Cultura Da Violência - PUCRS _ Revista Mundo PUCRS

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  • 7/26/2019 Cultura Da Violncia - PUCRS _ Revista Mundo PUCRS

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    #CulturaDaViolncia

    FOTO: SIDINEI BRZUSKA

    Presdio Central comparado a navio negreiro pelo juiz Brzuska

    Olhando para

    o passado do Brasil, enxerga-se a histria social da violncia, analisa o coordenador

    do Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais, Rodrigo de Azevedo. Indgenas, negros,

    mulheres e crianas foram sempre submetidos pela violncia fsica ou simblica a uma estruturasocial patriarcal e elitista, produzindo e mantendo uma ordem social marcada por uma profunda

    desigualdade, explica. O professor mostra como essa herana se reflete na atualidade, alm de

    possveis alternativas.

    Contexto

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    A violnciacomo mecanismo de supresso de conflitos aparece na atualidade tanto pela ao do

    Estado, por meio das polcias, quanto pela disseminao de faces vinculadas a mercados

    ilegais e reproduzidas no interior do sistema penitencirio. A utilizao de armas de fogo, a

    imposio de poder por meio da violncia em reas de periferia e a cultura machista de exerccio

    da violncia contra mulheres e homossexuais tm se proliferado pelo Pas, afirma Azevedo.

    Caminhos possveis

    As alternativaspassariam por uma maior agilidade da Justia, evitando o encarceramento

    provisrio por perodos to longos, a reviso da poltica de drogas, descriminalizando o porte para

    uso pessoal e estabelecendo uma quantidade mnima para a caracterizao do trfico, e a

    implementao de polticas de preveno, com participao dos municpios, que incluam o

    acesso da juventude escola e a polticas de empregabilidade. Azevedo destaca ainda a

    necessidade de melhoria do ambiente urbano, do policiamento comunitrio e da prioridade da

    investigao criminal voltada para os crimes contra a vida, que, em sua grande maioria,

    permanecem impunes.

    Sistema prisional

    O Brasil hoje o quarto pas que mais prende no mundo e lidera o crescimento do nmero de

    presidirios. O professor afirma que o sistema carcerrio se encontra absolutamente superlotado,com uma mdia de quase duas pessoas por vaga. Boa parte de presos provisrios, sem

    condenao, ou vinculados ao mercado da droga, como pequenos vendedores, que acabam

    sendo criminalizados. Cita que a condenao por trfico, caracterizada muitas vezes pela

    tentativa de ingressar com a droga na priso, chega a 70% do total de presas. Esse modelo est

    falido, e acaba contribuindo para o crescimento da criminalidade.

    A curto prazo

    Um grupode especialistas ligados ao Frum Brasileiro de Segurana Pblica, em dilogo com o

    Ministrio da Justia, elaborou um Pacto Nacional pela Reduo de Homicdios, com uma srie de

    medidas pontuais e concretas, como a melhoria da execuo penal, a implementao de um

    sistema nacional de alternativas penais, a identificao das regies mais violentas, a

    implementao de polticas de preveno e o investimento na represso qualificada, com

    melhoria da percia e da investigao criminal. A crise poltica adiou sua implementao. Azevedo

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    defende ainda a aprovao da proposta de emenda Constituio que d Unio e aos

    municpios competncia para atuar na rea da segurana pblica, de forma concorrente com os

    estados, para a criao de um sistema nacional de segurana pblica

    Reduo da maioridade penal

    Resolveria penalizarjovens a partir dos 16 anos por crimes graves (excludo o trfico de drogas)?

    Para Azevedo, a proposta demaggica e populista, sem conexo alguma com a soluo para o

    problema. Argumenta que, no sistema socioeducativo, no qual os adolescentes a partir de 12

    anos que praticam atos infracionais podem permanecer internos por at trs anos, h a

    possibilidade de acompanhamento psicolgico, escolarizao, desde que se invista no sistema

    criado pelo Estatuto da Criana e do Adolescente. No sistema carcerrio, esses adolescentes

    ficariam absolutamente submetidos ao controle das faces criminais. Alterar o modelo significa

    regredir em relao s polticas de insero social da juventude, essenciais para a reduo da

    violncia, avalia.

    Esta Edio

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    http://pucrs.br/mundopucrs/043/mundo_pucrs_43.pdf
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    8 a 21 de junho de 2016(mundo_pucrs_43.pdf)

    Sucesso na web

    FOTO: REPRODUO

    Os seguidoresda pgina da Mundo PUCRS no Facebook (http://www.facebook.com/mundopucrs)curtiram muito o postque mostra uma foto de 1972 do prdio 7 em construo. O edifcio daFaculdade de Comunicao Social foi construdo em apenas um ano, de janeiro a dezembrodaquele ano. Antes de ter a sua sede, cursos como Jornalismo, Publicidade e Propaganda eRelaes Pblicas funcionavam em prdios como o 5 e o 8. Naquela poca, os carros circulavam eestacionavam pelo Campus.

    Voc sabia?

    Vinte diplomadosem Servio Social pela PUCRS e duas alunas que concluiro o curso em julhoesto entre os primeiros 50 classificados do concurso pblico da Prefeitura de Porto Alegre para ocargo de assistente social. O coordenador do curso, Francisco Kern, festejou a notcia, dizendo queconfirma o projeto pedaggico e a dedicao dos professores para a qualidade da formaoprofissional.

    http://www.facebook.com/mundopucrshttp://pucrs.br/mundopucrs/043/mundo_pucrs_43.pdf
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    A PUCRSest entre as marcas mais lembradas do Estado no Prmio Top of Mind Rio Grande doSul e Top of Mind Porto Alegre. Lidera como Universidade Privada, e o Museu de Cincias eTecnologia o primeiro na categoria Museus. A premiao ocorreu em 31 de maio, na Sogipa, coma presena do Reitor Joaquim Clotet, entre outras grandes lideranas do Estado. A distino concedida pelo Grupo Amanh em parceria com a Segmento Pesquisas.

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