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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

MARGARIDA LUCIA GOTZ

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR – TURMA X

TOLEDO 2018


MARGARIDA LUCIA GOTZ

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR – TURMA X

Relatório de Estágio Supervisionado do Curso de Especialização em Docência do Ensino Superior, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Assis Gurgacz – Toledo, na Disciplina de Práticas Pedagógicas Integradoras II. Professora Regente: Me. Doralice Conceição Pizzo Diniz.

TOLEDO 2018


RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR 2018/2

CÓDIGO DISCIPLINA

CARGA HORÁRIA

TEÓRICA PRÁTICA TOTAL

PDS50015 ESTÁGIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS II 15h 15 30h

ACADÊMICO (A): Margarida Lucia Gotz

CURSO: Especialização em Docência do Ensino Superior

ANO: 2017/2018

ORIENTADORA Prof. Me. Doralice Conceição Pizzo Diniz

INSTITUIÇÃO: FAG – Toledo

ENDEREÇO: Av. Ministro Cirne Lima, 2565 – Jardim COOPAGRO

MUNICÍPIO: Toledo – Paraná

TELEFONE: 3277 4000

DIRETOR: Prof. Me. Ildo Bombardelli

I IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO INSTITUIÇÃO: Faculdade Assis Gurgacz – FAG - Toledo CURSO: Letras Língua Portuguesa - Libras DISCIPLINA: Literatura Brasileira I PROFESSOR(A) REGENTE: Prof o Me Janice Salvador TURMA: 2o e 4o período PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO: 30 e 31 de Agosto

II JUSTIFICATIVA:

O estágio é o primeiro contato que o aluno professor tem com seu futuro espaço de

atuação. Na observação poderá ser analisado a turma e posteriormente é feito a regência.


A preocupação com a Prática de Ensino, mesmo tendo sua origem da década de 1930, tanto com a criação de cursos superiores de Licenciatura, cuja definição é explicitada em 1939 com a instituição do regime do curso de Didática, quanto na Habilitação Específica de 2o grau para Magistério, então conhecida como Escola Normal, passou ser objeto de preocupação antiga, principalmente com relação ao estágio curricular a partir da reforma universitária institucionalizada pela lei 5.540/68. (PICONEZ, 2014, P. 15).

O estágio oferece ao professor em formação a oportunidade de colocar em pratica os

conhecimentos adquiridos no decorrer das aulas teóricas, sempre com acompanhamento de um

profissional da área que fará a orientação e a correção em todas as atividades desenvolvidas,

para que possa aplicar a experiência adquirida de forma correta com menos falhas possíveis.

O processo de formação do professor é contínuo, inicia-se antes mesmo do curso de graduação, nas interações com os atores que fizeram e fazem parte de sua formação. E este processo sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está inserido. (PASSERINI, 2007, p. 18).

A função do estágio é reforçar o aprendizado do educando através da experiência

prática que fará repensar em algumas teses e teorias que podem ser reforçados para a

adequação da prática.

São formas em que o acadêmico poderá identificar variadas estratégias para

solucionar problemas que, muitas vezes, ele não imaginava encontrar na sua área profissional e

com essas teses e teorias poderá desenvolver o raciocínio, além da liberdade do uso da

criatividade.

O estágio é um agente contribuidor na formação do professor, passa a enxergar a

educação com outro olhar, conseguindo entender a realidade dos alunos, da escola e dos

profissionais que a compõem.

O Estágio Curricular Supervisionado [é] aquele em que o futuro profissional toma o campo de atuação como objeto de estudo, de investigação, de análise e de interpretação crítica, embasando-se no que é estudado nas disciplinas do curso, indo além do chamado Estágio Profissional, aquele que busca inserir o futuro profissional no campo de trabalho de modo que este treine as rotinas de atuação. (PASSERINI, 2007, P. 30).

Todos os estágios e atividades de docência precisam ser fundamentadas através de

pesquisas, domínio de conceitos e a utilização de métodos que facilitem o entendimento do aluno

e possibilitam a segurança para o professor estagiário no momento em que está em sala de aula.


Aprender a profissão docente no decorrer do estágio supõe estarem atento as particularidades e as interfaces da realidade escolar em sua contextualização na sociedade. Onde a escola está situada? Como são seus alunos? Onde moram? Como é a comunidade, as ruas, as casas que pertencem a adjacências da escola? (PIMENTA, 2010, p.111).

O estágio é muito importante para aquisição para a prática profissional, pois é nesse

período que o professor pode colocar em prática o conhecimento adquirido durante sua formação.

III FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Durante o estágio na disciplina de Literatura Brasileira I, foi estudado o Período

Literário do Barroco no Brasil que teve como marco inicial no final do século XVII e início do

século XVIII no ano de 1601 com a publicação da obra “Prosopopeia” de Bento Teixeira.

Este período foi caracterizado pelos contrastes, oposições e dilemas e usava a

ideologia da contrarreforma para tentar convencer, converter e catequizar o povo, o objetivo era

ensinar valores religiosos através das obras de artes nas igrejas.

De acordo com Bosi (BOSI, 2013, p. 36), na esteira de Camões épico e das epopeias

menores dos fins do século XVI, os poemetos em oitavas heroicas Prosopopeia de Bento

Teixeira, publicado em 1601, pode ser considerado um primeiro e canhestro exemplo de

maneirismo nas letras da Colônia.

Desta forma, o Barroco foi considerado o primeiro estilo da época da literatura

brasileira de Gregório de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, com sentimento

nativista manifesto, na realidade ainda não se pode isolar a Colônia da Metrópole.

Moisés (MOISÉS, 2012, p,79), destaca que, a literatura brasileira entra rigorosamente

a florescer como atividade mais ou menos orgânica no século XVII. Correspondendo ao

predomínio da estética barroca entre nós, constitui uma época literária encetada com a

publicação da Prosopopeia (1601).

Pode-se considerar uma característica importante a contraposição entre teocentrismo

e antropocentrismo. O teocentrismo é a concepção segundo a qual Deus é o centro do universo,

tudo foi criado por ele, por ele é dirigido e não há outra razão além do desejo divino sobre a

vontade humana. Contrapõe-se ao antropocentrismo, biocentrismo e ao humanismo. Na verdade

a base do Teocentrismo é o Antropocentrismo Aristocrata, que se colocava no centro do

Universo, e para testar tal fato era necessário que se criasse alguma teoria ideológica e


metafísica para se perpetuar no poder; tal como o monoteísmo que surgiu a partir de seitas

zoroastras que foram assimiladas pelo Judaísmo primitivo.

O Antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve

permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado

de acordo com a sua relação com o homem. O termo tem duas aplicações principais. Por um

lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura

renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média.

Não houve uma filosofia oficial renascentista. Entretanto, os pensadores renascentistas se identificavam com o chamado humanismo, que eram defensores da visão antropocêntrica. Os humanistas se preocupavam em recuperar obras gregas e romanas antigas que tinham sido esquecidas […] Os humanistas renascentistas se interessavam pelos valores do indivíduo de um modo desconhecido da antiguidade ou na Idade Média. Exemplo o filósofo Michael de Montaigne, que escreveu um livro cujo tema era sua própria existência. (SHMIDT,2005, p. 135).

A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem

de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem. Por

outro lado, e em um contexto moderno, se denomina antropocentrismo às doutrinas ou

perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as peculiaridades da

espécie humana, mostrando sistematicamente que o único ambiente conhecido é o apto à

existência humana.

O Barroco é muito marcante em nossa terra uma vez que foi o primeiro movimento

caracterizado com uma literatura própria, dando pela primeira vez uma ‘cara’ para os autores

brasileiros. O barroco tomou proporções em nosso país no século XVIII, e foi intensificado por

escritores nascidos principalmente em colônias – quando as primeiras obras criadas tinham

como base a grande valorização da nossa terra.

No século XVII, o ser humano viveu em conflito, atormentado por dúvidas existenciais,

dividido entre uma postura racional e humanista e uma existência assombrada pela culpa

religiosa. Barroco representou esse tempo de instabilidade e incerteza.

Observa-se a presença de riqueza de detalhes, especialmente na pintura, arquitetura

e escultura. Também observa-se presença de Cultismo que é a preocupação com o jogo de

palavras, o emprego de palavras rebuscadas, linguagem culta, extravagante, com emprego

assíduo de figuras de linguagem.

As principais características do Barroco são: linguagem dramática, racionalismo,

exagero e rebuscamento (jogos de palavras e figuras de linguagem), união do religioso e do


profano, arte dualista, jogo de contrastes (na pintura uma mistura de luz e sombra), valorização

e riqueza nos detalhes tanto na pintura como na arquitetura e esculturas, na música sempre

existia uma combinação de sons.

O Barroco, como época de contrastes interessantes e, talvez, tantas vezes de mau gosto (individualismo e tradicionalismo, autoridade inquisitorial e abalos de liberdade, mística e sensualismo, teologia e superstição, guerra e comércio, geometria e capricho) não é resultado de influências multisseculares sobre um país cujo caráter configuraria, nem tampouco, é óbvio, de influências que, de um país dotado supostamente com tais características, seriam irradiadas sobre aqueles outros com os quais estaria relacionado. Não são razões de influência ou de caráter, mas de situação histórica, as que fizeram surgir a cultura barroca. Participam dessa cultura, consequentemente, todos os que se encontram conectados com tal situação, ainda que, em cada caso, isso ocorra de acordo com a posição do grupo em questão. (MARAVAL, 2009, p.57).

Estas características se aplicam a manifestação de um movimento artístico naquela

época e a arte propriamente dita.

Todo esse movimento artístico e literário teve ilustres autores como Bento Teixeira

com a intitulada “Prosopopeia”, Manuel Botelho de Oliveira foi o primeiro escritor brasileiro a ter

um livro publicado, além de poeta, era advogado e político. Frei Manoel de Santa Maria Itaparica

foi conhecido por sua obra Eustáquidos com caráter de inspiração e religiosidade. Padre Antônio

Vieira era defensor dos cristãos, foi condenado a dois anos de reclusão em uma casa Jesuítica

e teve o impedimento de pregar, se destacou com seus sermões polêmicos contra a presença

do protestantismo e o despotismo do governo português.

Gregório de Matos foi o maior poeta do barroco brasileiro. Desenvolveu uma poesia

lírica e religiosa, mas se destacou por sua poesia satírica, constituindo uma crítica à sociedade

da época, recebendo o apelido de "Boca do Inferno".

Gregório de Matos e Guerra nasceu em Salvador, a 23 de dezembro de 1636. Filho de Português e Baiana, teve esmerada educação, que os haveres paternos facultavam. Após frequentar o colégio da Campanha de Jesus, segue para a Metrópole (1650), onde se forma em Leis, por Coimbra, no mesmo ano em que se casa em Lisboa (1661). Passa a viver da magistratura. É conhecido por sua língua viperina. (MOISÈS, 2012, p. 104).

Voltou para Salvador como procurador da cidade, junto à Corte portuguesa. Ficou

viúvo e casou-se novamente. Levava uma vida boêmia e escrevia versos e sátiras gozando de

todos, recebendo o apedido de “Boca do inferno”. Embora não fosse padre, o arcebispo D.

Gaspar fez dele vigário geral da Bahia e tesoureiro-mor da Sé. Uma forma de dar maior


compostura ao bacharel Gregório. Usava uma linguagem virulenta e direta, não poupava

ninguém. Criou terríveis inimigos.

Sua obra reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, eróticos e religiosos.

Os líricos expressam uma carga emotiva com presteza e carinho. Os satíricos expõem um eixo

temático sem nenhum pudor, com ironia e crítica social. Os religiosos (sacra) abrangem assuntos

em comemoração a festa de santos, todos relacionados a Deus.

IV OBJETIVOS:

Instrumentalizar-se e qualificar-se à inserção no mercado de trabalho e sentir-se instigado a manter um processo dinâmico de reflexão/ação crítica sobre a Prática Pedagógica, estabelecendo uma relação entre os fundamentos teóricos e a Prática Pedagógica;

Conhecer as especificidades da organização do trabalho pedagógico e administrativo nas instituições de Ensino Superior estabelecendo a sua relação direta com o processo ensino-aprendizagem;

Adquirir os saberes necessários ao profissional de Licenciaturas para atuar nas fundações pedagógicas no âmbito das instituições de Ensino Superior frente às exigências do mercado e da sociedade.

Identificar as necessidades dos alunos no tocante às Novas Tecnologias e Capacitar-se quanto ao seu uso, como ferramenta aliada do professor do Ensino Superior.

V CRONOGRAMA:

DATAS ATIVIDADES

23/06/2018 INTRODUÇÕES, DEFINIÇÕES, PLANEJAMENTO

07/07/2018 MICRO AULAS, PLANO SIMULADO

28/07/2018 DISTRIBUIÇÕES DAS REGÊNCIAS

11/08/2018 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE REGÊNCIA

15/09/2018 ENCERRAMENTO DA DISCIPLINA, APRESENTAÇÃO DE REGÊNCIA, VISTA DE RELATÓRIO

28/09/2018 PRAZO FINAL, PROTOCOLO DE RELATORIO

20/10/2018 ENTREGA DE DUAS CÓPIAS IMPRESSAS

24/11/2018 DEFESA

VI RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

No decorrer das aulas da disciplina de Práticas Integralizadoras II foram realizadas

várias atividades. Dia 23 de Junho foi o início da disciplina de estágio, foi feito um breve histórico

a respeito do Ensino Superior no Brasil, suas exigências e organizações.


Dia 07 de Julho foi passado passo a passo a estrutura de um plano de aula e todo o

processo de elaboração dentro das normas da ABNT.

Dia 28 de Julho foi feito a distribuição das aulas para regência. Também foi retomado

o plano de aula, as formas corretas de usar verbos nos objetivos e algumas dicas de atividades

que poderiam ser usadas durante a regência.

Dia 10 de Agosto aconteceu as duas aulas de observação na sala do 2o e 4o período

do curso de Letras Língua Portuguesa e Libras, disciplina de Literatura Brasileira I ministradas

pela professora Janice Salvador. Esses dois períodos cursam todas as disciplinas na mesma sala

devido a pouca quantidade de alunos em cada turma.

É uma turma de aproximadamente vinte e sete alunos (27), turma bem participativa,

envolvida nos questionamentos com quatro alunos surdos em sala, sendo um menino e três

meninas, tendo o apoio de uma intérprete o tempo todo em sala de aula.

Conforme o assunto discutido em sala de aula, a professora elabora slides com várias imagens

e vídeos com legenda para facilitar o entendimento desses alunos surdos.

O assunto discutido naquela aula era a Carta de Pero Vaz Caminha. A professora

encaminhou antecipadamente via e-mail uma cópia da mesma para que os alunos leiam e

sublinhassem e extraíssem as palavras desconhecidas, ou seja, as palavras diferentes.

A carta foi lida em sala de aula também, em seguida foi formulado um glossário com

as palavras desconhecidas e preenchidos com seus respectivos conceitos.

Foi discutido também a Literariedade do texto: o mito do paraíso perdido, a visão da terra e o

encontro das raças.

Foi uma aula bem produtiva em que pude perceber o envolvimento de todos os alunos

em sala de aula.

Dia 11 de Agosto foi apresentado parte do plano para regência.

Dia 30 e 31 de Agosto aconteceu a regência. Dia 30 quinta-feira, foi nas duas últimas

aulas.

A professora regente me apresentou para os alunos afirmando que estaria fazendo um

bom trabalho e que fosse respeitada e ouvida, e assim aconteceu.

Foi trabalhado o Barroco Brasileiro, seu contexto histórico, suas características

apresentadas através de ilustrações de várias imagens para que os surdos também pudessem

participar da aula com igualdade, foi exposto os principais autores e suas obras.

Finalizando com um vídeo de catorze minutos e sete segundos sobre o barroco no

Brasil, o vídeo possuía imagens, um fundo musical instrumental e totalmente legendado.


No segundo dia de regência dia 31 de agosto aconteceu nas duas primeiras aulas,

retomando brevemente as características e principais autores, foi destacado e aprofundado sobre

o principal autor do barroco brasileiro que é Gregório de Mattos, suas obras, tipos de poesias e

sonetos.

Foi feito duas atividades, um caça palavras e disponibilizado um soneto para a

elaboração da sílaba poética e a contagem das rimas.

Dia 15 de Setembro foi o encerramento da disciplina fazendo alguns apontamentos a

respeito do relatório de estágio.

VII CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O estágio supervisionado é um período de transição entre o docente e a formação

profissional da educação. Neste sentido, na realização do estágio é possibilitado a oportunidade

de empregar os conhecimentos adquiridos durante a graduação e pós graduação até a chegada

do momento de realiza-lo.

No decorrer destes dias pude perceber que o estagiário que se submete a isso está

aprendendo o tempo todo, mesmo com toda a preparação que teve, sempre terá informações até

um bate papo antes ou depois da aula que também servirá de experiência.

De forma geral, é importante ressaltar que o tempo de observação foi muito curto,

pouco tempo para conhecer a turma e analisar mais formas inteligentes de trabalhar com eles.

A importância de estar atualizado com as notícias do dia a dia, das redes sociais, ajuda

muito na interação com o aluno, ou seja, a partir de um questionamento ou debate, facilita na

resposta.

A preparação da metodologia se torna uma ferramenta importantíssima para poder

desenvolver o trabalho com mais qualidade e segurança, pois é esse passo a passo que faz com

que o estágio se torna mais produtivo. Não havendo essa preparação satisfatória, faz com que o

tempo fique dispersado, passa insegurança para os alunos e também dificulta para atrair a

atenção necessária.

Trabalhar com essa turma de alunos ouvintes e quatro alunos surdos ficou claro que

precisamos estar atentos a atualidade, sem preconceitos, sempre dispostos a melhorar, a dar o

melhor de si em todo os aspectos para o que o trabalho seja com qualidade usando critérios que

cativem o aluno, faça com que ele se sinta a vontade, com interesse de aprender e acima de


tudo, fazer com que ele tenha feito uma boa escolha em relação ao curso e esteja disposto a ir

até o final.

Para que isso aconteça o critério principal é a preparação para este momento, isso

traz segurança e facilidade para fazer um bom estagio.

VIII REFERÊNCIAS: ANDRADE, Arnon Mascarenhas de Andrade. O Estágio Supervisionado e a Práxis Docente. In: SILVA, Maria Lucia Santos Ferreira da. (Org.). Estágio Curricular: Contribuições para o Redimensionamento de sua Prática. Natal: EdUFRN, 2005. Disponível em: www.educ.ufrn.br/arnon/estagio.pdf; acesso em: 24 set. 2018. BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo. Editora Cultrix, 2013. MARAVAL, José Antonio. A Cultura do Barroco. Tradução por Silvana Garcia. São Paulo: Edusp, 2009. MOISÉS, Massaud. História da Literatura Brasileira, Volume I: Das Origens ao Romantismo. São Paulo. Editora Cultrix, 2012. PASSERINI, Gislaine Alexandre. O estágio supervisionado na formação inicial de professores de matemática na ótica de estudantes do curso de licenciatura em matemática da UEL. 121f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina. Londrina: UEL, 2007. PICONEZ, Stela C. Bertholo, A Pratica de Ensino e o Estágio Supervisionado: A aproximação da realidade escolar e a prática da reflexão. São Paulo: Papirus, 2014. PIMENTA, Selma G.; SOCORRO, Maria L. O estágio e a formação inicial e contínua de professores. In: Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2010. 5 ed. (Coleção Docência em formação. Serie Saberes Pedagógicos). SHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica: ensino médio. São Paulo: Nova Geração, 2005.


IX REFERÊNCIAS ICONOGRÁFICA HENRIQUE, Bruno, Trabalho sobre o Barroco Brasileiro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NC9BIEBfeRU. Acesso em 28/08/2018.

https://www.youtube.com/watch?v=NC9BIEBfeRU


X ANEXO CONSELHOS A QUALQUER TOLO PARA PARECER FIDALGO, RICO E

DISCRETO

Bote a sua casaca de veludo, E seja capitão sequer dois dias,

Converse à porta de Domingos Dias, Que pega fidalguia mais que tudo.

Seja um magano, um pícaro, um cornudo,

Vá a palácio, e após das cortesias Perca quanto ganhar nas mercancias, E em que perca o alheio, esteja mudo.

Sempre se ande na caça e montaria,

Dê nova solução, novo epíteto, E diga-o, sem propósito, à porfia;

Que em dizendo: “facção, pretexto, afeto”

Será no entendimento da Bahia Mui fidalgo, mui rico e mui discreto.


LITERATURA BRASILEIRA I BARROCO NO BRASIL

M H E C F A D S U B G M T M R L C O P G W N F H W J R O A I D E X W D Y F R R X

L E I I U H I U R T O S A X C T B U O C E D A C N R J E T C Í F K T Y A O O S T

A N T R O P O C E N T R I S M O C E O S O M S G Q N S N L B I K I U A P A D P X

A M E O S U T E A W J P C C J Q D O O E F R S M N R I R T B R V V Y A X O L P O G V Q I I E R T A S A D Z W P B I U E C N V G S L O T O E R A Z Y U S L N C I I

Y P M Y C A Y O A T R R C O Y Q F E A T O O J O J C N B P U U E T X A U E S C Á P O E S I A E O Q R Q R F N S F R Z O M J C O N C E P T I S M O A O O U N R N A C U L T I S M O K C H V E A R C O Z F R

O R E G A X E C N C A Y A T O M M S L D O T N E M A C S U B E R O A M G A A I P R N K O B D W N C F E L E P A E W C T T T H A A W L K T L R E J B T G F K R O H J G N R K T H T E N O R I E L I S A R B


1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Instituição: Faculdade Assis Gurgacz – FAG - Toledo

Curso: Letras: Língua Portuguesa - Libras

Disciplina: Literatura Brasileira I

Turno: Noturno

Período: 2o e 4o

Professor Regente: Prof° Me. Janice Salvador

Professor Estagiário: Margarida Lucia Gotz

Carga Horária: 4hs

2 CONTEÚDO

Período Literário Barroco.

3 OBJETIVO

3.1 OBJETIVO GERAL

- Conhecer a origem, principais características e autores do Barroco Brasileiro.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

- Identificar o Barroco como estilo literário e contextualizar seu surgimento;

- Apresentar os principais autores;

- Destacar a produção literária de Gregório de Mattos.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Barroco Brasileiro tem início no século XVII como marco inicial no ano 1601 com a

publicação da obra “Prosopopeia” de Bento Teixeira. Além da literatura, estende-se a música,

escultura e arquitetura da época.

Na esteira de Camões épico e das epopeias menores dos fins do século XVI, os poemetos em oitavas heroicas Prosopopeia de Bento Teixeira, publicado em 1601, pode ser considerado um primeiro e canhestro exemplo de maneirismo nas letras da colônia. (BOSI, 2013, p. 36)


O Barroco foi considerado o primeiro estilo da época da literatura brasileira de Gregório

de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, com sentimento nativista manifesto, na

realidade ainda não se pode isolar a Colônia da Metrópole.

A literatura brasileira entra rigorosamente a florescer como atividade mais ou menos orgânica no século XVII. Correspondendo ao predomínio da estética barroca entre nós, constitui uma época literária encetada com a publicação da Prosopopeia (1601). (MOISÉS, 2012, p.79).

O Barroco usava a ideologia da contrarreforma para tentar convencer, converter e

catequizar o povo através das obras de arte. As criações artísticas tinham objetivo de ensinar

valores religiosos.

Também tem como característica a contraposição entre teocentrismo e

antropocentrismo. O teocentrismo é a concepção segundo a qual Deus é o centro do universo,

tudo foi criado por ele, por ele é dirigido e não há outra razão além do desejo divino sobre a

vontade humana. Contrapõe-se ao antropocentrismo, biocentrismo e ao humanismo. Na verdade

a base do Teocentrismo é o Antropocentrismo Aristocrata, que se colocava no centro do

Universo, e para pretextuar tal fato era necessário que se criasse alguma teoria ideológica e

metafísica para se perpetuar no poder; tal como o monoteísmo que surgiu a partir de seitas

zoroastras que foram assimiladas pelo Judaísmo primitivo.

O Antropocentrismo é uma concepção que considera que a humanidade deve

permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, tudo no universo deve ser avaliado

de acordo com a sua relação com o homem. O termo tem duas aplicações principais. Por um

lado, trata-se de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura

renascentista e moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média.

Não houve uma filosofia oficial renascentista. Entretanto, os pensadores renascentistas se identificavam com o chamado humanismo, que eram defensores da visão antropocêntrica. Os humanistas se preocupavam em recuperar obras gregas e romanas antigas que tinham sido esquecidas […] Os humanistas renascentistas se interessavam pelos valores do indivíduo de um modo desconhecido da antiguidade ou na Idade Média. Exemplo o filósofo Michael de Montaigne, que escreveu um livro cujo tema era sua própria existência. (SHMIDT,2005, p. 135)

A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem

de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus a uma outra, centrada no homem. Por

outro lado, e em um contexto moderno, se denomina antropocentrismo às doutrinas ou


perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as peculiaridades da

espécie humana, mostrando sistematicamente que o único ambiente conhecido é o apto à

existência humana.

O Barroco é muito marcante em nossa terra uma vez que foi o primeiro movimento

caracterizado com uma literatura própria, dando pela primeira vez uma ‘cara’ para os autores

brasileiros. O barroco tomou proporções em nosso país no século XVIII, e foi intensificado por

escritores nascidos principalmente em colônias – quando as primeiras obras criadas tinham

como base a grande valorização da nossa terra.

No século XVII, o ser humano viveu em conflito, atormentado por dúvidas existenciais,

dividido entre uma postura racional e humanista e uma existência assombrada pela culpa

religiosa. Barroco representou esse tempo de instabilidade e incerteza.

Observa-se presença de riqueza de detalhes, especialmente na pintura, arquitetura e

escultura. Também observa-se presença de Cultismo, emprego de palavras rebuscadas,

linguagem culta, extravagante, com emprego assíduo de figuras de linguagem.

As principais características do Barroco são: linguagem dramática, racionalismo,

exagero e rebuscamento (jogos de palavras e figuras de linguagem), união do religioso e do

profano, arte dualista, jogo de contrastes (na pintura uma mistura de luz e sombra), valorização

e riqueza nos detalhes tanto na pintura como na arquitetura e esculturas, na música sempre

existia uma combinação de sons.

O Barroco, como época de contrastes interessantes e, talvez, tantas vezes de mau gosto (individualismo e tradicionalismo, autoridade inquisitorial e abalos de liberdade, mística e sensualismo, teologia e superstição, guerra e comércio, geometria e capricho) não é resultado de influências multisseculares sobre um país cujo caráter configuraria, nem tampouco, é óbvio, de influências que, de um país dotado supostamente com tais características, seriam irradiadas sobre aqueles outros com os quais estaria relacionado. Não são razões de influência ou de caráter, mas de situação histórica, as que fizeram surgir a cultura barroca. Participam dessa cultura, consequentemente, todos os que se encontram conectados com tal situação, ainda que, em cada caso, isso ocorra de acordo com a posição do grupo em questão. (MARAVALL, 2009, p.57).

Todas estas características se aplicam a manifestação de um movimento artístico

naquela época e a arte propriamente dita.

Todo esse movimento artístico e literário teve ilustres autores como Bento Teixeira com

a intitulada “Prosopopeia”, Manuel Botelho de Oliveira foi o primeiro escritor brasileiro a ter um

livro publicado, além de poeta, era advogado e político. Frei Manoel de Santa Maria Itaparica foi

conhecido por sua obra Eustáquidos com caráter de inspiração e religiosidade. Padre Antônio


Vieira era defensor dos cristãos, foi condenado a dois anos de reclusão em uma casa Jesuítica

e teve o impedimento de pregar, se destacou com seus sermões polêmicos contra a presença

do protestantismo e o despotismo do governo português.

Gregório de Matos foi o maior poeta do barroco brasileiro. Desenvolveu uma poesia

lírica e religiosa, mas se destacou por sua poesia satírica, constituindo uma crítica à sociedade

da época, recebendo o apelido de "Boca do Inferno".

Gregório de Matos e Guerra nasceu em Salvador, a 23 de dezembro de 1636. Filho de Português e Baiana, teve esmerada educação, que os haveres paternos facultavam. Após frequentar o colégio da Campanha de Jesus, segue para a Metrópole (1650), onde se forma em Leis, por Coimbra, no mesmo ano em que se casa em Lisboa (1661). Passa a viver da magistratura. É conhecido por sua língua viperina. (MOISÈS, 2012, p. 104)

Voltou para Salvador como procurador da cidade, junto à Corte portuguesa. Ficou

viúvo e casou-se novamente. Levava uma vida boêmia e escrevia versos e sátiras gozando de

todos, recebendo o apedido de “Boca do inferno”. Embora não fosse padre, o arcebispo D.

Gaspar fez dele vigário geral da Bahia e tesoureiro-mor da Sé. Uma forma de dar maior

compostura ao bacharel Gregório. Usava uma linguagem virulenta e direta, não poupava

ninguém. Criou terríveis inimigos.

Sua obra reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, eróticos e religiosos.

Os líricos expressam uma carga emotiva com presteza e carinho. Satíricos expõe um eixo

temático sem nenhum pudor, com ironia e crítica social. Religiosos (sacra) abrange assuntos em

comemoração a festa de santos, todos relacionados a Deus.

5 METODOLOGIA

No primeiro dia de aula que será dia 30, o início será um momento expositivo, faremos

um diálogo referente ao Barroco e sua caracterização. Nesta caracterização terá imagens sobre

a pintura, arquitetura, escultura da época, mostrando a riqueza dos detalhes com curvas e

contracurvas aquelas que geram sensação de movimento dos corpos e vestes.

Em seguida, será apresentado os principais autores e obras daquele período literário.

Terá também um vídeo legendado com mais detalhes a respeito do Barroco no Brasil.

Para finalizar a primeira aula terá uma atividade de caça palavras com vinte e quatro

palavras (24), nas quais todas são relacionadas as características e principais autores.


A segunda aula que será realizada dia 31, será estabelecido as características e obras

do autor mais conhecido do Barroco Brasileiro. Será destacado também as obras de acordo as

temáticas de poesia, ou seja, os tipos de poesia, cada uma delas com exemplos.

Por último será explicado o conceito e estrutura de soneto, concluindo com uma

atividade identificando as rimas e as sílabas poéticas do soneto.

6 AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá de forma contínua iniciadas já na exposição oral e durante as

apresentações no decorrer dos encontros, com aspectos qualitativos e quantitativos.

Instrumentos

A realização da aula com apresentação de slides, livros, vídeo e atividade, após um

feedback geral a respeito.

Critérios

- Atividade de caça palavras – 1 pontos;

- Atividade - 5 pontos.

7 RECURSOS

Multimídia, material impresso e livros da biblioteca.

8 REFERÊNCIAS

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo. Editora Cultrix, 2013.

MARAVAL, José Antonio. A Cultura do Barroco. Tradução por Silvana Garcia. São Paulo:

Edusp, 2009.

MOISÉS, Massaud. História da Literatura Brasileira, Volume I: Das Origens ao Romantismo.

São Paulo. Editora Cultrix, 2012.

SHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica: ensino médio. São Paulo: Nova Geração, 2005.


XI APÉNDICE

O Barroco usava a ideologia da contrarreforma para tentar convencer, converter e catequizar o

povo através das obras de arte. As criações artísticas tinham objetivo de ensinar valores

religiosos;

Também tem como característica a contraposição entre teocentrismo e antropocentrismo. Ressalta a oposição entre céu e inferno. Apresenta conflito entre a ética cristã e os valores renascentistas.



Duas tendências barrocas:

- Cultismo: preocupação com a forma (jogo de palavras e estrutura).

- Conceptismo: preocupação com o conteúdo (jogo de ideias).

Na pintura: conflito: claro x escuro.


Ouro Preto, Minas Gerais

Pintura: Uso de cores fortes em especial vermelho, azul, dourado e branco;


Representação de passagens bíblicas dos tetos das igrejas;

Ilusão de movimento e profundidade;


Uso do claro / escuro;

Imagens ricamente ornamentadas com tecidos finos, joias e até cabelo;


Esculturas feitas em pedra-sabão e madeira;

Uso de curvas e contracurvas e torres laterais com sinos;

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