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As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da CVRD consolidadas são: CVRD Inco, MBR, Cadam, PPSA, Alunorte, Albras, Valesul, RDM, RDME, RDMN, Urucum Mineração, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), CVRD Australia, CVRD International, e CVRD Overseas. US GAAP 3T07 CRESCENDO COM SOLIDEZ O desempenho da CVRD no terceiro trimestre de 2007 Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2007 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) apresentou sólido desempenho no terceiro trimestre de 2007 (3T07), diante de um cenário de desvalorização do dólar americano frente ao real e ao dólar canadense, o que afetou negativamente seus custos, e de preços mais moderados do níquel, que contribuíram de maneira desfavorável para evolução da receita. Os principais destaques da performance no 3T07 foram: Recorde de vendas de minério de ferro e pelotas, com 78,5 milhões de toneladas. Receita bruta de US$ 8,1 bilhões, a mais elevada da história da Companhia para um terceiro trimestre, superando em 9,9% a obtida no 3T06. A receita acumulada nos nove primeiros meses de 2007 (9M07) foi de US$ 24,7 bilhões contra US$ 18,2 bilhões no 9M06. Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado (a) (lucro antes de juros e impostos), de US$ 3,4 bilhões, apresentando elevação de 7,8% relativamente ao 3T06. Margem EBIT ajustado de 43,4%, contra 44,3% no 3T06. Geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado (b) (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação), no 3T07 de US$ 4,0 bilhões, com incremento de US$ 123 milhões em relação ao 3T06, correspondendo também ao maior valor para um terceiro trimestre. Nos 9M07, o EBITDA ajustado chegou a US$ 13,3 bilhões 1 contra US$ 8,8 bilhões nos 9M06. Nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2007, o EBITDA ajustado chegou a US$ 16,9 bilhões. Lucro líquido, de US$ 2,9 bilhões, correspondente a lucro por ação diluído de US$ 0,60, com aumento de 23,5% sobre o resultado obtido no 3T06, de US$ 2,4 bilhões. Nos 9M07, o lucro líquido atingiu US$ 9,9 bilhões 1 contra US$ 5,6 bilhões nos 9M06. Dívida total de US$ 18,3 bilhões em 30 de setembro de 2007, contra US$ 19,1 bilhões no final do 2T07, com redução pelo segundo trimestre consecutivo. Remuneração ao acionista no ano de 2007 de US$ 1,875 bilhão, com crescimento de 44,2% relativamente a 2006. 1 Os dados relativos aos nove primeiros meses de 2007 não consideram o ajuste extraordinário de estoques realizado no 1T07 e 2T07. BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: RIO, RIOPR LATIBEX: XVALO, XVALP www.cvrd.com.br [email protected] Departamento de Relações com Investidores Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha Marcus Thieme Marcelo Silva Braga Patricia Calazans Theo Penedo Tacio Neto Tel: (5521) 3814-4540

CRESCENDO COM SOLIDEZ O desempenho da CVRD no ......apresentou sólido desempenho no terceiro trimestre de 2007 (3T07), diante de um cenário de desvalorização do dólar americano

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As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da CVRD consolidadas são: CVRD Inco, MBR, Cadam, PPSA, Alunorte, Albras, Valesul, RDM, RDME, RDMN, Urucum Mineração, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), CVRD Australia, CVRD International, e CVRD Overseas.

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3T07

CRESCENDO COM SOLIDEZ O desempenho da CVRD no terceiro trimestre de 2007 Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2007 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) apresentou sólido desempenho no terceiro trimestre de 2007 (3T07), diante de um cenário de desvalorização do dólar americano frente ao real e ao dólar canadense, o que afetou negativamente seus custos, e de preços mais moderados do níquel, que contribuíram de maneira desfavorável para evolução da receita.

Os principais destaques da performance no 3T07 foram:

• Recorde de vendas de minério de ferro e pelotas, com 78,5 milhões de toneladas.

• Receita bruta de US$ 8,1 bilhões, a mais elevada da história da Companhia para um terceiro trimestre, superando em 9,9% a obtida no 3T06. A receita acumulada nos nove primeiros meses de 2007 (9M07) foi de US$ 24,7 bilhões contra US$ 18,2 bilhões no 9M06.

• Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado (a) (lucro antes de juros e impostos), de US$ 3,4 bilhões, apresentando elevação de 7,8% relativamente ao 3T06.

• Margem EBIT ajustado de 43,4%, contra 44,3% no 3T06.

• Geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado (b) (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação), no 3T07 de US$ 4,0 bilhões, com incremento de US$ 123 milhões em relação ao 3T06, correspondendo também ao maior valor para um terceiro trimestre.

• Nos 9M07, o EBITDA ajustado chegou a US$ 13,3 bilhões1 contra US$ 8,8 bilhões nos 9M06. Nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2007, o EBITDA ajustado chegou a US$ 16,9 bilhões.

• Lucro líquido, de US$ 2,9 bilhões, correspondente a lucro por ação diluído de US$ 0,60, com aumento de 23,5% sobre o resultado obtido no 3T06, de US$ 2,4 bilhões. Nos 9M07, o lucro líquido atingiu US$ 9,9 bilhões1 contra US$ 5,6 bilhões nos 9M06.

• Dívida total de US$ 18,3 bilhões em 30 de setembro de 2007, contra US$ 19,1 bilhões no final do 2T07, com redução pelo segundo trimestre consecutivo.

• Remuneração ao acionista no ano de 2007 de US$ 1,875 bilhão, com crescimento de 44,2% relativamente a 2006.

1 Os dados relativos aos nove primeiros meses de 2007 não consideram o ajuste extraordinário de estoques realizado no 1T07 e 2T07.

BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: RIO, RIOPR

LATIBEX: XVALO, XVALP

www.cvrd.com.br [email protected]

Departamento de Relações

com Investidores

Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha

Marcus Thieme Marcelo Silva Braga

Patricia Calazans Theo Penedo Tacio Neto

Tel: (5521) 3814-4540

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• O capex realizado chegou a US$ 1,6 bilhão, sendo US$ 1,1 bilhão em crescimento orgânico – projetos e pesquisa & desenvolvimento - e US$ 521 milhões na sustentação das operações existentes. No ano até setembro, já foram investidos US$ 4,4 bilhões.

• Nos nove primeiros meses do ano, a Companhia investiu US$ 244,7 milhões em proteção e conservação do meio ambiente e US$ 104,1 milhões em ações sociais, numa clara manifestação de compromisso com a responsabilidade social corporativa.

Para facilitar comparações com o passado e melhor avaliar a evolução da performance da Companhia usaremos neste documento dados pro forma para o 3T06 – como se a Inco Ltd., atual CVRD Inco Ltd., tivesse sido adquirida desde 1 de janeiro de 2006 - com exceção das informações relativas a endividamento e investimentos, em procedimento idêntico ao adotado na divulgação do resultado do 2T07. As informações contábeis integrais do 3T06 podem ser encontradas no relatório “Financial Information – third quarter of 2007”, arquivado na U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil e nos relativos à divulgação de resultados da Companhia do terceiro trimestre de 2006 (www.cvrd.com.br / seção de relações com investidores).

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS US$ milhões

Pro forma3T06

(A)2T07

(B)3T07

(C) %

(C/A)%

(C/B)Receita bruta 7.392 8.899 8.124 9,9 -8,7EBIT ajustado 3.182 4.379 3.430 7,8 -21,7Margem EBIT ajustado (%) 44,3 50,4 43,4 EBITDA ajustado 3.878 5.057 4.001 3,2 -20,9Lucro líquido 2.381 4.095 2.940 23,5 -28,2Lucro por ação (US$) - 0,852 0,61 Lucro por ação diluído (US$)3 - 0,852 0,60 ROE (%) - 33,7 32,3 Dívida bruta/LTM EBITDA ajustado (x) - 1,31 1,23 Investimentos 4 1.060 1.439 1.624 53,2 12,9

PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS: CONFIANÇA NOS FUNDAMENTOS

O crescimento da economia global permaneceu acima de 5% no primeiro semestre deste ano. A China, Índia e Rússia foram os principais responsáveis pela boa performance do PIB mundial, crescendo 11,5%, 9% e 8%, respectivamente. Durante os últimos cinco anos, a economia global tem obtido as maiores taxas de crescimento desde o inicio dos anos 70, apesar da forte desacelração da economia americana a partir da metade de 2006. Em termos per capita, a média de crescimento mundial nos ultimo três anos foi de 3,6% ao ano, maior até mesmo do que a média anual de 3,3% registrada nos anos 60, a década com o crescimento mais rápido no período posterior à segunda Guerra Mundial.

A atual expansão econômica apresenta três características bastante importantes.

2 Ajustado pelo desdobramento de ações aprovado pelo Conselho de Administração em agosto de 2007. 3 O lucro por ação diluído considera as ações mantidas em tesouraria e que lastreiam a emissão de notas obrigatoriamente conversíveis em ADRs. No 3T07 a Companhia provisionou US$ 41 milhões para o pagamento de juros e juros adicionais aos detentores de notas obrigatoriamente conversíveis em ADRs. 4 Não inclui dispêndios com aquisições.

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Primeiro, a dispersão das taxas de crescimento entre países diminuiu. O crescimento econômico global não depende somente da dinâmica de alguns poucos países, sendo compartilhado entre um maior número de nações, o que sugere menores riscos de uma parada súbita da expansão.

Segundo, as economias de mercados emergentes são hoje responsáveis por uma parcela maior do crescimento. Atualmente, o BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) são responsáveis por 26.6% do PIB global ajustado pela paridade de poder de compra, enquanto as economias emergentes como um todo respondem por 48%.

As economias emergentes contribuíram com 73% do crescimento do PIB global nos últimos 3 anos, comparado com 50% nos anos 90. Essa tendência de crescimento exerce grande importância na demanda por minerais e metais à medida que esses países passam por mudanças estruturais em suas economias lideradas por processos de urbanização e industrialização, ambos intensos no consumo desses bens.

Terceiro, a volatilidade do crescimento tem diminuído. Nos últimos anos, as expansões econômicas têm apresentado longa duração, enquanto as recessões, têm sido mais curtas e brandas do que no passado. A moderação dos ciclos econômicos é, aparentemente, conseqüência de mudanças estruturais das políticas macroeconômicas – políticas monetárias de melhor qualidade e políticas fiscais mais estáveis – assim como de avanços nos mercados financeiros. A continuidade desse fenômeno implicará em redução de volatilidade do fluxo de caixa das empresas de mineração, que levará à uma reavaliação percepção de risco e de seus múltiplos de mercado por parte de investidores.

Assim, o crescimento econômico global tem sido forte, estável e mais resistente a distúrbios advindos dos países desenvolvidos devido à existência de outras fontes de prosperidade. Obviamente, isto não significa o fim dos ciclos de negócios. A economia mundial continua arriscada e cíclica, no entanto, menos propensa a recessões profundas e duradouras.

O aumento na inadimplência das hipotecas de alto risco levou à reprecificação do risco de crédito aumentando a volatilidade e diminuindo a liquidez dos mercados financeiros. A turbulência nesses mercados se constitui na principal fonte de risco para a continuidade da expansão econômica global na medida em que a economia mundial terá que se ajustar a maior disciplina na oferta de crédito. O crédito mais restrito poderá exercer influência moderadora no consumo e investimento, desacelerando o crescimento global.

A queda da demanda por ativos securitizados pode levar ao restabelecimento da intermediação de crédito pelo sistema bancário, limitando assim a capacidade de expansão de crédito. Ao mesmo tempo, as dificuldades no mercado interbancário poderão vir a adicionar pressões sobre a liquidez e rentabilidade dos bancos, ocasionando aperto na oferta de crédito, eventualmente até para empresas com excelente risco de crédito.

No entanto, os maiores bancos centrais do mundo responderam rapidamente aos distúrbios do mercado financeiro injetando volumes consideráveis de recursos no mercado interbancário, facilitaram o acesso ao redesconto de liquidez, e liderados pelo Federal Reserve Bank, dos EUA, estão promovendo reversão do ciclo de alta de taxas de juros.

As economias dos países desenvolvidos possuem várias fontes de resistência a efeitos potencialmente recessivos, advindas das posições de reservas e dos balanços sólidos dos bancos, antes dos recentes acontecimentos nos mercados financeiros globais, da alta rentabilidade e baixa alavancagem das empresas não financeiras, e um mercado de trabalho saudável. Entendemos que os riscos para as

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economias de mercados emergentes são modestos, na medida em que a turbulência é mais relacionada a problemas com derivativos de crédito pouco aplicados em seus mercados financeiros e, com exceção das economias emergentes da Europa, houve grande redução da vulnerabilidade a choques externos.

Continuamos confiantes no crescimento sólido e contínuo da economia global, esperando, entretanto, que se processe em ritmo mais moderado que o verificado nos últimos três anos. Existem sólidos fundamentos de longo prazo, determinados por inflação baixa e estável, taxas de juros reais em níveis historicamente reduzidos, elevada produtividade, globalização financeira e comercial e aceleração da expansão das economias de mercados emergentes.

A queda dos investimentos imobiliários diminuiu o crescimento do PIB americano dos últimos 12 meses em 1 ponto percentual. Acreditamos que a correção no mercado mobiliário continuará afetando a performance da economia americana no decorrer de 2007 e em 2008, causando também impacto negativo sobre as economias do Canadá e México. As economias da União Européia, que desfrutavam de seu melhor desempenho desta década, também sofreram contágio criado da turbulência financeira. Acreditamos que mudanças nas condições de crédito e a valorização do euro possam concorrer para desacelerar o crescimento da União Européia.

As mudanças climáticas podem afetar a economia global no longo prazo criando choques negativos de crescimento, e causando mudanças de preços relativos dos produtos mais intensivos em carbono.

Do ponto de vista econômico, as mudanças climáticas representam externalidade negativa global, visto que os emissores de gases de efeito estufa não absorvem todos os custos impostos à economia global. Como conseqüência disso, as medidas para neutralizar esse problema tornam-se mais complexas, determinando a necessidade de ações conjuntas do setor privado e governos e coordenação internacional.

Paralelamente a suas políticas e práticas de proteção ambiental de classe mundial, a CVRD tomou importantes iniciativas para neutralizar mudanças climáticas, lançando, por exemplo, o programa “Vale Florestar” e implementando o conceito de “ferrovia verde”, O “Vale Florestar” é dedicado a recuperar 300.000 hectares, o equivalente a 3.000 km2, de área na região amazônica, onde a criação de gado e a extração vegetal provocaram o desflorestamento. O programa implicará no plantio de 165 milhões de árvores e recuperação de mata nativa. Sob o conceito de “ferrovia verde”, as ferrovias da CVRD começaram a usar biodiesel como combustível e os dormentes de madeira serão substituídos por cerca de um milhão de dormentes de aço.

Acreditamos que esforços para a minimizar emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência energética têm potencial para estimular nova revolução tecnológica com larga repercussão e notáveis impactos positivos sobre o crescimento econômico mundial, de forma semelhante à revolução da tecnologia da informação.

No curto prazo, as condições do mercado de aço global são muito boas, com preços superiores aos praticados no passado e com a produção crescendo 7,3% nos primeiros nove meses de 2007. De acordo com projeções do International Iron and Steel Institute (IISI) o consumo aparente de aço deverá crescer 6,8% em 2008, em grande parte impulsionado pelos BRICs.

Na China, responsável pelo forte crescimento da demanda por minério de ferro e carvão metalúrgico, a demanda doméstica por aço está aumentando. Isto se deve principalmente à redução de estoques nos nove primeiros meses deste ano, o que

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eventualmente irá forçar os produtores chineses de aço a reduzir suas exportações. No caso do carvão metalúrgico, a China, que respondia por 20% do mercado transoceânico até 2003, se tornou importadora líquida em 2007 e deve manter-se nesta posição nos próximos anos.

Como conseqüência do forte crescimento da demanda de aço global, formaram-se grandes pressões sobre a oferta dos principais insumos. Os preços do minério de ferro no mercado spot na China alcançaram o nível de US$180 por tonelada métrica, um aumento superior a 100%, quando comparado com os preços prevalecentes em 2006, no mesmo período. O carvão metalúrgico australiano tem sido negociado recentemente a preços 70% superiores aos do início de 2007, enquanto os preços do manganês triplicaram nesse mesmo período.

Após alcançar o recorde histórico de US$ 54.200 por tonelada em 16 de maio, o preço do níquel sofreu forte queda, atingindo níveis próximos a US$ 25.000 por tonelada em meados de Agosto. Desde então, os preços saltaram acima dos US$ 30.000 e em outubro passaram a flutuar em torno de US$ 32.000 por tonelada, nível superior à média de preços do 3T06 e semelhante aos preços do 4T06.

Há sinais de que o ciclo de estoques da indústria de aço inox esteja próximo ao fim, porém já se antecipa que a produção mundial no 4T07 deverá ser inferior à verificada em cada um dos dois primeiros trimestres deste ano. A demanda por níquel para utilização fora do aço inox permanece forte, originada por diversas fontes, tais como as indústrias aeroespacial, petróleo, gás, defesa e de engenharia geral. A demanda por níquel para galvanização, atividade que buscou a substituição do produto anteriormente, está crescendo significativamente na China nas últimas semanas.

Apesar da volatilidade no curto prazo, determinada por fatores cíclicos, a demanda por aço inoxidável é forte, sustentando um crescimento estável e rápido na demanda por níquel para os próximos anos. Como mencionado anteriormente, estamos confiantes no robusto crescimento de longo prazo da economia dos países emergentes e conseqüentemente na potencial apreciação das moedas asiáticas, especialmente do renminbi, que tornará os preços do níquel mais atraentes para consumidores da região.

Historicamente, a CVRD tem mostrado um crescimento forte e estável, caracterizado pela sólida expansão de seu fluxo de caixa, que resultou na notável elevação de sua capitalização de mercado. A Companhia continuará perseguindo suas metas através da aceleração dos investimentos, planejando desembolsar US$ 59 bilhões nos próximos cinco anos, que serão destinados inteiramente ao crescimento orgânico, com investimento maciço no desenvolvimento de ativos de classe mundial – minério de ferro, pelotas, carvão, níquel, cobre, bauxita e alumina – e no fortalecimento de nossa logística e infra-estrutura de geração de energia para suportar a significativa expansão de nossas atividades.

Mais de 30 projetos greenfield e brownfield serão desenvolvidos, entre eles Carajás Serra Sul, o maior projeto de mineração do mundo, com capex estimado de US$ 10 bilhões. A capacidade de produção está prevista para atingir 450 milhões de toneladas por ano, comparada aos atuais 300 milhões. A produção de níquel acabado deverá dobrar em 2012, atingindo 500.000 toneladas e estão previstos aumentos significativos na produção de pelotas, bauxita, alumina, cobre e carvão. O programa de investimentos possui amplitude global, com desenvolvimento de projetos no Brasil, Chile, Peru, Canadá, Moçambique, Omã, Indonésia e Nova Caledônia, além de exploração mineral nos cinco continentes.

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RECEITA DE US$ 8,1 BILHÕES

A receita operacional bruta de US$ 8,124 bilhões no 3T07 compreende aumento de 9,9% relativamente aos US$ 7,392 bilhões do 3T06. Nos nove primeiros meses do ano, a receita foi de US$ 24,703 bilhões contra US$ 18,220 bilhões no mesmo período de 2006.

O aumento dos preços dos produtos vendidos pela Companhia concorreu com US$ 441 milhões - 60,2% - do incremento de US$ 732 milhões na receita do 3T07 em relação ao 3T06, enquanto que a expansão dos volumes de vendas adicionou US$ 290 milhões. O crescimento nos embarques de minério de ferro e de pelotas contribuiu com US$ 154 milhões e US$ 136 milhões, respectivamente, para a elevação da receita. A receita com vendas de níquel refinado alcançou US$ 1,970 bilhão no 3T07, com aumento de 7,7% quando comparada a US$ 1,829 bilhão no 3T06. O declínio de 30,7% no preço do metal no terceiro trimestre contribuiu para redução de receita de US$ 1,226 bilhão em relação ao 2T07. As vendas de minerais ferrosos neste trimestre representaram 50,5% da receita bruta, contra 34,7% dos minerais não ferrosos. Os produtos da cadeia do alumínio – bauxita, alumina e alumínio primário - colaboraram com 8,3% e os serviços de logística com 4,8%.

Em termos de distribuição geográfica, 37,9% da receita é proveniente de vendas para a Ásia, 33,7% das Américas, 24,3% da Europa e 4,1% de outras regiões do mundo. A redução dos preços do níquel influenciou a contração da fatia do mercado asiático em nossa receita, tendo em vista seu forte peso relativo, de aproximadamente 65%, na composição das vendas do metal. Na distribuição entre país, a China foi responsável por 18,3% da receita, o Brasil 16,6%, Japão 12,1%, EUA 8,5%, Alemanha 6,4% e Canadá 5,2%.

RECEITA BRUTA POR DESTINO milhões de US$

Pro forma 3T06 % 2T07 % 3T07 %Américas 2.384 32,2 2.898 32,6 2.734 33,7 Brasil 1.178 15,9 1.350 15,2 1.348 16,6 EUA 523 7,1 845 9,5 691 8,5 Canadá 412 5,6 402 4,5 426 5,2 Outros 271 3,7 301 3,4 269 3,3Ásia 3.049 41,2 3.866 43,4 3.082 37,9 China 1.251 16,9 1.596 17,9 1.488 18,3 Japão 824 11,1 1.111 12,5 979 12,1 Coréia do Sul 336 4,5 429 4,8 196 2,4 Taiwan 472 6,4 642 7,2 273 3,4 Outros 165 2,2 88 1,0 146 1,8Europa 1.709 23,1 1.878 21,1 1.975 24,3 Alemanha 457 6,2 459 5,2 516 6,4 Bélgica 150 2,0 170 1,9 179 2,2 França 188 2,5 213 2,4 146 1,8 Holanda 108 1,5 132 1,5 131 1,6 Reino Unido 206 2,8 285 3,2 275 3,4 Itália 118 1,6 137 1,5 166 2,0 Noruega 85 1,1 107 1,2 120 1,5 Outros 398 5,4 375 4,2 441 5,4Resto do mundo 251 3,4 257 2,9 332 4,1Total 7.392 100,0 8.899 100,0 8.124 100,0

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CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

No terceiro trimestre do ano, o custo dos produtos vendidos (CPV) alcançou US$ 3,785 bilhões, ficando 10,3% acima do registrado no 3T06 de US$ 3,432 bilhões.

No entanto, descontando-se do aumento de US$ 353 milhões no CPV: o efeito de US$ 233 milhões, decorrentes da depreciação do dólar americano, de US$ 139 milhões, determinado pela expansão do volume de vendas, e de US$ 47 milhões, do aumento de depreciação, temos redução de custo unitário da ordem de US$ 66 milhões.

Completado o ajuste extraordinário de estoques, a composição do CPV no 3T07 por exposição às diferentes moedas era: 63% em reais, 21% em dólares canadenses, 12% em dólares americanos, 2% em rúpias indonésias e 2% em outras moedas.

O principal item do CPV, a aquisição de produtos, totalizou US$ 689 milhões -18,2% do CPV- e sofreu contração de 7,4% “vis-à-vis” o 3T06, quando atingiu US$ 744 milhões.

As despesas com compras de produtos intermediários de níquel e de níquel refinado, que representam em média 50% do custo total de aquisição de produtos, se reduziram, uma vez que a diminuição de quantidades mais do que compensou a alta de preços, somando US$ 344 milhões contra US$ 414 milhões no 3T06. As compras de bauxita diminuíram em US$ 35 milhões, face ao progresso do ramp up de Paragominas, e as de minério de manganês em US$ 11 milhões.

Em contrapartida, o dispêndio com compras de minério de ferro e pelotas chegou a US$ 258 milhões, tendo aumentado em US$ 66 milhões relativamente ao 3T06, o que se deveu basicamente ao crescimento na aquisição de pelotas, da ordem de US$ 62 milhões.

O custo com serviços contratados respondeu por 17,5% do CPV, tendo atingido US$ 664 milhões no terceiro trimestre, frente a US$ 652 milhões no 3T06. Deste aumento, US$ 81 milhões foram devidos à valorização cambial das moedas nas quais contratamos os serviços frente ao dólar americano e US$ 32 milhões foram decorrentes do aumento do volume vendido. Por outro lado, houve redução de US$ 101 milhões determinada pela renegociação e cancelamento de contratos de alguns serviços. Entre estes destaca-se a remoção de estéril, atividade em que a terceirização vem sendo revertida, tendo em vista os custos mais baixos de execução pela própria Companhia, e cujo gasto sofreu diminuição de US$ 76 milhões frente ao 3T06.

As despesas com materiais - 15,7% do CPV - foram de US$ 596 milhões, com acréscimo de US$ 121 milhões frente ao 3T06, dos quais US$ 47 milhões devem-se ao crescimento do volume de vendas, US$ 57 milhões à variação cambial e US$ 17 milhões ao aumento de preços de insumos adquiridos. Os principais itens que influenciaram a elevação dos gastos com materiais foram peças e equipamentos para manutenção de instalações industriais e equipamentos de mineração, que adicionaram US$ 47 milhões e US$ 17 milhões, respectivamente.

O custo com consumo de energia foi de US$ 575 milhões (15,2% do CPV) tendo sido composto de US$ 211 milhões em energia elétrica e US$ 364 milhões de combustível e gases.

O gasto com energia elétrica, que se elevou em US$ 19 milhões comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, foi afetado por aumento no consumo devido à

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ampliação do volume produzido (US$ 36 milhões) e à variação cambial (US$ 27 milhões). Por outro lado, ocorreu revisão das tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia elétrica no Brasil, o que resultou em alguns cortes nos níveis praticados anteriormente, gerando diminuição de custos no trimestre no valor de US$ 44 milhões.

Os dispêndios com combustíveis e gases tiveram acréscimo de US$ 61 milhões, dos quais US$ 20 milhões foram devido ao maior volume de atividades e US$ 43 milhões resultante da depreciação do dólar americano.

O custo de depreciação e amortização – 12,6% do CPV – alcançou US$ 476 milhões, US$ 47 milhões acima do contabilizado no 3T06.

As despesas com pessoal totalizaram US$ 451 milhões, representando 11,9% do CPV. Houve elevação de US$ 42 milhões relativamente ao 3T06, o que decorreu em boa parte da ampliação do quadro de pessoal requerida pela expansão das operações e pela primarização de alguns serviços, como, por exemplo, a remoção de estéril nas minas de minério de ferro.

Verificou-se no 3T07 elevação de US$ 106 milhões em outros custos operacionais causada principalmente por três elementos: aumentos de demurrage (US$ 17 milhões), pagamentos de royaties (US$ 9 milhões) e reclassificação de gastos – de outros itens do CPV para outros custos operacionais - determinada pela estruturação da área de serviços compartilhados (US$ 39 milhões).

Os dispêndios com demurrage – multas pagas pelo atraso de carregamento de navios nos terminais marítimos da Companhia – atingiram US$ 34 milhões, ante US$ 17 milhões no 3T06. O crescimento dessas despesas se constitui em um dos indicadores da forte pressão de demanda sobre a produção de minério de ferro levando ao consumo de estoques e ao congestionamento de portos e formação de filas de navios. Os custos de demurrage passaram de US$ 0,30 no 3T06 para US$ 0,54 por tonelada de minério de ferro embarcada neste trimestre.

As despesas com vendas gerais e administrativas (SG&A) no 3T07 somaram US$ 287 milhões, envolvendo acréscimo de US$ 85 milhões em relação ao 3T06. Houve aumento de US$ 19 milhões nos gastos com publicidade e propaganda, US$ 13 milhões nas despesas com serviços relacionados à integração da infra-estrutura de tecnologia da informação e de US$ 6 milhões em dispêndios com aluguéis e impostos.

As despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D)5 alcançaram US$ 206 milhões no trimestre, tendo se elevado em US$ 60 milhões frente ao terceiro trimestre de 2006, face ao crescimento dos investimentos da Companhia.

5 O valor das despesas com pesquisa e desenvolvimento é contábil. Apresentamos na seção Investimentos o valor de US$ 125 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, computado de acordo com o efetivo desembolso financeiro no trimestre.

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COMPOSIÇÃO DO CPV US$ milhões

Pro forma

3T06 % 2T07 % 3T07 % Serviços contratados 652 19,0 622 16,8 664 17,5Material 475 13,8 582 15,7 596 15,7Energia 495 14,4 576 15,5 575 15,2 Óleo combustível e gases 287 8,4 348 9,4 364 9,6 Energia elétrica 208 6,1 228 6,2 211 5,6Aquisição de produtos 744 21,7 808 21,8 689 18,2 Minério de ferro e pelotas 192 5,6 239 6,4 258 6,8 Produtos de alumínio 113 3,3 71 1,9 70 1,8 Produtos de níquel 414 12,1 487 13,1 344 9,1 Outros produtos 25 0,7 11 0,3 17 0,4Pessoal 409 11,9 444 12,0 451 11,9Depreciação e exaustão 429 12,5 468 12,6 476 12,6Outros 228 6,6 206 5,6 334 8,8Total antes do ajuste de estoque 3.432 100,0 3.706 100,0 3.785 100,0Ajuste de estoques FAS 141/142 - 78 -Total 3.432 3.784 3.785

DESEMPENHO OPERACIONAL

O lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado, atingiu US$ 3,430 bilhões no 3T07, um aumento de 7,8% em relação ao 3T06. Nos nove primeiros meses do ano o EBIT ajustado foi de US$ 10,511 bilhões, contra US$ 7,274 bilhões do mesmo período de 2006.

O incremento de US$ 248 milhões do EBIT ajustado em relação ao 3T06 é explicado pela elevação de US$ 720 milhões na receita líquida, compensada pelos aumentos de US$ 353 milhões no CPV, de US$ 85 milhões com SG&A e de US$ 60 milhões dos gastos com P&D.

A margem EBIT foi de 43,4%, inferior em 90 pontos base à margem EBIT de 44,3% registrada no 3T06. Entretanto, excluindo-se o efeito do ajuste retroativo de preços do minério de ferro do 3T06 no valor de US$ 217 milhões, a margem EBIT daquele trimestre cai para 42,6%. Conseqüentemente, por esse critério a margem EBIT do 3T07 seria a mais elevada para um terceiro trimestre.

A queda observada no preço médio realizado nas vendas de níquel refinado, que evoluiu de US$ 46.625 por tonelada no 2T07 para US$ 32.312 no 3T07, foi responsável por redução da margem EBIT dos negócios com minerais não ferrosos, de 59,9% para 42,9% no 3T07. Tal fator teve influência predominante no estreitamento da margem EBIT da Companhia no 3T07 relativamente à observada no 2T07, de 50,4%.

LUCRO LÍQUIDO – US$ 2,9 BILHÕES

No terceiro trimestre de 2007, a CVRD obteve lucro líquido de US$ 2,940 bilhões, equivalente a lucro por ação diluído de US$ 0,60. O valor registrado foi superior em 23,5% ao 3T06, de US$ 2,381 bilhões.

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Dentre os fatores que tiveram impacto direto no aumento do lucro destacam-se: (a) incremento de US$ 248 milhões do lucro operacional; (b) resultado financeiro de US$ 394 milhões, o que representou variação positiva de US$ 693 milhões relativamente ao 3T06; (c) ganhos na venda de ativos, LionOre US$ 80 milhões, Log-In Logística US$ 21 milhões e Usiminas US$ 2 milhões. Em contrapartida, o imposto de renda evoluiu de US$ 715 milhões no 3T06 para US$ 947 milhões no 3T07, com impacto negativo de US$ 232 milhões sobre a variação do lucro líquido.

Em julho de 2007, vendemos a participação minoritária na LionOre Mining International Ltd., equivalente a 1,8% das ações ordinárias dessa empresa, por US$ 105 milhões, resultando em ganho de US$ 80 milhões. Neste trimestre também realizamos venda adicional de 5,1% das ações ordinárias da Log-In Logística, referente ao exercício do green shoe da oferta inicial de ações realizada no mês de junho de 2007.

O resultado financeiro líquido, excluindo os ganhos com vendas de ativos, foi de US$ 394 milhões, contra um resultado negativo de US$ 299 milhões no 3T06. Esta variação deve-se em grande parte aos efeitos da valorização de 15,4% do real e de 11,2% do dólar canadense contra o dólar americano sobre o passivo líquido em moeda americana, causando impacto favorável de US$ 512 milhões.

As operações com derivativos produziram ganho de US$ 395 milhões no 3T07 contra um ganho de US$ 75 milhões no 3T06.

O swap da taxa de juros em reais atrelada ao CDI para juros em dólares americanos para as debêntures não conversíveis emitidas no Brasil em dezembro de 2006 gerou efeito positivo de US$ 299 milhões no 3T07, em decorrência da apreciação do real frente à moeda americana. Já as operações de hedge dos preços de metais realizadas para reduzir a volatilidade do fluxo de caixa, tiveram ganho de US$ 69 milhões.

A equivalência patrimonial contribuiu com US$ 165 milhões, com diminuição de US$ 22 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os investimentos em empresas produtoras de minerais ferrosos foram responsáveis por 51,5% desse resultado, logística 21,2%, alumínio 12,7%, carvão 7,3%, siderurgia 4,8% e níquel 2,4%. Em termos individuais, as maiores contribuições vieram da Samarco (US$ 67 milhões), MRS Logística (US$ 31 milhões) e MRN (US$ 21 milhões). RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

US$ milhões 3T06 % 2T07 % 3T07 %Minério de ferro e pelotas 67 35,8 70 44,9 85 51,5Alumínio, alumina e bauxita 18 9,6 20 12,8 21 12,7Logística 32 17,1 27 17,3 35 21,2Siderurgia 60 32,1 28 17,9 8 4,8Carvão 10 5,3 11 7,1 12 7,3Níquel - - - - 4 2,4Total 187 100,0 156 100,0 165 100,0

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GERAÇÃO DE CAIXA: US$ 4 BILHÕES, O MELHOR TERCEIRO TRIMESTRE

No 3T07, a geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, foi de US$ 4,001 bilhões, a melhor marca da história da Companhia para um terceiro trimestre. O EBITDA ajustado cresceu 3,2% ante o registrado no 3T06, de US$ 3,878 bilhões.

No ano até setembro de 2007, o EBITDA ajustado somou US$ 13,304 bilhões, registrando aumento de 50,7% relativamente ao gerado no 9M06.

A ampliação de US$ 123 milhões na geração de caixa do 3T07 relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior foi determinada principalmente pelo aumento de US$ 248 milhões no EBIT ajustado.

A diminuição dos pagamentos de dividendos por parte de empresas não consolidadas - coligadas e joint ventures – concorreu de forma negativa para a evolução do EBITDA. No 3T07 recebemos apenas US$ 39 milhões contra US$ 242 milhões no 3T06. Neste trimestre, a Samarco pagou US$ 25 milhões, a Usiminas US$ 7 milhões e MRN US$ 7 milhões.

EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL US$ milhões

Pro forma

3T06 2T07 3T07Receita operacional líquida 7.178 8.692 7.898 CPV (3.432) (3.784) (3.785)Despesas com vendas, gerais e administrativas (202) (266) (287)Pesquisa e desenvolvimento (146) (152) (206)Outras despesas operacionais (216) (111) (190)EBIT ajustado 3.182 4.379 3.430 Depreciação, amortização e exaustão 454 525 532 Dividendos recebidos 242 153 39 EBITDA ajustado 3.878 5.057 4.001

DÍVIDA: ALAVANCAGEM EM QUEDA

A dívida total em 30 de setembro de 2007 era de US$ 18,268 bilhões, reduzindo-se em US$ 807 milhões relativamente à posição de 30 de junho de 2007, de US$ 19,075 bilhões. A liquidação antecipada de operações de pré-pagamento de exportações no valor de US$ 750 milhões e a recompra de US$ 102 milhões de bonds de diversas maturidades (CVRD 2016, CVRD 2034 e CVRD 2036) ajudam a explicar a contração da dívida total da Companhia pelo segundo trimestre consecutivo.

A dívida líquida no final do terceiro trimestre de 2007 era de US$ 15,760 bilhões, contra US$ 17,301 bilhões no final do 2T07.

A relação dívida total/EBITDA(d) passou de 2,00x6 em 31 de dezembro de 2006 para 1,30x7 em 30 de junho de 2007 e 1,23x em 30 de setembro de 2007, evidenciando rápida desalavancagem após o significativo aumento de endividamento para o financiamento da aquisição da Inco no 4T06. A relação dívida total/ “enterprise value” (f) passou de 15,9% em 30 de junho de 2007 para 10,5% em 30 de setembro de 2007

6 Considerando, no 4T06, LTM EBITDA ajustado pro forma de US$ 11,306 bilhões 7 Considerando, no 2T07, LTM EBITDA ajustado pro forma de US$ 14,597 bilhões

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3T07

O prazo médio da dívida em 30 de setembro de 2007 era de 10,1 anos. O endividamento atrelado a taxas de juros flutuantes representa 58% da dívida bruta, com os outros 42% contratados a taxas de juros fixas. Na mesma data, 97% da dívida bruta era denominada em dólares americanos, enquanto que os 3% restantes em outras moedas.

O custo médio da dívida (antes do imposto de renda) foi de 6,65% em setembro de 2007, diminuindo em 50 pontos base em relação ao nível do 3T06.

Apesar do custo médio mais baixo, o aumento do valor do endividamento provocou elevação dos pagamentos de juros fazendo com que o indicador de cobertura de juros, medido pela relação EBITDA ajustado dos últimos doze meses/juros pagos(e), sofresse declínio, passando de 21,63x no 3T06 para 12,17x no 3T07. Apesar da redução, a cobertura de juros ainda se encontra em nível bastante elevado e confortável.

DESPESAS FINANCEIRAS US$ milhões

Composição dos juros brutos: Pro forma

3T06 2T07 3T07Dívida com terceiros (325) (360) (307)Dívida com partes relacionadas (1) (1) - Sub-total (326) (361) (307)

Composição das despesas financeiras: Pro forma

3T06 2T07 3T07Contingências fiscais e trabalhistas (29) (25) (19)Impostos sobre transações financeiras (CPMF) (18) (32) (20)Derivativos 75 118 395 Outros (75) (208) (247)Sub-total (133) (147) 109 Total (459) (508) (198)

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO US$ milhões

3T06 2T07 3T07Dívida bruta 5.870 19.075 18.268Dívida líquida 2.979 17.301 15.760Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado(x) 0,71 1,31 1,23 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 21,63 13,00 12,17 Dívida bruta / EV (%) 11,06 15,86 10,61

Enterprise Value = capitalização de mercado + dívida líquida

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS

Minerais ferrosos – recorde de vendas

Refletindo a forte demanda global, no terceiro trimestre do ano o volume de vendas de minério de ferro bateu novo recorde, atingindo 69,490 milhões de toneladas, ficando 7,2% acima do volume do 2T07 e 5,0% do mesmo trimestre do ano passado.

Nos primeiros nove meses de 2007, embarcamos 192,919 milhões de toneladas, contra 186,695 milhões de toneladas nos 9M06.

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3T07

O volume de embarques de pelotas no 3T07 foi o maior da história da Companhia, alcançando 9,034 milhões de toneladas. No acumulado do ano, as vendas de pelotas totalizaram 25,223 milhões de toneladas, registrando crescimento de 38,5% ante as 18,211 milhões de toneladas do mesmo período do ano anterior.

Para sustentar a expansão da venda de pelotas, a produção da CVRD chegou a 12,919 milhões de toneladas nos nove primeiros meses de 2007, com aumento de 31,7% relativamente aos 9M06, e a aquisição das joint ventures de pelotização – Nibrasco, Kobrasco, Itabrasco e Hispanobras – somou 9,231 milhões de toneladas, o que também envolveu expressivo aumento relativamente ao mesmo período do ano passado, de 37,7%. Adicionalmente, ocorreu consumo de estoques, que se encontram a níveis muito baixos.

As vendas de minério de ferro para a China, principal destino de nossos embarques do produto, continuaram se expandindo e chegaram a 25 milhões de toneladas no 3T07, 31% do total vendido. Os embarques para a China chegaram a 70,047 milhões de toneladas nos nove primeiros meses do ano, correspondendo a 25% das importações de minério de ferro desse país nesse período.

As vendas para clientes no Brasil alcançaram 9,946 milhões de toneladas, apresentando aumento de 5,9% frente ao 3T06 e de 6,2% ante o 2T07, mantendo sua participação relativa nas vendas da Companhia em aproximadamente 12,7%.

Os embarques para o Japão, segundo maior importador mundial de minério de ferro, foram de 8,153 milhões de toneladas, o que implicou em expansão de 7,4% “vis-à-vis” o 3T06.

No terceiro trimestre realizamos vendas no total de 5,046 milhões de toneladas de minério de ferro para nossas JV’s de pelotização (Samarco, Nibrasco, Kobrasco, Hispanobras e Itabrasco).

O preço médio do minério de ferro realizado no trimestre foi US$ 46,21 por tonelada, com alta de 13,8% frente aos US$ 40,61 por tonelada do 3T06, após excluirmos o reajuste de preços retroativo daquele trimestre. O preço médio de pelotas no 3T07 foi US$ 76,71 por tonelada, 1,0% superior ao 3T06. Neste trimestre, foram incorporados os US$ 8 milhões remanescentes do reajuste retroativo do preço de referência de 2007.

Os embarques de minério de manganês atingiram 150 mil toneladas, contra 224 mil no 3T06, em razão principalmente da paralisação temporária das operações da mina do Azul, a qual foi determinada pela necessidade de aumentar a disponibilidade de capacidade de transporte na Estrada de Ferro Carajás (EFC), dado o forte aumento nas vendas de minério de ferro.

As vendas de ferro ligas atingiram 127 mil toneladas, registrando declínio de 3,1% em relação ao volume embarcado no mesmo trimestre do ano passado, de 131 mil toneladas.

Os preços do minério de manganês e das ferro ligas continuam em alta em função de restrições na oferta global e do significativo crescimento da demanda por parte da indústria do aço. O preço médio realizado do minério de manganês foi US$ 86,67 por tonelada, 14,2% superior ao do mesmo trimestre de 2006. Os preços médios de ferro ligas chegaram a US$ 1.188,98 por tonelada, 29,8% acima do 3T06.

A receita gerada com vendas de minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas – somou US$ 4,106 bilhões neste trimestre, com elevação de 13,2% em relação ao 3T06. A receita com vendas de minério de ferro foi de US$ 3,211 bilhões, com acréscimo de 10,5% frente ao mesmo trimestre do ano passado e a de pelotas atingiu US$ 693 milhões, com aumento de 25,8%.

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3T07

A margem EBIT alcançou 49,7%, em nível ligeiramente superior a do trimestre anterior e com pequena contração em relação ao mesmo trimestre do ano passado, influenciada pela contabilização de reajuste retroativo de preços de minério de ferro. A margem obtida no 3T07 supera em 20 pontos base a margem EBIT média dos últimos 12 trimestres, do 4T04 ao 3T07.

O EBITDA ajustado do trimestre somou US$ 2,224 bilhões, envolvendo aumento de 2,6% frente ao obtido no 3T06 de US$ 2,168 bilhões. O impacto positivo do aumento de receita líquida de US$ 486 milhões foi parcialmente contrabalançado pelo efeito da apreciação do real sobre o custo, de US$ 105 milhões, e pela contração no valor dos dividendos recebidos de empresas não consolidadas, de US$ 151 milhões.

MINERAIS FERROSOS 3T06 2T07 3T07

Margem EBIT ajustado (%) 51,8 49,4 49,7EBITDA ajustado (US$ milhões) 2.168 2.081 2.224

Minerais não-ferrosos

A receita total com minerais não-ferrosos - níquel, cobre, caulim, potássio, metais do grupo da platina, metais preciosos e cobalto – alcançou US$ 2,821 bilhões, com elevação de 5,7% relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior. Porém, houve redução de 28,3% quando comparada ao 2T07, dada a queda no preço do níquel.

Nos nove primeiros meses do ano, os minerais não-ferrosos geraram receita de US$ 10,181 bilhões, contra 6,078 bilhões no mesmo período do ano anterior.

A receita com vendas de níquel refinado totalizou US$ 1,970 bilhão, com embarques de 60.967 toneladas ao preço médio de US$ 32.313 por tonelada (US$ 14,66 por libra).

O custo caixa unitário do níquel no trimestre, antes de descontados os créditos de sub-produtos, foi de US$ 4,50 por libra, 22% superior ao registrado no 3T06, de US$ 3,69 por libra. Após os créditos de sub-produtos, o custo caixa chegou a US$ 2,97, contra US$ 2,12 por libra no mesmo trimestre do ano passado.

Vale a pena salientar que no cômputo do custo caixa do níquel não é considerado o custo da aquisição de produtos intermediários processados por terceiros através de acordo de tolling e do níquel refinado. Houve redução de US$ 153 milhões nas despesas com esses itens entre o 3T06 e o 3T07.

Dentre os principais motivos da variação do custo caixa entre o 3T06 e 3T07, destacamos: (i) maiores preços de aquisição e volume de níquel intermediário processado em nossas refinarias; (ii) maior consumo de óleo combustível e a preços mais elevados, em nossas operações na Indonésia; (iii) aumento nos gastos com contratação de serviços de manutenção e reparos e (iv) apreciação do dólar canadense frente à moeda americana (7,1%).

As vendas de cobre no 3T07 chegaram a 76.872 toneladas, volume inferior ao do 3T06 em 1,5%. A receita de vendas foi de US$ 581 milhões, contra US$ 641 milhões registrados no 3T06. Desta forma, o preço médio realizado no 3T07 ficou em US$ 7.558 por tonelada, 8,1% abaixo do realizado no terceiro trimestre de 2006.

Os metais do grupo da platina produziram receita de US$ 103,3 milhões, influenciada pela alta no preço da platina, que chegou a US$ 1.353 por onça troy

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3T07

neste trimestre, contra US$ 1.209 no 3T06. O preço da platina tem subido em função da expansão da demanda e de expectativas de problemas na produção, dados os riscos de falta de energia na África do Sul, principal produtor mundial.

O caulim contribuiu com US$ 59 milhões para a receita da Companhia, o potássio com US$ 49 milhões, o cobalto com US$ 35 milhões e metais preciosos com US$ 24 milhões. O preço do potássio segue em elevação, atingindo nível recorde de US$ 277 por tonelada, com aumento de 47% relativamente à média realizada no 3T06, face à expansão da demanda global.

A margem EBIT dos minerais não ferrosos alcançou 42,9%, contra 42,0% registrada no mesmo período do ano anterior.

A geração de caixa medida pelo EBITDA atingiu US$ 1,573 bilhão contra US$ 1,403 bilhão no 3T06. A redução de custos no valor de US$ 97 milhões, influenciada pelo menor dispêndio com a aquisição de produtos, o efeito positivo da variação de preços de US$ 178 milhões e o declínio de US$ 90 milhões no SG&A ajudam a explicar o crescimento do EBITDA gerado pelos negócios com minerais não ferrosos. Isso foi parcialmente compensado principalmente pelo efeito de US$ 101 milhões da depreciação do dólar americano.

MINERAIS NÃO FERROSOS Pro forma

3T06 2T07* 3T07Margem EBIT ajustado (%) 42,0 59,9 42,9EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.403 2.706 1.573

* Excluindo o ajuste extraordinário não-caixa de estoques realizado no 2T07.

Alumínio

A receita obtida com embarques de bauxita, alumina e alumínio alcançou US$ 677 milhões no terceiro trimestre. Comparando-se com os US$ 638 milhões do 3T06, houve aumento de 6,1%. A elevação dos preços realizados dos três produtos concorreu com US$ 43 milhões para a expansão da receita, com o volume de vendas tendo efeito negativo de US$ 4 milhões.

Os embarques de alumina foram de 828 mil toneladas, ante 829 mil no 3T06. O preço médio realizado atingiu US$ 343,00 por tonelada, apresentando aumento de 4,9% em relação ao 3T06. O volume vendido de alumínio primário foi de 138 mil toneladas no 3T07, contra 141 mil no 3T06. O preço médio realizado chegou a 2.753,62 por tonelada, apresentando acréscimo de 7,3% ante os US$ 2.567,38 por tonelada do 3T06. O EBITDA ajustado totalizou US$ 258 milhões no 3T07, contra US$ 266 milhões no 3T06. A variação no EBITDA foi influenciada pelos efeitos da desvalorização do dólar americano frente ao real, gerando aumento de US$ 29 milhões nos custos, pela redução dos dividendos recebidos em US$ 10 milhões e pelo impacto líquido negativo de US$ 16 milhões em outros itens, parcialmente compensado pelo aumento de US$ 55 milhões na receita liquida. A margem EBIT ajustado foi de 32,8%, apresentando redução em relação aos 35,1% do 3T06, e situando-se um pouco abaixo da média trimestral dos últimos três anos, de 35%. A contração na margem operacional dos negócios de alumínio é explicada em sua maior parte pela forte valorização do real.

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3T07

ALUMÍNIO 3T06 2T07 3T07

Margem EBIT ajustado (%) 35,1 34,3 32,8EBITDA ajustado (US$ milhões) 266 301 258

Carvão

A receita com vendas de carvão alcançou US$ 70,8 milhões no terceiro trimestre de 2007, dos quais US$ 56,4 milhões foram relativos ao carvão metalúrgico (semi-hard, semi-soft e PCI) e US$ 14,4 milhões ao carvão térmico.

No 3T07, a Companhia vendeu 892 mil toneladas de carvão metalúrgico e 279 mil de carvão térmico ao preço médio de US$ 63,26 e US$ 51,61 por tonelada, respectivamente.

Serviços de logística

Os serviços de logística geraram receita de US$ 391 milhões no 3T07, com aumento de 2,1% frente aos US$ 383 milhões obtidos no 3T06. Nos nove primeiros meses do ano, a receita alcançou US$ 1,136 bilhão, com crescimento de 9,9% ante ao 9M06, US$ 1,034 bilhão.

Os serviços de transporte ferroviário de carga geral proporcionaram receita de US$ 324 milhões, os serviços portuários de US$ 58 milhões e a navegação marítima e os serviços de apoio portuário, US$ 9 milhões.

As ferrovias da Companhia – Carajás (EFC), Vitória a Minas (EFVM) e Centro-Atlântica (FCA) – transportaram 7,375 bilhões de toneladas quilômetro útil (tku) de carga geral para clientes no 3T07, com aumento de 0,7% frente ao 3T06, de 7,321 bilhões de tku.

As principais cargas transportadas foram os produtos agrícolas, com 59,3% do total, o que foi influenciado pelo crescimento da produção agrícola no Brasil, produtos siderúrgicos 24,7% das cargas transportadas, combustível, 8,0% e outros, 7,9%.

Os portos e terminais marítimos da Companhia movimentaram 7,372 milhões de toneladas de carga geral, comparado com 8,197 milhões de toneladas no mesmo período de 2006.

A margem EBIT ajustado foi de 24,7% no 3T07, contra 31,3% no 3T06.

O EBITDA ajustado atingiu US$ 172 milhões no 3T07, 21,1% acima do valor registrado no 3T06, de US$ 142 milhões.

LOGÍSTICA 3T06 2T07 3T07

Margem EBIT ajustado (%) 31,3 27,5 24,7EBITDA ajustado (US$ milhões) 142 193 172

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US GAAP

3T07

VOLUMES DE VENDAS, PREÇOS E RECEITAS

VOLUME VENDIDO - MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS mil toneladas

3T06 % 2T07 % 3T07 %Minério de ferro 66.185 90,1 64.803 88,7 69.490 88,5Pelotas 7.252 9,9 8.250 11,3 9.034 11,5Total 73.437 100,0 73.053 100,0 78.524 100,0

VOLUME VENDIDO – MINÉRIOS E METAIS

mil toneladas Pro forma 3T06 2T07 3T07Manganês 224 219 150Ferro ligas 131 111 127Níquel 64 69 61Cobre 78 68 77Caulim 283 325 272Potássio 291 162 177Metais Preciosos (oz) 411 467 627PGMs (oz) 81 97 99Cobalto (ton) 503 583 645Alumínio primário 141 155 138Alumina 829 766 828Bauxita 158 401 300Carvão Metalúrgico - 470 892 Carvão Térmico - 228 279

VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO

mil toneladas 3T06 % 2T07 % 3T07 %Américas 19.415 26,4 17.759 24,3 18.951 24,1 Brasil 15.139 20,6 14.567 19,9 14.992 19,1 Siderúrgicas e produtores de gusa 9.392 12,8 9.365 12,8 9.946 12,7 JVs de pelotização 5.747 7,8 5.202 7,1 5.046 6,4 EUA 998 1,4 778 1,1 1.297 1,7 Outros 3.278 4,5 2.414 3,3 2.662 3,4Ásia 32.946 44,9 34.669 47,5 37.805 48,1 China 19.956 27,2 23.385 32,0 24.998 31,8 Japão 7.588 10,3 6.606 9,0 8.153 10,4 Coréia do Sul 2.878 3,9 3.000 4,1 2.052 2,6 Outros 2.524 3,4 1.678 2,3 2.602 3,3Europa 18.019 24,5 18.528 25,4 19.694 25,1 Alemanha 5.633 7,7 5.793 7,9 6.240 7,9 França 3.320 4,5 3.200 4,4 2.194 2,8 Bélgica 1.680 2,3 1.348 1,8 1.883 2,4 Itália 2.463 3,4 2.019 2,8 2.458 3,1 Outros 4.923 6,7 6.168 8,4 6.919 8,8Resto do mundo 3.057 4,2 2.097 2,9 2.074 2,6Total 73.437 100,0 73.053 100,0 78.524 100,0

SERVIÇOS DE LOGÍSTICA 3T06 2T07 3T07 Ferrovias (milhões de tku) 7.321 7.629 7.375

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US GAAP

3T07

PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada

Pro forma

3T06 2T07 3T07 Minério de ferro 43,95 44,72 46,21 Pelotas 75,98 80,36 76,71 Manganês 75,89 95,89 86,67 Ferro ligas 916,03 1.099,10 1.188,98 Níquel 28.581,77 46.624,94 32.312,56 Cobre 8.223,38 7.369,71 7.558,02 Caulim 187,27 169,23 216,91 Potássio 188,59 240,74 276,84 Platina (US$ por onça troy) 1.202,04 1.297,17 1.353,39 Cobalto (US$/lb) 14,00 24,90 24,62 Alumínio 2.567,38 2.845,16 2.753,62 Alumina 326,90 348,56 343,00 Bauxita 25,32 37,41 36,67 Carvão Metalúrgico - 63,83 63,26 Carvão Térmico - 52,63 51,61

RECEITA BRUTA POR PRODUTO milhões de US$

Pro forma

3T06 % 2T07 % 3T07 %Minerais ferrosos 3.626 49,1 3.734 42,0 4.106 50,5 Minério de ferro 2.909 39,4 2.898 32,6 3.211 39,5 Serviços de operação de usinas de pelotização 19 0,3 19 0,2 23 0,3 Pelotas 551 7,5 663 7,5 693 8,5 Manganês 17 0,2 21 0,2 13 0,2 Ferro ligas 120 1,6 122 1,4 151 1,9 Outros 10 0,1 11 0,1 15 0,2Minerais não-ferrosos 2.669 36,1 3.933 44,2 2.821 34,7 Níquel 1.829 24,7 3.196 35,9 1.970 24,2 Cobre 641 8,7 504 5,7 581 7,2 Caulim 53 0,7 55 0,6 59 0,7 Potássio 55 0,7 39 0,4 49 0,6 PGMs 61 0,8 87 1,0 103 1,3 Metais preciosos 14 0,2 20 0,2 24 0,3 Cobalto 16 0,2 32 0,4 35 0,4Cadeia do alumínio 638 8,6 724 8,1 677 8,3 Alumínio primário 363 4,9 442 5,0 382 4,7 Alumina 271 3,7 267 3,0 284 3,5 Bauxita 4 0,1 15 0,2 11 0,1Carvão - - 42 0,5 71 0,9Serviços de logística 383 5,2 414 4,7 391 4,8 Ferrovias 278 3,8 333 3,7 324 4,0 Portos 67 0,9 61 0,7 58 0,7 Navegação 38 0,5 20 0,2 9 0,1Outros 76 1,0 52 0,6 58 0,7Total 7.392 100,0 8.899 100,0 8.124 100,0

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US GAAP

3T07

INVESTIMENTOS: CONSTRUINDO O FUTURO

Os investimentos realizados nos nove primeiros de 2007, de US$ 4,423 bilhões, encontram-se em nível inferior ao programado para o ano tendo em vista vários fatores, entre eles atrasos na liberação de licenças ambientais.

No 3T07, o capex alcançou US$ 1,624 bilhão, o que representou aumento de 53,2% em relação ao do 3T06, no valor de US$ 1,060 bilhão.

Foram investidos US$ 1,103 bilhão em crescimento orgânico – US$ 978 milhões em projetos e US$ 125 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) – e US$ 521 milhões na sustentação dos negócios existentes.

INVESTIMENTO TOTAL REALIZADO US$ milhões

Por categoria 3T07 9M07 Crescimento orgânico 1.103 67,9% 3.091 69,9% Projetos 978 60,2% 2.758 62,4% P&D 125 7,7% 333 7,5% Sustentação das operações existentes 521 32,1% 1.332 30,1% Total 1.624 100,0% 4.423 100,0%

A CVRD investiu US$ 125 milhões em P&D no 3T07, contra US$ 121 milhões no 3T06 e US$ 122 milhões no 2T07. Os gastos com P&D no trimestre incluíram US$ 79 milhões dedicados ao programa de exploração mineral, sendo que os dispêndios se concentraram no níquel (35,1%), minerais ferrosos (25,7%), cobre (18,8%), bauxita (8,9%) e carvão (7,4%).

Investimos também US$ 16,7 milhões na compra de direitos minerários e US$ 10,2 milhões na construção da UHC, planta em escala industrial para testar o processamento de minérios de cobre mais complexos e que deverá entrar em operação no 1T08.

Os investimentos em projetos demandaram US$ 2,758 bilhões no 9M07. O Goro (US$ 778 milhões), Itabiritos (US$ 376 milhões), Alunorte 6&7 (US$ 335 milhões) e Onça Puma (US$ 269 milhões) foram os projetos em que foram investidos os maiores volumes de recursos.

INVESTIMENTO TOTAL REALIZADO US$ milhões

Por área de negócio 3T07 9M07 Minerais ferrosos 418 25,7% 1.135 25,7% Minerais não ferrosos 715 44,0% 1.827 41,3% Logística 168 10,4% 580 13,1% Alumínio 227 13,9% 588 13,3% Carvão 2 0,1% 49 1,1% Energia 12 0,8% 39 0,9% Aço 28 1,7% 70 1,6% Outros 54 3,3% 135 3,0% Total 1.624 100,0% 4.423 100,0%

Os investimentos em operações e projetos no Brasil foram de US$ 3,023 bilhões, o que representa 68,3% do investimento total nos 9M07. Investimos US$ 778 milhões na Nova Caledônia e US$ 387 milhões no Canadá. Indonésia, China,

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US GAAP

3T07

Austrália, Moçambique, Peru, Chile e Reino Unido receberam investimentos que somaram US$ 197 milhões.

A descrição dos principais projetos

Área Projeto Orçado 2007 US$ milhões Status

Carajás 130 Mtpa 66 Este projeto adicionará 30 Mtpa à capacidade atual. Compreende investimentos na instalação de uma nova usina, composta de britagem primária e unidades de beneficiamento e classificação, e significativos investimentos em logística (viradores de vagões, pátios e terminais). Previsão de conclusão para o segundo semestre de 2009.

Fazendão 111 Projeto para produção de 15,8 Mtpa de ROM (minério de ferro sem beneficiamento), no Sistema Sudeste. A mina de Fazendão será dedicada a abastecer a terceira planta de pelotização da Samarco. As obras começaram no 2S06 e serão concluídas no 1T08, quando as operações terão início.

Minerais Ferrosos

Itabiritos 417 Construção de planta de pelotização em Minas Gerais, com capacidade nominal de produção de 7Mtpa. O início de operação está previsto para o segundo semestre de 2008.

Salobo I 78 O projeto terá capacidade de produção de 100.000 toneladas de cobre contido em concentrado. A previsão de conclusão é o segundo trimestre de 2010.

Vermelho 97 A capacidade de produção estimada é de 46.000 tpa de níquel metálico e 2.800 tpa de cobalto. A conclusão está programada para o primeiro trimestre de 2012.

Onça Puma 658 Projeto com capacidade nominal de 58.000 tpa de níquel contido em ferro-níquel, seu produto final. O comissionamento está previsto para o final de 2008, com a produção começando em janeiro de 2009.

Minerais Não Ferrosos

Goro 938 O projeto na Nova Caledônia, no sul do Pacifico, com capacidade nominal de 60.000 tpa de níquel refinado e de 4.600 toneladas de cobalto. Previsão de conclusão para final de 2008.

Alunorte módulos 6 e 7

520 O projeto para construção dos módulos 6 e 7 elevará a capacidade de produção da refinaria para 6,26 milhões de toneladas dealumina por ano. A conclusão está programada para 3T08.

Alumínio Paragominas II 115 A segunda fase de Paragominas adicionará 4,5 Mtpa de bauxita à

capacidade de 5,4 Mtpa de Paragominas I. A conclusão está prevista para o 2T08.

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US GAAP

3T07

TELECONFERÊNCIA/WEBCAST

No dia 26 de outubro, sexta-feira, será realizada conferência telefônica e webcast às 12:00 horas, horário do Rio de Janeiro, 10:00 horas Eastern Standard Time dos EUA e 15:00 horas, horário do Reino Unido. A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da CVRD, www.cvrd.com.br, relações com investidores. Uma gravação da teleconferência/webcast estará disponível no website da CVRD durante os 90 dias posteriores ao dia 26 de outubro.

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS

Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da CVRD, no website da Companhia, www.cvrd.com.br, relações com investidores.

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US GAAP

3T07

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

milhões de US$ 3T06 2T07 3T07Receita operacional bruta 5.066 8.899 8.124Impostos (214) (207) (226)Receita operacional líquida 4.852 8.692 7.898Custo dos produtos vendidos (2.181) (3.784) (3.785)Lucro bruto 2.671 4.908 4.113Margem bruta (%) 55,0 56,5 52,1Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (266) (287)Despesas com pesquisa e desenvolvimento (134) (152) (206)Outros (122) (111) (190)Lucro operacional 2.248 4.379 3.430Receitas financeiras 59 77 39Despesas financeiras (172) (508) (198)Variações monetárias 38 932 553Ganho na venda de participações societárias 16 674 103IR e contribuição social correntes (419) (1.483) (975)IR e contribuição social diferido 71 87 28Equivalência patrimonial e provisão para perdas 187 156 165Participações minoritárias (124) (219) (205)Lucro líquido 1.904 4.095 2.940Lucro por ação (US$) 0,391 0,851 0,61Lucro por ação diluído (US$) - 0,851 0,60

1 Ajustado pelo desdobramento de ações aprovado pelo Conselho de Administração em agosto de 2007.

BALANÇO PATRIMONIAL milhões de US$

30/09/06 30/06/07 30/09/07Ativo Circulante 7.579 10.801 12.147 Realizável a longo prazo 2.852 7.370 7.863 Permanente 21.117 50.144 53.401Total 31.548 68.315 73.411Passivo Circulante 3.854 6.190 6.514 Exigível a longo prazo 8.814 33.040 33.345 Patrimônio líquido 18.880 29.085 33.552 Capital social 8.617 12.804 12.804 Notas obrigatoriamente conversíveis em ADRs - 1.869 1.869 Reservas 10.263 14.412 18.879Total 31.548 68.315 73.411

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US GAAP

3T07

FLUXO DE CAIXA milhões de US$ 3T06 2T07 3T07Fluxos de caixa provenientes das operações: Lucro líquido do período 1.904 4.095 2.940 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do período com recursos provenientes das atividades operacionais: Depreciação, exaustão e amortização 232 525 532 Dividendos recebidos 242 153 39 Equivalência patrimonial em coligadas e joint ventures e provisão para perdas em investimentos (187) (156) (165) Imposto de renda diferido (71) (87) (28) Ganho com venda de investimentos (16) (674) (103) Perdas cambial e monetária 25 (1.224) (565) Perdas líquidas não realizadas com derivativos (75) (168) (338) Participações minoritárias 124 219 205 Juros a pagar, líquidos (55) (57) 9 Outros 24 (25) 71 Redução (aumento) em ativos: Contas a receber (291) (492) 489 Estoques 34 (264) (194) Outros 10 499 (467) Aumento (redução) em passivos: Fornecedores 28 428 95 Salários e encargos sociais 47 104 121 Imposto de Renda 112 503 526 Outros 88 251 (327) Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais 2.175 3.630 2.840 Fluxos de caixa provenientes das atividades de investimento: Empréstimos e adiantamentos 26 (2) 3 Garantias e depósitos (26) (31) (12) Adições em investimentos (57) (42) 0 Adições ao imobilizado (834) (1.633) (1.367) Recursos com vendas de investimentos - 908 134 Ganhos provenientes da alienação de bens do imobilizado 11 0 0 Recursos líquidos utilizados para adquirir controladas (6) (903) 0 Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento (886) (1.703) (1.242)Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento: Empréstimos e financiamentos de curto prazo (captações líquidas) 213 (992) 0 Empréstimos (18) 15 5 Empréstimos e financiamentos de longo prazo 12 49 54 Notas obrigatoriamente conversíveis (206) (3.940) (871) Pagamentos de empréstimos e financiamentos de longo prazo 0 1.869 0 Juros sobre o capital próprio pagos a acionistas 0 (825) 0 Dividendos recebidos de empresas não consolidadas (37) (224) 0 Ações em tesouraria (276) 0 0 Recursos líquidos utilizados nas atividades de financiamento (312) (4.048) (812) Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes 977 (2.121) 786 Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes 20 (59) (52) Caixa e equivalentes no início do período 1.894 3.954 1.774 Caixa e equivalentes no final do período 2.891 1.774 2.508 Pagamentos efetuados durante o período: Juros de curto prazo (2) (39) (1) Juros de longo prazo (146) (399) (324) Imposto de renda (247) (1.255) (691) Transações que não envolveram caixa Imposto compensado (56) (193) (242) Juros Capitalizados (34) (21) (20)

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US GAAP

3T07

APÊNDICE

Reconciliação de informações "não-GAAP" e informações correspondentes em US GAAP

(a) EBIT ajustado

US$ milhões Pro forma - 3T06 2T07 3T07Receita operacional líquida 7.178 8.692 7.898 CPV (3.432) (3.784) (3.785)Despesas com vendas, gerais e administrativas (202) (266) (287)Pesquisa e desenvolvimento (146) (152) (206)Outras despesas operacionais (216) (111) (190)EBIT ajustado 3.182 4.379 3.430

(b) EBITDA ajustado

O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização; a CVRD utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador também exclui variações monetárias, equivalência patrimonial proveniente do resultado de coligadas e joint ventures deduzido de dividendos recebidos das mesmas, provisões para perdas em investimentos, ajuste para mudanças em práticas contábeis, participações minoritárias e despesas não recorrentes. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida como GAAP nos Estados Unidos e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com GAAP. A CVRD apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:

RECONCILIAÇÃO ENTRE EBITDA AJUSTADO X FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL US$ milhões

3T06 2T07 3T07Fluxo de Caixa Operacional 2.175 3.630 2.840 Imposto de renda 419 1.483 975 Perdas cambiais e monetárias (63) 292 12 Despesas Financeiras 168 488 150 Capital de giro líquido (28) (1.029) (242)Outros 51 193 266 EBITDA 2.722 5.057 4.001

RECONCILIAÇÃO ENTRE DÍVIDA BRUTA E DÍVIDA LÍQUIDA US$ milhões

3T06 2T07 3T07Dívida bruta 5.870 19.075 18.268 Caixa 2.891 1.774 2.508 Dívida líquida 2.979 17.301 15.760

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US GAAP

3T07

(d) Dívida total / LTM EBITDA ajustado

3T06 2T07 3T07Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 0,71 1,31 1,23 Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 0,99 1,75 1,58

(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros

3T06 2T07 3T07LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x) 21,63 13,00 12,17 LTM Lucro operacional / LTM Pagamento de juros (x) 18,02 11,01 10,39

(f) Dívida total / Enterprise value

3T06 2T07 3T07Dívida total / EV (%) 11,06 15,86 10,61 Dívida total / Ativo total (%) 18,61 27,92 24,88

Entreprise value = EV= capitalização de mercado + dívida líquida

“Este comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Administração da Companhia sobre eventos ou resultados futuros. Todas as declarações quando baseadas em expectativas futuras e não em fatos históricos envolvem vários riscos e incertezas. A Companhia não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relativos à economia brasileira e canadense e ao mercado de capitais, que apresentam volatilidade e podem ser afetados por desenvolvimento em outros países; relativos ao negócio de minério de ferro e níquel e suas dependências da indústria siderúrgica, que é cíclica por natureza, e relativo à grande competitividade em indústrias onde a CVRD opera. Para obter informações adicionais sobre fatores que possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Companhia, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores Mobiliários - CVM e na U.S. Securities and Exchange Commission - SEC, inclusive o mais recente Relatório Anual - Form 20F da CVRD.”