Cuidado s Como Pact e

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    CUIDADOS COM O PACIENTE ACAMADO

    Nos dias de hoje, onde h superlotao de hospitais e falta de leitos, grande parte dos pacientesrecebe alta, assim que tem fim a interveno mdica, para retornarem a suas casas o maisrpido possvel, com a finalidade de abrirem vagas nos hospitais e que o paciente se recupereno conforto do lar. Contudo, h casos em que o paciente precisa de um acompanhamento

    profissional, para que sua reabilitao se faa de maneira mais rpida e eficiente, dandocondies pra que o ele volte mais rpido ao seu estado de sade normal, ou mais prximo donormal possvel. Mais do que nunca, se faz necessria presena de um profissional que faa areabilitao domiciliar, que, alm de tratar o paciente, ir educar seus familiares a comoproceder em certas ocasies, como mud-lo de decbito, que condutas so melhores e maisindicadas para cada situao, complexa ou no, que o paciente apresentar.O profissional (massoterapeuta, fisioterapeuta, etc.) poder prestar atendimento ao paciente atmesmo no hospital, quando o paciente est sob tratamento, cuidando para que ele tenha omximo de ateno tanto no mbito psicolgico, como no teraputico, zelando por sua sade ebem estar.Ambiente HospitalarPara realizar atendimento em ambiente hospitalar, imprescindvel que o profissional esteja

    consciente de que so necessrios materiais e condutas especiais, por se tratar de umambiente, de certa forma, infecto, e que h grandes chances de ocorrer qualquer complicao seno forem seguidas as condutas adequadas ao procedimento ser realizado.Infeco hospitalar: aquela adquirida aps a admisso do paciente e que se manifesta durante a internao ouaps a alta, quando puder ser relacionada com a internao ou procedimentos hospitalares.So tambm convencionadas infeces hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas dainternao, quando associadas a procedimentos teraputicos e/ou diagnsticos, realizadosdurante este perodo.As infeces no recm-nascido so hospitalares, com exceo das transmitidas de formatransplacentria e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 horas.Infeces comunitrias:So consideradas infeces comunitrias:- A infeco que est associada com complicao ou extenso da infeco j presente naadmisso, ou que haja mudana de microorganismos com sinais ou sintomas fortementesugestivos da aquisio da nova infeco;- A infeco em recm-nascido, cuja aquisio por via transplacentria conhecida ou foicomprovada e que se tornou evidente logo aps o nascimento: (herpes simples, toxoplasmose,rubola, citomegalovrus, sfilis e AIDS);- As infeces de recm-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 horas;Classificao das Cirurgias por Potencial de Contaminao:- Cirurgias Limpas: so realizadas em tecidos estreis, na ausncia de processos infecciosos;cirurgias eletivas; cirurgias em que no ocorre penetrao nos tratos urinrio, digestivo,respiratrio, etc.- Cirurgias Potencialmente Contaminadas:so aquelas realizadas em tecidos colonizados porflora microbiana pouco numerosa, na ausncia de processos infecciosos; cirurgias comdrenagem aberta e naquelas que ocorre penetrao sem contaminao significativa nos tratosurinrio, digestivo, respiratrio etc.- Cirurgias Contaminadas:so aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados eabertos, na presena de inflamao aguda na inciso; obstrues biliares ou urinrias tambmse incluem nesta categoria.

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    - Cirurgias Infectadas:so todas as intervenes cirrgicas realizadas em qualquer tecido ourgo, em presena de processo infeccioso (supurao local) e/ou tecido necrtico.

    Precaues Universais e Equipamento de Proteo Individual (EPIs):Lavagem de mos:

    - Lavar as mos aps tocar em sangue, fluidos corporais, secrees e itens contaminados,

    mesmo que tenha sido feito o uso de luvas;- Usar sabo neutro (no germicida) para lavagem de mos de rotina;- Usar detergente anti-sptico ou um produto para anti-sepsia rpida (lcool glicerinado);

    Luvas:- Usar luvas (procedimento) quando tocar em sangue, fluidos corporais, secrees e itenscontaminados;- Usar luvas (estreis) imediatamente antes de tocar em membranas mucosas e/ou pele nointacta;- Mudar as luvas entre tarefas diferentes no mesmo paciente aps contatos que possamconter uma alta concentrao de microorganismos;- Remover as luvas imediatamente aps o uso, antes de tocar itens no contaminados esuperfcies ambientais;

    - Trocar de luvas antes de atender outro paciente;- Lavar as mos imediatamente aps retirar as luvas para evitar a transferncia demicroorganismos para outros pacientes ou ambiente;

    Mscaras, Protetores Oculares ou de Face:- Usar uma mscara, protetor ocular e/ou protetores faciais para proteger as membranasmucosas dos olhos, nariz e boca durante procedimentos e atividades com pacientes quepossam gerar respingos ou aerossis de sangue, fluidos corporais, secrees ou excrees;

    Avental:- Usar avental (limpo, no estril) para proteger a pele e prevenir o umedecimento das roupasdurante procedimentos e atividades de cuidados com pacientes que possam gerar respingose/ou aerossis de sangue, fluidos corporais, secrees e excrees;- Escolher avental que seja apropriado para a atividade e a quantidade de secrees que sesupem encontrar;- Remover aventais midos assim que possvel e lavar as mos para evitar a transferncia demicroorganismos para outros pacientes ou ambiente;Materiais e Equipamentos:

    - Manusear materiais e equipamentos sujos com sangue, fluidos corporais, secrees eexcrees de forma a prevenir a exposio de pele e membranas mucosas, contaminao deroupas e transferncia de microorganismos para outros pacientes ou ambiente;

    - Assegurar-se de que equipamentos e materiais reutilizveis no sejam utilizados em outropaciente at que tenham sido submetidos a limpeza e reprocessamento adequados;

    - Assegurar-se de que equipamentos e materiais descartveis sejam descartadosapropriadamente aps o uso;Controle ambiental:

    - Assegurar-se de que os procedimentos de rotina para limpeza e desinfeco de superfcies,mveis, unidade de pacientes e outros artigos esto sendo seguidos;Roupas:

    - Manusear, transportar e processar roupas usadas umedecidas ou sujas com sangue, fluidoscorporais, secrees e excrees de forma que possa prevenir a exposio e contaminao daroupa, para evitar a transferncia de microorganismos para outros pacientes e ambiente;Isolamento:I - Por Gotculas:

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    - recomendado para reduzir o risco de transmisso de agentes infecciosos presentes empessoas infectadas ao falar, tossir e espirrar;

    Medidas Recomendadas:- Quarto privativo com banheiro;- Uso de mscarasIndicaes:

    - Caxumba;- Coqueluche;- RubolaII - Por Transmisso Area:

    - recomendado para reduzir o risco de transmisso de agentes infecciosos peladisseminao de gotculas contendo microorganismos que possam permanecer suspensos no arpor longos perodos ou por poeira contaminada com agentes infecciosos;Medidas Recomendadas:

    - Quarto privativo com banheiro que possua sistema de ventilao especial pelo risco dedisseminao da infeco pelo ar;

    - Porta do quarto sempre fechada;- Mscaras adequadas;

    Indicaes:- Sarampo;- Rubola;- Tuberculose pulmonar ou larngea;- Varicela;III Por Contato:- recomendado para reduzir o risco de transmisso de microorganismos pelo contato, quepoder ser:Contato Direto: o microorganismo transferido de uma pessoa infectada para um hospedeirosuscetvel atravs do contato fsico;Contato Indireto: ocorre pelo contato do hospedeiro suscetvel com material ou equipamentocontaminado, com mos no lavadas, luvas no trocadas, medicaes contaminadas;Medidas Recomendadas:- Quarto privativo com banheiro;- Luvas;- Avental;- Desinfeco de materiais de uso do paciente;Indicaes:-Infeces em grandes feridas;-Escabiose e pediculose;-Conjuntivite viral aguda;-Febre Hemorrgica viral (Ebola, Lassa);-Varicela;-lcera de decbito infectada;Controle MicroorganismosO bem estar da humanidade depende em grande parte da capacidade do homem em controlar apopulao de microorganismos visando:- Prevenir a transmisso de doenas.- Evitar a decomposio de alimentos.- Evitar a contaminao da gua e do ambiente.Esse controle de microrganismos possvel pela ao de agentes fsicos e qumicos, quepossuem propriedades de matar a clula microbiana, ou de impedir a sua reproduo.

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    Esterilizao - Destruio total da populao microbiana e este termo deve ser empregadosempre em carter absoluto, no sendo jamais empregado quando no houver a destruio totaldessa populao.Estril - um termo absoluto, ou seja, um material est estril ou no. No pode ser"parcialmente estril" ou "quase estril"Desinfetante - uma substncia qumica que mata as formas vegetativas de microrganismos

    patognicos, mais no necessariamente suas formas esporuladas. Refere-se normalmente asubstncias utilizadas em objetos inanimados.Anti-sptico - um composto qumico usualmente aplicado na superfcie do corpo humano paraprevenir a multiplicao dos microrganismos. Mata os microrganismos, ou inibe seu crescimentoe sua atividade metablica.Saneador- Agente que mata 99,9% dos microrganismos contaminantes de uma rea. Sonormalmente aplicados em objetos inanimados (copos, talheres, pratos e utenslios emrestaurantes), e tambm na limpeza de equipamentos de lacticnios e indstrias de alimentos.

    Paciente no LeitoO paciente prostrado no leito por longos perodos exige uma maior ateno do profissional queest com ele. Dependendo da patologia do paciente e do local onde ele se encontra (casa ou

    hospital), ele despender de cuidados e medidas prprias para ele, podendo estar fazendo usode medicao intravenosa (intracath, abocath), algum tipo de drenagem (torcica, estomacal),recebendo alimentao via sonda (nasoentrica, nasogstrica) ou at mesmo com algum fixadorou trao ssea. O terapeuta, ao realizar as condutas prprias da sua rea, deve terconhecimento de como interagir com o meio, ou seja, como realizar seu servio sem receio detracionar, puxar ou deslocar acidentalmente algum acesso ou dreno.Acesso venosoAlguns pacientes, tanto em hospitais como domiciliares, podem estar recebendo medicao ousoro via corrente sangunea. O medicamento pode ser ministrado atravs de dois tipos deacessos: Intracath:acesso venoso profundo, geralmente inserido na veia subclvia; e Abocath,acesso venoso mais superficial localizado geralmente nos membros (antebrao, mo, tornozelo,p).Drenagem

    Pacientes usurios de algum tipo de drenagem podem necessitar de atendimento porestarem muito tempo acamados. A drenagem pode ser de trax, mediastino, aps cirurgias ouat mesmo drenagem gstrica. Geralmente o tubo de drenagem facilmente identificado, sendoele grosso, podendo estar aberto em frasco (vidro coletor) ou fechado em compartimento comgua (selo dgua);Alimentao via sonda

    Pacientes que se encontram sob este tipo de procedimento, possuem alguma dificuldadede se alimentar pelo modo convencional. Podem sofrer de algum distrbio neurolgico, motor oupsicolgico, sendo obrigatria sua nutrio pelo meio de sondas. Elas podem ser do tipoNasoentrica (vo at o intestino delgado); ou Nasogstrica (vo at o estmago). Ambas soinseridas pela cavidade nasal.Trao e fixadores sseosQuando h casos de fraturas mais srias, o mdico pode fazer uso de traes,utilizadas antesda cirurgia para diminuir a dor do paciente, e de fixadores sseos, utilizados para consolidar oosso de forma correta.

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    Cuidados com FraturasFratura Fechada: Caracteriza-se pela ocorrncia de dor intensa, deformao do local

    afetado (se comparado com a parte normal), incapacidade ou limitao de movimento e edema(inchao) no local;

    Fratura Aberta: Neste caso,deve-se proteger o ferimento com gazeou pano limpo antes de imobilizar, a fimde evitar a penetrao de poeira ouqualquer substncia que favorea umainfeco.O paciente que sofreu algum tipo defratura, seja ela exposta ou fechada,necessita de muita ateno e cuidadosespeciais, pois, qualquer movimento

    brusco ou errneo, pode afetar seuferimento, causando dor, desconforto eprejudicar o tratamento. (Figura A: Fratura de rdio e Ulna); No ambiente hospitalar ou ambulatorial, amobilizao do paciente deve ser orientada pelo fisioterapeuta, que, analisando a situao,indicar a forma mais adequada e segura de realizar o procedimento, que ser executado pelaequipe de fisioterapeutas ou de enfermagem. O massoteraputa tambm poder atuar conformesua legislao, usando tcnicas de massoterapia,na reabilitao do paciente fraturado, contudo,orientado tambm pelo fisioterapeuta responsvel. Os efeitos da massagem so extremamentebenficos a um paciente imobilizado, tanto antes da cirurgia, casa haja necessidade, ou depois.

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    A massagem vai melhorar a circulao sangunea e linftica, ajudando a nutrio dos tecidos dopaciente, diminuindo as chances de formao de escaras, e a formao de edemas, situaomuito comum em pacientes a muito tempo acamados. Ao realizar seu procedimento, omassoteraputa dever ter muito cuidado, pois a regio afetada muito sensvel, principalmentese o paciente estiver fazendo uso de uma trao ou fixao trans-esqueltica. (Figura B: FixadorExterno); Durante a terapia, no poder ser causada nenhum tipo de angulao na estrutura

    afetada do paciente, pois isso poder gerar dor e prejudicar sua recuperao, podendo tambminterferir no tratamento. J que o paciente, pode ter sofrido uma cirurgia e sua estrutura ssea tersido fixada por uma placa.(Figura C: Placa de Fixao ps-cirrgica)Novamente ressaltamos que a massagem em ambiente hospitalar ou em reabilitao, deve serorientada e prescrita pelo fisiatra ou pelo fisioterapeuta responsvel. Ao realizar suascompetncias, o massoteraputa deve certificar-se se h necessidade ou no do uso deequipamento de proteo (EPIs), e se o paciente refere dor ou sensibilidade em alguma regio.Em pacientes psoperatrios(figura. 4), o cuidado primordial, pois foi inserida uma placa de

    fixao ssea no paciente, aqual, pode ser quebrada se nohouver um mximo de cuidado.Em situaes em que o paciente

    submetido a longos perodossob o uso de fixadores trans-esquelticos, o massoteraputaajudar a diminuir as adernciasque acometem a pele dopaciente, facilitando o processode reparao de cicatrizes.

    Como retir-lo do leitoO terapeuta deve ter muita ateno ao tentar tirar o paciente do leito ou sent-lo em algumapoltrona. Primeiro, o paciente pode apresentar tonturas ao erguer-se muito rpido, segundo,deve-se tomar muito cuidado com acesso de soro, dreno ou outros conectores invasivos quepodem ser tracionados se no tiver o devido cuiado.

    1- Retirar obstculos do caminho;2- Mover conectores para o lugar mais prximo possvel de onde o paciente for sentar,

    respeitando o comprimento dos acessos;3- Se o paciente conseguir levantar sozinho, eduque-o a:

    A) Virar de lado;B) Dobrar os joelhos;C) Erguer o tronco;D) Permanecer alguns minutos sentado no leito caso haja tonturas;E) Apie os ps no cho;F) Ajude-o a caminhar at a poltrona;

    4- Caso o paciente no consiga colaborar:A) Chamar algum para ajudar a erguer o paciente;B) Utilizar um lenol (meio) em baixo do paciente para servir como maca improvisada;C) Erguer por este lenol (cadeirinha) e repous-lo na poltrona;

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    5- Certificar-se que no houve danos aos conectores do paciente;6- Em caso de ocorrer, comunicar a enfermeira responsvel;

    Higiene:Banho

    Deve ficar a critrio do paciente escolher a hora do banho, estando o terapeuta junto com ele,jamais deixando-o sozinho. O material deve ser organizado perto do paciente, estando ele em

    condies ou no de tomar banho sozinho. A gua deve estar em uma temperatura agradvel,ficando o terapeuta responsvel de temper-la, pois o paciente pode apresentar reduo desensibilidade temperatura.CuidadosTransporte para cadeira de rodas ou para camaColocar uma poltrona ou cadeira de rodas bem prximo cama, de preferncia do lado no afetado do paciente. Quando o paciente for transferido para a cadeira, traz-lopara a beirada do leito. Ele poder apresentar tonturas e cair, portanto, o terapeutadeve ficar prximo ao paciente. Os braos dele devem estar apoiados nos ombros do

    terapeuta. Para melhorar o apoio, colocar nele um cinto bem largo parapoder segur-lo com mais firmeza.Como ajudar a ir ao banheiro A pessoa enferma freqentemente precisar de ajuda para irao banheiro. Procurar lhe dar a maior privacidade possvel,deixando-o sozinho para realizar suas necessidades Em vez de fazer suas necessidades no leito, prefervel queo paciente v ao banheiro (sozinho ou acompanhado) mesmoque seja com alguma dificuldade. Coloque no banheiro todo omaterial de higiene que ele poder precisar em algum lugar queseja fcil alcanar. Pea orientaes equipe de enfermagem sobre como limparo paciente aps a evacuao.As escaras de decbito e a posio do paciente no leito:

    As lceras de decbito (lceras de presso, lcerascutneas) so leses cutneas decorrentes de uma insuficincia do fluxo sangneo portempo prolongado.

    FisiologiaO movimento normal do corpo faz a presso sobre os vasos sanguneos variar e, dessa forma, acirculao sangnea no interrompida durante um longo perodo, alm disso, uma camada degordura subcutnea, especialmente sobre as proeminncias sseas, atua como um coxim para apele e evita que os vasos sangneos sejam comprimidos e obstrudos.FisiopatologiaA pele possui um suprimento sangneo abundante que fornece oxignio a todas as suascamadas. Quando este suprimento sangneo interrompido por mais de 2 ou 3 horas, a pelemorre, comeando por sua camada mais externa (a epiderme).Uma causa comum de reduo do fluxo sangneo para a pele a presso.

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    Vrios fatores esto implicados na leso cutnea entre eles, destacam-se a presso, foras dedeslizamento, frico e umidade.A pele normal pode resistir a presses entre 200 a 600 mmHg por at 11 a 16 horas. Naspopulaes com risco aumentado, ulceras isqumicas se desenvolvem quando uma rea sofrepresso de 500 mmHg por 2 horas ou 150 mmHg por 10 horas. Entretanto, pode ocorrerdegenerao das fibras musculares em apenas 1 a 2 horas, quando submetidas a uma presso

    de 60 a 70 mmHg. Nas proeminncias sseas a presso chega a atingir 100 a150 mmHg.A presso aumentada induz a isquemia tecidual, seguida de um eritema reacional, e umprolongamento desta isquemia causa extravasamento de plasma para o interstcio e podeaparecer hemorragia no local. A pele, por ser mais resistente que o tecido subcutneo, permite oaparecimento de tumorao amolecida, que pode infectar-se em caso de bacteremia (infecoendgena).As foras de deslizamento que acontecem nos pacientes acamados com a cabeceira do leitoelevada que desliza em direo ao p da cama, estrangulam os vasos subcutneos e descolama pele, aumentando a tumorao. A frico e umidade locais finalmente provocam a eroso dapele.As ulceras que envolvem apenas a epiderme ou a extenso da derme levam 2 dias a semanaspara cicatrizar, e aquelas que envolvem o tecido subcutneo ou atingem msculo e osso, tendocomo agravante a infeco, levam meses e as vezes nunca cicatrizam na ausncia detratamento cirrgico.ImportnciaAs lceras de decbito constituem um srio problema que afeta cerca de 9% dos pacienteshospitalizados e 23% dos indivduos em assistncia domiciliar.Esta condio tem implicao direta no tratamento, pois freqentemente resulta em dor, piora daqualidade de vida, maior risco de infeco, aumento do tempo de hospitalizao e dos custos dotratamento. Na maioria dos indivduos, as lceras de decbito causam alguma dor e prurido,porm, nos indivduos com a sensibilidade afetada, mesmosas lceras profundas e graves podem ser indolores.As lceras de decbito so classificadas por estgios:Estgio 1 Pele intacta; Alterao de cor (vermelhido, hematoma); Alterao de Temperatura (quente ou frio) Sensao de dor, irritao.

    Estgio 2 Derme e/ou epiderme afetadas

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    Apresenta-se em forma de cavidade (cratera) rasa ou fstulas lcera Superficial

    Estagio 3 Dano em toda espessura da pele; Necrose do tecido subcutneo; Pode atingir a fscia; Cavidade profunda

    Estagio 4 Dano em toda espessura da pele; Necrose tecidual; Dano em msculos, ossos, tendes; Formao de escavaes e reas ou cavidadessinusais

    PrevenoA preveno prioridade mxima e as lceras de decbito profundas quase sempre podem serprevenidas com um cuidado intensivo do paciente. Uma inspeo meticulosa diria da pele deum indivduo restrito ao leito pode detectar precocemente a hiperemia, e qualquer sinal dehiperemia indica a necessidade de uma ao imediata para se evitar que ocorra a ruptura dapele.As proeminncias sseas podem ser protegidas com materiais macios (rteses), e as camas, ascadeiras e as cadeiras de rodas podem ser acolchoadas para reduzir a presso.

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    A massagem uma opo para a preveno de escaras, pois ativa a circulao sangnea local.No entanto, esta tcnica somente deve ser aplicada na fase inicial, enquanto no houver leses

    abertas na pele.Os indivduos que no conseguem se mover devem ser mudados de posio freqentemente; arecomendao usual a mudana de posio a cada 2 horas e a manuteno da pele limpa eseca. Os indivduos que passam muito tempo ao leito podem utilizar colches especiais (colchopiramidal).

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    TratamentoO tratamento de uma lcera de decbito muito mais difcil que a sua preveno. Felizmente,nos estgios iniciais, as lceras de decbito geralmente cicatrizam por si aps a presso serremovida. Quando a pele se rompe, a proteo da mesma com um curativo de gaze pode ajudarna cicatrizao (Dersani).Quando a lcera parece estar infectada ou exsudativa, a lavagem delicada com sabo ou ouso de desinfetantes pode remover o material morto e infectado. No entanto, uma lavagem muitoenrgica retarda a cicatrizao. Algumas vezes, em casos mais graves, o mdico precisaremover (debridar) o material morto prevenindo a disseminao de infeces.As lceras de decbito profundas so de difcil tratamento e algumas vezes, elas exigem otransplante de pele saudvel para a zona lesada. Infelizmente, esse tipo de cirurgia nem sempre possvel, sobretudo nos indivduos idosos, frgeis e desnutridos.Freqentemente, quando ocorrem infeces mais profundas em uma lcera, antibiticos soadministrados. Quando os ossos localizados abaixo de uma lcera so infectados, a osteomielite(infeco ssea) extremamente difcil de ser curada e pode disseminar-se atravs da correntesangnea, exigindo muitas semanas de tratamento com um antibitico.

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    Posio totalmente deitada (decbito dorsal):A permanncia prolongada nesta posio poder facilitar oaparecimento de escaras.Procurar mudar o paciente de posio vrias vezes ao dia.Posio lateral:Observar na figura os pontos expostos ao aparecimento de escaras.

    Pode ser til colocar um travesseiro na cabea e outro menor entre aspernas, para atenuar o atrito causado pelo peso de uma perna sobre a outra.Posio sentada:Usar uma almofada de espuma ou de outro material macio. As costas e os pstambm devero ter algum acolchoado. Um banco com espuma para os pstambm pode ser til.Posio de Fowler (sentado meio inclinado):Na posio Fowler, os travesseiros, acolchoados ou almofadas tambm seromuito teis.

    Lavagem das mosAs mos devem estar sempre limpas, pois existem milhes de bactrias e micrbios que

    podem se esconder embaixo das unhas, mesmo depois de t-las lavado com bastante gua.A forma descrita abaixo a mais eficiente para eliminar grande parte dos germes. Se no forpossvel fazer exatamente deste jeito em todas as ocasies, seguir estas instruesprincipalmente na hora de preparar as refeies e fazer curativos.Como lavar as mos: Usar sabonete ou o prprio sabo de lavar roupas e esfregar as mos por um minuto;enxagu-las, tirando todo o sabo desta primeira lavada. Tornar a passar o sabo e, desta vez, concentrar-se nos dedos e unhas. Procurar lavardedo por dedo de todos os lados. Pode ser feito o uso de uma esptula de unha, para limpar embaixo de cada uma delas. Enxaguar as mos e a torneira.

    A torneira deve ser fechada com um papel toalha, para que no haja nova contaminaodas mos.Aps fechar a torneira, secar as mos com uma toalha bem limpa.

    Como fazer um curativo de escara1 - Lavar muito bem as mos.2 Fazer uso de luvas;3 - Retirar o curativo com cuidado para que ele no encoste na ferida e lave novamente asmos.4 - Lavar bem a leso com soro fisiolgico.5- Com gaze estril limpar ao redor da ferida, sem encostar na leso.6 - Cobrir a ferida, sem apertar, com outras gazes e esparadrapo.

    7 - Lavar as mos novamente. Ateno s refeiesA dor desestimula o apetite. Portanto, o paciente deve estar medicado com analgsicos

    prescritos pelo mdico para que a dor no dificulte a alimentao.

    Estimular o paciente, sempre que isso for possvel, a fazer suasrefeies sozinho; mesmo que no comeo ele faa muitolentamente.

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    O prato, os talheres, o copo ou a xcara devero estar adaptados para facilitar seu uso.A cabeceira deve estar bem mais elevada se a refeio for feita no leito (travesseiros podemajudar a alcanar a melhor posio). Oferecer lquidos, mesmo que ele no os solicite, pois o paciente deve estar sempre bemhidratado; Observar se as refeies esto sendo bem aceitas, caso contrrio, procurar a nutricionista para

    que a mesma indique outras alternativas de dieta. Oferecer sempre pequenas quantidades de comida e permita que o paciente escolha entrevrias opes de alimentos. No caso de pacientes com problemas na movimentao dos braos,os alimentos e a guadevem ser colocados prximos do lado no afetado.Cuidados na hora dos remdios A organizao dos remdios (doses e horrios) deve ser feita com muita ateno. Em caso dedvida, o mdicos deve ser consultado antes. Comprimidos, cpsulas ou outros medicamentos que devam ser engolidos no devem serministrados quando o paciente estiver deitado. Na hora da medicao, a cabeceira deve serelevada ou o paciente virado de lado, caso no possua cama adaptada, travesseiros oualmofadas grandes podem ser usadas.

    Sempre verificar a DATA DE VALIDADE dos medicamentos.

    Qualidade de vida dos pacientesATENO:

    Pacientes vtimas de AVC devem ter seu lado afetado virado para onde hajamais movimento (porta, televiso), para que no haja esquecimento daquela partedo corpo pelo paciente; . importante que o terapeuta tenha muita pacincia com o paciente. Repita asperguntas quantas vezes forem necessrias, pois ele pode ter dificuldade ementend-las. Cuidar para que outras pessoas no falem sobre seus problemas em suapresena. Isso pode deix-lo angustiado.

    Questionrio sobre Cuidados com o Paciente

    1) De quanto em quanto tempo e por que devemos modificar o decbito dopaciente?

    2) Qual a importncia da lavagem de mos no atendimento ambulatorial ehospitalar dos pacientes?Explique.

    3) Em caso de um paciente vtima de AVC, como devem estar dispostos osmveis do quarto e a cama do enfermo? Explique.4) O que so lceras de decbito?

    5) Quais so medidas para preveno e tratamento das escaras de decbitonas seguimtes fases:

    a) fase 1;b) fase 2;c) fase 3;d) fase 4;

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    6) Quais os possveis conectores que um paciente acamado pode estar fazendouso? Explique brevemente cada um deles.

    7) Qual a diferena entre Infeces Comunitrias e Infeces Hospitalares ouNosocomiais?

    8) Cite e de as indicaes dos tipos de isolamento aos quais os pacientes podemestar sendo submetidos.

    9) De acordo com a apostila, como voc realizaria as trocas de decbito10)Quais os recursos de terapia fsica indicados para o tratamento das escarasde decbito? (esta pergunta exclusivamente direcionada para fisioterapiahospitalar).