e Book Ervas is

Embed Size (px)

Citation preview

AAFRO-DA-NDIANOME CIENTFICOCurcuma longa L.

FAMLIA BOTNICAZingiberiaceae.

SINONMIAAafro-da-terra, aafroeiro-da-ndia, crcuma, curcum, batatinha-amarela, gengibredourada, mangarataia.

HABITATEspcie tropical alctone, originria da ndia e da ilha de Java onde ocorre em campinas de montanha, e introduzida h alguns sculos no Brasil, crescendo subespontaneamente em reas aluviais e ruderais.

FITOLOGIAPlanta herbcea, rizomatosa, de vegetao anual e rizomas perenes. Cresce cerca de 1,30m. As folhas so grandes, 30 a 40cm de comprimento por 15 a 20cm de largura, glabras, com pecolo to comprido quanto o limbo. So oblongo-lanceoladas, reunidas na base, acuminada no pice, oblquo-nervadas e emanam um perfume agradvel, quando amassadas. No inverno catarinense, as folhas secam totalmente e os rizomas voltam a brotar na primavera. O rizoma principal robusto, com 10 a 12cm de comprimento por 2,0 a 3,0cm de espessura, piriforme, ovide, carnudo, com ramificaes rizomatosas ssseis secundrias laterais com cerca de 1cm de dimetro, compridas, tambm tuberizadas, porm mais finas e menos carnudas, cilndricas. A pelcula externa dos rizomas secundrios pode ser cor de palha ou acizentados, porm internamente apresentam forte colorao laranja. Ainda na superfcie aparecem marcas circulares a intervalos de 2 a 4cm, resultado das cicatrizes deixadas pelas razes caducas. A raiz principal tuberosa emite muitas razes laterais, algumas das quais emitem folhas e podem dar origem a outra planta independente. A senescncia das folhas, que culmina no inverno, decorrente da retranslocao de nutrientes para os rizomas. Inflorescncia cilndrica ou longo-ovide, com cerca de 12 a 15cm de comprimento e 4 a 6cm de dimetro. As brcteas so membranosas, lanceoladas-obtusas, cor esbranquiada ou esverdeada. As flores so amareladas, com clice tubular, longo-pedunculadas, dispostas em espigas compridas, com brcteas cncavas verde-plidas, sendo que as superiores com uma mancha rsea . O fruto uma cpsula bivalve, 3-locular.

SOLOPrefere solos virgens, de mata, ou ento os areno-argilosos, profundos, bem drenados e soltos. O pH do solo deve estar em torno de 6,5. Solos compactos ou pesados, retardam a rizomatizao e do origem rizomas tortos e escabrosos. Para melhorar a aerao e a textura do solo, utiliza-se cinza de casca de arroz, adubao orgnica e/ou areia.

CLIMA

Cresce espontaneamente em altitudes das regies tropicais, onde o clima temperado e mido, e as estaes so bem definidas. Por ser uma planta rstica, tolera climas mais quentes, mas no causticantes. Sob fortes insolaes a planta reduz o crescimento e ostenta uma colorao verde-plido. A planta muito sequiosa por chuva. Perodos de estiagem retardam ou paralisam o crescimento da planta.

AGROLOGIA Espaamento: 1,20 x 0,5m. Propagao: rizomas novos, plantados inteiros ou em segmentos com pelo menos dois meristemas. Uma planta matriz gera cerca de 10 rizomas-semente. A brotao dos rizomas para plantio inicia em setembro. Substrato: a muda pode ser produzida em areia, vermiculita ou outro material poroso. Manter o substrato mido. O plantio direto do rizoma a campo resulta em atraso na emergncia e desuniformidade no estande. Aclimatao: cobre-se o viveiro de mudas com sombrite 50%. Plantio: outubro. O tranplante feito quando a muda atinge 20 a 25cm de altura. Nutrio: a planta nitrfila, sendo que os sintomas de deficincia de nitrognio podem aparecer a partir do terceiro ms aps o cultivo. Doena: o fungo da antracnose (Colletotrichum curcuma) causa leses necrticas nas folhas, iniciando pelas mais velhas. Colheita: inicia aps o secamento das folhas, ou seja, 9 a 10 meses de ciclo. Normalmente ocorre em meados de julho, coincidindo com a senescncia completa da parte area. A retirada dos rizomas do solo deve ser cuidadosa a fim de se evitar cortes e rompimento excessivo do rizoma. Rizomas colhidos tardiamente tornam-se duros e fibrosos. Rendimento: 1,1kg de rizomas por planta. Em cultivos comerciais bem conduzidos, possvel obter-se at 9t/ha de rizomas (182). Ps-colheita: os rizomas velhos so utilizados para novo plantio. Os novos so lavados em gua potvel, so retiradas as razes laterais, cortados em rodelas, desidratados e modos. O p deve ser conservado prerencialmente em recipientes de vidro escuro, para evitar a degradao (fotlise) dos pigmentos e metablitos aromticos.

PARTES UTILIZADASRizomas ovides e os cilndricos.

FITOQUMICACurcumina, cineol, felandreno e corantes naturais (93).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICAS colertica (133), colagoga, hipoglicemiante (261), resolutiva, diurtica, excitante, cordial, estomquica, antidiarrica, antiescorbtica, antiespasmdica, emenagoga (445), litotrptica, cicatrizante de feridas (93) e antioxidante.

INDICAES

Indicada para amenorria, dismenorria, distenses abdominais e peitorais, reumatalgias (445), hepatite, sarampo, m circulao, hematmese, epistaxia e hematuria. Micoses de pele podem ser combatidas esfregando-se o rizoma sobre a parte afetada (1)

FORMAS DE USO Geral: 3 a 9g/xcara, em decoco (445). Infuso: 1 colher das de caf de crcuma em p em 1 xcara das de ch de gua quente. Abafar e filtrar. Tomar 2 vezes ao dia. Corante: adicionar 20g do aafro em p em 100ml de gua filtrada ou destilada. Agitar e deixar sedimentar. Eliminar a gua. Repetir por trs vezes. Secar em estufa ou em forno o sedimento final, no passando de 100 oC. Aps seco, o p macerado em lcool de cereais por 7 dias. Filtrar e usar a soluo para colorir alimentos e bebidas (294).

TOXICOLOGIAEm doses altas pode causar embriaguez, sono e delrio (93).

OUTRAS PROPRIEDADES O sabor levemente pungente e amargo. Ao ser cozido, os rizomas exalam um forte aroma que lembra casca descascada de laranja doce e gengibre. utilizada em culinria e na indstria alimentcia como condimento, corante natural e aromatizante. o principal componente do curry- condimento indiano. Os corantes naturais so utilizados em tinturaria e para colorir ungentos e leos medicinais. Os rizomas so comestveis e fornecem fcula comparvel da araruta e da mandioca. Ao ser desidratada e moda, o p da crcuma no deve ser armazenado em recipientes plsticos, sobretudo sacos plsticos, pois os princpios ativos reagem com o material, o qual adquire consistncia pegajosa.

ACARIOBANOME CIENTFICOHydrocotyle bonariensis Lam.

FAMLIA BOTNICAApiaceae.

SINONMIAErva-capito.

HABITAT

Espcie autctone do Brasil, ocorrendo ao longo de todo o litoral, vegetando em reas alagadas, praias, dunas, terrenos sombrios e vrzeas midas. espcie pioneira de restinga litornea. Encontra-se na natureza associada Sporobulus ou Iresine portulacoides e Paspalum vaginatum (259).

FITOLOGIAPlanta herbcea, perene, glabra, prostrada e rizomatosa, de caule delgado. Folhas longopecioladas, estipuladas, palmadas, orbiculares peltadas, crenadas, grossas, glabras, pouco pilosas, com 15 a 20 nervuras radiadas, medindo 20 a 30cm de altura e 4 a 6cm de dimetro. As flores so brancas ou amarelo-plidas, pequenas, numerosas, dispostas em umbelas irregulares, longo-pedunculadas, axilares e irregulares. Fruto elptico e achatado.

CLIMAEspcie de clima tropical a subtropical. helifita e higrfita.

SOLOA planta encontrada em solos arenosos, uliginosos e cidos.

AGROLOGIA Espaamento: 0,3 x 0,3m. Propagao: sementes e segmentos do rizoma. Plantio: feito diretamente a campo, de preferncia em solo arenoso, para facilitar a colheita de rizomas de melhor qualidade. As sementes podem ser postas a germinar em substrato organo-mineral. Pode-se plantar o ano todo e m regies cujo inverno no muito rigoroso. Irrigao: fornecimento regular de gua planta assegura a obteno de plantas viosas, precoces e suculentas. Colheita: inicia 4 a 5 meses aps o plantio.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAnti-reumtica, emtica, diurtica, desobstruente do fgado e dos rins, purgativa (257), aperiente, anti-hidrpica e emtica em doses mnimas (93).

INDICAESO suco da planta combate sardas e outras manchas drmicas (257). Preparada em pasta, serve como masticatrio (283). Tambm indicada para o tratamento de erisipelas, escrfulas, sfilis, morfia e afeces tuberculosas (93).

TOXICOLOGIANo deve ser utilizadas pelas gestantes (257). As folhas, em altas doses so txicas (93; 242).

OUTRAS PROPRIEDADESO rizoma branco tem aroma e sabor de salsa.

ACARIOBA-MIDANOME CIENTFICOHydrocotyle leucocephala Cham. e Schl.

FAMLIA BOTNICAApiaceae.

SINONMIACicuta-falsa, erva-capito-da-mida, orelha-de-ona-rasteira.

FITOLOGIAErva de caule rasteiro, pequena, um pouco pilosa, as vezes glabra. Folhas pecioladas, reniformes, crenadas, pubescentes. As flores so brancas, pequenas, dispostas em umbelas simples com 20 a 30 flores.

CLIMAPrefere regies de clima tropical e subtropical. umbrfita.

SOLODesenvolve-se bem em solos midos ou at mesmo os uliginosos.

AGROLOGIA Espaamento: 0,30 x 0,20m. Propagao: sementes e estacas radicantes. As sementes so postas a germinar em substrato organo-mineral, enquanto que as estacas em areia ou vermiculita. Aclimatao: as mudas produzidas por estacas devem ser sombreadas at o seu pleno enraizamento. Plantio: outono e primavera. Colheita: inicia dois meses aps o plantio.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASA raiz diurtica e desobstruente do fgado. Em quantidades maiores passa a ser emtica (93).

INDICAESO suco da planta combate sardas e outras manchas drmicas (257). Preparada em pasta, serve como masticatrio (283). Tambm indicada para o tratamento de erisipelas, escrfulas, sfilis, morfia e afeces tuberculosas (93).

AGRIO-DO-BREJO

NOME CIENTFICONasturtium siifolium R.Br.

FAMLIA BOTNICABrassicaceae.

HABITATEspcie autctone que medra em terrenos uliginosos, beira de charcos, lagoas e vrzeas midas do sul do Brasil.

FITOLOGIAPlanta herbcea, com 30 a 40cm de altura, paludosa, multi-anual, ascendente, flexuosa de caule verde-avermelhado, subcilndrico, oco, discretamente sulcado longitudinalmente, com os ns radicantes. Folhas alternas, compostas, pinatisectas com 11 a 15 fololos opostos, ssseis, obovados a oblongos, base obtusa, e pice acuminado, glabros, luzidios, margem denteada, com pintas ou manchas castanho-avermelhadas dispostas notadamente na base do fololo, podendo extender-se ao longo da nervura principal. Peciolulo anguloso.

SOLOPrefere solos midos a encharcados, ricos em matria orgnica humosa. Solos secos retardam o crescimento e afetam a qualidade da planta, originando folhas amareladas, fibrosas e manchadas.

CLIMAA planta nativa de regies de clima ameno, tornando-se muito fibrosa e com desenvolvimento deficientes sob altas temperaturas.

AGROLOGIA Espaamento: 0,3 x 0,30m. Propagao: segmentos nodais. O enraizamento pode ser feito em areia, diariamente irrigada. Plantio: o ano todo. Hidroponia: a planta altamente produtiva atravs do sistema hidropnico, com a formao de folhas maiores, mais saudveis e suculentas. As plantas so bem mais precoces e apresentam um sabor agradvel. Podem ser feitas at 6 colheitas ao ano. Produtividade: 300t/ha, em hidroponia.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASBquica, peitoral e antissptica das vias respiratrias.

FORMAS DE USOXarope, suco ou in natura, na forma de saladas.

AGUAPNOME CIENTFICOEichhornia azurea Kunth.

FAMLIA BOTNICAPontederiaceae.

SINONMIAAguap-de-barao, aguap-de-canudo, aguap-de-cordo, baroneza, camalote, colhereira, dama-do-lago, jacinto-d'gua, lrio-dgua, murere, murer-de-flor-roxa, murer-orelhade-veado, mureru, mureru-orelha-de-veado, mureru-de-flor-roxa, muriru, murure, murumuru, orelha-de-veado, rainha-dos-lagos, pareci.

HABITATEspcie autctone da Amrica do Sul, que vegeta em todo Brasil, mas com provvel origem amaznica. Forma grandes colnias flutuantes, guisa de ilhas, em rios e lagos. O rpido crescimento e disseminao pode constituir-se em obstculo navegao.

FITOLOGIAPlanta herbcea, aqutica, flutuante ou parcialmente submersa, carnosa. Pseudo-caules cilndricos, carnosos, com cerca de 60 a 80cm e 1cm de espessura. Fildios ("folhas") areos com grande pecolo cilndrico, alternos, cheio de parnquima esponjoso que determina a flutuao. O limbo orbicular ou espatiforme, rgido, ondulado e um pouco acuminado, verde-brilhante, glabro, medindo cerca de 18 a 22cm de dimetro. Em reas sombreadas o limbo tende a ser mais oblongo. As flores so violceas, com perignio tubiforme, grandes e dispostas em espigas que renem 10 a 12 flores. O fruto uma cpsula seca, polisperma, com 3 lculos, contendo sementes subcilndricas, escuras e foscas.

PARTES UTILIZADASToda a planta.

AGROLOGIA O uso medicinal da planta deve prever o cultivo agroecolgico, procurando-se povoar lagos e audes com gua de boa qualidade, principalmente livre de metais pesados. Propagao: segmentos do pseudo-caule (talo simpodial) e sementes. Devido a alta taxa de disseminao da espcie, deve-se conter a expanso do cultivo, atravs do raleamento das colnias, para no afetar a qualidade das folhas e a oxigenao da gua. Consrcio: Pistia stratiotes, Eichhornia crassipes, Azolla caroliniana, Typha angustifolia e Acorus calamus.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICAS

Adstringente e vesicatria (342).

OUTRAS PROPRIEDADES A planta tima forrageira (93). Pode ser usada para a purificao de guas poludas.

AGUAPNOME CIENTFICOEichhornia crassipes (Mart.) Solms

FAMLIA BOTNICAPontederiaceae.

SINONMIAAguap-de-flor-roxa, baroneza, camalote, dama-do-lago, jacinto-d'gua, murer, mureru, muriru, murumuru, murur-de-canudo, orelha-de-veado, orqudea-d'gua, parec, pavo, rainha-dos-lagos

HABITATEspcie autctone da regio amaznica, mas que se disseminou para os subtrpicos. Habita em ambientes aquticos, com gua parada ou corrente. Toleram guas salgadas por curtos perodos.

FITOLOGIAPlanta herbcea perene, medindo 20 a 25cm de altura, suculenta, aqutica. Razes compridas, particularmente nas plantas deriva, muito ramificadas e azuladas. Talos carnosos, cilndricos, verdes, glabros, lisos. Fildios ssseis ou peciolados, dispostos em roseta, flutuantes ou emergentes. O limbo orbicular, obtuso no pice e com pecolo basal inflado, formado internamente por parnquima esponjoso, que permite a plena flutuao da planta. As flores, em nmero de 4 a 15, so azuis ou lilacinas e esto reunidas em espigas, podendo medir 4 a 10cm de comprimento. Fruto botuliforme, incluso no perianto. Semente ovide, escura, nervada, com cerca de 1mm de dimetro.

AGROLOGIA Ambiente: O uso medicinal da planta s deve ser feito quando se pratica o cultivo agroecolgico, procurando-se povoar lagos e audes com gua de boa qualidade, principalmente livre de metais pesados. A planta tolera nveis elevados de acidez, com um pH at 4,0. A profundidade da rea alagada no pode ser demasiada, pois a planta s floresce quando ocorre o enraizamento no solo. Densidade: 1 planta para cada 40m2 de lmina d'gua. Constatou-se experimentalmente que a partir de duas mudas de aguap, obtm-se 30 brotamentos em 23 dias, ou 1.200 plantas em 4 meses (209).

Propagao: vegetativa, atravs de diviso dos talos, que so colocados diretamente na gua. Pode ser feita por sementes, porm estas no germinam dentro da gua. As sementes devem ser semeadas em bandejas de isopor ou canteiros, e irrigadas diariamente. A viabilidade das sementes pode chegar a 15 anos, em condies desfavorveis germinao (209). Consrcio: Pistia stratiotes, Eichhornia azurea, Azolla caroliniana, Typha angustifolia e Acorus calamus. Produo: 480t/ha/ano (242).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASSedante e anafrodisaca (169).

INDICAESA decoco ou a macerao das folhas em gua utilizada para combater a hepatite, alm de ser refrescante. A mucilagem de aplica sobre furnculos e abcessos. A infuso das flores utilizada como febrfuga e diurtica (169).

OUTRAS PROPRIEDADES depurativa e termoreguladora da gua. Tem a capacidade de retirar metais pesados da gua (209). As razes atuam como incubadoras de ovos de peixes, que ao nascerem se alimentam delas. forrageira muito apreciada por bovinos e sunos, alm de conferir um timo sabor carne dos animais. As folhas so utilizadas na confeco de esteiras, cordas, cadeiras, cortinas e outros artesanatos tranados Indicada como adubo verde pois os minerais da planta, que corresponde a 1% do peso verde da planta, contm 28,7% de potassa, 21% de cloro, 12% de cal, 7% de anidrido fosfrico, 1,8% de soda, 1,28% de nitrognio e 0,59% de magnsia (93).

AIPONOME CIENTFICOApium australe Thou. e Apium graveolens L.

FAMLIA BOTNICAApiaceae.

SINONMIAAipo-d'gua, aipo-doce, aipo-do-rio-grande, aipo-dos-pntanos, pio, celeri, salso.

HABITAT

Espcie autctone, crescendo espontaneamente do Rio de Janeiro at a Argentina. Na Europa encontrado at 100m de altitude, ocorrendo em reas midas (182). normalmente cultivado em hortas.

FITOLOGIAPlanta herbcea, anual ou bianual, ereta, perfumada, de caule ereto, estriado, oco, ramificado, cilndrico, glabro e fistuloso, atingindo 60cm de altura. As folhas so luzidias, verde-escuras, decompostas, pinatfidas, as basais longo pecioladas, com cinco fololos ovais e as superiores ssseis, com trs fololos menores e mais estreitos. As flores, brancas, pequenas e numerosas, esto dispostas em umbelas compostas, ssseis ou curtamente pedunculadas, que rene 6 a 12 raios desiguais. O fruto um esquizocarpo subgloboso, curvo, castanho-esverdeado, glabro, suborbicular.

CLIMA uma espcie de clima subtropical. Desenvolve-se bem temperatura de 20 a 25oC, no tolerando geadas e temperaturas acima de 30oC. Altas temperaturas resultam em abortamento de flores e, quando associadas pluviosidade excessiva, favorecem ocorrncia de doenas.

SOLONa Europa encontrado em solos alagados e salgados (182). Prefere solos arenosos ou areno-siltosos, ricos em matria orgnica e bem drenados. Solos pesados e com drenagem deficiente dificultam as trocas gasosas ao nvel de raiz, afetando o metabolismo radicial e predispondo a planta s doenas. Prefere solos de reao neutra.

AGROLOGIA Espaamento: 0,6 x 0,3m. Propagao: sementes. A semeadura pode ser feita em bandejas de isopor com substrato organo-mineral. A germinao ocorre entre 8 e 12 dias . Tratamento de sementes: para evitar-se a transmisso de doenas, sobretudo a septoriose, as sementes devem ser tratadas termicamente em gua aquecida a 50oC, durante 20 a 30 mintas. Plantio: maro. Em regies de clima ameno, a semeadura pode ser feita durante todo o ano. feito quando a muda apresenta 6 a 7 folhas definitivas, ou 50 a 60 dias aps a semeadura. Adubao: aplicar 4 a 5kg/m2 de composto orgnico ou estrume animal bem curtido. Adubar, 30 a 40 dias aps o plantio, com 10g/m2 de nitrato de clcio, repetindo-se a cada 2 meses. Irrigao: a planta deve ser irrigada diariamente, enquanto muda. Aps o tranplante, irrigar nos primeiros 10 dias e durante os perodos de estiagem. Doenas: a planta sensvel ao excesso de umidade no solo e no ar, resultando em doenas que afetam as folhas, o florescimento e a frutificao, entre elas, a Septoria apii, cujas sintomas foliares so manchas circulares oleosas e depois castanhas, que causam o secamento das folhas. Podem tambm ocorrer a Phoma apiicola, que causa podrido da raiz, Cercospora apii, que infecta as folhas, Bacterium carotovorum, que origina podrides, e algumas viroses (182).

Colheita: ocorre 5 a 6 meses aps a emergncia, quando se deseja as folhas e/ou as razes, ou no segundo ano, se for a sementes. Rendimento: at 800kg/ha de sementes (182).

PARTES UTILIZADASRazes, preferencialmente frescas, folhas e sementes.

FITOQUMICAA composio da espcie semelhante, Apium graveolens, revela a presena de leo essencial contendo apiosdeo, limoneno, selineno, eudesmol, sedanoldeo, anidrido sedanlico; acares, manitol, pentosanas, cidos glicrico, gliclico, mlico, tartrico, fumrico, cumrico, cafico, ferlico, qumico, xiqumico; flavonides (apina), cumarinas (sesilina, isopimpenelina e appigravina) (257), guaiacol, fenol cristalizado, sesquiterpenos, cido palmtico e leo resina (341). As sementes produzem cerca de 2% de leo essencial leve (163).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASRaiz e semente: estomquica, aperitiva, vulnerria, diurtica e anti-hidrpica. Folha: resolutiva e peitoral (341), depurativa, expectorante, febrfuga, antiinflamatria, tnica (257), antiartrtica, anti-reumtica (271), carminativa, emenagoga (salada) (215), excitante, antiescorbtica (283), alcalinizante, antitrmica, antiasmtica e antianmica (68).

INDICAESIndicada para o tratamento da asma mida, gonorria, reteno de urina, catarro pulmonar (341), nefrite, colite, disenteria, bronquite asmtica, laringite, bronquite, lceras de difcil cicatrizao, contuses, ferimentos, hepatite, afeces febris (68), gota e litase vesicular (257). A raiz indicada para clculos do fgado e ictercia (271).

FORMAS DE USO Infuso: 1 colher das de sopa de razes ou folhas verdes/litro d'gua. Tomar 3 xcaras ao dia (257). Infuso ou deccto: 2,5%, 50 a 200ml/dia (341). 30g de folhas em 1 litro de gua. Tomar 1 xcara 3 vezes ao dia (disenteria, colites e anemias). Para a bronquite asmtica, adoar com mel e tomar diariamente pela manh, em jejum . 25g de raiz ou sementes para 1 litro de gua. Tomar 1 xcara 3 vezes ao dia (laringite e bronquite) Suco das folhas: 1 xcara ao dia, dividida em 3 a 4 vezes (nefrite, hepatite, afeces febris). P: razes secas e modas polvilhadas 2 vezes ao dia sobre lceras rebeldes (68). Cataplasma: aplicar 2 vezes ao dia a folha sobre a regio afetada (ferimentos e contuses). Extrato fluido: 1 a 5ml/dia.

Tintura: 5 a 25ml/dia. Elixir, vinho ou xarope: 20 a 100ml/dia (341).

TOXICOLOGIANo deve ser utilizada por pessoas portadoras de inflamaes renais (257) e diabticos, sob a forma de saladas (68).

OUTRAS PROPRIEDADES As sementes um forte aroma, persistente e picante. O pecolo carnoso e as razes carnosas so comestveis, sendo utilizados em saladas. As folhas desidratadas e pulverizadas, constituem-se em excelente condimento. O consumo regular da planta reduz a eliminao de potssio do organismo humano, sendo indicada principalmente para atletas (257). O leo essencial amarelo-claro, usado para aromatizar alimentos, doces, licores, perfumes e sabonetes (163).

ALCACHOFRANOME CIENTFICOCynara scolymus L.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIAAlcachofra-hortense, cachofra.

HABITATEspcie alctone, originria do norte da frica. Desenvolve-se bem nas regies serranas e planaltos.

FITOLOGIAPlanta herbcea perene ou bisanual que cresce cerca de 1m de altura. O caule estriado ou sulcado, brancacento, podendo atingir at 10cm de dimetro. As folhas so pinatfidas, carnosas, pubescentes, muito grandes, com espinhos curtos ou subinermes nos segmentos, que so estreitos. Das folhas, que formam uma roseta basal, cresce a inflorescncia - um captulo de flores roxas com grandes brcteas inermes ou subinermes, carnosas na base, verdes ou vermelhas, em forma de cesta.

SOLOTem preferncia por solos slico-argiloso-calcrios, bem drenados e nunca cidos. Em solos pesados, mal drenados e/ou encharcados a planta apresenta as folhas da saia cadas e com

senescncia precoce, afetando a produo de folhas e o florescimento, que pode at no ocorrer.

CLIMAProduz melhor em regies serranas do Brasil, em clima temperado-quente (temperaturas entre 5 e 30oC). Em regies quentes ou de baixa altitude, o teor de princpios ativos reduzido e o crescimento da planta restrito.

AGROLOGIA Espaamento: 1,2 x 1,0m. Propagao: sementes e rebentos das razes. Os rebentos surgem normalmente ao final do ciclo da planta, com uma frequncia de 4 a 5 por planta matriz. A produo de mudas via sementes feita em bandejas de isopor, com clula grande (tipo tomate). Utilizar substrato orgnico aerado, base de vermiculita, casca de arroz tostada e hmus vegetal. Plantio: setembro, quando as mudas apresentarem 4 a 6 folhas. Florescimento: novembro a dezembro. Colheita das folhas: ocorre aps a colheita da cachopa de flores, ou seja, 100 a 130 dias aps o plantio. Produo de sementes: janeiro. Em regies quentes e midas, o florescimento prejudicado, podendo no ocorrer a formao de sementes.

PARTES UTILIZADASFolhas, razes e flor (cachopa).

FITOQUMICACinarina, inulina, flavonides, esterides, sesquiterpenos, cinarisdeo, cinaropicrina, cido cafico (257), cido clorognico, taninos, fermentos inulase, invertase e coalho, vitaminas A, B1, B2, B3, C e D, clcio, ferro, potssio, fsforo, magnsio, mangans, sdio, (145), cido fosfrico e silcico (93) .

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASColertica (133), hipotensora (283), heptica, estomquica, hipocolestermica, hipotrigliceridmica, depurativa, antiofdica, colagoga, diurtica (257), antidiabtica, carminativa (145), antiinflamatria, antianmica, antiasmtica, eupptica, antiesclerosante, cardiotnica (68), anti-reumtica e febrfuga (215).

INDICAESIndicada para o tratamento da arterioesclerose, priso de ventre (145), ictercia (294), colicistite, hepatite, nefrite, hemorridas, prostatite, uretrite, debilidade cardaca (68), distrbios digestivos e hepticos (271) e o raquitismo, por ser rica em ferro. Auxiliar no tratamento da obesidade, elimina clculos biliares e cido rico e aumenta a ao antitxica do organismo (257).

ATIVIDADE BIOLGICA

Apresenta atividade especfica sobre bactrias Gram-positivas (Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Bacillus subtilis e sarcina sp.) (288).

FORMAS DE USO Infuso: 2 colheres das de sopa de folhas frescas picadas em 1 litro d'gua quente. Tomar 1 xcara do ch 4 vezes ao dia, aps as refeies (257). Decoco: 30g de folhas para 1 litro de gua . Tomar 1 xcara 3 vezes ao dia (hepatite, colicistite e arteriosclerose) Salada: utilizar as brcteas cruas ou cozidas temperadas com sumo de limo (68).

TOXICOLOGIAPode reduzir a lactao na mulher (257).

OUTRAS PROPRIEDADES As flores (cachopa) so utilizadas como hortalia. Apresenta sabor muito peculiar. As proteinases presentes nos extratos das inflorescncias, como a cinarase, podem ser utilizadas como coagulante do leite (237), na fabricao do queijo. As folhas fornecem matria corante amarela que serve para tingir l e algodo (93). A planta vegetativa ou florida muito ornamental.

ALECRIMNOME CIENTFICORosmarinus officinalis L.

FAMLIA BOTNICALamiaceae.

SINONMIAAlecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarinho, alecrimrosmarino, alecrinzeiro, erva-da-graa, libanotis, rozmarim, rosmarino.

HABITATO alecrim vegeta espontaneamente em terrenos pedregosos e arenosos no litoral dos pases mediterrnicos, entre o norte da frica e sul da Europa. encontrado at 1.500m de altitude (96). A planta est plenamente aclimatada ao Brasil, sendo cultivada em hortas e jardins.

FITOLOGIAPlanta semi-arbustiva, perene, lenhosa, ramificada, pereniflia, olente, que cresce de 0,5 a 1,8m de altura. Os ramos so tetragonais quando jovens e pubescentes. Folhas ssseis, opostas, lineares, inteiras, coriceas, com plos estelares na face inferior, conferindo uma

colorao esbranquiada; na face superior o tom verde-escuro. As margens das folhas so recurvadas para a face inferior. As flores so hermafroditas, diminutas, bilabiadas, subssseis, azul-claras a esbranquiadas, reunidas em inflorescncias axilares e terminais. As folhas encanoadas para baixo protegem os estmatos dorsais, dificultando a perda de gua. As flores so atrativas de abelhas. O fruto do tipo aqunio, de formato ovide. A planta tende a floresce o ano todo e pode viver 8 a 10 anos.

SOLOAs qualidades aromticas so mais pronunciadas quando a planta cresce em solo calcrio, seco, pouco frtil em nutrientes, arenoso e bem drenado. No tolera solo cidos.

CLIMA de clima temperado quente, dias longos e com bastante luminosidade. Noites quentes favorecem o crescimento vegetativo da planta, enquanto perodos chuvosos ou com nevoeiro reduzem os princpios. Umidade elevada e clima muito frio reduzem o teor das essncias da planta. A produo de leo essencial maior no vero do que no inverno (182). sensvel ao vento e temperaturas muito baixas. helifita.

AGROLOGIA Espaamento: 1,50 x 0,70m. Propagao: sementes, estaquia, diviso de touceiras e mergulhia. Utiliza-se as ponteiras dos ramos, com cerca de 15cm de comprimento, desbastando-se todas as folhas nos 2/3 basais. O enraizamento demora 3 a 4 semanas aps a estaquia. o uso de fito-hormnios acelera o enraizamento. As estacas podem ser tratadas com IBA, cido indol-butrico, na dose de 1.000ppm. Utiliza-se tambm a alporquia ou mergulhia de ramos. poca favorvel de estaquia: antes ou depois de uma florada intensa. Substrato: casca de arroz tostada, vermiculita e a areia lavada (20). Plantio: outubro a novembro, quando a muda foi obtida de estacas ou mergulhia. Quando obtidas de sementes, plantar em maro a abril. As mudas so transplantadas com um porte de 20 a 25cm. Irrigao: s dever ser feita se ocorrer um perodo significativo de estiagens, pois as regas abundantes so prejudiciais ao contedo de leos essenciais da planta. Plantas daninhas: a planta no tolera competio com outras plantas. Seleo gentica: espcimes de hbito prostrado devem ser eliminados devido a pssima arquitetura, pela predisposio em ser infectada por microorganismos do solo e sujeira. Desenvolvimento: Por ser uma planta lenhosa, o crescimento lento. Doenas: as razes podem ser invadidas por Meloidogyne javanica e M. incognita (171). A planta pode tornar-se virulenta, quando ento as folhas tornam-se amareladas. O amarelecimento das folhas e secamento dos ramos podem ser conseqncia de infeces por fungos Fusarium spp. Alelopatia: a planta alelopata positiva com a slvia (Salvia officinalis). Florescimento: ocorre mais intensamente a partir de agosto a dezembro, estendendo-se pelo vero e outono. Colheita das folhas: aps o incio do florescimento, quando as plantas j tem mais de 1m de altura.

Padres comerciais: o leo essencial deve ter, no mnimo, 2,5% de steres e 10% de borneol (96). Produo de sementes: no ocorre formao de sementes no Litoral de Santa Catarina.

PARTES UTILIZADASFolhas sem ramos, colhidas na primavera. Na indstria se utilizam ramos verdes com folha e sumidades.

FITOQUMICAleo essencial contendo borneol (9 a 18%) (93), -pineno, canfeno, cineol, lineol (9), eucaliptol e circol (163); saponinas, taninos, alcalides, cido rosmarnico, flavonides (257), acetato de bornila, valerianato de bornila, cnfora, matrias resinosas e ppticas (341), dextrogira, eucaliptol, cido nicotnico (145) e colina. Apresenta 4,5 a 6% de cinzas e 1,4 a 2% de leo essencial nas folhas e 1,4% na sumidades floridas (96).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASEstimulante digestiva, antiespasmdica, eupptica, cardiotnica, aperiente (257), emenagoga, cicatrizante (o p das folhas), estomquica (341), vulnerria, carminativa, anti-hipertensora, anti-reumtica, calmante, antidiabtica (145), tnica, antissptica, sudorfica, balsmica, anti-reumtica, eupptica, calmante (68), vasodilatadora, antidepressiva, estomacal (294), febrfuga (271), excitante (215), bquica, tonificante do tero, estimulante da fecundidade feminina, depurativa (93), antissptica, colagoga, narctica, antiasmtica e antigripal (283).

INDICAES indicada para o tratamento de problemas respiratrios, lceras, afeces ceflicas, poliuria, enxaqueca, queda de cabelo, depresso, astenia, dispepsia atnica, gastralgia, isquemia, vertigem (145), cansao fsico e mental, hemorridas (257), afeces hepticas, intestinais e renais, bronquite, coqueluche, feridas, lceras (68), gota (128) clorose, escrfulas, nevralgias, paralisias (93), feridas, contuses (9), indigesto, histeria, nervosismo (215), celulite, colesterol, convalescena, odontalgia, edema, entorse, frigidez, impotncia, rugas, insnia e torcicolo (1).

ATIVIDADE BIOLGICAO leo essencial apresenta forte atividade contra Salmonella sp., Staphylococcus aureus e trs raas de Listeria monocytogenes (132).

FORMAS DE USO Infuso: 1 xcara (tipo cafezinho) de folhas secas ou frescas em 1/2 litro d'gua. Tomar 1 xcara das de ch em intervalos de 6 horas (257). 15 g de folhas para 1 litro de gua fervente. Depois de fria, coar e tomar 1 xcara de ch trs vezes ao dia (145). 5 a15g de folhas por litro se gua fervente (283). 1 colher das de ch em 1 xcara de gua quente. Tomar 2 a 3 xcaras ao dia

Vinho: macerar 1 xcara e meia das de ch de folhas em 1 litro de vinho tinto durante 10 dias. Filtrar e adoar com mel. Tomar 1 clice antes das refeies (128). Pode ser utilizada tambm a quantidade de 30 a 60g de folhas por litro de vinho, tomando-se 2 a 3 clices ao dia (283). Banho: ferver 3 xcaras das de ch de folhas em 1 litro de gua por 5 minutos. Coar, esfriar e misturar gua da banheira. Pode ser utilizado tambm o leo essencial, 3 colheres das de sopa (128). P: as folhas secas podem ser pulverizadas e utilizadas como cicatrizantes. Tintura: 50g d e folhas secas em 1 litro de lcool. Deixar em macerao por 5 dias, filtrar e conservar em vasilhame escuro. Tomar diariamente 40 gotas diludas em um copo de gua, por 10 a 15 dias (tratamento para hemorridas) (258). Deixar macerar 10 xcaras das de cafezinho de folhas secas em litro de lcool de cereais ou aguardente. Tomar uma colher das de ch 3 vezes ao dia, misturado com um pouco de gua (257). Extrato fludo: 1 a 5ml/dia. Deccto: a 2,5%, de 50 a 200ml/dia. Xarope: 20 a 10ml/dia (341) Deixar macerar 10 xcaras das de cafezinho de folhas secas em litro de lcool de cereais ou aguardente. Tomar uma colher das de ch 3 vezes ao dia, misturado com um pouco de gua (257). Para litro de xarope, adicionar o suco de 4 xcaras das de cafezinho. Tomar 1 colher a cada 3 horas (257).

TOXICOLOGIAEm altas doses txico, prosttico, desintrico (258) e abortivo (145). Extrato da planta, a partir da dose de 52mg/dia, embriotxico em cobaias (105). Pode causar gastroenterite e/ou nefrite (385).

OUTRAS PROPRIEDADES O sabor das folhas e das sumidades floridas intensamente aromtico, canforceo e algo picante. As folhas, principalmente, so utilizadas como condimento em culinria. A planta utilizada como condimento, sobretudo de carne, peixes, frangos, guisados, saladas, pudins e biscoitos. utilizada em perfumaria e cosmtica (sabonete, desodorante e tnico capilar) Desidratada e pulverizada, atua como incenso (odorizante e abascanto). repelente de pragas caseiras, de moscas e borboletas. A planta melfera. O mel produzido a partir de sua flores reputado como sendo da mais alta qualidade alimentar e medicinal. As sementes contm um leo essencial cor mbar utilizado na preparao de cosmticos, entre eles a "gua de colnia" (93). O leo de alecrim parasiticida (294).

ALFACE-DGUANOME CIENTFICOPistia stratiotes L.

FAMLIA BOTNICAAraceae.

SINONMIAErva-de-santa-luzia, flor-d'gua, glfo, lentilha-dgua, murur-pag, pag, pasta, repolhinho-dgua.

HABITATEspcie autctone encontrada em rios e lagoas ricas em matria orgnica. Vegeta em gua puras, barrentas e at poludas e paradas. No tolera gua salgada.

FITOLOGIAPlanta herbcea aqutica, perene, flutuante, vivpara, gregria, acaule, estolonfera, com 15 a 20cm em altura. Possui inmeras razes imersas, filiformes, fasciculadas, verticais, brancas, com at 30cm de comprimento, fibrosas que emitem fibrilas capiliformes. As folhas so emergentes, esponjosas, ssseis, obovado-cuneadas at ovadas, com 4 a 10cm de comprimento, espatuladas, fasciculadas, fendidas ou inteiras no pice, que arredondado ou subtruncado, mais ou menos cotonosa-pubescente nas duas pginas e com longos plos na base, verde-plido e saliente-nervadas na pgina inferior, nervuras 7 a 13 flabeladas, cncavas e dispostas em roseta espiralada e compacta. A inflorescncia do tipo espadice amarelada. As flores so pequenas, amarelo-plidas, as masculinas reunidas em verticilos na parte superior e as femininas solitrias na parte inferior do espadice, que protegido pela espata, tambm pequena, verde-claro ou brancacenta, obliquamente campanulada, gibosa e fechada em baixo, contrada no centro e aberta e quase orbicular em cima, mais ou menos vilosa exteriormente. Fruto tipo baga elipside ou ovide, com pericarpo fino, contendo numerosas sementes oblongas ou obovides de textura rugosa e albmen abundante, farinoso.

AGROLOGIADensidade: 1 muda/10m2 de gua. Propagao: multiplica-se facilmente por mudas que se formam na extremidade dos estoles. Plantio: todo ano. Consrcio: Eichhornia crassipes e E. azurea, Azolla caroliniana, Typha angustifolia e Acorus calamus.

Raleio: a planta tende a formar super-populaes, cobrindo toda a superfcie dgua e dificultando as trocas gasosas. A medida em que ocorre o super-povoamento da espcie, ocorre tambm uma reduo da rea foliar das plantas e senescncia fisiolgica. O super-povoamento de reas restritas e com a gua parada, pode resultar em acmulo de princpios acres, prprios das arceas, inviabilizando a qualidade da gua. Colheita: ano todo. Produo: 90t/ha de folhas e razes (93).

PARTES UTILIZADASFolhas.

FITOQUMICAAs folhas contm gua (90,12%), celulose (3,14%), cinzas (2,58%), extratos no nitrogenados (2,52%), protena bruta (1,58%), matria graxa (0,16%), substncias gomosas e albuminosas, cido resinoso, leo de pingue, nitrato de potssio, sais de fsforo e clcio (93).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICAS maturativa, diurtica (32), antiartrtica, anti-herptica, anti-hemorroidria, antidiabtica, emoliente (93), anti-sifiltica, antiasmtica (242), antidisentrica, expectorante, anti-hemorroidria e desinflamatria de erisipela (9).

INDICAES utilizada no tratamento de diabetes inspida, urinas sangineas, tumores causados por erisipela, hrnias infantis (242), hidropisias, enfermidades da bexiga e rins (32), hematria, hemoptises, estrangria e oftalmias (93).

FORMAS DE USO Cataplasma: folhas contusas sobre tumores (externamente). P: mistura-se 1 colherinha do p da folha seca com mel e toma-se vrias vezes ao dia (sfilis) (32). Outras: infuso, decocto, macerado, suco e p das folhas (242).

OUTRAS PROPRIEDADES As plantas, deixadas alguns dias dentro de um balde dgua para liberarem o princpio acre, so utilizadas para retirar ndoas de roupa, leo e graxas de produtos diversos. Utilizada como adubo verde. Um hectare da planta inteira fornece 269kg de nitrognio, 447kg de potssio e 99kg de fsforo. As folhas cozidas, para eliminar os cristais picantes, constituem tima forragem para porcos (93). As razes servem de substrato para a postura de ovos de peixes. Tambm utilizada como planta ornamental de aqurios e lagoas.

ALFAVACA-ANISADANOME CIENTFICOOcimum basilicum var. anisatum L.

FAMLIA BOTNICALamiaceae.

SINONMIAAlfavaca-do-reino, alfavaca-do-rio-grande-do-sul, alfavaca-gacha, anis, manjericocheiroso.

HABITATEspcie autctone, que cresce espontaneamente em pastos e subosques do Sul do Brasil, mas tambm em reas ruderais e terrenos abandonados.

FITOLOGIAPlanta arbustiva, perene, ramificada, de ramos quadrangulares, sulcados, suculentos e pubescentes quando novos, e cilndricos e lenhosos. Folhas curto-pecioladas, ovadolanceoladas, opostas, crenado-serradas do tero inferior em direo ao pice, glabras, medindo 4 a 6cm de comprimento. Inflorescncias terminais, axilares, formando verticilos de seis flores lilases, longo-pedunculadas, dispostas em rcimos paniculados longos. O fruto uma cpsula seca com quatro sementes. O aroma mais pronunciado em regies de temperaturas mais altas.

SOLOA planta prospera bem em solos bem drenados, midos, ricos em matria orgnica e levemente cidos. Solos encharcados so detrimentais planta. A planta acentuadamente nitrfila.

CLIMA uma espcie subtropical, de temperaturas amenas. No tolera perodos de estiagem e produz bem em regies de umidade relativa elevada. escifita.

AGROLOGIA Espaamento: 1,0 x 0,5m. Propagao: sementes e estacas herbceas. As mudas so produzidas em bandejas de isopor contendo substrato organo-mineral. Plantio: outono e primavera. Nutrio: torna-se clortica aps perodos prolongados de chuva. Adubao: adubar com fertilizante orgnico no plantio (3 a 5kg/m2) e a cada dois meses, com nitrognio (5g de uria/planta). Pragas: normalmente atacada por formigas. Florescimento: ocorre notadamente no vero, estendendo-se at o outono.

Colheita de folhas: vero at o outono. A cultura mantida at o terceiro ano, quando ento renovada. Poda: ao final das colheitas eliminam-se galhos secos, doentes e deficientes. Produo de sementes: as sementes devem ser colhidas quando as cpsulas estiverem verde-amareladas; ao atingirem a colorao castanha, ocorre deiscncia total das sementes, as quais so facilmente perdidas.

PARTES UTILIZADASFolhas, caule, inflorescncia e razes. Utilizar o sumo ou o xarope; nunca ferver a alfavaca.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAromtica, estimulante, sudorfica, diurtica (215), antiespasmdica (283), carminativa e bquica. O extrato da planta tem ao fungitxica sobre alguns fungos fitopatognicos. A essncia da planta utilizada como anticeflica e febrfuga. As sementes so antiblenorrgicas (93).

INDICAESIndicada para o tratamento de vertigens, desmaios e enxaquecas nervosas (283).

OUTRAS PROPRIEDADES As sementes so comestveis e nutritivas, utilizadas em mistura de pes e bolos, e no preparo de uma bebida rabe refrescante (93). A planta tambm utilizada como tempero e no preparo de licores.

ALFAVACA-CHINESANOME CIENTFICOOcimum gratissimum L.

FAMLIA BOTNICALamiaceae.

SINONMIAAlfavaca-cravo, alfavaca-de-vaqueiro, canelinha, manjerico-cheiroso.

HABITATEspcie alctone africana introduzida e aclimatada no Brasil desde o tempo do Brasilcolnia.

FITOLOGIAPlanta arbustiva, lenhosa, vivaz, perene, cujo porte atinge at 2,5m de altura por 3m de dimetro de copa. Caule pubescente, quando novo, quadrangular. As folhas so opostas,

pecioladas ovado-oblongas, crenado-serradas, acuminadas, agudas na base, glandulosas e pubescentes em ambas as faces. As inflorescncias so terminais ou axilares, em verticilos curtos, simples ou ramificados. As flores so amarelos-esverdeadas. Fruto do tipo cpsula seca contendo 4 sementes subglobosas e rugosas. Toda a planta apresenta um forte aroma.

AGROLOGIA Espaamento: 2,0 x 2,0m. Propagao: sementes e estacas dos ramos. Plantio: outono, quando as mudas so originrias de sementes, e primavera, em se tratando de estacas. As mudas so transplantadas aos 40 a 50 dias aps a semeadura ou 60 dias aps a estaquia. Doenas: a planta imune ao nematide Meloidogyne incognita (14). Alelopatia: a planta muito enfolhada, resultando num alto ndice de sombreamento que inibe o crescimento de plantas prximas. Florescimento: ocorre a partir de janeiro, estendendo-se at agosto. Colheita: inicia aos seis meses aps o plantio. Deve ser feita no incio do florescimento. Produo de sementes: a planta altamente produtora de sementes, que inicia no vero e estende-se por todo o outono.

PARTES UTILIZADASToda a planta, exceto as razes.

FITOQUMICAA planta contm 0,6 a 0,8% de leo essencial, que encerra eugenol (45 a 70%), metileugenol (20%), carvacrol, ocimeno, p-cimeno, canfeno, limoneno, -pineno e -pineno (444).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICAS antissptica bucal (261), antidiabtica, hipocolesterolmica, hipotensora (271), diurtica, estomtica, bquica, laxativa, febrfuga e oftlmica (364), estimulante, carminativa, anticefallgica e diafortica. As sementes so antiblenorrgicas (93).

INDICAESA planta utilizada no tratamento da paralisia e molstias nervosas (93), resfriado e insolao.

ATIVIDADE BIOLGICAO extrato da planta tem ao fungitxica (28), particularmente sobre o fungo Phytophthora palmivora, que infecta o coqueiro-da-bahia (29). O eugenol, principal componente da planta, tem ao bactericida (Suresh et al., apud 364). O leo da planta apresenta ao protetora contra fungos de gros armazenados (26; 80). O leo essencial das folhas (0,96g/ml) inibe o crescimento das bactrias Fonsecaea pedrosoi e Cryptococcus neoformans, nas concentraes de 150g e 2.400g, respectivamente (364).

FORMAS DE USO

6 a 12g/dia, na forma de deccto ou inalao (444).

OUTRAS PROPRIEDADES condimentar e utilizada na fabricao de licores. insetfuga.

ALFAVACA-DA-HORTANOME CIENTFICOOcimum basilicum L. var. latifolium.

FAMLIA BOTNICALamiaceae.

SINONMIAAlfavaca-doce, alfavaca-da-amrica, basilico, baslico-comum, baslico-doce, baslicogrande, erva-real, folha-larga-dos-cozinheiros, manjerico, manjerico-de-folha-larga, manjerico-de-molho, manjerico-doce, manjerico-dos-cozinheiros, quii, remdio-devaqueiro

HABITATEspcie alctone, originria do Egito, ndia e sul da sia. Cresce espontaneamente na ndia e na frica. Na ndia a planta perene. A planta est amplamente adaptada ao Brasil.

FITOLOGIAPlanta herbcea ramificada, anual no Brasil. O caule e os ramos so quadrangulares, pilosos quando novos e muito ramificados. A planta atinge 40 a 50cm de altura. Folhas simples, opostas, ovais, longo-pecioladas, glabras, verde-claras. Na face dorsal da folha pode-se distinguir covinhas onde se alojam gotas de essncia, que vistas contra a luz, aparecem como pontinhos claros, translcidos. A alfavaca exala um delicado aroma de limo que declina para cheiro de suor. As flores so brancas a levemente rosadas, labiadas, dispostas em inflorescncias tipo cachos terminais, espiciformes e melferas. Fruto tipo aqunio, com sementes pequenas, pretas e oblongas. As folhas so revestidas de plos glandulares e no glandulares em ambos os lados. Os no glandulares so unisseriados, pontudos, retos ou curvos, constitudos de 1 a 5 clulas de paredes celulares espessas, situados sobre as nervuras e margens das folhas. Os glandulares so capitados, peltados ou escamados. Os capitados so compostos de uma clula basal, uma alongada, que suporta a cabea formada de quatro clulas. Os plos peltados no possuem segmentao celular na cabea. Por ocasio da maturao, os plos glandulares tornam-se murchos. A densidade de plos glandulares decresce com a maturao da folha, da ponta em direo base do limbo. A maior densidade verificada

nas regies meristemticas. A concentrao de leos essenciais decresce com a expanso e idade das folhas (441).

CLIMAEspcie de clima tropical, porm adapta-se bem ao clima subtropical. Prefere insolao mdia (escifita), mas no tolera ventos frios e geadas. Quanto mais baixa a temperatura, menor o porte da planta.

SOLOPrefere solos de aluvio, areno-argilosos, permeveis, ricos em matria orgnica e bem drenados. No se adapta bem aos solos encharcados e pouco frteis.

AGROLOGIA Espaamento: 0,4 x 0,30m. Propagao: feita via semente e por estacas de plantas adultas. As sementes so postas a germinar em substrato organo-mineral, enquanto que as estacas em areia ou vermiculita. Plantio: deve ser feito no incio do perodo mais chuvoso do ano, embora possa ser plantada o ano todo. As mudas so tranplantadas quando apresentarem cerca de 6 folhas definitivas. Doenas: a planta eventualmente infectada por Botrytis cinerea, principalmente em perodos excessivamente chuvosos ou com nevoeiros e Fusarium oxysporium f. sp. basilici. A planta bastante sensvel ao nematide Meloidogyne javanica, que causa galhas nas razes e reduo na produo de folhas (14; 202). Mulching: O uso de filme de polietileno sobre o solo reduz a incidncia de invasoras e aumenta a produo, por aumentar a temperatura do solo (107). Poda: a poda da inflorescncia retarda a senescncia da planta em 30 dias (13). Florescimento: a planta floresce no vero e outono. Rendimento mdio: 1,21kg/m2 de folhas e 0,17% de leo essencial, com destaque para o linalol (68,50%). Arez e Tsai relatam um contedo de leo essencial de 0,1 e 0,4%, respectivamente (430). Produo de sementes: as sementes devem ser colhidas quando as cpsulas verdes declinarem para plido.

PARTES UTILIZADASFolhas e razes.

FITOQUMICA1-8-cineole, linalol, -cariofileno, metilchavicol, eugenol, metil-eugenol (441), canfeno, mirceno, alfa e gama-terpineno, cimeno, fenchona, cnfora, alfa-terpineol, borneol, citral, citronelol, geraniol, metil-cinamato (220), taninos, estragol, saponina (145), timol (9), limoneno, cineol, cinamato de metila, alfa e beta-pineno.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICAS

Estomquica, excitante (341), carminativa, emenagoga, sudorfica, estomtica, antiespasmdica, tnica (145), peitoral, antiemtica, bquica, diurtica, febrfuga (68), cicatrizante, analgsica (294), antidisentrica, diafortica, antidiarrica (sementes), estimulante (93), lactgena e anti-reumtica (9).

INDICAESAs folhas, mascadas, so teis para afeces da garganta. Combate as afeces das vias respiratrias, bronquite, resfriado, afeces gastrointestinais e renais, disria, debilidade nervosa, amigdalite, estomatite, gengivite, faringite, afta (68), clica abdominal e catarro intestinal. O leo de alfavaca usado como sedativo em crises nervosas e para combater a insnia. Externamente pode ser usada para feridas ulcerosas e afeces do bico do seio (145).

FORMAS DE USO Cataplasma: folhas frescas amassadas com lcool (feridas e lceras). Tintura: macerar durante uma semana 20g de folhas frescas em 80ml de lcool de cereais. Coar e pingar 30 gotas em 1 copo de gua e tomar 2 ou 3 vezes ao dia. Infuso: 10g de folhas em litro de gua fervente. Deixar 6 horas em repouso, coar e tomar 1 copo 3 vezes ao dia (145). 10 a 15g de folhas e/ou flores em 1 litro de gua. Tomar 4 a 5 xcaras ao dia. Decoco: Ferver 10 a 15g de folhas em 1 litro de gua. Fazer bochechos ou gargarejos para afeces bucofaringeanas (68).

OUTRAS PROPRIEDADES O leo essencial utilizado em cosmtica, culinria, perfumes, como rap e repelentes de insetos (360). Os brotos da planta podem ser consumidos como salada (145).

ALFAVACA-DO-MATONOME CIENTFICOHyptis brevipes Poit.

FAMLIA BOTNICALamiaceae.

HABITATEspcie autctone que cresce espontaneamente em campos, bosques e subosques do sul do Brasil.

FITOLOGIAPlanta subarbustiva perene, ereta, glandulosa, aromtica, com cerca de 30 a 60cm de altura, com caule quadrangular, pouco ramificado. Folhas opostas, cruzadas em pares, rombo-lanceoladas ou lanceoladas, base atenuada em pecolo curto, serrada ou duplamente serrada, verde-intensa, medindo at 6cm de comprimento por 2,5cm de largura, com plos longos e espessos, irregularmente distribudos. Inflorescncia axilar, em glomrulos globosos. Flores subssseis, densamente aglomeradas. Corola branca com lbio superior bilobado e inferior com lobos laterais tringulares e mediano em forma de colher, emarginado e piloso. Fruto do tipo carceruldeo (seco, indeiscente, unilocular, unisseminado), elptico, preto, fosco, glabro, liso e reticulado, microscopicamente (209).

CLIMADesenvolve-se bem em regies tropicais e subtropicais. escifita.

SOLOPrefere solos midos e poucos cidos, bem drenados.

AGROLOGIA Espaamento: 0,6m x 0,40m. Propagao: sementes e pedaos de ramos radicantes. As sementes so postas a germinar em substrato organo-mineral, enquanto que as estacas em areia ou vermiculita. Plantio: outono e primavera. Pragas: sensvel ao ataque de vaquinhas (Diabrotica spp.). Florescimento: dezembro a fevereiro. Colheita: 3 meses aps o plantio. Colhe-se pouco antes do florescimento.

PARTES UTILIZADASFolhas.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAntissptica das vias respiratrias, balsmica e vermfuga.

FORMAS DE USO Infuso: 10g de folhas em litro de gua. Tomar 2 a 3 xcaras ao dia.

ALFAZEMANOME CIENTFICOLavandula officinalis L.

FAMLIA BOTNICA

Lamiaceae.

SINONMIALavanda, lavande, lavndula.

HABITATEspcie alctone mediterrnica, que cresce em solos calcrios ridos das regies montanhosas das costas martimas europias. encontrada at 1.800m de altitude. cultivada em jardins e hortas do Brasil.

FITOLOGIAPlanta subarbustiva perene de ramos e folhas brancacentas-tomentosas, que cresce de 0,3 a 0,6m em altura. Os ramos so nus, eretos, tomentosos e simples. As folhas so verdeacizentadas, lineares ou oblongo-lanceoladas, estreitas, inteiras e lanceoladas. Flores azulviolceas dispostas em espigas terminais interrompidas, brcteas castanhas, largas, clice com cinco dentes, corola com cinco lbulos e dois lbios, quatro estames inclusos, quatro carpelos. Fruto aqunio com uma semente preta, lisa. Apresenta um perfume suave muito agradvel.

SOLOA planta cresce melhor em solos de origem calcria, bem drenados, aerados e pobres. A planta no suporta solos midos, fortemente argilosos e cidos.

CLIMAA planta de clima temperado com umidade relativa do ar baixa. helifita. Pluviosidade excessiva e altas temperaturas so drasticamente desfavorveis planta.

AGROLOGIA Espaamento: 0,6 x 0,4m. Propagao: estacas da planta matriz ou sementes, quando disponveis. As sementes so postas a germinar em substrato organo-mineral, enquanto que as estacas em areia ou vermiculita. Aclimatao: O enraizamento de mudas recalcitrante e lento, havendo necessidade de sombreamento e irrigao por nebulizao, preferencialmente, para se evitar a desidratao dos tecidos. Plantio: maro (sementes) e outubro a novembro (estaca). Doenas: o crescimento da planta muito lento, sendo que condies de temperatura e umidade elevadas predispem infeco de fungos vasculares (fusariose). A planta no se adapta regies midas e/ou em solos compactados. Florescimento: muito raro em condies tropicais, e s ocorre em regies subtropicais cujo fotoperodo longo. Colheita: feita at 3 vezes ao ano, na primavera, outono e vero. Produo de sementes: no ocorre, normalmente, nas condies tropicais e subtropicais.

PARTES UTILIZADASFlores e folhas.

FITOQUMICAleo voltil, flavonides, tanino, lcoois trmicos, cineol, nerol (145), cumarina, linalol, geraniol, acetato de linalilo (283), furfurol, cariofileno (257) eucaliptol, cnfora, borneol, acetato de lavandulilo, terpin-4-ol, lavandulol e -terpineol (275).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASCarminativa, antiespasmdica, digestiva, tnica dos nervos, oftlmica (341), calmante, parasiticida capilar, diurtica (283), peitoral, cicatrizante, antimicrobiana (257), antissptica, bquica, calmante, antiinflamatria, indutora do sono (145), descongestionante (435), anti-reumtica (271), excitante do sistema nervoso, estimulante do crebro, tnica estomacal, antianmica (93), emenagoga, antiasmtica (215), antiemtica (9), colagoga, vermfuga, tnica capilar e antileucorrica (294).

INDICAESIndicada ainda para o tratamento da anria, amenorria, cefalalgia, enxaqueca (257), tenso nervosa e muscular, cefalalgia, (145), doenas do estmago, fgado e bao, nervosismo, neurose cardaca (271), asma, vertigem, bronquite (294), apoplexia, paralisia, asfixia, epilepsia, catarro (435), sncopes, dispepsia flatulenta, atonia dos nervos encfaloraquidianos (93), acne, feridas, ftirase, tinha e picada de insetos (383).

FORMAS DE USO Infuso ou deccto: 1%, de 5 a 20ml/dia (341). 2 a 4g/litro de gua (435). 8g da planta/litro d'gua ou 1 colher das de sopa de folhas picadas em litro d'gua. Tomar 1 xcara das de ch 3 a 4 vezes ao dia (257). 10g ou 2 colheres de folhas secas picadas em litro. Tomar 1 xcara 2 vezes ao dia. Alcolatura: 10g em 2 litros de lcool neutro ou de cereais (antissptico e cicatrizante). Em frices, atua sobre o reumatismo (145). Extrato fluido: 0,5 a 2ml/dia. Tintura: 1 a 10ml/dia (341).

TOXICOLOGIA Em altas doses pode ser depressiva do sistema nervoso, causando sonolncia (257). Pessoas propensas lceras, no devem exagerar na administrao de preparados base de alfazema (145). Alguns fitoqumicos da planta so incompatveis com sais de ferro e iodo (383).

OUTRAS PROPRIEDADES Da planta obtm-se um leo, geralmente amarelo (leo de Aspic), utilizado como inseticida, em perfumaria, cosmticos, veterinria, indstria de vernizes nobres e

medicina (paralisia da lngua, amaurose, cafalalgia, cloroses, escrofulose, leucorria, gonorria, broncorria). O p das folhas, quando em combusto, atua como odorizante e desinfetante de ambientes, alm de ser insetfugo. O esfregao da planta nas roupas perfuma e protege-as das traas.

AMBROSIANOME CIENTFICOAmbrosia tenuifolia L.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIAAbsinto-selvagem, ambrosia-americana, artemija, artemisia, carprineira, cravo-da-roa, cravorana, losna-selvagem.

HABITATEspcie autctone do continente americano. Medra em potreiros e reas ruderais.

FITOLOGIAPlanta herbcea ereta, odorfera, monica, ramosa, peluda, que cresce de 30 a 90cm de altura. O caule cilndrico, spero, algo estriado, tenuamente tomentoso, simples, quando jovem, ramificando-se muito na maturidade. As folhas so curto-pecioladas, com 3 a 6cm de comprimento, as inferiores, opostas, bipinatifidas, com segmentos lanceolados. As folhas superiores so pinadas, alternas e menores. As flores masculinas esto dispostas em captulos pendentes e as femininas, ssseis, esto dispostas em rcimos paniculados de 20cm de comprimento.

CLIMA de clima subtropical, no tolerando porm perodos muito frios e geadas. Desenvolve-se bem como escifita.

SOLOAdapta-se s mais diversas condies de solo, comportando-se at mesmo como semihalfita. Porm desenvolve-se melhor em solos de textura mdia e frteis. No tolera solos muito cidos e encharcados.

AGROLOGIA Espaamento: 0,3m x 0,3m.

Propagao: rebentos de rizoma. As estacas podem ser enraizadas em solo, areia ou vermiculita, em viveiros, ou diretamente a campo. Plantio: incio da primavera. Florescimento: dezembro a janeiro. Colheita: 4 meses aps o plantio, no incio do florescimento. Produo de sementes: aps a maturao, as sementes apresentam dormncia, sendo quebrada com baixas temperaturas ou alternncia de temperaturas (209).

PARTES UTILIZADASFolhas e sumidades floridas.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAntiespasmdica, digestiva, tnica, estomquica (283), febrfuga (271), calmante dos nervos (303), anti-helmntica (as sementes), antileucorrica e hemosttica. reputada como sucednea da quinina (94).

INDICAESIndicada para hemoptises, hemorragia nasal (342), erupes na pele, urticria, nuseas, indigesto, cibras dos intestinos, infeces nos dedos (271), dana-de-so-guido (283) e afeces hepticas (303).

TOXICOLOGIADurante a poca da florao, o plen pode vir a ser alergnico em pessoas susceptveis, causando a febre do feno.

AMORA-PRETANOME CIENTFICORubus spp.

FAMLIA BOTNICARosaceae.

SINONMIAAmora-branca, amora-silvestre, saramora, silva, silva-de-so-francisco.

FITOLOGIAPlanta arbustiva perene que cresce de 1,5 a 3m de altura. As hastes sarmentosas e o caule so cilndricos e os mais velhos so revestidos por uma cerosidade branca que pode ser removida com os dedos. Os acleos que revestem o caule so grandes e de forma mais ou menos espiralada. Os acleos das folhas localizam-se na nervura central e so recurvados para base da folha, o mesmo acontecendo com o pecolo. As folhas so peninrveas formadas por 9 fololos de colorao verde escuro na face ventral e esbranquiadatomentosa na face inferior. A inflorescncia do tipo pancula, formada por flores de

ptalas brancas. A infrutescncia composta de numerosos frutos tipo drupa, de colorao violeta escura.

AGROLOGIA Espaamento: 2,0 x 1,5m. Propagao: sementes e mergulhia de ramos. As sementes no germinam sem uma escarificao qumica com cidos, como ocorre no estmago dos pssaros frugvoros. Plantio: outono (sementes) e primavera-vero (mergulhia). Florescimento: novembro e dezembro. Colheita: inicia-se a partir do segundo ano. Poda: a planta tem que ser podada periodicamente para facilitar os tratos culturais e a colheita. As mos, braos e os olhos devem ser protegidos para evitar-se ferimento pelos espinhos. Produo de sementes e frutos: dezembro e janeiro.

FITOQUMICAContm taninos.

PARTES UTILIZADASFolhas, razes e frutos.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASHemosttica, adstringente, antidiabtica, antidisentrica, tnica (283), anti-hipertensora, anticolesterolmica, antidiarrica e antiltica (271).

INDICAESIndicada para a azia, cibras do sangue, hemorridas, inflamaes da garganta e da boca e hidropisia (271).

FORMAS DE USO Xarope: feito base de infuso das folhas e botes florais (a 10%) misturado ao suco dos frutos maturos. Aquece-se at o ponto de xarope (283).

OUTRAS PROPRIEDADES Os ramos so utilizados para o fabrico de cestos para flores e peneiras finas.

AMORA-DO-MATONOME CIENTFICORubus imperialis Cham. e Sch.

FAMLIA BOTNICA

Rosaceae.

HABITATEspcie autctone que cresce espontaneamente na Mata Atlntica, matas secundrias e bosques, normalmente em condio umbrfila e semi-umbrfila.

FITOLOGIAPlanta arbustiva, sarmentosa, perene, de ramos angulosos, armados de acleos grandes, podendo atingir 4 a 5m de comprimento, apoiando-se na vegetao prxima. Folhas compostas, palmada, 5-foliadas, fololos ovado-cordiformes ou ovado-arredondados, membranosos, grosso-dentados, pouco tomentosos na face dorsal, com o pecolo espinescente. Flores com ptalas brancas, lacnias lanceoladas, curto e grossopedunculadas, disposta em pancula subcorimbosa, sendo o pendnculo tomentoso e aculeado. Fruto composto de inmeras drupas verde-amareladas.

SOLO pouco exigente em solos. Medra mesmo nos midos, cidos e bastante argilosos.

CLIMAEspcie subtropical. Prefere temperaturas amenas a quente e alta umidade relativa do ar.

AGROLOGIA Espaamento: 2,0 x 1,5m. Propagao: sementes e mergulhia. As sementes s germinam mediante escarificao qumica com cidos, conforme ocorre no estmago de aves frugferas. A mergulhia deve ser feita a partir da primavera. Plantio: o ano todo, para sementes, ou novembro a fevereiro, quando se faz a mergulhia. Tutoramento: em espaldeiras de trs arames superpostos. Florescimento: outubro a novembro. Frutificao: novembro a dezembro. Colheita de folhas: o ano todo.

PARTES UTILIZADASFolhas, razes e frutos.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASHipocolesterolmica (271).

FORMAS DE USO15 a 20g/dia, em decoco, fracionada em trs xcaras dirias.

ANDRADE

NOME CIENTFICOPersea major Kopp.

FAMLIA BOTNICALauraceae.

SINONMIACanela-rosa, pau-andrade, canela-cedro.

HABITATEspcie autctone que habita a Mata Atlntica, principalmente em altitudes acima de 400m, no sul do Brasil. A planta considerada rara e devido existncia de poucos indivduos e o alto nvel de patgenos endgenos, corre o risco de extino nas regies onde ainda ocorre.

FITOLOGIArvore grande, com at 12m de altura. Os ramos so subangulosos e amarelo-tomentosos quando novos e castanho-escuros e glabros, com as gemas sedoso-tomentosas, quando mais velhos. A folhas so esparsas, pecioladas, inteiras, variveis, alternas, oblongas ou elpticas, peninervadas, glaucas, finamente arroladas nas duas faces, cordiformes, arredondadas na base ou obtusas dos dois lados, ou agudas e subacuminadas no pice, com 12 a 14cm de comprimento e at 7cm de largura, glabras ou levemente hirsutas e luzidias na face ventral. A inflorescncia multiflora, ferrugneo-tomentosa. As flores verde-amareladas, dispostas em panculas piramidais longo-pedunculadas e revestidas de um denso tomento sedoso-ferrugneo ou amarelo-ocre, com bractolas decduas. O fruto uma baga globosa, verde-glauca, com cerca de 1cm de dimetro.

SOLOA planta cresce naturalmente em solos profundos, argilosos e com pouca acidez.

CLIMAOcorre em regies cujas temperaturas giram em torno de 10 a 15oC, no inverno, e 20 a 25oC no vero.

AGROLOGIA Espaamento: 4,0 x 4,0m. Propagao: sementes e brotaes da cepa. Plantio: outubro. Florescimento: janeiro Colheita da casca: durante o inverno.

PARTES UTILIZADASCasca do tronco.

FITOQUMICAEsterides, triterpenos, flavonides, saponinas, taninos hidrolizveis e condensados, grupo amino e lipdeos. O teor de tanino de 19,7%, taninos catequnicos 18,61% e catequinas 32% (251).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASCicatrizante (251).

ANILNOME CIENTFICOIndigofera suffruticosa Mill.

FAMLIA BOTNICAPapilionaceae.

SINONMIAAnil-do-campo, anileira, anileira-da-ndia, anileira-verdadeira, ca-chica, ca-chira, caobi, ca-timb, caobi-ndigo, guajan-timb, ndigo, indigueira, timb-mirim, timbozinho.

HABITATEspcie alctone originria das Antilhas e Amrica Central. Vegeta espontaneamente em pastagens, terrenos abandonados e reas ruderais.

FITOLOGIAPlanta subarbustiva perene, ramosa, que cresce 0,8 a 1,0m de altura. O caule anguloso, acizentado. As folhas so glaucas, imparipenadas, compostas de 7 a 15 fololos opostos, linear-elpticos ou oblongo-agudos, inteiros, glabros na face ventral e pubescente na dorsal. As flores so rseas, curto-pedunculadas, pequenas, abundantes, dispostas em rcimos axilares eretos. O fruto uma vagem arqueada, quase quadrangular, serceopubescente, com cerca de 2 a 3cm de comprimento, contendo seis a oito sementes pardacentas, angulosas ou subcilndricas, lisas e duras.

SOLOAs plantas crescem mesmo em solos pedregosos, arenosos e at mesmo em dunas de areia. No tolera solos encharcados ou muito argilosos.

CLIMA de clima tropical, prosperando melhor em regies quentes e pouco pluviosas.

AGROLOGIA Espaamento: 1,0 x 1,5m.

Propagao: sementes e estacas de ramos. As sementes so postas a germinar em substrato organo-mineral, enquanto que as estacas em areia ou vermiculita. Plantio: setembro a outubro. Florescimento: abril a maio. Doenas: em regies midas, comum a ocorrncia de sementes chochas e fungadas. Colheita: inicia 6 a 8 meses aps o plantio. Rendimento: em um hectare obtm-se cerca de 330 a 560kg de anil ou 40g para cada 10kg de folhas (93).

PARTES UTILIZADASFolhas e razes.

FITOQUMICALeucoindigodina (93). Submetida altas temperaturas, transforma-se em indigotina, que o anil (242).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAntiespasmdica, emenagoga, estomquica, sedativa (257), sarnicida (folhas machucadas), diurtica, febrfuga, antiepilptica, purgativa (32), depurativa (68), antilgica e antiinflamatria. A raiz odontlgica e j foi utilizada como antiofdica (93).

INDICAES utilizada no tratamento das afeces das vias urinrias, clicas, intoxicaes exgenas, obstipao intestinal, hepatite (68), afeces do sistema nervoso e uretrite blenorrgica. A raiz indicada para cora, epilepsia, ictercia, reputada como antdoto do mercrio e do arsnico (93). Tambm indicada para a laringite aguda, linfoadenite, escabiose, erupes da pele (1).

FORMAS DE USO Cataplasma: folhas frescas utilizadas externamente, previamente esmagadas. Decoco: 15g/dia. ferver 5g de folhas ou razes em 1 litro de gua. Tomar 1 a 2 xcaras ao dia (ictercia e hepatite). Dose mais forte, feita com a raiz, pode ser usada em bochechos, para odontalgias (68). Infuso: 5g/litro de gua. Tomar 1 a 2 xcaras por dia (32). O sabor do ch algo salgado.

TOXICOLOGIAExtrai-se da planta o ndigo, altamente txico, o qual aps aquecido em altas temperaturas d origem indigotina - substncia corante pura que se cristaliza em pequenas agulhas brilhantes de colorao e reflexo cprico.

OUTRAS PROPRIEDADES

As sementes e razes, pulverizadas, so utilizadas como insetfugas (32). As folhas fornecem matria tintria, conhecida como anil (328).

ARNICA-DO-MATONOME CIENTFICOWedelia paludosa DC.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIACura-tombo, margarida, margarido, mal-me-quer, malmequer-do-brejo, pico-da-praia, vadelia, vedlia.

HABITATEspcie autctone da regio litornea brasileira. Medra em pastos, reas abandonadas e ruderais, a beira de estradas, bananais, pomares, ao longo da orla martima, principalmente em vrzeas midas e sombrias.

FITOLOGIAPlanta herbcea, prostrada, perene, radicante nos ns, que cresce 40 a 50cm em altura. O caule castanho-avemelhado, esparsamente piloso. As folhas so opostas, curtopecioladas, membranceas, pilosas nas duas faces, mais pronunciadamente na dorsal, providas de dois pequenos lobos laterais e um terminal, maior e denteado. Pecolo semicilndrico, ciliado. Captulos solitrios, longo-pedunculados, axilares. Brcteas involucrais foliceas em duas sries, pilosas no dorso. Receptculo cnico, carnoso, peleceo. As flores so amarelas, as marginais femininas, cerca de 13, com corola ligulada, trilobada no pice, com 8mm de comprimento, e as do disco, muitas hermafroditas, corola tubulosa. Aqunio trgido, trquetro, glabro, estreitado na base, com papus ciatiforme.

SOLOVegeta em todos os tipos de solo, desde os arenosos aos argilosos e orgnicos. Tolera solos cidos, encharcados e at os secos. Tem preferncia pelos solos midos.

CLIMAEspcie de larga adaptao climtica, proliferando-se melhor nos climas tropicais e subtropicais. Perodos de estiagem afetam o crescimento da planta. helifita, embora tolere alguma sombra.

AGROLOGIA Espaamento: 0,4 x 0,3m.

Propagao: estacas radicantes. As sementes normalmente so inviveis ou no se formam. As estacas so plantadas diretamente a campo. Plantio: setembro a outubro. Florescimento: o ano todo, com exceo no inverno. Poda: por ser uma planta rstica e altamente invasora, o crescimento vegetativo deve ser contido atravs de podas e eliminao de ramos radicantes. Colheita: inicia a partir terceiro ms aps o plantio.

PARTES UTILIZADASFolhas, flores e lgulas.

FITOQUMICADiterpenide kaurane: cidos ent-kaur-16[17]-en-19-ico e ent-kaur-9 [11],16[17]-dien19-ico (39) e luteolina (46).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAnti-reumtica, antiinflamatria, antianmica (271). febrfuga, antidisrica, antinevrlgica (215) e

INDICAESIndicada para traumatismos, golpes, ferimentos, machucaduras (215), coqueluche, trombose e hematomas (271).

FARMACOLOGIATripanossomicida (39), antinociceptiva (377) e antilgica (46).

OUTRAS PROPRIEDADES cultivada como onamental em jardins. A planta apresenta um alto ndice de enfolhamento, podendo ser utilizada como cobertura de solo, principalmente indicada para revestir barrancos, escoadouros e taludes.

ARNICA-DO-CAMPONOME CIENTFICOPorophylum ruderale [Jack.] Cass.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIAArruda-de-galinha, couve-cravinho, couve-de-veado, cravinho, erva-couvinha, erva-fresca, pico-branco. couvinha, cravo-de-urubu,

HABITATEspcie autctone da Amrica do Sul. Cresce notadamente em reas ruderais, lavouras abandonadas e capoeiras.

FITOLOGIAPlanta herbcea anual, ereta, ramificada apenas no topo, cerosa, verde-clara, medindo 0,6 a 1,2m de altura. As folhas so simples, alternas, pecioladas, membranceas, tenras, oblongo-lanceoladas, cerosas, base atenuada e pice obtuso, margem inteira ou crenulada, glabra, medindo 4 a 6cm de comprimento por 2 a 3cm de largura. Quando amassadas, as folhas liberam um olor desagradvel. Inflorescncia em captulos solitrios ou em corimbos, terminais ou axilares. Flor composta por um invlucro cilndrico contendo filrias lineares unidas e corola constituda de finos tubos de colorao esverdeada ou amarelada. Fruto tipo aqunio, linear, negro, pouco brilhante, alveolado e munido de plos sedosos e brancos. A planta exala aroma forte e pouco agradvel.

CLIMA de clima tropical e subtropical. No tolera geadas, nem ventos muito frios. Cresce plena luz e tolera o sombreamento.

SOLOA planta prefere solos frteis, areno-silicosos, aerados, soltos, ricos em matria orgnica. No tolera solos cidos e encharcados.

AGROLOGIA Espaamento: 0,3 x 0,20m. Propagao: sementes. As sementes so postas a germinar em substrato organo-mineral ou diretamente em canteiros, em sulcos transversais. Plantio: outono e primavera. Pragas: suceptvel ao ataque de lagartas e pulges. Florescimento: janeiro a maro. Colheita: Deve ser feita no inverno, quando maior o teor de flavonides. Durante o vero e a primavera, h um decrscimo de 24% no teor de flavonides totais (166). O ciclo varia de 100 a 110 dias.

FITOQUMICAFlavonides (0,45 a 0,59%, p/p), alcalides, taninos, saponinas, acares reduzidos (166).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAntiinflamatria, cicatrizante, antibacteriana, antiartrtica, antimictica (166), antiltica, antidiabtica (271), diafortica, emenagoga e calmante (93).

INDICAESPara o tratamento de corrimentos, afeces do fgado, hepatite, inflamaes na garganta, amigdalite e m digesto. J foi at utilizada para tratar a histeria (93).

ATIVIDADE BIOLGICA2,5mg/ml do extrato cru das folhas, sem clorofila, inibe o crescimento de Leishmania amazonensis em 45,5%; 85,2% e 91,1% em 24, 48 e 72 horas, respectivamente. Com clorofila, a inibio foi de 46,3; 64,1 e 87,6% (196).

ARRUDANOME CIENTFICORuta graveolens L.

FAMLIA BOTNICARutaceae.

SINONMIAArruda-domstica, arruda-dos-jardins, arruda-fedorenta, arruda-fmea, arruda-macho, ruda, ruta-de-cheiro-forte.

HABITATEspcie alctone, nativa da Europa e norte da frica. Est amplamente adaptada no Brasil, cultivada em jardins e hortas.

FITOLOGIAPlanta subarbustiva polianual, alctone, mediterrnica. Est perfeitamente aclimatada no Brasil. Forma touceiras de at 1,0m de altura, de caule ramificado desde a base e lenhoso. As folhas so alternas, triangulares, compostas, carnosas, pecioladas, 3-pinatipartidas, decompostas em 9 a 11 lobos oblongos ou obovados, estreitos, ssseis, pequenos, glabros e de colorao acizentada-azulada durante o estgio vegetativo, e verde-oliva durante o reprodutivo. Possui clice com 4 a 5 spalas lanceoladas, agudas e corola de 4 a 5 lobos salientes e rugosos, abrindo-se superior e inferiormente em 4 valvas. As flores so midas e de cor amarelo-esverdeadas, dispostas em corimbos. O fruto pentalocular produz uma sementes reniformes, pardas e rugosas por lculo. O sabor das folhas ligeiramente picante, porm mascarado pelo forte aroma.

SOLOPrefere solos permeveis e ricos em matria orgnica, levemente alcalino. Solos pesados e midos so desfavorveis ao crescimento da planta.

CLIMAA planta , por origem, de clima temperado seco. Mas devido sua histrica aclimatao no Brasil, desenvolve-se bem em regies de clima subtropical at tropical. bastante tolerante seca. helifita.

AGROLOGIA Espaamento: 0,70 x 0,30m. Propagao: sementes e estacas dos ramos. Quando a propagao feita por estacas, deve-se proceder um sombreamento de 70% e prover farta irrigao das mudas. As estacas enrazam em 60 dias. As sementes so postas a germinar em substrato organomineral. A germinao ocorre em 10 a 15 dias. Micropropagao: utilizam-se explantes a partir de segmentos nodais submetidos a assepsia com cloro ativo a 2%. Os explantes so cultivados em meio MS + 0,1mg.l -1 de benzil amino purina (76). Plantio: incio do vero. Florescimento: agosto a dezembro. Colheita: inicia 3 a 4 meses aps o plantio. Faz-se duas colheitas ao ano. Produo de sementes: os frutos com sementes maturas ficam prontos de novembro a janeiro.

PARTES UTILIZADASFolhas, galhos com folhas e flor.

FITOQUMICAHibalactona (da raiz), leos volteis, alcalides, flavonides, lactonas, aromticas, cumarinas, furocumarina, hidrocarbonetos, fenis, cineol (145), metilnonilcetona, lcool metilnonlico e seus steres combinados aos cidos actico e valerinico, salicilato de metila, cineol, ter metlico do cido metilantranlico, cido saliclico livre, metilnoilcarbinol, pineno e limoneno (razes, principalmente), quercitina, dulcite, rutina, matrias resinosas e ppticas (341), hesperidina, chalepeusina, graveliferona, rutalinium, rutalidina, rutacridona, rubalinidina (257), bergapteno, xantotoxina, rutaretina, rutamarina, heterosdeos antocinicos, rutamina, cocusaginina, esquiamianina, ribalinidina (120) . O teor de essncia da arruda varia de 0,07 a 0,09% (96).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASAnti-histrica, emenagoga, hemosttica, adstringente, antitetnica, aperitiva, sudorfica (341), fortificante dos nervos, antiepilptica (435), antiespasmdica, estimulante, carminativa, parasiticida capilar, sarnicida (257), calmante dos nervos (32), analgsica, tranquilizante, estupefaciente, anti-reumtica, febrfuga (120), antinevrlgica (271), antiasmtica (120). As folhas e as sementes tm propriedades antiparasitrias (sarna e piolho) e as sementes so anti-helmnticas (283).

INDICAESA planta pode ser utilizada no tratamento de otite, varizes, flebite, conjuntivite (283), hemorridas, onicomicose, enxaqueca, gota, citica (145), dores intestinais, erradicao de oxiros (294) e ascrides, hipocondria (435), derrame cerebral, pneumonia (120), paralisia, feridas e zumbido no ouvido e incontinncia urinria (215).

FARMACOLOGIAA ao espasmoltica da planta devida devida presena de bergapteno e xantotoxina, enquanto que a metilnonilcetona apresenta ao vesicante, excitante da motilidade

uterina (120). Apresenta ainda atividade estimulantes febrfuga e emenagoga (Costa, apud 120).

ATIVIDADE BIOLGICAOs alcalides da planta mostraram atividade antimicrobiana (120) e anti-helmnticas (Costa, apud 120).

FORMAS DE USO Infuso: 1%, 50 a 200ml/dia (341). 2 a 3g de folhas secas/litro de gua (283; 435; 32; 145). Ingerir 2 xcaras das de ch ao dia (257; 145). 1 colher das de caf de folhas em 1 xcara das de caf de gua quente. Cobrir e deixar macerar por 5 minutos. Tomar 3 vezes ao dia (128). Decoco: 100g da planta fresca em litro de gua. Lavar os olhos (conjuntivite) (257). ferver durante 5 minutos 2 colheres das de sopa de folhas em litro de gua. Coar, esperar amornar e aplicar compressas de algodo vrias vezes ao dia sobre os olhos (128). Cataplasma: varizes e flebite (145). Sumo: 3 gotas do sumo em 1 gota de lcool. Pingar 2 gotas em cada ouvido (257). P: 0,5 a 2g/dia. Clister: cozinhar 8 a 10g de folhas por litro de gua (parasitas intestinais). Extrato fludo: 0,5 a 2ml/dia. Tintura: 2 a 10ml/dia (341). 1 copo de folhas frescas picadas em 1 litro de lcool (sarnicida) (257). Xarope: 10 a 40ml/dia. Essncia: 1 a 7 gotas/dia (341). Vermfugo: 20g de folhas/litro de azeite. Administrar 2 a 3 colheres das de ch por dia. Parasiticida capilar e sarnicida: 20g de folhas/litro de gua quente (283, 32).

TOXICOLOGIADoses elevadas do ch podem causar vertigens, tremores, gastroenterites, convulses (341), hemorragia e aborto em mulheres grvidas, hiperemia dos rgos respiratrios, vmitos, salivaes, edema na lngua (257), dores abdominais, nuseas e vmitos (145), secura na garganta, dores epigstricas, clicas, arrefecimento da pele, depresso do pulso, contrao da pupila e sonolncia (93) . Pode causar fitodermatites, atravs de um mecanismo fototxico que torna a pele sensvel luz solar (120).

OUTRAS PROPRIEDADES Foi muito utilizada na antigidade como anafrodisaca.

Pode-se confeccionar uma vassoura com os ramos e folhas para os parasitas domsticos. A planta afasta moscas e combate pulges. utilizada, segundo o folclore afro-brasileiro, como abascanto.

ARTEMSIANOME CIENTFICOArtemisia verlotorum Lamotte.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIAAbsinto, artemija, artemijo, flor-de-so-joo, losna, losna-brava.

HABITATEspcie alctone de origem asitica. Est bem aclimatada ao Brasil, sendo cultivada em jardins e hortas.

FITOLOGIAPlanta herbcea, de rizoma perene e folhagem anual, ereta, crescendo cerca de 0,8 a 1,0m de altura. Caule liso, verde a verde-avermelhado, alvo-tomentoso, reto, cilndrico e multisulcado. As folhas so alternas, curto-pecioladas, as inferiores pinatisectas com segmentos lanceolados e as superiores lanceoladas, inteiras ou lobuladas, com tamanho decrescente em direo ao topo da planta. A face ventral glabrescente, verde intenso, enquanto que a dorsal intensamente alvo-tomentosa. Quando amassadas, as folhas exalam aroma amargo. Inflorescncia terminal paniculada em captulos isolados ou em espigas axilares laxas. Flores verde-amareladas, composta por invlucro campanulado de filrias ovaladas, pubescentes e membranceas. Corola tubular pentalobada. Fruto tipo aqunio, ovalado, glabro, medindo cerca de 1mm de comprimento

SOLOPrefere solos secos e leves.

CLIMAEmbora seja uma espcie de clima temperado quente, adapta-se bem s regies subtropicais e tropicais. helifita.

AGROLOGIA Espaamento: 0,30 x 0,30m.

Propagao: rebentos do rizoma. Plantio: outono e primavera. Raleio: por ser uma planta altamente prolfica, formando inmeros rebentos de raiz, o crescimento da populao da planta deve ser contido para no invadir outras reas. Florescimento: ocorre a partir de outubro, estendendo-se at janeiro. Colheita: 6 a 8 meses aps o plantio, em janeiro.

FITOQUMICAleos essenciais (cineol, tujona e cetona), cido mlico, tanino e cido antmico (145).

PARTES UTILIZADASFolhas, flores e razes.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASDepurativa, tnica, estomquica, calmante, antilistnica, vermfuga, antiinflamatria, emenagoga, antiespasmdica, carminativa, febrfuga, antiepilptica (145), antianmica, (215), antinevrlgica, anti-hidrpica, antiepilptica (283), antidiarrica, anti-reumtica (271), amarga e estimulante (242).

INDICAESIndicada para a clica, coria (dana-de-so-guido), anorexia, constipao (242), debilidade eupptica, enterite, gastrite, ictercia, lombrigas, amenorria, mucosidade, nervosismo (283; 32), atonia, ansiedade, hipocloridria, intoxicaes endgenas e exgenas, afeces biliares e hepticas, inapetncia (68), afeces uterinas (215), convulses e histeria. Segundo a Universidade de Campinas - UNICAMP - SP, combate tambm a malria (145).

FORMAS DE USO Infuso: 15g/litro de gua. Utilizar 2 a 4 xcaras por dia (283). 1 colher das de sopa em 1 litro de gua quente. Cobrir e deixar macerar por 10 minutos. Tomar 1 xcara de ch aps as refeies (digestivo). 1 colher das de ch de folhas em 1 xcara das de ch de gua quente. Cobrir e deixar macerar por 5 minutos. Tomar 2 a 3 xcaras das de caf ao dia (clicas menstruais). Decoco: ferver por 1 minuto 2 colheres das de sopa de flores em litro de gua. Deixar macerar por 15 minutos. Tomar 2 xcaras das de ch ao dia, ao levantar e ao deitar (tnico circulatrio). ferver durante 15 minutos uma colher das de sopa de razes em litro de gua. Tomar alguns goles durante o dia (calmante e antiespasmdico). ferver durante 10minutos uma colher de sopa de razes em litro de gua. Tomar xcara, 4 vezes ao dia (145).

Compressa: utilizar o deccto ou o suco das folhas e/ou razes, externamente, no reumatismo (68).

TOXICOLOGIAEsta planta torna-se txica quando utilizada em doses bem acima das indicadas (145). No deve ser ingerida crua, nem por mulheres grvidas ou que amamentam (128). Pode causar tambm hepatonefrites, convulses e problemas mentais e psquicos (209).

OUTRAS PROPRIEDADES A planta adicionada bebidas alcolicas para obter sabor amargo ("bitter"). Apresenta propriedades inseticidas (32). Os raminhos secos so colocados em armrios e estantes como repelentes de traas (128).

ARTEMSIA-ROMANANOME CIENTFICOTanacetum parthenium L. Schulz-Bip.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIAArtemigem-dos-jardins, artemijo, artimijo, camomila-pequena, macela-da-serra, macelado-reino, margaridinha, matricria, monsenhor-amarelo, piretro-do-cucaso .

HABITATEspcie alctone, originria do Cucaso, na sia.

FITOLOGIAPlanta herbcea, muito ramificada, bisanual ou perene, glabra, que cresce de 60 a 90cm de altura. Folhas pinatissectas ou bipinatissectas, glabras ou pouco pubescentes. Apresenta inflorescncias em captulos dispostos em corimbos terminais. As flores do disco central so amarelas e tubulosas, circundadas por lgulas brancas. Apresenta cheiro forte, desagradvel e sabor amargo.

CLIMAA espcie prospera melhor em regies de temperaturas amenas, onde a mdia anual gira em torno de 20 a 24oC.

SOLOA planta prefere solos areno-silicosos, bem aerados, profundos, ricos em matria orgnica e com pH entre 6,0 e 6,5. No tolera solos muito midos, cidos e muito compactos.

AGROLOGIA Espaamento: 0,5 x 0,3m. Propagao: sementes e estacas. As sementes so postas a germinar em bandejas de isopor contendo substrato organo-mineral. Plantio: primavera. O transplante feito quando as mudas apresentarem 5 a 6 folhas. Florescimento: a partir de novembro. Colheita: ocorre 2 a 3 meses aps o plantio.

FITOQUMICAleo essencial rico em cetona, sesquiterpenos clorados (257). partenolides, germacronolides, guaianolides e

PARTES UTILIZADASFlores e folhas.

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICASEstomquica (261), antileucorrica, emenagoga (93), antiespasmdica e febrfuga (1).

INDICAESAtua contra as cefalalgia (261), enxaqueca, pertubaes gstricas, insnia (258), males do corao e dos nervos (303).

FORMAS DE USO Infuso: 2 a 3 folhas e 3 a 4 flores em uma xcara das de ch com gua. Tomar 1 a 3 xcaras ao dia (258).

TOXICOLOGIAPode causar o aborto (258).

OUTRAS PROPRIEDADES A planta inseticida e insetfuga, alm de ser ornamental. uma boa melhoradora da estrutura do solo.

ASSA-PEIXENOME CIENTFICOVernonia polyanthes Less.

FAMLIA BOTNICAAsteraceae.

SINONMIAAssa-peixe-branco, cambar-branco, cambar-gua, cambar-guass, chamarrita.

HABITATEspcie autctone que cresce em descampados, pastagens, capoeiras, beira de estradas e em terrenos abandonados.

FITOLOGIAPlanta arbustiva grande, perene, que cresce de 2 a 3m de altura. O caule liso, lenhoso, ramificado e arredondado. As folhas so agudas, estreitas na base, alternas, pecioladas, grseo-pilosas, lanceoladas, margem inteira ou pouco serreada, cerosa e verde-clara na face dorsal, rugosas e speras na ventral. Inflorescncia paniculada, com captulos ssseis contendo cerca de 25 flores lilases, reunindo filrias agudas e coriceas em invlucro campanulado. Fruto aqunio, oblongo-laneceolado, medindo 2 a 2,3mm de comprimento, castanho.

SOLODesenvolve-se bem em solos pobres, porm bem drenados.

CLIMA helifita e no tolera geadas.

AGROLOGIA Ambiente: por ser uma planta muito rstica, o cultivo deve ser feito em reas mais agrestes da propriedade. Espaamento: 2,0 x 1,5m. Propagao: sementes e estacas. As sementes so postas a germinar em bandejas de isopor contendo substrato organo-mineral. Estacas podem ser enraizadas em areia ou solo leve. Plantio: em qualquer poca do ano. Florescimento: fevereiro a abril. Colheita: as folhas devem ser colhidas antes do florescimento.

PARTES UTILIZADASFolha e raiz.

FITOQUMICAAlcalides, glicosdeos, flavonides (genkwanina e velutina), leo essencial e sais minerais (128).

PROPRIEDADES ETNOTERAPUTICAS bquica, hemosttica (68), balsmica, expectorante, antiltica, diurtica (128), antihemorroidria (215), antiasmtica (392) e antigripal (393).

INDICAES

Indicada para bronquite (392), tosses rebeldes, gripes fortes, pneumonia (68), contuses, afeces do tero (215), clculos renais e o uso externo indicado para combater afeces cutneas (128). O deccto da raiz utilizado, em banhos, para hemorridas pontadas nas costas e no peito, contuses e infeces do tero (271).

FARMACOLOGIAOs glicosdeos extrados das flores, vem sendo estudados como antitumoral (145). A ingesto do ch das folhas causa um potente efeito diurtico e natriurtico em ratos (393).

FORMAS DE USO Xarope: 2 folhas picadas em 1 xcara das de caf de gua. Ferver 5 minutos, coar, acrescentar 2 xcaras das de caf de acar e levar ao fogo at a dissoluo do acar. Adultos - 1 colher das de sopa 2 a 3 vezes ao dia. Compressas: hemosttico (257). Infuso Como diurtico: em um litro de gua ferver 6 folhas picadas durante 10 minutos. Tomar durante o dia (como diurtico). Como expectorante: infuso com uma xcara de gua fervente sobre 2 folhas picadas, tomar at 3 xcaras ao dia, durante 1 a 3 dias (145). Para bronquite: 2 folhas cortadas em 1 xcara das de ch de gua quente. Abafar por 10 minutos. Tomar 1 a 3 xcaras por dia (128). Suco: tritura-se ou moem-se as folhas, coando a seguir. Tomar 5 gotas diludas em gua a cada 2 horas, durante 1 a 3 dias (68). Decoco: ferver por 15 minutos 6 folhas cortadas em pequenos pedaos. Coar e tomar a vontade (diurtico). ferver por 5 minutos 3 folhas bem picadas em 1 xcara das de ch de gua. Coar e aplicar sobre afeces da pele (128).

OUTRAS PROPRIEDADES As folhas so comestveis, fritadas milanesa. As flores so melferas, proporcionando um mel de alta qualidade. A casca da raiz, quando extrada na escurido, fosforescente (93).

AVELOZNOME CIENTFICOEuphorbia tirucalli L.

FAMLIA BOTNICAEuphorbiaceae.

SINONMIAAlmeidinha, rvore-de-so-sebastio, rvore-do-coral-de-so-sebastio, rvore-do-lpis, avels, cassoneira, cega-olho, coral-de-so-sebastio, coral-verde, coroa-de-Cristo, dedodo-diabo, dente-de-co, espinho-de-Cristo, espinho-de-judeu, espinho-italiano, gravetodo-diabo, labirinto, mata-verrugas, pau-liso, pau-pelado, pau-sobre-pau.

HABITATEspcie alctone, originria da frica.

FITOLOGIAArbusto grande, perene, lactescente, pubescente e sublenhosa, que cresce de 3 a 4m de altura. Ramos verticilados, quase filos, filiformes, intrincados, suculentos, cilndricos, de colorao verde. As flores so terminais, axilares, amarelas ou esverdeadas, diminutas e raras, enquanto que as masculinas ocorrem em torno das masculinas. O fruto uma cpsula vilosa, 3-locular, profundamente 3-sulcada. Sementes ovides e lisas.

SOLOPlenamente adaptada a solos secos e pobres. Em solos muito midos o crescimento demasiadamente lento. xerfila.

CLIMA sensvel ao frio intenso. helifita.

AGROLOGIA Espaamento: 3,0 x 2,0m. Propagao: estacas de ramos. As estacas devem ser preparadas no fim da primavera at o incio do vero. Devem ser hidratadas em sua base e aps enterradas em areia mida. A rizognese inicia perimetralmente base da estaca. Plantio: primavera. Manejo: qualquer atividade de cultivo feita com a planta deve prever o uso de calados, roupas que cubram a pele e culos. Poda: evitar que os ramos cruzem a rea de circulao de pessoas, pois rompem-se facilmente exsudando ltex que pode ser custico. Florescimento: no oc