Cultura Religiosa Slides

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"a religio se torna a alma da cultura. E que no h cultura viva, no h nao viva, sem cultura religiosa". Joo Paulo II

A Histria do LpisO menino olhava a av escrevendo uma carta. A

certa altura, perguntou: -Voc est escrevendo uma histria que aconteceu conosco, vov? E, por acaso, uma histria sobre mim? A av parou a carta, sorriu, e comentou com o neto: -Estou escrevendo sobre voc, verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, o lpis que estou usando. Gostaria que voc fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lpis, intrigado, e no viu nada de especial. -Mas ele igual a todos os lpis que vi em minha vida, vov!

A Histria do Lpis-Primeira qualidade: voc pode fazer grandes

coisas, mas no deve esquecer nunca que existe uma Mo que guia seus passos. Esta mo ns chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direo Sua vontade. -Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lpis sofra um pouco, mas, no final, ele est mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o faro ser uma pessoa melhor.

A Histria do Lpis-Terceira qualidade: o lpis sempre permite

que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos no necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justia. -Quarta qualidade: o que realmente importa no lpis no a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que est dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de voc. -Finalmente, a quinta qualidade do lpis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que voc fizer na

EU, ETIQUETA (Carlos Drumond de Andrade) Em minha cala est grudado um nomeque no meu de batismo ou de cartrio, um nome... estranho. Meu bluso traz lembrete de bebida que jamais pus na boca, nesta vida. Em minha camiseta, a marca de cigarro que no fumo, at hoje no fumei. Minhas meias falam de produto que nunca experimentei mas so comunicados a meus ps. Meu tnis proclama colorido de alguma coisa no provada por este provador de idade.

(Carlos Drumond de Andrade)minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xcara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabea at o bico dos sapatos, so mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordem de uso, abuso, reincidncia, costume, hbito, preemncia, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anncio itinerante, escravo da matria anunciada. Meu leno, meu relgio, meu chaveiro,

(Carlos Drumond de Andrade) doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, troc-la por mil, aambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos de mercado. Com que inocncia demito-me de ser eu que antes era e me sabia to diverso de outros, to mim-mesmo, ser pensante, sentinte e solitrio e bem vista exibo esta etiqueta global no corpo que desiste de ser veste e sandlia de uma essncia to viva, independente, que moda ou suborno algum compromete. Estou, estou na moda.

(Carlos Drumond de Andrade) Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher, minhas indiossicrasias to pessoais, to minhas que no rosto se espelhavam, e cada gesto, cada olhar, cada vinco de roupa resumia uma esttica?

(Carlos Drumond de Andrade)sou gravado de forma universal, asio de estamparia, no de casa, da vitrine me tiram, me recolocam, objeto pulsante mas objeto que se oferece como signo dos outros objetos estticos, tarifados. Por me ostentar assim, to orgulhoso de ser no eu, mas artigo industrial, peo que meu nome retifiquem. J no me convm o ttulo de homem, meu nome novo coisa. Eu sou a coisa, coisamente. Hoje sou costurado, sou tecido,

As dimenses do homem

Dimenso Psico Corporal - Soma - Psiqu - Pneuma Dimenso Psico Social - Os outros Dimenso Psico Transcendental - busca consciente / da plenitude, do infinito /da realizao/ o algo mais.

Universidade

Ora, para compreender at que ponto as prticas religiosas quaisquer que sejam esto contribuindo para a relao equilibrada do homem consigo mesmo, com o outro e com Deus, necessrio que se reflita criticamente. E mais: preciso desmistificar o fenmeno religioso na sociedade, de modo a superar antigas e retrgradas vises da prtica religiosa. Como tambm promover a sua re-criao, sempre mais sintonizada com a realidade do nosso tempo.

Universidade

As disciplinas que abordam tal temtica recebem nomes diversos, conforme a instituio: Teologia, Cultura Religiosa, Antropologia Filosfica, entre outros. O fato que parecem ter uma primeira preocupao comum: orientar o universitrio para a reflexo sobre Deus e sua relao com o ser humano. A seguir, vem a reflexo sobre a religio, conforme dito acima.

TEOLOGIA

Sem que se possa generalizar, os dados que possumos no nos autorizam a falar nem de monotesmo, nem de politesmo. Verifica-se uma simples transposio para o mundo do alto e do alm, das necessidades experimentadas na vida terrena. grande ruptura desse paralelismo cu - terra, que conferia ao monarca o papel de representante de Deus, teve lugar na manifestao religiosa propriamente monotesta, que caracteriza o fenmeno religioso judeu. O monotesmo hebraico um fenmeno religioso absolutamente original que se impe atravs de duas notas essenciais: Deus Senhor absoluto de todas as coisas e, nesse sentido, a religio , por natureza, universal. Tudo e todos esto totalmente

TEOLOGIA

No contexto desse fenmeno religioso maior, que o judasmo, se apresenta Jesus. Ele vem como filho de Deus, no porm na autoridade do inominvel, mas como um dos nossos, feito homem de carne e osso, nascido, como todos ns, de uma mulher. O monotesmo mantido, mas a religio ganha um novo centro, a relao interpessoal, pois o Filho, consubstancial ao Pai, se encarnou e se fez um de ns. O cristianismo abriu assim um novo captulo na histria religiosa da humanidade. O homem se realiza como homem e encontra um sentido para sua vida, na prtica da justia e da solidariedade, seguindo o

TEOLOGIA

O fato cristo relativizou a religio. A instituio e as prticas religiosas passam a ter como invariante e principal critrio, no tanto o reconhecimento de Deus, inscrito na componente religiosa do homem, mas o reconhecimento do outro e a prtica, na liberdade, da verdade, da justia e do amor, em sociedade. Sem cristianismo no haveria igreja nem, muito menos, pluralismo religioso. O Evangelho palavra de libertao, inclusive religiosa. Na expresso de Gauchet, o cristianismo a religio da superao da religio.

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? Esta pergunta tem sua origem, em torno do sculo VII a.C., na Grcia. Permanece no centro de todas as expresses culturais: mito, literatura, cincia, filosofia, poltica... o ser singular por ser o interlocutor de si mesmo. Ele o sujeito-objeto e abre-se ao mundo exterior... animal que fala, animal poltico... A filosofia, a partir do sculo V a.C., concentra-se sobre o homem, a fim de compreender sua verdadeira natureza. Conhece-te a ti mesmo o lema no portal do templo dedicado a Apolo, em Delfos. a mxima atribuda a um dos antigos sbios e que se tornou a base do pensamento de

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 1.1. A filosofia grega considerou o homem numa perspectiva cosmocntrica. Tomou o mundo como ponto de observao. Baseava-se no cosmos e inclua o homem nessa perspectiva e nela interpretava qualquer acontecimento histrico. Por isso a posio do homem permanece sempre incerta, subordinada. Ele no o senhor do universo, nem de sua histria. Autonomia, liberdade, so condenadas falncia, pois ele permanece preso s foras do destino, da natureza e da histria. A liberdade uma v aspirao de escapar s garras da morte para alcanar a eternidade. Inteligente, corajoso, forte, sagaz... o homem sente-se envolvido por potncias sobrenaturais mais fortes. o Prometeu

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 1.2. O Cristianismo apresenta uma concepo teolgica da tradio bblica com instrumentos conceptuais da filosofia grega. Coloca Deus no lugar do cosmos. Ele d fora e significado a todas as coisas. Dele que o homem/mulher tira sua imagem primeira, Nele que fixa o olhar como seu ltimo fim. Destacam-se as antropologias de Santo Agostinho (pecado, mal, liberdade, pessoa, autotranscendncia) e de Santo Toms (homem composto de alma e corpo, alma imortal).

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 1.3. Como incio da poca moderna, a pesquisa antropolgica abandona a impostao cosmocntrica dos filsofos gregos e a teocntrica dos autores cristos e se dirige para a impostao antropocntrica: o homem constitui o ponto de partida de onde se origina e, em torno do qual, fica, constantemente polarizada a pesquisa filosfica. Destacam-se Descartes, Espinosa, Comte..., at encontrar a expresso clssica nas clebres questes de Emanuel Kant: - O que posso saber? (teoria do conhecimento); - O que devo fazer? (teoria do tico); - O que permitido esperar? (filosofia da religio); - O que o homem? (antropologia filosfica).

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 1.4. Na poca contempornea: O homem/mulher uma realidade extremamente complexa, primeiramente na ordem das aes, do agir: conhece, estuda, escreve, fala, trabalha, joga, reza, ama, sofre, diverte-se, come, bebe, etc... Esta complexidade acentua-se ainda mais quando se passa do plano do agir para o do ser: quem este indivduo singular a que chamamos eu, que qualificamos como pessoa? Qual a essncia: quais os elementos constitutivos fundamentais? Qual sua origem primeira e o fim ltimo? O que disseram dele os grandes pensadores?

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? A crtica kantiana metafsica, os progressos da cincia, a emergncia da conscincia histrica e outros fatores deram uma reviravolta na investigao antropolgica abandona-se o terreno metafsico para outros terrenos: os da histria, da cincia, da fenomenologia, da religio, etc. De tal modo, obtm-se uma srie de novas imagens do homem, imagens que, frequentemente, suscitam grandes interesses, como os seguintes:

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? - Homem econmico (Marx); - Homem falvel (Ricoeur); - Homem instintivo (Freud); - Homem hermenutico (Gadamer); - Homem angustiado (Kierkegaard); - Homem problemtico (Marcel); - Homem utpico (Bloch); - Homem cultural (Gehlen); - Homem existencial (Heidegger); - Homem religioso (Luckman).

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? Todas estas definies mostram que, nos diferentes aspectos (tcnica, linguagem, jogo, cultura, religio, amor...), o homem/mulher est acima de todos os seres materiais que o circundam e cada um desses aspectos pode ajudar a entender quem o homem/mulher.

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 2. O homem/mulher na fenomenologia nas suas manifestaes 2.1. Um ser que tem corpo A primeira realidade que o homem/mulher manifesta o corpo perfeitssimo, no seu conjunto como partes, que nos deixa maravilhados e estupefatos. Um corpo, diferentemente dos animais, que est ainda em fase de estruturao. A pessoa humana chega a um poder capaz de manejar seu corpo, adestr-lo e torn-lo apto a realizar movimentos de uma perfeio admirvel. Ex.: o tocador de instrumentos musicais, os danarinos (as)...

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 2.1. Um ser que tem corpo2.2. Um ser que conhece e se conhece 2.3. Um ser livre que quer e ama

2.4. Um ser que fala 2.5. Um ser que vive em sociedade: um

ser em relao 2.6. Um ser culto 2.7. Um ser que diverte 2.8. Um ser religioso

ANTROPOLOGIA CRIST

1. O que homem/mulher? 3. O homem/mulher imagem de Deus 3.1. Homem/mulher: um ser sobrenatural 3.2. O homem/mulher pecador pecado original 3.3. Homem/mulher na graa de Cristo salvao universal 3.4. Consumao escatolgica

TRANSCENDNCIA

PRESENA DA RELIGIO EM TODA A CULTURA HUMANA No h registro em qualquer estudo por parte da Histria, Antropologia, Sociologia ou qualquer outra "cincia" social, de um grupamento humano em qualquer poca que no tenha professado algum tipo de crena religiosa. As religies so ento um fenmeno inerente a cultura humana, assim como as artes e tcnicas.

TRANSCENDNCIA

PRESENA DA RELIGIO EM TODA A CULTURA HUMANA Grande parte de todos os movimentos humanos significativos tiveram a religio como impulsor, diversas guerras, geralmente as mais terrveis, tiveram legitimao religiosa, estruturas sociais foram definidas com base em religies e grande parte do conhecimento cientfico, "filosfico" e artstico tiveram como vetores os grupos religiosos, que durante a maiorparte da histria da humanidade estiveram vinculados ao poder poltico e social.

TRANSCENDNCIA

PRESENA DA RELIGIO EM TODA A CULTURA HUMANA Hoje em dia, apesar de todo o avano cientfico, o fenmeno religioso sobrevive e cresce, desafiando previses que anteveram seu fim. A grande maioria da humanidade professa alguma crena religiosa direta ou indiretamente e a Religio continua a promover diversos movimentos humanos, e mantendo estatutos polticos e sociais. Tal como a Cincia, a Arte e a Filosofia, a Religio parte integrante e inseparvel da cultura humana, muito provavelmente

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES POCAS DE SURGIMENTO E PREDOMNIO. PANTESMO: As mais antigas, remontando a pr-histria onde tinham predominncia absoluta, e tambm presentes em muitos dos povos silvcolas das Amricas, frica e Oceania. POLITESMO: Surgem num estgio posterior de desenvolvimento social, tendo sido predominantes na Idade Antiga em todo o velho mundo, e mesmo nas civilizaes mais avanadas das Amricas prcolombianas. MONOTESMO: Mais recentes, surgindo a partir do ltimo milnio aC e predominando da Idade Mdia at a atualidade. ATESMO: Surgem a partir do sculo V aC, tendo vingado somente no Oriente e no Ocidente ressurgindo somente aps a renascena numa forma mais filosfica que religiosa. Neo PANTESMO: Embora possuam representantes em todos os perodos histricos, popularizam-se ou surgem a partir do sculo XVIII.

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES BASE LITERRIA PANTESMO: Prprias de culturas grafas, no possuem em geral qualquer forma de base escrita, sendo transmitidas por tradio oral. POLITESMO: Nas sociedades letradas possuem frequentemente registros literrios sobre seus mitos, e mesmo nas grafas possuem tradies icnicas mais elaboradas. MONOTESMO: Possuem Livros Sagrados definidos e que padronizam as formas de crena, servindo como referncia obrigatria e trazendo cdigos de leis. So tidos como detentores de verdades absolutas. ATESMO: Possuem textos bsicos de contedo predominantemente filosfico, no possuindo entretanto fora dogmtica arbitrria ainda que sendo tambm revelados por sbios ou seres iluminados. Neo PANTESMO: Seus textos so em geral filosficos, embora possuam mais fora doutrinria, no incorrendo porm em dogmas arbitrrios.

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES MITOLOGIA PANTESMO: Deus o prprio mundo, tudo est interligado num equilbrio ecossistmico e mstico. Cr-se em espritos e geralmente em reencarnao, comum tambm o culto aos antepassados. Procura-se manter a harmonia com a natureza, e o mundo comummente tido como eterno. POLITESMO: Diversos deuses criaram, regem e destroem o mundo. Se relacionam de forma tensa com os seres humanos, no raro hostil. As lendas dos deuses se assemelham a dramas humanos, havendo contos dos mais diversos tipos. MONOTESMO: Um Ser transcendente criou o mundo e o ser humano, h uma relao paternal entre criador e criaturas. Na maioria dos casos um semi-deus se rebela contra o criador trazendo males sobre todos os seres. Messias so enviados para conduzir os povos, profetiza-se um evento renovador violento no final dos tempos, onde a ordem ser restaurada pela divindade. ATESMO: O Universo uma emanao de um princpio primordial "vazio", um No-Ser. Cr-se na possibilidade de evoluo espiritual atravs de um trabalho ntimo, cr-se em diversos seres conscientes dos mais variados nveis, e geralmente em reencarnao. Neo PANTESMO: Acredita-se em geral no Monismo, um substncia nica que permeia todo o Universo num Ser nico. So em geral reencarnacionistas e evolutivas. A desatribuio de qualidades do Ser supremo por vezes as confunde com o Atesmo.

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES SMBOLOS PANTESMO: Utilizam no mximo totens e alguns outros fetiches, comum o uso de vegetais, ossos, ou animais vivos ou mortos. POLITESMO: Surgem os dolos zoo ou antropomrficos na forma de pinturas e esculturas em larga escala. A simbologia icnica se torna complexa em alguns casos resultando em formas de escrita ideogrfica. MONOTESMO: O Deus supremo geralmente no possui representao visual, mas os secundrios sim. Utilizam smbolos mais abstratos e de significados complexos. ATESMO: O No-Ser supremo no pode ser representado, mas h muitas retrataes dos seres iluminados. H vrios smbolos representativos da natureza e metafsica do Universo. Neo PANTESMO: Diversos smbolos e mitos de diversas outras religies so resgatados e reinterpretados, tambm no h representao especfica do Ser Supremo mas pode haver de outros seres

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES RITUAIS PANTESMO: Geralmente ligados a natureza e ocorrendo em contato com esta. comum o uso de infuses de ervas, danas, orculos e cerimnias ao ar livre. POLITESMO: Passam a surgir os templos, embora em geral no abandonem totalmente os rituais ao ar livre. Em muitos casos ocorrem os sacrifcios humanos, orculos e as feitiarias de controle ambiental. MONOTESMO: Geralmente restritas ao templos, as hierarquias ritualistas so mais rgidas, no h orculos pessoais mas sim profecias generalizadas com base no livro sagrado. No h rituais de controle ambiental. ATESMO: Embora ainda comuns nos templos so tambm frequentes fora destes. Desenvolvem-se tcnicas de concentrao, meditao e purificao mais especficas, baseadas antes de tudo no controle dos impulsos e emoes. Neo PANTESMO: Em geral baseados no uso de "energias" da natureza. No mais tm influncia nos processos civis, sendo restritos a curas, proteo contra ameaas fsicas e extrafsicas.

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES EXEMPLOS PANTESMO: Religies silvcolas, xamanismo, religies clticas, druidismo, amaznicas, indgenas norte americanas, africanas e etc. POLITESMO: Religio Grega, Egpcia, Xintosmo, Mitologia Nrdica, Religio Azteca, Maia etc. MONOTESMO: Bhramanismo, Zoroastrismo, Judasmo, Cristianismo, Islamismo, Sikhismo. ATESMO: Orientais: Taosmo, Confucionismo, Budismo, Jainismo. Ocidentais: Filosofias NeoPlantnicas, Atesmo Filosfico (No Religioso) Neo PANTESMO: Espiritsmo Kardecista*, Racionalismo Cristo, NeoGnosticismo, Teosofia, Wicca, "Esotricas", etc.

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES PANTESMO => Deus Tudo POLITESMO => Deus Plural MONOTESMO => Deus Um ATESMO => Deus Nada

TRANSCENDNCIA

TIPOS DE RELIGIES SMBOLOS O mantra sagrado "OM" ou "AUM" Hindu. Representa o "Som" primordial. A Roda do DHARMA budista, ou "Roda da Vida". O Tei-Gi do Taosmo. Simbolizando a interdependncia dos princpios universais Yin e Yang. A estrela de Davi. Um dos smbolos do Judasmo e do estado de Israel. A cruz do Cristianismo. Encruzilhada entre o material e o espiritual. A Lua e Estrela Muulmana, oriunda de um dos mais antigos estados a adotar o Isl. Nenhuma religio em especial mas algumas igrejas protestantes costumam usar um livro como smbolo.

O FENMENO RELIGIOSOFenmeno religioso e fundamento

religiosoExiste uma questo religiosa impertinente,

que aparece ao longo dos tempos e nas diferentes culturas religiosas.Trata-se de problemtica entre fenmeno

religioso e fundamento religioso: a experincia e a doutrina, o sentimento e a forma, a sensibilidade e a racionalidade, o emocional e a essncia.

O FENMENO RELIGIOSOFenmeno religioso e fundamento

religioso O fenmeno irrompe, espontaneamente, de forma instantnea e livre. O fenmeno aparece sem uma explicao aparente. uma manifestao da realidade sensvel e simblica. No uma expresso da estrutura, da hierarquia, do poder, da forma e da lgica. Portanto, o fenmeno no faz parte de uma reforma ou de uma proposta estratgica. O fenmeno no provocado, previsto, programado. Aparece por si mesmo, surpreendente, de dentro para fora, do sensvel para a forma, do espontneo para a organizao. O poder constitudo, num primeiro momento, indiferente, depois

O FENMENO RELIGIOSOFenmeno religioso e fundamento

religioso A prtica da religio a vivncia do cotidiano com Deus, com os mistrios de Deus, conforme a sua vontade e os seus desgnios. Pois o destino humano segue os passos e os desejos de Deus, desde que a pessoa humana se disponha a andar nos passos de Deus (Gn 33,12-14; SI 5,9). A experincia amorosa, afetiva e apaixonante de Deus valoriza e dignifica as relaes humanas a partir dos sentimentos de amor, solicitude, alegria, benevolncia, gratido e solidariedade.

O FENMENO RELIGIOSOFenmeno religioso e fundamento religioso Portanto, a prtica e a vivncia da religio no

significam competio, onde todos correm na mesma direo, conforme incentivos e prmios. A religio no se entende como debandada, onde cada um corre para um lado em busca de vantagens pessoais. E, tambm, no depredao, onde cada um tira proveito dos esplios. A religio uma experincia pessoal de f, que provoca converso. E uma vivncia comunitria da prtica celebrativa da f,que gera relaes fraternas e os desejos das bem-venturanas. Em conseqncia brotam do corao humano sentimentos de estupor, despojamento, gratido, alegria e jbilo. No corao humano Deus se estabelece e faz sua morada (Jo 14,23) e a graa permanece na f (Jo 15,4).

O FENMENO RELIGIOSOFenmeno religioso e fundamento

religioso Floresce o fenmeno religioso do surgimento de inmeras Igrejas crists independentes, das filosofias de vida de inspirao oriental e da renovao carismtica catlica. Os movimentos religiosos da virada do milnio acentuam o subjetivismo da f, o simplismo ritual, o simbolismo celebrativo. Destacam-se, tambm, o fundamentalismo, o biblismo, o intimismo, o fanatismo, o pantesmo e o sincretismo religioso. Por sua vez, a Igreja Catlica garante com as culturas, com as religies, com a cincia e com a razo. A Encclica Fides etratio (1998) de Joo Paulo II torna- se um documento central para a

O FENMENO RELIGIOSOFenmeno religioso e fundamento

religioso O fenmeno religioso irrompe e aparece de forma espontnea e instantnea. E pode desaparecer sem deixar marcas. Faz-se necessrio o fundamento para dar consistncia f e prtica da f, a inteligncia cordis, conforme Duns Scotus: o fundamento do corao (f, graa e inteno) e o fundamento da razo (argumento, doutrina e convencimento). Na virada do milnio, atesta-se, particularmente, a questo impertinente: a multiplicao do fenmeno religioso em muitas vias e a busca do

TIPOS DE CONSCINCIAEssa capacidade do ser humano compreender

(ou conceber) a realidade se d de diferentes maneiras. Para nossa reflexo, escolhemos 3 delas. Na realidade, elas co-existem na vida de qualquer ser humano, no so absolutas, mas se alternam na experincia de cada homem e mulher. A distino que fazemos aqui didtica.

Vejamos:

TIPOS DE CONSCINCIAConscincia Mtica (ou Mgica) A realidade j est, desde o

sempre, determinada; o homem nada pode fazer para alter-la, uma vez que no s no percebe as causas verdadeiras para os acontecimentos, como se conforma com explicaes mticas (ou mgicas). Por exemplo: Deus quis assim...; o destino.. etc. As pessoas que esto dominadas pela conscincia mtica permanecem alienadas da realidade, resignando-se diante dela e se justificando a partir de alternativas fatalistas ou do acaso.

TIPOS DE CONSCINCIAConscincia Ingnua O ser humano vive a iluso de participar e

determinar a sua prpria realidade, quando, na verdade, levado pela correnteza (sua palavra reflexo do que j foi dito e seus gestos so repeties dos gestos dos outros), justificando-se com argumentos, como por exemplo, todo mundo faz assim, O ingnuo (que aqui nada tem a ver com o puro) consegue, no mximo, falar, justificar uma situao nas costas dos outros. , na prtica, um inerte, passivo, acreditando ser crtico da realidade (acaba sendo reacionrio e no percebe que quem faz a histria so todos os homens). Sua ingenuidade diante da realidade se d tambm pelo fato de

TIPOS DE CONSCINCIAConscincia Crtica

o tipo ideal de conscincia. Mas, ateno!

Temos a impresso (quando no, a convico) de que somos crticos porque damos opinio a respeito de tudo, de todos (inclusive, muitas vezes, de forma precipitada e exclusivamente negativa). Na realidade, assim, corremos o risco de rotular a conscincia crtica como algo destrutivo. E no . Muito pelo contrrio.

TIPOS DE CONSCINCIAConscincia Crtica Para nos Livrarmos

definitivamente dessa convico errnea, precisamos saber qual o objetivo da crtica. Vejamos algumas possibilidades: a) ser instrumento de superao de ideologia (uma maneira viciada, deturpada, totalmente condicionada de compreender a realidade), o que significa que nos permite ver a realidade claramente e no vesgamente; b) detectar os problemas, planos, realizaes, resultados etc; c) til tambm autocrtica, pois no existe conscincia neutra; d) no sermos enganados nem levados por essa ou aquela onda; e) mostrar que nem tudo vai bem como se pensa; f) necessria para que ns no nos acomodemos

TIPOS DE CONSCINCIA Conscincia Crtica A partir da no difcil definir as principais caractersticas

da pessoa que possui conscincia crtica. Esta: a) sabe que o mundo no est pronto, mas que necessita sempre de alguma transformao; b) descobre que o mundo est cheio de contradies; c) denuncia essas contradies; d) reflete a sua realidade, planeja o que vai fazer, analisa as causas e conseqncias, revendo freqentemente suas aes; e) percebe que os acontecimentos no tm sentido por si mesmos, mas que quem d sentido s coisas o prprio homem; f) encontra sadas para os problemas levantados (possui uma ao, uma prxis); g) sente-se responsvel por si mesmo e pela histria de toda a humanidade e, especialmente, pela realidade que o cerca mais diretamente; h) busca modificar sua cultura, as formas de conviver, as relaes poltico-econmicas, no apenas com palavras, mas tambm com atitudes.

1)Relacione o poema Eu, etiqueta

de Carlos Drumond de Andrade com Cultura Religiosa. 2)Na expresso de Gauchet, o cristianismo a religio da superao da religio. O que Gauchet quis dizer? Interprete. 3)Qual a finalidade da Cultura Religiosa como disciplina universitria? 4)Quais os outros sinnimos para Cultura Religiosa? 5)O que o homem/mulher na perspectiva judaicocrist? 6)Comente a relao entre fenmeno religioso e fundamento doutrinrio. 7)Acerca da trplice dimenso humana, o que cultural e o que religioso? 8)Distinguir religiosidade de cultura religiosa.

QUESTIONRIO