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LITURGIA OBRA DA SANTÍSSIMA TRINDADE O QUE É LITURGIA? "Quanto mais conhecemos a liturgia, mais a amamos, pois nós só amamos o que conhecemos" "No ato litúrgico, pregamos, mas ele não é uma aula. Conversamos, mas não é um colóquio. Cantamos, mas não é um concerto. Encenamos, mas não é uma peça teatral. Movemos-nos, mas não é um balé. Contemplamos em silêncio, mas não é uma meditação transcendental. E oramos publicamente, mas não se trata de mera reza". (in A Celebração da Igreja, pp. 447-448, Casiano Floristan) Em primeiro momento temos que saber o que é Liturgia. O leigo sem preparo tem uma visão equivocada do que seja Liturgia. Esses Acreditam que seja apenas uma encenação da vida, paixão, morte e ressurreição de um tal Jesus de Nazaré. Liturgia não é apenas cerimônia, nem folclore, muito menos patrimônio cultural da sociedade. Sempre iniciamos as nossas celebrações com o sinal-da-cruz, pois na Liturgia o Pai realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito para a salvação do mundo e para a glória de seu nome. O Sinal da Cruz é riquíssimo em significado. por Ele expressamos, anunciamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa religião: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando você diz: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade. No Egito, na antiguidade, Deus passou no meio do povo e libertou-o. Há dois mil anos, Deus se fez homem em Jesus Cristo que pregou definitivamente consigo na cruz todos nossos pecados e nos libertou da morte. DEUS PASSA NO MEIO DE NÓS PELA LITURGIA PÁSCOA SIGNIFICA PASSAGEM LITURGIA É PÁSCOA

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O QUE É LITURGIA?"Quanto mais conhecemos a liturgia, mais a amamos, pois nós só amamos o que conhecemos""No ato litúrgico, pregamos, mas ele não é uma aula. Conversamos, mas não é um colóquio. Cantamos, mas não é um concerto. Encenamos, mas não é uma peça teatral. Movemos-nos, mas não é um balé. Contemplamos em silêncio, mas não é uma meditação transcendental. E oramos publicamente, mas não se trata de mera reza". (in A Celebração da Igreja, pp. 447-448, Casiano Floristan)Em primeiro momento temos que saber o que é Liturgia. O leigo sem preparo tem uma visão equivocada do que seja Liturgia. Esses Acreditam que seja apenas uma encenação da vida, paixão, morte e ressurreição de um tal Jesus de Nazaré. Liturgia não é apenas cerimônia, nem folclore, muito menos patrimônio cultural da sociedade.Sempre iniciamos as nossas celebrações com o sinal-da-cruz, pois na Liturgia o Pai realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito para a salvação do mundo e para a glória de seu nome. O Sinal da Cruz é riquíssimo em significado. por Ele expressamos, anunciamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa religião: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando você diz: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade.

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LITURGIA

OBRA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

O QUE É LITURGIA?

"Quanto mais conhecemos a liturgia, mais a amamos, pois nós só amamos o que

conhecemos"

"No ato litúrgico, pregamos, mas ele não é uma aula. Conversamos, mas não

é um colóquio. Cantamos, mas não é um concerto. Encenamos, mas não é uma

peça teatral. Movemos-nos, mas não é um balé. Contemplamos em silêncio,

mas não é uma meditação transcendental. E oramos publicamente, mas não

se trata de mera reza". (in A Celebração da Igreja, pp. 447-448, Casiano

Floristan)

Em primeiro momento temos que saber o que é Liturgia. O leigo sem preparo tem

uma visão equivocada do que seja Liturgia. Esses Acreditam que seja apenas uma

encenação da vida, paixão, morte e ressurreição de um tal Jesus de Nazaré. Liturgia

não é apenas cerimônia, nem folclore, muito menos patrimônio cultural da sociedade.

Sempre iniciamos as nossas celebrações com o sinal-da-cruz, pois na Liturgia o Pai

realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito

para a salvação do mundo e para a glória de seu nome. O Sinal da Cruz é riquíssimo

em significado. por Ele expressamos, anunciamos três verdades ou dogmas

fundamentais da nossa religião: o Dogma da Santíssima Trindade, da

Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando você diz: “em nome do Pai, do

Filho e do Espírito Santo”, você está proclamando o Mistério da Santíssima

Trindade.

No Egito, na antiguidade, Deus passou no meio do povo e libertou-o. Há dois mil

anos, Deus se fez homem em Jesus Cristo que pregou definitivamente consigo na cruz

todos nossos pecados e nos libertou da morte.

DEUS PASSA NO MEIO DE NÓS PELA LITURGIA

PÁSCOA SIGNIFICA PASSAGEM

LITURGIA É PÁSCOA

Page 2: Curso de Liturgia.pdf

A palavra "liturgia" significa originalmente "obra pública", "serviço da parte do povo e

em favor do povo". Na tradição cristã, ele quer significar que o povo de Deus torna

parte na "obra de Deus". Pela Liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote,

continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.

“Na liturgia da Igreja, Deus Pai é bendito e adorado como a fonte de todas as bênçãos

da criação e da salvação, com as quais nos abençoou em seu Filho, para dar-nos o

Espírito da adoção filial”.

"A obra de Cristo na liturgia é sacramental porque seu mistério de salvação se torna

presente nela mediante o poder de seu Espírito Santo; porque seu corpo, que é a

Igreja, é como que o sacramento (sinal e instrumento) no qual o Espírito Santo

dispensa o mistério da salvação; porque por meio de suas ações litúrgicas a Igreja

peregrina já participa, por antecipação, da liturgia celeste."

"A missão do Espírito Santo na liturgia da Igreja é preparar a assembléia para

encontrar-se com Cristo; recordar e manifestar Cristo à fé da assembléia; tornar

presente e atualizar a obra salvífica de Cristo por seu poder transformador e fazer

frutificar o dom da comunhão na Igreja."

Ano Litúrgico

O Ano Litúrgico é o tempo que marca as datas dos acontecimentos da História da

Salvação. Não é como o ano civil, que começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de

Dezembro, mas começa no 1º domingo do Advento (preparação para o Natal) e

termina no último sábado do tempo comum, que é na véspera do 1º domingo do

Advento.

Estrutura do Ano Litúrgico

CICLO DE NATAL

Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos

antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de

alegria moderada e preparação para receber Jesus.

Natal: 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do

Salvador.

Epifania: E celebrada no domingo seguinte ao natal e dura 3 semanas. É uma festa

que lembra a manifestação de Jesus como Filho de Deus. No ciclo de Natal também são

celebradas as festas da Apresentação do Senhor no dia 02 de fevereiro, da Sagrada

Família, de Santa Maria Mãe de Deus e do Batismo de Jesus.

CICLO PASCAL

Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana

santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de

Page 3: Curso de Liturgia.pdf

5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa. Não se diz "Aleluia", nem se

colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o

Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.

Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a

Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de

Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da

Palavra. No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal

que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da

Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de

Pentecostes.

Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e

nos envia o Paráclito.

TEMPO COMUM

1ª FASE: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de

Cinzas.

2ª FASE: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º

Domingo do advento.

Ao todo são 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo

que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de

esperança e acolhimento da Palavra de Deus.

"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo

nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132)

CORES LITÚRGICAS

As diferentes cores das vestes litúrgicas visam manifestar externamente o caráter dos

mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o

desenrolar do ano litúrgico.

No princípio havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as

chamadas "cores litúrgicas". Estas cores foram fixadas em Roma no século XII. Em

pouco tempo os cristãos do mundo interiro aderiram a este costume.

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Branco

Usado na Páscoa, no Natal, nas Festas do Senhor, nas

Festas de Nossa Senhora e dos Santos, exceto dos

mártires. Simboliza alegria, ressurreição, vitória, pureza

e alegria.

Vermelho

Lembra o fogo do Espírito Santo. Por isso é a cor de

Pentecostes. Lembra também o sangue. É a cor dos

mártires e da sexta-feira da Paixão.

Verde Se usa nos domingos do Tempo Comum e nos dias da

semana. Está ligado ao crescimento, à esperança.

Roxo

Usado no Advento e na Quaresma. É símbolo da

penitência e da serenidade. Também pode ser usado nas

missas dos defuntos e na confissão.

Preto É sinal de tristeza e luto. Hoje é pouco usado na liturgia.

Rosa

O rosa pode ser usado no 3º domingo do Advento

(Gaudete) e 4º domingo da Quaresma (Laetare).

As cores podem não corresponder

devido a configuração do vídeo.

ESQUEMA DO ANO LITÚRGICO

CICLO DO

NATAL Advento

Início

Término

Espiritualidad

e

Ensinamento

Cor

4 domingos antes do

Natal

24 de dezembro à

tarde

Esperança e purificação

da vida

Anúncio da vinda do

Messias

Roxa

Page 5: Curso de Liturgia.pdf

Natal

Início

Término

Espiritualidad

e

Ensinamento

Cor

25 de dezembro

Na festa do Batismo de

Jesus

Fé, alegria e

acolhimento

O filho de Deus se fez

Homem

Branca

TEMPO COMUM

(1ª Parte)

Início

Término

Espiritualidad

e

Ensinamento

Cor

2ª feira após o Batismo

de Jesus

Véspera da Quarta-

feira das Cinzas

Esperança e escuta da

Palavra

Anúncio do Reino de

Deus

Verde

CICLO DA

PÁSCOA

Quaresm

a

Início

Término

Espiritualidad

e

Ensinamento

Cor

Quarta-Feira das

Cinzas

Quarta-feira da

Semana Santa

Penitência e conversão

A misericórdia de Deus

Roxa

Páscoa

Início

Término

Espiritualidad

e

Ensinamento

Cor

Quinta-feira Santa

(Tríduo Pascal)

No Pentecostes

Alegria em Cristo

Ressuscitado

Ressurreição e vida

eterna

Branca

TEMPO COMUM

(2ª Parte)

Início

Término

Segunda-feira após o

Pentecostes

Page 6: Curso de Liturgia.pdf

Espiritualidad

e

Ensinamento

Cor

Véspera do 1º Domingo

do Advento

Vivência do Reino de

Deus

Os Cristãos são o sinal

do Reino

Verde

OBJETOS LITÚRGICOS

CÁLICE: Uma espécie de taça, utilizada para

depositar o vinho que será consagrado.

PATENA: Um tipo de pratinho

sobre o qual são colocadas as

hóstias para a celebração

PALA: Cobertura quadrangular do cálice

CORPORAL: Pano quadrangular de

linho com uma cruz no centro. Sobre

ele é consagrado o pão e o vinho.

SANGUINHO: Pequeno pano utilizado para o

celebrante enxugar a boca, os dedos e o

interior do cálice, após a consagração

ÂMBULA: Uma espécie de cálice

maior, onde são guardadas as

hóstias consagradas. Possui tampa.

TECA: Pequeno recipiente onde se leva a

comunhão para os doentes.

Page 7: Curso de Liturgia.pdf

OSTENSÓRIO: Objeto utilizado

para expor o Santíssimo, ou para

levá-lo em procissão. Também

conhecido como custódia.

GALHETAS: Recipientes onde ficam a água e

o vinho durante a celebração Eucarística.

Podem ser levadas ao altar durante a

procissão das ofertas

MANUSTÉRGIO: Qualquer toalha

utilizada para purificar as mãos

antes, durante e depois da ação

litúrgica.

ALTAR: Mesa onde é realizada a Ceia

Eucarística. Na liturgia, esta mesa representa

o próprio Jesus Cristo.

AMBÃO: Estante na qual é

proclamada a Palavra de Deus.

CRUCIFIXO: Fica sobre o altar ou acima

dele, lembra a Ceia do Senhor é inseparável

do seu Sacrifício Redentor. Na Ceia, Jesus deu

aos discípulos o "Sangue da Aliança, que ia ser

derramado por muitos, para o perdão dos

pecados".

INCENSO: Resina de aroma suave.

O incenso produz uma fumaça que

sobe aos céus, simbolizando nossa

oração.

LECIONÁRIO: Livros que contêm as leituras

da missa.

MISSAL: É um livro grosso que

contém o ritual da missa, menos as

leituras.

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NAVETA: Recipiente onde é depositado o

incenso a ser usado na liturgia. Tem a forma

de um pequeno navio.

TURÍBULO: Vaso metal utilizado

para queimar incenso.

Vejamos mais alguns objetos litúrgicos usados na Missa:

ALFAIAS: Designam todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo,

os paramentos litúrgicos; ALIANÇA: Anel utilizado pelos noivos para significar seu compromisso de

amor selado no matrimônio; ANDOR: Suporte de madeira, enfeitado com flores. Utilizados para levar os

santos nas procissões; ASPERGES: Utilizado para aspergir o povo com água-benta. Também

conhecido pelos nomes de aspergil ou aspersório; BACIA: Usada como jarro para as purificações litúrgicas;

BÁCULO: Bastão utilizado pelos bispos. Significa que ele está em lugar do Cristo Pastor;

BATISTÉRIO: O mesmo que pia batismal. É onde acontecem os batizados; BURSA: Bolsa quadrangular para colocar o corporal;

CALDEIRINHA: Vasilha de água-benta; CAMPAINHA: Sininhos tocados pelo acólito no momento da consagração;

CASTIÇAIS: Suportes para as velas;

CADEIRA DO CELEBRANTE: Cadeira no centro do presbitério que manifesta a função de presidir o culto;

CÍRIO PASCAL: Uma vela grande onde se pode ler ALFA e ÔMEGA (Cristo: começo e fim) e o ano em curso. tem grãos de incenso que representam as cinco

chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal, durante o Tempo Pascal, e durante o ano nos batizados. Simboliza o Cristo, luz do mundo;

COLHERINHA: Usada para colocar a gota de água no vinho e para colocar o incenso no turíbulo;

CONOPEU: Cortina colocada na frente do sacrário; CREDÊNCIA: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do

culto; CRUZ PROCESSIONAL: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões;

CRUZ PEITORAL: Crucifixo dos bispos; ESCULTURAS: Existem nas Igrejas desde os primeiros séculos. Sua única

finalidade litúrgica é ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo. O mesmo

se pode dizer com relação às pinturas. GENUFLEXÓRIO: Faz parte dos bancos da Igreja. Sua única finalidade é

ajudar o povo na hora de ajoelhar-se. HÓSTIA: Pão Eucarístico. A palavra significa "vítima que será" sacrificada.

HÓSTIA GRANDE: É utilizada pelo celebrante. É maior apenas por uma questão de prática. Para que todos possam vê-la na hora da elevação, após a

consagração; JARRO: Usado durante a purificação

LAMPARINA: É a lâmpada do Santíssimo; LAVATÓRIO: Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o

sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da celebração.; LIVROS LITÚRGICOS: Todos os livros que auxiliam na liturgia: lecionário,

missal, rituais, pontifical, gradual, antífona; LUNETA: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande

dentro do ostensório;

MATRACA: Instrumento de madeira que produz um barulho surdo. Substitui

Page 9: Curso de Liturgia.pdf

os sinos durante a semana santa;

PISCINA: antigo nome da pia da sacristia; PÍXIDE: O mesmo que ÂMBULA;

PRATINHO: Recipiente que sustenta as galhetas; PURIFICATÓRIO: O mesmo que sanguinho;

RELICÁRIO: Onde são guardados as relíquias dos santos; SACRÁRIO: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a celebração. Também

é conhecida como TABERNÁCULO;

SANTA RESERVA: Eucaristia guardada no SACRÁRIO; TABERNÁCULO: O mesmo que SACRÁRIO;

VÉU DO CÁLICE: Pano utilizado para cobrir o cálice; VÉU DO CIBÓRIO: Capinha de seda branca que cobre a âmbula. É sinal de

respeito para com a Eucaristia.

Fotos cedidas pela Canção Nova.

VESTES LITÚRGICAS

Na Igreja, que é o corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham a

mesma função. Esta diversidade de ministérios se manifesta exteriormente

no exercício do culto sagrado pela diversidade das vestes litúrgicas, que por

isso devem ser um sinal da função de cada ministro. Convém que as vestes

litúrgicas contribuam para a beleza da ação sagrada.

AMITO: Paninho utilizado sob a Alva para conservá-la limpa.

CASULA: É a veste própria do sacerdote durante as ações sagradas. É usada sobre a alva e a estola. No Brasil, a CNBB

aprovou em 1971 o uso de uma túnica ampla no lugar da casula.

ESTOLA: É uma tira de pano colocada no ombro esquerdo ,

como faixa transversal pelo diácono e pendente sobre os

ombros pelo presbítero e bispos. É o distintivo dos ministros

ordenados.

OPA: Roupa que distingue os ministros extraordinários da comunhão.

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TÚNICA: Manto geralmente branco, longo, que cobre todo o

corpo. Lembra a túnica de Jesus, "sem costura de alto a

baixo", sobre a qual os soldados tiraram sorte, para ver a

quem caberia. A Túnica Ampla foi aprovada pela CNBB para o

Brasil. Substitui o conjunto de alva e casula. Deve ser

realmente ampla.

Vejamos mais algumas vestes litúrgicas:

ALVA: Veste Litúrgica comum dos ministros ordenados;

BATINA: Durante muito tempo foi a roupa oficial dos sacerdotes; CAPA: Usada pelo sacerdote sobre os ombros durante as procissões, no

casamento, batismo e bênção do Santíssimo. Também conhecida como CAPA PLUVIAL ou CAPA DE ASPERGES, ou ainda CAPA MAGNA;

CAPINHA: Utilizada pelas senhoras que exercem o ministério extraordinário da comunhão;

CÍNGULO: Cordão utilizado na cintura; DALMÁTICA: É uma roupa que o diácono usa sobre a alva e a estola. É a veste

litúrgica superior do diácono. Hoje não é muito usada, preferindo-se, em geral, a túnica com a estola a tiracolo;

MITRA: Uma espécie de chapéu alto e pontudo usado pelos bispos. É o símbolo do poder espiritual;

PLANETA: O mesmo que CASULA; PLUVIAL: Antiga capa de chuva usada pelos sacerdotes durante a procissão;

SOBREPELIZ: Veste branca usada sobre a batina, para substituir a alva. Usada

em procissões e na celebração de alguns sacramentos, como a confissão; SOLIDÉU: Um pequeno barrete em forma de calota, usada pelos bispos sobre a

cabeça; VÉU DE OMBROS: Usado pelo sacerdote ou diácono na bênção do Santíssimo e

nas procissões para levar o ostensório. Também é conhecido como VÉU UMERAL.

POSIÇÕES DO CORPO

A religião assume o homem todo, como ele é: corpo e alma. A Graça não

destrói a natureza humana, mas a completa e aperfeiçoa. Por isso, rezamos

com o corpo também, dizendo palavras e fazendo gestos. A Missa é o louvor

visível do Povo de Deus. Vejamos o significado dos gestos:

SENTADO: É uma posição cômoda que favorece a catequese, boa para

a gente ouvir as Leituras, a homilia e meditar. É a atitude de quem fica à

vontade e ouve com satisfação, sem pressa de sair.

DE PÉ: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito,

tendo muita consideração pela pessoa que fala. Indica prontidão

e disposição do "orante". A Bíblia diz: "Quando vos puserdes em

pé para orar, (...)" (Mc 11,25). Falando dos bem-aventurados,

João vê uma multidão, de vestes brancas, "de pé, diante do

Cordeiro", que é Jesus (Ap 7,9).

Page 11: Curso de Liturgia.pdf

DE JOELHOS: Posição comum diante do Santíssimo Sacramento e

durante a consagração do pão e do vinho. Significa adoração a Deus. São

Paulo diz: "Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, no céu, na terra e

debaixo da terra" (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações

individuais. "Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para

orar" (At 9,40)

GENUFLEXÃO: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia.

Fazemos quando entramos na igreja e dela saímos, se ali existe

o sacrário. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na

Sexta-Feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração à

Cruz, mas a Jesus que nela foi pregado).

INCLINAÇÃO: Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito.

É também adoração, diante do Santíssimo Sacramento. Os fiéis podem

inclinar a cabeça para receber a bênção solene.

MÃOS LEVANTADAS: É atitude dos "orantes". Significa súplica

e entrega a Deus. É o gesto aconselhado por Paulo a Timóteo:

"Quero, pois, que os homens orem em qualquer lugar,

levantando ao céu as mãos puras, sem ira e sem contendas" (1

Tm, 2,8)

MÃOS JUNTAS: Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé,

súplica, confiança e entrega da vida. É atitude de profunda piedade.

PROSTRAÇÃO: Gesto muito antigo, bem a gosto dos orientais.

Estes se prostravam com o rosto na terra para orar. Assim fez

Jesus no Horto das Oliveiras. Hoje essa atitude é própria de

quem se consagra a Deus, como na ordenação sacerdotal.

Significa morrer para o mundo e nascer para Deus com uma vida

nova e uma nova missão.

SILÊNCIO: O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento

nos mistérios da fé. "O Senhor fala no silêncio do coração". É oportuno

fazer silêncio depois das Leituras, da homilia e da Comunhão, para

interiorizar o que o Senhor disse. Meditar é também uma forma de

participar. Uma Missa que não tivesse nenhum momento de silêncio, seria

como chuva forte e rápida que não penetra na terra.

ROTEIRO DA MISSA

RITOS

INICIAIS

- Monição ambiental - de pé

- Canto de entrada - de pé

- Acolhida e saudação - de pé

- Ato penitencial - de pé

- Hino de louvor (Glória) - de pé

- Oração "Coleta" - de pé

LITURGIA DA PALAVRA

- Monição para a 1ª Leitura - sentados

- Proclamação da 1ª Leitura - sentados

- Salmo Responsorial - sentados

- Monição para a 2ª Leitura - sentados

- Proclamação da 2ª Leitura - sentados

- Monição para o Evangelho - sentados

Page 12: Curso de Liturgia.pdf

- Canto de aclamação ao Evangelho - de pé

- Proclamação do Evangelho - de pé

- Homilia (pregação) - sentados

- Profissão de fé (Creio) - de pé

- Oração dos fiéis - de pé

LITURGIA EUCARÍSTICA

Preparação das

Oferendas

- Canto e Procissão das Oferendas

- sentados

- Apresentação do

pão e do vinho - sentados

- Presidente lava as

mãos - sentados

- Orai, irmãos! - de pé

- Oração sobre as

Oferendas - de pé

Oração Eucarística ou

Anáfora

- Prefácio e "Santo" - de pé

Invocação do

Espírito Santo - de pé

- Narrativa da Ceia - de joelho

ou de pé

- Consagração do pão e do vinho

- de joelho ou de pé

- "Eis o Mistério da

fé!"

- de joelho

ou de pé

- Lembra Morte e

Ressur. de Jesus - de pé

- Orações pela Igreja - de pé

- Louvor Final (Por

Cristo...) - de pé

Rito da Comunhão

- Pai-Nosso e oração

seguintes - de pé

- Saudação da Paz - de pé

- Fração do Pão - de pé

- Cordeiro de Deus - de pé

- Felizes os

convidados - de pé

- Distribuição da Comunidade

- sentado

- (Canto de ação de

graças) - sentado

- Oração após a Comunhão

- de pé

RITOS

FINAIS

- Comunidade e convites - de pé

- Bênção final - de pé

- Despedida (Ide em paz!) - de pé

Erros da Equipe de Liturgia e Celebração

1. Deixar tudo para última hora

2. Não ensaiar as leituras com antecedência

3. Ler tudo do folheto

4. Rezar sem convicção

5. Improvisar ao máximo

6. Ler por ler

Page 13: Curso de Liturgia.pdf

7. Quebrar o ritmo da celebração

8. Fazer tudo de modo maquinal

9. Celebrar apenas para cumprir obrigação

10. Tirar todo o mistério

11. Reduzir a celebração a uma solenidade

12. Reduzir a celebração a um cerimônia

13. Fazer bastante barulho antes da celebração

14. Os músicos formarem um grupinho à parte

15. Escolher músicas que o povo não conhece

16. O coral cantar todas as canções

17. Volume dos instrumentos acima do volume das vozes

18. Tossir ao microfone

19. Usar trajes que chamem muito a atenção

20. Permitir que aconteça microfonia

21. Afinar os instrumentos cinco minutos antes da missa

22. Escolher os cantos durante a missa

23. Todos mexerem no aparelho de som

24. Ler bem rápido

25. Evitar os momentos de silêncio

26. Nunca explicar os sinais, gestos e palavras

27. Fazer comentários muito demorados

28. Não pronunciar as últimas sílabas

29. Fazer os gestos de qualquer jeito

30. Quando o povo está de pé, prolongar demais a celebração

31. CAntar tudo o que for possível

32. Cochichar no altar

33. Não dizer ao padre que o "Santo" será cantado

34. Ensaiar dez músicas novas antes da missa

35. Fazer do casamento apenas um ato social

36. Colocar letras religiosas em música populares

37. Gritar ao microfone para incentivar o povo a cantar

38. Repetir várias vezes o mesmo aviso

39. Usar a prece dos fiéis para dar lições de moral

40. Não se preocupar com a preparação do ambiente

41. Colocar cantos novos a cada celebração

42. Não ler o Evangelho antes da missa

Page 14: Curso de Liturgia.pdf

43. Não gastar tempo para aprender mais sobre liturgia

44. Ignorar a realidade da assembléia

45. Não organizar a Pastoral Litúrgica na paróquia

46. Se o padre não pode vir, não acontece celebração

47. Condenar todo tipo de expressão corporal

48. Uma pessoa monopolizar todos os ministérios

49. Ser sempre contrário à opinião do padre

50. Repetir a cada dia: NA LITURGIA, DE QUALQUER JEITO ESTÁ BOM.

Dicas para uma Boa Celebração

1. Organizar a PASTORAL LITÚRGICA

2. Preparação remota (uma semana antes)

3. Investir o tempo e o coração

4. Que Jesus cresça e a gente desapareça

5. Conhecer o Documento 43 da CNBB

6. Humildade acima de tudo

7. Exercitar-se no uso do microfone

8. Usar muita criatividade

9. Conhecer a realidade da assembléia

10. Estudar liturgia

11. FAzer todo o povo cantar

12. Não cantar sempre as mesmas músicas

13. Não mudar muito os cantos

14. Valorizar a expressão corporal

15. Os instrumentos servem para sustentar a voz

16. Fazer da celebração um compreensível diálogo com Deus

17. Redescobrir o sentido dos símbolos litúrgicos

18. usar cartazes

19. Escolher as músicas de acordo com os momentos da liturgia

20. O leitor é um proclamador da Palavra de Deus

21. Comentários breves e oportunos

22. Músicas "afinadas" com a cultura local

23. Permitir que o Espírito Santo reze por meio de nós

24. Fazer da Liturgia uma antecipação do céu

25. Não tirar os pés do chão (realidade)

26. O zelo pela tua casa me devora (Jo 2,17; Sl 69,10)

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27. Celebrar em Espírito e Verdade

28. Organizar a Biblioteca da Pastoral Litúrgica

29. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

30. Na liturgia celebramos verdades

31. A liturgia deve transformar a realidade

32. Conhecer melhor a história da liturgia

33. Saber exatamente o que é liturgia

34. Esta em sintonia com o Ano Litúrgico

35. Distribuir as funções (serviços e ministérios)

36. Os diversos ministros devem estar em sintonia

37. Receber o povo com alegria

38. Dizer ao padre o que será cantado

39. Equipe animada anima a liturgia

40. Fazer catequese litúrgica

41. Uma encenação após a homilia pode ajudar

42. Reuniões periódicas da equipe de liturgia

43. Organizar equipe de celebração para o matrimônio

44. Organizar equipe de celebração para o batismo

45. Celebrar a vida

46. Valorizar as devoções populares

47. Testar o microfone antes da celebração

48. Sinceridade e fé impressionam e convencem

49. Fazer o povo participar da oração

50. Avaliar tudo o que foi feito