19
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP Maria Regina Martins de Barros RA 266872 UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA Maria Regina Martins de Barros Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na diversidade. No contexto dos primeiros anos do Ensino Fundamental Polo Mace - MS. 2013

Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

Maria Regina Martins de Barros

Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade

na diversidade.

No contexto dos primeiros anos do Ensino Fundamental

Polo Mace - MS.

2013

Page 2: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

MARIA REGINA MARTINS DE BARROS

Cultura de Paz na Escola: Construindo uma Unidade na Diversidade

No contexto dos primeiros anos do Ensino Fundamental

Trabalho de Conclusão de Curso-Artigo apresentado ao

curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera

UNIDERP para obtenção de grau da Graduação de

Pedagogia.

Orientadora: Prof Esp. Tutora a distância, Talita Daiane

Ruis.

Polo Mace - MS

2013

Page 3: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

3

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

SUMÁRIO

Epígrafe .......................................................................................................... .................04

Resumo ........................................................................................................... .................05

Palavras Chaves ................................................................................................ ..............05

Abstract ............................................................................................................. ..............06

Keywords .......................................................................................................... ..............06

Introdução .......................................................................................................... .............07

Desenvolvimento.............................................................................................................07

Subtítulos

1. De uma cultura de guerra para uma cultura de paz.....................................................07

2. Unidade na diversidade: ensinar e aprender a aceitar as diferenças, um caminho para

a paz............................................................................................................................10

3. Violência na sala de aula e unidade na diversidade..................................................12

4. A importância da educação para a paz nos primeiros anos do ensino

fundamental.................................................................................................................14

5. E na escola, o que se tem feito para ensinar e aprender a unidade na diversidade?...16

Considerações Finais........................................................................................ ..............18

Referências Bibliográficas ................................................................................. .............19

Page 4: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

4

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

Ninguém nasce odiando outra pessoa devido a cor

de sua pele, à sua origem ou ainda à sua religião.

Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender

a odiar, as pessoas também podem aprender a amar.

Nelson Mandela

“Que não se vanglorie quem ama seu próprio país,

mas sim quem ama o mundo inteiro. A terra é um só

país e a humanidade, seus cidadãos.”

Bahá’u’lláh

Page 5: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

5

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

RESUMO

O presente trabalho é resultado de pesquisa bibliográfica visando identificar a

relação entre a aceitação das diversidades, e o fim da violência no ambiente escolar,

bem como ressalta a importância de se iniciar o aprendizado de uma cultura de paz nos

primeiros anos do Ensino Fundamental, com um foco no desenvolvimento de valores e

virtudes. Relaciona ainda, alguns sites de organizações governamentais e não

governamentais que oferecem material pedagógico e sugestões de projeto sobre o tema,

incluindo o Mato Grosso do Sul.

Palavras-chave: Cultura de Paz, Unidade, Diversidade, Inclusão.

ABSTRACT

This work is the result of a bibliographical research to identify the relationship

between the acceptance of diversity and the end of violence in the school environment,

and highlights the importance of starting the learning of a culture of peace in the early

years of elementary school, with a focus on the development of values and virtues.

Relates also some websites of governmental and non-governmental organizations that

provide educational materials and suggestions on the topic, including Mato Grosso do

Sul.

Keywords: Culture of Peace, Unity, Diversity, Inclusion

Page 6: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

6

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

INTRODUÇÃO

A escola hoje apresenta entre tantos desafios, a necessidade urgente de se

estabelecer a não violência. Oriundos de diferentes meios culturais, socioeconômicos,

étnicos, religiosos, vindos de histórica segregação, e com a determinação compulsória

de incluir no mesmo espaço pedagógico alunos com diferentes níveis de facilidade no

aprendizado e com deficiências educacionais específicas, a escola esta aprendendo a

conviver e ser, com a diversidade. Como cores de belezas únicas que ainda

desconhecem a beleza de um caleidoscópio, esse primeiro momento de inclusão

absoluta é impactante.

Durante a pesquisa bibliográfica, experiência no estágio pedagógico, e em sites

disponíveis na internet, foi de fácil observação que os educadores enquanto agentes de

transformação estão preocupados e empenhados em entender, ensinar e aprender sobre a

Cultura de paz, fortalecer ambientes propícios a uma educação mais universal,

valorizando as diversidades culturais como riqueza potencial. Embora ainda se tenha um

imenso caminho a percorrer no sentindo de se ter uma inclusão de fato, já se chegou ao

consenso de que é irrevogável, é imprescindível preparar alunos e professores para esse

acolhimento. É missão da Educação apresentar ao aluno os conceitos necessários a sua

formação como ser humano integral, de uma maneira construtiva, reflexiva e prática,

dando a ele uma oportunidade, talvez única, de entender sua participação ativa na

construção do ambiente em que vive, através dos seus atos. “Conhece-te a ti mesmo”

segundo Sócrates, sugerindo que antes de tudo temos que nos desembaraçar dos

conceitos errôneos, e refletir sobre as virtudes que nos permite ser chamados humanos.

De uma cultura de guerra para uma cultura de paz

Desde a mais tenra idade, a criança é estimulada e inserida em um

processo de aprendizado ainda oriundo de uma cultura de guerra. Cultura essa que

temos construído e mantido automaticamente desde os primórdios da nossa história,

inicialmente simplesmente para a sobrevivência da espécie. Agora o caminho é outro,

inverso, o caminho da paz e da não violência. No entendimento de MILANI, “Mais de

Page 7: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

7

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

que em qualquer outro momento da História, as pessoas compreendem que devemos

avançar de uma cultura de guerra e violência para uma cultura de paz e não-violência.”

(MILANI 2003, p.13).

Segundo as UNESCO/ONU, em seu Documento de 2000, “Cultura de Paz, da

Reflexão á Ação”:

Substituir a secular cultura de guerra por uma cultura de paz requer um

esforço educativo prolongado para modificar as reações à adversidade e

construir um modelo de desenvolvimento que possa suprimir as causas de

conflito. (UNESCO/ONU, p.12).

As histórias e filmes na televisão e no cinema ainda estão imersos em

comportamentos violentos, ações competitivas e disputas gratuitas. Se hoje já existe um

movimento para coibir a utilização de brinquedos que reproduzem armas letais sem a

devida orientação, em um passado bem próximo, aqueles que hoje são jovens, e adultos,

em sua infância tiveram amplo e fácil acesso e incentivo a brinquedos como “Forte

Apache”, armamento bélico inclusive pesado, como tanques de guerra e metralhadora,

bonequinhos de soldados de guerra como o “Falcon”, entre muitos outros.

Livre acesso também para filmes e seriados de guerra, e da “conquista do Oeste”

estadunidense, que contavam a história do ponto de vista em que onde os brancos

colonizadores eram sempre os heróis, e, os povos indígenas eram descritos como cruéis

e implacáveis, omitindo e ou minimizando o fato de serem os originais moradores e

proprietários dos territórios colonizados. Essa versão romanceada e falsa da história,

amplamente divulgada e assistida por milhares de pessoas das décadas finais do século

XX, contribuiu para a construção desses estereótipos, repassados para os brinquedos

infantis. Brincando de “Forte Apache” as crianças aprendiam e treinavam o desrespeito

para os povos que originalmente ocupavam as terras da América, muitas vezes os povos

dos quais descendiam.

São exemplos dos meios e reflexos dessa cultura de guerra a que estamos

inseridos deste a pré-história.

Rituais de iniciação ainda presentes em muitas culturas visam à construção de

“Guerreiros” de toda espécie. O que se espera de uma criança que brinca de caçar, e

pescar sem necessidade, matar em série, duelar, perseguir implacavelmente o inimigo,

competir sem por quê? Que aprende a dissecar um sapo ou outros animais vivos, sem o

mínimo respeito ou preocupação com sua dor ou medo ou direito a vida, a colecionar

Page 8: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

8

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

insetos vivos, ou, como usualmente na cultura estadunidense, a caçar sem fome,

assassinar animais sem motivo, como um presente de entrada na puberdade? Rituais de

iniciação á vida adulta que insensibilizam para a dor do outro ser.

Apesar da proibição da dissecação de animais vivos no Ensino Fundamental Lei

Federal 6632/79, regulamentada pela Lei 11.794/2008, só no ano passado uma escola

em Canoas RS, (dissecando gatos) e outra em Goiânia, GO, (dissecando Coelhos) foram

flagradas fazendo isso, apesar da grande polêmica gerada, conforme noticia divulgada

no noticioso via internet, G1, em 21 e 26 do 10/2012, da rede globo de jornalismo.

Continuamos, como Esparta, a treinar nossos filhos para a Guerra. E, quando eles

crescem e se tornam violentos nos surpreendemos. E mais na frente, nos desesperamos

com o resultado.

Em “Terceira Carta do Assassinato de Galdino Jesus dos Santos - Índio Pataxó”

Paulo Freire, impactado pelo assassinato do índio Galdino por jovens de classe média,

em Brasília, faz a seguinte reflexão:

Cinco adolescentes mataram hoje, barbaramente, um índio pataxó, que

dormia tranquilo, numa estação de ônibus, em Brasília. Disseram à polícia

que estavam brincando. Que coisa estranha. Brincando de matar. Tocaram

fogo no corpo do índio como quem queima uma inutilidade. Um trapo

imprestável. Para sua crueldade e seu gosto da morte, o índio não era um tu

ou um ele. Era aquilo, aquela coisa ali. Uma espécie de sombra inferior no

mundo. Inferior e incômoda, incômoda e ofensiva. É possível que, na

infância, esses malvados adolescentes tenham brincado, felizes e risonhos, de

estrangular pintinhos, de atear fogo no rabo de gatos pachorrentos só para vê-

los aos pulos e ouvir seus miados desesperados, e se tenham

também divertido esmigalhando botões de rosas nos jardins públicos com a

mesma desenvoltura com que rasgavam, com afiados canivetes, os tampos

das mesas de sua escola. E isso tudo com a possível complacência quando

não com o estímulo irresponsável de seus pais. (FREIRE, 2000, p.31)

A cultura de paz se contrapõe a essa cultura de guerra à que fomos submetidos e

submetemos até agora. É um novo paradigma. De acordo com BOULDING (2000),

apud MILANI (2003) em Cultura de Paz: Estratégias, Mapas e Bússolas,

(..) cultura de paz é uma cultura que promove a diversidade pacífica. Tal

cultura inclui modos de vida, padrões de crença, valores e comportamento,

bem como os correspondentes arranjos institucionais que promovem o

cuidado mútuo e bem estar, bem como uma igualdade que inclui o

reconhecimento das diferenças, a guarda responsável* e partilha justa dos

recursos da Terra entre seus membros e com todos seres vivos. (MILANI,

2003, p.35)

MILANI pontua que “Cultura de paz” não significa uma cultura na qual não

existem conflitos, mas sim que estes são resolvidos de forma pacífica e justa.

Page 9: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

9

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

A ONU, no Art. 1º em sua 53/243. Declaração e Programa de Ação sobre uma

Cultura de Paz

“Uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições,

comportamentos e estilos de vida baseados: a) No respeito à vida, no fim da

violência e na promoção e prática da não-violência por meio da educação, do

diálogo e da cooperação” (A/RES/53/243 pg. 2)

Cultura de paz é a antítese da Cultura de Guerra, e exige uma ação pedagógica

voltada para desenvolver valores e sensos éticos, como justiça, tolerância, solidariedade,

amor, respeito pelo outro e pelas diferenças intrínsecas que o outro trás, empatia,

aceitação. Ainda não deixamos de viver “em guerra”, mas, já ansiamos por vivenciar a

paz.

Unidade na diversidade: ensinar e aprender a aceitar as diferenças, um caminho

para a paz.

Grandes transformações em todas as áreas e campos são o cenário da vida no

Planeta Terra, hoje. Ideias e pensamentos, comportamentos sociais, economia, educação

e cultura estão em absoluta revolução. Certezas milenares estão sendo questionadas, e

novas descobertas científicas colocam por terra métodos e crenças da ciência, da

compreensão histórica, e da própria visão que o ser humano havia construído sobre sua

própria espécie.

“Pensar a História como possibilidade é reconhecer a educação também

como possibilidade. (…) Uma de nossas tarefas, como educadores e

educadoras, é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de

contribuir para a transformação do mundo, de que resulte um mundo mais

“redondo”, menos arestoso, mais humano, e em que se prepare a

materialização da grande Utopia: Unidade na Diversidade.” (FREIRE 1993,

pp. 35-36)

Dentro desse macrocosmo, sua unidade de oficina humana, a escola, também

borbulha, sendo e perfazendo esses paradigmas.

Observamos que há pouco mais de cem anos, os seres humanos tinham uma

visão de si próprio partimentada, dividida em grupos econômicos, sociais, culturais,

éticos, religiosos, facilmente identificados pela cor da pele, gênero, poderio econômico,

cultura, etnia, ou ainda, de que lado estavam da linha da opressão.

Page 10: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

10

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

A Escola, local destinado ao aprendizado dos símbolos e códigos socioculturais,

não almejava atingir a universalidade. Era acessível somente a um grupo de

privilegiados, ou, previamente escolhido por algum interesse, e que geralmente excluía

mulheres, explorados como força de trabalho, povos nativos, indígenas, negros e

minorias, tanto étnicas, quanto culturais e econômicas.

Pessoas com qualquer tipo de deficiência, tanto intelectuais quanto físicas, eram

excluídas da escola comum, segregadas em instituições quando haviam, ou, mantidas

escondidas, analfabetas e sem o estimulo necessário para o desenvolvimento de suas

potencialidades. Segundo relata MILLER (2000) “Antigamente os deficientes eram

separados, afastados de qualquer convívio social, pois sua diferença era vista como

maldição, destino, marca do demônio e todo tipo de crendice”.

Estudar era o privilegio declarado, dos grupos sociais detentores do poder

econômico e cultural em cada local e região. Esse o cenário da educação e da escola até

muito recentemente.

Na perspectiva de GIMENO (2002, p.119), apud MELO E FERREIRA (p.28)

pois

[...] não há forma de exclusão mais radical do que aquela que implica o

sentimento de que uma pessoa não é importante para ninguém, é negada

(como indivíduo ou como grupo), seja pela condição de ser mulher, criança,

imigrante, idoso, negro, aposentado, ignorado na escola, cigano, delinquente,

deficiente, mendigo ou por não falar, pensar, rezar ou querer como nós.

O fim gradual das práticas educacionais excludentes do passado proporciona

a todos os alunos uma oportunidade igual para terem suas necessidades

educacionais satisfeitas dentro da educação regular. O distanciamento da

segregação facilita a unificação da educação regular e especial em um

sistema único. Apesar dos obstáculos, a expansão do movimento da inclusão,

em direção a uma reforma educacional mais ampla, é um sinal visível de que

as escolas e a sociedade vão continuar caminhando rumo a práticas cada vez

mais inclusivas. (STAINBACK & STAINBACK, 1999, p.44)

Hoje, um amanhã bem próximo desse cenário, vivemos um momento em que a

palavra de ordem na escola é inclusão. Reconhecemos em tese, o direito á educação á

todos os seres humanos. Em seu discurso em Paris, 1986, quando contemplado com o

“Premio Unesco de Educação para Paz” PAULO FREIRE afirma que:

Page 11: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

11

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

De anônimas gentes, sofridas gentes, exploradas gentes aprendi sobretudo

que a Paz é fundamental, indispensável;, mas que a PAZ implica lutar por

ela. A Paz se cria, se constrói na e pela superação de realidades sociais

perversas. A Paz se cria, se constrói na construção incessante da justiça

social. Por isso não creio em nenhum esforço chamado educação para a paz

que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças o torna opaco e tenta

miopizar as suas vítimas. (FREIRE, 2006, p.388)

Apesar de ainda não vivenciarmos esse direito em tua totalidade, no Brasil a

política educacional atual torna compulsória a inclusão. (Lei de Diretrizes e Bases da

Educação 9394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente, LDB – Educação Especial,

Programa de Complementação aos Atendimentos Educacionais Especializados às

Pessoas Portadoras de Deficiência, Plano Educacional de Educação - Educação Especial

e decretos como: Decreto nº2. 208/97 – Regulamenta Lei 9.394 LDB; Decreto nº3.

298/99 – Regulamenta a Lei nº. 7.853/89; Decreto nº914/93, Lei; Lei nº 10.172, de 9 de

janeiro de 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação). A própria Constituição

Federal de 1988 proclama: Art. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e

da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Visando o

pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”.

Oriundos de uma cultura de violência, guerra e competição, os alunos antes

segmentados, selecionados pela cor da pele, pelo gênero, divididos em grupos étnicos,

culturais, socioeconômicos, graus de dificuldade na aprendizagem pelos métodos

pedagógicos usualmente utilizados, estão cada vez mais, a exemplo de outras áreas

sociais, participando do mesmo espaço de aprendizado. Mas, apesar de não mais

segmentados, estaremos realmente unidos?

Violência na sala de aula e unidade na diversidade

No seu dia a dia, os educadores em sala de aula enfrentam situações que

envolvem violência nos seus vários níveis: Brigas, Bulling, indisciplina, desrespeito,

uso de drogas licitas e ilícitas, constrangimento, ameaça, agressão física e até

assassinato. De acordo com NOLETO, em Abrindo Espaços: Educação e Cultura para a

Paz, 2004:

Page 12: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

12

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

Aprender a Viver Juntos: Trata-se de um dos maiores desafios da educação

para o século XXI. Como diz o Relatório Delors, a história humana sempre

foi conflituosa. Há, no entanto, elementos novos que acentuam o perigo e

deixam à vista o extraordinário potencial de autodestruição criado pela

humanidade no decorrer do século XX. Será possível conceber uma

educação capaz de evitar os conflitos, ou de os resolver de maneira

pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua

espiritualidade? Observem o quadro atual de violência na escola. Como

combatê-la? A tarefa é árdua, diz o Relatório, porque os seres humanos têm a

tendência de sobrevalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem

e a alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros. (NOLETO,

UNESCO/2004, p.17)

A pesquisa do Professor Doutor MARCOS PAZ, para sua tese de Doutorado em

educação realizada no Mato Grosso do Sul, coletada durante o ultimo Congresso

Estadual dos Trabalhadores em Educação, em 2011, na cidade de Jardim, com o tema

“Violência na Escola” demonstra com dados inegáveis esta problemática. Oitocentos e

noventa e um trabalhadores em educação responderam o questionário da pesquisa,

sendo que setenta e seis por cento dos entrevistados afirmaram haver ocorrências de

violência nas escolas onde atuam, revela ainda que setenta e cinco por cento ocorreram

entre alunos, vinte por cento entre alunos e professores, e quinze por cento entre alunos

e familiares. Quanto ao uso de drogas ilícitas, a pesquisa revela que trinta e cinco por

cento dos entrevistados tem conhecimento de alunos que usam droga ilícita (maconha,

cocaína, cola e crack).1

As cenas de alunos que se transformaram em franco-atiradores pularam dos

noticiários internacionais para a realidade nacional. Em 2011, um jovem de 24 anos,

alegando bulling, invadiu armado a escola onde havia estudado, na cidade do Rio de

Janeiro, atirando a esmo sobre alunos e professores, causando a maior tragédias do

gênero, em território nacional. Em Mato Grosso do Sul, em 2012, na cidade de Nova

Andradina, MS, um estudante de 16 anos, esperou o diretor da escola na calçada do

colégio e o assassinou com três tiros. Alunos que dizem sentir-se não acolhidos,

professores, educadores e funcionários que se tornam reféns. Para Paulo FREIRE

1 (Dados extraídos da Revista da Federação dos Trabalhadores em Educação em Mato Grosso do Sul,

Revista Atuação, de Março de 2013).

Page 13: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

13

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério,

Com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o

sonho e inviabilizando o amor. Se a educação, sozinha, não transforma a

sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. (FREIRE, 2000, p.31.)

A importância da educação para a paz nos primeiros anos do ensino fundamental

Como bem diz a constituição na UNESCO/ONU “Como as guerras se iniciam

nas mentes dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser

construídas”.

O caráter, a personalidade, a postura de aceitação, a ética, e os valores são

construídos e fortalecidos com intensidade dos primeiros anos de vida até o início da

maturidade. BEUST (2003) cita PIAGET para melhor descrever o processo de

desenvolvimento moral: PIAGET descreve as etapas de desenvolvimento moral em

quatro estágios: pré-moralidade (de 0 a 5 anos de idade, aproximadamente),

heteronomia moral (5 a 8 anos), semi-autonomia moral (8 a 13) e autonomia moral

(depois dos 13 anos).

(...) depois de fechada a janela de oportunidade para o aprendizado moral e

tudo indica que isso ocorra ao redor da puberdade, é extremamente difícil

corrigir o caráter de um ser humano. Na verdade, há indícios de que ao redor

dos cinco ou seis anos de idade as estruturas morais fundamentais já estarão

ou não construídas. (BEUST, 2003, p.214).

Por isso, é importante e primordial que os educadores do Ensino Fundamental

possam e desejem trabalhar de maneira lúdica e dinâmica, temas inclusivos,

fortalecendo os arquétipos positivos e melhorando a maneira como cada um vê a si

mesmo e ao mundo.

Construir uma unidade na diversidade, eis o grande desafio desta era. Construir

um “mundo” e consequentemente agentes deste espaço, que reconheçam a sua unidade

em essência, que valorizem as diferenças culturais, a beleza da diversidade étnica, é a

responsabilidade mais veemente que nós como educadores podemos abraçar. A

eliminação dos preconceitos e da discriminação passa antes de tudo pela educação. Nem

uma criança nasce racista, preconceituosa, ou discriminatória, elas aprendem com o

comportamento dos adultos e com os conceitos decadentes de uma época em

Page 14: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

14

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

transformação. Neste contexto, paz e aceitação da diversidade parecem estar de mãos

dadas. Apesar de diferentes, temos que aprender a viver juntos.

Unidade na Diversidade, em essência é estar inserido em um coletivo que

preserva e respeita sua individualidade. Para flores de diferentes espécies, seria um

Jardim. É ver nas diferenças do indivíduo uma riqueza para o coletivo.

BEUST, (1996) para o site UNIDADE NA DIVERSIDADE sugere que a

construção do paradigma da Unidade na Diversidade poderá se dar através da evolução

humana do “eu” para o “nós”, de uma crescente percepção de que somos parte de tudo e

de todos que nos cerca, e de que a evolução de um ser como humano o conduz de sua

unidade como ser humano, para o membro de uma família, evoluindo ainda, para o

membro de uma cidade, de um país, de um planeta. Passando a se identificar como um

“nós” que é a raça humana, e membros de um país, que é a Terra.

Embora essas noções e percepções de nós e de eles sejam tão poderosas, elas

não são estáticas. É possível incorporar, quase num passe de mágica, os que

eram eles no círculo do nós. Por exemplo, podemos dizer: “Nós, de nossa

família. Eles, os vizinhos.” Mas se dissermos “nós, os moradores do nosso

prédio”, então eles passam a fazer parte de um novo nós. Podemos dizer

“nós, os paulistas; eles, os mineiros”. Mas, se dissermos “nós, os brasileiros”,

então eles passam a ser parte de nós. Da mesma forma, podemos pensar “nós,

os brasileiros; eles, os uruguaios”. Mas se pensarmos “nós, os latino-

americanos”, não temos mais eles, apenas um grande nós. Podemos nos

referir a “nós, os latino-americanos; eles,os europeus”. Mas podemos superar

esta dicotomia dizendo “nós, os seres humanos”. Este paradigma de construir

uma percepção em que o eles desapareça, para dar lugar a uma dimensão

sempre maior e mais ampla do nós pode ser ensinada e aprendida, e pode

transformar drasticamente a maneira como vemos e sentimos o mundo e as

pessoas. (BEUST- 1996/unidadenadiversidade.org.br)

De acordo com genecitistas e cientistas, a origem da vida na terra se deu no

continente Africano, comprovando que todos nós somos realmente membros de uma

mesma família humana, e que as diferenças físicas são superficiais e motivadas pela

adaptação do ser humano em diferentes regiões e ambientes do planeta.

A teoria científica da origem do homem na África é antiga. Comprovada,

sobretudo pelas recentes pesquisas do biólogo e geneticista Ulf Gyllensten, da

Universidade de Uppsala, na Suécia, cujas descobertas foram alvo das mais importantes

publicações científicas mundiais.

Teorias essas há muito afirmadas por grandes figuras da história da humanidade,

que por essa verdade dedicaram sua vida, como Sir Abdú’l Bahá Abbás, Marthin Luther

Page 15: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

15

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

King, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi, Marçal de Souza Tupã I, Cacique Seattle,

entre tantos, que afirmaram a verdade inegável: Somos todos membros de uma única

espécie e de uma mesma raça: A raça humana. Por ignorância de nossa origem única,

etnias e grupos sociais tem sido submetidos a toda sorte de preconceito e exploração,

permanecendo em situação de exclusão social. A eliminação dos preconceitos e da

discriminação passa antes de tudo pela educação.

MICHEL E JORDAN, Apud MARQUES, no Artigo “O que é raça” declaram

que:

“A maioria dos cientistas concordam que toda a espécie humana provem do

mesmo tronco ancestral, o qual provavelmente apareceu entre 600.000 a

1.000.000 de anos atrás. Eles, além disto, concordam que raça “pura” no

homem nunca existiu e nem pode agora existir, não obstante às migrações

extensivas e os casamentos inter-raciais que houveram continuamente desde

o começo das espécies.” 1999 bahái/racial.)

E na escola, o que se tem feito para ensinar e aprender a unidade na diversidade?

Em seu artigo “O Respeito ás diferenças: um caminho rumo à paz” JESUS

observa que

“É preciso compreender que diferentes culturas possuem linguagens,

valores, símbolos e estilos de comportamentos diferentes, que têm de ser

compreendidos na sua originalidade. O que precisa ser mudado não é a

cultura do aluno mas a cultura da escola.” (JESUS – 2003, p. 177,178).

Conscientes dos novos desafios, educadores e pensadores da educação em todo o

planeta se levantam para construir esse novo cenário. No Brasil podemos verificar esse

esforço conjunto em projetos pedagógicos inovadores, cartilhas, tratados, artigos

científicos, livros, teses de mestrado e doutorado, todos, trabalhos voltados para a

compreensão e para o desenvolvimento de uma cultura de paz dentro e fora da escola,

dispondo diretrizes, norteando o caminho, ao mesmo tempo em que relatam a

experiência vivenciada por educadores e alunos em todo o território nacional, e em todo

o planeta. Na internet, vários sites e blogs dispões vasto material, tanto para pesquisa

do tema, como também o passo a passo para uma diversidade de projetos a serem

implementados nos espaços educacionais. Nas últimas décadas a UNESCO sozinha ou

em parceria, publicou varias cartilhas, passo a passo e reflexões com o tema de se

aprender a ensinar a paz.

Page 16: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

16

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

Fonte de inspiração e alcançando excelente resultados, são as Oficinas

Pedagógicas “Ensinando Virtudes na Sala de Aula” e “Educando Alunos Livres de

Preconceitos” desenvolvidas pelos educadores Heather e Gabriel Marques, e aplicadas

com sucesso entre os professores da cidade de Salvador – BA, e posteriormente

multiplicada para outras cidades do país, e que tem o reconhecimento da Universidade

Federal da Bahia, UFBA.

Os sites Anima Mundi, Projeto Geledés, Projeto Valores Humanos, Brasil

Escola, Escola de Conselhos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Andi

Agência de Notícias do Direito da Criança, Não Violência, Unidade Racial, Unidade na

Diversidade, Gira Solidário, além de vários outros, disponibilizam vasto material

pedagógico na área da educação de virtudes e valores humanos, unidade racial,

aceitação das diversidades, direitos da criança e do adolescente, e cultura da paz.

É a aquisição de um conhecimento que não se limita aos alunos, nós enquanto

educadores temos que nos propor nesse momento, a nos tornarmos também aprendizes

desse novo modo de ser e ensinar, e de, através desse tirocínio, colocarmos um

definitivo fim na violência na escola, e na vida. Para MILANI 2003

Aqueles que desejam participar da construção de uma Cultura de Paz

precisam pensar e atuar em dois níveis básicos – o micro e o macro. O

primeiro refere-se ao indivíduo: seu comportamento, sua vida familiar e suas

relações na comunidade, local de trabalho e círculo de amizades. As

possibilidades de ação neste nível são quase infinitas, porque toda pessoa

pode fazer algo, por menor e simples que seja, como sua parcela de

contribuição. Além disso, é preciso atuar também no nível macro, ou seja,

repensar os processos sociais, definir estratégias de mudança coletiva, criar

políticas públicas, estruturas institucionais e programas educativos e sociais

condizentes com os valores da paz. Este nível de atuação exige qualificação e

experiência, além da capacidade de articular e integrar esforços dos mais

diversos atores sociais. Os níveis micro e macro são complementares,

interdependentes e precisam ser trabalhados simultaneamente. (MILANI,

2003, p.32)

Espaços pedagógicos como a “Escola das Nações” em Brasília, tem procurado

desenvolver uma pedagogia voltada para a cultura de paz e a aceitação das diversidades,

servindo como modelo e laboratório. Em São Paulo, a UNIPAZ oferece cursos de pós-

graduação voltados para a formação de Educadores comprometidos com o

estabelecimento de uma Cultura de Paz.

Em Mato Grosso do Sul, a Lei 4.034, institui o dia 21 de Setembro como o “ Dia

Estadual da Cultura da Paz” e o Prêmio “Paz e Cultura.” Na cidade de Bonito, em 2008

Page 17: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

17

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

aconteceu o encontro “Construindo uma Cultura de Paz para Mato Grosso do Sul” .

Segundo o site Gira Solidário, entre os temas das oficinas estava a “Educação para a Paz

na Prevenção da Violência”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através das pesquisas bibliográficas efetuadas, tanto em trabalhos acadêmicos

quanto em sites na Internet, que relatam experiências com a implantação e

implementação de uma Cultura de Paz nas escolas em resposta á violência escolar,

pôde-se verificar que ainda há um grande caminho a ser percorrido, mas é possível

observar ações pedagógicas voltada para esse novo paradigma na Educação mundial,

incluindo neste cenário o Mato Grosso do Sul.

Tanto os espaços pedagógicos particulares quanto públicos, precisam se

empenhar cada vez mais em encontrar caminhos para a inclusão de fato, para através do

desenvolvimento de uma visão histórica e abrangente sobre a unidade da raça humana,

e a descoberta da beleza e riqueza da diversidade, construir a não violência na Escola.

A Cultura de Paz, além de exigir políticas públicas que garantam a inclusão

compulsória, busca também o desenvolvimento das potencialidades morais, das virtudes

e valores, a bondade para com os animais, a proteção ä natureza e a salvaguarda dos

direitos fundamentais da criança e do adolescente.

Aos professores e educadores dos primeiros anos do Ensino Fundamental o

desafio maior, de através de uma práxis pedagógica inovadora, estimulante, reflexiva,

auxiliarem na construção desses novos paradigmas, e da construção dessa paz que nasce

nas mentes dos homens e mulheres do mundo, e é o resultado do respeito do ser humano

para com todos os seres.

A grande oficina da Educação, chamada Escola, precisa aprender a falar várias

línguas ao mesmo tempo em que fala apenas uma. Mais, muito mais do que falar em

braile e em libras, em alfabetizar bilíngue, ela precisa falar na linguagem do AMOR. É

a escola se preparando para transformar as cores e matizes no mais perfeito

caleidoscópio. Estamos no início de uma grande transformação e como todo

pioneirismo é um desafio. Mas nos anos vindouros, em um futuro não tão distante, se

possível fosse olhar para trás, com certeza ficaríamos felizes e orgulhosos de termos

feito parte dele.

Page 18: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

18

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVAY, Mirian. (Organizadora) Escolas de Paz – Unesco, 2001.

ANDI – http://www.andi.org.br/

ANIMA MUNDI — http://www.animamundi.org.br/

ARAÚJO, HETKOWSKI – Inclusão, Um Direito de Todos. (2006) Artigo Científico.

BAHÁ’U’LLÁH. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh,. Rio de Janeiro, Bahá’í, Editora

CXII, CXXXI, CXXXII, CXI, CXVII).

CONSTRUINDO UMA CULTURA DE PAZ - DH na internet -

http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/dht/mundo/cartilhas_paz/paz_cartilha.html

DISKIN, LIA E ROIZMAN, LAURA GORRESIO – Paz, como se faz? Semeando

Cultura de Paz nas Escolas. Unesco – Brasília, 2008.

EDUCA PAZ - http://educapaz-jaiartes.blogspot.com.br/

ESCOLA DE CONSELHOS UFMS - http://www.escoladeconselhos.ufms.br/

FLORES DE UM SÓ JARDIM- http://floresdeumsojardim.blogspot.com.br/2012/06/projeto-

de-ensino-historia-da-minha.html

FREIRE, PAULO – Pedagogia da Indignação – Cartas Pedagógicas e Outros Escritos –

São Paulo – Editora Unesp, 2000.

FREIRE, PAULO – Política e Educação – 1993.

FREIRE, Ana Maria Araújo. Educação para a paz segundo Paulo Freire. Porto Alegre –

RS, ano XXIX, n 2 (59), p. 387 – 393, Maio/Ago, 2006.

GELEDES – Coletivo de Mulheres Negras. http://www.geledes.org.br/

GIRA SOLIDÁRIO - http://www.girasolidario.org.br/

Page 19: Cultura de paz na escola: Construindo uma unidade na ... · curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera ... 3. Violência na sala ... movimento para coibir a utilização de brinquedos

19

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

Maria Regina Martins de Barros RA 266872

GYLLENSTEN, ULF - Biólogo e geneticista, pesquisador do projeto Genoma Humano

- Assessing human diversity by genome and transcriptome analysis using techniques

for-next-generation-DNA-sequencing

http://www.igp.uu.se/Forskning/genetik_genomik/gyllensten/mer/?languageId=1

MILANI, FEIZE MASROUR E JESUS, RITA DE CÁSSIA DIAS. (Organizadores).

Cultura de paz: Estratégias, Mapas e Bússolas. Edições INPAZ – Salvador, 2003.

MITCHELL, Glenford, e JORDAN, Daniel – The Heart is But one Country – 1988

MITTLER, Peter. Educação Inclusiva – Contextos sociais. Porto Alegre: Editora

Artmed, 2000.

NÃO VIOLÊNCIA - http://www.naoviolencia.org.br/sobre-cultura-paz-artigos-

produzidos.htm

OLIVEIRA SILVA – Artigo “A Televisão e a Criança”

http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-televisao-e-a-crianca-478126.html

ORIGEM DA ESPÉCIE HUMANA, A – somos todos Africanos:

http://www.searadaciencia.ufc.br/especiais/biologia/origemdohomo/origemdohomo03.htm

PROJETO VALORES HUMANOS - http://www.projetovaloreshumanos.com.br/

PROJETO EDUCAR PELA PAZ - http://www.projetoeducarpelapaz.blogspot.com.br/

RABBANI, VAHIDEH R. JALALIH – (Organizadora) Estudos para a Paz –

Universidade Federal de Sergipe – Aracajú, 2010

POPOV, Linda Kavelin; Popov, Dan; Kavelin, John, – Guia de Virtudes Para La

Família. 2002, Espanha, patrocinado pela UNESCO.

TROCANDO IDEIAS PEDAGÓGICAS: DINÂMICAS PARA PROJETOS

VALORES. - http://trocandoideiaspedag.blogspot.com/2010/05/dinamica-de-

confraternizacao-1-compra.html

UNIDADE NA DIVERSIDADE - www.unidadenadiversidade.org.br/

UNIDADE RACIAL - www.bahai.org.br/racial