CRIANÇA, DIREITO AO BRINCAR

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  • 7/25/2019 CRIANA, DIREITO AO BRINCAR

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    CRIANA- DIREITO AOBRINCAR

    Danilo Mekari

    Quando criana, quem nunca se sentiu em um submarino, uma nave

    espacial, um castelo ou um forte apache apenas com caixas de papelo?

    Durante a escola, quem nunca esperou ansiosamente o sinal de intervalo

    para sair da sala de aula e brincar com os colegas no ptio?

    ara quem acredita que o recreio ! apenas um hiato no cotidiano escolar, !

    necessrio compreender que o tempo de brincar ! to fundamental quanto

    o tempo de estudar" # que as crianas se desenvolvem enquanto brincam"

    $ import%ncia da brincadeira na formao do ser humano guiou as

    discuss&es reali'adas no seminrioO Direito de Brincar: da teoria prtica ,

    em ("

    Durante o evento, foi ressaltado o papel no apenas do brincar) mas sim

    do brincar livre, sem mediao direta de pais ou educadores" *$dultos

    devem participar desse momento como an+os da guarda, organi'ando os

    espaos e dando oportunidades, mas no interferindo em sua din%mica,

    pois no ! ele quem decide o +ogo, defende Marilene -lores Martins, da

    .$ /rasil"

    0 ort l $prendi' esteve no evento e selecionou as principais ra'&es

    para voc1 deixar uma criana brincar de forma livre e espont%nea" 2on3ra4

    56 /rinc r promove o desenvolvimento integr l

    0 ato de brincar ! uma oportunidade educativa que vai muito al!m dos

    conte7dos do curr8culo escolar tradicional" ara $na 2ludia $rruda 9eite,

    do.nstituto $lana, priori'ar os momentos l7dicos e livres da criana !

    possibilitar o seu desenvolvimento em plenitude, al!m de ser um processo

    no qual a sociedade se humani'a"

    *Qual inf%ncia estamos construindo? : comum os pais e educadores

    reclamarem da falta de tempo, e o brincar ! colocado em segundo, terceiro

    e at! quarto plano" $s consequ1ncias so graves para o desenvolvimento

    http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/crianca/http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/direito-ao-brincar/http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/direito-ao-brincar/http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/direito-ao-brincar/http://artigo31.wix.com/direitodebrincarhttp://artigo31.wix.com/direitodebrincarhttp://www.ipadireitodebrincar.org.br/http://alana.org.br/http://alana.org.br/http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/direito-ao-brincar/http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/direito-ao-brincar/http://artigo31.wix.com/direitodebrincarhttp://www.ipadireitodebrincar.org.br/http://alana.org.br/http://portal.aprendiz.uol.com.br/tag/crianca/
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    das crianas e, ao 3nal, tamb!m da vida adulta" ;o < toa, vemos ho+e muita

    medicali'ao infantil, aponta $na 2ludia, citando o 3lmeTarja Branca A

    revoluo que faltava"

    ara o escoc1s $ndre= (=an, diretor pedag>gico do pro+eto (pice ids,

    brincar ! uma oportunidade da criana conhecer outras pessoas da sua

    idade e aprender com elas" *: nesse momento que acontece o

    desenvolvimento social, criativo e emocional"

    0pinio semelhante tem (irl%ndia @eixeira, viceApresidente

    da$//riB$ssociao /rasileira de /rinquedotecas6" *Quando a brincadeira

    ! livre, a autonomia da criana ! favorecida" .sso alimenta o seu

    desenvolvimento integralC f8sico, intelectual, emocional e social, arremata"

    D6 #st previsto n s leis br sileir s e mundi is

    E uma s!rie de dispositivos nacionais e internacionais que ressaltam a

    import%ncia da brincadeira no processo de aprendi'agem de beb1s e

    crianas" ;o /rasil, o #statuto da 2riana e do $dolescenteestabelece o

    brincar e o divertirAse como aspecto fundamental do direito < liberdadeF +

    o Geferencial 2urricular ;acional para a #ducao .nfantilB5HHI6 garante

    *o direito das crianas a brincar como forma particular de expresso,

    pensamento, interao e comunicao infantil"

    ;o contexto mundial, a2onveno sobre os Direitos da 2rianada Jnicef

    reconhece, em seu $rtigo K5,o direito da criana ao repouso, ao tempo

    livre e < participao em +ogos e atividades recreativas pr>prias da sua

    idade" *;o /rasil, por!m, ! baixa a consci1ncia da import%ncia do brincar e

    da recreao, observa Marilene" *ara atender as necessidades do adulto,

    as crianas brincam em espaos con3nados como shoppings centers e

    plaLgrounds de condom8nios"

    De acordo com (irl%ndia, tais dispositivos no garantem que esse direitose+a exercido nas escolas do pa8s"

    K6 ; escol no se brinc B o menos livremente6

    *or que no se brinca dentro da escola?, questiona a viceApresidente da

    $//ri" *$ maioria das institui&es de ensino utili'a apenas o horrio do

    intervalo para deixar os alunos brincarem" .sso est errado, complementa"

    (irl%ndia lembra que nessas escolas no existe espao para fantasiasinfantis ) os 7nicos brinquedos utili'ados so os pedag>gicos ou

    http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/06/tarja-branca-retrata-a-importancia-do-brincar-na-vida-adulta/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/06/tarja-branca-retrata-a-importancia-do-brincar-na-vida-adulta/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/06/tarja-branca-retrata-a-importancia-do-brincar-na-vida-adulta/http://www.spicekids.com.br/index.phphttp://brinquedoteca.net.br/http://brinquedoteca.net.br/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htmhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdfhttps://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdfhttps://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdfhttp://brinquedoteca.net.br/wp-content/uploads/2013/04/DireitodaCrianca.pdfhttp://brinquedoteca.net.br/wp-content/uploads/2013/04/DireitodaCrianca.pdfhttp://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/06/tarja-branca-retrata-a-importancia-do-brincar-na-vida-adulta/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/06/tarja-branca-retrata-a-importancia-do-brincar-na-vida-adulta/http://www.spicekids.com.br/index.phphttp://brinquedoteca.net.br/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htmhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdfhttps://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direitos_crianca2004.pdfhttp://brinquedoteca.net.br/wp-content/uploads/2013/04/DireitodaCrianca.pdf
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    educativos para uso didtico" *: claro que a brincadeira deve ser segura,

    mas ela precisa tamb!m tra'er um desa3o para a criana" 0 educador no

    precisa ter um ob+etivo toda ve' que a criana for brincar, pois ! nesse

    momento que surge a espontaneidade"

    ara $na 2ludia, ! preciso *repensar o momento do brincar, dando a

    oportunidade da criana condu'ir o seu interesse e seu tempo" or meio

    da metodologia l7dica, a criana aprende naturalmente" *: um espao em

    que ela cria, sente e pensa" ;o ! isso que a escola precisa?, pergunta

    (irl%ndia, convocando os educadores e pais a exercerem o brincar livre"

    M6 /rinc r ! inerente < condio d cri n no mundo

    *Quem trabalha com criana naturalmente teria que trabalhar com o

    brincar" #ssa ! a opinio de aula (elli, do Museu 9asar (egall, instituio

    que tem promovido a visita de beb1s e mes ao seu acervo" Durante as

    atividades, so trabalhados diversos aspectos do desenvolvimento do ser

    humanoC la'er, diverso, descoberta, liberdade, noo de regras, mem>ria,

    experimentao, autonomia, sociali'ao, identidade, representao e

    imaginao" *$o mesmo tempo em que ! uma ao de todos n>s, o brincar !

    inerente a condio da criana e sua percepo do mundo, sustenta aula"

    (egundo $na 2ludia, a brincadeira pode revelar a ess1ncia da criana e

    esse processo deve ser protagoni'ado mais pela relao com a nature'a do

    que com os brinquedos industriali'ados" *Defendemos uma inf%ncia que

    tenha tempo para construir seus pr>prios brinquedos" $ nature'a ! uma

    grande amiga da criana e possibilita um terreno muito f!rtil para a

    imaginao e um brincar ativo, sugere" *0 brincar ! um gesto que di'

    respeito a condio humana" : a nossa primeira interveno no mundo"

    N6 /rinc r ! imprevis8vel e estimul cri n control r o seu limite

    #xAfuncionrio do 2entro ;acional do /rincar, na #sc>cia, $ndre=

    rememora sua inf%ncia em cima das rvores, correndo pelos bosques e

    pulando nos lagos" *Eo+e, a criana no tem muitas oportunidades de

    brincar, pois muitas delas no saem nem do apartamento" recisamos criar

    oportunidades, porque elas continuam querendo brincar como

    antigamente, ressalta"

    http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/04/seminario-divulga-experiencias-com-bebes-em-museus/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/04/seminario-divulga-experiencias-com-bebes-em-museus/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/04/seminario-divulga-experiencias-com-bebes-em-museus/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/04/seminario-divulga-experiencias-com-bebes-em-museus/http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/08/04/seminario-divulga-experiencias-com-bebes-em-museus/
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    0 escoc1s acredita que, de algo natural, a brincadeira passou a ser

    controlada pelos adultos" *Oivemos em uma sociedade de averso ao risco,

    que entendeAo negativamente ) e no como oportunidade" or isso, vemos

    a reduo de parquinhos e do acesso aos espaos p7blicos" $ minimi'ao

    dos riscos levou < criao de espaos est!reis e mon>tonos para as

    crianas"

    $ medicali'ao excessiva de crianas, um fenPmeno cada ve' mais

    comum, prov!m da falta de contato com a nature'a, acredita $na 2ludia"

    *$o inv!s de Gitalina, pod8amos dar parques e espaos p7blicos para as

    crianas e pensar em maneiras de levar a brincadeira para dentro das

    escolas, opina"

    ara $ndre=, ao ser imprevis8vel, incerto e novo, o brincar cont!m

    naturalmente elementos de risco" *2rianas so atra8das por atividades

    arriscadasC correr, pular, fa'er algo que nunca 3'eram, testando o limite de

    seu controle"

    6): ferr ment p r construo de um cid de educ dor

    $ busca por espaos p7blicos mais convidativos < populao em geral e,

    especi3camente,

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    a3nidade e compaixo e no pela viol1ncia e distanciamento" *$ criana

    ensina n>s, adultos, a sermos mais acolhedores da diferena"