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    Cristo: Queda e

    Levantamento de MuitosN 907SERMO PREGADO NA MANH DE DOMINGO 26 DE DEZEMBRO, 1869

    POR CHARLES HADDON SPURGEONNO TABERNCULO METROPOLITANO, NEWINGTON, LONDRES.

    E Simeo os abenoou, e disse a Maria, sua me: Eis queeste menino posto para queda e elevao de muitos emIsrael, e ser um sinal de contradio Lucas 2: 34.

    Este texto esconde em seu interior um profundo abismo, mas euno tentarei medi-lo. H alguns meses, uma companhia foiorganizada para tratar de recuperar alguns lingotes de ouro e barrasde prata que supunham jazer no fundo do mar, em um galeoespanhol que afundou h alguns sculos. Meu barco no estequipado com o maquinrio necessrio para extrair o ouro escondido

    nos misteriosos abismos; ademais, eu me pergunto seriamente se atentativa no seria bem mais perigosa que rentvel, pois muitosmergulhadores que submergiram nas enormes profundezas dapredestinao se perderam, e muitos mais se tornaram infrutferospara a igreja e para o mundo. Meu barco no mais que um pequeno

    bote de pesca, cuja ocupao pescar almas de homens. Meus donss me permitem ser um barco de cabotagem, que transporta alimentode porto em porto para alimentar quem tem fome do po que sacia.No tentarei, portanto, penetrar no sublime mistrio que este texto

    contm referente divina posio de Cristo de ser ocasio de queda eelevao de muitas almas. Eu creio nessa doutrina, ainda que nopossa exp-la. Creio, tremulamente, nas palavras de Pedro referentesqueles que tropeam na palavra, sendo desobedientes, ao qual

    foram tambm destinados. Mas repito que, ainda que eu creio nadoutrina da predestinao em todo seu comprimento e largura,porque a vejo revelada na Palavra de Deus, contudo, como no posso

    ver nenhum resultado prtico que possa surgir de uma discussodeste tema esta manh, a deixarei para outras mentes e para outraslnguas. Prefiro conduzi-los verdade prtica contida no texto.

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    A grande doutrina prtica que temos diante de ns esta: queonde quer que Cristo chegue, com quem quer que entre em contato,nunca deixa de exercer Sua influncia e nunca inoperante, antes, emcada caso um resultado muito importante produzido. H no santo

    menino Jesus um poder que sempre est ativo. Ele no foi posto paraser um personagem que passa despercebido, que inativo ou quecochila no meio de Israel, mas que foi posto para queda ou parasoerguimento de muitos que o conhecem. Jamais um homem ouve oEvangelho sem que se levante ou caia depois de escut-lo. Nunca huma proclamao de Jesus Cristo (e essa a vinda espiritual doprprio Cristo) que deixe os homens precisamente onde seencontravam. certo que o Evangelho ter algum efeito sobre aquelesque o escutam. Ademais, o texto nos informa que, quando ahumanidade entende a mensagem e a obra de Cristo, no as consideracom indiferena, antes, quando ouve a verdade que em Jesus, ou atoma gozosamente em seus braos como fez Simeo, ou se transformapara ela um sinal de contradio. Aquele que no com Cristo, contra Ele, e quem com Ele no ajunta, espalha. Onde Cristo est,nenhum homem permanece neutro: ou decide por Cristo ou decidecontra Ele. Quando uma mente entende o Evangelho, s tem duasopes: ou tropea nesta pedra de tropeo, sendo escandalizada porela, ou se regozija em uma fundao sobre a qual se deleita emconstruir todas as suas esperanas para o tempo e para a eternidade.

    Observem, ento, as duas faces da verdade:Jesus opera sempresobre os homens com um efeito decisivoe, por outro lado, o homemtrata ao Senhor Jesus com uma resposta, seja de afeto ou deoposio; perenemente se produzem uma ao e uma reao.

    Qual, voc cr, que seja a causa disto? No devido, primeiro, energia que habita no Cristo do Senhor e no Evangelho que orepresenta agora entre os homens? O Evangelho pura vida e

    energia; como levedura, incha e fermenta com energia interna e nopode descansar at que leveda tudo o que o rodeia. Poderia sercomparado com o sal que tem que permear, penetrar e temperar o queest sujeito sua influncia. Paulo compara a pregao de Cristo a umcheiro suave. Agora notem, voc no pode dizer a um perfume: Fiquequieto; no sature o ar com fragrncias; no afete os narizes doshomens. Ele no poderia comportar-se de outra maneira: afragrncia tem que encher o ambiente. Da mesma forma, Cristo temque ser um cheiro, quer seja de vida para vida, ou de morte paramorte, mas h de ser um cheiro onde quer que chegue.

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    No mais factvel restringir a obra do Evangelho que proibir aao do fogo. Se voc parar diante do fogo, ele lhe aquecer e oconfortar, mas se voc meter a mo no fogo, voc se queimar. Semantiver o fogo em seu lugar apropriado, ele lhe prestar um

    abundante servio; se, porm, uma fagulha salta dele, consumir todaa casa e devorar tudo o que entrar em contato com ele. Voc no podedizer ao fogo: Reprima sua energia consumidora. Posto que fogo,tem que queimar.

    E o mesmo sucede com o Sol no alto. Ainda que as nuvens oocultem de nossa viso neste momento, ele sempre derrama, comoproveniente da boca de um forno, seu calor e sua luz. Tampouco elepoderia deixar de queimar e brilhar, a menos que deixasse de ser umSol. Enquanto for um Sol, h de permear o espao circundante comsua influncia e seu resplendor. Surpreende-lhes que o Sol de Justiaseja de uma justia ainda mais divina? Maravilham-se porque podeser que o incndio de Sua glria cegue Seus inimigos, ou que aafetuosidade do Seu amor enxugue as lgrimas dos Seus amigos, eque, em cada caso, haja um resultado claro e um efeito manifesto?

    O Evangelho nunca volta vazio, antes, faz prosperar aquilo paraque o Senhor o enviou. Jesus no pode parar de operar no Evangelho.Meu Pai at agora trabalha, e eu trabalho tambm. O Pai no d

    uma pausa na providncia, e o Filho no cessa na obra da graa.

    Ademais, lembre-se que Jesus Cristo e Seu Evangelho soassuntos de to primordial necessidade para a humanidade quedesta causa tambm h de surtir sempre um efeito produzido porCristo. Considerem outros assuntos que sejam de primeiranecessidade para a humanidade, e aquilo que profiro ficar claro.

    Aqui existe ar e eu o respiro. O que acontece ento? Pois bem, vivo.No posso respir-lo sem obter este importante resultado. Os

    pulmes recebem o ar, o sangue recebe uma proviso de oxignio e avida mantida. Suponham que eu me recusasse a respirar o ar; o queaconteceria ento? Algum efeito notvel sucederia? Me sentiria umpouco desfalecido? Teria menos energia? No, morreria. Se respiro,

    vivo; se recuso respirar, morro.

    Assim, o Senhor Jesus to necessrio para nossas almas, comoa atmosfera para nossos corpos. Se recebemos Cristo Jesus,

    vivemos; no podemos receb-lo sem que vivamos por Ele. Se no orecebemos, morremos. inevitvel que assim seja. Voc no pode

    rejeitar o Salvador e ser afetados um pouquinho por isso; no houtra alternativa, salvo que voc perea completamente. Tomem

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    outro item necessrio para o ser humano: o po. Se comerem po, eleos nutrir e prover o material que forma a carne e os msculos, osnervos e ossos. Se recusarem, ento, se privaro da vida. Vocspoderiam tratar de enganar os demais se quisessem, mas, seja sob

    vigilncia ou no, morrero se no comerem. O sbio decretodeterminou que no h vida sem comida; se o lapso se prolongar osuficiente, a morte ser algo inevitvel para aqueles que no comem oalimento necessrio. O mesmo acontece com Cristo, que o poenviado do cu. Se o receberem, tero tudo o que sua alma necessitapara seu sustento e para aplacar sua fome; se o rejeitarem, no habsolutamente nada nem no cu nem na terra que possa suprir acarncia de sua alma.

    Poderia dar-lhes tambm como exemplo a gua que bebemos ouqualquer outra coisa que no fosse um artigo suntuoso ou denecessidade artificial, mas que fosse absolutamente necessrio para a

    vida humana; todas essas coisas surtem efeito para o bem ou para omal, segundo as aceitem ou as rejeitem. Assim tem que sernecessariamente com Cristo.

    Poderamos acrescentar que a posio na qual Jesus Cristo seencontra com o homem torna inevitvel que Ele tenha um efeitosobre ele. No vou falar dos pagos que no escutam sobre Ele, nem

    de nossos infelizes pagos que nos rodeiam, que no querem ouvirsobre Ele. Mas, quanto a vocs que ouviram sobre Cristo, eu asseguroque nos seus casos, o Senhor Jesus Cristo se encontrou com vocs emocasies nas quais aceitar ou rejeitar geraria uma crise em seu ser. Eleestava no meio do seu caminho. Ocorreu num domingo de noitequando o Esprito Santo estava com o pregador; ou foi um dia, quandoseu pai acabava de ser enterrado; ou, mulher, foi na noite em que seuamado beb acabava de ser retirado de seu peito para ser colocadosobre o leito morturio. Voc pode lembrar facilmente dessa ocasio.

    Cristo estava no meio de seu caminho e voc no pde dar nenhumavolta para se esquivar; aquela noite ou voc teria que encontrar comEle e fazer com que fosse para voc uma pedra de tropeo ou voc teriaque edificar sobre Ele neste mesmo instante e neste lugar, e aceit-locomo a confiana de sua alma.

    Eu creio que esse momento de deciso chega a todos os ouvintesda Palavra que a escutaram, at certo ponto, inteligentemente. Equando o Esprito Santo nos capacita, a partir deste momento, areceber o Redentor para que seja a base da confiana de nossa alma,

    oh, que felicidade! Mas se deixado que ns mesmos rejeitemos aCristo, no o teremos rejeitado sem fazer violncia a nossa

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    conscincia e sem ter violentado tudo o que bom e verdadeiro. Noteramos encontrado Cristo sem saber que estvamos encontrando omais nobre dom de Deus, com o maior sinal do amor do Pai, queestvamos nos encontrando com a nica coisa que poderia nos

    libertar da ira vindoura e nos assegurar uma eternidade de gozo.Vejam assim que, pelo fato de Cristo vem a ns na crise importante denossa vida, ele no pode nos ser indiferente. Tem que provocar ounossa queda ou nosso levantamento.

    Ademais, permitam-me observar que o Senhor Jesus foi postoprecisamente para isso. Assim diz o texto: Este postopara queda esoerguimento de muitos em Israel. Veio para este propsito. Vejamo lavrador que pega a p. Observa-se o monte de trigo mesclado compalha que jaz no solo. O lavrador comea a agitar a p at gerar uma

    corrente de vento. O que acontece? A palha voa at o mais afastadoconfim da era, e fica s ali; o trigo, mais pesado, fica purificado elimpo, formando um dourado monte de gro. Assim a pregao doEvangelho. Assim Cristo: Ele separa aqueles que iro perecerdaqueles que sero salvos. A p discerne e descobre; revela o que notem valor e manifesta o precioso. Cristo tem assim a p em Sua mo!

    Vejam outra metfora que encontramos nos Profetas: E quempoder suportar o tempo de sua vinda? Ou quem poder estar de pquando ele se manifestar? Porque Ele como o fogo purificador e

    como sabo de lavandeiros.

    Vejam o fogo purificador. Notem como arde e queima. Agora setornou incandescente; voc no pode tolerar olh-lo. O queaconteceu? Pois bem, a escria foi separada da prata, e o ouro foiseparado da liga. O fogo purificador separa o precioso do vil. E assimo Evangelho revela os eleitos de Deus e abandona dureza de coraoos impenitentes convictos. Onde o Evangelho pregado, os homensque o aceitam so preciosos para Deus, so Seus eleitos, Seus

    escolhidos. Os homens que o rejeitam so a prata rejeitada. Assim oschamaro os homens, pois Deus os rejeitou.

    Observem tambm o sabo do lavandeiro. Ele pega seu sabo e,ao realizar seu ofcio sobre aquela pea de linho marcada com muitasmanchas e cores, vocs veem como essas coisas imundasdesaparecem com o sabo e s permanece o lindo tecido. As manchase o linho experimentam o poder do sabo. Da mesma forma, oEvangelho pega o tecido manchado da humanidade e o limpa: aimundcie desaparece e se esfuma diante dele, e o bonito tecido

    permanece. Acontece o mesmo com os santos de Deus; quando o

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    Evangelho chega a eles, os purifica, enquanto os malvados, comomachas imundas, so postos para fora em sua maldade.

    Mostrei-lhes, assim, que no possvel que Cristo chegue a

    qualquer parte sem que produza algum resultado. Gostaria de repetirque no possvel que Cristo venha a vocs sem que seja produzidoalgum resultado. Suplico-lhes que no caiam nunca no erro dos queasseveram que a incredulidade no nenhum pecado, e que rejeitar aCristo no uma falha de vocs. O teor geral da Santa Escrituracontradiz essa opinio sumamente errnea. Quase no conheo nadaque seja mais tendente a sedar a conscincia para que durma que esseengano. Podem estar certos de que o Evangelho ser um odor demorte para morte para vocs, se no for para vocs odor de vida para

    vida. Se no creem, j foram condenados. Por qu? Ouam a voz deDeus: Aquele que Nele cr, no condenado; mas aquele que nocr j foi condenado, porque no creu no nome do unignito Filho de

    Deus. E esta a condenao (sobre toda outra condenao), que a luzveio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz,

    porque suas obras eram ms.Vocs se encontram em uma soleneposio esta manh, ao ouvir o Evangelho de Cristo. No podem sairdesta casa sem que lhes tenha sido posta uma marca que permanecerali por sculos, seja para o seu bem, seja para o seu mal. Cristo haverde operar em suas almas. Ele posto para sua queda ou para sua

    elevao.

    Tendo exposto assim a grande verdade do texto, me proponho,com a maior brevidade possvel, a responder uma ou duas perguntas.

    I. A primeira pergunta : QUEM SO OS QUE CAEM DEVIDOA CRISTO? Nos dias de Cristo, esta pergunta no era difcil deresponder. Os que caam por causa de Cristo eram, antes de maisnada, os detentores da tradio. Existiam certas pessoas que sempre

    argumentavam: Os antigos sustentavam isto. Citavam as palavrasdo Rabi Ben Isto ou do Rabi Ben Aquilo, e estes famosas palavraseram exaltadas por cima da Palavra escrita de Deus, frequentementea ponto de suprimir o prprio significado do Declogo mesmo, e deconstituir s tradies dos homens uma autoridade superior aosmandamentos de Deus.

    Nosso Senhor Jesus Cristo cortou com o machado a raiz destarvore m, pois continuamente dizia: Foi dito aos antigos... mas eu

    vos digo. Denunciava que anularam a lei de Deus por meio de suas

    tradies. Pegou uma vassoura e varreu implacavelmente as velhasteias de aranha do que os pais faziam e do que os antigos diziam, e

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    colocou o sempre eterno escrito est acima da autoridade daantiguidade. Muito trabalho parecido h para Ele em nossos dias,quando o uso do Rito de Sarum1, o costume das igrejas ortodoxas, eno sei que outras coisas mais de lixo venervel, profanam a casa de

    Deus; e, meus irmos, Ele o far seguramente e a tradio cair umavez mais diante da Palavra do Deus que vive eternamente.

    Caram tambm pela mo de nosso Senhor os externalistas.Estes homens davam muita importncia ao lavatrio das mos antesde comer o po, e consideravam que era uma grande coisa estenderas franjas de seus mantos e estavam peculiarmente atentos a seus

    filactrios; usavam cuidadosamente coadores para impedir que asmoscas se introduzissem em seu vinho eque algum animal imundotocasse em seus lbios. Mas o Mestre, em Seu ministrio, os

    despachou sumariamente. Vocs, cegos nscios, disse, coais omosquito, e tragais o camelo. Como escarneceu de suas largasoraes, e de suas vs pretenses, e do dzimo do cominho, e de suaavidez por devorar as casas das vivas! No poderiam esquecer aanalogia do vaso e do prato, lavado por fora mas sujo por dentro, nemdo sepulcro caiado, to lindo para o olho, e sem dvida, to cheio depodrido. Ai de vs dizia escribas e fariseus, hipcritas! E comessa palavra varreu todo o imprio do externalismo, e fez ver a

    vaidade religiosidade externa do corao que permanece sem ser

    renovado. Quo convincentes so essas palavras: No o que entrapela boca; mas o que sai da boca, isto contamina o homem. O reinode Deus no comida nem bebida, mas gozo no Esprito Santo. Oh,desejamos uma hora da presena do nosso Senhor para flagelar oformalismo de hoje, mas tenham bom nimo, pois Seu Evangelho ofar.

    O Mestre fez cair ao mesmo tempo todos os justos com justiaprpria. Eles mesmos concebiam ser justos e desprezavam os demais.

    Que queda lhes provocou quando contou aquela famosa parbola dofariseu e do publicano que subiram ao Templo para orar; como aquelehomem altivo que dava graas a Deus porque no era como os outroshomens regressou a sua casa sem paz, enquanto que o humildepecador que se confessava indigno de alar seus olhos ao cu, voltoupara sua casa justificado por Deus. Oh, o Mestre arrasou com a justiaprpria nos dias de Sua carne! Vamos, algum pensaria que ali ondeCristo estava, o fariseu queria tirar seu filactrio e esconder as franjasdos seus mantos. Pouca coisa para seu orgulho era para ele

    1Sarum: uma forma particular de adorao praticada pela Igreja da Inglaterra, que foi desenvolvida em

    Salisbury. Se tratava de uma adaptao exuberante, sofisticada e bonita do Rito Romano.

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    permanecer longe e professar ser melhor que outros homens, masJesus de Nazar arrancou-lhe a mscara e lhe revelou o corao.

    Jesus nosso Senhor foi tambm a queda dos sabichesde Sua

    poca. Haviam advogados; eles conheciam cada ponto regimental;podiam discernir em um instante o que devia ser e o que no devia sersegundo os pais, e tinham uma maneira de ler cada preceito de Moisscomo que para faz-lo significar o que quisesse, de acordo com otamanho de sua carteira.

    Tambm havia os escribas. Quo diligentes estudantes tinhamsido. Eles sabiam quantas letras haviam em toda a lei, e qual era aletra do meio, e qual era a palavra do meio. Eles conheciam o tamanhoe o comprimentode cada livro, e tinham escrito notas, incomparveis

    em sabedoria, sobre cada passagem; e eram especialistas em turvar osentido de cada passagem e em fazer com que as palavrassignificassem o que nunca tiveram a inteno de ensinar. Essesdoutores em teologia, esses escribas do tempo de Cristo, eramdiligentes estudantes da letra e, contudo, Ele os desconcertou comuma pergunta to simples que at um menino seria capaz deresponder: Pois se Davilhe chama Senhor, como ele seu filho? Elesno puderam responder-lhe; e se tivessem sido capazes de respondercom toda a sua sabedoria a essa nica pergunta, Ele teria podido fazer

    muitas perguntas mais por meio das quais sua ignorncia teria sidodescoberta. Ele foi sua queda, assim como ser neste dia a queda detodos os sbios arrogantes, pois prende aos sbios na astcia deles.

    Mas se nosso Senhor foi a queda dos que eram extremamentereligiosos, dos que eram justos com justia prpria, dos que erammeramente ortodoxos, Ele foi tambm a queda da igreja amplaassimcomo tambm da igreja alta2 Como fez cair aos saduceus! Elesequivaliam aos homens da igreja ampla. Professavam crer na lei de

    Moiss, mas a privavam de seu elemento sobrenatural, porm,continuavam na igreja estabelecida de ento. Claro que o faziam. Porque o Sindrio nacional no haveria de ser de carter mais inclusivo?

    2Igreja Ampla: (Broad church) um termo que se refere ao relaxamento eclesistico de um partido da

    Igreja da Inglaterra que era relativista em muitas posies. Igreja Alta (High Church) era um partido dentro

    da Igreja da Inglaterra que a princpio no sculo XVI e XVII se caracterizava por um apreo a necessidade

    da Igreja, da legitimidade divina de sua ordem eclesistica e dos sacramentos. No contexto de Spurgeon,

    o termo Igreja Alta estava mais associado aos partidrios do anglo -catolicismo, que defendia que a

    Igreja da Inglaterra tinha errado em muitos pontos na poca da Reforma e que deveria adotar elementos

    pr-reforma em suas liturgias, assim negando diversos princpios evanglicos. Para um tratamento

    detalhado dessas questes, conferir o livro Vida e Obra de J.C.Ryle no linkhttp://projetocasteloforte.com.br/lancamento-da-biografia-vida-e-obra-de-j-c-ryle-de-armando-

    marcos/

    http://projetocasteloforte.com.br/lancamento-da-biografia-vida-e-obra-de-j-c-ryle-de-armando-marcos/http://projetocasteloforte.com.br/lancamento-da-biografia-vida-e-obra-de-j-c-ryle-de-armando-marcos/http://projetocasteloforte.com.br/lancamento-da-biografia-vida-e-obra-de-j-c-ryle-de-armando-marcos/http://projetocasteloforte.com.br/lancamento-da-biografia-vida-e-obra-de-j-c-ryle-de-armando-marcos/http://projetocasteloforte.com.br/lancamento-da-biografia-vida-e-obra-de-j-c-ryle-de-armando-marcos/
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    Todavia, esses cticos declaravam que no h ressurreio nem anjosnem espritos. Quando o Senhor entrou na arena para enfrent-los,sua famosa histria da mulher com os sete esposos foi quebrada comouma espada de madeira, e sentiram contra seus peitos a ponta de uma

    arma irresistvel quando Jesus lhes perguntou se o Deus de Abrao,Isaque e Jac era o Deus dos mortos ou dos vivos. O triunfo de nossograndioso Lder sobre a faco ctica foi to completo como o triunfologrado sobre o grupo ritualstico, pois a ambos Ele propiciou umaqueda acachapante.

    Se fcil responder pergunta a quem fez cair durante a Suavida?, no seria difcil responder pergunta a quem Cristo faz cairhoje?. Convenhamos, o tipo de pessoas muito parecido gente queEle fez cair naquele tempo. Se alguns de vocs confiam nas coisas

    externas da religio, se so estranhos vida espiritual, se dependemde sua confirmao, de seu batismo, de receber os sacramentos ou dequalquer coisa cerimonial, certamente Cristo ser a sua queda.Ouam Suas prprias palavras: Necessrio vos nascer de novo. Ese algum no tem o Esprito de Cristo, no dele. Ainda querecebesse o batismo de Cristo e a ceia de Cristo quantas vezesquisesse, sem Seu Esprito, estaria perdido. Se h alguns que estoconfiados em sua prpria excelncia, se esperam entrar no cu porquenunca fizeram nenhum grande dano e foram, em geral, pessoas muito

    boas, amigveis, amveis e generosas, Cristo ser sua queda secontinuam sendo como so agora. Seu Evangelho oscondena categoricamente. Pois, o que diz esse Evangelho? Pelasobras da lei ningum ser justificado.Vamos, ento, esperaria ser

    justificado a despeito do que Cristo declarou por meio de Seu apstoloinspirado? Cristo a morte da prpria justia e voc perecerinevitavelmente se confiar em seu prprio eu.

    Alguns lhes diro que a natureza humana no em absoluto to

    m como se afirma na Escritura. H alguns pontos excelentes nohomem que s necessitam de oportunidades de desenvolvimento. Ah!Mas se o homem no estivesse cado, por que necessitaria de umSalvador? Se o homem no estivesse irremediavelmente cado, porque Deus teria necessitado descer do cu e assumir a naturezahumana para redimir o homem? Vocs, os que louvam a naturezahumana, roubam a glria de Cristo para coroar o rebelde moribundo.Tenham certeza de que esse roubo ser sua runa a menos que searrependam.

    H outros que dizem: se o homem realiza seu maior esforo,sem dvida ser aceito por Deus; esses esperam que haja suficiente

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    fora no homem para que lhe capacite a abrir caminho at conseguiro que deseja. Se assim, por que necessrio esse sacrifcio desangue? Que necessidade teria dos gemidos do Calvrio e das doresda morte? O sacrifcio de Cristo a morte de todas as esperanas de

    uma auto-salvao. Se voc pudesse salvar a si mesmo, seriamonstruoso que Cristo viesse para lhe salvar. Eu lhe digo que se vocse agarra autoconfiana, a cruz de Cristo ser sua queda. Ser umtestemunho condenatrio contra voc.

    Por outro lado, Jesus a quedade todos os que confiam nossacerdotes, ou dos que professam ser sacerdotes. Quando o Filho deDeus se apresenta como o Sacerdote da humanidade cada, como

    vocs se atrevem vocs ces de baixo nvel, cachorros que ladramaos calcanhares do Anticristo a reclamar que so o que unicamenteJesus ? Como se atrevem a arrogar para si o direito de estar diantedo altar, estando Ele ali? Agora que o Sol de Justia se levantou, nopodemos e no nos atrevemos a confiar em tais manchas de escuridocomo vocs.

    A todas as pessoas que esto autossatisfeitas, a todas aquelasque so de mente altiva, a todas elas Cristo provocar seguramenteuma terrvel queda. Todo vale se encher, e se abaixar todo montee outeiro.Ele abater todo olhar de orgulho, pois Ele est posto para

    queda de todos aqueles que, seja em Israel seja entre os gentios,exaltem a si mesmos na face do Senhor dos Exrcitos. Julguem vocs,senhores, se Ele vai ser sua queda. Vocs podem sab-lo facilmente.

    Aquele que est abaixo no necessita temer nenhuma queda, mas oque est no alto faria bem em tremer para que o Menino que nasceuem Belm no seja sua queda.

    II. Mas tenho que prosseguir. Surge naturalmente outrapergunta mais feliz. PARA QUEM SER O LEVANTAMENTO DO

    SENHOR JESUS?Ele ser soerguimentopara aqueles que caram. Voc confessa:

    eu ca? Voc reconhece: possuo uma natureza cada? Lamenta-sepor ter cado em pecado? Oh, irmo meu, Ele ser sua elevao. Eleno pode levantar quem no foi humilhado; mas se voc caiu e estconsciente disto neste dia, Ele foi posto para ser erguimento de quem como voc. Pergunto de novo: voc est consciente de estar abaixo?No pode haver levantamento para quem est acima. No pode havercura para quem no est enfermo. Cristo no veio por um propsito

    to ridculo como o de ser Salvador de quem j salvo. Voc estdoente? Ele foi posto para sarar aqueles que so como voc. Voc est

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    cado? Ento, quanto mais desesperada seja sua queda, quanto maisprofundo seja seu sentido de degradao, mais me regozijarei. Se vocse autoproclama o maior dos pecadores, eu estarei muito maisgrato; e se voc sente que est mais alm de toda esperana, hei de

    felicit-lo como a um prisioneiro da esperana, pois Ele veio para serlevantamento daqueles que so como voc.

    Claramente para o sentido comum de todos, o soerguimentono para quem est acima, mas para quem tem necessidade de serlevantado. Eles se ergueram Nele. Notem, ainda, que aqueles que selevantam Nele so os que esto dispostos agora a erguerem-se por Ele.Ele no salva a ningum que no esteja disposto, mas faz com que oshomens estejam dispostos no dia do Seu poder. Voc est dispostoneste dia a levantar-se com Cristo? Isso vir de Deus por pura graa.Essa disposio uma indicao de que Jesus foi posto para levantar-lhe. Jamais uma alma se apegou a Cristo com uma corajosa vontadede levantar-se, para, por fim, descobrir que Cristo a abandonou paraque perecesse. Apenas agarre-se borda de Seu manto e Ele lheerguer para Sua prpria glria.

    Tomamos conhecimento de algumas pessoas que, ao estarem seafogando, se jogavam sobre outras pessoas que tambm se afogava eque, a duras penas, poderiam somente salvar a si mesmas, mas que

    no podiam sustentar outra, e que, portanto, se viam foradas a livrar-se de quem se apegava a elas na hora trgica. Mas voc pode se agarrara Cristo sem medo; Ele um nadador todo poderoso que levar terratoda alma que se abraar a Ele.

    Trmulo crente em Jesus o Redentor, voc se levantar dapobreza para sentar-se entre prncipes; voc se levantar do monturode seus pecados para reinar com os anjos; voc se levantar de suamorte espiritual para uma vida nova; voc se levantar da vergonha

    de seu pecado para a honra da perfeio. Vocs se levantaro para serfilhos de Deus, educados e treinados para um mundo melhor; selevantaro para morar nas muitas manses da casa de seu Pai; vocsse levantaro para ser um com Cristo, e entraro em Seu gozotriunfando com Ele. E tudo isto no para aqueles que tm uma altaestima de si mesmos, mas para aqueles que lamentam sua prpriaindignidade e pecaminosidade. Ele mostra um cenho franzido para osaltivos e um sorriso para os humildes. Tirou dos tronos os poderosose exaltou aos humildes. Aos famintos supriu de bens, e aos ricosexpulsou de mos vazia.

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    III. Outro assunto haver de nos ocupar por um momento.Alguns dos melhores crticos dos tempos modernos difereminteiramente dos antigos expositores, e pensam que o e usado aqui conjuntivo e no disjuntivo; ou seja, que as duas palavras descrevem

    unicamente a um tipo de pessoas, enquanto que alguns comentaristasmais antigos segundo eu creio, corretamente interpretam aspalavras como referindo-se a duas classes de pessoas. No entanto, porum momento, incluiremos este outro sentido moderno em nossaexposio. Este menino posto para queda e para levantamento demuitos em Israel, ou seja, h alguns que cairo mas que tambm selevantaroem Cristo; h alguns a quem Cristo provocar uma quedaque nunca levaram antes, e um levantamento que ser para sua eternaressurreio.

    Permitam-me apresentar-lhes uma situao. Vocs se lembramda luta de Jac com o anjo durante a noite. Experimentaram alguma

    vez o que significa lutar com Cristo? Eu lembro quando Ele meencontrou e entrou em conflito de graa com meu esprito rebelde. Eume ergui em altivez, e lhe disse, virtualmente, que no tinhanecessidade de um Salvador; mas Ele lutou comigo pois no medeixaria ir. Permaneci pisando firme, segundo me imaginava, na lei,mas que queda me provocou quando me revelou a natureza espiritualdessa lei e me demonstrou minha culpabilidade em cada ponto!

    Ento, pensei que estava parado firmemente com um p sobre a lei ecom o outro sobre a Sua graa, imaginando que eu poderia ser salvoem parte pela misericrdia de Deus e em parte pelos meus prpriosesforos. Mas que queda experimentei quando aprendi que se asalvao era por obras, no poderia ser pela graa, e se era pela graa,no poderia ser pelas obras; que as duas no podiam se mesclar entresi. Logo disse que colocaria minha esperana no cumprimento dosdeveres que o Evangelho ensina; pensei que eu tinha o poder de fazerisso; me arrependeria, e creria, e assim, ganharia o cu. Mas que

    queda experimentei e como cada um dos meus ossos pareciaquebrado quando me declarou: Separados de mim nada podeisfazer. Ningum pode vir a mim, se no for trazido pelo Pai.

    Voc se lembra, irmo, de quando jazia diante de Cristo e doEvangelho, todo quebrantado e dilacerado, at que no restou nadade vida em voc, exceto a vida em que podia sentir dor, e inclusivequestionava essa vida, pois temia que no sofria suficiente dor? Sentiaque no era o suficiente penitente nem suficientemente crente, e queno podia converter-se em nenhuma outra coisa diferente do que voc

    era. Estava desesperado e desamparado. Ah, assim como Cristo

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    salva as almas. Primeiro lhes provoca uma queda e posteriormente osfaz levantar.

    No pode encher o vaso enquanto ele no estiver vazio. Tem que

    desalojar o mrito humano para que haja espao para a misericrdia.No pode vestir o homem que j est vestido, nem alimentar quemno est faminto. a alma faminta que ser saciada; a alma despidaque ser vestida; o cado quem levantado. Mas a queda que Jesusprovoca uma bendita queda. Ele nunca derrubou ningum sem queo levantasse depois. Estes so os atributos de Jeov Jesus: Eu faomorrer, e eu fao viver; eu firo, e eu curo.

    O texto diz que depois da queda vem o levantamento. Jexpliquei o que isso. Espero que entendam. Se vocs neste dia socapacitados para se agarrarema Jesus Cristo simplesmente confiandonele, j foram levantados por Ele. Quem confia em Cristo perdoado, aceito e salvo; e por mais baixo que tenha cado em sua prpriaestima devido queda que a verdade lhe provocou, voc pode chegara uma maior altura na unio que tem com Cristo, pois aceito no

    Amado; e agora, ento, nenhuma condenao h para voc. O cu sua segura poro e voc estar com Cristo onde Ele est.

    IV. Vamos concluir com umas poucas palavras sobre a ltima

    parte do texto. O texto nos diz que o Senhor Jesus UM SINAL DECONTRADIO.

    De que um sinal? O Senhor Jesus Cristo um extraordinriosinal, e o nico sinal que conheo que nunca foi desmentido. Ele umsinal do amor divino. De tal maneira amou Deus ao mundo, que deuseu Filho unignito. Nunca houve um sinal igual do amor de Deuspelo homem como quando Deus deu Seu prprio Filho por ele. Agora,tem havido muitos outros sinais do amor de Deus, mas os homens no

    os contradisseram. O arco-ris foi em alguns sentidos um sinal do Seuamor, de que no destruir mais o mundo com um dilvio. O sol umsinal do amor de Deus pelo homem e tambm o a lua. Ele faz comque o Sol brilhe de dia e que a lua resplandea de noite, porque parasempre sua misericrdia. Uma abundante colheita, uma torrenteque flui, um vento refrescante, as misericrdias comuns da vida, todasessas so sinais da benevolncia de Deus e ningum as contradiz. Maso mais grandioso sinal de benevolncia da parte de Deus foi quandono poupou Seu prprio Filho e, contudo, no se escuta o burburinho,o rudo e a confuso de lnguas, como estrondos de muitas guas,

    conforme clamam as naes: Este o herdeiro; vinde, matemo-lo?Temos que eliminar um indivduo como esse da face da Terra! No

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    conveniente que viva. Oh prodgio da malcia humana! Deus chegaao clmax da benevolncia, e o homem exibe o clmax do dio mortal.O maior dom provoca a maior hostilidade, e o mais excelso sinal fazsurgir a mais virulenta oposio.

    Cristo foi um sinal da justia divina. Um Salvadorensanguentado, o Filho de Deus abandonado por Seu Pai, os raios da

    vingana que encontram um alvo na pessoa do Bem Amado, em tudoisto se revela mais plenamente a justia. No ouvi falar de outrossinais de vingana que foram contradies. Os homens tremeram,mas no lanaram improprios. Sodoma e Gomorra, com cabeasinclinadas, confessaram a justia de sua condenao. O Egito,engolido pelo Mar Vermelho, no disse nada a respeito; nenhum dosseus registros contm uma s blasfmia contra Jeov por ter varrido

    a cavalaria da nao. Os juzos de Deus, como regra, deixam oshomens mudos de assombro! Mas esta, que foi a maior manifestaode dio divino contra o pecado, quando o Filho de Deus se fez descers mais baixas profundezas como nosso substituto, isto provoca hojea maior ira do homem. No sabe quantos esto continuamentelanando improprios contra a cruz? O Crucificado ainda aborrecido. Quo sem igual a perversidade da natureza humana,que, quando Deus mais manifesta Sua justia, mas a mescladocemente com Seu amor, o sinal contradito por todas as partes!

    Permitam-me concluir em um ponto em que muito mais sepoderia dizer ao observar que Cristo foi o sinal da comunho dohomem com Deus, e do companheirismo de Deus com o homem.Ningum devia ter contradito isso. Deveria ser o maior gozo dohomem que exista uma escada que vai da terra ao cu, e que haja umaponte que conecta a criatura ao Criador. Mas o homem no quer estarperto de seu Deus, e por isso lana improprios contra os meiosfornecidos para a comunho.

    Cristo o sinal dasemente eleita. Ele a semente da mulher, acabea do povo sob o pacto, e isso , talvez, a principal base daoposio, pois a serpente tem que odiar sempre a semente da mulher.Deus ps uma inimizade entre elas. Jesus o representante do santo,do nascido de novo, do espiritual. Ele o sinal dos eleitos de Deus; epor este motivo, to logo como a mente carnal, que no conhece aDeus nem o ama, percebe a Cristo e Seu Evangelho, de imediato agitaa profundidade de sua malevolncia para acabar com Cristo, se issolhe fosse possvel.

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    Irmos, nunca acabaro com Ele. Podem contradizer oEvangelho, mas eis aqui nosso gozo: que Cristo levantar Seu povo ecertamente provocar a queda de seus inimigos. um dos fatoscomprovados da providncia que nenhuma mentira imortal. Nunca

    tenham medo de que algum erro possa dominar por muito tempo. Aarca do Senhor no pode cair diante de Dagom, mas Dagom tem quecair diante da arca do Senhor. Tenham pacincia, tenham pacincia!

    A vitria certa ainda que demore. Poderiam se queixar de que osritualistas recobram fora. Tenham pacincia! O Senhor rir deles ato escrnio, o Senhor zombar deles. Poderiam dizer que os queduvidam da verdade da Palavra de Deus ganham fora. Mas ho deesperar com pacincia, pois o ceticismo ser derrotado. Mas eu pusmeu rei sobre Sio, meu santo monte. O Senhor Deus estabeleceu odecreto e o decreto permanecer.

    Tenham bom nimo, pois tudo est bem. medida que voc selevantar com Ele, no desmaie, ainda que o sinal seja de contradio.Com vossa pacincia ganhareis vossas almas, pois o dia virquando Ele tomar satisfao de seus adversrios e que o mais altivoinimigo ser atirado ao solo; pois Ele os destroar, os governar comuma vara de ferro e os quebrar como um vaso de argila. Oh, ponham-se do Seu lado vocs que querem estar seguros. Honrai ao Filho,

    para que no se ire, e pereais no caminho; pois se inflama logo sua

    ira. Bem aventurados todos os que Nele confiam.

    Venham, vocs, seres trmulos, escondam-se debaixo das asasdo seu Salvador, que diz hoje como disse nos dias de Sua carne:Quantas vezes quis ajuntar seus filhos, como a galinha ajunta seus

    pintinhos debaixo das asas e no quiseram!No o rejeitem, para queEle no venha a ser para vocs uma guia veloz que detecta a presa delonge, e desce com terrvel vingana para desmantelar e para destruir.

    Que o Senhor nos conceda que o menino Jesus seja posto paranossa elevao, e um sinal no qual as almas se deleitaro por causa deSeu nome. Amm.

    Poro da Escritura lida antes do sermo: Lucas 2.ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO USE ESSE

    SERMO PARA EDIFICAO DE MUITOS E SALVAODE PECADORES.

    FONTE:

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    Traduzido dehttp://www.spurgeon.com.mx/sermon907.html

    Todo direito de traduo protegido por lei internacional de domniopblico

    Sermo n907Volume 15 The Metropolitan Tabernacle Pulpit,

    Traduo: Ana Rachel GondimReviso: Armando Marcos

    Projeto Spurgeon - Proclamando a CRISTOcrucificado.

    www.projetospurgeon.com.br

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    SAIBA MAIS SOBRE C.H.SPURGEON EM:Projeto Spurgeon - Proclamando a CRISTO

    crucificado.www.projetospurgeon.com.br

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