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Fevereiro de 2013 CURRÍCULO EM MOVIMENTO QUARTO CICLO Ensino Médio Semestralidade SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL Livro 5 Versão para Validação

CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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Caderno 5 do Currículo do EM - texto para validação - SEEDF

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Page 1: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

Fevereiro de 2013

CURRÍCULO EM MOVIMENTOQUARTO CICLO

Ensino MédioSemestralidade

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

Livro 5

Versão para Validação

Page 2: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

Governador do Distrito FederalAgnelo Queiroz

Secretário de EducaçãoDenilson Bento da Costa

Secretária Adjunta de EducaçãoMaria Luiza Fonseca do Valle

Subsecretária de Educação BásicaSandra Zita Silva Tiné

Colaboradores:

Adriana Aparecida Barbosa Ramos Matos, Adriana Helena Teixeira, Adriana Tosta Mendes, Aldeneide Dos Santos Rocha, Alexandra Pereira Da Silva, Alexandre Viana Araujo Da Silva, Aline de Menezes, Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro, Amanda MidôriAmano, Ana José Marques, Ana julia E. Heringer Salles, Ana Lucia F. de Brito, Ana Maria de Lima Fagundes, Ana Paola Nunes Oliveira Lima, Ana Paula Santos de Oliveira, Anderson de F. Matias, André Lucio Bento, André Wangles de Araújo, Andrei Braga da Silva, Andréia Costa Tavares, Anna Izabel Costa Barbosa, Antônia Lima Cardoso, Antonio Carlos De Sousa, Antônio Eustáquio Ribeiro, Ari Luiz Alves Paes,Ariomar da Luz Nogueira Filho, Arlene Alves Dutra, Avelina Pereira Neves, Carla Ramires Lopes Cabaleira,Carlos Alberto Mateus da Silva, Carlos Dos Santos Escórcio Gomes, Carmen Silvia Batista, Cassia De Oliveira Hiragi, Cátia Cândido da Silva, Cátia De Queiroz Domingues, Célia Aparecida Faria Almeida, César Alexandre Carvalho, Cícero Lopes de Carvalho Neto, Cília Cardoso Rodrigues da Silva, Cira Reis Araujo De Sousa, Claudia De Oliveira Souza, Cleide de Souza M. Varella, Cleonice Martins dos Reis, Cristiane Alves de Assis, Cristiano de Sousa Calisto, Daniel Ferraz, Daniel Policarpo S. Barbosa, Deborah Christina de Mendonça Oliveira, Deborah Moema Campos Ribeiro, Denise Formiga M. de Castro, Denise Marra de Moraes, Dhara Cristiane de Souza Rodrigues, Edileuza Fernandes da Silva, Edna Rodrigues Barroso, Ednéa Sanches, Edvan Vieira Das Virgens, Elaine Eloisa De Almeida Franco, Elayne Carvalho da Silva, Elna Dias, Elson Queiroz De Oliveira Brito, Elzimar Evangelista, Emilia Helena Brasileiro Souza Silva, Érica Soares Martins Queiroz, Erika Goulart Araújo, Ester Shiraishi, Eudócia Correia Moura, Eugênia Medeiros,EvandirAntonioPettenon, Fani Costa De Abreu, Francisca das Chagas A. Franco, Francisco Augusto Rodrigues De Mattos, Frederico Dos Santos Viana, Geovane Barbosa de Miranda, Gilda Das Graças E Silva, Gilda Ferreira Costa, Gilmar Ribeiro de Souza, Giovanna Amaral da Silveira, Gisele Lopes Dos Santos, Gisele Rocha do Nascimento, Gleidson Sousa Arruda, Goreth Aparecida P. da Silva, Helen Matsunaga, Helenilda Maria Lagares, Hélia Cristina Sousa Giannetti, Helio Francisco Mendes, Hiram Santos Machado, Idelvania Oliveira, Ildete Batista do Carmo, Ilma Maria FilizolaSalmito, Iracema Da Silva De Castro, Irair Paes Landin, Irani Maria Da Silva, Iris Almeida dos Santos, Isla Sousa Castellar,Ivanise dos Reis Chagas , Jailson Soares Barbosa, James Oliveira Sousa, Jamile Baccoli Dantas, Jane Leite dos Anjos, Janilene Lima da Cunha, Jaqueline Fernandes, Jardelia Moreira Dos Santos, JeovanyMachoado dos Anjos, João Carlos Dias Ferreira, João Felipe de Souza, Joaquim V. M. Barbosa, Jorge Alves Monteiro, Jose Batista Castanheira De Melo, José Norberto Calixto, Jose Pereira Ribeiro, Jose Wellington Santos Machado, Julia Cristina Coelho, Juliana

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Alves De Araújo Bottechia, Juliana Ruas de Menezes, Júlio César Ferreira Campus, Kátia Franca Vasconcellos, Kátia Leite Ramos, Laércio Queiroz da Silva, LatifeNemetala Gomes, Laurice Aparecida Pereira Da Silva, Leila D’Arc de Souza, Lídia Danielle S. de Carvalho, Ligia Da Silva Almeida Melo, Liliani Pires Garcia, Lucélia de Almeida Silva, Luciano da Silva Menezes, Lúcio Flávio Barbosa, Lucy Mary Antunes dos Santos, Luiz Carlos Pereira Marinho, Luzia Inacio Dias, , Luzia Oliveira do Nascimento, Maicon Lopes Mesquita, Maira I. T. Sousa, Manoel Alves da Silva, Marcelo L. Bittencourt, Márcia Andréia B. Ramos, Márcia de Camargo Reis, Márcia Forechi Crispim, Marcia Lucindo Lages, Márcia Santos Gonçalves Coelho, Márcio Antônio Sousa da Silva, Marcio Mello Nóbrega Soares, Marcio Melo Freitas, Marcos Antonio da Silva, Margarete Lopes dos Santos, Maria Aparecida Sousa, Maria Cristina Dollabela, Maria da Glória da Mota, Maria do Rosario Rocha Caxanga, Maria Goreth Andrade Dizeró, Maria Irene Barros, Maria Ireneuda de Souza Nogueira, Maria Juvanete Ferreira da Cunha Pereira, Maria Luiza Dias Ramalho, Maria Rosane Soares Campelo, Mario Bispo Dos Santos, Mário Sérgio Ferrari, Marta Carvalho de Noronha Pacheco, Matheus Ferreira, Maura da Aparecida Leles, Maxwendel Pereira De Souza, Michelle Abreu Furtado, Milton Soares da Silva, Miriam Carmem Magalhaes Miranda, Moacir Natercio F. Júnior, Nádia Maria Rodrigues, Nair Cristina da Silva Tuboiti, Natalia de Souza Duarte, Neide Rodrigues de Sousa, Neide Silva Rafael Ferreira, Nelly Rose Nery Junquilho, Nilson Assunção de Araújo, Nilson Couto Magalhaes, Nilva Maria Pignata Curado, Norma Lúcia Neris de Queiros, Odaiza Cordeiro de Lima, Olga Freitas, Oraniel de Souza Galvão, Pablo Da Silva Sousa, PatriaLiliande Castro Rodrigues, Patrícia Carneiro Moura, Patricia Coelho Rodrigues, Patrícia Nunes de Kaiser, Paula Miranda de Amaral, Paulo Cesar Dos Anjos, Paulo Cesar Rocha Ribeiro, Paulo Henrique Ferreira da Silva, Paulo Ricardo Menezes, Pedro Alves Lopes, Pedro Anacio Camarano, Pedro de O. Silva, Plínio José Leite de Andrade, Porfirio Magalhães Sousa, Priscila Poliane de S. Faleirom, Rafael Batista de Sousa, Rafael Dantas de Carvalho, Rafael Urzedo Pinto, Raimundo Reivaldo de Paiva Dutra, RaniereR. Silva de Aguiar, Raquel Vila Nova Lins, Regeane Matos Nascimento, Regina Aparecida Reis Baldini de Figueiredo, Regina Lúcia Pereira Delgado, Reinaldo Vicentini Júnior, Rejane Oliveira dos Santos, Remísia F T De Aguiar, Renata Alves Saraiva de Lima, Renata CallaçaGadioli dos Santos, Renata Nogueira da Silva, Renata Parreira Peixoto, Renato Domingos Bertolino, Rinaldo Alves Almeida, Rober Carlos Barbosa Duarte, Roberto de Lima, Robison Luiz Alves de Lima, Roger Pena de Lima, Rosália Policarpo Fagundes de Carvalho, Rosana Cesar de Arruda Fernandes, Rosangela Delphino, Rosangela Toledo Patay, RosembergHolz, Samuel WvildeDionisio de Moraes, Sara dos Santos Correia, Sérgia Mara Bezerra, Sergio Bemfica da Silva, Sérgio Luiz Antunes Neto Carreira, Shirley Vasconcelos Piedade, Sônia Ferreira de Oliveira, Surama Aparecida de Melo Castro, Susana Moreia Lima, Tadeu Maia, Tania Cristina Ribeiro de Vasconcelos,Tadeu Queiroz Maia, Tania Lagares de Moraes, Telma Litwinuzik, Urânia Flores, Valeria Lopes Barbosa, Vanda Afonso Barbosa Ribeiro, Vanessa Ribeiro Soares, Vania Elisabeth AndrinoBacellar, Vânia Lúcia C. A. Souza, Vasco Ferreira, Verinez Carlota Ferreira, Veronica Antonia de Oliveira Rufino, Vinicius Ricardo de Souza Lima, Viviany Lucas Pinheiro, Wagner de Faria Santana, Wando Olímpio de Souza, Wanessa de Castro, Washington Luiz S Carvalho, Wédina Maria Barreto Pereira, Welington Barbosa Sampaio, Wellington Tito de Souza Dutra, Wilian Gratão.

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Proposta de validação do currículo em movimento

Esse Currículo em Movimento intenta enfrentar as fragilidades que as escolas públicas do Distrito Federal vêm apresentando. Procura, especialmente, romper com as barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais que segregam unidades escolares e distorcem as possibilidades de aprendizagem dos estudantes.

A construção do Currículo em Movimento iniciou-se em 2011, nas unidades escolares das quatorze Coordenações Regionais de Ensino, com a análise das potencialidades e fragilidades do Currículo Experimental. Essas e outras análises foram debatidas em sete Plenárias Regionalizadas ainda no ano de 2011. As sugestões foram sistematizadas e serviram de base para o Projeto Político Pedagógico Carlos Mota, lançado no primeiro semestre em 2012, e para essa versão do Currículo, construída coletivamente por professores e professoras dessa casa. Esse processo ajudou a ampliar a compreensão sobre os caminhos a serem percorridos na educação pública do Distrito Federal.

Também em 2012, foram realizadas eleições diretas para Diretores e Conselhos Escolares e instituído o Fórum de Educação do Distrito Federal, previstos na Lei 4.751 de 2012 – Lei da Gestão Democrática. Assim, em um processo de reformulação da dinâmica da gestão da educação e defendendo os princípios da cidadania, da diversidade, da aprendizagem e da sustentabilidade humana, o Currículo em Movimento passa agora por um processo de socialização e validação democrática pela Comunidade Escolar.

Com intenção de assegurar voz e vez a cada integrante de nossa comunidade escolar, convidamos todos e todas para participarem do processo de validação do Currículo em Movimento. Para organização do trabalho, sugerimos o seguinte roteiro:

1) Validação do Currículo em Movimento pela Comunidade das Unidades Escolares:

a. Período – fevereiro e março.b. Estratégia - A comunidade escolar estudará o Currículo em Movimento de

sua etapa/modalidade. Após as discussões a escola faz seus apontamentos de supressão, acréscimo e alteração e elege seus representantes por etapa/modalidade para validação Regional.

2) Validação do Currículo em Movimento nas Coordenações Regionais de Ensino:a. Período – abril e maio.b. Estratégia – Os representantes das unidades escolares, em plenárias Regionais,

a partir de sistematização prévia das sugestões das escolas, formulam sua proposta Regional.

3) Validação Distrital do Currículo em Movimento: a. Período – junho.b. Estratégia – Em Conferência própria, o Currículo em Movimento será validado

e publicado, permitindo a toda a comunidade escolar do Distrito Federal conhecimentos e metodologias significativas e identitárias de nossa política educacional.

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SumárioIntrodução ........................................................................................................................ 7

Perfil dos estudantes ...............................................................................................8

Diversidade dos professores ................................................................................... 9

Organização do trabalho pedagógico ...................................................................... 9

Objetivo Geral ....................................................................................................... 13

Objetivos Específicos .............................................................................................13

Marco legal ........................................................................................................... 14

Perfil dos estudantes do ensino médio ................................................................. 17

Nessa perspectiva histórico-cultural, continua o autor, ........................................18

Organização do tempo e espaço da escola: a semestralidade ..............................18

Processo de Avaliação da Aprendizagem e Estratégia de Recuperação ................20

Registro de notas .................................................................................................. 22

A construção de uma sociedade multiletrada: linguagens e culturas no

Ensino Médio ....................................................................................................... 22

A pedagogia dos multiletramentos na construção de uma escola pública

contemporânea ..................................................................................................... 23

As áreas do conhecimento do Ensino Médio e as dimensões curriculares ...........25

Área de Linguagens ...............................................................................................27

Área de Ciências da Natureza ............................................................................... 28

Área de Matemática .............................................................................................28

Área de Ciências Humanas ................................................................................... 29

Organização e abordagem dos conteúdos ............................................................ 38

Orientações para a abordagem da Língua Estrangeira Moderna - LEM ................56

Orientações para a abordagem do Ensino Religioso .............................................58

Considerações Finais ...................................................................................................... 62

Referências ..................................................................................................................... 65

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Apresentação

A Secretaria de Educação do Distrito Federal, por meio da Coordenação de Ensino

Médio/Subsecretaria de Educação Básica, vem no ano de 2013 atender ao pleito coletivo

de jovens estudantes de ensino médio e de professores dessa etapa de ensino.

Ao longo dos dois primeiros anos da gestão do Governo, iniciado em 2011,

esses dois grupos de atores que constroem a escola indicaram, durante as plenárias

de reestruturação curricular, possíveis pontos de melhoria do processo de ensino-

aprendizagem. Entre eles: acúmulo grande de disciplinas para estudar, número

enorme de estudantes, turmas e diários para os professores, conteúdos simultâneos,

pouca aproximação entre professores e jovens estudantes devido ao escasso tempo

disponibilizado, dificuldade de reconhecer as falhas no processo de ensino-aprendizagem

individualizado, em razão do número excessivo dos estudantes.

Outros pontos também foram apresentados, mas o que mais se destacou foi a

necessidade de reestruturação curricular, inicialmente, pelo tempo dedicado ao conteúdo

e ao estudante. Houve pontualmente a sugestão da organização dos componentes

curriculares em uma nova forma, também permitida pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, em seu Artigo 23, quando expressa queA educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar (LDBEN, 1996, 5ªed.).

Desta forma, a Coordenação de Ensino Médio iniciou a discussão e organização do

processo semestral de ensino, no ensino médio da Rede Pública de Ensino. Não se trata

de algo novo, no Brasil ou em Brasília, A primeira vez que isto ocorreu foi em 1997, em

11(onze) escolas do turno noturno, e o resultado foi uma drástica redução na repetência

e na evasão, sem reduzir a qualidade do processo de aprendizagem, posto que, nesse

período, houve um impressionante aumento nos índices de aprovação. Percebeu-se à

época que, com o quantitativo de disciplinas ensinadas ao mesmo tempo e em uma

organização anual, os estudantes não conseguiam conciliar trabalho, escola e família.

Sabe-se, no entanto, que para um bom aproveitamento do trabalho escolar é

de grande importância o trabalho coletivo dos educadores em espaços qualificados da

coordenação pedagógica, do acompanhamento pedagógico e sistematizado da equipe

de coordenadores das instâncias centrais, intermediárias e locais, apoiando a escola,

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além de uma formação continuada consistente dos professores, envolvendo a teoria e

a prática de uma proposta de ensino que fuja à tradicional e já comprovada prática que

vem sendo utilizada.

Este documento pretende disponibilizar as orientações básicas para a

implementação da reestruturação curricular do Ensino Médio, tendo na semestralidade

a proposta de reorganização do tempo e espaço pedagógicos. Ele foi elaborado com

a participação de representantes de 28 escolas de Ensino Médio do Distrito Federal,

de gestores e coordenadores pedagógicos de todas as 14 Coordenações Regionais

de Ensino do Núcleo de Ensino Médio, EJA e Educação Profissional da Escola de

Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação e da Equipe da Coordenação de Ensino

Médio/SUBEB/SEEDF.

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AnotaçõesIntrodução

A proposta curricular para Ensino Médio que ora se

apresenta integra o processo de reestruturação curricular da rede

pública de ensino do Distrito Federal. É importante destacar que

o Ensino Médio está sendo redefinido desde a instância nacional,

a partir das Diretrizes Nacionais da Educação Básica – DCNEB

(Resolução nº 04 de julho de 2010), das Diretrizes Curriculares

Nacionais do Ensino Médio – DCNEM, aprovadas pelo Conselho

Nacional de Educação – CNE (Resolução CNE/CEB 2/2012), além da

implantação do Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI, desde

2009, pelo Ministério da Educação, ao qual a Secretaria de Estado

de Educação do Distrito Federal aderiu e vem ampliando o número

de escolas participantes. Seu Documento Orientador apresenta

como estratégia Induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio [...] fomentando propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível e compatível com as exigências da sociedade contemporânea.

O objetivo do MEC é que os sistemas de ensino e as unidades

escolares, a partir dos projetos de reestruturação curricular

fomentados pelo ProEMI, possam elaborar suas propostas

curriculares, tendo incorporado os projetos aos Projetos político-

pedagógicos.

Na esfera local, a partir de 2007, iniciou-se um processo

de reformulação curricular, sendo que em 2010 foi implantada

uma proposta curricular, em versão experimental e, ao longo do

mesmo ano, foi realizada uma Conferência de Educação, cujas

resoluções também apontavam para mudanças curriculares na

rede pública.

Esse “Currículo Experimental” colocou o letramento

como um de seus eixos. Para Tfouni (1988), letramento são as

consequências sociais e históricas da introdução da escrita na

sociedade. Para Kleiman (1995), letramento é apenas um dos

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componentes desse fenômeno ao qual acrescenta outros, como as práticas sociais de leitura

e escrita, e os eventos em que elas ocorrem. O que fica evidente: as práticas sociais de leitura

e escrita irão conduzir o estudante para além da alfabetização. Soares (1999) contribui com a

mesma posição ao salientar que letramento é o estado ou condição de indivíduos ou de grupos

sociais de sociedades letradas que exercem efetivamente as práticas sociais de leitura e escrita e

participam competentemente de eventos de letramento.

No decorrer do primeiro semestre de 2011, iniciou-se um debate sobre as fragilidades

e potencialidades do Currículo Experimental. No início do segundo semestre, foi encaminhado

para todas as escolas um conjunto de textos para subsidiar a discussão sobre a reestruturação do

currículo, para, em seguida, levar as questões levantadas para as plenárias que se realizaram entre

agosto e novembro desse ano. As teorias críticas e pós-críticas constituíram-se no referencial

teórico para a definição da concepção do currículo a ser reestruturado.

Em todos esses movimentos, o que ficou evidente foi a necessidade de se estabelecer

uma nova “cara” para o Ensino Médio ou, por assim dizer, sua identidade, que contemplasse

a diversidade dos professores, dos estudantes jovens e adultos contemporâneos, mas que,

ao mesmo tempo, desenvolvesse a perspectiva da cidadania visando à emancipação desses

estudantes.

Estes foram os temas recorrentes, observados em todas as plenárias realizadas no

segundo semestre de 2012, com significativa participação dos professores, seja no coletivo ou

como representantes de suas instituições educacionais, nos debates dos grupos de trabalho nas

plenárias. Os princípios da educação em direitos humanos e a sustentabilidade, em consonância

com as DCNEM, balizaram as discussões.

As plenárias foram divididas em dois momentos: o primeiro, com palestras apresentando

os eixos estruturantes do currículo e o segundo, com a formação de grupo de trabalhos temáticos.

Os Grupos de Trabalho contaram com a participação dos professores representantes das escolas,

que trouxeram as contribuições das discussões realizadas pelos coletivos de suas escolas, além

dos integrantes de setores das Coordenações Regionais de Ensino – CRE e das Coordenações da

Subsecretaria de Educação Básica – SUBEB.

Entre as diversas proposições apontadas pelas plenárias, destacamos aqui aquelas que

contribuíram para a definição da proposta curricular que se apresenta. São elas:

Perfil dos estudantes

• Nossos alunos de hoje não são como os de dez anos atrás: são digitais, enquanto os

professores são analógicos. São sujeitos diversos e de diversos interesses. Com muito

acesso à informação, porém, sem maturidade para gerenciar a informação obtida para

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Anotaçõestransformar em conhecimento.

• São diversificados em relação à situação socioeconômica,

cultural, religiosa. São críticos e observam todo o

processo de aprendizagem.

• São seres plurais, que pensam e agem diferentemente... É

preciso pensar em como trabalhar com essa pluralidade,

com identidade em construção, envolvida em drogas...

Jovens que morrem cedo, com gravidez precoce, com

liberdade assistida... Sujeitos críticos, dinâmicos, ativos

e participativos, com acesso à internet. Estudantes

trabalhadores, carentes de afeto.

Diversidade dos professores

• Os professores são diversificados no que diz respeito

à religião, cultura, política, formação e concepção da

prática docente, sendo mais resistentes a novos métodos

de ensino, à tecnologia, às mudanças curriculares...

• Os professores priorizam aspectos individuais ao invés

dos coletivos.

• Deve haver uma redução do conteúdo programático e da

carga de regência dos professores.

• São profissionais que necessitam de formação continuada,

melhores condições de trabalho e reconhecimento

profissional. São indivíduos de que queremos corrigir as

falhas históricas.

• São professores abertos a uma nova mudança.

• São professores que necessitam de formação continuada.

• São professores despreparados para lidar com as

diversidades, incluindo os ANEE.

• São professores heterogêneos em suas concepções

políticas e pedagógicas.

Organização do trabalho pedagógico

• Descentralizar a formação continuada dos professores

para as DREs e para as próprias escolas com certificação

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pela EAPE.

• Repensar tempo e espaço para o ensino médio, como, por exemplo, transformá-lo em

curso semestral.

• Continuar a discussão de currículo em fóruns virtuais.

• Preocupar-se com a repetência e evasão e, neste sentido, é preciso discutir espaço,

tempo, recursos e metodologias para ao Ensino Médio.

• Preocupar-se com uma concepção crítica e pós-crítica, pois o que existe é a cultura da

prática docente tradicional.

• Ter um currículo novo, flexível, persuasivo.

• Rever a questão do excesso de disciplinas.

• Trabalhar por meio de outras linguagens.

• Verificar a questão da semestralidade e da redução de disciplinas.

• Utilizar a coordenação pedagógica para oferecer cursos de formação continuada.

• Revitalizar o Ensino Regular Noturno.

• Valorizar a construção do Projeto Político-pedagógico na escola com participação de

todos os segmentos que englobam a instituição de ensino.

• Cobrar os resultados previstos neste projeto.

Este breve histórico demonstra uma convergência de intenções e interesses. Por um lado,

a SEEDF, propondo e organizando o debate acerca da reestruturação curricular e, por outro, os

professores manifestando, a partir de seu ponto de vista, a necessidade de uma mudança não só

curricular, mas também nas condições de trabalho.

Somando-se a esse movimento, que deixa clara a inquietação e o interesse dos professores

por mudanças no Ensino Médio, outra referência tão importante quanto são os indicadores de

desempenho dessa etapa da educação. O cenário nacional mostra redução das matrículas e

aumento dos índices de reprovação e evasão que influenciam no baixo resultado do Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB.

Fato semelhante aconteceu no período entre 1995 e 1998, quando a Fundação

Educacional, por meio do Departamento de Pedagogia e a Direção de Ensino Médio, diante de

indicadores negativos da educação pública do DF, estendeu a implantação da proposta da Escola

Candanga – uma lição de cidadania ao Ensino Regular Noturno. A partir de então, ocorreu uma

série de debates, seminários e encontros, até a formulação da proposta da semestralidade, cujos

resultados podem ser observados nas tabelas abaixo, extraídas do documento Avaliação do

Projeto Pedagógico Ensino Regular Noturno na Escola Candanga:

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AnotaçõesTabela 1

Tabela 2

Os dados mostram a evolução positiva dos indicadores

educacionais: redução acentuada nos índices de evasão e aumento

significativo nos índices de aprovação. A melhoria da qualidade da

educação evidenciada quando da implantação da semestralidade,

entre os anos de 1997 e 1998, motivou a SEEDF a rediscutir a

proposta, fazer o debate com vistas à promoção das adaptações

necessárias para o contexto atual e, finalmente, transformar em

uma proposta curricular para toda a rede de ensino, incluindo o

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turno diurno. Cabe ressaltar que, em 1999, não houve continuidade dessa proposta curricular.

Com a mudança de governo, outras políticas educacionais foram implantadas.

Além da experiência do Distrito Federal, outras unidades da federação também

implantaram a semestralidade, como os estados do Paraná, Goiás, Ceará e Rio Grande do Norte.

O Ministério da Educação está promovendo um debate nacional sobre a reformulação curricular

do Ensino Médio e a semestralidade tem-se apresentado como um dos grandes temas.

O Ensino Médio do Distrito Federal, em 2011, teve um índice de reprovação da ordem de

22,89%, o que significou o terceiro maior índice de reprovação entre as redes estaduais de todo o

Brasil. Essa taxa de reprovação fez com que nosso IDEB não alcançasse a meta estabelecida em 2009,

de 3,4, ficando com o índice de 3,3. As médias do ENEM/2011 das unidades escolares públicas do

DF que o INEP divulgou, também apresentaram uma queda no rendimento de nossos estudantes.

As tabelas abaixo apresentam os índices de aprovação, reprovação e abandono dos

estudantes da rede pública, no período compreendido entre 2007 e 2011. A evolução desses

índices ao longo desse período demonstra claramente que está ocorrendo uma diminuição dos

índices de aprovação e, como consequência, o aumento dos índices de reprovação e de abandono

dos estudantes.

Tabela 3 – Série histórica do índice de Aprovação no período 2007- 2011ANO 2007 2008 2009 2010 2011

TURNO Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno

Sem Dependência 449,36 47,55 662,07 558,57 55,07 553,17 553,54 44,14 551,97 339,42

ComDependência 117,44 58,94 117,43 77,27 117,00 88,66 116,68 88,99 117,09 9,33

Fonte: Censo escolar / 2012 – SEDF

Tabela 4 – Série histórica dos índices de Reprovação e Abandono no período 2007-2011ANO 2007 2008 2009 2010 2011

TURNO Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno

Reprovação 225,26 22,23 15,50 115,83 119,67 113,25 221,09 18,12 222,58 224,77

Abandono 66,63 221,50 44,99 118,34 88,26 224,89 77,58 228,27 77,23 25,90Fonte: Censo escolar /2012 – SEDF

Assim temos que, para além do desejo e interesse evidenciados, existe a necessidade

urgente de promover melhorias no Ensino Médio. É nesse contexto que a SEEDF apresenta

esta proposta de reestruturação curricular, tendo como eixos estruturantes a Diversidade, a

Cidadania, a Sustentabilidade e as Aprendizagens. Os eixos integradores especificamente para o

Page 15: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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AnotaçõesEnsino Médio são a Ciência, a Tecnologia, a Cultura e o Mundo do

Trabalho.

A concepção de currículo que fundamenta a elaboração

dessa proposta é baseada nas teorias críticas e pós-críticas do

currículo que, de acordo com Tomaz Tadeu da Silva, As teorias críticas de currículo, ao deslocarem a ênfase dos conceitos simplesmente pedagógicos de ensino e aprendizagem para os conceitos de ideologia e poder, por exemplo, nos permitiram ver a educação de uma nova perspectiva. Da mesma forma, ao enfatizarem o conceito de discurso em vez do conceito de ideologia, as teorias pós-críticas de currículo efetuaram outro importante deslocamento na nossa maneira de conceber o currículo (SILVA, 1999, p.17).

Segundo o autor, os conceitos enfatizados por essas duas

categorias de teoria de currículo seriam para as teorias críticas:

ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social,

capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, currículo

oculto, resistência, emancipação e libertação; para as teorias

pós-críticas: identidade, alteridade, diferença, subjetividade,

representação, cultura, gênero raça, etnia, sexualidade,

multiculturalismo, significação e discurso (SILVA, 1999, p.17).

A fundamentação teórico-metodológica e as propostas de

organização do trabalho pedagógico e abordagem do conhecimento

serão explicitadas ao longo deste documento, quando da

apresentação da matriz de objetos de conhecimento.

Objetivo Geral

Promover a reestruturação curricular do Ensino Médio

da rede pública do Distrito Federal, por meio da reorganização

do espaço/tempo e da proposição de estratégias metodológicas

que favoreçam a efetividade dos processos pedagógicos, ou

seja, do processo de ensino-aprendizagem, da prática docente

e das relações professor/estudante, com vistas à melhoria dos

indicadores educacionais.

Objetivos Específicos

• Melhorar as condições pedagógicas por meio da

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reorganização do tempo/espaço do cotidiano escolar.

• Reduzir os índices de reprovação e evasão escolares.

• Tornar mais efetiva a relação professor/estudantes.

• Qualificar a avaliação, incluindo o processo contínuo de recuperação das aprendizagens.

• Redimensionar a coordenação pedagógica como um espaço/tempo de planejamento,

troca de experiências, pesquisa e formação continuada dos professores.

Marco legal

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, de dezembro de 1996,

instituiu a Educação Básica (Artigo 21), organizada por meio das etapas Educação Infantil, Ensino

Fundamental e Ensino Médio, consideradas suas diferentes modalidades de oferta, de forma a

propiciar a estruturação de um projeto de educação escolar que contemple as características de

desenvolvimento desde a infância, passando pela juventude até a vida adulta.

A LDBEN define, ainda, que a Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe

meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (BRASIL, Lei nº 9.394/1996, art. 22).

Apresenta o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica, em continuidade ao

Ensino Fundamental, com os seguintes objetivos: I - a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamentos posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, Lei nº 9.394/1996, art.35).

Em novembro de 2009, foi aprovada a Emenda Constitucional 59, tornando a “educação

básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive

sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria”, devendo ser

implementado até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação – PNE, atualmente em

debate no Congresso Nacional. O texto do PNE ratifica na terceira meta a universalização do

Ensino Médio, estabelecendo a faixa etária dos estudantes como sendo entre 15 e 17 anos e

propõe como primeira estratégia para alcance dessa meta Institucionalizar programa nacional de diversificação curricular do ensino médio, a fim de incentivar abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando-se conteúdos obrigatórios e conteúdos eletivos articulados em dimensões temáticas, tais como ciência, trabalho, tecnologia, cultura e esporte, apoiado por meio de ações de aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e formação continuada de professores.

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17

AnotaçõesSignifica dizer que o Ensino Médio assume o status de

Educação Básica, de caráter obrigatório para a formação acadêmica

de todos os jovens entre 15 e 17 anos de idade, sendo assegurada

sua oferta gratuita para todos os que não tiverem acesso a ele na

idade certa.

Em relação à qualidade social da educação, as Diretrizes

Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica – DCGEB,

em seu artigo 9º, adotam como centralidade o estudante e as

aprendizagens, o que pressupõe o atendimento aos requisitos:I – revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela;II – consideração sobre a inclusão, valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias manifestações de cada comunidade;III – foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem, e na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua progressão dos estudantes;IV – inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do professor, tendo como foco a aprendizagem do estudante.

Quanto à organização do currículo, as Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Médio - DCNEM (Resolução 02 do CNE/

CEB, de janeiro de 2012) estabelecem em seu artigo 8º quatro áreas

do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza

e Ciências Humanas. Em seus dois parágrafos, estabelecem que

o tratamento metodológico deve evidenciar a contextualização e

a interdisciplinaridade para a articulação e o fortalecimento dos

saberes para a apreensão e intervenção na realidade a partir da

cooperação entre os professores.

Em seu artigo 5º, as DCNEM apresentam as bases para a

oferta do Ensino Médio, assim descritas:I - formação integral do estudante;II - trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos, respectivamente;III - educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;IV - sustentabilidade ambiental como meta universal;V - indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem;

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VI - integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-profissionais realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;VII - reconhecimento e aceitação da diversidade e da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, das formas de produção, dos processos de trabalho e das culturas a eles subjacentes;VIII - integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular.§ 1º O trabalho é conceituado na sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção da sua existência.§ 2º A ciência é conceituada como o conjunto de conhecimentos sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade.§ 3º A tecnologia é conceituada como a transformação da ciência em força produtiva ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde sua origem, pelas relações sociais que a levaram a ser produzida.§ 4º A cultura é conceituada como o processo de produção de expressões materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos, políticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.

A conceituação do currículo é apresentada, no artigo 6º, da seguinte forma: ação educativa constituída pela seleção de conhecimentos construídos pela sociedade, expressando-se por práticas escolares que se desdobram em torno de conhecimentos relevantes e pertinentes, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimento de suas identidades e condições cognitivas e socioafetivas.

Quanto à orientação para a elaboração da proposta curricular das unidades de ensino, o

artigo 13 define que devem estar presentes:I - as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixo integrador entre os conhecimentos de distintas naturezas, contextualizando-os em sua dimensão histórica e em relação ao contexto social contemporâneo;II - o trabalho como princípio educativo, para a compreensão do processo histórico de produção científica e tecnológica, desenvolvida e apropriada socialmente para a transformação das condições naturais da vida e a ampliação das capacidades, das potencialidades e dos sentidos humanos;III - a pesquisa como princípio pedagógico, possibilitando que o estudante possa ser protagonista na investigação e na busca de respostas em um processo autônomo de (re) construção de conhecimentos. IV - os direitos humanos como princípio norteador, desenvolvendo-se sua educação de forma integrada, permeando todo o currículo, para promover o respeito a esses direitos e à convivência humana.V - a sustentabilidade socioambiental como meta universal, desenvolvida como prática educativa integrada, contínua e permanente, e baseada na compreensão do necessário equilíbrio e respeito nas relações do ser humano com seu ambiente.

A partir deste marco legal, a proposta curricular que se apresenta tem como eixos

integradores a Ciência, a Tecnologia, a Cultura e o Mundo do Trabalho. A pesquisa será um dos

princípios que deverá fazer parte do cotidiano escolar, tanto na prática docente, amplificando o

conceito freireano de professor pesquisador, quanto na rotina dos estudantes, proporcionando-

lhes uma nova forma de olhar os acontecimentos a sua volta, desenvolvendo neles a capacidade

de opinar, de pensar e de usufruir dos novos conhecimentos.

Page 19: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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AnotaçõesO acesso às tecnologias digitais e a formação dos estudantes

em torno dessas tecnologias são fundamentais e devem ser

desenvolvidos, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais

do Ensino Médio, a partir das dimensões da formação humana –

trabalho, ciência, tecnologia e cultura.

Os multiletramentos assumem uma perspectiva de

abordagem dos conteúdos extremamente importante na formação

dos estudantes, pois favorecem o empoderamento desses

jovens na perspectiva de uma participação ativa na “sociedade

do conhecimento”, caracterizada pela circulação de um grande e

diversificado volume de informações. Proporcionam maior grau de

autonomia e ampliam as condições para o exercício da cidadania e,

consequentemente, para o desenvolvimento da nação.

O princípio educativo do trabalho leva-nos a compreender

o trabalho como todas as formas de ação que os seres humanos

desenvolvem para construir as condições que asseguram sua

sobrevivência. Implica reconhecê-lo como responsável pela

formação humana e pela constituição da sociedade. É pelo trabalho

que os seres humanos produzem conhecimento, desenvolvem e

consolidam sua concepção de mundo, conformam as consciências,

viabilizam a convivência, transformam a natureza, constroem a

sociedade e fazem história.

Perfil dos estudantes do ensino médio

Os estudantes do Ensino Médio são predominantemente

adolescentes e jovens. Segundo o Conselho Nacional de Juventude

(CONJUVE), são considerados jovens os sujeitos com idade

compreendida entre os 15 e os 29 anos.

A principal tarefa do Ensino Médio é tornar-se atraente

para os jovens entre 15 e 17 anos, considerando o turno diurno,

e os maiores de 18 anos que optam pelo ensino regular noturno,

incentivando-os a permanecer na escola, adotando diferentes

estratégias de ensino e de aprendizagem para os vários anseios,

próprios dos grupos juvenis. Isso se deve ao fato de que os

estudantes dessa faixa etária apresentam características muito

Page 20: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

20

emblemáticas, entre as quais: estão inseridos em um mundo digitalizado, marcado pela fruição –

são chamados “nativos digitais”; optam por estudar os três anos de curso regular, pois aspiram à

continuidade de seus estudos, vislumbrando o ingresso no ensino superior; necessitam trabalhar

e estudar ou se preparar para o trabalho.

Entender o jovem do Ensino Médio dessa forma significa superar uma noção

homogeneizante e naturalizada desse estudante, passando a percebê-lo como sujeito com

valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares. Além disso,

deve-se também aceitar a existência de pontos em comum que permitam tratá-lo como uma

categoria social.

Segundo Fávero (2010), o estudante de hoje não corresponde a nenhuma das representações propostas pela cultura escolar de natureza iluminista, porque hoje, na posição de sujeito do conhecimento, ele é, sobretudo, um sujeito histórico, que traz para a sala de aula um repertório de experiências constitutivas da cotidianidade da sociedade contemporânea.

Nessa perspectiva histórico-cultural, continua o autor,a escola deixou de ser uma comunidade de ouvintes, centrada no discurso pastoral dos professores. As escolas de hoje, recorrendo-se à expressão de Guattari, são verdadeiros ‘territórios existenciais coletivos’, devido à presença de alunos que são os “praticantes do cotidiano” contemporâneo e que trazem para dentro das salas de aula as suas práticas culturais. Os estudantes, portanto, são produtos diários da cultura, de uma cultura-ação, de uma cultura no sentido antropológico, que encara todo e qualquer ato social como uma forma de construir culturalmente e socialmente a realidade (FÁVERO, 2010).

Então, tendo em vista os sujeitos de direito em suas multiplicidades identitárias e sociais, é

preciso pensar e propor percursos formativos que permitam o acesso a saberes e conhecimentos

comuns a todos os estudantes brasileiros, tendo em vista a necessária construção e manutenção

da identidade nacional, sem ratificar a ideia de um currículo único, mas respeitando as

especificidades das diferentes populações estudantis e as características culturais, linguísticas e

sociais dos territórios em que estão inseridos.

O desafio que está posto é o da reinvenção criativa da escola e de seus tempos e espaços

pedagógicos, reafirmando o direito ao acesso, à permanência e aos processos formativos.

Organização do tempo e espaço da escola: a semestralidade

Nesta nova proposta de regime anual haverá a divisão dos componentes curriculares

em blocos semestrais, com o propósito de reduzir o número de disciplinas por semestre para

o estudante e o número de turmas para o professor, proporcionando, assim, uma relação mais

próxima entre estes.

A redução de disciplinas a serem cursadas pelo estudante favorecerá os estudos de cada

componente curricular. Ocorrerá também um aumento no número de aulas das disciplinas que

Page 21: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

21

Anotaçõessão oferecidas em apenas um dos blocos, o que promoverá mais

tempo disponível com cada professor.

Com relação ao corpo docente, possibilitará um trabalho

mais efetivo com o estudante, podendo identificar pontualmente

as necessidades de aprendizagem do mesmo. Além disso, com

menos turmas, os professores terão mais tempo para planejar suas

aulas, proporcionando mais qualidade pedagógica às mesmas,

melhor acompanhamento da frequência e das aprendizagens

dos estudantes, tomando medidas preventivas com a equipe

pedagógica para ações contra a evasão. Existe também a mudança

nas práticas de conselho de classe ao longo do semestre, quando o

professor vai, por ter mais tempo com o aluno, conhecê-lo melhor.

Para melhor compreensão, seguem abaixo, como modelos,

os quadros de distribuição dos componentes curriculares por

blocos. Cabe ressaltar que esses blocos não poderão sofrer

alterações, sendo definitivos para todas as escolas da Secretaria de

Educação do Distrito Federal que implantarão a proposta.

BLOCOS DE DISCIPLINAS DO DIURNOBLOCO 1 C H BLOCO 2 C H

LÍNGUA PORTUGUESA 04 LÍNGUA PORTUGUESA 004

MATEMÁTICA 03 MATEMÁTICA 003

ED. FÍSICA 02 ED. FÍSICA 002

HISTÓRIA 04 GEOGRAFIA 004

FILOSOFIA 04 SOCIOLOGIA 004

BIOLOGIA 04 QUÍMICA 004

FÍSICA 04 ARTE 004

INGLÊS 03 ESPANHOL 002

ENSINO RELIGIOSO 01 ENSINO RELIGIOSO 001

PARTE DIVERSIFICADA 01 PARTE DIVERSIFICADA 202

TOTAL SEMANAL 30 TOTAL SEMANAL 330

Page 22: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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DISCIPLINAS DO NOTURNOBLOCO 1 C H BLOCO 2 C H

LÍNGUA PORTUGUESA 04 LÍNGUA PORTUGUESA 04

MATEMÁTICA 03 MATEMÁTICA 03

HISTÓRIA 04 GEOGRAFIA 04

FILOSOFIA 03* SOCIOLOGIA 04

BIOLOGIA 04 QUÍMICA 04

FÍSICA 04 ARTE 02

INGLÊS 02 ESPANHOL 02

ENSINO RELIGIOSO 01* EDUCAÇÃO FÍSICA 02

TOTAL SEMANAL 25 TOTAL SEMANAL 25*Apenas para a 1ª série do Ensino Médio. Nas demais séries, Filosofia terá 04 aulas semanais. Caso não haja opção pelo Ensino Religioso, a aula será incorporada à carga horária da Filosofia.

De acordo com os quadros apresentados acima, observa-se que Língua Portuguesa e

Matemática permeiam os dois blocos, permanecendo ao longo de todo o ano letivo. Isto ocorre

devido à carga horária dessas disciplinas ser maior que a das outras, o que ocasionaria um

número elevado de aulas no semestre. A Educação Física também ocorrerá ao longo de todo o

ano letivo para o turno diurno e, no turno noturno, apenas no bloco 2, porque a carga horária

deste é menor do que diurno. E também conforme orientação da Coordenação de Educação

Física e Desporto Escolar – CEFDESC, o desenvolvimento motor é parte de todo o comportamento

humano. O desenvolvimento cognitivo, afetivo e o motor estão relacionados, por isso o corpo

deve estar em movimento durante todo o ano.

A oferta de Ensino Religioso está presente no quadro do turno diurno durante todo o

ano letivo, porém cabe ressaltar que sua permanência é uma opção da comunidade escolar.

Caso não seja uma disciplina escolhida, essa carga horária será utilizada para as aulas da Parte

Diversificada, conforme estipulado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação

Básica e do Ensino Médio. No turno noturno, caso haja a opção da comunidade, essa disciplina

será ofertada apenas para a 1ª série do ensino médio; se isso não ocorrer, essa carga horária será

acrescida ao componente curricular de Filosofia.

Com essa organização, não há deficit na carga horária do corpo docente e discente, ou

seja, atende ao estipulado pela modulação dos professores e pela Matriz Curricular da Secretaria

de Educação do Distrito Federal.

Processo de Avaliação da Aprendizagem e Estratégia de Recuperação

As mudanças pedagógicas realizadas na última década nas estruturas curriculares

da educação básica vêm sinalizando a necessidade de um processo avaliativo pautado no

Page 23: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

23

Anotaçõesatendimento ao direito de aprendizagem e desenvolvimento dos

estudantes em relação aos conhecimentos e saberes fundamentais

a sua formação integral. Nesse sentido, é necessário desenvolver

alternativas avaliativas que consigam evidenciar a forma pela qual

ocorre a articulação dos saberes e o modo como as aprendizagens

se constroem, considerando as características individuais e sociais

desses jovens estudantes.

A organização curricular em semestres considera a

importância que os instrumentos avaliativos têm para a continuidade

dos estudos e para o fortalecimento dos vínculos entre estudantes

e instituição de ensino. Para tanto, o processo avaliativo deve ser

contínuo, processual e dinâmico, por meio de ações pedagógicas

inovadoras e transformadoras, ou seja, é fundamental a efetivação

de uma avaliação formativa, em que os aspectos qualitativos

prevaleçam em relação aos quantitativos, conforme as diretrizes

avaliativas da SEEDF.

Nessa perspectiva, a avaliação vai além da verificação

pontual dos conhecimentos e fundamenta-se em oportunidades

diversificadas que possibilitem aos estudantes demonstrar o

aprendizado construído ao longo do semestre. Para alcançar os

aspectos qualitativos na aprendizagem, o processo avaliativo deve

lançar mão de diferentes instrumentos, tais como: prova objetiva,

prova dissertativa, seminários, debates, relatórios, autoavaliação,

entre outros, de acordo com o componente curricular e as

especificidades da turma. Além disso, julga-se necessário usar

instrumentos avaliativos que dêem conta do trabalho interdisciplinar

desenvolvido no bloco de disciplinas e entre os blocos, sempre que

possível, pois este é o principal foco da proposta.

Considerando a divisão dos componentes curriculares por

blocos, compreende-se que o desenvolvimento das aprendizagens

dos conteúdos seja favorecido, uma vez que docentes e

discentes têm maior carga horária em cada componente, o que

proporciona melhores condições de planejamento pedagógico

e, consequentemente, mais oportunidades para diversificar as

estratégias de ensino e aprendizagem. Diante disso, o processo

Page 24: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

24

avaliativo nos componentes curriculares se dará, de acordo com os seguintes princípios:

a) avaliar para saber o nível de aprendizagem dos alunos;

b) avaliar para saber o que é preciso priorizar na ressignificação dos conteúdos curriculares;

c) avaliar para tomar decisões que possibilitem alcançar os resultados esperados (planejar

atividades, escolher instrumentos mais adequados ao componente curricular ou etapa

de ensino, desenvolver projetos, entre outras).

À medida que forem sendo evidenciadas dificuldades de aprendizagem dos estudantes,

o princípio da avaliação processual e da recuperação contínua deve ser observado para que os

estudantes, sob orientação e acompanhamento dos professores, possam superar suas dificuldades

e obtenham êxito ao final do semestre.

Com isso, os instrumentos avaliativos devem preconizar a aprendizagem significativa e

progressiva de acordo com a natureza do componente curricular e seus objetivos, diminuindo

assim, significativamente, a probabilidade de docente e discente não alcançarem os resultados

esperados.

No caso de baixo rendimento do aluno (média inferior a cinco), as estratégias de

recuperação seguem o disposto na LDB 9394/96, Art. 24, inciso V e nas diretrizes avaliativas da

rede pública de ensino. Para tanto, a escola deverá planejar e implementar ao longo do ano letivo

os estudos de recuperação de cada componente curricular em que o aluno não obteve êxito.

Registro de notas

O processo de avaliação de aprendizagem será contínuo, processual e dinâmico, no

qual cada professor, de acordo com o componente curricular e a turma de alunos em que atua,

escolherá os instrumentos mais adequados para verificar os conhecimentos construídos. No

entanto, o registro de notas obedecerá à legislação vigente. Portanto, será realizado duas vezes a

cada semestre, sendo o primeiro registro ao final do 50° dia letivo e o segundo, ao final do 100°

dia letivo.

A construção de uma sociedade multiletrada: linguagens e culturas no Ensino Médio

Uma das marcas da contemporaneidade é a rapidez com que as tecnologias se

transformam, viabilizando novas possibilidades de interação e tornando-se capazes de modificar

os modos como as pessoas se relacionam e criam representações de si mesmas e o do mundo.

Esse processo de transformação também produz impactos e efeitos de caráter cognitivo, cultural

e social quando atuamos em contextos específicos.

Com muita celeridade, a dinâmica do mundo atual torna obsoletas algumas ferramentas

Page 25: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

25

Anotaçõese produz outras ─ novas e multifacetadas ─ que permitem a

atuação humana em espaços antes considerados inimagináveis,

especialmente os digitais, de forma interativa e colaborativa. Além

disso, a contemporaneidade se constrói, também, por uma dupla

e intrínseca multiplicidade: i) uma multiplicidade de linguagens

(verbais, multimodais, sonoras etc.) que exigem de nós práticas

diversas e novas, tais como as digitais, visuais e midiáticas para bem

atuarmos nas esferas escolares, científicas, acadêmicas, artísticas,

entre outras; ii) e uma multiplicidade de culturas, na constante

criação e recriação de representações com propósitos culturais

específicos.

Essa dupla multiplicidade (de linguagens e de culturas)

é abarcada no conceito de multiletramentos, que, segundo Rojo

(2012, p. 13), “aponta para dois tipos específicos e importantes de

multiplicidade em nossas sociedades, principalmente urbanas, na

contemporaneidade: a multiplicidade cultural das populações e a

multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos

quais ela se informa e se comunica”. Do ponto de vista cultural,

é preciso considerar a constituição híbrida das sociedades, o que

destrói, entre outras teses, aquelas baseadas em antagonismos

que opõem o popular e o erudito, o clássico e o moderno, por

exemplo. No processo em que se considera a multiplicidade

cultural, é fundamental a perspectiva de que as sociedades são

híbridas e de que são híbridos também os textos que circulam

nos contextos do cotidiano, da escola, da academia científica, do

entretenimento, o que colabora mais uma vez com a ideia em

torno dos multiletramentos.

A pedagogia dos multiletramentos na construção de uma escola

pública contemporânea

Se uma das funções sociais da escola é entender o mundo

para, entre outras, formar cidadãos que também o entendam, o

critiquem e o transformem, é necessário, então, que o trabalho

pedagógico perceba as mudanças ocorridas na contemporaneidade,

a fim de que os conteúdos historicamente construídos possam ser

Page 26: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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ressignificados em razão do que se constitui e se transforma incessantemente. Mais do que isso:

é imperioso que os estudantes da etapa final da Educação Básica se percebam como usuários e

produtores da multiplicidade de linguagens do mundo de hoje, além de membros pertencentes

a culturas múltiplas e híbridas.

O termo multiletramentos foi proposto pelo Grupo de Nova Londres em 1996 e deu-se,

também, pelo entendimento de que a escola deve dar lugar ao pluralismo cultural e semiótico

(diversas linguagens), em contraposição à intransigência com a diversidade. Uma pedagogia

dos multiletramentos surge da necessidade de a escola tomar a seu cargo (daí a proposta de

‘pedagogia’) os novos letramentos emergentes na sociedade contemporânea, em grande parte

─ mas não somente ─ devidos às novas TICs, e de levar em conta e incluir nos currículos a grande

variedade de culturas já presentes nas salas de aula de um mundo globalizado e caracterizado

pela intolerância com a diversidade cultural, com a alteridade (ROJO, 2012, p. 12).

Em termos gerais, uma prática pedagógica realizada na perspectiva dos multiletramentos

deve considerar o mundo e a escola pela lente da diversidade, da multiplicidade de linguagens e de

culturas. Desse modo, os conteúdos trabalhados precisam favorecer a formação de uma sociedade

multiletrada, que seria, em resumo, aquela em que homens e mulheres desempenhassem

de forma bem sucedida práticas letradas com propósitos culturais específicos; cidadãos que

entendessem o papel que as diversas linguagens desempenham nas diferentes esferas sociais

(escolar, científica, artística, institucional, de entretenimento etc.).

Há, ainda, outro aspecto a ser levado em conta quando se imagina uma pedagogia

dos multiletramentos: o processo de formação de cidadãos críticos em relação às diversas

realidades e pontos de vista construídos nos diversos textos que circulam na sociedade. Trata-

se da perspectiva de letramentos críticos, que, conforme Cervetti, Pardales e Damico (2011),

englobariam nossa capacidade de perceber que os textos guardam sentidos diversos, tendo em

vista que são constituídos social e culturalmente. Assim, o trabalho pedagógico dos conteúdos no

horizonte dos multiletramentos busca, sobretudo, formar leitores que se atrevam a questionar

o que leem, entendendo que o que se lê não é um conjunto de sentidos neutros, mas permeado

de ideologia.

É preciso compreender que o processo de formação de estudantes críticos ─ leitores que

desvelam as realidades diversas presentes nos textos de diversos gêneros (artigo de opinião,

editorial, gráfico, tabela, infográfico, reportagem, notícia, entre outros) ─ não é tarefa única dos

professores de certos componentes curriculares, mas, sobretudo, de todos os professores da

escola, numa tentativa de articular a construção de conhecimentos das diversas ciências com a

atitude reflexiva em relação ao que se aprende.

Desse modo, os conteúdos das quatro áreas que compõem o currículo do Ensino Médio

Page 27: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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Anotações(Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza

e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Ciências

Humanas e suas Tecnologias) devem ser trabalhados em dimensões

que, ao mesmo tempo, sejam capazes de favorecer a construção

do conhecimento escolar e científico, e de promover a formação

de cidadãos críticos na perspectiva dos multiletramentos, em

razão da multiplicidade de linguagens e de culturas nas (e das)

sociedades contemporâneas. A cidadania aqui referida é concebida

na perspectiva de uma cidadania construída e não formalmente

concedida. Nas palavras de Gentili, A cidadania é, desta forma, o exercício de uma prática inegavelmente política e fundamentada em valores como a liberdade, a igualdade, a autonomia, o respeito à diferença e às identidades, a solidariedade, a tolerância e a desobediência a poderes totalitários (GENTILI, 2003, p.73).

As áreas do conhecimento do Ensino Médio e as dimensões

curriculares

A proposta curricular feita para o Ensino Médio é uma

matriz que considera as áreas do conhecimento organizadas em

dimensões que se interconectam e se internalizam. A opção por

dimensionar essas áreas dá-se em razão da busca por favorecer a

interdisciplinaridade e ressignificar os conteúdos historicamente

mais demandados por certos componentes curriculares. Assim, o

desenho curricular que ora se apresenta requer um entendimento

de que os conteúdos científicos e escolares se relacionam de modo

a promover o entendimento de que o mundo atual é caracterizado,

como vimos, por uma multiplicidade de linguagens e de culturas,

presentes no conceito complexo dos multiletramentos.

A matriz curricular para o Ensino Médio está organizada

em quinze dimensões, definidas a partir da perspectiva geral dos

multiletramentos e de conceitos ou categorias que marcam cada

uma das quatro áreas do conhecimento. Para fins de visualização

didática, as quinze dimensões estão representadas nos diagramas

a seguir:

Page 28: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

28

LINGUAGENS CIÊNCIAS DA NATUREZA

MATEMÁTICA CIÊNCIAS HUMANAS

É preciso salientar que, na presente proposta de desenho curricular, as quinze

dimensões estão interconectadas e cada uma delas internaliza aspectos de todas as outras.

Esse entendimento é importante para que a organização do trabalho pedagógico seja capaz de

promover a interdisciplinaridade entre as áreas do conhecimento e seus respectivos componentes

curriculares. Além disso, a configuração dos conteúdos em dimensões é uma tentativa de

ressignificá-los, a fim de que a escola acompanhe as transformações pelas quais o mundo passa.

O que define cada uma das dimensões, como já explicitado, é a noção dos multiletramentos

em associação com alguns conceitos ou categorias que singularizam as quatro áreas do

conhecimento, como pode ser depreendido dos resumos a seguir:

Page 29: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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AnotaçõesÁrea de Linguagens

Multiletramentos,

texto,

criatividade e

movimento

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.

Multiletramentos, literatura,

sensibilidade e apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

Multiletramentos, oralidade,

interação e corporeidade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

Multiletramentos, gramática,

reflexão e

análise crítica

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, lexicais, pragmáticos, imagéticos etc.); e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si, do outro e do mundo.

Page 30: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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Área de Ciências da Natureza

Multiletramentos, ciência,

cultura e

ética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que as Ciências não são neutras. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo com uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.

Multiletramentos, tecnologia,

informação e criatividade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano precisa combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.

Multiletramentos, lógica,

análise e representação

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante capacidades de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume, nas Ciências da Natureza, o papel de construtora de modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção da ciência no âmbito dos multiletramentos. Além disso, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, pois a natureza não age biológica, física e quimicamente de maneira isolada, o que exige uma visão interdisciplinar das ciências.

Multiletramentos, natureza,

transformação e sociedade

Os conteúdos relativos a esta dimensão pretendem que o estudante seja considerado o centro dos processos de ensino e de aprendizagem e de seu papel transformador na dinâmica da natureza e da sociedade. Nesse contexto, a natureza, o ser humano e a sociedade devem ser considerados de forma sustentável, por serem interdependentes. Além disso, esses três elementos vivem em constante transformação e, desse modo, é preciso que o trabalho pedagógico docente propicie que o estudante construa uma visão crítica sobre os processos de interação entre natureza, ser humano e sociedade. Nessa perspectiva, ações pedagógicas multiletradas contribuem para desvelar a ideologia erigida nas diversas representações do que se considera “sustentabilidade”.

Área de Matemática

Multiletramentos, cultura,

sociedade e

ética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que a Matemática não é neutra. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo com uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.

Multiletramentos, tecnologia,

informação e criatividade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Ou seja, o estudante, a partir dessa dimensão, terá a possibilidade de ler, interpretar e analisar dados de diferentes formatos e, ainda, fazer julgamento e opções a partir desta análise. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano precisa combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.

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Anotações

Multiletramentos, lógica,

análise e representação

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante a capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A ideia de “algebrizar” está relacionada com a capacidade de simbolizar, operar simbolicamente e de interpretar as relações simbólicas. É o grande início da modelagem matemática. A lógica algébrica permite ao indivíduo traduzir uma situação problema em linguagem matemática a partir da qual são aplicadas rotinas de cálculos e algoritmos, o que promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume, na Matemática, o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, colaborando para a percepção do conhecimento no âmbito dos multiletramentos. Dessa forma, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, contribuindo para que os estudantes possam ter uma visão crítica e coerente ao interpretar e agir sobre os fatos.

Área de Ciências Humanas

Multiletramentos, sociedades,

culturas e espaço/tempo

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão trazem a perspectiva de que as Sociedades e Culturas estão em constante mudança. Nesse sentido, devem buscar estabelecer um elo possível entre o conhecimento escolar, a necessidade social e a qualidade de vida dos cidadãos, vinculados ao contexto do século XXI, que se apresenta com um universo cultural extremamente rico e complexo, mas também traz agregadas as profundas marcas das desigualdades sociais, estabelecendo um novo paradigma para a percepção do mundo, da sociedade e da história. Assim, a abordagem pedagógica deve abranger todo o processo histórico, geográfico, sociológico e filosófico e seus aspectos socioeconômicos vinculados à política, à cultura, ao trabalho, aos direitos humanos, ao meio ambiente, relacionando-os ao desenvolvimento humano dos educandos.

Multiletramentos, ciências,

meio ambiente e educação

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem possibilitar ao estudante a compreensão do mundo, além de favorecer o desenvolvimento da curiosidade intelectual, do senso crítico e de contemplar sua formação como pessoa e como cidadão, como sujeito ético que valorize a pluralidade cultural do gênero humano. Nesse sentido, a escola deve estar em sintonia com seu tempo, promovendo investigações filosóficas e científicas para desvelar as possibilidades de mudança a partir de temas contemporâneos que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. Além disso, é necessário que a escola considere o estranhamento e a desnaturalização dos fenômenos sociais.

Multiletramentos, indivíduos,

identidades e diversidade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem promover a discussão de que a identidade do indivíduo pode ser compreendida na dialógica de sua unidade e das diversidades como sendo dimensões inerentes, antagônicas e complementares da espécie humana. Assim, a prática pedagógica deve considerar a convivência com as diferenças, a fim de promover o reconhecimento e o respeito às pluralidades. Além disso, é preciso que a escola discuta e combata todas as formas de preconceito e discriminação, o que se torna possível com uma educação inspirada na ética e nos direitos humanos.

Page 32: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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Multiletramentos, estado,

política e

trabalho

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer o entendimento do estudante de que a Política corresponde a uma rede de interesses e de acordos estabelecidos pelos seres humanos em um processo de tomada de decisões, o que envolve valores sociais e de relações de poder. Além disso, é necessário que a prática pedagógica aborde os conteúdos, considerando que o poder é Poder, é um complexo de relações entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais e que o Trabalho é conceituado em sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente do ser humano e como mediação no processo de produção de sua existência.

Ressalte-se que há uma total articulação entre a perspectiva dos multiletramentos e as

dimensões aqui elencadas para abordagem das áreas de conhecimento com a concepção que

fundamenta o Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI, instituído pelo MEC para fomentar

a reestruturação de projetos curriculares das escolas, cuja meta é a universalização das escolas

envolvidas. Nesse programa, são definidos macrocampos pedagógicos, a partir dos quais os

projetos escolares são estruturados. São eles:

• Macrocampo obrigatório: Integração Curricular.

• Macrocampos eletivos: Leitura e Letramento; Iniciação Científica e Pesquisa; Línguas

Estrangeiras; Cultura Corporal; Produção e Apreciação das Artes; Comunicação, Cultura

Digital e Uso de Mídias; Participação Estudantil.

O documento orientador do ProEMI assim define os macrocampos:Compreende-se por macrocampo um campo de ação pedagógico-curricular no qual se desenvolvem atividades interativas, integradas e integradoras dos saberes, dos tempos, dos espaços e dos sujeitos envolvidos com a ação educacional. Os macrocampos se constituem, assim, como um eixo a partir do qual se possibilita a integração curricular com vistas ao enfrentamento e à superação da fragmentação e hierarquização dos saberes. Permite, portanto, a articulação entre formas disciplinares e não disciplinares de organização do conhecimento e favorece a diversificação de arranjos curriculares (MEC/ProEMI/2013).

As quinze dimensões, divididas unicamente para fins didáticos, devem favorecer

abordagens interdisciplinares dos conteúdos nelas situados, como nos exemplos descritos - a

seguir - em que os gêneros textuais cartum, notícia e infográfico simulam brevemente um trabalho

pedagógico com a temática “os efeitos da ação humana sobre o meio ambiente”, envolvendo as

três áreas do conhecimento:

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AnotaçõesExemplo 1:

Em termos gerais, sugere-se que, por meio deste cartum,

seja possível mobilizar as quatro áreas do conhecimento, sempre

com atenção para a ideia conceitual e teórica das dimensões

curriculares. Desse modo, por exemplo, há clara possibilidade de se

favorecer uma abordagem das seguintes dimensões curriculares:

Área de Ciências da Natureza: abordagem da dimensão

Multiletramentos, tecnologia, informação e criatividade, uma

vez que se espera com ela que os estudantes desenvolvam a

consciência crítica frente à informação que ouvem, leem, escrevem

ou veem. No âmbito dessa dimensão, um conteúdo que pode ser

trabalhado é “ação antrópica sobre o ambiente na perspectiva da

sustentabilidade”.

Área de Matemática: abordagem da dimensão

Multiletramentos, cultura, sociedade e ética, em razão de que a

escola deve promover a apropriação da cultura científica escolar,

embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo para

uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.

No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser

Fonte: <http://grafar.blogspot.com.br/2010/01/serie-do-mes-desmatamento_25.html>. Acesso em 11/12/2012.

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trabalhados são “noções de matemática financeira” e “juros simples e compostos”.

Área de Ciências Humanas: abordagem da dimensão Multiletramentos, sociedades,

culturas, espaço/tempo, uma vez que se espera com ela que a escola leve em consideração todo o

processo histórico, geográfico, sociológico, bem como filosófico e seus aspectos socioeconômicos

vinculados à política, à cultura, ao trabalho, aos direitos humanos, ao meio ambiente, relacionando-

os ao desenvolvimento humano dos educandos. No âmbito dessa dimensão, um conteúdo que

pode ser trabalhado é “globalização”.

Área de Linguagens: abordagem da dimensão Multiletramentos, gramática, reflexão e

análise crítica, uma vez que se espera com ela que a escola contribua para o desenvolvimento

da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si, do outro e do mundo. No âmbito

dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são “a arte e seu papel político

e social” e “estudo comparativo de obras do passado e obras contemporâneas”; abordagem da

dimensão Multiletramentos, texto, criatividade e movimento, uma vez que se espera que a escola

considere o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham

nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos,

publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. No âmbito dessa dimensão, um

conteúdo que pode ser trabalhado é “produção, refacção e leitura de textos do domínio literário,

jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos” e “elementos formais da linguagem

visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço

positivo/negativo”.

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AnotaçõesExemplo 2:

No Cerrado, 53 municípios entram para a “lista suja” do desmatamento

REDAÇÃO ÉPOCA

Enquanto o desmatamento da Amazônia é amplamente divulgado e gera até reações internacionais, o nosso Cerrado, bioma que ocupa um quarto de todo o país, não atrai tantas atenções. No entanto, ele continua sendo desmatado: cerca de 48% de todo o Cerrado já foi derrubado.Nesta segunda-feira (26), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) colocou em prática mais uma medida para tentar reduzir a derrubada no bioma, ao publicar uma lista no Diário Oficial com 53 municípios que mais desmataram o Cerrado no último ano – uma estratégia

similar à usada na Amazônia, que funcionou em alguns casos, como mostra o sucesso de Paragominas, no Pará.A situação mais crítica é no Maranhão: o estado conta com 20 municípios listados pelo ministério. Bahia e Tocantins têm, cada um, oito municípios listados, e o Piauí conta com seis municípios, entre eles o que mais desmatou: Baixa Grande do Ribeiro. Completam a lista os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Entram na lista as cidades que derrubaram mais de 25 km² de vegetação natural em 2010-2011, e que possuem pelo menos 20% da cobertura nativa.O objetivo do Ministério é que esses municípios recebam incentivos para tornarem suas economias mais sustentáveis. Serão tomadas medidas de ordenamento territorial, fiscalização e controle para tentar reduzir as taxas de desmatamento. O plano faz parte de uma das metas ambientais que o Brasil se comprometeu a cumprir: reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa, provenientes de desmatamento do Cerrado.

Fonte: <http://colunas.revistaepoca.globo.com/planeta/tag/cerrado/> Acesso em: 30/12/2012 (com adaptações).

De modo semelhante ao que foi exemplificado com o

cartum, sugere-se que o trabalho com essa notícia seja capaz de

mobilizar as quatro áreas do conhecimento e algumas de suas

dimensões e conteúdos:

Área de Ciências da Natureza: abordagem da dimensão

Multiletramentos, tecnologia, informação e criatividade; com ela,

pretende-se que a escola desenvolva no estudante a consciência

crítica em relação ao que ele ouve, lê, escreve e vê. No âmbito

dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são

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“agricultura sustentável” e “ação antrópica sobre o ambiente na perspectiva da sustentabilidade”;

abordagem da dimensão Multiletramentos, natureza, transformação e sociedade, pois com

ela espera-se que a escola propicie ao estudante a construção de uma visão crítica sobre os

processos de interação entre natureza, ser humano e sociedade. No âmbito dessa dimensão,

alguns conteúdos que podem ser trabalhados são “reações de combustão e poluição ambiental”

e “uso racional da energia na perspectiva da sustentabilidade humana”.

Área de Matemática: abordagem da dimensão Multiletramentos, cultura, sociedade e

ética, tendo em vista que se espera com essa dimensão que a escola promova o enfrentamento

de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. No

âmbito dessa dimensão, um conteúdo que pode ser trabalhado é “noções de estatística”.

Área de Ciências Humanas: abordagem da dimensão Multiletramentos, ciências, meio

ambiente e educação, uma vez que se espera com ela que a escola esteja em sintonia com seu

tempo, promova investigações filosóficas e científicas e desvele as possibilidades de mudança a

partir de temas contemporâneos (meio ambiente, direitos humanos, entre outros) que geram

impactos na qualidade de vida das pessoas. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que

podem ser trabalhados são “diversidades ambientais” e “desenvolvimento sustentável, relatórios

e tratados ambientais internacionais”.

Área de Linguagens: abordagem da dimensão Multiletramentos, texto, criatividade e

movimento, uma vez que com ela se pretende que a escola considere o papel que os gêneros

textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e

dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais,

esportivos e de entretenimento. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser

trabalhados são “produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: notícia,

reportagem, resenhas” e “produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários

críticos”.

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AnotaçõesExemplo 3:

Fonte: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,veja-os-mapas-e-graficos-da-devastacao-no-cerrado,441529,0.htm> Acesso em: 5/12/2012

Da mesma forma que os exemplos anteriores com o cartum

e com a notícia, sugere-se que o trabalho com esse infográfico seja

capaz de mobilizar as quatro áreas do conhecimento e algumas de

suas dimensões e conteúdos:

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Área de Ciências da Natureza: abordagem da dimensão Multiletramentos, natureza,

transformação, sociedade, pois com ela espera-se que a escola leve o estudante a refletir que a

natureza, o ser humano e a sociedade devem ser considerados de forma sustentável, por serem

interdependentes. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados

são “ecossistemas terrestres e aquáticos”, “biogeografia brasileira” e “relações ecológicas:

importância para o ser humano e para a natureza”.

Área de Matemática: abordagem da dimensão Multiletramentos, lógica, análise e

representação, pois com ela pretende-se que a escola contribua para a análise dos fatos, promova

o pensamento científico e desenvolva ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de

operacionalização, de representação e de abstração. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos

que podem ser trabalhados são “construção de gráficos, tabelas, quadros, utilizando informações

sociais” e “noções de estatística”.

Área de Ciências Humanas: abordagem da dimensão Multiletramentos, ciências, meio

ambiente e educação, uma vez que se espera com ela que a escola esteja em sintonia com seu

tempo, promova investigações filosóficas e científicas e desvele as possibilidades de mudança a

partir de temas contemporâneos que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. No âmbito

dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são “diversidades ambientais” e

“desenvolvimento sustentável, relatórios e tratados ambientais internacionais”.

Área de Linguagens: abordagem da dimensão Multiletramentos, texto, criatividade e

movimento, uma vez que se espera com ela que a escola considere o papel que os gêneros textuais

escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos

de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de

entretenimento. No âmbito dessa dimensão, alguns conteúdos que podem ser trabalhados são

“leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)”, “produção, refacção e leitura

de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos” e

“produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros em diversos

suportes”.

Os exemplos descritos apenas ilustram algumas maneiras de como é possível integrar

as dimensões e as áreas por meio da abordagem dos diversos conteúdos. É preciso, entretanto,

reiterar a necessidade de a escola considerar aspectos do mundo contemporâneo para que o

estudante possa entendê-lo, questioná-lo e transformá-lo. Assim, justifica-se a proposição de uma

pedagogia dos multiletramentos, o que faz a prática pedagógica levar em conta que a dinâmica

do mundo atual é, também, marcada por aspectos multimodais, multimidiáticos e multiculturais.

Além disso, no processo em que se concebe o mundo em razão de todos esses aspectos, a noção

de letramentos críticos desempenha um papel fulcral no processo de questionamento do mundo e

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39

Anotaçõesdas relações de poder e das desigualdades presentes na sociedade.

Desse modo, a escola precisa questionar e refletir acerca

de seu trabalho pedagógico, seus ritmos, seus rituais, seus

movimentos, suas formas de avaliação e de planejamento, sua

organização e o uso dos espaços e tempos escolares. As práticas

escolares devem incitar todos a refletir, questionar, pesquisar,

tomar iniciativa, enfim, ser protagonista no processo educativo e

no processo cidadão.

Nessa perspectiva, a organização curricular tem papel

importante e balizador para a ressignificação do trabalho

pedagógico, de tal forma que essa apresentação concreta de um

documento curricular seja capaz de suscitar outra visão de escola ─

quer social, quer pedagógica, ─ na busca de formas de construção

e instauração de estruturas participativas mais amplas e que deem

voz e vez a todos os partícipes do projeto educativo.

A matriz curricular em dimensões prevê que os conteúdos

sejam abordados sob o signo da interdisciplinaridade e da

flexibilidade, em que o ponto de partida seja norteado pelo

levantamento dos conhecimentos prévios do grupo de estudantes

com o qual o professor atua. Apoiado no diagnóstico que indica o

que os estudantes sabem e o que ainda precisam saber, a relação

do professor com o currículo pressupõe um exercício constante

de reflexão e avaliação de sua turma e de sua atuação pedagógica

frente ao desafio de promover a aprendizagem de todos.

Na efetivação dessa prática pedagógica reflexiva - práxis,

que constitui um permanente processo de ação-reflexão-ação

do fazer pedagógico, os conteúdos organizados em dimensões

que se interconectam e que se internalizam impõem o desafio

de promover a ampliação da abordagem pedagógica que garanta

aprendizagens contextuais, dialógicas e significativas.

Por meio do exercício de conversar e analisar os

conteúdos, é importante destacar que os conhecimentos podem

ser introduzidos, trabalhados sistematicamente, consolidados e

ampliados. O diagnóstico da turma deve indicar o que deve ser

retomado, tendo como referência as metas previstas para o ano/

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40

série, a ser contempladas no projeto político-pedagógico da escola.

Desejamos que a organização curricular leve à discussão de outras dimensões do fazer

pedagógico e educativo e promova a reflexão da necessidade do atentar-se para não reduzir

a prática escolar apenas ao trabalho da sala de aula, mas estendê-lo para toda a instituição

educacional, com o exercício do planejamento coletivo e da concretização da proposta pedagógica,

como pontos norteadores para a emancipação do fazer educativo. Uma educação para além

da escola, no estímulo das habilidades de aprender a aprender, habilidades socioafetivas e da

comunicação escrita, corporal, oral e visual, e tantas outras possíveis e necessárias.

Organização e abordagem dos conteúdosLINGUAGENS

Multiletramentos, texto, criatividade e movimento

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros

Ø Construção de sentidos por meio de esforços inferenciais

Ø Construção da textualidade (intertextualidade ─ paráfrases, citação, paródia ─ coesão ─ elementos gramaticais e lexicais ─ e coerência) em textos autênticos que circulam na sociedade

Ø Leitura e estudo da estruturação de gêneros textuais de predominância narrativa: contos, novelas e romances

Ø Leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)

Ø Elementos da narrativa: enredo, personagens, espaço, tempo, narrador (ponto de vista)

Ø Produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários críticos

Ø Produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros em diversos suportes

Ø Construção de sentidos por meio de esforços inferenciais

Ø Construção da textualidade (intertextualidade, informação, intencionalidade, situação, coesão, e coerência) em textos autênticos que circulam na sociedade

Ø Leitura e estudo da estruturação de gêneros textuais de predominância narrativa: contos, novelas e romances

Ø Leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)

Ø Elementos da narrativa: enredo, personagens, espaço, tempo, narrador (ponto de vista)

Ø Produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários críticos

Ø Produção, refacção e leitura de textos escritos e multimodais em diversos gêneros e em diversos suportes

Ø A constituição polifônica dos textos

Ø Construção de sentidos por meio de esforços inferenciais

Ø Construção da textualidade (intertextualidade, informação, intencionalidade, situação, coesão, e coerência) em textos autênticos que circulam na sociedade

Ø Leitura e estudo da estruturação de gêneros textuais de predominância narrativa: contos, novelas e romances

Ø Leitura de gêneros de textos descontínuos (gráficos, tabelas etc.)

Ø Elementos da narrativa: enredo, personagens, espaço, tempo, narrador (ponto de vista)

Ø Produção, refacção e leitura de resumos, sinopses e comentários críticos

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LINGUAGENS

Multiletramentos, texto, criatividade e movimento

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Produção, refacção e leitura de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos

Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais de predominância dissertativo-argumentativa: artigo de opinião, resenha, comentários críticos

Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: reportagem, resenhas de livros, filmes, DVDs, peças de teatro

Ø Ginástica de academia: musculação, alongamento, localizada e outras.

Ø Práticas Circenses

Ø Danças do Mundo: ritmos e movimentos básicos.

Ø Modalidades desportivas: futebol, voleibol, basquetebol e handebol

Ø Elementos da linguagem musical (melodia, ritmo, harmonia, textura, dinâmica)

Ø Parâmetros do som (altura, duração, intensidade e timbre)

Ø Estrutura formal (frases, períodos, semelhanças, diferenças)

Ø Instrumentos musicais no processo de produção musical

Ø Conceito de Arte

Ø Elementos formais da linguagem visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço positivo/negativo

Ø Elementos morfológicos contextualizados nas produções artísticas visuais: cor, linha, ponto, superfície, volume, luz, textura, ritmo, forma

Ø Linguagens artísticas e tecnológicas

Ø Produção, refacção e leitura de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos

Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais de predominância dissertativo-argumentativa: artigo de opinião, resenha, comentários críticos

Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: notícia, reportagem, resenhas

Ø Caminhadas e Corridas: trabalho aeróbico e anaeróbico.

Ø Jogos Cooperativos

Ø Dança

Ø Contemporânea: rock, funk, hip hop, outros

Ø Capoeira e suas diversas possibilidades nos aspectos fisiológicos, pedagógicos e socioculturais

Ø Elementos da linguagem musical (leitura de partituras, melodia, ritmo, harmonia, textura, dinâmica, escalas)

Ø Estrutura formal (forma binária, ternária, quaternária)

Ø Instrumentos musicais no processo de produção musical, convencionais e não convencionais.

Ø Sistema modal, tonal e atonal.

Ø Conceito de Arte

Ø Elementos formais da linguagem visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço positivo/negativo

Ø Elementos morfológicos contextualizados nas produções artísticas visuais: cor, linha, ponto, superfície, volume, luz, textura, ritmo, forma

Ø Produção, refacção e leitura de textos do domínio literário, jornalístico e dos novos contextos midiáticos e tecnológicos

Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais de predominância dissertativo-argumentativa: artigo de opinião, resenha crítica e editorial

Ø Produção, refacção e leitura de gêneros textuais do domínio jornalístico: reportagem, resenhas

Ø Jogos e os sistemas táticos das modalidades desportivas.

Ø Esportes radicais e a natureza.

Ø Danças folclóricas e planejamento de eventos esportivos.

Ø Capoeira, como elemento da cultura corporal

Ø Elementos da linguagem musical (leitura de partituras, melodia, ritmo, harmonia, textura, dinâmica, escalas)

Ø Estrutura formal (forma binária, ternária, quaternária, rondó, tema e variações)

Ø Instrumentos musicais

Ø Improvisação e criação

Ø Conceito de Arte

Ø Elementos formais da linguagem visual: linhas, esquemas geométricos, simetria e assimetria, ritmo, cor, textura, forma, espaço positivo/negativo

Ø Elementos morfológicos contextualizados nas produções artísticas visuais: cor, linha, ponto, superfície, volume, luz, textura, ritmo, forma

Ø Linguagens artísticas e novas tecnológicas

Ø Elementos formais da linguagem musical

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LINGUAGENS

Multiletramentos, texto, criatividade e movimento

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Elementos formais de linguagem corporal

Ø Elementos formais da linguagem musical

Ø Elementos formais da linguagem teatral: voz, corpo, espaço, movimento, ação dramática etc.

Ø Elementos estruturais do espetáculo teatral: texto, ator, diretor, cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, palco, objetos de cena etc.

Ø Conceitos: arte, teatro, ação, conflito, improvisação, contexto, signo etc.

Ø Linguagens artísticas e tecnológicas

Ø Indivíduo, identidade e cultura

Ø Linguagens artísticas e novas tecnológicas

Ø Elementos formais da linguagem musical

Ø Elementos formais de linguagem corporal

Ø Elementos formais da linguagem teatral: voz, corpo, espaço, movimento, ação dramática etc.

Ø Elementos estruturais do espetáculo teatral: texto, ator, diretor, cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, palco, objetos de cena etc.

Ø Elementos estruturadores da composição teatral

Ø Conceitos: arte, teatro, ação, conflito, improvisação, contexto, signo etc.

Ø Linguagens artísticas e tecnológicas

Ø Indivíduo, identidade e cultura

Ø Elementos formais de linguagem corporal

Ø Elementos da gramática estética teatral: Voz, corpo, espaço, movimento, ação dramática etc.

Ø Elementos estruturais do espetáculo teatral: texto, ator, diretor, cenário, figurino, maquiagem, iluminação, sonoplastia, palco, objetos de cena etc.

Ø Conceitos: arte, teatro, ação, conflito, improvisação, contexto, signo, etc.

Ø Linguagens artísticas e tecnológicas

Ø Indivíduo e cultura

Ø Crítica da Arte

Ø Ética e cidadania através das linguagens artísticas

LINGUAGENS

Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

ØConcepções filosóficas e estéticas e visão de mundo do Classicismo, do Barroco e do Arcadismo

ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos

ØConcepções de gênero épico, lírico e dramático e de suas formações híbridas na contemporaneidade

ØConcepções filosóficas e estéticas e visão de mundo do Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo

ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos

ØConcepções filosóficas e estéticas e visão de mundo do Pré-Modernismo no Brasil, Modernismo Português e Brasileiro (3ª fase e tendências literárias contemporâneas no Brasil e em países africanos de língua portuguesa)

ØConcepções de gênero épico, lírico e dramático e de suas formações híbridas na contemporaneidade

Page 43: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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LINGUAGENS

Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

ØRecursos da linguagem poética

ØFiguras de linguagem na composição de sentidos de textos literários

ØSentido próprio, sentido figurado (conotação e denotação)

ØLeitura e escrita de poemas

ØLeitura, compreensão e interpretação de letras de músicas regionais e de outros gêneros musicais

ØNutrição esportiva e suplementos

ØModalidades desportivas culturalmente estabelecidas, como masculinas e femininas

ØImprovisação e criação musical

ØMúsica e tecnologias

ØGêneros e estilos musicais História da Arte, movimentos e períodos: Arte Pré-Histórica ou Rupestre (períodos paleolítico e neolítico), Egípcia, Grega, Romana, Cristã Primitiva e Arte no Período Medieval: Bizantina, Românica e Gótica.

ØRenascimento e Maneirismo

ØHistória da Arte: Arte Africana, Arte do Oriente Médio e do Extremo Oriente

ØHistória da Arte no Brasil: Período Pré-Colonial ou Pré-Cabralino: Arte Indígena

ØHistória da Arte no Brasil: Período Colonial (influências africana e europeia)

ØHistória do teatro: Origem do Teatro, Teatro Primitivo, Teatro Medieval, Comedia Dell’Arte, Teatro Barroco, Teatro dos Jesuítas e Teatro do Brasil Colonial.

Ø Comédia, Teatro Renascentista

ØGêneros teatrais: tragédia, comédia, drama, farsa etc.

ØConcepções de gênero épico, lírico e dramático e de suas formações híbridas na contemporaneidade

ØRecursos da linguagem poética

ØFiguras de linguagem na composição de sentidos de textos literários

ØLeitura e escrita de poemas

ØLeitura, compreensão e interpretação de letras de músicas regionais e de outros gêneros musicais

ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos

ØAvaliação física: testes, protocolos e software utilizados

ØA capoeira na formação da identidade e cultura nacional, conduzindo debates sobre racismo, preconceito, inclusão e discriminação – de gênero e sexual

ØImprovisação e criação

ØGêneros e estilos musicais

ØInfluência de outras culturas para a produção de Música no Brasil

ØHistória da Música em diferentes contextos históricos e sociais.

Ø Profissional da arte: identificação e funções básicas

ØAs profissões ligadas às tecnologias contemporâneas e a influência da tecnologia nas produções artísticas

ØHistória da Arte, movimentos e períodos: Arte Colonial Brasileira, O Barroco e o Rococó na Europa e no Brasil, Neoclassicismo, Romantismo, Arte brasileira no século XIX, Academia Imperial de Belas Artes, Revolução Industrial e o Realismo, Pré-Modernismo Brasileiro, Impressionismo e Pós-Impressionismo

ØRecursos da linguagem poética

ØFiguras de linguagem na composição de sentidos de textos literários

ØLeitura e escrita de poemas

ØLeitura, compreensão e interpretação de letras de músicas regionais e de outros gêneros musicais

ØLeitura de autores representativos da língua portuguesa, de autores lusófonos europeus e africanos

ØSaúde, padrão de beleza e os discursos midiáticos

ØA Educação Física como prática da sustentabilidade humana

ØGêneros e estilos musicais

ØHistória da Música em diferentes contextos históricos e sociais

Ø Profissional da arte: identificação e funções básicas

ØAs profissões ligadas às tecnologias contemporâneas e a influência da tecnologia nas produções artísticas

ØHistória da Arte, movimentos e períodos:

ØModernismo/Vanguardas Históricas: Expressionismo, Fovismo, Cubismo, Futurismo, Abstracionismo, Modernismo Brasileiro, Semana de Arte Moderna de 1922, Antropofagismo, Movimento Pau-Brasil.

ØArte e indústria: Dadaísmo, Surrealismo, Muralismo Mexicano, Arquitetura Moderna Brasileira - Brasília

ØConceito de design e suas escolas: Art Nouveau, Bauhaus, Design contemporâneo e comunicação visual.

ØArte no Pós-Modernismo: Arte Pós-Moderna, Arte Conceitual

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LINGUAGENS

Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

ØO teatro e as manifestações populares brasileiras: folguedos e brincantes

ØTeorias sobre a origem da dança

ØConceitos de dança

ØProduções e manifestações da dança no Distrito Federal e no entorno: Seu Estrelo e Fuá do Terreiro, Pé de Cerrado, Bumba Meu Boi do Seu Teodoro etc.

ØHistória da Dança no Distrito Federal: escolas de dança

ØDanças populares brasileiras

ØHistória da dança: manifestações da dança na pré-história, Egito, Grécia (dança dionisíaca) e Roma

ØConceito de Estética

ØProfissional da arte (artes visuais, música, teatro e dança): identificação e funções básicas

ØRelação entre as novas tecnologias e as produções artísticas

ØA função do público: formação de plateia/expectador

ØHistória da dança: Idade Média (danças macabras), Balé de corte, Dança Clássica, (Luis XVI, Jean-Georges Noverre), Romantismo, Balés Russos ( Diaghilev, Nijinsky)

ØHistória da dança no Brasil: período Colonial, desenvolvimento e escolas de balé, Dança Moderna no Brasil.

ØDança na América, na África e no Oriente

ØDanças populares brasileiras

ØHistória do teatro: Comédia de costumes, Teatro de Martins Penna, História do Teatro Universal, Teatro Romântico,

ØDança Clássica, (Luís XVI. Jean-Georges Noverre), Romantismo, Balés Russos (Diaghilev, Nijinsky)

ØHistória da Dança no Brasil: período colonial, desenvolvimento e Escolas de Balé, Dança Moderna no Brasil

ØDança na América, na África e no Oriente

ØHistória do teatro: Comédia de Costumes, Teatro Martins Penna, História do Teatro Universal, Teatro Romântico,Teatro de Arthur Azevedo, Teatro Realista e Naturalista: Ibsen e Zola, Teatro de Revista, Teatro brasileiro de Comédias – TBC, Teatro Universitário

ØO teatro moderno ocidental

Ø O teatro oriental

Ø Bens artísticos e culturais brasileiros

ØEscritores e dramaturgos brasileiros

ØElementos de Estética

ØA função do público: formação de plateia/expectador

Ø Relação entre as novas tecnologias e as produções artísticas

ØArte Norte-Americana : Action Painting, Pop Arte, Minimalismo, Land Art, Arquitetura Pós-Moderna

ØArte no Brasil: Abstracionismo, Bienais, Concretismo e Neoconcretismo, Arte Conceitual

ØArte e Tecnologia: Web Design, Hipertexto, Hipermídia, Design Design contemporâneo e comunicação visual

ØArte no Pós-Modernismo: Arte Pós-Moderna, Arte Conceitual

ØArte Norte-Americana: Action Painting, Pop Arte, Minimalismo, Land Art, Arquitetura Pós-Moderna

ØArte no Brasil: Abstracionismo, Concretismo e Neo Concretismo, Arte Conceitual

ØArte e Tecmpçpgoa: Web Design, Hipertexto, Hipermídia, Multimídia, Vídeo, Cinema, Fotografia

ØArte Contemporânea: Feminismo, Multiculturalismo, Arte e política, Instalações Artísticas, Performance

ØArte Contemporânea no Brasil e no Distrito Federal: tipos e gêneros

ØHistória da dança: Dança Moderna ( Martha Graham, Isadora Duncan), Escola Germânica (Rudolph Van Laban) Dança Contemporânea (Maurice Bejart)

ØHistória da dança no Brasil: Dança Moderna

ØDança, cinema e musicais: sapateado, jazz e street dance

ØDança e cultura de massas: funk, axé e todas as manifestações da dança popular

ØIndústria cultural

ØDança contemporânea no Brasil: características e escolas, Ivaldo Bertazzo

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LINGUAGENS

Multiletramentos, literatura, sensibilidade e apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

ØHistória do teatro brasileiro: Teatro de Arena, Oficina e Opinião

ØTipos de ações cênicas, improvisadas e ou elaboradas

ØMulticultura, identidade e diversidade

ØTeatro Moderno, Contemporâneo – Expressionismo, Simbolismo e Teatro Político

ØTeatro do Absurdo, Teatro da Crueldade, Épico

ØTendências Contemporâneas – Grupos teatrais brasileiros e estrangeiros

ØA linguagem cênica e sua utilização nas diversas mídias

ØEscritores e dramaturgos Brasileiros: Martins Pena, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues etc.

ØA função do público: formação de plateia/expectador

ØRelação entre as novas tecnologias e as produções artísticas

ØArte e Sustentabilidade

LINGUAGENS

Multiletramentos, oralidade, interação e corporeidade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, de leitura, de interpretação, de simbologia, de apreciação, de presença corporal e de prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a apreciação estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

ØApreciação de músicas de diversos gêneros

ØGêneros textuais orais (apresentações, exposições, debates), considerando as etapas de planejamento, produção e revisão

ØApreciação de músicas de diversos gêneros

ØGêneros textuais orais (apresentações, exposições, debates) considerando as etapas de planejamento, produção e revisão

ØApreciação de músicas de diversos gêneros

ØGêneros textuais orais (apresentações, exposições, debates) considerando as etapas de planejamento, produção e revisão

Page 46: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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LINGUAGENS

Multiletramentos, oralidade, interação e corporeidade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, de leitura, de interpretação, de simbologia, de apreciação, de presença corporal e de prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a apreciação estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

ØLeitura e declamação de poemas

ØProdução oral de relatos, comentários críticos e resumos

ØEstudo do vocabulário de origem africana e indígena na constituição do falar brasileiro

ØPercepção da cultura corporal

ØO processo de funcionamento do organismo humano: capacidades fisiológicas, motoras, psíquicas e afetivas

ØBrinquedos e brincadeiras da cultura brasileira e suas vivências atuais

ØO aparelho fonador, o emprego da voz humana e do corpo no processo de produção musical

ØPrática interpretativa

ØEspaço bidimensional, tridimensional e noções de perspectiva

Ø Elementos básicos do movimento expressivo vocal

ØInterpretação de manifestações populares por meio da expressão corporal

ØJogos dramáticos

ØAções cênicas, improvisadas e ou elaboradas

ØConsciência corporal

ØEstudo dos elementos do movimento: criatividade, energia, velocidade, desenho

ØCorpo, espaço, movimento, ação dramática, ritmo

ØElementos da anatomia e da fisiologia aplicados à dança

ØJogos corporais coreográficos – iniciação à coreografia

ØImprovisação

ØLeitura e declamação de poemas

ØProdução oral de relatos, comentários e resumos críticos

ØEstudo do vocabulário de origem africana e indígena na constituição do falar brasileiro

ØPercepção da cultura corporal

ØPercepção da cultura afro-brasileira e suas manifestações e destaques nos esportes

ØConcepção e cooperação de mundo solidário

ØBrinquedos e brincadeiras da cultura

afro-brasileira e seu contexto

ØO aparelho fonador, o emprego da voz humana e do corpo no processo de produção musical

ØPrática interpretativa

Ø Espaço bidimensional, tridimensional e noções de perspectiva

Ø Elementos básicos do movimento expressivo vocal

Ø Jogos dramáticos

Ø Ações cênicas elaboradas

Ø Jogos corporais coreográficos

Ø Improvisação

Ø Busca pelo movimento individual

ØLeitura e declamação de poemas

ØProdução oral de relatos, comentários e resumos críticos

ØEstudo do vocabulário de origem africana e indígena na constituição do falar brasileiro

ØPercepção da cultura juvenil e suas manifestações

ØCooperação como prática social: vivência de eventos inerentes à Educação Física, com vistas à integração de todos

ØBrinquedos e brincadeiras da cultura juvenil

ØO aparelho fonador, o emprego da voz humana e do corpo no processo de produção musical

ØPrática interpretativa

ØEspaço bidimensional, tridimensional e noções de perspectiva

ØElementos básicos do movimento expressivo vocal

ØAções corporais: movimento, espaço, tempo, peso, fluência

ØJogos dramáticos

ØJogos corporais coreográficos

Ø Improvisação

Ø Alteridade

ØTécnicas de dança contemporânea

Page 47: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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LINGUAGENS

Multiletramentos, gramática, reflexão e análise crítica

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, léxicos, pragmáticos, imaginativos etc.) e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si mesmo, do outro e do mundo.

1ª série 2ª série 3ª série

ØConceitos de língua e linguagem e de variação e mudança linguística, associados ao debate em torno das noções de preconceito e de respeito linguísticos

ØIntrodução aos aspectos gerais da fonologia/fonética e morfologia

ØPapel dos sinais de pontuação na construção do sentido de textos autênticos que circulam na sociedade

ØAnálise linguística: morfossintaxe

ØRevisão das classes gramaticais

ØAnálise dos casos de concordância verbal e nominal associada ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma padrão

ØAnálise da transitividade verbal (verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos) e dos verbos de ligação, por meio de gêneros textuais que circulam na sociedade

ØOrtografia: regras de acentuação conforme o novo Acordo Ortográfico

ØEducação Física: dever da escola e direito de cada um e como processo de preservação do meio ambiente

ØEsporte e o mundo feminino e masculino

ØAs regras dos jogos como instrumento de criação e de transformação

ØHistória da Música em diferentes contextos históricos e sociais

ØUsos e funções da música

ØMúsica e mídia

ØMúsica articulada a outras linguagens artísticas

ØConceitos de língua e linguagem e de variação e mudança linguística, associados ao debate em torno das noções de preconceito e de respeito linguísticos

ØAnálise dos processos de regência verbal (inclusive fenômeno da crase) e nominal e de concordância verbal e nominal associados ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma-padrão

ØPapel dos sinais de pontuação na construção do sentido de textos autênticos que circulam na sociedade

ØAnálise da transitividade verbal (verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos) e dos verbos de ligação por meio de gêneros textuais que circulam na sociedade

ØAnálise linguística: morfossintaxe

ØAnálise das vozes verbais (voz ativa e voz passiva) na construção sintática do período e na construção do sentido do texto

ØAnálise da colocação pronominal associada ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma-padrão

ØOrtografia: regras de acentuação conforme o novo Acordo Ortográfico

ØEducação Física: promoção e preservação da saúde e melhoria da qualidade de vida no planeta

ØEsporte e a sexualidade

ØInfluência das diferenças socioeconômicas na prática das modalidades esportivas

ØUsos e funções da música

ØMúsica e mídia

ØMúsica e outras linguagens artísticas

ØConceitos de língua e linguagem e de variação e mudança linguística, associados ao debate em torno das noções de preconceito e de respeito linguísticos

ØFunções e valor semântico de preposições, conjunções, pronomes relativos e advérbios na constituição de textos em diversos gêneros

ØAnálise dos processos de regência verbal (inclusive fenômeno da crase) e nominal e de concordância verbal e nominal associados ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma-padrão

ØPapel dos sinais de pontuação na construção do sentido de textos autênticos que circulam na sociedade

ØAnálise da estrutura do período simples e do período composto por subordinação (orações substantivas, adjetivas e adverbiais)

ØAnálise da transitividade verbal (verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos) e dos verbos de ligação por meio de gêneros textuais que circulam na sociedade

ØAnálise das vozes verbais (voz ativa e voz passiva) na construção sintática do período e na construção do sentido do texto

ØAnálise da colocação pronominal associada ao debate em torno da variação linguística e do uso da norma padrão

ØOrtografia: regras de acentuação conforme o novo Acordo Ortográfico

ØEducação Física e o mundo do trabalho e do lazer

ØEsporte e racismo: avanços e necessidades

Page 48: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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LINGUAGENS

Multiletramentos, gramática, reflexão e análise crítica

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, léxicos, pragmáticos, imaginativos etc.) e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si mesmo, do outro e do mundo.

1ª série 2ª série 3ª série

ØProdução musical do Distrito Federal e do entorno

ØMúsica e identidade cultural

ØProfissional em música

ØInfluências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da arte, folclore, culinária e crendices nacionais

ØEstudo da diversidade cultural nos âmbitos familiar, escolar e regional

ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais

ØCritérios de cultura construídos e embasados em conhecimentos afins – de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico

ØApropriações culturais e interações entre os povos

ØA arte e seu papel político e social

ØPrincipais artistas, contexto histórico e social

ØPrincipais obras ou produções artísticas e suas características

ØEstudo comparativo de obras do passado e contemporâneas

ØMúsica Brasileira – diversidade de manifestações, estilos e gêneros

ØInfluências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da arte, folclore, culinária e crendices nacionais

ØInfluência da cultura oriental no Brasil

ØCultura Popular Brasileira (Visuais, Música, Teatro, Dança)

ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais

ØCultura Popular Brasileira (visual, música, teatro, dança)

ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais

ØCritérios de cultura construídos e embasados em conhecimentos afins – de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico

ØApropriações culturais e interações entre os povos

ØAções cênicas elaboradas

ØA arte e seu papel político e social

ØPrincipais artistas, contexto histórico e social

ØPrincipais obras ou produções artísticas e suas características

ØEstudo comparativo de obras do passado e contemporâneas

ØInterpretação e expressão crítica relativas à atividade física, por meio de jogos, dança, esporte, ginásticas e lutas

ØUsos e funções da música

ØMúsica e mídia

ØMúsica e Tecnologia

ØMúsica e outras linguagens artísticas

ØMúsica Brasileira – diversidade de manifestações, estilos e gêneros

ØInfluência da cultura Influências das matrizes culturais brasileiras (indígena, africana e europeia) na formação da arte, folclore, culinária e crendices nacionais

ØCultura oriental no Brasil

ØCultura Popular Brasileira (visual, música, teatro, dança)

ØEstudo dos meios de comunicação de massa e influências no comportamento e mudanças sociais

ØCritérios de cultura construídos e embasados em conhecimentos afins – de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico

ØApropriações culturais e interações entre os povos

ØA arte e seu papel político e social

ØPrincipais artistas (artes visuais, música, teatro e dança), contexto histórico e social

ØPrincipais obras ou produções artísticas (artes visuais, música, teatro e dança) e suas características

ØEstudo comparativo de obras do passado e contemporâneas

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CIÊNCIAS HUMANAS

Multiletramentos – Sociedades, Culturas, Espaço/Tempo

“Não têm sentido renovações de conteúdos sem mudanças de procedimentos e tampouco uma fixação em processos educativos sem conteúdos de cultura” (Sacristán, 2000).

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão trazem a perspectiva de que as sociedades e culturas estão em constante mudança. Nesse sentido, devem buscar estabelecer um elo possível entre o conhecimento escolar, a necessidade social e a qualidade de vida dos cidadãos, vinculados ao contexto do século XXI que se apresenta com um universo cultural extremamente rico e complexo, mas também traz agregadas profundas marcas das desigualdades sociais, estabelecendo um novo paradigma para a percepção do mundo, da sociedade e da história. Assim sendo, o ensino das Ciências Humanas e suas tecnologias propõe uma abordagem teórica e metodológica abrangente de todo o processo histórico, geográfico, sociológico bem como filosófico e seus aspectos socioeconômicos vinculados à política, à cultura, ao trabalho, aos direitos humanos, ao meio ambiente, relacionando-os ao desenvolvimento humano dos estudantes.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØNatureza e Cultura

ØOs povos Pré-Colombianos: Incas, Maias, Astecas e Grupos Indígenas Brasileiros

ØHistória da África (inclusive civilização etíope e egípcia)

ØHistória e Cultura Afro-Brasileira: Pré-História e História Africana, civilizações antigas no continente africano

ØDiferentes povos que habitam o continente africano

ØHistória da Europa

ØCivilização Clássica

ØIdade Média: Os povos árabes e o Islamismo

ØIdade Moderna

ØRevolução Francesa

ØRevolução Inglesa

ØRevolução Industrial: os novos problemas sociais

ØGlobalização:

perspectivas socioeconômicas

ØConceitos/temáticas associados à globalização: história contemporânea recente

ØGrandes Navegações e o início da mundialização das relações humanas

ØIndústria Cultural

ØMeios de Comunicação de Massa

ØSociedade técnico-científico- informacional

ØTelecomunicações e a Sociedade de Informação

ØPoder da mídia na formação da história contemporânea

CIÊNCIAS HUMANAS

Multiletramentos – Ciências, Meio Ambiente, Educação

A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total do educando, com saberes que lhe permitam compreender o mundo, favorecendo o desenvolvimento da curiosidade intelectual, do senso crítico, que contemplem sua formação como pessoa e como cidadão, como sujeito ético e que valorizem a pluralidade cultural do gênero humano. Nesse sentido, a escola deve estar em sintonia com seu tempo, promovendo investigações filosóficas e científicas para desvelar as possibilidades de mudança a partir de temas contemporâneos (meio ambiente, direitos humanos, entre outros) que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. Tendo sempre em mente a estranheza e a desnaturalização dos fenômenos sociais como norteadores teóricos para a Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, haverá a possibilidade de desconstruir preconceitos e construir um olhar desvinculado em detrimento do senso comum, possibilitando, como bem diz Bauman, o exercício da liberdade e da autonomia.

1º Ano 2º Ano 3º AnoØAs Ciências Humanas: suas

características e suas formas de registros:•O tempo e o espaço nas

Ciências Humanas•Conceitos básicos: Trabalho,

Cultura e SociedadeØSurgimento da Filosofia:

•Do Mito à Razão •O “nascimento” do filósofo

ØO que é Filosofia?ØPensamento e Linguagem

ØRevolução Industrial: os novos problemas sociais:• Industrialização: clássica,

tardia, planificada e técnico-científica, contexto mundial e brasileiro

Ø A Revolução Científica Ø O método científicoØA racionalização do Espaço:

• Orientação espacial • Representação da Terra • Sistema terrestre

ØDiversidades ambientais

ØCrise da Sociedade ModernaØMatriz Energética Internacional ØConflitos militares no Oriente

Médio e na África nos séculos XIX e XX.

ØDesenvolvimento sustentável, relatórios e tratados ambientais internacionais

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CIÊNCIAS HUMANAS

Multiletramentos – Ciências, Meio Ambiente, Educação

A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total do educando, com saberes que lhe permitam compreender o mundo, favorecendo o desenvolvimento da curiosidade intelectual, do senso crítico, que contemplem sua formação como pessoa e como cidadão, como sujeito ético e que valorizem a pluralidade cultural do gênero humano. Nesse sentido, a escola deve estar em sintonia com seu tempo, promovendo investigações filosóficas e científicas para desvelar as possibilidades de mudança a partir de temas contemporâneos (meio ambiente, direitos humanos, entre outros) que geram impactos na qualidade de vida das pessoas. Tendo sempre em mente a estranheza e a desnaturalização dos fenômenos sociais como norteadores teóricos para a Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, haverá a possibilidade de desconstruir preconceitos e construir um olhar desvinculado em detrimento do senso comum, possibilitando, como bem diz Bauman, o exercício da liberdade e da autonomia.

1º Ano 2º Ano 3º AnoØAs fontes de dados sobre as

realidades sociais, políticas e cultura brasileira (fome, violência, trabalho infantil e escravo, analfabetismo, mortalidade infantil, entre outros)

ØEducação/Escola:• Papel da escola• Comunidade

CIÊNCIAS HUMANAS

Multiletramentos – Indivíduos, Identidades, Diversidades

A identidade do indivíduo pode ser compreendida na dialógica de sua unidade e das diversidades, como dimensões inerentes, antagônicas e complementares da espécie humana. Para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação e acolher e conviver com as diferenças, é importante uma educação escolar que reconheça e respeite as pluralidades. Assim, a escola como fonte e base de construção e afirmação de identidades em um mundo planetário (Edgar Morin) e plural, deve buscar combater todas as formas de preconceito e discriminação. Para tanto, é necessário educar sob a inspiração da ética, que se traduz na busca de condições para que as identidades se constituam pelo reconhecimento do direito à igualdade, tendo como ponto de partida os direitos humanos.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØNatureza e Cultura: Relativismo Cultural

ØIdentidade, Diversidade e Gênero

ØConsciência mítica

ØReligiosidade Africana e Indígena

ØReligiões Afro-Brasileiras

ØRenascimento:

• Despertar de um novo homem

• Ciência Moderna

ØReforma Protestante

ØPopulação:

•Identidade e diversidade cultural, sexual, de gênero e geracional;

•Características da população

ØIluminismo: Novas formas de Ciências

ØSujeito versus Objeto do conhecimento:

•O que é Conhecimento?

•Pensamento racional ao longo da historia

ØSenso Crítico versus Senso Comum

ØNova visão de ser humano:

•A natureza humana

•Liberdade, autonomia política

ØDiversidades econômicas, étnicas, religiosas e culturais do Brasil

ØMovimentos sociais:

•Homem como animal político

•Autonomia e heteronomia política

•Novos movimentos sociais: mulheres, negros, GLTB, índios e outras minorias no mundo e no Brasil

•Políticas afirmativas

ØIdeologias

ØAlienação

ØFilosofia contemporânea: o homem na Pós-Modernidade

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CIÊNCIAS HUMANAS

Multiletramentos – Estado, Política e Trabalho

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer o entendimento do estudante de que a Política corresponde a uma rede de interesses e de acordos estabelecidos pelos seres humanos em um processo de tomada de decisões, o que envolve valores sociais e de relações de poder. Além disso, é necessário que a prática pedagógica aborde os conteúdos, considerando que o poder é Poder, é um complexo de relações entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais e que o Trabalho é conceituado em sua perspectiva ontológica de transformação da natureza, como realização inerente do ser humano e como mediação no processo de produção de sua existência.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØA Pólis GregaØ A expansão comercial e marítima

europeia:Ø Acumulação Primitiva de CapitalØ FeudalismoØ O Estado NacionalØ Teoria Política Moderna: formação

do Estado ModernoØ Direito NaturalØ ContratualismoØ MercantilismoØ Absolutismo

Ø Organização social nos diferentes modos de produção:• Escravismo, feudalismo,

capitalismo, socialismoØ Escravidão na América Colonial

e suas diversas facetas: América Espanhola,Brasil, Estados Unidos

Ø Sistema Colonial e sua crise:• Colonização, formação e

independência dos EUA• Colonização, formação e

independência do Brasil• Colonização, formação e

independência da América Espanhola

• Colonização da África• Colonização da Ásia

Ø Imperialismo

Ø Nação, Estado e TerritórioØ Movimentos operários:

• Anarquismo• Classes sociais• Socialismo utópico e científico• Divisão social do trabalho:

trabalho material e imaterialØ Novos modelos de gestão do

trabalho:• Taylorismo-fordismo e modelo

japonês (toyotismo)• Mudanças no perfil do

trabalhador e do trabalhoØ Democracia versus Totalitarismo:

• República Velha, Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa

• Crise de 1929, o nazifacismo, a Era Vargas, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria e o Mundo Bipolar

• A ditadura militar, redemocratização no Brasil, Constituição Cidadã de 1988

• A queda do Muro de Berlim, o Mundo Multipolar e os Blocos Econômicos

• Sistema eleitoral brasileiro: Império, República Velha, Era Vargas, Redemocratização, Período militar e ordenamento jurídico pós -1988

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MATEMÁTICA

Multiletramentos - Cultura, sociedade, meio ambiente e ética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que a Matemática não é neutra. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem, na realidade dos estudantes, como situações problema. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo para uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØNOÇÕES DE MATEMATICA FINANCEIRA:•Razão, proporção e

porcentagem•Juros simples e compostos•Descontos•Taxas e financiamentos

ØSEQUÊNCIAS E PROGRESSÕES:•Sequências•Progressões Aritméticas e

Progressões Geométricas

ØMATRIZES• Aplicações com matrizes• Operações• Determinante de uma matriz

ØSISTEMAS LINEARES:• Formas lineares,

escalonados, equivalentes e homogêneos

• Tipos de soluções: regra de Cramer, escalonamento e outros

ØANÁLISE COMBINATÓRIA:•Princípio da contagem•Arranjos, permutações e combinações

ØPROBABILIDADE:•Espaço amostral e evento•Probabilidades

ØNOÇÕES DE ESTATÍSTICA:•Coleta de dados•Variáveis•Construção de tabelas e

gráficos•Distribuição de Frequência•Gráficos•Médias estatísticas: aritmética,

ponderada e harmônica•Mediana, moda e desvio

padrão

MATEMÁTICA

Multiletramentos – Lógica, Análise e Representação

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A ideia de “algebrizar” está relacionada à capacidade de simbolizar, de operar simbolicamente e de interpretar as relações simbólicas. É o grande início da modelagem matemática. A lógica algébrica permite ao indivíduo traduzir uma situação problema em linguagem matemática a partir da qual são aplicadas rotinas de cálculos e algoritmos. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume na Matemática o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção do conhecimento no âmbito dos multiletramentos. Dessa forma, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, contribuindo para que os estudantes possam ter uma visão crítica e coerente ao interpretar e agir sobre os fatos.

1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano

ØCONJUNTOS:•Revisão de conceitos

fundamentais•Conjuntos numéricos•Intervalos•Resoluções de situações

problema

ØFUNÇÕES:•Definição•Gráficos de funções•Crescimento e decrescimento•Domínio e imagem dos

intervalos

ØREVISÃO DE POTENCIAÇÃO

ØFUNÇÃO EXPONENCIAL• Equação exponencial• Função exponencial• Inequação exponencial

ØNÚMEROS COMPLEXOS:• Parte imaginária e real• Operações com números

complexos• Aplicações dentro do

conjunto complexo

Page 53: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

53

MATEMÁTICA

Multiletramentos – Lógica, Análise e Representação

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. A ideia de “algebrizar” está relacionada à capacidade de simbolizar, de operar simbolicamente e de interpretar as relações simbólicas. É o grande início da modelagem matemática. A lógica algébrica permite ao indivíduo traduzir uma situação problema em linguagem matemática a partir da qual são aplicadas rotinas de cálculos e algoritmos. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume na Matemática o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção do conhecimento no âmbito dos multiletramentos. Dessa forma, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, contribuindo para que os estudantes possam ter uma visão crítica e coerente ao interpretar e agir sobre os fatos.

1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano

ØFUNÇÃO POLINOMIAL DE PRIMEIRO GRAU:•Definição•Gráficos•Zero da função e equação de

1º grau•Construção de gráficos,

tabelas, quadros, utilizando informações sociais

ØFUNÇÃO POLINOMIAL DE SEGUNDO GRAU:•Definição e gráficos•Zeros da função e equação dE

2º grau•Estudo da parábola

ØINEQUAÇÕES•Aplicações e operações com

inequações

ØFUNÇÃO LOGARÍTMICA:•Definição de logaritmo e

propriedades•Equações logarítmicas•Definição de função logarítmica•Representação gráfica•Inequações logarítmicas

ØTRIGONOMETRIA:•Razões trigonométricas:

seno, cosseno, tangente e seus correspondentes trigonométricos

•Relações trigonométricas•Funções trigonométricas•Equações trigonométricas

ØPOLINÔMIOS:• Função polinomial• Valor numérico e polinômio

nulo• Operações com polinômios• Equações polinomiais (ou

algébricas)

MATEMÁTICA

Multiletramentos – Ciência, Tecnologia, Informação e Criatividade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Ou seja, o estudante, a partir desta dimensão, terá a possibilidade de ler, interpretar e analisar dados de diferentes formatos e ainda fazer julgamento e opções a partir dessa análise. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano deve combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.

1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano

ØREVISÃO DE GEOMETRIA:•Estudo dos polígonos•Propriedades e classificação•Figuras planas•Áreas de figuras planas associadas

à área do retângulo•Semelhança de triângulos•Traçado de bissetrizes, medianas

e mediatrizes com uso de régua e compasso

•Triângulo retângulo•Relações métricas / Teorema de

Pitágoras•Polígonos inscritos e circunscritos

em uma circunferência

ØGEOMETRIA ESPACIAL:• Área da superfície/

planificação, volume e secção das configurações matemáticas: prisma, pirâmide (tronco), cilindro, cone (tronco) e esfera

ØGEOMETRIA ANALÍTICA:•Estudo do Ponto•Estudo da Reta•Estudo da Circunferência

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CIÊNCIAS DA NATUREZA

Multiletramentos – Ciência, Cultura e Ética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem de uma perspectiva de que as Ciências da Natureza não são neutras. Dessa forma, é necessária a construção de diálogos éticos em prol da sustentabilidade humana no enfrentamento de questões que se apresentem na realidade dos estudantes, como situações problematizadoras. Essa realidade é o desafio a ser considerado pelo professor para fomentar uma diversidade metodológica que permita a construção, em coautoria com os estudantes, de projetos de intervenção pedagógica, a fim de transformar essas realidades, considerando os aspectos culturais, os conhecimentos não formais e suas origens. Assim, os multiletramentos são significativos para revelar e interpretar tais contextos e, consequentemente, promover a apropriação da cultura científica escolar, embasada na ética e nos direitos do cidadão, contribuindo com uma formação participativa, reflexiva e crítica dos estudantes.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØConceito de vida

ØBiologia como ciência

ØCidadania e o cidadão no mundo e em sua comunidade

ØA CIÊNCIA QUÍMICA: • Evolução histórica • Modelo científico • Importância da Ciência –

Tecnologia – Sociedade • Avanços tecnológicos numa

perspectiva sustentável• História e desenvolvimento de

Novos Materiais (do Egito aos dias de hoje)

ØHistória e modelos explicativos da origem e evolução do universo

ØImplicações da teoria da

Relatividade Restrita nos conceitos de espaço, massa e tempo

ØImplicações da teoria da

Relatividade Especial para corpos submetidos à velocidade da luz

ØEvolução histórica das

concepções de força, movimentos e suas causas

ØCategorias taxionômicas e nomenclatura biológica

ØFilogenia

ØIMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA DE VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS:•Poríferos, Cnidários•Platelmintos e nematelmintos•Peixes e Anfíbios•Répteis•Aves e mamíferos •Animais peçonhentos

ØCLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS: • História e evolução da

classificação • Tabela Periódica Moderna • Relação com os subníveis

energéticos • Estudo das propriedades

periódicas e aperiódicas

ØLIGAÇÕES QUÍMICAS: • Ligações Intermoleculares • Ligações Intramoleculares

ØConcepções científicas e do senso comum acerca do conceito de calor

ØEvolução histórica dos conceitos

de calor e temperatura ØEscalas termométricas

(abordagem qualitativa)

ØDilatação de sólidos e líquidos

ØFormas de propagação de calor

ØEquilíbrio térmico – Lei Zero da Termodinâmica

ØTrocas de calor

ØO código genético

ØA base da vida: os ácidos nucleicos

ØBiossíntese de proteínas

ØMutações gênicas: modificando as mensagens

ØMorfofisiologia humana

ØMulticelularidade (tipos celulares, interdependência funcional e estrutural das células)

ØA homeostase

ØA integração dos sistemas fisiológicos

ØDistúrbios anátomo-fisiológicos

ØCaracterísticas de ímãs ØEvolução histórica do

conhecimento sobre magnetismo ØExperiência de Oersted ØCampos magnéticos gerados por

correntes retilíneas, circulares e senoidais

ØLinhas de força ØForça magnética em cargas

pontuais e em fios

Page 55: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

55

CIÊNCIAS DA NATUREZA

Multiletramentos – Tecnologia, Informação e Criatividade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem desenvolver a consciência crítica em relação ao que se ouve, lê, escreve e vê. Nesse sentido, é preciso compreender que o ser humano precisa combinar múltiplas habilidades, conhecimento multicultural, comportamentos adequados aos diferentes contextos para exercer seus direitos e deveres de cidadão crítico e consciente do presente e do futuro. Para isso, é importante que se entendam a tecnologia e a informação como recursos presentes no cotidiano do indivíduo, em constante e rápida transformação, tornando-se conhecimentos valiosos para as condições humanas de criatividade.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØO lixo e reaproveitamento da matéria

ØAção antrópica sobre o ambiente na perspectiva da sustentabilidade

ØAgricultura sustentável

ØBioenergética

ØRespiração celular ØFotossíntese

ØNutrição

ØOrganização e o funcionamento da célula

ØCélula procariota e eucariota

ØEstruturas celulares

ØMecanismos de transporte celular

ØCitoplasma organelas

ØNúcleo (replicação do DNA, cromossomos e cariótipo)

ØReprodução celular: mitose e meiose

ØGametogênese

ØEmbriologia

ØReprodução nos seres vivos

ØTipos de reprodução

ØCINÉTICA QUÍMICA • Modelo da Teoria das Colisões • Estudo de Gráficos • Transformações Gasosas • Equação Geral dos Gases de

Clapeyron • Teoria Cinética dos Gases

ØVelocidade, aceleração, força, massa, peso

ØImpulso

ØCaracterísticas de fluidos ideais (incompressibilidade, densidade e pressão)

ØDoenças viróticas e saúde pública

ØSistemas de defesa – Noções de imunologia

ØDoenças bacterianas e saúde pública

ØAntibióticos e mecanismos de resistência

ØDoenças fúngicas e saúde pública

ØFisiologia vegetal

ØMetabolismo e hormônios vegetais

ØBotânica paliçada

ØFitoterápicos

ØDoenças e saúde pública dos Platelmintos e nematelmintos

ØMODELOS ATÔMICOS: • Evolução do Modelo Atômico

de Dalton a Rutherford-Bohr • Estrutura Atômica • Radioatividade • Benefícios e riscos em uma

perspectiva cidadã

ØFontes de luz e fenômenos ópticos

ØFormação de cores

ØPrincípios da óptica geométrica

ØEvolução histórica das ideias sobre fenômenos luminosos

ØBiotecnologia e bioética

ØA engenharia genética: métodos, técnicas e aplicações

ØBioética e teorias evolutivas

ØTERMOQUÍMICA: • Noções de Reações

exotérmicas e endotérmicas • Lei de Hess

ØTrabalho e energia potencial elétrica

ØCapacitores ØPropriedades elétricas

dos materiais condutores, semicondutores e isolantes

ØPotencial elétrico

ØEvolução do conhecimento sobre Eletrologia de Tales de Mileto a Charles Du Fay

ØDiferença de potencial elétrico

e corrente elétrica ØPotência elétrica ØLeis de Ohm ØCircuitos elétricos e associação

de resistores em série, paralela e mista

ØGeradores e receptores

elétricos

ØUtilização de medidores elétricos: amperímetro, voltímetro e ohmímetro

ØFontes de energia elétrica de corrente contínua

Page 56: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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CIÊNCIAS DA NATUREZA

Multiletramentos – Lógica, Análise e Representação

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão partem da convicção de que o raciocínio lógico é capaz de romper com os processos de simples memorização de fórmulas e tabelas, pois desenvolve no estudante a capacidade de construir conceitos a partir de observações e de experiências vivenciadas dentro e fora da escola. Esse raciocínio contribui para a análise dos fatos, promove o pensamento científico e desenvolve ações de manipulação de objetos de aprendizagem, de operacionalização, de representação e de abstração. Nesse contexto, a representação assume, nas Ciências da Natureza, o papel de construir modelos simbólicos dos diversos fenômenos, contribuindo para a percepção da ciência no âmbito dos multiletramentos. Além disso, a lógica, a análise e a representação devem atuar em conjunto, pois a natureza não age biológica, física e quimicamente de maneira isolada, o que exige uma visão interdisciplinar das ciências.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØFluxo de matéria e energiaØCadeias alimentaresØTeias alimentaresØPirâmides ecológicasØCiclos biogeoquímicosØNíveis de organização dos seres

vivosØTeoria celular ØComposição química da célulaØBiomoléculasØMetabolismo energéticoØAnabolismo e catabolismo

ØA CONSTRUÇÃO DA MATÉRIA:• Aplicações biotecnológicas• Características dos Materiais• Classificação e Propriedades

Gerais da Matéria• Métodos de Separação de

Misturas

ØUMA ABORDAGEM QUANTITATIVA DA MATÉRIA:• Leis Ponderais • Estudo do Modelo Científico de

Dalton e representações • Reações Químicas (abordagem

qualitativa)• Balanceamento por tentativas • Grandezas Químicas (massa

molar, Mol, número de Avogadro)

• Notações científicas• Cálculos Proporcionais da

Química • Estequiometria

ØSistema Internacional de Unidades

ØConceitos de referencial, posição, deslocamento, diferenciando grandezas escalares e vetoriais

ØMomento linear, torque e momento angular

ØColisões mecânicas (elásticas e inelásticas)

ØEquilíbrio estático de partículas e de corpos extensos

ØLeis de Kepler ØPrincípios de Stevin e Pascal ØTeorema do Empuxo ØPrincípio de Bernoulli

ØCaracterísticas gerais e ciclo de reprodução dos Vírus

ØCaracterísticas gerais, reprodução, nutrição e respiração das Bactérias

ØCaracterísticas gerais e classificação dos Protoctistas

ØPrincipais protoctistas parasitas humanos

ØFlagelados – Doença de ChagasØLeishmaniose, giardíase e

tricomoníaseØSarcodinosØEsporozoáriosØCiliados e algasØImportância das Algas –

classificação e ciclos reprodutivos ØCaracterísticas gerais dos FungosØClassificação dos FungosØImportância econômicaØRelações ecológicas – liquens e

micorrizas

ØESTRUTURA DAS SUBSTÂNCIAS: • Geometria Molecular

(abordagem qualitativa)• Polaridade

Ø Potência térmica e balanço energético

ØDiagramas de fase ØGases ideais e transformações

gasosas Ø Primeira e Segunda Leis da

Termodinâmica ØMáquinas térmicas ØAplicações tecnológicas – motores

e matrizes energéticas numa perspectiva sustentável

Ø Enunciados de Kelvin e ClausiusØ Período, comprimento, frequência,

amplitude e velocidade de ondas mecânicas

Ø Fenômenos ondulatórios: reflexão, refração, difração, ressonância e interferência

ØQualidades do som: frequência, intensidade e timbre

ØAudição humana e problemas causados por poluição sonora

Ø Intensidade sonora e legislação a respeito

ØCaracterísticas dos fenômenos sonoros produzidos em instrumentos musicais

ØQualidades fisiológicas do som e o Efeito Doppler

ØO trabalho de Mendel e a hereditariedade

ØConceitos básicos de genéticaØLeis de MendelØProbabilidade e combinaçãoØEstudo de heredogramasØInteração gênicaØPleiotropia

ØSOLUBILIDADE DOS MATERIAIS: • Composição e Classificação • Concentrações • Diluições • Impacto dos poluentes• Implicações sociais no

tratamento dos resíduos químicos

ØEQUILÍBRIO QUÍMICO: • Estado de Equilíbrio • Caráter dinâmico das

interações químicas • Fatores que afetam o

Equilíbrio • pH e pOH

ØELETROQUÍMICA: • Aspectos Energéticos das

Reações Químicas • Oxidação-Redução • Pilhas e baterias

ØProcessos de eletrização ØLei de Coulomb ØCampo elétrico vetorial e

linhas de força ØFluxo elétrico e Lei de Gauss

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CIÊNCIAS DA NATUREZA

Multiletramentos – Natureza, Transformação e Sociedade

Os conteúdos relativos a esta dimensão pretendem que o estudante seja considerado o centro dos processos de ensino e de aprendizagem e de seu papel transformador na dinâmica da natureza e da sociedade. Nesse contexto, a natureza, o ser humano e a sociedade devem ser considerados de forma sustentável, por serem interdependentes. Além disso, esses três elementos vivem em constante transformação e, desse modo, é preciso que o trabalho pedagógico docente propicie que o estudante construa uma visão crítica sobre os processos de interação entre natureza, ser humano e sociedade. Nessa perspectiva, ações pedagógicas multiletradas contribuem para desvelar a ideologia erigida nas diversas representações do que se considera “sustentabilidade”.

1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano

ØConceitos básicos de Ecologia

ØEcossistemas terrestres e aquáticos

ØBiogeografia brasileiraØA biodiversidade brasileiraØDinâmica das populações e

das comunidadesØIndivíduos e populaçõesØFatores determinantes da

densidade populacionalØFlutuações e oscilações de

uma populaçãoØRelações ecológicas:

importância para o ser humano e para a natureza

ØA população humanaØSucessão ecológica e

comunidade clímaxØAmbiente e saúdeØAdaptações do ser humano

ao meio ambienteØSaúde como direitoØDesequilíbrios da saúdeØDrogas (conhecimento e

prevenção)ØSexo, sexualidade e gênerosØDSTs e AIDSØTransformações dos

Materiais ØMétodos de Separação de

MisturasØAplicações biotecnológicasØTeorias sobre movimento

dos corpos celestes (geocentrismo, heliocentrismo, concepções étnicas e modernas)

ØLei da Gravitação Universal

ØCriptógamas, Briófitas e PteridófitasØCaracterísticas geraisØAnatomia ØReproduçãoØImportância ecológica e econômica

(etnobotânica)ØEspermatófitas, Gimnospermas e

angiospermasØCaracterísticas geraisØAnatomia fisiológica ØReprodução ØImportância ecológica e econômica

(etnobotânica)ØAnimais InvertebradosØCaracterísticas gerais dos Poríferos,

Cnidários, dos Platelmintos e Nematelmintos, dos Moluscos, Anelídeos, Artrópodes e Equinodermas

ØReprodução dos InvertebradosØAnimais VertebradosØCaracterísticas gerais dos animais

vertebrados, peixes e anfíbios, répteis, aves e mamíferos

ØReprodução dos vertebrados, peixes e anfíbios, répteis, aves e mamíferos

ØFUNÇÕES INORGÂNICAS: • Óxidos • Bases • Ácidos • Reações de Neutralização • Sais

ØRECURSOS ENERGÉTICOS: • Uso Racional da Energia na

perspectiva da sustentabilidade humana

• Seleção de Combustíveis de fontes mineral, fóssil e renovável

• Reações de Combustão e Poluição Ambiental

• Estudo do Carbono e suas Propriedades

• Estudo dos Hidrocarbonetos (cadeias normais, ramificada e aromática)

• Nomenclatura dos Hidrocarbonetos

ØLuz como fenômeno eletromagnético ØFenômenos luminosos: reflexão,

refração, dispersãoØLeis da reflexão ØEspelhos planos e esféricos ØLeis da refração ØFenômenos ópticos em lentes esféricas,

dióptros planos, prismas ópticos e instrumentos ópticos

ØVisão humana e correção visual

ØTeorias evolucionistas em uma perspectiva laica

ØMito racial ØEvidências da evoluçãoØMecanismos da evoluçãoØGenética das populaçõesØA conquista do ambiente

terrestre por animais e plantasØEvolução do ser humanoØFatores evolutivosØMutaçãoØSeleção naturalØDeriva genéticaØEquilíbrio gênico das

populaçõesØA evolução dos grandes

grupos biológicosØEras geológicas

ØQUÍMICA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS: •Importância Biológica e

Industrial na perspectiva da sustentabilidade humana

•Características, Classificação e Nomenclatura (principais funções orgânicas)

•Isomeria dos compostos orgânicos

•As Principais reações orgânicas: hidrogenação, oxidação branda, saponificação, esterificação

ØEstrutura e funcionamento de motores elétricos e matrizes energéticas numa perspectiva sustentável

ØEvolução histórica do conhecimento da indução eletromagnética

ØLei de Lenz e Lei de Faraday ØGeradores de energia elétrica ØNatureza e tipos de radiações

eletromagnéticas e seus efeitos

ØFenômenos eletromagnéticos nos sistemas de telecomunicação

ØFísica Nuclear e suas aplicações

ØRadiação de corpo negroØEstrutura da matéria – efeito

fotoelétrico

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Orientações para a abordagem da Língua Estrangeira Moderna - LEM

LINGUAGENS – LEM

Multiletramentos, Texto, Criatividade e Movimento

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais e culturais marcadas pelas diversas linguagens, mídias e tecnologias que constroem a dinâmica da contemporaneidade. Nesse sentido, é preciso considerar o papel que os gêneros textuais escritos, orais, visuais e multimodais desempenham nas esferas da vida cotidiana e dos contextos de uso artísticos, musicais, literários, jornalísticos, publicitários, institucionais, esportivos e de entretenimento. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem submeter-se à convicção de que o movimento não se restringe ao corpo físico, mas que se expande para a relação entre ele, a natureza e a cultura, de modo dialético e recursivo, em articulação com as condições humanas de criatividade, inventividade e capacidade de gerar o novo.

1ª série 2ª série 3ª série

ØEscrever expressões e frases simples

ØEntender palavras, expressões usuais e familiares e frases simples na LEM estudada

ØLer e escrever e-mails, cartões postais, cartas, recados e responder questionários de caráter profissional e pessoal

ØLer e compreender textos em diversos gêneros adaptados ao nível do estudante

Ø Entender textos muito curtos e muito simples, uma expressão de cada vez, retirando nomes familiares, palavras e expressões básicas e relendo-as se necessário

ØSer capaz de escrever uma série de expressões e de frases ligadas por conectores como ‘e’, ‘mas’ e ‘porque’

ØCompreender o vocabulário e as expressões mais frequentes do dia a dia, seja de forma escrita ou verbal, utilizando uma série de frases e expressões para descrever em termos simples pessoas e lugares, condições de vida, formação e atividade profissional atual ou passada

ØCompreender de forma global propagandas e pequenos vídeos

ØLer e compreender textos em diversos gêneros relacionados ao nível do estudante

ØLer e escrever textos curtos e simples, tais como: e-mails, recados, cartões postais, descrevendo lugares, cartas pessoais de convite e de agradecimento, relatos de acontecimentos passados e responder questionários de caráter profissional e pessoal

ØEntender textos simples e curtos que contenham vocabulário muito frequente

ØLer, compreender e escrever textos em diferentes gêneros relacionados ao nível do estudante

ØLer textos objetivos simples acerca de assuntos relacionados com sua área de interesse, com um grau satisfatório de compreensão

ØEscrever expressões e frases simples

ØEntender palavras, expressões usuais e familiares e frases simples na LEM estudada

ØEscrever textos coesos e simples acerca de um leque de temas que lhe são familiares, relativos a seus interesses, ligando uma série de elementos pequenos e discretos em diversos contextos

ØEntender textos simples e curtos acerca de assuntos que lhe são familiares de um tipo concreto, compostos numa linguagem muito frequente, quotidiana ou relacionada com o trabalho

LINGUAGENS – LEM

Multiletramentos, Literatura, Sensibilidade e Apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Compreender expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex. informações básicas sobre si mesmo, a família, as compras, o meio circundante, o emprego), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada

Ø Ler textos em verso e prosa e compreender metáforas relacionadas com a cultura da língua e do texto original

Ø Compreender expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex. informações básicas sobre si mesmo, a família, as compras, o meio circundante, o emprego), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada

Ø Ler textos em verso e prosa e compreender metáforas relacionadas com a cultura da língua e do texto original

Ø Compreender as questões principais de um discurso claro, em língua padrão, sobre assuntos que lhe são familiares, ocorrendo com regularidade no trabalho, na escola, nos tempos livres etc., incluindo narrativas curtas

Ø Contar estórias e experiências pessoais por meio de narrativas curtas

Page 59: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

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LINGUAGENS – LEM

Multiletramentos, Literatura, Sensibilidade e Apreciação estética

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Compreender ditados populares e provérbios próprios da língua estudada

Ø Apresentar esquetes previamente ensaiados com colegas e professores na língua estudada

Ø Compreender ditados populares e provérbios próprios da língua estudada

Ø Apresentar esquetes previamente ensaiados com colegas e professores na língua estudada

Ø Apresentar esquetes e pequenas peças previamente ensaiados com colegas e professores na língua estudada

LINGUAGENS – LEM

Multiletramentos, Oralidade, Interação e Corporeidade

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer as práticas sociais, de cunho notadamente artístico e estético, desempenhadas pela humanidade ao longo dos tempos e na contemporaneidade. Assim, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências artísticas construídas e vivenciadas por meio das atividades de linguagem, da leitura, da interpretação, da simbologia, da apreciação, da presença corporal e do prazer estético. Além disso, é necessário que os conteúdos desta dimensão recuperem as representações artísticas canônicas universais, as contribuições de origem africana e indígena, mas que também favoreçam a fruição estética das manifestações culturais populares e daquelas próprias dos contextos locais. Diálogos, role play, performance teatral, música.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Produzir expressões simples e isoladas sobre pessoas e lugares

Ø Fazer uma descrição simples ou uma apresentação de uma pessoa, das condições de vida ou de trabalho, das atividades diárias, daquilo que gosta ou não etc., numa série curta de expressões e de frases ligadas como numa lista

Ø Fazer o resumo de um livro ou de uma estória

Ø Fazer uma descrição simples ou uma apresentação de uma pessoa, das condições de vida ou de trabalho, das atividades diárias, daquilo que gosta ou não etc., numa série curta de expressões e de frases ligadas como numa lista

Ø Contar a estória de um livro e dar seu ponto de vista sobre o assunto

Ø Manter razoavelmente bem e com fluência uma descrição direta de um dos muitos assuntos de seu interesse, apresentando-o como uma sucessão linear de questões

Ø Contar a estória de um livro e dar seu ponto de vista sobre o assunto

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LINGUAGENS – LEM

Multiletramentos, Gramática, Reflexão e Análise Crítica

Os conteúdos trabalhados nesta dimensão devem favorecer a reflexão em torno do papel que as diversas linguagens exercem quando realizamos práticas sociais de natureza textual, discursiva, artística e desportiva. Nesse sentido, o trabalho pedagógico deve propiciar ao estudante experiências de reflexão sobre a construção de sentidos nos textos (por meio de recursos gramaticais, léxicos, pragmáticos, de imagens etc.); e de reflexão sobre o caráter heterogêneo das línguas. Além disso, os conteúdos desta dimensão devem contribuir para o desenvolvimento da capacidade do estudante em realizar avaliação crítica de si, do outro e do mundo. Uso formal e informal da língua, contexto oral.

1ª série 2ª série 3ª série

Ø Seguir um discurso muito pausado e muito cuidadosamente articulado, com pausas longas que lhe permitam assimilar os significados

Ø Comunicar-se de forma simples, respondendo e fazendo perguntas, utilizando expressões usuais e familiares para se apresentar, apresentar alguém, descrever lugares e pessoas

Ø Manter um diálogo com colegas e professores respondendo adequadamente em dado contexto

Ø Seguir um discurso muito pausado e muito cuidadosamente articulado, com pausas longas que lhe permitam assimilar os significados

Ø Comunicar-se de forma clara e coerente, mas ainda de forma simples, respondendo e fazendo perguntas, utilizando vocabulário e tempos verbais específicos e adequados a cada tópico

Ø Compreender o suficiente para ir ao encontro de necessidades de tipo concreto, desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada

Ø Compreender discursos progressivamente mais longos, seguindo uma argumentação complexa de assuntos do cotidiano extraídos de sites, jornais, revistas, seriados de TV, vídeos e de filmes originais na LEM estudada

Ø Compreender informações factuais simples sobre tópicos comuns do dia a dia ou relacionados com o trabalho e identificar mensagens gerais ou pormenores específicos, desde que o discurso seja claramente articulado com uma pronúncia geralmente familiar

Ø Comunicar-se de forma clara e coerente, com certa espontaneidade, em assuntos corriqueiros como família, trabalho, lazer e outros, argumentando e questionando conceitos e suposições

Ø Participar ativamente de uma conversa em situações cotidianas, argumentando e expressando opinião pessoal

Orientações para a abordagem do Ensino Religioso

O fenômeno religioso, em suas diversas manifestações, é garantia da pertinência do ensino religioso

para o processo educativo. Este é o fator que deve definir a existência do ensino religioso como disciplina

constante dos horários normais das escolas públicas. O fenômeno religioso se apresenta principalmente,

a partir de respostas possíveis ao dilema humano do pós-morte, que, entre outras, apresenta as seguintes

respostas: ressurreição, reencarnação, ancestralidade e o nada (PCNER, 1997).

Sobre essas visões a humanidade construiu possibilidades múltiplas de compreensão de sua

existência, no campo religioso. A negativa dessa realidade é um desrespeito ao indivíduo, dotado de

liberdade de opção de manifestação religiosa e cultural. A aceitação pode permitir a descoberta de

caminhos importantes para a construção de conhecimento no contexto escolar.

O ensino religioso, segundo a legislação em vigor, é parte da educação como elemento integrante

do currículo escolar. Está sujeito às situações vivenciadas na escola, suas limitações e possibilidades.

Educação está ligada ao ato de construir e reconstruir conhecimentos. Para isso, o educando deve ser

sujeito ativo em seu processo educativo, para compreender e apropriar-se de forma critica e criativa do

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61

Anotaçõesmundo que o rodeia.

A diversidade de manifestações religiosas que se fazem

presentes em uma sociedade pluralista não permite que haja uma

definição da escola por uma determinada religião ou denominação

religiosa. Evidentemente, os conteúdos educacionais contarão

com conhecimentos construídos pela humanidade a partir e

sobre o fenômeno religioso, expressos nas diversas denominações

religiosas e culturais. Isto poderá favorecer a construção de novos

conhecimentos pelo educando. Portanto, a relevância do ensino

religioso se dará à medida que o mesmo possa contribuir para as

transformações necessárias as relações humanas e sociais.

Desta forma, o currículo do Ensino Religioso assenta-se

nos seguintes eixos integradores que têm como função relacionar

os conteúdos em uma teia integral e integradora: Alteridade,

Diversidade e Simbolismo Religioso,. O eixo Alteridade

desenvolve-se a partir do conceito de ethos, em uma perspectiva

familiar, comunitária e social. O eixo Diversidade desenvolve-se a

partir dos conceitos Religiosidade, Identidade, Cultura e Tradição.

E o eixo Simbolismo Religioso, a partir dos conceitos de Rito, Mito,

Sagrado e Transcendente.

A ideia da alteridade aqui posta está intrinsecamente

ligada à de justiça. Isto se faz por meio da percepção do próprio

eu, do próprio rosto e, a partir disso, a aceitação da existência do

outro. Nesse sentido, a justiça é vista a partir da ideia da ‘ética

da alteridade’, como uma forma de se abrir o espírito para se

compreender a realidade, que é algo externo a mim, diferente de

mim (OLIVEIRA; PAIVA, 2010, p. 143). Por fim, pensa-se em uma

abordagem ao ethos possível, sendo aquele que tem a ver com

os anseios da realidade histórica, de nossa herança sociocultural

sem, contudo, ter a pretensão de se apresentar como totalmente

certo ou de cessar o debate sobre o modo de se pensar esse ethos

como contestável, sempre disposto a críticas e numa perspectiva

de provisoriedade.

Em relação ao eixo Diversidade, teóricos como Emanuel

Levinas, 1988; Christian Descamps (1991) e Stuart Hall, 1998 e

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62

2003 discorrem sobre a importância do outro na construção de nossa própria identidade. Sendo

o outro diferente de mim, tenho que ser capaz de viver e aceitar o diverso, a singularidade de

quem vive e convive comigo. É nessa perspectiva que se pretende trabalhar a diversidade da

religiosidade brasileira. Descamps afirma que a relação com “o outro é a base de uma co-presença

ética” (p. 85), portanto, a convivência com o diferente, com o próximo é a base da ética. Há que

se considerar, dessa forma, as mais diversas manifestações religiosas presentes no Brasil, dando-

lhes o mesmo grau de importância.

Os símbolos exercem grande influência sobre a vida social, principalmente porque, por

meio deles, torna-se possível concretizar realidades abstratas, morais e mentais da sociedade.

Assim, o simbolismo religioso tem a capacidade de ligar os seres humanos ao sobrenatural. Esse

simbolismo se alimenta do contexto social, que acaba por distinguir os puros dos impuros, os fiéis

dos não fiéis, os lugares sagrados dos profanos etc . É esse simbolismo que, em muitos casos,

constrói hierarquias, seja pelo vestuário, pelo sacramento, pelas oferendas ou pelos próprios

ritos (ROCHER, 1989). Sendo a religião dotada de vários símbolos, é possível inferir que os

diversos atores sociais são ligados entre si, por ela e por diversos meios de comunicação; servem

ainda para ligar valores e expressões mais concretas. Portanto, os símbolos criam e recriam a

participação coletiva dos grupos sociais, tornando visíveis as crenças sociais.

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63

CIÊNCIAS HUMANAS

Multiletramentos – Indivíduos, Identidades, Diversidades e Culturas

A identidade do indivíduo pode ser compreendida na dialógica de sua unidade e das diversidades, como dimensões inerentes, antagônicas e complementares da espécie humana. Para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação e acolher e conviver com as diferenças, é importante uma educação escolar que reconheça e respeite as pluralidades. Assim, a escola como fonte e base de construção e afirmação de identidades em um mundo planetário (EDGAR MORIN) e plural, deve buscar combater todas as formas de preconceito e discriminação. Para tanto, é necessário educar sob a inspiração da ética, que se traduz na busca de condições para que as identidades se constituam pelo reconhecimento do direito à igualdade, tendo como ponto de partida os direitos humanos.

1º Ano 2º Ano 3º Ano

ØALTERIDADE:•As mídias e suas influências

no comportamento humano – do jornal à internet

•Ações voluntárias para além dos espaços religiosos – voluntariado, reflexão e prática

•Valores como solidariedade, cooperação e fraternidade na vida das comunidades como solidariedade, cooperação e fraternidade na vida das comunidades

•Relações humanas e construção da paz

ØDIVERSIDADE:•Identidade religiosa, como

agente transformador e promotor da paz na comunidade social e na de fé

•O fenômeno religioso frente a diversidades de gêneros, afetivas e culturais, superando os preconceitos

•O ateísmo, agnosticismo e outras manifestações filosóficas

Ø SIMBOLISMO RELIGIOSO:•O Transcendente nas matrizes

culturais e religiosas brasileiras:

ocidental, oriental, africana, indígena, entre outras.

•Ritos e Mitos religiosos: conceitos e intencionalidades a partir das matrizes culturais brasileiras

•Cantos, presentes nas diferentes manifestações religiosas

ØALTERIDADE:•Pluralidade de concepções

sobre vida e morte, ao longo da história humana

•Violência e marginalidade na percepção de diferentes manifestações culturais e religiosas

•Fundamentalismo como postura sectária que diverge da postura ética

•Desenvolvimento integral através da cultura da paz

•Relações humanas e construção da paz

•As mídias e suas influências no comportamento humano

•Ações voluntárias e a espiritualidade contemporânea

•Valores como solidariedade, cooperação e fraternidade

ØDIVERSIDADE:•As verdades consideradas

sagradas e a vontade do Transcendente, a partir do fenômeno religioso

•A construção da verdade dos discursos religiosos presentes na cultura brasileira

•A autoridade do discurso religioso e a formação das relações culturais e sociais

ØSIMBOLISMO RELIGIOSO:•Danças presentes nas

diferentes manifestações religiosas

•Diversidade de manifestações religiosas – origem semita (cristianismo, judaísmo e islamismo), origem oriental (hinduísmo, xintoísmo, budismo, taoísmo), religiões de matriz africana e religiões de matriz ameríndia

ØALTERIDADE:•O ser humano e o fenômeno

religioso: relações entre cultura e opções pessoais

•Política, estado e religião•As mídias e suas influências

no comportamento humano – internet e novas tecnologias

•Ações voluntárias para além dos espaços religiosos

•Valores como solidariedade, cooperação e fraternidade

ØDIVERSIDADE:•Religião, sociedade e

civilização: tradições de matriz ocidental, tradições de matriz africana, tradições de matriz oriental, tradições de matriz aborígene e indígena e tradições agnósticas, ateias, entre outras

•A presença religiosa nas relações internacionais

ØSIMBOLISMO RELIGIOSO:•Narrativas presentes nas

diferentes manifestações religiosas

•Sincretismo religioso no Brasil

•Novos movimentos religiosos presentes na contemporaneidade

•Diálogo ecumênico e inter-religioso

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64

Considerações Finais

Diante das sínteses temáticas das plenárias e dos índices de desempenho do Ensino Médio

que demonstraram a urgência de mudanças e o anseio por uma nova cara para o ensino médio,

canalizamos nesta proposta os debates realizados por professores, gestores e comunidade, com

o intuito de suscitar uma reflexão e provocar o espírito da ousadia na construção de um caminho

que garanta eficácia para nossa educação. Faz-se necessário adequar o currículo, os tempos, os

espaços, a avaliação, as estratégias metodológicas, os recursos humanos a este novo tempo em

que os jovens já estão vivendo, e que nós, instituição, ainda permanecemos presos à estruturas

do passado. Precisamos urgentemente repensar a identidade do Ensino Médio e as plenárias

apontaram alguns caminhos.

Vivemos num mundo plural, mas nossa formação foi singularizada, compartimentada,

assim como nossa instituição, a escola, que continua com dificuldades para implementar uma

prática pedagógica onde esteja incorporada a diversidade, apesar de conter em seu interior seres

plurais. É comum da prática docente atual, influenciada pelo mundo pragmático, consumista

e coisificante, ter como idealização do fazer pedagógico seres uniformes, prontos e acabados.

Entretanto, a natureza teima em ser mutante; o social e o cultural resistem em ser histórico-

dialéticos. E é com esta certeza que se busca construir um currículo que continue fazendo essa

abordagem crítica e social, abarcando as novas urgências do pluralismo contemporâneo.

É necessário ainda considerar como fator basilar para a construção de um novo currículo

o tripé ensino, pesquisa e extensão, que abarca meios para a produção sistêmica, constante e

inovadora do conhecimento. É contraditório pensar que a metodologia imediatista de repasse de

informações atenderia às necessidades contemporâneas dos campos do saber. Para atender aos

professores que almejam uma formação continuada, mas que se encontram inertes por motivos

diversos, é importante criar elementos geradores para a reflexão, encarados quase como uma

provocação. Não se quer aqui promover “uma revolução ideológica”, mas trazer à tona que este é

um dos problemas, dos muitos, a serem enfrentados para uma eficaz mudança comportamental

de aceitação de quebra de paradigmas que, ao mesmo tempo, é um dos combustíveis para quem

“se faz” educador. Problema – investigação – transformação em uma via de mão dupla dinâmica

e constante.

Deste modo, uma mudança de fato significativa do Ensino Médio passa necessariamente

pelo debate acerca da reorganização curricular (tempos) e da ressignificação do espaço de

aprendizagem, o que demanda um olhar diferente sobre o desenvolvimento do estudante e

a compreensão de que a relação de ensino-aprendizagem é permanente, multilateral, inter e

transdisciplinar, e não se limita ao espaço geográfico do edifício, valendo-se da vivência efetiva

Page 65: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

65

Anotaçõesque se constrói no seio da comunidade, alargando os horizontes

do universo pedagógico. A proposta da semestralidade, isto é, a

organização curricular em blocos semestrais de disciplinas que

se alternam ao longo do ano letivo, apresenta-se como uma

possibilidade poderosa para flexibilizar o processo pedagógico,

favorecer a utilização de metodologias voltadas para a

implementação de projetos interdisciplinares e, sobretudo,

estimular a ressignificação da coordenação pedagógica e do

trabalho coletivo.

Trata-se da formação integral do sujeito e, nessa

perspectiva, os multiletramentos se afirmam como uma concepção

que se adapta à contemporaneidade. As quinze dimensões a

partir das quais se propõe abordar os conteúdos das quatro

áreas do conhecimento formatam um currículo que contempla o

desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes, incorporando

sua formação às múltiplas linguagens, culturas, produções

científicas e tecnológicas. Saberes necessários para a compreensão

e intervenção na realidade.

Assim, uma formação que busque a integralidade do

estudante deve associar educação e trabalho que, neste contexto,

constituem eixos indissociáveis compreendendo o mundo do

trabalho como forma de interação social do indivíduo e como modo

de articulação entre o saber organizado em termos científicos e as

relações produtivas do homem na comunidade, possibilitando a

intervenção em seu meio. Portanto, o fazer discente no processo

de ensino-aprendizagem não é uma preparação intermediária para

o mercado, é ele mesmo o próprio trabalho, a materialização da

ação transformadora.

É salutar entender que se pretende, a partir dessa

construção, fomentar um sistema de ensino sob a concepção

humanista e integral que atenda à diversidade, promova e

aprimore habilidades para o desenvolvimento igualitário e que, ao

mesmo tempo, tenha a responsabilidade de promover o êxito no

ambiente escolar, não apenas através de indicadores isolados, mas

oportunizando variáveis que possibilitem uma inserção real e digna

Page 66: CURRÍCULO EM MOVIMENTO - Ensino Médio

66

na sociedade global.

No desejo de efetivar a construção de um currículo perpassado pela concepção da

diversidade, da cidadania, da sustentabilidade e da aprendizagem, relembramos as palavras de

Milton Santos (2000) quando diz que “não existem cidadãos num mundo apartado. Não se é

cidadão em um espaço onde todos não o são. São consumidores os que expressam direitos e

deveres no âmbito do mercado e não no âmbito do espaço público, onde a política é realizada e

o poder, distribuído. Portanto, este é um mundo de alguns consumidores e poucos, pouquíssimos

cidadãos. É preciso construir a cidadania”.

É com essa proposta curricular que se pretende construir uma nova escola de Ensino Médio

que dê conta de todas essas nuances da sociedade contemporânea, instituinte desses novos e

distintos mundos da juventude, reforçando a necessidade da oferta de diferentes possibilidades

do Ensino Médio regular, diurno, com diversificados projetos curriculares; a revitalização e

ampliação do Ensino Médio regular noturno, acompanhado da necessária adequação curricular e

da reorganização do trabalho pedagógico; e a importante articulação do Ensino Médio Integrado

à Educação Profissional.

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Atenção! Verificar as citações do texto porque devem faltar referências.

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