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Dados sobre GLP
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Instrumentao Bsica
Centro de Tecnologias do Gs CTGS
1
INSTRUMENTAO
BSICA
(Aprendizagem Industrial)
Instrumentao Bsica
Centro de Tecnologias do Gs CTGS
2
SENAI PETROBRAS
CTGS
Instrumentao Bsica
2007
Instrumentao Bsica
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SUMRIO
PLANO DE CURSO........................................................................ Erro! Indicador no definido.
IDENTIFICAO....................................................................... Erro! Indicador no definido. CONTEDO ............................................................................... Erro! Indicador no definido.
CAPTULO 1 - Introduo A INSTRUMENTAO ..................................................................... 4 1.1 - Conceito de Instrumentao ............................................................................................. 4 1.2 - Histrico ............................................................................................................................ 4 1.4 - Funes de Instrumentos .................................................................................................. 6 1.5 - Terminologia ..................................................................................................................... 8 1.6 - TELEMETRIA ................................................................................................................. 14
CAPTULO 2 - PRESSO ........................................................................................................... 21 2.1 - Conceitos Fundamentais ................................................................................................. 21 2.2 - Medio de Presso ........................................................................................................ 25 2.3 - NBR 14105- Manmetros como Sensor de Elemento .................................................... 31 2.4 - Transmissores de Presso ............................................................................................... 35 2.6 - Instrumentos Conversores de Sinais .............................................................................. 42 2.7 - Resumo ............................................................................................................................ 47
CAPTULO 3 - ............................................................................................................................. 48 TEMPERATURA......................................................................................................................... 48
3.1 - Introduo :..................................................................................................................... 48 3.2 - Escalas de Temperatura.................................................................................................. 49 3.3 - Medidores de Temperatura ............................................................................................ 52 3.4 - Escala Internacional de Temperaturas (Its - 90)............................................................ 57 3.5 - Termopares ..................................................................................................................... 58 3.6 - Termoresistncias............................................................................................................ 72 3.7 - Medio de Temperatura por Infravermelho ................................................................ 85 3.8 - Termostatos ..................................................................................................................... 90 3.9 Banhos e Fornos de Temperatura..................................................................................... 91 3.11 - Indicador de Temperatura............................................................................................ 93 3.12 - Registrador de Temperatura com Carta Circular....................................................... 93 3.13 - Resumo .......................................................................................................................... 94
CAPTULO 4 - MEDIO DE VAZO...................................................................................... 95 4.1 - Introduo ....................................................................................................................... 95 4.2 - Conceitos Fsicos Bsicos Para Medio De Vazo........................................................ 97 4.3 - Tipos e Caractersticas dos Medidores de Vazo ........................................................... 99 CAPTULO 5 - MEDIO DE NVEL............................................................................... 139 5 Introduo Medio de Nvel ....................................................................................... 139 MEDIO DIRETA............................................................................................................... 139 Medio de nivel indireta ........................................................................................................ 141 MEDIO DE NVEL POR ULTRA SOM ........................................................................... 147 MEDIO DE NVEL POR RADAR .................................................................................... 148 medio de nvel Descontnua ................................................................................................. 148
medio de nvel de slidos......................................................................................................... 149 5.3 - Resumo .......................................................................................................................... 149 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................................... 150
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CAPTULO 1 - Introduo A INSTRUMENTAO
Aps este capitulo voc estar apto para:
Conceituar instrumentao e sua rea de atuao
Conhecer os principais termos tcnicos utilizados pelo profissional da
rea de instrumentao
Conhecer as normas e simbologias usadas em projetos de
instrumentao
Conhecer o protocolo de comunicao (HART ) utilizados nos
dispositivos de campo como transmissores e posicionadores.
1.1 - Conceito de Instrumentao a cincia que aplica e desenvolve tcnicas para
adequao de instrumentos de medio, transmisso,
indicao, registro e controle de variveis fsicas em
equipamentos nos processos industriais.
INSTRUMENTAO (ISA 5.1) : Coleo de
instrumentos ou suas aplicaes com o propsito de
observao, medio, controle ou combinao destes.
Nas indstrias de processos tais como siderrgica, petroqumica, alimentcia,
papel, etc.; a instrumentao responsvel pelo rendimento mximo de um processo,
fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaborao do
produto desejado. As principais grandezas que traduzem transferncias de energia no
processo so: PRESSO, NVEL, VAZO, TEMPERATURA; as quais denominamos de
variveis de um processo.
1.2 - Histrico Os processos industriais exigem controle na fabricao de seus produtos. Os
processos so muito variados e abrangem muitos tipos de produtos como, por exemplo: a
fabricao dos derivados do petrleo, produtos alimentcios, indstria de papel e
celulose, etc.
Em todos estes processos absolutamente necessrio controlar e manter
constantes algumas variveis, tais como presso, vazo, temperatura, nvel, PH,
condutividade , velocidade, umidade, etc. Os instrumentos de medio e controle
permitem manter constantes as variveis do processo com os seguintes objetivos:
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melhoria em qualidade do produto,
aumento em quantidade do produto
segurana.
No princpio da era industrial, o operrio atingia os objetivos citados atravs de
controle manual destas variveis utilizando somente instrumentos simples, manmetro,
termmetro e vlvulas manuais, etc. e isto era suficiente porque os processos eram
simples.
Com o passar do tempo os processos foram se complicando exigindo um aumento
da automao nos processos industriais, atravs dos instrumentos de medio e controle.
Enquanto isto os operadores iam se liberando de sua atuao
fsica direta no processo e ao mesmo tempo ia permitindo a
centralizao das variveis em uma nica sala.
Devido centralizao das variveis do processo
podemos fabricar produtos que seriam impossveis atravs do
controle manual. Mas para atingir o nvel que estamos hoje, os
sistemas de controle sofreram grandes transformaes tecnolgicas como veremos a
seguir: controle manual, controle mecnico e hidrulico, controle pneumtico, controle
eltrico, controle eletrnico e atualmente controle digital.
Os processos industriais podem dividir-se em dois tipos: processos contnuos e
processos descontnuos. Em ambos os tipos devem-se manter as variveis prximo aos
valores desejados.
O sistema de controle que permite fazer isto se define como aquele que compara o
valor da varivel do processo com o valor desejado e toma uma atitude de correo de
acordo com o desvio existente sem que a operao intervenha.
Para que se possa fazer esta comparao e conseqentemente a correo
necessrio que se tenha uma unidade de medida, uma unidade de controle e um
elemento final de controle no processo.
Elemento final de controle
Unidade de medida
Processo
Unidade de controle
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Este conjunto de unidades forma uma malha de controle. A malha de
controle pode ser aberta ou fechada. No exemplo acima vemos uma malha fechada e no
exemplo abaixo vemos uma malha de controle aberta.
1.4 - Funes de Instrumentos
Podemos denominar os instrumentos e dispositivos utilizados em instrumentao
de acordo com a funo que os mesmos desempenham no processo.
a) Indicador: Instrumento que
dispe de um ponteiro e de uma escala
graduada na qual podemos ler o valor da
varivel. Existem tambm indicadores
digitais que indicam a varivel em forma
numrica com dgitos ou barras grficas.
b) Registrador: Instrumento
que registra graficamente valores
instantneos medidos ao longo do
tempo, valores estes enviados pelo
detector, transmissor, Controlador etc.
Existem tambm, os registradores Paperless, que no utilizam cartas grficas,
pois possuem uma tela grfica onde plota os dados do processo e salva digitalmente.
Podem ser conectados a computadores, permitindo a visualizao dos dados no monitor
Unidade de medida
Processo
Indicao
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como tambm facilita o resgate de informaes, bastando apenas digitar o perodo a
ser analizado.
c) Transmissor: Instrumento que determina o
valor de uma varivel no processo atravs de um
elemento primrio, tendo o mesmo sinal de sada
(pneumtico ou eletrnico) cujo valor varia apenas em
funo da varivel do processo.
d) Transdutor: Instrumento que recebe informaes na forma
de uma ou mais quantidades fsicas, modifica caso necessrio as
informaes e fornece um sinal de sada resultante. Dependendo da
aplicao, o transdutor pode ser um elemento primrio, um
transmissor ou outro dispositivo. O conversor um tipo de transdutor
que trabalha apenas com sinais de entrada e sada padronizados.
e) Controlador: Instrumento que compara a varivel
controlada com um valor desejado e fornece um sinal de
sada a fim de manter a varivel controlada em um valor
especfico ou entre valores determinados. A varivel pode ser
medida, diretamente pelo controlador ou indiretamente
atravs do sinal de um transmissor ou transdutor.
f) Elemento Final de Controle: Instrumento que modifica
diretamente o valor da varivel manipulada de uma malha de controle.
Alm das denominaes acima podem ser classificados em instrumentos de painel,
campo, prova de exploso, poeira, lquido, etc. Combinaes dessas classificaes so
efetuadas formando instrumentos conforme necessidades.
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Simbologia ISA
1.5 - Terminologia
Com objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos documentos utilizados
para representar as configuraes utilizadas para representar as configuraes das
malhas de instrumentao, normas foram criadas em diversos pases.
No Brasil Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) atravs de sua norma
NBR 8190 apresenta e sugere o uso de smbolos grficos para representao dos
diversos instrumentos e suas funes ocupadas nas malhas de instrumentao. No
entanto, como dada a liberdade para cada empresa estabelecer/escolher a norma a ser
seguida na elaborao dos seus diversos documentos de projeto de instrumentao
outras so utilizadas. Assim, devido a sua maior abrangncia e atualizao, uma das
normas mais utilizadas em projetos industriais no Brasil a estabelecida pela ISA (
conhecida anteriormente por Instrumentation Society of America, sendo atualmente chamada de The Instrumentation, Systems and Automation Society)
A seguir sero apresentadas as normas ABNT e ISA, de forma resumida, e que sero
utilizadas ao longo dos nossos trabalhos.
ISA 5.1 Instrumentation Symbols And Identification
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De acordo com a norma ISA-5.1, cada instrumento ou funo programada ser
identificado por um conjunto de letras que o classifica funcionalmente e um conjunto de
algarismos que indica a malha qual o instrumento ou funo programada pertence.
Eventualmente, para completar a identificao, poder ser acrescido um sufixo.
A figura abaixo mostra um exemplo de instrumento identificado de acordo com a
norma pr-estabelecida.
P RC 001 02 A
Varivel Funo rea da
Atividade
N0
Seqencial
da Malha
Identificao Funcional
Identificao da Malha
Identificao do Instrumento
Onde:
P - Varivel medida - Presso
R - Funo passiva ou de informao - Registrador
C - Funo ativa ou de sada - Controlador
001 - rea de atividade, onde o instrumento atua
02 - Nmero seqencial da malha
A - Sufixo
De acordo com a tabela pode-se obter combinaes possveis de acordo com o
funcionamento dos dispositivos automticos.
Exemplos:
T - Temperatura F - Vazo
R - Registrador C - Controladora
C - Controlador V - Vlvula
P - Presso L - Nvel
I - Indicador G - Visor
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1.5.1- Smbolos Utilizados nos Fluxogramas de Processo
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Tabela de Identificao Funcional dos Instrumentos
1A LETRA LETRAS SUCESSIVAS
Varivel
Medida Letra de
Modificao
Fun
o de Leitura
Passiva
Fun
o de Sada
Letra de
Modificao
A Analisador Alarme Alarm
e
B Queimador Botode Presso
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(Chama)
C Condutibilidade
Eltrica
Contr
olador
D Densidade ou
Peso
Especfico
Diferencial
E Tenso
(Fem)
Eleme
nto Primrio
F Vazo Relao
G Medida
Dimensional
Visor
H Comand
o Manual
Entrada
Manual
Alto
I Corrente
Eltrica
Indica
o ou
Indicador
J Potncia Varredura
K Tempo
ou Programa
Clcul
os em
Sistema
Digital
L Nvel Lmp
ada Piloto Baixo
M Umidade Mdia Mdio
ou
Intermedirio
N Vazo
Molar
O Orifcio
ou Restrio
P Presso Percentual Toma
da de
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Impulso
Q Quantida
de Integrao
R Remoto Regist
rador
S Velocida
de ou
Freqncia
Velocidade
/ Chave de
Segurana
Interru
ptor ou
Chave
T Tempera
tura
Trans
misso
Trans
missor
U Multivari
vel
Clcul
o feito por
Computador
Multifu
no
Multifun
o
V Vibrao Vlvul
a
W Peso ou
Fora Poo
Y Escolha
do Usurio
Solen
ide /
Conversor
de sinal
Rel
ou
Computador
Z Posio /
Deslocamento
Eleme
nto Final de
Controle
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Alguns arranjos tpicos de instrumentos
Alarme de presso alta
montagem local.
Poo para termmetro ou
termopar.
Indicador de temperatura no
painel com transmisso eltrica.
Registrador de nvel no painel,
com recepo eltrica e instrumento
transmissor externo.
1.6 - TELEMETRIA
Chamamos de Telemetria a tcnica de transportar medies obtidas no processo
distncia, em funo de um instrumento transmissor.
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A transmisso distncia dos valores medidos est to intimamente relacionada
com os processos contnuos, que a necessidade e as vantagens da aplicao da
telemetria e do processamento contnuo se entrelaam.
Um dos fatores que se destacam na utilizao da telemetria a possibilidade de
centralizar instrumentos e controles de um determinado processo em painis de controle
ou sala de controle.
Teremos, a partir daqui, inmeras vantagens, as quais no so difceis de imaginar:
a) Os instrumentos agrupados podem ser consultados mais facilmente e
rapidamente, possibilitando operao uma viso conjunta do desempenho da unidade.
b) Podemos reduzir o nmero de operadores com simultneo aumento da
eficincia do trabalho.
c) Cresce consideravelmente a utilidade e a eficincia dos instrumentos face s
possibilidades de pronta consulta, manuteno e inspeo, em situao mais acessvel,
mais protegida e mais confortvel.
TRANSMISSORES
Os transmissores so instrumentos que medem uma varivel do processo e a
transmitem, distncia, a um instrumento receptor, indicador, registrador, controlador ou
a uma combinao destas.
Existem vrios tipos de sinais de transmisso: pneumticos, eltricos, hidrulicos e
eletrnicos.
Transmisso Pneumtica
Em geral, os transmissores pneumticos geram um sinal pneumtico varivel,
linear, de 3 a 15 psi (libras fora por polegada ao quadrado) para uma faixa de medidas
de 0 a 100% da varivel. Esta faixa de transmisso foi adotada pela SAMA (Scientific
Apparatur Makers Association), Associao de
Fabricantes de Instrumentos adotada pela maioria
dos fabricantes de transmissores e controladores dos
Estados Unidos. Podemos, entretanto, encontrar
transmissores com outras faixas de sinais de
transmisso. Por exemplo: de 20 a 100 kPa.
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Nos pases que utilizam o sistema mtrico decimal, utilizam-se as faixas de 0,2 a 1
kgf/cm2 que equivalem aproximadamente de 3 a 15 psi.
O alcance do sinal no sistema mtrico aproximadamente 5% menor que o sinal
de 3 a 15 psi, sendo este um dos motivos pelos quais adotamos que devemos calibrar os
instrumentos de uma malha (transmissor, controlador, elemento final de controle, etc.),
todos utilizando uma mesma norma.
Note tambm que o valor mnimo do sinal pneumtico tambm no zero, e sim, 3
psi ou 0,2 kgf/cm2; deste modo, conseguimos calibrar corretamente o instrumento,
comprovando sua correta calibrao e detectando vazamentos de ar nas linhas de
transmisso.
Tambm podemos ver que se
tivssemos um transmissor pneumtico de
temperatura de range de 0 a 2000C e o mesmo
tivesse com o bulbo a 0 0C e com um sinal de
sada de 1 psi, o mesmo estaria descalibrado.
Se o valor mnimo de sada fosse 0 psi,
no seria possvel fazermos esta comparao
rapidamente e, para que pudssemos detect-
lo, teramos de esperar um aumento de
temperatura para que tivssemos um sinal de sada, o qual seria incorreto.
Vantagem
A grande e nica vantagem em seu utilizar os instrumentos pneumticos est no
fato de se poder oper-los com segurana em reas onde existe risco de exploso
(centrais de gs, por exemplo).
Desvantagens
a) Necessita de tubulao de ar comprimido (ou outro gs) para seu suprimento e
funcionamento.
b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro,
desumidificador, etc
..., para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partculas slidas.
c) Devido ao atraso que ocorre na transmisso do sinal, este no pode ser enviado
longa distncia, sem uso de reforadores. Normalmente a transmisso limitada a
aproximadamente 100 m.
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d) Vazamentos ao longo da linha de transmisso ou mesmo nos instrumentos so
difceis
de serem detectados.
e) No permite conexo direta aos computadores.
Transmisso Eletrnica
Os transmissores eletrnicos geram vrios tipos de sinais: 4 a 20 mA, 0 a 20 mA, 1
a 5V, 1 a 10V, sendo estes os mais utilizados. Temos estas discrepncias nos sinais de
sada entre diferentes fabricantes devido a estes instrumentos estarem preparados para
uma fcil mudana do seu sinal de sada.
A relao de 4 a 20 mA, 1 a 5 V est na mesma relao de um sinal de 3 a 15 psi
de um sinal pneumtico.
O zero vivo utilizado quando adotamos o valor mnimo de 4 mA, oferece a
vantagem tambm de podermos detectar uma avaria (rompimento dos fios), que
provocar a queda do sinal, quando o mesmo estiver em seu valor mnimo. Vantagens
a) Permite transmisso para longas distncias sem perdas.
b) A alimentao pode ser feita pelos prprios fios que conduzem o sinal de
transmisso.
c) Permite fcil conexo aos computadores.
d) Fcil instalao.
e) Permite de forma mais fcil realizao de operaes matemticas.
f ) Permite que o mesmo sinal (4~20mA) seja lido por mais de um instrumento,
ligando em srie os instrumentos. Porm, existe um limite quanto soma das resistncias
internas destes instrumentos, que no deve ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante
do transmissor.
Desvantagens
a) Necessita de tcnico especializado para sua instalao e manuteno.
b) Exige utilizao de instrumentos e cuidados especiais em instalaes
localizadas em reas de riscos.
c) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de
sinais.
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d) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra rudos
eltricos.
1.6.1- PROTOCOLO HART
O protocolo HART (Highway Adress Remote Transducer) um
sistema que combina o padro 4 a 20 mA com a comunicao digital.
um sistema a dois fios com taxa de comunicao de 1200 bits/s (BPS) e modulao
FSK (Frequency Shift Keying). O Hart baseado no sistema mestre escravo, permitindo a
existncia de dois mestres na rede simultaneamente.
As vantagens do protocolo Hart so as seguintes:
Usa o mesmo par de cabos para o 4 a 20 mA e para a comunicao digital.
Usa o mesmo tipo de cabo usado na instrumentao analgica.
Disponibilidade de equipamentos de vrios fabricantes.
As desvantagens so que existe uma limitao quanto velocidade de transmisso
das informaes. O protocolo HART permite a comunicao digital bi-direcional entre instrumentos inteligentes sem causar distrbios ao sinal analgico
de 4 a 20 mA. Ambos os sinais analgicos(4 a 20 mA) e digital(HART) podem ser transmitidos simultaneamente sobre o mesmo fio.
A varivel primria e o sinal de controle so transportados pelo sinal de 4 a 20 mA, enquanto que medies adicionais, parmetros do
processo, configurao do equipamento, calibrao e informaes de diagnstico so acessadas pelo protocolo HART.
A tecnologia HART
O protocolo HART faz uso do padro Bell 202 Frequency Shift Keying (FSK) para
superpor o sinal de comunicao digital de baixa intensidade sobre o sinal de 4 a 20 mA.
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O nvel lgico 1 representado por uma freqncia de 1200Hz e o nvel lgico 0
representado por uma freqncia de 2200 Hz como indicado abaixo.
Hart um protocolo principalmente mestre-escravo que significa que o
equipamento de campo (transmissor) fala somente quando questionado pelo mestre.
Dois mestres (primrio e secundrio) podem se comunicar com equipamento de campo
numa rede HART. Mestre secundrios como Handheld (configurador porttil) podem ser
conectados quase em qualquer lugar da rede de comunicao sem atrapalhar o mestre
primrio. O mestre primrio geralmente um CLP, um DCS (digital control system) ou um
PC.
possvel usar cabos com comprimento maior de 3000 metros( para par de cabos
tranados com shield) e 1500 metros para cabos com mltiplos pares com um shied
comum. Cabos sem shield podem ser usados para pequenas distncias. Barreiras de
segurana intrnseca e isoladores com passagem par sinais HART podem ser usados em
reas perigosas.
Para acessar dados e alterar parmetros dos equipamentos (que podem ser
transmissores, posicionadores, analisadores, etc..) que tenham o protocolo HART, utiliza-
se comunicadores que devem ser ligados em paralelo com os cabos de alimentao do
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equipamento ou em ponto de conexo especfico que disponibilizado na caixa de
ligao. Lembrando que o loop deve ter no mnimo uma resistncia de 250 ohms presente
entre o comunicador e a fonte de alimentao.
Exemplo de ligao de comunicador da Yokogawa.
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CAPTULO 2 - PRESSO
OBJETIVO
Apresentar os principais conceitos e termos tcnicos associados
medio de presso
Descrever o funcionamento de dispositivo de controle e medio de
presso
Comentar os principais itens de normas relacionadas a dispositivos de
medio de presso
Conhecer os dispositivos de segurana utilizados para proteger
pessoas e instalaes contra sobrepresses.
2.1 - Conceitos Fundamentais
Medio de presso dos mais importante padro de medida, pois as
medidas de vazo, nvel, etc. podem ser feitas utilizando-se esse princpio.
Presso definida como uma fora atuando em uma unidade de rea.
AFP onde P = Presso
F = Fora
A = rea
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Presso atmosfrica
Presso atmosfrica a presso que o ar da atmosfera exerce sobre a superfcie do planeta. Essa presso pode mudar de acordo com a variao de altitude, ou seja, quanto maior a altitude menor a presso e, consequentemente, quanto menor a altitude maior a presso exercida pelo ar na superfcie terrestre.
Como podemos medir a presso atmosfrica? Em 1643, o matemtico e fsico italiano Evangelista Torricelli conseguiu determinar a medida da presso atmosfrica ao nvel do mar. Primeiramente ele encheu um tubo de aproximadamente um metro de comprimento com mercrio, e logo em seguida mergulhou o tubo em um recipiente tambm com mercrio como mostra a figura abaixo, logo aps ele notou que o mercrio descia um pouco, se estabilizando aproximadamente a 76 cm acima da superfcie.
Torricelli interpretou essa experincia dizendo que o que mantinha a coluna de mercrio nesta altura era a presso atmosfrica. A coluna de 76 cm s obtida no nvel do mar, pois quando a altitude varia a presso atmosfrica tambm varia como citado anteriormente. Com essa experincia defini-se que ao nvel do mar 1 atm (uma atmosfera) a presso equivalente a exercida por uma coluna de 76cm de mercrio, onde g = 9,8 m/s, portanto:
1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg = 1,01.105 P
a fora exercida pela atmosfera na superfcie terrestre. Esta fora
equivale ao peso dos gases que esto presentes no ar e que compem a atmosfera.
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A presso atmosfrica pode variar de um lugar para o outro, em funo da
altitude e das condies meteorolgicas (como a umidade e a densidade do ar). Ao nvel
do mar esta presso aproximadamente de 760 mmHg, ou 1 atm. Quanto mais alto o
local, mais rarefeito o ar e, portanto, menor a presso atmosfrica. O instrumento que
mede a presso atmosfrica o barmetro.
PRESSO RELATIVA
determinada tomando-se como referncia a presso atmosfrica local.
Para medi-la, usam-se instrumentos denominados manmetros; por essa razo, a
presso relativa tambm chamada de presso manomtrica.
A maioria dos manmetros calibrada em zero para a presso atmosfrica
local. Assim, a leitura do manmetro pode ser positiva (quando indica o valor da presso
acima da presso atmosfrica local) ou negativa (quando se tem um vcuo).
Quando se fala em presso de uma tubulao de gs, refere-se presso
relativa ou manomtrica.
PRESSO ABSOLUTA
a soma da presso relativa e atmosfrica. No vcuo absoluto, a presso
absoluta zero e, a partir da, ser sempre positiva.
Importante: Ao se exprimir um valor de presso, deve-se
determinar se a presso relativa ou absoluta.
Exemplo :
3 Kgf/cm2 ABS Presso Absoluta
4 Kgf/cm2 Presso Relativa
O fato de se omitir esta informao na indstria significa que a maior parte dos
instrumentos mede presso relativa.
PRESSO NEGATIVA OU VCUO
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quando um sistema tem presso relativa menor que a presso
atmosfrica.
DIAGRAMA COMPARATIVO
PRESSO DIFERENCIAL
a diferena entre 2 presses, sendo representada pelo smbolo P (delta
P). Essa diferena de presso normalmente utilizada para medir vazo, nvel, presso,
etc.
PRESSO ESTTICA o peso exercido por um lquido em repouso ou que esteja fluindo
perpendicularmente a tomada de impulso, por unidade de rea exercida.
PRESSO DINMICA OU CINTICA
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a presso exercida por um fludo em movimento. medida fazendo a tomada de impulso de tal forma que recebe o impacto do fluxo
o Mtodos e dispositivos para medio de presso e Sistema de selagem 2.2 - Medio de Presso UNIDADES DE PRESSO
As unidades de presso mais usadas so:
quilograma-fora por centmetro quadrado (kgf/cm2)
atmosfera (atm)
libras por polegada quadrada (psi)
polegada de coluna de gua (ca)
milmetro de coluna de gua (mm H2O ou mm ca)
bar
Pascal (Pa)
Como existem muitas unidades de Presso, necessrio saber a
correspondncia entre elas, pois nem sempre na indstria temos instrumentos padres
com todas as unidades e para isto necessrio saber fazer a converso.
A tabela a seguir apresenta as converses entre vrias unidades de
presso:
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Converter Para as unidades abaixo, multiplique por
de
kgf/cm2 atm psi ca kPa mm ca bar
kgf/cm2 1 0,9678 14,223 394,70 98,0665 9996,59 0,9806
atm 1,0332 1 14,696 406,78 101,325 10328,75 1,0133
psi 0,0703 0,0680 1 27,68 6,8948 702,83 0,0689
ca 0,0025 0,0024 0,036 1 0,2491 25,39 0,0025
kPa 0,0102 0,0099 0,145 4,02 1 101,94 0,0100
mm ca 0,0001 0,0001 0,0014 0,04 0,0098 1 0,0001
Bar 1,0797 0,9869 14,503 402,46 100,000 10193,68 1
Exemplo:
10 psi = ______?______ kgf/cm2
De acordo com a tabela 1 psi = 0,0703 kgf/cm2
10 x 0,0703 = 0,703 kgf/cm2
2.2.1-Dispositivos de Medio de Presso
O instrumento mais simples para se medir presso o manmetro, que
pode ter vrios elementos sensveis e que podem ser utilizados tambm por
transmissores e controladores. Vamos ento ao estudo de alguns tipos de elementos
sensveis.
Tubo de Bourdon
O princpio de funcionamento de um dispositivo de medio baseado neste
elemento sensvel bastante simples e idntico a um brinquedo muito conhecido: a
lngua de sogra, que se v na figura abaixo. Quando soprada, a lngua de sogra se
enche de ar e se desenrola, por causa da presso exercida pelo ar. No caso do
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manmetro, esse desenrolar gera um movimento que transmitido ao ponteiro, que vai
indicar a medida de presso.
Lngua de sogra
Quanto forma, o tubo de Bourdon pode se apresentar nas seguintes formas: tipo
C, espiral e helicoidal.
a) Tipo C b) Tipo Espiral C) Tipo Helicoidal
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Detalhes de um manmetro tipo bourdon C
Manmetros anti-vibrante com Glicerina
Manmetro com sensor tipo Bourdon construdo em caixa
de lato forjado com anel de encaixe externo, com recheio de
glicerina (lquido anti-vibrante).
So aplicveis em instalaes onde haja excessiva vibrao
mecnica e pulsao em medies associadas com cargas
dinmicas envolvendo rpidas alteraes
da linha.
Em manmetros scos estas condies levam a uma acentuada reduo de vida e
deteriorao do movimento de engrenagens. O enchimento com lquido garante a
preciso do instrumento, facilidade de leitura pela minimizao de oscilaes das partes.
Opera com gases e lquidos no agressivos s ligas de lato, e, que no sejam viscosos
ou cristalizveis.
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Manmetro com ponteiro de arraste
Os manmetros com ponteiro de arraste so aplicveis em
equipamentos onde haja variaes rpidas da presso que
impossibilitam o operador observar qual a presso mxima atingida.
Nestes casos o ponteiro de arraste torna-se indispensvel.
O ponteiro arrastado para cima pelo ponteiro indicador, permanecendo no ponto
mximo mesmo quando o ponteiro indicador retorna a posio mais baixa, por esta razo
denominado ponteiro de arraste para registro de mxima presso.
Manmetro petroqumico com caixa de
Fenol
Manmetro com sensor tipo Bourdon,
construdo em caixa de Fenol tipo torre, frente
aberta e internos em ao inoxidvel. Suas
principais aplicaes so em indstrias
qumicas, petroqumicas, farmacuticas, papel e celulose, usinas de acar e lcool e
equipamentos industriais que exigem preciso e durabilidade.
Sua caixa com anel em polipropileno roscado, oferece perfeita vedao s
intempries, impactos ou agresso qumica do ambiente. Este modelo possibilita a
instalao de contato eltrico ou enchimento de glicerina (G), silicone (S) ou outro lquido.
Manmetro de teste Padro
Manmetro padro, sistema
Bourdon, construdo em caixa de
ao carbono pintado em epoxi preto,
internos em ao inox AISI-304, para
teste, calibrao e aferio de
instrumentos de presso com
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aplicao em laboratrios de instrumentao, no campo ou em linha de produo
industrial, onde estreita preciso e alta legibilidade so exigidas. O mostrador, com escala
em arco de 270o e subdivises que permitem perfeita interpolao na leitura
complementada por uma faixa espelhada ao seu redor, refletindo a extremidade do
ponteiro, minimizando a possibilidade de erros por paralaxe. Preciso: 0,25% do fim de
escala
Manmetro com selo diafragma
Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos,
viscosos, txicos, sujeitos alta temperatura e/ou radioativos, a
medio de presso com manmetro tipo elstico se torna
impraticvel pois o Bourdon no adequado para essa aplicao,
seja em funo dos efeitos da deformao proveniente da
temperatura, seja pela dificuldade de escoamento de fluidos
viscosos ou seja pelo ataque qumico de fluidos corrosivos. Nesse
caso, a soluo recorrer a utilizao de algum tipo de isolao para
impedir o contato direto do fluido do processo com o Bourdon.
Existem basicamente dois tipos de isolao, (que tecnicamente
chamado de selagem), utilizada. Um com selagem lquida, utilizando um fluido lquido
inerte em contato com o Bourdon e que no se mistura com o fluido do processo. Nesse
caso usado um pote de selagem. Outro, tambm com selagem lquida porm
utilizando um diafragma como selo. O fluido de selagem mais utilizado nesse caso
a
glicerina, por ser inerte a quase todos os fluidos.
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Manmetro com selo sanitrio
Manmetro em inox, acoplado com mini selo tipo sanitrio
para desmontagem e limpeza no prprio local, sem afetar a
selagem do manmetro. Suas aplicaes principais so nas
indstrias alimentcias, petroqumicas, papel e celulose, usinas e
principalmente em processos de pintura.
Manmetro com Contato eltrico
Manmetro com contato eltrico so utilizados para
medir e controlar presses. O contato eltrico liga ou desliga
um circuito eltrico na presso ajustada ou com contato
eltrico duplo fazendo a funo de pressostato.
Os contatos eltricos de encosto ou magnticos agem
como informativos, proporcionando ALERTA quando a presso
ou temperatura atinge limites mximo ou mnimo pr-
determinados.
2.3 - NBR 14105- Manmetros como Sensor de Elemento
OBJETIVO: Estabelece os critrios para a fabricao e uso de manmetros,
vacumetros e manovacumetros com sensor de elemento elstico para indicao de
presso e/ou vcuo para uso industrial, no que concerne aos aspectos de :
Classificao em classes de exatido e faixas de presso
Requisitos das condies a serem aplicadas na fabricao dos instrumentos
Padronizao de dimetros nominais, do contedo mnimo de dimenses da
conexo de presso e das graduaes das escalas
Mtodo de calibrao para verificao das caractersticas metrolgicas
Mtodo de ensaio
Condies mnimas para a utilizao dos indicadores, visando garantir
durabilidade e segurana
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Calibrao:
Manmetro de coluna lquida: Padro de calibrao empregado para
manmetros de baixas presses, onde a medida de presso funo do peso especfico
e da altura do lquido da coluna. Ele geralmente vlido para uma faixa nominal de
100kPa at +100kPa
Balana de presso ou balana de peso morto : Padro de calibrao direta de manmetros.
Recomenda seu uso para manmetros de classes
superiores de exatido. O princpio desta baseia-se no equilbrio entre
a fora proveniente da presso do fluido e o peso das massas calibradas. Serve para
todas as faixas nominais de presso.
Manmetro padro: O manmetro padro(A4 A1) o instrumento de calibrao
mais freqentemente usado. Ele montado em uma bomba comparadora hidrulica ou
pneumtica e serve como padro para o manmetro submetido a calibrao.
Mtodos de calibrao :
A temperatura de (20 2)C considerada adequada. Deve-se evitar oscilaes
de temperatura.
O nmero de ciclos de calibrao deve ser no mnimo 2.
Aplicar a presso mxima da faixa. Aps esta aplicao, liberar a
mesma,deixando o instrumento em repouso para acomodao do elemento elstico.
Iniciar a aplicao crescente de presso desde o incio da faixa at a indicao
mxima da faixa de indicao.
Anotar as indicaes dos valores correspondentes aos pontos selecionados
Em seguida, liberar a presso, anotando as indicaes a partir da mxima, agora
de forma decrescente.
O manmetro a ser calibrado pode ser levemente batido antes de cada leitura, de
modo a minimizar os erros de atrito.
MANMETROS COM MEMBRANA OU DIAFRAGMA
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constitudo por um disco de material elstico (metlico ou no), fixo pela borda. Uma
haste fixa ao centro do disco est ligada a um mecanismo de indicao.
Quando uma presso aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento
proporcional presso aplicada.
O diafragma geralmente ondulado ou corrugado para aumentar sua rea efetiva.
FOLE
O fole tambm muito empregado na medio de presso. Ele basicamente um
cilindro metlico, corrugado ou sanfonado.
Quando uma presso aplicada no interior do fole, provoca sua distenso, e como
ela tem que vencer a flexibilidade do material e a fora de oposio da mola, o
deslocamento proporcional presso aplicada parte interna.
Coluna de lquido
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Consiste, basicamente, num tubo de vidro, contendo certa quantidade de lquido,
fixado a uma base com uma escala graduada.
As colunas podem ser basicamente de trs tipos: coluna reta vertical, reta inclinada
e em forma de U.
Os lquidos mais utilizados nas colunas so: gua (normalmente com um corante )
e mercrio.
Quando se aplica uma presso na coluna o lquido deslocado, sendo que este
deslocamento proporcional a presso aplicada.
Manmetro de tubo em U
Quando o manmetro est separado da linha de gs, os dois lados do manmetro esto
com o nvel de gua no zero da escala. Isso acontece porque os dois lados do manmetro esto
sujeitos presso atmosfrica ambiente. Com um lado do manmetro ligado tubulao de
distribuio de gs (para medir a presso do gs) e o outro lado ainda sujeito presso
atmosfrica local, a coluna de gua ser forada para baixo no lado pressurizado e elevada no
lado sob ao da atmosfera. A presso do gs na tubulao medida pelo deslocamento total da
coluna de gua e seu valor dado em milmetros de coluna de gua (mm ca ou mmH2O).
O deslocamento total da coluna de gua (DT) dado pela soma da elevao (E) no
lado atmosfrico e do abaixamento (A) no lado pressurizado. O abaixamento (A) no lado
pressurizado igual elevao (E) no lado atmosfrico. Por isso, o deslocamento total
(DT) pode ser medido multiplicando-se o abaixamento (A) ou a elevao (E) por 2.
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2.4 - Transmissores de Presso
Os transmissores de presso foram projetados para aplicaes industriais e
comerciais que exigem medies precisas em gases e lquidos de vrias espcies.
Construdos a partir de uma pastilha cermica de alta estabilidade mecnica e grande
resistncia a temperaturas extremas, a escolha ideal para sistemas de refrigerao,
vapor e compressores.
TIPO CAPACITIVO
A principal caracterstica dos sensores capacitivos a completa eliminao
dos sistemas de alavancas na transferncia da fora/deslocamento entre o processo e o
sensor.
Este tipo de sensor resume-se na deformao, diretamente pelo processo de
uma das armaduras do capacitor. Tal deformao altera o valor da capacitncia total que
medida por um circuito eletrnico.
Esta montagem, se por um lado, elimina os problemas mecnicos das partes
mveis, expe a clula capacitiva s rudes condies do processo, principalmente a
temperatura do processo. Este inconveniente pode ser superado atravs de circuitos
sensveis temperatura montados juntos ao sensor.
Outra caracterstica inerente a montagem, a falta de linearidade entre a
capacitncia e a distncia das armaduras devido deformao no linear, sendo
necessrio portanto, uma compensao (linearizao) a cargo do circuito eletrnico.
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O sensor formado pelos seguintes componentes :
Armaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido
Dieltrico formado pelo leo de enchimento (silicone ou fluorube)
Armadura mvel (Diafragma sensor)
Uma diferena de presso entre as cmaras de alta (High) e de baixa (Low) produz uma
fora no diafragma isolador que transmitida pelo lquido de enchimento.
A fora atinge a armadura flexvel (diafragma sensor) provocando sua deformao,
alterando portanto, o valor das capacitncias formadas pelas armaduras fixas e a armadura mvel.
Esta alterao medida pelo circuito eletrnico que gera um sinal proporcional variao de
presso aplicada cmara da cpsula de presso diferencial
Tip Fita Extensiomtrica (Strain Gauge
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Baseia-se no principio de variao da resistncia de um fio. Mudando-se as suas dimenses.
Tip
o Piezoeltrico.
Os elementos piezoeltricos so cristais, como o quartzo que geram uma tenso
quando sofrem uma deformao fsica, por ao de uma presso. So elementos
pequenos e de construo robusta. Seu sinal de resposta linear com a variao da
presso, so capazes de fornecer sinais de altssimas freqncias de milhes de ciclos
por segundos.
Pressostato
um instrumento de medio de presso
utilizado como componente do sistema de proteo
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de equipamento ou processos industriais. Sua funo bsica de proteger a integridade
de equipamentos contra sobrepresso ou subpresso aplicada aos mesmos durante o
seu funcionamento.
constitudo em geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set-point e uma
chave de duas posies (aberto ou fechado).
Como elemento sensor, pode-se utilizar qualquer um dos tipos j estudado, sendo
o mais
utilizado nas diversas aplicaes o diafragma.
Como mecanismo de ajuste de set-point utiliza-se na maioria das aplicaes uma
mola com faixa de ajuste selecionada conforme presso de trabalho e ajuste, e em
oposio presso aplicada.
O mecanismo de mudana de estado mais utilizado o micro interruptor, podendo
ser utilizado tambm ampola de vidro com mercrio fechando ou abrindo o contato que
pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado.
Tipos de Pressostatos
a) Diferencial fixo ou ajustvel
Quanto ao intervalo entre atuao e desarme os pressostato podem ser fornecidos
com diferencial fixo e diferencial ajustvel.
O tipo fixo s oferece um ponto de ajuste, o de set-point, sendo o intervalo entre o
ponto de atuao e desarme fixo.
O tipo ajustvel permite ajuste de set-point e tambm alterao do intervalo entre o
ponto de atuao e desarme do pressostato.
b) Contato SPDT e DPDT
Quanto ao tipo de contato disponvel no microinterruptor pode-se selecionar o do
tipo SPDT que composto basicamente por um terminal comum, um contato normal
aberto (NA) e um contato normal fechado (NF), ou selecionar o tipo DPDT que
composto de duplo contato, ou seja, dois comuns, dois NA e dos NF sendo um reserva do
outro.
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Vlvulas de segurana e alvio
As vlvulas de Segurana e Alvio foram projetadas
para proteger automaticamente equipamentos e instalaes
contra sobrepresses. Para assegurar confiabilidade
em seu processo de fabricao, obedecem
rigorosamente normas tcnicas a que esto subordinadas.
Vasta gama de aplicaes em:
Ar, gases, vapor d'gua e lquidos.
Cuidadosamente testadas;
robustez;
Vlvula de Alvio:
um dispositivo automtico de alvio de presso, acionado pela presso
esttica montante da vlvula, cuja abertura proporcional ao aumento de
presso, acima da presso de abertura. usada principalmente em aplicaes
com fluidos no estado lquido.
Vlvula de Alvio e Segurana:
um dispositivo automtico de alvio de presso, adequado para atuar tanto como
uma vlvula de segurana como de alvio, dependendo da aplicao.
Quando ocorrer um surto de sobrepresso interna no tanque, que ultrapasse a
presso de calibrao da vlvula, esta ir atuar imediatamente aliviando a sobrepresso
interna excedente, preservando assim a integridade fsica do tanque e dos equipamentos
a ele ligados. Aps o alvio da presso, a vlvula retorna posio original
automaticamente. Vlvulas equipadas com ou sem contatos eltricos, possuem um pino
sinalizador situado no centro das mesmas, que ficar exposto aps sua atuao,
acionando os contatos (se houver), permanecendo assim at o seu rearme manual.
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Disco de ruptura
um dispositivo de segurana que protegem vasos de um presso excessiva.
O disco alivia a sobrepresso por meio da abertura de suas linhas vincadas ao
longo de seu permetro e dobra-se em um piv no alojamento de entrada.
Este disco alivia a sobrepresso atravs da reverso e abertura ao longo de suas
linhas vincadas, fazendo com que o disco se divida na forma de quatro ptalas.
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2.6 - Instrumentos Conversores de Sinais
Os conversores tm como funo bsica modificar a natureza ou amplitude de um
sinal para permitir a interligao de instrumento que trabalham com sinais diferentes.
Existem diversas situaes para justificar sua aplicao, dentre elas as converses
de sinais de termopares para corrente ou tenso padro de transmisso ( 4 a 20 mA e 1 a
5 VDC respectivamente), as converses eletropneumticas, e etc... Todas as converses
so de iguais importncia, entretanto como as mais comuns so as que permitem a
comunicao entre sinais eltricos e pneumticos, abordaremos aqui este tipo.
Conversores eletro-pneumticos e pneumticos-eltricos
Esses conversores, tambm conhecidos como I/P e P/I, tem como funo
interfacear a instrumentao pneumtica com a eltrica, bem como permitir a utilizao de
atuadores pneumticos na instrumentao eletrnica analgica ou digital.
Conversores eletro-pneumticos (I/P)
Este instrumento recebe um sinal de 4 a 20 mA DC que aplicado a uma unidade
magntica (bobina) criando um campo magntico proporcional a intensidade de corrente
que a excitou. Esse campo proporciona deflexo em uma barra fletora que atua como
anteparo em relao a um bico de passagem de ar para exausto. A aproximao desta
barra, conhecida como palheta, ao bico cria uma contra-presso que amplificada
atravs de uma unidade denominada rel piloto para um sinal pneumtico proporcional
entrada. A presso de sada realimentada atravs do fole para permitir o equilbrio do
sistema.
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Estes instrumentos necessitam basicamente de ajuste de zero, obtido pela variao de carga
de uma mola, e ajuste de largura de faixa (span) conseguido mudando a relao do momento de
fora. Como exemplo, temos o esquemtico de um conversor na figura a seguir.
Posicionador inteligente de vlvula
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O posicionador inteligente pode ser usado para vlvulas de
controle linear de ao simples (retorno por mola) ou ao dupla, como
por exemplo: globo, gaveta, diafragma, etc. vlvulas de controle rotativa
como: esfera, borboleta, ou plugado com atuadores pneumticos como:
diafragma, pisto etc.
baseado no bico-palheta, consagrado pelo uso no campo e no
sensor de posio por efeito Hall, sem contato fsico, que fornece alto
desempenho e operao segura. Permite a escolha de vrios tipos de
curva de caracterizao, possui uma interface simples entre o campo e a sala de controle
e muitas caractersticas interessantes, que consideravelmente reduzem o custo de
instalao, operao e manuteno.
O posicionador inteligente, alm das funes usuais oferecidas por outros
posicionadores, oferece as seguintes funes:
Tabela Em adio as funes usuais,como: linear, igual porcentagem
e abertura rpida
(hiperblica), o sinal de setpoint da vlvula pode ser linearizado pelo usurio
de acordo com uma tabela de 16 pontos. Isso permite fazer a curva de caracterizao
parecer uma combinao de linear e igual porcentagem, etc.
Ajuste Local Permite o ajuste do curso, da curva de caracterizao, da sintonia,
do modo de operao, da indicao, do setpoint e dos parmetros PI;
Senha - Possui trs nveis para funes diferentes; Contador de Operaes - Mostra o nmero de mudanas em cada funo; Auto Ajuste - Calibrao automtica do curso da vlvula; Diagnstico - Monitora permanentemente a condio da vlvula para manuteno
preventiva.
Descrio Funcional do Transdutor As partes principais do mdulo de sada so: piloto, servo, sensor de efeito Hall e circuito de
controle de sada.
O circuito de controle recebe um sinal de setpoint digital da CPU e um sinal de
realimentao proveniente do sensor de efeito HALL.
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A parte pneumtica baseada numa tecnologia, que descrita no item bico
palheta e vlvula carretel.
Um disco piezoeltrico usado como palheta no estgio piloto. A palheta
defletida quando nela aplicada uma tenso pelo circuito de controle. O pequeno fluxo de
ar que circula pelo bico obstrudo, causando uma alterao na presso da cmara
piloto, que chamada presso piloto.
A presso piloto muito baixa e no tem capacidade de vazo e, por isso, deve ser
amplificada na seo servo. A seo servo tem um diafragma na cmara piloto, e outro
diafragma menor na cmara do carretel. A presso piloto aplica uma fora no diafragma
da cmara piloto, que no estado de equilbrio ser igual fora que a vlvula carretel
aplica no diafragma menor na cmara do carretel.
Assim sendo, quando tem-se uma alterao de posio via posicionador, a presso
piloto aumenta ou diminui como explicado no estgio do piloto. Essa mudana na presso
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piloto fora a vlvula para cima ou para baixo, alterando a presso da sada 1 e da sada
2, at um novo equilbrio ser alcanado, o que resulta numa nova posio da vlvula.
Descrio Funcional do Circuito
Para entender o funcionamento eletrnico do transdutor refira-se ao diagrama de
bloco (Figura abaixo). A funo de cada bloco descrita a seguir.
A/D Recebe o sinal de 4-20 mA e converte-o no formato digital para a CPU. D/A Recebe o sinal da CPU e converte-o para uma tenso analgica proporcional
posio desejada, usada pelo controle.
Controle Controla a posio da vlvula de acordo com os sinais recebidos da CPU
e o feedback do sensor de efeito HALL.
Sensor de Efeito HALL Mede a posio atual da vlvula, faz a realimentao para
o controle e informa-a para a CPU.
Sensor de Temperatura Mede a temperatura do circuito do transdutor. Isolao Sua funo isolar o sinal de 4-20 mA do sinal piezoeltrico. EEPROM Memria no-voltil que guarda os dados de configurao do
posicionador como BACKUP, no caso de troca da placa principal do mesmo.
Unidade Central de Processamento (CPU), RAM, PROM e EEPROM A unidade
central de processamento (CPU) a parte inteligente do posicionador, responsvel pelo
gerenciamento, operao, controle e o auto-diagnstico e a comunicao. O programa
armazenado na PROM. Para armazenamento temporrio de dados, a CPU tem
uma RAM interna. A CPU possui uma memria interna no voltil (EEPROM) onde dados
de configurao so armazenados. Exemplos de tais dados so: calibrao e
configurao da vlvula.
Modem HART A funo deste sistema tornar possvel a troca de informaes
entre o programador e o posicionador, atravs de comunicao digital utilizando o
protocolo HART.
Sendo assim, o posicionador demodula da linha de corrente a informao digital
transmitida pelo programador e, aps process-la, modula na linha a resposta a ser
enviada. O 1 representa 1200Hz e 0 representa 2200Hz, como especifica o padro.
O sinal de freqncia simtrico e no afeta o nvel DC da corrente de entrada de
4-20mA.
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Fonte de Alimentao Para alimentar o circuito do posicionador, utiliza-se uma
fonte de corrente de 4-20 mA ou atravs da linha de transmisso do sinal (sistema a dois
fios). Ela necessita de no mnimo 3,8 mA para funcionar corretamente.
Controlador do Indicador Recebe dados da CPU e controla o indicador de cristal
lquido (LCD). Ajuste Local So duas chaves que so ativadas magneticamente, sem nenhum
contato externo eltrico ou mecnico, atravs de uma chave de fenda de cabo imantado.
Bico Palheta com Piezo A unidade bico-palheta converte o movimento do disco
piezoeltrico num sinal pneumtico de presso de controle na cmara piloto.
Restrio A restrio e o bico formam um circuito divisor de presso. O ar
fornecido para o bico atravs de uma restrio.
Carretel O carretel assegura rpido posicionamento da vlvula com a ampliao do
fluxo de ar.
2.7 - Resumo
Presso definida como uma fora atuando em uma unidade de rea.
As unidades de presso mais usadas so:
quilograma-fora por centmetro quadrado (kgf/cm2)
atmosfera (atm)
libras por polegada quadrada (psi)
polegada de coluna de gua (ca)
milmetro de coluna de gua (mm H2O ou mm ca)
bar e Pascal (Pa
O instrumento mais simples para se medir presso o manmetro ,
sendo regulamentado seu uso e fabricao pela norma NBR 14105- Manmetros
Como Sensor De Elemento , que tem como objetivo estabelecer os critrios para a
fabricao e uso de manmetros, vacumetros e manovacumetros com sensor de
elemento elstico para indicao de presso e/ou vcuo para uso industrial, no que
concerne aos aspectos de classificao em classes de exatido e faixas de
presso, mtodo de calibrao para verificao das caractersticas metrolgicas e
as condies mnimas para a utilizao dos indicadores, visando garantir
durabilidade e segurana
.
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As PSVs so os principais dispositivos de segurana de vasos e
instalaes contra sobrepresses. Tambm utilizado os discos de rupturas e
pressostatos para indicao e controle.
CAPTULO 3 - TEMPERATURA
OBJETIVO:
Apresentar os principais conceitos relacionados medio e controle
de temperatura
Conhecer as principais escalas termomtricas e converso de
unidades
Conhecer os principais dispositivos e sensores utilizados na medio
de temperatura
Conhecer as normas tcnicas aplicadas a termmetros bimetlicos e
sensores de temperatura como termopares e termoresistncias.
3.1 - Introduo :
A temperatura talvez a varivel mais importante nos processos industriais, e sua
medio e controle, embora difceis, so vitais para a qualidade do produto e a
segurana, no s do equipamento, como tambm do homem. No difcil de se chegar
a esta concluso, basta verificar que todas caractersticas fsico-qumicas de qualquer
substncia altera-se de forma bem definida em funo de temperatura. Assim sendo, uma
determinada substncia pode ter suas dimenses, seu estado fsico (slido, liquido,
gasoso), sua densidade, sua condutividade, etc., alteradas pela mudana de seu estado
trmico.
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Conceito de temperatura :
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, difcil
encontrar-se uma definio exata para ela. Estamos acostumados noo de
"temperatura" antes de tudo pela sensao de calor ou frio quando tocamos um
objeto. Alm disso, aprendemos logo, por experincia, que ao colocarmos um
corpo quente em contato com um corpo frio, o corpo quente se resfria e o corpo
frio se aquece. Se esses corpos permanecem em contato por um determinado
tempo, eles parecero ter o mesmo grau de aquecimento ou resfriamento.
Entretanto, sabemos que essa sensao no bastante segura. Algumas
vezes os corpos frios podem parecer quentes e os corpos de materiais
diferentes, que esto na mesma temperatura, parecem estar a temperaturas
diferentes.
Isto acontece porque a temperatura uma propriedade da matria que
est relacionada com o movimento dos tomos de uma substncia.
Normalmente estes tomos possuem uma determinada energia cintica que se
traduz na forma de vibrao ou deslocamento (para os lquidos e gases).
Quanto mais rpido o movimento das molculas mais quente se
encontra o corpo, e quanto mais lento o movimento, mais frio se apresenta o
corpo. Esta condio pode ser descrita como um potencial trmico ou como
uma energia efetiva da substncia (energia cintica).
Baseado nisto podemos definir a temperatura como sendo " A
propriedade da matria que reflete a mdia de energia cintica de um
corpo". Na prtica a temperatura representada em uma escala numrica, onde, quanto maior o seu valor, maior a energia
cintica mdia dos tomos do corpo em questo.
3.2 - Escalas de Temperatura Desde o incio da termometria, os cientistas, pesquisadores e fabricantes de termmetro
sentiam dificuldades para atribuir valores de forma padronizada temperatura por meio de
escalas reproduzveis. Essa dificuldade fez com que se buscassem pontos nos quais se pudesse
reproduzir de forma definida os valores medidos. Muitas escalas baseadas em pontos diferentes
foram desenvolvidas ao longo do tempo. Dentre elas as mais importantes foram a
FAHREINHET, a CELSIUS, a RANKINE e a KELVIN.
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A escala FAHREINHEIT , ainda, utilizada nos Estados Unidos e em
parte da Europa.
Porm, a tendncia de se usar exclusivamente nos processos
industriais de todo o mundo a escala de CELSIUS.
A escala RANKINE e a escala KELVIN que so escalas absolutas so
mais usadas nos meios cientficos sendo que atualmente usa-se quase que
exclusivamente a escala KELVIN.
Escala de CELSIUS
A escala CELSIUS definida como sendo o intervalo de temperatura
unitrio igual a 1 KELVIN, numa escala de temperatura em que o ponto 0 (zero)
coincida com 273,15 K.
A identificao de uma temperatura na escala CELSIUS feita com o
smbolo C colocado aps o nmero; exemplo 245,36C.
A escala CELSIUS tem como valor 0 (zero) o ponto de fuso do gelo e
como valor 100 o ponto de ebulio da gua sendo estes pontos tomados na
condio de presso igual a 1 atm.
uma escala relativa obtida atravs da escala KELVIN, sendo esta
relao definida pela equao :
C = K 273,15
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Escala FAHREINHEIT
A escala Fahreinheit definida como sendo o intervalo de temperatura
unitrio igual a 1 grau RANKINE , numa escala em que o ponto zero coincide
com 459,67 R. A identificao de uma, temperatura na escala FAHREINHEIT
feita com o smbolo "F" colocado aps o nmero; exemplo : 23,40 F.
A escala FAHREINHEIT tem como ponto de fuso do gelo o valor 32 e
como ponto de ebulio da gua o valor 212, sendo estes pontos tomados na
condio de presso igual a 1 atm. Esta escala tambm relativa, obtida pela
escala RANKINE, sendo esta definida pela equao a seguir.
F = R - 459,67
Escala KELVIN (Temperatura Termodinmica)
Escala Absoluta:
O fsico irlands William Thomson (lorde Kelvin) chegou concluso de
que, se a temperatura mede a agitao das molculas, ento a menor
temperatura possvel aconteceria quando as molculas estivessem em repouso
absoluto. A esse estado de repouso trmico chamamos zero absoluto.
Baseado no conceito de temperatura, ele criou a Escala Absoluta, conhecida
como Escala Kelvin.
Ele descobriu em laboratrio que, para cada grau Celsius abaixado, a
presso de um gs diminuia 1/273, portanto a presso seria zero quando ele
abaixasse 273 graus. Em um gs a presso tambm depende do movimento
das molculas, por isso a presso zero s poderia acontecer quando as
molculas estivessem em repouso absoluto. E, assim, foi estabelecido o zero
absoluto.
Seguindo o raciocnio, isto , subindo de grau em grau, Kelvin definiu o
ponto de fuso do gelo de gua em 273K e o ponto de ebulio da gua em
373K.
Na escala absoluta no usamos grau, pois uma escala definida e calculada
experimentalmente, com "compromisso com a realidade fsica".
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Esta escala possui a mesma diviso da escala CELSIUS, isto , um (1) grau
KELVIN, corresponde a um (1) grau de CELSIUS, porm, seu zero inicia no ponto de
temperatura mais baixo possvel, 273,15 graus abaixo de zero da escala CELSIUS. A
representao feita com o smbolo "K", colocado aps o nmero.
Escala RANKINE
Assim como a escala KELVIN, a escala RANKINE uma escala
absoluta tendo como zero absoluto, o valor 0 (zero), porm ao ponto de fuso e
ao ponto de ebulio da gua foram dados os valores de 491,67 e 671,67,
respectivamente.
R = F + 459,67
Converso entre as escalas de temperatura Colocando em um mesmo ambiente cinco termmetros: um CELSIUS, um
FAHREINHEIT, um REAUNMUR, um KELVIN e um RANKINE.
As diferentes leituras representam, em escalas diversas, uma mesma
temperatura. A equao 7.5, nos permite relacionar a leitura de uma escala
para outra, de uma mesma temperatura.
9492
5273
4Re
932
5
RKFC
3.3 - Medidores de Temperatura
A temperatura no pode ser determinada diretamente, mas deve ser
deduzida a partir de seus efeitos eltricos ou fsicos produzidos sobre uma
substncia, cujas caractersticas so conhecidas. Os medidores de
temperatura so construdos baseados nesses efeitos.
Podemos dividir os medidores de temperatura em dois grupos conforme
a tabela abaixo :
1 Grupo (Contato direto) - Termmetro dilatao de lquido, de slido
- Termmetro presso de lquido, de gs, de vapor
- Termmetro a par termoeltrico
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- Termmetro resistncia eltrica.
2 Grupo (Contato indireto) - Pirmetro ptico
- Pirmetro fotoeltrico
- Pirmetro de radiao
O primeiro grupo abrange os medidores nos quais o elemento sensvel
est em contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir. J no
segundo grupo esto os medidores nos quais o elemento sensvel no est em
contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir.
A aplicao dos diversos tipos apresentados depende em cada caso de
fatores tcnicos e econmicos.
Termmetro de dilatao de lquido
Princpios de funcionamento
Os termmetros de dilatao de lquido baseia-se na lei de expanso
volumtrica de um lquido com a temperatura dentro de um recipiente fechado.
Termmetro de vidro
Construo
Este termmetro consta de um bulbo de vidro ligado
e, um tubo capilar, tambm de vidro, de seo uniforme e
fechado na parte superior. O bulbo e parte do capilar so
preenchidos por um lquido, sendo que, na parte superior
do capilar existe uma cmara de expanso para proteger o
termmetro no caso da temperatura exceder o seu limite
mximo. Sua escala linear e normalmente fixada no tubo
capilar no invlucro metlico.
Os termmetros industriais, o bulbo de vidro
protegido por um poo metlico e o tubo capilar pelo invlucro metlico.
Tipos de lquidos utilizados:
Diversos lquidos tais como o mercrio, tolueno, lcool etlico, pentano,
etc., so utilizados na fabricao de termmetros de vidro.
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Utilizao dos termmetros de vidro
Por se tratar de um medidor barato, o termmetro de vidro industrial
utilizado na indicao de temperatura de pequena flutuao, no processo em
que a leitura da temperatura no prprio local no se constitui problema.
1) Recomendaes na instalao:
- No utilizar nos pontos em que haja mudanas bruscas de
temperatura, pois poderia trincar o capilar de vidro;
- Para evitar erros devido a temperatura ambiente o bulbo
dever estar completamente imerso;
- Instalar o bulbo dentro de um poo metlico para proteo
mecnica, resistncia corroso e permitir retirada em operao;
- O bulbo do termmetro deve ser instalado na mesma
direo e sentido oposto ao do fluxo, a fim de que a vazo mdia do
fluido seja suficiente para dar uma rpida transferncia de calor.
Termmetro de lquido em capilar metlico 1) Construo
Este termmetro consta de um bulbo de metal ligado a um capilar
metlico e um elemento sensor. Neste caso, o lquido preenche todo o
instrumento e com uma variao da temperatura, se dilata, deformando
elasticamente o elemento sensor. Este elemento sensor acoplado a um
ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala graduada. Como a
relao entre a deformao do elemento sensor e a temperatura
proporcional, este instrumento fornece uma leitura linear. A figura abaixo
apresenta um tipo de termmetro de lquido com capilar metlico.
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2) Tipos de elemento sensor
Basicamente, trs tipos de elemento sensor podem ser utilizados para
medio de temperatura neste tipo de instrumento.
Utilizao de termmetro de lquido com capilar metlico
bastante utilizado nas indstrias para indicao e
registro, pois permite leituras remotas .
Recomendaes
Instalar o bulbo dentro
de um poo protetor para
permitir manuteno com o
processo em operao.
- Sempre que for instalado dentro de um
poo protetor preencher o espao entre o bulbo
e o poo a fim de reduzir o atraso na resposta.
Para tal, podemos usar mercrio, leo, grafite,
glicerina, etc.
- No dobrar o capilar com curvatura acentuada para que no se formem
restries que prejudicariam o movimento do liquido no seu interior, causando
falha no funcionamento do termmetro.
- O comprimento mximo do capilar deste sistema deve ser de 60
metros para os lquidos orgnicos e de 15 metros para enchimento com
mercrio.
Termmetro dilatao slido (termmetro bimetlico)
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Princpio de funcionamento
O termmetro bimetlico baseia-se no fenmeno da dilatao linear dos
metais com a temperatura.
Construo
Baseado no fato de que dois metais diferentes modificam as suas
dimenses de modo desigual ao variar a temperatura, o termmetro bimetlico
consiste em duas lminas de metal justapostas, formando uma s pea e
geralmente na forma helicoidal. Uma extremidade da hlice fixa e a outra,
ligada a um ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala circular
graduada.
Utilizao dos termmetros bimetlicos
Estes termmetros tm aplicao similar s dos termmetros de vidro,
porm por serem resistentes, admitem condies de trabalho mais pesadas.
So utilizados para medir temperatura na faixa de 50~ + 500C .
Recomendaes na instalao
Utilizar sempre poo protetor metlico para evitar corroso, dar proteo
mecnica e permitir manuteno com o processo em operao.
Em baixa temperatura a caixa do termmetro deve ser hermeticamente
selada para evitar que a penetrao de umidade venha a formar gelo,
prejudicando os componentes internos dos instrumentos.
Para evitar erros devido temperatura ambiente, o bimetlico deve estar
completamente imerso no fluido.
A velocidade do fluido deve ser bastante alta a fim de assegurar uma
rpida transferncia de calor.
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3.4 - Escala Internacional de Temperaturas (Its - 90)
Para melhor expressar as leis da termodinmica, foi criada uma escala
baseada em fenmeno de mudana de estado fsico de substncias puras, que
ocorrem em condies nicas de temperatura e presso. So chamados de
pontos fixos de temperatura.
Chama-se esta escala de IPTS - Escala Prtica Internacional de
Temperatura. A primeira escala prtica internacional de temperatura surgiu em
192, modificada em 1948 (IPTS-48). Em 1960 mais modificaes foram feitas e
em 1968 uma nova Escala Prtica Internacional de Temperatura foi publicada
(IPTS-68).
A ainda atual IPTS-68 cobre uma faixa de -259,34 a 1064,34C baseada
em pontos de fuso, ebulio e pontos triplos de certas substncias puras
como por exemplo, o ponto de fuso de alguns metais puros.
Hoje j existe a ITS-90 Escala Internacional de Temperatura, definida
em fenmenos determinsticos de temperatura e que definiu alguns novos
pontos fixos de temperatura.
Pontos Fixos IPTS-68 IPTS-90
Ebulio do
Oxignio -182,962C -182,954C
Ponto Triplo da
gua +0,010C +0,010C
Solidificao do
Estanho +231,968C +231,928C
Solidificao do
Zinco +419,580C +419,527C
Solidificao do
Prata +961,930C +961,780C
Solidificao do
Ouro +1064,430C +1064,180C
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o Mtodos e dispositivos para medio de temperatura
Tipos de Sensores de Temperatura
Sensores, detetores ou elementos primrios de temperatura so
transdutores que alteram algumas de suas caractersticas fsicas ao se
equalizar com o meio a ser determinada a temperatura. Como exemplo
poderamos citar a dilatao do mercrio num termmetro de vidro, a gerao
de tenso num termopar, a variao de resistncia hmica num termistor entre
outras.
Dos inmeros tipos de sensores de temperatura existentes, como
termmetros de vidro, termmetros bimetlicos, termmetros de gs,
termistores, termmetros de quartzo, termopares, termoresistncias,
termmetros de germnio e outros; os mais utilizados industrialmente so os
termopares e as termoresistncias.
3.5 - Termopares
Os Termopares so sensores de maior uso industrial para medio de
temperatura.
Eles cobrem uma faixa bastante extensa de temperatura que vai de -200 a
2300C aproximadamente, com uma boa preciso e repetibilidade aceitvel,
tudo isto a um custo que se comparado com outros tipos de sensores de
temperatura so mais econmicos.
Teoria Termoeltrica
O fenmeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T. J.
Seebeck, quando ele notou que em um circuito fechado formado por dois
condutores metlicos e distintos A e B, quando submetidos a um diferencial
entre as suas junes, ocorre uma circulao de corrente eltrica ( i ).
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A existncia de uma fora eletro-motriz (F.E.M.)EAB no circuito
conhecida como Efeito Seebeck, e este se produz pelo fato de que a densidade
de eltrons livres num metal, difere de um condutor para outro e depende da
temperatura.
Quando este circuito interrompido, a tenso do circuito aberto (Tenso de
Seebeck ) torna-se uma funo das temperaturas das junes e da
composio dos dois metais.
Denominamos a juno na qual est submetida temperatura a ser
medida de Juno de Medio (ou junta quente) e a outra extremidade que
vais se ligar no instrumento medidor de juno de referncia (ou junta fria).
Quando a temperatura da juno de referncia (Tr) mantida constante,
verifica-se que a F.E.M. trmica (EAB) uma funo da temperatura da juno
de medio (T1). Isto permite utilizar este circuito como um medidor de
temperatura, pois conhecendo-se a Tr e a F.E.M. gerada, determina-se a T1.
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Abaixo, a Curva de Correlao F.E.M. x Temperatura dos Termopares
Definio de Termopar
O aquecimento de dois metais diferentes com temperaturas diferentes
em suas extremidades, gera o aparecimento de uma F.E.M. (da ordem de mV).
Este princpio conhecido com efeito Seebeck propiciou a utilizao de
termopares para medio de temperatura.
Um termopar ou par termomtrico consiste de dois condutores metlicos
de natureza distinta, na forma de metais puros ou ligas homogneas. Os fios
so soldados em um extremo ao qual se d o nome de juno de medio; a
outra extremidade, juno de referncia levada ao instrumento medidor por
onde flui a corrente gerada.
Convencionou-se dizer que o metal A positivo e B negativo, pois a tenso e
corrente gerada so na forma contnua (cc).
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Compensao da Temperatura Ambiente ( Tr )
Para se usar o termopar como medidor de temperatura, necessrio
conhecer a F.E.M. gerada e a temperatura da juno de referncia Tr, para
sabermos a temperatura da juno de medio T1.
E = ET1 - ETr
Portanto no podemos encontrar a temperatura T1 a no ser que
saibamos quanto a temperatura Tr.
Ex: Termopar
tipo K sujeito a
100C na
juno de
medio e 25C
na
borneira do
instrumento
(juno de
referncia)
Se no existisse a compensao, o sinal de 3,095V seria transformado
em indicao de temperatura pelo instrumento e corresponderia a
aproximadamente 76C; bem diferente dos 100C ao qual o termopar est
submetido (erro de -24C).
Como o instrumento medidor, est incorporado um sistema de compensao
da temperatura ambiente, este gera um sinal como se fosse um outro termopar
que chamamos de E1;
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62
O sinal total que ser convertido em temperatura pelo instrumento ser a
somatria do sinal do termopar e da compensao, resultando na indicao
correta da temperatura na qual o termopar est submetido (independendo da
variao da temperatura ambiente).
A indicao no instrumento ser de 100C, que a temperatura do
processo (juno de medio do termopar).
Tipos e Caractersticas dos Termopares
Foram desenvolvidas diversas combinaes de pares de ligas metlicas
com o intuito de se obter uma alta potncia termoeltrica (mVC) para que seja
detectvel pelos instrumentos de medio, aliando-se ainda s caractersticas
de homogeneidade dos fios, resistncia corroso, relao razoavelmente
linear entre temperatura e tenso entre outros, para que se tenha uma maior
vida til do mesmo. Podemos dividir os termopares em trs grupos:
- Termopares de Base Metlica ou Bsicos
- Termopares Nobres ou a Base de Platina
- Termopares Novos
Os termopares de base metlica ou bsicos so os termopares de maior
uso industrial, em que os fios so de custo relativamente baixo e sua aplicao
admite um limite de erro maior.
As nomenclaturas adotadas esto de acordo com as normas IEC 584-2 de
julho de 1982.
*Tipo T
- Composio: Cobre (+) / Cobre - Nquel (-)
O fio negativo cobre - nquel conhecido comercialmente como Constantan.
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63
- Faixa de Utilizao: -200 a 350C
- Caractersticas:
Estes termopares so resistentes a corroso em atmosferas midas e so
adequados para medidas de temperaturas abaixo de zero. Seu uso no ar ou
em ambientes oxidantes limitado a um mximo de 350C devido a oxidao
do fio de cobre. Podem ser usados em atmosferas oxidantes (excesso de
oxignio), redutoras (rica em hidrognio, monxido de carbono) e no vcuo;
na faixa de -200 a 350C.
- Identificao da polaridade:
O cobre (+) avermelhado e o cobre - nquel (-) no.
- Aplicao:
Sua maior aplicao est em indstrias de refrigerao e ar condicionado e
baixas temperaturas em geral.
*Tipo J
- Composio: Ferro (+) / Cobre - Nquel (-)
O fio negativo cobre - nquel conhecido comercialmente como constantan.
- Faixa de utilizao: -40 a 750C
- Caractersticas:
Estes termopares so adequados par uso no vcuo, em atmosferas oxidantes,
redutoras e inertes.
A taxa de oxidao do ferro rpida acima de 540C e o uso em tubos de
proteo recomendado para dar uma maior vida til em altas temperaturas.
O termopar do tipo J no deve ser usado em atmosferas sulfurosas (contm
enxofre) acima de 540C.
O uso em temperaturas abaixo de 0C no recomendado, devido rpida
ferrugem e quebra do fio de ferro, o torna seu uso em temperaturas negativas
menor que o tipo T.
Devido a dificuldade de obteno de fios de ferro com alto teor de pureza, o
termopar tipo J tem custo baixo e um dos mais utilizados industrialmente.
- Identificao da Polaridade:
Indstrias em geral em at 750C.
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*Tipo E
- Composio: Nquel - Cromo (+) / Cobre - Nquel (-)
O fio positivo nquel - cromo conhecido comercialmente como Cromel e o negativo cobre - nquel conhecido como Constantan.
- Faixa de utilizao: -200 a 900C
- Caractersticas:
Estes termopares podem ser utilizados em atmosferas oxidantes e inertes. Em
atmosferas redutoras, alternadamente oxidante e redutora e no vcuo, no
devem ser utilizados pois perdem suas caractersticas termoeltricas.
adequado para uso em temperaturas abaixo de zero, desde que no esteja
sujeito a corroso em atmosferas midas.
O termopar tipo E o que apresenta maior gerao de V/C do que todos os
outros termopares, o que o torna til na deteco de pequenas alteraes de
temperatura.
- Identificao da Polaridade:
O nquel - cromo (+) mais duro que o cobre - nquel (-).
- Aplicao:
Uso geral at 900C.
Nota: Os termopares tipo T, J e E tem como fio negativo a liga
constantan, composto de cobre e nquel, porm a razo entre estes dois
elementos varia de acordo com as caractersticas do fio positivo (cobre, ferro e
nquel - cromo). Portanto a constantan do fio negativo no deve ser
intercambiado entre os trs tipos de termopares.
*Tipo K
- Composio: Nquel - Cromo (+) / Nquel - Alumnio (-)
O fio positivo nquel - cromo conhecido comercialmente como Cromel e o negativo nquel - alumnio conhecido como Alumel. O alumel uma liga de
nquel, alumnio, mangans e silcio.
- Faixa de utilizao: -200 a 1200C
- Caractersticas:
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Os termopares tipo K so recomendveis para uso em atmosferas oxidantes
ou inertes no seu range de trabalho. Por causa de sua resistncia em oxidao,
so melhores que os tipos T, J e E e por isso so largamente usados em
temperaturas superiores a 540c.
Podem ser usados ocasionalmente em temperaturas abaixo de zero
graus.
O termopar de Nquel - Cromo (ou Cromel) / Nquel - Alumnio (ou Alumel)
como tambm conhecido, no deve ser utilizado em:
1. Atmosferas redutoras ou alternadamente oxidante e redutora.
2. Atmosferas sulfurosas, pois o enxofre ataca ambos os fios e causa rgida
ferrugem e quebra do termopar.
3. Vcuo, exceto por curtos perodos de tempo, pois o cromo do elemento
positivo pode vaporizar causando descalibrao do sensor.
- Identificao da Polaridade:
O Nquel - Cromo (+) no atrai m e o Nquel - Alumnio (-) levemente
magntico.
Aplicao:
o termopar mais utilizado na indstria em geral devido a grande faixa de
atuao at 1200C.
Os termopares nobres so aqueles cujas ligas so constitudas de
platina. Possuem um custo elevado devido ao preo do material nobre, baixa
potncia termoeltrica e uma altssima preciso dada a grande homogeneidade
e pureza dos fios.
*Tipo S
- Composio: Platina 90%- Rdio 10% (+) / Platina (-)
*Tipo R
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- Composio: Platina 87% - Rdio 13% (+) / Platina (-)
- Faixa de Utilizao: 0 a 1600C
- Caractersticas:
Os termopares tipo S e R so recomendados para uso em atmosferas
oxidantes ou inertes no seu range de trabalho.
O uso contnuo em altas temperaturas causam excessivo crescimento de gro,
ao qual
A diferena entre os termopares do tipo S e R est s