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8/8/2019 CPC 29
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CPC_291
COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS
PRONUNCIAMENTO TCNICO CPC 29
Ativo Biolgico e Produto Agrcola
Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IAS 41
ndice Item
OBJETIVO
ALCANCE 14DEFINIES 59
Definies relacionadas com a rea agrcola 57
Definies gerais 89
RECONHECIMENTO E MENSURAO 1033
Ganhos e perdas 2629
Incapacidade para mensurar de forma confivel o valor justo 3033
SUBVENO GOVERNAMENTAL 3438DIVULGAO 3957
Geral 4053
Divulgao adicional para ativo biolgico cujo valor justo no pode sermensurado de forma confivel 5456
Subveno governamental 57
APNDICEExemplos ilustrativos
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Objetivo
O objetivo deste Pronunciamento estabelecer o tratamento contbil, e asrespectivas divulgaes, relacionados aos ativos biolgicos e aos produtosagrcolas.
Alcance
1. Este Pronunciamento deve ser aplicado para contabilizar os seguintes itensrelacionados com as atividades agrcolas:
(a)ativos biolgicos;
(b)produo agrcola no ponto de colheita;
(c) subvenes governamentais previstas nos itens 34 e 35.
2. Este Pronunciamento no aplicvel em:
(a) terras relacionadas com atividades agrcolas (ver Pronunciamentos TcnicosCPC 27Ativo Imobilizado e CPC 28Propriedade para Investimento); e
(b)ativos intangveis relacionados com atividades agrcolas (ver CPC 04 AtivoIntangvel).
3. Este Pronunciamento deve ser aplicado para a produo agrcola, assimconsiderada aquela obtida no momento e no ponto de colheita dos produtosadvindos dos ativos biolgicos da entidade. Aps esse momento, o CPC 16 Estoques, ou outro Pronunciamento Tcnico mais adequado, deve ser aplicado.Portanto, este Pronunciamento no trata do processamento dos produtos agrcolasaps a colheita, como, por exemplo, o processamento de uvas para a transformaoem vinho por vincola, mesmo que ela tenha cultivado e colhido a uva. Tais itens
so excludos deste Pronunciamento, mesmo que seu processamento, aps acolheita, possa ser extenso lgica e natural da atividade agrcola, e os eventospossam ter similaridades.
4. A tabela a seguir fornece exemplos de ativos biolgicos, produto agrcola eprodutos resultantes do processamento depois da colheita:
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Ativos biolgicos Produto agrcolaProdutos resultantes doprocessamento aps a
colheita
Carneiros L Fio, tapete
rvores de umaplantao
Madeira Madeira serrada, celulose
Plantas
Algodo
Cana colhida
Caf
Fio de algodo, roupa
Acar, lcool
Caf limpo em gro,modo, torrado
Gado de leite Leite Queijo
Porcos Carcaa Salsicha, presunto
Arbustos Folhas Ch, tabaco
Videiras Uva Vinho
rvores frutferas Fruta colhida Fruta processada
Definies
Definies relacionadas com a rea agrcola
5. Os seguintes termos so usados neste Pronunciamento com significadosespecficos:
Atividade agrcola o gerenciamento da transformao biolgica e da colheita deativos biolgicos para venda ou para converso em produtos agrcolas ou em ativosbiolgicosadicionais, pela entidade.
Produo agrcola o produto colhido de ativo biolgico da entidade.
Ativo biolgico um animal e/ou uma planta, vivos.
Transformao biolgica compreende o processo de crescimento, degenerao,produo e procriao que causam mudanas qualitativa e quantitativa no ativobiolgico.
Despesa de venda so despesas incrementais diretamente atribuveis venda deativo, exceto despesas financeiras e tributos sobre o lucro.
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Grupo de ativos biolgicos um conjunto de animais ou plantas vivossemelhantes.
Colheita a extrao do produto de ativo biolgico ou a cessao da vida desse
ativo biolgico.
6. Atividade agrcola compreende uma srie de atividades, por exemplo, aumento derebanhos, silvicultura, colheita anual ou constante, cultivo de pomares e deplantaes, floricultura e cultura aqutica (incluindo criao de peixes). Certascaractersticas comuns existem dentro dessa diversidade:
(a)capacidade de mudana. Animais e plantas vivos so capazes detransformaes biolgicas;
(b)gerenciamento de mudana. O gerenciamento facilita a transformao
biolgica, promovendo, ou pelo menos estabilizando, as condiesnecessrias para que o processo ocorra (por exemplo, nvel de nutrientes,umidade, temperatura, fertilidade, luz). Tal gerenciamento que distingue asatividades agrcolas de outras atividades. Por exemplo, colher de fontes nogerenciadas, tais como pesca no oceano ou desflorestamento, no atividadeagrcola; e
(c)mensurao da mudana. A mudana na qualidade (por exemplo, mritogentico, densidade, amadurecimento, nvel de gordura, contedo proteico eresistncia da fibra) ou quantidade (por exemplo, descendncia, peso, metroscbicos, comprimento e/ou dimetro da fibra e a quantidade de brotos)
causada pela transformao biolgica ou colheita mensurada e monitoradacomo uma funo rotineira de gerenciamento.
7. Transformao biolgica resulta dos seguintes eventos:
(a)mudanas de ativos por meio de (i) crescimento (aumento em quantidade oumelhoria na qualidade do animal ou planta), (ii) degenerao (reduo naquantidade ou deteriorao na qualidade de animal ou planta) ou (iii)procriao (gerao adicional de animais ou plantas); ou
(b)produo de produtos agrcolas, tais como ltex, folhas de ch, l, leite.
Definies gerais
8. Os seguintes termos so usados neste Pronunciamento com significadosespecficos:
Mercado ativo aquele em que existem todas as seguintes condies:
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(a)os itens negociados dentro do mercado so homogneos;
(b)compradores e vendedores dispostos negociao podem ser normalmenteencontrados, a qualquer momento; e
(c)os preos esto disponveis para o pblico.
Valor contbil o montante pelo qual um ativo reconhecido no balano.
Valor justo o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivoliquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negcio e independentesentre si, com a ausncia de fatores que pressionem para a liquidao da transaoou que caracterizem uma transao compulsria.
Subveno governamental definida no Pronunciamento Tcnico CPC 07
Subveno e Assistncia Governamentais.
9. O valor justo de ativo tem sua determinao baseada na sua localizao e nascondies atuais. Como consequncia, por exemplo, o valor justo do gado nafazenda o preo do mercado principal, menos a despesa de transporte e outrasdespesas necessrias para coloc-lo no referido mercado.
Reconhecimento e mensurao
10. A entidade deve reconhecer um ativo biolgico ou produto agrcola quando, esomente quando:
(a)controla o ativo como resultado de eventos passados;
(b)for provvel que benefcios econmicos futuros associados com o ativofluiro para a entidade; e
(c)o valor justo ou o custo do ativo puder ser mensurado confiavelmente.
11. Em atividade agrcola, o controle pode ser evidenciado, por exemplo, pelapropriedade legal do gado e a sua marcao no momento da aquisio, nascimentoou poca de desmama. Os benefcios econmicos futuros so, normalmente,
determinados pela mensurao dos atributos fsicos significativos.
12. O ativo biolgico deve ser mensurado ao valor justo menos a despesa de venda nomomento do reconhecimento inicial e no final de cada perodo de competncia,exceto para os casos descritos no item 30, em que o valor justo no pode sermensurado de forma confivel.
13. O produto agrcola colhido de ativos biolgicos da entidade deve ser mensurado ao
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valor justo, menos a despesa de venda, no momento da colheita. O valor assimatribudo representa o custo, no momento da aplicao do Pronunciamento TcnicoCPC 16Estoques, ou outro Pronunciamento aplicvel.
14. (Eliminado).
15. A determinao do valor justo para um ativo biolgico ou produto agrcola podeser facilitada pelo agrupamento destes, conforme os atributos significativosreconhecidos no mercado em que os preos so baseados, por exemplo, por idadeou qualidade. A entidade deve identificar os atributos que correspondem aosatributos usados no mercado como base para a fixao de preo.
16. Algumas entidades, frequentemente, fazem contratos para vender seus ativosbiolgicos ou produtos agrcolas em data futura. Os preos contratados no so,necessariamente, relevantes na determinao do valor justo porque este reflete o
mercado corrente em que o comprador e o vendedor dispostos transao arealizaro. Como consequncia, o valor justo de ativo biolgico ou produtoagrcola no ajustado em funo da existncia do contrato. Em alguns casos, umcontrato para venda de ativo biolgico ou produto agrcola pode ser um contratooneroso, como definido no Pronunciamento Tcnico CPC 25 Provises, PassivosContingentes e Ativos Contingentes e que se aplica aos contratos onerosos.
17. Se existir mercado ativo para um ativo biolgico ou produto agrcola, considerandosua localizao e condies atuais, o preo cotado naquele mercado a baseapropriada para determinar o seu valor justo. Se a entidade tem acesso a diferentesmercados ativos, deve usar o mais relevante deles. Por exemplo, se a entidade tem
acesso a dois mercados ativos, deve usar o preo vigente no mercado que pretendeutilizar.
18. Se no existir mercado ativo, a entidade deve utilizar, quando disponvel, uma oumais das seguintes alternativas para determinao do valor justo:
(a)o preo de mercado da transao mais recente, considerando que no tenhahavido nenhuma mudana significativa nas circunstncias econmicas entre adata da transao e a de encerramento das demonstraes contbeis;
(b)preos de mercado de ativos similares com ajustes para refletir diferenas; e
(c)padres do setor, tais como o valor de pomar expresso pelo valor deembalagem padro de exportao, alqueires ou hectares, e o valor de gadoexpresso por quilograma ou arroba de carne.
19. Em alguns casos, as fontes das informaes mencionadas no item 18 podemsugerir diferentes concluses sobre o valor justo do ativo biolgico ou produtoagrcola. Nessa situao, devem ser avaliadas e ponderadas as razes para essas
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diferenas de forma a obter a melhor estimativa do valor justo, entre as opesexistentes.
20. Em algumas circunstncias, o preo ou valor determinado pelo mercado pode no
estar disponvel para um ativo biolgico nas condies atuais. Nessascircunstncias, a entidade deve utilizar o valor presente do fluxo de caixa lquidoesperado do ativo, descontado taxa corrente do mercado, para definio do valorjusto.
21. O objetivo do clculo do valor presente do fluxo de caixa lquido esperado o dedeterminar o valor justo do ativo biolgico no local e nas condies atuais. Aentidade deve considerar esse objetivo na determinao da taxa de descontoapropriada e na estimativa do fluxo de caixa lquido esperado. Na determinao dovalor presente do fluxo de caixa lquido esperado, a entidade deve incluir aexpectativa dos participantes do mercado sobre o fluxo de caixa lquido que o ativo
pode gerar no mais relevante dos mercados.
22. A entidade no deve incluir na estimativa de fluxo de caixa quaisquer expectativasde financiamento de ativos, tributos ou restabelecimento do ativo biolgico aps acolheita (por exemplo, o custo de replantio de rvores em plantao aps acolheita).
23. O preo em uma transao entre comprador e vendedor dispostos negociao,sem favorecimento das partes, est sujeito a variaes do fluxo de caixa. O valorjusto reflete a possibilidade de existncia de tais variaes. Assim, a entidade deveincorporar a expectativa sobre possveis variaes no fluxo de caixa na elaborao
desse fluxo e na taxa de desconto, ou, ainda, a combinao dos dois. Nadeterminao da taxa de desconto, a entidade deve usar premissas consistentes comaquelas usadas na estimativa do fluxo de caixa esperado, para evitar omisso ouduplicao de premissas.
24. Os custos podem, algumas vezes, se aproximar do valor justo, particularmente,quando:
(a)uma pequena transformao biolgica ocorre desde o momento inicial (porexemplo, as rvores frutferas brotadas a partir de sementes ou mudasplantadas no perodo imediatamente anterior ao de encerramento das
demonstraes contbeis); ou
(b)no se espera que o impacto da transformao do ativo biolgico sobre opreo seja material (por exemplo, para o crescimento inicial da plantao depinos cujo ciclo de produo de 30 anos).
25. Ativos biolgicos so, muitas vezes, implantados na terra (por exemplo, rvores defloresta plantada). Pode no existir um mercado separado para os referidos ativos,
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mas pode existir um mercado ativo para a combinao deles, isto , para os ativosbiolgicos, terra nua e terras com melhorias, como um conjunto. A entidade podeusar informaes sobre ativos combinados para determinar o valor justo dos ativosbiolgicos. Por exemplo, o valor justo da terra nua e da terra com melhorias pode
ser deduzido do valor justo dos ativos combinados, visando obter o valor justo doativo biolgico.
Ganhos e perdas
26. O ganho ou a perda proveniente da mudana no valor justo menos a despesa devenda de ativo biolgico reconhecido no momento inicial at o final de cadaperodo deve ser includo no resultado do exerccio em que tiver origem.
27. A perda pode ocorrer no reconhecimento inicial de ativo biolgico porque asdespesas de venda so deduzidas na determinao do valor justo. O ganho pode
originar-se no reconhecimento inicial de ativo biolgico, como quando ocorre onascimento de bezerro.
28. O ganho ou a perda proveniente do reconhecimento inicial do produto agrcola aovalor justo, menos a despesa de venda, deve ser includo no resultado do perodoem que ocorrer.
29. O ganho ou a perda pode originar-se no reconhecimento inicial do produto agrcolacomo resultado da colheita.
Incapacidade para mensurar de forma confivel o valor justo
30. H uma premissa de que o valor justo dos ativos biolgicos pode ser mensurado deforma confivel. Contudo, tal premissa pode ser rejeitada no caso de ativobiolgico cujo valor deveria ser determinado pelo mercado, porm, este no o temdisponvel e as alternativas para estim-los no so, claramente, confiveis. Emtais situaes, o ativo biolgico deve ser mensurado ao custo, menos qualquerdepreciao e perda por irrecuperabilidade acumuladas. Quando o valor justo de talativo biolgico se tornar mensurvel de forma confivel, a entidade deve mensur-lo ao seu valor justo menos as despesas de venda. Quando o ativo biolgicoclassificado no ativo no circulante satisfizer aos critrios para ser classificadocomo mantido para venda (ou includo em grupo de ativo mantido para essa
finalidade), de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 31 Ativo NoCirculante Mantido para Venda e Operao Descontinuada, presume-se que ovalor justo possa ser mensurado de forma confivel.
31. A presuno do item 30 pode ser rejeitada somente no reconhecimento inicial. Aentidade que tenha mensurado previamente o ativo biolgico ao seu valor justo,menos a despesa de venda, continuar a mensur-lo assim at a sua venda.
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32. Em todos os casos, a entidade deve mensurar o produto agrcola no momento dacolheita ao seu valor justo, menos a despesa de venda. Este Pronunciamentoassume a premissa de que o valor justo do produto agrcola no momento dacolheita pode ser sempre mensurado de forma confivel.
33. Na determinao do custo, da depreciao e da perda por irrecuperabilidadeacumuladas, a entidade deve considerar os Pronunciamentos Tcnicos CPC 16 Estoques, CPC 27 Ativo Imobilizado e CPC 01 Reduo ao Valor Recupervelde Ativos.
Subveno governamental
34. A subveno governamental incondicional relacionada a um ativo biolgicomensurado ao seu valor justo, menos a despesa de venda, deve ser reconhecida noresultado do perodo quando, e somente quando, se tornar recebvel.
35. Se a subveno governamental relacionada com o ativo biolgico mensurado aoseu valor justo menos a despesa de venda for condicional, inclusive quando exigirque a entidade no se envolva com uma atividade agrcola especificada, deve serreconhecida no resultado quando, e somente quando, a condio for atendida.
36. Os termos e as condies das subvenes governamentais variam. Por exemplo,uma subveno pode requerer que a entidade agrcola cultive durante cinco anosem determinada localidade, devendo devolv-la, integralmente, se o cultivo se derem perodo inferior. Nesse caso, a subveno no pode ser reconhecida noresultado antes de se passarem os cinco anos. Contudo, se os termos contratuais
permitirem a reteno do valor proporcional passagem do tempo, seureconhecimento contbil tambm deve ser proporcional.
37. Se a subveno governamental estiver relacionada com ativo biolgico mensuradoao custo menos qualquer depreciao ou perda irrecupervel acumuladas (ver item30), o Pronunciamento Tcnico CPC 07 Subveno e AssistnciaGovernamentais deve ser aplicado.
38. Este Pronunciamento exige tratamento diferente do Pronunciamento Tcnico CPC07 se a subveno do governo se referir a ativo biolgico mensurado pelo seu valorjusto menos despesas estimadas de venda ou a subveno do governo exigir que a
entidade no se ocupe de uma atividade agrcola especfica. O PronunciamentoTcnico CPC 07 somente aplicado subveno governamental relacionada aativo biolgico mensurado pelo seu custo menos qualquer depreciao acumuladae quaisquer perdas irrecuperveis acumuladas.
Divulgao
39. (Eliminado.)
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Geral
40. A entidade deve divulgar o ganho ou a perda do perodo corrente em relao aovalor inicial do ativo biolgico e do produto agrcola e, tambm, os decorrentes da
mudana no valor justo, menos a despesa de venda dos ativos biolgicos.
41. A entidade deve fornecer uma descrio de cada grupo de ativos biolgicos.
42. A divulgao requerida pelo item 41 pode ter a forma dissertativa ou quantitativa.
43. A entidade encorajada a fornecer uma descrio da quantidade de cada grupo deativos biolgicos, distinguindo entre consumveis e de produo ou entre madurose imaturos, conforme apropriado. Por exemplo, a entidade pode divulgar o total deativos biolgicos passveis de serem consumidos e aqueles disponveis paraproduo por grupos. A entidade pode, alm disso, dividir aquele total entre ativos
maduros e imaturos. Essas distines podem ser teis na determinao dainfluncia do tempo no fluxo de caixa futuro. A entidade deve divulgar a base pararealizar tais distines.
44. Ativos biolgicos consumveis so aqueles passveis de serem colhidos comoproduto agrcola ou vendidos como ativos biolgicos. Exemplos de ativosbiolgicos consumveis so os rebanhos de animais mantidos para a produo decarne, rebanhos mantidos para a venda, produo de peixe, plantaes de milho,cana-de-acar, caf, soja, laranja e trigo e rvores para produo de madeira.Ativos biolgicos para produo so os demais tipos como por exemplo: rebanhosde animais para produo de leite, vinhas, rvores frutferas e rvores das quais se
produz lenha por desbaste, mas com manuteno da rvore. Ativos biolgicos deproduo no so produtos agrcolas, so, sim, autorrenovveis.
45. Ativos biolgicos podem ser classificados como maduros ou imaturos. Os madurosso aqueles que alcanaram a condio para serem colhidos (ativos biolgicosconsumveis) ou esto aptos para sustentar colheitas regulares (ativos biolgicos deproduo).
46. As demonstraes contbeis devem divulgar, caso isso no tenha sido feito deoutra forma:
(a)a natureza das atividades envolvendo cada grupo de ativos biolgicos; e
(b)mensuraes ou estimativas no-financeiras de quantidade fsicas:
(i) de cada grupo de ativos biolgicos no final do perodo; e
(ii) da produo agrcola durante o perodo.
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47. A entidade deve evidenciar o mtodo e as premissas significativas aplicados nadeterminao do valor justo de cada grupo de produto agrcola no momento dacolheita e de cada grupo de ativos biolgicos.
48. A entidade deve divulgar o valor justo, menos a despesa de venda do produtoagrcola colhido durante o perodo, determinado no momento da colheita.
49. A entidade deve divulgar:
(a)a existncia e o total de ativos biolgicos cuja titularidade legal seja restrita, eo montante deles dado como garantia de exigibilidades;
(b)o montante de compromissos relacionados com o desenvolvimento ouaquisio de ativos biolgicos; e
(c)as estratgias de administrao de riscos financeiros relacionadas com aatividade agrcola.
50. A entidade deve apresentar a conciliao das mudanas no valor contbil de ativosbiolgicos entre o incio e o fim do perodo corrente. A conciliao inclui:
(a)ganho ou perda decorrente da mudana no valor justo menos a despesa devenda;
(b)aumentos devido s compras;
(c) redues atribuveis s vendas e aos ativos biolgicos classificados comomantidos para venda ou includos em grupo de ativos mantidos para essafinalidade, de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 31 Ativo NoCirculante Mantido para Venda e Operao Descontinuada;
(d)redues devidas s colheitas;
(e)aumento resultante de combinao de negcios;
(f) diferenas cambiais lquidas decorrentes de converso das demonstraescontbeis para outra moeda de apresentao e, tambm, de converso de
operaes em moeda estrangeira para a moeda de apresentao dasdemonstraes da entidade; e
(g) outras mudanas.
51. O valor justo, menos a despesa de venda de um ativo biolgico pode se alterardevido a mudanas fsicas e tambm de preos no mercado. Divulgaes separadasso teis para avaliar o desempenho do perodo corrente e para projees futuras,
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biolgicos, e a conciliao requerida pelo item 50 deve evidenciar o totalrelacionado com tais ativos, separadamente. Adicionalmente, a conciliao deveconter os seguintes montantes, includos no resultado e decorrentes daqueles ativosbiolgicos:
(a)perdas irrecuperveis;
(b)reverso de perdas no valor recupervel; e
(c)depreciao.
56. Se o valor justo dos ativos biolgicos, previamente mensurados ao custo, menosqualquer depreciao e perda no valor recupervel acumuladas se tornarmensurvel de forma confivel durante o perodo corrente, a entidade devedivulgar:
(a)uma descrio dos ativos biolgicos;
(b)uma explicao da razo pela qual a mensurao do valor justo se tornoumensurvel de forma confivel; e
(c)o efeito da mudana.
Subveno governamental
57. A entidade deve fazer as seguintes divulgaes:
(a)a natureza e a extenso das subvenes governamentais reconhecidas nasdemonstraes contbeis;
(b)condies no atendidas e outras contingncias associadas com a subvenogovernamental; e
(c) redues significativas esperadas no nvel de subvenes governamentais.
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ApndiceExemplos ilustrativos
Este Apndice acompanha, mas no faz parte do Pronunciamento. O Exemplo 1 ilustracomo as evidenciaes solicitadas no Pronunciamento podem ser utilizadas por uma
fazenda de gado leiteiro. Este Pronunciamento encoraja a separao da mudana no
valor justo menos despesa de venda dos ativos biolgicos entre mudanas fsicas e
mudanas de preo.
A separao refletida no Exemplo 1. O Exemplo 2 ilustra como separar mudanasfsicas e de preos.
A demonstrao contbil no Exemplo 1 no est de acordo com todos os requisitosexigidos de evidenciao e de apresentao de todos os Pronunciamentos do CPC.
Portanto, alteraes podem ser apropriadas.
Exemplo 1
XYZ Ltda.Balano Patrimonial
Notas 31 dezembro/X1 31 dezembro/X0ATIVO
Ativo circulante
Caixa
Contas a receber e outros recebveis
Estoques
Total do ativo circulante
Ativo no circulante
Ativo imobilizado
Rebanho para leite imaturosa
Rebanho para leite madurosa
Subtotal ativos biolgicos
Equipamentos (lquido)
Total do ativo no circulante
Total do ativo
PATRIMNIO LQUIDO E PASSIVO
(3)
10.000
88.000
82.950
180.950
52.060
372.990
425.050
1.462.650
1.887.700
2.068.650
10.000
65.000
70.650
145.650
47.730
411.840
459.570
1.409.800
1.869.370
2.015.020
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Passivo circulante
Fornecedores e outras contas a pagar
Total do passivo circulante
Patrimnio Lquido
Capital realizado
Reservas
Total do patrimnio lquido
Total do patrimnio lquido e passivo
165.822
165.822
1.000.000
902.828
1.902.828
2.068.650
150.020
150.020
1.000.000
865.000
1.865.000
2.015.020
(a) A entidade encorajada, mas no obrigada, a fornecer uma descrio quantitativa decada grupo de ativos biolgicos, distinguindo entre ativos para consumo e paraproduo ou entre ativos maduros e imaturos, conforme apropriado. A entidade devedivulgar a base para a definio de tais distines.
XYZ Ltda.Demonstrao do Resultado do Perodo *
Notas Exerccio encerrado em 31/12/20X1
Valor da venda do leite produzido
Ganho decorrente da mudana de valor justo menos adespesa estimada de venda do rebanho para produode leite
Materiais consumidos
Mo-de-obra
Depreciao
Outros custos
Lucro da operao
Imposto sobre o resultado
Lucro do perodo
(3)
518.240
39.930
558.170
(137.523)
(127.283)
(15.250)
(197.092)
(477.148)
81.022
(43.194)
37.828
(*) Esta Demonstrao do Resultado classifica os gastos conforme sua natureza, deacordo com o permitido pelo Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao dasDemonstraes Contbeis, o qual determina que, se a demonstrao no tiver esseformato, deve ter seus gastos assim dispostos em notas explicativas. OPronunciamento Tcnico CPC 26 encoraja a apresentao de anlise das despesas da
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Demonstrao do Resultado.
Demonstrao da Mutao do Patrimnio Lquido
XYZ Ltda.Encerrada em 31 de dezembro de 20X1
Saldo inicial em 1 janeiro 20X1
Lucro do perodo
Saldo final em 31 dezembro 20X1
Capital
1.000.000
1.000.000
Lucros Retidos
865.000
37.828
902.828
Total
1.865.000
37.828
1.902.828
Demonstrao dos Fluxos de Caixa*
XYZ Ltda.
Fluxo de caixa proveniente das atividadesoperacionais
Recebimento das vendas de leite
Recebimento das vendas de rebanho
Pagamento de fornecedores e empregados
Pagamento pela compra de rebanho
Pagamento de tributos sobre resultados
Caixa lquido das operaes
Fluxo de caixa proveniente das atividades deinvestimento
Aquisio de imobilizado
Caixa lquido das atividades de investimento
Aumento lquido de caixa
Caixa no incio do perodo
Caixa no final do perodo
Exerccio encerrado em31/12/20X1
498.027
97.913
(460.831)
(23.815)
111.294
(43.194)
68.100
(68.100)
(68.100)
010.000
10.000
(*) Esta Demonstrao dos Fluxos de Caixa informa o caixa decorrente das operaesusando o mtodo direto.
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Notas
1 Atividades principais e operaes
A companhia XYZ Ltda. desenvolve a atividade de produo de leite para fornecimento a vriosclientes. Em 31 de dezembro de 20X1, a companhia mantinha 419 cabeas de vacas para aproduo de leite (ativos maduros) e 137 bezerros para produo futura de leite (ativosimaturos). A companhia produziu 157.584 kg de leite pelo valor justo, menos a despesa devenda, de $ 518.240 (que foi determinado no momento da extrao do leite) no exerccio socialencerrado no dia 31 de dezembro de 20X1.
2 Polticas contbeis
Rebanho de leite
Os rebanhos so mensurados pelo valor justo menos a despesa de venda. O valor justo determinado com base no preo de mercado de ativos com idade, raa e qualidades genticassimilares. O leite inicialmente mensurado pelo valor justo menos a despesa de venda no
momento da extrao e com base no preo de mercado local.
3 Ativos biolgicos
Conciliao do total contabilizado do rebanho leiteiro
Total contabilizado em 1 de janeiro 20X1
Aumento em funo de compras
Ganhos decorrentes de mudanas no valor justomenos a despesa de venda atribudo amudanas fsicas*
Ganho decorrente de mudana no valor justo, menos a despesa de venda atribuvel amudanas de preo *
Reduo devido a vendasTotal contabilizado em 31 de dezembro 20X1
20X1
459.570
26.250
15.350
24.580
(100.700)
425.050
4 Administrao estratgica de riscos financeiros
A companhia est exposta aos riscos financeiros inerentes mudana de preo do leite. Aadministrao no prev declnio significativo do preo do leite em futuro prximo e, portanto,no contratou nenhum derivativo ou outras formas de proteo para os riscos de declnio paraos referidos preos. A companhia rev suas expectativas com relao ao preo futuro do leiteregularmente avaliando a necessidade de gerenciar os riscos financeiros.
(*) A separao do aumento do valor justo, menos a estimativa da despesa de venda nomomento de venda, entre a parte atribuvel a mudanas fsicas e a parte atribuvel amudanas de preos, no obrigatria, porm, estimulada.
Exemplo 2 - Mudana fsica e mudana de preo
O exemplo seguinte ilustra como separar a mudana fsica e de preo, que estimuladapelo Pronunciamento.
8/8/2019 CPC 29
18/18
CPC_2918
Havia um rebanho de 10 unidades com 2 anos de idade em 1 de janeiro de 20X1.Um animal de 2,5 anos foi comprado em 1 de julho de 20X1 por $ 108 e nessamesma data nasceu outro. Nenhum animal foi vendido ou colocado disposio
para venda durante o perodo. Os valores justos unitrios, menos a despesa de vendaso os seguintes:
Animais de 2 anos de idade em 1 de janeiro de 20X1
Animal nascido em 1 de julho de 20X1
Animal de 2,5 anos de idade em 1 de julho de 20X1
Animal nascido no ano, em 31 de dezembro de 20X1
Animal de 0,5 ano de idade, em 31 de dezembro 20X1
Animal de 2 anos de idade em 31 de dezembro 20X1Animal de 2,5 anos em 31 dezembro 20X1
Animais antigos com 3 anos de idade em 31 de dezembro 20X1
Valor justo menos a despesa de venda do rebanho em 1 de janeiro de 20X1(10 x 100)
Compra em 1 de julho 20X1 (1 x 108)
Aumento no valor justo menos a despesa de venda devido mudana de preo:
10 (105 100)
1 (111
108)1 (72 70)
Aumento no valor justo menos a despesa de venda devido mudana fsica:
10 (120 105)
1 (120 111)
1 (80 72)
1 70
Valor justo menos a despesa de venda do rebanho em 31 de dezembro de 20X1
11 120
1 80
100
70
108
72
80
105111
120
50
3
2
150
9
8
70
1.320
80
1.000
108
55
237
1.400