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CURSO DE ESPECIALIZA ÃO EM MODELAGEM MATEMÁTICA ç www.furb.br/modelling www.furb.br/modelagem

CURSO DE ... · modelagem para a 5ª série (atualmente 6º ano do Ensino Fundamental)utilizando-sedotemaconstruçãodecasa.Essas sugestões podem valer de apoio didático para professores

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  • CURSO DE ESPECIALIZA ÃO EM

    MODELAGEM MATEMÁTICA

    ç

    www.furb.br/modelling

    www.furb.br/modelagem

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    *Primeiras Dissertações

    Apresentamos, neste boletim, resumos de duas dissertações de mestrado defendidas nos anos de 1987 e 1989: do DionísioBurak intitulada: e da Marineusa Gazzetta, intitulada:

    . As duasdissertações foram apresentadas no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da UNESP de Rio Claro (SP), soba orientação do professor Rodney Carlos Bassanezi. Até o final dos anos 1980, pelo que temos identificado, havia seisdissertações sobre modelagem ou modelos matemáticos voltadas à Educação. Resumos das duas primeiras, sob a orientaçãodo professor Aristides Camargos Barreto, de Celso Braga Wilmer (1976) e de Jorge E. Pardo Sanches (1979), foramapresentados no 2º boletim. As duas dissertações neste boletim são a quarta e a quinta apresentadas em Programas de Pós-Graduação brasileiros.

    Uma metodologia Alternativa para o Ensino da Matemática na 5ª série Amodelagem como estratégia de aprendizagem na matemática em cursos de aperfeiçoamento de professores

    No Capítulo IV, , o autor faz considerações geraissobre os resultados e sua pesquisa: atividades e limitações; econclui apresentando sugestões para o trabalho demodelagem para a 5ª série (atualmente 6º ano do EnsinoFundamental) utilizando-se do tema construção de casa. Essassugestões podem valer de apoio didático para professoresdesenvolverem modelagem em sala de aula. E nasproposições de Burak,

    A Proposta

    a modelagem matemática é muito ricaem vários aspectos, porém, mesmo assim, talvez não sejasuficiente para desenvolver todos os conteúdos de uma série,principalmente nos cursos regulares. Assim sendo, muitos dosconteúdos devem ser inseridos, aproveitando-se asoportunidades.

    Dionísio BurakEsta dissertação intitulada

    , de autoria deDionísio Burak, sob a orientação do professor RodneyCarlos Bassanezi, foi apresentada ao corpo docente dacoordenação do Programa de Pós-Graduação emEducação Matemática da Universidade Estadual de SãoPaulo (UNESP) de Rio Claro (SP) em 1987. A pesquisa,descrita em 186 páginas, teve por finalidade

    . O autororganiza o trabalho em quatro capítulos, assimintitulados: Introdução; Considerações teórico-práticasdo ensino de matemática através da modelagem;Proposta de Modelagem para a 5ª série: as primeirasideias, as reflexões e as experiências com os professoresda rede estadual; e A Proposta.

    Uma metodologia Alternativapara o Ensino da Matemática na 5ª série

    propor amodelagem matemática como uma metodologiaalternativa para o ensino de matemática

    No Capítulo I, , Dionísio Burak indica que estapesquisa permite levar a filosofia e o método damodelagem para outras séries e fases do ensino, muitoembora ele tenha restringido a atividade empírica à 5série do Ensino Fundamental. Desta afirmação, faz breveresumo de como organizou o trabalho e assim apresentao problema, os objetivos, a justificativa e as possíveiscausas do problema, questionando:

    Destas questões,Burak descreve os procedimentos a partir da questão-guia de sua pesquisa:

    ?

    Introdução

    se grande parte daspessoas concorda com a importância da matemática,então por que temos que seguidamente estarrelembrando isso às pessoas e aos alunos? Não seria dese esperar que as pessoas, os alunos a valorizassem e acolocassem como uma das principais disciplinas naescola? Será que as pessoas não chegam a sentir opapel e a importância que a matemática desempenha emtodos os instantes de suas vidas?

    como podemos trabalhar com amatemática nas escolas, de modo a tornar seu ensinomais significativo, que diga mais de perto às experiênciasvividas pelo aluno e seja uma matemática com significadoa fim de favorecer sua aprendizagem

    a

    No Capítulo II,o autor faz

    considerações sobre matemática, modelos emodelagem, matemática aplicada e a modelagem naeducação e, em seguida, apresenta ampla explicitaçãosobre o trabalho de modelagem matemática em cursosregulares. A partir de três questionamentos: (1) Ensinaratravés da modelagem matemática em que difereessencialmente do ensino tradicional? (2) Qual a formapreconizada por esta prática educativa na pretensão decontribuir para uma melhor aprendizagem matemáticaem nossas escola? (3) Como tratar a avaliação na

    Considerações teórico-práticas do ensinode matemática através da modelagem,

    No Capítulo III,

    Burak descreve como deu inícioao trabalho experimental com professores de matemática demunicípios que pertenciam ao Núcleo Regional de Educaçãode Guarapuava (PR), em três cursos, com 40 horas/aula emcada um: principais ocorrências, dificuldades e avanços dosparticipantes e processos avaliativos. Nas palavras de Buraksobre essas atividades experimentais:

    Proposta de Modelagem para a 5ª série: asprimeiras ideias, as reflexões e as experiências com osprofessores da rede estadual,

    as trocas, as idéias, asreflexões, a reorientação da sequência inicial, a reavaliaçãodas atividades propostas realizadas durante e após os cursos,foram fundamentais para a elaboração desta proposta usandomodelagem para o ensino de matemática na 5ª série.

    na modelagem matemática? Burakresponde cada uma das questões seapoiando em diversos autores. Em(1), faz comparação entre o ensino‘tradicional’ e a modelagem quantoao ensino e a aprendizagem,indicando dentre as diferenças, oestimulo e a criatividade. Como eledisse:

    Em (2), Burak diz que o interesseparece fundamental para o sucesso do ensino e aprendizagemna sala de aula. Apoiado nesta afirmação, descreve osprocedimentos da modelagem e utiliza-se de um exemplorelativo à construção de uma casa, para justificar como ointeresse dos alunos pode emergir neste processo,aprendendo, despertando o senso criativo. Ele afirma aindaque para isto poder ocorrer o professor precisa, dentre outrascoisas, saber e ter coragem para vencer as estruturas rígidasda escola. E em (3), o autor apresenta a avaliação no ensino‘tradicional’ (forma, caráter, consequências) e, a partir doexemplo utilizado ‘construção de uma casa’, o processoavaliativo por meio da modelagem matemática na Educação.

    modelagem matemáticaparece favorecer a criatividade umavez que o professor proporciona, nodesenvolvimento do trabalho,liberdade para o aluno estabelecers u a s p r ó p r i a s e s t r a t é g i a s ,favorecendo a intuição, a fantasia e a experiência para resolveruma situação-problema.

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    No Capítulo II,

    , a autora expõeconceitos de modelos adotados porvários autores que tratam do tema,tais como: T. Varga e W. Servais;D.P. Maki e M. Thompsons, P.C.Rosenbloom, A.C. Barreto, A.Chapanis e J.J. McDonald;diferencia os conceitos dasdescrições de características e dascategorias de modelo tratadas pelosautores: Murthy, P.J. Davis, R.Bassanezi e W. Ferreira, K. E.

    Morozov; apresenta conceitos de modelagem nas versões deR. Bassanezi e W. Ferreira; U. D'Ambrosio, R.L. Ackoff eapresenta a modelagem e a educação matemática, fazendouma proposta metodológica que integra as concepções deD'Ambrosio às de Bassanezi e Ferreira. Baseada nestaproposta, ela exemplifica utilizando-se de trabalhosdesenvolvidos por professores em Cursos de Atualização ede Pós-Graduação .

    O Conceito deM o d e l o e d e M o d e l a g e mMatemática

    lato sensu

    Marineusa GazzettaEsta dissertação intitulada

    de autoria de MarineusaGazzetta, foi apresentada no Programa de Pós-Graduaçãoem Educação Matemática da Universidade Estadual de SãoPaulo - UNESP de Rio Claro (SP) em maio de 1989. Apesquisa, descrita em 98 páginas, teve por finalidade

    A Modelagem Matemática comoEstratégia de Aprendizagem na Matemática em Cursos deAperfeiçoamento de Professores,

    apresentar uma estratégia de ensino da matemática usando aModelagem Matemática como um atrativo.

    A autora organiza o trabalho em: Introdução, cinco capítulos,assim intitulados: O Problema; O Conceito de Modelo e deModelagem Matemática; AModelagem como Estratégia paraa Aprendizagem da Matemática; A Execução do Programa doCurso de Aperfeiçoamento de Professores; AsRepercussões da Proposta, seguidos das Referências eBibliografia.

    No Capítulo III,, Gazzetta apresenta, ,

    como a Modelagem tem sido utilizada como estratégia deensino e aprendizagem: em cursos regulares na EducaçãoBásica e Superior; em projetos de iniciação científica; emcursos com programas gerais de matemática, como demestrado e de doutorado em Biologia e Ecologia;

    A Modelagem como Estratégia para aAprendizagem da Matemática primeiro

    Capítulo I, . A partir das causas sobre o baixorendimento matemático dos alunos apontados por boa partedos professores, como:

    ,a autora aborda cada uma dessas causas e, baseada emdados científicos ou fundamentos experimentais, contesta-as, sugerindo que não são causas, mas consequências daestrutura educacional, em particular, do ensino dematemática; e se propõe a apresentar uma alternativa para ametodologia de ensino.

    O Problema

    desnutrição, deficiência delinguagem, carência afetiva, desinteresse dos pais,despreparo, falta de equipamentos de trabalho, baixo saláriodos professores e classes com número excessivo de alunos

    * Fragmentos extraídos dos textos sobre Marineusa Gazzetta eDionísio Burak, no livro História da Modelagem no Ensino Brasileiro

    (em processo), de autoria de Maria Salett Biembengut.

    No Capítulo IV,a autora descreve como

    foram desenvolvido nesses Cursos de Pós-Graduaçãoem Modelagem Matemática, temas e exemplos dos

    procedimentos nas respectivas disciplinas (acima listadas)a partir dos trabalhos desenvolvidos pelos professoresparticipantes.Alguns temas utilizados para exemplificação:Plantação de Maçãs, Suinocultura, Jogos Infantis,Estilingue, Construção Civil, Psicultura, CerâmicaArtesanal, Olaria, Transporte Coletivo, Mineração eGarimpo. A movimentação e interesse dos participantes eos resultados explícitos em seus trabalhos fazem a autoradesta pesquisa finalizar este capítulo defendendo oprocesso de modelagem.

    A Execução do Programa deAperfeiçoamento de Professores,

    latosensu

    No capítulo V, Gazzettadefende o processo com ações dos professoresparticipantes em suas comunidades escolares; e asmudanças que sinalizam na Educação Matemática a partirdesses cursos. ‘‘

    ’’.

    As Repercussões da Proposta,

    Face a tais perspectivas do conhecimento,a aprendizagem adquire conotações específicas. É vistacomo algo realizado pela pessoa que aprende e comosendo fruto dos seus interesses e das experiências quepossuem correspondentes no seu campo fenomenológico.Trata-se, assim, de uma aprendizagem significativa paraaquele que aprende. Não é resultante da ação do ensinoexercida por uma terceira pessoa, mas de uma experiênciaauto-iniciada, uma vez que o interesse provém da própriapessoa que percebe a relação entre o que quer saber e oseu campo de experiência

    Na apresentação do Programa do Curso de Pós-Graduação adotado pelo grupo da UNICAMP queministrou, sob a coordenação de Bassanezi, Marineusa fazuma reflexão sobre necessidades dos professores dematemática e em que se baseiam para defender amatemática escolar: utilidade, parte das raízes culturais,auxílio ao raciocínio, universalidade e valor estético. Estesargumentos levaram o grupo a elaborar um Programa noqual o processo da modelagem transcorre por meio de 8disciplinas: Matemática Elementar, Estatística Básica,Cálculo Diferencial Integral, Álgebra Linear, Geometria,Métodos Numér icos , Métodos e L inguagemComputacional e Equações Diferencias.

    em cursos de aperfeiçoamento ou atualização paraprofessores e em um curso de Licenciatura de Matemática;em , justifica os cursos de atualizaçãoministrados por ela e os coordenados por Bassanezi nagraduação e pós-graduação em modelagem,realizados em diversas regiões do país, entre os anos de1983 a 1989, em que ela também atuou como professora.

    segundo momento

    lato sensu

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    CURSO A DISTÂNCIA DE MODELAGEM

    No primeiro, Modelagem I, vamos apresentar umconjunto de modelos clássicos para que a partir deexperiências simples o participante desse curso possaentender a teoria ou o modelo matemático e verificarcomo as constantes e as variáveis envolvidas podemser identificadas. Na sequência, orientaremos sobrecomo essas experiências relativas a esses modelospodem ser adaptadas para o ensino de matemática eciência, desde as Séries Iniciais.

    Com a intenção de fornecer subsídios às pessoasinteressadas em utilizar modelos matemáticos e emsaber fazer modelos matemáticos, a partir deste anonós ofereceremos cursos de Extensão a distância deModelagem em quatro modalidades: Modelagem I,Modelagem II, Modelagem III e Modelagem IV. Cadaum dos três primeiros Cursos (Modelagem I, II e III) teráduração de 45h (total 135 h) e Modelagem IV, 90h. Deabril a junho ocorrerá o Curso de Modelagem I. Asinscrições já estão abertas. Mais informações, solicitepor meio do endereço: [email protected].

    No segundo, Modelagem II, a partir de três temasindicados por nós e questões-guia, vamos conduzir odesenvolvimento para se chegar aos respectivosmodelos matemáticos – modelagem e, posteriormente,mostrar como podem ser adaptados para o ensino emqualquer nível. Cada participante terá liberdade de

    No terceiro, Modelagem III, vamos propor que osparticipantes indiquem temas e, na sequência, elejam 2ou 3 para que assim possam fazer modelagemmatemática de um desses temas elegidos. Como nasmodalidades anteriores, o trabalho elaborado seráadaptado para o ensino de matemática e/ou ciência.

    No quarto, Modelagem IV, cada participante elegerá umtema de seu interesse e orientaremos a fazer modelagemmatemática se utilizando de uma matemática além dabásica. Como conhecimentos de álgebra linear, cálculodiferencial integral, cálculo numérico, estatística eequações diferencias serão requeridos, faremos breverevisão sobre estes com aplicações. Para realizar essamodalidade é aconselhável que tenha participado pelomenos do curso Modelagem III.

    Os cursos destinam-se a professores de matemática e deciências da Educação Básica, professores dematemática de cursos de licenciatura ou demais cursosda Educação Superior, futuros professores de cursos delicenciatura e estudantes de Ensino Médio e Superior.Neste primeiro semestre promoveremos os cursosModelagem I e Modelagem II. No segundo, ModelagemIII e Modelagem IV.

    propor outras questões-guia e elaborar o respectivomodelo proposto.

    O movimento brasileiro de Educação Matemática inicia em1980, através da ação de grupos de estudos em algumas instituições, entreelas, da Universidade de Blumenau (FURB), sob a coordenação de José V.Floriani e Vilmar J. Zermiani. A Feira de Matemática é

    . As primeiras Feiras Regional e Catarinense de Matemática ocorreramem 1985, nas dependências FURB. As Feiras acontecem, anualmente, porEscola, Cidade, Região e Estado. O trabalho é feito por estudantes soborientação de seus respectivos professores. Essas Feiras envolvem toda acomunidade: diretores, professores e pais. E têm sido consideradas um dosprincipais projetos de aprimoramento e aprendizagem matemática do Estadode Santa Catarina. A intenção é estimular estudantes de todos os níveis(Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Superior)a pesquisar usando conceitos matemáticos e assim apresentar àcomunidade.

    particularmente

    uma das atividades dogrupo

    Professor Vilmar José Zermianie-mail: [email protected]

    www.furb.br/lmf

    1 FEIRA NACIONAL DE MATEMÁTICAª30 de Junho a 02 Julho de 2010

    Universidade Regional de Blumenau – FURBBlumenau(SC)

    Informações sobre:1ª FEIRANACIONALDE MATEMÁTICA

    Até 2009, nas Feiras estaduais, cerca de 5000 trabalhos classificados devárias categorias foram apresentados (matemática aplicada, modelagem,jogos, etc.). Desses, em torno de 10% foram identificados como demodelagem matemática e 60% de aplicações matemáticas. Considerandoque esse número de trabalhos apresentados nas Feiras estaduais representamenos de 10% dos trabalhos das Feiras Escolares, Municipais e Regionais,pode-se estimar que mais de 5000 trabalhos de modelagem eaproximadamente 30.000 de aplicações matemáticas foram feitos, nestes 25anos de Feiras, por estudantes e professores voluntários em diversas escolascatarinenses. A qualidade e a criatividade desses trabalhos expressam umgrande envolvimento dos estudantes e professores e um estímulo especial aambos a fazer modelagem matemática.