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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
Maria Regina Martins de Barros RA 266872
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
Maria Regina Martins de Barros
Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade
na diversidade.
No contexto dos primeiros anos do Ensino Fundamental
Polo Mace - MS.
2013
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
Maria Regina Martins de Barros RA 266872
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
MARIA REGINA MARTINS DE BARROS
Cultura de Paz na Escola: Construindo uma Unidade na Diversidade
No contexto dos primeiros anos do Ensino Fundamental
Trabalho de Conclusão de Curso-Artigo apresentado ao
curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera
UNIDERP para obtenção de grau da Graduação de
Pedagogia.
Orientadora: Prof Esp. Tutora a distância, Talita Daiane
Ruis.
Polo Mace - MS
2013
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
Maria Regina Martins de Barros RA 266872
SUMÁRIO
Epígrafe .......................................................................................................... .................04
Resumo ........................................................................................................... .................05
Palavras Chaves ................................................................................................ ..............05
Abstract ............................................................................................................. ..............06
Keywords .......................................................................................................... ..............06
Introdução .......................................................................................................... .............07
Desenvolvimento.............................................................................................................07
Subtítulos
1. De uma cultura de guerra para uma cultura de paz.....................................................07
2. Unidade na diversidade: ensinar e aprender a aceitar as diferenças, um caminho para
a paz............................................................................................................................10
3. Violência na sala de aula e unidade na diversidade..................................................12
4. A importância da educação para a paz nos primeiros anos do ensino
fundamental.................................................................................................................14
5. E na escola, o que se tem feito para ensinar e aprender a unidade na diversidade?...16
Considerações Finais........................................................................................ ..............18
Referências Bibliográficas ................................................................................. .............19
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Ninguém nasce odiando outra pessoa devido a cor
de sua pele, à sua origem ou ainda à sua religião.
Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender
a odiar, as pessoas também podem aprender a amar.
Nelson Mandela
“Que não se vanglorie quem ama seu próprio país,
mas sim quem ama o mundo inteiro. A terra é um só
país e a humanidade, seus cidadãos.”
Bahá’u’lláh
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Maria Regina Martins de Barros RA 266872
RESUMO
O presente trabalho é resultado de pesquisa bibliográfica visando identificar a
relação entre a aceitação das diversidades, e o fim da violência no ambiente escolar,
bem como ressalta a importância de se iniciar o aprendizado de uma cultura de paz nos
primeiros anos do Ensino Fundamental, com um foco no desenvolvimento de valores e
virtudes. Relaciona ainda, alguns sites de organizações governamentais e não
governamentais que oferecem material pedagógico e sugestões de projeto sobre o tema,
incluindo o Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Cultura de Paz, Unidade, Diversidade, Inclusão.
ABSTRACT
This work is the result of a bibliographical research to identify the relationship
between the acceptance of diversity and the end of violence in the school environment,
and highlights the importance of starting the learning of a culture of peace in the early
years of elementary school, with a focus on the development of values and virtues.
Relates also some websites of governmental and non-governmental organizations that
provide educational materials and suggestions on the topic, including Mato Grosso do
Sul.
Keywords: Culture of Peace, Unity, Diversity, Inclusion
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INTRODUÇÃO
A escola hoje apresenta entre tantos desafios, a necessidade urgente de se
estabelecer a não violência. Oriundos de diferentes meios culturais, socioeconômicos,
étnicos, religiosos, vindos de histórica segregação, e com a determinação compulsória
de incluir no mesmo espaço pedagógico alunos com diferentes níveis de facilidade no
aprendizado e com deficiências educacionais específicas, a escola esta aprendendo a
conviver e ser, com a diversidade. Como cores de belezas únicas que ainda
desconhecem a beleza de um caleidoscópio, esse primeiro momento de inclusão
absoluta é impactante.
Durante a pesquisa bibliográfica, experiência no estágio pedagógico, e em sites
disponíveis na internet, foi de fácil observação que os educadores enquanto agentes de
transformação estão preocupados e empenhados em entender, ensinar e aprender sobre a
Cultura de paz, fortalecer ambientes propícios a uma educação mais universal,
valorizando as diversidades culturais como riqueza potencial. Embora ainda se tenha um
imenso caminho a percorrer no sentindo de se ter uma inclusão de fato, já se chegou ao
consenso de que é irrevogável, é imprescindível preparar alunos e professores para esse
acolhimento. É missão da Educação apresentar ao aluno os conceitos necessários a sua
formação como ser humano integral, de uma maneira construtiva, reflexiva e prática,
dando a ele uma oportunidade, talvez única, de entender sua participação ativa na
construção do ambiente em que vive, através dos seus atos. “Conhece-te a ti mesmo”
segundo Sócrates, sugerindo que antes de tudo temos que nos desembaraçar dos
conceitos errôneos, e refletir sobre as virtudes que nos permite ser chamados humanos.
De uma cultura de guerra para uma cultura de paz
Desde a mais tenra idade, a criança é estimulada e inserida em um
processo de aprendizado ainda oriundo de uma cultura de guerra. Cultura essa que
temos construído e mantido automaticamente desde os primórdios da nossa história,
inicialmente simplesmente para a sobrevivência da espécie. Agora o caminho é outro,
inverso, o caminho da paz e da não violência. No entendimento de MILANI, “Mais de
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que em qualquer outro momento da História, as pessoas compreendem que devemos
avançar de uma cultura de guerra e violência para uma cultura de paz e não-violência.”
(MILANI 2003, p.13).
Segundo as UNESCO/ONU, em seu Documento de 2000, “Cultura de Paz, da
Reflexão á Ação”:
Substituir a secular cultura de guerra por uma cultura de paz requer um
esforço educativo prolongado para modificar as reações à adversidade e
construir um modelo de desenvolvimento que possa suprimir as causas de
conflito. (UNESCO/ONU, p.12).
As histórias e filmes na televisão e no cinema ainda estão imersos em
comportamentos violentos, ações competitivas e disputas gratuitas. Se hoje já existe um
movimento para coibir a utilização de brinquedos que reproduzem armas letais sem a
devida orientação, em um passado bem próximo, aqueles que hoje são jovens, e adultos,
em sua infância tiveram amplo e fácil acesso e incentivo a brinquedos como “Forte
Apache”, armamento bélico inclusive pesado, como tanques de guerra e metralhadora,
bonequinhos de soldados de guerra como o “Falcon”, entre muitos outros.
Livre acesso também para filmes e seriados de guerra, e da “conquista do Oeste”
estadunidense, que contavam a história do ponto de vista em que onde os brancos
colonizadores eram sempre os heróis, e, os povos indígenas eram descritos como cruéis
e implacáveis, omitindo e ou minimizando o fato de serem os originais moradores e
proprietários dos territórios colonizados. Essa versão romanceada e falsa da história,
amplamente divulgada e assistida por milhares de pessoas das décadas finais do século
XX, contribuiu para a construção desses estereótipos, repassados para os brinquedos
infantis. Brincando de “Forte Apache” as crianças aprendiam e treinavam o desrespeito
para os povos que originalmente ocupavam as terras da América, muitas vezes os povos
dos quais descendiam.
São exemplos dos meios e reflexos dessa cultura de guerra a que estamos
inseridos deste a pré-história.
Rituais de iniciação ainda presentes em muitas culturas visam à construção de
“Guerreiros” de toda espécie. O que se espera de uma criança que brinca de caçar, e
pescar sem necessidade, matar em série, duelar, perseguir implacavelmente o inimigo,
competir sem por quê? Que aprende a dissecar um sapo ou outros animais vivos, sem o
mínimo respeito ou preocupação com sua dor ou medo ou direito a vida, a colecionar
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insetos vivos, ou, como usualmente na cultura estadunidense, a caçar sem fome,
assassinar animais sem motivo, como um presente de entrada na puberdade? Rituais de
iniciação á vida adulta que insensibilizam para a dor do outro ser.
Apesar da proibição da dissecação de animais vivos no Ensino Fundamental Lei
Federal 6632/79, regulamentada pela Lei 11.794/2008, só no ano passado uma escola
em Canoas RS, (dissecando gatos) e outra em Goiânia, GO, (dissecando Coelhos) foram
flagradas fazendo isso, apesar da grande polêmica gerada, conforme noticia divulgada
no noticioso via internet, G1, em 21 e 26 do 10/2012, da rede globo de jornalismo.
Continuamos, como Esparta, a treinar nossos filhos para a Guerra. E, quando eles
crescem e se tornam violentos nos surpreendemos. E mais na frente, nos desesperamos
com o resultado.
Em “Terceira Carta do Assassinato de Galdino Jesus dos Santos - Índio Pataxó”
Paulo Freire, impactado pelo assassinato do índio Galdino por jovens de classe média,
em Brasília, faz a seguinte reflexão:
Cinco adolescentes mataram hoje, barbaramente, um índio pataxó, que
dormia tranquilo, numa estação de ônibus, em Brasília. Disseram à polícia
que estavam brincando. Que coisa estranha. Brincando de matar. Tocaram
fogo no corpo do índio como quem queima uma inutilidade. Um trapo
imprestável. Para sua crueldade e seu gosto da morte, o índio não era um tu
ou um ele. Era aquilo, aquela coisa ali. Uma espécie de sombra inferior no
mundo. Inferior e incômoda, incômoda e ofensiva. É possível que, na
infância, esses malvados adolescentes tenham brincado, felizes e risonhos, de
estrangular pintinhos, de atear fogo no rabo de gatos pachorrentos só para vê-
los aos pulos e ouvir seus miados desesperados, e se tenham
também divertido esmigalhando botões de rosas nos jardins públicos com a
mesma desenvoltura com que rasgavam, com afiados canivetes, os tampos
das mesas de sua escola. E isso tudo com a possível complacência quando
não com o estímulo irresponsável de seus pais. (FREIRE, 2000, p.31)
A cultura de paz se contrapõe a essa cultura de guerra à que fomos submetidos e
submetemos até agora. É um novo paradigma. De acordo com BOULDING (2000),
apud MILANI (2003) em Cultura de Paz: Estratégias, Mapas e Bússolas,
(..) cultura de paz é uma cultura que promove a diversidade pacífica. Tal
cultura inclui modos de vida, padrões de crença, valores e comportamento,
bem como os correspondentes arranjos institucionais que promovem o
cuidado mútuo e bem estar, bem como uma igualdade que inclui o
reconhecimento das diferenças, a guarda responsável* e partilha justa dos
recursos da Terra entre seus membros e com todos seres vivos. (MILANI,
2003, p.35)
MILANI pontua que “Cultura de paz” não significa uma cultura na qual não
existem conflitos, mas sim que estes são resolvidos de forma pacífica e justa.
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A ONU, no Art. 1º em sua 53/243. Declaração e Programa de Ação sobre uma
Cultura de Paz
“Uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições,
comportamentos e estilos de vida baseados: a) No respeito à vida, no fim da
violência e na promoção e prática da não-violência por meio da educação, do
diálogo e da cooperação” (A/RES/53/243 pg. 2)
Cultura de paz é a antítese da Cultura de Guerra, e exige uma ação pedagógica
voltada para desenvolver valores e sensos éticos, como justiça, tolerância, solidariedade,
amor, respeito pelo outro e pelas diferenças intrínsecas que o outro trás, empatia,
aceitação. Ainda não deixamos de viver “em guerra”, mas, já ansiamos por vivenciar a
paz.
Unidade na diversidade: ensinar e aprender a aceitar as diferenças, um caminho
para a paz.
Grandes transformações em todas as áreas e campos são o cenário da vida no
Planeta Terra, hoje. Ideias e pensamentos, comportamentos sociais, economia, educação
e cultura estão em absoluta revolução. Certezas milenares estão sendo questionadas, e
novas descobertas científicas colocam por terra métodos e crenças da ciência, da
compreensão histórica, e da própria visão que o ser humano havia construído sobre sua
própria espécie.
“Pensar a História como possibilidade é reconhecer a educação também
como possibilidade. (…) Uma de nossas tarefas, como educadores e
educadoras, é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de
contribuir para a transformação do mundo, de que resulte um mundo mais
“redondo”, menos arestoso, mais humano, e em que se prepare a
materialização da grande Utopia: Unidade na Diversidade.” (FREIRE 1993,
pp. 35-36)
Dentro desse macrocosmo, sua unidade de oficina humana, a escola, também
borbulha, sendo e perfazendo esses paradigmas.
Observamos que há pouco mais de cem anos, os seres humanos tinham uma
visão de si próprio partimentada, dividida em grupos econômicos, sociais, culturais,
éticos, religiosos, facilmente identificados pela cor da pele, gênero, poderio econômico,
cultura, etnia, ou ainda, de que lado estavam da linha da opressão.
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A Escola, local destinado ao aprendizado dos símbolos e códigos socioculturais,
não almejava atingir a universalidade. Era acessível somente a um grupo de
privilegiados, ou, previamente escolhido por algum interesse, e que geralmente excluía
mulheres, explorados como força de trabalho, povos nativos, indígenas, negros e
minorias, tanto étnicas, quanto culturais e econômicas.
Pessoas com qualquer tipo de deficiência, tanto intelectuais quanto físicas, eram
excluídas da escola comum, segregadas em instituições quando haviam, ou, mantidas
escondidas, analfabetas e sem o estimulo necessário para o desenvolvimento de suas
potencialidades. Segundo relata MILLER (2000) “Antigamente os deficientes eram
separados, afastados de qualquer convívio social, pois sua diferença era vista como
maldição, destino, marca do demônio e todo tipo de crendice”.
Estudar era o privilegio declarado, dos grupos sociais detentores do poder
econômico e cultural em cada local e região. Esse o cenário da educação e da escola até
muito recentemente.
Na perspectiva de GIMENO (2002, p.119), apud MELO E FERREIRA (p.28)
pois
[...] não há forma de exclusão mais radical do que aquela que implica o
sentimento de que uma pessoa não é importante para ninguém, é negada
(como indivíduo ou como grupo), seja pela condição de ser mulher, criança,
imigrante, idoso, negro, aposentado, ignorado na escola, cigano, delinquente,
deficiente, mendigo ou por não falar, pensar, rezar ou querer como nós.
O fim gradual das práticas educacionais excludentes do passado proporciona
a todos os alunos uma oportunidade igual para terem suas necessidades
educacionais satisfeitas dentro da educação regular. O distanciamento da
segregação facilita a unificação da educação regular e especial em um
sistema único. Apesar dos obstáculos, a expansão do movimento da inclusão,
em direção a uma reforma educacional mais ampla, é um sinal visível de que
as escolas e a sociedade vão continuar caminhando rumo a práticas cada vez
mais inclusivas. (STAINBACK & STAINBACK, 1999, p.44)
Hoje, um amanhã bem próximo desse cenário, vivemos um momento em que a
palavra de ordem na escola é inclusão. Reconhecemos em tese, o direito á educação á
todos os seres humanos. Em seu discurso em Paris, 1986, quando contemplado com o
“Premio Unesco de Educação para Paz” PAULO FREIRE afirma que:
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De anônimas gentes, sofridas gentes, exploradas gentes aprendi sobretudo
que a Paz é fundamental, indispensável;, mas que a PAZ implica lutar por
ela. A Paz se cria, se constrói na e pela superação de realidades sociais
perversas. A Paz se cria, se constrói na construção incessante da justiça
social. Por isso não creio em nenhum esforço chamado educação para a paz
que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças o torna opaco e tenta
miopizar as suas vítimas. (FREIRE, 2006, p.388)
Apesar de ainda não vivenciarmos esse direito em tua totalidade, no Brasil a
política educacional atual torna compulsória a inclusão. (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação 9394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente, LDB – Educação Especial,
Programa de Complementação aos Atendimentos Educacionais Especializados às
Pessoas Portadoras de Deficiência, Plano Educacional de Educação - Educação Especial
e decretos como: Decreto nº2. 208/97 – Regulamenta Lei 9.394 LDB; Decreto nº3.
298/99 – Regulamenta a Lei nº. 7.853/89; Decreto nº914/93, Lei; Lei nº 10.172, de 9 de
janeiro de 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação). A própria Constituição
Federal de 1988 proclama: Art. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Visando o
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
Oriundos de uma cultura de violência, guerra e competição, os alunos antes
segmentados, selecionados pela cor da pele, pelo gênero, divididos em grupos étnicos,
culturais, socioeconômicos, graus de dificuldade na aprendizagem pelos métodos
pedagógicos usualmente utilizados, estão cada vez mais, a exemplo de outras áreas
sociais, participando do mesmo espaço de aprendizado. Mas, apesar de não mais
segmentados, estaremos realmente unidos?
Violência na sala de aula e unidade na diversidade
No seu dia a dia, os educadores em sala de aula enfrentam situações que
envolvem violência nos seus vários níveis: Brigas, Bulling, indisciplina, desrespeito,
uso de drogas licitas e ilícitas, constrangimento, ameaça, agressão física e até
assassinato. De acordo com NOLETO, em Abrindo Espaços: Educação e Cultura para a
Paz, 2004:
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Aprender a Viver Juntos: Trata-se de um dos maiores desafios da educação
para o século XXI. Como diz o Relatório Delors, a história humana sempre
foi conflituosa. Há, no entanto, elementos novos que acentuam o perigo e
deixam à vista o extraordinário potencial de autodestruição criado pela
humanidade no decorrer do século XX. Será possível conceber uma
educação capaz de evitar os conflitos, ou de os resolver de maneira
pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua
espiritualidade? Observem o quadro atual de violência na escola. Como
combatê-la? A tarefa é árdua, diz o Relatório, porque os seres humanos têm a
tendência de sobrevalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem
e a alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros. (NOLETO,
UNESCO/2004, p.17)
A pesquisa do Professor Doutor MARCOS PAZ, para sua tese de Doutorado em
educação realizada no Mato Grosso do Sul, coletada durante o ultimo Congresso
Estadual dos Trabalhadores em Educação, em 2011, na cidade de Jardim, com o tema
“Violência na Escola” demonstra com dados inegáveis esta problemática. Oitocentos e
noventa e um trabalhadores em educação responderam o questionário da pesquisa,
sendo que setenta e seis por cento dos entrevistados afirmaram haver ocorrências de
violência nas escolas onde atuam, revela ainda que setenta e cinco por cento ocorreram
entre alunos, vinte por cento entre alunos e professores, e quinze por cento entre alunos
e familiares. Quanto ao uso de drogas ilícitas, a pesquisa revela que trinta e cinco por
cento dos entrevistados tem conhecimento de alunos que usam droga ilícita (maconha,
cocaína, cola e crack).1
As cenas de alunos que se transformaram em franco-atiradores pularam dos
noticiários internacionais para a realidade nacional. Em 2011, um jovem de 24 anos,
alegando bulling, invadiu armado a escola onde havia estudado, na cidade do Rio de
Janeiro, atirando a esmo sobre alunos e professores, causando a maior tragédias do
gênero, em território nacional. Em Mato Grosso do Sul, em 2012, na cidade de Nova
Andradina, MS, um estudante de 16 anos, esperou o diretor da escola na calçada do
colégio e o assassinou com três tiros. Alunos que dizem sentir-se não acolhidos,
professores, educadores e funcionários que se tornam reféns. Para Paulo FREIRE
1 (Dados extraídos da Revista da Federação dos Trabalhadores em Educação em Mato Grosso do Sul,
Revista Atuação, de Março de 2013).
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Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério,
Com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o
sonho e inviabilizando o amor. Se a educação, sozinha, não transforma a
sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. (FREIRE, 2000, p.31.)
A importância da educação para a paz nos primeiros anos do ensino fundamental
Como bem diz a constituição na UNESCO/ONU “Como as guerras se iniciam
nas mentes dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser
construídas”.
O caráter, a personalidade, a postura de aceitação, a ética, e os valores são
construídos e fortalecidos com intensidade dos primeiros anos de vida até o início da
maturidade. BEUST (2003) cita PIAGET para melhor descrever o processo de
desenvolvimento moral: PIAGET descreve as etapas de desenvolvimento moral em
quatro estágios: pré-moralidade (de 0 a 5 anos de idade, aproximadamente),
heteronomia moral (5 a 8 anos), semi-autonomia moral (8 a 13) e autonomia moral
(depois dos 13 anos).
(...) depois de fechada a janela de oportunidade para o aprendizado moral e
tudo indica que isso ocorra ao redor da puberdade, é extremamente difícil
corrigir o caráter de um ser humano. Na verdade, há indícios de que ao redor
dos cinco ou seis anos de idade as estruturas morais fundamentais já estarão
ou não construídas. (BEUST, 2003, p.214).
Por isso, é importante e primordial que os educadores do Ensino Fundamental
possam e desejem trabalhar de maneira lúdica e dinâmica, temas inclusivos,
fortalecendo os arquétipos positivos e melhorando a maneira como cada um vê a si
mesmo e ao mundo.
Construir uma unidade na diversidade, eis o grande desafio desta era. Construir
um “mundo” e consequentemente agentes deste espaço, que reconheçam a sua unidade
em essência, que valorizem as diferenças culturais, a beleza da diversidade étnica, é a
responsabilidade mais veemente que nós como educadores podemos abraçar. A
eliminação dos preconceitos e da discriminação passa antes de tudo pela educação. Nem
uma criança nasce racista, preconceituosa, ou discriminatória, elas aprendem com o
comportamento dos adultos e com os conceitos decadentes de uma época em
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transformação. Neste contexto, paz e aceitação da diversidade parecem estar de mãos
dadas. Apesar de diferentes, temos que aprender a viver juntos.
Unidade na Diversidade, em essência é estar inserido em um coletivo que
preserva e respeita sua individualidade. Para flores de diferentes espécies, seria um
Jardim. É ver nas diferenças do indivíduo uma riqueza para o coletivo.
BEUST, (1996) para o site UNIDADE NA DIVERSIDADE sugere que a
construção do paradigma da Unidade na Diversidade poderá se dar através da evolução
humana do “eu” para o “nós”, de uma crescente percepção de que somos parte de tudo e
de todos que nos cerca, e de que a evolução de um ser como humano o conduz de sua
unidade como ser humano, para o membro de uma família, evoluindo ainda, para o
membro de uma cidade, de um país, de um planeta. Passando a se identificar como um
“nós” que é a raça humana, e membros de um país, que é a Terra.
Embora essas noções e percepções de nós e de eles sejam tão poderosas, elas
não são estáticas. É possível incorporar, quase num passe de mágica, os que
eram eles no círculo do nós. Por exemplo, podemos dizer: “Nós, de nossa
família. Eles, os vizinhos.” Mas se dissermos “nós, os moradores do nosso
prédio”, então eles passam a fazer parte de um novo nós. Podemos dizer
“nós, os paulistas; eles, os mineiros”. Mas, se dissermos “nós, os brasileiros”,
então eles passam a ser parte de nós. Da mesma forma, podemos pensar “nós,
os brasileiros; eles, os uruguaios”. Mas se pensarmos “nós, os latino-
americanos”, não temos mais eles, apenas um grande nós. Podemos nos
referir a “nós, os latino-americanos; eles,os europeus”. Mas podemos superar
esta dicotomia dizendo “nós, os seres humanos”. Este paradigma de construir
uma percepção em que o eles desapareça, para dar lugar a uma dimensão
sempre maior e mais ampla do nós pode ser ensinada e aprendida, e pode
transformar drasticamente a maneira como vemos e sentimos o mundo e as
pessoas. (BEUST- 1996/unidadenadiversidade.org.br)
De acordo com genecitistas e cientistas, a origem da vida na terra se deu no
continente Africano, comprovando que todos nós somos realmente membros de uma
mesma família humana, e que as diferenças físicas são superficiais e motivadas pela
adaptação do ser humano em diferentes regiões e ambientes do planeta.
A teoria científica da origem do homem na África é antiga. Comprovada,
sobretudo pelas recentes pesquisas do biólogo e geneticista Ulf Gyllensten, da
Universidade de Uppsala, na Suécia, cujas descobertas foram alvo das mais importantes
publicações científicas mundiais.
Teorias essas há muito afirmadas por grandes figuras da história da humanidade,
que por essa verdade dedicaram sua vida, como Sir Abdú’l Bahá Abbás, Marthin Luther
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King, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi, Marçal de Souza Tupã I, Cacique Seattle,
entre tantos, que afirmaram a verdade inegável: Somos todos membros de uma única
espécie e de uma mesma raça: A raça humana. Por ignorância de nossa origem única,
etnias e grupos sociais tem sido submetidos a toda sorte de preconceito e exploração,
permanecendo em situação de exclusão social. A eliminação dos preconceitos e da
discriminação passa antes de tudo pela educação.
MICHEL E JORDAN, Apud MARQUES, no Artigo “O que é raça” declaram
que:
“A maioria dos cientistas concordam que toda a espécie humana provem do
mesmo tronco ancestral, o qual provavelmente apareceu entre 600.000 a
1.000.000 de anos atrás. Eles, além disto, concordam que raça “pura” no
homem nunca existiu e nem pode agora existir, não obstante às migrações
extensivas e os casamentos inter-raciais que houveram continuamente desde
o começo das espécies.” 1999 bahái/racial.)
E na escola, o que se tem feito para ensinar e aprender a unidade na diversidade?
Em seu artigo “O Respeito ás diferenças: um caminho rumo à paz” JESUS
observa que
“É preciso compreender que diferentes culturas possuem linguagens,
valores, símbolos e estilos de comportamentos diferentes, que têm de ser
compreendidos na sua originalidade. O que precisa ser mudado não é a
cultura do aluno mas a cultura da escola.” (JESUS – 2003, p. 177,178).
Conscientes dos novos desafios, educadores e pensadores da educação em todo o
planeta se levantam para construir esse novo cenário. No Brasil podemos verificar esse
esforço conjunto em projetos pedagógicos inovadores, cartilhas, tratados, artigos
científicos, livros, teses de mestrado e doutorado, todos, trabalhos voltados para a
compreensão e para o desenvolvimento de uma cultura de paz dentro e fora da escola,
dispondo diretrizes, norteando o caminho, ao mesmo tempo em que relatam a
experiência vivenciada por educadores e alunos em todo o território nacional, e em todo
o planeta. Na internet, vários sites e blogs dispões vasto material, tanto para pesquisa
do tema, como também o passo a passo para uma diversidade de projetos a serem
implementados nos espaços educacionais. Nas últimas décadas a UNESCO sozinha ou
em parceria, publicou varias cartilhas, passo a passo e reflexões com o tema de se
aprender a ensinar a paz.
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Fonte de inspiração e alcançando excelente resultados, são as Oficinas
Pedagógicas “Ensinando Virtudes na Sala de Aula” e “Educando Alunos Livres de
Preconceitos” desenvolvidas pelos educadores Heather e Gabriel Marques, e aplicadas
com sucesso entre os professores da cidade de Salvador – BA, e posteriormente
multiplicada para outras cidades do país, e que tem o reconhecimento da Universidade
Federal da Bahia, UFBA.
Os sites Anima Mundi, Projeto Geledés, Projeto Valores Humanos, Brasil
Escola, Escola de Conselhos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Andi
Agência de Notícias do Direito da Criança, Não Violência, Unidade Racial, Unidade na
Diversidade, Gira Solidário, além de vários outros, disponibilizam vasto material
pedagógico na área da educação de virtudes e valores humanos, unidade racial,
aceitação das diversidades, direitos da criança e do adolescente, e cultura da paz.
É a aquisição de um conhecimento que não se limita aos alunos, nós enquanto
educadores temos que nos propor nesse momento, a nos tornarmos também aprendizes
desse novo modo de ser e ensinar, e de, através desse tirocínio, colocarmos um
definitivo fim na violência na escola, e na vida. Para MILANI 2003
Aqueles que desejam participar da construção de uma Cultura de Paz
precisam pensar e atuar em dois níveis básicos – o micro e o macro. O
primeiro refere-se ao indivíduo: seu comportamento, sua vida familiar e suas
relações na comunidade, local de trabalho e círculo de amizades. As
possibilidades de ação neste nível são quase infinitas, porque toda pessoa
pode fazer algo, por menor e simples que seja, como sua parcela de
contribuição. Além disso, é preciso atuar também no nível macro, ou seja,
repensar os processos sociais, definir estratégias de mudança coletiva, criar
políticas públicas, estruturas institucionais e programas educativos e sociais
condizentes com os valores da paz. Este nível de atuação exige qualificação e
experiência, além da capacidade de articular e integrar esforços dos mais
diversos atores sociais. Os níveis micro e macro são complementares,
interdependentes e precisam ser trabalhados simultaneamente. (MILANI,
2003, p.32)
Espaços pedagógicos como a “Escola das Nações” em Brasília, tem procurado
desenvolver uma pedagogia voltada para a cultura de paz e a aceitação das diversidades,
servindo como modelo e laboratório. Em São Paulo, a UNIPAZ oferece cursos de pós-
graduação voltados para a formação de Educadores comprometidos com o
estabelecimento de uma Cultura de Paz.
Em Mato Grosso do Sul, a Lei 4.034, institui o dia 21 de Setembro como o “ Dia
Estadual da Cultura da Paz” e o Prêmio “Paz e Cultura.” Na cidade de Bonito, em 2008
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aconteceu o encontro “Construindo uma Cultura de Paz para Mato Grosso do Sul” .
Segundo o site Gira Solidário, entre os temas das oficinas estava a “Educação para a Paz
na Prevenção da Violência”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das pesquisas bibliográficas efetuadas, tanto em trabalhos acadêmicos
quanto em sites na Internet, que relatam experiências com a implantação e
implementação de uma Cultura de Paz nas escolas em resposta á violência escolar,
pôde-se verificar que ainda há um grande caminho a ser percorrido, mas é possível
observar ações pedagógicas voltada para esse novo paradigma na Educação mundial,
incluindo neste cenário o Mato Grosso do Sul.
Tanto os espaços pedagógicos particulares quanto públicos, precisam se
empenhar cada vez mais em encontrar caminhos para a inclusão de fato, para através do
desenvolvimento de uma visão histórica e abrangente sobre a unidade da raça humana,
e a descoberta da beleza e riqueza da diversidade, construir a não violência na Escola.
A Cultura de Paz, além de exigir políticas públicas que garantam a inclusão
compulsória, busca também o desenvolvimento das potencialidades morais, das virtudes
e valores, a bondade para com os animais, a proteção ä natureza e a salvaguarda dos
direitos fundamentais da criança e do adolescente.
Aos professores e educadores dos primeiros anos do Ensino Fundamental o
desafio maior, de através de uma práxis pedagógica inovadora, estimulante, reflexiva,
auxiliarem na construção desses novos paradigmas, e da construção dessa paz que nasce
nas mentes dos homens e mulheres do mundo, e é o resultado do respeito do ser humano
para com todos os seres.
A grande oficina da Educação, chamada Escola, precisa aprender a falar várias
línguas ao mesmo tempo em que fala apenas uma. Mais, muito mais do que falar em
braile e em libras, em alfabetizar bilíngue, ela precisa falar na linguagem do AMOR. É
a escola se preparando para transformar as cores e matizes no mais perfeito
caleidoscópio. Estamos no início de uma grande transformação e como todo
pioneirismo é um desafio. Mas nos anos vindouros, em um futuro não tão distante, se
possível fosse olhar para trás, com certeza ficaríamos felizes e orgulhosos de termos
feito parte dele.
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