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LABMAM Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea - 22453-900 Rio de Janeiro - RJ - Tel. (21) 3527 1330 FAX (21) 3527 1637 1 Relatório PIBIC 2014.1 Aluno: Luis Felipe Lunau de Hollanda Cavalcanti Curso: Ciências Biológicas Título: Avaliação estatística dos dados do Projeto de Monitoramento Ambiental da Área de Descarte de Sedimentos provenientes da Dragagem para Ampliação do Sistema de Injeção de Água do Campo Marítimo de UBARANA na Bacia Potiguar Orientação: Dra Angela de Luca rRebello Wagener

Curso: Ciências Biológicas · AD1 AD2 C1 0 10 20 30 40 50 g-1) n alcanos (ug.g-1,p.s._ Outliers Extremes Alif. resolvidos (ug.g-1,p.s._ Outliers Extremes Alif. totais (ug.g-1,p.s._

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1

Relatório PIBIC 2014.1

Aluno: Luis Felipe Lunau de Hollanda Cavalcanti

Curso: Ciências Biológicas

Título: Avaliação estatística dos dados do Projeto de Monitoramento Ambiental da

Área de Descarte de Sedimentos provenientes da Dragagem para Ampliação do

Sistema de Injeção de Água do Campo Marítimo de UBARANA na Bacia Potiguar

Orientação: Dra Angela de Luca rRebello Wagener

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1 -Introdução

O presente relatório apresenta os resultados de duas campanhas do Projeto de

Monitoramento Ambiental da Área de Descarte de Sedimentos provenientes da

Dragagem para ampliação do sistema de injeção de água do campo marítimo de

Ubarana na Bacia Potiguar. O objetivo foi identificar os possíveis efeitos das atividades

de deposição e retirada de sedimentos dragados no ambiente bentônico da área de

descarte, por meio da caracterização das condições ambientais (sedimentológicas,

químicas e biológicas), antes e após a realização dessas atividades, bem como

comparar estes resultados com dados pretéritos produzidos nas mesmas áreas.

Na Bacia potiguar, foi instalado o aqueduto de Ubarana, e para tal, foi

necessária a escavação (dragagem) de uma vala e posterior enterramento da mesma,

de modo a evitar a exposição aérea do duto e consequentemente ameaça à

segurança operacional do mesmo. Parte dos sedimentos dragados foi transportada

para local pré-estabelecido, denominado de área de descarte temporário. Os

sedimentos dragados foram depositados temporariamente na área de descarte e

posteriormente retornaram à posição original na vala.

O efeito das atividades de perfuração e exploração de petróleo sobre o meio

ambiente tem sido extensivamente estudado nos últimos anos, pois se apresentam

como uma fonte potencial de impactos para os oceanos e meio ambiente. Além dos

acidentes durante a operação, prospecção e perfuração de campos de petróleo, outros

acidentes são de particular interesse ambiental, uma vez que não apenas petróleo,

mas outros produtos químicos podem ser lançados para o ambiente durante tais

processos, afetando diretamente a biota oceânica, que está, em geral, exposta a

níveis muito baixos destas substâncias (Kans e Cravey, 1987; Neff, 1982; Melton et al

2000.; Rezende et al. 2002; Breurer et al. 2004).

Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) constituem um grupo de

compostos orgânicos derivados de fontes petrogênicas (petróleo) e pirolíticas

(combustão incompleta de matéria orgânica) e têm sido incorporados a estudos de

análise de risco e remediação por apresentarem-se persistentes no meio ambiente e

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exibirem efeitos tóxicos, carcinogênicos e mutagênicos (Stroomberg et al, 1999;

Zemanek et al, 1997). Órgãos nacionais e internacionais, responsáveis pela regulação

ambiental, reconhecem os perigos em potencial da ocorrência dos HPA no ambiente,

uma vez que mais de 30 HPA e seus derivados apresentam efeitos carcinogênicos.

Isto faz deles a maior classe conhecida de compostos carcinogênicos.

2 - Metodologia

2.1 – Metodologia de Campo

As coletas dos sedimentos na área de Dragagem foram realizadas em julho de

2011 (C1), pela empresa C&C technologies do Brasil Ltda, e em dezembro de 2013

(C2), pela empresa E3 Serviços de Meio Ambiente e Segurança. A malha amostral foi

definida a partir do mapa gerado com a localização da área de descarte de sedimentos

prédeterminada e a existência de dados pretéritos nessa área (Figura 2.1). Foram

estabelecidas duas estações de coleta, sendo uma delas localizada na extremidade

oeste da área de descarte, na mesma coordenada da estação de coleta E14 do projeto

de monitoramento ambiental dos emissários, que foi executado nos anos de 2002-

2004 (Figura 2.2). A outra estação de coleta foi disposta na extremidade leste da área

de descarte. As informações sobre as coordenadas destas estações se encontram na

Tabela 2.1.

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Figura 2.1 - Detalhe da malha de monitoramento ambiental da área de descarte com a

localização das estações de monitoramento.

Figura 2.2 - Mapa da área de descarte de sedimentos provenientes da dragagem da vala para

instalação do duto de injeção de água do campo marítimo de Ubarana na Bacia

Potiguar. Observa-se a localização das estações de monitoramento e

caracterização ambiental de projetos já executados.

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2.2 – Metodologia de Laboratório

Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, considerados nesse

trabalho, foram os 16 compostos prioritários segundo a USEPA (naftaleno,

acenaftileno, acenafteno, fluoreno, fenantreno, antraceno, fluoranteno, pireno,

benzo(a)antraceno, criseno, benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno,

benzo(a)pireno, indeno(1,2,3-c,d)pireno, dibenzo(a,h)antraceno,

benzo(ghi)perileno), incluindo-se também o dibenzotiofeno, o perileno e o

benzo(e)pireno. Os 16 HPA USEPA são considerados prioritários em função

de suas comprovadas características mutagênicas e carcinogênicas. Além

destes compostos também foram quantificados os seguintes HPA alquilados:

C1 a C4 naftalenos, C1 a C3 fluorenos, C1 a C3 dibenzotiofenos, C1 a C4

fenantrenos, C1 e C2 pirenos, e C1 e C2 crisenos. O protocolo analítico

utilizado baseou-se no método EPA-8270C.

Na fração dos hidrocarbonetos alifáticos foram quantificados os

compostos resolvidos e não-resolvidos, cujo somatório representa os

hidrocarbonetos alifáticos totais. Os alifáticos resolvidos incluem os n-alcanos

individuais (do n-C12 ao n-C40), os isoprenóides pristano e fitano e outros picos

identificados no cromatograma, mas que não podem ser relacionados a um

composto específico. Os compostos ditos não-resolvidos são identificados no

Tabela 2.1.

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cromatograma como uma elevação da linha base, e são chamados, em

conjunto, de mistura complexa não resolvida (MCNR). A MCNR é quantificada

pela área entre a elevação da linha base e a posição “normal” desta, a qual,

por sua vez, é obtida pela análise cromatográfica do solvente puro (n-hexano).

A determinação dos hidrocarbonetos alifáticos foi baseada no método EPA

8015B.

As análises foram realizadas na rotina do LABMAM (Laboratório de

Estudos Marinhos e Ambientais).

2.3 – Análise dos Dados

Para avaliação e comparação dos dados obtidos nas duas campanhas

(denominadas de C1 e C2), bem como na comparação com dados pretéritos das

avaliações anteriores realizadas na Bacia Potiguar (estação E14, período de 2002 a

2003), foi utilizado o teste paramétrico da Análise de Variância Unifatorial (ANOVA

one-way). O teste não paramétrico Kruskal-Wallis foi utilizado como alternativa, caso a

premissa da homocedecidade das variâncias não tenha sido obtida. Todos os testes

estatísticos foram realizados no programa STATISTICA 11.0. Os valores abaixo dos

limites de detecção e de quantificação foram substituídos pela metade para avaliar a

distribuição dos parâmetros analisados ao longo das estações e campanhas.

Foram verificadas as correlações entre os parâmetros determinados utilizando-

se os testes de Spearman e de Pearson.

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3 – Resultados

3.1 – Concentrações de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA)

As concentrações de HPA foram baixas nas duas campanhas realizadas, e

variaram de 0,38 a 17 ng g-1, para o somatório dos HPAs (38HPA) na campanha

realizada em 2011 (C1), e de <LQ a 40 ng g-1, na campanha realizada em 2013 (C2).

Na campanha C1, resultados dos testes de Kruskal-Wallis não mostraram haver

diferenças estatísticas entre as duas estações (p=0,51 para ambos, 16 HPA e

S[A1]38HPA), Figura 3.1-1. O mesmo ocorreu na campanha 2 (p=0,80 e p=0,48 para os

16 HPA e S38HPA, respectivamente), Figura 3.1-2.

Apesar da aparente diferença encontrada entre a estação AD2 (C2) para o

somatório de HPA das demais estações, não foram estabelecidas diferenças

estatísticas entre ambas as campanhas (teste de Kruskal-Wallis, p=0,14 e p=0,59 para

os, 16 HPA e S38HPA, respectivamente). A Figura 3.1-3 apresenta os resultados

obtidos nas duas estações em ambas as campanhas.

AD1 AD2

C1

0

5

10

15

20

25

HP

A (n

g.g-1

, p.s

.)

16 HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

Figura 3.1-1. Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e

do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento nas duas estações avaliadas na

campanha de junho de 2011 (C1) do Projeto de Monitoramento Ambiental da Área de Descarte

de Sedimentos provenientes da Dragagem para ampliação do sistema de injeção de água do

campo marítimo de Ubarana na Bacia Potiguar.

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8

AD1 AD2

C2

0

10

20

30

40

50

HP

A (

ng

.g-1

, p

.s.)

16 HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

Figura 3.1-2. Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e

do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento nas duas estações avaliadas na

campanha de junho de 2013 (C2) do Projeto de Monitoramento Ambiental da Área de Descarte

de Sedimentos provenientes da Dragagem para ampliação do sistema de injeção de água do

campo marítimo de Ubarana na Bacia Potiguar.

AD1 (C1) AD2 (C1) AD1 (C2) AD2 (C2)

Estações

0

10

20

30

40

50

HP

A (

ng

.g-1

, p

.s.)

16 HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

Figura 3.1-3. Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e

do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento nas duas estações avaliadas nas

campanhas de junho de 2011 (C1) e julho de 2013 (C2) do Projeto de Monitoramento

Ambiental da Área de Descarte de Sedimentos provenientes da Dragagem para ampliação do

sistema de injeção de água do campo marítimo de Ubarana na Bacia Potiguar[A2].

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3.2 – Concentrações de Hidrocarbonetos Alifáticos (n-alcanos, alifáticos e MCNR)

As concentrações de hidrocarbonetos alifáticos também foram baixas nas duas

campanhas realizadas e variaram de 0,01 a 31 µg g-1, para os alifáticos totais na

campanha de junho de 2011 (C1), e de 0,11 a 15 µg g-1, na campanha de 2013 (C2).

Assim como os aromáticos, a fração saturada obtida para as duas estações

avaliadas não apresentaram diferenças significativas entre si e tampouco entre as

campanhas. O Teste de Kruskal-Wallis mostrou valores de “p” acima de 0,05 para os

n-alcanos, hidrocarbonetos resolvidos, MCNR e alifáticos totais. As distribuiçõpes

destes parâmetros nas campanhas C1, C2 e a comparação entre ambas, estão

apresentadas nas Figuras 3.2-1 a 3.2-3.

AD1 AD2

C1

0

10

20

30

40

50

Hid

roca

rbo

ne

tos a

lifá

tico

s (

ug

.g-1

,p.s

.)

n alcanos (ug.g-1,p.s._

Outliers

Extremes

Alif. resolvidos (ug.g-1,p.s._

Outliers

Extremes

Alif. totais (ug.g -1,p.s._

Outliers

Extremes

Figura 3.2-1. Box-plot das concentrações de n-alcanos, alifáticos resolvidos e alifáticos totais

nas duas estações avaliadas em junho de 2011 (C1). Resultados expressos em

µg g-1 (peso seco).

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10

AD1 AD2

C2

0

5

10

15

20

25

30

Hid

roca

rbo

ne

tos

alif

átic

os

(ug

.g-1

,p.s

.)

n alcanos (ug.g-1,p.s._

Outliers

Extremes

Alif. resolvidos (ug.g-1,p.s._

Outliers

Extremes

Alif. totais (ug.g-1,p.s._

Outliers

Extremes

Figura 3.1-2. Box-plot das concentrações de n-alcanos, alifáticos resolvidos e alifáticos totais

nas duas estações avaliadas em junho de 2013 (C2). Resultados expressos em

µg g-1 (peso seco).

AD1 (C1) AD2 (C1) AD1 (C2) AD2 (C2)

Estações

0

10

20

30

40

50

Hid

roca

rbo

ne

tos a

lifá

tico

s (

ug

.g-1

,p.s

.)

n alcanos (ug.g-1,p.s._

Outliers

Extremes

Alif. resolvidos (ug.g -1,p.s._

Outliers

Extremes

Alif. totais (ug.g -1,p.s._

Outliers

Extremes

Figura 3.1-3. Box-plot das concentrações de n-alcanos, alifáticos resolvidos e alifáticos totais

nas duas estações avaliadas em ambas as campanhas: junho de 2011 (C1) e

junho de 2013 (C2). Resultados expressos em µg g-1 (peso seco).

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A estação AD2R1, da campanha C1 apresentou um perfil cromatográfico com

presença de n-alcanos C23 a C33 (Figura 3.1-4). Porém, o valor quantificado para os

alifáticos totais (31 ug.g-1,p.s.) é considerado baixo para este parâmetro. Considera-se

como contaminados sedimentos estuarinos com concentrações de hidrocarbonetos

alifáticos totais maiores que 100 µg g-1. Já concentrações na faixa de 0,1 a 10 µg g-1

podem ser consideradas típicas de ambientes não contaminados e entre 10 e 99 µg g-

1 moderadamente contaminada (Bouloubassi e Saliot, 1993; 2001). Assim, apenas

uma réplica da estação AD2 R1 (C1) e uma da estação AD2 R2 (C2) apresentaram

níveis de hidrocarbonetos típicas de áreas moderadamente contaminadas, as demais

se apresentaram isentas de contaminação para hidrocarbonetos alifáticos totais.

Minutes

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Milliv

olt

s

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

C

12

C1

3

C1

4

C1

5

C1

6d

C1

6

C1

7

Pri

sta

no

C1

8

Fit

an

o

C1

9

C2

0

C2

1

C2

2

C2

3

C2

4d

C2

4

C2

5

C2

6

C2

7

C2

8

C2

9

C3

0d

C3

0

C3

1

C3

2

C3

3

C3

4

C3

5

C3

6

C3

7

C3

8

C3

9

C4

0

Focus GC-FID

S366BPOT_0811

S366BPOT_0811.dat

Name

Figura 3.1-4 Cromatograma da fração saturada da amostra AD2R1, campanha junho de 2011

Os isoprenoides pristano e fitano (marcadores de ambientes deposicional óxido

ou anóxidos) foram detectados apenas na réplica 2 da estação AD2 da campanha C2,

em concentrações que variaram de 0,017 a 0,019 µg g-1, respectivamente. A presença

destes compostos tem como origem a degradação do fitol, uma cadeia carbônica

AD2R1(C1)

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presente na molécula de clorofila. Segundo Blumer & Sass (1972) em uma dada

amostra ambiental, as relações entre n-C17/Pristano e n-C18/Fitano com valores

maiores que um (> 1) mostram a presença de óleo recente, enquanto que valores

baixos (< 1) são decorrentes de óleo degradado. No presente estudo, foram

quantificados valores de 1,35 e 1,12, respectivamente, para a estação AD2R1 (C2). A

presença destes compostos, mesmo em baixas concentrações, pode indicar pequena

influência de resíduos de óleo derivado de atividades antrópicas, e/ou ser oriundo até

mesmo de navegação local, assim como considerado para os aromáticos.

4 – Discussão

4.1 –Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA)

Na literatura, o índice TEL (Treshold Effects Level), proposto pela NOAA

(Buchman, 1999) que é de 1684 ng[A3] g-1 para o total de HPA e o índice ERL (Effect

Range-Low), indicativo de concentrações abaixo das quais efeitos adversos raramente

ocorrem na biota (valor do ERL para ∑ 16 HPAs ≤ 4.022 ng g-1), norteiam as

avaliações dos níveis de HPA no ambiente. Além disto, especificamente para estudos

envolvendo áreas de dragagens, o CONAMA 344/04 preconiza alguns limites para

compostos orgânicos. O nível de classificação dos materiais a ser dragados (em peso

seco) é de 3000 ng g-1 para o somatório de HPA. Baseado nessas referências, a área

estudada pode ser classificada como isenta destes compostos.

Ressalta-se que a localização da estação AD1 é a mesma que a estação E14,

avaliada em monitoramentos realizados entre 2002 e 2004. Para os hidrocarbonetos

aromáticos não foram identificadas diferenças estatísticas entre as mesmas (p=0,30

para ambos os parâmetros). A distribuição dos mesmos pode ser visualizada na Figura

4.1-1.

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Figura 4.1-1 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (ng g-1) dos 16 HPA e

do 38 HPA analisados nas amostras de sedimento das estações AD1 (campanhas de junho

de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14 (Campanhas de 2002 (C1), 2003 (C2 e 2004

(C3)).

4.2 –Hidrocarbonetos Alifáticos

A aplicação de testes estatísticos na comparação dos resultados da estação AD1

com a estação E14, avaliada em monitoramentos realizados entre 2002 e 2004,

também mostrou não haver diferenças significativas entre as mesmas para os n-

alcanos (Figura 4.1-1, p=0,25), hidrocarbonetos resolvidos (Figura 4.1-2, p=0,24) e

alifáticos totais (Figura 4.1-3, p=0,26), embora possa ser observada um decréscimo[A4].

E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)

AD1xE14

0

5

10

15

20

25

30

35H

PA

(n

g.g

-1.

p.s

.)

16 HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

HPA (ng.g-1,p.s.)

Outliers

Extremes

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14

Figura 4.1-1 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (µg g-1) dos n-alcanos

analisados nas amostras de sedimento das estações AD1 (campanhas de junho

de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14 (Campanhas de 2002 (C1), 2003 (C2

e 2004 (C3)).

Figura 4.1-2 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (µg g-1) dos

hidrocarbonetos resolvidos analisados nas amostras de sedimento das estações

AD1 (campanhas de junho de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14

(Campanhas de 2002 (C1), 2003 (C2 e 2004 (C3)).

E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)

AD1xE14

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

n a

lca

no

s (

ug

.g-1

,p.s

.)

Median

25%-75%

Non-Outlier Range

Outliers

Extremes

E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)

AD1xE14

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Alif

. re

so

lvid

os (

ug

.g-1

,p.s

.)

Median

25%-75%

Non-Outlier Range

Outliers

Extremes

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15

Figura 4.1-3 Box-plot da distribuição do somatório das concentrações (µg g-1) dos alifáticos

totais analisados nas amostras de sedimento das estações AD1 (campanhas de

junho de 2011 (C1) e 2013 (C2)) e da estação E14 (Campanhas de 2002 (C1),

2003 (C2 e 2004 (C3)).

Como já citado, os resultados reportados neste estudo se encontram distantes

dos valores preconizados Bouloubassi e Saliot (1993; 2001), podendo se caracterizar a

área dragada como não contaminada pelos compostos estudados.

As correlações entre hidrocarbonetos e granulometria, não foram significativas

(Teste de Spearman, p<0,05). Provavelmente, esses resultados decorrem do grande

percentual de valores próximos ao limite de quantificação das metodologias de

hidrocarbonetos e carbono orgânico, que dificultam o cálculo adequado dos índices de

correlação.

E14 (C1) E14 (C2) E14 (C3) AD1 (C1) AD1 (C2)

AD1xE14

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Alif

. to

tais

(u

g.g

-1,p

.s.)

Median

25%-75%

Non-Outlier Range

Outliers

Extremes

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16

5 – Conclusões

De forma geral, os sedimentos da área de dragagem apresentaram baixas

concentrações de hidrocarbonetos aromáticos (16 HPA) e alifáticos (totais, MCNR,

resolvidos e n-alcanos) nas duas campanhas realizadas. A composição dos

sedimentos, caracterizada pelo elevado teor de areia e pelas baixas concentrações de

matéria orgânica, refletem o caráter não deposicional do ambiente estudado e

justificam os resultados encontrados,

As faixas de concentração entre menor que 0,26 ng g-1 e 35 ng g-1 para os 16

HPA USEPA e entre menor que 0,003 µg g-1 e <10 µg g-1 para alifáticos totais, nas

quais se enquadra a grande maioria das amostras analisadas, podem ser

consideradas como o nível de referência para hidrocarbonetos nos sedimentos da

Bacia Potiguar.

Comparados aos dados reportados na literatura, os valores encontrados são

típicos de áreas com baixo impacto antrópico. Por fim, os valores de HPAs nos

sedimentos coletados, segundo critérios internacionais de qualidade, não implicam em

toxicidade para a biota.

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17

6 – Referências Bibliográficas

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Oceanologica Acta, 16(2): 145-161.

Bouloubassi, I., Fillaux, J. & Saliot, A. Hydrocarbons in surface sediments from the

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Breuer, E., Stevenson, A.G., Howe, J.A., Carroll, J., Shimmield, G.B., 2004. Drill cutting

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interactions and chemical fate. Marine Pollution Bulletin 48, 12–25.

Buchman, M. NOAA Squirts-Screening Quick Reference Table, 1999.

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Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a avaliação do

material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras, e dá outras providências.

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EPA – U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY Guidance for assessing

chemical contaminant data for use in fish advisories. 2nd edition, EPA Publication N°

EPA 823-R-95-007, 1995.

EPA – U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY Definition and procedure for

the determination of the method detection limit. 2nd edition, EPA Publication N° EPA 40-

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Extraction – CD-ROM Internet Edition, www.epa.gov/SW-846/main.htm, 1996.

EPA – U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY SW-846 Test Methods for

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organic compounds by gas chromatography / masspectrometry – CD-ROM Internet

Edition, www.epa.gov/SW-846/main.htm, 1996.

Peralba, M.C.R.; Pozebon, D., Santos, J.H.Z.; Maia, S.M.; Pizzolato, T.M.; Cioccari, G;

Barrionuevo, S. 2010. Metal and hydrocarbon behavior in sediments from Brazilian

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18

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Peters, K.E; Maldovan, J.M. The Biomarkers Guide: Interpreting Molecular Fossils in

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Relatório Técnico: RL-3400.00-5521-996-TDO-011 Relatório de Bordo da Campanha

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do Brasil Ltda, 2011.

Relatório Técnico: RL-3400.00-5521-996-ED8-001 Relatório de Bordo da Campanha

de Monitoramento Ambiental Costeiro e Oceânico. Produzido pela empresa E3

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Rezende, C.E., Lacerda, L.D., Ovalle, A.R.C., 2002. The effect of an oil drilling

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19

ANEXO 1

Tabela 1-1 – Resultados de HPA nas estações AD1 e AD2, coletadas em junho de 2011,

expressas em ng g-1, peso seco.

Composto AD1 R1

(C1) AD1 R2

(C1) AD1 R3

(C1) AD2 R1

(C1) AD2 R2

(C1) AD2 R3

(C1)

N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

2MeN <LQ <LQ <LQ <LD <LD <LQ

1MeN <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C4N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Aceft <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Ace <LD <LD <LD <LD <LD <LQ

Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C1Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C1DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Fen <LD 0,33 <LQ <LD <LD <LD

C1Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C4Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Ant 0,39 0,41 <LQ <LQ <LQ 0,69

Ft 0,58 0,26 <LD <LD <LD <LD

Pi 0,65 <LQ <LQ 0,28 <LD <LD

C1Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD

BaA 0,51 <LD <LD <LQ <LD <LD

Cri 2,76 0,29 <LQ <LQ <LD 0,38

C1Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD

BbFt 4,13 0,78 0,47 0,40 0,38 0,65

BkFt 2,36 <LD <LD <LD <LD 0,29

BePi 0,91 <LD <LD <LD <LD <LD

BaPi <LQ <LD <LD <LD <LD 0,51

Per <LD <LD <LD <LD <LD <LD

I-Pi 3,00 <LD <LD <LD <LD <LD

DBahA <LD <LD <LD <LD <LD <LD

BghiPe 2,42 <LD <LD <LD <LD <LQ

16HPA 16,81 2,07 0,47 0,69 0,38 2,52

S HPA 17,71 2,07 0,47 0,69 0,38 2,52

p-TERPHd1 87 78 77 90 69 92 Legenda: N:Naftaleno; 2MN: 2Metilnaftaleno; 1MN: 1Metilnaftaleno; C2N: C2 naftalenos; C3N: C3 naftalenos; C4N: C4 naftalenos; Ace: Acenafteno; Aceft: Acenaftileno; Flu: Fluoreno; C1Flu: C1 fluorenos; C2Flu: C2 fluorenos; C3Flu: C3 fluorenos; DBT: Dibenzotiofeno; C1DBT: C1 dibenzotiofenos; C2DBT: C2 dibenzotiofenos; C3DBT: C3 dibenzotiofenos; Fen: Fenantreno; C1Fen: C1 fenantrenos: C2Fen: C2 fenantrenos: C3Fen: C3 fenantrenos: C4Fen: C4 fenantrenos: Ant: Antraceno; Ft: Fluoranteno; Pi: Pireno; C1Pi: C1 pirenos; C2Pi: C2 pirenos; BaA: Benzo(a)antraceno; Cri: Criseno; C1Cri: C1 crisenos; C2Cri: C2 crisenos; BbFt: Benzo(b)fluoranteno; BkFt: benzo(k)fluoranteno; BaPi: Benzo(a)pireno; Per: Perileno I-Pi: Indeno(1,2,3-cd)pireno; DbahA: Dibenzo(a,h)antraceno; BghiPe: Benzo(ghi)perileno.

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20

Tabela 1-2 – Resultados de HPA nas estações AD1 e AD2, coletadas em junho de 2013,

expressas em ng g-1, peso seco.

Composto AD1 R1

(C2) AD1 R2

(C2) AD1 R3

(C2) AD2 R1

(C2) AD2 R2

(C2) AD2 R3

(C2)

N <LD <LQ <LD <LQ <LD <LD

2MeN <LQ <LD <LQ <LQ <LQ 1,09

1MeN <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C4N <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Aceft <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Ace <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Flu <LD <LD <LD <LQ <LD 1,51

C1Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3Flu <LD <LD <LD <LD <LD <LD

DBT <LD <LD <LD 0,60 <LD <LD

C1DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3DBT <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C1Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C3Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C4Fen <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Ant <LD 0,77 <LD <LD <LD <LD

Ft <LD <LD <LD <LD <LD <LD

Pi <LD <LD <LD <LQ <LD <LD

C1Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Pi <LD <LD <LD <LD <LD <LD

BaA <LD <LD <LD <LQ <LD 0,45

Cri <LD <LD <LD <LD <LD 3,06

C1Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD

C2Cri <LD <LD <LD <LD <LD <LD

BbFt <LD 0,32 <LD <LD <LD <LD

BkFt <LD <LQ <LD <LD <LD <LD

BePi <LD <LD <LD <LD <LD 1,07

BaPi <LQ <LD <LD <LD <LD 3,18

Per <LD <LD <LD <LD <LD 2,65

I-Pi <LD <LD <LD <LD <LD 11,63

DBahA <LD <LD <LD <LD <LD 6,01

BghiPe <LD <LD <LD <LD <LD 9,59

16 HPA <0,26 1,09 <0,26 <0,26 <0,26 35,43

SHPA <0,26 1,09 <0,26 <0,26 <0,26 40,24

p-TERPHd1 75 92 88 103 92 54 Legenda: N:Naftaleno; 2MN: 2Metilnaftaleno; 1MN: 1Metilnaftaleno; C2N: C2 naftalenos; C3N: C3 naftalenos; C4N: C4 naftalenos; Ace: Acenafteno; Aceft: Acenaftileno; Flu: Fluoreno; C1Flu: C1 fluorenos; C2Flu: C2 fluorenos; C3Flu: C3 fluorenos; DBT: Dibenzotiofeno; C1DBT: C1 dibenzotiofenos; C2DBT: C2 dibenzotiofenos; C3DBT: C3 dibenzotiofenos; Fen: Fenantreno; C1Fen: C1 fenantrenos: C2Fen: C2 fenantrenos: C3Fen: C3 fenantrenos: C4Fen: C4 fenantrenos: Ant: Antraceno; Ft: Fluoranteno; Pi: Pireno; C1Pi: C1 pirenos; C2Pi: C2 pirenos; BaA: Benzo(a)antraceno; Cri: Criseno; C1Cri: C1 crisenos; C2Cri: C2 crisenos; BbFt: Benzo(b)fluoranteno; BkFt: benzo(k)fluoranteno; BaPi: Benzo(a)pireno; Per: Perileno I-Pi: Indeno(1,2,3-cd)pireno; DbahA: Dibenzo(a,h)antraceno; BghiPe: Benzo(ghi)perileno.

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21

ANEXO 2

Tabela 2-1 – Resultados de hidrocarbonetos alifáticos nas estações AD1 e AD2, coletadas em

junho de 2011 (C1), expressas em µg g-1, peso seco.

Composto AD1 R1 (C1) AD1 R2 (C1) AD1 R3 (C1) AD2 R1 (C1) AD2 R2 (C1) AD2 R3 (C1)

C12 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C13 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C14 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C15 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C16 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C17 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

Pristano <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003

C18 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

Fitano <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003 <0,003

C19 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C20 <0,003 <0,003 <0,003 0,007 <0,003 <0,003

C21 <0,006 <0,003 0,006 0,009 <0,003 <0,003

C22 <0,006 <0,003 <0,006 0,028 <0,003 <0,003

C23 <0,006 <0,003 <0,006 0,028 <0,003 <0,003

C24 <0,006 <0,003 <0,003 0,053 <0,003 <0,003

C25 0,007 <0,003 <0,003 0,123 <0,003 <0,003

C26 0,006 <0,003 <0,003 0,084 <0,003 <0,003

C27 <0,006 <0,003 <0,003 0,084 <0,006 <0,003

C28 <0,003 <0,003 <0,003 0,095 <0,003 <0,003

C29 <0,003 <0,003 <0,003 0,077 <0,003 <0,003

C30 <0,003 <0,003 <0,003 0,068 <0,003 <0,003

C31 <0,003 <0,003 <0,003 0,049 <0,003 <0,003

C32 <0,003 <0,003 <0,003 0,022 <0,003 <0,003

C33 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003

C34 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C35 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C36 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C37 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C38 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C39 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C40 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

Total de n-alcanos 0,01 <LQ 0,01 0,73 <LQ <LQ

Hidrocarbonetos Resolvidos 0,39 0,09 0,50 30,52 0,21 0,01

MCNR <0,533 <0,533 <0,533 0,66 <0,533 <0,533

Total de alifáticos 0,39 0,09 0,50 31,18 0,21 0,01

Recuperação (%) 76 67 86 62 83 84

Page 22: Curso: Ciências Biológicas · AD1 AD2 C1 0 10 20 30 40 50 g-1) n alcanos (ug.g-1,p.s._ Outliers Extremes Alif. resolvidos (ug.g-1,p.s._ Outliers Extremes Alif. totais (ug.g-1,p.s._

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Tabela 2-2 – Resultados de hidrocarbonetos alifáticos nas estações AD1 e AD2, coletadas em

junho de 2013 (C2), expressas em µg g-1, peso seco.

Composto AD1 R1 (C2) AD1 R2 (C2) AD1 R3 (C2) AD2 R1 (C2) AD2 R2 (C2) AD2 R3 (C2)

C12 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C13 <0,003 <0,003 <0,003 0,013 <0,006 <0,003

C14 <0,003 <0,003 <0,003 0,014 <0,003 <0,003

C15 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003

C16 <0,003 <0,003 <0,003 0,020 <0,003 <0,003

C17 <0,003 <0,006 <0,006 0,023 <0,006 <0,003

Pristano <0,003 <0,003 <0,003 0,017 <0,003 <0,003

C18 <0,003 <0,003 <0,003 0,021 <0,003 <0,003

Fitano <0,003 <0,003 <0,003 0,019 <0,003 <0,003

C19 <0,003 <0,003 <0,003 0,011 <0,003 <0,003

C20 <0,003 <0,003 <0,003 0,017 <0,003 <0,003

C21 <0,003 <0,003 <0,003 0,018 <0,003 <0,003

C22 <0,003 <0,003 <0,003 0,018 <0,003 <0,003

C23 <0,003 <0,003 <0,003 0,018 <0,003 <0,003

C24 <0,003 <0,003 <0,003 0,023 <0,003 <0,003

C25 <0,003 <0,003 <0,003 0,025 <0,003 <0,003

C26 <0,003 <0,003 <0,003 0,027 <0,003 <0,003

C27 <0,003 <0,003 <0,003 0,032 <0,006 <0,003

C28 <0,003 <0,003 <0,003 0,032 <0,003 <0,003

C29 <0,003 <0,003 <0,003 0,030 <0,003 <0,003

C30 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C31 <0,003 <0,003 <0,003 0,041 0,010 <0,003

C32 <0,003 <0,003 <0,003 0,030 <0,003 <0,003

C33 <0,003 <0,003 <0,003 0,027 <0,003 <0,003

C34 <0,003 <0,003 <0,003 0,009 <0,003 <0,003

C35 <0,003 <0,003 <0,003 0,012 <0,003 <0,003

C36 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003

C37 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C38 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003 <0,003

C39 <0,003 <0,003 <0,003 0,007 <0,003 <0,003

C40 <0,003 <0,003 <0,003 <0,006 <0,003 <0,003

Total de n-alcanos <LQ <LQ <LQ 0,51 0,01 <LQ

Hidrocarbonetos Resolvidos 0,13 0,11 0,08 0,51 0,31 0,21

MCNR <0,533 <0,533 <0,533 1,026 14,991 <0,533

Total de alifáticos 0,13 0,11 0,08 1,53 15,30 0,21

Recuperação (%) 84 84 79 106 83 70