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Cultura Negra A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. A cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos. Nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança, era praticada para ser usada contra os inimigos (senhores de engenho). Culinária Outra característica marcante da cultura afro no Brasil é a questão dos diferentes temperos dados à culinária brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas da cozinha indígena com a europeia e transformar em comida brasileira. Ora, os escravos saíram de suas terras para um local diferente, sem trazer nada consigo. São pratos mais famosos da culinária afro-brasileira: Acarajé; Vatapá; Bobó; Feijoada (a famosa feijoada é citada como sendo um prato servido nas senzalas). Azeite de dendê (tempero comum na culinária baiana); Frutas e especiarias: coco, banana, pimenta malagueta e o café são produtos oriundos das terras africanas. Expressões Culturais Uma coisa que chama a atenção é a alegria do povo afro-brasileiro. Além da capoeira, que já é comum em várias partes do Brasil, mas enfaticamente no estado da Bahia. Os negros trouxeram estilos diferentes no quesito de moda e estilo. Sempre baseado nas culturas dos ancestrais, aderem penteados interessantes, como os dreadlocks, da cultura rastafári; o cabelo black power; os trançados; com balangandãs, dentre outros. Música Na música, predomina o samba, bem marcante na cultura brasileira, o que é uma herança dos afro-brasileiros. O estilo musical nasceu em meados da década de 1920; no Rio de Janeiro, surgiu e permitiu a criação de outros ritmos, tais como: o samba enredo, o samba de breque, o samba canção e a bossa nova.

Cultura Negra

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Cultura Negra

A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. A cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos.

Nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança, era praticada para ser usada contra os inimigos (senhores de engenho).

Culinária

Outra característica marcante da cultura afro no Brasil é a questão dos diferentes temperos dados à culinária brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas da cozinha indígena com a europeia e transformar em comida brasileira. Ora, os escravos saíram de suas terras para um local diferente, sem trazer nada consigo. São pratos mais famosos da culinária afro-brasileira:

Acarajé; Vatapá; Bobó; Feijoada (a famosa feijoada é citada como sendo um prato servido nas senzalas). Azeite de dendê (tempero comum na culinária baiana); Frutas e especiarias: coco, banana, pimenta malagueta e o café são produtos oriundos das terras africanas.

Expressões Culturais

Uma coisa que chama a atenção é a alegria do povo afro-brasileiro. Além da capoeira, que já é comum em várias partes do Brasil, mas enfaticamente no estado da Bahia. Os negros trouxeram estilos diferentes no quesito de moda e estilo. Sempre baseado nas culturas dos ancestrais, aderem penteados interessantes, como os dreadlocks, da cultura rastafári; o cabelo black power; os trançados; com balangandãs, dentre outros.

Música

Na música, predomina o samba, bem marcante na cultura brasileira, o que é uma herança dos afro-brasileiros. O estilo musical nasceu em meados da década de 1920; no Rio de Janeiro, surgiu e permitiu a criação de outros ritmos, tais como: o samba enredo, o samba de breque, o samba canção e a bossa nova.

Religião

O candomblé, religião afro-brasileira, assim como a umbanda, a macumba e o omoloko, foi deixado pelos escravos que adotavam o sincretismo para preservação desse culto. Na época do trabalho escravo, para que a adoração aos deuses africanos não cessassem, os negros usavam os santos da igreja católica, como forma de despistar a mão de ferro portuguesa. Por isso, se vê a mistura do candomblé com o catolicismo.

A cultura negra é algo que influenciou, não só o Brasil, mas diversas nações que usufruem da pluralidade do movimento negro. Nos Estados Unidos, o estilo dos negros é bem característico. O rap e hip hop são elementos que fazem parte do cotidiano do povo negro.

Em meio às lutas, pode se dizer que os negros venceram e continuam nesse processo. Embora existam ainda casos de racismo, esse quadro tem mudado.

Dia Nacional da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra lembra a resistência à escravidão e é comemorado no dia 20 de novembro, no Brasil, homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, ícone da cultura negra. O projeto de lei que deu vida a esse dia foi o 10.639/2003, mas só foi sancionado e considerado quando a presidenta Dilma Rouseff sancionou a Lei 12.519/2011.

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A homenagem ao dia surgiu em 1978 através do Movimento Negro Unificado. O objetivo dessa data é refletir sobre o preconceito, mostrar ao povo a cultura africana, comemorar e lutar pelos direitos e a igualdade do povo negro.

Zumbi dos Palmares

O líder dos negros no quilombo dos palmares, Zumbi dos Palmares, foi responsável por lutar contra a escravidão e morreu lutando pelos direitos do seu povo. O quilombo liderado por ele encontrava-se no estado de Alagoas e resistiu por cerca de 100 anos, abrigando entre 25 mil a 30 mil negros, segundo os dados da Fundação Cultural Palmares.

Foram através dos quilombos que os negros preservaram a sua cultura e também formaram a resistência contra o sistema de escravidão no período colonial. O líder que inspirou e ainda inspira a muito negros foi um herói contra o sistema que vigorava na época e representa um momento em que eles devem lutar e repensar sobre a identidade dos negros na sociedade brasileira.

Zumbi foi morto pelas tropas coloniais de Jorge Velho e foi assassinado em 20 de novembro de 1695. Após a sua morte, a abolição da escravatura só chegou ao Brasil em 1888.

A data é ponto facultativo e não um feriado obrigatório, portanto, cabe aos municípios e estados aderirem a data como feriado.

Nesse dia e em todo o mês de novembro várias atividades culturais são realizadas em comemoração a data como passeatas, oficinas, cursos, seminários, oficinas, etc. Além disso, entidades e instituições ligadas aos movimentos negros estimulam a população para comemorar a data.