Cultivo de Ervas is

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    Cultivo de ervas medicinais

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    Expediente

    Presidente do Conselho Deliberativo

    Roberto SimesDiretor-PresidenteLuiz Eduardo Pereira Barreto Filho

    Diretor TcnicoCarlos Alberto dos Santos

    Diretor de Administrao e FinanasJos Claudio Silva dos Santos

    Gerente da Unidade de Capacitao EmpresarialMirela Malvestiti

    CoordenaoNdia Santana Caldas

    Equipe TcnicaCarolina Salles de Oliveira

    AutorRoberto Chamoun

    Projeto GrficoStaff Art Marketing e Comunicao Ltda.http://www.staffart.com.br

    http://www.staffart.com.br/
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    Apresentao do Negcio

    O uso de ervas medicinais na cura de doenas remonta aostempos ancestrais e seu emprego na medicina popular sempre foimuito difundido. Hoje em dia, com a chamada conscincia verde,seu uso tem se intensificado, principalmente pela comprovadaeficincia em muitos casos e, em parte, pela crena incorreta de quepor serem provenientes da natureza, as plantas no acarretam riscos sade. Vale ressaltar que, mesmo medicamentos feitos a base de ervas,pode ter efeitos colaterais em potencial e devem ser usado soborientao mdica. Denominados fitoterpicos (Do grego: Tratamento

    - therapeia, Vegetal -Phyton, ou ainda "A teraputica das doenasatravs das plantas"), os medicamentos feitos de partes de plantascujos princpios ativos no foram purificados, como chs, extratos etinturas, segundo a ANVISA, quando usados devidamente, podemauxiliar no tratamento de vrias doenas a ponto de, seu uso, serrecomendados pela Organizao Mundial da Sade. Embora aindahoje, em muitos casos, o uso de fitoterpicos seja feito sem

    aconselhamento mdico, o cultivo de ervas medicinais pode serexplorado economicamente, utilizando-se tcnicas agrcolas eprocedimentos sanitrios adequados, representando uma boa fonte derenda para o empreendedor.

    Mercado

    Segundo o portal Ambiente Brasil

    (www.ambientebrasil.com.br), nos ltimos anos, os remdios a basede extratos vegetais passaram por uma revoluo tecnolgica que seestende da engenharia gentica biologia molecular e bioqumica,utilizando os mais avanados recursos sem deixar de lado osconhecimentos medicinais tradicionais. Esse avano, que ocorre emritmo acelerado e acompanhado de perto pelas grandes indstriasfarmacuticas. Afinal o mercado mundial de fitoterpicos j

    movimenta anualmente cerca de US$ 22 bilhes, aumentando sua

    http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/
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    comercializao em mdia 20%. Dois fatores explicam essecrescimento: o primeiro o desejo da populao de encontrar umaalternativa aos medicamentos sintticos, em geral carregados de

    efeitos colaterais; o segundo o respaldo que a cincia est oferecendos drogas a base de ervas, a constatao de que a medicina popular defato tem fundamento. A mudana tambm tem reflexos no Pas, apesarde ser em propores menores - contra-senso, levando-se em conta aextenso da flora brasileira. O Brasil abriga aproximadamente 22%das espcies vegetais do planeta, mas s agora os estudos sobre estegigantesco universo comearam, de fato, a ganhar espao e esto

    surgindo iniciativas para incentivar o desenvolvimento cientfico nessarea. O mercado est bastante exigente quanto s ervas medicinais,que so utilizadas em farmcias de manipulao, cosmticos,perfumaria e culinria. Antes de iniciar o cultivo, indispensvelconhecer a regio onde as plantas sero cultivadas, definir a finalidadeda produo e o mercado consumidor, conhecer exatamente quaispartes da planta aproveitvel, o tipo de embalagem ideal e como omercado quer receber o produto. No Brasil, a Agncia Nacional de

    Vigilncia Sanitria (Anvisa), do Ministrio da Sade, responsvelpelas normas e critrios sobre fitoterpicos e tem em seus arquivosinformaes sobre aproximadamente 800 a 1.000 medicamentos,alguns com mais de cem anos. Os registros seguem os mesmoscritrios recomendados pela OMS (Organizao Mundial da Sade)para remdios sintticos. Os estudos de verificao do grau detoxicologia e as etapas clnicas so exatamente iguais: testes de

    laboratrio com animais e, numa fase posterior, experimentao emhumanos.

    Localizao

    A escolha do local importantssima neste negcio. Ela irdeterminar a melhor cultura, o porte fsico do empreendimento, seuscustos de instalao e manuteno, e conseqentemente, a prpria

    viabilidade tcnica e financeira do negcio. Dentre os principais

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    fatores para escolha do local, o empreendedor deve realizar umaavaliao detalhada dos seguintes aspectos: -Proximidade do mercadoconsumidor para a sua produo. -Existncia de gua e condies

    climticas adequadas*;-Adequao do terreno. - A terra participadiretamente do ciclo de produo, sendo, ainda, fator decisivo desucesso. importante ter pleno conhecimento dos seus aspectosfsicos, qumicos, biolgicos e topogrficos;;-Existncia defornecedores de insumos bsicos a produo (sementes, fertilizantes,etc.) nas proximidades; Adicionalmente, dada a natureza do negcio edo produto final, essencial a observao de determinadas normas

    bsicas de higiene e sanitrias mnimas para sua implantao,localizando o empreendimento longe de fontes poluentes como,esgoto, fossas, mananciais sujeitos a despejos de indstrias qumicasou de resduos agrotxicos, utilizados em outras culturas /plantaes. importante destacar que o setor rural tem caractersticasprprias e depende de fatores diversos, que, muitas vezes, no podemser controlados pelo empreendedor. Por esta razo, recomenda-se queseja consultado um centro tecnolgico de agricultura da regio para

    uma orientao mais detalhada sobre a localizao, bem como asinformaes tcnicas para o cultivo: cultura ideal, topografia, tipo desolo, a quantidade e a qualidade da gua, as condies climticas daregio e as caractersticas da vegetao (reas de preservao), almde fatores ligados logstica do empreendimento, como facilidade deacesso e proximidade aos centros consumidores. * Condiesclimticas As plantas aromticas e medicinais sofrem influncia da

    altitude, da latitude, da luminosidade, da umidade e da temperatura. Agerminao de algumas sementes influenciada diretamente pela luz epelo calor. A camomila e a melissa, por exemplo, exigem pouca terrasobre as sementes, pois necessitam de luz para germinar. Baseando-sena durao do dia, ou fotoperodo, as plantas podem ser divididas emplantas de dias longos, de dias curtos e indiferentes. Em relao latitude, citado o exemplo das mentas, que produzem razovelquantidade de massa verde e no entram em florao, nas condies

    de plantio no estado de So Paulo. Quando plantadas no Rio Grande

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    do Sul, que possui latitude maior, essa planta pode produzir maiorquantidade de massa verde e entrar em florao. Quanto maior aaltitude do local, menor a temperatura e maior a quantidade de luz,

    o que interfere no crescimento, no florescimento e na produo doprincpio ativo nas plantas medicinais e aromticas. Quando umaplanta no est bem adaptada s condies locais, observa-se seumurchamento nas horas mais quentes do dia, mesmo quando existegua no solo, o aparecimento de doenas, a presena de folhasamareladas e pouco crescimento. J foi constatado que o excesso deumidade nem sempre benfico para o desenvolvimento dessas

    plantas. A formao do princpio ativo nas plantas medicinais influenciada pela presena ou ausncia de umidade no solo e,normalmente, a concentrao de princpios ativos maior em plantascultivadas em locais com menor ocorrncia de chuvas, como o alecrime o capim-limo.

    Exigncias legais especficas

    Segundo o Artigo 23, inciso II, da Constituio da RepublicaFederativa do Brasil Promulgada em 5 de outubro de 1988 - competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios, proteger o meio ambiente e combater a poluio emqualquer de suas formas; preservar as florestas, a fauna e a flora;fomentar a produo agropecuria, dentre outras responsabilidadeselencadas neste artigo. Dada a competncia conjunta dos entes

    federativos de legislar sobre estas matrias, o empreendedor deveverificar junto aos rgos competentes de agricultura, meio ambiente evigilncia sanitria, do seu Estado / Municpio a legislaocomplementar aplicvel a atividade. Atividades rurais soextremamente abrangentes e marcadas por diversificaes na culturadesenvolvida, na tcnica aplicada e na utilizao ou no de produtosqumicos e podem envolver o cultivo e a produo de determinadasespcies, com ou sem impacto ambiental, em reas de preservao ou

    com alteraes do relevo e da vegetao, da flora e da fauna. Sendo

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    assim, verifique tambm junto aos rgos reguladores da atividade noseu Estado / Municpio a exigibilidade do licenciamento ambientalpara explorao da atividade rural e, caso ele seja exigvel, quais os

    requisitos para obt-los. Relacionamos, a seguir, alguns normativosaplicveis ao cultivo e a comercializao de ervas medicinal emitidospela Unio e rgos normativos FEDERAIS: Lei n. 4.771, de15/09/65 (Cdigo Florestal) Lei n 5991, de 17 de dezembro de 1973.

    Dispe sobre o controle sanitrio do comrcio de drogas,medicamentos, insumos farmacuticos e correlatos, e d outrasprovidncias. LEI N 6.437 DE 20 DE AGOSTO DE 1977. Configura

    infraes legislao sanitria federal, estabelece as sanesrespectivas, e d outras providncias LEI N. 6.902/81. Estaesecolgicas e reas de proteo ambiental. LEI N. 6.938 DE 30/08/81.Institui a Poltica Nacional do Meio Ambiente. Lei n 8078, de 11 desetembro de 1990 (Cdigo de Defesa do Consumidor). Dispe sobre aProteo do Consumidor e d outras Providncias. LEI N 8.080, DE19 DE SETEMBRO DE 1990. Dispe sobre as condies para apromoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o

    funcionamento dos servios correspondentes e d outrasprovidncias. Lei n 9294, de 15 de julho de 1996. Dispe sobre asrestries ao uso e propaganda de produtos fumgeros, bebidasalcolicas, medicamentos, terapias e defensivos agrcolas, nos termosdo 4 do art. 220 da Constituio Federal. Lei n. 9.605 de12/02/1998. Estabelece sanes penais e administrativas derivadas decondutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Lei n 9782, de 26 de

    janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria,cria a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, e d outrasprovidncias. Decreto n 74170, de 10 de junho de 1974. Regulamentaa Lei n 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispe sobre ocontrole sanitrio do comrcio de drogas, medicamentos, insumosfarmacuticos e correlatos. Decreto n. 55.871 de 26/03/65.Determina limites mximos de tolerncia para contaminantesinorgnicos que podem ser encontrados nos alimentos. RESOLUO

    ANVISA RDC N 2, DE 07 DE JANEIRO DE 2002. Aprova o

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    Regulamento Tcnico de Substncias Bioativas e Probiticos Isoladoscom Alegao de Propriedades Funcional e ou deSade. RESOLUO ANVISA RDC N 26, DE 30 DE MARO DE

    2007. Dispe sobre o registro de medicamentos dinamizadosindustrializados homeopticos, antroposficos eanti-homotxicos. RESOLUO ANVISA - RDC N. 48, DE 16 DEMARO DE 2004. Dispe sobre o registro de medicamentosfitoterpicos. RESOLUO ANVISA RDC N 67, DE 08 DEOUTUBRO DE 2007. Dispe sobre Boas Prticas de Manipulao dePreparaes Magistrais e Oficinais para Uso Humano em

    farmcias. Resoluo ANVISA RDC n 102, de 30 de novembro de2000. Aprova o Regulamento sobre propagandas, mensagenspublicitarias e promocionais e outras prticas cujo objeto seja adivulgao, promoo ou comercializao de medicamentos deproduo nacional ou importados, quaisquer que sejam as formas emeios de sua veiculao, incluindo as transmitidas no decorrer daprogramao normal das emissoras de rdio televiso. RESOLUO ANVISA RDC N 139, DE 29 DE MAIO

    DE 2003 (Verso Republicada - 05.08.2003). Dispe sobre o registro ea iseno de registro de medicamentos homeopticosindustrializados. RESOLUO ANVISA RDC N 210, DE 04 DEAGOSTO DE 2003. Determina a todos os estabelecimentosfabricantes de medicamentos, o cumprimento das diretrizesestabelecidas no Regulamento Tcnico das Boas Prticas para aFabricao de Medicamentos, conforme ao Anexo I da presente

    Resoluo. RESOLUO ANVISA RDC N 296, DE 29 DENOVEMBRO DE 2004. Institui a Cmara Tcnica de MedicamentosFitoterpicos (CATEF) da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria -ANVISA. RESOLUO ANVISA RDC N 333, DE 19 DENOVEMBRO DE 2003. Dispe sobre rotulagem de medicamentos eoutras providncias. Biossegurana - Legislao Pertinente- Portarian. 451 de 19/09/1997. Secretaria Nacional de VigilnciaSanitria/MS. Licenciamento AmbientalRESOLUO CONAMA n.

    004 de 18/09/85. Define reservas, reas de preservao permanente e

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    d outras providncias. Resoluo CONAMA n. 237 de 19/12/1997.Licenciamento Ambiental;

    Estrutura

    A produo de ervas medicinais pode ser desenvolvida emprojetos de agricultura familiar, contudo uma produo comercial comvistas a ganhos de escala e acesso a mercados mais desenvolvidosdeve abranger cerca de 20 a 30 hectares de terra.Alm da terradisponvel h necessidade de alojamentos para os empregados,escritrio, oficina e galpo para estocagem e manuseio da colheita,embalagem, secagem, moagem, etc. alem de um almoxarifado para aguarda de fertilizantes, defensivos.

    Pessoal

    Para dimensionar a mo-de-obra necessria para um projetode cultivo de ervas medicinais o empreendedor deve considerar trs

    categorias de trabalhadores:a) Administrador com treinamento emtcnicas agrcolas e conhecimento do cultivo de ervas medicinais.b)Mo-de-obra permanente: Em geral de seis a dez trabalhadores paraum pequeno empreendimento.c) Mo-de-obra eventual: visa atenders necessidades complementares de mo-de-obra especialmente paraas tarefas de assessoria tcnica, manuteno, limpeza e trabalhoextraordinrio na poca da colheita. Segundo a EMATER, o cultivo deervas medicinais requer uma quantidade maior de mo de obra emrelao a outras culturas, sendo estimado em 1 trabalhador fixo e at 3sazonais por hectare cultivado.

    Equipamentos

    O cultivo de ervas medicinais necessita dos equipamentos decultivo tradicionais tais como:- Arados ou pequeno trator com

    implementos (arao, gradagem, etc) - Equipamento para embalagem-

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    Mquinas para aplicao de adubos, calcrio e de distribuio desementes- Picador- Secador-Balanas-Carrinhos de mo, foice, p epicaretas-Veculo de carga de 3 a 4 toneladas Os equipamentos

    utilizados no cultivo das plantas e no beneficiamento devem ser fceisde limpar, a fim de eliminar o risco de contaminao. Todas assuperfcies que entram em contato com as plantas devem ser de fcillimpeza e desinfeco (plstico, ao inoxidvel, frmica, cimento,etc.).Deve-se evitar o uso de equipamentos de madeira devido dificuldade de limpeza. Caso sejam utilizadas (por exemplo: estrados,prateleiras, depsitos, etc.), estas superfcies s devem entrar em

    contato com o material vegetal/produto. Evitar o contato direto comsubstncias qumicas e outros materiais contaminados/infectados, paraprevenir uma posterior contaminao do materialvegetal/produto. Todas as mquinas e equipamentos devem sermontados de forma a facilitar o uso seguro e a limpeza. Devem sofrermanuteno e ser limpos regularmente. As mquinas para aplicao deadubos, calcrio e de distribuio de sementes devem ser calibradasregularmente.

    Matria Prima / Mercadoria

    Para entender o uso e comrcio de plantas medicinais necessrio em primeiro lugar distinguir diversas classes do produto.Algumas plantas so comercializadas como tais, geralmente em formaseca, inteiras ou pulverizadas, outras na forma de extratos, outras

    como leos distilados ou expressos, e finalmente vrias socomercializadas na forma de um componente qumico definido. Outradiviso distingue as plantas cujo uso principalmente medicinaldaquelas cujo uso principalmente em um produto alimentcio (comoquinino ou guaran). H ainda plantas usadas e comercializadas innatura no Brasil e no exterior, as quais tm uso medicinal, mas cujouso principal outro, como o urucum utilizado pela indstria decosmticos. A ocorrncia das plantas, medicinais ou no, pode ser

    dividida em quatro tipos principais: Plantas exticasSo espcies

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    nativas de outros continentes que foram introduzidas no pas desde otempo da colonizao e muitas hoje ocorrem espontaneamente. Porserem, em grande parte, provenientes de pases com elevado grau de

    industrializao e desenvolvimento, onde so tambm muito utilizadasestas plantas j foram submetidas a testes de eficcia e toxicidade.Entre as plantas exticas recomendadas pela ANVISA para uso naproduo de chs medicinais e fitoterpicos esto a alcachofra (Cynarascolymus), alho (Allium sativum), babosa (Aloe vera), calndula(Calendula officinalis), camomila (Matrichariarecutita),hortel-pimenta (Mentha piperita), gengibre (Zingiber

    officinale), melissa (Melissa oficinalis) e o tanaceto (Tanacetumparthenium). Plantas nativasSo aquelas prprias do continente oupas de origem. Normalmente so vegetais endmicos em determinadaregio, ou seja, de ocorrncia restrita a uma rea. Entre as plantasrecomendadas pela ANVISA so nativas do Brasil a espinheira-santa(Maytenus ilicifolia) e o guaran (Paullinia cupana). Exemplos deoutras plantas nativas que contam com estudos farmacolgicos etoxicolgicos so a marcelinha (Achyrocline satureoides), carqueja

    (Baccharis trimera), guaco (Mikania glomerata), guaatonga (Caseariasylvestris), erva baleeira (Cordia verbenaceae) e a copaba (Copaiferasp.). A escassez de estudos de validao impede que as plantas possamser utilizadas dentro dos padres de eficcia e segurana exigidospelos rgos oficiais. A maior parte dessas ainda utilizada com baseno uso tradicional. Plantas ruderaisSo as plantas, exticas ou nativas,que crescem espontaneamente em reas urbanas. necessrio um

    cuidado especial no emprego dessas plantas na preparao de chs eextratos, pois elas geralmente se desenvolvem em lotes vagos, beirasde estradas ou caladas, e podem ser contaminadas por metais pesadose outros rejeitos das indstrias e agrotxicos. Exemplos de plantasmedicinais ruderais o pico (Bidens pilosa), melo de So Caetano(Momordica charanthia), quebra-pedra (Phyllanthus sp.),dente-de-leo (Taraxacum officinale) e a carqueja (Baccharistrimera). Plantas importadasTrata-se de materiais que somente podem

    ser obtidos a partir de matrias-primas existentes em outros pases.

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    Entre as plantas recomendadas pela ANVISA devem ser importadas oboldo-do-Chile (Peumus boldus), a castanha-da-ndia (Aesculushippocastanum), o sene(Senna alexandrina), ginkgo (Ginkgo biloba),

    ginseng (Panax ginseng), hiperico (Hypericum perforatum),cscara-sagrada (Rhamnus purshiana), cimicifuga (Cimicifugaracemosa), saw palmeto (Serenoa repens), equincea (Echinaceapurpurea), kava-kava (Piper methysticum) e uva-ursina(Arctostaphyllus uva-ursi). Muitas plantas medicinais tm sidocoletadas na mata ou nos ambientes naturais. Mas para que sejagarantida sua preservao e o fornecimento, com quantidade e de

    forma constante, necessrio que sejam cultivadas. As plantasexticas e algumas nativas so passveis de cultivo, o que poderepresentar uma alternativa de renda dentro de projetos de agriculturafamiliar ou projetos de escala comercial.

    Organizao do processo produtivo

    A cadeia produtiva do cultivo de plantas medicinais

    compreende as seguintes etapas: - Propagao As mudas so obtidas apartir de sementes, em viveiros, por semeadura direta no campo ou porpropagao vegetativa. As sementeiras devem ser usadas somentequando for confirmado que este sistema apresenta melhor resultadoem comparao semeadura direta no campo, pois existem plantasque podem ser plantadas diretamente no local definitivo, como asmentas e o capim-limo. Prefira semear em sementeiras (viveiros) nas

    seguintes situaes: quando tiver sementes que demorem paragerminar; caso suas sementes sejam muito caras, seu campo deproduo estiver infestado por plantas daninhas ou quando necessitarde escalonamento de produo. Observe sempre se as plantas sebeneficiam com o transplantio. Caso a sementeira seja necessria, faauso de sombrite ou outro material que retenha de 50% a 70% dos raiossolares, dependendo das condies de temperatura do local. fundamental que haja boa proteo das mudas e gua suficiente para

    as irrigaes. O viveiro deve ser instalado o mais prximo possvel do

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    seu campo de produo. A sementeira pode ser diretamente no solo(canteiros), em caixas ou bandejas de isopor. A multiplicao dasplantas aromticas e medicinais pode ser feita atravs de sementes

    (camomila, anglica, etc.), diviso de touceiras e transplantediretamente para o local definitivo (melissa, capim-limo) ou porestacas, que o mtodo mais recomendado e tem resultado bastantegarantido com maior rapidez no cultivo. - rea de plantio eespaarnento Primeiramente, deve ser realizada a anlise do solo e, deacordo com o resultado, fazer a cal agem e a adubao necessrias,seguindo recomendao tcnica. O pH ideal deve estar em torno de 6,0

    a 6,5. importante que se faa a opo por adubaes orgnicas, poisexiste uma relao entre a formao dos princpios ativos das plantasmedicinais e a aplicao de adubao qumica, o que pode no serbenfico para a qualidade desejada do produto. A adubao deve serespecfica para cada planta que est sendo cultivada. O cultivo podeser realizado em canteiros, como no caso da melissa, que necessita detratos culturais constantes, ou em reas maiores, para as plantasperenes, que so mais facilmente cultivadas. O espaamento adotado

    dever se adaptar s suas condies de plantio. As indicaes bsicasso: 20cm x 30cm para plantas menores; 35cm x 50 em para plantasde at 1m de altura; 3m x 4m para arbustivas e semi-arbreas. - TratosCulturais A necessidade de irrigao, o sistema utilizado e aquantidade de gua sero definidos para cada tipo de planta. A maioriadas ervas aromticas e medicinais no toleram excesso de umidade,principalmente aquelas provenientes da regio do Mediterrneo. A

    irrigao deve ser feita, preferencialmente, nas horas mais frescas dodia. Realizar o controle de pragas, doenas e plantas daninhas, mas,sempre que possvel, evitando o uso de produtos qumicos. No caso decultura de ciclo mais curto, fazer a rotao com outras culturas eretirar e queimar folhas e restos vegetais doentes. - Colheita eps-colheitaPara saber o ponto ideal de colheita, deve ser feita aanlise de princpios ativos, ou seja, analisar os diferentes estgios dedesenvolvimento para saber qual deles tem maior teor de princpio

    ativo. Essa anlise realizada em laboratrio de universidades,

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    instituies de pesquisa e institutos. Colhe-se a planta quando elaestiver com alta quantidade de leos etreos. A colheita deve ser feita,sempre que possvel, em pocas mais secas ou logo que o orvalho

    seque. Dependendo do material que ser colhido, utiliza-se facas,tesoura de poda ou serrote para o processo de colheita. As partescolhidas no devem ficar expostas ao sol, pois muitos elementos dearoma e princpio ativo so volteis, ou seja, evaporam quandoexpostos ao sol. Logo aps a colheita, faa a limpeza e a seleo daspartes colhidas que vo para o secador e no demore para iniciar oprocesso de secagem. As flores e folhas devem ser colhidas a partir do

    momento que o orvalho seca e at o meio-dia. No caso de razes, omelhor momento para a colheita aps o meio-dia e at s l7h,perodo em que o teor de leos etricos se encontra em maiorquantidade naquela parte da planta. - Secagem e armazenamento Asplantas medicinais e aromticas nunca devem secar ao sol, excetoalgumas razes e cascas de plantas. A umidade do material retirada,mas no devem ocorrer perdas de princpios ativos, para que o produtofinal esteja dentro dos padres requeridos pelo mercado. No misture

    plantas diferentes e muito aromticas em um mesmo local e separe asmais suculentas das mais finas, pois o perodo de secagem diferente.Aps a secagem, providencie um local ventilado, seco, limpo e depreferncia escuro para armazenar as plantas. As embalagensutilizadas podem ser sacos de polietileno, sacos de juta, caixas demadeira ou tonis hermticos. O armazm deve ser construdo o maisdistante do local de secagem e deve ser mantido sempre limpo e

    ventilado. Procure evitar o aparecimento de pragas, fungos e roedores,que prejudicam o armazenamento. -ComercializaoO mercado e acomercializao de Plantas Medicinais apresentam peculiaridades queexigem um conhecimento detalhado para que se possa serbem-sucedido na comercializao da produo. Cada produtor devebuscar os dados especficos de mercado e comercializao referentess espcies que ele escolheu para cultivar. Em geral a comercializaodos produtos deve ser feita em curto tempo. Mas, caso seja necessrio

    maior perodo de armazenamento, no se deve ultrapassar a chegada

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    da nova safra, pois essas plantas perdem, com facilidade, o aroma e osprincpios ativos medicinais. - Administrao e ControleEnvolvedentre outras atividades a gesto administrativa financeira do

    empreendimento e o direcionamento tcnico da produo.

    Automao

    No processo de produo prevalecem as atividades manuais emecnicas. Para o gerenciamento do negcio, esto disponveis nomercado de software, aplicativos integrados que possibilitam ocontrole da produo, controle do estoque de insumos, cadastro declientes, controle de contas a pagar e a receber, controle defornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa, fechamento decaixa etc.

    Canais de distribuio

    Diversas razes podem dificultar a comercializao de sua

    produo de ervas medicinal, dentre elas a falta de uma estrutura dedistribuio e armazenamento, baixo grau de qualidade do produto(baixo grau do princpio ativo, umidade, contaminaes, mistura comoutras partes da prpria planta, etc.), dificuldades de registro junto aosrgos de vigilncia sanitria, etc. Estes e outros fatores fazem comque muitos produtores acabem comercializando as ervas "in natura",geralmente em forma seca, inteiras ou pulverizadas nas feiras livres,mercearias e pequenos mercados, com baixo ndice de retorno. Desdeque em conformidade com padres de qualidade estabelecidos pelocomprador (mercado de beneficiamento) e a legislao sanitria suaproduo pode ser comercializada junto a farmcias, laboratrios eindstria de medicamentos, cosmticos e perfumaria, que possuemcapacidade de produo e, conseqentemente demanda muitomaior. Desde que devidamente registrada a comercializao tambmpode ser feita, para o produto de maior valor agregado, ou que receba

    alguma forma de beneficiamento. Dentre as formas de beneficiamento

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    usuais esto a venda na forma de extratos, tinturas, leos destilados ouexpressos e a comercializadas na forma de um componente qumicodefinido.

    Investimentos

    O cultivo de ervas medicinais requer alm de terra disponvele equipamentos de cultivo usuais, uma unidade de secagem earmazenagem. Estima-se que os investimentos necessrios para oplantio de uma rea de cerca de 15 hectares seja de cerca de R$ 40milreais. Estes recursos sero invertidos na aquisio dos seguintes itens:-Material de propagao (sementes).- Calcrio - Fosfato Natural-Adubo orgnico- Arao- Gradagem- Calagem- Abertura de Covas-Distribuio de mudas- Plantio- Tratos culturais- Colheita-Pr-limpeza- Secagem- Ps-secagem

    Capital de giro

    Capital de giro um montante de recursos financeiros que aempresa precisa manter para garantir a dinmica do seu processo denegcio. O clculo deste montante de recursos, no entanto, depende dediversos fatores. No caso do cultivo de ervas medicinais, ele ir variarem funo da cultura, do ciclo de colheita (safra), beneficiamento,comercializao do produto e da necessidade de recursos depreparao de uma nova safra e inicio de um novo ciclo. Vale ressaltarque quanto maior este ciclo maior ser a necessidade de capital degiro.Contudo, outros fatores iro requerer a ateno do empreendedorpara evitar o consumo indesejado do seu capital de giro: - Aumentodos diversos custos absorvidos pela empresa;- Aumento de despesasfinanceiras;- Aumento dos ndices de inadimplncia; O empreendedordever ter um controle oramentrio rgido de forma a no consumirrecursos sem previso. Alm disso, ele deve evitar a retirada devalores alm do pr-labore estipulado, pois no incio todo o recurso

    que entrar na empresa nela dever permanecer, possibilitando o

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    crescimento e a expanso do negcio. Dessa forma a empresa poderalcanar mais rapidamente sua auto-sustentao, favorecendo aformao de um capital de giro prprio (e reduzindo a necessidade de

    uso de capital de giro de terceiros ou aportes de recursos feitos peloempreendedor) e agregando maior valor ao novo negcio.

    Custos

    So todos os recursos consumidos na produo de um bem ouservio e que sero incorporados posteriormente no preo do produtofinal ou servio prestado. Segundo dados do Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento (videhttp://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/MENU_LATERAo custo de produo de Plantas Medicinais, Aromticas eCondimentares situa-se entre R$2.000,00 e R$3.500,00/ha/ano. Estevalor envolve as despesas de custeio desde a implantao da culturaat o trmino da secagem e determinado pela espcie a cultivar e osistema de cultivo (policultivo). Para as espcies com potencial de

    cultivo, estima-se um custo de produo mdio deR$2.600,00/ha/ano. No caso do cultivo de plantas medicinais, osmaiores elementos de custos estaro relacionados compra desementes, adubos e, mo de obra, alm dos custos relacionados aobeneficiamento do produto, ser for o caso. Portanto importante,desde o incio do empreendimento, manter os custos compatveis comseu oramento de despesa. Adicionalmente, preciso atentar para

    possveis desperdcios e a negociao do preo de compra desementes, fertilizantes, etc. junto a fornecedores sem comprometer aqualidade. O cuidado na administrao e reduo de todos os custosenvolvidos na compra, produo e venda de produtos ou servios quecompem o negcio, indica que o empreendedor poder ter sucesso ouinsucesso. O empreendedor deve encarar como ponto fundamental areduo de desperdcios, a compra pelo melhor preo e o controle detodas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance

    de ganhar no resultado final do negcio.

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    Diversificao / Agregao de valor

    O cultivo de ervas medicinais exige um conhecimento detcnicas agrcolas para desenvolver um produto dentro dasespecificaes de qualidade definidas pelos compradores tais comoteor de principio ativo da planta, grau de umidade, contaminao, etc.Para isso necessrio a adequada preparao do solo, disposio dassementes, colheita e secagem do produto. Outras aes que podemagregar valor a produo de ervas medicinais so o beneficiamento,embalagem, classificao do produto feita pelo prprioprodutor. Pode-se agregar valor ainda, atravs de prazos de entregareduzidos, investimento em tecnologias que permitem manter oaspecto dos produtos por mais tempo e um sistema de logsticaeficiente. importante pesquisar junto aos concorrentes paraconhecer os servios que esto sendo adicionados e desenvolveropes especficas com o objetivo de proporcionar ao cliente umproduto diferenciado de alta qualidade.

    Divulgao

    Segundo a Lei Federal 9.294 de 15 de julho de 1996vide http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9294.htm), o uso e apropaganda de medicamentos esto sujeitos a restries, dentre elas ade no induzir as pessoas ao consumo destes. Para os produtores quebeneficiam as ervas e as comercializa na forma de chs, tinturas, etc.em farmcias ou lojas de produtos naturais, alguns itens soimportantes para destacar o produto no ponto de venda, dentre eles:uma bonita e bem elaborada embalagem, adequada exposio, uso dedisplays, totens, folhetos explicativos sobre a qualidade do produtoetc., sendo necessrio ainda, que o empreendedor fiscalize asmercadorias expostas nos pontos de venda para assegurar que o seuproduto est numa boa localizao e exposio. A divulgao do

    produto para a indstria em geral deve ser feita atravs de visitas

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    regulares e apresentao aos departamentos responsveis pelaaquisio do produto, com o uso de amostras e apresentaesexplicativas sobre a sua produo.

    Informaes Fiscais e Tributrias

    O segmento de cultivo de ervas medicinais, assim entendido aatividade comercial de cultivo e venda de ervas medicinais, poderoptar pelo SIMPLES NACIONAL - Regime Especial Unificado deArrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelas

    Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, desde que a receitabruta anual de sua atividade no ultrapasse a R$ 240.000,00(microempresa) ou R$ 2.400.000,00 (empresa de pequeno porte) erespeitando os demais requisitos previstos na Lei.

    Optando pelo Simples Nacional, o empreendedor deste segmentopoder recolher por uma nica alquota e por meio de apenas umdocumento fiscal o DAS (Documento de Arrecadao do Simples

    Nacional), os seguintes tributos e contribuies:

    - IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurdica;- CSLL - Contribuio Social sobre o Lucro Lquido;- PIS - Programa de Integrao Social;- COFINS - Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social;- ICMS - Imposto sobre Operaes relativas Circulao de

    Mercadorias;- INSS - Contribuio para a Seguridade Social relativa a parte daempresa.

    As alquotas do SIMPLES NACIONAL, para este ramo de atividade,englobando todos os tributos e contribuies relacionadas acima,variam de 4,00% a 11,61%, dependendo da receita bruta total auferidapelo negcio no decorrer do ano anterior.

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    No caso de incio de atividade no prprio ano-calendrio da opopelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinao da alquota noprimeiro ms de atividade, o empreendedor dever utilizar como

    receita bruta total acumulada, a receita do prprio ms de apuraomultiplicada por 12 (doze).

    Por ser comum os Estados concederem benefcios fiscais para ossetores denominados primrios, recomenda-se ao empreendedor destesegmento de atividade verificar junto a Unidade da Secretaria daFazenda Estadual de sua jurisdio se h algum outro benefcio com

    relao ao ICMS. Caso exista, os percentuais de tributao acimadiminuiro proporcionalmente ao benefcio concedido.

    Microempreendedor Individual

    Se a receita bruta anual no ultrapassar a R$ 36.000,00, oempreendedor poder optar por um estabelecimento denominado deMicroempreendedor Individual MEI, ou seja, sem scio. Neste caso,

    os recolhimentos dos tributos e contribuies sero efetuados emvalores fixos mensais conforme abaixo:

    I) Sem empregado

    R$ 51,15 mensais para o INSS relativa contribuio previdenciriado empreendedor;

    R$ 5,00

    a ttulo de ISS Imposto sobre servio de qualquer natureza.

    II) Com um empregado

    Neste caso se o empreendedor possuir apenas um empregado quereceba um salrio mnimo ou o piso salarial da categoria profissional,alm dos valores acima, recolher os seguintes percentuais:

    8% de INSS descontado da remunerao do empregado;

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    3% de INSS patronal sobre a remunerao do empregado.

    Concluso: Para este segmento, tanto para empresa individual, LTDA

    ou MEI, a opo pelo Simples Nacional sempre ser muito vantajosasobre o aspecto tributrio, bem como nas facilidades de abertura doestabelecimento e para cumprimento das obrigaes acessrias.

    Fundamento Legal: Leis Complementares 123/2006, 127/2007,128/2008 e Resolues do CGSN Comit Gestor do SimplesNacional.

    Eventos

    NATURAL TECH - Feira Internacional de AlimentaoSaudvel, Produtos Naturais e Sade Promoo: FrancalFeiraswww.naturaltech.com.br Congresso Brasileiro deFitomedicinaOrganizao: SOBRAFITO (Associao MdicaBrasileira de Fitomedicina) e Francal Feiras Tel (55 11) 2226

    3168E-mail: [email protected] Encontro Metropolitano dePlantas Medicinais e FitoterapiaFaculdade de Farmcia da UFMG -GEPLAMT Avenida Antnio Carlos, 6627CEP: 31270-901 - BeloHorizonteTelefones (31) 3409-6940, 3409-6970 E-mail:[email protected].

    Entidades em Geral

    ANVISA Agncia Nacional de VigilnciaSanitriahttp://www.anvisa.gov.br CONAMA - Conselho Nacional doMeio Ambiente SEPN 505, Lote 2, Bloco B, Ed. Marie Prendi Cruz,1 andar, Entrada pela W2 Norte - Asa Norte- 70730-542 -Braslia/DF(0xx61) 3105-2207 [email protected]://www.mma.gov.br/port/conama/index.... EMBRAPhttp://www.embrapa.gov.br IBPM Instituto Brasileiro de Plantas

    MedicinaisRua General Urquisa, 128 Leblon Rio de Janeiro

    http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfmhttp://www.embrapa.gov.br/http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfmhttp://www.embrapa.gov.br/http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfmhttp://www.embrapa.gov.br/http://www.embrapa.gov.br/http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfmhttp://www.anvisa.gov.br/http://www.naturaltech.com.br/
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    CEP22.431-040Telefax: (21)2239-1550WWW.ibpm.org.br Ministrio da Agricultura, Pecuria eAbastecimentohttp://www.agricultura.gov.br Ministrio do

    Desenvolvimento Agrriohttp://www.mda.gov.br/portal Ministrio doMeio Ambiente (MMA)http://www.mma.gov.br Secretaria deBiodiversidade eFlorestashttp://www.mma.gov.br/index.php?ido=cont...&idEstrutura=54

    Normas Tcnicas

    As normas tcnicas so documentos de uso voluntrios, sendoimportantes referncias para o mercado.

    Glossrio

    Asseios: Utilizao da planta preparada em forma de ch,coado e aplicado em partes do corpo. Banhos: Utilizao da plantacozida, coada e mistura com a gua a ser usada no banho, quente ou

    fria. O banho pode ser total ou apenas de tronco oucabea. Cataplasma: Remdios para uso externo feito a partir do chpor infuso ou decoco. Ao ch, inda quente, adicionada a farinhaformando uma papa, que envolvida em um pano limpo e aplicada nolocal afetado. Decoco: tipo de ch em que se coloca parte da plantaem gua fria e depois de certo tempo levado ao fogo brando. Emseguida, fervido por 15 minutos com a tampa da panela (tampado) eabafado at esfriar, coado e servido. Inalao: Uso teraputico atravsda inalao do vapor da planta fervida na gua. Infuso: tipo de chem que despejado gua fervente sobre a(s) parte(s) da planta aser(em) usada(s). Abafa-se por aproximadamente 20 minutos, ca-se ebebe-se. Esse tipo de preparo feito para plantas aromticas (comcheiro ativo). Macerao: tipo de ch em que se coloca a parte daplanta a ser usada de molho na gua fria por aproximadamente 12horas (folhas e flores) e 24 horas (cascas e razes). leo: Remdios

    para uso externo preparado com a tintura da planta e um leo (girassol,

    http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=54http://www.mma.gov.br/http://www.mda.gov.br/portalhttp://www.agricultura.gov.br/http://www.ibpm.org.br/
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    algodo, copaba, soja, etc.) ou azeite (andiroba, pracaxi, etc.). Sucoou sumo: Extrato feito de plantas frescas, socado, espremido outriturado com um pouco de gua. Tinturas: Preparadas com plantas

    mais gua destilada e lcool de cereais. Deixada de molho por 7 dias, aplanta deve ser balanando 2 vezes ao dia. Depois coada e bebida emgotas ou aplicada no local afetado. Tisana: tipo de ch em que depoisda gua estar fervendo coloca-se a parte da planta a ser utilizada.Abafa e deixa ferver por mais 3 minutos, desliga e deixa abafado atesfriar. Coa e bebe-se. Esse tipo de preparo empregado para plantassem cheiro. Ungento: Remdios para uso externo feito do sumo da

    planta fresca, misturado com gordura vegetal ou animal. Aquecido aofogo brando at derreter, pode-se acrescentar um pouco de mel oucalda de acar para engrossar. Xaropes: Mistura feita a base deacar, gua e tintura de plantas fervidas.

    Dicas do Negcio

    Ao contrrio da crena popular, o uso de plantas medicinais

    no isento de risco. Alm do princpio ativo teraputico, a mesmaplanta pode conter outras substncias txicas, a grande quantidade desubstncias diferentes pode induzir a reao alrgica, pode havercontaminao por agrotxicos ou por metais pesados e interao comoutras medicaes, levando a danos sade e at predisposio acncer. importante observar ainda que, todo princpio ativoteraputico benfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo

    dessa quantidade, incuo e acima disso passa a ser txico. Avariao de concentrao do princpio ativo em chs pode ser muitogrande, tornando praticamente impossvel atingir a faixa teraputicacom segurana em algumas plantas aonde essa faixa mais estreita.Na forma industrializada, o risco de contaminaes pode ser reduzidaatravs do controle de qualidade da matria prima, mas mesmo assima variao na concentrao do princpio ativo em cpsulas pode variarem at 100%. No interessante, logo de incio, cultivar grande

    quantidade de plantas. As plantas medicinais podem ser

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    comercializadas in natura. Nesse caso, o mercado consumidor deveestar prximo. Entretanto, o maior mercado o de ervas desidratadas,cuja produo requer reas de beneficiamento, secagem e

    armazenamento do produto. Os interessados em produzir chs eextratos de plantas medicinais devem preferencialmente trabalhar compoucas espcies vegetais e somente com aquelas plantas que contamcom aprovao da ANVISA. importante que o cultivo dessasespcies se inicie com mudas certificadas e todo o processo tenhaacompanhamento de tcnicos da rea agronmica www.esalq.usp.br;www.fca.unesp.br; www.ufv.br; www.ufla.br; www.ufmg.br/nca.

    Caractersticas especficas do empreendedor

    Os empreendedores deste ramo de atividade deve reunircaractersticas tais como: - Conhecimento tcnico do ramo. -Organizao e capacidade de associativismo.- Habilidades para avaliare identificar nichos de mercado- Habilidade de Negociao.- Senso deoportunidade e capacidade de assumir riscos- Capacidade de motivar

    sua equipe e manter-se atualizado tecnologicamente.- Conhecimentodas exigncias legais estabelecidas pelos rgos normativos elicenciadores e capacidade para avaliar sua conformidade as normasem vigor; Qualquer que seja o modelo de produo adotado, a visoempresarial, o estudo de mercado, a busca de orientao tcnica, alegalizao da atividade nos rgos ambientais e a manuteno de umaproduo sustentvel, so aes indispensveis consolidao do

    empreendimento por parte do produtor.

    Bibliografia Complementar

    BRANDO, M.G.L., Produo de chs e extratos de plantasmedicinais, Dossi Tcnico Servio Brasileiro de RespostasTcnicas. 2007. Disponvel em http://sbrt.ibict.br/resposta.do. Acessoem 16 ago 2008. BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e

    Abastecimento. CARTILHA: Boas Prticas Agrcolas (BPA) de

    http://sbrt.ibict.br/resposta.dohttp://sbrt.ibict.br/resposta.dohttp://sbrt.ibict.br/resposta.dohttp://www.ufmg.br/ncahttp://www.ufla.br/http://www.ufv.br/http://www.fca.unesp.br/http://www.esalq.usp.br/
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    plantas medicinais, aromticas e condimentares / ed. preliminarMarianne Christina Scheffer, Cirino CorraJnior; Coordenao,Maria Consolacion Udry, Nivaldo Estrela Marques e Rosa Maria

    Peres Kornijezuk. Braslia : MAPA/SDC, 2006. 48 p. (PlantasMedicinais & Orientaes Gerais para o Cultivo ; 1). Disponvel emhttp://www.agricultura.gov.br/pls/portal...AGRICULTURA_PECUARIA/ESTUAcesso em 18 ago 2008. CORREA JUNIOR, C.; MING, L.C.;

    SCHEFFER, M.C. Cultivo de Plantas Medicinais, Condimentares eAromticas. Jaboticabal: FUNEP, 1993. 151 p. (2a edio) CORREAJUNIOR, C.; MING, L.C.; SCHEFFER, A produo de plantas

    medicinais. Apresentao. 2006. Disponvel emhttp://www.anvisa.gov.br/DIVULGA/noticia.... Acesso em 18 ago2008. DAVID, J. P., DAVID, J. M., Planta Medicinais. FrmacosDerivados de Plantas. In: SILVA, P., Farmacologia, 6a Ed., Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 134-145. DAVID, J. P.,NASCIMENTO, J.A.P, DAVID, J. M., Produtos Fitoterpicos: UmaPerspectiva de Negcio para a Indstria, um Campo Pouco Exploradopelos Farmacuticos. Infarma, v16. n 9-10, 2004. Disponvel em

    http://www.cff.org.br/revistas/44/produt.... Acesso em 16 ago2008. FARMACOPIA brasileira. 4.ed. So Paulo: Atheneu,1988.1213p. FARIAS, M. R. Avaliao da qualidade dematrias-primas vegetais. In: SIMES, C.M.O; et al. Farmacognosia:da planta ao medicamento. Ed. da UFSC, 3. ed. 2001. GOTTLIEB, O.R., KAPLAN, M. A. Das plantas medicinais aos frmacos naturais.Cincia Hoje v.15, p.51-54, 1993. PONTO DE PARTIDA PARA

    INCIO DE NEGCIO: Cultivo de Ervas Medicinais e Aromticas.SEBRAE/MG, 2008. 68p. Na internetPortal Bio - Portal BrasileirosobreBiodiversidadehttp://www.mma.gov.br/index.php?ido=cont...&idEstrutura=72Brasileira de Farmacognosia, editada pela Sociedade Brasileira de

    Farmacognosia www.sbfgnosia.org.br/revista Revista Brasileira dePlantas Medicinaishttp://www.ibb.unesp.br/servicos/publica...

    http://www.anvisa.gov.br/DIVULGA/noticias/2006/200406_emater.ppthttp://www.cff.org.br/revistas/44/produtos.pdfhttp://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=72http://www.sbfgnosia.org.br/revistahttp://www.ibb.unesp.br/servicos/publicacoes/rbpm/html/index.htmhttp://www.ibb.unesp.br/servicos/publicacoes/rbpm/html/index.htmhttp://www.sbfgnosia.org.br/revistahttp://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=72http://www.cff.org.br/revistas/44/produtos.pdfhttp://www.anvisa.gov.br/DIVULGA/noticias/2006/200406_emater.ppthttp://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/MENU_LATERAL/