Ctgas - Apostila de Instrumentaã-ã-o Bã-sica

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Dados sobre GLP

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  • Instrumentao Bsica

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    1

    INSTRUMENTAO

    BSICA

    (Aprendizagem Industrial)

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    2

    SENAI PETROBRAS

    CTGS

    Instrumentao Bsica

    2007

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    SUMRIO

    PLANO DE CURSO........................................................................ Erro! Indicador no definido.

    IDENTIFICAO....................................................................... Erro! Indicador no definido. CONTEDO ............................................................................... Erro! Indicador no definido.

    CAPTULO 1 - Introduo A INSTRUMENTAO ..................................................................... 4 1.1 - Conceito de Instrumentao ............................................................................................. 4 1.2 - Histrico ............................................................................................................................ 4 1.4 - Funes de Instrumentos .................................................................................................. 6 1.5 - Terminologia ..................................................................................................................... 8 1.6 - TELEMETRIA ................................................................................................................. 14

    CAPTULO 2 - PRESSO ........................................................................................................... 21 2.1 - Conceitos Fundamentais ................................................................................................. 21 2.2 - Medio de Presso ........................................................................................................ 25 2.3 - NBR 14105- Manmetros como Sensor de Elemento .................................................... 31 2.4 - Transmissores de Presso ............................................................................................... 35 2.6 - Instrumentos Conversores de Sinais .............................................................................. 42 2.7 - Resumo ............................................................................................................................ 47

    CAPTULO 3 - ............................................................................................................................. 48 TEMPERATURA......................................................................................................................... 48

    3.1 - Introduo :..................................................................................................................... 48 3.2 - Escalas de Temperatura.................................................................................................. 49 3.3 - Medidores de Temperatura ............................................................................................ 52 3.4 - Escala Internacional de Temperaturas (Its - 90)............................................................ 57 3.5 - Termopares ..................................................................................................................... 58 3.6 - Termoresistncias............................................................................................................ 72 3.7 - Medio de Temperatura por Infravermelho ................................................................ 85 3.8 - Termostatos ..................................................................................................................... 90 3.9 Banhos e Fornos de Temperatura..................................................................................... 91 3.11 - Indicador de Temperatura............................................................................................ 93 3.12 - Registrador de Temperatura com Carta Circular....................................................... 93 3.13 - Resumo .......................................................................................................................... 94

    CAPTULO 4 - MEDIO DE VAZO...................................................................................... 95 4.1 - Introduo ....................................................................................................................... 95 4.2 - Conceitos Fsicos Bsicos Para Medio De Vazo........................................................ 97 4.3 - Tipos e Caractersticas dos Medidores de Vazo ........................................................... 99 CAPTULO 5 - MEDIO DE NVEL............................................................................... 139 5 Introduo Medio de Nvel ....................................................................................... 139 MEDIO DIRETA............................................................................................................... 139 Medio de nivel indireta ........................................................................................................ 141 MEDIO DE NVEL POR ULTRA SOM ........................................................................... 147 MEDIO DE NVEL POR RADAR .................................................................................... 148 medio de nvel Descontnua ................................................................................................. 148

    medio de nvel de slidos......................................................................................................... 149 5.3 - Resumo .......................................................................................................................... 149 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................................... 150

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    CAPTULO 1 - Introduo A INSTRUMENTAO

    Aps este capitulo voc estar apto para:

    Conceituar instrumentao e sua rea de atuao

    Conhecer os principais termos tcnicos utilizados pelo profissional da

    rea de instrumentao

    Conhecer as normas e simbologias usadas em projetos de

    instrumentao

    Conhecer o protocolo de comunicao (HART ) utilizados nos

    dispositivos de campo como transmissores e posicionadores.

    1.1 - Conceito de Instrumentao a cincia que aplica e desenvolve tcnicas para

    adequao de instrumentos de medio, transmisso,

    indicao, registro e controle de variveis fsicas em

    equipamentos nos processos industriais.

    INSTRUMENTAO (ISA 5.1) : Coleo de

    instrumentos ou suas aplicaes com o propsito de

    observao, medio, controle ou combinao destes.

    Nas indstrias de processos tais como siderrgica, petroqumica, alimentcia,

    papel, etc.; a instrumentao responsvel pelo rendimento mximo de um processo,

    fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em trabalho na elaborao do

    produto desejado. As principais grandezas que traduzem transferncias de energia no

    processo so: PRESSO, NVEL, VAZO, TEMPERATURA; as quais denominamos de

    variveis de um processo.

    1.2 - Histrico Os processos industriais exigem controle na fabricao de seus produtos. Os

    processos so muito variados e abrangem muitos tipos de produtos como, por exemplo: a

    fabricao dos derivados do petrleo, produtos alimentcios, indstria de papel e

    celulose, etc.

    Em todos estes processos absolutamente necessrio controlar e manter

    constantes algumas variveis, tais como presso, vazo, temperatura, nvel, PH,

    condutividade , velocidade, umidade, etc. Os instrumentos de medio e controle

    permitem manter constantes as variveis do processo com os seguintes objetivos:

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    5

    melhoria em qualidade do produto,

    aumento em quantidade do produto

    segurana.

    No princpio da era industrial, o operrio atingia os objetivos citados atravs de

    controle manual destas variveis utilizando somente instrumentos simples, manmetro,

    termmetro e vlvulas manuais, etc. e isto era suficiente porque os processos eram

    simples.

    Com o passar do tempo os processos foram se complicando exigindo um aumento

    da automao nos processos industriais, atravs dos instrumentos de medio e controle.

    Enquanto isto os operadores iam se liberando de sua atuao

    fsica direta no processo e ao mesmo tempo ia permitindo a

    centralizao das variveis em uma nica sala.

    Devido centralizao das variveis do processo

    podemos fabricar produtos que seriam impossveis atravs do

    controle manual. Mas para atingir o nvel que estamos hoje, os

    sistemas de controle sofreram grandes transformaes tecnolgicas como veremos a

    seguir: controle manual, controle mecnico e hidrulico, controle pneumtico, controle

    eltrico, controle eletrnico e atualmente controle digital.

    Os processos industriais podem dividir-se em dois tipos: processos contnuos e

    processos descontnuos. Em ambos os tipos devem-se manter as variveis prximo aos

    valores desejados.

    O sistema de controle que permite fazer isto se define como aquele que compara o

    valor da varivel do processo com o valor desejado e toma uma atitude de correo de

    acordo com o desvio existente sem que a operao intervenha.

    Para que se possa fazer esta comparao e conseqentemente a correo

    necessrio que se tenha uma unidade de medida, uma unidade de controle e um

    elemento final de controle no processo.

    Elemento final de controle

    Unidade de medida

    Processo

    Unidade de controle

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    6

    Este conjunto de unidades forma uma malha de controle. A malha de

    controle pode ser aberta ou fechada. No exemplo acima vemos uma malha fechada e no

    exemplo abaixo vemos uma malha de controle aberta.

    1.4 - Funes de Instrumentos

    Podemos denominar os instrumentos e dispositivos utilizados em instrumentao

    de acordo com a funo que os mesmos desempenham no processo.

    a) Indicador: Instrumento que

    dispe de um ponteiro e de uma escala

    graduada na qual podemos ler o valor da

    varivel. Existem tambm indicadores

    digitais que indicam a varivel em forma

    numrica com dgitos ou barras grficas.

    b) Registrador: Instrumento

    que registra graficamente valores

    instantneos medidos ao longo do

    tempo, valores estes enviados pelo

    detector, transmissor, Controlador etc.

    Existem tambm, os registradores Paperless, que no utilizam cartas grficas,

    pois possuem uma tela grfica onde plota os dados do processo e salva digitalmente.

    Podem ser conectados a computadores, permitindo a visualizao dos dados no monitor

    Unidade de medida

    Processo

    Indicao

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    como tambm facilita o resgate de informaes, bastando apenas digitar o perodo a

    ser analizado.

    c) Transmissor: Instrumento que determina o

    valor de uma varivel no processo atravs de um

    elemento primrio, tendo o mesmo sinal de sada

    (pneumtico ou eletrnico) cujo valor varia apenas em

    funo da varivel do processo.

    d) Transdutor: Instrumento que recebe informaes na forma

    de uma ou mais quantidades fsicas, modifica caso necessrio as

    informaes e fornece um sinal de sada resultante. Dependendo da

    aplicao, o transdutor pode ser um elemento primrio, um

    transmissor ou outro dispositivo. O conversor um tipo de transdutor

    que trabalha apenas com sinais de entrada e sada padronizados.

    e) Controlador: Instrumento que compara a varivel

    controlada com um valor desejado e fornece um sinal de

    sada a fim de manter a varivel controlada em um valor

    especfico ou entre valores determinados. A varivel pode ser

    medida, diretamente pelo controlador ou indiretamente

    atravs do sinal de um transmissor ou transdutor.

    f) Elemento Final de Controle: Instrumento que modifica

    diretamente o valor da varivel manipulada de uma malha de controle.

    Alm das denominaes acima podem ser classificados em instrumentos de painel,

    campo, prova de exploso, poeira, lquido, etc. Combinaes dessas classificaes so

    efetuadas formando instrumentos conforme necessidades.

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    8

    Simbologia ISA

    1.5 - Terminologia

    Com objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos documentos utilizados

    para representar as configuraes utilizadas para representar as configuraes das

    malhas de instrumentao, normas foram criadas em diversos pases.

    No Brasil Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) atravs de sua norma

    NBR 8190 apresenta e sugere o uso de smbolos grficos para representao dos

    diversos instrumentos e suas funes ocupadas nas malhas de instrumentao. No

    entanto, como dada a liberdade para cada empresa estabelecer/escolher a norma a ser

    seguida na elaborao dos seus diversos documentos de projeto de instrumentao

    outras so utilizadas. Assim, devido a sua maior abrangncia e atualizao, uma das

    normas mais utilizadas em projetos industriais no Brasil a estabelecida pela ISA (

    conhecida anteriormente por Instrumentation Society of America, sendo atualmente chamada de The Instrumentation, Systems and Automation Society)

    A seguir sero apresentadas as normas ABNT e ISA, de forma resumida, e que sero

    utilizadas ao longo dos nossos trabalhos.

    ISA 5.1 Instrumentation Symbols And Identification

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    De acordo com a norma ISA-5.1, cada instrumento ou funo programada ser

    identificado por um conjunto de letras que o classifica funcionalmente e um conjunto de

    algarismos que indica a malha qual o instrumento ou funo programada pertence.

    Eventualmente, para completar a identificao, poder ser acrescido um sufixo.

    A figura abaixo mostra um exemplo de instrumento identificado de acordo com a

    norma pr-estabelecida.

    P RC 001 02 A

    Varivel Funo rea da

    Atividade

    N0

    Seqencial

    da Malha

    Identificao Funcional

    Identificao da Malha

    Identificao do Instrumento

    Onde:

    P - Varivel medida - Presso

    R - Funo passiva ou de informao - Registrador

    C - Funo ativa ou de sada - Controlador

    001 - rea de atividade, onde o instrumento atua

    02 - Nmero seqencial da malha

    A - Sufixo

    De acordo com a tabela pode-se obter combinaes possveis de acordo com o

    funcionamento dos dispositivos automticos.

    Exemplos:

    T - Temperatura F - Vazo

    R - Registrador C - Controladora

    C - Controlador V - Vlvula

    P - Presso L - Nvel

    I - Indicador G - Visor

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    1.5.1- Smbolos Utilizados nos Fluxogramas de Processo

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    Tabela de Identificao Funcional dos Instrumentos

    1A LETRA LETRAS SUCESSIVAS

    Varivel

    Medida Letra de

    Modificao

    Fun

    o de Leitura

    Passiva

    Fun

    o de Sada

    Letra de

    Modificao

    A Analisador Alarme Alarm

    e

    B Queimador Botode Presso

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    (Chama)

    C Condutibilidade

    Eltrica

    Contr

    olador

    D Densidade ou

    Peso

    Especfico

    Diferencial

    E Tenso

    (Fem)

    Eleme

    nto Primrio

    F Vazo Relao

    G Medida

    Dimensional

    Visor

    H Comand

    o Manual

    Entrada

    Manual

    Alto

    I Corrente

    Eltrica

    Indica

    o ou

    Indicador

    J Potncia Varredura

    K Tempo

    ou Programa

    Clcul

    os em

    Sistema

    Digital

    L Nvel Lmp

    ada Piloto Baixo

    M Umidade Mdia Mdio

    ou

    Intermedirio

    N Vazo

    Molar

    O Orifcio

    ou Restrio

    P Presso Percentual Toma

    da de

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    Impulso

    Q Quantida

    de Integrao

    R Remoto Regist

    rador

    S Velocida

    de ou

    Freqncia

    Velocidade

    / Chave de

    Segurana

    Interru

    ptor ou

    Chave

    T Tempera

    tura

    Trans

    misso

    Trans

    missor

    U Multivari

    vel

    Clcul

    o feito por

    Computador

    Multifu

    no

    Multifun

    o

    V Vibrao Vlvul

    a

    W Peso ou

    Fora Poo

    Y Escolha

    do Usurio

    Solen

    ide /

    Conversor

    de sinal

    Rel

    ou

    Computador

    Z Posio /

    Deslocamento

    Eleme

    nto Final de

    Controle

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    14

    Alguns arranjos tpicos de instrumentos

    Alarme de presso alta

    montagem local.

    Poo para termmetro ou

    termopar.

    Indicador de temperatura no

    painel com transmisso eltrica.

    Registrador de nvel no painel,

    com recepo eltrica e instrumento

    transmissor externo.

    1.6 - TELEMETRIA

    Chamamos de Telemetria a tcnica de transportar medies obtidas no processo

    distncia, em funo de um instrumento transmissor.

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    15

    A transmisso distncia dos valores medidos est to intimamente relacionada

    com os processos contnuos, que a necessidade e as vantagens da aplicao da

    telemetria e do processamento contnuo se entrelaam.

    Um dos fatores que se destacam na utilizao da telemetria a possibilidade de

    centralizar instrumentos e controles de um determinado processo em painis de controle

    ou sala de controle.

    Teremos, a partir daqui, inmeras vantagens, as quais no so difceis de imaginar:

    a) Os instrumentos agrupados podem ser consultados mais facilmente e

    rapidamente, possibilitando operao uma viso conjunta do desempenho da unidade.

    b) Podemos reduzir o nmero de operadores com simultneo aumento da

    eficincia do trabalho.

    c) Cresce consideravelmente a utilidade e a eficincia dos instrumentos face s

    possibilidades de pronta consulta, manuteno e inspeo, em situao mais acessvel,

    mais protegida e mais confortvel.

    TRANSMISSORES

    Os transmissores so instrumentos que medem uma varivel do processo e a

    transmitem, distncia, a um instrumento receptor, indicador, registrador, controlador ou

    a uma combinao destas.

    Existem vrios tipos de sinais de transmisso: pneumticos, eltricos, hidrulicos e

    eletrnicos.

    Transmisso Pneumtica

    Em geral, os transmissores pneumticos geram um sinal pneumtico varivel,

    linear, de 3 a 15 psi (libras fora por polegada ao quadrado) para uma faixa de medidas

    de 0 a 100% da varivel. Esta faixa de transmisso foi adotada pela SAMA (Scientific

    Apparatur Makers Association), Associao de

    Fabricantes de Instrumentos adotada pela maioria

    dos fabricantes de transmissores e controladores dos

    Estados Unidos. Podemos, entretanto, encontrar

    transmissores com outras faixas de sinais de

    transmisso. Por exemplo: de 20 a 100 kPa.

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    16

    Nos pases que utilizam o sistema mtrico decimal, utilizam-se as faixas de 0,2 a 1

    kgf/cm2 que equivalem aproximadamente de 3 a 15 psi.

    O alcance do sinal no sistema mtrico aproximadamente 5% menor que o sinal

    de 3 a 15 psi, sendo este um dos motivos pelos quais adotamos que devemos calibrar os

    instrumentos de uma malha (transmissor, controlador, elemento final de controle, etc.),

    todos utilizando uma mesma norma.

    Note tambm que o valor mnimo do sinal pneumtico tambm no zero, e sim, 3

    psi ou 0,2 kgf/cm2; deste modo, conseguimos calibrar corretamente o instrumento,

    comprovando sua correta calibrao e detectando vazamentos de ar nas linhas de

    transmisso.

    Tambm podemos ver que se

    tivssemos um transmissor pneumtico de

    temperatura de range de 0 a 2000C e o mesmo

    tivesse com o bulbo a 0 0C e com um sinal de

    sada de 1 psi, o mesmo estaria descalibrado.

    Se o valor mnimo de sada fosse 0 psi,

    no seria possvel fazermos esta comparao

    rapidamente e, para que pudssemos detect-

    lo, teramos de esperar um aumento de

    temperatura para que tivssemos um sinal de sada, o qual seria incorreto.

    Vantagem

    A grande e nica vantagem em seu utilizar os instrumentos pneumticos est no

    fato de se poder oper-los com segurana em reas onde existe risco de exploso

    (centrais de gs, por exemplo).

    Desvantagens

    a) Necessita de tubulao de ar comprimido (ou outro gs) para seu suprimento e

    funcionamento.

    b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro,

    desumidificador, etc

    ..., para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partculas slidas.

    c) Devido ao atraso que ocorre na transmisso do sinal, este no pode ser enviado

    longa distncia, sem uso de reforadores. Normalmente a transmisso limitada a

    aproximadamente 100 m.

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    17

    d) Vazamentos ao longo da linha de transmisso ou mesmo nos instrumentos so

    difceis

    de serem detectados.

    e) No permite conexo direta aos computadores.

    Transmisso Eletrnica

    Os transmissores eletrnicos geram vrios tipos de sinais: 4 a 20 mA, 0 a 20 mA, 1

    a 5V, 1 a 10V, sendo estes os mais utilizados. Temos estas discrepncias nos sinais de

    sada entre diferentes fabricantes devido a estes instrumentos estarem preparados para

    uma fcil mudana do seu sinal de sada.

    A relao de 4 a 20 mA, 1 a 5 V est na mesma relao de um sinal de 3 a 15 psi

    de um sinal pneumtico.

    O zero vivo utilizado quando adotamos o valor mnimo de 4 mA, oferece a

    vantagem tambm de podermos detectar uma avaria (rompimento dos fios), que

    provocar a queda do sinal, quando o mesmo estiver em seu valor mnimo. Vantagens

    a) Permite transmisso para longas distncias sem perdas.

    b) A alimentao pode ser feita pelos prprios fios que conduzem o sinal de

    transmisso.

    c) Permite fcil conexo aos computadores.

    d) Fcil instalao.

    e) Permite de forma mais fcil realizao de operaes matemticas.

    f ) Permite que o mesmo sinal (4~20mA) seja lido por mais de um instrumento,

    ligando em srie os instrumentos. Porm, existe um limite quanto soma das resistncias

    internas destes instrumentos, que no deve ultrapassar o valor estipulado pelo fabricante

    do transmissor.

    Desvantagens

    a) Necessita de tcnico especializado para sua instalao e manuteno.

    b) Exige utilizao de instrumentos e cuidados especiais em instalaes

    localizadas em reas de riscos.

    c) Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de

    sinais.

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    18

    d) Os cabos de sinal devem ser protegidos contra rudos

    eltricos.

    1.6.1- PROTOCOLO HART

    O protocolo HART (Highway Adress Remote Transducer) um

    sistema que combina o padro 4 a 20 mA com a comunicao digital.

    um sistema a dois fios com taxa de comunicao de 1200 bits/s (BPS) e modulao

    FSK (Frequency Shift Keying). O Hart baseado no sistema mestre escravo, permitindo a

    existncia de dois mestres na rede simultaneamente.

    As vantagens do protocolo Hart so as seguintes:

    Usa o mesmo par de cabos para o 4 a 20 mA e para a comunicao digital.

    Usa o mesmo tipo de cabo usado na instrumentao analgica.

    Disponibilidade de equipamentos de vrios fabricantes.

    As desvantagens so que existe uma limitao quanto velocidade de transmisso

    das informaes. O protocolo HART permite a comunicao digital bi-direcional entre instrumentos inteligentes sem causar distrbios ao sinal analgico

    de 4 a 20 mA. Ambos os sinais analgicos(4 a 20 mA) e digital(HART) podem ser transmitidos simultaneamente sobre o mesmo fio.

    A varivel primria e o sinal de controle so transportados pelo sinal de 4 a 20 mA, enquanto que medies adicionais, parmetros do

    processo, configurao do equipamento, calibrao e informaes de diagnstico so acessadas pelo protocolo HART.

    A tecnologia HART

    O protocolo HART faz uso do padro Bell 202 Frequency Shift Keying (FSK) para

    superpor o sinal de comunicao digital de baixa intensidade sobre o sinal de 4 a 20 mA.

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    19

    O nvel lgico 1 representado por uma freqncia de 1200Hz e o nvel lgico 0

    representado por uma freqncia de 2200 Hz como indicado abaixo.

    Hart um protocolo principalmente mestre-escravo que significa que o

    equipamento de campo (transmissor) fala somente quando questionado pelo mestre.

    Dois mestres (primrio e secundrio) podem se comunicar com equipamento de campo

    numa rede HART. Mestre secundrios como Handheld (configurador porttil) podem ser

    conectados quase em qualquer lugar da rede de comunicao sem atrapalhar o mestre

    primrio. O mestre primrio geralmente um CLP, um DCS (digital control system) ou um

    PC.

    possvel usar cabos com comprimento maior de 3000 metros( para par de cabos

    tranados com shield) e 1500 metros para cabos com mltiplos pares com um shied

    comum. Cabos sem shield podem ser usados para pequenas distncias. Barreiras de

    segurana intrnseca e isoladores com passagem par sinais HART podem ser usados em

    reas perigosas.

    Para acessar dados e alterar parmetros dos equipamentos (que podem ser

    transmissores, posicionadores, analisadores, etc..) que tenham o protocolo HART, utiliza-

    se comunicadores que devem ser ligados em paralelo com os cabos de alimentao do

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    20

    equipamento ou em ponto de conexo especfico que disponibilizado na caixa de

    ligao. Lembrando que o loop deve ter no mnimo uma resistncia de 250 ohms presente

    entre o comunicador e a fonte de alimentao.

    Exemplo de ligao de comunicador da Yokogawa.

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    21

    CAPTULO 2 - PRESSO

    OBJETIVO

    Apresentar os principais conceitos e termos tcnicos associados

    medio de presso

    Descrever o funcionamento de dispositivo de controle e medio de

    presso

    Comentar os principais itens de normas relacionadas a dispositivos de

    medio de presso

    Conhecer os dispositivos de segurana utilizados para proteger

    pessoas e instalaes contra sobrepresses.

    2.1 - Conceitos Fundamentais

    Medio de presso dos mais importante padro de medida, pois as

    medidas de vazo, nvel, etc. podem ser feitas utilizando-se esse princpio.

    Presso definida como uma fora atuando em uma unidade de rea.

    AFP onde P = Presso

    F = Fora

    A = rea

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    22

    Presso atmosfrica

    Presso atmosfrica a presso que o ar da atmosfera exerce sobre a superfcie do planeta. Essa presso pode mudar de acordo com a variao de altitude, ou seja, quanto maior a altitude menor a presso e, consequentemente, quanto menor a altitude maior a presso exercida pelo ar na superfcie terrestre.

    Como podemos medir a presso atmosfrica? Em 1643, o matemtico e fsico italiano Evangelista Torricelli conseguiu determinar a medida da presso atmosfrica ao nvel do mar. Primeiramente ele encheu um tubo de aproximadamente um metro de comprimento com mercrio, e logo em seguida mergulhou o tubo em um recipiente tambm com mercrio como mostra a figura abaixo, logo aps ele notou que o mercrio descia um pouco, se estabilizando aproximadamente a 76 cm acima da superfcie.

    Torricelli interpretou essa experincia dizendo que o que mantinha a coluna de mercrio nesta altura era a presso atmosfrica. A coluna de 76 cm s obtida no nvel do mar, pois quando a altitude varia a presso atmosfrica tambm varia como citado anteriormente. Com essa experincia defini-se que ao nvel do mar 1 atm (uma atmosfera) a presso equivalente a exercida por uma coluna de 76cm de mercrio, onde g = 9,8 m/s, portanto:

    1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg = 1,01.105 P

    a fora exercida pela atmosfera na superfcie terrestre. Esta fora

    equivale ao peso dos gases que esto presentes no ar e que compem a atmosfera.

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    23

    A presso atmosfrica pode variar de um lugar para o outro, em funo da

    altitude e das condies meteorolgicas (como a umidade e a densidade do ar). Ao nvel

    do mar esta presso aproximadamente de 760 mmHg, ou 1 atm. Quanto mais alto o

    local, mais rarefeito o ar e, portanto, menor a presso atmosfrica. O instrumento que

    mede a presso atmosfrica o barmetro.

    PRESSO RELATIVA

    determinada tomando-se como referncia a presso atmosfrica local.

    Para medi-la, usam-se instrumentos denominados manmetros; por essa razo, a

    presso relativa tambm chamada de presso manomtrica.

    A maioria dos manmetros calibrada em zero para a presso atmosfrica

    local. Assim, a leitura do manmetro pode ser positiva (quando indica o valor da presso

    acima da presso atmosfrica local) ou negativa (quando se tem um vcuo).

    Quando se fala em presso de uma tubulao de gs, refere-se presso

    relativa ou manomtrica.

    PRESSO ABSOLUTA

    a soma da presso relativa e atmosfrica. No vcuo absoluto, a presso

    absoluta zero e, a partir da, ser sempre positiva.

    Importante: Ao se exprimir um valor de presso, deve-se

    determinar se a presso relativa ou absoluta.

    Exemplo :

    3 Kgf/cm2 ABS Presso Absoluta

    4 Kgf/cm2 Presso Relativa

    O fato de se omitir esta informao na indstria significa que a maior parte dos

    instrumentos mede presso relativa.

    PRESSO NEGATIVA OU VCUO

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    24

    quando um sistema tem presso relativa menor que a presso

    atmosfrica.

    DIAGRAMA COMPARATIVO

    PRESSO DIFERENCIAL

    a diferena entre 2 presses, sendo representada pelo smbolo P (delta

    P). Essa diferena de presso normalmente utilizada para medir vazo, nvel, presso,

    etc.

    PRESSO ESTTICA o peso exercido por um lquido em repouso ou que esteja fluindo

    perpendicularmente a tomada de impulso, por unidade de rea exercida.

    PRESSO DINMICA OU CINTICA

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    25

    a presso exercida por um fludo em movimento. medida fazendo a tomada de impulso de tal forma que recebe o impacto do fluxo

    o Mtodos e dispositivos para medio de presso e Sistema de selagem 2.2 - Medio de Presso UNIDADES DE PRESSO

    As unidades de presso mais usadas so:

    quilograma-fora por centmetro quadrado (kgf/cm2)

    atmosfera (atm)

    libras por polegada quadrada (psi)

    polegada de coluna de gua (ca)

    milmetro de coluna de gua (mm H2O ou mm ca)

    bar

    Pascal (Pa)

    Como existem muitas unidades de Presso, necessrio saber a

    correspondncia entre elas, pois nem sempre na indstria temos instrumentos padres

    com todas as unidades e para isto necessrio saber fazer a converso.

    A tabela a seguir apresenta as converses entre vrias unidades de

    presso:

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    26

    Converter Para as unidades abaixo, multiplique por

    de

    kgf/cm2 atm psi ca kPa mm ca bar

    kgf/cm2 1 0,9678 14,223 394,70 98,0665 9996,59 0,9806

    atm 1,0332 1 14,696 406,78 101,325 10328,75 1,0133

    psi 0,0703 0,0680 1 27,68 6,8948 702,83 0,0689

    ca 0,0025 0,0024 0,036 1 0,2491 25,39 0,0025

    kPa 0,0102 0,0099 0,145 4,02 1 101,94 0,0100

    mm ca 0,0001 0,0001 0,0014 0,04 0,0098 1 0,0001

    Bar 1,0797 0,9869 14,503 402,46 100,000 10193,68 1

    Exemplo:

    10 psi = ______?______ kgf/cm2

    De acordo com a tabela 1 psi = 0,0703 kgf/cm2

    10 x 0,0703 = 0,703 kgf/cm2

    2.2.1-Dispositivos de Medio de Presso

    O instrumento mais simples para se medir presso o manmetro, que

    pode ter vrios elementos sensveis e que podem ser utilizados tambm por

    transmissores e controladores. Vamos ento ao estudo de alguns tipos de elementos

    sensveis.

    Tubo de Bourdon

    O princpio de funcionamento de um dispositivo de medio baseado neste

    elemento sensvel bastante simples e idntico a um brinquedo muito conhecido: a

    lngua de sogra, que se v na figura abaixo. Quando soprada, a lngua de sogra se

    enche de ar e se desenrola, por causa da presso exercida pelo ar. No caso do

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    27

    manmetro, esse desenrolar gera um movimento que transmitido ao ponteiro, que vai

    indicar a medida de presso.

    Lngua de sogra

    Quanto forma, o tubo de Bourdon pode se apresentar nas seguintes formas: tipo

    C, espiral e helicoidal.

    a) Tipo C b) Tipo Espiral C) Tipo Helicoidal

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    28

    Detalhes de um manmetro tipo bourdon C

    Manmetros anti-vibrante com Glicerina

    Manmetro com sensor tipo Bourdon construdo em caixa

    de lato forjado com anel de encaixe externo, com recheio de

    glicerina (lquido anti-vibrante).

    So aplicveis em instalaes onde haja excessiva vibrao

    mecnica e pulsao em medies associadas com cargas

    dinmicas envolvendo rpidas alteraes

    da linha.

    Em manmetros scos estas condies levam a uma acentuada reduo de vida e

    deteriorao do movimento de engrenagens. O enchimento com lquido garante a

    preciso do instrumento, facilidade de leitura pela minimizao de oscilaes das partes.

    Opera com gases e lquidos no agressivos s ligas de lato, e, que no sejam viscosos

    ou cristalizveis.

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    29

    Manmetro com ponteiro de arraste

    Os manmetros com ponteiro de arraste so aplicveis em

    equipamentos onde haja variaes rpidas da presso que

    impossibilitam o operador observar qual a presso mxima atingida.

    Nestes casos o ponteiro de arraste torna-se indispensvel.

    O ponteiro arrastado para cima pelo ponteiro indicador, permanecendo no ponto

    mximo mesmo quando o ponteiro indicador retorna a posio mais baixa, por esta razo

    denominado ponteiro de arraste para registro de mxima presso.

    Manmetro petroqumico com caixa de

    Fenol

    Manmetro com sensor tipo Bourdon,

    construdo em caixa de Fenol tipo torre, frente

    aberta e internos em ao inoxidvel. Suas

    principais aplicaes so em indstrias

    qumicas, petroqumicas, farmacuticas, papel e celulose, usinas de acar e lcool e

    equipamentos industriais que exigem preciso e durabilidade.

    Sua caixa com anel em polipropileno roscado, oferece perfeita vedao s

    intempries, impactos ou agresso qumica do ambiente. Este modelo possibilita a

    instalao de contato eltrico ou enchimento de glicerina (G), silicone (S) ou outro lquido.

    Manmetro de teste Padro

    Manmetro padro, sistema

    Bourdon, construdo em caixa de

    ao carbono pintado em epoxi preto,

    internos em ao inox AISI-304, para

    teste, calibrao e aferio de

    instrumentos de presso com

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    30

    aplicao em laboratrios de instrumentao, no campo ou em linha de produo

    industrial, onde estreita preciso e alta legibilidade so exigidas. O mostrador, com escala

    em arco de 270o e subdivises que permitem perfeita interpolao na leitura

    complementada por uma faixa espelhada ao seu redor, refletindo a extremidade do

    ponteiro, minimizando a possibilidade de erros por paralaxe. Preciso: 0,25% do fim de

    escala

    Manmetro com selo diafragma

    Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos,

    viscosos, txicos, sujeitos alta temperatura e/ou radioativos, a

    medio de presso com manmetro tipo elstico se torna

    impraticvel pois o Bourdon no adequado para essa aplicao,

    seja em funo dos efeitos da deformao proveniente da

    temperatura, seja pela dificuldade de escoamento de fluidos

    viscosos ou seja pelo ataque qumico de fluidos corrosivos. Nesse

    caso, a soluo recorrer a utilizao de algum tipo de isolao para

    impedir o contato direto do fluido do processo com o Bourdon.

    Existem basicamente dois tipos de isolao, (que tecnicamente

    chamado de selagem), utilizada. Um com selagem lquida, utilizando um fluido lquido

    inerte em contato com o Bourdon e que no se mistura com o fluido do processo. Nesse

    caso usado um pote de selagem. Outro, tambm com selagem lquida porm

    utilizando um diafragma como selo. O fluido de selagem mais utilizado nesse caso

    a

    glicerina, por ser inerte a quase todos os fluidos.

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    31

    Manmetro com selo sanitrio

    Manmetro em inox, acoplado com mini selo tipo sanitrio

    para desmontagem e limpeza no prprio local, sem afetar a

    selagem do manmetro. Suas aplicaes principais so nas

    indstrias alimentcias, petroqumicas, papel e celulose, usinas e

    principalmente em processos de pintura.

    Manmetro com Contato eltrico

    Manmetro com contato eltrico so utilizados para

    medir e controlar presses. O contato eltrico liga ou desliga

    um circuito eltrico na presso ajustada ou com contato

    eltrico duplo fazendo a funo de pressostato.

    Os contatos eltricos de encosto ou magnticos agem

    como informativos, proporcionando ALERTA quando a presso

    ou temperatura atinge limites mximo ou mnimo pr-

    determinados.

    2.3 - NBR 14105- Manmetros como Sensor de Elemento

    OBJETIVO: Estabelece os critrios para a fabricao e uso de manmetros,

    vacumetros e manovacumetros com sensor de elemento elstico para indicao de

    presso e/ou vcuo para uso industrial, no que concerne aos aspectos de :

    Classificao em classes de exatido e faixas de presso

    Requisitos das condies a serem aplicadas na fabricao dos instrumentos

    Padronizao de dimetros nominais, do contedo mnimo de dimenses da

    conexo de presso e das graduaes das escalas

    Mtodo de calibrao para verificao das caractersticas metrolgicas

    Mtodo de ensaio

    Condies mnimas para a utilizao dos indicadores, visando garantir

    durabilidade e segurana

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    32

    Calibrao:

    Manmetro de coluna lquida: Padro de calibrao empregado para

    manmetros de baixas presses, onde a medida de presso funo do peso especfico

    e da altura do lquido da coluna. Ele geralmente vlido para uma faixa nominal de

    100kPa at +100kPa

    Balana de presso ou balana de peso morto : Padro de calibrao direta de manmetros.

    Recomenda seu uso para manmetros de classes

    superiores de exatido. O princpio desta baseia-se no equilbrio entre

    a fora proveniente da presso do fluido e o peso das massas calibradas. Serve para

    todas as faixas nominais de presso.

    Manmetro padro: O manmetro padro(A4 A1) o instrumento de calibrao

    mais freqentemente usado. Ele montado em uma bomba comparadora hidrulica ou

    pneumtica e serve como padro para o manmetro submetido a calibrao.

    Mtodos de calibrao :

    A temperatura de (20 2)C considerada adequada. Deve-se evitar oscilaes

    de temperatura.

    O nmero de ciclos de calibrao deve ser no mnimo 2.

    Aplicar a presso mxima da faixa. Aps esta aplicao, liberar a

    mesma,deixando o instrumento em repouso para acomodao do elemento elstico.

    Iniciar a aplicao crescente de presso desde o incio da faixa at a indicao

    mxima da faixa de indicao.

    Anotar as indicaes dos valores correspondentes aos pontos selecionados

    Em seguida, liberar a presso, anotando as indicaes a partir da mxima, agora

    de forma decrescente.

    O manmetro a ser calibrado pode ser levemente batido antes de cada leitura, de

    modo a minimizar os erros de atrito.

    MANMETROS COM MEMBRANA OU DIAFRAGMA

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    33

    constitudo por um disco de material elstico (metlico ou no), fixo pela borda. Uma

    haste fixa ao centro do disco est ligada a um mecanismo de indicao.

    Quando uma presso aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento

    proporcional presso aplicada.

    O diafragma geralmente ondulado ou corrugado para aumentar sua rea efetiva.

    FOLE

    O fole tambm muito empregado na medio de presso. Ele basicamente um

    cilindro metlico, corrugado ou sanfonado.

    Quando uma presso aplicada no interior do fole, provoca sua distenso, e como

    ela tem que vencer a flexibilidade do material e a fora de oposio da mola, o

    deslocamento proporcional presso aplicada parte interna.

    Coluna de lquido

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    34

    Consiste, basicamente, num tubo de vidro, contendo certa quantidade de lquido,

    fixado a uma base com uma escala graduada.

    As colunas podem ser basicamente de trs tipos: coluna reta vertical, reta inclinada

    e em forma de U.

    Os lquidos mais utilizados nas colunas so: gua (normalmente com um corante )

    e mercrio.

    Quando se aplica uma presso na coluna o lquido deslocado, sendo que este

    deslocamento proporcional a presso aplicada.

    Manmetro de tubo em U

    Quando o manmetro est separado da linha de gs, os dois lados do manmetro esto

    com o nvel de gua no zero da escala. Isso acontece porque os dois lados do manmetro esto

    sujeitos presso atmosfrica ambiente. Com um lado do manmetro ligado tubulao de

    distribuio de gs (para medir a presso do gs) e o outro lado ainda sujeito presso

    atmosfrica local, a coluna de gua ser forada para baixo no lado pressurizado e elevada no

    lado sob ao da atmosfera. A presso do gs na tubulao medida pelo deslocamento total da

    coluna de gua e seu valor dado em milmetros de coluna de gua (mm ca ou mmH2O).

    O deslocamento total da coluna de gua (DT) dado pela soma da elevao (E) no

    lado atmosfrico e do abaixamento (A) no lado pressurizado. O abaixamento (A) no lado

    pressurizado igual elevao (E) no lado atmosfrico. Por isso, o deslocamento total

    (DT) pode ser medido multiplicando-se o abaixamento (A) ou a elevao (E) por 2.

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    35

    2.4 - Transmissores de Presso

    Os transmissores de presso foram projetados para aplicaes industriais e

    comerciais que exigem medies precisas em gases e lquidos de vrias espcies.

    Construdos a partir de uma pastilha cermica de alta estabilidade mecnica e grande

    resistncia a temperaturas extremas, a escolha ideal para sistemas de refrigerao,

    vapor e compressores.

    TIPO CAPACITIVO

    A principal caracterstica dos sensores capacitivos a completa eliminao

    dos sistemas de alavancas na transferncia da fora/deslocamento entre o processo e o

    sensor.

    Este tipo de sensor resume-se na deformao, diretamente pelo processo de

    uma das armaduras do capacitor. Tal deformao altera o valor da capacitncia total que

    medida por um circuito eletrnico.

    Esta montagem, se por um lado, elimina os problemas mecnicos das partes

    mveis, expe a clula capacitiva s rudes condies do processo, principalmente a

    temperatura do processo. Este inconveniente pode ser superado atravs de circuitos

    sensveis temperatura montados juntos ao sensor.

    Outra caracterstica inerente a montagem, a falta de linearidade entre a

    capacitncia e a distncia das armaduras devido deformao no linear, sendo

    necessrio portanto, uma compensao (linearizao) a cargo do circuito eletrnico.

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    36

    O sensor formado pelos seguintes componentes :

    Armaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido

    Dieltrico formado pelo leo de enchimento (silicone ou fluorube)

    Armadura mvel (Diafragma sensor)

    Uma diferena de presso entre as cmaras de alta (High) e de baixa (Low) produz uma

    fora no diafragma isolador que transmitida pelo lquido de enchimento.

    A fora atinge a armadura flexvel (diafragma sensor) provocando sua deformao,

    alterando portanto, o valor das capacitncias formadas pelas armaduras fixas e a armadura mvel.

    Esta alterao medida pelo circuito eletrnico que gera um sinal proporcional variao de

    presso aplicada cmara da cpsula de presso diferencial

    Tip Fita Extensiomtrica (Strain Gauge

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    37

    Baseia-se no principio de variao da resistncia de um fio. Mudando-se as suas dimenses.

    Tip

    o Piezoeltrico.

    Os elementos piezoeltricos so cristais, como o quartzo que geram uma tenso

    quando sofrem uma deformao fsica, por ao de uma presso. So elementos

    pequenos e de construo robusta. Seu sinal de resposta linear com a variao da

    presso, so capazes de fornecer sinais de altssimas freqncias de milhes de ciclos

    por segundos.

    Pressostato

    um instrumento de medio de presso

    utilizado como componente do sistema de proteo

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    38

    de equipamento ou processos industriais. Sua funo bsica de proteger a integridade

    de equipamentos contra sobrepresso ou subpresso aplicada aos mesmos durante o

    seu funcionamento.

    constitudo em geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set-point e uma

    chave de duas posies (aberto ou fechado).

    Como elemento sensor, pode-se utilizar qualquer um dos tipos j estudado, sendo

    o mais

    utilizado nas diversas aplicaes o diafragma.

    Como mecanismo de ajuste de set-point utiliza-se na maioria das aplicaes uma

    mola com faixa de ajuste selecionada conforme presso de trabalho e ajuste, e em

    oposio presso aplicada.

    O mecanismo de mudana de estado mais utilizado o micro interruptor, podendo

    ser utilizado tambm ampola de vidro com mercrio fechando ou abrindo o contato que

    pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado.

    Tipos de Pressostatos

    a) Diferencial fixo ou ajustvel

    Quanto ao intervalo entre atuao e desarme os pressostato podem ser fornecidos

    com diferencial fixo e diferencial ajustvel.

    O tipo fixo s oferece um ponto de ajuste, o de set-point, sendo o intervalo entre o

    ponto de atuao e desarme fixo.

    O tipo ajustvel permite ajuste de set-point e tambm alterao do intervalo entre o

    ponto de atuao e desarme do pressostato.

    b) Contato SPDT e DPDT

    Quanto ao tipo de contato disponvel no microinterruptor pode-se selecionar o do

    tipo SPDT que composto basicamente por um terminal comum, um contato normal

    aberto (NA) e um contato normal fechado (NF), ou selecionar o tipo DPDT que

    composto de duplo contato, ou seja, dois comuns, dois NA e dos NF sendo um reserva do

    outro.

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    39

    Vlvulas de segurana e alvio

    As vlvulas de Segurana e Alvio foram projetadas

    para proteger automaticamente equipamentos e instalaes

    contra sobrepresses. Para assegurar confiabilidade

    em seu processo de fabricao, obedecem

    rigorosamente normas tcnicas a que esto subordinadas.

    Vasta gama de aplicaes em:

    Ar, gases, vapor d'gua e lquidos.

    Cuidadosamente testadas;

    robustez;

    Vlvula de Alvio:

    um dispositivo automtico de alvio de presso, acionado pela presso

    esttica montante da vlvula, cuja abertura proporcional ao aumento de

    presso, acima da presso de abertura. usada principalmente em aplicaes

    com fluidos no estado lquido.

    Vlvula de Alvio e Segurana:

    um dispositivo automtico de alvio de presso, adequado para atuar tanto como

    uma vlvula de segurana como de alvio, dependendo da aplicao.

    Quando ocorrer um surto de sobrepresso interna no tanque, que ultrapasse a

    presso de calibrao da vlvula, esta ir atuar imediatamente aliviando a sobrepresso

    interna excedente, preservando assim a integridade fsica do tanque e dos equipamentos

    a ele ligados. Aps o alvio da presso, a vlvula retorna posio original

    automaticamente. Vlvulas equipadas com ou sem contatos eltricos, possuem um pino

    sinalizador situado no centro das mesmas, que ficar exposto aps sua atuao,

    acionando os contatos (se houver), permanecendo assim at o seu rearme manual.

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    40

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    41

    Disco de ruptura

    um dispositivo de segurana que protegem vasos de um presso excessiva.

    O disco alivia a sobrepresso por meio da abertura de suas linhas vincadas ao

    longo de seu permetro e dobra-se em um piv no alojamento de entrada.

    Este disco alivia a sobrepresso atravs da reverso e abertura ao longo de suas

    linhas vincadas, fazendo com que o disco se divida na forma de quatro ptalas.

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    42

    2.6 - Instrumentos Conversores de Sinais

    Os conversores tm como funo bsica modificar a natureza ou amplitude de um

    sinal para permitir a interligao de instrumento que trabalham com sinais diferentes.

    Existem diversas situaes para justificar sua aplicao, dentre elas as converses

    de sinais de termopares para corrente ou tenso padro de transmisso ( 4 a 20 mA e 1 a

    5 VDC respectivamente), as converses eletropneumticas, e etc... Todas as converses

    so de iguais importncia, entretanto como as mais comuns so as que permitem a

    comunicao entre sinais eltricos e pneumticos, abordaremos aqui este tipo.

    Conversores eletro-pneumticos e pneumticos-eltricos

    Esses conversores, tambm conhecidos como I/P e P/I, tem como funo

    interfacear a instrumentao pneumtica com a eltrica, bem como permitir a utilizao de

    atuadores pneumticos na instrumentao eletrnica analgica ou digital.

    Conversores eletro-pneumticos (I/P)

    Este instrumento recebe um sinal de 4 a 20 mA DC que aplicado a uma unidade

    magntica (bobina) criando um campo magntico proporcional a intensidade de corrente

    que a excitou. Esse campo proporciona deflexo em uma barra fletora que atua como

    anteparo em relao a um bico de passagem de ar para exausto. A aproximao desta

    barra, conhecida como palheta, ao bico cria uma contra-presso que amplificada

    atravs de uma unidade denominada rel piloto para um sinal pneumtico proporcional

    entrada. A presso de sada realimentada atravs do fole para permitir o equilbrio do

    sistema.

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    43

    Estes instrumentos necessitam basicamente de ajuste de zero, obtido pela variao de carga

    de uma mola, e ajuste de largura de faixa (span) conseguido mudando a relao do momento de

    fora. Como exemplo, temos o esquemtico de um conversor na figura a seguir.

    Posicionador inteligente de vlvula

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    44

    O posicionador inteligente pode ser usado para vlvulas de

    controle linear de ao simples (retorno por mola) ou ao dupla, como

    por exemplo: globo, gaveta, diafragma, etc. vlvulas de controle rotativa

    como: esfera, borboleta, ou plugado com atuadores pneumticos como:

    diafragma, pisto etc.

    baseado no bico-palheta, consagrado pelo uso no campo e no

    sensor de posio por efeito Hall, sem contato fsico, que fornece alto

    desempenho e operao segura. Permite a escolha de vrios tipos de

    curva de caracterizao, possui uma interface simples entre o campo e a sala de controle

    e muitas caractersticas interessantes, que consideravelmente reduzem o custo de

    instalao, operao e manuteno.

    O posicionador inteligente, alm das funes usuais oferecidas por outros

    posicionadores, oferece as seguintes funes:

    Tabela Em adio as funes usuais,como: linear, igual porcentagem

    e abertura rpida

    (hiperblica), o sinal de setpoint da vlvula pode ser linearizado pelo usurio

    de acordo com uma tabela de 16 pontos. Isso permite fazer a curva de caracterizao

    parecer uma combinao de linear e igual porcentagem, etc.

    Ajuste Local Permite o ajuste do curso, da curva de caracterizao, da sintonia,

    do modo de operao, da indicao, do setpoint e dos parmetros PI;

    Senha - Possui trs nveis para funes diferentes; Contador de Operaes - Mostra o nmero de mudanas em cada funo; Auto Ajuste - Calibrao automtica do curso da vlvula; Diagnstico - Monitora permanentemente a condio da vlvula para manuteno

    preventiva.

    Descrio Funcional do Transdutor As partes principais do mdulo de sada so: piloto, servo, sensor de efeito Hall e circuito de

    controle de sada.

    O circuito de controle recebe um sinal de setpoint digital da CPU e um sinal de

    realimentao proveniente do sensor de efeito HALL.

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    45

    A parte pneumtica baseada numa tecnologia, que descrita no item bico

    palheta e vlvula carretel.

    Um disco piezoeltrico usado como palheta no estgio piloto. A palheta

    defletida quando nela aplicada uma tenso pelo circuito de controle. O pequeno fluxo de

    ar que circula pelo bico obstrudo, causando uma alterao na presso da cmara

    piloto, que chamada presso piloto.

    A presso piloto muito baixa e no tem capacidade de vazo e, por isso, deve ser

    amplificada na seo servo. A seo servo tem um diafragma na cmara piloto, e outro

    diafragma menor na cmara do carretel. A presso piloto aplica uma fora no diafragma

    da cmara piloto, que no estado de equilbrio ser igual fora que a vlvula carretel

    aplica no diafragma menor na cmara do carretel.

    Assim sendo, quando tem-se uma alterao de posio via posicionador, a presso

    piloto aumenta ou diminui como explicado no estgio do piloto. Essa mudana na presso

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    46

    piloto fora a vlvula para cima ou para baixo, alterando a presso da sada 1 e da sada

    2, at um novo equilbrio ser alcanado, o que resulta numa nova posio da vlvula.

    Descrio Funcional do Circuito

    Para entender o funcionamento eletrnico do transdutor refira-se ao diagrama de

    bloco (Figura abaixo). A funo de cada bloco descrita a seguir.

    A/D Recebe o sinal de 4-20 mA e converte-o no formato digital para a CPU. D/A Recebe o sinal da CPU e converte-o para uma tenso analgica proporcional

    posio desejada, usada pelo controle.

    Controle Controla a posio da vlvula de acordo com os sinais recebidos da CPU

    e o feedback do sensor de efeito HALL.

    Sensor de Efeito HALL Mede a posio atual da vlvula, faz a realimentao para

    o controle e informa-a para a CPU.

    Sensor de Temperatura Mede a temperatura do circuito do transdutor. Isolao Sua funo isolar o sinal de 4-20 mA do sinal piezoeltrico. EEPROM Memria no-voltil que guarda os dados de configurao do

    posicionador como BACKUP, no caso de troca da placa principal do mesmo.

    Unidade Central de Processamento (CPU), RAM, PROM e EEPROM A unidade

    central de processamento (CPU) a parte inteligente do posicionador, responsvel pelo

    gerenciamento, operao, controle e o auto-diagnstico e a comunicao. O programa

    armazenado na PROM. Para armazenamento temporrio de dados, a CPU tem

    uma RAM interna. A CPU possui uma memria interna no voltil (EEPROM) onde dados

    de configurao so armazenados. Exemplos de tais dados so: calibrao e

    configurao da vlvula.

    Modem HART A funo deste sistema tornar possvel a troca de informaes

    entre o programador e o posicionador, atravs de comunicao digital utilizando o

    protocolo HART.

    Sendo assim, o posicionador demodula da linha de corrente a informao digital

    transmitida pelo programador e, aps process-la, modula na linha a resposta a ser

    enviada. O 1 representa 1200Hz e 0 representa 2200Hz, como especifica o padro.

    O sinal de freqncia simtrico e no afeta o nvel DC da corrente de entrada de

    4-20mA.

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    47

    Fonte de Alimentao Para alimentar o circuito do posicionador, utiliza-se uma

    fonte de corrente de 4-20 mA ou atravs da linha de transmisso do sinal (sistema a dois

    fios). Ela necessita de no mnimo 3,8 mA para funcionar corretamente.

    Controlador do Indicador Recebe dados da CPU e controla o indicador de cristal

    lquido (LCD). Ajuste Local So duas chaves que so ativadas magneticamente, sem nenhum

    contato externo eltrico ou mecnico, atravs de uma chave de fenda de cabo imantado.

    Bico Palheta com Piezo A unidade bico-palheta converte o movimento do disco

    piezoeltrico num sinal pneumtico de presso de controle na cmara piloto.

    Restrio A restrio e o bico formam um circuito divisor de presso. O ar

    fornecido para o bico atravs de uma restrio.

    Carretel O carretel assegura rpido posicionamento da vlvula com a ampliao do

    fluxo de ar.

    2.7 - Resumo

    Presso definida como uma fora atuando em uma unidade de rea.

    As unidades de presso mais usadas so:

    quilograma-fora por centmetro quadrado (kgf/cm2)

    atmosfera (atm)

    libras por polegada quadrada (psi)

    polegada de coluna de gua (ca)

    milmetro de coluna de gua (mm H2O ou mm ca)

    bar e Pascal (Pa

    O instrumento mais simples para se medir presso o manmetro ,

    sendo regulamentado seu uso e fabricao pela norma NBR 14105- Manmetros

    Como Sensor De Elemento , que tem como objetivo estabelecer os critrios para a

    fabricao e uso de manmetros, vacumetros e manovacumetros com sensor de

    elemento elstico para indicao de presso e/ou vcuo para uso industrial, no que

    concerne aos aspectos de classificao em classes de exatido e faixas de

    presso, mtodo de calibrao para verificao das caractersticas metrolgicas e

    as condies mnimas para a utilizao dos indicadores, visando garantir

    durabilidade e segurana

    .

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    48

    As PSVs so os principais dispositivos de segurana de vasos e

    instalaes contra sobrepresses. Tambm utilizado os discos de rupturas e

    pressostatos para indicao e controle.

    CAPTULO 3 - TEMPERATURA

    OBJETIVO:

    Apresentar os principais conceitos relacionados medio e controle

    de temperatura

    Conhecer as principais escalas termomtricas e converso de

    unidades

    Conhecer os principais dispositivos e sensores utilizados na medio

    de temperatura

    Conhecer as normas tcnicas aplicadas a termmetros bimetlicos e

    sensores de temperatura como termopares e termoresistncias.

    3.1 - Introduo :

    A temperatura talvez a varivel mais importante nos processos industriais, e sua

    medio e controle, embora difceis, so vitais para a qualidade do produto e a

    segurana, no s do equipamento, como tambm do homem. No difcil de se chegar

    a esta concluso, basta verificar que todas caractersticas fsico-qumicas de qualquer

    substncia altera-se de forma bem definida em funo de temperatura. Assim sendo, uma

    determinada substncia pode ter suas dimenses, seu estado fsico (slido, liquido,

    gasoso), sua densidade, sua condutividade, etc., alteradas pela mudana de seu estado

    trmico.

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    49

    Conceito de temperatura :

    Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, difcil

    encontrar-se uma definio exata para ela. Estamos acostumados noo de

    "temperatura" antes de tudo pela sensao de calor ou frio quando tocamos um

    objeto. Alm disso, aprendemos logo, por experincia, que ao colocarmos um

    corpo quente em contato com um corpo frio, o corpo quente se resfria e o corpo

    frio se aquece. Se esses corpos permanecem em contato por um determinado

    tempo, eles parecero ter o mesmo grau de aquecimento ou resfriamento.

    Entretanto, sabemos que essa sensao no bastante segura. Algumas

    vezes os corpos frios podem parecer quentes e os corpos de materiais

    diferentes, que esto na mesma temperatura, parecem estar a temperaturas

    diferentes.

    Isto acontece porque a temperatura uma propriedade da matria que

    est relacionada com o movimento dos tomos de uma substncia.

    Normalmente estes tomos possuem uma determinada energia cintica que se

    traduz na forma de vibrao ou deslocamento (para os lquidos e gases).

    Quanto mais rpido o movimento das molculas mais quente se

    encontra o corpo, e quanto mais lento o movimento, mais frio se apresenta o

    corpo. Esta condio pode ser descrita como um potencial trmico ou como

    uma energia efetiva da substncia (energia cintica).

    Baseado nisto podemos definir a temperatura como sendo " A

    propriedade da matria que reflete a mdia de energia cintica de um

    corpo". Na prtica a temperatura representada em uma escala numrica, onde, quanto maior o seu valor, maior a energia

    cintica mdia dos tomos do corpo em questo.

    3.2 - Escalas de Temperatura Desde o incio da termometria, os cientistas, pesquisadores e fabricantes de termmetro

    sentiam dificuldades para atribuir valores de forma padronizada temperatura por meio de

    escalas reproduzveis. Essa dificuldade fez com que se buscassem pontos nos quais se pudesse

    reproduzir de forma definida os valores medidos. Muitas escalas baseadas em pontos diferentes

    foram desenvolvidas ao longo do tempo. Dentre elas as mais importantes foram a

    FAHREINHET, a CELSIUS, a RANKINE e a KELVIN.

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    50

    A escala FAHREINHEIT , ainda, utilizada nos Estados Unidos e em

    parte da Europa.

    Porm, a tendncia de se usar exclusivamente nos processos

    industriais de todo o mundo a escala de CELSIUS.

    A escala RANKINE e a escala KELVIN que so escalas absolutas so

    mais usadas nos meios cientficos sendo que atualmente usa-se quase que

    exclusivamente a escala KELVIN.

    Escala de CELSIUS

    A escala CELSIUS definida como sendo o intervalo de temperatura

    unitrio igual a 1 KELVIN, numa escala de temperatura em que o ponto 0 (zero)

    coincida com 273,15 K.

    A identificao de uma temperatura na escala CELSIUS feita com o

    smbolo C colocado aps o nmero; exemplo 245,36C.

    A escala CELSIUS tem como valor 0 (zero) o ponto de fuso do gelo e

    como valor 100 o ponto de ebulio da gua sendo estes pontos tomados na

    condio de presso igual a 1 atm.

    uma escala relativa obtida atravs da escala KELVIN, sendo esta

    relao definida pela equao :

    C = K 273,15

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    51

    Escala FAHREINHEIT

    A escala Fahreinheit definida como sendo o intervalo de temperatura

    unitrio igual a 1 grau RANKINE , numa escala em que o ponto zero coincide

    com 459,67 R. A identificao de uma, temperatura na escala FAHREINHEIT

    feita com o smbolo "F" colocado aps o nmero; exemplo : 23,40 F.

    A escala FAHREINHEIT tem como ponto de fuso do gelo o valor 32 e

    como ponto de ebulio da gua o valor 212, sendo estes pontos tomados na

    condio de presso igual a 1 atm. Esta escala tambm relativa, obtida pela

    escala RANKINE, sendo esta definida pela equao a seguir.

    F = R - 459,67

    Escala KELVIN (Temperatura Termodinmica)

    Escala Absoluta:

    O fsico irlands William Thomson (lorde Kelvin) chegou concluso de

    que, se a temperatura mede a agitao das molculas, ento a menor

    temperatura possvel aconteceria quando as molculas estivessem em repouso

    absoluto. A esse estado de repouso trmico chamamos zero absoluto.

    Baseado no conceito de temperatura, ele criou a Escala Absoluta, conhecida

    como Escala Kelvin.

    Ele descobriu em laboratrio que, para cada grau Celsius abaixado, a

    presso de um gs diminuia 1/273, portanto a presso seria zero quando ele

    abaixasse 273 graus. Em um gs a presso tambm depende do movimento

    das molculas, por isso a presso zero s poderia acontecer quando as

    molculas estivessem em repouso absoluto. E, assim, foi estabelecido o zero

    absoluto.

    Seguindo o raciocnio, isto , subindo de grau em grau, Kelvin definiu o

    ponto de fuso do gelo de gua em 273K e o ponto de ebulio da gua em

    373K.

    Na escala absoluta no usamos grau, pois uma escala definida e calculada

    experimentalmente, com "compromisso com a realidade fsica".

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    52

    Esta escala possui a mesma diviso da escala CELSIUS, isto , um (1) grau

    KELVIN, corresponde a um (1) grau de CELSIUS, porm, seu zero inicia no ponto de

    temperatura mais baixo possvel, 273,15 graus abaixo de zero da escala CELSIUS. A

    representao feita com o smbolo "K", colocado aps o nmero.

    Escala RANKINE

    Assim como a escala KELVIN, a escala RANKINE uma escala

    absoluta tendo como zero absoluto, o valor 0 (zero), porm ao ponto de fuso e

    ao ponto de ebulio da gua foram dados os valores de 491,67 e 671,67,

    respectivamente.

    R = F + 459,67

    Converso entre as escalas de temperatura Colocando em um mesmo ambiente cinco termmetros: um CELSIUS, um

    FAHREINHEIT, um REAUNMUR, um KELVIN e um RANKINE.

    As diferentes leituras representam, em escalas diversas, uma mesma

    temperatura. A equao 7.5, nos permite relacionar a leitura de uma escala

    para outra, de uma mesma temperatura.

    9492

    5273

    4Re

    932

    5

    RKFC

    3.3 - Medidores de Temperatura

    A temperatura no pode ser determinada diretamente, mas deve ser

    deduzida a partir de seus efeitos eltricos ou fsicos produzidos sobre uma

    substncia, cujas caractersticas so conhecidas. Os medidores de

    temperatura so construdos baseados nesses efeitos.

    Podemos dividir os medidores de temperatura em dois grupos conforme

    a tabela abaixo :

    1 Grupo (Contato direto) - Termmetro dilatao de lquido, de slido

    - Termmetro presso de lquido, de gs, de vapor

    - Termmetro a par termoeltrico

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    53

    - Termmetro resistncia eltrica.

    2 Grupo (Contato indireto) - Pirmetro ptico

    - Pirmetro fotoeltrico

    - Pirmetro de radiao

    O primeiro grupo abrange os medidores nos quais o elemento sensvel

    est em contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir. J no

    segundo grupo esto os medidores nos quais o elemento sensvel no est em

    contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir.

    A aplicao dos diversos tipos apresentados depende em cada caso de

    fatores tcnicos e econmicos.

    Termmetro de dilatao de lquido

    Princpios de funcionamento

    Os termmetros de dilatao de lquido baseia-se na lei de expanso

    volumtrica de um lquido com a temperatura dentro de um recipiente fechado.

    Termmetro de vidro

    Construo

    Este termmetro consta de um bulbo de vidro ligado

    e, um tubo capilar, tambm de vidro, de seo uniforme e

    fechado na parte superior. O bulbo e parte do capilar so

    preenchidos por um lquido, sendo que, na parte superior

    do capilar existe uma cmara de expanso para proteger o

    termmetro no caso da temperatura exceder o seu limite

    mximo. Sua escala linear e normalmente fixada no tubo

    capilar no invlucro metlico.

    Os termmetros industriais, o bulbo de vidro

    protegido por um poo metlico e o tubo capilar pelo invlucro metlico.

    Tipos de lquidos utilizados:

    Diversos lquidos tais como o mercrio, tolueno, lcool etlico, pentano,

    etc., so utilizados na fabricao de termmetros de vidro.

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    54

    Utilizao dos termmetros de vidro

    Por se tratar de um medidor barato, o termmetro de vidro industrial

    utilizado na indicao de temperatura de pequena flutuao, no processo em

    que a leitura da temperatura no prprio local no se constitui problema.

    1) Recomendaes na instalao:

    - No utilizar nos pontos em que haja mudanas bruscas de

    temperatura, pois poderia trincar o capilar de vidro;

    - Para evitar erros devido a temperatura ambiente o bulbo

    dever estar completamente imerso;

    - Instalar o bulbo dentro de um poo metlico para proteo

    mecnica, resistncia corroso e permitir retirada em operao;

    - O bulbo do termmetro deve ser instalado na mesma

    direo e sentido oposto ao do fluxo, a fim de que a vazo mdia do

    fluido seja suficiente para dar uma rpida transferncia de calor.

    Termmetro de lquido em capilar metlico 1) Construo

    Este termmetro consta de um bulbo de metal ligado a um capilar

    metlico e um elemento sensor. Neste caso, o lquido preenche todo o

    instrumento e com uma variao da temperatura, se dilata, deformando

    elasticamente o elemento sensor. Este elemento sensor acoplado a um

    ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala graduada. Como a

    relao entre a deformao do elemento sensor e a temperatura

    proporcional, este instrumento fornece uma leitura linear. A figura abaixo

    apresenta um tipo de termmetro de lquido com capilar metlico.

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    55

    2) Tipos de elemento sensor

    Basicamente, trs tipos de elemento sensor podem ser utilizados para

    medio de temperatura neste tipo de instrumento.

    Utilizao de termmetro de lquido com capilar metlico

    bastante utilizado nas indstrias para indicao e

    registro, pois permite leituras remotas .

    Recomendaes

    Instalar o bulbo dentro

    de um poo protetor para

    permitir manuteno com o

    processo em operao.

    - Sempre que for instalado dentro de um

    poo protetor preencher o espao entre o bulbo

    e o poo a fim de reduzir o atraso na resposta.

    Para tal, podemos usar mercrio, leo, grafite,

    glicerina, etc.

    - No dobrar o capilar com curvatura acentuada para que no se formem

    restries que prejudicariam o movimento do liquido no seu interior, causando

    falha no funcionamento do termmetro.

    - O comprimento mximo do capilar deste sistema deve ser de 60

    metros para os lquidos orgnicos e de 15 metros para enchimento com

    mercrio.

    Termmetro dilatao slido (termmetro bimetlico)

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    56

    Princpio de funcionamento

    O termmetro bimetlico baseia-se no fenmeno da dilatao linear dos

    metais com a temperatura.

    Construo

    Baseado no fato de que dois metais diferentes modificam as suas

    dimenses de modo desigual ao variar a temperatura, o termmetro bimetlico

    consiste em duas lminas de metal justapostas, formando uma s pea e

    geralmente na forma helicoidal. Uma extremidade da hlice fixa e a outra,

    ligada a um ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala circular

    graduada.

    Utilizao dos termmetros bimetlicos

    Estes termmetros tm aplicao similar s dos termmetros de vidro,

    porm por serem resistentes, admitem condies de trabalho mais pesadas.

    So utilizados para medir temperatura na faixa de 50~ + 500C .

    Recomendaes na instalao

    Utilizar sempre poo protetor metlico para evitar corroso, dar proteo

    mecnica e permitir manuteno com o processo em operao.

    Em baixa temperatura a caixa do termmetro deve ser hermeticamente

    selada para evitar que a penetrao de umidade venha a formar gelo,

    prejudicando os componentes internos dos instrumentos.

    Para evitar erros devido temperatura ambiente, o bimetlico deve estar

    completamente imerso no fluido.

    A velocidade do fluido deve ser bastante alta a fim de assegurar uma

    rpida transferncia de calor.

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    57

    3.4 - Escala Internacional de Temperaturas (Its - 90)

    Para melhor expressar as leis da termodinmica, foi criada uma escala

    baseada em fenmeno de mudana de estado fsico de substncias puras, que

    ocorrem em condies nicas de temperatura e presso. So chamados de

    pontos fixos de temperatura.

    Chama-se esta escala de IPTS - Escala Prtica Internacional de

    Temperatura. A primeira escala prtica internacional de temperatura surgiu em

    192, modificada em 1948 (IPTS-48). Em 1960 mais modificaes foram feitas e

    em 1968 uma nova Escala Prtica Internacional de Temperatura foi publicada

    (IPTS-68).

    A ainda atual IPTS-68 cobre uma faixa de -259,34 a 1064,34C baseada

    em pontos de fuso, ebulio e pontos triplos de certas substncias puras

    como por exemplo, o ponto de fuso de alguns metais puros.

    Hoje j existe a ITS-90 Escala Internacional de Temperatura, definida

    em fenmenos determinsticos de temperatura e que definiu alguns novos

    pontos fixos de temperatura.

    Pontos Fixos IPTS-68 IPTS-90

    Ebulio do

    Oxignio -182,962C -182,954C

    Ponto Triplo da

    gua +0,010C +0,010C

    Solidificao do

    Estanho +231,968C +231,928C

    Solidificao do

    Zinco +419,580C +419,527C

    Solidificao do

    Prata +961,930C +961,780C

    Solidificao do

    Ouro +1064,430C +1064,180C

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    58

    o Mtodos e dispositivos para medio de temperatura

    Tipos de Sensores de Temperatura

    Sensores, detetores ou elementos primrios de temperatura so

    transdutores que alteram algumas de suas caractersticas fsicas ao se

    equalizar com o meio a ser determinada a temperatura. Como exemplo

    poderamos citar a dilatao do mercrio num termmetro de vidro, a gerao

    de tenso num termopar, a variao de resistncia hmica num termistor entre

    outras.

    Dos inmeros tipos de sensores de temperatura existentes, como

    termmetros de vidro, termmetros bimetlicos, termmetros de gs,

    termistores, termmetros de quartzo, termopares, termoresistncias,

    termmetros de germnio e outros; os mais utilizados industrialmente so os

    termopares e as termoresistncias.

    3.5 - Termopares

    Os Termopares so sensores de maior uso industrial para medio de

    temperatura.

    Eles cobrem uma faixa bastante extensa de temperatura que vai de -200 a

    2300C aproximadamente, com uma boa preciso e repetibilidade aceitvel,

    tudo isto a um custo que se comparado com outros tipos de sensores de

    temperatura so mais econmicos.

    Teoria Termoeltrica

    O fenmeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T. J.

    Seebeck, quando ele notou que em um circuito fechado formado por dois

    condutores metlicos e distintos A e B, quando submetidos a um diferencial

    entre as suas junes, ocorre uma circulao de corrente eltrica ( i ).

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    59

    A existncia de uma fora eletro-motriz (F.E.M.)EAB no circuito

    conhecida como Efeito Seebeck, e este se produz pelo fato de que a densidade

    de eltrons livres num metal, difere de um condutor para outro e depende da

    temperatura.

    Quando este circuito interrompido, a tenso do circuito aberto (Tenso de

    Seebeck ) torna-se uma funo das temperaturas das junes e da

    composio dos dois metais.

    Denominamos a juno na qual est submetida temperatura a ser

    medida de Juno de Medio (ou junta quente) e a outra extremidade que

    vais se ligar no instrumento medidor de juno de referncia (ou junta fria).

    Quando a temperatura da juno de referncia (Tr) mantida constante,

    verifica-se que a F.E.M. trmica (EAB) uma funo da temperatura da juno

    de medio (T1). Isto permite utilizar este circuito como um medidor de

    temperatura, pois conhecendo-se a Tr e a F.E.M. gerada, determina-se a T1.

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    60

    Abaixo, a Curva de Correlao F.E.M. x Temperatura dos Termopares

    Definio de Termopar

    O aquecimento de dois metais diferentes com temperaturas diferentes

    em suas extremidades, gera o aparecimento de uma F.E.M. (da ordem de mV).

    Este princpio conhecido com efeito Seebeck propiciou a utilizao de

    termopares para medio de temperatura.

    Um termopar ou par termomtrico consiste de dois condutores metlicos

    de natureza distinta, na forma de metais puros ou ligas homogneas. Os fios

    so soldados em um extremo ao qual se d o nome de juno de medio; a

    outra extremidade, juno de referncia levada ao instrumento medidor por

    onde flui a corrente gerada.

    Convencionou-se dizer que o metal A positivo e B negativo, pois a tenso e

    corrente gerada so na forma contnua (cc).

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    61

    Compensao da Temperatura Ambiente ( Tr )

    Para se usar o termopar como medidor de temperatura, necessrio

    conhecer a F.E.M. gerada e a temperatura da juno de referncia Tr, para

    sabermos a temperatura da juno de medio T1.

    E = ET1 - ETr

    Portanto no podemos encontrar a temperatura T1 a no ser que

    saibamos quanto a temperatura Tr.

    Ex: Termopar

    tipo K sujeito a

    100C na

    juno de

    medio e 25C

    na

    borneira do

    instrumento

    (juno de

    referncia)

    Se no existisse a compensao, o sinal de 3,095V seria transformado

    em indicao de temperatura pelo instrumento e corresponderia a

    aproximadamente 76C; bem diferente dos 100C ao qual o termopar est

    submetido (erro de -24C).

    Como o instrumento medidor, est incorporado um sistema de compensao

    da temperatura ambiente, este gera um sinal como se fosse um outro termopar

    que chamamos de E1;

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    O sinal total que ser convertido em temperatura pelo instrumento ser a

    somatria do sinal do termopar e da compensao, resultando na indicao

    correta da temperatura na qual o termopar est submetido (independendo da

    variao da temperatura ambiente).

    A indicao no instrumento ser de 100C, que a temperatura do

    processo (juno de medio do termopar).

    Tipos e Caractersticas dos Termopares

    Foram desenvolvidas diversas combinaes de pares de ligas metlicas

    com o intuito de se obter uma alta potncia termoeltrica (mVC) para que seja

    detectvel pelos instrumentos de medio, aliando-se ainda s caractersticas

    de homogeneidade dos fios, resistncia corroso, relao razoavelmente

    linear entre temperatura e tenso entre outros, para que se tenha uma maior

    vida til do mesmo. Podemos dividir os termopares em trs grupos:

    - Termopares de Base Metlica ou Bsicos

    - Termopares Nobres ou a Base de Platina

    - Termopares Novos

    Os termopares de base metlica ou bsicos so os termopares de maior

    uso industrial, em que os fios so de custo relativamente baixo e sua aplicao

    admite um limite de erro maior.

    As nomenclaturas adotadas esto de acordo com as normas IEC 584-2 de

    julho de 1982.

    *Tipo T

    - Composio: Cobre (+) / Cobre - Nquel (-)

    O fio negativo cobre - nquel conhecido comercialmente como Constantan.

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    - Faixa de Utilizao: -200 a 350C

    - Caractersticas:

    Estes termopares so resistentes a corroso em atmosferas midas e so

    adequados para medidas de temperaturas abaixo de zero. Seu uso no ar ou

    em ambientes oxidantes limitado a um mximo de 350C devido a oxidao

    do fio de cobre. Podem ser usados em atmosferas oxidantes (excesso de

    oxignio), redutoras (rica em hidrognio, monxido de carbono) e no vcuo;

    na faixa de -200 a 350C.

    - Identificao da polaridade:

    O cobre (+) avermelhado e o cobre - nquel (-) no.

    - Aplicao:

    Sua maior aplicao est em indstrias de refrigerao e ar condicionado e

    baixas temperaturas em geral.

    *Tipo J

    - Composio: Ferro (+) / Cobre - Nquel (-)

    O fio negativo cobre - nquel conhecido comercialmente como constantan.

    - Faixa de utilizao: -40 a 750C

    - Caractersticas:

    Estes termopares so adequados par uso no vcuo, em atmosferas oxidantes,

    redutoras e inertes.

    A taxa de oxidao do ferro rpida acima de 540C e o uso em tubos de

    proteo recomendado para dar uma maior vida til em altas temperaturas.

    O termopar do tipo J no deve ser usado em atmosferas sulfurosas (contm

    enxofre) acima de 540C.

    O uso em temperaturas abaixo de 0C no recomendado, devido rpida

    ferrugem e quebra do fio de ferro, o torna seu uso em temperaturas negativas

    menor que o tipo T.

    Devido a dificuldade de obteno de fios de ferro com alto teor de pureza, o

    termopar tipo J tem custo baixo e um dos mais utilizados industrialmente.

    - Identificao da Polaridade:

    Indstrias em geral em at 750C.

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    *Tipo E

    - Composio: Nquel - Cromo (+) / Cobre - Nquel (-)

    O fio positivo nquel - cromo conhecido comercialmente como Cromel e o negativo cobre - nquel conhecido como Constantan.

    - Faixa de utilizao: -200 a 900C

    - Caractersticas:

    Estes termopares podem ser utilizados em atmosferas oxidantes e inertes. Em

    atmosferas redutoras, alternadamente oxidante e redutora e no vcuo, no

    devem ser utilizados pois perdem suas caractersticas termoeltricas.

    adequado para uso em temperaturas abaixo de zero, desde que no esteja

    sujeito a corroso em atmosferas midas.

    O termopar tipo E o que apresenta maior gerao de V/C do que todos os

    outros termopares, o que o torna til na deteco de pequenas alteraes de

    temperatura.

    - Identificao da Polaridade:

    O nquel - cromo (+) mais duro que o cobre - nquel (-).

    - Aplicao:

    Uso geral at 900C.

    Nota: Os termopares tipo T, J e E tem como fio negativo a liga

    constantan, composto de cobre e nquel, porm a razo entre estes dois

    elementos varia de acordo com as caractersticas do fio positivo (cobre, ferro e

    nquel - cromo). Portanto a constantan do fio negativo no deve ser

    intercambiado entre os trs tipos de termopares.

    *Tipo K

    - Composio: Nquel - Cromo (+) / Nquel - Alumnio (-)

    O fio positivo nquel - cromo conhecido comercialmente como Cromel e o negativo nquel - alumnio conhecido como Alumel. O alumel uma liga de

    nquel, alumnio, mangans e silcio.

    - Faixa de utilizao: -200 a 1200C

    - Caractersticas:

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    65

    Os termopares tipo K so recomendveis para uso em atmosferas oxidantes

    ou inertes no seu range de trabalho. Por causa de sua resistncia em oxidao,

    so melhores que os tipos T, J e E e por isso so largamente usados em

    temperaturas superiores a 540c.

    Podem ser usados ocasionalmente em temperaturas abaixo de zero

    graus.

    O termopar de Nquel - Cromo (ou Cromel) / Nquel - Alumnio (ou Alumel)

    como tambm conhecido, no deve ser utilizado em:

    1. Atmosferas redutoras ou alternadamente oxidante e redutora.

    2. Atmosferas sulfurosas, pois o enxofre ataca ambos os fios e causa rgida

    ferrugem e quebra do termopar.

    3. Vcuo, exceto por curtos perodos de tempo, pois o cromo do elemento

    positivo pode vaporizar causando descalibrao do sensor.

    - Identificao da Polaridade:

    O Nquel - Cromo (+) no atrai m e o Nquel - Alumnio (-) levemente

    magntico.

    Aplicao:

    o termopar mais utilizado na indstria em geral devido a grande faixa de

    atuao at 1200C.

    Os termopares nobres so aqueles cujas ligas so constitudas de

    platina. Possuem um custo elevado devido ao preo do material nobre, baixa

    potncia termoeltrica e uma altssima preciso dada a grande homogeneidade

    e pureza dos fios.

    *Tipo S

    - Composio: Platina 90%- Rdio 10% (+) / Platina (-)

    *Tipo R

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    - Composio: Platina 87% - Rdio 13% (+) / Platina (-)

    - Faixa de Utilizao: 0 a 1600C

    - Caractersticas:

    Os termopares tipo S e R so recomendados para uso em atmosferas

    oxidantes ou inertes no seu range de trabalho.

    O uso contnuo em altas temperaturas causam excessivo crescimento de gro,

    ao qual

    A diferena entre os termopares do tipo S e R est s