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OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2013 É verdade que os Deuses criaram i o planeta Terra?

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Líderes religionistas falsos, inventores das maiores mentiras religiosas de hoje, há muito tem iludido os crentes, filhos dos Deuses, com suas mentiras que afastam as pessoas da Bíblia. Com a mentira de que os Deuses criaram o planeta Terra eles causam um afastamento das pessoas e a Bíblia cai em descrédito perante os instruídos. O que acha de entrar em contato com a verdade dos fatos? Será mesmo que o nosso planeta teve um criador? Saiba de toda a verdade lendo esta publicação vinda da parte de Jeová, os Deuses santos.

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OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2013

É verdade que os

Deusescriarami

o planeta

Terra?

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MATÉRIA DE CAPA:

PÁGINA 3

TAMBÉM NESTE NÚMERO

Conhecendo o livro de Enoque XV 21

Pergunta dos Leitores 28

LEIA MAIS ONLINE

www.estudopessoal.blogspot.com

Eles ‘adulteram corretamente a

Palavra da verdade’.

Na morte, o espírito “cessa” mesmo?

Examinando um mito antiquíssimo

BAIXE ESTE E OUTROS NÚMEROS

DE A CONTINELA EM PDF ONLINE

Jesus é o Deus-Arcanjo Miguel? 29

CONTINELA®

O OBJETIVO DESTA REVISTA DIGITAL,* A Contine-

la, é honrar a Jeová, os Deuses santos — desde o

maior até o menor Deles. (Sal 136:2) Assim como

os vigias dos tempos bíblicos se postavam nas

altas torres de monitoramento, para dali monito-

rar os eventos, esta revista nos demonstra como

enxergar as verdades bíblicas de um ângulo

nunca antes observado. Consola e dá entendi-

mento da verdade a todas as pessoas da atuali-

dade — principiando pelas ungidas Testemunhas

dos Deuses Santos — com as boas novas de que o

Reino dos Deuses Santos em breve acabará com

as mentiras e enganos religionistas e com as

demais maldades da terra, transformando-a num

belo paraíso. Incentiva a fé em Jesus Cristo, um

Deus santo que morreu para que pudéssemos ter

vida feliz e sem fim à vista, sob o Reino do qual

ele é o principal dos reis. (Is 9:6; Jo 1:1, 18; Fil

2:6) Essa revista, que é publicada ininterrupta-

mente pela Associação das Testemunhas dos

Deuses Santos desde 2012, não é política. (embo-

ra tenha autorização para abordar temas relacio-

nados) Adere às Escrituras Sagradas, às ciências

humanas e à evolução da vida — de todas as

espécies — (uma verdade perfeitamente apoiada

pela Bíblia), como autoridades. (Gên 2:7) No

entanto, nunca infringe a “regra básica” bíblica,

de ‘ir além do que se encontra escrito nela’,

conforme 1Co 4:6.

A menos que haja outra indicação, os textos citados são da

moderna Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagra-

das com Referências.

*Não será publicada em papel. Nenhuma árvore será derrubada. Não ‘arruinaremos a

Terra.’ — Re 11:18.

Acesse www.tds-org.blogspot.com.br Ou escreva para um dos endereços abaixo:

[email protected] [email protected]

ANUNCIANDO O REINO DOS DEUSES SANTOS

Número de assinantes:

023.360 EM 001 IDIOMA OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2013 A

ct16p

Trimestral Português Edição Brasileira

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LANETA TERRA — lar de infindável variedade de vida —, como ele veio à existência? Existem hoje duas confli-

tantes respostas para essa aparentemente simples pergunta: a de que ele foi criado pelos Deuses (ou, como muitos preferem: por um único Deus) e a resposta diametralmente oposta a esta, a científica. Segundo a ciência, nosso planeta veio sozinho à existência, tendo como produtor dele apenas as forças cegas do acaso, que guiava a matéria sob a ação de co-lossais forças gravitacionais postas também em operação pelo mesmo acaso. “É o próprio universo se autocriando”, explica conclusiva-mente um periódico científico de renome. Em que você acredita? Acha que nosso plane-ta foi criado por um ou mais intelectos sobre-humanos, pelos Deuses? Ou acha que é a ciên-cia quem tem as melhores respostas e que, por isso, detém a razão no que afirma? Faz alguma diferença no que acreditamos, ou você dirá: “Tanto faz como tanto fez”? Independente de qual seja sua opinião, convidamo-lo a conside-rar as respostas às perguntas aqui suscitadas. Achamos que saber qual a verdade dos fatos alterará sobremaneira suas perspectivas, as de agora e as do futuro. Entretanto, antes de darmos início a essa busca, pedimos que você tenha em mãos um exemplar da Bíblia. De grande valor também é que você esteja de mente aberta, livre de pré-conceitos e outras perturbações que possam atrapalhá-lo. Faça também uma sincera oração aos Deuses, pedindo a eles o “ajudador”, o próprio “espírito dos Deuses santos”. (João 14:16, 26; Daniel 4:8, 9) Feito isso, avancemos em nossa busca da verdade, buscando a res-posta à primeira das grandes perguntas: É verdade que os Deuses criaram o planeta Ter-ra? Será que as respostas hoje existentes são satisfatórias e livres de objeções?

MATÉRIA DE CAPA

A CONTINELA ・ OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2013 3

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ERGUNTE a qualquer religioso, mesmo àqueles que evidenciam maior grau de intimidade com a ci-

ência da astronomia: “quem criou o planeta Terra”? E obterás quase que com cem por cento de certeza a seguinte resposta: “Foi Deus quem o criou.” Mas foi mesmo? Como se pode saber com certeza que foram mesmo Eles os criadores deste planeta? Obviamente, para que um cristão venha a acreditar numa afirmativa desta, a Bíblia tem de apoiá-lo. Concorda a Bíblia que foram mesmo os Deu-ses quem criou nosso planeta? Qual a real importância de sabermos a ver-dade sobre este assunto? O fato de estarmos buscando a verdade sobre este assunto — e até mesmo o fato de a encontrarmos — de modo algum contribuirá para a obtenção do prêmio da vida eterna, que os Deuses, que não podem mentir, nos “prometeram há muito tempo”. — Tito 1:2, n. TNM. Por outro lado, torna-se impossível para nós crentes nos Deuses santos, adorarmos a eles sincera e corretamente tendo como base uma mentira, “histórias falsas que violam o que é santo e que são contadas [tanto por homens velhos quanto] por mulheres velhas”. É imprescindível, portanto, que, após nos certificarmos qual é a verdade sobre as ori-gens de nosso planeta, ‘recusemos’ a falsida-de. (1 Timóteo 4:7; 6:20; Tito 1:14) Temos de levar em conta o conceito estabelecido pelo próprio Filho dos Deuses, Cristo Jesus, de ‘adorar aos Deuses — os Pais dele — com . . .

verdade’. — João 4:24.

UMA SONDAGEM NECESSÁRIA Três Testemunhas dos Deuses Santos decidi-ram ir pessoalmente às Igrejas para indagar de seus frequentadores “como o planeta Terra veio à existência?” e anotar as respostas dadas bem como a base bíblica para essa fé. Foram visitadas seis diferentes Igrejas: A Católica; a IURD; a Batista; a Assembleia de Deus; as Tes-temunhas de Jeová e a Adventista do Sétimo Dia. Em média, foram visitadas três Igrejas de cada uma das seis denominações acima descri-tas. Foram entrevistados exatamente seis membros de cada uma delas — cento e oito adoradores (homens e mulheres) no total. Quais os resultados obtidos? A grande maioria respondeu “foi Deus quem criou o planeta Terra”. O texto bíblico mais citado e enfatizado por todos eles como sendo a base para tal crença e fé foi o de Gênesis 1:1. Um expressivo número de trinta e sete pessoas negou-se a responder. Indicaram que não sabi-am explicar absolutamente nada sobre isto.*

Quanto às Testemunhas de Jeová, lamenta- __________ * Dos 37 que se negaram a responder por ‘não saberem as respostas à base da Bíblia’, 13 delas eram da IURD; 11 da Batista; 9 da Assembleia de Deus; 2 da ASD e 2 da Católica.

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velmente só duas delas — duas jovens irmãs — recebe-

ram hospitaleiramente o irmão pesquisador que foi de-

signado a visitar os três Salões do Reino, em diferentes localidades

da Grande São Paulo. Os demais dezesseis — o que incluíam três servos ministeriais e qua-tro anciãos — ficaram muito desconfiados e estranharam o nome da revista e o fato de sermos Testemunhas dos Deuses Santos. Todos eles simplesmente ignoraram a pre-sença e as perguntas do irmão. Um desses dezesseis, um ancião, aventurou-se a per-guntar: ‘Que religião é essa que nunca ouvi falar?’ Quando, explicando, o irmão confi-denciou que “algumas das TDS’s eram tam-bém TJ’s”, o ancião soltou um gemido de dor e, por um instante, ficou chocado. Quando conseguiu falar foi para proferir alguns im-propérios contra o irmão, dizendo: “não falo com apóstatas”. E deu as costas. Quão la-mentável é a situação de homens que são ‘dominados por outros homens’! — Ec 8:9. Outro caso nos chamou atenção. Um pastor Batista perguntou ao irmão que o abordara: “pra que é isso?” E quando o irmão lhe reve-lou que era uma pesquisa para um artigo a ser publicado numa revista religiosa digital pertencente às Testemunhas dos Deuses Santos, ele disse furioso, enquanto apontava o seu indicador para uma barulhenta banda de rock que executava seus batuques infer-nais no palco da Igreja: “Não está vendo que estou muito ocupado com assuntos mais im-portantes que perguntas imbecis?” Se buscar o entendimento exato a certas declarações bíblicas é, para esse líder religio-nista, uma ‘imbecilidade’, do que podemos chamar então a atitude de sua Igreja em manter bandas de rock-and-roll onde se de-

veria ensinar a Palavra dos Deuses? Que este anticristo fique com seus impróprios con-certos de rock para amparar suas perdas, en-quanto que nós, os que buscamos aos Deuses, ficamos com as muitas bênçãos de agradá-Los. — He 11:6. Demos então início à busca da verdade, ana-lisando minuciosamente o texto-base da fé dos entrevistados, citado na pesquisa feita pelos nossos irmãos. Diremos primeiramente o que o texto não diz, para, logo em seguida, evidenciarmos o que ele realmente diz.

O QUE NÃO DIZ GÊNESIS 1:1 Leiamos o texto: “No princípio os Deuses criaram os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) Apa-rentemente o texto dá crédito às crenças de-claradas: que os Deuses verdadeiramente cria-ram o planeta Terra. Entretanto, se lemos ape-nas o texto em si, isolando-o propositalmente do seu contexto, podemos incorrer em erros evidentes. Muitos, por agirem exatamente assim, têm forçado a Bíblia a dizer o que ela definitivamente não diz. (Observe 1Co 4:6) Afinal, o texto não afirma evidentemente que a “terra” ali mencionada seja mesmo o planeta Terra.

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Governantes, em especial, gosta bas-tante desse texto. Para eles, Isaías descrevera a terra tal qual hoje a co-nhecemos como sendo um planeta. Isaías fizera mesmo isso? Não! E não importam quantas versões bíblicas eles consultem para apoiar essa sua crença favorita. Tudo bem que quando Isaías escreveu as palavras acima os Deuses “moravam acima do círculo da terra”, pois havia uma estação espa-cial, orbitando o planeta. Mas Isaías, diferentemente de Enoque, não estivera lá. Tampouco estivera voando “diante do firmamento dos céus”, como fez Elias quando foi capturado por uma aeronave (um “ven- daval”). — Sal 2:4; 29:10; 68:33; Isa 66:1; Gên 1:20; 5:- 24; Eno 13:8-11; 2Rs 2:1; 11. O que, então, Isaías quis dizer com “círculo da terra”? O “círculo da terra”

era o mesmo que o “firmamento” que os Deuses ‘criaram’. Não era — e nem é hoje — preciso ter sido inspirado ou sob efeito de revela-ção sobre-huma-na para se perce-ber que o firma-

este “círculo”

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Nas Escrituras Hebraicas, a palavra usada para terra, é ʼé·rets. O termo ʼé·rets, na Bíblia, refere-se a (1) terra, em contraste com céu, ou firmamento (Gên 1:2); (2) terra, país, terri-tório (Gên 10:10); (3) solo, superfície do solo (Gên 1:26); (4) pessoas de todo o globo (Gên 18:25). Um fato interessante é que, biblica-mente comprovado, o termo nunca que foi aplicado ao planeta Terra, como hoje o fa-zemos — nem poderia ser. E por que não? Tanto os escritores bíblicos quanto “toda a terra” (a humanidade desde Adão) desco-nhecia o formato redondo de nosso planeta ou que ele pairava no vazio, girando em tor-no do nosso Sol. (Veja o quadro acima) Na verdade, a própria astronomia, como hoje se conhece, era totalmente inconcebível ao mais sábio dos homens, mesmo para Salo-

mão. Concordemente, se Salomão tivesse usado o termo hebraico para “terra” no sentido de planeta, ele jamais falaria de sua “profundi-dade” (ou “raio”) como sendo “inescrutável”. — Provérbios 25:3. Assim, como dissemos, é imperativo que levemos em conta o contexto de Gênesis 1:1 se quisermos entender o real sentido do termo ʼé·rets (“terra”), conforme utilizado ali pelo escritor de Gênesis. Antes de fazermos isso,

QUANDO SE DESCOBRIU QUE A TERRA ERA REDONDA E NÃO ACHA-TADA? ● Se você pensou nos dias de Cristóvão Colombo se enganou. Foi muito antes disso! Irving Robbin escreveu: “Pitágo-ras [cerca de 540 a 500 A. E. C.], certifi-cara que a terra era redonda”. — The How and Why Wonder Book of Explora-tions and Discoveries (O Livro Maravi-lhoso dos Como e Porquês das Explora-ções e Descobertas). Um matemático daquele tempo não era como um de hoje, que é respeitado por todos. Embora seja razoável pen-sarmos hoje que ele tenha feito de tudo para espalhar essas suas conclu-sões, a ignorância predominava. Assim, é certo que Pitágoras tenha morrido com suas crenças. Há quem diga que, muito antes de Pitágoras, o profeta Isaías, do oitavo século A. E. C., indicara que a terra era esférica quando escreveu: “Há Um [Deus] que mora acima do círculo da terra, cujos moradores são como gafa-nhotos.” (Isa. 40:22, TNM) O Corpo dos

mento é curvo; ‘circular’. Bastou que Isaías observasse bem e concluísse o óbvio: que primeiro o firmamento subia duma das extremidades da terra para os céus e, após passar alto sobre sua cabeça, descia na outra extremidade da terra, completando um arco — metade do “círculo”. Daí, para que o profeta chegasse à conclusão de que a outra metade do arco passara por sob a terra, debaixo de seus pés, era só mais uma questão de lógica. Portanto, perceber o ‘firmamento que envolvia a terra’ nada tinha que ver com saber algo sobre a forma dela. Ademais, o fato de as pessoas dos tempos antigos pensarem que a terra era plana em nada impedia a existência de um “Céu” circular envolvendo-a. A palavra “terra” nunca que fora associada com o nome de nosso planeta na- queles tempos anti- gos. Assim, muito mais provável é que a descoberta de que nosso planeta é redondo, remonta a Pitágoras. Já com respeito a outros de- talhes, como o fato de terem associado o no- me “terra” com o pla- neta, ocorreu mesmo dos tempos das Gran- des Navegações — dos tempos de Cristóvão Colombo — para cá.

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porém, faremos bem em lembrá-lo que alguns dos lí-deres religiosos mais influ-entes desse mundo, farão de tudo para desviar sua atenção da busca pessoal do entendimento bíblico. Eles, na verdade, o desen- corajarão a fazer qualquer pes- quisa neste sentido. E por que agem assim?

POR QUE LÍDERES RELIGIONISTAS DESENCORAJAM A

BUSCA DO ENTENDIMENTO BÍBLICO? Para estes homens, quanto menos tempo você gastar na busca do entendimento bíbli-co, melhor para eles. E o que ganham com is-to? Muito. Pondere: Ao fornecerem eles pró-prios o entendimento bíblico a você, estão transmitindo a você duas coisas certeiras: (1) Que você precisará sempre deles para conti-nuar a entender a Bíblia; (2) Que, sem o en-tendimento fornecido por eles, será impossí-vel para você saber a verdade e alcance a sal-vação. Isso o tornará dependente deles.*

É evidente que, se você acreditar em suas ameaças e obedecer-lhes como se fossem o que os Deuses querem, ficará refém deles não só neste aspecto, mas noutros também. Eles gostam de serem bajulados. Por isso ad-quirem para si títulos pomposos. Eles ‘se sen-taram no assento’ (ou ‘sobre o templo’) do Moisés Maior, Jesus Cristo. — Leia Mt 23:1-10; 1Co 3:16; 2Co 6:16; 2Tes 2:4. Particularmente, cada grupo deles têm suas próprias formas de atrair as pessoas a si. To- __________ * Os líderes governantes das Testemunhas de Jeová não es-condem que seus governados dependam deles e de sua orga-nização religionista, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, para que possam alcançar a salvação. Leia mais so-

bre isto em nosso último número de A Continela.

dos sabem quais tramoias mais surtirão efeito quan-do o assunto é o engodo religionista. Fique muito atento às muitas tentati-vas destes homens maus em querer controlar sua mente com suas investi-das. Nunca dê a eles o que deves dá a Jeová.

O QUE REALMENTE DIZ GÊNESIS 1:1? Para que realmente entendamos a que tipo de “terra” que Gênesis diz que fora criada — e até mesmo a que tipo de criação o relato se refere —, consideremos o contexto. Repare nas muitas citações feitas ali da palavra “terra” e veja se consegue encontrar outros exemplos em “toda a Escritura”. — 2 Timóteo 3:16. O contexto de Gênesis 1:1. Depois de dizer que os ‘Deuses criaram a terra no princípio’, o escritor explicou: “Ora, a terra mostrava ser sem forma e vazia, . . .. E os Deuses prossegui-ram, dizendo: ‘Que ajuntem-se as águas debai-xo dos céus num só lugar e apareça a terra se-ca’. . .. E os Deuses começaram a chamar a terra seca de Terra, mas o ajuntamento de águas chamaram de Mares. . . . E os Deuses prosse-guiram, dizendo: ‘façam a terra brotar relva, vegetação que dê semente, árvores frutíferas que deem fruto segundo as suas espécies, cuja se-mente esteja nele, sobre a terra.’ E assim se deu. E a terra começou a produzir . . .. E os Deuses prosseguiram, dizendo: ‘Que . . . voem criaturas voadoras sobre a terra,’ . . .. E os Deuses pros-seguiram dizendo: ‘Que a terra produza almas viventes . . .. Assim foram acabados os céus, e a terra, e todo o seu exército.” — Gênesis 1:2-2:1. Quando o escritor diz: “Ora, a terra mostrava se sem forma e vazia”, em Gênesis 1:2, ele não estava relatando o estado em que se encontra-

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Antes de ser ‘criada’, a “terra”, ou

“solo seco” do planeta, estava quase

que completamente coberto pelas

“águas de profundezas”. Ao fazer

com que metade dessas águas subisse

aos céus através da evaporação, o

solo seco então apareceu. Desta

forma “os Deuses criaram . . . a terra”.

Assim como quando

um professor anun-

cia a aula que dará,

Gênesis 1:1 intro-

duz um resumo

rápido de como

todas as coisas

foram criadas para,

em seguida, porme-

norizar isto

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va a terra depois de ela ter sido ‘criada’. An-tes, porém, o escritor indica o estado em que ela se encontrava antes desse evento. Em que nos ajuda saber esse pequeno, porém re-levante, detalhe? Que a “terra” já existia an-tes mesmo de ela ter sido ‘criada no princí-pio’. Como pode ser isso? A fraseologia utilizada no Gênesis é bem semelhante a quando um professor de ma-temática entra em sala e anuncia aos seus alunos: “hoje estudaremos Subtração”. Daí, abrindo seu livro e escrevendo no quadro-negro, discorre sua aula onde passa a explicar e a ensinar minuciosamente a Operação. Seu anúncio ao entrar em sala era apenas um an-tegosto do que viria. O ato de explicar a ope-ração em si é que era o fator determinante. Deste modo, o que mais valia para os alunos era a explicação propriamente dita, não o anúncio anteriormente feito dela! Similarmente, o que o “professor” de Gêne-sis estava dizendo era o seguinte: “‘No prin-cípio os Deuses criaram a terra’. Mas, agora, passarei a explicar exatamente como tudo se deu”. Daí, a partir de Gênesis 1:2, ele partiu para o que realmente importava: a narrativa, ou “aula”, propriamente dita sobre como foi que os Deuses ‘criaram a terra’ bem como a que tipo de criação realmente ele se referia. “A terra era sem forma e vazia” porque as poucas extensões de terras então existentes não eram cultiváveis e nem havia árvores ou

mesmo o mínimo vestígio de gramínea verde. Aqueles poucos pedaços de ilhas vulcânicas estavam muito ‘compactos à água’ e eram completamente estéreis de vida. — 2Pe 3:5. A “aula” parece terminar em Gênesis 2:1 quando o “professor” disse: “foram acabados os céus, e a terra, e todo o seu exército”. Entre-tanto, ele passa a dizer: “Vou recomeçar a au-la. Desta vez trarei à atenção alguns aspectos e particularidades deixados de lado na primeira narrativa. Escutem!”: “Esta é uma história . . . da terra no tempo em que [foi criada], no dia em que Jeová, os Deuses, fizeram a terra. . . . Ora, não havia ainda ne-nhum arbusto do campo na terra e não brotara ainda nenhuma vegetação do campo . . .. Não havia homem para lavrar o solo seco. . . . E Jeo-vá, os Deuses, passaram a formar o homem do pó do solo . . . [Eles] estavam constituindo do solo todo animal selvático do campo e toda cria-tura voadora dos céus.” — Gênesis 2:4-19.

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Ao término da leitura de toda a “aula dada”, principiando pela sua “introdução”, fica mais que evidente que todas as vezes em que o escritor empregou o termo hebraico ʼé·rets, fora para designar o “solo seco” à parte das águas, não ao nome de nosso planeta como tentam nos fazer crer certos líderes religio-sos. É por isso que, depois de ter havido a eva-poração das águas para ser feito o “firma-mento”, processo esse que deixou o planeta com menos água — e evidentemente com mais “solo seco” aparente —, Gênesis 1:9, 10 diz: “E os Deuses prosseguiram, dizendo: ‘Que se ajuntem as águas debaixo dos céus num só lugar e apareça a terra seca.’ E assim se deu. E os Deuses começaram a chamar a terra seca de Terra, mas o ajuntamento de águas chamaram de Mares.” É evidente que a “terra seca” que apareceu ao serem ajuntadas as águas era a mesma terra de Gênesis 1:1 e que sua criação se deu não por ter sido milagrosamente trazida à existência, mas por ter sido ela ‘estirada por cima das águas’. (Salmos 136:6) Ela fora ‘cri-ada’ no sentido de ‘aparecer’, ou tornar-se vi-sível após a drenagem das águas que a enco-briam. É igualmente evidente que o período chamado de “Princípio” é o mesmo que os ‘seis dias’ em que ‘todas as coisas (mesmo o homem) foram criadas’.* (Efésios 3:9) Assim, __________ * Embora que para os do Corpo dos Governantes das Teste-munhas de Jeová o “princípio” tenha se dado a 13,7 bilhões de anos e também a 4, 5 bilhões de anos, quando o universo — que eles interpretam como sendo os “céus” de Gênesis 1:1 —, e a quando o planeta Terra — que eles dizem ter sido a “terra” no mesmo texto — foram, respectivamente, trazidos à exis-tência pelas forças cegas do acaso, suas conclusões e “enten-dimento” se choca direto com o que a Bíblia ensina. Ademais, tanto Jesus quanto seus apóstolos garantiram que Adão e Eva e ‘todas as coisas’ — mesmo o pecado de Satanás —, se deram durante o mesmo período, no “princípio”. — Leia Mt 19:4, 8; Jo 1:1-4; 2Pe 3:4; 1Jo 3:8. Acesse também este artigo.

torna-se mais que evidente que a criação da terra tratava-se de uma criação do tipo simbóli-ca, não do tipo literal. — Sal 24:2.

ACEITE A VERDADE E REJEITE A FALSIDADE

Quando o escritor de Gênesis disse: “Esta é uma história dos céus e da terra no tempo em que foram criados, no dia em que Jeová, os Deuses, fizeram a terra e o céu.” (Gênesis 2:4) ele estava atestando que sua “aula” dada atin-gira completamente o ápice, de acordo com o anúncio feito em sua introdução, em Gênesis 1;1. Foi somente depois de ter dado toda essa aula, repetindo-a por duas vezes, que ele pode passar para outro tema — e ele fez exatamente isso, conforme podemos ver a partir de Gêne-sis capítulo três. Ali ele se utilizou do mesmo tipo de argumento introdutório, mas esta é outra história! Visto que as Testemunhas dos Deuses Santos estudam com regularidade a Palavra dos Deu-ses, podem ver mais verdades bíblicas. Que diferença em comparação com os líderes reli-gionistas que, por mais que a estudem, estão impedidos de chegar ao conhecimento exato da verdade por terem eles há muito rejeitado o formato de o espírito dos Deuses santos agi-rem! — 2Ti 3:7; 1Co 12:4-13. Vejamos agora o que a ciência sabe sobre as origens de nosso planeta. Dê detida atenção. Rejeite terminantemente ensinos mentirosos promovidos

por ‘bodes e jumentas velhos’; Mas empenha-te pelo puro

e simples “conhecimento exato da verdade”, vindo da

Palavra dos Deuses santos, Jeová. — 1Ti 2:4; 4:7.

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QUAL FOI, SEGUNDO A

A ORIGEM DO PLANETA

10 A CONTINELA ・ OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2013

ONHECEREIS a verdade, e a ver-dade vos libertará.” (João 8:32, Tradução do Novo Mundo) É co-

mum líderes religiosos hoje classificarem as acima sábias palavras do Senhor Jesus uni-camente à verdade religiosa. Entretanto, ele não as limitou a isso. Não importa onde a verdade esteja ou de onde ela vem. Conhecê-la liberta o homem do erro, dos equívocos, das mentiras e duma série de outros males que afligem a este planeta e aos que nele vi-vem. Será que a verdade vinda da ciência também liberta? Certamente! A verdade científica, por exemplo, libertou as pessoas de muitos conceitos errôneos do passado, como de a Terra ser plana, de a Ter-ra ser o centro do Universo, de o calor ser um fluido chamado calórico, de o ar viciado cau-sar epidemias e de o átomo ser a menor par-tícula da matéria. A aplicação prática das verdades científicas na indústria, na comuni-cação e nos transportes tem libertado as pes-soas de desnecessária labuta e, em certa medida, das limitações do tempo e da dis-tância. As verdades científicas aplicadas na medicina preventiva e na assistência médica têm ajudado a libertar as pessoas da morte prematura ou do medo mórbido das doen-ças. Mas, o que faz a ciência?

O QUE ENGLOBA A CIÊNCIA? Segundo a Enciclopédia Delta Universal, “a ciência engloba um vasto campo do co-nhecimento humano relacionado com fatos agrupados por princípios (regras)”. É com-

preensível que haja vários tipos de ciência. O livro The Scientist diz: “Teoricamente, quase qualquer tipo de conhecimento pode ser trans-formado em científico, visto que, por defini-ção, um ramo de conhecimento se torna ciên-cia quando é exercido no espírito do método científico.” Isso contribui para certa dificuldade em defi-nir com precisão onde começa uma ciência e onde termina outra. De fato, segundo a Delta Universal, “em alguns casos, as ciências podem sobrepor-se de tal modo que surgem campos interdisciplinares, combinando partes de duas ou mais ciências”. Todavia, a maioria das obras de referência apresenta quatro divisões princi-pais: ciências físicas, ciências biológicas, ciên-cias sociais e a ciência da matemática e da lógica. Matemática é uma ciência? Sim, sem méto-dos unificados de medidas, isto é, sem uma maneira de determinar tamanho, quantidade, distância e temperatura, seria impossível reali-zar investigações científicas produtivas. Por isso, a matemática tem sido chamada de “Rai-nha e Serva das Ciências”. Quanto às ciências físicas, estas englobam a química, a física e a astronomia. As principais ciências biológicas são a botânica e a zoologia,

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ao passo que as ciências sociais incluem a an-tropologia, a sociologia, a economia, a ciên-cia política e a psicologia. Deve-se fazer dis-tinção entre ciência pura e ciência aplicada. A primeira lida puramente com os próprios fa-tos e princípios científicos; a segunda, com a sua aplicação prática. Hoje, a ciência aplicada também é conhecida como tecnologia.* Você é uma pessoa que se interessa pela ciência?

POR QUE NOS INTERESSAR PELA CIÊNCIA?

A ciência e a tecnologia tiveram muito a ver com a criação da estrutura do mundo mo-derno. Frederick Seitz, ex-presidente da Academia Nacional de Ciências, dos EUA, disse: “A ciência, que começou primariamen-te como uma aventura da mente, está se tor-nando um dos principais pilares do nosso modo de vida.” Assim, a pesquisa científica virou sinônimo de progresso. Quem questio-na os últimos avanços científicos corre o risco de ser tachado de “antiprogressista”. Afinal, o que alguns chamam de progresso científico é para eles o que separa o civilizado do não-civilizado. Portanto, pouco admira que W. H. Auden, poeta britânico do século 20, tenha comen-tado: “Os verdadeiros homens de ação em nossos tempos, aqueles que transformam o __________ * O número 14 desta revista trouxe à atenção as verdades bí-blico-científicas ligadas à tecnologia. Vale a pena lê-la.

mundo, não são os políticos e os estadistas, mas os cientistas.” No que diz respeito ao verdadeiro conheci-mento sobre as origens de nosso planeta, pou-cas pessoas negariam que o que tem apresen-tado a ciência seja um erro. Entretanto, mas por razões óbvias, somente os líderes religio-sos têm negado ou questionado os métodos e provas científicas apresentadas. Umas dessas razões é que a ciência, ao exibir suas verdades, não encontrou nenhum Criador para o universo, para as galáxias, para as estre-las e nem para os planetas, incluindo, claro, para o nosso planeta. “Se os cientistas negam que exista um Criador para o inteiro universo e todos os planetas, então essa ciência é um instrumento de Satanás para desviar as pesso-as da fé e, por isso, nós a abominamos”, dizem os líderes religiosos. Entretanto, perguntemos: Será mesmo que a versão científica apontada para a origem de nosso planeta ‘negam mesmo a fé’? Ou será que são os líderes religiosos os mentirosos em todas essas questões? Neste ponto devemos nos perguntar; Será que a ciência pode tam-bém libertar o homem das mentiras religionis-tas inventadas por líderes religiosos? Segundo a Bíblia, muitos deles podem ser ‘falsos após-tolos, trabalhadores fraudulentos, e que se

O MÉTODO CIENTÍFICO DE

ENCONTRAR A VERDADE

1. Observe o que acontece. 2. Com base nessas observações, formule uma teoria do que talvez seja a verdade. 3. Teste a teoria por meio de observações adicio-nais e de experiências. 4. Preste atenção para ver se as predições basea-das na teoria se realizam.

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passam por apóstolos de Cristo’. Essa conclu-são parece razoável, uma vez que o texto prossegue dizendo que até “os próprios Satãs persistem em transformar-se em Deuses de luz”! — 2 Coríntios 11:13, 14; Veja também 2Tes 2:9 e compare com o que A Continela de janeiro a março de 2013 (ct13P) diz. Linus Pauling, duas vezes ganhador do prêmio Nobel, disse: “Todos os que vivem no mundo precisam ter algum entendimento da natureza e dos efeitos da ciência.” É com o objetivo de dar aos nossos leitores um pouco desse necessário entendimento que apresen-tamos o conceito científico sobre as origens de nosso planeta, a Terra.

QUAL A ORIGEM DA TERRA SEGUNDO A CIÊNCIA?

Tudo começou a uns quatro bilhões e qui-nhentos milhões de anos atrás, quando nossa estrela, o Sol, estava se formando. Com a so-bra da matéria resultante de suas transfor-mações, uma centena de planetas também se formavam à partir dela. Nosso planeta, que no princípio de tudo era apenas um pe-queno amontoado de rochas, cresceu pela atração gravitacional. (1) Durante o primeiro bilhão de anos a gravidade fez essa sua má-gica, juntando a matéria de onde mais tarde tudo, mesmo nós, seria feito. — Leia: “’Viemos todos de uma só fonte’: das estrelas”. Alguns milhões de anos depois do início, ele já era uma grande bolota de lavas incandes-cente. (2) Grandiosas catástrofes eram co-muns naqueles tempos! Os planetas, por mi-lhões de anos, eram bombardeados por bi-lhões de mísseis cósmicos diariamente, os asteroides. Estes traziam consigo os sais e a água a todos eles. Planetas se chocaram com planetas e se dissolviam. A Terra também so-freu esse cataclismo fatal. Um planeta do ta-

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manho de Marte chocou-se com ela. (3) Junto com a tragédia veio a benção. Os dois jovens planetas se diluíram e, desse processo, um único planeta se formou. Da matéria restante em órbita dele, veio gra-dualmente à existência uma nova bolota, me-nor que a nova Terra. (4) Ela orbitava a Terra há apenas 22 mil quilômetros, mas que se dis-tanciavam imperceptíveis centímetros anuais. (5) — Hoje, nós a chamamos de Lua. Ela conti-nua a se afastar, mesmo que ainda impercepti-velmente. É certo que um dia a Terra a perderá para sempre. Quando finalmente a chuva de pedregulho parou, a Terra se resfriou a ponto de se criar a atual crosta terrestre. A Lua agora estava a 37 mil quilômetros de distância. (6) Setecentos milhões de anos depois, a vida finalmente deu o ar da graça. Criaturas microscópicas vieram à existência e evoluíam nas profundezas das águas. (7) muitas eternidades depois, tendo passado um bilhão e quinhentos milhões de anos, as criaturas microbianas evoluíram até atingir o estágio bacteriano — os Estromatóli-tos, (8) os produtores do oxigênio e do ferro. Saltando para 3,5 bilhões de anos à frente, a Terra já tinha um aspecto como o conhece-mos. Mas engana-se quem pensa que daria para viver ali. (9) O planeta não tinha sua ca-mada de ozônio. Nada escapava aos raios UV vindos do Sol. Há “apenas” setecentos milhões de anos atrás, as forças geológicas, impulsio-nadas pelo calor vindo do centro da Terra, formava e empurrava as placas tectônicas. Elas se moviam e levavam sobre si tudo o que ali se encontrava. (10) Algumas centenas de milha-res de anos depois o calor escapou e, supervul-cões, espalhados por todo o planeta, despeja-vam milhões de toneladas de dióxido de car-bono no ar. (11) Era o prenúncio de drásticas mudanças climáticas.

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O dióxido de carbono vindo dos vulcões era absolvido pelas rochas. A temperatura do planeta caiu para menos 50.0 centígrados, (12) de modo que em “apenas” cem mil anos o planeta se transforma em uma imensa bola de gelo. (13) A espessura do gelo chega a im-pressionantes 1 quilômetro de altura! O pla-neta se envolveu literalmente numa gelada. Neste estágio não havia uma atmosfera no planeta-bola-de-neve. A luz do sol era refle-tida pelo gelo ao espaço, o que deixava o planeta escravo eterno do gelo e do frio. Quem o poderia libertá-lo desta prisão? So-mente um “campeão” seria capaz de tama-nha façanha: o calor. O calor vindo das entranhas da Terra abriu caminho até a superfície do planeta-bola-de-neve, liberando mais dióxido de carbono através dos supervulcões. (14) Com isso o planeta passa a descongelar. Não havendo rochas aparentes para absolver o dióxido de carbono, o planeta esquentou a ponto de ser criada uma atmosfera. Levou cerca de 15 mi-lhões de anos para que o planeta se livrasse por completo do gelo! (15) Tendo o planeta-bola-de-neve sido castigado pelos raios ul-travioletas por muito tempo resultou na cria-ção do peróxido de hidrogênio, (16) um gás bastante conhecido hoje nos salões de cabe-leireiros. Depois que a terra se libertou de sua prisão, lá estava a vida, debaixo das águas! Ela se modificava e evoluía cada vez mais! Criaturas como os An0malocairos dominavam as águas. (17) Fora dela um céu era formado, mas os raios ultravioletas ainda eram uma barreira à existência de vida. Há 375 milhões de anos atrás, entretanto, finalmente a evo-lução criou na estratosfera terrestre uma ca-mada de ozônio e esta bloqueava os raios nocivos provindos do Astro-Rei. Agora sim,

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embora gradualmente, o solo passa a produzir uma coloração verde e viva: é o musgo que prospera. (18) Ele ajuda ainda mais na produ-ção de oxigênio e, subsequentemente, na transformação da atmosfera para que esta possa abrigar a vida. Concordemente, há “apenas” alguns milhares de anos à frente, um peixe muito esquisito, o Tiquetálique, sai da água para viver no solo seco. Ele foi o primeiro Tetrápode e dele é que evoluíram todos os vertebrados e também os mamíferos. Para se adaptar ao solo seco, o Tiquetálique usou suas nadadeiras como se fossem pernas. (19) O musgo evoluiu. O mundo agora está cheio de árvores, que, processando o dióxido de carbo-no através da recém-criada fotossíntese, en-che o mundo ainda mais de oxigênio. (20) Nes-te ponto, há 350 milhões de anos atrás, já po-deríamos viver seguros na Terra. O ovo é um grande marco na evolução dos tetrápodes. (21) Agora os animais poderão deixar a água para trás e evoluírem na terra seca. Cem milhões de anos depois, há 250 mi-lhões de anos atrás, aquele que um dia fora apenas um pequeno peixe e depois um lagarto, transformou-se em um grande réptil — o Scu-tosauro. (22) Ele é grande, mas desajeitado, vagaroso, . . . herbívoro. Parecia que ele viera para ficar, mas, logo as coisas mudaram. A evolução continuou sua mágica. Do Scutosau-ro ela trouxe o Dinossauro, um predador repti-liano invencível e cruel. (23) Estes dominaram o cenário por duzentos milhões de anos! Seu reinado continuaria, não fosse um infor-túnio da natureza. Há 65 milhões de anos atrás, um enorme asteroide que viajava duas vezes à velocidade de uma bala, colidiu com o planeta, dizimando quase que por completo a vida nele. (24) O último espécime de Dino mui provavelmente morreu de fome não muito tempo depois do cataclismo. Por milhares de

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de anos a fio depois disto, todo o planeta tornou-se o habitat de criaturinhas menores, sendo os mamíferos roedores, os descenden-tes do sinapsídeos, os mais hábeis dentre to-dos eles. (25) O que aconteceu então? Um exemplar deles evoluiu e dominou li-vremente. Dele veio mais tarde a família dos primatas, (26) que, em sua evolução, trouxe o pré-homem. (27) Mais tarde, quando este al-cançou a sapiência, evoluiu para o homem moderno. (28) A ciência aponta 200 mil anos como sendo o tempo decorrido desde os primórdios do início da existência do Homo sapiens até hoje. Esse é um pequeno resumo de toda a ver-dade apresentada pela ciência para as ori-gens de nosso planeta e para todos “os que moram nele”. (Salmo 24) Contrastando as duas versões, podemos concluir acertada-mente que a ciência apresenta a verdade que corrobora com todos os fatos. Assim, pode-mos afirmar que, aceitando-a, estamos nos deixando ser ‘libertos pela verdade’, como Jesus indicou. Entretanto, como constatado, a ciência não reconhece a existência e ação de nenhum Deus mesmo há bem pouco tempo! Isto formaliza um erro dela? Sim, a ciência não é perfeita, Ela não deu nenhuma explicação para o simples fato de o homo sapiens ter evoluído tão rápido desde há seis mil anos, época da criação de Adão, e não ter desenvolvido sequer 1 por cento disso nos anos anteriores a esta data, mesmo que este tempo somem mais de 190 mil anos. O que tudo isso significa? Que, assim como a Bíblia silencia no que diz respeito às origens do planeta, a ciência tampouco supre todas as respostas. Qual a solução? A resposta correta é a conciliação das duas; das verdades bíblica e científica. Isso é mes-mo possível? Sim, é! Leia sobre isso a seguir.

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ESDE OS PRIMÓRDIOS de sua exis-tência, a uns seis mil anos atrás, o homem moderno tem perscrutado o

entendimento das coisas. Sua insaciável cu-riosidade, uma de suas qualidades mais no-táveis e poderosas, o têm compelido a ir em busca de seus Criadores, os Deuses santos Jeová. Ele quer saber como funcionam as coisas no universo e, também, muito mais importante que isto, quer obter as respostas certas às perguntas: Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos? Quem são os Deuses e por que nos criaram? Existe um objetivo por trás de tudo? Por bem mais de cento e noventa mil anos antes da criação do homem, o pré-homem dominou neste planeta. Embora que ele teve

tempo suficiente para buscar e obter as res-postas a estas e a muitas outras perguntas, nunca nem mesmo as formulou — e nem po-deriam! Sua inteligência evolutiva ainda en-contrava-se nos estágios iniciais. Talvez em mais cem mil anos eles a alcançariam e, então, fariam as perguntas — a menos que algo terrí-vel lhe sobreviesse. E sobreveio mesmo! O pré-homem morreu num cataclismo plane-tário sem ao menos entender o que o aniquila-ra!* Daí, alguns milhares de anos depois disso, Deuses alienígenas com dois ou mais milhões de anos de evolução, estando em suas muitas viagens pela galáxia, chegaram a este mundo. Isto ocorreu por volta de doze mil anos atrás. Embora sem dúvida alguma os Deuses Jeová tenham sentido a alegria que é ter chegado a mais um dos muitos mundos catalogados por eles como mundos capazes de sustentar a vida nas proximidades de sua (Deles) própria es-trela, sentiram a amarga sensação da frustra-ção diante do caos em que este planeta se encontrava devido ao fim da vida nele. “Se ao menos tivéssemos saído de casa mais cedo!”, deploraram. — Compare com Gênesis 6:6. Outrora cheio de vida, o planeta agora estava sob uma ‘profunda escuridão’ devido à caótica atmosfera composta do pó vulcânico, resultan- __________ * Para saber mais sobre o fim do mundo do pré-homem, aces-se o número 2 desta revista: ct2P_fev12.

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“Senhores, avisamos que a aeronave pousou suavemente sobre as águas de profundezas. Aqui é muito escuro e quase não há extensão de terras.

Neste exato momento alguns de nós sondam as águas com o auxílio dos querubins-mergulhadores.”

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Por 190 mil anos o pré-homem

não fazia sequer uma indagação a

respeito dos Deuses ou sobre as

suas origens e do planeta Terra.

Por outro lado, nestes últimos seis

mil anos apenas, não só formula-

mos muitas delas, mas também

temos perscrutado o universo em

busca de nossos Criadores e de

respostas às nossas perguntas.

Por que só hoje fazemos isso?

te do cataclismo. O cenário era desanimador. Mas, visto que haviam atravessado as gran-diosas distâncias que separam o nosso mun-do do deles, o que deveriam fazer agora? De-veriam simplesmente retornar e partir para a próxima jornada nas estrelas, ou será que podiam reverter a situação deste planeta? Detentores de todas as ciências e tecnolo-gias, eles sabiam que o planeta havia abriga-do vida em abundância. Mas, “será que a vida inteligente havia se desenvolvido ali?”, se perguntavam. Logo obteriam as respostas. Concordemente, uma pequena expedição atravessou as espeças camadas de pó vulcâ-nicos suspensos na atmosfera e atingiram a superfície das águas, onde pousaram. Não demorou muito e chegou aos Deuses em orbita o seguinte relatório: “O mundo es-tá tomado por águas. As poucas extensões de terras existentes, conforme observamos através dos estudos, não são cultiváveis. São rochosas e constantemente lambidas pelas ondas bravias das águas. Na verdade, nada pode se desenvolver sobre aquelas terras que se encontram muito compactas à água — são completamente vazias e estéreis. A escuri-dão aqui em baixo é tamanha que nada se enxerga sem o auxílio das lanternas. A única coisa observável sem o seu auxílio é o ‘Espíri-

to’ — nome que acabamos de dá à nossa aero-nave. (Depois explicaremos porque lhe demos esse nome) Informamos que ela pousou sua-vemente e agora se move segura sobre a su-perfície das águas. Outra coisa também espe-rada: não há o que respirar aqui em baixo. Os níveis de oxigênios estão tão baixos que nada sobreviveria aqui sem os aparelhos de respira-ção”. Milhares de anos mais tarde, escritores, tanto do Gênesis quanto de outros livros, homens sob o efeito do “espírito dos Deuses santos”, estariam assentando por escrito este primeiro relatório, embora com palavras ligeiramente diferentes. — Veja Gênesis 1:2; Isaías 42:5; 2 Pedro 3:5; Daniel 4:8, 9. Tempos depois, em reunião, decretaram que fariam daquele um mundo novamente habitá-vel. Projetaram então seis grandiosas etapas de trabalhos até o fim dos trabalhos criativos.

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Com o auxílio de tecnologias muito avançadas, como os aspiradores

autônomos, os Deuses eliminaram o pó vulcânico em suspensão,

criando assim os “espaços abertos” da terra. — Pro 8:26.

Teriam que eliminar todo o pó vulcânico, limpando toda a atmosfera, criando assim um céu. Visto que o pó vulcânico estava pre-sente em toda parte, não só suspenso nas mais altas camadas de ar, mas também nas camadas mais baixas — mesmo próximas à superfície das águas —, teriam de eliminá-la por completo, ‘criando os espaços abertos’ entre a superfície das águas e as altas cama-das de atmosfera. (Eclesiastes 8:26) Por onde começariam? Sabiam que, se eliminassem o pó, a luz so-lar chegaria à superfície das águas, causando o aquecimento dela e sua evaporação. (Gên 1:3, 4) Com a evaporação das águas, os Deu-ses ‘criariam’ uma camada de nuvens — as águas suspensas para dá chuvas a seu tempo. Sim, este fora os “céus” que eles criaram. (Gên 1:6-8) Com menos água em baixo, apa-receu mais terra seca, até então submersa pelas águas profundas. Sim, esta fora a única terra que criaram e, como se pode ver, não se tratou de uma criação literal delas. — Gên 1:9, 10.

Assim, na primeira das seis grandes etapas, trabalharam para eliminar o pó vulcânico. Co-mo fizeram? Não sabemos! Certamente utili-zaram de tecnologias que, para eles, eram das mais simples. É possível que tenham jogado algo dentro de todos os vulcões para impedi-los de ejetar mais cinzas. O fato é que, quando concluíram esta primeira etapa de trabalho, “veio a existir a luz” solar — neste sentido, eles ‘criaram a luz’.* (Gênesis 1:3; Compare com Isaías 45:7) Daí eles decretaram que o tempo empregado em todo este primeiro empreen-dimento seria chamado de “dia primeiro”.

ELES CRIARAM “TODAS AS COISAS” O primeiro dia de trabalho fora o mais com-plicado. Os demais cinco, porém, desenrola-ram-se à base do que haviam feito no primeiro. No terceiro dia, quando as ‘águas debaixo dos céus se juntaram num só lugar para que a terra

seca ficasse aparente’, os Deuses encontraram finalmente os corpos de todas as vidas terrá-queas, muitos deles bem preservadas pelo pó vulcânico. Jeová recolheram amostras de to-dos eles e os catalogaram. __________ * Do primeiro ao terceiro “dia” a luz solar penetrava gradati-vamente as camadas cada vez mais finas do pó, mas no quarto “dia” o Sol definitivamente apareceu aos olhares dos trabalha-dores em terra. Desta forma os Deuses ‘criaram os luzeiros’ — o Sol, a Lua e também as estrelas. — Gên 1:14-19; Je 31;35.

A ÚNICA TERRA QUE OS DEUSES CRIARAM FOI QUANDO FIZERAM COM QUE A “TERRA SECA” SUBMERSA ‘APA-RECESSE’ – TRATOU-SE, PORTANTO, DE UMA CRIAÇÃO

NÃO DO TIPO LITERAL, MAS DO TIPO SIMBÓLICA

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No sexto e último “dia” de trabalhos, eles já haviam trabalhado o ADN de todas as espé-cies de vida. Utilizando-se de seu imenso po-der, ou tecnologia, devolveram-lhes a vida, a cada espécie a sua própria vida. Sim, “segun-do as suas espécies”. (Gên 1:24, TNM) Nova-mente, não se tratou de uma criação misteri-osa e milagrosa, como pregam líderes religi-osos mentirosos de hoje. Antes, tudo fora uma criação simbólica, por terem os Deuses resgatado todas as coisas do “pó do solo” vulcânico e, por alterarem eles o seu código genético, devolveram-lhes a vida. (Gên 2:7, 19) Com respeito à espécie que mais inteligência evidenciou ter — o pré-homem —, eles decretaram que os recriariam de um modo mais especial que os demais animais. O que fizeram? Manipulando os genes do homem-macaco, Jeová fizeram o homem. ‘Ás suas próprias imagens e semelhanças é que o fizeram’, diz o texto sagrado. (Gên 1:26; 2:7) Deram-lhes intelecto; um espírito e outras qualidades di-vinas ao fundirem o código genético dele com os Seus próprios. Milhares de anos mais tarde, Salomão escreveu: “[Os Deuses] puse-ram até mesmo tempo indefinido no coração [do homem], para que a humanidade nunca descobrisse o trabalho que os Supremos Deuses têm feito do começo ao fim”! — Ecle-siastes 3:11. É certo que nos tempos de Salomão não se podia entender muito dos ‘trabalhos’ dos Deuses. Entretanto, por estarmos mais avan-çados evolutivamente, por termos alcançado altos níveis da requisitada ‘perfeição’ e por termos o auxílio direto do “espírito dos Deu-ses santos” agindo em nós, crentes, podemos hoje descobrir muitas coisas — “até mesmo as coisas profundas dos Deuses”! — Afinal, eles nos dotaram de extraordinária inteligên-

cia e também nos deram um espírito para que este seja conectado diretamente ao próprio espírito Deles — Daniel 4:8, 9; Eclesiastes 12:7; 1 Coríntios 2:10; Mateus 5:48; João 14:25; Romanos 8:16. A teoria de que tudo veio à existência espon-taneamente de modo algum “contradiz a Bí-blia e priva as pessoas de esperança”, como afirmam os do Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová.* Muito pelo contrário! Encarar com coragem cristã a verdade de fren-te é o que verdadeiramente nos enche de es-perança – de verdadeira esperança e não do tipo de “esperança” difundida por estes líderes religionistas. O que verdadeiramente priva o homem de todas as coisas boas é escutarmos ‘antes a homens que aos Deuses’ santos, Jeo-vá. — Atos 4:19; 5:29. À base disto, todos nós estamos mais prepa-rados para entendermos a verdade sobre as origens de nosso planeta. Há dois mil anos, quando Jesus falava muitas verdades, tomou cuidado para não adiantar coisas que as pesso-as daquela época não “eram capazes de escu-tar”. Entretanto, garantiu ele, no futuro as pessoas estariam aptas a fazerem exatamente isto. — João 16:12, 13. A verdade sobre as origens da Terra é perfei-tamente conciliável com as duas versões: a versão científica e a bíblica. Para abraçarmos somente a verdade, temos de evitar categori-camente os mentirosos beatos. “estes ho-mens”, disse Judas, ‘falam de todas as coisas que realmente não conhecem; mas inventam . . ., como os animais irracionais”. — Judas 10 Eis um bom motivo para evitarmos ser desvi-ados da genuína fé. Assim, não é verdade: os Deuses não criaram o planeta Terra. — 1Ti 6:10. __________ * A Sentinela 15 de outubro de 2013, P. 7 § 2.

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Á NOVE MIL ANOS, logo que ‘cria-ram a terra’, os Deuses fizeram buscas por todo o planeta, atrás de

vestígios de vida biológica. Sabiam que houvera vida em abundância antes de ela ter sido inundada pelas águas resultantes do último fim do mundo. — Gên 1:1, 9, 10. Conforme as buscas progrediam na su-perfície da agora criada “terra seca”, as evidências vieram em forma de muitos corpos mumificados — muitos deles em estado de conservação, graças ao pó vul-cânico que os envolveu e os impediu da decomposição. — Gên 1:9, 10; Sal 95:5; Jn 1:9. Eles ficaram radiantes com as possibili-dades que se apresentavam. Recolheram e guardaram exemplares de todas as es-

pécies que encontradas. Mas, foi com res-peito a uma espécie em particular, uma que apresentara um estágio evolutivo avançado em termos de intelecto e físico, que ficaram maravilhados. “Este planeta pululou de vida anteriormente e este era o ser dominante!” Exclamaram, enquanto examinavam o corpo morto do homem-macaco que ‘veio do pó’. — Ec 3:20.

OS DEUSES APROVAM UM PROJETO PARA ESTE PLANETA E

PARA A VIDA NELE Como nós humanos hoje fazemos diante de grandes e importantes decisões, assim fizeram os Deuses Jeová. Eles se reuniram todos para discutir um projeto para o futu-ro deste planeta. Uma coisa já estava bem definida: ‘criariam todas as coisas’. Isso

H

SUA LEITURA E ESTUDO DA BÍBLIA

“Além disso, Azaziel ensinou os homens a

fazerem espadas, facas, escudos, armadu-

ras (ou peitorais), a fabricação de espelhos

e a manufatura de braceletes e ornamentos,

o uso de pinturas, o embelezamento das

sobrancelhas, o uso de todo tipo seleciona-

do de pedras valiosas, e toda sorte de co-

rantes, para que o mundo [da humanidade]

fosse alterado. A impiedade foi aumentada,

a fornicação multiplicada; e eles [os Deu-

ses] transgrediram e corromperam todos os

seus caminhos. — Enoque 8:1, 2.

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significava que manipulariam o ADN de todos os corpos mortos, segundo suas espécies, e os fariam voltar a viver nova-mente. (Efésios 3:9) Porém, embora que estivesse projetado o tipo de vida que te-riam todos os animais, o mesmo não se dava com o homem-macaco. Eles não es-tavam certos sobre que tipo de vida daria a ele. Depois dessa reunião, porém, a respos-ta veio. A maioria votou e o Concelho-Maior dos Deuses determinou que o ADN dele fosse fundido com ADN dos próprios Deuses! Por que aprovaram esse projeto? Independente da resposta, alguns dentre eles — a minoria que votara contra —, não gostaram nada disso. Em pouco tempo estes se tornariam os Opositores do projeto e dos que o votaram.

POR QUE CRIARAM O HOMEM ‘ÀS SUAS PRÓPRIAS IMAGEM E SEME-

LHANÇA’? Ao estudarem todo o processo evoluti-vo deste planeta, Jeová, os Deuses, sou-beram o quão lento é ele. Diante disso, as possibilidades de o homem vir a ser mor-to por uma nova catástrofe — mesmo que por uma bem pequena — seriam con-

sideráveis se os Deuses apenas o trouxes-sem à vida como o homem-macaco. Concordemente, eles disseram: “Trazer-mos o homem-macaco à vida simplesmen-te como ele era originalmente, apenas um macaco evoluído, todo nosso projeto esta-rá fadado ao fracasso”. Qual a solução? “Temos de dá a ele um começo mais evo-luído, dá a ele algo como um milhão de anos em termos de evolução”, explicaram. É provável que os Deuses que discorda-vam desse modelo de projeto, os Oposito-res, (Hebr.: Sa·tán; sir.: Sa·ta·na’; LXX: “Diabo”; lat.: Sá·tan.) tenham questiona-do: “A que tipo de modificações vocês propõem para esta espécie? Temos mes-mo o direito de modificar a vida neste pla-neta? Não seria melhor apenas trazê-los como originalmente eram e simplesmente deixá-los ser moldados pela evolução e que esta possa recomeçar seu trabalho de onde parou, enquanto que a nós só cabe a observação do resultado da ação natural dela?” Depois de muita discursão, a coisa apro-vada foi definida conforme escrito milha-res de anos mais tarde no livro de Gênesis, nas seguintes palavras:

“E os Deuses prosseguiram, dizendo: ‘Façamos o homem à nossa imagem, se-gundo a nossa semelhança, e, para que assim seja, tenham eles em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e os animais domésticos, e to-da a terra, e todo animal que se move sobre a terra’. E os Deuses passaram a criar o homem às suas próprias ima-

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gens, às próprias imagens dos Deuses o criaram; macho e fê-

mea os criaram.” — Gênesis 1:26, 27.

Desta forma, o homem (corpo do ho-

mem-macaco, mas com o cérebro avan-çado de um Deus) veio à existência. Ao ser retirado do “pó do solo”, ter passado por modificações em seu ADN e ter sido criado, o pré-homem torna-se finalmente o “homem”; um “filho dos Deuses” — Adão. — Gênesis 2:7; 5:1; Lucas 3:38.

A ‘produção’ de Adão fora aclamada como ‘muito boa’, mas será que ficaria assim por muito tempo caso os Oposito-res decidissem agir? (Gênesis 1:31) Veja-mos isso. OS QUE SE OPUSERAM AO PROJETO

Foram muitos os Deuses Jeová que se opuseram ao formato da criação do ho-mem Adão. Eles não viam muita vanta-gem em facilitar as coisas para ele, li-vrando ele dos desafios evolutivos natu-rais do dia a dia. Outra coisa que não aprovaram foi que o homem fosse posto dentro de um paraíso, onde, como se não bastasse, ‘plantaram a árvore da vida’ pa-ra que o homem dela se alimentasse e nunca morresse. “Que vantagem há em tudo isso?” Diziam eles. “Com todas es-sas facilidades o homem será um pregui-çoso. Ele nunca aprenderá com seus erros e, quando solicitado a fazer algo para nós, tornar-se-á um ingrato”. No pensamento destes, o homem teria

de ser formado exatamente como morre-ra: um macaco evoluído e usufruindo exa-tamente a mesma vida que tivera antes, em seu habitat natural; Isto é: no matagal selvagem. Embora que o projeto em vigor obtivesse a aprovação pelo voto da maio-ria, é certo que estes opositores não ficari-am só torcendo e cochichando iniquidades contra ele. Eles agiriam para modificá-lo e causar o seu fracasso. — Compare com Romanos 1:28-32.

GADREL, UM DOS OPOSITORES, AGE Um destes Deuses não esperou muito não. Tão logo o homem e sua espoa, Eva, foram postos dentro do paraíso que fora construído especialmente para eles, Ga-drel, o maior dos Opositores dos Deuses

Por cair na armadilha de Gadrel, um dos Deuses opositores,

Adão e Eva foram expulsos do paraíso.

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santos, agiu para modificar o projeto ori-ginal. Ele fez com que o homem e sua es-posa violassem um dos parâmetros esta-belecidos para eles. Por ‘enganar Eva com astúcia’, fazendo com que ela ‘co-messe da árvore do bom e do mau’, Ga-drel causou a expulsão e posteriormente a morte por envelhecimento do casal humano. — 2 Coríntios 11:3, Nova Versão Internacional; Romanos 5:12; Gênesis 3:1-6; Enoque 67:6, 7. Gadrel sabia exatamente o que as leis implícitas ao projeto indicavam como punição ao homem caso se tornasse um violador dela. De modo que Gadrel sabia que os Deuses que aprovaram o projeto seriam obrigados a expulsar o homem para fora do paraíso. (Compare com Gê-nesis 3:22) Sabia que, neste estado, o homem viria a está obedecendo ao mode-lo de vida que os Deuses opositores haviam criado e tentado ser aprovado. Depois de ter conseguido modificar o projeto original aprovado e em experi-mento, Gadrel dissera: “Nada de mor-domias”, escarnecera ele, e dizia mais: “O homem agora é obrigado a viver na selva, produzindo seu próprio alimento". (Com-pare com Provérbios 27:11 e Jó 1:9) Gadrel, com uma só ação, tirou do ho-mem até mesmo a árvore da vida! Agora ele era susceptível ao envelhecimento e à morte — exatamente como sempre in-tencionara! “Agora eles estão em minhas mãos.” Disse triunfante. Quão insensíveis e maus eram Gadrel e os seus apoiadores! Gadrel desta vez es-

tabeleceu uma grande inimizade com os Deuses santos e com a humanidade des-cendente de Adão. , ao sabotar a boa ‘obra dos Deuses’! (Compare com Gênesis 3:15; Lucas 10:18, 19 e 1 João 3:8) Ele sabotara a boa ‘obra dos Deuses’! Tudo isso, embora pesasse muito aos Deuses santos, tiveram de fazer ao homem e à sua esposa. Expulsos do paraíso, Adão e Eva foram viver numa caverna, um lugar frio, sombrio e desesperador. Adão chorou até desmaiar ao ser expulso do paraíso. Na caverna, ele entrou em depressão. Longe da árvore da vida, gradativamente o ho-mem perdia a vitalidade por ter parado de alimentar-se dela. Seu corpo passou a en-velhecer naturalmente, assim como ocorre até hoje com todos os humanos — Compa-re com I Livro de Adão e Eva 2:1, 2; 4:1-3, 10.

DEUSES MONITORES TAMBÉM MODIFICAM O PROJETO

Adão viveu ao todo 920 anos. Completa-dos 687 anos, porém, nascera a Adão um descendente muito especial — este fora “o sétimo homem desde Adão, Enoque”, filho de Jarede. (Judas 14; Gên 5:18; Eno 35:1) Enoque foi o primeiro profeta a ‘andar’, ou ‘se envolver’, literalmente com os “Supre-mos Deuses”. (Gênesis 5:22) Hoje nenhum homem anda literalmente com os Deuses, como fez Enoque. Porém, podemos ‘andar dignamente de Jeová, com o fim de lhes agradardes plenamente, ao prosseguirmos em dar fruto em toda boa obra e em au-mentar no conhecimento exato dos Deu-

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Quando Enoque (acima) tornou-se o primeiro profeta da parte de Jeová, aos 65 anos, Adão (ao lado) tinha seus 687

anos. Os Deuses levariam Adão ao paraíso nos dias do Consolador, Noé. Não fossem as modificações causadas, teriam conse-

guido isso. Desanimado, Adão morreu nos dias de Lameque, pai do Consolador, sem

ao menos ter conhecido o Consolador.

ses'.— Colossenses 1:10. Quando Enoque nasceu, a conduta pe-caminosa e ímpia em meio à humanidade há muito se tinha tornado a norma. (Gên 4:26) A ação modificadora causada por Gadrel acrescentara ainda mais danos ao projeto original dos Deuses. A humani-dade então em desenvolvimento entrara numa era de degradantes condutas e en-contrava-se completamente perdida em meio à “Luta” que tinham de travar com Deuses Satãs. — Veja Efésios 6:12, Nova Versão Internacional. Aos 65 anos de idade, Enoque suscitou um filho: seu primogênito Matusalém. Neste ponto os Deuses o comissionaram o primeiro profeta da parte de Jeová para toda aquela geração. Enoque fora envia-do a proclamar o extermínio dos ímpios, e, para os justos, a vinda do ‘Consolador’, que levaria o homem de volta ao paraíso. Este seria Noé.* — Gên 5:29;

Jeová, os Deuses santos, em sua miseri-córdia por Adão e sua descendência, não os deixara viver sem acompanhamento fora do paraíso. Desde cedo eles fixaram um grupo de Deuses — ou anjos — quais monitores para a humanidade. Este dedi-cado grupo, mais de duzentos ao todo, monitoraria os humanos enquanto estes vivessem fora do paraíso. Qual o motivo disto tudo? Era o perigo sempre iminente das feras da terra. Elas poderiam dilace-rá-los a todos, não deixando nenhum exemplar vivo. Os Deuses não podiam __________ * Para maiores detalhes, queira ler o número 6 desta revista. Ct6P_jun12, P. 10, 11.

permitir que uma tragédia dessa magnitu-de acontecesse. — Compare com I Livro de Adão e Eva 7:5-7. Dos tempos de Jarede, pai de Enoque, até o dilúvio — um total de mais de três séculos — os Deuses monitores chefiados por Samiaza, que a princípio era ajuizado, de confiança e leal à causa de todos os Deuses santos, deixaram-se levar pelos encantos e pela sedução sexual das mais belas humanas de então. Sabiam que o que estavam prestes a fa-zer era um erro imperdoável e que, levar isso adiante, se constituiria numa desnatu-ral interferência na humanidade. Mas, ‘provocados e engodados pelos seus pró-prios desejos’ e, adicional a isso, tendo todos sido aconselhados por dois influen-ciáveis Deuses dentre os “líderes de suas

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centenas, e de cinquenta, e de suas de-zenas” — por Jecum e por Quesabel —, não só Samiaza, mas todos os debaixo de sua chefia, sucumbiram aos desejos da carne. (Tiago 1:14, 15; Enoque 67:4, 5) Eles emprenharam ‘todas as mulheres que escolheram’ e, desta forma devasta-dora, modificaram em muito o projeto dos Deuses. — Gên 6:1, 2. Surpreendidos e descobertos, sentiram primeiramente as agonias da vergonha por terem sido “expostos diante dos ho-mens” e, logo em seguida, serem todos conduzidos às prisões do Tártaro, onde permanecerão detidos até o “julgamento do grande dia”. (Enoque 67:1; Judas 6; 2 Pedro 2:4) Não fosse a visita perdoadora reconciliadora feita pelo Senhor Jesus, fi-cariam presos até serem jogados no “La-go de fogo”, o “lugar da destruição”.* — Gên 6:1-5; Eno 7;9; 18:2; 67:4; Revelação (Apocalipse) 20:10; Jó 26;6.

AZAZIEL, O MAIS INÍQUO DOS SATÃS, AGE

Foi em meio a todos esses aconteci-mentos que outro Deus, mais perigoso e iníquo que o próprio Gadrel, decidiu agir. Este foi Azaziel e sua investida contra o já arruinado projeto dos Deuses acrescen-tou mudanças ainda mais descontrola-das. A iniquidade dele foi tão grave a ponto de fazer com que não houvesse mais esperanças para a humanidade. O que fez Azaziel? __________ * Veja o estudo XII, “Deuses vencidos por desejos nocivos” em A Continela de dezembro de 2012, P. 11.

“Além disso”, escreveu Enoque de-pois de descrever todas as barbari-dades causadas pelos Deuses sob Samiaza, “Azaziel ensinou os ho-mens a fazerem espadas, facas, escu-dos, armaduras (ou peitorais), a fa-bricação de espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos, o uso de pinturas, o embelezamento das so-brancelhas, o uso de todo tipo seleci-onado de pedras valiosas, e toda sor-te de corantes, para que o mundo da humanidade fosse alterado. A impie-dade foi aumentada, a fornicação multiplicada; e eles [os Deuses] transgrediram e corromperam todos os seus caminhos.” — Enoque 8:1, 2.

Poderíamos pintar Azaziel como sendo o primeiro Senhor-das-Armas-e-da-Guerra! Que grandiosas e ímpias modificações fez esse Deus! Azaziel evidenciou que era um vilão pior que Gadrel, o Deus-Opositor que modificou o projeto da criação no Éden. Enquanto que Gadrel apenas “seduziu” Eva, Azaziel foi mais longe: ensinou aos homens à fabricação de armas e a mata-rem uns aos outros. (2Co 11:3) Todo apara-to de guerra, como a armadura e até a ca-muflagem, ou “o uso de pinturas”, foram ideias dele. Quão perverso Azaziel era! O que significou e para que fim fora o uso de “toda sorte de corantes”? Este fora uti-lizado por Azaziel como os predecessores das atuais tatuagens. Com sua introdução, “o mundo da humanidade [fora] alterado” para pior. Juntando os dois tipos diferentes

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Todos os tipos de pinturas hoje são mais acei-táveis e comuns, sobretudo entre as mulhe- res. Entretanto, fazem bem em identificarem onde é o limite entre o bom senso e o exa-

gero. Do contrário, aquela que gosta de se destacar poderá incorrer no erro da

vaidade extrapolada, ficando à mer- cê dos Satãs, Azaziel e Gadrel.

O segredo, pois, é usar o bom senso

de modificações ímpias introduzidas na jovem humanidade, os resultados foram desastrosos: “A impiedade foi aumenta-da, [e] a fornicação multiplicada”.* Assim como com a “árvore do conheci-mento do bom e do mau”, que Jeová haviam colocado no meio do jardim para que o um dia — num futuro segu- ro, quando desse evidências de está preparado — o homem comesse dela, assim era com as pinturas e o uso dos de- mais cosméticos para o embelezamento. Os Deuses santos não queriam que o homem fizesse isso em suas carnes pre-cocemente, em uma época de imaturida-de. Uma das razões era que o homem ‘havia de ser santo, assim como Jeová, os Deuses santos, o são’. — Le 19:28; Dt 14:2; 1Pe 1:15, 16. Hoje, passados milênios, e tendo o ho-mem ultrapassado seus dias de pequeni-no, é chegada a hora de se utilizar das pinturas e demais acessórios que os deixa mais destacados e bonitos. Entretanto, é sempre bom que reconheçam cada um os limites do bom senso. A vaidade extrapo-lada dá um péssimo testemunho aos em volta.

AZAZIEL E GADREL AGEM JUNTOS Há um forte indício que aponta Azaziel agindo em parceria com Gadrel. Enoque escreveu que ‘Gadrel . . . [também] des-cobriu todo golpe . . . e instrumentos de __________ * Muito provavelmente os Satãs introduziram tais modifica-ções através do descendente de Caim, Tubalcaim, o “forjador de toda sorte de ferramenta de cobre e de ferro”. Evidente-mente, mas do que quaisquer outros humanos, os filhos de Caim seguiam ‘suas veredas’ de assassino. — Leia Gênesis 4:22; 6:5, 11-13; Judas 11.

morte aos filhos dos homens: o casaco de malha, o escudo, e a espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos homens.’ — Enoque 67:6-8. Ocorreu que Azaziel fora culpado por tudo isto, o que indica que foi dele a ideia e ação principal. Ele foi imediatamente pre-so e julgado iníquo. No futuro grande dia do juízo ele será eliminação completa da existência. Quanto a Gadrel, o vulgo Sata-nás, escapou e continua solto — ele e to-dos os “seus anjos”. (Revelação [Apocalip-se] 12:7-9) Hoje, eles são os maiores Opo-sitores ao novo arranjo de salvação provido pelo Consolador-Maior, Cristo Jesus. — Mt 24:36; 2Co 1:3-7; 2Tes 2:16. Que nós, os defensores do projeto dos Deuses santos Jeová, sujeitos ao Cristo, tornemo-nos opositores — satãs — para Gadrel e seus anjos. — Tg 4:7; Ef 4:27.

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Ter Jesus vindo à Terra para “dar a sua

sua alma como resgate em troca de muitos” foi, sem sombra de dúvidas, um grandioso ato de amor, tanto por parte dele quanto por parte de todos os Deuses santos Jeová. (Mateus 20:28; João 3:16) Certamente podemos indicar que, com esse ato corajoso, Jesus veio em auxílio (ou ‘estivera auxilian-do’) dos que herdarão a salvação por depositarem fé no seu sangue resgatador. Entretanto, será que Hebreus 2;16 refere-se a este auxílio em especial? Não. Veja o contexto das palavras de Paulo aos seus irmãos hebreus. Depois de dizer que ‘Jesus não auxilia os anjos’, Paulo acrescentou: “Por ter [Jesus] mesmo sofrido, ao ser posto à prova, pode vir em auxílio daqueles que estão sendo postos à prova.” (v. 18, TNM) O tipo de “auxílio” prestado pelo Senhor aos “seus irmãos” era um do tipo contínuo, do tipo que os livra das muitas provações do dia a dia, exatamente como ele mesmo fora auxiliado muitas vezes pelos seus Pais celestiais quando posto à prova. — He 5:7, 8.

Depois de o Senhor ter ido para os céus, seus discípulos ‘teriam muitas tribulações — ou provações — no mundo’. (João 16:33; Atos 14:22) Até que Jesus retornasse ‘no poder do reino’, as provações sobreviriam constante-mente sobre seus seguidores neste mundo mau. (Mr 9:1) De quanto encorajamento, ajuda e — sim, de “auxílio” — necessitariam esses Seus “irmãos”! Como que o Senhor “auxilia” seus discípulos ungidos — todos nós, cristãos — e por que os anjos não necessitam dele? Os discípulos do Senhor seriam ‘postos à prova’ todos os dias em que estivessem nesse mundo mau. Depois de ir embora, Jesus indicou que haveria de vir a eles o “consolador” — o próprio “espírito dos Deuses santos”. Somos constantemente auxiliados por este “ajudador”. Já os anjos, estes não necessitam dessa atenção especial por uma simples razão: eles estão seguros onde estão, presos no Tártaro. Ali a fé deles não é ‘provada’. Os Satãs não os pode ‘provar’, assim como faz conosco aqui no mundo. É exatamente por esta razão que o Senhor ‘não os auxilia em nada’. — Daniel 4:8; João 14:15, n TNM; 2Pe 2:4.

NOSOS LEITORES PERGUNTAM . . .

. . . NÓS RESPONDEMOS

‘Vocês publicaram que o sangue derramado de Jesus também resgata “os anjos que pecaram” e que estão presos no “Tártaro”. (2 Pedro 2:4) Entretanto, como conciliar esse ensino com o a se-

guinte declaração: “Pois ele [Jesus] realmente não auxilia em nada os anjos, mas auxilia o descen-

dente de Abraão” — Hebreus 2:16, TNM.’ — K. U. Angola, África.

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▪ Em poucas palavras, a resposta é não. Embora haja os que creem diferente disto e até tentam de todas as for-mas imporem suas crenças às pessoas em todo o mundo, suas argumentações são muito pífias e sem base bíblica. O Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová, por exemplo, tem se utilizado de alguns “indícios” existentes nas Escrituras como a base de suas afirmações — eles são os maiores defensores da crença de que Miguel é Jesus em sua existência pré-humana. Vamos examinar um só desses seus indícios para, em seguida, determinarmos se ele tem mesmo validade. Indício: Em Judas 9 Miguel é chamado de “o arcanjo”. Sendo que o prefixo “arc” significa “principal” ou “mais importante”, e, tendo os do Corpo dos Governantes veri-ficado que na Bíblia a palavra “arcanjo” nunca é usada no plural, deduzem que Miguel tem de ser Jesus. Ademais, citando Paulo em 1 Tessalonicenses 4:16, argumentam: “Paulo descreve o ressuscitado Jesus, dizendo: ‘O próprio Senhor [Jesus] descerá do céu com uma chamada domi-nante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus.’ As-sim, Jesus Cristo é identificado aqui como o arcanjo, ou anjo principal.” — TNM. É isso verdade? Paulo identifica mesmo Jesus como sendo o arcanjo Miguel? De novo, a resposta simples e rápida é não. “Com voz de arcanjo” não significa que ele seja o ar-canjo. Como ilustração, você pode imitar a voz do Pica-Pau’, mas naturalmente isto não o torna o Pica-Pau. As-sim, o indício apontado pelos do Corpo dos Governantes não têm respaldo bíblico e tampouco o amparo linguísti-co. Se Miguel não é Jesus, quem é ele então?

QUEM É MIGUEL? Daniel chama Miguel de “um dos mais destacados prín-cipes”. O que lhe vem à mente quando lê isso? Que há ou-tros príncipes além de Miguel. Ser Miguel ‘um dentre os muitos príncipes’ em nada contribui para se concluir que ele seja Jesus, como também argumentam os do Corpo dos Governantes. O fato é que os do Corpo dos Gover-nantes descartam um dos livros inspirados que mais fala de Miguel e que, inclusive, dá nome aos demais príncipes, seus coiguais. “Miguel”, informou Enoque, “presi[de] so-bre a virtude humana, comanda as ações”. É descrito co-mo o “misericordioso, o paciente”. — Enoque 19:5; 38:8. Enoque 9:1 alista outros quatro companheiros de Miguel como tendo a mesma posição entre os Deuses. São eles Gabriel, Rafael, Surial e Uriel. Pessoas faziam ‘súplicas’ a estes cinco Deuses-Príncipes. (v. 3) Foi ao Deus-Príncipe

Miguel que os Deuses-Maiorais Jeová — o “Deus dos Deu-ses” — enviaram para ‘declarar os crimes’ do “príncipe” Samiaza e seus anjos e que os prendesse no “Tártaro”. (Eno 10:15; 2Pe 2:4) Os demais quatro tiveram suas participações iguais em ‘purificar a terra de toda opressão’ nos dias de Enoque. (Eno 10:25) Assim, estes cinco eram arcanjos e “príncipes”. Concordemente, Enoque chama Miguel de “um dos arcanjos” — Enoque 69:4. Da mesma forma que Miguel batalhou para prender Sami-aza e mais de duzentos anjos no Tártaro, também batalhará contra Gadrel no fim dos tempos. Revelação [Apocalipse] 12:7-9 diz: “Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o Grande Dragão, a antiga serpente, chama-da o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.” — Almeida Revista e Corrigida.

JESUS É UM PERSONAGEM DISTINTO DE MIGUEL Com respeito a Jesus, Pedro escreveu: “Ele está à direita dos Deuses, pois foi para o céu; e foram-lhe sujeitos anjos, e autoridades, e poderes.” (1 Pedro 3:22) Como relacionar o fato de que ‘foram sujeito anjos’ e também “autoridade” ao Senhor só após sua ascensão aos céus com o fato de que Miguel sempre teve a seu dispor hostes “inumeráveis” deles? É totalmente equivocado achar que os dois são o mesmo. (Eno 69:11) Além disso, como “um dos arcanjos”, Miguel sempre possuiu — e sempre possuirá — muita autoridade. E quanto a Jesus, desde quando tem ele auto-ridade? Depois de sua ressurreição, Jesus disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.” (Mateus 28:18) Sim, foi só depois de ter ‘vencido o mundo’ foi que este Filho dos Deuses ganhou de seus Pais “autoridade”. (Jo 16:33) Ademais, o tipo de autoridade ganha por ele ultra-passa em muito o grau de poder que Miguel detém! Jesus é hoje um dos Deuses-Todo-Poderosos Jeová! — Da 7:14; Mt 11:27; Ef 1:21; Fil 2:9. Está mais que comprovado: Jesus e Miguel são pessoas completamente distintas uma da outra. Jesus não é somen-te “um dos mais destacados príncipes”, como Miguel. Ele “[é hoje] chamado pelo nome de Maravilhoso Conselheiro, Deus [Todo-]Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim.” (Isaías 9:6, 7) “Os Deuses o enalteceram” tão alto que mesmo Miguel tem de ‘dobrar seus joelhos diante dele, reconhecendo-o como seu Senhor’. — Filipenses 2:9-11.

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