Anhanguera Educacional S.A

Protocolos:

2006/10/44797

2016/11/14930

2016/10/35129

2016/11/18494

2017/10/21269

IC 14.0713.0008093/2016-9 (civil)

IP 078-16 (policial)

Trata-se de empreendimento localizado em área rural da APA Campinas.

Encontradas várias denominações do empreendimento:

-Anhanguera Educacional Ltda ( IC pag 1)

-Hospital Veterinário Anhanguera Educacional (IC pag 11)

-Hospital Veterinário Fazenda Escola-FAC 3 (IC pag 55)

- AESA –FAC III-Hospital Veterinário-Hospital/Fazenda /Escola (prot 2006)

-Faculdade Veterinaria E1(pag 214)

Endereços do empreendimento

-CAM 367 s/n (IC pag11)

-Faz São João, parte-Bairro Sousas (IC pag 32)

-Estrada Dr Lacerda

CNPJ constantes dos documentos:

- 05.808.792/0001-49 (IC pag 20) (esse é de 2003 em Valinhos)

-05.808.792/0022-73 (IC pag 32) (esse é de 2006 em Sousas)

O histórico mostra abertura e arquivamento de vários protocolos , desde 2006.

Resumo do histórico:

1-Protocolo 2006/10/44797 com solicitação de diretrizes para fazenda-escola-laboratórios

Data 3/10/06

1.1-Tópicos do protocolo

-Local zona rural de Sousas

-Quanto ao viário consta exigência de uma nova ponte para desafogar o já saturado transito,

consta necessidade de novos estudos devido ao tempo que passou.Constam também quantidades diferentes de alunos e horários diferentes de funcionamento.

-Auto de embargo em 4/8/06 por movimentação de terra sem autorização da PMC em área de

aproximadamente 70x35 ms (pag 3)

-Documento Seplama de 12/1/07–setor meio ambiente-cita que caso a atividade venha a ser

aprovada ,após o RAP ou EIA RIMA, há a necessidade de manifestação do setor de vigilância sanitária e epidemiológica da secretaria de saúde para emissão do alvará sanitário (pag 88)

-Em junho de 2008 o Congeapa (pag 111 a 114) cita que após leitura e análise do relatório

ambiental preliminar-RAP, os conselheiros apontam alguns itens importantes e solicitam

algumas medidas compensatórias. Aqui é citada a necessidade de recomposição da vegetação e a estrutura de lazer como medida compensatória do hospital , na região do Carlos Gomes.

Ilustração na figura anexa-ver abaixo- mostra em vermelho o local da recomposição da

vegetação na APA

Obs-Aqui questionamos o documento quando cita que após leitura e analise os conselheiros apontaram itens pois não consta ata dessa reunião

Obs-Essas medidas compensatórias não foram cumpridas pelo empreendedor pois há duvida

quanto à sua obrigatoriedade.Mas vamos lembrar que foi a própria prefeitura que causou tudo

isso pois o secretario de planejamento Alair Godoy fazia parte do conselho e apoiou a decisão e iludiu os moradores da região do Carlos Gomes .

-Pag 118

Documento PTA da prefeitura cita que o interessado devera implantar uma estação de

tratamento de efluentes devido as características peculiares do efluente gerado por essa atividade.

Obs-No IC pag 270 consta documento Sanasa-gestão de protocolos/processos para estudo de

viabilidade com data de 24/7/17 e no protocolo 2016/11/14930 consta documento declaração

da Sanasa para o secretario Carlos Augusto Santoro, onde a procuradora afirma que o local por

ser rural não recebe abastecimento ou coleta de esgoto da Sanasa (obs-documento Sanasa sem data, sem papel timbrado e sem firma reconhecida da procuradora)

-Pag 125

Documento SVDS de 16/8/13 Cita que o ETM caducou pois até essa data não foi retirado

Obs-a prefeitura emitiu o ETM , emitiu PTA , pediu RAP e iludiu os moradores da região do

Carlos Gomes para depois concluir que o licenciamento deve ser dado pela Cetesb....

-Pag 126

Documento SVDS fiscalização (data 16/9/13)constata que o hospital veterinario fazenda escola esta concluído e em funcionamento e que se trata de área rural

-Pag 140 verso

Documento Cetesb num papel timbrado SVDS(?)

Data 24/5/07

Cita que o licenciamento deve iniciar-se com a solicitação de LP na Cetesb e que é necessária a certidão de uso e ocupação do solo

-Pag 158 verso

Documento da coordenadoria da fiscalização ambiental considera que a instalação do empreendimento é um fato grave.

-Pag 178

Documento Deplan data 16/3/17

Cita que a viabilidade depende, entre outras coisas, da capacidade de suporte local e dos

sistemas de infraestrutura de saneamento e do sistema macroviario. Ate agora não houve

solução na questão da acessibilidade macroviaria , devido a saturação de trechos da malha viária que dão acesso ao local.

-Paginas 180 a 183 3 184 a 187

Atas de reunião da Kroton(Anhanguera com o CNPJ de Valinhos ) com secretario Santoro e

com secretario Bernadin na data de 5/4/17 para esclarecimentos.

Bernadin disse que pode propor um TAC ao promotor.

Obs-nenhuma das duas atas tem assinatura, as duas estão num papel timbrado da Kroton e foram feitas pela Kroton.

-Pag 210

Documento informação sobre zoneamento e uso do solo

Data 4/7/17

Obs-Não consta o CNPJ do interessado e o endereço é estrada Dr Lacerda

Obs-após idas e vindas e alguns indeferimentos dos protocolos, aqui a secretaria de planejamento e urbanismo cita a lei 6031/88 no seu

ARTIGO 8o =O Uso do Solo na Zona Rural também poderá compreender usos urbanos,

dependendo de análise específica da Prefeitura Municipal de Campinas, a qual levará em

conta, especialmente, a natureza do empreendimento e a sua localização, dada a necessidade de proteção às áreas rurais do Municí- pio.

2-Protocolo 2016/11/14930 fiscalização /vistoria /área rural

Data setembro 2016

2.1-Tópicos do protocolo:

-Pag 5

Documento urbanismo-intimação

Data 29/9/16

Solicitação de apresentação de alvará de uso sob pena de medidas legais

CNPJ de Sousas

-Pag 6

Documento não atendimento da intimação

Data 7/10/16

-Pag 47

Documento declaração de uso

Data 17/11/16

Uso pretendido-hospital veterinário da Faculdade Anhanguera de Campinas –unidade Taquaral

Horario de funcionamento pretendido das 7.00 as 23.00 hs

Cita que não esta de acordo com o projeto aprovado e CCO expedido pela prefeitura ,

possuindo áreas irregulares e/ou clandestinas

-Pag 91

Documento do controle urbano

Data 30/3/17

Indeferidos dois protocolo por prazo vencido e por estar funcionando sem alvará de uso de

acordo com a lei 11749/03, e por falta de amparo legal.

Intima a encerrar as atividades.

Obs-essa lei fixa o horário de 7 as 22 hs, mas na pagina 47 consta horário de 7 as 23 hs.

-Pag 150

Documento Seplama

Data 7/12/06

Cita que a capacidade da via sobre a ponte já excedeu o seu limite.

Necessario providenciar uma nova alternativa para amenizar o fluxo de veículos sobre a ponte.

3-Outras informações:

3.1-Publicações Diario Oficial de infração

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE O SETOR DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SERVIÇOS

RELACIONADOS À SAÚDE comunica: A Chefe de Setor de Serviços de Saúde comunica: a

nulidade do auto de infração nº 3148, por erro de forma, datado de 09 de Agosto de 2017

lavrado em nome da empresa ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA, CNPJ 05.808.792/0022-73,

sito à Fazenda São João, S/N - Sousas - Campinas SP Campinas, 18 de setembro de 2017 JULIANA M. O DE CAMARGO BASSUL CHEFE DE SETOR

http://campinas.sp.gov.br/uploads/pdf/1814528301.pdf#page=13

DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE A COORDENADORIA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

REGIONAL SUL NOTIFICAÇÃO DE JULGAMENTO Pelo presente, fica notificado a empresa

ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA, CNPJ: 05.808.792/0022-73, de que foi indeferido o

recurso, do protocolo sob nº 17/07/06189 PAS, referente ao auto de infração nº 4032 de 06 de

Setembro de 2017, por tratar-se de irregularidade, conforme, disposto no: inciso III, art, 112;

incisos II e III, do art. 116; inciso II do art. 117 da Lei Estadual 10.083/98 c/c com inciso III, do

art. 4 da Lei Municipal 15.139/2016. Desta forma julgo procedente a autuação e mantenho o auto de infração nº 4032 .

http://campinas.sp.gov.br/uploads/pdf/2028849261.pdf#page=40

4-CONSELHO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO E DEFESA DOS ANIMAIS DE CAMPINAS

O Sr. Flavio Lamas solicitou ao Dr. Paulo Anselmo que verifi que nos arquivos do DPBEA

quantos chips foram doados à Coordenadoria do Curso de Veterinária da Faculdade

Anhanguera de Campinas - Fac III sob coordenação da Professora Luciana Bonato para implantação nos animais castrados da CPFL

DOM 7/7/16

http://campinas.sp.gov.br/uploads/pdf/525673614.pdf#page=65

Obs-aqui solicitamos explicações e documentação sobre os chips por parte do curso, por parte

do DPBEA e por parte da CPFL.

5-Atas Congeapa publicadas no DOM com discussão sobre o assunto:

https://www.slideshare.net/resgatecambuiong/faculdade-anhangueraapa-pareceres-congeapa

PARECER

-Considerando cinco protocolos , ao que sabemos, na prefeitura.Alem de dois inquéritos, um no Ministerio Publico e outro na policia.

-Considerando os vários endereços nos protocolos

-Considerando as diferentes denominações para o mesmo empreendimento

-Considerando o uso de dois CNPJs diferentes

-Considerando abertura e arquivamento de vários protocolos , desde 2006

-Considerando que o empreendimento se localiza na APA de Campinas, e que não esta legalizado mas esta funcionando há aproximadamente 10 anos

-Considerando a importância da preservação ambiental da área da APA

-Considerando a movimentação de terra sem autorização da PMC em área de

aproximadamente 70x35 ms em 2006

-Considerando a necessidade de manifestação do setor de vigilância sanitária e epidemiológica da secretaria de saúde para emissão do alvará sanitário

-Considerando as medidas compensatórias prometidas pelo Congeapa e sustentadas pelo secretario de planejamento Alair Godoy

-Considerando a necessidade de implantação de uma estação de tratamento de efluentes

devido as características peculiares do efluente gerado por essa atividade, o que ao que consta não foi feita

-Considerando que a prefeitura emitiu ETM , emitiu PTA , pediu RAP e iludiu os moradores da região do Carlos Gomes para depois concluir que o licenciamento deve ser dado pela Cetesb....

-Considerando que documento da coordenadoria da fiscalização ambiental cita que a

instalação do empreendimento é um fato grave

-Considerando que houveram intimações , fiscalizações e solicitações de documentação não atendidas

-Considerando que o local não esta de acordo com o projeto aprovado e CCO expedido pela prefeitura , possuindo áreas irregulares e/ou clandestinas

-Considerando que dois protocolos foram indeferidos por prazo vencido e por estar

funcionando sem alvará de uso de acordo com a lei 11749/03, e por falta de amparo legal

-Considerando que a capacidade da via sobre a ponte já excedeu o seu limite e que é

necessario providenciar uma nova alternativa para amenizar o fluxo de veículos sobre a ponte

-Considerando que existem irregularidades no local, conforme atestou o Depto de vigilancia em saude

-Considerando que o conselho municipal de proteção aos animais cita que precisa se r

verificado nos arquivos do DPBEA quantos chips foram doados à Coordenadoria do Curso de

Veterinária da Faculdade Anhanguera de Campinas - Fac III sob coordenação da Professora

Luciana Bonato para implantação nos animais castrados da CPFL

-Considerando que as funções do Ministério Público vêm ocupando lugar de cada vez mais

destaque, não apenas na organização do Estado, mas na própria sociedade. Isso se deve ao

fato de que a proteção dos direitos difusos e coletivos contribui para a legitimidade tal órgão

perante a população, na medida em que o aproxima dos demais atores sociais e da

comunidade diretamente interessada, que projeta na instituição seus anseios pela busca de soluções para os conflitos coletivos e sociais

-Considerando que O Ministério Público, enquanto instituição permanente de defesa da

cidadania, é órgão de controle da Administração Pública e tem como dever, entre outras

atribuições, zelar pela implementação de políticas e serviços públicos de qualidade

Nosso parecer da Faculdade é negativo e solicitamos que a prefeitura cancele todas as

licenças fornecidas , visto que as informações são divergentes e muitas vezes diferentes uma das outras.

Tambem o mau exemplo de algo que funciona sem as devidas licenças e portanto

desobedece as regras é algo a ser combatido e não aceito pelo poder publico

Vamos lembrar que está sendo feito o plano de manejo que vai ajudar a regrar a APA e portanto todos esses processos devem ser cancelados e o local deve ser interditado.

O CONGEAPA também vai acionar o Ministerio público para que faça cumprir a lei e para

que seja compensada a região do Carlos Gomes pela prefeitura, afinal o Sr Alair iludiu , em

tese, o Congeapa e os moradores da região, quando foi acordada uma melhora s ignificativa no bairro