os ajustes dos passivos atuariais.
3.17 Reserva legal e reserva de retenção de lucros
A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer destinação,
limitada a 20% do capital social.
A reserva de retenção de lucros visa à cobertura do programa de investimento da Companhia, conforme o
artigo 196 da Lei nº 6.404/1976. Sua constituição ocorre mediante retenção do remanescente do lucro
líquido do exercício, após a reserva legal, os juros sobre o capital próprio e os dividendos.
3.18 Apuração do resultado
As receitas, custos e despesas são reconhecidas pelo regime de competência, ou seja, quando os produtos
são entregues e os serviços efetivamente prestados, independentemente de recebimento ou pagamento.
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3.19 Reconhecimento da receita
As receitas operacionais são reconhecidas quando: (i) o valor da receita é mensurável de forma confiável; (ii)
os custos incorridos ou que serão incorridos em respeito à transação podem ser mensurados de maneira
confiável; (iii) é provável que os benefícios econômicos sejam recebidos pela Companhia; e (iv) os riscos e
benefícios tenham sido integralmente transferidos ao comprador.
A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de descontos e/ou
bonificações concedidos e encargos sobre vendas.
3.19.1 Receita não faturada
Corresponde ao reconhecimento da receita de fornecimento e suprimento de energia elétrica e de encargos
de uso da rede elétrica, não faturada ao consumidor, calculada em base estimada referente ao período da
última medição efetuada até o último dia do mês.
3.19.2 Receita de juros
A receita de juros é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir
para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é
reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do principal
em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros
estimados durante a vida estimada do ativo financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial desse ativo.
3.20 Receita de construção e custo de construção
A Companhia contabiliza receitas de construção relativas a serviços de construção da infraestrutura utilizada
na prestação de serviços de distribuição e transmissão de energia elétrica conforme estágio de execução.
Os respectivos custos são reconhecidos, quando incorridos, na demonstração do resultado do exercício
como custo de construção.
Considerando que a Copel Distribuição terceiriza a construção de infraestrutura de distribuição com partes
não relacionadas e o grande volume de obras é realizado em curto prazo de tempo, e por não ser uma
atividade fim, a margem de construção para a atividade de distribuição resulta em valores não significativos.
3.21 Arrendamentos
Os arrendamentos são classificados como financeiros sempre que os termos do contrato de arrendamento
transferirem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do bem para o arrendatário. Os
outros arrendamentos que não se enquadram nas características acima são classificados como
operacionais.
3.22 Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza gerada pelas empresas, assim como sua
distribuição durante determinado período. É apresentada, conforme requerido pela legislação societária
brasileira, como parte de suas demonstrações financeiras individuais e como informação suplementar às
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demonstrações financeiras, pois não é uma demonstração prevista e nem obrigatória conforme as IFRS.
3.23 Novas normas, alterações e interpretações que ainda não estão em vigor
Uma série de novas normas, alterações e interpretações serão efetivas para exercícios iniciados após
1º.01.2015 e não foram adotadas na preparação destas demonstrações financeiras.
Aquelas que podem ser relevantes para a Companhia estão mencionadas a seguir. A Companhia não
planeja adotar estas normas de forma antecipada.
IFRS 9 - Instrumentos financeiros
Inclui orientação revista sobre a classificação e mensuração de instrumentos financeiros, incluindo um novo
modelo de perda esperada de crédito para o cálculo da redução ao valor recuperável de ativos financeiros e
novos requisitos sobre a contabilização de hedge. A norma mantém as orientações existentes sobre o
reconhecimento e desreconhecimento de instrumentos financeiros da IAS 39.
A IFRS 9 é efetiva para exercícios iniciados em ou após 1º.01.2018, com adoção antecipada permitida.
IFRS 15 - Receita de contratos com clientes
Exige uma entidade a reconhecer o montante da receita refletindo a contraprestação que elas esperam
receber em troca do controle desses bens ou serviços. A nova norma vai substituir a maior parte da
orientação detalhada sobre o reconhecimento da receita que existe atualmente em IFRS quando a nova
norma for adotada. A nova norma é aplicável a partir de ou após 1º.01.2017, com adoção antecipada
permitida pela IFRS. A norma poderá ser adotada de forma retrospectiva, utilizando uma abordagem de
efeitos cumulativos. A Companhia está avaliando os efeitos que a IFRS 15 vai ter nas demonstrações
financeiras e nas suas divulgações e ainda não escolheu o método de transição para a nova norma nem
determinou os efeitos da nova norma nos relatórios financeiros atuais.
4 Caixa e Equivalentes de Caixa
31.12.2014 31.12.2013
Caixa e bancos conta movimento 106.451 117.362
Aplicações financeiras de liquidez imediata 53.966 129.683
160.417 247.045
As aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósitos Bancários - CDBs e a operações
compromissadas, que se caracterizam pela venda de título com o compromisso, por parte do vendedor
(Banco), de recomprá-lo, e do comprador, de revendê-lo no futuro. As aplicações são remuneradas, em
média, à taxa da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.
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5 Títulos e Valores Mobiliários
Nível
Categoria NE 28.1 Indexador 31.12.2014 31.12.2013
Títulos disponíveis para venda
Letras Financeiras do Tesouro - LFT 1 Selic 2.073 54.271
Cotas de fundos de investimentos 1 CDI 3 -
Certif icados de Depósitos Bancários - CDB 2 CDI - 375
Letras do Tesouro Nacional - LTN 1 Pré-Fixada - 2
2.076 54.648
Circulante 3 377
Não circulante 2.073 54.271
A Companhia possui títulos e valores mobiliários que rendem taxas de juros variáveis. O prazo desses títulos
varia de 1 a 60 meses a partir do final do período de relatório. Nenhum desses ativos está vencido nem
apresenta problemas de recuperação ou redução ao valor recuperável no encerramento do exercício.
Entre os principais valores aplicados, estão fundos exclusivos e garantias:
31.12.2014 31.12.2013
Fundos exclusivos
Banco do Brasil 3 3
3 3
Garantias
Leilões da Aneel 2.073 374
Contratos de Comercialização de Energia (Garantia CCEE ) - 54.271
2.073 54.645
6 Cauções e Depósitos Vinculados
31.12.2014 31.12.2013
Caução STN (6.1) 56.956 45.371
Outros 38 1.072
56.994 46.443
Circulante 38 1.072
Não circulante 56.956 45.371
6.1 Caução - Secretaria do Tesouro Nacional - STN
Constituição de garantias, sob a forma de caução em dinheiro, destinadas a amortizar os valores de principal
correspondentes aos Par Bond e Discount Bond, quando da exigência de tais pagamentos, em 11.04.2024
(NE nº 17.1). Os valores são atualizados mediante aplicação da média ponderada das variações percentuais
dos preços do Bônus de Zero Cupom do Tesouro dos Estados Unidos da América, pela participação de cada
série do instrumento na composição da carteira de garantias de principal, constituídas no contexto do Plano
Brasileiro de Financiamento - 1992.
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7 Clientes
Saldos Vencidos Vencidos há Saldo Saldo
vincendos até 90 dias mais de 90 dias 31.12.2014 31.12.2013
Consumidores
Residencial 188.300 109.802 45.809 343.911 262.180
Industrial 110.776 28.139 17.821 156.736 120.751
Comercial 148.096 34.624 20.230 202.950 152.458
Rural 28.049 9.717 2.216 39.982 35.054
Poder público 26.214 19.382 10.911 56.507 68.962
Iluminação pública 20.581 113 126 20.820 16.379
Serviço público 21.042 466 439 21.947 29.528
Receita de fornecimento não faturada 414.994 - - 414.994 274.234
Parcelamento de débitos 116.463 5.916 25.486 147.865 98.221
Subsídio baixa renda - Eletrobras 13.368 - - 13.368 25.415
Governo do Paraná - luz fraterna (NE nº 13.1) 2.680 - - 2.680 78.987
Outros créditos 43.207 10.467 48.813 102.487 58.176
1.133.770 218.626 171.851 1.524.247 1.220.345
Concessionárias e permissionárias
Suprimento de energia elétrica
Contratos bilaterais 9.845 - 25 9.870 8.653
CCEE 24.619 - 14 24.633 14
34.464 - 39 34.503 8.667
Encargos de uso da rede elétrica
Rede elétrica 16.980 - 2.357 19.337 17.962
Rede básica e de conexão - - 3 3 3
16.980 - 2.360 19.340 17.965 .
PCLD (7.1) - - (148.439) (148.439) (126.254)
1.185.214 218.626 25.811 1.429.651 1.120.723
Circulante 1.143.355 218.626 25.811 1.387.792 1.005.703
Não circulante 41.859 - - 41.859 115.020
7.1 Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Saldo em Adições / Saldo em Adições / Saldo em
1º.01.2013 (reversões) Perdas 31.12.2013 (reversões) Perdas 31.12.2014
Consumidores, concessionárias
e permissionárias
Residencial 39.229 19.196 (12.248) 46.177 25.323 (11.983) 59.517
Industrial 28.572 9.739 (4.713) 33.598 14.762 (10.045) 38.315
Comercial 24.012 5.285 (2.532) 26.765 18.400 (5.327) 39.838
Rural 5.526 1.621 (740) 6.407 (4.798) (336) 1.273
Poder público 9.316 3.727 - 13.043 (3.888) - 9.155
Iluminação pública 129 (48) - 81 - - 81
Serviço público 113 70 - 183 71 6 260
106.897 39.590 (20.233) 126.254 49.870 (27.685) 148.439
COPEL Copel Distribuição S.A.
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8 Ativos Financeiros Setoriais Líquidos
Conforme mencionado na NE nº 3.5, a Copel Distribuição aplicou o OCPC 08 a partir do exercício findo em
31.12.2014, registrando um ativo financeiro setorial em contrapartida à receita operacional líquida. A
possibilidade desse registro se concretizou quando da assinatura do 4º Termo Aditivo ao Contrato de
Concessão 046/99, em 10.12.2014. A composição e a movimentação dos ativos financeiros setoriais estão
demonstradas a seguir.
8.1 Mutação dos ativos financeiros setoriais líquidos
Reconhecimento inicial Saldo em
em 10.12.2014 Diferimento Amortização Atualização 31.12.2014
Ativo
Conta de Consumo de Combustíveis - CCC 4.757 - (503) - 4.254
Encargos de uso do sistema de transmissão - rede básica 89.226 8.932 (1.692) 386 96.852
Energia elétrica comprada para revenda - Itaipu (94.232) (13.789) (292) (388) (108.701)
Encargos de Serviços do Sistema - ESS (370.572) (8.182) 9.663 (1.674) (370.765)
Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 16.304 635 (137) 90 16.892
Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia - Proinfa 5.148 - (544) - 4.604
Energia elétrica comprada para revenda - CVA Energ 601.099 18.976 (19.175) 2.574 603.474
Transporte de energia comprada de Itaipu 1.867 201 (20) 9 2.057
Outros componentes f inanceiros 751.342 43.143 (8.289) 6.281 792.477
1.004.939 49.916 (20.989) 7.278 1.041.144
Circulante 609.298
Não Circulante 431.846
8.2 Composição dos saldos de ativos financeiros setoriais líquidos por ciclo tarifário
31.12.2014 31.12.2014
Ativos financeiros setoriais - Reajuste tarifário 2014
CCC 4.254 -
Rede básica 14.304 -
Energia elétrica comprada para revenda - Itaipu 2.469 -
ESS (81.703) -
CDE 1.160 -
Proinfa 4.604 -
CVA Energ 162.114 -
Transporte de energia comprada de Itaipu 165 -
Outros componentes f inanceiros 70.085 -
177.452 -
Ativos financeiros setoriais - Reajuste tarifário 2015
Rede básica 41.274 41.274
Energia elétrica comprada para revenda - Itaipu (55.585) (55.585)
ESS (144.531) (144.531)
CDE 7.866 7.866
CVA Energ 220.680 220.680
Transporte de energia comprada de Itaipu 946 946
Outros componentes f inanceiros
Diferimento IRT 2013 140.337 140.337
Diferimento IRT 2014 (constituição) 159.364 159.364
Outros componentes f inanceiros 61.495 61.495
431.846 431.846
609.298 431.846
Ativo circulante Ativo não circulante
COPEL Copel Distribuição S.A.
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8.3 Reajuste Tarifário da Copel Distribuição
Em 24.06.2014 a Aneel homologou o Reajuste Tarifário Anual da Copel Distribuição pela Resolução
Homologatória 1.740, em que autoriza a aplicação de 35,05% no reajuste das tarifas. Este reajuste não inclui
a parcela correspondente ao diferimento parcial do reajuste tarifário 2013, solicitado pela Copel Distribuição
e aprovado pela Aneel naquele ano, no montante atualizado de R$ 275.910 em junho de 2014. Caso este
valor fosse considerado, o percentual de reajuste em 2014 chegaria a 39,71%.
A Copel Distribuição solicitou junto à Aneel o efeito suspensivo do reajuste tarifário 2014, com a perspectiva
de diferimento na aplicação do índice de reajuste tarifário autorizado de 35,05%. Atendendo à solicitação da
Companhia, em 22.07.2014 pela Resolução Homologatória 1.763, a Aneel aprovou o diferimento parcial do
reajuste tarifário de 2014, equivalente ao valor de R$ 622.427.
Em 31.12.2014, os valores dos diferimentos acumulados e corrigidos pelo IGP-M somam o montante de R$
776.854 composto pelo diferimento IRT 2013 no valor de R$ 280.674, diferimento IRT 2014 (constituição) no
valor de R$ 318.728 e o saldo remanescente dos Ativos Financeiros Setoriais - Reajuste Tarifário 2014 no
valor de R$ 177.452.
Considerando a aprovação do diferimento de 2014 e a prorrogação do diferimento de 2013, a serem
incluídos nos processos de reajuste tarifário subsequentes, a aplicação do reajuste médio foi de 24,86%,
retroativo a 24.06.2014.
9 Contas a Receber Vinculadas à Concessão
Com base nas características estabelecidas no contrato de concessão de distribuição de energia elétrica da
Companhia, a Administração entende que estão atendidas as condições para a aplicação da Interpretação
Técnica ICPC 01/IFRIC 12 e SIC 29 - Contratos de Concessão, a qual fornece orientações sobre a
contabilização de concessões de serviços públicos a operadores privados, de forma a refletir o negócio de
distribuição elétrica, abrangendo: a) Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou
depreciados até o final da concessão, classificada como ativo financeiro, por ser direito incondicional de
receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do Poder Concedente; e (b) Parcela remanescente à
determinação do ativo financeiro (valor residual) classificada como um ativo intangível em virtude de sua
recuperação estar condicionada à utilização do serviço público, nesse caso, do consumo de energia pelos
consumidores (NE nº 3.6 Principais Políticas Contábeis - Contas a receber vinculadas à concessão e NE
nº14 Intangível).
COPEL Copel Distribuição S.A.
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Obrigações
Ativo especiais
Saldos não circulante não circulante Total
Em 1º.01.2013 4.295.035 (1.911.773) 2.383.262
Capitalizações do intangível em curso 712.947 (82.878) 630.069
Variação monetária 210.310 (102.051) 108.259
Baixas (28.233) 3.235 (24.998)
Baixas - Resolução nº 367/2009 (20.797) - (20.797)
Em 31.12.2013 5.169.262 (2.093.467) 3.075.795
Capitalizações do intangível em curso 783.405 (119.829) 663.576
Variação monetária 148.864 (71.875) 76.989
Baixas (40.050) 16.166 (23.884)
Em 31.12.2014 6.061.481 (2.269.005) 3.792.476
A Administração realizou avaliação dos ativos passíveis de indenização, aplicando a metodologia do valor
novo de reposição e concluiu que a sua expectativa de indenização suporta os montantes registrados em
31.12.2014.
10 Outros Créditos
31.12.2014 31.12.2013
Repasse CDE (NE nº 10.1) 210.808 51.067
Serviços em curso (a) 51.089 66.985
Adiantamento para indenizações imobiliárias 14.705 11.253
Adiantamento a empregados 13.833 16.961
Adiantamento a fornecedores (b) 11.640 12.397
Desativações em curso 5.730 8.870
Outros créditos 13.876 24.229
321.681 191.762
Circulante 302.782 180.963
Não circulante 18.899 10.799
tivo passivo registrado para este f im, conforme legislação regulatória.
(b) Referem-se a adiantamentos previstos em cláusulas contratuais.
(a) Referem-se, em sua maioria, aos programas de P&D e PEE, os quais, após seu término, são compensados com o respec-
10.1 Repasse CDE
O saldo apresentado em 31.12.2014 de R$ 210.808 refere-se a recursos da CDE a serem repassados pela
Eletrobrás para cobrir os descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de
distribuição, de acordo com a Resolução Homologatória nº 1.586 de 13.08.2013. A Aneel homologou o valor
mensal de R$ 28.697 (Resolução nº 1.763/2014) a ser repassado à Copel Distribuição, em recursos da CDE,
no período de junho/2014 à maio/2015, sendo R$ 26.712 para custear descontos incidentes sobre as tarifas
conforme estabelecido no Decreto nº 7.891 de 23.01.2013 e R$ 1.985 referente à diferença entre os valores
previstos e os realizados no período de fevereiro/2013 a maio/2014. A Companhia recebeu as parcelas
referentes até a competência de maio/2014 em 31.12.2014, recebendo duas parcelas (junho e julho de
2014) em janeiro de 2015, tendo a expectativa de receber as demais assim que a CDE tiver seu fundo
recomposto pelas quotas de 2015.
COPEL Copel Distribuição S.A.
28
Do saldo apresentado em 31.12.2013, R$ 21.042 se refere a recursos da CDE para cobrir os descontos
incidentes sobre as tarifas aplicáveis ao serviço público de distribuição, conforme Resolução Homologatória
nº 1.586 de 13.08.2013, e R$ 30.025 se refere a recursos da CDE para compensação de custos adicionais
de energia previstos no Decreto nº 7.945 de 07.03.2013, com finalidade de neutralizar a exposição das
concessionárias de distribuição no mercado de curto prazo, bem como do risco hidrológico verificado no
período e que levou ao despacho de usinas termoelétricas acionadas em razão de segurança energética,
sendo ambos valores repassados em 2014.
11 Tributos
11.1 Imposto de renda e contribuição social
31.12.2014 31.12.2013
Ativo circulante
IR e CSLL a compensar 18.814 77.288
18.814 77.288
Ativo não circulante
IR e CSLL a recuperar 13.875 12.967
13.875 12.967
11.2 Imposto de renda e contribuição social diferidos
11.2.1 Mutação do imposto de renda e contribuição social diferidos
.
Reconhecidos Reconhecidos Reconhecidos Reconhecidos
Saldo em no resultado no patrimônio Saldo em no resultado no patrimônio Saldo em
1º.01.2013 do exercício líquido Outros 31.12.2013 do exercício líquido 31.12.2014
Ativo não circulante
Provisões para litígios 127.606 17.541 - - 145.147 32.161 - 177.308
Planos previdenciário e assistencial 122.733 11.378 - - 134.111 14.938 - 149.049
Provisão para compra de energia 88.352 8.172 - - 96.524 57.760 - 154.284
Provisão para P&D e PEE 38.374 15.659 - - 54.033 21.566 - 75.599
Efeitos CPC 33 - benefícios a empregados 34.068 - 45.829 - 79.897 (24.163) 55.734
PCLD 37.043 6.591 - - 43.634 7.223 - 50.857
Efeitos ICPC 01 - contratos de concessão 29.559 (20.714) - - 8.845 (8.845) - -
Provisão para participação nos lucros 7.272 12.493 - - 19.765 1.868 - 21.633
INSS - liminar sobre depósito judicial - 4.982 - 12.139 17.121 4.623 - 21.744
Prejuízo f iscal e base de cálculo negativa - 8.799 - - 8.799 9.028 - 17.827
Provisão para perdas tributárias 11.279 - - - 11.279 - - 11.279
PSDV 32.431 (32.324) - - 107 (83) - 24
Outros 4.650 (411) - - 4.239 (511) - 3.728
533.367 32.166 45.829 12.139 623.501 139.728 (24.163) 739.066
(-) Passivo não circulante
Ativos f inanceiros setoriais - - - - - 353.989 - 353.989
Efeitos ICPC 01 - contratos de concessão - - - - - 19.113 - 19.113
Efeitos CPC 38 - instrumentos f inanceiros 7.028 (3.609) (634) - 2.785 (285) (45) 2.455
Capitalização de encargos f inanceiros 3.459 - - - 3.459 - - 3.459
10.487 (3.609) (634) - 6.244 372.817 (45) 379.016
Líquido 522.880 35.775 46.463 12.139 617.257 (233.089) (24.118) 360.050
COPEL Copel Distribuição S.A.
29
11.3 Outros tributos a recuperar e a recolher
31.12.2014 31.12.2013
Ativo circulante
ICMS a recuperar 41.611 28.992
PIS/Pasep e Cofins a compensar 63.774 52.462
PIS/Pasep e Cofins a compensar com o passivo (63.810) (32.912)
Outros tributos a compensar 67 67
41.642 48.609
Ativo não circulante
ICMS a recuperar 19.300 64.253
PIS/Pasep e Cofins - 488
Outros tributos a compensar 33.186 11
52.486 64.752
Passivo circulante
ICMS a recolher 73.972 173.343
PIS/Pasep e Cofins a recolher 64.087 32.912
PIS/Pasep e Cofins a compensar com o ativo (63.810) (32.912)
Outros tributos 3.323 27.424
77.572 200.767
Passivo não circulante
INSS a recolher - liminar sobre depósito judicial 63.952 50.354
63.952 50.354
11.4 Conciliação da provisão para imposto de renda e contribuição social
31.12.2014 31.12.2013
Lucro antes do IRPJ e CSLL 670.953 (114.284)
IRPJ e CSLL (34%) (228.124) 38.857
Efeitos fiscais sobre:
Despesas indedutíveis (4.965) (3.028)
Incentivos fiscais - (54)
IRPJ e CSLL diferidos (233.089) 35.775
Alíquota efetiva - % 34,7% 31,3%
12 Depósitos Judiciais
31.12.2014 31.12.2013
Fiscais 139.753 125.391
Trabalhistas 119.273 101.962 .
Cíveis
Fornecedores 95.558 95.558
Cíveis 36.222 26.645
Servidões de passagem 1.974 1.735
Consumidores 3.031 2.036
136.785 125.974 .
Outros 3.066 3.066
398.877 356.393
COPEL Copel Distribuição S.A.
30
13 Créditos com Partes Relacionadas
13.1 Créditos CRC Governo do Estado do Paraná
Em 31.12.2013, o saldo da Conta de Resultados a Compensar - CRC, no valor de R$ 1.380.554, foi
transferido da Copel Distribuição para a Copel, conforme anuência da Aneel, através do Despacho nº 4.222
de 11.12.2013, com quitação de dívida por mútuo existente, no valor de R$ 912.237. O saldo remanescente,
no valor de R$ 468.317, foi pago em 3 parcelas consecutivas até 12.05.2014.
13.2 Crédito referente Luz Fraterna
A Diretoria da Copel, através da 2065ª Redir de 10.09.2013, aprovou a transferência da dívida do Governo
do Estado do Paraná relativa ao Programa Luz Fraterna, da Copel Distribuição para a Copel, bem como a
alteração dos procedimentos para que futuras dívidas deste programa de governo sejam assumidas pela
Copel.
14 Intangível
Contrato de Amortização Contrato de Amortização
concessão acumulada (a) 31.12.2014 concessão acumulada (a) 31.12.2013
Em serviço 3.593.663 (3.454.194) 139.469 3.664.119 (3.269.508) 394.611
(-) Obrigações especiais (14.2) (327.071) 302.734 (24.337) (326.007) 256.417 (69.590)
3.266.592 (3.151.460) 115.132 3.338.112 (3.013.091) 325.021
Em curso 1.299.068 - 1.299.068 1.091.217 - 1.091.217
(-) Obrigações especiais (14.2) (199.650) - (199.650) (154.965) - (154.965)
1.099.418 - 1.099.418 936.252 - 936.252
4.366.010 (3.151.460) 1.214.550 4.274.364 (3.013.091) 1.261.273
(a) Amortização pelo período de concessão
COPEL Copel Distribuição S.A.
31
14.1 Mutação do intangível
em em em em
Saldos serviço curso serviço curso Total
Em 1º.01.2013 600.112 898.361 (108.976) (83.748) 1.305.749
Aquisições - 977.078 - - 977.078
Participação financeira do consumidor - - - (160.614) (160.614)
Capitalizações para contas a receber vinculadas
à concessão - (712.947) - 82.878 (630.069)
Capitalizações para intangível em serviço 61.520 (61.520) (6.519) 6.519 -
Quotas de amortização - concessão (248.273) - 43.163 - (205.110)
Quotas de amortização - créditos Pis/Pasep e Cofins (14.135) - 2.460 - (11.675)
Baixas (4.508) (9.755) 282 - (13.981)
Baixas - Resolução nº 367/2009 (105) - - - (105)
Em 31.12.2013 394.611 1.091.217 (69.590) (154.965) 1.261.273
Aquisições - 1.026.632 - - 1.026.632
Participação financeira do consumidor - - - (168.933) (168.933)
Transferências de bens destinados a uso futuro - 2.638 - - 2.638
Capitalizações para contas a receber vinculadas à
concessão - (783.405) - 119.829 (663.576)
Capitalizações para intangível em serviço 30.979 (30.979) (4.419) 4.419 -
Quotas de amortização - concessão (268.210) - 46.809 - (221.401)
Quotas de amortização - créditos Pis/Pasep e Cofins (14.342) - 2.500 - (11.842)
Baixas (3.569) (7.035) 363 - (10.241)
Em 31.12.2014 139.469 1.299.068 (24.337) (199.650) 1.214.550
Contrato de Concessão
obrigações especiais
14.2 Obrigações especiais
As obrigações especiais representam os recursos relativos à participação financeira do consumidor, das
dotações orçamentárias da União, verbas federais, estaduais e municipais e de créditos especiais
destinados aos investimentos aplicados nos empreendimentos vinculados à concessão.
As obrigações especiais não são passivos onerosos e não são créditos do acionista.
O prazo esperado para liquidação dessas obrigações era a data de término da concessão. Com a Resolução
Normativa Aneel nº 234/06, alterada pela Resolução Normativa Aneel nº 338/08, que estabelece os
conceitos gerais, as metodologias aplicáveis e os procedimentos iniciais, para realização do segundo ciclo
de revisão tarifária periódica das concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica, a
característica dessas obrigações sofreu modificação. Tanto o saldo quanto as novas adições passaram a ser
amortizados contabilmente a partir de 1º.07.2008, conforme Despacho Aneel nº 3.073/06 e Ofício Circular nº
1.314/07. A amortização é calculada utilizando a mesma taxa média da atividade de distribuição.
De acordo com a regulamentação da Aneel, as obrigações especiais devem ser registradas no balanço
como um redutor do total do ativo intangível e financeiro. O saldo de obrigações especiais que consta no
intangível será amortizado durante o prazo da concessão.
COPEL Copel Distribuição S.A.
32
15 Obrigações Sociais e Trabalhistas
31.12.2014 31.12.2013
Obrigações Sociais
Impostos e contribuições sociais 21.902 24.028
Encargos sociais sobre férias e 13º salário 19.524 19.042
41.426 43.070
Obrigações trabalhistas
Folha de pagamento, líquida 1.128 1.245
Férias 53.468 52.529
Participação nos lucros e/ou resultados 64.314 58.134
Desligamentos voluntários 72 315
Consignações a favor de terceiros 15 44
118.997 112.267
160.423 155.337
16 Fornecedores
31.12.2014 31.12.2013
Energia elétrica 643.974 601.817
Materiais e serviços 141.279 145.632
Encargos de uso da rede elétrica 61.635 52.300
846.888 799.749
Circulante 843.512 771.815
Não circulante 3.376 27.934
COPEL Copel Distribuição S.A.
33
16.1 Principais contratos de compra de energia
Contratos de compra de energia firmados em ambiente regulado, apresentados pelo valor original e
reajustados anualmente pelo IPCA:
C
. Período de Energia comprada Data Preço médio de
suprimento (MWmédio anual) do leilão compra (R$/MWh)
Leilão de energia existente
1º Leilão - Produto 2007 2007 a 2014 37,49 07.12.2004 75,46
2º Leilão - Produto 2008 2008 a 2015 52,05 02.04.2005 83,13
4º Leilão - Produto 2009 2009 a 2016 45,01 11.10.2005 94,91
5º Leilão - Produto 2007 2007 a 2014 49,52 14.12.2006 104,74
8º Leilão - Produto 2010 Q5 2010 a 2014 0,01 30.11.2009 99,14
8º Leilão - Produto 2010 D5 2010 a 2014 0,01 30.11.2009 80,00
10º Leilão - Produto 2012 Q3 2012 a 2014 15,60 30.11.2011 79,99
12º Leilão - Produto 2014 12M 01/01/2014 até 31/12/2014 328,91 17.12.2013 191,41
12º Leilão - Produto 2014 18M 01/01/2014 até 30/06/2015 19,49 17.12.2013 165,20
12º Leilão - Produto 2014 36M 01/01/2014 até 31/12/2016 162,86 17.12.2013 149,99
13º Leilão - Produto 2014-DIS 01/05/2014 até 31/12/2019 73,18 30.04.2014 262,00
13º Leilão - Produto 2014-QTD 01/05/2014 até 31/12/2019 187,22 30.04.2014 271,00
971,35
Leilão de energia nova
1º Leilão - Produto 2008 Hidro 2008 a 2037 3,61 16.12.2005 106,95
1º Leilão - Produto 2008 Termo 2008 a 2022 25,10 16.12.2005 132,26
1º Leilão - Produto 2009 Hidro 2009 a 2038 3,54 16.12.2005 114,28
1º Leilão - Produto 2009 Termo 2009 a 2023 40,88 16.12.2005 129,26
1º Leilão - Produto 2010 Hidro 2010 a 2039 69,87 16.12.2005 115,04
1º Leilão - Produto 2010 Termo 2010 a 2024 65,01 16.12.2005 121,81
3º Leilão - Produto 2011 Hidro 2011 a 2040 57,66 10.10.2006 120,86
3º Leilão - Produto 2011 Termo 2011 a 2025 54,22 10.10.2006 137,44
4º Leilão - Produto 2010 Termo 2010 a 2024 15,44 26.07.2007 134,67
5º Leilão - Produto 2012 Hidro 2012 a 2041 53,24 16.10.2007 129,14
5º Leilão - Produto 2012 Termo 2012 a 2026 115,38 16.10.2007 128,37
6º Leilão - Produto 2011 Termo 2011 a 2025 9,89 17.09.2008 128,42
7º Leilão - Produto 2013 Hidro 2013 a 2042 - 30.09.2008 98,98
7º Leilão - Produto 2013 Termo 2013 a 2027 110,96 30.09.2008 145,23
8º Leilão - Produto 2012 Hidro 2012 a 2041 0,01 27.08.2009 144,00
8º Leilão - Produto 2012 Termo 2012 a 2026 0,15 27.08.2009 144,60
624,96
Leilão de projetos estruturantes
Santo Antonio 2012 a 2041 91,71 10.12.2007 78,87
Jirau 2013 a 2042 217,49 19.05.2008 71,37
309,20
17 Empréstimos e Financiamentos
Passivo circulante Passivo não circulante
Principal Encargos 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013
Moeda estrangeira
STN (17.1) - 596 596 2.154 70.601 62.661
Eletrobras - - - 7 - -
- 596 596 2.161 70.601 62.661
Moeda nacional
Banco do Brasil (17.2) 265.955 112.927 378.882 155.420 292.384 492.802
Eletrobras (17.3) 15.894 9 15.903 15.901 64.621 80.493
BNDES (17.4) 9.573 281 9.854 - 90.198 -
291.422 113.217 404.639 171.321 447.203 573.295
291.422 113.813 405.235 173.482 517.804 635.956
COPEL Copel Distribuição S.A.
34
17.1 Secretaria do Tesouro Nacional - STN
Nº de Vencimento Amorti- Encargos financeiros a.a. Valor do
Tipo de bônus parcelas final zação (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013
Capitalization Bond 21 10.04.2014 semestral 8,0% + 0,20% 12.225 - 1.595
Par Bond 1 11.04.2024 única 6,0% + 0,20% 17.315 42.107 37.385
Discount Bond 1 11.04.2024 única Libor semestral+0,8125%+0,20% 12.082 29.090 25.835
71.197 64.815
Circulante 596 2.154
Não circulante 70.601 62.661
Data da emissão:
20.05.1998
Garantias :
Conta corrente bancária centralizadora da arrecadação das receitas.
Garantias depositadas (NE nº 6.1): Par Bond, no valor de R$ 33.525 (R$ 26.671 em 31.12.2013), e Discount Bond, no valor
de R$ 23.431 (R$ 18.700 em 31.12.2013).
Observação:
Reestruturação da dívida da Controladora referente aos f inanciamentos sob amparo da Lei nº 4.131/62.
17.2 Banco do Brasil S.A.
Data da Nº de Vencimento Encargos financeiros a.a. Valor do
Contrato emissão parcelas final (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013
Lei 8.727/93 (a) 30.03.1994 240 1º.03.2014 TJLP e IGP-M + 5,098% 28.178 - 66
21/02155-4 (b) 10.09.2010 3 15.08.2015 98,5% da taxa média do CDI 350.000 173.240 311.286
21/02248-8 (c) 22.06.2011 1 1º.06.2015 99,5% da taxa média do CDI 150.000 205.642 184.735
CCB 21/11062X (d) 26.08.2013 3 27.07.2018 106,0% da taxa média do CDI 151.000 171.209 152.135
CCB 330600773 (e) 11.07.2014 3 11.07.2019 111,8% da taxa média do CDI 116.667 121.175 -
671.266 648.222
Circulante 378.882 155.420
Não circulante 292.384 492.802
Prestações anuais:
demais no valor de R$ 116.667, vencida em 11.07.2014 e vencíveis em 15.08.2015: (b)
Juntamente com os juros proporcionais às parcelas, no valor de R$ 50.333, vencíveis em 27.07.2016, 27.07.2017 e
27.07.2018: (d)
Juntamente com os juros proporcionais às parcelas, no valor de R$ 38.889, vencíveis em 11.07.2017, 11.07.2018 e
11.07.2019: (e)
Destinação:
Renegociação de dívida com a União: (a)
Capital de giro: (b) (c) (d)
Exclusivo para quitação de empréstimos : (e)
Garantias:
Receita própria: (a)
Penhor de duplicatas mercantis de até 360 dias: (b) (c)
Cessão de créditos: (d) (e)
Juntamente com os juros proporcionais às parcelas; a primeira no valor de R$ 116.666, vencida em 25.08.2013 e as
COPEL Copel Distribuição S.A.
35
17.3 Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
Data da Nº de Vencimento Encargos financeiros a.a. Valor do
Contrato emissão parcelas final (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013
980/95 (a) 22.12.1994 80 15.11.2018 8,0% 11 11 12
981/95 (b) 22.12.1994 80 15.08.2019 8,0% 1.169 311 376
982/95 (c) 22.12.1994 80 15.02.2020 8,0% 1.283 119 142
983/95 (d) 22.12.1994 80 15.11.2020 8,0% 11 154 179
984/95 (e) 22.12.1994 80 15.11.2020 8,0% 14 72 77
985/95 (f) 22.12.1994 80 15.08.2021 8,0% 61 99 47
002/04 (g) 07.06.2004 120 30.07.2016 8,0% 30.240 1.737 2.846
142/06 (h) 11.05.2006 120 30.09.2018 5,0% + 1,0% 74.340 13.588 17.286
206/07 (i) 03.03.2008 120 30.08.2020 5,0% + 1,0% 109.642 50.455 59.357
273/09 (j) 18.02.2010 120 30.12.2022 5,0% + 1,0% 63.944 13.154 14.798
2540/06 (k) 12.05.2009 60 30.10.2016 5,0% + 1,5% 2.844 824 1.274
80.524 96.394
Circulante 15.903 15.901
Não circulante 64.621 80.493
Destinação:
Programa Nacional de Irrigação - Proni: (a) (b) (c) (d) (e) (f)
Programa de Eletrif icação Rural - Luz para Todos: (g) (h) (i) (j)
Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - Reluz: cobertura de 75% do custo total do município de Ponta
Grossa/PR: (k)
Garantias:
Representada pela receita própria, suportada por procuração outorgada por instrumento público, e na emissão de notas
promissórias em igual número das parcelas a vencer.
17.4 BNDES
Data da Nº de Encargos financeiros a.a. Valor do
Contrato emissão parcelas inicial final (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013
14205611-A (a) 15.12.2014 72 15.02.2015 15.01.2021 2,09% a.a. acima da TJLP 41.583 30.008 -
14205611-B (b) 15.12.2014 6 15.02.2016 15.02.2021 2,09 a.a. acima da TR BNDES 17.821 17.874 -
14205611-C (c) 15.12.2014 113 15.02.2015 15.06.2024 6% a.a. 78.921 52.170 -
100.052 -
Circulante 9.854 -
Não circulante 90.198 -
Destinação:
Investimento em preservação de negócios, melhorias, suporte operacional e investimentos gerais em expansão: (a) (b)
Máquinas e equipamentos nacionais credenciados no BNDES: (c)
Garantias:
Fiança da Companhia Paranaense de Energia; cessão fiduciária de receitas e direitos indenizatórios da concessão (a) (b) (c)
Vencimento
COPEL Copel Distribuição S.A.
36
17.5 Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador
Variação da moeda estrangeira e indexadores
acumulada no período (%) 31.12.2014 % 31.12.2013 %
Moeda estrangeira
Dólar norte-americano 13,39 71.197 7,71 64.822 8,01
71.197 7,71 64.822 8,01
Moeda nacional
TJLP 0,00 30.141 3,27 - -
IGP-M 3,69 - - 65 0,01
Ufir 0,00 80.524 8,72 96.394 11,91
CDI 10,22 671.267 72,72 648.157 80,07
IPCA 6,41 17.821 1,93 - -
Sem indexador - 52.089 5,65 - -
851.842 92,29 744.616 91,99
923.039 100,00 809.438 100,00
Circulante 405.235 173.482
Não circulante 517.804 635.956
17.6 Vencimentos das parcelas de longo prazo
31.12.2014 Moeda estrangeira Moeda nacional Total
2016 85.884 85.884
2017 125.259 125.259
2018 124.349 124.349
2019 64.531 64.531
2020 21.108 21.108
Após 2021 70.601 26.072 96.673
70.601 447.203 517.804
17.7 Mutação de empréstimos e financiamentos
circulante não circulante circulante não circulante Total
Em 1º.01.2013 3.317 56.034 161.471 553.907 774.729
Ingressos - - - 151.000 151.000
Encargos 2.732 - 25.232 33.106 61.070
Variação monetária e cambial 259 7.974 8 - 8.241
Transferências 1.347 (1.347) 164.718 (164.718) -
Amortização - principal (1.478) - (9.185) - (10.663)
Pagamento - encargos (4.016) - (170.923) - (174.939)
Em 1º.01.2014 2.161 62.661 171.321 573.295 809.438
Ingressos - - - 216.667 216.667
Encargos 2.722 - 17.092 61.132 80.946
Variação monetária e cambial (138) 7.940 20 46 7.868
Transferências - - 403.937 (403.937) -
Amortização - principal (736) - (132.646) - (133.382)
Pagamento - encargos (3.413) - (55.085) - (58.498)
Em 31.12.2014 596 70.601 404.639 447.203 923.039
Moeda estrangeira Moeda nacional
COPEL Copel Distribuição S.A.
37
17.8 Cláusulas contratuais restritivas
A Companhia contratou empréstimos com condições restritivas cujo descumprimento poderá implicar em
vencimento antecipado das dívidas, com destaque para não alteração do seu controle efetivo direto ou
indireto.
Em 31.12.2014, todas as condições foram plenamente atendidas.
18 Debêntures
Data da Nº de Encargos financeiros a.a. Valor do
Emissão emissão parcelas inicial final (juros) contrato 31.12.2014 31.12.2013
Série única 30.10.2012 2 30.10.2016 30.10.2017 DI + Spread 0,99% a.a. 1.000.000 1.019.037 1.015.389
1.019.037 1.015.389
Circulante 20.088 16.972
Não circulante 998.949 998.417
Características:
Debêntures simples, série única, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, para distribuição pública com esforços
restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM nº 476, nos valores mínimos de R$ 1.000.000.
Foram emitidos 100.000 títulos com valor unitário de R$ 10.
O valor unitário das debêntures não será atualizado monetariamente.
Encargos financeiros:
Juros pagos semestralmente em abril e outubro.
Destinação:
Capital de giro e/ou realização de investimentos da emissora.
Garantias:
Fidejussória.
Interveniente garantidora:
Copel.
Agente fiduciário:
Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários
Vencimento
18.1 Mutação das debêntures
circulante não circulante Total
Em 1º.01.2013 12.719 997.958 1.010.677
Encargos 89.392 459 89.851
Pagamento - encargos (85.139) - (85.139)
Em 1º.01.2014 16.972 998.417 1.015.389
Encargos 115.801 532 116.333
Pagamento - encargos (112.685) - (112.686)
Em 31.12.2014 20.088 998.949 1.019.037
COPEL Copel Distribuição S.A.
38
18.2 Cláusulas contratuais restritivas
A Companhia emitiu debêntures com cláusulas que requerem a manutenção de determinados índices
econômico-financeiros dentro de parâmetros pré-estabelecidos, com exigibilidade de cumprimento anual,
bem como outras condições a serem observadas, tais como: não alterar a participação acionária da
Companhia no capital social, que represente alteração de controle sem a prévia anuência dos debenturistas;
não realizar, sem prévia e expressa autorização dos debenturistas, distribuição de dividendos ou
pagamentos de juros sobre capital próprio, caso estejam em mora relativamente ao cumprimento de
quaisquer de suas obrigações pecuniárias ou não atendam aos índices financeiros estabelecidos. O
descumprimento destas condições poderá implicar vencimento antecipado das debêntures.
Em 31.12.2014, todas as condições foram plenamente atendidas.
19 Benefícios Pós-Emprego
A Companhia patrocina planos de complementação de aposentadoria e pensão (Plano Unificado e Plano III)
e de assistência médica e odontológica (Plano Assistencial), para seus empregados ativos e pós-emprego e
seus dependentes legais.
19.1 Plano de benefício previdenciário
O plano previdenciário unificado é um plano de Benefício Definido - BD em que a renda é pré-determinada
em função do nível salarial de cada indivíduo, e o plano previdenciário III é um plano de Contribuição
Definida - CD.
As parcelas de custos assumidas pelas patrocinadoras desses planos são registradas de acordo com
avaliação atuarial preparada anualmente por atuários independentes, de acordo com o CPC 33 (R1) a partir
de 1º.01.2013, que trata de benefícios a empregados, correlacionada à norma contábil internacional IAS 19R
e IFRIC 14. As premissas econômicas e financeiras para efeitos da avaliação atuarial são discutidas com os
atuários independentes e aprovadas pela Administração da patrocinadora.
19.2 Plano de benefício assistencial
A Companhia aloca recursos para a cobertura das despesas de saúde dos empregados e de seus
dependentes, dentro de regras, limites e condições estabelecidos em regulamentos específicos. A cobertura
inclui exames médicos periódicos e é estendida a todos os aposentados e pensionistas vitaliciamente.
19.3 Balanço patrimonial e resultado do exercício
Os valores reconhecidos no passivo, na conta de Benefícios pós-emprego, estão resumidos a seguir:
31.12.2014 31.12.2013
Plano previdenciário 818 -
Plano assistencial 602.305 629.434
603.123 629.434
Circulante 26.548 21.043
Não circulante 576.575 608.391
COPEL Copel Distribuição S.A.
39
Os valores reconhecidos no demonstrativo de resultado estão resumidos a seguir:
31.12.2014 31.12.2013
Plano previdenciário (CD) 30.421 32.207
Plano previdenciário (CD) - administradores 177 70
Plano assistencial - pós-emprego 66.070 51.994
Plano assistencial 30.274 33.934
Plano assistencial - administradores 19 6
126.961 118.211
19.4 Mutação dos benefícios pós-emprego
Passivo Passivo
Saldos circulante não circulante Total
Em 1º.01.2013 18.004 443.784 461.788
Apropriação do cálculo atuarial - 51.993 51.993
Contribuições previdenciárias e assistenciais 78.668 - 78.668
Transferências 22.178 (22.178) -
Amortizações (97.807) - (97.807)
Ajuste referente a perdas atuariais - 134.792 134.792
Em 31.12.2013 21.043 608.391 629.434
Apropriação do cálculo atuarial - 66.070 66.070
Contribuições previdenciárias e assistenciais 74.729 - 74.729
Transferências 26.820 (26.820) -
Amortizações (96.044) - (96.044)
Ajuste referente a ganhos atuariais - (71.066) (71.066)
Em 31.12.2014 26.548 576.575 603.123
19.5 Avaliação atuarial de acordo com o CPC 33 (R1)
19.5.1 Premissas atuariais
As premissas atuariais utilizadas para determinação dos valores de obrigações e custos, para 2014 e 2013,
estão demonstradas a seguir:
2014 2013
Real Nominal Real Nominal
Econômicas
Inflação a.a. - 6,40% - 5,93%
Taxa de desconto/retorno esperados a.a.
Planos de benefícios previdenciários 6,10% 12,89% 6,10% 12,39%
Planos de benefício assistencial 6,16% 12,95% 6,19% 12,49%
Crescimento salarial a.a. 2,00% 8,53% 2,00% 8,05%
Demográficas
Tábua de mortalidade AT - 2000 AT - 2000
Tábua de mortalidade de inválidos WINKLEVOSS AT - 83
Tábua de entrada em invalidez A. VINDAS Light M
COPEL Copel Distribuição S.A.
40
19.5.2 Expectativa de vida a partir da idade média – Tábua AT-2000 (em anos)
Plano BD Plano CD
Em 31.12.2014
Participantes aposentados 16,75 24,67
Participantes pensionistas 17,17 32,62
Em 31.12.2013
Participantes aposentados 17,72 26,67
Participantes pensionistas 18,48 30,12
A idade média dos participantes inativos dos planos de aposentadoria e assistência médica da Companhia é
de 64,0 anos.
19.5.3 Avaliação atuarial
Com base na revisão das premissas, os valores do plano previdenciário para 31.12.2014 totalizaram um
superávit do plano de R$ 101.417, enquanto que, em 31.12.2013, a posição era de R$ 195.244, resumidas
abaixo:
Plano Plano
Planos de benefícios previdenciário assistencial 31.12.2014 31.12.2013
Obrigações total ou parcialmente cobertas 2.425.487 703.300 3.128.787 2.837.563
Valor justo dos ativos do plano (2.526.904) (100.995) (2.627.899) (2.403.373)
Estado de cobertura do plano (101.417) 602.305 500.888 434.190
Ativo não reconhecido 101.417 - 101.417 195.244
Total do passivo - 602.305 602.305 629.434
Em 2014, a Companhia ajustou o seu passivo assistencial no valor total de R$ 71.066 (NE 24.2). O primeiro
ajuste foi realizado através de revisão atuarial no primeiro trimestre, data base 31.03.2014, quando registrou
em outros resultados abrangentes uma redução do passivo assistencial no valor de R$ 7.502, decorrente da
transferência de empregados entre a Copel e suas subsidiárias. Em 31.12.2014, registrou na mesma conta o
valor do segundo ajuste, uma redução no valor de R$ 63.564 apurada pelo relatório atuarial, naquela data
base.
19.5.4 Movimentação do passivo atuarial
Plano Plano
previdenciário assistencial
Valor presente da obrigação atuarial líquida em 01.01.2013 2.697.218 559.528
Custo de serviço 440 8.516
Custo dos juros 162.409 37.121
Benefícios pagos (149.963) (27.824)
(Ganhos) / perdas atuariais (584.676) 134.795
Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31.12.2013 2.125.428 712.136
Custo de serviço 510 5.341
Custo dos juros 218.828 72.273
Benefícios pagos (149.698) (41.156)
(Ganhos) / perdas atuariais 230.419 (45.294)
Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31.12.2014 2.425.487 703.300
COPEL Copel Distribuição S.A.
41
19.5.5 Movimentação do ativo atuarial
Plano Plano
previdenciário assistencial
Valor justo do ativo do plano em 01.01.2013 3.009.518 98.351
Retorno esperado dos ativos 256.826 -
Contribuições e aportes 1.898 -
Benefícios pagos (149.964) (27.824)
Ganhos / (perdas) atuariais (797.606) 12.174
Valor justo do ativo do plano em 31.12.2013 2.320.672 82.701
Retorno esperado dos ativos 283.493 10.523
Contribuições e aportes 15.131 -
Benefícios pagos (149.698) -
Ganhos / (perdas) atuariais 57.306 7.771
Valor justo do ativo do plano em 31.12.2014 2.526.904 100.995
19.5.6 Custos estimados
Os custos (receitas) estimados para 2015, segundo critérios atuariais da Deliberação CVM nº 695/12, para
cada plano, estão demonstrados a seguir:
Plano Plano
previdenciário assistencial Total
2015
Custo do serviço corrente 252 25.033 25.285
Custo estimado dos juros 308.351 85.741 394.092
Rendimento esperado do ativo do plano (314.041) (12.971) (327.012)
Contribuições estimadas dos empregados (144) (144)
Custos (receitas) (5.582) 97.803 92.221
19.5.7 Análise de sensibilidade
As tabelas a seguir apresentam a análise de sensibilidade, que demonstra o efeito de um aumento ou uma
redução de um ponto percentual nas taxas presumidas de variação dos custos assistenciais, sobre o
agregado dos componentes de custo de serviço e custo de juros dos custos assistenciais líquidos periódicos
pós-emprego e a obrigação de benefícios assistenciais acumulada pós-emprego.
. Cenários projetados
Atual Aumento 1% Redução 1%
Sensibilidade da taxa de juros de longo prazo
Impactos nas obrigações do programa previdenciário 6,10% -6,28% 8,41%
Impactos em milhares de reais - R$ (152.423) 203.997
Impactos nas obrigações do programa de saúde 6,16% -14,70% 10,21%
Impactos em milhares de reais - R$ (103.354) 71.799
Sensibilidade da taxa de crescimento de custos médicos
Impactos nas obrigações do programa de saúde 1,00% 3,56% -8,87%
Impacto no custo do serviço do exercício seguinte - em milhares de reais - R$ 46.139 (114.867)
Sensibilidade ao custo do serviço
Impactos nas obrigações do programa previdenciário 1,00% -0,18% 0,24%
Impactos em milhares de reais - R$ (8.396) 11.236
Impactos nas obrigações do programa de saúde 1,00% -4,97% 3,76%
Impactos em milhares de reais - R$ (48.583) 33.751
COPEL Copel Distribuição S.A.
42
19.5.8 Benefícios a pagar
Os benefícios estimados a serem pagos pela Companhia, nos próximos cinco anos, e o total de benefícios
para os exercícios fiscais subsequentes, são apresentados abaixo:
Plano Outros
previdenciário Benefícios Total
2015 215.105 44.119 259.224
2016 216.465 42.358 258.823
2017 211.215 41.025 252.240
2018 205.617 40.018 245.635
2019 201.231 39.654 240.885
2020 a 2054 2.536.323 857.594 3.393.917
19.5.9 Alocação de ativos e estratégia de investimentos
A alocação de ativos para os planos previdenciário e assistencial da Companhia no final de 2014 e a
alocação-meta para 2015, por categoria de ativos, são as seguintes:
Meta para 2015 2014
Renda fixa 88,6% 84,2%
Renda variável 3,7% 8,8%
Empréstimos 1,6% 1,9%
Imóveis 1,9% 2,0%
Investimentos estruturados 4,2% 3,1%
100,0% 100,0%
Abaixo são apresentados os limites estipulados pela administração do Fundo:
Plano III (CD)
meta (%)(*) mínimo (%) meta (%) mínimo (%)
Renda fixa 93,0% 87,0% 79,7% 54,6%
Renda variável 1,0% 0,0% 8,9% 7,6%
Empréstimos 1,0% 0,0% 2,8% 1,5%
Imóveis 2,5% 1,0% 0,9% 0,0%
Investimentos estruturados 2,5% 0,0% 7,7% 0,0%
(*) Meta baseada no total de investimentos de cada plano
Plano Unificado (BD)
A administração da Fundação Copel decidiu manter participação mais conservadora em renda variável, em relação ao limite
legal permitido, que é de 70%.
20 Encargos do Consumidor a Recolher
31.12.2014 31.12.2013
Conta de desenvolvimento energético - CDE 11.709 6.342
Reserva global de reversão - RGR 4.733 4.732
16.442 11.074
COPEL Copel Distribuição S.A.
43
21 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética
21.1 Saldos constituídos para aplicação em P&D e PEE
Aplicado e Saldo a Saldo a Saldo em Saldo em
não concluído recolher aplicar 31.12.2014 31.12.2013
Pesquisa e desenvolvimento - P&D
FNDCT (a) - 2.318 - 2.318 1.940
MME - 1.159 - 1.159 970
P&D 19.587 - 92.846 112.433 98.962
19.587 3.477 92.846 115.910 101.872
Programa de eficiência energética - PEE 26.068 - 89.098 115.166 104.994
45.655 3.477 181.944 231.076 206.866
Circulante 129.293 107.744
Não circulante 101.783 99.122
(a) Fundo Nacional de Desenvolvimento Científ ico e Tecnológico
21.2 Mutação dos saldos de P&D e PEE
FNDCT MME P&D PEE
Circulante Circulante Circulante Não circulante Circulante Não circulante Total
Em 1º.01.2013 1.840 920 26.038 58.707 114.138 2.504 204.147
Constituições 10.545 5.272 - 10.545 - 25.109 51.471
Contrato de desempenho - - - - - 617 617
Juros Selic - - - 5.828 - 4.907 10.735
Transferências - - 5.710 (5.710) 3.385 (3.385) -
Recolhimentos (10.445) (5.222) - - - - (15.667)
Conclusões - - (2.156) - (42.281) - (44.437)
Em 31.12.2013 1.940 970 29.592 69.370 75.242 29.752 206.866
Constituições 12.684 6.342 - 12.684 - 31.709 63.419
Contrato de desempenho - - - - - 1.111 1.111
Juros Selic - - - 8.715 - 7.382 16.097
Transferências - - 17.921 (17.921) 41.019 (41.019) -
Recolhimentos (12.306) (6.153) - - - - (18.459)
Conclusões - - (7.928) - (30.030) - (37.958)
Em 31.12.2014 2.318 1.159 39.585 72.848 86.231 28.935 231.076
22 Outras Contas a Pagar
31.12.2014 31.12.2013
Devolução ao consumidor 27.817 19.428
Taxa de iluminação pública arrecadada 21.267 21.489
Consumidores 15.828 18.516
Cauções em garantia 14.485 10.693
Outras obrigações 25.305 16.857
104.702 86.983
COPEL Copel Distribuição S.A.
44
23 Provisões para Litígios e Passivo Contingente
23.1 Provisões para litígios
A Companhia responde por diversos processos judiciais cujas perdas são consideradas prováveis, com base
na avaliação de seus assessores legais, para as quais foram constituídas provisões.
Mutações das provisões e principais ações
Saldo em Saldo em
1º.01.2014 Adições Reversões Quitações 31.12.2014
Fiscais 15.395 520 (14.186) (13) 1.716
Trabalhistas (a) 153.504 78.041 - (5.009) 226.536
Benefícios a empregados (b) 73.608 35.598 (414) (27.991) 80.801
Cíveis -
Fornecedores (c) 64.775 - (4.095) 60.680
Cíveis e direito administrativo 79.721 31.742 - (6.699) 104.764
Servidões de passagem 3.825 2.210 - (916) 5.119
Desapropriações e patrimoniais 6.842 1.080 - 7.922
Consumidores 9.633 970 (1) 10.602
164.796 36.002 (4.096) (7.615) 189.087
Ambientais 121 20 - - 141
Regulatórias (d) 21.064 3.734 - - 24.798
428.488 153.915 (18.696) (40.628) 523.079
Saldo em Saldo em
1º.01.2013 Adições Reversões Quitações 31.12.2013
Fiscais 13.514 1.933 (52) - 15.395
Trabalhistas (a) 125.257 34.755 (1.409) (5.099) 153.504
Benefícios a empregados (b) 63.372 60.192 (30.791) (19.165) 73.608
Cíveis
Fornecedores (c) 68.630 - (3.855) - 64.775
Cíveis e direito administrativo 70.445 13.691 (1.750) (2.665) 79.721
Servidões de passagem 3.429 1.383 (953) (34) 3.825
Desapropriações e patrimoniais 2.549 4.311 - (18) 6.842
Consumidores 7.477 3.024 (868) - 9.633
152.530 22.409 (7.426) (2.717) 164.796
Ambientais 99 23 - - 122
Regulatórias (d) 22.124 3.724 (4.785) - 21.063
376.896 123.036 (44.463) (26.981) 428.488
Informações sobre as principais ações
a) Trabalhistas
Autores: ex-empregados da Companhia e ex-empregados de seus empreiteiros e empresas terceirizadas
COPEL Copel Distribuição S.A.
45
Ações movidas por ex-empregados envolvendo cobrança de horas-extras, periculosidade, adicional de
transferência, equiparação/reenquadramento salarial e outras, e também ações movidas por ex-empregados
de seus empreiteiros e empresas terceirizadas (responsabilidade subsidiária), envolvendo cobrança de
parcelas indenizatórias e outras.
b) Benefícios a empregados
Autores: ex-empregados aposentados da Companhia
Ações de reclamatórias trabalhistas contra a Fundação Copel, que causarão, consequentemente, reflexos
para a Companhia, na medida em que forem necessários aportes complementares.
c) Fornecedores
Autores: Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.
A Copel Distribuição promoveu ação judicial para discutir a validade de cláusulas e condições ilegais em
contrato de compra e venda de energia firmado com as empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio
Salto Natal Energética S.A. As vendedoras, após rescindirem o pacto, provocaram a Câmara de Arbitragem
da Fundação Getúlio Vargas, que condenou a Copel Distribuição a pagar a multa contratual, ao
entendimento de que esta dera causa à rescisão.
Na fase de cumprimento/execução de sentença, os fornecedores apresentaram cartas de fiança bancária
como garantia e, após, levantaram valores penhorados, porém a ação permanece classificada como perda
provável, em razão de execução de saldo remanescente. Além do valor provisionado, o valor de R$ 28.345,
contabilizado na conta de Fornecedores, também compõe o total da dívida.
Situação atual: Pelo Juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública foi determinado o pagamento de R$ 22.162 como
saldo remanescente, com a consequente liberação a favor das exequentes os valores de R$ 12.790 e
R$ 9.372, em 12.04.2012, mediante caução de fiança bancária. Em decisão publicada em 27.01.2015, o juiz
deferiu pedido de liberação das cauções em favor da Rio Pedrinho Energética, contudo, outro magistrado
manteve sem alteração as cauções dos valores discutidos com o Consórcio Salto Natal, decisão submetida
ao Tribunal de Justiça pelo Consórcio Salto Natal, via agravo de instrumento.
d) Regulatórias
Autores: Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE e Dona Francisca Energética S.A.
Valor estimado: R$ 10.639
A Companhia está discutindo nas esferas administrativa e judicial notificações do Órgão Regulador sobre
eventuais descumprimentos de normas regulatórias, dentre eles ações judiciais envolvendo as empresas
citadas, contra o Despacho Aneel nº 288/2002.
Situação atual: aguardando julgamento.
COPEL Copel Distribuição S.A.
46
23.2 Passivo contingente
A Companhia responde por diversos processos judiciais cujas perdas são consideradas como possíveis,
com base na avaliação de seus assessores legais, para as quais não há provisão constituída.
31.12.2014 31.12.2013
Fiscais 128.698 122.941
Trabalhistas 458.746 264.732
Benefícios a empregados 84.307 74.293
Cíveis (a) 167.911 261.215
Regulatórias 17.251 23.028
856.913 746.209
Informações sobre as principais ações
a) Cíveis
Autores: franquiados de Agência/loja Copel Valor estimado: R$ 33.918
Propositura de duas ações individuais contra a Copel Distribuição, em razão de contratos de franquia de
Agência/loja Copel, com pedido principal de prorrogar a vigência da contratação e pedido secundário de
reconhecer a ocorrência de subconcessão, com a transferência dos serviços prestados e o repasse integral
dos valores das tarifas, dentre outras verbas.
Situação atual: aguardando julgamentos.
24 Patrimônio Líquido
24.1 Capital social
O capital social integralizado, em 31.12.2014 (e em 31.12.2013) monta a R$ 2.624.841, composto por
2.624.840.634 ações, todas ordinárias, pertencentes à Copel.
24.2 Mutação de ajustes de avaliação patrimonial
Em 1º.01.2013 (64.902)
Ajustes referentes a ativos financeiros disponíveis para venda:
Aplicações financeiras (1.865)
Tributos sobre os ajustes 634
Ajustes referentes a passivos atuariais:
Benefícios pós-emprego (134.792)
Tributos sobre os ajustes 45.829
Em 31.12.2013 (155.096)
Ajustes referentes a ativos financeiros disponíveis para venda:
Aplicações financeiras (131)
Tributos sobre os ajustes 45
Ajustes referentes a passivos atuariais:
Benefícios pós-emprego 71.066
Tributos sobre os ajustes (24.163)
Em 31.12.2014 (108.279)
COPEL Copel Distribuição S.A.
47
24.3 Proposta de distribuição de dividendos
31.12.2014 31.12.2013
Cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios (30%)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 437.864 (78.509)
Reserva legal (5%) (21.893) -
Base de cálculo para os dividendos mínimos obrigatórios 415.971 -
124.791 -
25 Receita Operacional Líquida
Receita PIS/Pasep Encargos do Receita líquida
bruta e Cofins ICMS consumidor (25.5) 31.12.2014
Fornecimento de energia elétrica (25.1) 5.869.109 (510.540) (1.459.109) (38.999) 3.860.461
Suprimento de energia elétrica (25.2) 316.702 (19.050) - - 297.652
Disponibilidade da rede elétrica (25.3) 3.557.543 (330.789) (958.690) (154.201) 2.113.863
Receita de construção 991.356 - - - 991.356
Resultado de ativos e passivos
financeiros setoriais 1.033.866 - - - 1.033.866
Outras receitas operacionais (25.4) 103.798 (53.960) - - 49.838
(914.339) (2.417.799) (193.200) 8.347.036 11.872.374
Receita PIS/Pasep Encargos do Receita líquida
bruta e Cofins ICMS consumidor (25.5) 31.12.2013
Fornecimento de energia elétrica (25.1) 4.454.625 (389.963) (1.147.876) (30.789) 2.885.997
Suprimento de energia elétrica (25.2) 109.506 (9.451) - - 100.055
Disponibilidade da rede elétrica (25.3) 3.187.949 (296.344) (830.890) (113.409) 1.947.306
Receita de construção 898.606 - - - 898.606
Outras receitas operacionais (25.4) 170.226 (40.615) - - 129.611
(736.373) (1.978.766) (144.198) 5.961.575 8.820.912
25.1 Fornecimento de energia por classe de consumidor
Receita bruta Receita líquida
31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013
Residencial 2.110.044 1.605.603 1.429.594 1.074.118
Industrial 1.655.469 1.298.722 1.051.069 803.434
Comercial, serviços e outras atividades 1.366.677 1.023.960 839.671 627.864
Rural 305.214 194.085 260.801 165.078
Poder público 152.321 118.263 108.348 83.811
Iluminação pública 127.838 97.565 78.626 60.070
Serviço público 151.546 116.427 92.352 71.622
5.869.109 4.454.625 3.860.461 2.885.997
25.2 Suprimento de energia elétrica
Receita bruta
31.12.2014 31.12.2013
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 183.671 12.503
Contratos bilaterais 133.031 97.003
316.702 109.506
COPEL Copel Distribuição S.A.
48
25.3 Disponibilidade da rede elétrica por classe de consumidor
Receita bruta Receita líquida
31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013
Residencial 1.363.517 1.232.186 793.022 720.321
Industrial 702.828 634.024 399.986 358.609
Comercial, serviços e outras atividades 881.425 767.468 517.966 456.872
Rural 190.620 167.640 109.278 136.798
Poder público 108.809 99.147 72.590 66.815
Iluminação pública 97.828 87.666 56.376 51.198
Serviço público 64.337 58.574 37.212 34.025
Consumidores livres 147.135 140.135 126.534 121.705
Rede básica, de fronteira e de conexão 1.044 1.109 899 963
3.557.543 3.187.949 2.113.863 1.947.306
25.4 Outras receitas operacionais
Receita bruta
31.12.2014 31.12.2013
Arrendamentos e aluguéis (25.4.1) 88.484 76.199
Serviço taxado 8.207 9.082
Renda da prestação de serviços 4.971 6.230
Ressarcimento por indisponibilidade de geração de energia elétrica - 77.527
Outras receitas 2.136 1.188
103.798 170.226
25.4.1 Receita de arrendamento e aluguéis
31.12.2014 31.12.2013
Equipamentos e estruturas 88.413 75.677
Imóveis 71 522
88.484 76.199
Não foram identificados recebíveis de arrendamento operacionais não canceláveis.
25.5 Encargos do consumidor
31.12.2014 31.12.2013
Conta de desenvolvimento energético - CDE 129.781 76.104
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE 63.419 51.467
Conta de consumo de combustível - CCC - 16.627
193.200 144.198
COPEL Copel Distribuição S.A.
49
26 Custos e Despesas Operacionais
Despesas Despesas Outras receitas
Custos com gerais e (despesas),
operacionais vendas administrativas líquidas 31.12.2014
Energia elétrica comprada para revenda (26.1) (4.904.034) - - - (4.904.034)
Encargos de uso da rede elétrica (26.2) (209.066) - - - (209.066)
Pessoal e administradores (26.3) (556.343) - (76.893) - (633.236)
Planos previdenciário e assistencial (NE nº 19) (110.372) - (16.589) - (126.961)
Material (48.363) - (5.555) - (53.918)
Serviços de terceiros (26.4) (189.766) (36.404) (63.547) - (289.717)
Amortização (195.730) - (25.671) - (221.401)
Provisões e reversões (26.5) - (49.988) - (135.219) (185.207)
Custo de construção (26.6) (991.356) - - - (991.356)
Outros custos e despesas operacionais (26.7) (55.678) 5.303 (61.109) (31.396) (142.880)
(7.260.708) (81.089) (249.364) (166.615) (7.757.776)
Despesas Despesas Outras receitas
Custos com gerais e (despesas),
operacionais vendas administrativas líquidas 31.12.2013
Energia elétrica comprada para revenda (26.1) (3.518.865) - - - (3.518.865)
Encargos de uso da rede elétrica (26.2) (249.465) - - - (249.465)
Pessoal e administradores (26.3) (596.073) - (127.661) - (723.734)
Planos previdenciário e assistencial (NE nº 19) (95.802) - (22.409) - (118.211)
Material (46.029) - (4.502) - (50.531)
Serviços de terceiros (26.4) (192.150) (33.801) (66.693) - (292.644)
Amortização (168.341) - (36.769) - (205.110)
Provisões e reversões (26.5) - (39.698) - (78.535) (118.233)
Custo de construção (26.6) (898.606) - - - (898.606)
Outros custos e despesas operacionais (26.7) (12.107) 6.237 (39.499) (84.029) (129.398)
(5.777.438) (67.262) (297.533) (162.564) (6.304.797)
26.1 Energia elétrica comprada para revenda
31.12.2014 31.12.2013
Compra de energia no ambiente regulado - CCEAR 3.466.486 2.388.398
Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 1.859.008 617.192
(-) Repasse CDE e Conta-ACR - Decretos nºs 8.221/2014 e 7.891/2013 (a) (1.253.436) (294.085)
Itaipu Binacional 756.127 610.404
Contratos bilaterais 333.065 361.942
Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa 177.480 161.062
(-) PIS/Pasep e Cofins sobre energia elétrica comprada para revenda (434.696) (326.048)
4.904.034 3.518.865
a) (-) Repasse CDE e Conta-ACR - Decretos nº 7.891/2013 e nº 8.221/2014
Repasse CDE 7.891/2013 - Exposição Involuntária e Risco Hidrológico
COPEL Copel Distribuição S.A.
50
O Governo Federal, por meio do Decreto nº 7891/2013, alterado posteriormente pelos Decretos nº
7945/2013 e Decreto nº 8203/2014 permitiu, através de repasses financeiros da Conta de Desenvolvimento
Energético – CDE, cobrir os custos para neutralizar a exposição das concessionárias de distribuição no
mercado de curto prazo, cobrir o custo adicional para as concessionárias de distribuição decorrente do
despacho de usinas termelétricas acionadas em razão de segurança energética (Encargos de Serviço do
Sistema - ESS) e neutralizar a exposição contratual involuntária das concessionárias de distribuição no
mercado de curto prazo, decorrente da compra frustrada em leilão de energia.
Os recursos contabilizados pela Copel Distribuição para cobrir custo de energia com Exposição Involuntária
e Risco hidrológico conforme o Decreto nº 7891/2013, foram de R$ 294.085 para o exercício 2013 e de R$
114.553 em 2014, referente a competência de janeiro desse ano conforme Decreto 8203/2014, e R$ de
1.412 referente a ajustes residuais de dezembro de 2013.
Repasse Conta-ACR - Decreto nº 8.221/2014
Diante de um cenário hidrológico desfavorável, foi emitido o Decreto 8221/2014 que criou a Conta ACR, com
a finalidade de cobrir total ou parcialmente os custos adicionais de exposição involuntária no mercado de
curto prazo e do despacho termoelétrico associado aos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no
Ambiente de Contratação Regulada na modalidade por disponibilidade - CCEAR-D. Os repasses recebidos
pela Copel Distribuição durante o ano de 2014 provenientes da Conta ACR foram no montante de R$
1.137.471.
26.2 Encargos de uso da rede elétrica
31.12.2014 31.12.2013
Encargos de uso do sistema 318.646 216.683
Encargos de transporte de Itaipu 67.263 51.188
Encargo de energia de reserva - EER 4.554 16.672
Encargos dos serviços do sistema - ESS 71.866 308.865
(-) Repasse CDE - ESS - Decreto nº 7.891/2013 (a) - (319.624)
(-) Conta de Energia de Reserva - CONER - Resolução Normativa nº 613/2014 (b) (232.706)
(-) PIS/Pasep e Cofins sobre encargos de uso da rede elétrica (20.556) (24.319)
209.066 249.465
a) Repasse CDE 7891/2013 – ESS - Decreto nº 7.891/2013
Os recursos contabilizados pela Copel Distribuição para cobrir custo relacionados com o ESS, conforme o
Decreto nº 7891/2013, citado na NE nº 26.1, foram no montante de R$ 319.624 no exercício 2013.
b) Conta de Energia de Reserva - CONER - Resolução Normativa nº 613/2014
A Resolução 613/2014 estabeleceu critérios para a destinação dos excedentes financeiros da Conta de
Energia de Reserva - CONER, que tiveram efeitos para amenizar os custos com encargos de uso da rede
elétrica.
COPEL Copel Distribuição S.A.
51
26.3 Pessoal e administradores
31.12.2014 31.12.2013
Pessoal
Remunerações 383.243 434.534
Encargos sociais 122.071 138.770
Auxílio alimentação e educação 58.272 63.674
Participação nos lucros e/ou resultados (a) 63.629 58.134
Provisão (reversão) para indenização por demissões
voluntárias e aposentadorias 4.253 27.673
631.468 722.785
Administradores
Honorários 1.365 705
Encargos sociais 382 234
Outros gastos 21 10
1.768 949
633.236 723.734
(a) De acordo com a Lei Federal nº 10.101/2000, o Decreto Estadual n° 1978/2007 e a Lei Estadual nº 16.560/2010.
26.4 Serviços de terceiros
31.12.2014 31.12.2013
Comunicação, processamento e transmissão de dados 68.286 70.147
Manutenção do sistema elétrico 60.338 57.868
Leitura e entrega de faturas 37.766 35.930
Manutenção de instalações 36.393 32.407
Agentes autorizados e credenciados 34.977 33.801
Consultoria e auditoria 3.636 4.352
(-) PIS/Pasep e Cofins sobre serviços de terceiros (3.580) (4.802)
Outros serviços 51.901 62.941
289.717 292.644
26.5 Provisões e reversões
31.12.2014 31.12.2013
Provisão (reversão) para litígios (NE nº 23) 135.219 78.535
PCLD (Clientes e Outros créditos) 49.988 39.698
185.207 118.233
26.6 Custo de construção
31.12.2014 31.12.2013
Material 481.782 426.256
Serviços de terceiros 343.245 279.346
Pessoal 109.019 104.724
Outros 57.310 88.280
991.356 898.606
COPEL Copel Distribuição S.A.
52
26.7 Outros custos e despesas operacionais
31.12.2014 31.12.2013
Tributos 70.871 10.404
Perdas na desativação e alienação de bens 21.705 62.793
Indenizações 19.529 19.418
Arrendamentos e aluguéis (26.7.1) 11.508 14.766
Propaganda e publicidade 5.857 5.449
Taxa de fiscalização da Aneel 5.591 11.216
Recuperação de custos e despesas (28.218) (21.237)
Outros custos e despesas, líquidos 36.037 26.589
142.880 129.398
26.7.1 Arrendamentos e aluguéis
31.12.2014 31.12.2013
Imóveis 8.078 11.083
Outros 4.082 4.785
(-) Créditos de PIS e Cofins (652) (1.102)
11.508 14.766
Não foram identificados compromissos de arrendamento operacional não canceláveis.
27 Resultado Financeiro
31.12.2014 31.12.2013
Receitas financeiras
Acréscimos moratórios sobre faturas de energia 133.945 101.627
Variação monetária sobre contas a receber vinculadas
à concessão (NE nº 9) 76.989 108.259
Renda de aplicações financeiras mantidas para negociação 15.007 51.819
Renda de aplicações financeiras disponíveis para venda 5.357 16.229
Juros e variação monetária sobre repasse CRC - 159.348
Outras receitas f inanceiras 29.852 15.283
261.150 452.565
(-) Despesas financeiras
Encargos de dívidas 139.886 195.072
Juros sobre P&D e PEE (21.2) 16.097 10.735
Variações monetárias e cambiais 3.428 6.804
Outras despesas financeiras 20.046 11.016
179.457 223.627
Líquido 81.693 228.938
Os custos de empréstimos e financiamentos capitalizados durante o ano de 2014 totalizaram R$ 57.664, à
taxa média de 4,15% a.a.
COPEL Copel Distribuição S.A.
53
28 Instrumentos Financeiros
28.1 Categorias e apuração do valor justo dos instrumentos financeiros
NE 31.12.2014
nº Nível Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo
Ativos Financeiros
Valor justo por meio do resultado - mantido
para negociação
Caixa e equivalentes de caixa (a) 4 1 160.417 160.417 247.045 247.045
160.417 160.417 247.045 247.045
Empréstimos e recebíveis
Caução STN (c) 6 56.956 39.252 45.371 32.415
Cauções e depósitos vinculados (a) 6 38 38 1.072 1.072
Clientes (a) 7 1.429.651 1.429.651 1.120.723 1.120.723
Ativos f inanceiros setoriais (a) 8 1.041.144 1.041.144 - -
2.527.789 2.510.085 1.167.166 1.154.210
Disponíveis para venda
Contas a receber vinculadas à concessão (d) 9 3 3.792.476 3.792.476 3.075.795 3.075.795
Títulos e valores mobiliários (b) 5 1 2.076 2.076 54.273 54.273
Títulos e valores mobiliários (b) 5 2 - - 375 375
3.794.552 3.794.552 3.130.443 3.130.443
Total dos ativos financeiros 6.482.758 6.465.054 4.544.654 4.531.698
Passivos Financeiros
Outros passivos financeiros
Fornecedores (a) 16 846.888 846.888 799.749 799.749
Empréstimos e f inanciamentos (c) 17 923.039 926.901 809.438 777.474
Debêntures (e) 18 1.019.037 1.019.037 1.015.389 1.015.389
2.788.964 2.792.826 2.624.576 2.592.612
Total dos passivos financeiros 2.788.964 2.792.826 2.624.576 2.592.612
Os diferentes níveis foram definidos conforme a seguir:
Nível 1: obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos;
Nível 2: obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para
o ativo ou passivo;
Nível 3: obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm
como base os dados observáveis de mercado.
31.12.2013
Apuração dos valores justos
a) Equivalente ao seu respectivo valor contábil, em razão de sua natureza e prazo de realização.
b) Calculado de acordo com as informações disponibilizadas pelos agentes financeiros e pelos valores de
mercado dos títulos emitidos pelo governo brasileiro.
c) Utilizado como premissa básica o custo da última captação realizada pela Companhia, 111,5% do CDI
para desconto do fluxo de pagamentos esperado.
COPEL Copel Distribuição S.A.
54
d) Os critérios e as premissas foram divulgados na NE nº 3.6. A mutação ocorrida em 2014 está
demonstrada a seguir:
Em 31.12.2013 3.075.795
Capitalizações do intangível em curso 663.576
Variação monetária 76.989
Baixas (23.884)
Em 31.12.2014 3.792.476
e) Calculado conforme a cotação do Preço Unitário – PU em 31.12.2014, obtido junto à Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - Anbima, líquido do custo financeiro a
amortizar de R$ 2.029.
28.2 Gerenciamento dos riscos financeiros
A Companhia mantém o Comitê de Gestão de Riscos Corporativos, responsável pelo desenvolvimento e
acompanhamento das políticas de gerenciamento de riscos e o assessoramento do Comitê de Auditoria, de
forma a assegurar a boa gestão dos recursos e a proteção e valorização do seu patrimônio.
Os negócios da Companhia estão expostos aos seguintes riscos resultantes de instrumentos financeiros:
28.2.1 Risco de crédito
Risco de crédito é o risco de incorrer em perdas decorrentes de um cliente ou de uma contraparte em um
instrumento financeiro, resultantes da falha destes em cumprir com suas obrigações contratuais.
Exposição ao risco de crédito 31.12.2014 31.12.2013
Caixa e equivalentes de caixa (a) 160.417 247.045
Títulos e valores mobiliários (a) 2.076 54.648
Cauções e depósitos vinculados (a) 56.994 46.443
Clientes (b) 1.429.651 1.120.723
Ativos financeiros setoriais (c) 1.041.144 -
Contas a receber vinculadas à concessão (d) 3.792.476 3.075.795
6.482.758 4.544.654
a) A Companhia administra o risco de crédito sobre esses ativos, considerando a política da Companhia
em aplicar praticamente todos os recursos em instituições bancárias federais. Excepcionalmente, por
força legal e/ou regulatória, a Companhia aplica recursos em bancos privados considerados de primeira
linha.
b) Risco decorrente da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, resultantes da dificuldade de
recebimento de valores faturados a seus clientes. Tal risco está intimamente relacionado a fatores
internos e externos à Companhia. Para reduzir esse tipo de risco, a Companhia atua na gerência das
contas a receber, detectando as classes de consumidores com maior possibilidade de inadimplência,
suspendendo o fornecimento de energia e implementando políticas específicas de cobrança, atreladas a
garantias reais ou fidejussórias para débitos superiores a R$ 200.
COPEL Copel Distribuição S.A.
55
Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a
eventuais perdas na sua realização.
c) A Administração considera bastante reduzido o risco deste crédito, visto que o contrato de concessão
firmado assegura o direito incondicional de receber caixa ao final da concessão a ser pago pelo Poder
Concedente, referente a custos não recuperados por meio de tarifa.
d) A Administração considera bastante reduzido o risco deste, visto que os contratos firmados asseguram
o direito incondicional de receber caixa ao final da concessão a ser pago pelo Poder Concedente,
referente aos investimentos efetuados em infraestrutura e que não foram recuperados por meio da tarifa
até o vencimento da concessão.
28.2.2 Risco de liquidez
O Risco de Liquidez da Companhia é representado pela possibilidade de insuficiência de recursos, caixa ou
outro ativo financeiro, para liquidar as obrigações nas datas previstas.
A Companhia faz a administração do risco de liquidez com um conjunto de metodologias, procedimentos e
instrumentos, aplicados no controle permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o adequado
gerenciamento dos riscos.
Os investimentos são financiados por meio de dívidas de médio e longo prazos junto a instituições
financeiras e ao mercado de capitais.
São desenvolvidas projeções econômico-financeiras de curto, médio e longo prazos, as quais são
submetidas à apreciação pelos órgãos da Administração. Anualmente ocorre a aprovação do orçamento
empresarial para o próximo exercício.
As projeções econômico-financeiras de médio e longo prazos abrangem períodos mensais cobrindo os
próximos cinco anos. A projeção de curto prazo considera períodos diários cobrindo os próximos 90 dias.
A Companhia monitora permanentemente o volume de recursos a serem liquidados por meio de controle do
fluxo de caixa, objetivando reduzir o custo de captação, o risco de renovação dos empréstimos e a aderência
à política de aplicações financeiras, mantendo-se um nível de caixa mínimo.
A tabela a seguir demonstra valores esperados de liquidação em cada faixa de tempo. As projeções foram
efetuadas com base em indicadores financeiros vinculados aos respectivos instrumentos financeiros,
previstos nas medianas das expectativas de mercado do Relatório Focus, do Banco Central, que fornece a
expectativa média de analistas de mercado para tais indicadores para o ano corrente e para o ano seguinte.
A partir de 2017, repetem-se os indicadores de 2016 até o horizonte da projeção, exceto o dólar, que
acompanha a inflação.
COPEL Copel Distribuição S.A.
56
Juros (a) Menos 1 a 3 3 meses Mais de Passivo
de 1 mês meses a 1 ano 1 a 5 anos 5 anos Total
Em 31.12.2014
Empréstimos e f inanciamentos 17 8.636 5.441 450.145 596.532 202.002 1.262.756
Debêntures 18 - - 129.550 1.187.460 - 1.317.010
Eletrobrás - Itaipu Dólar - 205.030 958.725 4.152.843 5.010.440 10.327.038
Outros fornecedores - 812.666 13.914 2.453 17.854 - 846.887
Benefícios pós emprego 8,53% 21.602 43.204 194.418 997.584 3.393.917 4.650.725
Obrigações de compra IGP-M e IPCA - 845.632 3.455.384 18.704.293 87.269.629 110.274.938
842.904 1.113.221 5.190.675 25.656.566 95.875.988 128.679.354
Em 31.12.2013
Empréstimos e f inanciamentos 17 1.814 3.643 186.325 718.958 137.293 1.048.033
Debêntures 18 18 - 115.599 1.311.513 - 1.427.130
Eletrobrás - Itaipu Dólar - 124.286 575.224 3.606.457 5.517.175 9.823.142
Outros fornecedores - 584.982 123.014 24.948 66.804 - 799.748
Benefícios pós emprego 8,05% 25.073 50.146 225.657 1.641.203 7.905.133 9.847.212
Obrigações de compra IGP-M e IPCA - 556.415 2.589.501 11.054.285 74.640.420 88.840.621
611.887 857.504 3.717.254 18.399.220 88.200.021 111.785.886
(a) Taxa de juros efetiva - média ponderada
Conforme divulgado nas NEs nºs 17.8 e 18.2, a Companhia possui empréstimos, financiamentos e
debêntures com cláusulas contratuais restritivas (covenants) que podem exigir a antecipação do pagamento
destas obrigações.
As principais garantias para passivos, constituídas para manutenção dos negócios e investimentos, estão
aplicadas em títulos e valores mobiliários (NE nº 5) e em dinheiro (NE nº 6).
28.2.3 Risco de mercado
Risco de mercado é o risco de que o valor justo ou os fluxos de caixa futuros de instrumento financeiro
oscilem devido a mudanças nos preços de mercado, tais como as taxas de câmbio, taxas de juros e preços
de ações. O objetivo do gerenciamento desse risco é controlar as exposições, dentro de parâmetros
aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o retorno.
a) Risco cambial - dólar norte-americano
Esse risco decorre da possibilidade da perda por conta de flutuações nas taxas de câmbio que reduzam
saldos ativos ou aumentem saldos passivos em moeda estrangeira.
A dívida em moeda estrangeira da Companhia não é significativa e não existe exposição a operações com
derivativos de câmbio. A Companhia mantém monitoramento das taxas cambiais.
O efeito da variação cambial decorrente do contrato de compra de energia da Eletrobras (Itaipu) é repassado
no próximo reajuste tarifário da Copel Distribuição.
COPEL Copel Distribuição S.A.
57
Análise de sensibilidade do risco cambial
A Companhia desenvolveu análise de sensibilidade com objetivo de mensurar o impacto da depreciação
cambial do dólar norte-americano sobre seus empréstimos e financiamentos expostos a tais riscos. Para o
cenário base, foram considerados os saldos existentes nas respectivas contas em 31.12.2014 e para o
cenário provável considerou-se os saldos com a variação da taxa de câmbio - fim de período (R$/US$ 2,80)
prevista na mediana das expectativas de mercado para 2015 do Relatório Focus do Bacen de 06.02.2015.
Para os cenários adverso e remoto, foi considerada uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, no
fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível utilizado no Cenário Provável.
. Base Cenários projetados - dez.2015
Risco cambial Risco 31.12.2014 Provável Adverso Remoto
.
Ativos financeiros
Caução STN (garantia de empréstimo STN) Baixa do dólar 56.956 3.083 (11.926) (26.936)
. 56.956 3.083 (11.926) (26.936)
Passivos financeiros
Empréstimos e financiamentos
STN Alta do dólar (71.197) (3.854) (22.617) (41.380)
(71.197) (3.854) (22.617) (41.380)
Fornecedores
Eletrobrás (Itaipu) Alta do dólar (135.489) (7.335) (43.041) (78.747)
(135.489) (7.335) (43.041) (78.747)
Além da análise de sensibilidade exigida pela Instrução CVM nº475/08, a Companhia avalia seus
instrumentos financeiros considerando os possíveis efeitos no resultado e patrimônio líquido frente aos
riscos avaliados pela Administração da Companhia na data das demonstrações financeiras, conforme
sugerido pelo CPC 40 e IFRS 7. Baseado na posição patrimonial e no valor nocional dos instrumentos
financeiros em aberto em 31.12.2014, estima-se que esses efeitos seriam próximos aos valores
mencionados na coluna de cenário projetado provável da tabela acima, uma vez que as premissas utilizadas
pela Companhia são próximas às descritas anteriormente.
b) Risco de taxa de juros e variações monetárias
Risco de a Companhia incorrer em perdas, por conta de flutuações nas taxas de juros ou outros
indexadores, que diminuam as receitas financeiras ou aumentem as despesas financeiras relativas aos
ativos e passivos captados no mercado.
Análise de sensibilidade do risco de taxa de juros e variações monetárias
A Companhia desenvolveu análise de sensibilidade com objetivo de mensurar o impacto de taxas de juros
pós-fixadas e de variações monetárias sobre seus ativos e passivos financeiros expostos a tais riscos.
Para o cenário base, foram considerados os saldos existentes nas respectivas contas em 31.12.2014 e para
o cenário provável considerou-se os saldos com a variação dos indicadores:
Aplicações Financeiras, Títulos e Valores Mobiliários, Cauções e Depósitos Vinculados: projeção de taxa
CDI/Selic de 13,02% com base na taxa de referência de LTN, com vencimento em 04.01.2016 divulgada
pela Bovespa em 30.12.2014 (13,02%);
COPEL Copel Distribuição S.A.
58
Ativos Financeiros Setoriais, Contas a receber vinculadas à Concessão e Passivos Financeiros:
CDI/Selic - 12,50%, IPCA - 7,15%, IGP-DI - 5,72%, IGP-M - 5,81% e TJLP - 5,50%, previstos na
mediana das expectativas de mercado para 2015 do Relatório Focus do Bacen de 06.02.2015.
Para os cenários adverso e remoto, foi considerada uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, no
fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível utilizado no Cenário Provável.
. Base Cenários projetados - dez.2015
Risco de taxa de juros e variações monetárias Risco 31.12.2014 Provável Adverso Remoto .
Ativos financeiros
Equivalentes de caixa - aplicações financeiras Baixa CDI/Selic 53.966 7.026 5.272 3.513
Títulos e valores mobiliários Baixa CDI/Selic 2.076 270 203 135
Cauções e depósitos vinculados Baixa CDI/Selic 38 5 4 2
Ativos f inanceiros setoriais Baixa Selic 1.041.144 130.143 97.607 65.072
Contas a receber vinculadas à concessão Baixa IGP-M 3.792.476 220.343 165.257 110.171
4.889.700 357.787 268.343 178.893
Passivos financeiros
Empréstimos e f inanciamentos
Banco do Brasil Alta CDI (671.266) (83.908) (104.885) (125.863)
Eletrobrás - RGR Sem risco (a) (80.524) - - -
BNDES Alta TJLP (100.052) (5.503) (6.879) (8.254)
Debêntures Alta CDI (1.019.037) (127.380) (159.225) (191.069)
. (1.870.879) (216.791) (270.989) (325.186)
(a) Empréstimo indexado à UFIR
Além da análise de sensibilidade exigida pela Instrução CVM nº 475/08, a Companhia avalia seus
instrumentos financeiros considerando os possíveis efeitos no resultado e patrimônio líquido frente aos
riscos avaliados pela Administração da Companhia na data das demonstrações financeiras, conforme
sugerido pelo CPC 40 e IFRS 7. Baseado na posição patrimonial e no valor nocional dos instrumentos
financeiros em aberto em 31.12.2014, estima-se que esses efeitos seriam próximos aos valores
mencionados na coluna de cenário projetado provável da tabela acima, uma vez que as premissas utilizadas
pela Companhia são próximas às descritas anteriormente.
28.2.4 Risco quanto à escassez de energia
Risco de déficit de energia elétrica decorrente de condições climáticas desfavoráveis quanto a ocorrência de
chuvas em determinado período, dado que a matriz energética brasileira está baseada em fontes hídricas,
cuja geração depende do volume de água em seus reservatórios.
Um período prolongado de escassez de chuvas pode reduzir o volume de água em estoque nos
reservatórios, podendo ocasionar perdas em razão da redução de receitas quando da eventual adoção de
racionamento energético.
Segundo a publicação Plano da Operação Energética 2014/2018 - PEN 2014, divulgado pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico - ONS, o cenário hidroenergético em 2014 mostrou-se desfavorável, uma vez
que as condições climáticas na estação chuvosa impediram a retomada dos estoques armazenados nos
reservatórios dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.
COPEL Copel Distribuição S.A.
59
Estes fatores podem impactar, sobretudo, os resultados no curto prazo (horizonte 2015/2016), quando o
risco de déficit em alguns casos superam a margem de segurança estabelecida pelo Conselho Nacional de
Política Energética - CNPE (risco máximo de 5%).
Entretanto, as avaliações de médio prazo (horizonte 2015/2018), baseadas nos riscos de déficit de energia
para o Cenário de Referência indicam adequabilidade ao critério de suprimento preconizado pelo CNPE, na
medida em que os riscos de déficit permanecem inferiores a 5% em todos os subsistemas.
28.2.5 Risco de não prorrogação das concessões
A lei nº 12.783/2013 publicada em 14.01.2013 disciplinou a prorrogação das concessões de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica para as concessões alcançadas pelos artigos 17, 19 e 22 da lei
nº 9.074/1995. No entanto, a prorrogação é facultada a aceitação expressa das condições daquela lei.
No segmento de distribuição, a Companhia manifestou-se favorável pela prorrogação do Contrato de
Concessão nº 046/1999, nos termos da lei nº 12.783/2013. No momento, aguarda-se a decisão do Poder
Concedente pela prorrogação. Caso as condições estabelecidas pelo Poder Concedente garantam os níveis
de rentabilidade da empresa, a Companhia assinará o contrato de concessão ou termo aditivo, por um
período de até 30 anos. Apesar do contexto de incertezas no cenário regulatório, a Companhia confia na
possibilidade de prorrogação do referido contrato de concessão, embora não possua informações suficientes
para garantir a prorrogação do contrato de concessão de distribuição em termos favoráveis. A prorrogação
ou não do contrato de concessão se dará mediante condições legais regulatórias a serem determinadas que
possam afetar a classificação, a realização de determinados ativos ou a liquidação de determinados
passivos. Os principais itens que estão expostos a este evento são conforme segue:
i) Ativo financeiro setorial: a parcela classificada no curto prazo poderá ser realizada em prazo superior a
12 meses, caso a concessão não seja renovada;
ii) Ativo financeiro da concessão: depende de avaliação da Aneel para confirmar os valores a serem
indenizados ou que venham a ser atribuídos a um novo período de concessão; e
iii) Imposto de renda e contribuição social diferidos: poderão se realizar/liquidar em prazo diferente daquele
previsto pela Companhia.
28.3 Gerenciamento de capital
A Companhia busca conservar uma sólida base de capital para manter a confiança do investidor, credor e
mercado e garantir o desenvolvimento futuro dos negócios. Procura manter um equilíbrio entre os mais altos
retornos possíveis com níveis adequados de empréstimos e as vantagens e a segurança proporcionadas por
uma posição de capital saudável. Assim, maximiza o retorno para todas as partes interessadas em suas
operações, otimizando o saldo de dívidas e patrimônio.
A estrutura de capital é formada:
a) pela dívida líquida, definida como o total de empréstimos, financiamentos e debêntures, líquidos de
caixa e equivalentes de caixa, e títulos e valores mobiliários, de curto prazo; e
COPEL Copel Distribuição S.A.
60
b) pelo capital próprio, definido como o patrimônio líquido.
Endividamento 31.12.2014 31.12.2013
Empréstimos e financiamentos 923.039 809.438
Debêntures 1.019.037 1.015.389
(-) Caixa e equivalentes de caixa 160.417 247.045
(-) Títulos e valores mobiliários 3 377
Dívida líquida 1.781.656 1.577.405
Patrimônio líquido 4.329.575 3.366.685
Endividamento do patrimônio líquido 0,41 0,47
29 Transações com Partes Relacionadas
29.1 Principais transações entre partes relacionadas
Ativo Passivo Resultado
Parte Relacionada / Natureza da operação 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013
Controlador
Estado do Paraná
Programa luz fraterna (a) 2.680 78.987 - - - -
Empregados cedidos (b) 433 371 - - - -
Repasse CRC - - - - - 159.348
.
Companhia Paranaense de Energia
Dividendos e Juros sobre capital próprio a pagar - - 124.791 - - -
Financiamentos repassados - STN (NE nº 17.1) - - 71.197 64.815 - -
Contrato de mútuo (c) - - - - - (76.153)
Créditos referetes à negociação CRC - 468.317 - - - -
Entidades com influência significativa
BNDES (d)
Financiamentos (NE nº 17.4) - - 100.052 - (337) - .
Entidades sob controle comum
Copel Geração e Transmissão S.A. (e)
Prestação de serviços 647 397 - - 2.275 1.837
Sistema de distribuição 286 232 - - 4.912 4.798
Energia elétrica para revenda - - 7.316 10.046 (68.053) (93.129)
Rede básica e de conexão - - 6.637 6.308 (59.838) (56.337)
Copel Telecomunicações S.A. (f)
Prestação de serviços 31 25 - - 216 189
Aluguel de estruturas - 112 - - 1.410 1.333
Serviços de telecomunicações - - 10.917 2.318 (36.023) (36.708)
Companhia Paranaense de Gás - Compagas
Prestação de serviços - - - - 189 114
Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. (g)
Sistema de distribuição 667 618 7.384 9.507
Prestação de serviços 33 30 6 5
Energia elétrica para revenda - 20.462 18.949 (235.062) (218.113)
UEGA
Prestação de serviços 2 7 65 176
(continua)
COPEL Copel Distribuição S.A.
61
(continuação)
Ativo Passivo Resultado
Parte Relacionada / Natureza da operação 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013
Pessoal chave da administração
Honorários e encargos sociais (NE nº 26.3) - - - - (1.768) (949)
Planos previdenciários e assistenciais (NE nº 19) - - - - (196) (76)
Outras partes relacionadas
Sercomtel S.A. Telecomunicações (h) 192 735 2.287
Companhia de Saneamento do Paraná
Água tratada, coleta e tratamento de esgoto 2 - (874) (948)
Caiuá Transmissora de Energia S.A. (i) (j)
Rede básica e de conexão - - 354 - (3.976) -
Costa Oeste Transmissora de Energia S.A. (i) (j)
Rede básica e de conexão - - 40 - (784) -
Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. (i)
Rede básica - - 5 - (14) -
Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. (i)
Rede básica - - 23 - (533) -
Fundação Copel
Aluguel de imóveis administrativos - - - - (283) (3.611)
Planos previdenciários e assistenciais (NE nº 19) - - 603.123 629.434 - - .
Lactec (k) 15.564 17.895 572 384 (197) (1.299)
a) O Programa Luz Fraterna, instituído e alterado pelas leis estaduais nº 491/2003 e 17.639 de 31.07.2013,
permite ao Estado do Paraná quitar as contas de energia elétrica de famílias paranaenses de baixa
renda (devidamente cadastradas) quando o consumo não ultrapassar o limite de 120 kWh no mês. O
benefício é válido para ligações elétricas residenciais de padrão monofásico, ligações rurais monofásicas
e rurais bifásicas com disjuntor de até 50 ampères. Também é preciso que o titular não tenha outra
conta de luz no seu nome e não tenha débitos em atraso com a Companhia.
b) Ressarcimento do valor correspondente a remuneração e encargos sociais de empregados cedidos ao
Estado do Paraná. Os saldos apresentados são líquidos da PCLD.
c) Em 09.02.2012, a Aneel aprovou novo contrato de mútuo entre a Copel (mutuante) e Copel Distribuição
(mutuária), no valor de R$ 800.000, com prazo definido de dois anos e juros de 109,41% da taxa DI. Em
31.12.2013, o saldo do mútuo foi quitado com a transferência para a Copel de créditos de CRC junto ao
Governo do Estado do Paraná, anuída pela Aneel conforme Despacho n.º 4.222 de 11.12.2013.
d) O BNDES é controlador da BNDES Participações S.A. - BNDESPAR que detém 23,96% do capital social
da Copel. O valor de 2014 refere-se a financiamento de investimentos.
e) A Companhia mantém com a Copel Geração e Transmissão Contratos de Compra e Venda de Energia
No Ambiente Regulado - CCARs, Contratos de Serviços de Transmissão - CPST e Contratos de
Conexão ao Sistema de Transmissão - CCT.
f) A Companhia mantém com a Copel Telecomunicações contratos de compartilhamento de postes, com
vencimento em 27.12.2016, e contrato de prestação de serviços de telecomunicação.
COPEL Copel Distribuição S.A.
62
g) A Companhia mantém com a Elejor contrato de compra e venda de energia e contratos de uso e sistema
de distribuição, com vencimento em 07.07.2015.
h) Contrato de compartilhamento de postes, realizado entre a Sercomtel S.A. Telecomunicações e a Copel
Distribuição, com vencimento em 28.12.2018.
i) A Companhia mantém Contrato de Uso do Sistema de Transmissão - CUST com o ONS e com as
concessionárias de Transmissão de Energia, o qual tem por objeto a contratação do Montante de Uso do
Sistema de Transmissão - MUST. A contratação é de caráter permanente e é regulamentada pela
Resolução Normativa Aneel n.º 399/2010, sendo os montantes definidos para os quatro anos
subsequentes, com revisões anuais.
j) A Companhia mantém, com as empresas Caiuá Transmissora de Energia e Costa Oeste Transmissora
de Energia, Contratos de Conexão ao Sistema de Transmissão - CCT com vencimento até a extinção da
concessão da Distribuidora ou da Transmissora, o que ocorrer primeiro.
k) O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec é uma Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público - Oscip, na qual a Copel é uma associada. O Lactec mantém contratos de prestação
de serviços e de pesquisa e desenvolvimento com a Copel Distribuição, submetidos a controle prévio ou
a posteriori, com anuência da Aneel. Os saldos do ativo referem-se a P&D e PEE, contabilizados no
Circulante, na conta Serviços em curso, na qual devem permanecer até a conclusão do projeto,
conforme determinação da Aneel.
Os valores decorrentes de atividades operacionais da Copel Distribuição com as partes relacionadas são
faturados de acordo com as tarifas homologadas pela Aneel.
30 Seguros
A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está demonstrada a
seguir.
Riscos Data de vigência Importância Segurada
Riscos nomeados 24/08/2015 728.629
Incêndio - imóveis próprios e locados 24/08/2015 372.081
Transporte nacional e internacional - exportação e importação 24/08/2015 apólice por averbação
Riscos Diversos 24/08/2015 158
Responsabilidade Civil para Diretores e Administradores - D&O 30/06/2015 66.405
COPEL Copel Distribuição S.A.
63
31 Evento Subsequente
Revisão Tarifária Extraordinária de 2015
A Revisão Tarifária Extraordinária se dá em decorrência de uma série de eventos que impactaram de
maneira significativa os custos das concessionárias de energia, os quais não foram previstos no reajuste
tarifário de 2014, com destaque para: (i) aumento da quota de CDE; (ii) aumento dos custos com compra de
energia em função do reajuste da tarifa de Itaipu (46,14%) e alteração do dólar; e (iii ) dos elevados preços
praticados no 14º Leilão de Energia Existente (A-1 2014) e no 18º Leilão de Ajuste, realizado em 15.01.2015.
A Aneel aprovou a Revisão Tarifária Extraordinária da Copel Distribuição com reajuste tarifário médio de
36,79% com vigência a partir de 02 de março de 2015. Desse total, 22,14% estão relacionados à quota de
CDE, e 14,65% ao reposicionamento dos custos com aquisição de energia, os quais não foram previstos no
reajuste tarifário de 2014.
Em atendimento à Resolução Normativa nº 396 de 23.02.2010 da Aneel, informamos que as Demonstrações
Financeiras Societárias estarão disponíveis no site da Copel a partir de 30.03.2015 e as Demonstrações
Contábeis Regulatórias, a partir de 30.04.2015.
COPEL Copel Distribuição S.A.
64
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Aos Conselheiros e Diretores da
Copel Distribuição S.A.
Curitiba - Pr
Examinamos as demonstrações financeiras da Copel Distribuição S.A. (“Companhia”) que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações
do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa,
para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e
demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo
com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting
Standards Board – IASB, assim como pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras
com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos
de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude
ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a
elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar
os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria
inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
COPEL Copel Distribuição S.A.
65
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião sobre as demonstrações financeiras
Em nossa opinião as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Copel Distribuição S.A. em 31
de dezembro de 2014, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa
para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e
com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting
Standards Board – IASB.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Examinamos, também, a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao exercício findo
em 31 de dezembro de 2014, elaborada sob a responsabilidade da Administração da Companhia,
representando uma informação adicional às demonstrações financeiras mencionadas no primeiro
parágrafo. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos
anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos
relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Ênfase
Continuidade operacional
Sem ressalvar nossa opinião, chamamos a atenção para a Nota Explicativa 28.2.5 das
demonstrações financeiras, que descreve o risco relativo à não prorrogação do contrato de
concessão de distribuição de energia elétrica da Companhia, o qual vence em 7 de julho de
2015. Até a data de conclusão destas demonstrações financeiras, o poder concedente não havia
se manifestado sobre o pedido de prorrogação protocolado pela Companhia. Consequentemente,
por se tratar de um evento futuro fora do controle da Companhia, há, portanto, uma indefinição da
prorrogação do contrato de concessão, a qual levanta uma dúvida significativa quanto à
continuidade das operações de distribuição da Companhia.
Curitiba, 26 de março de 2015.
KPMG Auditores Independentes
CRC 2SP014428/O-6-F-PR
João Alberto Dias Panceri
Contador - CRC PR048555/O2
COPEL Copel Distribuição S.A.
66
PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO
EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014
Os membros do Conselho Fiscal da Copel Distribuição S.A., abaixo assinados, dentro de suas
atribuições e responsabilidades legais, procederam ao exame dos seguintes documentos: i.
Demonstrações Financeiras e Relatório Anual da Administração referentes ao exercício de 2014;
ii. Proposta da Diretoria para Destinação do Lucro Verificado no Exercício de 2014 e para
Pagamento da Participação Referente à Integração entre o Capital e o Trabalho e Incentivo à
Produtividade; e iii. Proposta para Aumento de Capital. Com base em análises efetuadas e
esclarecimentos adicionais prestados pela Administração, considerando, ainda, o Relatório dos
Auditores Independentes (KPMG Auditores Independentes) emitido sem ressalvas, com a
existência de parágrafo de ênfase sobre a continuidade operacional devido ao risco relativo à não
prorrogação do contrato de concessão de distribuição de energia elétrica da Companhia, o qual
vence em 07.07.2015, concluíram que os documentos analisados, em todos os seus aspectos
relevantes, estão adequadamente apresentados, motivo pelo qual opinam favoravelmente ao seu
encaminhamento para deliberação da Assembleia Geral Ordinária.
Curitiba, 27 de março de 2015
JOAQUIM ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA PORTES
Presidente
GEORGE HERMANN RODOLFO TORMIN
JOSÉ TAVARES DA SILVA NETO