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Ano V / nº56 | Diretor: Norberto Luís | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Novembro 2018 | Preço: Gratuito Criada equipa de futebol feminino na Lagoa Turismo Religioso Que caminho se pretende? A apresentação e tomada de posse da nova associação decorreu em outubro úlmo, na sede da Junta de Freguesia do Cabouco. Página 07 Pub. Pub. Úlma página O Jornal Diário da Lagoa, com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Cruz, lançou o livro de homenagem, a tulo póstumo, ao poeta popular João Silvério Sousa. Página 08 Lançado livro de homenagem a poeta popular santacruzense Inaugurado na Lagoa Posto de Antendimento Agrícola Página 06 Criada a Associação Cultural Amigos de São Martinho Foto: CML Página 11

Criada a Associação Cultural Amigos de São Martinho · São Martinho F ot : CML Página @@ Página 02 EBI DE LAGOA/ EBI ÁGUA DE PAU Diário da Lagoa | novembro 2018 D urante o

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Ano V / nº56 | Diretor: Norberto Luís | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Novembro 2018 | Preço: Gratuito

Criada equipa de futebolfeminino na Lagoa

Turismo Religioso Que caminho se pretende?

A apresentação e tomada de posse da nova associação decorreu em outubroúltimo, na sede da Junta de Freguesia do Cabouco.

Página 07

Pub.

Pub.

Última página

O Jornal Diário da Lagoa, com o apoio daJunta de Freguesia de Santa Cruz, lançou olivro de homenagem, a título póstumo, aopoeta popular João Silvério Sousa.

Página 08

Lançado livro de homenagem a poetapopular santacruzense

Inaugurado naLagoa Posto de Antendimento

AgrícolaPágina 06

Criada a Associação Cultural Amigos de

São Martinho

Foto: CML

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Diário da Lagoa | novembro 2018Página 02 EBI DE LAGOA/ EBI ÁGUA DE PAU

Durante o primeiro mês de aulas, a Bi-blioteca Escolar realizou as sessões dereceção aos novos alunos.

Estas sessões têm por objetivo, não sódar a conhecer as regras de utilização dabiblioteca, mas também fomentar a fre-quência da mesma.

Para além disto, todas as turmas envolvidaspuderam participar numa sessão do Projeto"Canta Comigo, Leio Contigo" onde foiabordada a obra "Pinguim", de Polly Dun-bar e a canção "A aranha e o pinguim", deAlda Casqueira Fernandes. Foram momen-tos de muita diversão.

A Equipa da Biblioteca Escolar

Receção aos novos alunos naBiblioteca Escolar

Foto

: EBI

AP

Hora do Conto alargada àsturmas dos 2.º e 3.º Ciclos

Àsemelhança do ano passado, no âm-bito da comemoração do Dia Mundial doAnimal, a equipa da Biblioteca Escolar daEBI de Lagoa, levou a cabo, no início do mêsde outubro, uma campanha de recolha dealimentos e utensílios para animais. Esteano, com foco especial para a Benvinda, a

gatinha adotada pela escola.Mais uma vez, a comunidade educativa

uniu-se a esta causa contribuindo com osalimentos de gato que ficarão na nossaescola e os alimentos de cão que serão en-tregues ao Canil Municipal de Lagoa.

A Equipa da Biblioteca Escolar

A fim de comemorar o Dia Internacio-nal da Paz, inserido no âmbito do projetointernacional "Storytelling ForPeace", decorreu na bibliotecaescolar uma sessão de contos inti-tulada "Pensar a Paz, será que éscapaz?" dinamizada pela educa-dora Alda Casqueira Fernandes epela professora Anabela Cura, coma participação das turmas 6.ºD e

5.ºA. Uma sessão com momentos de refle-xão.

A Equipa da Biblioteca Escolar

A E.B.1/J.I. Dr. José Pereira Botelho co-memorou no dia 16 de outubro, o dia mun-dial da alimentação.

Assim, foram várias as atividades desen-volvidas pelas diferentes salas desta escola.

No final, nada como pôr em prática o quefoi aprendido, tendo as crianças almoçadouma deliciosa sopa, confecionada na es-cola, pelas assistentes operacionais, com acolaboração dos encarregados de educa-ção, que ofereceram todos os ingredientes

necessários à sua confe-ção. Só assim foi possívelconcretizar esta ativi-dade.

E.B.1/J.I. Dr. José Pe-reira Botelho

Dia Mundial do Animal

Dia Internacional da Paz

Dia Mundial da Alimentação

Foto

:s: D

L/ E

BIL

A equipa da Biblioteca Escolar da EBIde Água de Pau decidiu, no presente anoletivo 1018/19, alargar a hora do conto aosalunos que frequentam os 5.º e 6.º anos.Os primeiros convidados foram os alunosdo 5ºB, no dia 10 de outubro, tendo-se se-guido aqueles do 5ºA e do 5ºC, nos dias 11e 12 de outubro, respetivamente. Então, adinamizadora da atividade solicitou aosalunos que ouvissem atentamente a parteinicial do conto “Agente Zero Zero Capa”,inserido na coleção Geronimo Stilton, daescritora italiana Elisabetta Dami, e, du-rante a audição, tirassem algumas notas deinformações importantes sobre a persona-gem principal, Geronimo Stilton, um rato,Diretor do Jornal Diário dos Roedores, quenum prazenteiro dia de trabalho descobreque está a ser seguido por um outro ratode óculos escuros. Após seguirem as ins-truções dadas, os alunos responderam a

um questionário oral, que testou a sua ca-pacidade de atenção/concentração, etodos tentaram adivinhar quem era a mis-teriosa personagem que insistia em perse-guir Stilton por todo o lado: quem seria omisterioso senhor ou melhor roedor deóculos escuros?

Uma vez desvendada a identidade dorato perseguidor: Kurnélius Van Der Keijot,antigo colega de escola de Stilton e atualAgente Zero Zero Capa, os alunos visuali-zaram um excerto do episódio ”Ratázia,que cidade extrarrática!” sobre a Ratázia,a cidade capital da Ilha dos Ratos. No finalda atividade, os presentes foram, igual-mente, desafiados a legendar um mapa dedois arquipélagos, o dos Açores e o da Ma-deira e …..a requisitar um livro! E por quenão um livro de aventuras? E que tal umdos livros da coleção Geronimo Stilton ouum outro da coleção Tea Stilton, a irmãdesportiva e energética de Geronimo?

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Diário da Lagoa | novembro 2018 Página 03EDUCAÇÃO

O Geocaching nos Açores e no concelho de Lagoa

I Feira de Ocupação de Tempos Livres na EBI de Água de Pau

No concelho de Lagoa existemvárias caixas emblemáticas quefazem parte do projeto GeoTourAzores, sendo também na cidadede Lagoa que se encontra a sededesta geotour!

Nos últimos cinco anos, ou seja,desde 2013, o Geocaching no ar-quipélago dos Açores sofreu mu-danças profundas;nomeadamente: passou-se dascerca de mil caches existentes em2013 para mais de três mil cachesexistentes em 2018; passou-se decerca de cem geocachers (prati-cantes desta modalidade) paramais de quinhentos geocachers lo-cais ativos e o número de geoca-chers visitantes, portanto turistas,passou para uma média mensal decerca de quinhentos. O Geoca-ching nos Açores, sempre foi alvode grande destaque, a nível nacio-nal, pois e desde logo, foi nos Aço-res que apareceu a primeirageocache portuguesa; chamadaTranslant Chees Cache localizadana Praia da Vitória, na ilha Ter-ceira, desde maio de 2001 (tenha-

se em atenção que o Geocachingapareceu neste mesmo ano). Re-giste-se também, que a melhorcache dos Açores, relativa ao anode 2013, se situa neste concelho.

Observe-se também que a 1ªgeotour portuguesa, GeoTour IlhaVerde/Green Island (GIGT), locali-zada em S. Miguel, apareceu em2015, sendo um projeto do Go-verno Regional dos Açores, atravésda Direção Regional do Turismo,tendo como responsáveis os geo-cachers: Luis Filipe Machado ePedro Almeida. Este projeto fun-cionou durante um ano. Foi subs-tituído, por proposta da DireçãoRegional do Turismo, por umanova GeoTour, a GeoTour Azores,que abrangesse as novas ilhas donosso arquipélago. Esta nova geo-tour (AZGT) envolve as mesmasentidades e pessoas, funcionadesde março de 2016 e envolvetodos os municípios dos Açores,em particular a Câmara Municipalde Lagoa. De registar que a sededestas geotours se localiza na ci-dade de Lagoa, mormente nas ins-talações do OVGA (Casa dos

Vulcões). São várias as entidadesdeste concelho que colaboramcom esta geotour, nomeada-mente: o Expolab e o OVGA. Estasduas geotours, existentes nos Aço-res, continuam a ser caso únicoem Portugal.

Todas as caches desta geotourestão em locais turísticos ou sãosobre temas turísticos, relativos aeste arquipélago. É a maior geo-tour (entre as 68 existentes naatualidade) existente no mundo,tendo 150 caches normais e 20 ca-ches jocker. Mais de cinco mil geo-cachers já encontraram cachesdesta geotour, dos quais mais decem já atingiram o “nível de pré-mio”. Registe-se também o factode que, até esta data, dois geoca-chers conseguiram realizar a tota-lidade das caches da GeoTourAzores, tendo recebido um souve-nir internacional, disponibilizadopela Groundspeak. Desde maio de2018 que Groundspeak (entidadeproprietária do Geocaching a nívelmundial) disponibiliza, em nomedo Governo Regional dos Açores,este especial souvenir, que é umdos mais cobiçados, atendendo àsua raridade e dificuldade na ob-tenção, não só devido ao númerode caches envolvidas (150 mais 20caches jockers), como pela sua dis-tribuição geográfica por noveilhas.

Nos Açores várias caches encon-tram-se localizadas dentro de mu-

seus, centros de ciência, bibliote-cas e outras entidades similares.Tenha-se em atenção que estageotour foi criada de raiz com oobjetivo de ser mais fácil com-pletá-la, ou seja atingir o nível deprémio, através das ilhas mais pe-quenas, de forma a fomentar umincremento de turismo nestasilhas (Corvo, Flores, Graciosa eSanta Maria). Todas as cachesdesta geotour são de dificuldadereduzida, para que uma família deturistas com crianças as consigaencontrar.

Em março de 2017, os Açores re-ceberam pela primeira vez a vistade um dos responsáveis a nívelmundial deste jogo de aventuras,a lackey Cindy Potter. Também foiorganizado, na altura, um eventode Geocaching, realizado na ci-dade de Lagoa, com a presença dalackey, em questão.

Existem mais alguns marcos re-lativos ao Geocaching açoriano,nomeadamente: nos Açores foipublicada a primeira e segundaearthcaches submarinas existenteem Portugal; a primeira cache por-tuguesa, que utiliza tecnologiaNFC. Por outro lado, os Açores sãoa região do país com mais earthca-ches, em percentagem (caixas vir-tuais ligadas à geologia e Ciênciasda Terra). Também é de ter emconta que foram várias as cachesaçorianas que obtiveram prémiosa nível nacional, em particular a

cache que ganhou o melhor localdo país; que nos Açores se locali-zam: a cache a maior altitude e acache a menor altitude de Portu-gal. Nos Açores existe o únicoClube de Geocaching (devida-mente legalizado) existente emPortugal, que é o Clube de Geoca-ching da Escola Secundária deLagoa, que conta, de novo, nesteano letivo, com mais de cem estu-dantes inscritos e que tem porprincipal entidade parceira a Câ-mara da Lagoa.

Desde o passado ano letivo quesão ministrados, neste concelho,formações creditadas para profes-sores (chamadas: Geocaching –Uma ferramenta educativa). Estasformações são reconhecidas paraavaliação de professores na RAA,tendo já se realizado dois cursos,com o total de 44 formandos (pro-fessores colocados em várias ilhasda RAA). Está planeada a realiza-ção de mais dois cursos (agora denível avançado), nesta escola, du-rante o corrente ano letivo.

Finalmente é de ter em conta agrande qualidade da generalidadedas caches existentes nos Açores,como o atestam os muitos teste-munhos registados nos “logs” dascaches, por muitos turistas geoca-chers continentais e estrangeiros.

Luis Filipe Machado e Marco Pereira

A EBI de Água de Paurealizou, recentemente, aI Feira de Ocupação de Tem-pos Livres e que contou coma participação de institui-ções da freguesia.

A presidente do ConselhoExecutivo considerou seresta uma boa estratégia paraser feita nesta escola, àsemelhança do que é feitona EBI de Lagoa.

Segundo Joana Medeiros,esta é uma forma facilita-dora das instituições da fre-guesia chegarem mais pertodas crianças, de formaabrangente, mostrando oque têm para oferecer, quede outra forma, seria sem-pre um contato muito pon-tual.

Das várias instituições des-taque para presença da Casado Povo de Água de Pau, quemostrou as várias valênciasdisponíveis, o Clube Despor-tivo Escolar, a Banda Filar-

mónica Fraternidade Rural, oAgrupamento de Escoteirose o Santiago FC.

Além destas instituiçõesda freguesia, marcou tam-bém presença o Expolab,uma vez que existe uma par-ceria com a escola, noâmbito do Clube de Ciênciase Tecnologias, e por ser umainstituição que facilita a pró-pria deslocação das criançasinteressadas em participarnas várias atividades que sãodesenvolvidas por este Cen-tro de Ciência.

Joana Medeiros consideraque as atividades extracurri-culares são cada vez maisimportantes, sendo umamaneira dos miúdos, nosseus tempos livres, de esta-rem ocupados, a aprender, ase divertirem, de formalúdica e estarem orientados.

A docente recorda o pro-jeto PIC - Parceria de Inter-venção Comunitária – quetem vindo a promover estas

atividades, mas até entãoera um trabalho individualde cada instituição.

Com a realização destafeira, as instituições deslo-cam-se assim à escola,sendo aliás um meio facilita-dor no contacto com osjovens, recorda a Presidentedo Conselho Executivo daEBI de Água de Pau, ao Jor-nal Diário da Lagoa.

Joana Medeiros diz serigualmente um estreitar derelações entre a escola e asinstituições da freguesia,promovendo assim um tra-balho conjunto, que tem le-vado a mudança na própriasociedade.

“Os problemas sempreexistiram e vão continuar,mas assim é mais fácil tentarultrapassar, porque há maisalguém, além da escola, atrabalhar para o mesmo”.

DL

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Página 06 LOCAL / SAÚDE Diário da Lagoa | novembro 2018

Cancro da mama

O cancro da mama é um pro-blema de saúde pública, tem umaalta incidência e uma alta mortali-dade, sobretudo no sexo feminino.Segundo a Liga Portuguesa Contrao Cancro, em Portugal surgem6000 novos casos de cancro damama por ano, ou seja, 11 novoscasos por dia, e estima-se quemorrem 4 mulheres, por dia, comesta doença.

Existem vários fatores de riscopara o cancro da mama, os maisestudados são a idade, a possibi-lidade de ter cancro da mama au-menta com o aumento da idade,história pessoal de cancro damama, história familiar pois o riscode uma mulher ter cancro damama está aumentado se houverhistória familiar desta patologia,alterações genéticas, primeira gra-videz depois dos 31 anos, mulhe-res que tiveram a primeiramenstruação antes dos 12 anos deidade, menopausa após os 55anos, mulheres que nunca tiveramfilhos tem maior probabilidade dedesenvolver cancro da mama.

Outros fatores como a obesi-dade, sedentarismo, terapêuticahormonal de substituição, raça,entre outros, estão também impli-cados na avaliação do grau derisco.

A prevenção é fundamental paraa diminuição da prevalência destadoença por isso recomenda-se arealização de exames de rastreio,como a mamografia, antes de sur-girem quaisquer sinais ou sinto-mas. A mamografia é o melhor

exame de rastreio na deteção pre-coce do cancro da mama.

A partir dos 40 anos as mulhe-res devem fazer uma mamografiapor ano ou em cada dois anos.

As mulheres que apresentamum risco aumentado de ter cancroda mama, poderão iniciar examesde rastreio mais cedo e com umaperiodicidade diferente. É muitoimportante informar o seu médicosobre fatores de risco pessoal parater cancro de mama, só assim oseu médico poderá planear a suavigilância da forma mais indicadapara si.

O autoexame da mama é umaexcelente forma de conhecer aanatomia da sua mama, o que aju-dará a identificar rapidamente al-terações que possam indicar odesenvolvimento de cancro.

Todas as mulheres devem reali-zar o autoexame da mama no sen-tido de prevenir e diagnosticarprecocemente o cancro de mama.Este deve ser efetuado todos osmeses entre o 3º e 10º dia após oaparecimento da menstruação ounuma data fixa nas mulheres quenão menstruam.

O autoexame da mama consistena observação frente ao espelho,palpação, desde a axila, de pé edeitada.

Durante a observação deveráavaliar o tamanho, forma e cor dasmamas, assim como inchaços,abaixamentos, saliências ou rugo-sidades. Caso existam alteraçõesque não estavam presentes noexame anterior ou existam dife-renças entre as mamas é reco-mendado consultar o seu médico.

A palpação deve ser feita comos dedos da mão juntos e estica-dos em movimentos circulares emtoda a mama e de cima para baixo.Os mamilos devem ser pressiona-dos suavemente para observar seexiste saída de algum líquido.

Os sinais de alerta são todas equaisquer alterações a nível dapele da mama, aumento de umadas mamas, vermelhidão ou alte-rações da cor da mama, saída deliquido pelos mamilos e nódulos.

A detenção precoce do cancroda mama é fundamental para aeficácia do tratamento.

Dr. João Martins de SousaDelegado de Saúde de Lagoa

Foi inaugurado, recente-mente, na freguesia do Cabouco,o Posto de Atendimento Agrícola,numa cerimónia presidida peloSecretário Regional da Agricul-tura e Florestas e que contoucom a presença da Presidente daCâmara Municipal de Lagoa.

Este posto está situado numedifício da Junta de Freguesia,onde a Câmara Municipal deLagoa procedeu às obras deadaptação daquele espaço paraacolher o novo serviço que con-tou com a parceria da SecretariaRegional da Agricultura e Flores-tas.

Segundo Cristina Calisto, “estePosto de Atendimento Agrícolatrará imensos benefícios a todosos agricultores do concelho la-goense, que ficarão abrangidospelos serviços desta unidade quelhes dará apoio nos diversos pro-cessos que envolvem a atividadeagrícola”.

Com a inauguração deste novoespaço, sobem para 76 os Postosde Atendimento em toda aregião, onde os agricultorespodem tratar de toda a sua vidaburocrática ligada às suas explo-rações. Nestes espaços, por ano,são gerados mais de 200 milmovimentos, o que dá nota daimportância destes postos deatendimento.

Trata-se de um espaço muitoútil aos agricultores, uma ferra-menta indispensável na vida dos

agricultores, adiantou o Secretá-rio da Agricultura, que falava aoJornal Diário da Lagoa, à margemdesta inauguração.

Segundo João Ponte, nos últi-mos dois anos o governo abriuem São Miguel dois novos pos-tos, nomeadamente nas SeteCidades e em Santo António-Capelas, tratando-se de dois pos-tos estratégicos, a servir áreasmuito importantes do ponto devista agrícola, seguindo-se agorao posto da Lagoa.

Até aqui, os cerca de 240 pro-dutores do concelho, 60 dosquais de leite, assim como os pro-dutores do Livramento e SantaBárbara, tinham como referênciaVila Franca, Ponta Delgada ou aAssociação Agrícola, em Rabo depeixe, a partir de agora têm apossibilidade de realizar todo oserviço burocrático mais perto,administrando melhor o seutempo.

João Ponte destacou o facto daLagoa ter 7.500 animais regista-dos, sendo igualmente um conce-lho, do ponto de vista agrícola,com um conjunto de equipamen-tos e infraestruturas, dando oexemplo das três fábricas deração, uma fabrica de lacticínios,de possuir o maior aviário dosAçores, a maior exploração deleite dos Açores (com uma produ-ção anual na ordem dos três mi-lhões de litros de leite), asegunda maior exploração emtermos de animais, e um con-

junto de empresas ligadas aosetor. Além disso, a Lagoa temainda uma grande tradição naárea hortícola e frutícola, dai quese justifica a abertura do posto,que vem facilitar a vida aosagricultores e dar resposta aosdesafios diários nas suas respon-sabilidades com a admiraçãoregional.

Para o Presidente da Associa-ção de Jovens AgricultoresMicaelenses, a Lagoa é um con-celho virado para a agricultura,tem boas indústrias agroindus-triais, sendo que faz todo o sen-tido ter um Posto Agrícola naLagoa, até pela questão de proxi-midade e centralidade

Segundo César Pacheco, quemarcou presença nesta inaugura-ção, assim, rapidamente os agri-cultores podem fazer todo acarga burocrática.

Já para o Presidente da Juntade Freguesia do Cabouco, a fre-guesia deu mais importantepasso com a prestação deste ser-viço aos agricultores e lavradores.Embora sediado no Cabouco,este novo espaço servirá todo oconcelho e freguesias limítrofes.

Segundo Adriano Costa, opoder local tem um papel deci-sivo no desenvolvimento daslocalidades, criando e prestandoserviços, engrandecendo as insti-tuições, apoiando os munícipes,apenas com um único objetivo, ode proporcionar o bem estar daspopulações.

Segundo reforçou, o Caboucoé uma freguesia de futuro, e aprova está à vista, sendo que afreguesia tem tido um forte cres-cimento populacional, possui umrobusto tecido empresarial, temum profundo ele de ligação àagropecuária e goza de boasaúde associativa.

DL

Inaugurado no Cabouco um Posto de Atendimento Agrícola

Foto

s: D

L

Foto: DR

Este posto é um grande beneficio para os agricultores da Lagoa, na gestão do seu tempo.

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Diário da Lagoa | novembro 2018 REPORTAGEM Página 07

Turismo religioso - que caminho se pretende?

Para assinalar o Dia Mundial doTurismo, a Coleção Visitável daMatriz de Lagoa, em parceria como Serviço Diocesano para os BensCulturais da Igreja, promoveu oEncontro “O turismo em diálogocom o património religioso”.

Tendo em conta que nos últimosanos há um crescente debatesobre a conexão entre turismo epatrimónio religioso, o Encontro“O turismo em diálogo com o pa-trimónio religioso” teve comoprincipais objetivos promover umareflexão acerca do impacto do tu-rismo no património religioso, par-tilhar ideias e experiências emtorno desta temática, debater osdesafios e obstáculos no acesso doturismo ao património religioso,bem como, compreender a in-fluência do património religiosocomo meio de evangelização juntodo turismo.

Se por um lado, denota-se umforte impacto do turismo a nívelmundial, por outro, e conside-rando a crescente importância dopatrimónio religioso como fonteinesgotável de fruição espiritual ecultural, e um dos principais recur-sos turísticos a nível mundial, tu-rismo e património religiosoencontram-se em estrita ligaçãopara a evangelização.

Segundo Joana Simas, a respon-sável pelo inventário feito na Igrejade Santa Cruz, é necessário perce-ber as dificuldades de acesso deum turista em ir a uma igreja ouinterpretar o próprio patrimónioreligioso, dai o encontro e dos in-tervenientes convidados, para quese possa melhor os aspetos menosbons, neste âmbito.

Segundo disse ao Jornal Diárioda Lagoa, o intuito é promover vá-rias iniciativas para perceber o queo público procura e se o trabalhorealizado está no caminho certo.“Pretendemos realizar iniciativas

de sensibilização de preservaçãode património religioso, debatervários assuntos em torno do tu-rismo e do património”.

Falando neste encontro, RuteGregório, Professora Auxiliar daUAc e Diretora do Serviço Dioce-sano dos Bens Culturais da Igreja,que levou a debate o tema “Patri-mónio da Igreja: conhecer e salva-guardar”, destacou o facto dopatrimónio religioso ter cada vezmais uma dimensão social e eco-nómica. “É uma dimensão que trazo dinamismo que se pretende”,realçou.

A docente reconhece ser umvalor capital atribuído a este patri-mónio que, embora não tenha aver com a Igreja, é importante atépara a própria valorização e con-servação desse próprio patrimó-nio.

Contudo, Rute Gregório temepelos riscos de se tornar este pa-trimónio numa mera mercadoria efalta de respeito por esses bens re-ligiosos. “Preocupa-me a banaliza-ção que se possa gerar, da própriafalsificação, podendo perder-se aessência das coisas. Mas estes sãoriscos que se podem ultrapassar.

Considera a professora que sehouver uma gestão feita por espe-cialistas, e não apenas por gesto-res, “puros e duros”, a Igreja podeencontrar recursos para a própriasalvaguarda deste riquíssimo pa-trimónio espalhado por toda a re-gião, considerando que é precisoconhecer e inventariar para quedepois se possa salvaguardar, apar do que foi feito na própria Ma-triz de Lagoa.

Por seu turno, outra das convi-dadas, Helena Castanho, GestoraTurística-hoteleira, que falou sobre“O Turismo Religioso e os Açores”,destacou a importância de sesaber informar bem e correta-mente, a quem nos visita.

Neste âmbito apontou inúme-

ras falhas, reforçando ser necessá-rio desencadear esforços para ela-borar roteiros com toda essainformação.

Helena Castanho admite que jáse fez alguma coisa, mas é muitopouco, e o que foi feito, tem umcunho muito pessoal e surge comoato isolado.

Neste encontro foi sugerida umamaior interação entre todos, Jun-tas de Freguesia, Casas do Povo,Igrejas, (…,) para a elaboração des-ses roteiros turísticos que são es-senciais para que se possaperceber e conhecer esse tãovasto património.

Mas este terá de ser um roteirocom dimensão regional, promo-vendo assim o turismo religiosoaçoriano, e não apenas individual.

Neste âmbito, ressalvou umdado preocupante que é o factode muitas das Igrejas estarem fe-chadas fora do horário de culto,assim como a falta de informaçãosobre as imagens existentes nasmesmas. “Por fora todas as Igrejassão quase iguais, muito frias, maso seu interior é muito rico, e me-rece ser visto. Cada qual tem uma

história para contar.”Por outro lado, importante será

também dar o mínimo de forma-ção a quem tem contato com osturistas, quer seja nas Igrejas ounas Casas de Cultura, isto paraque, quem visita esses locais pos-sas ser o melhor informados equem recebe não seja apanhadode surpresa sem saber dar res-posta, como ainda acontece emmuitos espaços, segundo realçouHelena Castanho. “É preciso tam-bém mudar comportamentos eprofissionalizar o contacto pessoalcom os visitantes”, considerou He-lena Castanho.

Preservação do património e in-ventariação foram de resto pala-vras muito usadas pelospalestrantes neste encontro, atéporque o património religioso, nãofala apenas da Igreja em si, comofala da própria cultura açoriana edo seu povo.

Serafina Silva, Guia-intérpretede uma operadora turística, diz sernecessário essa preservação, “masé preciso que se chegue a essaconclusão e se defina que é esse ocaminho a seguir”.

Na sua intervenção, intitulada“Património religioso: uma portafechada?”, voltou a recordar a ne-cessidade de se manter as portasdas Igrejas abertas a quem nos vi-sita. “De nada vale ter património,chega-se aos locais e as portasestão fechadas, como acontececom as igrejas, e é preciso assumiresse problema e encontrar umasolução. Há património, mas épreciso mostrá-lo.”

Segundo Serafina Silva, o turismoreligioso é um novo conceito e háque desenvolver e resolver umasérie de questões em torno deste,desde logo quem está a receber aspessoas tem que saber o queestão a fazer.

Há que formar os guias para seinteirarem e saber o que dizer aos

turistas e há que saber preservaro património que é de todos.

Recordou a guia-intérprete quea riqueza é grande e a Lagoamarca este momento na históriacolocando em debate esta ver-tente. “São precisos outros encon-tros como este, juntando aspessoas e saber que destino sepretende com este turismo reli-gioso”.

Por seu turno, o Pe. Hélio Soa-res, Pároco e Membro do ServiçoDiocesano dos Bens Culturais daIgreja fala exatamente numa peda-gogia da fé.

O pároco, que interveio parafalar sobre “A evangelização atra-vés do património religioso: difi-culdades e desafios dasparóquias”, adiantou que a Matrizde Lagoa teve esta visionária ini-ciativa que vai exatamente a esseencontro. “É uma forma de cate-quização”.

O Pe. Hélio Soares comunga daopinião de que é necessário, nesteâmbito, criar um roteiro, e que aprópria Igreja disponibilize a infor-mação necessária sobre o seu pa-trimónio.

O pároco fala igualmente numacolhimento que deve ser feito,mas não é fácil, tem de haver umamudança de mentalidades. “As pa-róquias não estão preparadas parareceber turistas, e os próprios pa-dres terão de mudar nesse as-peto”.

Algo que é unânime é a neces-sidade duma mudança de menta-lidades.

O Pe. Hélio Soares é ainda daopinião que devem, inclusive, sercriadas novas peças de arte, “fazerum novo património”.

Reconhecendo que, enquantopadre, há ainda muitas dificuldadee reticências, mas “cada dificul-dade deverá ser um novo desafioa ultrapassar”, afirmou.

DL

Fotos: DLParticipantes do encontro que decorreu na Igreja Matriz de Lagoa.

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Página 08 CULTURA / PUB Diário da Lagoa | novembro 2018

Livro de homenagem ao poeta popular João Silvério

Pub.

O Jornal Diário da Lagoalançou um livro em home-nagem ao poeta popularJoão Silvério AlmeidaSousa, a título póstumo.

Natural da freguesia deSanta Cruz, Lagoa, João Sil-vério tinha o sonho depublicar um terceiro livro,mas não o conseguiu emvida.

Em sua memória surgeeste livro, com os poemasque João Silvério Sousaescreveu entre 2015 e2017 para o Jornal Diárioda Lagoa, cujas publica-ções foram feitas na ediçãoimpressa e no sítio dainternet do jornal(http://diariodalagoa.com)

Publicamos também ou-tros poemas escritos porJoão Silvério, entretantodescobertos pela sua filha,por entre os pertences,após a sua morte e que,quiçá serviriam para a suaterceira obra literária.

O Jornal Diário da Lagoaassume a publicação destaobra, a qual desejamos

que fique na história dafreguesia e do concelho deLagoa, como mais um con-tributo cultural para os queà frente de nós vierem.

De salientar que esta pu-blicação surge com o apoioda Junta de Freguesia deSanta Cruz.

Adianta o seu Presidente,Sérgio Costa, “é comgrande satisfação que aJunta de Freguesia deSanta Cruz – Lagoa, seassocia a mais uma ediçãode um livro com poemasda autoria de João SilvérioAlmeida Sousa. Semprecom o espírito de manteras nossas tradições cultu-rais e de reafirmar a iden-tidade do nosso povo, estaautarquia, reconhecedesta forma, a herançaimaterial deixada pelonosso saudoso João Silvé-rio”.

Recorde-se que João Sil-vério Sousa cultivou anobre arte de versar com arima intrometida.

Com os estudos feitos –obtendo a quarta classe -,

optou, mais tarde, já emidade adulta, por emigrarpara o estrangeiro, perma-necendo 14 anos nos Esta-dos Unidos e 6 anos noCanadá.

Regressando à sua ilhanatal, São Miguel, fixa-sena sua freguesia de ori-gem, Santa Cruz, à qualdedicou os seus dois livrosjá publicados: “Elogios aSanta Cruz”, em 2011, e“Homenagem a AntónioAugusto da Ponte Borges”,publicado em 2014, pelaJunta de Freguesia deSanta Cruz”.

De recordar que João Sil-vério, tinha outra paixão, ade cantar ao desafio, tendoparticipado em vários fes-tivais e momentos decantorias ao desafio.

João Silvério Sousa nas-ceu na freguesia de SantaCruz, no dia 7 de dezembrode 1952, tendo vindo afalecer a 23 de outubro de2017.

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Diário da Lagoa | novembro 2018 REPORTAGEM Página 09

Festas em Honra de Nossa Senhora do Rosário - LagoaDecorreu entre 10 e 21 de outubro as Festas em

honra de Nossa Senhora do Rosário, na Cidade deLagoa.

Este ano as festividades tiveram como tema geral“Comunidade evangelizada em comunhão missio-nária”.

Do programa religioso a destacar a realização daProcissão de Velas, a Procissão com o Santíssimo,assim como a vinda da imagem de Nossa Senhoraao Adro da Igreja.

Apesar do estado do tempo ter prejudicado o úl-timo dias das festividades, teve lugar também oCortejo de Oferendas, seguido das habituais arre-matações.

O encerramento das festas deu-se com a despe-dida da Imagem de Nossa Senhora do Rosário, esteano com a cerimónia dentro da Igreja devido àchuva que se fez sentir.

De realçar que, a 18 de outubro, decorreu maisum encontro de coros, que contou com a participa-ção do Grupo Coral Litúrgico da Igreja de S. Sebas-tião - Matriz Ponta Delgada, Santa Cecília Chorume do Orfeão Nossa Senhora do Rosário.

Fotos: CMLImagens do encontro de coros, realizado na Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

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Página 10 REPORTAGEM Diário da Lagoa | novembro 2018

1º Centenário das aparições no Monte D’Água de Pau (parte IV)A morte da vidente e a construção da Ermida

Os pais e familiares de Joanaviam passar os anos com aflição,porque souberam pela Joana queNossa Senhora lhe houvera ditoque iria ter um tempo de vida de-terminado.

Pela pena do pauense J.Avlis[Professor João Ferreira da Silva]no jornal “A Ilha”, quando, aindaantes do milagre, as duas criançasrezavam no Monte Santo, a Joana,já acompanhada dos seus pais,lhes indicou, certo dia, que«aquele montinho de pedras queali está é onde vou deixar a minharoupinha quando Nossa Senhorame vier buscar».

Os dias iam passando e a pro-messa logo se verificou quandoMaria Joana Tavares do Canto,acometida de uma doença incom-preensível, ela ia morrendo e sen-tindo alegria. Morreu quandocompletou os 18 – dez anosdepois do milagre – porque foiassim que Nossa Senhora lhehavia prometido, e a Joana o afir-mava com toda a convicção.

Falecia assim a menina criadana abastança da casa paterna,rodeada de conforto e carinho,que percorria ravinas e íngremesencostas como se de há muitoseus pés se tivessem afeito ao pisoincómodo do cascalho negro ou àsurpresa das silvas bravias. Semeducação religiosa e sem leiturassugestivas no viver rústico da suavila, durante dezoito dias a peque-nina joana subia o monte e lá sequedava em oração.

Naquela tarde o sinal prometidoapareceu no sol, visível à vista de-sarmada, com rotações velocíssi-mas na aureola do disco solar,tendo o centro de um azul des-maiado.

Ilusão coletiva? Houve quemafirmasse ter presenciado o

mesmo fenómeno a muitas léguasde distância daquele monte e semo contágio de uma sugestão irre-sistível.

Passaram meses… depois osanos. E nunca mais voltaram a serassunto da conversa ao serão oumotivo de rijas discussões em es-píritos animados e de mais fácilcrença.

A pequenina Joana cresceu e de-pois piedosamente os seus olhosse fecharam quando refloriram osdezoito anos da sua primavera – aidade em que sempre afirmavaque viria a falecer.

Estava-se então numa altura emque, sem se ter um jornalismo deigreja, todos quantos se dedica-vam à informação possuíam o sen-tido da responsabilidademoral/social, cujo valor era im-prescindível aos poucos que infor-mavam.

As Aparições ou Revelações deorigem sobrenatural sempreforam e são bem vindas porquenunca trazem em si qualquer mal.Podiam e « podem ser espalhadase lidas pelos fiéis, mesmo sem li-cença expressa das autoridadeseclesiásticas, contando que se ob-serve a moral cristã geral » . [PauloVI em AAS 58 de 1966].

Dentro do sentimento religiosode cada um de nós, quando háDeus há mesmo Deus, sem a inter-venção seja de quem for. Assimacontece quando sentimos queNossa Senhora Mãe de Cristo éalgo na nossa vida.

Segundo a opinião de Sua San-tidade o Papa João Paulo II, ondeNossa Senhora se manifesta ficasempre uma certeza.

Há alguns lugares, nos quais oshomens sentem particularmenteviva a presença da Mãe. Não raro,estes lugares irradiam ampla-mente a sua luz e atraem a sai a

gente de longe. O seu círculo deirradiação pode estender-se aoâmbito de uma diocese, a umanação inteira, por vezes a váriospaíses e até aos diversos continen-tes. Estes lugares são os santuáriosmarianos.

Este pensamento de Sua Santi-dade, o Papa João Paulo II, parecealgo tirado da alma daqueles quepor força da sua fé, vieram delonge e subiram ao Monte Santonaquele dia 5 de julho do ano de1918. O «seu círculo de irradiação» naquela tarde de verão esten-deu-se sobre aquele simples lugarde Água de Pau, e consagrou ummistério de Nossa Senhora trans-mitido a uma ingénua criança de 8anos ! … Por isso o Monte santo foie é um Santuário Mariano queespera um julgamento da Igreja.

Habituado que fui a levar emconta tudo o que o professor Joãoferreira da Silva escreveu naimprensa sobre as aparições doMonte Santo, embora o tenhaescrito 28 anos depois do ocorridomilagre, reconheço neste ilustrepauense que escrevia sob o pseu-dónimo de J.Avlis, o empenho,rigor e a coerência com que publi-cava os seus artigos.

A CONSTRUÇÃO DAERMIDA

Na publicação anterior [parte IIIdo Diário da Lagoa] referi-me àDona Maria do Carmo, prima-irmãda vidente Maria Joana Tavares doCanto. Tendo Joana sido filhaúnica de Teófilo Tavares do Canto,foi ela quem ficou incumbida dedar continuidade à existência daErmida, visto que inicialmenteeste encargo não foi determinadonem à Paróquia de Nossa Senhorados Anjos nem à Diocese Aço-riana. É ela que, na qualidade de

membro da família Tavares docanto e benfeitora da Ermida deNossa Senhora do Monte, de ummodo de sinceridade profundanos diz:

«Depois da morte de minhaprima os meus tios pensaram logodar cumprimento à vontade dasua filha vidente, a Joana.

Embora ainda prevalecessem osacontecimentos de Fátima sem so-lução à vista, porque essas coisasde milagres e aparições continua-vam complicadas, ainda assim omeu tio Teófilo, pai da vidente,naturalmente depois de falar como senhor Padre João Moniz deMelo, falou com o meu primoEngº Floriano Victor Borges –primo da Joana e nosso primo porafinidade – para que este proje-tasse e orientasse a ermida que seia construir em homenagem à suafilha por determinação de NossaSenhora.

Também ele, primo Floriano,tinha visto o milagre do dia 5 dejulho daquele ano de 1918. Estelogo se prontificou a dar início aesta pretensão dos meus tios.

Porque no lugar onde apareciaNossa Senhora seria impossívelerguer uma ermida, visto que erana banda sul da cumieira do picoque se davam os contactos sobre-naturais Nossa Senhora{videntejoana, e porque, também no cimoda mesma erguer um templo seriaimpossível, o meu Tio Teófilo ad-quiriu a parte mais plana entre osextremos do pico – já entãoMonte Santo – a fim de erguer apresente ermida.

Não foi fácil acarretar os mate-riais para aquela construção por-que não existia qualquer caminhonem atalho para este fim.

Depois daquela zona de cons-trução estar aplanada e abertos osalicerces para o começo da edifi-cação, foram feitos contactos comalguns almocreves de Água de

Pau, os quais dificilmente acarre-taram a pedra, a água e outrosmateriais para a construção daermida, subindo com os seus ani-mais a inclinadíssima encosta domonte no sentidonascente/poente.

O projeto do Engº Floriano nãopodia ter sido mais rico e maissimples: de formato de seis fasesno corpo alongado onde se notaum pouco de gótico, a bonita e pe-quena Ermida de Nossa Senhorado Monte Santo ´é assim descritapelo genealogista Dr. HugoMoreira: «A ermida de NossaSenhora do Monte, no Pico doConcelho, em Água de Pau, foimandada edificar por Teófilo Ta-vares do Canto e sua esposa Iso-lina Adelaide Soares.

Esta Ermida foi construída pertodo local onde se deram as apari-ções de Nossa Senhora a MariaJoana Soares Tavares do Canto,filha deste casal. Maria Joana nas-ceu em Água de Pau,a 21 deAgosto de 1910. Já andava na es-cola quando começou a vir paraeste Pico, na companhia de seusavós e mais tarde com meninasda sua idade.

Na adolescência, Maria Joanaia com frequência ao Pico rezar nacompanhia de uma menina cha-mada Sofia. Esta nascera na Amé-rica do Norte, filha de paisirlandeses já falecidos e fora ado-tada por um casal sem filhos, deÁgua de Pau. Era um pouco maisnova que Joana. Começaram a sernotadas pela piedosa devoção,embora às vezes fossem acompa-nhadas de outras meninas ».

Como é fácil de compreender, areferência feita ao « Pico do Con-celho «demonstra que aquela ele-vada altitude, atrás descrita pelocientista Prof. Dr. Hugo Forjaz,composta por matérias calcina-das, antes de ser aplanada nazona onde foi construída a

ermida, era proprie-dade do Concelho daLagoa, por isso cha-mada de Pico do Conce-lho».

[Numa próxima edi-ção daremos conta daconstituição interior daErmida]

Por: RoberTo MedeirOs

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Diário da Lagoa | novembro 2018 LOCAL/ DESPORTO Página 11

Campeonato Europeu de PA permitiuinjeção direta na economia de 1,3ME

O Salão Nobre dos Paços doConcelho de Lagoa recebeu aapresentação dos números e im-pacto económico do Campeo-nato Europeu de PatinagemArtística, que decorreu entre 31de agosto e 8 de setembro na Ci-dade de Lagoa.

Tratou-se de um estudo cui-dado e que espelha a realidadedo evento, realçou na altura oeconomista Óscar Rocha, respon-sável por este estudo.

A análise teve em conta o apu-rar com rigor o que foi efetiva-mente injetado na economiaaçoriana, com dados obtidosjunto de várias entidades.

Foram vários os facotes tidosem conta para chegar ao real im-pacto, nomeadamente os trans-portes, a alimentação, oalojamento, as despesas da orga-nização e outros, onde, nestecaso, estão os possíveis gastos decada comitiva e/ou acompanhan-tes.

Segundo o economista, recor-reu-se, neste último caso, ao Ob-servatório Regional do Turismo,para chegar aos possíveis gastosde quem não adquiriu o pacoteturístico para a prova.

Em números, foi injetado dire-tamente na economia regionalalgo como 1,3 milhões de euros,

sendo que o número até poderáter sido ultrapassado, não tendosido possível apurar com certezatoos os gastos realizados pelos vi-sitantes.

Nos números apresentadosneste estudo, só em transportesaéreos foram injetados 289 mileuros, 63 mil euros no transporteterrestre, 237 mil euros em aloja-mento, e mais de 25 mil e 600euros em despesas da organiza-ção.

Segundo adiantou, tratou-se de23% a mais do que foi dado pelasentidades públicas de apoio àprova, sendo que a Associação dePatinagem de São Miguel (APSM)recebeu 54 mil euros de apoio,sendo 25 mil da Direção Regionaldo Turismo, 25 mil da CâmaraMunicipal de Lagoa e 4 mil da Câ-mara Municipal de Ponta Del-gada.

Recordou na altura o Presidenteda APSM que se tratou de umevento histórico, considerado umdos melhores europeus de sem-pre na modalidade.

José Raimundo não esqueceu oapoio da autarquia lagoense queconsiderou imprescindível para osucesso da mesma, e pela pro-moção que se pretendeu paraeste evento, tendo destacadoigualmente a forma como a pró-pria cidade se preparou para re-

ceber este evento, com os comer-ciante a embelezarem os seus es-paços, o que deixou agrado nosparticipantes.

O momento foi aproveitadopara fazer igualmente o balançodo impacto das provas realizadaspela APSM nos últimos três anos,além do Campeonato da Europaem PA deste ano, da realização daTaça de Portugal de PatinagemArtística e do 40º Torneio Inter-Regiões de Hóquei em Patins.Foram mais de 1800 pessoas quemarcaram presença nestas trêsprovas, em 17 dias de competi-ção, com um montante total deinjeção direta superior a 1,6 mi-lhões de euros.

O Campeonato Europeu de Pa-tinagem Artística representoumais de 80% do total injetado naeconomia, prova que teve umcusto de 77 mil euros. Em apoiosa APSM teve 54 mil euros, tendotido igualmente o apoio da Fede-ração Portuguesa de Patinagem eo restante foi assumido pela As-sociação.

José Raimundo ressalvou, con-tudo, que o investimento feito naprova não coloca em causa o fu-turo da associação.

Por outro lado, em declaraçõesao Jornal Diário da Lagoa, a Pre-sidente da Câmara Municipal deLagoa, Cristina Calisto, referiuque quando o município decidiuapoiar este campeonato euro-peu, estava certo que o retornodeste investimento seria muitomaior que a injeção direta de ca-pital na prova. “Agora tivemos aconfirmação do que já era espe-rado, com valores que forammuito elevados evidenciando quefoi um bom investimento porparte do município para a realiza-ção do Campeonato na Lagoa ede termos sido um dos grandespatrocinadores da mesma”.

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O Santiago FutebolClube de Água de Pau,com o apoio da CâmaraMunicipal de Lagoa, irá,a partir do dia 23 de ou-tubro, dar início aos trei-nos da única equipa defutebol feminino da ilhade São Miguel, que já seencontra preparadapara competir oficial-mente.

Atualmente, não existe mais ne-nhuma equipa de futebol femininona ilha de São Miguel, impossibili-tando, desse modo, que a equipafeminina lagoense possa competira nível oficial, sendo necessária aformação de, pelo menos, maisduas equipas.

Esta iniciativa, que é uma novi-dade no concelho de Lagoa, contacom a inscrição de 20 atletas,oriundas da freguesia de N. Sra.Do Rosário, Cabouco e Água dePau.

Ricardo Martins Mota, Vice-pre-sidente da Câmara Municipal eresponsável pela área do des-porto, salienta que, esta “é umamodalidade desportiva de inte-resse municipal que colmatará alacuna de ofertas desportivas parao género feminino, não somentena vila de Água de Pau, mas emtodo o concelho lagoense. O prin-cipal objetivo desta iniciativa passapela promoção de um estilo de

vida saudável, por forma a entre-ter as atletas e dirigi-las para umasociedade livre de vícios e ativa. Aestratégia municipal de promoçãodesportiva assenta, assim, noapoio ao alargamento da práticadesportiva, de forma a que, o des-porto faça parte do quotidiano detodas as famílias lagoenses”.

De salientar que, Água de Pau éuma das freguesias do concelhoque apresenta uma maior área útilpara a prática desportiva, exis-tindo, desse modo, um grande po-tencial para a rentabilização destasestruturas e equipamentos.

Os treinos da equipa de futebolfeminino, orientados pelos treina-dores André Sousa e Bina Sousa,irão decorrer todas as terças equintas-feiras, a partir das 20h00,tendo uma duração, aproximada-mente, de 1h30, sendo que a faixaetária das 20 atletas, varia dos 13aos 35 anos.

DL/CML

Lagoa forma única equipade futebol feminino em SM

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A apresentação deste estudo económico decorreu no Salão Nobre dos Paços do Município.Foto: DL

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O Patinador Gonçalo Pereira,atleta do Clube Patinagem deSanta Cruz - Lagoa, escalão cadete,está a representar Portugal naTaça da Europa de PatinagemArtística, porva que decorre emEspanha entre 29 de outubro e 4de novembro de 2018. De recordar que o patinador Gon-

çalo Pereira foi 3.º classificado noCampeonato Nacional da presenteépoca - 2018.

Para o treinador, Geraldo An-drade, será a sua primeira interna-

cionalização, a sua 1.ª ex-periencia em repersentarPortugal. “ O Gonçalo estápreparado para a competi-ção, é um jovem de 15anos, inteligente, commuito querer, ambição. Foium atleta que sempremostrou evolução, e nuncaescondeu o seu interesseem vestir o fato o país.

Devo também referir que bem hápouco tempo, termos recebido em‘nossa casa’ o Campeonato daEuropa, realmente o motivouainda mais para se preparar paraos Centros de treinos já realizadosno continente para a preparaçãoda Taça da Europa. É ainda um al-tleta que tem um longo camimhopela frente e estou certo que seráum agradável caminho a precorrer.O Gonçalo sem duvida que está deParabéns por todo o seu per-curso", diz Geraldo Andrade.

Gonçalo Pereira participana Taça da Europa em PA

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Página 14 LOCAL / NECROLOGIA Diário da Lagoa | novembro 2018

NECROLOGIAVila de Água de Pau

JErmínia Machado do RegoNasceu: 13-11-1928Faleceu: 09-09-2018

Vila de Água de Pau

Maria Querebina Costa FerrazIdade: 83 anosFaleceu: 13-09-2018

Vila de Água de Pau

Eduarda Maria Medeiros CabralIdade: 67 anosFaleceu: 26-09-2018

Ficha TécnicaDiário da LagoaRegisto ERC: 126473Deposito Legal: 402139/15Propriedade: Símbolos e Cedilhas -AssociaçãoFundador: Norberto LuisDiretor/ Editor: Norberto LuisRedação: Norberto M. Silveira Luis

(TE-563 A)Direção Comercial: Suzi MonizColaboradores nesta edição:Dr. João Sousa, Roberto Medeiros,Luís Moniz, Funerária Carvalho.Periodicidade: MensalImpressão: Gráfica Funchalense.Rua da Capela da Nossa Senhora daConceição, nº 50 - Morelena2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal

Tiragem: 750 exemplaresSede: Rua Calhau D Areia, nº299560-057 Lagoa - AçoresEdição e Redação: Rua do Estaleiro,nº6, 9560-080 - Lagoa - AçoresEmail: [email protected]: 296 916 357/ 935 319 608

Estatuto Editorial disponível na página

da internet em: http://diariodalagoa.com

nota: Os conteúdos dos artigos deopinião, aqui publicados, são da res-ponsabilidade de quem os assina.Os anúncios aqui publicados são daresponsabilidade dos respetivos anun-ciantes, salvo erro tipográfico. Mais conteúdos aqui.

Com base no trabalho que temosvindo a desenvolver e da experiênciaacumulada, apresentamos algumas re-flexões sobre o Coaching e o Sistemade Gestão da Qualidade, que estão re-fletidas em muitas organizações.No trabalho desenvolvido pela For Ex-cellencen nos seus clientes é visíveleste elo.

Atualmente as empresas esforçam-se para ser verdadeiramente competi-tivas, tornando-se, felizmente, cadavez mais profissionais, empreendedo-ras e dinâmicas. Uma das bases que setem verificado como uma aposta estra-tégica para crescimento sustentáveldas diversas entidades é a implemen-tação dos vários sistemas de gestão daqualidade.

Também, como se tem verificado, agestão de topo começa finalmente aperceber que a verdadeira fonte daqualidade, a verdadeira riqueza dasempresas são os Recursos Humanos(RH). Temos vindo a perceber que,para além de uma boa seleção nos RH,a constante motivação, formação,bem-estar proporcionado a todos oscolaboradores e em especial o senti-mento de integração no crescimentoda empresa, tem um enorme impactona qualidade dos serviços prestados.

Por forma a conseguir atingir estesobjectivos, vamos assistindo à cres-cente implementação e recurso aoCoaching.

O SGQ e o Coaching serão elemen-tos complementares?

Sim, na verdade a conciliação deambos vem mostrando que se comple-mentam de forma harmoniosa e extre-mamente produtiva.

De facto, se analisarmos ambos, ra-pidamente se verifica que em qualquerdos casos são trabalhados objectivos,embora com focos iniciais diferentes.O Coaching, tem claramente um foconos recursos humanos, foca-se naspessoas e no seu crescimento pessoal,no seu auto-conhecimento, procu-rando quebrar as enormes barreiras elimitações impostas pelo próprio. Na-turalmente, todo este foco inicial napessoa, vai culminar num efetivo me-lhoramento dos serviços prestadospelas empresas. Ou seja, o Coachingtrabalha a pessoa melhorando-a porforma a que esta tenho um melhorrendimento para a entidade patronal,

facilitando assim os objectivos do SGQ.Por outro lado, o SGQ tem como foco

inicial o crescimento empresarial. A im-plementação destes sistemas procuraclaramente criar procedimentos paraum crescimento sustentável da em-presa. O SGQ vai dando cada vez maisimportância aos colaboradores, ten-tando envolve-los no processo de de-senvolvimento da empresa. Destaforma, ao contrário do Coaching quese foca nas Pessoas para melhorar oprocesso empresarial, verificamos queo SGQ se foca no processo empresarialprocurando melhorar os RH.

Uma excelente comunhão. As adaptações dos sistemas de ges-

tão e as constantes mudanças queocorrem no mundo globalizado exigemdas empresas inovações incessantescriando a necessidade de estas recor-rerem a todas as ferramentas disponí-veis. As organizações possuem umanecessidade de ter um alinhamentoestratégico que envolva, o desenvolvi-mento de produtos e serviços, conhe-cimento do mercado e pessoas paraalcançar os objetivos desejados. Ne-cessário, contudo, será alinhar cami-nhos, preparar e acompanhar os seusrecursos humanos, numa visão inte-grada de resultados coletivos, sendoeste o desafio para os lideres.

As recentes alterações nas normasde gestão, alinhando cada vez mais asestratégias das empresas e princípiosde gestão como liderança, comprome-timento das pessoas e gestão de rela-cionamentos, vem criar mais desafiosà gestão e o Coaching ao possibilitar aformação deequipas deelevado de-s e m p e n h o ,atuando emfunção de re-sultados espe-rados eajustando-seàs exigênciasdo mercado,vai apoiar nocumprimentode objetivos,no desenvolvi-mento de pes-soas levandoem conta seusi n t e r e s s e s ,motivações e

talentos com metas direcionadas coma organização.

A ISO 9001 não garante a excelênciaempresarial podendo ser um guia paraapoiar a eficácia e eficiência por formaa ir ao encontro dos requisitos dosclientes e todas as partes interessadas,no entanto é necessário trabalhar asua equipa, por forma a garantir a sus-tentabilidade, sendo o Coaching umaferramenta que desenvolve uma rela-ção de parceria que revela e liberta po-tencial das pessoas de forma amaximizar o desempenho delas.

Os desafios das novas normas degestão para os líderes são muitos, oCoaching apoia-os no desenvolvi-mento de competências da sua equipe,desenvolve mecanismos de comunica-ção eficazes permitindo um trabalhoem equipa onde cada elemento desen-volve as suas tarefas com conheci-mento e orientados para os objetivosda organização. Uma equipa motivada,com as suas competências a serem de-senvolvidas, com processos de comu-nicação fluente e dinâmicos leva aorganização a melhores resultados, ali-nhados com a estratégia da organiza-ção.

O Coaching como ferramenta de ele-vado desempenho no desenvolvi-mento ativo do maior recurso de umaorganização, os seus colaboradores,desenvolvendo as suas competênciase aplicando a melhoria contínua ga-rante a satisfação de todas as partes in-teressadas no caminho dasustentabilidade.

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O Coaching e os Sistema de Gestão

Vila de Água de Pau

Norberto Flora MonizNasceu: 06-05-1955Faleceu: 15-10-2018

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Maria Margarida de Medeiros AzeredoNasceu: 24-11-1952Faleceu: 24-09-2018

Freguesia de Santa Cruz

Maria do Rosário TavaresNasceu: 20-12-1934Faleceu: 13-10-2018

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Diário da Lagoa | novembro 2018 Página 15PASSATEMPO / HORÓSCOPO

Soluções dos passatempos.

Labirinto: Descubra o caminho correto.

Descubra as sete diferenças.

PASSATEMPO HORÓSCOPO DE NOVEMBROCarneiro (21/3 a 20/4)

A vida afetiva sugere uma novaconquista apaixonante que estimula a suacriatividade intelectual e promove o entu-siasmo pela vida quotidiana.

A nível profissional vai lutar paraprovar o seu valor e mostrar as suas capa-cidades pioneiras, através de iniciativas queexpandem a carreira.

Touro (21/4 a 21/5)

A vida afetiva em fase de renova-ção promove relações excitantes, mas commuita serenidade, confiança e consciência,perceberá o rumo a seguir.

A nível profissional estão favoreci-dos os trabalhos inadiáveis que exigemeficiência e rigor. Adote uma atitude flexí-vel, dedicada e compreensiva.

Gémeos (22/5 a 21/6)

A vida afetiva permite-lhe tomarconsciência do seu “Eu”, através dos rela-cionamentos e do autoconhecimento queconfere evolução sentimental.

A nível profissional estão especial-mente favorecidas as áreas relacionadascom a comunicação, arte e criatividade,desempenhadas com dedicação.

Caranguejo (21/6 a 23/7)

A vida afetiva marca um cresci-mento sentimental e corajosamente esta-belecerá uma relação estável, prevenindosituações melindrosas.

A nível profissional poderá tomariniciativas para realizar os seus sonhos comcoragem, aproveitando oportunidades pro-fícuas financeiramente.

Leão (24/7 a 23/8)

A vida afetiva coloca à prova a suaevolução pessoal e com a paciência aliadaà generosidade poderá demonstrar umapostura mais flexível.

A nível profissional, a participaçãoem estudos filosóficos ou sobre o desenvol-vimento pessoal, assinalará evoluções nasua personalidade.

Virgem (24/8 a 23/9)

A vida afetiva propícia a ocasiãoideal para refletir com profundidade acercadaquilo que objetivamente pretende para oseu futuro familiar.

A nível profissional poderá contarcom grandes avanços repentinos e melho-rias financeiras, durante esta magnificoperíodo de renovação.

Balança (24/9 a 23/10)

A vida afetiva abre um novo ciclode segurança compatível com o estabeleci-mento de uma relação muito importantepara o seu equilíbrio.

A nível profissional deverá tomar ainiciativa para começar projetos com entu-siasmo e dedicação, de forma a melhorar asituação financeira.

Escorpião (24/10 a 22/11)

A vida afetiva acentua os seussentimentos em relação ao seu meioambiente familiar, projetando muita com-preensão, imaginação e intuição.

A nível profissional procure arris-car em projetos ambiciosos, com a sua forçae determinação, durante esta ótima tempo-rada de renascimento.

Sagitário (23/11 a 21/12)

A vida afetiva necessita ser anali-sada profundamente e através do diálogoassertivo poderá resolver problemas anti-gos, com muita tolerância.

A nível profissional conseguiráapresentar as suas ideias com convicção eoptimismo, promovendo novos planosrelacionados com a transcendência.

Capricórnio (22/12 a 20/1)

A vida afetiva encontra-se em fasede reconstrução e Plutão pede uma grandemudança de existência. É tempo de colhertudo o que semeou.

A nível profissional pode surgir umconvite para desenvolver um projeto, van-tajoso financeiramente e poderá colocarem prática os seus planos.

Aquário (21/1 a 19/2)

A vida afetiva concede-lhe surpre-sas que facilitam o crescimento de ambosos elementos do par, alicerçado na liber-dade individual dos envolventes.A nível profissional poderá quebrar rotinase alargar horizontes, estudando profunda-mente uma área do seu interesse, que con-tribui para o progresso.

Peixes (20/2 a 20/3)

A vida afetiva é vivenciada comgrande romantismo, sensibilidade e misti-cismo. Surgirão oportunidades para proje-tar os seus dotes sedutores.

A nível profissional sentirá a forçaindispensável para seguir em frente com acapacidade de encarar o quotidiano, ado-tando uma atitude construtiva.

Page 16: Criada a Associação Cultural Amigos de São Martinho · São Martinho F ot : CML Página @@ Página 02 EBI DE LAGOA/ EBI ÁGUA DE PAU Diário da Lagoa | novembro 2018 D urante o

Pelo sexto ano consecutivo o SãoMartinho é celebrado no Cabouco,mais concretamente na Praça DonaAmélia.

Realiza-se assim nos dias 9,10 e 11de novembro a Feira Tradicional eGastronómica dos Amigos de SãoMartinho do Cabouco, onde se man-tém a aposta na gastronomia tradi-cional e típica da época.

No primeiro dia do evento, depoisda tarde infantil, decorrerá o festivalde petiscos, onde foram convidadasassociações do concelho.

No sábado, depois da tarde infantil,terá lugar a prova de carne açoriana,onde não faltaram os petiscos típicoscom bifanas, porco no espeto e sar-dinhas.

No domingo, último dia do eventodecorrerá o ponto alto da festa com

a realização do cortejo etnográfico“Nobreza, Clero e Povo”. A encerraras festas este ano estará a Tia Mariado Nordeste.

A organização espera contar com apresença de muito publico, quetodos os anos tem aderido e partici-pado em massa.

De salientar que, durante o evento,não faltarão as tradicionais barraqui-nhas de comes e bebes, assim comonão faltará a animação musical.

O evento é uma organização dosAmigos do São Martinho do Ca-bouco, agora Associação Cultural.

Foram seis anos a trabalhar comogrupo, tendo havido a necessidadede se criar a associação, sendo umaforma mais fácil de justificar e pro-mover o trabalho, explica CláudioGaspar.

O presidente da associação, ao Jor-

nal Diário da Lagoa, recorda que ogrupo de amigos mantém-se, masagora como associação, continuandoa promover a cultura na freguesiaassim como noutros eventos.

Para 2019 deverão surgir algumasnovidades, mas o ponto alto serásempre a realização da “Feira Gastro-nómica Tradicional do São Martinho”.Destaque também para a realizaçãoda segunda edição do “Cabouco 100limites”, tendo a edição deste anotido muito sucesso e boa aceitação.

Cláudio Gaspar recorda que o ob-jetivo da associação não é só traba-lhar para dentro, mas tambémarticular com todas as associações doconcelho, para isso são feitas parce-rias com todos os que tem interessenesse sentido.

DL

Diário da Lagoa | novembro 2018Última LOCAL/ PUBLICIDADE

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s: C

ML

Criada Associação Cultural Amigosde São Martinho no Cabouco

A tomada de posse da nova associação decorreu no edifício sede da Junta de Freguesia do Cabouco.