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REPORTAGEM INSTITUCIONAL COMISSÕES TÉCNICAS MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO E ENERGIA ABTCP
março/March 2016 - Revista O Papel
CTs DE MANUTENÇÃO E DE RECUPERAÇÃO E ENERGIA ABREM AGENDA DE REUNIÕES DO ANO
A Norma Regulamentadora (NR) 13 vem, há
tempos, sendo o tema principal dos debates
entre os participantes das Comissões Técnicas
(CTs) de Manutenção e de Recuperação e Energia da
ABTCP. Em 25 de fevereiro último, as comissões se
reuniram na sede da Associação, prosseguindo com
Norma Regulamentadora (NR) 13 foi a pauta central da primeira reunião das Comissões Técnicas de Manutenção e de Recuperação e Energia da ABTCP. Processo de revisão da NR13 prossegue com a análise do item relativo à tubulação como próximo alvo dos trabalhos
Por Cristiane Pinheiro Especial para O Papel
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REPORTAGEM INSTITUCIONAL COMISSÕES TÉCNICAS MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO E ENERGIA ABTCP
Revista O Papel - março/March 2016
o processo de discussão da revisão da Norma, cujo
próximo item a revisar será o relativo às tubulações.
E a pergunta inicial foi: toda a tubulação deve ser
analisada ou apenas a parte que chega até o vaso
de pressão?
“Apesar de a NR13 indicar a análise da tubulação
até o vaso de pressão, verificamos a relação custo–
benefício e decidimos fazê-la em todo o processo
em nossa fábrica de Limeira (SP)”, afirmou Daniel
Freitas, profissional que representou o Grupo Suza-
no durante a reunião das CTs, detalhando aos pre-
sentes o que a empresa tem feito em suas unidades
para plena adequação às exigências da NR13.
Para verificação de todos os pontos exigidos pela
NR13 às empresas, a unidade de Limeira organizou
um grupo de trabalho. Houve troca de informações
entre todas as unidades da empresa e resultou cria-
da uma planilha que estabeleceu o Plano de Manu-
tenção. “Por meio desse documento, temos ideia de
como estão os processos, principalmente, em rela-
ção aos prazos estipulados para a implementação
de cada um”, afirmou Freitas.
A apresentação do case Suzano sobre a NR13 foi
destaque durante a reunião das CTs de Manutenção
e de Recuperação e Energia em associação com a
palestra proferida por Fabricio Stange (Fibria) – re-
presentante do setor de celulose e papel na Comis-
são que revisa a Norma. O executivo da Fibria exibiu
aos participantes as principais propostas de mu-
danças em havendo uma possível revisão da NR13
no ano de 2016.“ A comissão está trabalhando no
texto da NR13, a fim de adequá-lo criteriosamente
após as grandes alterações da Portaria Nº 594, de
28 de abril de 2014” afirmou Stange.
As principais mudanças propostas dizem respei-
to a vasos que operam com vácuo, vasos de pres-
são construídos sem código de projeto, projeto de
instalação de vasos de pressão, dispositivo contra
Participantes das Comissões Técnicas de Manutenção e de Recuperação e Energia da ABTCP durante reunião realizada na sede da ABTCP
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REPORTAGEM INSTITUCIONAL COMISSÕES TÉCNICAS MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO E ENERGIA ABTCP
março/March 2016 - Revista O Papel
A NR13 estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade es-
trutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de
interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, opera-
ção e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores.
Todo o processo é conduzido pela CNTT NR-13, comissão formada para atuar por tempo indeterminado, ligada à
Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), do Ministério do Trabalho e Emprego, que faz a gestão de assun-
tos ligados à segurança e saúde do trabalho no Ministério.
Mais informações sobre outras revisões propostas para a NR13 podem ser lidas na edição digital da revista O Papel: http://www.opapeldigital.org.br/pub/papel/index.jsp?ipg=175657
O que é a NR13?
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Revista O Papel - março/March 2016
bloqueio inadvertido e classificação de caldeiras. Se-
gundo Stange, as mudanças na NR13 devem impactar
pouco o setor de celulose e papel.
Outro assunto debatido foi o item 13.2.2 – Ajustes
Diversos. “Este item é pouco percebido pelas empre-
sas”, apontou Stange. Apesar de não contemplado
pela NR13, é importante que as empresas mante-
nham um inventário e planos de inspeção para esses
equipamentos, conforme normas vigentes para tanto.
Compartilhando da visão de Stange, o consul-
tor Milton Mentz acrescentou que: “a prioridade,
no momento, são as tubulações, pois há prazos
já definidos para adequação e que já venceram.
Entretanto, é preciso também ter atenção para os
demais equipamentos contemplados pela Norma”.
Stange acredita que após a revisão da NR13, pre-
vista para 2016, o próximo ciclo de debates envol-
verá os equipamentos não metálicos, inspeção não
intrusiva, recipientes móveis e transportáveis, pH,
capacitação de trabalhadores e sistemas e disposi-
tivos de proteção.
Não foi esta a primeira vez que as Comissões Téc-
nicas de Manutenção e de Recuperação e Energia se
reuniram para a discussão de um tema em comum.
“Vimos com bons olhos essa sinergia existente entre
as duas Comissões, especialmente neste momento de
discussões às voltas da NR13”, comentou Cesar Anfe
(Lwarcel), coordenador da Comissão Técnica de Recu-
peração e Energia da ABTCP.
“Um dos assuntos que esta sinergia já nos ren-
deu benefícios foi a ampliação do prazo de inspe-
ção das caldeiras, que passou de 12 meses para 15
meses”, ressaltou Anfe. Para Luiz Marcelo Piotto
(Fibria), coordenador da CT de Manutenção, “esta
integração de trabalhos é benéfica para todos, pois
as mudanças da NR13 impactam a manutenção e
operação das fábricas de celulose e papel”.
Os participantes de ambas as Comissões também
discutiram sobre o planejamento das próximas
reuniões dos grupos. Para este ano, estão progra-
mados: Seminário de Automação e Manutenção,
que deverá ocorrer em abril, e mais uma reunião
conjunta em junho. n
Caso você tenha interesse em participar das Comis-
sões Técnicas da ABTCP, por favor, entre em contato
pelo e-mail: [email protected]
Stange: “A comissão está trabalhando no texto da NR13, a fim de adequá-lo após as grandes alterações da Portaria Nº 594 de 28 de abril de 2014”
Freitas: ”Apesar de a NR13 indicar a análise da tubulação até o vaso de pressão, verificamos a relação custo–benefício e decidimos fazê-la em todo o processo em nossa unidade de Limeira (SP)”
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