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Cosmovisão e Ética

Introdução: O clássico filme, “Carruagens de fogo”, vencedor de 4

Oscars em 1981, incluindo melhor filme, fala da experiência dosaleas da !nglaerra em "usca da gl#ria nos $ogos ol%mpicos de 19&4'(ara dois corredores, a honra em )ues*o + pessoal' se filme relaaa caivane e real his#ria de -arold ."rahams, ric /iddell e dae)uipe )ue deu 0 r*23reanha uma de suas maiores vi#rias noespore' ses dois rapaes es*o deerminados a superar o"sáculose a realiar um sonho em comum' Com suas inigualáveis omadas dacompei5*o e sua rilha sonora vencedora de um Oscar assinada por6angelis, ese filme marcou definiivamene seu lugar no cora5*oda)ueles )ue amam o cinema em )ual)uer pare do mundo'

-arold ."rahams + um $udeu inglês rico )ue esuda em Cam"ridge'!mauro e senindo2se inferioriado pela sua origem semia,descarrega sua frusra5*o na)uilo )ue mais gosa: correr' ric /iddell+ filho de um missionário escocês e depois de um longo empofaendo miss*o na China, reorna 0 sua erra naal para reverparenes e amigos' xremamene religioso e orodoxo, n*o exerceaividades no dia de domingo' 7 um excelene alea, corre feio oveno, e alimena o mesmo sonho de -arold'a corrida dos cem meros, -arold enfrena a sua primeira derroa ese orna ainda mais amargo e inseguro' .o mesmo empo, ric seaormena enre a vonade de correr e faer miss*o' -arold perdepara os americanos nos & meros, mas ainda há uma prova ricdesise da prova, depois de desco"rir )ue ela seria realiada em umdomingo' se filme nos dá uma impressionane li5*o de +ica ehonesidade' um deerminado momeno do filme, os menores dosdois $ovens rapaes )ue faem pare da mesma e)uipe, es*oanalisando o perfil de am"os, e um deles afirma: Os homens separecem com seus deuses'''

 A forma como você interpreta a vida determina como você vai lidar com sua experiência de viver. Os homens se parecem com seus

deuses...

.nes de iniciar o diálogo so"re ese assuno, creio )ue seria muioimporane definir dois ermos: Cosmovis*o e 7ica'

Cosmovisão: ;e uma forma preliminar podemos dier )ue raa2se

de um sisema de id+ias em orno do )ual vive o ser humano'enhum de n#s vive sem pressuposos, sem uma hermenêuica ou

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ideologia, em orno do )ual se consr#i a forma de agir<reagir 0sexperiências diárias, 0 vis*o da his#ria e 0s duras realidades da vida' “Cosmovis*o + um con$uno de suposi5=es e cren5as )ue algu+m usapara inerprear e formar opini=es acerca da sua humanidade,prop#sio de vida, deveres no mundo, responsa"ilidades para com a

fam%lia, inerprea5*o da verdade, )ues=es sociais, ec”'1

gráfico 1

 

Ética - Ordu>a, (rofessor de ?eologia moral no cenro de sudos?eol#gicos de .rag*o, raa a +ica cris* na vis*o de eologia moral,)ue ele chama de “eoria cr%ica da práxis do homem” &  3runnerafirma )ue “a +ica cris* + a ciência da condua humanadeerminada pela condua divina” @' iles define a +ica como

1 Christian apologetics & research Ministries, www.carm.org 2 Orduna, R. Rincon & outros – Práxis Crist – Moral !undamental, "o Paulo, #d. Paulinas, 1$%, pg 1 'runner, #mil – The Divine Imperative, Philadelphia, (estminster Press, 1$)*, pg %+.

COSMOS

COSMOS

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 “cosumes e práicas aprovadas por um culura” 4, enfaiando )ue a+ica + a ciência da moral, nesa mesma linha segue ardner aoafirmar “7ica pode ser definida como o esudo criico damoralidade'''(or um lado, a +ica ocupa2se das escolhas moraispráicas )ue os homens faem, por ouro, preocupa2se com os alvos

e princ%pios ideais )ue reconhecemos esarem impondo exigênciasso"re n#s” A' Borell discue a )ues*o da +ica na perspeciva de ceroe errado, "em e mal' “. )ues*o crucial )ue desafia nossa +poca + opro"lema da +ica: como devemos esa"elecer o cero e o erradoComo podemos disinguir o "em do mal” D'

gráfico 1.2

  BEM / MAL

Onde podemos enconrar ese pono de conaco enre +ica ecosmovis*o Ee + cero afirmar )ue “os homens se parecem comseus deuses”, podemos am"+m ampliar ese conceio afirmando )uea #ica exisencial e eol#gica de uma pessoa define sua aiude e

comporameno' O homem responde 0 vida, de acordo com seuspressuposos onol#gicos e filos#ficos' (or iso, podemos afirmar )uea )ues*o "ásica do ser humano n*o + +ica, mas filos#fica' *o ema ver com moral, anes com sua cosmovis*o' . vis*o do cosmodeermina minha forma de viver' . )ues*o hermenêuica do seranecede 0 )ues*o moral do ser' .pesar da ampla discuss*ofilos#fica enre a essência e exisência, n*o podemos em definiivoconcordar )ue a exisência precede a essência, anes + a essência)ue anecede a exisência'

) iles, -.#., Casa 'autista de pulicaciones, 'uenos /ires, *0 edicao, 1$%, p. ardner, #.C., 3 4lica e 3tica social – "o Paulo, /ste, 1$+ p.1$+ orell, eorge (. – 5tica da deciso, "o 6eopoldo, #ditora "inodal, 1$*, pg 11.

LUZ / TREVAS CERTO / ERRADO

DEUS / DIABO

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gráfico &

TEOLOGIA

FILOSOFIA

VERDADE

 

VALORES

MORAL

ATITUDES

O eidos anecede o ethos.

Ee + cero afirmar )ue “os homens se parecem com seus deuses”,somos levados a considerar )ue a hermenêuica define a his#ria eesa deermina a +ica' Os homens agem "aseados nos pressupososfilos#ficos )ue crêem serem imporanes' uma linguagem "%"lica: “Ohomem fala daquilo que o coração está cheio”. (orano, oda adiscuss*o +ica precisa ser anecedida por uma ampla )ues*o so"reo senido e significado do ser humano, ou, se usarmos umalinguagem mais psicol#gica, a cura e a reden5*o do ser humano deveser enconrada no logos, conforme a erapia proposa por 6iorBranFl' O logos + ese pono de parida para a compreens*o e oresgae filos#fico da ra5a humana'

 “*o fa senido encararmos a )ues*o +ica como meroso"servadores, como se ela n*o esivesse fundada $usamene no faode )ue, ao encararmos a nossa vida, n*o podemos limiar2nos aopapel de o"servadores de nossa aua5*o, mas necessariamene

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precisamos enender a n#s mesmos como os vivenes, como osauanes” G' O pro"lema da +ica, na vis*o de 3arh, “+ o perigoso, omortal   assalo ao ser humano” 8, por)ue lida com a essência dahumanidade'

ese pono reside am"+m a )ues*o filos#fica fundamenal: onde seconsr#i a +ica' Hual + o alicerce da discuss*o

?ano Ehaeffer9  )uano /eIis1, iniciam a discuss*o so"re a ra5ahumana e a resposa cris* 0s )ues=es humanas com a )ues*ofilos#fica' Ehaeffer inicia seu livro afirmando )ue “o aual hiao enreas gera5=es aconeceu )uase )ue ineiramene devido a umamudan5a no conceio da verdade” 11' Eegundo o auor, no in%cio dos+culo passado exisia um pressuposo filos#fico JcosmovisãoK,"aseado na possi"ilidade de um a"soluo na área do Eer e na área da

Loral J7icaK, mas )ue o homem moderno mudou o conceio deverdade, e iso aingiu a lieraura, a filosofia, a are e a mMsica'Conclui o seu livro no mesmo om: “Huando uma ênfase clara einconfund%vel na verdade, no senido de an%ese, + removida,ocorrem duas coisas: em primeiro, o crisianismo, como verdadeirocrisianismo, fica enfra)uecido na pr#xima gera5*o' m segundo,esaremos comunicando somene a)uela diminua por5*o dacomunidade )ue ainda pensa nos ermos dos conceios de verdademais anigos”'1&

/eIis am"+m segue a mesma linha de pensameno' O seu /ivro +dividido em )uaro grandes "locos, e o /ivro !, em como su"%ulo, “O cero e o errado como pisa para desvendar o Eenido doNniverso”' o seu primeiro cap%ulo ena firmar o )ue ele chama de “/ei da naurea”, iso +, odos n#s emos cera inro$e5*o do cero eerrado, e usamos eses padr=es morais )ue para defender e acusar'o seu /ivro !6, depois de uma enorme divaga5*o filos#fica eleconclui o livro falando de moral, afirmando )ue “?eologia + práica”' O)ue ele demonsra, de forma geral, + )ue n*o + poss%vel faer semser' 7ica + conse)ência de uma forma de ler a vida'

* 'arth. 7arl – 8ádi9a e lou9or, "o 6eopoldo, #dit "inodal, 1$%+, p. %% :dem, pg $$ "hae!!er, rancis /., O 8eus ;ue inter93m, -a<, #dit. Re!<gio, 1$%11= 6ewis., C.". Mere Christianit>, ?ew @orA, Mcmillam Pulishing Co., :nc., 22o. Printing, 1$*+11 "hae!!er, op. Cit., pg 112 "hae!!er, op. Cit, pg 2+

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 A Ameaça espiritualizante

sa foi a ese principal )ue descrevi no livro “O !mp+rio n#sicoConra .aca” 13, no )ual eno mosrar )u*o pro"lemáica se

ornou a cosmovis*o gn#sica para a igre$a primiiva, e como esavis*o em se aualiado no proesanismo "rasileiro de nossosdias'

. vis*o gn#sica na par%sica, desem"ocou em )uaro aspecosmarcanes para a eologia cris*, caminhando sempre de formaparalela 0 eologia "%"lica na his#rica do crisianismo se ornandoevidene em nossa eologia proesane "rasileira'

J1K . minimia5*o do Criso encarnado

J&K . "usca dos mis+rios

J@K . re$ei5*o do criado JasceismoK

J4K a re$ei5*o dos meios de gra5a Jperda da dimens*o sacramenalK'

/evanamos am"+m )uaro aspecos de nossa aual cosmovis*o doproesanismo "rasileiro para denunciar ese presen5a gn#sica' E*oeles:

J1K 3usca de solu5*o mágica

J&K . perda dos sacramenos

J@K . Linimia5*o do Criso encarnado

J4K . spiriualidade do reraimeno JasceismoK'

O )ue aconece )uando a cosmovis*o da igre$a deixa de ser "%"lica epassa a ser gn#sica . pare vis%vel desa conrov+rsia vai seevidenciar na +ica $á )ue “os homens se parecem com seus deuses”'

a +ica neo2gn#sica, os fundamenos s*o am"+m gn#sicos, comuma roupagem p#s2moderna' . +ica da igre$a evang+lica "rasileira,reproduindo a vis*o desa heresia )ue $á se manifesara desde osempos apos#licos, am"+m vai revelar odas as suas implica5=es:

J1K O despreo pela his#ria

J&K O despreo pela pol%ica

J@K O despreo pelo social

1 Bieira, "amuel – O :mp3rio nstico Contra /taca, "o Paulo, Casa de Cultura Crist, 2===.

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(rivaia5*o da +icas)uiofrenia enre vida religiosa e secular

J4K O despreo pelo corpo'

ega5*o da sexualidade?ransforma5*o do corpo no "ode expia#rio'

Fundamentação Bíblica

as scriuras Eagradas, esa verdade + clara' “*o se pode falar emsanifica5*o sem relacioná2la com a $usifica5*o am"as êm o mesmofundameno e coneMdo”'14 *o se pode falar de +ica anes de mudar

a forma de inerprear a vida' “?eologia + práica”, como enfaiou/eIis, por)ue a compreens*o eol#gica ransforma a aiude humana'Cosmovis*o precede e deermina a +ica'

O ap#solo (aulo usa repeidas vees esa meodologia' . cara aosPomanos + um exemplo clássico: ;epois de escrever 1& longos ecomplexos cap%ulos so"re o fundameno da f+ cris*, s# en*o faladas responsa"ilidades )ue os cris*os inham diane da compreens*odesas verdades' ;epois de narrar de forma magisral a o"rasuficiene e maravilhosa )ue Criso fe pela ra5a humana, em Pm'

11, ele inicia o capiulo 1& diendo: “ogo!vos" pois" irmãos" pelasmiseric#rdias de $eus" que apresenteis o vosso corpo por sacrif%ciovivo" santo e agradável a $eus" que & o vosso culto racional”   JPm1&'1K' sa con$un5*o explicaiva 'pois” , esá relacionada aoconeMdo do )ue ele explicou aneriormene' .penas agora + poss%velfalar de +ica, )uando $á se sa"e )ual + a "ase da f+' “.nes de udo,esa"elece (aulo o fundameno' ;i o )ue deve ser praicamene ocris*o na condua, raendo2lhe 0 lem"ran5a o )ue + ele na f+”'1A

Huando se renova a consciência, a pessoa passa a agir com novospressuposos, passando assim a viver segundo a)uilo )ue

compreende pela f+' (or)ue os valores de ;eus foram compreendidosexisencialmene, a práica decorrene desa nova compreens*o seráde acordo com novas convic5=es' O novo homem em Criso, produuma nova +ica, despo$ando2se da in$usi5a e da menira'

.o comenar nas noas de rodap+ dese exo de Pomanos, /ueroafirma: “os cap%ulos aneriores, o ap#solo firmou o verdadeirofundameno )ue + Criso J1 Co @'11K, ou a rocha so"re a )ual ohomem deve consruir JL G'&4K, e desr#i o falso fundameno da $usi5a pr#pria do homem'''.penas Criso + o fundameno, anes de

1) Belas;ues ilho, Prcoro – 5tica para nossos dias, "o Paulo, #d. Metodista, 1$**, pg +1 6eenhardt, . -., #p4stola aos Romanos, "o Paulo, /ste, 1$+$, p. =*

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)ual)uer "oa o"ra” 1D' Calvino di: “em v*o será o esfor5o parademonsrar aos homens o cuidado )ue devem o"servar na dire5*o deseu caminho, se anes n*o lhes + ensinado a conhecer o manancial deoda $usi5a )ue esá em ;eus”'1G 

O exo de Pm 1'18 orna2se especialmene imporane' le come5afalando da ira de ;eus, e )uando falamos de ;eus irado, $á nosornamos defensivos' ese exo somos orienados so"re um ema)ue n*o gosamos de falar: . ira de ;eusQ O )ue + ira de ;eus (auloafirma )ue a ira de ;eus se manifesa conra duas aiudes humanas:!mpiedade e (ervers*o' .s duas s*o aiudes +icas' O )uesurpreende + )ue ele afirma )ue os homens usam um princ%piofilos#fico para conspirar conra a verdade: “$et&m a verdade pelain(ustiça” J1'18K' Ora, verdade + conceiual, episemol#gicaJcosmovis*oK, in$usi5a e pervers*o s*o práicas, J+icaK, en)uano

impiedade em a ver com espiriualidade' )io em sua rai no ermopiedade, )ue se relaciona com o m%sico, com a divindade' (io + ohomem )ue se a$oelha, )ue reconhece ;eus na sua his#ria' seexo nos mosra )ue os homens recusam a verdade para coninuaragindo com in$usi5a' O ethos + precedido pela filosofia' . a5*o +realiada de acordo com a)uilo )ue se "usca esa"elecer comoverdadeiro, ou nega2se a verdade para n*o ser $ulgado por ela'.dmiir a verdade implica em n*o enconrar fundameno para praicara in$usi5a' E# exise uma forma dos homens coninuarem na práicado pecado, agindo com in$usi5a e pervers*o: Os homens precisam

omiir, negar ou adulerar a verdade' (elo fao do cris*o sefundamenar na verdade, iso se orna um faor impediivo para )ueele viva na práica da in$usi5a, sendo exigido dele auenicidade,coerência e valor'

ráfico @

 IMPIEDADE

  PERVERSO

  I!"USTI#A

. filosofia ena desruir os fundamenos' O salmisa indaga: 'Ora"destru%dos os fundamentos" que poderá fa*er o (usto+” JEl 11'4K' .verdade esá pulsando, mas os homens conspiram conra ela, para

1+ 6uther, MartinD 6ectures on Romans, Philadelphia, Ehe (estminster Press, 1$+1, p.2=1* Cal9in, -uanD "ucomision 6iteratura Cristiana, rand Rapids, Michigan, 1$**, p. 1

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coninuarem agindo com "ase na in$usi5a' . verdade se revela pelosfeios criadores de ;eus' . cria5*o anuncia ;eus JEl 19'1K . cria5*oapona para o criador JPm 1'&K mas os homens negam a verdade de;eus para se curvarem diane da criaura' (or iso se ornam semdefesa diane do criador' ',ais homens são" por isso" indesculpáveis” 

JPm 1'&1K' *o reconhecem a ;eus, n*o o glorificam nem lhe d*ogra5as JPm 1'&1K, criam uma l#gica 0s avessas, '-e tornaram nulosem seus pr#prios racioc%nios” JPm 1'&1K'

Como a ira de ;eus enra em udo iso O $u%o de ;eus n*o +caasr#fico, nao se radu por rag+dias naurais, nem cheira aenxofre, mas ra ouros componenes' '$eus os entregou” do grego paradidomai JPm 1'&4,&D,&8K' ;eus os deixou enregues a si mesmo,como um pai )ue se cansa de enar disciplinar o filho e o deixa 0 suapr#pria sore' ?rês áreas da naurea humana s*o aingidas: corpo,

emo5*o e mene' !so +, o ser humano compleo' .)ui esá a ira de;eusQ ;eus nos enrega 0 pr#pria sore' ;eus permie )ue a ra5ahumana siga seus insinos e paix=es e fi)ue enregue a si mesmo'/i"erdade n*o + er permiss*o para faer udo )ue dese$amos, massermos capaes de dier n*o a algumas coisas )ue )ueremos, porcausa do fundameno da verdade )ue exise em n#s' Huandoesamos de"aixo da ira de ;eus, ornamo2nos enregues 0devassid*o moral e a)uilo )ue come5amos a faer por praer orna2se o nosso pesar'

Onde a ira se revela as conse)ências de nossas decis=es, noa"andono de ;eus' Eer enregue 0 nossa sore + o grande casigo de;eus' !nferno, por defini5*o + o a"andono de ;eus' . ira de ;eusesá presene na falsa li"erdade )ue assumimos' ?ornamo2nosescravos de nossas paix=es e dese$os, vaios em nosso ser, semperce"emos os %dolos modernos )ue consru%mos na vida' Huando aira de ;eus se revela, ele nos enregue ao nosso pr#prio a"andono,aos nossos insinos )ue passam a exigir de n#s devo5*o cada vemaior' ?ransformam2se em v%cio, nos aprisionam e nos faemdependenes' Nma das conse)ências dese esilo de vida longe de

;eus + a  perda da afeição natural JPm 1'@1K'  (erdemos a nossasensi"ilidade humana, sacrificamos nossos afeos, perdemos acapacidade de amar'

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gráfico 4

FILOSOFIA

$COSMOVISO%

ÉTICA

AFETIVIDADE

Eegundo a descri5*o dese exo, calamidades, rag+dias, erremoos,maremoos, sunamis n*o s*o resulanes da ira de ;eus, anespodem ser descrios como resulanes dos a"usos climáicos, daganRncia humana, das rag+dias naurais' ;eus n*o em praer namore de crian5as inocenes e velhos indefesos, mas, ao mesmo

empo, assim como ele manda sol so" $usos e in$usos, coisas ruinsaconecem a pessoas )ue n*o êm nenhuma responsa"ilidade moralem suas m*os' .s rag+dias am"+m aingem a odos: ricos e po"res,velhos e crian5as, $usos e in$usos'(odemos ser a"aidos por rag+dias humanas, caásrofes' ;eus eriase es)uecido de n#s *oQ . grande ira de ;eus se revela )uandoinsisimos e om"amos de sua oriena5*o sá"ia, )uando nosinculcamos por sá"ios e nos ornamos loucos, )uando inveremos aordem naural da vida, adorando a criaura ao inv+s do Criador, eusamos a cria5*o de uma forma conrária ao prop#sio original de

;eus' Huando insisimos em viver assim, ;eus nos deixa ir, como o(ai fe ao filho pr#digo, e somos enregues 0s nossas pr#priasescolhas morais, nos escraviamos aos nossos impulsos, e nos auodesru%mos por n*o ermos a dire5*o e oriena5*o de ;eus'sar longe do amor e da gra5a de ;eus + a grande ira de ;eus' ofundo, a ira + resulane de uma re$ei5*o deli"erada de sermos a)uilo)ue ;eus inenou )ue fossemos para ele mesmo' n*o, ;eus 'nosentrega” a uma disposi5*o menal reprovável, para comeermosa5=es infames, nos ornamos insens%veis aos nossos afeos edesonramos nossos corpos usando2o para um prop#sio para o )ual

;eus n*o plane$ara' .% esá a verdadeira ira de ;eus: somosa"andonados 0 nossa sore, e ca%mos'

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Conclusão:(or )ue + fundamenal uma cosmovis*o cris* Ehaeffer nos a$udanovamene' le afirma )ue )uando "em enendido, o crisianismoem resposa 0s necessidades "ásicas do homem moderno:

1' . realidade da personalidade individual S )uem somos n#s' “round of /eing”  J?illichK' O ;eus pessoal criou o ser pessoal,caso conrário, resaria aos homens uma personalidade vindado impessoal Jsomado ao empo e ao acasoK'

&' Ee udo na vida + sem senido, para )ue se dar ao ra"alho deseguir em frene e luar por algum valor, pensar em +ica, sesacrificar pela $usi5a sa seria a conse)ência l#gica danega5*o da personalidade' Huando a personalidade humana

enconra senido verdadeiro ela dá senido ao amor e 0compaix*o'