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Criação de Avestruz

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apostila sobre criação de avestruz

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Criação Comercial de Avestruzes

SAMUA - Comercial e Agropecuária Ltda

Fazenda Três Irmãs

PABX (016) 224.1832 FAX (016) 224.4098

http://www.samua.com.br 14.802-500 - Araraquara - SP

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Apostila de Criação de Avestruzes.

Classificação: Struthio Camelus Austrálias conhecido no Brasil como Avestruz, é uma ave corredora de grande porte e está incluído no grupo das " Ratitas", ( RATITAS , vem do Latim, significando “jangada” ). O esterno destas aves é plano, desprovido de carena, ao contrário das aves voadoras. A carena nas aves voadoras, é sede de inserção dos potentes músculos peitorais. O avestruz não é uma ave voadora, logo, não tem músculos peitorais desenvolvidos como um pato ou galinha. Deste fato decorre uma importante peculiaridade produtiva do avestruz: a maior quantidade de carne produzida não estará no peito, mas nas coxas e dorso, já que trata-se de animal corredor.

O grupo das ratitas inclui:

Avestruz Struthio Camelus Australis Originário da África do Sul. Ema Rhea Americana ou Pterocnemia Pennata Originária da América do Sul Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Causar Casuarius Casuarius Originário da Nova Guiné. Emu Australiano Dromaius Novaehollandie Originário da Austrália.

O avestruz é originário da África, e se divide em 5 diferentes subespécies das quais as mais conhecidas comercialmente são:

1. Black Neck – Pescoço Preto - mais conhecido como African Black é um animal domesticado (Struthio Camelus Domesticus) fruto de seleção empírica feita pêlos sul-africanos ao longo dos últimos 150 anos.

2. Red Neck – Pescoço Vermelho – É uma ave mais agressiva que pode chegar a atacar pessoas uma vez sentindo-se ameaçada.

3. Blue Neck – Pescoço Azul – É uma ave também agressiva. Não gosta do convívio com pessoas nem com outras raças de avestruz.

Esta classificação se baseia na coloração da pele dos animais adultos, pois, na verdade todos apresentam a mesma coloração das plumas (Machos preto e Fêmeas Cinza).

A seleção foi feita com base em certas características produtivas:

• Maior fertilidade e precocidade – Maior número de ovos e início da postura precoce. • Docilidade – Manejo é mais simples. • Alta densidade de plumas – Maior ganho com esta venda.

Não existe uma raça que seja superior a outra. As “Red” e “Blue” tem maior porte, mas iniciam a postura mais tarde e são mais agressivas. Os criadores de avestruz nos U.S. denigrem uns as raças criadas pelos outros. Há muito cruzamento entre as diferentes raças, gerando grande variabilidade (animais com características diferentes). Ainda existe muito trabalho a ser feito em termos de melhoramento genético cruzando as diferentes raças, até que se obtenha uma ave perfeita, que comece a postura mais cedo, etc. Este trabalho está começando agora a ser desenvolvido no Brasil e deve demorar cerca de 50 anos. Os maiores criadores de avestruz na Europa São:

• Inglaterra • Holanda • Espanha • Itália • Polônia Os maiores criadores de avestruz no resto do mundo são: • África do Sul • Austrália • Israel • Canadá • Estados Unidos • China

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A China é um dos países em que mais cresce a estrutiocultura. Os produtos do avestruz são :

• Plumas – Maior produtor é a África do sul, o mercado consumidor está na Europa, Ásia e Américas. São classificadas em vários tipos: as que tem mais estática vão para indústrias automobilísticas, as mais longas e bonitas são usadas como adornos e as outra usadas nos espanadores. No Brasil temos um mercado seguro para as plumas (carnaval), mas este não é o produto mais interessante do avestruz.

• Couro – Grande aceitação e procura no mercado internacional. Cada animal irá produzir de 1,2 a 1,5 m de couro de fácil extração e curtimento, aceita bem várias cores e é naturalmente decorado (Cálamos). Está sendo usado em substituição do coro de répteis como o crocodilo e a cobra, pois o avestruz não é um animal protegido. O mercado europeu do couro paga entre US$ 200 a US$ 300 por peça de couro cru e paga entre US$ 500 a US$ 600 pelo couro tratado.

• Ovos – Pesam entre 1.200 e 1.800 gr. Tem sabor muito semelhante ao ovo de galinha. Hoje ainda não é consumido, porque está sendo usado na formação de plantéis reprodutores.

• Outros – Cascas vazias dos ovos são usadas na decoração ( porta moedas ,abajur, porta jóias, etc...); a gordura entra na preparação de cremes e pomadas; os cílios podem ser utilizados para a confecção de cílios postiços; a carcaça pode entrar na composição de rações.

• Carne – É o produto que está dando mais impulso a criação comercial de avestruzes atualmente. A carne está sendo redescoberta por ser semelhante a carne de bovinos em termos de aspecto, sabor e textura mas com a vantagem de ter baixos teores de gordura e colesterol. Esta característica da carne se deve à distribuição de gorduras no organismo do animal: estas se localizam em volta do estômago e sob a pele, propiciando cortes de carne magra e couro extremamente macio. Mercado consumidor está nos U.S. e Europa. A Suíça importa 200-300 toneladas por ano de carne de avestruz. No Brasil existe um grande interesse por carnes exóticas, e a carne de avestruz inicialmente se introduziria neste setor.

Comparação entre os valores nutricionais de diferentes tipos de carne: Carne de Calorias Protídios Lipídios Colesterol Bovino 240 23 15 77 Suíno 275 24 19 84 Frango 140 27 3 73 Peru 135 25 3 59 Avestruz 97 22 2 58

O avestruz alcança o peso de abate por volta de 12 meses de idade, produzindo em média:

• Entre 30 e 40 Kg de carne limpa, sendo 15 Kg de carne de primeira e 15 Kg de carne de segunda. A carne de primeira é composta de pedaços mais inteiros tipo filé, e a carne de Segunda é assim chamada não por tratar-se de carne de menor qualidade em termos de composição e maciez, mas, porque vem em pedaços menores , sendo ideal para a preparo de pratos tipo strogonoff.

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Cortes da carne da avestruz

• Entre 1 e 2 kg de plumas • E entre 1,2 a 1,5 m de couro. • O rendimento por animal abatido é proporcionalmente baixo (30% do peso vivo)

se comparado com o rendimento de bovinos, sendo este fato largamente compensado pela grande produção de filhotes. O avestruz é uma ave que gera em quantidade produtos de primeira qualidade com baixos custos de produção, já que não requer muitas construções, estruturas ou mão de obra.

Valor de um animal abatido de 12 – 14 meses:

Produto Quantidade Valor US$ Carne 30 – 40 kg 400 Couro 1,2 – 1,5 m 250 Plumas 1 – 2 kg 100 Valor total em US$: 750

Características dos avestruzes: • Grande porte, alcançando quando adulto de 2 a 2,5 m de altura e de 100 a 150 kg

de peso. • Temperatura corpórea 38-39 C. • Aparelho digestivo semelhante ao de ruminantes (sem papo, 2 estômagos, 2

cecos e intestinos longos, digestão bacteriana). • Asas rudimentares, não voam. • Animal corredor (atingindo até 60 km/h). • Pernas longas, pés com dois dedos, dos quais apenas um com unha. • Vida longa (50 a 70 anos de vida), contando de 20 a 40 anos de vida reprodutiva.

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• Início da vida reprodutora com 2 – 3 anos. • Dimorfismo sexual marcado: nos adultos o macho é preto com as pontas das asas

brancas e a fêmea é cinza, mas tal diferença só aparece a partir de 1 ano e meio de idade.

Ambiente e comportamento:

• Originário de regiões semi-áridas, planas (savana africana), na altura do Trópico de capricórnio.

• Tem uma ótima capacidade de adaptação, suportando altas e baixas temperatura. • Durante a temporada reprodutiva os machos formam haréns em que há uma

fêmea dominante (um macho para três fêmeas). • A fêmea choca os ovos durante o dia e o macho durante a noite.

Sistemas de identificação dos animais: A identificação da ave é fundamental para que se possa fazer seu acompanhamento desde o nascimento até sua morte. Este acompanhamento é chamado de registro de dados. O registro de dados deve conter a idade, sexo, vacinações, medicações e doenças, e ainda todas as informações sobre o acompanhamento desta ave (início da postura, produtividade, rendimentos, familiares, cruzas, etc).Esta identificação pode ser feita por diferentes métodos:

• Tatuagem no bico. Tem a desvantagem de sair com o tempo. • Tingimento de penas ou pele. É um método falho pois as penas caem e a cor

desbota até sumir da pele. • Faixas nos membros posteriores. É um bom método desde que se preste atenção

para que as faixas não apertem as pernas dos filhotes a medida em que forem crescendo.

• Microchips. É o método mais eficiente, implantado na parte posterior inferior da coxa ou pescoço do animal ficando com ele até que morra para só então ser retirada e usada em outro animal. Não usa energia, nem bateria, não acaba, não pode ser perdida, não desgasta e nem pode ser roubada. Usa-se um leitor (transreceptor) para ler o número do avestruz. Uma vez lido e digitado no seu computador este número dá acesso a todas as informações a respeito desta ave. O microchip custa 12.5 US$ e o leitor varia entre 800 e 2.300 US$ .

Produção:

Fase de cria – de 0 a 3 meses: Instalações:

• Mantê los abrigados à noite; quando há chuva, vento ou frio, em um galpão coberto com pelo menos 3m2 por animal, não inferior a 20m quadrados para estimular a movimentação.

• Mantê los aquecidos com campânulas a gás se a temperatura estiver inferior a 20 graus.

• O galpão coberto deve ter no mínimo 20m2, e uma base de cimento rústico e lavável.

• O galpão deve ser lavado e desinfetado todos os dias, a desinfeção deste galpão é essencial para a saúde das aves e deve estar muito bem desinfetado para recebê-las. ( Sugerimos desinfeção com cal e desinfetante a base de iodo).

• O piquete ao ar livre deve ter pelo menos 10m2 por animal nos três primeiros meses, devendo ser longo e estreito para estimular a movimentação e corrida, os

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cantos a quarenta e cinco graus para evitar acidentes, devem ter comedouros, bebedouros, cobertura e também um alambrado fino com 1,5m de altura para proteger a ave de outros animais,( dos três aos seis meses, o piquete deve ter pelo menos 100 m quadrados por animal ).

• Bebedouro: pode ser de alvenaria ou similares com uma bóia (para que esteja sempre cheio) e um extravasor para facilitar escoamento da água e limpeza diária.

• Comedouro: pode ser feito com pneu , galão de plástico cortados ao meio ,ou similares, observando que o bebedouro e comedouro devem estar de lado oposto do piquete, para incentivar a movimentação da ave dentro do mesmo.

• Cobertura dentro do piquete: pode ser de eternit com tela ou bambu nas laterais. • A base destes piquetes podem ser de terra batida ou pasto. • Terra batida – À partir da Quarta semana (1 mês )já se dá capim picado (pedaços

de mais ou menos 1,5cm). • Pasto – Pode ser braquiara, napiê, ou até alfafa que por ter um ótimo nível de

proteínas, é o melhor pasto. Manejo:

• Nos primeiros 5 dias de vida a ave tem que fazer jejum total de comida, não esquecendo da água à vontade.

• Estimular a movimentação! Jejum e movimentação são fundamentais nos primeiros 5 dias de vida do animal.

• Ração com 20-22% de proteína contendo milho, farelo de soja, farelo de trigo e um núcleo (cálcio, fósforo, vitaminas e oligo-minerais), Proteína 20%, Gordura 3%, Fibra 8%, Cálcio 1,5 a 2,0%, Fósforo 0,7 a 1,0%.(Aconselhamos que seja feita analise do solo para complementar a ração com Cálcio e Fósforo.)

• Introduzir o pasto aos poucos à partir do primeiro mês. • Durante os primeiros três meses, a ração é à vontade e o pasto é dado 2 vezes ao

dia. A partir do quatro mês, complementar a alimentação com pasto verde na razão de uma parte de ração para duas a três partes de pasto verde.

Consumo de ração nos primeiros três meses:

• Mês 1 - entre 000 – 300 gr por dia. • Mês 2 - entre 300 – 400 gr por dia. • Mês 3 - entre 400 – 500 gr por dia.

Consumo de pasto nos primeiros três meses:

• Mês 1 - entre 000 – 300 gr por dia. • Mês 2 - entre 600 – 1.200 gr por dia. • Mês 3 - entre 1.200 – 1.500 gr por dia.

Evolução da resistência dos animais ao frio e a chuva:

• Semana 1-Tomar todos os cuidados com os animais (Frio, vento etc...) • Semana 2 - Soltar as aves duas vezes por dia para tomar sol (30mim). • Semana 3 - Soltar as aves por mais tempo duas vezes por dia tomando cuidado

com os ventos fortes e chuva. • Semana 4 - Soltar as aves as 9:00hs e recolher as 15:00hs, tomando cuidado com

os ventos fortes e recolher em caso de chuvas fortes, podendo ficar num chuvisco rápido.

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• Semana 5 - procedimento normal soltando as aves pela manha (8:00 hs) e recolhendo a tarde (17:00hs).

• Semana 6 - idem (tomar cuidado com as aves em caso de chuvas fortes). • Semana 7 - Podem agora ficar numa chuva rápida, cuidado com o tempo fechado. • Semana 8 - As aves já podem agora ficar embaixo da chuva desde que seja fraca

e rápida. Obs: Um avestruzinho saudável está sempre em movimento, ciscando no chão,

andando, correndo em grupo com a cabeça bem alta. Se um animal fica parado seja em pé ou deitado, anda com a cabeça baixa, não come, se isola do grupo, provavelmente está doente. Uma ave normal nasce com peso entre 800 gr e 1 kg. A seguir relacionamos os problemas mais comuns enfrentados nesta fase de desenvolvimento e algumas sugestões de tratamento, mas consulte sempre um veterinário antes de medicar um animal.

Se qualquer ave ficar doente no piquete, observar o máximo possível, medicar de acordo com um veterinário, nunca separar a ave doente do grupo a menos que a doença for transmissível, quando houver necessidade de separar a ave doente, fazer a quarentena com outras aves que estiverem mais enfraquecidas para se fazer um tratamento adequado e evitar o Stress, o isolamento desta, pode provocar a morte, podendo ela estar doente ou não.

Patologias mais comuns:

• Entorses, deslocamentos, traumatismos – São causadas ou por instalações inadequadas ou pelo manejo violento das aves ou ainda por stress massagear a parte afetada com Calminex pomada. É mais comum à partir do terceiro mês.

• Deformidades nas patas – Podem ser causadas por herança genética do animal, podem também ter sido causadas por traumatismos repetidos (tombos,...), podem ainda ser conseqüência de uma alimentação deficiente ou decorrentes do intenso período de crescimento dos filhotes, onde há um ganho de peso excessivo e as

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pernas ainda são fracas. Temos rotação de dedos, pernas e coxas ou deformidades nos ossos e articulações. A solução é difícil: a colocação de talas, a cirurgia ou o uso de suplementos minerais não revertem uma deformidade já instalada.

• Incompleta absorção do saco vitelino – tem como conseqüência a infecção e morte do animal – é um dos maiores problemas encontrados nos primeiros 15 dias de vida. O tempo normal de absorção do saco é de 7 a 10 dias, sendo que este é um meio rico para bactérias que entram pela cicatriz umbilical. Pode ser causado por stress ( excesso de calor, frio, vento, barulho...). A solução é antibióticos terapia ou cirurgia, mas as chances de cura são pequenas.

• Diarréia ( fezes muito moles, misturadas com urina): se o animal está bem e ativo pode ser excesso de grama por isso diminua a quantidade de capim e de mais ração. Mas se o animal estiver apático, de cabeça baixa, antibiótico terapia + soro.

• Coprofagia (ingestão de fezes) é normal em todas as idades. Ajuda a formar a flora bacteriana do animal.

• Apatia, anda com a cabeça baixa – não é uma doença, é um sinal de que algo não está bem, seria necessário identificar a causa ( infecção, stress?): antibiótico terapia + soro.

Para reconhecer um animal que tenha pernas tortas, observamos os seguintes

itens: Pernas abertas, pernas em X, pernas em arco, dedos virados para dentro ou para fora e unhas viradas uma para a outra. Esta ave será um descarte do seu plantel e portanto será ave para abate. Se for possível esperar até que a ave tenha 1 ano para abatê –la, melhor pois ela renderá mais carne. Se a ave não estiver apresentando condições para esperar 1 ano, devemos abatê –la assim que pare de crescer e antes que morra por si só, para que possamos fazer o aproveitamento de sua carne derivados.

Durante os 3 primeiros meses de vida do animal, dizemos que ele está no berçário. As perdas neste período chegam até 20 %. Há casos registrados em criatórios que as perdas foram de 0%, isto porque dentro de um criatório novo, bem desinfetado não tem risco de contaminação, com o passar do tempo este se torna um risco eminente, normal para um criatorio é de 5% a 10%.

Fase de recria – de 4 a 12 meses (Abate) , 4 a 18 meses (matriz) Instalações:

• Piquetes longos e estreitos (como a pista do Jóquei Club) por que os avestruzes precisam correr para desenvolverem massa muscular e crescerem fortes e saudáveis.

• Os piquetes devem ter uma base de pasto resistente ao pisoteio, pois os animais pastam o dia inteiro. Alfafa por exemplo é um ótimo pasto, mas não suporta a presença constante de animais adultos. Em geral os animais ficam em piquetes com base de braquiara e se dá alfafa picada.

• Estes piquetes devem ter 1 fio de arame a cada 10 cm a partir dos primeiros 40cm inferiores, e passando a 20cm até completar 1,80 m. Todas as telas e arames devem ser bem acabados e sem pontas para evitar acidentes.

• Os piquetes devem ter uma área coberta mínima de 20m2, para abrigo da ave ( lugar este que deverá ficar o cocho de ração). Esta cobertura deve existir em todos os piquetes, inclusive nos de matrizes.

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• Machos e fêmeas podem ficar juntos em áreas de 200 m2 por cabeça até 6 meses , 6 a 18 meses passamos para 600 m2 e acima de 18 meses passamos para 1000 m2.

• Água à vontade. O consumo de água é de 10 litros por dia / ave. • O consumo de ração continua aumentando mês a mês. No quarto mês o avestruz

come entre 500 – 580 gr de ração por dia, no quinto mês entre 600 - 700 gr, aumentando 100 gr por mês até que no décimo mês, a ave come entre 1.200 – 1.900 gr de ração por dia, levando-se em conta o tipo de pasto existente no piquete.

• Nesta fase a ração deve ter um nível de proteína 12 %,gordura 3%, fibra 8%, cálcio 1,5%, fósforo 0,7%. (Aconselhamos que seja feita analise do solo para complementar a ração em Cálcio e Fósforo.)

• O animal também precisa de pasto fresco que é a base do piquete ou é dado de 2 a 4 vezes por dia, na proporção de duas a três vezes a quantidade de ração diária (capim triturado, podendo ser braquiara , alfafa etc...).

Nesta fase as aves são bastante resistentes à doenças infecciosas. Os

traumatismos, porém podem ocorrer em uma ave pequena, mas são problema típico de animais maiores, quando os ossos já são mais longos. Os avestruzes são animais sem papo, vorazes e sem paladar, podendo comer qualquer coisa (parafusos, pregos, pedaços de madeira, pregadores de roupas...). Portanto devemos prestar muita atenção na construção dos piquetes, para evitar a presença de pontas ou farpas nas estruturas e no chão, pois posteriormente os animais podem encontra-los, ingeri-los, sofrerem perfuração digestiva e morte.

Patologias mais comuns:

• Traumatismos - Por serem animais assustadiços e estabanados, podem esbarrar numa cerca ou escorregar, sofrendo fraturas, luxações ou lacerações. Têm ossos longos. As lacerações resolvem-se bem, mas fraturas e luxações não são tão simples assim.

• Oclusão digestiva - Significa ingestão em excesso. Pode ser causada por stress, devido a viagem ou a adaptação (mudança de piquete) onde as aves ingerem grande quantidade de alimento(ração ou pasto), ou de outros materiais (folhas secas, areia, etc.) causando a interrupção do trânsito digestivo e a morte por desnutrição. Podemos tentar uma solução fazendo lavagem gástrica com Nujol, massageando a barriga da ave ou colocando-a no soro(cura difícil).

• Perfuração digestiva – É causada pela ingestão de materiais estranhos nos piquetes, (pedaços de madeira, areia, cimento ou longas hastes de capim) e não tem cura.

• Doenças infecciosas - Trata-se de espécie robusta, recém introduzida no território e criada em boas condições sanitárias (piquetes amplos, expostos ao sol com poucos animais). Maior atenção deve ser dada ao aparecimento de micoses sob os dedos dos pés (em geral ligadas a um piso freqüentemente úmido e/ou com urina e fezes acumuladas) e a parasitoses intestinais como helmintoses ou ácaros. Usamos mais ou menos o mesmo tratamento do gado ou aves.

O avestruz tem pouca sensibilidade na pele e também sangra muito pouco. Por

isto a grande maioria das suturas são feitas sem anestesia. O grande golpe de defesa do avestruz é o chute, por isto ele deve ser imobilizado para que se possa fazer curativos e suturas. O melhor jeito de imobiliza-lo é colocando-o em um “cavalete” especial para curativos. Este cavalete terá outra tora de madeira um pouco mais para

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cima, para proteger o pescoço do animal que estará usando um capuz para não se assustar com a situação (cuidado especial com as asas e pescoço, são frágeis).

A figura ao lado nos dá uma idéia de como deve ser um cavalete para os curativos.

baia

Fase de Reprodução – de 2 anos em diante: Características Gerais: • Início da postura aos 2 anos, vida reprodutiva de 20 a 30 anos. Há casos de

animais que começaram a botar ovos com 18 meses. • A média de postura é de 50 – 60 ovos por ano. Há fêmeas que chegam a botar

até 100 ovos por temporada reprodutiva. • A temporada reprodutiva, neste hemisfério, é de setembro a março, colocando

um ovo a cada 48 horas (coloca 8 a 10 ovos, para uns dias, recomeça fazendo assim a recuperação necessária etc...).

• Normalmente a postura é feita no terreno, pode-se fazer um ninho na área coberta do piquete para a fêmea, ou fazer um ninho conforme croquiz e induzir a ave por os ovos ali. Também costuma-se colocar um ovo de madeira (ovo de indes) neste ninho para estimular a postura.

• Machos e fêmeas têm comportamento bem definidos para o acasalamento. O macho faz a dança nupcial, mexendo todo o corpo, asas e pescoço. A fêmea abaixa e levanta a cabeça a toda hora em resposta à dança do macho.

Nas figuras abaixo temos o ninho e a cobertura do ninho. Instalações:

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• Piquetes de 400 – 500 m2 por animal (20 x 50 = 1.000 m por casal)ou até maiores.

• O piquete deve ser feito em terreno com boa drenagem, pouca inclinação e com porteira, com cerca de arame liso de acordo com nossa planta.

• Corredor de 3m de largura entre os piquetes e cerca externa de alambrado com 1,8m de altura com malha variando de 2,5 a 3,0 polegadas.

• Área coberta para comedouros, de 4 x 5m e altura mínima de 2.5 m, com porteira para confinamento temporário dos animais.

• Pastagem resistente ao pisoteio. • Muito cuidado durante a construção dos piquetes! Não jogar pedaços de arame,

pregos lascas de madeira, ponta de cigarros etc.. • Depois de terminada a construção dos piquetes deve-se fazer uma revisão

MUITO cuidadosa para retirar todos os materiais que possam ser ingeridos (arames, pregos, tocos de madeira, etc.).

Manejo: • Fora da temporada de reprodução, machos e fêmeas ficam em piquetes

separados. No início da primavera são formados os trios de reprodutores sempre levando em conta a relação macho-fêmea que propicia a melhor produtividade em termos de ovos fecundados (casais ou trios).

• O manejo pode produzir organização no estado selvagem, com o macho sendo posto em um piquete com uma ou mais fêmeas. Contudo uma das fêmeas será predominante, ou seja, será mais coberta pelo macho. As outras fêmeas serão menos cobertas e conseqüentemente botarão menos ovos fecundados (que não gerarão filhotes).

• Por este motivo não convém por muitas fêmeas para um só macho; em geral nos criatórios comerciais os animais são postos em piquetes formando casais ou no máximo trios.

Alimentação: • Ração com 12 % de proteína e suplementação de cálcio. • Entre 1.200 e 1.400 gr de ração\dia. • Água à vontade. Cada avestruz adulto bebe em média 10 litros de água por dia.

Patologias mais comuns: • Traumatismos - Por serem animais assustadiços e estabanados, podem esbarrar numa

cerca ou escorregar, sofrendo fraturas, luxações ou lacerações. Têm ossos longos. As lacerações resolvem-se bem, mas fraturas e luxações não são tão simples assim.

• Oclusão digestiva - Significa ingestão em excesso. Pode ser causada por stress, devido a viagem ou a adaptação (mudança de piquete) onde as aves ingerem grande quantidade de alimento(ração ou pasto), ou de outros materiais (folhas secas, areia, etc.) causando a interrupção do trânsito digestivo e a morte por desnutrição. Podemos tentar uma solução fazendo lavagem gástrica com Nujol, massageando a barriga da ave ou colocando-a no soro(cura difícil).

• Perfuração digestiva – É causada pela ingestão de materiais estranhos nos piquetes, (pedaços de madeira, areia, cimento ou longas hastes de capim) e não tem cura.

• Doenças infecciosas - Trata-se de espécie robusta, recém introduzida no território e criada em boas condições sanitárias (piquetes amplos, expostos ao sol com poucos animais). Maior atenção deve ser dada ao aparecimento de micoses sob os dedos dos

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pés (em geral ligadas a um piso freqüentemente úmido e/ou com urina e fezes acumuladas) e a parasitoses intestinais como helmintoses ou ácaros. Usamos mais ou menos o mesmo tratamento do gado ou aves.

• As doenças genitais podem afetar a reprodução dos animais, e, portanto devem ser tratadas até a cura completa do animal.

Postura: • Os ovos pesam entre 1.200 e 1.800 gr. • Tem a casca bem resistente e porosas, geralmente para identificação usa-se escrever

nas casca com uma caneta hidrográfica, grafite ou etiqueta. • O ovo deve ser coletado o mais rápido possível para evitar contaminação. • Apesar de não ser um animal agressivo, o avestruz tem forte instinto de defesa do seu

território e dos ovos. Por isso é preciso Ter instalações que facilitem o manejo e a coleta dos ovos.

• As fêmeas costumam por 1 ovo a cada 2 dias, fazendo assim um rodízio de postura. • Os ovos são coletados, desinfetado e armazenados em ambiente fresco (18/20 Graus) e

limpo (desinfetado) e posteriormente colocados nas incubadeiras , de preferencia uma vez por semana.

• É perigoso deixar os ovos em descanso por mais de uma semana pois há risco de morte embrionária e conseqüente diminuição da taxa de eclosão.

Incubação: • A maior vantagem da incubação artificial é que, a fêmea não precisa interromper a

postura dos ovos para chocá-los, nem para cuidar de seus filhos. • Permite uma maior taxa de eclosão. • A incubação dura entre 41 e 42 dias. • A temperatura na incubadora deve estar sempre entre 36 e 37 graus Celsius. • A umidade relativa do ar deve estar entre 50% e 60%. • Deve-se fazer a primeira ovoscopia na primeira semana para avaliar se há

desenvolvimento embrionário. Depois disso, acompanha-se o desenvolvimento do embrião com o ovoscópio a cada duas semanas.

• Ao constatar que não está havendo desenvolvimento embrionário em qualquer dos ovos, este deve ser imediatamente retirado da incubadora para evitar a proliferação bacteriana e fonte de infecção para os outros ovos.

• Viragem automática de 2 em 2 horas • Uma incubadora para 18 ovos custa em torno de R$ 4.800,00. • É interessante ter 2 ou 3 incubadoras menores em vez de uma só grande para que se

possa ter mais opções de temperatura e umidade, sendo que, alguns ovos perdem mais umidade que outros, assim fica mais fácil controlar a umidade entre os ovos.

Eclosão: • Período que precede a eclosão e dura entre 2 e 3 dias. • A temperatura nesta época deve estar entre 35,5 e 36,5 graus Celsius. • A umidade relativa do ar no mesmo período deve estar entre 45% e 59%. • Neste período interrompe-se a viragem dos ovos. • O pinto leva em média 48 horas para sair do ovo, sendo que às vezes é preciso ajudá-

lo.

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• Após o nascimento , o pinto fica mais 3 horas na chocadeira, passando para o berçário climatizado a 36 graus, reduzindo a temperatura um grau dia até atingir a temperatura ambiente.

Problemas com a diminuição da taxa de eclosão: • A má posição do embrião dentro do ovo, com dificuldade em romper a casca e sair,

causando a morte nas horas que imediatamente antecedem ou sucedem a eclosão, é um dos problemas mais freqüentemente encontrados.

• Pode estar havendo uma infecção dentro da própria incubadora, causando a morte embrionária.

• A inexperiência de alguns criadores pode ser fatal para sua granja, sugerimos portanto que o criador terceirise a incubação dos ovos produzidos no seu criatório, recorrendo a granjas bem equipadas e com técnicos preparados. Desta maneira, o criador economiza em investimentos e aproveita a experiência de criatórios especializados.

Transporte: • Ovos e pintinhos de um dia: Transporte bem fácil e barato, quase sem traumas. • Filhotes até 6 meses: Transporte fácil, custo médio, com poucos riscos e traumas. • Adultos: Transporte difícil, bem caro, com muitos riscos de perdas por stress e

traumatismos diversos. Há ainda, o risco de stress pela adaptação no novo criatório.

Perspectiva e Projeção do Mercado de Avestruzes.

Perspectiva de evolução do mercado de avestruzes:

Primeira fase – Breeding Phase. É a fase de criação e desenvolvimento do plantel nacional. Durante esta fase ainda não há abate, vendem-se apenas animais matrizes. Esta fase dura em média 20 anos. • A venda de matrizes é pelo menos 10 vezes mais lucrativa que a venda de produtos. • Nos U.S.A., a fase de Breeding durou 20 anos e um casal de matriz adulto chegou a

custar U$ 60.000,00, hoje já caiu para preços bem mais razoáveis (U$ 8.000,00). • Na Europa a fase de Breeding já dura 17 anos e ainda não está concluída. • Para ser importador de matrizes de avestruz, é necessário ter uma firma que esteja

devidamente credenciada pelo IBAMA (mais ou menos 9 meses) e pelo MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (10 dias).

• Para ser criador de avestruzes, não é necessária nenhuma licença específica. A única exigência é que as aves que não forem nascidas no Brasil tenham sido compradas de um importador credenciado

. Segunda fase – Commercial Phase. É a fase de venda dos produtos do avestruz abatido: carne, couro e plumas. • Quando o Brasil entrar na fase de abate das aves, surgirão especialistas em todas as etapas da criação: Incubação, Sexagem, Microchipagem, Abatedouro e Curtume.

• Para abater as aves é necessário um abatedouro especial, pois o avestruz por sua altura e pescoço não pode ser abatido nos abatedouros comuns.

• No início da fase de abate, os criadores usarão os abatedouros já existentes, feitos para outros animais: Ex. Gado e Suínos. Em seguida será desenvolvido um abatedouro próprio e exclusivo para avestruzes.

• Para que se possa vender os produtos do avestruz, é necessário garantimos:

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1. Continuidade da oferta. 2. Homogeneidade na qualidade dos produtos. 3. Custos gerais homogêneos.

Potencialidade do mercado:

Espécie Consumo Carne T\A

Carne por Animal Kg

Abate Anual (Cabeças)

Fêmeas (Número)

Rebanho (Número)

Bovino 4,9 milhões 240 21 milhões - - Avest (1%) 49.000 30 1,6 milhões 55.000 110.000 Avest (5%) 248.000 30 8,2 milhões 275.500 550.000

A carne do avestruz entrará no mercado como uma carne exótica e se difundirá devido a:

• Alta produtividade do avestruz. • Grande capacidade da ave de se desenvolver em áreas marginais. • Características saudáveis da carne. • Diminuição dos custos de produção.

O Brasil tem algumas vantagens na criação pecuarista:

• Tradição na criação bovina e outros. • Sensibilidade do consumidor para carnes exóticas (saudáveis e saborosas). • Técnica de criação “natural” preocupada com o bem estar dos animais (grande espaço à disposição e alimentação não forçada). • Tradição no tratamento e na utilização do couro. • Por ser um mercado novo, desperta muito interesse dos pecuaristas, sendo que as matrizes apresentam ótima rentabilidade.

Os fatores limitantes para a criação de avestruzes são:

• Investimento alto e para poucos. • Carência de informações. • Falta de experiência dos veterinários. • Dificuldades burocráticas em geral.

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CRIATÓRIO MODELO SAMUA.

O criatório ideal deve ter: 1. Área para quarentena com:

• 2 piquetes de 20 por 50 metros, com piquetes de contenção cobertos de 4 por 5 metros para comedouros, bebedouros e manejo. A cerca dos piquetes podem ser de arame liso ou de preferencia tela tipo alambrado, com os palanques virados para fora e contos a quarenta e cinco graus. • Os piquetes devem ter também um corredor de serviço com 3 metros de largura, para que possa passar um carro se for necessário. A cerca externa, (proteção para os piquetes )devem ser de alambrado para evitar a entrada de animais estranhos. • Galpão coberto com pelo menos 50 metros quadrados, piso de cimento rústico para facilitar a limpeza e desinfeção diária.

2. Piquetes para adultos:

• Os piquetes devem ter 1.500 metros quadrados por trio, sugerimos piquetes de 30 por 50 metros. Também deve ter boa drenagem e pouca inclinação. • O alambrado deve ter malha de 3.0 polegadas, com 1,7 m de altura, ou cerca de arame liso com os palanques virados para fora. • Piquetes de contenção cobertos (eternit, sapé ou telhas) de 5 por 5 m e 2.5 m de altura para comedouros e manejo das aves. Deve ter também uma porteira para confinamento temporário dos animais, lembrando sempre que comedouro e bebedouro sempre do lado oposto do piquete. • A pastagem destes piquetes pode ser brachiara com outro pasto resistente ao pisoteio. • Sombra natural ou artificial (tela, quiosques).

3. Galpão berçário:

• Galpão coberto com pelo menos 50 metros quadrados, piso de cimento rústico lavável, com comedouro e bebedouro removíveis no caso de permanecerem por tempo prolongados(dia de chuva).

• Campânulas a gás para aquecimento noturno. • Comedouros, bebedouros e termômetro. • Piquetes externos (longos e estreitos) com pelo menos 10 metros quadrados para

cada animal, lembrando que quanto maior melhor para estimular a corrida. • Estes piquetes devem ter comedouros, bebedouros e sombra. • A base destes piquetes é de terra batida ou de pasto.

4. Incubatório e Laboratório:

• Azulejo frio higiênico nas paredes e piso, fácil de lavar e desinfetar. • Lâmpadas germicida. • Controle de temperatura e umidade 24 horas por dia. • Ar condicionado com exaustor. • Gerador de energia. • Desumidificador • Termo higrômetro • Ovoscópio.

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• Incubadoras, Chocadeiras e Nascedouros. • Microscópio para estudos. • Equipamentos para sexagem por D.N.A. • Sistemas de microchipagem e identificação para as aves.

5. Enfermaria:

• Vacinas, remédios e antibióticos. • Tronco para curativos. • Área para confinamento temporário. • Equipamento para autópsias.

6. Outros:

• Escritório para administração do criatório. • Escritório para administração das vendas. • Sala para palestras.

Planta do Criatório Samua:

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RESUMO Cuidados Diários - Não deixar tomar chuvas fortes até o quinto mês. - Recolher a noite até o Quinto mês e em caso de chuvas. - Água sempre Fresca e limpa. - Pedregulhos de tamanho variado em quantidade no piquete, lembrando que o avestruz ingere pedras com

tamanho aproximado da metade de sua unha. - Pastos e abrigos sempre livres de pregos, arames , grampo de cerca, toco de cigarro, cavaco de madeira,

linha de nylon, etc... - Permanecer o máximo de tempo junto aos animais; a partir dos seis meses, você que não convive junto

ao animal diariamente, muito cuidado ao entrar no piquete, o animal poderá estranha-lo, lembrando que a unha do animal é muito afiada e o chute é sua principal defesa.

Galpão e Piquetes Galpão: de 3 m2 / animal, máxima ventilação possível, piso de cimento grosso e de fácil limpeza e desinfeção diária, alimentação no galpão só no caso de chuvas, de fácil acesso para os piquetes. Piquetes: Formato retangular com os cantos a quarenta e cinco graus, quanto maior melhor, manter o pasto sempre baixo, cocho de ração e água de preferencia que possa ajustar a sua altura , lembrando que a avestruz é um animal que cresce diariamente, chegando até 2,50 metro de altura. Cercas : altura mínima de 1,70 m até 2,00 m ,podendo ser de arame liso a partir de 40 cm de altura do solo, 10 em 10 cm os primeiros quatro fios passando para 20 cm no restante até chegar na altura necessária, ou de tela; palanques com distancia máximas de 3 metros, não deixar pontas na cercas para evitar acidentes desagradáveis. Pastagem e Ração Pasto : gramíneas e leguminosas, considerando que o avestruz pasta com maior eficiência do que o gado; quanto mais nutritiva a pastagem , menor a necessidade de ração. Ração : nos três primeiros meses, a melhor forma de alimentação é a ração desintegrada, após três meses ração peletizada , sendo melhor aproveitada pela ave e homogeneidade dos nutrientes e vitaminas. Como a necessidade nutricional das aves se modificam com o seu crescimento , abaixo apresentamos a composição básica da ração para estes ciclos. Ração Inicio: Proteína -20 a23%, Gordura 3%, Fibra 8%, Cálcio 1,5%, Fósforo 0,7% (até 2 meses de idade) De 2 a 6 meses: Proteína 18%, gordura 3%, Fibra 10% , Cálcio 2% , Fósforo 1%. De 6 a 10 meses: Proteína 14%, Gordura 3%, Fibra 14% , Cálcio 3%, Fósforo 1%. De 10 a 14 meses: Proteína 12%, Gordura 3%, Fibra 16%, Cálcio 3%, Fósforo 1%. Após 14 meses : Proteína 10%, Gordura 3%, Fibra 16%, Cálcio 3%, Fósforo 1%. Vitaminas - Até cinco meses de idade: Vitaminas solúveis na água de bebida; Rosivol C - Roche, Celtz -Sanpar, Nopstress - Guabi, Vita Gold - aplicações de acordo com o fabricante. Antibiótico - Baytril - Bayer , Advocin - Pfizer , aplicações de acordo com o fabricante; Usar somente em casos de infeções graves, sendo que logo após fornecer iogurte dissolvido na água em abundância. Local de aplicação intramuscular parte superior da coxa . Parasitas Internos - Vermes chatos e redondos , controle de seis em seis meses com produtos a base de Febendazol ou albendazol ( produto para avicultura) , ou Ivomec liquido dosagem de acordo com o fabricante. - Externos - Carrapatos ou Piolhos, pulverizar com Malation, quando houver necessidade. Machucados , Cortes , Lesões , Bicheiras - Pomadas Furacim , Equiderme , etc..., não usar Lepecid ou similares. Vacinas Não é necessário a não ser em regiões, onde há alta incidência da doença de New - Castle, usar vacina oleosa subcutânea com aplicação na base do pescoço a cada seis meses.